desenho mecânica básico

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    Federao das Indstrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG

    DESENHO

    BSICO

    Belo Horizonte

    2009

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    Presidente da FIEMG

    Robson Braga de Andrade

    Gestor do SENAI

    Petrnio Machado Zica

    Diretor Regional do SENAI e

    Superintendente de Conhecimento e TecnologiaAlexandre Magno Leo dos Santos

    Gerente de Educao e Tecnologia

    Edmar Fernando de Alcntara

    Organizao

    Francisco Carlos Ramos

    Unidade Operacional

    Centro de Formao Profissional Guilherme Caldas Emrich

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    SumrioApresentao..............................................................................04.

    Introduo........................................................................................05

    I - Material........................................................................................06

    II Uso do Material .........................................................................07

    III Formatos de Papel....................................................................10

    IV Caligrafia Tcnica.....................................................................11

    V Legenda ...................................................................................13

    VI Tipos de Linhas .......................................................................15

    VII Geometria Figuras Planas ...................................................17

    VIII Geometria Espacial ...............................................................19

    IX Escalas ....................................................................................22X Vistas Ortogrficas ...................................................................24

    XI Cotagem ..................................................................................31

    XII Perspectiva Isomtrica ...........................................................44

    XIII Perspectiva Cavaleira ............................................................52

    XIV Exerccios .............................................................................55

    Bibliografia .....................................................................................75

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    APRESENTAO

    Muda a forma de trabalhar, agir , sentir, pensar na chamada sociedade doconhecimento.

    Peter Drucker

    O ingresso na sociedade da informao exige mudanas profundas em todos os perfisprofissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produo, coleta,

    disseminao e uso da informao.

    O SENAI, maior rede privada de educao profissional do pas,sabe disso , e ,conscientedo seu papel formativo , educa o trabalhador sob a gide do conceito da competncia :formar o profissional com responsabilidade no processo produtivo, com iniciativana resoluo de problemas, com conhecimentos tcnicos aprofundados,flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e conscincia da necessidade deeducao continuada.

    Vivemos numa sociedade da informao. O conhecimento , na sua rea tecnolgica,amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualizao se faz necessria. Parao SENAI, cuidar do seu acervo bibliogrfico, da sua infovia, da conexo de suas escolas rede mundial de informaes internet- to importante quanto zelar pela produode material didtico.

    Isto porque, nos embates dirios,instrutores e alunos , nas diversas oficinas elaboratrios do SENAI, fazem com que as informaes, contidas nos materiais didticos,tomem sentido e se concretizem em mltiplos conhecimentos.

    O SENAIdeseja , por meio dos diversos materiais didticos, aguar a sua curiosidade,responder s suas demandas de informaes e construir links entre os diversosconhecimentos, to importantes para sua formao continuada !

    Gerncia de Educao e Tecnologia

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    Introduo

    O desenho tcnico uma forma de expresso grfica que tem por

    finalidade a representao de forma, dimenso e posio de objetos de acordocom as diferentes necessidades requeridas pelas diversas modalidades deengenharia e tambm da arquitetura. Utilizando-se de um conjunto constitudopor linhas, nmeros, smbolos e indicaes escritas normalizadasinternacionalmente, o desenho tcnico definido como linguagem grficauniversal da engenharia (civil, mecnica) e da arquitetura. Assim como alinguagem verbal escrita exige alfabetizao, a execuo e a interpretao dalinguagem grfica do desenho tcnico exigem treinamento especfico, porqueso utilizadas figuras planas (bidimensionais) para representar formasespaciais. Conhecendo-se a metodologia utilizada para elaborao do desenhobidimensional possvel entender e conceber mentalmente a forma espacial

    representada na figura plana. Na prtica pode-se dizer que, para interpretar umdesenho tcnico, necessrio enxergar o que no visvel e a capacidade deentender uma forma espacial a partir de uma figura plana chamada visoespacial.

    A Padronizao dos Desenhos Tcnicos

    Para transformar o desenho tcnico em uma linguagem grfica foinecessrio padronizar seus procedimentos de representao grfica. Essa

    padronizao feita por meio de normas tcnicas, seguidas e respeitadasinternacionalmente. As normas tcnicas so resultantes do esforo cooperativodos interessados em estabelecer cdigos tcnicos que regulem relaes entreprodutores e consumidores, engenheiros, empreiteiros e clientes. Cada paselabora suas normas tcnicas e estas so acatadas em todo o seu territrio portodos os que esto ligados, direta ou indiretamente, a este setor. No Brasil asnormas so aprovadas e editadas pela Associao Brasileira de NormasTcnicas ABNT, fundada em 1940. Para favorecer o desenvolvimento dapadronizao internacional e facilitar o intercmbio de produtos e servios entreas naes, os rgos responsveis pela normalizao em cada pas, reunidosem Londres, criaram em 1947 a Organizao Internacional de Normalizao

    (International Organization for Standardization ISO). Quando uma normatcnica proposta por qualquer pas membro aprovada por todos os pasesque compem a ISO, essa norma organizada e editada como normainternacional. As normas tcnicas que regulam o desenho tcnico so normaseditadas pela ABNT, registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional deMetrologia, Normalizao e Qualidade Industrial) como normas brasileiras -NBR e esto em consonncia com as normas internacionais aprovadas pelaISO.

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    Material

    Par de esquadros em acrlico com graduao em cm;

    Lapiseira 0,5 ou 0,7 grafite tipo HB;

    Borracha de vinil;

    Compasso de metal;

    Fita crepe;

    Bloco Prancha FormatoA4 ;

    Lixa para apontar o compasso.

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    Uso do Material

    II.a - Algumas Tcnicas de Manuseio

    Para traados apoiados em esquadro ourgua, o grafite jamais dever tocar suassuperfcies, evitando assim indesejveisborres.Para conseguir isso, incline ligeiramente alapiseira/lpis conforme a figura ao lado.

    O grafite do compasso dever ser apontado em forma de cunha,sendo o chanfro voltado para o lado cont rrio da ponta seca, conforme oilust rado abaixo:

    II.b Uso da Rgua T A rgua T ser utilizada sempre de modo horizontal, e seu manuseio se

    dar com a mo que no utilizamos para desenhar, ou seja, se o indivduo destro, dever moviment-la com a mo esquerda e vice-versa.

    Com a rgua T procede-se o traado de linhas horizontais. Para o traadode linhas inclinadas e/ou horizontais, servir como base para os esquadros,que deslizaro apoiados sobre a mesma.

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    RECOMENDAESo O antebrao deve estar totalmente apoiado sobre aPrancheta.o A mo deve segurar o lpis naturalmente, sem forar, etambm, estar apoiada na prancheta.o Deve-se evitar desenhar prximo s beiradas da prancheta,sem o apoio do antebrao.o O antebrao no estando apoiado acarretar um maioresforo muscular, e, em conseqncia, imperfeio no desenho.o Os traos verticais, inclinados ou no, so geralmentedesenhados, de cima para baixoo Os traos horizontais so feitos da esquerda para a direita.

    II.c Esquadros

    B F

    A C D E

    Podemos demarcar diversos ngulos conjugando os esquadros:

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    Traando linhas verticais com os esquadros

    Traando linhas hor izontais com os esquadros

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    Formatos dePapel

    Os formatos de papel recomendados pela A.B.N.T. e suas respectivas

    margens so os seguintes:

    OBSERVAES: Todas as dimenses da tabela acima tm como unidade mm.

    Relao dos tamanhos dos formatos de papel

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    CaligrafiaTcnica

    As letras e algarismos que compe a caligrafia utilizada no desenho

    tcnico seguem normatizao da A.B.N.T. (Associao Brasileira deNormas Tcnicas).Abaixo as duas formas de caligrafia a serem utilizadas.

    IV .a Padro Vertical

    o Letras Maisculas.

    A B C D E F G H I J K L M N O

    P Q R S T U V W X Y Zo Letras Minsculas

    a b c d e f g h i j k l m n o p q r st u v w x y z

    o Algarismos0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

    IV.b Padro Inclinado (75)

    o Letras Maisculas

    A B C D E F G H I J K L M N O

    P Q R S T U V W X Y Zo Letras Minsculas

    a b c d e f g h i j k l m n o p q r st u v w x y z

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    o Algarismos

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9IV.c Propores

    A tabela abaixo apresenta as relaes de proporo para letras ealgarismos.

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    Legenda

    A legenda deve estar situada sempre no canto inferior direito, em todos osformatos de papel, exceo do formato A4, no qual a legenda se localiza aolongo da largura da folha.

    Dimenses da legenda:

    o - Formatos A0/ A1 : L = 175 / H = varivel;

    o - Formatos A2/ A3/ A4 : L = 185/ H = varivel.

    EXEMPLO 1:

    Legenda no Formato A4

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    As legendas utilizadas nas indstrias variam de acordo com o padroadotado por cada uma delas, como se pode observar na figura abaixo:

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    Tipos de Linhas

    Ao analisarmos um desenho, notamos que ele apresenta linhas e tipos eespessuras diferentes. O conhecimento destas linhas indispensvel para ainterpretao dos desenhos.

    Quanto espessura, as linhas podem ser:

    o grossaso Finas

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    A seguir, exemplos dos principais tipos de linha e sua utilizao:

    o Linhas para arestas e contornos visveis so de espessura grossa e de

    trao contnuo.

    o Linhas para arestas e contornos no visveis so de espessura fina etracejadas.

    o Linhas de centro e eixo de simetria so de espessura fina e formadaspor traos e pontos.

    o Linhas de corte so de espessura grossa, formadas por traos e pontos.

    Servem para indicar cortes e sees.

    A. Contorno visvelB. Linha de cotaC. Linha de chamadaD. Linha de extensoE. HachuraF. Contorno de pea adjacenteG. Contorno de secode revoluoH. Limite de vista parcialJ. Contorno no-visvelK. Linha de centroL. Posio extrema de peamvel

    M. Plano de corte

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    Geometria Figuras Planas

    Tringulo eqiltero

    Tringulo Obtusngulo Tringulo Escaleno/ Tringulo Retngulo TringuloAcutngu lo Issceles

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    Circunferncia e seus Elementos

    Setor Circular

    Arco AB

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    Geometria EspacialPrismas

    Os prismas so classificados de acordo com o nmero de lados dos polgonos

    das bases e conforme a inclinao das arestas laterais em relao aos planosdas bases.De acordo com a base, temos:

    o Prisma Triangular: as bases so tringulos;o Prisma Quadrangular: as bases so quadrilteros;o Prisma Pentagonal: as bases so pentgonos;o Prisma Hexagonal: as bases so hexgonos;

    e assim por diante.Conforme a inclinao das arestas, temos:

    o Prisma oblquo aquele cujas arestas laterais so oblquasaos planos das bases;

    o Prisma reto aquele cujas arestas laterais so perpendicularesaos planos das bases.As faces laterais de um prisma oblquo so paralelogramos.As faces laterais de um prisma reto so retngulos.

    o Prisma regular um prisma reto cujas bases so polgonosregulares.

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    Pirmides e Troncos V

    h

    O

    As pirmides podem ser classificadas de acordo com a base como:

    o Pirmide Triangular, a base um tringulo;o Pirmide Quadrangular, a base um quadrado;o Pirmide Pentagonal, a base um pentgono;o Pirmide Hexagonal, a base um hexgono,

    e assim por diante.

    Pirmide Regular aquela cuja base um polgono regular.Conforme a inclinao das arestas, temos:

    o Pirmide oblqua aquela cuja aresta que corresponde altura (VO), tem sua extremidade inferior localizada fora docentro do plano da base;

    o Pirmide reta aquela cuja aresta que corresponde altura(VO), tem sua extremidade inferior localizada no centro do planoda base.

    Tronco de Pirmide a pirmide seccionada por um plano paralelo base.

    Tambm podem ser retos ou oblquos.

    Pirmide Oblqua/ Seco S do Tronco Tronco de Pirmide

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    A base da pirmide a base maior do tronco e a seco a base menor dotronco.

    A distncia entre os planos das bases a altura do tronco.

    Cones e TroncosConforme a inclinao das arestas, temos:

    o Cones ou troncos de cone oblquos so aqueles cuja arestaque corresponde altura , tem sua extremidade inferiorlocalizada fora do centro do plano da base ;

    o Cones ou troncos de cone retos so aqueles cuja aresta quecorresponde altura , tem sua extremidade inferior localizadano centro do plano da base.V

    O

    Cone Reto Cone Oblquo Tronco de Cone

    Cilindro e EsferaConforme a inclinao das arestas, temos:

    o Cilindros oblquos so aqueles cujas arestas laterais(geratrizes) so oblquas aos planos das bases;

    o Cilindros retos so aqueles cujas arestas laterais (geratrizes)so perpendiculares aos planos das bases

    Cilindro Reto Cilindro Oblquo

    Esfera

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    Escalas

    O desenho de um objeto, por diversas razes, nem sempre poder serexecutado com as dimenses reais do mesmo. Tratando-se de um objeto muitogrande, teremos de desenh-lo em tamanho menor que o seu tamanho real,conservando suas propores em todas as medidas. Assim como um objetomuito pequeno ser desenhado em tamanho maior que o seu real tamanho,com o mesmo respeito as suas propores.

    Esta relao entre objeto e desenho tem o nome de ESCALA.Uma escala pode ser:

    o Natural , as medidas do desenho e do objeto so iguais.Relao nica: 1/1 ou 1:1;

    o De Reduo ou Reduzida, as medidas do desenho so menores queas do objeto.

    o De Ampliao ou Ampliada, as medidas do desenho so maiores queas do objeto.

    Portanto, a notao de uma escala representa o seguinte:

    o 1 / 20 - O desenho vinte vezes menor que o tamanho real doobjeto representado no desenho, ou seja, foi reduzido vinte vezes;

    o 5 / 1 - O desenho cinco vezes maior que o tamanho real doobjeto representado no desenho, ou seja, foi ampl iado cinco vezes.

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    Observaes:

    O valor indicado nas cotas se refere sempre s medidas reais do objeto,

    independentemente do mesmo ter sido ampliado ou reduzido nodesenho;

    Dimenses de ngulos (graus) permanecero inalteradas em relao escala utilizada no desenho.

    EXEMPLOS:

    Desenho de um puno de bico em tamanho natural.

    Desenho de uma agulha de injeo, duas vezes maior que o seu tamanhoverdadeiro.

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    Vistas Ortogrficas (Projees Ortogonais)

    Um observador pode ver trs dimenses de um mesmo objeto. Dizemos,portanto, que a nossa capacidade de visualizao tridimensional.

    As vistas ortogrficas so as representaes grficas das trs faces queobservamos de um objeto.

    As normas de desenho tcnico fixaram a utilizao das projees ortogonais(vistas ortogrficas), somente pelo 1 e 3 diedros, criando pelas normasinternacionais dois sistemas para representao de peas:

    o Sistemas de projees ortogonais pelo 1 diedro;

    o Sistemas de projees ortogonais pelo 3 diedro (Norma americana).

    Podemos ento definir dessa forma as principais vistas ortogrficas no 1diedro:

    o Vista Frontal Desenha-se o objeto visto de frente, ou seja, a sua facefrontal;

    o Vista Superior Desenha-se o objeto visto de cima;

    o Vista Lateral Esquerda Desenha-se a face lateral esquerda do objeto.

    A figura acima mostra as posies do observador em relao aos planos deprojeo das trs vistas no 1 diedro (frontal, superior e lateral esquerda).

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    J no 3 diedro, a representao do objeto estaria definida atravs dasvistas Frontal, Superior e Lateral Direita.

    O quadro abaixo apresenta a descrio comparativa dos dois diedros,definindo o posicionamento das vistas em relao Vista Frontal.

    Para facilitar a interpretao do desenho, recomendado que se faa aindicao do diedro utilizado na representao. A indicao pode ser feita

    escrevendo o nome do diedro utilizado, ou utilizando a simbologia abaixo:

    O ponto de partida para determinar as vistas necessrias, escolher o ladoda pea que ser considerado como frente. Normalmente, considerando a pea

    em sua posio de trabalho ou de equilbrio, toma-se como frente o lado quemelhor define a forma da pea. Quando dois lados definem bem a forma dapea, escolhe-se o de maior comprimento.

    Deve-se registrar que se pode representar at seis planos de uma pea,que resultam nas seguintes vistas:

    o Plano 1 Vista de Frente ou Elevao mostra a projeo frontaldo objeto.

    o Plano 2 Vista Superior ou Planta mostra a projeo do objetovisto por cima.

    o Plano 3 Vista Lateral Esquerda ou Perfil mostra o objeto vistopelo lado esquerdo.

    o Plano 4 Vista Lateral Direita mostra o objeto visto pelo ladodireito.

    o Plano 5 Vista Inferior mostra o objeto sendo visto pelo lado debaixo.

    o Plano 6 Vista Posterior mostra o objeto sendo v isto por trs.

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    Vista Inferior

    Vista Lat.

    Vista Frontal

    Vista Lat.

    Vista Posterior

    Direita

    Esquerda

    Vista Superior

    Podemos observar com clareza nas figuras abaixo, a representao emtrs vistas desse mesmo objeto no 1 e 3 diedros :

    Como a norma brasileira adota a representao das vistas ortogrficassempre no 1 diedro, passaremos ento a abordar daqui para adiante,

    somente esse sistema de representao.

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    Representao das Vistas no Primeiro Diedro

    Analisando cada desenho representado em cada vista, devemos considerar

    que apesar de estarmos vendo planos bidimensionais, existem profundidadesno visveis que determinam a forma tridimensional da pea representada. ocaso de reentrncias, salincias, planos inclinados e curvaturas.

    Observando as vistas das peas representadas no desenho acima,podemos observar pela correlao de cores, a representao de cada plano navisualizao tridimensional das peas e em cada uma das vistas.

    Na prtica, devido simplicidade de forma da maioria das peas quecompem as mquinas e equipamentos, so utilizadas somente duas vistas.

    Em alguns casos, com auxlio de smbolos convencionais, possvel definira forma da pea desenhada com uma nica vista.

    No importa o nmero de vistas utilizadas, o que importa que o desenhofique claro e objetivo.

    O desenho de qualquer pea, em hiptese alguma, pode dar margemadupla interpretao.

    Vale salientar que o posicionamento das vistas determinado por normada A.B.N.T., sendo portanto, obrigatrio que sejam organizadas da seguinteforma:

    o a vista de cima fica em baixo;

    o a vista de baixo fica em cima;

    o a vista da esquerda fica direita;

    o a vista da direita fica esquerda.

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    Observaes:o As dimenses de largura da pea aparecem nas vistas lateral e superior;o As dimenses de altura parecem nas vistas de frente e lateral;o As dimenses de comprimento aparecem nas vistas de frente e superior.

    As vistas devem preservar:

    o Os mesmos comprimentos nas vistas de frente e superior.o As mesmas alturas nas vistas de frente e lateral.o As mesmas larguras nas vistas lateral e superior.

    Como projees desenhadas representam uma mesma pea sendo vistapor lados diferentes, o desenho deve resguardar, visualmente, as proporesda pea, deste modo, os lados que aparecem em mais de uma vista nopodem ter tamanhos diferentes.

    EXEMPLOS:

    Vista Frontal Vista Lateral Esquerda

    Vista Superior

    Vista Frontal

    Vista Superior

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    Representao de Arestas No Visveis

    Em determinadas situaes, numa determinada vista, poder ocorrer de

    termos que representar uma aresta que est oculta, ou encoberta, por uma dasfaces ou planos que compe a vista. Nesse caso, tais arestas serorepresentadas por linhas tracejadas.

    Nos exemplos a seguir, pode-se observar isso com clareza:

    Geralmente, as linhas tracejadas que representam um detalhe no-visveldevem tocar uma linha externa sem interrupo, como no desenho mostradoabaixo. As tracejadas tambm se encontram e se cruzam, e a juno deve serarranjada como um T ou um X.

    Obs.: Quando houver coincidncia ou sobre posio de arestas, deve-serepresentar sempre a que estiver mais prxima do observador, ou seja, aque estiver mais frente em relao ao plano da vista.

    X.c Linhas de Centro

    As linhas de centro devero ser representadas nos seguintes casos:

    o Desenhos com superfcies curvas;o Eixos em corpos de rotao;o Eixos de simetria.

    atravs das linhas de centro que se faz a localizao de furos, rasgos epartes cilndricas existentes nas peas.So representadas por linhas finas compostas de traos largos separados

    por pontos (Ver cap. VI).

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    A aparncia de um desenho perfeito pode ser prejudicada por linhas de

    centro e de simetria descuidadamente produzidas. Tente observar as seguintesregras simples:

    o Certifique-se de que os traos e os espaos de uma linha tracejadatenham o mesmo comprimento por toda ela. Um trao de cerca de3mm seguido por um espao de 2mm produziro um linha tracejadade boa proporo.

    o Onde so definidos centros, ento as linhas (de centro) deverocruzar-se em trechos contnuos e no nos espaos.

    EXEMPLOS:

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    Cotagem

    Cotagem a indicao das medidas da pea em seu desenho conforme a

    norma NBR 10126.O desenho tcnico, alm de representar, dentro de uma escala, a formatridimensional, deve conter informaes sobre as dimenses do objetorepresentado. As dimenses iro definir as caractersticas geomtricas doobjeto, dando valores de tamanho e posio aos dimetros, aos comprimentos,aos ngulos e a todos os outros detalhes que compem sua forma espacial.A forma mais utilizada em desenho tcnico definir as dimenses por meiode cotas que so constitudas de linhas de chamada, linha de cota, setas e dovalor numrico em uma determinada unidade de medida, conforme mostra aFigura abaixo:

    Portanto, para a cotagem de um desenho so necessrios trs elementos:

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    o Linhas de cota so linhas contnuas estreitas, com setas nasextremidades; nessas linhas so colocadas as cotas que indicamas medidas da pea.

    o A linha aux il iar ou de chamada uma linha cont nua estrei ta quelimita as l inhas de cota.

    o Cotas so numerais que indicam as medidas bsicas da pea e asmedidas de seus elementos. As medidas bsicas so:comprimento, largura e altura.

    As cotas devem ser distribudas pelas vistas e dar todas as dimensesnecessrias para viabilizar a construo do objeto desenhado, com o cuidadode no colocar cotas desnecessrias.

    Cuidados na cotagem

    Ao cotar um desenho necessrio observar o seguinte:

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    As cotas guardam uma pequena distncia acima das linhas de cota (1mm).As linhas auxiliares tambm guardam uma pequena distncia das vistas dodesenho (1mm). A unidade de medida usada o milmetro (mm), e dispensada a colocao do smbolo junto cota. Quando se emprega outradistinta do milmetro (como a polegada), colocado seu smbolo. As cotasdevem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da esquerda paradireita e de baixo para cima, paralelamente dimenso cotada. Evita-secolocar cotas em linhas tracejadas.

    As cotas devem ser colocadas uma nica vez em qualquer uma das vistasque compem o desenho, localizadas no local que representa mais claramenteo elemento que est sendo cotado.

    Todas as cotas de um desenho ou de um conjunto de desenhos de umamesma mquina ou de um mesmo equipamento devem ter os valoresexpressos em uma mesma unidade de medida, sem indicao do smbolo daunidade de medida utilizada. Normalmente, a unidade de medida mais utilizadano desenho tcnico o milmetro.

    Quando houver necessidade de utilizar outras unidades, alm daquelapredominante, o smbolo da unidade deve ser indicado ao lado do valor dacota.

    Para facilitar a leitura e a interpretao do desenho, deve-se evitar colocarcotas dentro dos desenhos e, principalmente, cotas alinhadas com outraslinhas do desenho, conforme mostra a Figura:

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    Outro cuidado que se deve ter para melhorar a interpretao do desenho evitar o cruzamento de linha da cota com qualquer outra linha. As cotas de

    menor valor devem ficar por dentro das cotas de maior valor, para evitar ocruzamento de linhas de cotas com as linhas de chamada, conforme mostra aFigura abaixo:

    Sempre que possvel, as cotas devem ser colocadas alinhadas, conformemostram as figuras abaixo:

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    Os nmeros que indicam os valores das cotas devem ter um tamanho quegaranta a legibilidade e no podem ser cortados ou separados por qualquerlinha.

    A Norma NBR 10126 da ABNT fixa dois mtodos para posicionamento dosvalores numricos das cotas.

    O primeiro mtodo, que o mais utilizado, determina que:

    o nas linhas de cota horizontais o nmero dever estar acima dalinha de cota, conforme mostra a Figura (a);

    o nas linhas de cota verticais o nmero dever estar esquerda dalinha de cota, conforme mostra a Figura (a);

    o nas linhas de cota inclinadas deve-se buscar a posio de leitura,conforme mostra a Figura (b).

    Cotagem de peas simtricas

    A utilizao de linha de simetria em peas simtricas facilita e simplifica acotagem,conforme os exemplos abaixo.

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    Smbolos indicativos das formas cotadasPara melhorar a leitura e a interpretao das cotas dos desenhos so

    utilizados smbolos para mostrar a identificao das formas cotadas, conformemostra a tabela abaixo.

    Os smbolos devem preceder o valor numrico da cota, como mostram asFiguras (a), (b), (c), (d) e (e).

    Cotagem de Cordas e Arcos

    A diferena entre a cotagem de cordas e arcos a forma da linha de cota.Quando o objetivo definir o comprimento do arco, a linha de cotadeve ser paralela ao elemento cotado. A Figura mostra na partesuperior (cota de 70) a cotagem de arco e na parte inferior (cota de 66) acotagem de corda.

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    Cotagem de elementos angulares

    Existem peas que tm elementos angulares. Elementos angulares soformados por ngulos. O ngulo medido com o transferidor. A cotagem da

    abertura do elemento angular feita em linha de cota curva, cujo centro vrtice do ngulo cotado.

    Cotagem de ngulos em peas cilndricas

    XI.g - Cotagem de chanfros

    Chanfro a superfcie oblqua obtida pelo corte da aresta de duassuperfcies que se encontram. Existem duas maneiras pelas quais os chanfrosaparecem cotados: por meio de cotas lineares e por meio de cotas lineares eangulares. As cotas lineares indicam medidas de comprimento, largura ealtura. As cotas angulares indicam medidas de abertura de ngulos.

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    Em peas planas ou cilndricas, quando o chanfro est a 45 possvelsimplificar.

    Cotagem em espaos reduzidos

    Para cotar em espaos reduzidos, necessrio colocar as cotas conformeos desenhos abaixo. Quando no houver lugar para setas, estas substitudaspor pequenos traos oblquos.

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    Cotagem por faces de referncia

    Na cotagem por faces de referncia as medidas da pea so indicadas apartir das faces. A cotagem por faces de referncia ou por elementos dereferncia pode ser executada como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva.A cotagem aditiva uma simplificao da cotagem em paralelo e pode serutilizada onde h limitao de espao, desde que no haja problema deinterpretao. A cotagem aditiva em duas direes pode ser utilizada quandofor vantajoso.

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    Cotagem por coordenadas

    A cotagem aditiva em duas direes pode ser simplificada por cotagem por

    coordenadas. A pea fica relacionada a dois eixos. Fica mais prtico indicar ascotas em uma tabela ao invs de indic-la diretamente sobre a pea.

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    Cotagem por linhas bsicas

    Na cotagem por linha bsica as medidas da pea so indicadas a partir delinhas.

    Cotagem de furos espaados igualmente

    Existem peas com furos que tm a mesma distncia entre seus centros,isto , furos espaados igualmente. A cotagem das distncias entre centros defuros pode ser feita por cotas lineares e por cotas angulares.

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    Cotagem de peas com faces ou elementos inclinados

    Existem peas que tm faces ou elementos inclinados. Nos desenhostcnicos de peas com faces ou elementos inclinados, a relao de inclinaodeve estar indicada.

    A relao de inclinao 1:10 indica que cada 10 milmetros do comprimentoda pea, diminui-se um milmetro da altura. Com a relao de inclinao vemindicada do desenho tcnico, no necessrio que a outra cota de altura dapea aparea. Outros exemplos a seguir.

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    Cotagem de peas cnicas ou com elementos cnicos

    Existem peas cnicas ou com elementos cnicos. Nos desenhos tcnicosde peas como estas, a relao de conicidade deve estar indicada. A relaode conicidade 1:20 indica que a cada 20 milmetros do comprimento da pea,diminui-se um milmetro do dimetro.

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    Perspectiva Isomtrica

    Quando olhamos para um objeto, temos a sensao de profundidade erelevo. As partes que esto mais prximas de ns parecem maiores e as partesmais distantes aparentam ser menores. A fotografia mostra um objeto domesmo modo como ele visto pelo olho humano, pois transmite a idia de trsdimenses: comprimento, largura e altura. O desenho, para transmitir essamesma idia, precisa recorrer a um modo especial de representao grfica: aperspectiva. Ela representa graficamente as trs dimenses de um objeto emum nico plano, de maneira a transmitir a idia de profundidade e relevo.Existem diferentes tipos de perspectiva. Veja como fica a representao de umcubo em trs tipos diferentes de perspectiva.

    Cada tipo de perspectiva mostra o objeto de um jeito. Comparando as trsformas de representao, podemos notar que a perspectiva isomtrica a qued a idia menos deformada do objeto. Iso quer dizer mesma; mtrica querdizer medida. A perspectiva isomtrica mantm as mesmas propores docomprimento, da largura e da altura do objeto representado. Alm disso, otraado da perspectiva isomtrica relativamente simples.

    Eixos Isomtricos

    As semi-retas, assim dispostas (conforme a figura abaixo esquerda),recebem o nome de eixos isomtricos.

    O traado de qualquer perspectiva isomtrica parte sempre dos eixosisomtricos.

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    A perspectiva Isomtrica nos d uma viso muito prxima do real e amplamente usada para a representao de peas. Seus eixos principais estoinclinados em 120 uns dos outros e por esse motivo o par de esquadros

    facilitar muito o desenho.

    As linhas que no estiverem em 30 (obs. 90 + 30 = 120) em relao ahorizontal, estaro a 90. Portanto o jogo de esquadros ser suficiente paratodo traado.

    Linhas Isomtricas

    Qualquer linha paralela a um eixo isomtrico chamada linha isomtrica.

    Inicia-se a isomtrica com os traados dos eixos isomtricos a partir de umponto definido (A). Em seguida, so marcadas nesses eixos as medidas decomprimento, largura e altura do prisma; Aps isso, so traadas as faces defrente, de cima e do lado do prisma tomando como referncia as medidasmarcadas nos eixos isomtricos. Em seguida so marcadas as medidas dorebaixo e traadas da mesma maneira que as faces do prisma. E, por ltimo,

    para finalizar o traado da perspectiva isomtrica, so apagadas as linhas deconstruo e reforado o contorno do objeto.

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    Linhas No Isomtricas

    As linhas que no so paralelas aos eixos isomtricos so chamadas linhasno isomtricas.

    Exemplos:

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    Traado da Elipse (Representao da Circunferncia naIsomtrica)

    O crculo em perspectiva tem sempre a forma de elipse.

    Para representar a perspectiva isomtrica do crculo, necessrio traar

    antes um quadrado auxiliar em perspectiva, na posio em que o crculo deveser desenhado.

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    Traado da elipse isomtrica de quatro centros:

    1- Traar o quadrado isomtrico ABCD;

    2- Determinar os pontos mdios EFGH dos lados do quadrado ABCD;

    3- Traar as diagonais BD e AC;

    4- Traar as diagonais DF e DG;

    5- Nas intersees das diagonais DF e AC, determinar o ponto 1;

    6- Nas intersees das diagonais DG e AC, determinar o ponto 2;

    7- Ponto 1 -- centro do arco EF;

    8- Ponto 2 centro do arco GH;

    9- Ponto B centro do arco HE;

    10-Ponto D centro do arco FG.

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    Esboo em Perspectiva

    Qualquer que seja a forma da pea a ser desenhada, para se elaborar um

    esboo em perspectiva necessrio desenhar, primeiramente, oparaleleppedo de referncia.

    Das perspectivas paralelas, o tipo mais adequado para se esboar, com afinalidade de ajudar na interpretao das projees ortogonais, a PerspectivaIsomtrica.

    Assim sendo, o desenho do paraleleppedo de referncia deve comearpelos trs eixos isomtricos. No Passo 1 da Figura v-se que um dos eixosisomtricos traado verticalmente e os outros dois fazem um ngulo de 30com uma linha horizontal.

    Traados os eixos isomtricos, deve-se marcar sobre eles tamanhosproporcionais s medidas de comprimento, largura e altura da pearepresentada nas projees ortogonais. Seguindo as medidas marcadas,traam-se linhas paralelas aos eixos isomtricos at obter o paraleleppedo dereferncia, conforme aparece no Passo 2 da Figura.

    Os Passos 3, 4 e 5 da Figura mostram a obteno da forma espacialrepresentada nas projees ortogonais desenhando nas faces doparaleleppedo as vistas correspondentes. Observe que quando a pea nopossui superfcies inclinadas, todas as linhas so paralelas a um dos trs eixosisomtricos Nos desenhos em perspectivas, normalmente, as arestas invisveisno so representadas.

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    Esboo em Perspectiva de Superfcies Inclinadas

    As superfcies inclinadas, quando desenhadas em perspectivas, noacompanham as direes dos eixos isomtricos. Nos esboos em perspectivaso traado das superfcies inclinadas no deve ser orientado pelo ngulo deinclinao da superfcie. A forma mais correta para traar as superfciesinclinadas marcar o comprimento dos catetos, que determina a inclinao dasuperfcie, nas arestas do paraleleppedo de referncia. A Figura abaixo ilustraa elaborao do desenho do esboo em perspectiva contendo superfciesinclinadas.

    Esboo em Perspectiva de Superfcies Curvas

    Como o crculo pode ser inscrito em um quadrado, conclui-se que umcilindro pode ser inscrito em um paraleleppedo de base quadrada, conforme

    mostra a Figura abaixo.

    Observe que o crculo inscritono quadrado em perspectiva tem aforma de uma elipse. O desenhodo cilindro em perspectiva serobtido traando-se elipses nas facesquadradas e unindo-as com retastangentes s arestas docomprimento do paraleleppedo.

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    Os passos da Figura abaixo mostram a seqncia de elaborao dodesenho da elipse que representa o crculo em perspectiva, e suas diferentesposies espaciais.

    O desenho em perspectiva de peas que contenham superfcies curvas

    elaborado aplicando-se, passo a passo, a metodologia j exposta. A Figuraabaixo mostra os passos para elaborao de esboos em perspectiva de peascom superfcies curvas.

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    PerspectivaCavaleira

    Na figura abaixo apresentamos trs tipos usuais de perspectiva cavaleira.

    A B C

    A escolha entre estas diferentes perspectivas cavaleiras sobretudo umaquesto de gosto, embora se possam ainda acrescentar outro tipo deconsideraes:

    o O caso A apresenta as superfcies lateral BCFG e superior EFGH -relacionadas profundidade - muito reduzidas em relao ao seutamanho real;

    o No caso B a profundidade da representao do cubo parece. pelomenos a muitos de ns, exagerada;

    o O caso C parece a muitos o mais equilibrado.

    As arestas relacionadas altura e largura/comprimento do objeto nosofrem qualquer tipo de reduo no desenho da perspectiva cavaleira. Asarestas que definem ou relacionam-se s profundidades, sofrero reduo deacordo com os coeficientes abaixo:

    o Arestas com 60 de inc linao Reduo de 2/3 da medida real (Caso A na fig. acima);

    o

    Arestas com 45 de inc linao Reduo de 1/2 da medida real (Caso B na fig. acima);

    o Arestas com 30 de inc linao Reduo de 1/3 da medida real (Caso C na fig. acima).

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    Observao:A face ou plano da perspectiva cavaleira que corresponde face frontal do

    objeto no ter qualquer inclinao, sendo sempre paralela ao observador e aoplano de projeo. Dizemos ento, que essa face est em verdadeiragrandeza (Representada atravs de seu tamanho real)).

    Traado da Circunferncia na Cavaleira

    A projeo ortogonal de um crculo cujo plano no paralelo ao plano deprojeo sempre uma elipse. Sendo possvel dispor de um quadradocircunscrito a um crculo, devidamente projetado como um paralelogramo, ospontos de tangncia da elipse em projeo com os lados desse paralelogramoesto sempre nos pontos mdios desses lados, o que facilita o traado a mo

    livre da elipse.

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    A d D

    1 2 dA D

    a c 1 2O

    3 4a O c

    B b C

    3 4

    B b C

    Traado da Elipse na Cavaleira :

    1- A partir do quadrado ABCD circunscrito, traar as diagonais AC eBD;

    2- Determinar os pontos mdios a, b, c e d;3- Traar os segmentos ac e bd;4- Nas intersees das diagonais AC e BD com a circunferncia,

    determinar os pontos 1,2,3 e 4;5- Repetir o traado descrito nos itens acima, no plano superior e/ou

    lateral da perspectiva;6- Traar a elipse a mo livre, tendo a, b c e d (pontos de tangncia)

    e os pontos 1, 2, 3 e 4 como seus pontos referenciais.

    EXEMPLOS:

    Perspectivas cavaleiras de elementos cilndricos

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    Exerccios

    Desenhe a figura nas escalas 1:1, 1;2 e 2:1.

    Coloque dentro dos crculos dos desenhos, os nmeros correspondentes aostipos de linhas indicadas na tabela do captulo VI.

    Escreva os nomes e tipos de linhas assinaladas por letras no desenho abaixo:

    A ......................................................

    B........................................................

    C.......................................................

    D.......................................................

    E........................................................

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    Escreva nas vistas ortogrficas, as letras do desenho em perspectivaisomtrica que correspondem aos seus vrtices.

    As letras indicadas no modelo em perspectiva representam as arestasindicadas nas vistas. Escreva essas letras nas setas correspondentes dasvistas ortogrficas.

    Escreva, no modelo representado em perspectiva isomtrica, as letras dasvistas ortogrficas que correspondem s suas arestas.

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    Escreva nos modelos representados em perspectiva isomtrica as letrasdos desenhos tcnicos que correspondem s suas faces.

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    Complete as projees.

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    Desenhe a vista que falta.

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    Para cada pea em projeo h quatro perspectivas, porm s uma correta. Assinale com X a perspectiva que corresponde pea.

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    Anote embaixo de cada perspectiva o nmero correspondente s suasprojees.

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    Analise as perspectivas e identifique as projees, escrevendo nas linhascorrespondentes:

    F para vista frontalS para vista superiorLE para vista lateral esquerdaLD para vista lateral d ireita

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    Faa a cotagem tomando as medidas no desenho.

    Observe as perspectivas e escreva as cotas nas projees.

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    Analise as perspectivas, calcule as cotas e coloque-as nas projees.

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    Analise as perspectivas, calcule as cotas e coloque-as nas projees.

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    Desenhe as projees na escala 1:1 e faa a cotagem.

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    Desenhe as projees na escala 1:1 e faa a cotagem.

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    Desenhe as projees na escala 1:1 e faa a cotagem.

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    Tire as medidas, coloque-as nas cotas e faa a perspectiva isomtrica naescala 2:1.

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    Tire as medidas, coloque-as nas cotas e faa a perspectiva isomtrica e aperspectiva cavaleira da pea abaixo, na escala 2:1.

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    Desenhe a perspectiva isomtrica de um cubo cujo lado a =80, e faa o traadoda elipse isomtrica em cada uma de suas faces, conforme a figura abaixo.

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    Desenhe a perspectiva cavaleira (45) de um cubo cujo lado a = 100, e faa otraado da elipse nas faces superior e lateral, conforme a figura abaixo.

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    RReeffeerrnncciiaassBBiibbll iiooggrrffiiccaass

    ABRAMAN. Leitura e interpretao de desenho tcnico mecnico.(Apostila).

    FIAT. Desenho mecnico. (Apostila).

    TELECURSO 2000 profissionalizante mecnica: Leitura e interpretao dedesenho. 3 v.