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DESENHO TÉCNICO FTESM FUNDAÇÃO TÉCNICO EDUCACIONAL SOUZA MARQUES DESENHO TÉCNICO APOSTILA DE APOIO AULAS PROF: ISABEL FERREIRA FTESM

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DESENHO TÉCNICO FTESM

FUNDAÇÃO TÉCNICO EDUCACIONAL SOUZA MARQUES

DESENHO TÉCNICO APOSTILA DE APOIO AULAS

PROF: ISABEL FERREIRA

FTESM

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Normas Técnicas

A ciência do desenho técnico no Brasil, desde 1940, segue as normas

aplicáveis, as NBRs – Normas Brasileiras,e estabelece algumas normas exclusivas

para o desenho mecânico.

O objetivo das NBRs é padronizar os elementos básicos das técnicas de

desenho.

Com o objetivo de transformar o desenho técnico em linguagem gráfica e

padronizá-lo surgiram normas internacionais usadas no mundo todo. Elas são uma

espécie de guia que facilita a compreensão de desenhos e projetos de pessoas de

nacionalidades diferentes, simplifica processos de produção e unifica as

características de um objeto, permitindo a substituição por outro.

Os órgãos responsáveis por essa normalização em cada país criaram

a Organização Internacional de Normalização (International Organization for

Standardization – ISO), em 1947, Londres. É essa norma que facilita o intercâmbio

de produtos e serviços entre as nações. Quando os membros da ISO de cada país

se reúnem, e a norma criada é aprovada, eles organizam e editam-na como norma

internacional.

Após a edição da ABNT, as normas são registradas no Instituto Nacional de

Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO como normas

brasileiras -NBR para estar de acordo com as normas internacionais aprovadas pela

ISO.

A norma geral do desenho técnico é a NBR 10647. Seu objetivo é definir a

nomenclatura. Ela define os tipos de desenho (projetivos e não projetivos), o grau de

elaboração (esboço, croqui, desenho preliminar, desenho definitivo), de

pormenorização (desenho de componente, de conjunto, detalhe), o material utilizado

(lápis, giz, carvão, etc.) e a técnica de execução(à mão livre ou computadorizado).

Já NBR 10068 define o tipo de folha de desenho, lay-out e dimensões e irá

padronizar as folhas, com margens e legendas. Esses papéis especiais, da série A,

são usados de acordo com a norma, tanto na vertical, quanto na horizontal,

preferencialmente com o menor formato.

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As normas citadas são um conjunto de normas específicas. Veja mais no

quadro:

Norma Referência

NBR 10582 Apresentação da folha para desenho técnico.

NBR 13142 Desenho técnico, dobramento de cópias.

NBR 8402 Execução de caracteres para escrita em desenhos técnicos.

NBR 8403 Aplicação das linhas em desenhos, tipos, larguras.

NBR 8196 Emprego de escalas.

NBR 12298 Representação de área de corte por meio de hachuras em desenhos.

NBR 8404 Indicação do estado de superfície em desenhos técnicos.

NBR 6158 Sistemas de tolerâncias e ajustes.

NBR 8993 Representação convencional de partes roscadas em desenho técnico.

NBR 10125 Cotagem em desenho técnico.

Material

Os materiais utilizados na área de desenho técnico seguem a norma NBR

10647 –DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL, que além de listar os instrumentos

utilizados define os termos comuns e os tipos de desenho.

Os materiais listados para um desenho executado à mão livre são:

Esquadros de 45˚ e 60˚ - usados para traçar paralelas e ângulos individuais ou

combinados;

Compasso – instrumento utilizado para traçar circunferências ou partes delas e

transportar medidas;

Transferidor de 180˚ - usado para criar ângulos;

Régua – graduada em cm (centímetros) e mm (milímetros);

Borracha – preferencialmente branca e macia;

Lápis ou lapiseiras – com grafites de variadas durezas para realizar os diferentes

tipos de linha.

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Formato de papel e dobradura

A NBR 10086 – FOLHA DE DESENHO LAY-OUT E DIMENSÕES padroniza as

dimensões das folhas de desenho com base no formato A0 que tem uma área de

um metro quadrado.

O desenho técnico deve ser feito no menor formato possível que não

comprometa a sua interpretação. A Figura 13 mostra a relação entre os tamanhos

das folhas de formato “A” onde cada padrão é a metade do anterior.

1 Todas as medidas apresentadas na Tabela 1 estão em mm (milímetros).

Tabela 1 - Padrões do Formato "A".

Quando se precisa de uma folha fora do formato padrão apresentada na

tabela1, deve-se preferencialmente utilizar uma folha com a largura ou o

comprimento sendo múltiplos dos tamanhos padrões.

Figura 13 - Relação dos tamanhos no formato "A".

O dobramento destas folhas deve ser feito de forma que o formato final seja

equivalente ao A4 para poder ser facilmente arquivado em pastas ou arquivos. A

norma que rege este aspecto é a NBR 13142 – DESENHO TÉCNICO –

DOBRAMENTO DE CÓPIAS.

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5

Legenda e caligrafia técnica

As legendas nas folhas de desenho seguem a mesma NBR 10068 que fala

também que a folha pode ser tanto utilizada na vertical como na horizontal sendo

que a legenda deve estar sempre no canto direito inferior da folha. No caso de

desenhos no formato A4 a legenda ocupará toda a parte inferior se caso estiver

sendo utilizada na posição vertical.

As legendas devem conter obrigatoriamente as seguintes informações:

(4)Nome da repartição, firma ou empresa;

(1)Título do desenho;

(3) Escala;

(2)Número do desenho;

(5)Data e assinaturas dos responsáveis pela execução, verificação e aprovação;

(6)Número da peça, quantidade, denominação, material e dimensões em bruto.

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A caligrafia técnica é normatizada pela NBR 8402 – EXECUÇÃO DE

CARACTERES PARA ESCRITA EM DESENHOS TÉCNICOS, que padronizou a

escrita de forma que todo desenho tenha clareza de informações.

Nos dias de hoje, devido às mudanças entre métodos de desenho, a legenda

sofreu algumas modificações em termos de configuração básica. O que a norma

estabelecia como um padrão rígido, a ser seguido, sofreu algumas alterações por

conta da facilidade de correção de projeto.

Fatores como listagem de peças tabelas e numeradas por ordem crescente da

célula inferior para a superior já não é mais usual. O ideal é deixar o desenho

sempre da forma mais clara possível, e de fácil entendimento por todos os que terão

acesso a ele, independente do grau de instrução deste indivíduo.

As principais exigências na escrita em desenhos técnicos são:

a) legibilidade;

b) uniformidade;

c) adequação à microfilmagem e a outros processos de reprodução.

Tabela - Proporções e dimensões de símbolos gráficos

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ABCDEFGHI JKLMNOPQRSTUVWXYZ0 1 2 3 4 5 6 7 8 9Ø ABCDEFGHI JKLMNOPQRSTUVWXYZ0 1 2 3 4 5 6 7 8 9Ø a b c d e f g h i j k lmn o p q r s t u vwx y z a b c d e f g h i j k lmn o p q r s t u vwx y z Geometria

No desenho técnico é importante o conhecimento básico de geometria. As

figuras geométricas elementares, ou entes geométricos, foram criadas a partir da

observação das formas da natureza e dos objetos desenvolvidos pelo homem.

Os entes geométricos são de difícil definição, pois são conceitos bastante

primitivos.

São considerados os elementos básicos da geometria e são:

PONTO – é a figura geométrica mais simples e não tem dimensão, é representado

por uma letra maiúscula e se dá no cruzamento de duas linhas;

LINHA – é o deslocamento de um ponto no espaço, representada por uma letra

minúscula. A linha tem somente uma dimensão, o comprimento;

PLANO – é ilimitado e tem duas dimensões que são o comprimento e a largura,

representado por letras gregas;

RETA – é uma linha onde o ponto que a originou deslocou-se somente em uma

direção e é representada por uma letra minúscula.

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Escala

A NBR 8196 – DESENHO TÉCNICO – EMPREGO DE ESCALAS, padroniza a

aplicação de escalas como relações entre o tamanho real de um objeto e o tamanho

do seu desenho.

A escala pode ser de redução, quando a peça é maior que o papel, e de

ampliação, quando o detalhe ou a peça é pequeno demais e seu detalhamento

requer ampliação. A tabela 2 mostra as representações de ampliação e redução

relativa à escala natural que é o valor real do objeto.

Tabela 2 - Escalas Ampliadas e reduzidas.

A escolha de uma escala deve levar em conta três fatores principais:

O tamanho do objeto a ser desenhado;

As dimensões do papel disponível;

A clareza e a precisão do desenho.

As escalas numéricas não são as únicas existentes, existem ainda as escalas

gráficas, geralmente encontradas em mapas, que representam graficamente a

escala mesmo que haja distorção de impressão.

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Tipos de linha

A norma NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS – TIPOS DE

LINHAS – LARGURA DAS LINHAS padroniza a utilização de linhas nos desenhos

técnicos.

A grande diversidade de linhas nos desenhos torna indispensável o seu

conhecimento para a interpretação de um desenho técnico.

As linhas são divididas basicamente em grossas e finas, sendo as grossas

geralmente representações de partes visíveis e as finas geralmente sendo auxiliares

e não visíveis. Alguns tipos de linhas especiais representam outros aspectos como

linha de centro ou hachura.

Na tabela 3 as linhas principais estão indicadas junto com suas aplicações.

Tabela 3 - Principais tipos de linha.

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Modelo de folhas com legenda

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Dobramento de folha (NBR 13142)

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Tangência e Concordância

Chama-se concordância de duas linhas curvas ou de uma reta com uma curva, a

ligação entre elas, executada de tal forma, que se possa passar de uma para outra, sem

ângulo, inflexão ou ponto de descontinuidade.

A concordância em desenho geométrico se baseia nos seguinte princípio:

1 - Tangenciar um ponto significa contê-lo no traçado;

2 - Para concordar um arco com uma reta é necessário que o ponto de concordância e o

centro do arco, estejam ambos sobre uma mesma perpendicular.

3 - Para concordar dois arcos, o ponto de concordância assim como os centros dos arcos,

devem estar sobre uma mesma reta, que é normal aos arcos no ponto de concordância.

Vejamos alguns exemplos:

1 - Tangência da circunferência C entre a reta R e o ponto P.

2 - Tangência da circunferências C1 e C2 no ponto T.

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3 - Concordância de circunferências no mesmo sentido e em sentidos contrários.

4 -Concordância entre duas retas e um arco de circunferência (com raio definido)

5 - Tangência externa entre circunferências e retas.

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6 - Tangência interna entre circunferências e retas

* O objetivo aqui é fazer arcos tangenciarem circunferências de diversas maneiras

7 - Tangência interna entre circunferências e um arco com raio definido - r3.

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8 - Tangência externa entre circunferências e um arco com raio definido - r3.

9 - Tangência interna e externa entre circunferências e um arco com raio definido -

r3.

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10 - Levantar uma perpendicular na extremidade de uma reta.

11 - Dividir uma reta ao meio e traçar uma perpendicular.

12 - Traçar a bissetriz de um ângulo.

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13 - Dividir um ângulo reto em três partes iguais

14 - Construir um triângulo eqüilátero dado um lado AB.

15 - Traçar uma tangente por um ponto dado sobre uma circunferência.

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16 - De um ponto dado fora da circunferência, traçar tangentes e sua circunferência.

17 - Dividir uma circunferência em 3 e 6 partes iguais.

18 - Dividir uma circunferência em 4 e 8 partes iguais.

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19 - Dividir uma circunferência em 5 partes iguais.

20 - Dividir uma circunferência em 7 partes iguais.

21 - Dividir uma circunferência em 9 partes iguais.

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Exercícios práticos

Reproduzir o desenho ( A )em uma folha A4 e os desenhos (B) e (C) em outra folha A4.

(Os desenhos estão fora de escala então distribua-os de forma que ocupem adequadamente a folha.

(é necessário colocar cotas e é importante ter qualidade nos traços)

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Cotagem (NBR 10126)

O objetivo da norma NBR 10126 é fixar os princípios gerais de cotagem a

serem aplicados em todos os desenhos técnicos.

Aplicação

Toda cotagem necessária para descrever uma peça ou componente, clara e

completamente, deve ser representada diretamente no desenho.

A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais

claramente o elemento. Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade (por

exemplo, milímetro) para todas as cotas sem o emprego do símbolo. Se for

necessário, para evitar mau entendimento, o símbolo da unidade predominante para

um determinado desenho deve ser incluído na legenda. Onde outras unidades

devem ser empregadas como parte na especificação do desenho (por exemplo,

N.m. para torque ou kPA para pressão), o símbolo da unidade apropriada deve ser

indicado com o valor.

Cotar somente o necessário para descrever o objeto ou produto acabado.

Nenhum elemento do objeto ou produto acabado deve ser definido por mais de uma

cota. Exceções podem ser feitas:

a) onde for necessário a cotagem de um estágio intermediário da produção (por

exemplo: o tamanho do elemento antes da cementação e acabamento);

b) onde a adição de uma cota auxiliar for vantajosa. Não especificar os processos de

fabricação ou os métodos de inspeção, exceto quando forem indispensáveis para

assegurar o bom funcionamento ou intercambiabilidade.

A cotagem funcional deve ser escrita diretamente no desenho (ver Figura 1).

Ocasionalmente a cotagem funcional escrita indiretamente é justificada ou

necessária. A Figura 2 mostra o efeito da cotagem funcional escrita indiretamente,

aceitável, mantendo os requisitos dimensionais estabelecidos na Figura 1.

A cotagem não funcional deve ser localizada de forma mais conveniente para

a produção e inspeção.

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Método de execução

Os elementos de cotagem incluem a linha auxiliar, linha de cota, limite da linha

de cota e a cota. Os vários elementos da cotagem são mostrados nas Figuras 3 e 4.

As linhas auxiliares e cotas são desenhadas como linhas estreitas contínuas,

conforme NBR 8403, mostrado nas Figuras 3 e 4.

Linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente além da respectiva linha de

cota (ver Figuras 3 e 4). Um pequeno espaço deve ser deixado entre a linha de

contorno e linha auxiliar.

Linhas auxiliares devem ser perpendiculares ao elemento dimensionado,

entretanto se necessário, pode ser desenhado obliquamente a este,

(aproximadamente 60°), porém paralelas entre si (ver Figura 5).

Linhas auxiliares e cota, sempre que possível, não devem cruzar com outras

linhas (ver Figura 6).

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A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo que o elemento o seja (ver

Figura 7)

O cruzamento das linhas de cota e auxiliares devem ser evitados, porém, se

isso ocorrer, as linhas não devem ser interrompidas no ponto de cruzamento.

A linha de centro e a linha de contorno, não devem ser usadas como linha de

cota, porém, podem ser usadas como linha auxiliar (ver Figura 8). A linha de centro,

quando usada como linha auxiliar, deve continuar como linha de centro até a linha

de contorno do objeto.

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A indicação dos limites da linha de cota é feita por meio de setas ou traços

oblíquos.

As indicações são especificadas como segue (ver Figura9) :

a) a seta é desenhada com linhas curtas formando ângulos de 15°. A seta pode ser

aberta, ou fechada preenchida;

b) o traço oblíquo é desenhado com uma linha curta e inclinado a 45°;

c) o ponto é no formato circular e preenchido;

A indicação dos limites da linha de cota deve ter o mesmo tamanho num

mesmo desenho.

Somente uma forma da indicação dos limites da linha de cota deve ser usada

num mesmo desenho.

Entretanto, quando o espaço for muito pequeno, outra forma de indicação de

limites pode ser utilizada (ver Figura 18).

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Quando houver espaço disponível, as setas de limitação da linha de cota

devem ser apresentadas entre os limites da linha de cota (ver Figura 10). Quando o

espaço for limitado as setas de limitação da linha de cota, podem ser apresentadas

externamente no prolongamento da linha de cota, desenhado com esta finalidade

(ver Figura 11).

Somente uma seta de limitação da linha de cota é utilizada na cotagem de raio

(ver Figura 12). Pode ser dentro ou fora do contorno, (ou linha auxiliar) dependendo

do elemento apresentado.

As cotas devem ser apresentadas em desenho em caracteres com tamanho

suficiente para garantir completa legibilidade, tanto no original como nas

reproduções efetuadas no microfilmes (conforme NBR 8402). As cotas devem ser

localizadas de tal modo que elas não sejam cortadas ou separadas por qualquer

outra linha.

Existem dois métodos de cotagem mas somente um deles deve ser utilizado

num mesmo desenho:

- as cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às suas linhas de cotas e

preferivelmente no centro (ver Figura 13).

Exceção pode ser feita onde a cotagem sobreposta é utilizada (ver Figura 31).

As cotas devem ser escritas de modo que possam ser lidas da base e/ou lado direito

do desenho. Cotas em linhas de cotas inclinadas devem ser seguidas como mostra a Figura

14.

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Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas nas

Figuras 15 e 16.

b) Método 2:

- as cotas devem ser lidas da base da folha de papel.

As linhas de cotas devem ser interrompidas, preferivelmente no meio, para

inscrição da cota (ver Figuras 17 e 18).

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Cotas fora de escala (exceto onde a linha de interrupção for utilizada) deve ser

sublinhada com linha reta com a mesma largura da linha do algarismo (ver Figura

23).

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Disposição e apresentação da cotagem

A disposição da cota no desenho deve indicar claramente a finalidade do uso.

Geralmente é resultado da combinação de várias finalidades.

Deve ser utilizada somente quando o possível acúmulo de tolerâncias não

comprometer a necessidade funcional das partes. (Figura 29).

Cotagem por elemento de referência

Este método de cotagem é usado onde o número de cotas da mesma direção

se relacionar a um elemento de referência.

Cotagem por elemento de referência pode ser executada como cotagem em

paralelo ou cotagem aditiva.

Cotagem em paralelo é a localização de várias cotas simples paralelas uma

às outras e espaçadas suficientemente para escrever a cota (ver Figuras 30 e 31).

Cotagem aditiva é uma simplificação da cotagem em paralelo e pode ser

utilizada onde há limitação de espaço e não haja problema de interpretação. A

origem é localizada num elemento de referência e as cotas são localizadas na

extremidade da linha auxiliar (ver Figura 31).

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Cotagem aditiva em duas direções pode ser utilizada quando for vantajoso.

Neste caso, a origem deve ser como mostra a Figura 32.

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Quando os elementos estiverem próximos, quebramos as linhas auxiliares

para permitir a inscrição da cota no lugar apropriado, como mostra a Figura 33.

Cotagem por coordenadas

Pode ser mais prático reduzir-se a Tabela, como mostra a Figura 34 do que a

Figura 32.

Coordenadas para pontos de intersecção em malhas nos desenhos de

localização são indicadas como mostra a Figura 35.

Coordenadas para pontos arbitrários sem a malha, devem aparecer

adjacentes a cada ponto (ver Figura 36) ou na forma de tabela (ver Figura 37).

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Cotagem combinada

Cotagem simples, cotagem aditiva e cotarem por elemento comum podem ser

combinadas no desenho (ver Figuras 38 e 39).

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Indicações especiais Cordas, arcos, ângulos e raios

As cotas de cordas, arcos e ângulos, devem ser como mostra a Figura 40.

Quando o centro do arco cair fora dos limites do espaço disponível, a linha de

cota do raio deve ser quebrada ou interrompida, conforme a necessidade de

localizar ou não o centro do arco (ver Figura 12).

Quando o tamanho do raio for definido por outras cotas, ele deve ser indicado

pela linha de cota do raio com o símbolo R sem cota (ver Figura 41).

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Elementos equidistantes

Onde os elementos equidistantes ou elementos uniformemente distribuídos

são parte da especificação do desenho a cotagem pode ser simplificada.

Espaçamento linear pode ser cotado como mostra a Figura 42. Se houver

alguma possibilidade de confusão, entre o comprimento do espaço e o número de

espaçamentos, um espaço deve ser cotado como mostra a Figura 43.

Espaçamentos angulares de furos e outros elementos podem ser cotados como

mostra a Figura 44.

Espaçamentos dos ângulos podem ser omitidos se não causarem dúvidas ou

confusão (ver Figura 45).

Espaçamentos circulares podem ser cotados indiretamente, dando o número de

elementos, como mostra a figura 46.

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Elementos repetidos

Se for possível definir a quantidade de elementos de mesmo tamanho e assim,

evitar de repetir a mesma cota, eles podem ser cotados como mostram as Figuras

47 e 48.

Chanfros e escareados

Chanfros devem ser cotados como mostra a Figura 49. Nos chanfros de 45° a

cotagem pode ser simplificada, como mostram as Figuras 50 e 51.

Escareados são cotados conforme mostra a Figura 52.

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Outras indicações

Para evitar a repetição da mesma cota ou evitar chamadas longas, podem ser

utilizadas letras de referências, em conjunto com uma legenda ou nota (ver Figura

53).

Em objetos simétricos representados em meio corte ou meia vista (ver Figura

54) (ver NBR 10067), a linha de cota deve cruzar e se estender ligeiramente além do

eixo de simetria.

Normalmente não se cota em conjunto, porém, quando for cotado, o grupo de

cotas específico para cada objeto deve permanecer, tanto quanto possível,

separados (ver Figura 55).

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Dicas

1- Para cotar um desenho

As cotas devem ser distribuídas pelas vistas de forma a indicar todas as

dimensões necessárias para viabilizar a construção do objeto desenhado, porém,

não pode haver cotas repetidas ou desnecessárias.

Uma região do objeto deve ser cotada apenas uma vez em uma das vistas,

naquela que representar de forma mais clara a geometria do objeto, (ver figuras

baixo).

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Exemplo de cotagem ideal

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2- Para escolhas de linhas

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Exemplo de aplicação de representação linha ideal

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3- Dicas de Escalas

A representação gráfica de peças ou objetos de desenho técnico pode ocorrer

de diferentes formas em uma folha de papel. Dependendo das medidas reais dessas

peças ou objetos, porém, é complicado realizar essa representação em tamanho

natural.

Para resolver esse problema, pode-se representar o mesmo prédio em escala

apropriada, de forma que o mesmo caiba em uma folha de papel.

Nas escalas numéricas, o número 1 sempre indicará o valor de 1 (um) metro.

Assim, pode-se dizer que um desenho representado na escala 1:5 teve a medida de

um metro reduzido cinco vezes, isto é, o valor da unidade da medida gráfica

corresponderá a 1/5 = 0,20 m ou 20 cm

Uma escala 1:1 significa que o objeto foi representado em tamanho natural e

dessa forma a escala 1:1 é conhecida como escala natural.

Para se representar uma medida no desenho técnico se utiliza o escalímetro

(escala ou régua triangular) para a medição O escalímetro é um instrumento de

desenho técnico utilizado para desenhar objetos em escala ou facilitar a leitura das

medidas de desenhos representados em escala (Fig.. 1 e 2).

O escalímetro, escala ou régua triangular, é dividido em três faces, cada

qual com duas escalas distintas. Pode-se, nesse caso, através da utilização de

múltiplos ou submúltiplos dessas seis escalas, extrair um grande número de

outras escalas.

Lembrete:

Escala natural, no qual o desenho apresenta as mesmas proporções – Escala:

1/1;

Escala de ampliação, onde o desenho apresenta dimensões maiores – Escala:

½, 1/5, 1/10, 1/20 ou 1/25;

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Escalas de redução, para apresentar os desenhos menores que o real -

Escala: 1/50, 1/100, 1/200 ou 1/250.

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3- Dicas de técnica desenho com auxílio de instrumentos

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O transferidor é utilizado para a tomada de medidas angulares, sendo que

podemos encontrar transferidores de 1800 e 360° (Figura 3). Os ângulos podem ser

obtidas tanto no sentido horário como no sentido anti-horário, dependendo de cada

situação.

Para o traçado de linhas com um determinado ângulo, devemos seguir os

seguintes passos:

a) Traçá-se inicialmente urna linha reta e marca-se um ponto qualquer nessa linha

(vértice do ângulo);

b) Posicione o transferidor sobre essa linha, coincidindo o índex do instrumento com

o ponto marcado anteriormente (vértice);

c) Alinhe o transferidor através da linha de fé com a linha traçada anteriormente;

d) Marque o ângulo desejado no transferidor e, finalmente, trace a linha desejada no

ângulo encontrado (Exemplo na Figura 3 para os ângulos de 430 e 28°).

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3- Dicas de desenho geométrico

Conceitos Geométricos

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Posições relativas

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