desenho técnico

44

Upload: melsi-maran

Post on 24-Jul-2015

1.798 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

Page 1: Desenho Técnico

AutomobilísticaDesenho Técnico

Page 2: Desenho Técnico

1

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

DESENHO TÉCNICO

2005

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

Page 3: Desenho Técnico

2

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

© © © © © 2005. SENAI-SP

Desenho Técnico

Publicação organizada e editorada pela Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo”

SENAI

TelefoneTelefax

E-mail

Home page

Serviço Nacional de Aprendizagem IndustrialEscola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo”Rua Moreira de Godói, 226 - Ipiranga - São Paulo-SP - CEP. 04266-060

(0xx11) 6166-1988(0xx11) 6160-0219

[email protected]

http://www.sp.senai.br/automobilistica

Coordenação geral

Coordenador do projeto

Elaboração

Editoração

Luiz Carlos Emanuelli

José Antonio Messas

Expedito José Lino Lima

Teresa Cristina Maíno de Azevedo

Page 4: Desenho Técnico

3

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

DESENHO DE CONJUNTOS 5

MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA 6• Construção do Motor a Gasolina 7• Características 7• Mecanismo de Válvulas 8

SISTEMA DE COMBUSTÍVEL 10

BOMBA DE COMBUSTÍVEL 11

CARBURADOR 12

DIFERENCIAL 14

CAIXA DE TRANSMISSÃO 16• Trem de Propulsão na Transmissão 17

SISTEMA DE EMBREAGEM 21• Carcaça de Embreagem 21

SUSPENSÃO 23• Conjuntos de Tração-eixo e Semi-eixo 24• Componentes - Eixos e Ponta de Eixo 25

DESENHO DE ARQUITETURA 26• Planta Baixa 26• Corte 28* Símbolos Gráficos 30

SUMÁRIO

Page 5: Desenho Técnico

4

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

LEIAUTE DE ARRANJO FÍSICO 36• Visualização 36• Tipos de Leiaute 38

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 46

Page 6: Desenho Técnico

5

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

DESENHO DE CONJUNTOS

Desenho de conjunto ou montagem é o desenho mostrando os componentes reunidos quese associam para formar um todo, ou seja, peças justapostas e montadas nas posições defuncionamento do conjunto.

Page 7: Desenho Técnico

6

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA

O motor é constituído pelo cabeçote, pelos êmbolos, bielas, árvore de manivelas, mecanismodas válvulas, etc.

Vejamos a seguir a figura de um motor representado por duas vistas (frontal e lateral esquerda)onde encontramos os elementos apresentados acima.

Page 8: Desenho Técnico

7

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

CONSTRUÇÃO DO MOTOR A GASOLINA

O motor a gasolina consiste do motor em si e de vários dispositivos auxiliares. Os dispositivosauxiliares têm a finalidade de auxiliar a operação do motor. Estes dispositivos incluem ossistemas de lubrificação, arrefecimento, admissão e escapamento, combustível e elétrico.

CARACTERÍSTICAS

Os motores a gasolina e a diesel apresentam as seguintes características:

Motores a gasolina – Altas velocidades e potência, operação fácil, combustão silenciosa.São amplamente usados em veículos de passageiros, em caminhões de pequeno porte,etc.

Motores diesel – Eficiência térmica, eficiência do combustível e desempenho em baixasvelocidades melhores do que os motores a gasolina. Não são tão eficientes como os motoresa gasolina em termos de velocidade, peso, vibração e ruído; e são caros. Por estas razões,os motores diesel são preferidos em veículos que geralmente percorrem maiores distâncias(veículos comerciais, caminhões de grande porte, etc.).

Page 9: Desenho Técnico

8

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

MECANISMO DAS VÁLVULAS

O mecanismo de válvulas é o mecanismo que comanda as válvulas de admissão e deescape como podemos observar na figura a seguir.

Page 10: Desenho Técnico

9

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

A seguir, podemos ter uma visão mais detalhada do cabeçote.

Page 11: Desenho Técnico

10

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

SISTEMA DE COMBUSTÍVEL

O sistema de alimentação mistura o combustível proveniente do tanque de combustívelcom ar e envia esta mistura para o motor sob a forma de gotículas de combustível suspensano ar.

O componente mais importante deste sistema é o carburador. Entretanto, existem outrosque não podemos deixar de mencionar pela sua importância:• Tanque de combustível• Linha de combustível• Canister de vapor• Filtro de combustível• Bomba de combustível

O EFI (Injeção Eletrônica de Combustível) é um outro tipo de sistema responsável peloenvio de gasolina ao motor.

Page 12: Desenho Técnico

11

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

BOMBA DE COMBUSTÍVEL

A bomba de combustível é o elemento que conduz a gasolina do tanque ao carburador.

Page 13: Desenho Técnico

12

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

CARBURADOR

O carburador é responsável pela transformação do combustível para a sua forma mais fácilde combustão, de modo a permitir que o motor trabalhe da maneira mais econômica e commaior potência.

O carburador abastece as câmaras de combustível através do coletor de admissão e éuma das peças de maior influência no desempenho do motor. Assim sendo, os carburadoressão projetados de acordo com as características particulares de cada motor.

A seguir, apresentamos a figura de um tipo de carburador em vista explodida.

Page 14: Desenho Técnico

13

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

Page 15: Desenho Técnico

14

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

DIFERENCIAL

As engrenagens finais reduzem ainda mais a rotação do motor depois que esta é reduzidapela transmissão e passada para o diferencial pela árvore de transmissão. Ao mesmo tempoaumenta o torque antes de transmitir a rotação às rodas.

Elas também mudam a direção da transmissão de forças por um ângulo reto ou quase reto.Além disso, as engrenagens diferenciais criam uma diferença nas velocidades de rotaçãodas rodas motoras quando o veículo faz uma curva, para que as rodas façam a curvasuavemente sem que uma ou outra roda gire em falso.

A engrenagem final e a engrenagem diferencial estão montadas em uma única unidade,como mostra a figura, e instaladas diretamente no conjunto do diferencial que está na carcaçado eixo traseiro.

Page 16: Desenho Técnico

15

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

REVISÃO DO CONJUNTO DO DIFERENCIAL – COMPONENTES

Page 17: Desenho Técnico

16

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

CAIXA DE TRANSMISSÃO

A caixa de transmissão é um conjunto de engrenagem que transmite a rotação e o torque daárvore de manivela para a impulsão das rodas.

Entretanto, o principal propósito da transmissão é expedir apropriadamente a potência domotor de acordo com a condição. Embora a aparência e construção das transmissõesvariem conforme o tipo de veículo, a transmissão mecânica geralmente consiste dosseguintes componentes:• Carcaça da embreagem• Caixa de transmissão• Árvore de entrada• Engrenagem intermediária e eixo intermediário• Engrenagens e árvore de saída• Engrenagem de ré• Mecanismo de mudança de marchas• Carcaça da extensão

Page 18: Desenho Técnico

17

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

TREM DE PROPULSÃO NA TRANSMISSÃO

Posição Neutra

Movimento ao engatar a 1ª

Eixo deentrada

Engrenagem principal de impulsão(engrenagem da 4)

Contra-engrenagem

Eixo deentrada

Engrenagem principal de impulsão(engrenagem da 4a)

Contra-engrenagem Engrenagem da 1a

Cubo e manga da embreagem nº 1 Eixo desaída

Page 19: Desenho Técnico

18

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

Movimento ao engatar a 2ª

Movimento ao engatar a 3ª

Eixo deentrada

Engrenagem principal de impulsão(engrenagem da 4a)

Contra-engrenagem Engrenagem da 2a

Cubo e manga da embreagem nº 1 Eixo desaída

Eixo deentrada

Engrenagem principal de impulsão(engrenagem da 4a)

Contra-engrenagem Engrenagem da 3a

Cubo e manga da embreagem nº 2 Eixo desaída

Page 20: Desenho Técnico

19

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

Movimento ao engatar a 4ª

Movimento ao engatar a 5ª

Eixo deentrada Engrenagem da 4a Cubo e manga da embreagem nº 2 Eixo de

saída

Eixo deentrada

Engrenagem principal de impulsão(engrenagem da 4a)

Contra-engrenagem Manga e cubo daengrenagem nº 3

Contra-eixo da engrenagem da 5a Engrenagem da 5a Eixo desaída

Page 21: Desenho Técnico

20

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

Movimento ao engatar a marcha-à-ré

Eixo deentrada

Engrenagem principal de impulsão(engrenagem da 4a)

Contra-engrenagem Engrenagem neutrada marcha-à-ré

Engrenagem da marcha-à-ré Eixo desaída

Page 22: Desenho Técnico

21

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

SISTEMA DE EMBREAGEM

CARCAÇA DA EMBREAGEM

A função primária da carcaça da embreagem é a de conectar e desconectar a potênciapermitida pelo motor em forma precisa e rápida.

A carcaça da embreagem tem molas para forçar o platô de pressão contra o disco deembreagem. Estas molas podem ser do tipo espiral ou molas de diafragma, atualmente omais usado.

A potência do motor é transmitida desde a carcaça da embreagem ao prato de pressão pordiferentes sistemas.

Tipo de flange alternado

Page 23: Desenho Técnico

22

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

Tipo de ressalto de impulsão

Tipo de flange radial

Tipo de flange alternada

Page 24: Desenho Técnico

23

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

SUSPENSÃO

A suspensão consiste principalmente dos componentes listados a seguir. As molas eamortecedores são usados em todos os sistemas de suspensão e os demais componentessão usados somente em alguns tipos:• Molas• Amortecedores• Braços da suspensão• Juntas esféricas• Buchas de borracha• Escoras• Barra estabilizadora• Haste lateral de controle

Page 25: Desenho Técnico

24

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

CONJUNTOS DE TRAÇÃO – EIXO E SEMI-EIXO

Eixo traseiro

• Suspensão de eixo rígido

• Suspensão independente

Page 26: Desenho Técnico

25

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

COMPONENTES – EIXO E PONTA DE EIXO

Page 27: Desenho Técnico

26

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

DESENHO DE ARQUITETURA

PLANTA BAIXA

Desenho utilizado na arquitetura para representar a planta, vista superior em corte de umaconstrução civil. Alguns detalhes são trazidos na planta baixa:• Divisão das acomodações internas;• Dimensionamento de todas as divisões existentes (cotagem);• Localização de portas, janelas e aberturas de entrada e saída.

Na planta, um plano horizontal corta a construção a 1:50m acima do piso. A parte acima doplano de corte é retirada e olhamos de cima para baixo.

Page 28: Desenho Técnico

27

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

Consideremos agora, o plano horizontal de corte. Nele estão as paredes, portas e janelas,com se vê a seguir.

No desenho técnico, a representação da planta é da figura abaixo.

OBSERVAÇÃO

O quadriculado correspondente aos pisos do terraço e da sala não é obrigatório.

Page 29: Desenho Técnico

28

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

CORTE

Na maioria dos casos, as plantas e fachadas não são suficientes para mostrar as divisõesinternas de um projeto de arquitetura. Para melhor definir os espaços internos, são necessáriosos cortes feitos por planos verticais.

Na figura abaixo está o plano AB, onde aparecem com traços mais grossos as partes cortadas(ou seccionadas).

No desenho a seguir está representada a parte que foi retirada (corte BA – lado direito) parapermitir a observação do corte AB.

Page 30: Desenho Técnico

29

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

Para desenhar o corte, admitimos a planta já desenhada e nela marcamos a posição doplano vertical AB: um traço longo e dois curtos à esquerda e à direita da planta, correspondendoa A e a B.

Plantas atingidas pelo corte são levadas até a linha de terra LT e prosseguem para cima.Acima de LT marcam-se as alturas do piso, das portas, das paredes e do telhado.

Planta com indicação de corte

Page 31: Desenho Técnico

30

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

Um profissional deve conhecer os termos técnicos a fim de falar e entender a mesmalinguagem com o arquiteto e o engenheiro.

SÍMBOLOS GRÁFICOS

Paredes

Parede de alvenaria (tijolo)- externa com acabamento – 25cm (espessura)- interna com acabamento – 15cm (espessura)

Page 32: Desenho Técnico

31

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

Janelas

Em geral, o plano horizontal da planta corta as janelas e para isto, o plano pode ser imaginado

como sendo flexível.

Tipos de janelas

Alguns tipos podem ser representados nos cortes.

Page 33: Desenho Técnico

32

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

Portas

A porta interna faz a comunicação entre dois ambientes que têm os pisos no mesmo nível.

As portas externas comunicam ambientes em que os pisos estão em nível ou altura diferentes;em geral o piso externo é mais baixo.

Page 34: Desenho Técnico

33

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

Tipos de portas

• Pantográfica

• Basculante

• De enrolar (porta de aço)

Page 35: Desenho Técnico

34

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

Cota de piso

Beiral

Projeção da planta baixa

Norte

A norma propõe esta:

Page 36: Desenho Técnico

35

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

Exemplo de planta baixa

Escala na arquiteturaNa arquitetura o desenho é feito em escala de redução. As escalas recomendadas são:1:50 – cada centímetro na régua equivale a 0,5 metro na planta.1:100 - cada centímetro na régua equivale a 1,0 metro na planta.1:200 - cada centímetro na régua equivale a 2,0 metros na planta.1:500 - cada centímetro na régua equivale a 5,0 metros na planta.

Page 37: Desenho Técnico

36

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

LEIAUTE OU ARRANJO FÍSICO (LAYOUT)

Leiaute, em sentido amplo, é a distribuição física de elementos em determinado espaço.Esse conceito abrange um leiaute de qualquer natureza. De uma forma mais específica,leiaute é a maneira pela qual homens, máquinas e equipamentos estão dispostos em umafábrica.

O objetivo do leiaute é permitir uma redução do custo de produção, uma produtividade maioratravés de:• uma utilização mais racional do espaço disponível;• uma redução na movimentação de materiais, produtos e pessoal;• um fluxo mais racional;• um tempo menor de produção;• condições de trabalho mais eficazes.

VISUALIZAÇÃO

Há três métodos básicos para representação visual do leiaute:• Desenhos• Modelos bidimensionais• Modelos tridimensionais

• Desenhos

Constituem a técnica de representação mais utilizada. É no papel que esboçamos as idéiaspara nosso uso próprio ou como auxílio na explicação do projeto. Além disso, esboçamoscroquis de possíveis arranjos para nos auxiliar na análise das possibilidades, antes dearranjarmos ou mudarmos os modelos.

• Modelos bidimensionais

O método de representação visual de arranjos físicos mais flexível e ajustável é o de modelosbidimensionais. Diversos materiais podem ser utilizados para a confecção dos modelos, osmais recomendados são cartolina e plástico.

Page 38: Desenho Técnico

37

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

Linhas recomendadas para os modelos (retirados da ASME Standard Plant-layoutTemplantes and Models)

Cheia – contorno das partes fixas das máquinas ou equipamentos

Fina – detalhes e subestruturas

Pontilhada grossa – partes móveis das máquinas ou equipamentos

Traço grande e traço curto – elementos importantes para o layout, tais comofundações, poços, etc.

Linha fina interrompida – linhas de centro

Dados a serem colocados nos modelos

Os três primeiros itens são obrigatórios, os demais dependendo da situação são opcionais.1. Tipo de máquina ou equipamento2. Nome do fabricante3. Estilo, modelo, tamanho ou capacidade4. Nº de identificação5. Posição normal do operador (seta)6. Dimensões (largura, comprimento e altura)7. M – posições do motor8. C – posição do painel de controle9. A ou E – posição das conexões de ar ou eletricidade10. Ponto de altura máxima

• Modelos tridimensionais (maquete)

Os modelos em três dimensões são a forma mais clara de representação do arranjo físicopermitindo uma melhor visualização espacial do conjunto. Os modelos são réplicasaproximadamente perfeitas do equipamento, dos homens e do material. Os modelos sãoideais para a apresentação do arranjo, tanto à alta administração quanto aos operadores.

Page 39: Desenho Técnico

38

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

TIPOS DE LEIAUTE

Leiaute por produto ou linear

É o leiaute aplicado em indústria que opera no sistema de linha de montagem. As máquinassão dispostas de acordo com a seqüência de operações a serem realizadas até a obtençãodo produto.

Exemplos:- Montadoras de automóveis- Fábricas de eletrodomésticos- Refinarias de petróleo

Leiaute por processo ou funcional

É o leiaute em que as máquinas são agrupadas em seções específicas para realizaroperações semelhantes.

Exemplos:- Fábricas de sapatos- Indústrias têxteis- Indústrias mecânicas

Page 40: Desenho Técnico

39

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

Leiaute posicional ou fino

É o leiaute em que o produto final fica parado enquanto operações e máquinas semovimentam.

Exemplos:- Fabricação de navios- Fabricação de grandes máquinas- Construção civil

A idéia básica da simplificação do trabalho é a de eliminar tudo aquilo que não agrega valorao produto, ou seja, tudo aquilo que não melhora ou não transforma o produto e que aumentacustos. O transporte pode ser o tipo de atividade que não tem valor para nada e, nesse casoé necessária a sua eliminação ou redução. A melhor forma de reduzir o transporte entre doispostos de trabalho é a de aproximar os dois postos o máximo possível. Essa distânciamínima entre os dois postos segue uma norma de segurança do ministério do Trabalhochamada NR (Normas reguladoras).

A NR 12 dessa norma diz resumidamente:“Quando uma máquina possuir partes móveis, isto é, algumas partes que se movimentamhorizontalmente, como por exemplo, uma fresadora, a distância entre essa máquina equalquer outro posto de trabalho deve estar contida numa faixa variável entre 0,70m e 1,30m.”

Page 41: Desenho Técnico

40

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

Se, no entanto, a máquina não possuir partes móveis, essa distância mínima entre ela eoutro posto de trabalho deve ser entre 0,60m e 0,80m.

Lembramos ainda, que a mesma norma indica que as vias principais de circulação parapessoas e materiais devem possuir largura mínima de 1,20m.

Dentro desses princípios, para melhorar a produção, podemos elaborar um estudo deremanejamento, ou seja, mudança de máquinas, equipamentos, etc., sendo que esse estudoé denominado leiaute ou arranjo físico.

Na melhoria de um arranjo físico, a primeira coisa a fazer é observar o local em estudo efazer um desenho em planta, a mão livre, relativamente simples, mas com detalhesimportantes. Anotar também, o caminho que o produto percorre, ou seja, o caminho que elesegue nos diversos postos de trabalho.

Page 42: Desenho Técnico

41

DESENHO TÉCNICO

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

Para facilitar o estudo, recorte pedaços de cartolina representando cada posto de trabalhoe, por tentativas coloque-os numa posição que você julga adequada. Depois verifique se asposições são as melhores.

Por exemplo, podemos chegar a um arranjo adequado conforme a ilustração.

Page 43: Desenho Técnico

42

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBULÍSTICA

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Montenegro, Gildo A.. Desenho arquitetônico. 3ª edição. Ed. Edgard Blucher Ltda. São Paulo.

ABNT - NBR 6492. Desenho arquitetônico.

- NBR 8403. Tipos de linhas.

- NBR 10067. Princípios gerais de representação em desenho técnico.

FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO, FIESP, CIESP, SENAI, SESI, IRS. Mecânica, Universo da

mecânica – Organização do trabalho – Normailização, telecurso 2000 profissionalizante. Ed. GloboS/A. São Paulo.

TOYOTA Motor Corporation. Manual de treinamento, Etapa 2. 1991.

Page 44: Desenho Técnico