desenho tÉcnico bÁsico

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  • O desenho como linguagem uma ferramenta im-portante para a comunicao de informaes, de forma imediata ou detalhada. A todo momento apresentam-se na prtica exemplos de sua uti l izao, como placas de sinalizao, diagramas de funcionamento de aparelhos eletrodomsticos ou design de mveis; aspectos to arraigados do nosso cotidiano que muitas vezes passam desapercebidos.

    O cultivo da capacidade de interpretao e repre-sentao de desenhos bi ou tridimensionais, desde as fases iniciais do aprendizado, uma forma de desenvolver no s a criatividade e coordenao motora, mas igualmente o raciocnio e, ainda, apurar a aptido para comunicao em diferentes aspectos.

    Atendendo meta principal de apresentar de for-ma direcionada e objetiva as informaes relativas ao ensino de desenho na rea tcnica, este livro foi fun-damentado de maneira a permitir que o conhecimento seja construdo sobre bases slidas, ao invs de ser ape-nas transmitido mecanicamente. Dentro desta perspectiva, a abordagem para o ensino do desenho tcnico feita sob a tica da geometria descritiva - em seus aspectos bsicos - levando o estudante a uma compreenso maior da origem e desenvolvimento da representao grfica de elementos ou processos tcnicos.

    Cabe ressaltar ainda que a tendncia atual de ut i l izao crescente de programas de computao grfica, em especial os de CAD (Computer Aided Design),

  • no exclui o aprendizado bsico da representao, ao contrrio, o estudante deve dar um passo alm e buscar o fundamento do desenho tcnico, encontrado na geometria descritiva, a qual torna-se ainda mais importante por sua identificao com a forma de representao tridimensional (modelagem) adotada por estes mesmos programas. O melhor profissional ser aquele que souber utilizar seus conhecimentos para resoluo de problemas que o exerccio de sua atividade lhe apresenta.

    Este trabalho foi inicialmente desenvolvido para atender s necessidades da prtica do ensino de desenho nos cursos da educao profissional de nvel tcnico, que apresentam caractersticas e peculiaridades prprias e carecem de bibliografias abrangentes atualizadas. Desta forma, so fornecidos conceitos tericos sobre a representao grfica - de acordo com as normas aplicveis pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) -para os cursos tcnicos de diversas reas profissionais.

  • MATERIAL PARA DESENHO

  • A execuo de um bom desenho de-

    pende de diversos fatores, como slidos

    conhecimentos tericos, material de boa

    qualidade e o uso de tcnicas adequadas

    para utilizao deste material.

    Neste captulo, ser indicada a relao

    do material bsico necessrio para a con-

    feco do desenho. Existem outros, aqui

    no relacionados, usados para desenhos ou

    operaes especficas, como o desenho a

    nanquim.

  • RELAO DO MATERIAL

    > Prancheta - mesa apropriada para a execuo de desenhos. > Rgua paralela ou "T" - rgua de grande comprimento, sem

    graduao, destinada a traar linhas retas horizontais; a rgua "T" pode tambm traar retas inclinadas ou verticais.

    > Escalmetro - rgua de seco triangular com graduaes em escala (ver captulo sobre escalas) para marcao de medidas.

    > Esquadros - par de rguas em forma de tringulo, preferenci-almente sem graduao, para traar retas em diversos ngulos; so usados em conjunto com a rgua paralela ou "T".

    ESCALMETRO

    ngulos de 30, 60 e 90

    ngulos de 45 e 90

    PAR DE ESQUADROS

    > Compasso - instrumento para traar circunferncias.

  • > Lpis ou lapiseira - variam de acordo com a espessura e dureza do grafite. Os da srie B (ex.: B, 2B) so mais macios e produzem traos mais largos, os da srie H (ex,: H, 2H) so mais duros e produzem traos mais estreitos os intermedirios so HB e F. A escolha do grafite depende da habilidade e experincia do dese-nhista, de acordo com o tipo de trao e acabamento desejado no desenho. A espessura do grafite para lapiseira deve ser tambm es-colhida em funo de seu uso, 0.5 ou 0.3 para traos estreitos, 0.7 ou 0.9 para traos largos.

    > Borrachas - a nica recomendao que sejam borrachas apropriadas para desenho, brancas e macias.

    > Papel - a escolha do papel varia com o tipo de desenho a executar, para o desenho tcnico em geral liso, branco e opaco.

    > Material complementar - flanela, fita adesiva, lixa, escova para desenho.

    > Gabaritos - rguas vazadas com diferentes formas para execuo de figuras repetidas ou de difcil execuo (ex.: elipses, circunferncias, mobilirio, setas etc) .

    > Transferidor - rgua graduada em forma de circunferncia ou semicircunferncia usada para marcar medidas angulares.

  • USO DOS ESQUADROS E RGUA PARALELA OU RGUA "T "

    Os esquadros so utilizados para:

    1. Traar retas ligando dois ppntos quaisquer.

    2. Traar retas com ngulos definidos, com o auxlio da rgua paralela ou do segundo esquadro.

    3, Traar retas verticais com o auxlio da rgua parale-la.

    4. Traar retas paralelas em qualquer direo.

    5. Traar retas perpendiculares em qualquer direo.

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  • RECOMENDAES GERAIS

    > 0 material de desenho deve estar sempre limpo. > Verificar as condies do material e do papel antes do incio

    do desenho. > Estabelecer uma distribuio racional do material sobre a

    mesa de desenho, para facilitar sua utilizao; a mesa deve ficar o mais livre possvel.

    > Cuidar da limpeza do material, do papel e da mesa, tambm durante a execuo do desenho, retirando partculas de borracha e apontando o grafite longe da mesa.

    > Fixar a folha de papel sobre a mesa, com fita adesiva, cui-dando para no invadir as margens da folha.

    > Usar a aresta superior da rgua paralela ou "T" para desenhar. > Usar o escalmetro apenas para marcar medidas, no tra-

    ando linhas com ele. > Proteger a parte concluda do desenho para no sujar. > No apoiar objetos sobre o desenho que possam vir a danific-

    lo ou suj-lo. > Retirar a fita adesiva com cuidado, de dentro para fora, para

    no danificara folha. > Limpar a mesa ao terminar o trabalho.

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  • _ P A D R O N I Z A O E N O R M A T I Z A O

  • Toda representao grfica, principalmente a de desenho tc-

    nico, deve ser executada dentro de padres e regras estabelecidos

    e de conhecimento geral, que permitam seu entendimento por todos

    que os utilizarem. Tais padronizaes e regras so desenvolvidas e

    estabelecidas pela ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcni-cas), de acordo com a ISO (International Organization for Standardization), atendendo s necessidades de intercmbio de tecnologia entre os pases.

    Existem diversas normas relativas ao desenho, algumas gerais e

    outras especficas de cada rea de conhecimento (arquitetura, ele-trnica, etc) . Neste livro sero abordadas apenas as normas refe-rentes ao desenho tcnico bsico, comum a todas as reas.

    Alm deste captulo inicial, sero apresentadas outras normas

    ao longo do livro, conforme sua utilizao se faa necessria.

  • 1 FOLHA DE DESENHO LEIAUTE E DIMENSES

    As caractersticas dimensionais das folhas em branco e pr-impressas a serem aplicadas em todos os desenhos tcnicos so padronizadas.

    Os formatos das folhas recomendadas para desenho tcnico so os da srie A normatizados pela ABNT. So os formatos basea-dos em um retngulo de rea igual a 1 m2 e lados medindo 1189 mm x 841 mm. Deste formato bsico, designado por AO (A zero), deri-va-se a srie A, atravs de bipartio, conforme a figura.

    As folhas de desenho acima do padro A4 (210 x 297 mm) devem ser dobradas para facilitar o arquivamento. O tamanho final de todos os formatos o A4, e a forma de dobragem dada nas figuras a seguir.

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  • A margem esquerda de 25 mm destinada perfurao ou coloca-o de grampos para arquivamento.

    A legenda deve ficar sempre na parte externa ao final do dobra-mento, de forma a facilitar sua leitura.

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  • LEGENDA

    A legenda o espao destinado colocao de informaes sobre o desenho. Deve conter seu nmero, ttulo, origem, data, es-cala, profissional responsvel pelo desenho, contedo e demais informaes pertinentes. Sua altura pode variar, apenas sua largura especificada pela norma, como:

    AO eAl - 175 mm

    A2 , A3 e A4 - 178 mm

    No total, o espao reservado para a legenda somado margem direita sempre resultar em um mdulo de 185 mm.

    O espao vertical acima da legenda deve ser reservado para ou-tras informaes, como convenes especficas, tabelas ou notas sobre o desenho. Este espao pode ser mudado, por convenincia, para a parte horizontal ao lado da legenda.

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  • CALIGRAFIA TCNICA

    A caligrafia usada nos desenhos tcnicos definida pela ABNT; e deve respeitar alguns requisitos bsicos, como ser bem legvel, de rpida execuo e proporcional ao desenho. Pode ser executada mo-livre ou com auxlio de normgrafo (mais usado no desenho a nanquim).

    O modelo de caligrafia tcnica apresentado abaixo.

    Na execuo da cal igrafia tcnica, alguns itens devem ser observados:

    > Linhas de guia - linhas necessrias para manter as letras e nmeros com a mesma altura ou mesma inclinao, devem ser execu-tadas com trao contnuo e estreito.

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  • > Altura das letras - baseada na altura das letras maisculas, sendo o mnimo de 2,5 mm, com dimenses proporcionais, conforme o quadro e o exemplo a seguir:

    A tabela acima uma simplificao da apresentada pela norma tcnica; as distncias entre letras ou palavras so, em geral, realiza-das visualmente, sem medidas, mas de modo uniforme. Para melhorar o efeito visual em alguns casos a distncia entre os caracteres deve ser alterada, como entre as letras LA, TV ou LT.

    A altura das letras e algarismos escolhida de acordo com a importncia do texto que ser escrito; para ttulos, tamanhos maio-res (7 ou 10 mm), para observaes e notas, tamanhos menores (geralmente 3 mm).

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  • APLICAO E TIPOS DE LINHA

    A diferenciao entre os elementos de um desenho dada pela espessura e tipo das linhas utilizadas. De modo geral, sua espessura definida pela prtica para cada elemento, com pouca variao, dependendo ainda do tipo de desenho e importncia do detalhe.

    Deve-se respeitar as seguintes recomendaes gerais:

    > A espessura e o espaamento das linhas proporcionais escala do desenho.

    > A espessura de linhas estabelecida para uso em um desenho mantm-se em todo ele, assim como em pranchas complementares.

    Os tipos de linha com seu uso so:

    Larga - contornos e arestas visveis.

    Estreita - linhas auxiliares, de cota, de cha-mada, hachuras.

    Larga - contornos e arestas no visveis.

    Larga - para superfcies com indicao especial.

    Estreita - linhas de centro, eixos de simetria, trajetrias.

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  • Trao e dois pontos estreita - limite de peas mveis, centros de gravida-de, detalhes situados antes do plano de corte.

    Trao ponto estreita com espes-samento nas extremidades e nas mudanas de direo - localizao de planos de corte.

    Contnua em ziguezague e estreita -linha de interrupo.

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  • NOES DE PROJEO

  • Neste captulo sero estudadas as informaes bsicas sobre

    desenho projetivo, do qual se origina o desenho tcnico. Estas infor-maes incluem desde a definio dos elementos necessrios

    projeo, at o estudo de projeo de slidos, que est diretamente relacionado ao desenho tcnico.

  • PROJEO

    Pro je ta r significa representar graficamente, em um plano, uma figura localizada no espao.

    Elementos Os elementos para projetar so:

    > (P) - centro de projeo, plo ou vrtice. > Tringulo (A) (B) (C) - figura plana no espao, a ser projetada. > (a ) - plano de projeo. > ( P ) ( A ) , ( P ) ( B ) , (P ) (C) - raios projetantes. > Tringulo ABC - projeo do tringulo (A)(B)(C) sobre o

    plano (a).

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  • Tipos de projeo > Projeo cnica ou central - o centro de projeo est a

    uma distncia finita do plano de projeo (exemplo dado anterior-mente) e os raios projetantes so divergentes.

    > Projeo cilndrica ou paralela - o centro de projeo est a uma distncia infinita do plano de projeo e os raios projetantes so paralelos entre si. A Projeo Cilndrica pode ser:

    Oblqua: os raios projetantes formam com o plano de projeo um ngulo diferente de 90.

    Ortogonal: os raios projetantes formam com o plano de projeo um ngulo de 90.

  • DIEDROS DE PROJEO

    D o s dois tipos de projeo, ser dada maior nfase ao estudo da projeo cilndrica, em especial a ortogonal, que por suas caractersticas apresenta projees em verdadeira grandeza (V.G.)-

    Para localizar um determinado ponto no espao na projeo cilndrica ortogonal so necessrias duas projees ortogonais. Usa-se, portanto, um sistema de dois planos de projeo perpendi-culares entre si, um na posio horizontal (n) e outro na vertical (TC'), que se interceptam determinando uma reta denominada linha de terra (LT). Esse sistema projetivo formado por dois planos ortogonais de projeo foi criado por Gaspar Monge.

    Os planos {%) e {%') determinam no espao quatro pores iguais denominadas diedros.

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  • PURA

    P a r a desenhar e interpretar as projees necessrio que os dois planos de projeo sejam representados em uma nica superfcie plana. Isto obtido fazendo-se com que um dos planos seja rebatido sobre o outro, num giro de 90 em torno da linha de terra (LT), ou seja, fazer com que (rc) e (it') sejam coincidentes. O resultado desse processo denominado pura.

    A linha que une as projees A e A' do ponto (A) denomina-se linha de chamada ou linha de projeo, e perpendicular linha de terra.

    Em pura, convenciona-se suprimir o contorno dos planos e repre-sentar a linha de terra acrescida de dois pequenos traos colocados abaixo e paralelos mesma.

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  • Para a melhor localizao de um ponto no espao, utiliza-se um terceiro plano de projeo, de perfil, perpendicular aos outros dois e com posio arbitrria em relao aos mesmos. A interseo dos trs planos de projeo define um ponto denominado origem (O), que em pura pode representara posio do plano de perfil (TI"). Desta forma, cada ponto ser definido atravs de trs coordenadas (x, y, z) que correspondem a: abscissa, afastamento e cota.

    > Abscissa (x) - a projeo da distncia do ponto (A) ao plano de perfil

    > Afastamento (y) - a projeo da distncia do ponto (A) ao plano vertical

    > Cota (z) - a projeo da distncia do ponto (A) ao plano horizontal

    O rebatimento do plano de perfil feito num giro de 90 sobre o plano vertical , ou seja, fazendo-se com que e sejam coincidentes.

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  • ESTUDO DOS SEGMENTOS DE RETA NO 1 DIEDRO

    Posies do segmento em relao a um plano de projeo

    Para se projetar um segmento, basta projetar seus dois pontos extremos. No entanto, pode-se simplificar ainda mais sua projeo, conhecendo-se as trs possveis posies do segmento em relao aos planos de projeo. Estas posies so analisadas a seguir:

    > Segmentos de reta paralelos ao plano de projeo - sua projeo se apresenta em verdadeira grandeza (V.G.), ou seja, com sua medida e/ou inclinao reais. No importa qual a posio do plano (hori-zontal, vertical ou de perfil), a projeo ser sempre em V.G.

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  • > Segmentos de reta perpendiculares ao plano de projeo -sua projeo se apresenta reduzida a um ponto. No importa qual a posio do plano (horizontal, vertical ou de perfil), a projeo ser sempre um ponto.

    > Segmentos de reta oblquos em relao ao plano de pro-jeo - sua projeo se apresenta como um segmento de reta com deformao linear, ou seja, com medidas diferentes das reais. No importa qual a posio do plano (horizontal, vertical ou de perfil), a projeo ter sempre uma deformao linear.

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  • Foi visto que o ponto fica melhor representado em trs projees. Assim, o estudo do segmento de reta ser considerado tambm em relao aos trs planos de projeo, de acordo com sua posio relativa a cada um destes planos. Um segmento de reta paralelo a um determinado plano pode estar oblquo ou perpendicular a um ou aos dois outros, e vice-versa.

    Sero analisadas a seguir as possveis posies que um segmento de reta pode assumir e, como informao suplementar, so apresen-tados os nomes dados a estes segmentos na geometria descritiva.

    Posies relativas aos trs planos de projeo

    > Fronto-horizontal - paralelo aos planos e , e per-pendicular ao plano de perfil . Suas projees no plano horizontal e no vertical apresentam-se em verdadeira grandeza (V.G.), e no de perfil um ponto.

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  • > De topo - paralelo aos planos e ,e perpendicular ao plano de projeo . Suas projees no plano horizontal e no de perfil apresentam-se em V.G., e no vertical um ponto.

    > Vertical - paralelo aos planos e , e perpendicular ao plano de projeo (TI). Suas projees no plano vertical e no de perfil apresentam-se em V.G., e no horizontal um ponto.

    Observao: Um segmento de reta perpendicular a qualquer um dos planos de projeo ser necessariamente paralelo aos outros dois.

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  • > Horizontal - paralelo ao plano e oblquo em relao aos planos e . Sua projeo no plano horizontal apresenta-se em V.G.

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  • > De perfil - paralelo ao plano ( P " ) e oblquo em relao aos planos ( p ) e ( p '). Sua projeo no plano de perfil apresenta-se em V.G.

    Observao: Quando o segmento de reta est oblquo em relao a um plano de projeo, sua projeo aprsenta deformao linerar. O ngulo de inclinao de segmento em relao a este plano se apresenta em V.G. no plano ao qual est paralelo.

    > Genrico ou qualquer - por estar inclinado em relao aos trs planos, no apresenta V.G. em nenhuma de suas projees.

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  • ESTUDO DE FIGURAS GEOMTRICAS PLANAS NO 1 DIEDRO

    A projeo de figuras geomtricas planas feita de forma semelhante dos segmentos de reta, que formam seus lados. As possveis posies das figuras em relao aos planos de projeo so analisadas a seguir.

    Posies das figuras planas em relao a um plano de projeo

    > Figuras paralelas ao plano de projeo - sua projeo se apresenta em verdadeira grandeza (V.G.), ou seja, com suas medidas e ngulos reais. No importa qual a posio do plano (horizontal, vertical ou de perfil), a projeo ser sempre em V.G.

    > Figuras perpendiculares ao plano de projeo - sua pro-jeo se apresenta reduzida a um segmento de reta. No importa qual a posio do plano (horizontal, vertical ou de perfil), a projeo ser sempre um segmento de reta.

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  • > Figuras oblquas em relao ao plano de projeo - sua projeo se apresenta como uma figura deformada, ou seja, com medidas lineares e angulares diferentes das reais. No importa qual a posio do plano (horizontal, vertical ou de perfil), a projeo ser sempre deformada.

    Observao: As figuras so deformadas apenas quanto s

    medidas de seus lados e seus ngulos; o triangulo aparece na projeo como um tringulo diferente do original, o quadrado passa a ter lados de tamanhos diferentes, a circunferncia torna-se semelhante a uma elipse etc. Ao trabalhar com os trs planos de projeo, as figuras devero

    ser analisadas de acordo com suas posies relativas a cada um destes planos. Lembre sempre que numa figura geomtrica plana, os lados so segmentos de reta, logo suas projees obedecero s regras quanto projeo dos segmentos. A seguir so apresentados alguns exemplos de projeo de figuras simples em relao aos trs planos de projeo.

    Posies relativas aos trs planos de projeo

    O retngulo est paralelo ao plano (P) e perpendicular aos planos (p') e (p"). Logo, apresenta V.G. apenas na projeo horizontal e torna-se um segmento de reta nas projees vertical e de perfil.

    33

  • 34

  • ESTUDO DE SLIDOS GEOMTRICOS NO 1 DIEDRO

    A projeo de slidos feita de forma semelhante das figuras planas, que formam suas faces. As figuras planas so definidas pe-los segmentos que formam seus lados, que por sua vez tm por extremidade dois pontos. Para definir as projees de um slido, deve-se primeiro projetar suas faces, em casos mais complexos pode-se projetar pontos isolados.

    As faces do slido projetado ao lado so retngulos paralelos ou perpendicula-res aos diferentes planos; sua projeo fica ento determinada pela juno destas faces.

    Considerando a face em destaque, vemos que est paralela a (n) e perpen-

    dicular a (K') e (%"); ento a projeo horizontal est em VG e as demais reduzidas a um segmento de reta.

    O slido projetado ao lado tem base retangular e faces triangulares, sua projeo fica ento determinada pela juno destas faces.

    Considerando a face em destaque, ve-mos que est oblqua em relao a ( p" ) e (TI") e perpendicular a (p' ); ento as pro-jees horizontal e de perfil permanecem triangulares mas esto deformadas, e a vertical reduzida a um segmento de reta.

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  • O slido projetado ao lado tem uma face circular e sua lateral uma superf-cie curvilnea, sua projeo fica ento determinada pela projeo do crculo e o contorno da lateral.

    Considerando a face em destaque, ve-mos que est perpendicular a (p) e (p ' ) e

    paralela a ( P "); ento as projees horizontal e vertical so reduzidas a um segmento de reta e a de perfil est em V.G.

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  • UNIDADE IV

    DESENHO PROJETIVO APLICADO NO

    DESENHO TCNICO

  • Dos quatro diedros formados pela interseo dos planos horizon-tal e vertical de projeo, apenas o 1 e 3a diedros so utilizados em desenho tcnico. O 1 diedro tambm denominado de sistema europeu de projeo, e o 3a diedro, de sistema americano de projeo. Daremos mais nfase ao estudo da projeo no 1 diedro, por ser este o sistema de representao mais usado no Brasil.

  • VISTAS ORTOGRFICAS

    Vistas ortogrficas principais No desenho tcnico, as representaes grficas obtidas atravs

    da projeo ortogonal do objeto nos planos de projeo, corres-pondero s trs vistas ortogrficas principais.

    > A projeo no plano vertical corresponde vista de frente ou frontal.

    > A projeo no plano horizontal corresponde vista de cima ou superior.

    > A projeo no plano de perfil corresponde vista lateral esquerda.

    Observao: A localizao ao plano de perfil arbitrria , mas., geralmente. em desenho tcnico, ele fica situado a direita do objeto, sendo o sentido de observao dd esquerda para a direita, sndo assim . ns temos a projeo da lateral esquerda do objeto.

    PROJEO DO SLIDO NO Ia DIEDRO

    39

  • Na representao em desenho tcnico, as linhas de interseo entre os planos de projeo so eliminadas. Para a construo das vistas deve-se usar linhas auxiliares que iro determinar o perfeito alinhamento entre as mesmas, segundo um dos processos mostrados a seguir:

    VISTA FRONTAL VISTA LATERAL ESQUERDA

    VISTA SUPERIOR VISTA SUPERIOR

    ARCOS CONCENTRICOS LINHAS A 4 5

    Aps a definio das vistas, as linhas auxiliares so eliminadas.

    Observao: No necessrio nomear as vistas, j que suas posies so constantes, de acordo com as projees horizontal, vertical e de perfil definidas anteriormente.

    A distncia entre a vista frontal e a superior, e entre a vista frontal e a lateral esquerda, dever ser sempre a mesma, no mnimo 20mm, a fim de no dificultar a cotagem do desenho (ver i tem referente cotagem).

    O desenho dever ser distribudo simetricamente pela folha, de forma que o enquadramento fique com melhor aspecto.

    40

  • Seis vistas ortogrficas As trs vistas ortogrficas principais (frontal, superior e lateral

    esquerda) por vezes no conseguem esclarecer suficientemente a forma de objetos mais complexos. Alm de outros recursos, pode-se aumentar o nmero de vistas para seis.

    So considerados dois planos em cada posio:

    > Horizontal - abaixo e acima do slido. > Vertical - atrs e frente do slido. > De perfil- direita e esquerda do

    slido.

    O posicionamento das vistas feito de uma das formas a seguir:

    VISTAS NO Ia DIEDRO VISTAS NO 3S DIEDRO

    Escolha das vistas Deve-se executar tantas vistas quantas forem necessrias per-

    feita caracterizao da forma do objeto; estas devem ser selecionadas conforme os seguintes critrios:

    a) A vista mais importante de um objeto deve ser utilizada como a vista frontal, contendo preferencialmente o comprimento da pea e/ ou o maior nmero de detalhes.

    b) Limitar ao mximo o nmero de vistas. c) Evitar vistas com repetio de detalhes.

  • LEITURA E INTERPRETAO DE UM DESENHO TCNICO

    Linhas Para ler e interpretar desenho tcnico indispensvel que se co-

    nheam as linhas mais utilizadas na representao de um objeto em vistas ortogrficas.

    > Linha para contornos e arestas visveis - uma linha contnua, larga e uniforme, que serve para indicar as arestas visveis do objeto.

    > Linha para contornos e arestas no visveis - uma linha tracejada, larga e uniforme, que serve para indicar as arestas no visveis do objeto.

    > Linha de centro - linha es-treita formada de traos e pontos alternados uniformemente. Ela ser-ve para indicar no desenho o centro de furos (circulares ou quadrados), arcos de circunferncia etc.

  • > Eixo de simetria - seme-lhante linha de centro. Serve para indicar que o objeto simtrico, ou seja, que pode ser dividido em duas partes iguais e opostas.

    Ordem de prioridade de linhas coincidentes

    Se ocorrer coincidncia, em projeo, de duas ou mais linhas de diferentes tipos, a representao ser feita com a seguinte ordem de prioridade.

    1) Arestas e contornos visveis.

    2) Arestas e contornos no visveis.

    3) Linhas de centro e eixos de simetria.

    4) Linhas de cota e auxiliares.

    43

    Observaes: O ci\izj>ncnzci rf.is l.nhas de ccntio e dofi eno-- f/v vneiria antte L/if3 fonva, r/et-Jo ,?s ri'dcttTis r,7s J . ^ rriigitjnuis CVJI'(7/,7 nJi i -.e/j a /vvu.7 wa/s u i f e u mvn j je

    'W* fi;t.rris /I,->S I/ / I H , tv.-N/.'e a Um^dc II, /re,n -/ --4AJI /GO T/P Pi /rt4.

  • Posies relativas das linhas de desenho

    > Se uma aresta visvel for limite de outra no visvel, esta deve toc-la.

    > Se as linhas no visveis tm um vrtice comum, isto , so concorrentes, devem se cruzar ou tocar naquele ponto.

    > Se as linhas no visveis no tm um vrtice comum, elas devem ser interrompidas no cruzamento.

    > Se uma aresta no vis-vel, em projeo, "cruzar com uma visvel, sendo que as duas no so concorrentes, a no visvel deve ser interrompida.

    > O contorno no visvel de um arco deve tocar as linhas de centro do mesmo.

    44

  • > Quando houver duas linhas no visveis paralelas representan-do o mesmo detalhe, estas devem ter traos uniformes, lado a lado.

    > Quando houver linhas no visveis paralelas representando detalhes diferentes, a distino deve ser feita atravs de traos e espaos desalinhados.

    45

  • SUPRESSO DE VISTAS

    Nesse exemplo bastam as vistas frontal e lateral esquerda para representar o ob je to per fe i ta-mente, uma vez que a superior no acrescenta nenhuma informao.

    46

    De acordo com o que foi visto anteriormente, um objeto pode ser representado atravs das trs vistas ortogrficas principais (frontal, lateral esquerda e superior) ou por mais de trs vistas (at seis), conforme a sua complexidade de forma ou detalhes.

    Se o objeto tiver formas e detalhes simples, a sua representao pode ser reduzida de trs para duas ou para uma nica vista. Ao suprimir alguma vista, deve-se obedecer a alguns critrios, como:

    > A vista frontal sempre ser mantida, uma vez que a de maior importncia.

    > Sero suprimidas as vistas que no apresentarem detalhes im-portantes para a compreenso da forma do objeto, como por exemplo raios de circunferncia e ngulos.

  • EXEMPLO 2

    Nesse exemplo as vistas frontal e superior so necessrias.

    EXEMPLO 3

    Observe que esse objeto est re-presentado atravs de duas vistas, mas, devido sua simplicidade e si-metria, podemos reduzir para vista nica. A representao em vista nica possvel pelo uso de al-guns smbolos, tais como: 0 -dimetro, D - quadrado, e diagonais que indicam superfcies planas (ver prximo exemplo).

  • EXEMPLO 4

    Mais um exemplo de aplicao de vista nica. Agora com uso do smbolo de quadrado e das dia-gonais (em linha contnua estreita e uniforme).

    EXEMPLO 5

    Em objetos planos, como chapas ou placas de pequena espessura, a representao simplificada com a indicao da espessura (ESP) da pea em vista nica; esta indicao pode ser feita interna ou externamente, de acordo com o espao disponvel. Quando externa, a indicao deve se localizar, preferencialmente, no canto inferior direito da vista nica.

    48

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    NOES DE D I M E N S I O N A M E N T O

    E COTAGEM

  • Os desenhos para fabricao ou produo devem possuir todas as informaes necessrias sua execuo, tais como: medidas, tipo de material, acabamento, etc.

    As medidas so dadas atravs da cotagem destes desenhos, que deve ser feita de forma clara, sem omisses.

    Toda a cotagem segue uma padronizao que visa facilitar seu entendimento. Portanto, para se ler e interpretar a cotagem de um desenho necessrio conhecer alguns de seus elementos.

  • ELEMENTOS

    Os elementos descritos abaixo esto exemplificados na pgina seguinte.

    > Linha de cota - estreita e contnua, traada paralelamente s dimenses da pea, distando aproximadamente 7 mm do contorno do desenho.

    > Setas - devem ser delgadas, abertas ou fechadas, e ter ngulo de 15 (ou dimenses de aproximadamente 3 mm por 1 mm).

    Observao: H casos em que a seta substituda por linhas oblquas; estas devem ser feitas em trao mdio e inclinao de 45, normalmente so usadas em desenho de arquitetura.

    > Linha auxiliar ou de extenso - estreita e contnua, limita as linhas de cota. A linha auxiliar no pode encostar nas linhas de con-torno do elemento do desenho que est sendo cotado, e deve ultrapassar um pouco as linhas de cota ( 3 mm) ; so perpendicula-res aos elementos do desenho a que se referem, mas em casos especficos podem ser inclinadas a 60.

    > Cotas - so os valores numricos que representam as medidas da pea. So escritas centralizadas e acima das linhas de cota quan-do na horizontal, ou centralizadas e sua esquerda quando na vertical. A altura mnima dos algarismos deve ser de 2,5 mm.

    51

  • Linha de extenso inclinada a 60

    DETALHE DA SETA POSIES DA COTA EM RELAO

    LINHA DE COTA

    52

  • TCNICAS DE COTAGEM

    Existem algumas regras fixas para a representao das cotas, embora seu posicionamento admita uma certa variao de acordo com as caractersticas de cada pea. Sendo assim, observe com ateno algumas regras bsicas:

    > Deve-se indicar sempre as medidas totais de uma pea (altura, largura, comprimento). Essas medidas devero estar localizadas en-tre as duas vistas a que tal dimenso seja comum.

    > As cotas so colocadas na vista que melhor caracteriza o de-talhe a que se refere, distribuindo-as entre todas as vistas da pea.

    > A cotagem deve ser feita de preferncia fora da vista, sendo porm, em alguns casos, aceitvel cotar-se internamente.

    > Deve-se evitar cotas em arestas no visveis, se necessrio aplicando um corte (ver Unidade IX- CORTES).

    53

  • > Deve-se evitar que as linhas de cota interceptem as linhas representadas no desenho ou se interceptem entre si. Desta forma, as cotas maiores devero ser colocadas por fora das menores; e a distncia entre duas linhas de cota paralelas deve ser de aproxima-damente 7 mm.

    NO ACONSELHVEL MODO MAIS CORRETO

    > Quando o espao a cotar for pequeno, as setas devem ser representadas externamente, no prolongamento da linha de cota de-senhado com esta finalidade. Quando existirem duas cotas pequenas consecutivas, a seta entre elas ser substituda por um trao oblquo a 45.

    Observao: De maneira geral, as cotas com valor abaixo de 10 mm {Escala natural - ver item sobre escalas) tem as setas deslocadas para fora.

    > A localizao de detalhes circulares ser sempre feita em funo do centro.

    > Linhas de centro, linhas de contorno e eixos de simetria podem ser usados como linhas de extenso, mas jamais como linhas de cota.

    54

  • > As linhas de centro e eixos de simetria no devem interceptar a linha de cota.

    ,5 10_

    MODO CORRETO ERRADO

    > As circunferncias so cotadas interna o externamente, de-pendendo do espao disponvel. Quando cotada internamente, a linha de cota dever estar inclinada a 45.

    > Na cotagem de vrias circunferncias concntricas, deve-se evitar colocar mais de duas cotas passando pelo centro a fim de no dificultar a leitura do desenho.

    > Os raios de arcos so cotados interna ou externamente, de acordo com o espao disponvel.

    55

  • > Quando o centro de um arco de grande raio estiver localizado fora dos limites do desenho, o raio poder ser representado por uma linha quebrada duas vezes ou apenas por um trecho do raio real (a direo da cota aponta para a localizao real do centro do arco).

    > Para a cotagem de ngulos, os valores devero ser dispostos de acordo com o quadrante, em uma das formas apresentadas na figura.

    > Na cotagem de peas com truncamento (corte) em bisel ou chanfrados, procede-se como um dos exemplos dados a seguir.

    56

  • > Quando se utilizam indicadores de cotagem, estes devero es-tar inclinados a 30, 45 ou 60, com a seta tocando o detalhe, escrevendo-se a notao na extenso horizontal do indicador.

    4 FUROS 05

    > Em algumas peas, para auxiliar a cotagem, so utilizados pon-tos resultantes da interseo de duas linhas de construo da pea.

    57

  • PERSPECTIVA

  • Perspectiva o mtodo de representao grfica dos objetos que apresenta sua forma no modo mais prximo como so vistos. uma representao tridimensional que fornece, atravs de um nico desenho, a forma da pea em estudo.

    A perspectiva resultado de uma projeo, sendo assim, o centro de projeo o olho do observador; as projetantes correspondem aos raios visuais e a projeo no plano a perspectiva do desenho.

    De acordo com isso, teremos: > Projeo cnica - Perspectiva cnica ou exata. > Projeo cilndrica oblqua - Perspectiva cavaleira. > Projeo cilndrica ortogonal - Perspectiva axonomtrica.

    Esta ltima divide-se em: - isomtrica -dimtrica - trimtrica

    Observao: O termo axonometria vem do grego axon (eixo) e metron ( medida )

    Sero examinadas em detalhes apenas a perspectiva isomtrica e a perspectiva cavaleira por serem as mais utilizadas na representa-o de desenho tcnico.

  • PERSPECTIVA ISOMTRICA

    O objeto representado de tal maneira que permite demonstrar trs de suas faces, que correspondem geralmente frontal, lateral esquerda e superior.

    As trs faces so ligadas entre si, num s desenho, montadas sobre trs eixos, perpendiculares entre si, que servem de suporte s trs dimenses (altura, largura e comprimento) e so colocados obliquamente em relao ao plano de projeo.

    Na perspectiva isomtrica, os trs eixos no espao esto igualmente inclinados em relao ao plano de projeo, sendo assim, os ngulos formados pelos eixos projetados so iguais a 120.

    61

  • A posio no papel do eixo OZ e vertical (eixo das alturas) e os eixos OX (eixo dos comprimentos) e OY (eixo das larguras) formam ngulo de 30 com a reta horizontal.

    Construo da perspectiva A construo da perspectiva isomtrica de um objeto feita a

    partir de um slido envolvente, cujas dimenses totais (altura, comprimento e largura) so medidas sobre os trs eixos. Sobre este slido, so marcados os detalhes do objeto, traando-se retas paralelas aos trs eixos.

    A representao em perspectiva isomtrica provoca uma pequena deformao visual. Nas medidas dos objetos aplicado um coeficiente de reduo que corresponde a 0,816 do comprimento real. Para facilitar a execuo do desenho, abandona-se o coeficiente de reduo, aplicando-se as medidas em verdadeira gran-deza sobre os trs eixos. Este procedimento tem o nome de desenho isomtrico e aproximadamente 20% maior do que a perspectiva isomtrica.

    DESENHO ISOMTRICO

    PERSPECTIVA ISOMTRICA

    62

  • Observao: Apesar da denominao de desenho isomtrico, muitas vezes,

    na prtica , utiliza-se o termo perpectiva isomtrica mesmo sem a aplicao do fator de reduo.

    Linhas no isometricas So as arestas no paralelas aos eixos axonomtricos. Para o

    traado de arestas no isometricas deve-se considerar o slido envolvente como elemento auxiliar, marcando-se os pontos extremos das linhas no isometricas e unindo-os posteriormente. Os ngulos, assim como as arestas no isometricas, no so representados em verdadeira grandeza em perspectiva; para seu traado utilizamos o mesmo recurso das arestas no isometricas, ou seja, considerar o slido envolvente como elemento auxiliar.

    No exemplo, a marcao do plano inclinado (chanfrado) feita pela localizao dos pontos 1 e 2, que so unidos; e, a partir de 3, traada uma paralela ao lado j construdo. Da mesma forma defini-do o recorte na parte inferior da pea.

    Perspectiva isomtrica da circunferncia

    A perspectiva isomtrica de uma circunferncia uma elipse. Como sua construo no pode ser executada por instrumentos usuais, recomenda-se a substituio da verdadeira elipse por uma oval regular (ou falsa elipse) de quatro centros.

    63

  • O processo consiste em: 1. Construir um quadrado isomtrico (ABCD) cujo lado igual ao

    dimetro da circunferncia (quadrado circunscrito). 2. Determinar os pontos mdios (M l , M2, M3 e M4) dos lados do

    quadrado, que so os pontos de tangncia da falsa elipse.

    3. Unir os vrtices dos ngulos obtusos do quadrado isomtrico aos pontos mdios opostos a eles (AM2, AM4, CMl, CM3), determi-nando os pontos E e F.

    4. A partir dos vrtices A e C (ngulos obtusos) traar arcos com raio igual a AM4 (ou AM2), e CMl (ou CM3). E, a partir dos pontos E e F, traar arcos menores com raio igual a EM4 (ou EM1), e FM2 (ou FM3).

    O processo o mesmo para as faces frontal e lateral esquerda, mudando apenas a posio do quadrado inicial. A construo de ar-cos de circunferncia segue o mesmo processo.

    Observe que para completar a perspectiva de um slido, ser ne-cessrio desenhar outra circunferncia, ou arco, na face paralela e oposta primeira, j traada. Esta outra circunferncia ter as mes-mas dimenses e seus vrtices sero isometricamente coincidentes, ou seja, sero ligados por linhas paralelas a um dos eixos isometricos (como a linha que liga os pontos E e E' na figura a seguir, que paralela ao eixo vertical).

    64

  • As duas circunferncias em perspectiva sero ligadas por linhas que compem faces do slido (seriam como os lados de um cilindro); estas linhas so tangentes aos arcos que compem a circunferncia, e para definir sua posio basta ligar os pontos de interseo entre os arcos traados e as diagonais maiores dos quadrados isometricos (pontos 1 e 2).

    65

  • PERSPECTIVA CAVALEIRA

    Na perspectiva cavaleira, as trs faces do objeto tambm so mon-tadas sobre trs eixos que partem de um vrtice comum, sendo que uma das faces representada de frente, em verdadeira grandeza (V.G.)/ isto , o objeto tem uma das faces paralela ao plano de projeo. As outras faces se projetam obliquamente (inclinadas) sob um determinado ngulo

    , e sofrem com isso uma deformao em perspectiva.

    Coeficiente de alterao Para proporcionar uma forma agradvel e reconhecvel ao objeto,

    usa-se um coeficiente de alterao ou reduo (K) no eixo das larguras, que varia de acordo com o seu ngulo de inclinao (())) que pode ser de 30, 45 ou 60.

  • Observao: Na prtica , a representao mais utilizada a perspectiva cavaleira a 45 , devido a facilidade de excuo .

    A principal vantagem do emprego da perspectiva cavaleira est na representao de objetos cuja face frontal contm detalhes circulares ou irregulares que aparecero em verdadeira grandeza, como mostram os dois exemplos a seguir.

    Seu uso no recomendado para objetos com detalhes circulares nas faces que no esto em V.G., uma vez que no h mtodo exato para traado de circunferncias em perspectiva cavaleira.

    A posio do terceiro eixo determina quais faces do slido sero representadas na perspectiva; em geral, so usadas as duas primeiras posies mostradas na figura ao lado, que apresentam a face superior do slido.

    67

  • ESCALAS NUMRICAS

  • O desenho de um objeto, em geral, no pode ser executado e tamanho natural; em muitos casos o objeto grande ou peque demais. A escala permite aumentar, diminuir ou manter o tamanho objeto no desenho de acordo com cada situao.

    A escala nada mais que uma razo de semelhana entre medidas do desenho e as medidas reais do objeto, derivada expresso d / 0 = K , onde:

    d = medida grfica (desenho) O = medida natural (objeto) K = razo ("Ttulo da Escala")

  • TIPOS DE ESCALA

    Uma escala pode ser:

    > Natural - as medidas do desenho e do objeto so iguais, a escala 1 / 1 (uma unidade do desenho corresponde a uma unidade do objeto).

    > De reduo - as medidas do desenho so menores que as do objeto, a escala l / X .

    Ex.: escala 1/2 - uma unidade do desenho corresponde a duas unidades do objeto.

    > De ampliao - as medidas do desenho so maiores que as do objeto, a escala X / l .

    Ex.: escala 2/1 - duas unidades do desenho correspondem a uma unidade do objeto.

    A nomenclatura da escala lida como 1 para 1, 1 para X ou X para 1.

    A expresso d /0=K pode ser aplicada em trs problemas bsicos:

    Dados o ttulo da escala (K) e a medida natural (O): K= 1/100 e 0=8m.

    d /0=K -> d / 8 = l / 1 0 0 -> d=0,08m ou d=8cm.

    Logo, o desenho de um objeto com dimenso de 8 m na escala 1/100 mede 8 cm.

    Dados o ttulo da escala (K) e a medida grfica (d): K=2 / l e d=8cm. d /0=K -> 8 / 0 = 2 / 1 -> 0=4cm.

    Logo, a dimenso real de um objeto desenhado com 8 cm na escala 2 / 1 , de 4 cm.

    71

  • Dadas a medida grfica (d) e a medida natural (O): d=16cm e 0=8m. d/0=K -> K=16cm / 800cm -> K=l /50.

    Logo, o ttulo da escala que corresponde a uma relao de 16 cm no desenho e 8 m do objeto real ser 1/50. Outro exemplo: d=15cm e 0=3cm. d/0=K -> K=15/3 -> K=5/1.

    Logo, o ttulo da escala que corresponde a uma relao de 15 cm no desenho e 3 cm do objeto real ser 5 / 1 .

    72

  • ESCALAS RECOMENDADAS

    A ABNT recomenda as seguintes escalas:

    > De reduo: 1/2, 1/5, 1/10, 1/20, 1/50,1/100, 1/200,1/500, 1/1000,1/2000, 1/5000,1/10000.

    > De ampliao: 2 / 1 , 5 / 1 , 1 0 / 1 , 2 0 / 1 , 5 0 / 1 .

    Observaes gerais: Ao se executar um desenho , a escala utilizada dever ser

    sempre indicada na legenda, no espao destinado para tal. Existindo desenhos em diferentes escala, estas devero vir indicadas abaixo e a direita de cada um; a escala que predomina indicada na legenda. As dimenses a serem usadas na cotage, sero sempre as dimenses reais do objeot, mesmo quando este estiver em escala, e no as correspondentes ao desenho. Os ngulos no sofrem reduo ou ampliao em sua abertura, independentemente da escala utilizada no desenho.

    73

  • ESCALIMETRO

    E um instrumento de medio linear, em forma de prisma triangu-lar, contendo em cada face duas graduaes (ao todo sero seis), Estas graduaes correspondem a diferentes escalas numricas, to-das de reduo, indicadas por seu ttulo. A principal vantagem desse instrumento para o desenhista est na economia de tempo no clculo das dimenses do desenho.

    Observao: Os escalimetros e as rgua graduadas devem

    ser usadas exclusivamente para medio, para o traada o traado usam as rguas no graduadas ou os esquadros .

    No escalmetro, todas as graduaes so feitas utilizando como unidade de medida o metro e aplicando a respectiva reduo. Para o escalmetro n 1, o mais usado, teremos:

    > Escala 1/50 (e 1/75), 1 metro reduzido 50 (ou 75) vezes, com 10 subdivises que correspondem a 10 centmetros, e cada uma delas bipartida, resultando em divises de 5 cm.

    74

    > Escala 1/100 (e 1/125), 1 metro reduzido 100 (ou 125) vezes, com 10 subdivises que correspondem a 10 centmetros cada.

  • > Escala 1/20 (e 1/25), 1 me-tro reduzido 20 (ou 25) vezes, com 10 subdivises que correspondem a 10 centmetros/divididas em cin-co partes cada, resultando em divises de 2 cm.

    O Escalmetro pode ser usado para outras escalas alm das seis de reduo indicadas por seus ttulos. Por exemplo:

    Para utilizar a escala 1/10 utilizamos o ttulo 1/100; a relao entre as duas escalas ser:

    1/10 = 10 x 1/100, logo a medida representativa do metro na escala 1/10 ser 10 vezes maior que a mesma medida na 1/100, e todas as suas subdivises igualmente.

    Portanto, para utilizarmos a escala 1/100 adaptando-a para 1/10, basta considerarmos cada unidade (distncia entre 0 e 1) como 10 vezes menor:

    1 m/ 10 = 0,1 m (10 cm). Para a escala 1 / 1 , devemos considerar cada unidade (distncia

    entre 0 e 1) como 100 vezes menor: 1 m/100 = 0,01 m (1 cm).

    75

  • Observao: A escala 1/100 usada tambm como escala natural devido coincidncia entre estes valores (1 metro correspondendo a 1 centmetro)

    Procede-se da mesma forma para as demais escalas.

    Existe, no entanto uma forma de raciocnio mais simples:

    Escala 1 / 1 0 - como se transforma o nmero 100 no nmero 10?

    dividindo por 10, logo todas as graduaes sero tambm divididas por 10;

    o que valia Im (distncia de 0 a 1) passa a valer 0,10 m,

    o que valia 0,10 m passa a valer 0,01 m etc.

    Escala 1 / 5 - como se transforma o nmero 50 no nmero 5?

    dividindo por 10, logo todas as graduaes sero tambm divididas por 10;

    o que valia lm (distncia de 0 a 1) passa a valer 0,10 m, o que valia 0,10 m passa a valer 0,01 m, o que valia 0,05 m passa a valer 0,005 m etc.

    Escala 1 / 2 0 0 - como se transforma o nmero 20 no nmero 200?

    multiplicando por 10, logo todas as graduaes sero tambm multiplicadas por 10; o que valia lm (distncia de 0 a 1) passa a valer 10 m,

    o que valia 0,10 m passa a valer 1 m, o que valia 0,02 m passa a valer 0,2 m etc.

    76

  • O uso do escalmetro com escalas de ampliao tambm possvel.

    Comparando as duas graduaes simplificadas a seguir, percebe-se que as unidades (distncia de 0 a 1) na escala 1/50 so o dobro das que aparecem na de 1/100, logo, ao se utilizar a primeira como a escala natural 1/1, a segunda representar escala de ampliao 2 / 1 .

    Do mesmo modo, para a escala de 5/1 usa-se a de 1/20.

    Observao: Deve-se prestar bastante ateno na unidade que est sendo utilizada nas diferentes escalas. Na escaia l/l a unidade o centmetro, na escala 1/100, que utiliza a mesma graduao do escalmetro, a unidade o metro. Nas escalas de ampliao, tomadas em comparao com a escala 1/1, a unidade ser tambm o centmetro.

    77

  • m

  • DESENHO EM ESBOO

  • O esboo um estudo ou desenvolvimento de um desenho, onde so trabalhadas as dvidas e as consideraes necessrias, tanto de sua forma quanto da cotagem, para execuo posterior do desenho definitivo. executado mo-livre, utilizando lpis ou lapiseira de grafite macio, borracha e papel; o instrumental usado apenas para o desenho definitivo.

  • ESBOO DAS VISTAS ORTOGRFICAS PRINCIPAIS

    O esboo dever respeitar a proporo da pea e ser executado em trao firme e uniforme.

    Para a representao das vistas ortogrficas principais de uma pea em esboo a partir de sua perspectiva cotada, deve-se primei-ramente considerar as dimenses totais de cada vista, delimitando seu espao atravs de linhas estreitas e claras, que possam ser eliminadas ao final do trabalho se for necessrio.

    Antes de delimitar, recomendado prefixar uma unidade de medida referencial, para que o esboo fique todo proporcional.

    marcao da unidade de medida referencial

    SLIDO EM PERSPECTIVA CONTORNO DAS VISTAS E DETALHES PRINCIPAIS

  • APAGAR ALGUMAS LINHAS AUXILIARES E VERIFICAR

    OS DETALHES

    APAGAR TODAS AS LINHAS AUXILIARES E REFORAR AS VISTAS

    Observao: O esboo dever respeitar a proporcionalidade entro as dimenses a fim de fornecer uma idia da pea mais prxima da realidade.

    Para a execuo de esboo de detalhes circulares, deve-se pro-ceder como em um dos exemplos a seguir:

    Exemplo 1:

    Exemplo 2:

    82

  • ESBOO DE PERSPECTIVA ISOMTRICA

    Para representar a perspectiva isomtrica, em esboo, de um objeto a partir de suas trs vistas ortogrficas cotadas, deve-se seguir o roteiro descrito a seguir.

    Definir a posio dos trs eixos; a mar-cao dos ngulos feita sem o uso de ins-t rumentos, com cuidado para ficar o mais prximo possvel dos 30.

    Sobre os trs eixos isomtricos, marcam-se as medidas relativas ao comprimento, largura e altura totais da pea. Convm, nes-se caso, tambm usar uma unidade de me-dida referencial, para que o esboo fique proporcional.

    A partir dessas marcaes, temos o slido envolvente, que servir como referencial para obtermos os detalhes que compem o objeto.

    83

  • Atravs de linhas paralelas aos trs eixos isomtricos, e tendo o slido envolvente como referencial, aos poucos vo se defi-nindo os detalhes do objeto.

    Ao final, verificar se cada detalhe est corretamente representado para poder eliminar as linhas de construo e reforar o desenho.

    Aps a verificao de todos os detalhes, apagar as l inhas aux i l ia res e re forar a perspectiva.

    Observaes gerais: O procedimento para traar elementos circulares em perspectiva isomtrica semelhanze ao da execuo com instrumentos. importante lembrar que para a perspectiva em esboo no ficar deformada, necessrio observar o paralelismo aos eixos isomtricos atravs da comparao.

    84

  • CORTES

  • Quando um slido possui elementos internos que no ficam bem identificados pelas vistas, so realizados CORTES.

    Estes so representaes em projeo, semelhantes s vistas, nos quais se considera que o slido foi interceptado por um plano chamado PLANO DE CORTE.

    O plano de corte divide o slido em duas partes e posicionado de forma a apresentar os detalhes internos mais importantes, pode ser ainda horizontal ou vertical.

  • CORTE PLENO OU TOTAL

    O corte pleno ou total resultado da interseo entre o plano de corte e o slido, seja de forma longitudinal ou transversal.

    PERSPECTIVA

    REPRESENTAO EM TRS VISTAS

    plano de corte vertical

    OPERAO DE CORTE SLIDO CORTADO LONGITUDINALMENTE

    87

  • Os cortes devem apresentar algumas informaes e simboiogias de representao, como:

    hachura de material nas partes do slido que so interceptadas pelo plano de corte (partes no vazias)

    nome do corte

    A indicao do corte feita, ento, em uma das vistas atravs de uma seta indicativa de direo com o nome do corte. Este nome dado por uma letra maiscula, iniciando sempre com a letra A.

    A seguir, mais dois exemplos de corte pleno ou total.

    SLIDO CORTADO TRANSVERSALM ENTE

    plano de corte vertical

    OPERAO DE CORTE

    REPRESENTAO EM VISTA

    FRONTAL E CORTE NA LATERAL

    A ESQUERDA

    88

  • plano de corte horizontal

    89

  • CORTE EM DESVIO

    Os cortes podem ser realizados em desvio, atravs da utilizao de mais de um plano de corte. Lembre-se que a posio dos planos de corte definida pelos detalhes do slido que devem ser interceptados por estes planos.

    Planos de corte paralelos

    Observao: A posio em que o plano de

    corte e desviado no assinalada por nenhuma linha do desenho do corte ( corte A-A); o solido contnuo, no existe uma aresta correspondente em sua parte interna ( com exceo dos furos ou recortes).

    90

  • Planos de corte concorrentes

    SLIDO CORTADO

    OPERAO DE CORTE

    Observao- No corte, considera-se o comprimento real da pea, sem

    considerar e reduo devida inclinao da face oblqua em relao ao plano de projeo .

    comprimento real do slido na posio do corte

  • MEIO-CORTE

    O meio-corte aplicado em peas simtricas, de modo a simpli-ficar sua representao e, ainda, permitir mostrar detalhes internos e externos do slido em um nico desenho. semelhante ao corte total, mas s corta parte do slido, a outra parte representada em vista, com omisso das arestas no visveis.

    OPERAO DE CORTE plano de corte intercepta apenas 1/4 do slido

    Observao.: O meio corte,

    por conveno ser sempre representado a esquerda, e a meia vista a direita.

    SLIDO CORTADO

    REPRESENTAO EM VISTA SUPERIOR E MEIO-CORTE NA FRONTAL

    corte realizado no lado esquerdo do slido

    92

  • SECAO

    A seco um corte feito em qualquer posio do slido, e corres-ponde retirada de uma "fatia" que representa seu perfil transversal.

    OPERAO DE CORTE RETIRADA DAS FATIAS

    A - A

    REPRESENTAO EM VISTA NICA E DUAS SECES

    Pode-se realizar quantas seces forem necessrias perfeita compreenso do slido.

    Na seco representa-se apenas a parte do slido que intercep-tada pelo plano de corte, omitindo-se os detalhes alm do plano de corte, sejam visveis ou no.

    93

  • CORTE PARCIAL

    O corte parcial realizado em apenas uma pequena extenso do objeto, como uma "mordida" dada no slido, para mostrar um detalhe pequeno que no justificaria a escolha de outro tipo de corte.

    OPERAO DE CORTE REPRESENTAO EM VISTA NICA COM CORTE PARCIAL

    No exemplo, a nica forma de cotar o detalhe atravs de um corte, uma vez que no se deve cotar arestas no visveis; mas o slido no justifica um outro tipo de corte, por sua simplicidade.

    Observao: O corte parcial e sempre limitado por uma linha de ruptura, irregular e em trao estreito.

    94

  • HACHURAS

    As hachuras so representaes convencionais dos materiais usados na produo ou construo de objetos; em geral, representadas apenas nos cortes. So definidas pela ABNT para diversos materiais, a seguir so mostrados alguns deles.

    GERAL / FERRO AO COBRE / BRONZE / LATO / DERIVADOS

    OUTROS METAIS VIDRO / CERMICAS / MRMORE / GRANITO EM CORTE

    ATERRO / SOLOS EM GERAL

    CONCRETO EM CORTE MADEIRA EM CORTE LQUIDOS

    Devem respeitar as seguintes recomendaes gerais: > Sempre em trao estreito. > Desenhadas com os instrumentos de desenho (com excees,

    como as de madeira e concreto, que so realizadas mo livre).

  • > Espaamento e direo do ngulo de inclinao uniformes em um mesmo desenho ou objeto, com ngulo de 45 em relao s linhas de contorno principais do objeto.

    > No desenho do corte de peas adjacentes, pode-se alterar o valor do ngulo de modo a diferenci-las (normalmente para 30).

    > A linha da hachura deve ser interrompida para escrever texto ou cota no interior de pea hachurada.

    96

  • UNIDADE X

    VISTAS ESPECIAIS

  • U m a pea, devido a peculiaridade de sua forma, ao ser represen-tada em projeo poder requerer um modo diferente de apresentao que melhor a caracterize.

  • VISTA AUXILIAR

    PROJEO DO SLIDO NO I DIEDRO

    VISTAS ORTOGRFICAS PRINCIPAIS

  • Observe que com a projeo ortogonal, as vistas superior e lateral apresentam deformaes que dificultam a interpretao dos detalhes da pea.

    Com um plano auxiliar de projeo paralelo ao detalhe, obtm-se a verdadeira grandeza da face oblqua da pea em questo.

    PROJEO DO SLIDO NO Ia DIEDRO

    VISTAS ORTOGRFICAS PRINCIPAIS E VISTA AUXILIAR

    Os detalhes que no apresentam verdadeira grandeza podem ser suprimidos por no oferecerem nenhuma informao relevante para a compreenso da pea. Esta supresso indicada atravs da inter-rupo da vista com uma linha irregular em trao estreito.

    As vistas com detalhes suprimidos so denominadas como parciais.

  • VISTAS DE PEAS SIMTRICAS

    As vistas de uma pea simtrica podem ser representadas ape-nas em parte, desde que esta contenha todos os detalhes que possibilitam a perfeita interpretao do slido.

    Podem ser representadas pela metade, quando a linha de simetria dividir a vista em duas partes idnticas, ou pela quarta parte, quando as linhas de simetria dividirem a vista em quatro partes iguais.

    A representao da simetria pode ser feita de duas formas: > As linhas de simetria da vista passam a receber dois traos

    curtos nas suas extremidades, perpendiculares a elas. > As linhas da pea (arestas) so traadas um pouco alm das

    linhas de simetria, indicando que continuam naquela direo.

  • UNIDADE XI

    EXERCCIOS

  • 1) Executar em esboo as vistas ortogrficas principais das peas dadas em perspectiva, respeitando as propores.

    105

  • 106

  • 17 18

    19 20

    21 22

    23 24

    107

  • 25 26

    27

    29

    28

    30

    31 32

    108

  • 33 34

    35 36

    37 38

    39 40

    109

  • 41

    43

    45

    42

    44

    46

    47 48

    110

  • 2) Executar as vistas ortogrficas principais das peas dadas em perspectiva, utilizando o instrumental.

  • 112

  • 113

  • COTAS EM mm ESCALA 1 / 2

    COTAS EM mm ESCALA 1 / 5

    COTAS EM mm ESCALA 2 / 1

    COTAS EM mm ESCALA 5 / 1

    COTAS EM Cm ESCALA 1 / 2 0

    COTAS EM ITI ESCALA 1 / 5 0

    3) Executar as vistas ortogrficas principais das peas dadas e pers-pectiva nas escalas indicadas .

    114

  • 4) Executar em esboo as vistas ortogrficas principais das peas dadas em perspectiva, respeitando as propores.

  • 10

    11

    13

    12

    14

    116

    7 8

    9

  • 5) Executar as vistas ortogrficas principais das peas dadas em perspectiva, utilizando o instrumental.

  • COTAS E M m m

    ESCALA 1 / 5

    COTAS EM mm ESCALA 2 / 1

    118

  • 10 COTAS EM mm ESCALA 5 / 1

    R40

    COTAS EM Cm ESCALA 1 / 2 5

    119

  • 16 COTAS EM mm ESCALA 2 / 1

    120

  • 6) Analise as vistas ortogrficas dadas e complete com as arestas e elementos que faltam.

    121

  • 122

  • 7) Analise as vistas ortogrficas dadas e desenhe em esboo as pers-pectivas isomtricas correspondentes, respeitando as propores.

    125

  • 126

  • 127

  • 128

  • 8) Represente as peas ciadas com as vistas e cortes que julgar necessrios.

    0 maior 30 0 menor 20

    furo 010

    040

    024

  • 020

    130

  • COTAS EM mm ESCALA 2 / 1

  • COTAS EM mm ESCALA 1 / 5

    COTAS EM Cm ESCALA 1 / 1 0

    prof. 5

    132

  • 010 prof. 3

    0 maior 15 0 menor 10 rebaixo 5

    0 maior 15 0 menor 8

    prof. 5

    10

    133

  • COTAS EM mm ESCALA 1 / 2

    4x016

    4xR5

    12 COTAS EM Cm ESCALA 1 / 1 2 , 5

    134

  • 135

  • 9) Represente as peas dadas com as vistas que julgar necessrias.

    R10

    COTAS EM mm ESCALA 2 / 1

    COTAS EM mm ESCALA 1 / 5

    136

    1

  • R7.5

    COTAS EM mm ESCALA 2/ 1

    COTAS EM mm ESCALA 1 / 2 . 5

  • 060

    138

  • REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

  • Normas tcnicas

    - ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR-8196: Desenho tcnico - Emprego de escalas. Rio de Janeiro, 1999.

    - ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR-8402: Execuo de caracter pra escrita em desenho tcnico. Rio de Janeiro, 1994.

    - ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR-8403: Aplicao de linhas em desenhos - Tipos de linhas - Larguras das linhas. Rio de Janeiro, 1984.

    - ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR-10068: Folha de desenho - Leiaute e dimenses. Rio de Janeiro, 1987.

    - ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR-10126: Cotagem em desenho tcnico. Rio de Janeiro, 1987.

    - ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR-10582: Apresentao da folha para desenho tcnico. Rio de Janeiro, 1988.

    - ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR-10647: Desenho Tcnico. Rio de Janeiro, 1989.

    - ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR-12298: Representao de rea de corte por meio de hachuras em desenho tcnico. Rio de Janeiro, 1995.

    - ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR-13142: Desenho tcnico - Dobramento de cpia. Rio de Janeiro, 1999.

    141

  • Links - http://www.abnt.org.br - Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    - http://www.crearj.com.br - Conselho Regional de Engenharia, Ar-quitetura e Agronomia do Estado do Rio de Janeiro

    - http://www.creasp.br - Conselho Regional de Engenharia, Arqui-tetura e Agronomia do Estado de So Paulo

    Contato

    - Maria Teresa Miceli - [email protected] - Patrcia Ferreira Santos - [email protected]

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