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JOAQUIM BRANCO DE OLIVEIRA DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MELANCIA EM DIFERENTES ÉPOCAS DE PLANTIO, NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ- RN MOSSORÓ-RN 2013

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JOAQUIM BRANCO DE OLIVEIRA

DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MELANCIA

EM DIFERENTES ÉPOCAS DE PLANTIO, NO

MUNICÍPIO DE MOSSORÓ- RN

MOSSORÓ-RN

2013

JOAQUIM BRANCO DE OLIVEIRA

DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MELANCIA EM DIFERENTES

ÉPOCAS DE PLANTIO, NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ- RN

Tese apresentada ao Programa de Pós–

Graduação em Fitotecnia da Universidade

Federal Rural do Semi-Árido, como parte

das exigências para obtenção do grau de Doutor em Agronomia: Fitotecnia

ORIENTADOR

Prof. D. Sc. LEILSON DA COSTA GRANGEIRO

MOSSORÓ-RN

2013

Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e

catalogação da Biblioteca “Orlando Teixeira” da UFERSA

O648d Oliveira, Joaquim Branco de.

Desempenho de cultivares de melancia em diferentes épocas de

plantio, no município de Mossoró-RN. / Joaquim Branco de

Oliveira -- Mossoró: 2013.

92f.: il.

Tese (Pós-graduação em Fitotecnia) – Universidade Federal

Rural do Semi-Árido. Pró-Reitoria de Ensino e Pesquisa.

Orientador: Profº. D. Sc. Leison Costa Grangeiro

Coorientador: Prof° D. Sc. José Espínola Sobrinho

1.Citrullus lanatus. 2.Radiação. 3.Fotossinteticamente

ativa. 4.Rendimento. I.Título.

CDD:635.615 Bibliotecária: Marilene Santos de Araújo

CRB-5/1033

JOAQUIM BRANCO DE OLIVEIRA

DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MELANCIA EM DIFERENTES

ÉPOCAS DE PLANTIO, NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ- RN

Tese apresentada ao Programa de Pós–

Graduação em Fitotecnia da Universidade

Federal Rural do Semiárido, como parte

das exigências para obtenção do grau de

Doutor em Agronomia: Fitotecnia

APROVADA EM: __/__/__

À Marciana, minha esposa, e aos filhos

Karoliny e Arthur,

Dedico

AGRADECIMENTOS

À Deus, que me conduziu com coragem e perseverança no transcorrer do

doutorado.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), e

a Secretaria de Ensino Tecnológico (SETEC) pelo apoio financeiro.

A UFERSA, através dos professores e seus servidores, pelo apoio.

Ao Instituto Federal do Ceará, Campus Iguatu-CE, pela oportunidade

concedida.

Ao professor Ivam Holanda de Souza, que na qualidade de Diretor-Geral do

IFCE Campus Iguatu-CE, apoiou a criação do Doutorado Interinstitucional.

Ao trabalho incansável do professor Dijauma Honório Nogueira na condução

do DINTER.

Ao professor Leilson Costa Grangeiro pela orientação.

Ao professor. José Espínola Sobrinho, pela coorientação e cessão dos

equipamentos, indispensáveis ao desenvolvimento desta tese e ao professor Jeferson

Luiz Dallabona Dombroski pelos conselhos e acompanhamento.

Aos membros da banca examinadora, Maria Zuleide de Negreiros, Gilcimar

Alves do Carmo e José Robson da Silva, pelas suas primorosas sugestões as quais

enriqueceram esta tese.

Aos companheiros do DINTER e da UFERSA que estiveram juntos comigo

nas disciplinas.

Aos amigos que tive a oportunidade reencontrar na UFERSA, e aos novos

amigos conquistados.

Aos funcionários da horta didática do Departamento de Ciências Vegetais da

UFERSA, pela condução dos trabalhos de campo.

E por fim, e não menos importante, a todos que ajudaram na condução do

experimento, nas análises e conselhos.

RESUMO

OLIVEIRA, Joaquim Branco de. Desempenho de cultivares de melancia Em

diferentes épocas de plantio, no município de Mossoró - RN. 2013. 92f. Tese

(Doutorado em Agronomia: Fitotecnia) – Departamento de Ciências Vegetais,

UFERSA, Mossoró - RN, 2012.

Apesar de ser uma cultura típica de clima tropical, nas regiões Sudeste e Sul do Brasil,

o plantio concentra-se na primavera e no verão, e na região Nordeste, o plantio é

realizado em qualquer época do ano, seja ele de sequeiro ou irrigado. No agropolo

Assu-Mossoró, do Rio Grande do Norte, as variações dos elementos climáticos

sugerem a possibilidade da época de plantio interferir sobre o comportamento da

melancia. Com o objetivo de avaliar o desempenho de cultivares de melancia em

diferentes épocas de plantio foi desenvolvido um experimento na horta didática do

Departamento de Ciências Vegetais da UFERSA. O delineamento experimental

utilizado foi em blocos casualizados completos, com quatro repetições, no esquema de

parcela subdividida 3x3, em cujas parcelas foram avaliadas as cultivares Crimson,

Olímpia e Denver e nas subparcelas os plantios de junho, agosto e outubro. A análise

do crescimento das cultivares nas três épocas de plantio foi realizado por meio de

coletas aos 5, 15, 25, 35 45 e 55 DAT em função da massa seca total e massa seca da

parte vegetativa, área foliar, índice de área foliar, taxa de crescimento absoluto, taxa de

assimilação líquida, taxa de crescimento relativo e eficiência de conversão da PAR. O

rendimento e qualidade dos frutos foram avaliados em função do: número médio de

frutos totais, comerciais e não comerciais por planta, massa média de frutos totais,

comerciais e não comerciais por planta, produtividade dos frutos totais, comerciais e

não comercias, sólidos solúveis, acidez titulável, relação sólidos solúveis/acidez

titulável e pH. A temperatura do ar e do solo e a umidade relativa não afetaram o

crescimento e desenvolvimento das cultivares, e a disponibilidade de radiação ficou

acima do mínimo necessário para a melancia. As épocas de plantio influenciaram no

acúmulo de massa seca total e da parte vegetativa a área foliar, o índice de área foliar, a

taxa de crescimento absoluto, a taxa de assimilação líquida e o uso eficiente da

radiação fotossinteticamente ativa assim como a produtividade total, comercial e não

comercial. A cultivar Olímpia em agosto foi a que acumulou mais massa seca total da

parte vegetativa e eficiência de conversão. Os parâmetros de qualidade dos frutos

sólidos solúveis, relação sólidos solúveis/acidez titulável e pH parecem sofrer

influência somente das cultivares, enquanto a acidez titulável sofreu clara influência

das épocas de plantio.

Palavras-chave: Citrullus lanatus. Radiação fotossinteticamente ativa. Rendimento.

Qualidade dos frutos.

ABSTRACT

OLIVEIRA, Joaquim Branco de. Performance of watermelon cultivars in different

planting seasons, in the city of Mossoró-RN. 2013. 92f. Tese (Doutorado em

Agronomia: Fitotecnia) – Departamento de Ciências Vegetais, UFERSA, Mossoró -

RN, 2013.

Despite being a typical culture of tropical climate in the Southeast and South regions of

Brazil, planting is concentrated in the spring and summer. In the Northeast planting is

done at any period of the year, no matter if it is raining season or drought. In agropolo

Assu-Natal, Rio Grande do Norte, the variations of climatic elements suggest the

possibility of planting period interfere in the behavior of watermelon. In order to

evaluate the performance of watermelon cultivars in different planting periods, an

experiment was conducted in the didactic garden of the Department of Plant Sciences,

in UFERSA- RN. The experimental design was randomized complete blocks, with four

replications, in a subdivided portion scheme 3x3, whose portions were evaluated the

genotypes Crimson, Olympia and Denver and in the subplots plantations in June,

August and October. The analysis of the growth of the cultivars in the three planting

periods was conducted using samples at 5, 15, 25, 35 45 and 55 DAT on the basis of

total dry mass and mass of vegetative leaf area, leaf area index, absolute growth rate,

net assimilation rate, relative growth rate and conversion efficiency of

photosynthetically active radiation. The yield and fruit quality was evaluated based on:

the average number of total fruit, commercial and non-commercial, average mass of

total fruit, commercial and non-commercial per plant, yield of total fruit, commercial

and non-commercial, soluble solids, titratable acidity, soluble solids / titratable acidity

and pH relation. The planting which was done in August favored the growth and

production of watermelon with an average increase in productivity of 36.38 and

19.77% in relation to October and June, respectively. The variations in air temperature,

soil and relative air humidity in plantations of June, August and October did not affect

the development of Crimson Sweet, Olympia cultivars in the conditions of Mossoró-

RN. In all plantings solar radiation available to the crop was above the minimum

required trophic limit without compromising the availability of energy for the cultivars.

The photosynthesis/radiation relationship in plantations in June, August and October

corresponded on average to 60.9% of the global solar radiation. Planting in August had

higher conversion efficiency of photosynthetically active radiation in biomass being

the cultivar Olímpia the most efficient from 45 to 55 DAT. The planting periods

influenced the development of leaf area, total dry mass accumulation and vegetative

part and the leaf area index and absolute growth rate, with the planting of August with

the highest averages. The net assimilation rate had larger mean planting in October.

The quality of watermelon fruits was influenced by planting periods, and the highest

average soluble solids, titratable acidity and soluble solids / acidity relations in

plantations in the months of June, August and June, respectively, and the pH values

higher in the plantings in June and October.

Keywords: Citrullus lanatus. Photosynthetically Active Radiation. Yield. Fruit

Quality.

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resultado das análises químicas do solo nas áreas experimentais. Mossoró-

RN, UFERSA, 2013. .............................................................................. 26

Tabela 2 – Datas de semeadura e transplantio dos experimentos avaliados no

calendário Gregoriano (Greg.) e Juliano (Jul.) e ciclo em dias após o

plantio (DAP) e dias após o transplantio (DAT). Mossoró-RN, UFERSA,

2013. ....................................................................................................... 29

Tabela 3 – Coeficiente linear (o) e angular (), coeficiente de determinação (r²)

relação PAR/Rs (e) e intervalo de confiança da regressão linear entre a

radiação fotossinteticamente ativa e a radiação solar global. Mossoró-RN,

UFERSA, 2013. ...................................................................................... 44

Tabela 4 – Acúmulo de massa seca da parte vegetativa (g pl-1

) de plantas de melancia

em diferentes dias após o transplantio Crimson Sweet, Olímpia e Denver.

Mossoró-RN, UFERSA 2013. ................................................................ 47

Tabela 5 – Acúmulo de massa seca da parte vegetativa (g pl-1

) das cultivares de

melancia nos plantios de junho, agosto e outubro em diferentes dias após

o transplantio. Mossoró-RN, UFERSA 2013. ........................................ 48

Tabela 6 – Massa seca total (g pl-1

) das cultivares Crimson Sweet, Olímpia e Denver.

Mossoró-RN, UFERSA 2013. ................................................................ 51

Tabela 7 – Massa seca total (g pl-1

) de cultivares de melancia nos plantios de junho,

agosto e outubro. Mossoró-RN, UFERSA 2013. ................................... 52

Tabela 8 – Área foliar (cm²) de cultivares de melancia de cultivares de melancia nos

plantios de junho, agosto e outubro. Mossoró-RN, UFERSA 2013..... .. 55

Tabela 9 – Índice de área foliar (IAF) de cultivares de melancia nos plantios de junho,

agosto e outubro. Mossoró-RN, UFERSA 2013. ................................... 58

Tabela 10 – Taxa de crescimento absoluto (g dia-1

) de cultivares de melancia nos

plantios de junho, agosto e outubro. Mossoró-RN, UFERSA 2013..... .. 59

Tabela 11 – Taxa assimilatória líquida (g cm-2

dia-1

) de cultivares de melancia nos

plantios de junho, agosto e outubro. Mossoró-RN, UFERSA 2013.... ... 63

Tabela 12 – Eficiência de conversão da radiação fotossinteticamente ativa (g MJPAR-1

)

das cultivares Crimson Sweet, Olímpia e Denver nos plantios de junho,

agosto e outubro. Mossoró-RN, UFERSA, 2013. .................................. 64

Tabela 13 – Eficiência de conversão da radiação fotossinteticamente ativa (g MJPAR-1

)

das cultivares Crimson Sweet, Olímpia e Denver. Mossoró-RN, UFERSA

2013. ....................................................................................................... 66

Tabela 14 – Eficiência de conversão da radiação fotossinteticamente ativa (g MJPAR-1

)

de cultivares de melancia nos plantios de junho, agosto e outubro.

Mossoró-RN, UFERSA 2013. ................................................................ 66

Tabela 15 – Produtividade comercial (PC) e produtividade não comercial (PNC) das

cultivares Crimson, Olímpia e Denver nos plantios de junho, agosto e

outubro. Mossoró-RN, UFERSA, 2013. ................................................ 72

Tabela 16 – Acidez titulável (AT) das cultivares Crimson Sweet, Olímpia e Denver

nos plantios de junho, agosto e outubro. Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

................................................................................................................ 74

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Croqui da primeira subparcela com a as cultivares Crimson Sweet, Olímpia

e Denver. Mossoró-RN, UFERSA, 2013. .............................................. 28

Figura 2 – Temperatura do ar máxima (Tx), média (Tm), mínima (Tn), limite trófico

superior (LTS) e limite trófico inferior (LTI) de temperatura, nos plantios

de junho (a) agosto (b) e outubro (c) em função dos dias após o plantio

(DAP). Mossoró-RN, UFERSA, 2013. .................................................. 38

Figura 3 – Umidade relativa média (URm), máxima (URx), mínima (URn) e limite

trófico superior (LTS) e inferior (LTI) nos plantios de junho (a) agosto

(b) e outubro (c) em função dos dias após o plantio (DAP). Mossoró-RN,

UFERSA, 2013. ...................................................................................... 40

Figura 4 – Temperatura máxima média (Tm) e precipitação (mm)no período de

execução do experimento. Mossoró-RN, UFERSA, 2013. .................... 41

Figura 5 – Temperatura do solo média (Tsom), máxima (Tsox), mínima (Tson) e

limite trófico superior (LTS) e inferior (LTI) nos plantios de junho (a)

agosto (b) e outubro (c) em função dos dias após o plantio (DAP).

Mossoró-RN, UFERSA, 2013. ............................................................... 42

Figura 6 – Relação entre radiação fotossinteticamente ativa e solar global de junho a

dezembro de 2010, registradas na estação meteorológica da UFERSA,

Mossoró-RN, UFERSA, 2013. ............................................................... 44

Figura 7 – Radiação fotossinteticamente ativa (PAR), radiação solar global (Rs) e

limite trófico de radiação (LTS) nos plantios de junho (a), agosto (b) e

outubro (c) em função dos dias após o plantio (DAP). Mossoró, RN,

UFERSA, 2013. ...................................................................................... 46

Figura 8 – Acúmulo de massa seca da parte vegetativa (g pl-1

) de plantas de melancia

Crimson Sweet (C), Olímpia (O) e Denver (D) em função dos dias após o

transplantio (DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013. .............................. 48

Figura 9 – Acúmulo de massa seca da parte vegetativa (g pl-1

) de cultivares de

melancia nos plantios de junho (Jun.), agosto (Ago.) e outubro (Out.) em

função dos dias após o transplantio (DAT). Mossoró-RN, UFERSA,

2013. ....................................................................................................... 49

Figura 10 – Acúmulo de massa seca total (g pl-1

) pelas plantas de melancia Crimson

Sweet (C), Olímpia (O) e Denver (D) em função dos dias após o

transplantio (DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013. .............................. 50

Figura 11 – Acúmulo de massa seca total (g pl-1

) de cultivares de melancia nos

plantios de (Jun.), agosto (Ago.) e outubro (Out.) em função dos dias

após o transplantio (DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013. ................... 51

Figura 12 – Partição de assimilados da cultivar de melancia Crimson Sweet em

diferentes dias após o transplantio em função dos dias após o transplantio

(DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013. .................................................. 53

Figura 13 – Partição de assimilados da cultivar de melancia Olímpia em diferentes

dias após o transplantio em função dos dias após o transplantio (DAT).

Mossoró-RN, UFERSA, 2013. ............................................................... 54

Figura 14 – Partição de assimilados da cultivar de melancia Denver em diferentes dias

após o transplantio em função dos dias após o transplantio (DAT).

Mossoró-RN, UFERSA, 2013. ............................................................... 54

Figura 15 – Área foliar (cm²) das cultivares de melancia nos plantios de junho (Jun.),

agosto (Ago.) e outubro (Out.) em função dos dias após o transplantio

(DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013. .................................................. 56

Figura 16 – Índice de área foliar (IAF) de cultivares de melancia, Olímpia e Denver

nos plantios de junho (Jun.), agosto (Ago.) e outubro (Out.) em função

dos dias após o transplantio. Mossoró-RN, UFERSA, 2013. ................. 57

Figura 17 – Taxa de crescimento absoluto (g dia-1

) das cultivares de melancia nos

plantios de junho (Jun.), agosto (Ago.) e outubro (Out.) em função dos

dias após o transplantio (DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013. ........... 59

Figura 18 – Taxa de crescimento relativo (g g-1

dia-1

) das cultivares Crimson Sweet

(C), Olímpia (O) e Denver (D) em função dos dias após o transplantio

(DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013. .................................................. 61

Figura 19 – Taxa de crescimento relativo (g g-1

dia-1

) de cultivares de melancia nos

plantios de junho (Jun.), agosto (Ago.) e outubro (Out.) em função dos

dias após o transplantio. Mossoró-RN, UFERSA, 2013 ........................ 62

Figura 20 – Taxa assimilatória líquida (g cm-2

dia-1

) de cultivares de melancia nos

plantios de junho (Jun.), agosto (Ago.) e outubro (Out.) em função dos

dias após o transplantio (DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013. ........... 63

Figura 21 – Eficiência de conversão da radiação fotossinteticamente ativa (g MJPAR-1

)

das cultivares de melancia Crimson Sweet (C), Olímpia (O) e Denver (D)

em função dos dias após o transplantio (DAT). Mossoró-RN, UFERSA,

2013. ....................................................................................................... 67

Figura 22 – Eficiência de conversão da radiação fotossinteticamente ativa (g MJPAR-1

)

de cultivares de melancia nos plantios de junho (Jun.), agosto (Ago.) e

outubro (Out.) em função dos dias após o transplantio (DAT). Mossoró-

RN, UFERSA, 2013. .............................................................................. 68

Figura 23 – Número médio de frutos totais por planta das cultivares Crimson Sweet,

Olímpia e Denver nos plantios de junho, agosto e outubro. Mossoró-RN,

UFERSA, 2013. ...................................................................................... 69

Figura 24 – Número médio de frutos comerciais por planta das cultivares Crimson

Sweet, Olímpia e Denver nos plantios de junho, agosto e outubro.

Mossoró-RN, UFERSA, 2013. ............................................................... 69

Figura 25 – Número médio de frutos não comerciais por planta das cultivares Crimson

Sweet, Olímpia e Denver nos plantios de junho, agosto e outubro.

Mossoró-RN, UFERSA, 2013. ............................................................... 70

Figura 26 – Massa média de frutos (MFT) das cultivares Crimson Sweet, Olímpia e

Denver nos plantios de junho, agosto e outubro. Mossoró-RN, UFERSA,

2013. ....................................................................................................... 71

Figura 27 – Massa média de frutos comerciais (MFC) das cultivares Crimson Sweet,

Olímpia e Denver nos plantios de junho, agosto e outubro. Mossoró-RN,

UFERSA, 2013. ...................................................................................... 71

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 17

2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 19

2.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS ............................................................................. 19

2.1.1 Requerimentos ambientais ............................................................................... 20

2.1.2. Cultivares de melancia e época de plantio ..................................................... 22

2.1.3 Características qualitativas da melancia ........................................................ 24

3 MATERIAL E MÉTODOS..................................................................................... 26

3.1 LOCAL E CARACTERÍSTICAS DA ÁREA EXPERIMENTAL ........................ 26

3.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS ............................... 27

3.3 CARACTERÍSTICAS AVALIADAS .................................................................... 30

3.3.1 Elementos meteorológicos ................................................................................ 30

3.3.2 Análise de crescimento das plantas ................................................................. 32

3.3.3 Eficiência de conversão da radiação fotossinteticamente ativa (ECPAR) ...... 34

3.3.4 Rendimento e qualidade dos frutos ................................................................. 34

3.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA ..................................................................................... 35

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 37

4.1 CARACTERÍSTICA CLIMATOLÓGICAS .......................................................... 37

4.1.1 Temperatura do ar, umidade do ar e temperatura do solo ........................... 37

4.1.2 Radiação solar global e fotossinteticamente ativa .......................................... 43

4.2 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO......................................................... 47

4.2.1 Massa seca da parte vegetativa, total e partição de assimilados ................... 47

4.2.2 Área foliar (AF) e índice de área foliar (IAF)................................................. 55

4.2.3 Taxa de crescimento absoluto (TCA) .............................................................. 58

4.2.4 Taxa de crescimento relativo (TCR) ............................................................... 60

4.2.5 Taxa assimilatória líquida (TAL) .................................................................... 62

4.3 EFICIÊNCIA DE CONVERSÃO DA RADIAÇÃO FOTOSSINTETICAMENTE

ATIVA (ECPAR) ............................................................................................................ 64

4.4 CARACTERÍSTICAS DE PRODUÇÃO ............................................................... 68

4.5 CARACTERÍSTICAS DE QUALIDADE ............................................................. 73

5 CONCLUSÕES ........................................................................................................ 76

6 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 77

17

1 INTRODUÇÃO

A melancia é uma cucurbitácea cultivada e apreciada em quase todas as regiões

do mundo, tanto nos países de clima temperado como nos tipicamente tropicais. Em

2010, a produção mundial atingiu 93,6 milhões de toneladas, ocupando uma área

superior a 3,16 milhões de hectares e produtividade média de 28,2 t ha-1

. Os três

maiores produtores mundiais, China, Turquia e Irã, são responsáveis por 78,1% da

produção, sendo o Brasil o quarto produtor mundial com 1,87 milhões de toneladas

(CNPH, 2010; FAO, 2011). No Brasil, é a segunda hortaliça em volume de exportação

sendo as regiões Sul e Nordeste responsáveis por quase 80% da produção nacional.

Apesar de ser cultivada em todo o país, o plantio da melancieira é realizado

principalmente na primavera e verão em razão das melhores condições climáticas. No

Sudeste, o plantio ocorre de outubro a fevereiro, e na região Sul é comum o plantio

sobre restos de palhada de aveia preta de setembro a outubro. Contudo, a maioria das

regiões que cultivam melancia, o fazem apenas em uma época, devido às limitações

climáticas.

No Nordeste brasileiro, o plantio pode ser realizado em qualquer época do ano,

seja de sequeiro ou irrigado. Durante o período chuvoso, predomina o cultivo

tradicional de sequeiro em consórcio com outras culturas alimentares como o milho e

feijão. Nos meses mais secos, junho a dezembro, o submédio do Vale do São Francisco

e o agropolo Assu-Mossoró concentram a produção irrigada para o mercado interno e

externo. Nesse período, a cultura apresenta melhor desempenho em rendimento e

qualidade de frutos em virtude das condições climáticas mais adequadas e menor

incidência de pragas e doenças (RESENDE et al., 2006; COSTA; LEITE, 2009).

No Rio Grande do Norte, a melancia tem tido grande importância em razão das

boas condições climáticas e do promissor mercado consumidor, onde deixou de ser

uma cultura explorada apenas no período das chuvas, com a finalidade de abastecer

18

mercados locais, para se tornar uma atividade tecnificada de produção destinada tanto

ao mercado interno como externo. Para a exportação, as cultivares de melancia

utilizadas são híbridos de alta produtividade, uniformidade de tamanho e alto teor de

açúcar com frutos pequenos, com ou sem sementes e de polpa crocante, além de boa

conservação pós-colheita. Já para o mercado interno, a cultivar Crimson Sweet é a

mais plantada, em razão do formato arredondado do fruto, da qualidade da polpa e da

boa conservação pós-colheita e menor preço da semente.

No agropolo Assu-Mossoró, a melancia é cultivada de junho a dezembro, com

irrigação por gotejamento. Como a cultura apresenta ciclo em torno de 70 dias, vários

plantios podem ser feitos em cada ano. Durante esse período, as variações climáticas

são pequenas, mas existem, sugerindo a possibilidade de efeito de época de semeadura

sobre o comportamento da cultura.

Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho

de cultivares de melancia em diferentes épocas de plantio no município de Mossoró-

RN.

19

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Características gerais

A melancia (Citrullus lanatus (Thumb,) Matsum & Nakai) é uma planta da

família Cucurbitaceae, herbácea de ciclo vegetativo anual e monoica, que possui caule

rastejante, fino, angular, piloso com gavinhas ramificadas, tem seu desenvolvimento

inicial caracterizado por uma brotação principal até o aparecimento de cinco folhas

bem definidas, sendo o fruto a parte comestível. Em sua uma forma selvagem, é

encontrada em muitas regiões de clima tropical e subtropical (WAYSLIKOWA; VAN

DER VEEN, 2004; ALMEIDA, 2009).

As flores, cuja polinização cruzada e entomófila através de abelhas, são

solitárias, pequenas, de corola amarela, abrem-se diariamente entre duas a três horas

após o aparecimento do sol e se fecham no mesmo dia para não mais abrirem

(ALMEIDA, 2009)

O fruto é uma baga indeiscente, tipo pepônio, não climatério, de 1 até mais de

25 kg cuja forma pode ser redonda, oblonga ou alongada, tem de ser colhido maduro,

pois a qualidade não melhora após a colheita. Possui casca espessa, exocarpo verde

claro ou escuro, listrado ou manchado. A polpa das variedades comerciais

normalmente é vermelha, podendo ser também laranja, branca ou verde. As sementes

encontram-se incluídas no tecido da placenta (ALONSO, 2000).

20

2.1.1 Requerimentos ambientais

A produção das culturas está relacionada com vários fatores que atuam durante

as fases de desenvolvimento. As interações que ocorrem entre a planta e o ambiente

condicionam respostas fisiológicas e agronômicas, não só do ponto de vista do

rendimento assim como das características organoléticas e nutricionais (CARON et al.,

2007; VOLTOLINI et al., 2011).

Um dos elementos do clima mais importantes para o crescimento e

desenvolvimento da melancia é a temperatura. Como cultura tipicamente tropical, está

entre as menos tolerantes a baixas temperaturas, principalmente durante a germinação

e a emergência. Há diferentes informações sobre a faixa de temperatura ideal para cada

fase da melancia. A germinação é favorecida por temperaturas entre 21 e 35°C. A faixa

de desenvolvimento ótimo situa-se as temperaturas médias de 23 a 28°C. Contudo, na

fase de formação e enchimento dos frutos a associação de ventos fortes e temperaturas

elevadas ocasiona a ruptura da casca nos pontos mais fracos com maior incidência nas

cultivares com propensão genética (FAO, 2002; NOGUEIRA, 2008; REZENDE et al.,

2011b).

Os limites tróficos inferior (LTI) e superior (LTS) de temperatura do ar abaixo

e acima dos quais há paralisação do desenvolvimento, são respectivamente 15°C e

35°C (REZENDE et al., 2011b). De acordo com Soltani et al. (1995), 42 °C é o limite

crítico no qual a atividade fisiológica da cultura praticamente cessa.

Embora não seja considerado um dado climatológico clássico, a temperatura do

solo influencia diretamente na germinação e crescimento inicial das raízes. Na maioria

das hortaliças, a temperatura do solo mais adequada está entre 15 e 20°C, faixa de

temperatura ótima do solo situa-se entre 25 e 28 °C. De acordo com a FAO (2002) e

Nascimento (2013) a faixa ideal de temperatura do solo para melancia situa-se entre 25

21

e 28°C. Há também o limite máximo de 40 °C e mínimo de 15 °C, acima e abaixo dos

quais a atividade das raízes é mínima.

A baixa umidade relativa do ar favorece a qualidade do fruto e a alta estimula o

aparecimento de doenças foliares; a insolação insuficiente contribui para produção de

frutos sem sabor. Condições de climas quentes, dias longos e baixa umidade do ar

favorecem o desenvolvimento da melancieira e a qualidade dos frutos, por estimular a

maior produção de açúcar, entretanto, dias muito longos prolongam a fase vegetativa.

Quando associada a temperaturas amenas, a alta umidade relativa do ar favorece a

incidência de doenças (NOGUEIRA, 2008; COSTA; LEITE, 2009).

Outro elemento climático importante é a radiação solar. Sua intensidade é

variável ao longo do ano em virtude dos efeitos astronômicos, do movimento de

translação da Terra em torno do Sol e dos fenômenos que ocorrem na fonte de energia

como manchas e erupções solares (RIBEIRO, 2008). Esses fatores e a atenuação pela

atmosfera fazem com que a quantidade de radiação que chega às plantas seja variável

ao longo do dia e das estações do ano.

O Nordeste, especialmente a região do polígono das secas, apresenta maior

disponibilidade de radiação, aproximadamente 5900 W h-1 m-2 com oscilação anual

de 5%. Comparativamente, na região Sul, essa oscilação é de 35% (COLE; PEREIRA,

1998).

As hortaliças de verão, como é o caso do meloeiro e melancia, necessitam do

nível mínimo de radiação líquida igual a 8,4 MJ m-2 dia-1, devendo-se evitar situações

de sombra (FAO, 2002). Abaixo desse limite há um déficit de assimilados devido à

fotossíntese ser menor que a respiração, contribuindo para queda na acumulação de

fitomassa (TAIZ; ZEIGER, 2004; NOGUEIRA, 2008).

Da radiação disponível para as plantas apenas parte do espectro

eletromagnético da luz, especificamente a faixa de 400 a 700 nm, é utilizada no

processo de conversão de energia em massa seca. Essa faixa é a responsável pela

22

excitação das moléculas de clorofila dando início ao fluxo de energia requerida pela

fotossíntese (RIBEIRO, 2008; SILVA et al., 2010).

Em função disso, Monteith (1977), com base em várias pesquisas sobre

produtividade, formulou o conceito de eficiência de uso da radiação (ou rendimento

energético) expresso pela relação entre o total de massa seca produzida pela cultura e o

total de radiação fotossinteticamente ativa (PAR) acumulada durante o ciclo, como

forma de representar a capacidade da vegetação de uso da energia radiativa para a

fotossíntese.

A fotossíntese líquida e a produção de fitomassa são proporcionais à

quantidade de PAR absorvida pelo dossel em plantas sadias adequadamente supridas

de água e nutrientes. Nesse contexto, a relação entre a radiação solar global (Rs) e/ou

PAR e a produção de massa seca tem sido amplamente utilizada para definir a

eficiência de conversão da radiação pelas culturas (MONTEITH, 1977; OLIVEIRA et

al., 2010; CARVALHO et al., 2011).

2.1.2. Cultivares de melancia e época de plantio

As cultivares de melancia tradicionalmente mais plantadas no Brasil são de

origem americana ou japonesa. Contudo, considerando o mercado externo, há a

disposição dos produtores uma gama de cultivares que diferem entre si quanto à forma

do fruto, coloração externa e da polpa, resistência ao transporte e tolerância a doenças

e distúrbios fisiológicos (DIAS et al., 2001).

Recentemente, a indústria de semente tem se dedicado ao desenvolvimento de

híbridos por causa do retorno comercial aos programas de melhoramento. Embora a

semente dessas cultivares sejam mais onerosas ao produtor, geralmente elas possuem

maior precocidade, produtividade e uniformidade.

23

A variação da época de plantio determina mudanças substanciais no ambiente

de cultivo, uma vez que a radiação solar, a temperatura do ar, a temperatura do solo, a

umidade relativa são elementos que se alteram ao longo das estações. Portanto, alterar

a época de plantio significa mudar o ambiente no qual a planta é cultivada (MOTA;

ZAHLER, 1994). A escolha da época de plantio correta diminui o risco de pragas e

doenças, assim como danos mecânicos à cultura causados pelo vento proporcionando o

melhor desempenho da cultura em campo.

A época de plantio de melancia no Brasil ocorre em distintos períodos do ano,

dependendo da latitude e altitude, uma vez que a mais adequada é aquela na qual

ocorrem as condições climáticas favoráveis. Nas regiões de clima frio, o plantio é

realizado de outubro a fevereiro; nas de clima ameno, de agosto a março, e nas regiões

de clima quente e seco durante todo o ano com uso da irrigação para suprir a falta de

chuvas. Deve-se evitar, porém, as épocas de chuvas intensas (REZENDE et al., 2011a).

Na região Centro-Sul brasileira, o plantio ocorre durante a primavera-verão. A

semeadura durante o outono, desde que as temperaturas baixas não sejam limitantes,

oferece condições para obtenção de alta produtividade e boa qualidade de frutos. Em

regiões com altitudes superiores a 800 m, a época de plantio vai de agosto a março.

Nos demais meses, as baixas temperaturas são limitantes ao cultivo. Em regiões abaixo

de 400 m, com invernos suaves, pode-se cultivar melancia praticamente todo o ano.

Cecílio Filho e Grangeiro (2004a) observaram influência da época de plantio

na produção de melancia nas condições de Borborema-SP. No melão cultivado em

duas épocas de plantio, Morais (2006) e Morais et al. (2010), sob as condições

climáticas de Mossoró-RN, também observaram influência das épocas de plantio e das

condições climáticas na produção e qualidade dos frutos.

24

2.1.3 Características qualitativas da melancia

A composição química dos alimentos é variável e influenciada por fatores,

tanto intrínsecos quanto extrínsecos, que atuam sobre o desenvolvimento vegetal como

as épocas de plantio, os sistemas de plantios e as condições meteorológicas (CECÍLIO

FILHO; GRANGEIRO, 2004b; SOARES et al., 2010).

No que diz respeito às características de qualidade dos frutos de melancia, os

principais atributos são: sólidos solúveis (SS), pH e acidez total titulável (AT)

(ARAÚJO NETO et al., 2000; MEDEIROS, 2008).

Os sólidos solúveis constituem importante critério para avaliação da qualidade

dos frutos pela razão dos açúcares corresponderem à maioria dos sólidos solúveis

existentes na polpa. Na melancia, altos teores de SS são desejáveis ao ponto de alguns

mercados consumidores adotaram um teor mínimo para comercialização. O mercado

interno exige pelo menos 10 °Brix e a União Europeia 9 °Brix (COELHO et al., 2011;

DIAS; LIMA, 2011).

Silva (2010b), também não encontrou diferenças significativas no teor de SS

quando comparou os sistemas de plantio direto e convencional, embora os valores

encontrados tenham sido mais baixo que os normalmente obtidos em outros trabalhos.

Segundo o autor, provavelmente, a diferença foi devida às chuvas intensas registradas

por ocasião do crescimento e maturação dos frutos.

A acidez, devida a ácidos orgânicos, é uma característica importante no que se

refere à palatabilidade de muitos frutos e em conjunto com a doçura pode ser utilizada

como referência do ponto de maturação (GRANGEIRO; CECÍLIO FILHO, 2004b). A

acidez, contudo, tem pouco significado prático, isso porque, segundo Chitarra e

Chitarra (2005), há tendência de decréscimo em função da utilização dos ácidos

orgânicos na respiração durante o processo de crescimento e maturação dos frutos.

25

Cecílio Filho e Grangeiro (2004b), ao avaliarem a qualidade de frutos de

melancia sem sementes, nas condições de Borborema-SP, observaram efeito

significativo da época de plantio na relação SS/AT. Medeiros (2008) e Araújo Neto et

al. (2000), também relataram que o pH, açúcares redutores e acidez titulável foram

influenciados pelas épocas de cultivo.

26

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 LOCAL E CARACTERÍSTICAS DA ÁREA EXPERIMENTAL

Os três experimentos foram desenvolvidos na horta didática do Departamento

de Ciências Vegetais da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) no

período de junho a dezembro de 2010, em Mossoró-RN, localizada na região noroeste

do Estado a 5° 12’ 26’’ de latitude sul, 37° 19’ 04’’ de longitude oeste e 18 m de

altitude, sendo o primeiro experimento iniciado em 10/06/2010.

O clima local, pela classificação de Köppen, é do tipo BSwh’, quente e seco

com uma estação chuvosa de janeiro a maio e uma estação seca de junho a dezembro,

caracterizado por temperatura média anual de 27,4 °C, precipitação anual de 673 mm e

umidade relativa média de 68,9% com bioclima tipo 4ath, pela classificação de

Gaussen, e índice xerotérmico entre 200 e 150 e seco durante 7 a 8 meses (CARMO

FILHO; OLIVEIRA, 1995).

O solo da área experimental foi classificado como Argissolo Vermelho Amarelo

Eutrófico, fase caatinga hiperxerófila e relevo plano (SUDENE, 1971; EMBRAPA,

2006). Foram coletadas amostras de solo na profundidade de 0-20 cm da área

experimental para a análise química, cujos resultados são apresentados na Tabela 1.

Tabela 1 – Resultado das análises químicas do solo nas áreas experimentais.

Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

Plantio pH

(água) M.O.

(%)

P K Na Ca Mg Al

(mg dm-3

) (cmol dm-3

)

Junho 7,4 1,1 156,5 145,2 27,4 2,8 1,5 0,0

Agosto 7,6 1,3 130,9 95,4 53,4 5,8 1,9 0,0

Outubro 7,8 1,1 130,6 136,2 134,0 5,4 0,8 0,0

27

3.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS

O delineamento experimental foi em blocos casualizados completos em

esquema de parcela subdividida 3 x 3 com quatro repetições. As parcelas foram

constituídas por três cultivares de melancia (Crimson Sweet, Olímpia e Denver) e as

subparcelas pelas épocas de plantio (junho, agosto e outubro). Cada parcela foi

constituída por três fileiras de plantas de 12 m de comprimento e no espaçamento de

2,4 x 0,8 m. A área útil por parcela foi de 23,04 m2, correspondendo as 12 plantas da

fileira central, desprezando-se as plantas das extremidades (Figura 1).

As principais características das cultivares utilizadas são: A cultivar Crimson

Sweet apresenta fruto uniforme, coloração interna vermelha intensa e peso médio dos

frutos de 6 a 12 kg. A planta é resistente a Fusarium sp. O híbrido Denver apresenta

polpa vermelho brilhante crocante, elevado teor de sólidos solúveis e resistência a

Colletotrichum sp. e Fusarium sp. e peso médio dos frutos de 10 a 12 kg; O híbrido

Olímpia tem com frutos elípticos e coloração interna vermelho intensa cujo fruto

apresenta peso médio de 10 a 12 kg (AGRISTAR, 2012b, 2012a; SAKATA, 2012).

O preparo do solo constou de aração e gradagem, seguida do sulcamento a

profundidade de 0,30 m. Foi realizada adubação de fundação, em todos os

experimentos, com base na análise do solo e recomendação para a cultura na região,

com 15,1 kg ha-1

de N, 35 kg ha-1

P2O5 e 30,3 kg ha-1

de K2O aplicando-se a

formulação comercial 06-24-12. Em seguida, procedeu-se a elevação dos camalhões a

uma altura de 20 cm e colocação do mulching plástico preto.

A adubação de cobertura foi realizada via água de irrigação utilizando-se 142

kg ha-1

de N, 34,6 kg ha-1

de P2O5 e 135 kg ha-1

de K2O, nas formas de ureia, nitrato de

cálcio, ácido nítrico, MAP (fosfato monoamônico), ácido fosfórico e cloreto de

potássio. Como fonte de micronutrientes, foi aplicado aos 38 dias após a semeadura,

0,6 kg ha-1

28

● Crimson Sweet; ▲ Olímpia; ■ Denver

Figura 1 – Croqui da primeira subparcela com a as cultivares Crimson Sweet,

Olímpia e Denver. Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

III

IIIIV

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III

IIIIV

Produção Anál. de Cresc.ProduçãoAnál. de Cresc.ProduçãoAnál. de Cresc.

Bordadura do Experimento

Bordadura do Experimento

2,4

m

0,8 m

29

da formulação comercial contendo 5,0% de B, 1,5% de Cu, 4% de Fe, 5,4% de Mg,

4,0% de Mn, 0,1% de Mo, 3,0% de S e 1,5% de Zn.

A semeadura foi realizada em bandejas de 128 células, utilizando-se substrato

comercial Golden Mix® e o transplantio quando as mudas apresentaram pelo menos

duas folhas definitivas nas datas apresentadas Tabela 2.

O sistema de irrigação empregado foi o de gotejamento, composto por

emissores espaçados em 0,8 m e com vazão de 2,4 L h-1

. O manejo da irrigação foi

realizado com base na estimativa da evapotranspiração da cultura (ALLEN et al.,

1998)

Tabela 2 – Datas de semeadura e transplantio dos experimentos avaliados no

calendário Gregoriano (Greg.) e Juliano (Jul.) e ciclo em dias após o plantio

(DAP) e dias após o transplantio (DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

Plantios

Data de

Semeadura

Data de

Transplantio 1ª Colheita

DAP/DAT

Greg. Jul. Greg. Jul. Greg. Jul.

Junho (Inverno) 10/06/2010 161 29/06/2010 179 20/08/2010 232 71/53

Agosto (Inverno-

Primavera) 13/08/2010 225 02/09/2010 245 26/10/2010 299 74/54

Outubro

(Primavera) 12/10/2010 285 22/10/2010 296 17/12/2010 351 66/55

Calculou-se a ETc com os coeficientes da cultura (Kc) 0,24, 1,10 e 0,56 para as

fases inicial, intermediária e final, respectivamente, sugeridos por Figueirêdo (2008).

Para efeito de cálculo dos Kc’s médios, o ciclo da cultura foi dividido em quatro fases

fenológicas: fase I: do transplante até 10% de cobertura do solo; fase II: de 10% de

cobertura do solo ao início do florescimento; fase III: do início do florescimento até o

início da frutificação; e fase IV do início da frutificação à colheita. As lâminas totais

30

aplicadas nos experimentos de junho, agosto e outubro foram respectivamente de

274,2, 348,5 e 293,3 mm.

Os tratos culturais nos plantios de junho, agosto e outubro consistiram em

capinas manuais regulares, com enxada entre as fileiras. O controle de pragas foi

realizado de acordo com os padrões utilizados pelos produtores locais e consistiu

basicamente de controle da mosca minadora (Liriomyza huidobrensis, Blanchard) e da

mosca branca (Bemisia tabaci, Genn.). Não foi verificada ocorrência de doenças que

viessem a causar danos significativos à cultura.

Na colheita dos frutos, foram considerados como indicativos a mudança de

coloração da mancha de encosto e o som “oco” emitido quando o fruto é batido, sendo

que o período variou conforme a época de plantio (Tabela 2). Foram realizadas três

colheitas com intervalos de sete dias. Por ocasião da primeira colheita foram

amostrados quatro frutos por parcela para as avaliações de qualidade.

3.3 CARACTERÍSTICAS AVALIADAS

3.3.1 Elementos meteorológicos

Na área experimental foi instalada uma estação meteorológica com sensores

para medir a radiação solar global (Rs), a velocidade do vento (u), a temperatura (T), a

umidade relativa do ar (UR) a 2 m de altura do solo e um pluviômetro de báscula a 1,5

m de altura para registro da chuva. Os elementos meteorológicos foram armazenados

num sistema automático de aquisição de dados (datalogger), Modelo CR 1000 da

Campbell Scientific, de 16 canais analógicos e 8 canais diferenciais, programado para

leitura a cada 5 segundos e armazenamento dos valores máximos, mínimos e médios

horários e diários.

31

Em três parcelas, uma para cada cultivar, foram instalados termopares de

cobre-constantan como sensores para medir a temperatura do solo a 5cm de

profundidade cujos registros foram armazenados em um sistema de aquisição de dados

CR 23X, da Campbell Scientific, de 24 entradas analógicas e 12 diferenciais

programados para leitura a cada 5 segundos e armazenamento de valores máximos,

mínimos e médios horários e diários.

A fim de corrigir as leituras feitas com os termopares, o datalogger foi

programado para leitura de dois segundos e registro de 5 segundos e os termopares

colocados mergulhado em água a mesma profundidade, em ambiente com temperatura

controlada, por 24 horas. Os dados resultantes foram submetidos à análise de regressão

e a equação resultante aplicada na correção das leituras de campo.

Estimou-se os valores de radiação fotossinteticamente ativa (PAR) por meio

dos coeficientes de regressão linear (Equação 1) obtidos a partir dos dados de radiação

solar global (Rs) e PAR registrados na estação meteorológica da UFERSA, localizada a

aproximadamente 900 m da área experimental. Os coeficientes da regressão foram

aplicados aos dados de Rs coletados na estação meteorológica da área experimental

para obtenção de PAR no período de execução do experimento. A fim de verificar

quanto de PAR corresponde ao total de Rs, foi determinada pela relação PAR/Rs (e).

(1)

Sendo:

PAR radiação fotossinteticamente ativa, MJ m-2

dia-1

;

o coeficiente linear;

coeficiente angular;

Rs radiação solar global, MJ m-2

dia-1

;

32

3.3.2 Análise de crescimento das plantas

Para quantificar o crescimento das plantas foram realizadas coletas de plantas

da área útil aos 5, 15, 25, 35, 45 e 55 dias após o transplante (DAT), nos três plantios.

Em cada época foram coletadas duas plantas por repetição, separadas em parte

vegetativa (folhas + caules) e frutos, colocadas separadamente para secagem em estufa

com circulação forçada de ar à temperatura de 65 ºC, até atingir massa constante. Em

função da massa seca das amostras foi determinado, em g pl-1

, o acúmulo de massa

seca em cada época de coleta e órgão da planta: massa seca parte vegetativa (MSPV),

do fruto (MSFt) e planta inteira (MST). Até a época em que não se observou

competição por espaço e luz, as coletas foram realizadas na bordadura da área de

produção.

A área foliar (AF) foi determinada pelo método do disco e consistiu na retirada,

com um furador de rolhas, de discos de área conhecida da folha fresca os quais foram

postos em estufa, também a 65 °C, até atingir massa constante. A área foliar (Equação

2) foi calculada em função da relação entre a massa seca das folhas (MSF), a área do

disco (AD) e a massa seca do disco (MSD).

Para calibração do método do disco, aos 05, 25 e 45 DAT, 10 folhas foram

coletadas aleatoriamente, digitalizadas e determinadas suas áreas foliares com o

software SigmaScan Pro 5.0© e pelo método do disco. Com as áreas foliares

resultantes calculou-se um coeficiente de correção para o método do disco de forma

que a área foliar foi dada pela equação 2.

D

D a or e orre o (2)

33

Com os valores de área foliar e massa seca da planta foram determinados os

índices fisiológicos, de acordo com a metodologia proposta por Benicasa (2003) e

Cairo et al. (2008).

Índice de área foliar (IAF): obtido por intermédio da razão entre área foliar (AF) e

o espaço disponível para a planta (S). Nesse caso, considerou-se como área

disponível 240 x 80 cm (Equação 3).

(3)

Taxa de crescimento absoluto (TCA): variação ou incremento entre duas

amostragens, obtida por meio da equação 4. Onde MSi e MSi-1 são as massas secas

de duas amostragens sucessivas, e ti e ti-1 representam as épocas de amostragem,

nesse caso, essa diferença de tempo foi de 10 dias.

i -

i-

i- i- (gpl dia

-1) (4)

Taxa de assimilação líquida (TAL): expressa a taxa de fotossíntese líquida, massa

seca produzida (em gramas), por unidade de área foliar (cm²) por unidade de tempo

(dia). Obtida pela equação 5, é função da massa seca (MSi e MSi-1) de duas

amostragens sucessivas (ti e ti-1) e das área foliares de duas amostragens sucessivas

(AFi e AFi-1).

i-

i-

i- i-

n( i)- n( i- )

i- i- (gpl cm

-2 dia

-1) (5)

34

Taxa de crescimento relativo (TCR): é função do tamanho inicial (Equação 6). O

aumento em gramas de massa seca está relacionado com a massa seca (MSi e MSi-1)

preexistente em duas épocas sucessivas (ti e ti-1).

n( i)- n(

i- )

i- i- (g g

-1 dia

-1) (6)

3.3.3 Eficiência de conversão da radiação fotossinteticamente ativa (ECPAR)

Relaciona o acúmulo total ou parcial de massa seca da planta (MS) com a

quantidade de PAR no mesmo período (Equação 7). Explica quanto de radiação

fotossinteticamente ativa incidente sobre a planta é convertida em massa seca

(MONTEITH, 1977).

∑ (g·MJPAR

-1) (7)

3.3.4 Rendimento e qualidade dos frutos

Número médio de frutos por planta total, comercial e não comercial: obtido

pela contagem do número de frutos da área útil da parcela e dividido pelo número

de plantas da mesma área.

Massa média de frutos totais, comercial e não comercial (kg): o valor da massa

média dos frutos foi obtido dividindo-se a massa dos frutos pelo número de frutos

de cada parcela.

35

Produtividade de frutos comercial (t ha-1

): obtida por meio da pesagem dos frutos

da área útil da parcela livres de danos mecânicos, deformações e manchas que se

enquadram nos padrões de comercialização (mercado interno e externo).

Produtividade de frutos não comercial (t ha-1

): foi obtida pela pesagem dos

frutos da área útil da parcela com danos mecânicos, deformações e manchas que

não se enquadram nos padrões de comercialização (mercado interno e externo).

Produtividade total de frutos (t ha-1

): foi quantificada pelo somatório das

produtividades comerciais e não comerciais de frutos.

Sólidos solúveis (SS): foram retiradas porções da polpa das bordas e do meio dos

frutos, as quais foram homogeneizadas extraindo o suco. As leituras foram

determinadas em refratômetro digital.

Acidez titulável (AT): foi determinada, utilizando uma alíquota de 20 mL do suco

da polpa, ao qual foram adicionadas três gotas de fenolftaleína 1%. Em seguida foi

realizada a titulação até o ponto de viragem com solução de NaOH (0,1N),

previamente padronizada. Os resultados foram expressos em gácido cítrico 100 mL–1 .

Relação SS/AT: foi determinada mediante o cálculo da relação dessas duas

variáveis.

pH: determinado em potenciômetro digital com membrana de vidro, calibrado com

soluções tampão pH 4,0 e pH 7,0.

3.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os resultados foram submetidos a análises de variância com os quadrados

médios comparados pelo teste F e as médias pelo teste Tukey a 5% de probabilidade

utilizando o software Sisvar. Também foram realizadas análises de regressão pelo

software Table Curve® para os índices de crescimento e fisiológicos em função das

36

datas de coleta, selecionado–se os modelos com base no maior valor do coeficiente de

determinação (R2) e a explicação biológica do mesmo. Para análise de crescimento, foi

avaliada a interação cultivares x épocas de plantio x épocas de coleta.

37

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Característica climatológicas

4.1.1 Temperatura do ar, umidade do ar e temperatura do solo

Na Figura 2 a, b e c estão representadas as temperaturas média (Tm),

máxima (Tx) e mínima (Tn) durante o ciclo da cultura nos plantios de junho (a),

agosto (b) e outubro (c) e os limites tróficos de temperatura para a cultura da

melancia. Os valores médios de temperatura média do ar dos plantios de junho,

agosto e outubro foram respectivamente 27,9, 28,8 e 29,1 °C. Médias próximas ao

observado foi relatado por Morais (2006) no cultivo de melão realizado em agosto

e maio, na região de Mossoró-RN.

As temperaturas do ar mais elevadas foram observadas no plantio de

agosto, quando a média de temperatura máxima foi 35,2°C. O plantio de outubro

foi o que apresentou menor amplitude térmica, principalmente em função do

aumento de temperatura mínima, que foi em média 23,8°C, 2,4°C acima da média

de temperatura mínima do plantio de junho e 1,5°C acima do plantio de agosto.

Os valores de temperatura média e mínima do ar estiveram sempre dentro

da faixa de limites tróficos superior e inferior (35°C e 15°C) relatados pela FAO

(2002) e por Trentin (2008). Nos plantio de junho, agosto e outubro, as

temperaturas máximas do ar ficaram acima do limite trófico superior sugerido pela

FAO para a cultura da melancia em 28, 65 e 34% dos dias. Ribeiro (2008), no Rio

Grande do Sul, trabalhando com abobrinha, encontrou resultados semelhantes.

Os valores de temperatura média do ar ficaram dentro da faixa ótima (23 a

28 °C) para a cultura da melancia em 59,2, 14,5 e 2,8% dos dias após o plantio, nos

plantios de junho, agosto e outubro, respectivamente, num ciclo de 71, 74 e 66

DAP.

38

Figura 2 – Temperatura do ar máxima (Tx), média (Tm), mínima (Tn), limite

trófico superior (LTS) e limite trófico inferior (LTI) de temperatura, nos plantios

de junho (a) agosto (b) e outubro (c) em função dos dias após o plantio (DAP).

Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

10

15

20

25

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0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75

Tem

per

atu

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o A

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Disa após o plantio (DAP)

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35

40

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80

Tem

per

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o A

r (°

C)

Dias após o plantio (DAP)

b

10

15

20

25

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40

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70

Tem

per

atu

ra d

o A

r (°

C)

Dias após o plantio (DAP)

c

39

A variação da temperatura do ar está de acordo com o sugerido por

Varejão-Silva (2006) e Vianello e Alves (1991). Para esses autores, a temperatura

do ar está relacionada com a intensidade de radiação solar e estações do ano em

que foram realizados os plantios. Temperaturas elevadas podem afetar o

desenvolvimento das culturas por interferir no mecanismo de abertura e

fechamento dos estômatos, assimilação de CO2 para fotossíntese, expansão foliar e

distribuição de fotoassimilados (PEREIRA, 2002).

As umidades relativas média (URm), máxima (URx) e mínima (URn) do ar

e os limites tróficos estão representados na Figura 3a, b e c. Foi observada umidade

relativa do ar média de 56,8, 54,0 e 60,0% nos plantios de junho, agosto e outubro,

respectivamente. Os maiores valores de umidade relativa máxima ocorreram no

plantio de junho (80,6%), seguido dos plantios de agosto (74,0%) e outubro

(77,4%), provavelmente devido à influência do maior número de dias com chuva

(Figura 4). O plantio de agosto apresentou menor média de umidade relativa

mínima (28,2%). Esses valores de umidade relativa do ar estão próximos à média

da região relatadas por Carmo Filho (1995). Nogueira (2008), trabalhando com

melancia tutorada em casa de vegetação, nas condições de Piracicaba-SP, observou

variação medida de umidade relativa média de 38 a 100%, após o transplante.

Os valores de umidade relativa média ficaram dentro dos limites tróficos

(60 a 80%) sugeridos para maioria das olerícolas (FAO, 2002) em 38,2, 15,7 e

45,1% dos dias de junho, agosto e outubro, respectivamente. Embora não se possa

dizer que a umidade relativa do ar fora dos limites ideais seja diretamente

prejudicial à melancia, valores acima de 80%, sobretudo quando associadas a

temperaturas elevadas, favorecem desenvolvimento de várias doenças, e abaixo

dificulta a polinização, prejudicando a formação do fruto (MOLINAR et al., 2007;

NOGUEIRA, 2008; REZENDE et al., 2011b). No entanto, mesmo com os valores

de umidade relativa observados oscilando acima e abaixo dos limites ideais (Figura

3a, b e c) não se observaram esses problemas.

40

Figura 3 – Umidade relativa média (URm), máxima (URx), mínima (URn) e

limite trófico superior (LTS) e inferior (LTI) nos plantios de junho (a) agosto

(b) e outubro (c) em função dos dias após o plantio (DAP). Mossoró-RN,

UFERSA, 2013.

10

2030405060

70

8090

100

1 6

11

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71

76

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e R

elat

iva

(%)

Dias após o plantio (DAP)

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URm URx URn LTS LTI

10

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506070

8090

100

1 6

11

16

21

26

31

36

41

46

51

56

61

66

71

76

81

Um

idad

e R

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(%)

Dias após o plantio (DAP)

b

102030405060708090

100

1 6

11

16

21

26

31

36

41

46

51

56

61

66

71

Um

idad

e R

elat

iva

(%)

Dias após o plantio (DAP)

c

41

Figura 4 – Temperatura máxima média (Tm) e precipitação (mm)no período

de execução do experimento. Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

As temperaturas média (Tsom) e mínima (Tson) do solo (Figura 5a, b e c)

permaneceram dentro dos limites sugeridos por FAO (2002) e Nascimento (2013).

A temperatura máxima do solo (Tsox) ultrapassou os 40°C de limite trófico

superior em 76,3, 75,9 e 47,9% dos dias após o transplantio nos plantios de junho,

agosto e outubro respectivamente. A amplitude média caiu de 13,8°C para 9,6°C

do plantio de junho para o de outubro devido à elevação da temperatura mínima do

solo.

Não houve diferença significativa entre as cultivares e épocas de plantio

para temperatura do solo a 5 cm de profundidade. Foram registradas médias de

temperatura do solo de 34,3, 34,9 e 33,6 nos plantios de junho, agosto e outubro,

respectivamente. Entre as épocas de plantio, os maiores valores de T foram

observados no plantio de agosto acompanhando a maior temperatura do ar

observada nesse período. A diferença máxima entre as cultivares foi de 1,4, 1,4 e

1,3°C para os plantios de junho, agosto e outubro, respectivamente. A temperatura

do solo foi em média 5,6°C acima da do ar, valor próximo aos registrados por

Moura Filho (2009) em Mossoró-RN, na alface beterraba, e Ibarra-Jimenez et al.

(2005; 2008) a na abóbora e melancia cultivadas com mulching preto em clima

semiárido, no México.

23

24

25

26

27

28

29

30

31

0

2

4

6

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1

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1

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26

1

28

1

30

1

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1

34

1

Temp

eratura d

o ar (°C

) P

reci

pit

ação

(m

m)

Dia Juliano

42

Figura 5 – Temperatura do solo média (Tsom), máxima (Tsox), mínima

(Tson) e limite trófico superior (LTS) e inferior (LTI) nos plantios de junho

(a) agosto (b) e outubro (c) em função dos dias após o plantio (DAP).

Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

10

15

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25

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45

50

1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51

Tem

per

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ra d

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(°C

)

Dias após o transplantio (DAP)

Tsom Tsox Tson LTS LTI

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30

35

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1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 56 61

Tem

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(°C

)

Dias após oo transplantio (DAP)

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10

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20

25

30

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45

50

1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 56

Tem

per

atu

ra d

o s

olo

(°C

)

Dias após o transplantio (DAP)

c

43

Trabalhando com feijão-vagem em estufa entre março e junho de 2007, no

Rio Grande do Sul, Böhmer (2008), observou que a temperatura máxima do solo

ficou dentro dos limites tróficos para o feijão, assim como a média e a mínima.

Silva et al. (2006c) demostraram que mesmo com a temperatura máxima

ultrapassando o limite superior de 40°C, frequentemente por volta de 15h, não

houve interferência na produtividade do feijão cultivado em Santa Maria-RS.

O incremento da temperatura do solo em regiões tropicais, causada pela

cobertura plástica, pode afetar o crescimento das plantas (LIAKATAS et al., 1986;

LAMONT, 2005) e comprometer a sobrevivência de microrganismos, como

também favorecer o surgimento de patógenos prejudiciais à cultura. Mesmo com os

valores de temperatura máxima do solo registrada, neste trabalho não foram

observados esses efeitos.

4.1.2 Radiação solar global e fotossinteticamente ativa

A regressão linear entre a radiação solar global e a radiação

fotossinteticamente ativa (PAR) apresentou alto coeficiente de determinação (r²)

durante a execução dos experimentos. Os testes t do coeficiente , e F da regressão,

foram significativos a 1% de probabilidade. O pequeno intervalo de confiança da

regressão, r² acima de 0,97 (Tabela 3) e a distribuição uniforme dos dados ao longo

da reta de regressão (Figura 6) indicam o ótimo desempenho da regressão na

estimativa da PAR. Resultados próximos foram encontrados por Silva et al.

(2006b) no semiárido nordestino, e Galvani et al. (2004) em Botucatu-SP.

44

Tabela 3 – Coeficiente linear (o) e angular (), coeficiente de determinação

(r²) relação PAR/Rs (e) e intervalo de confiança da regressão linear entre a

radiação fotossinteticamente ativa e a radiação solar global. Mossoró-RN,

UFERSA, 2013.

Mês o r² e Int. Conf.

Junho 0,104 0,583** 0,98** 0,588 ±0,031

Julho 0,110 0,594** 0,99** 0,600 ±0,017

Agosto -0,171 0,624** 1,00** 0,615 ±0,017

Setembro -0,064 0,626** 1,00** 0,623 ±0,020

Outubro -0,126 0,630** 1,00** 0,624 ±0,011

Novembro -0,413 0,640** 0,99** 0,623 ±0,023

Dezembro -0,366 0,618** 0,99** 0,598 ±0,036

Junho a Dezembro 0,212 0,595** 0,99** 0,609 ±0,010

Figura 6 – Relação entre radiação fotossinteticamente ativa e solar global de

junho a dezembro de 2010, registradas na estação meteorológica da

UFERSA, Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

4

6

8

10

12

14

16

4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24

PA

R (

MJ

m-2

dia

-1)

Radiação solar global (MJ m-2 dia-1)

y = 0,212 + 0,595x

r² = 0,99

45

A relação e, que indica quanto de radiação solar global corresponda a

radiação fotossinteticamente ativa, foi 0,609 no período de junho a dezembro sendo

o mínimo e o máximo observados em junho e outubro, respectivamente 0,588 e

0,624. De acordo com Finch et al. (2004), os valores menores da relação e em

junho e dezembro podem estar relacionados com a menor quantidade de Rs desse

período. Steidle Neto et al. (2008) ao analisarem a sazonalidade de e, em períodos

secos e chuvosos em Viçosa-MG, Silva et al. (2006a) trabalhando em ecossistema

de manguezal e Silva et al. (2006b) no período seco do semiárido pernambucano

observaram valores diferentes dos encontrados neste trabalho. Resultados

semelhantes foram registrados por Papaioannou et al. (1996) na Grécia.

O comportamento de Rs e PAR durante os plantios de junho, agosto e outubro

estão representados na Figura 7a, b e c. Os maiores valores de Rs e PAR 15,5 e 9,3 MJ m-2

dia-1, respectivamente, foram observados no plantio de agosto, quando a passagem do

sol na meridiana local proporciona menor caminho ótico na atmosfera. A maior

diferença de Rs foi de 1,4 MJ m-2 dia

-1 registrada entre os plantios de junho e agosto.

De acordo com Iqbal (1983) e Liou (2002), a pequena variação na Rs entre as

épocas de plantio se deve à proximidade da área experimental com o equador.

Nas condições de Mossoró-RN, com plantios de melão em maio e agosto,

Morais (2006) também observou pouca variação da radiação solar global entre o

plantio de agosto superior ao plantio de maio. Resultados semelhantes aos deste

trabalho foram relatados por Silva et al. (2005) m áreas irrigadas no semiárido

pernambucano.

A radiação solar global observada foi maior que o limite trófico inferior de

8,4 MJ m-2

dia-1

nos plantios analisados. Em 52,9, 83,1 e 73,3% dos dias após o

transplantio nos plantios de junho, agosto e outubro, respectivamente, os valores de

PAR foram acima do limite trófico inferior de radiação necessário para a cultura.

46

Figura 7 – Radiação fotossinteticamente ativa (PAR), radiação solar global (Rs) e

limite trófico de radiação (LTS) nos plantios de junho (a), agosto (b) e outubro (c)

em função dos dias após o plantio (DAP). Mossoró, RN, UFERSA, 2013.

Böhmer (2008) e Ribeiro (2008), observaram a ocorrência de dias com

disponibilidade de radiação abaixo do limite trófico do feijão–vagem e da abobrinha,

sendo a maior frequência em junho e a menor em setembro. Abaixo do limite trófico de

radiação solar, as culturas não sobrevivem por não haver produção mínima de

assimilados necessária para a manutenção da planta (FAO, 2002; BURIOL et al., 2005).

0

5

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20

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1 11 21 31 41 51 61 71

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)

Dias após o plantio (DAP)

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nci

a (M

J m

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)

Dias após o plantio (DAP)

b

PAR Rs LTI

0

5

10

15

20

25

1 11 21 31 41 51 61 71

Irra

diâ

nci

a (M

J m

-2 d

ia-1

)

Dias após o plantio (DAP)

c

PAR Rs LTI

47

4.2 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

4.2.1 Massa seca da parte vegetativa, total e partição de assimilados

Para a característica massa seca da parte vegetativa (MSPV) houve efeito

significativo A da interação época de amostragem x cultivares e épocas de amostragem

épocas de plantio (Tabela 4 e 5). O acúmulo de massa seca da parte vegetativa das

cultivares apresentou comportamento logístico, com R² maior que 0,95, e foi lento até os 25

DAT (Figura 8), a aumentando a partir dessa época com o ingresso da planta na fase

reprodutiva e intensificando–se no período de 35 a 45 DAT. De 45 a 55 DAT, observou-se

tendência de estabilização da MSPV, provavelmente pelo crescimento do fruto que é o

dreno principal na partição de fotoassimilados (GRANGEIRO; CECÍLIO FILHO, 2005;

BRAGA et al., 2011; LUCENA et al., 2011).

Até os 35 DAT, o comportamento das cultivares foi similar. De 45 a 55

DAT houve tendência de maior acúmulo de MSPV nas cultivares Olímpia e

Denver, em detrimento da cultivar Crimson. Aos 55 DAT, o máximo de MSPV

acumulado foi de 252,2, 247,9 e 208,2 g pl–1

respectivamente para as cultivares

Denver, Olímpia e Crimson Sweet (Tabela 4).

Tabela 4 – Acúmulo de massa seca da parte vegetativa (g pl-1) de plantas de

melancia em diferentes dias após o transplantio Crimson Sweet, Olímpia e

Denver. Mossoró-RN, UFERSA 2013.

Cultivares Dias após o transplantio (DAT) 5 15 25 35 45 55

Crimson Sweet 0,0 A 2,5 A 28,2 A 133,4 A 169,2 B 208,2 B Olímpia 0,3 A 4,8 A 40,5 A 141,6 A 193,0 A 247,9 A

Denver 0,0 A 2,3 A 27,1 A 133,8 A 193,5 A 252,1 A As médias seguidas pela mesma letra maiúscula, na vertical, não diferem entre si, pelo teste e Tukey

ao nível de 5% de probabilidade.

48

Tabela 5 – Acúmulo de massa seca da parte vegetativa (g pl-1) das cultivares

de melancia nos plantios de junho, agosto e outubro em diferentes dias após

o transplantio. Mossoró-RN, UFERSA 2013.

Plantios Dias após o transplantio (DAT)

5 15 25 35 45 55 Junho 0,3 A 2,5 A 24,2 A 102,7 C 115,9 C 142.9 C Agosto 0,0 A 4,1 A 33,5 A 134,7 B 258,8 A 358,8 A Outubro 0,0 A 3,1 A 38,1 A 171,4 A 180,4 B 206,5 B As médias seguidas pela mesma letra maiúscula, na vertical, não diferem entre si, pelo teste Tukey ao

nível de 5% de probabilidade.

Figura 8 – Acúmulo de massa seca da parte vegetativa (g pl-1) de plantas de

melancia Crimson Sweet (C), Olímpia (O) e Denver (D) em função dos dias

após o transplantio (DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

Entre as épocas de plantio houve maior tendência de acúmulo de MSPV no

plantio de agosto. Até os 25 DAT, o acúmulo foi semelhante em todos os plantios.

A partir de 35 DAT, observou-se maior acúmulo de MSPV das cultivares no

plantio de outubro, em relação aos plantios de junho e agosto (Figura 9), atingindo

o máximo, aos 55 DAT, de 358,8, 206,5 e 142,9 g pl–1

(Tabela 5),

O comportamento diferenciado das cultivares no plantio de agosto em

relação aos plantios de junho e outubro deve-se, provavelmente, às condições

climáticas mais favoráveis, como maior disponibilidade da radiação e baixa umidade

relativa, a menor disponibilidade de radiação no plantio de junho (Figura 7) e o maior

0

50

100

150

200

250

300

350

400

0 10 20 30 40 50 60

Dias após o transplantio (DAT)

Y (C) = -24,30+(4·230,89·e(-(X-52,88)/11,62))/(1+·e(-(X-52,88)/11,62))² R² = 0,97 Y (O) = -27,20+(4·272,39·e(-(X-55,24)/12,42))/(1+·e(-(X-55,24)/12,42))² R² = 0,99 Y (D) = -22,08+(4·271,23·e(-(X-54,84)/11,23))/(1+·e(-(X-54,84)/11,23))² R² = 0,98

C Est. O Est. D Est.

Mas

sa s

eca

da

par

te v

eget

ativ

a (g

pl-1

)

49

estresse térmico observado no plantio de outubro, onde em apenas 2,8% dos dias após o

plantio a temperatura média do ar ficou dentro da faixa ótima exigida pela cultura (FAO,

2002; COSTA; LEITE, 2009).

Figura 9 – Acúmulo de massa seca da parte vegetativa (g pl

-1) de cultivares

de melancia nos plantios de junho (Jun.), agosto (Ago.) e outubro (Out.) em

função dos dias após o transplantio (DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

Kimak et al. (2009), rabalhando em ambiente semiárido na Turquia com

melancia e em duas épocas de plantio, encontraram comportamento diferenciado

no acúmulo de massa seca da parte vegetativa entre os plantios, creditando as

discrepâncias das condições climáticas entre as épocas de plantio. Nas condições

de Mossoró, Morais (2006), observou comportamento semelhante da MSPA em

plantios de melão realizados em maio e agosto de 2003.

Houve efeito da interação épocas de amostragem x cultivares e da interação

épocas de amostragem x plantios sobre a massa seca total (MST). A acumulação de MST

foi lenta e praticamente igual até os 35 DAT, aumentando a partir dessa data com o

ingresso da planta na fase reprodutiva e intensificando–se no período de 35 a 55 DAT,

que corresponde a fase de crescimento e enchimento dos frutos (Figura 10 e 11). Foi

0

50

100

150

200

250

300

350

400

0 10 20 30 40 50 60

Dias após o transplantio (DAT)

Y (Jun) = -21,26+(4·162,46·e(-(X-52,36)/12,48))/(1+·e(-(X-52,36)/12,48))² R² = 0,96 Y (Ago) = -14,17+(4·372,94·e(-(X-55,87)/9,71))/(1+·e(-(X-55,87)/9,71))² R² = 0,99 Y (Out) = -33,67+(4·245,79·e(-(X-49,60)/11,70))/(1+·e(-(X-49,60)/11,70))² R² = 0,95

Jun. Est Ago. Est. Out. Est.

Mas

sa s

eca

da

par

te v

eget

ativ

a (g

pl-1

)

50

verificado o comportamento logístico de MST tanto nas cultivares quanto nas épocas de

plantios analisadas em função de DAT.

Figura 10 – Acúmulo de massa seca total (g pl-1) pelas plantas de melancia

Crimson Sweet (C), Olímpia (O) e Denver (D) em função dos dias após o

transplantio (DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

Comportamento semelhante com relação ao acúmulo de massa seca total foi

observado por Aumonde et al. (2011) e Nogueira (2008), na minimelancia Smile, por

Grangeiro e Cecílio Filho (2004a) para cultivar de melancia Tide, por Vidigal et al.

(2009) na cultivar Crimson Sweet e por Costa (2011) para as cultivares Shadow e

Quetzali.

Até os 35 DAT, o comportamento das cultivares foi similar. A partir de 45

DAT, o acúmulo de MST da cultivar Olímpia foi superior as cultivares Crimson

Sweet e Denver atingindo o máximo de 817,9 g pl-1

as 55 dias após o transplantio.

Também aos 55 DAT, o acúmulo de MST da cultivar Denver (738,4 g pl–1

) foi

maior que o acúmulo da cultivar Crimson Sweet (634,2 g pl–1

) (Tabela 6).

0100200300400500600700800900

1000

0 10 20 30 40 50 60

Mas

sa s

eca

tota

l (g

pl-1

)

Dias após o transplantio (DAT)

C Est. O Est. D Est.

Y (C) = -17,58 + (4· 689,27· e(-(X-59,45)/9,28)/(1+(e(-(X-59,45)/9,28))² R² = 0,99 Y (O) = -20,29 + (4· 917,85 ·e(-(X-60,80)/9,44)/(1+(e(-(X-60,80)/9,44))² R² = 0,99 Y (D) = -15,66 + (4· 878,18 ·e(-(X-62,28)/9,18)/(1+(e(-(X-62,28)/9,18)² R² = 0,99

51

Tabela 6 – Massa seca total (g pl-1) das cultivares Crimson Sweet, Olímpia e

Denver. Mossoró-RN, UFERSA 2013.

Cultivares Dias após o transplantio (DAT)

5 15 25 35 45 55

Crimson Sweet 0,1 A 2,6 A 28,1 A 169,4 A 373,9 B 634,2 C Olímpia 0,3 A 4,7 A 40,4 A 205,9 A 463,4 A 817,0 A

Denver 0,1 A 2,4 A 27,0 A 160,1 A 384,0 B 738,4 B As médias seguidas pela mesma letra maiúscula, na vertical, não diferem entre si, pelo teste Tukey ao

nível de 5% de probabilidade.

Entre as épocas de plantio houve maior tendência de acúmulo de MST no

plantio de agosto. Até os 25 dias após o transplantio, o acúmulo foi semelhante em

todas as épocas de plantio. Aos 35 DAT, observou-se maior acúmulo de MST das

cultivares no plantio de outubro, em relação aos plantios de junho e agosto,

provavelmente em função do maior acúmulo de massa seca da parte vegetativa

observada nesse período. Entretanto aos 45 e 55 DAT, as cultivares atingiram maiores

acúmulos de massa seca total no cultivo de agosto com o máximo, aos 55 DAT, de 836

g pl–1

(Tabela 7).

Figura 11 – Acúmulo de massa seca total (g pl-1) de cultivares de melancia

nos plantios de (Jun.), agosto (Ago.) e outubro (Out.) em função dos dias

após o transplantio (DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

0100200300400500600700800900

1000

0 10 20 30 40 50 60

Mas

sa s

eca

tota

l (g

pl -1

)

Dias após o transplantio (DAT)

Y(Jun) = -10,02+(4·737,50·e(-(X-57,80)/7,93))/(1+·e(-(X-57,80)/7,93))² R² = 0,99 Y(Ago) = -9,11+(4·864,73·e(-(X-57,32)/7,72))/(1+·e(-(X-57,32)/7,72))² R² = 0,99 Y(Out) = -45,98+(4·1154,14·e(-(X-76,05)/14,09))/(1+·e(-(X-76,05)/14,09))² R² = 0,99

Jun. Est Ago. Est. Out. Est.

52

Tabela 7 – Massa seca total (g pl-1) de cultivares de melancia nos plantios de

junho, agosto e outubro. Mossoró-RN, UFERSA 2013.

Plantios Dias após o transplantio (DAT) 5 15 25 35 45 55

Junho 0,3 A 2,6 A 24,1 A 146,8 B 396,8 B 705,3 B Agosto 0,1 A 4,1 A 33,4 A 168,3 AB 474, 0 A 836,5 A

Outubro 0,1 A 3,1 A 38,1 A 220,4 A 350,4 C 647,9 C As médias seguidas pela mesma letra maiúscula, na vertical, não diferem entre si, pelo teste Tukey ao

nível de 5% de probabilidade.

Assim como para a matéria seca da parte vegetativa, os valores de massa seca

total apresentaram ajuste a curva de regressão logística com R² próximo a 1. Braga et al.

(2011) e em experimento conduzido para o crescimento de melancia cultivada sob

fertirrigação, em Mossoró-RN, e Lucena et al. (2011), ao avaliarem o crescimento da

melancia em diferentes níveis da salinidade, também nas condições de Mossoró-RN,

encontraram coeficiente de determinação acima de 0.98 para massa seca da parte

vegetativa e massa seca total.

Nas Figuras 12, 13 e 14, está representada a partição de massa seca nas

cultivares Crimson Sweet, Olímpia e Denver. A distribuição de assimilados nos

diferentes órgãos da melancia seguiu o mesmo padrão para os plantios de junho,

agosto e outubro.

A proporção equilibrada de caules e folhas aos 5 dias após o transplantio

sofreu modificação aos 15 dias após o transplantio em favor da massa seca das

folhas, as quais chegaram a representar mais 80% da massa seca total em

detrimento da porcentagem de massa seca do caule.

Com o aparecimento de flores aos 25 dias após o transplantio, houve

aumento na porcentagem de massa seca de caule e queda na porcentagem de massa

seca de folhas em relação a massa seca total.

53

Figura 12 – Partição de assimilados da cultivar de melancia Crimson Sweet

em diferentes dias após o transplantio em função dos dias após o transplantio

(DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

De 35 a 55 dias após o transplantio, enquanto a porcentagem de massa seca

de frutos em relação a massa seca total foi crescente, observou-se comportamento

inverso na massa seca de folhas e caules. Aos 55 dias após o transplantio, o

acúmulo de massa seca nos frutos atingiu valores próximos a 70% da massa seca

total. A porcentagem de massa seca das flores sempre ficou abaixo de 1%.

51,3

15,6

36,1 34,0 20,8

13,5

48,7

84,4

63,2

43,8

24,1

19,3

0,7

0,8

0,3

21,4

54,8 67,2

0

20

40

60

80

100

5 15 25 35 45 55

Fraç

ão d

a M

atér

ia S

eca

Tota

l (%

)

Dias após o transplantio (DAT)

Caule Folhas Flores Frutos

54

Figura 13 – Partição de assimilados da cultivar de melancia Olímpia em

diferentes dias após o transplantio em função dos dias após o transplantio

(DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

Figura 14 – Partição de assimilados da cultivar de melancia Denver em

diferentes dias após o transplantio em função dos dias após o transplantio

(DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

58,8

13,8

37,1 31,0 16,8 12,6

41,2

86,2

61,9

37,4

24,7 17,7

0,9

0,3

0,1

0,0

32,5

58,4 69,7

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

5 15 25 35 45 55

Fraç

ão d

a M

atér

ia S

eca

Tota

l (%

)

Dias após o transplantio (DAT)

Caule Folhas Flores Frutos

54,8

13,6

35,6 35,8 21,1

12,7

45,2

86,4

63,8 47,1

29,1

21,4

0,6

0,7

0,2

0,0

16,4

49,6 65,9

0

20

40

60

80

100

5 15 25 35 45 55

Fraç

ão d

a M

atér

ia S

eca

Tota

l (%

)

Dias após o transplantio (DAT)

Caule Folhas Flores Frutos

55

A queda de proporção de caule aos 15 DAT em ralação aos 5 DAT foi em

função do aumento de massa foliar que funcionou como dreno–fonte. O aumento

progressivo da massa seca dos frutos a partir de 35 DAT levou a redução na proporção

dos outros órgãos, por esse ser o principal dreno da cultura (VIDIGAL et al., 2009).

De acordo com Lopes (2010), na fase inicial as raízes funcionam como dreno

preferencial. Após a fase de crescimento lento, a planta passa a ter como dreno principal

a parte aérea e o crescimento é acelerado. Com o desenvolvimento do fruto, esse passa a

ser o dreno principal (VIDIGAL et al., 2010; AUMONDE et al., 2011; BRAGA et al.,

2011).

4.2.2 Área foliar (AF) e índice de área foliar (IAF)

Para a característica área foliar houve efeito dada interação dias após o

transplantio x plantios (Tabela 8). A área foliar foi crescente até os 55 DAT, quando

atingiu o valor máximo de 48.814,83 cm², 57.824,77 cm² e 42.688,54 cm² nos plantios de

junho, agosto e outubro, respectivamente. De 5 a 15 DAT, o crescimento da área foliar

foi lento, intensificando–se a partir de 25 DAT quando teve início o florescimento. De 45

a 55 DAT, foi observada redução no incremento de área foliar, mas mantendo o

comportamento logístico das curvas (Figura 15).

Tabela 8 – Área foliar (cm²) de cultivares de melancia de cultivares de

melancia nos plantios de junho, agosto e outubro. Mossoró-RN, UFERSA

2013.

Plantios Dias após o transplantio (DAT) 5 15 25 35 45 55

Junho 14,74 A 851,67 A 14.742,58 A 31.798,24 A 40.669,40 A 48.814,83 B

Agosto 18,22 A 876,68 A 5.222,19 B 21.407,02 B 41.585,68 A 57.824,77 A

Outubro 37,80 A 1195,04 A 9.002,47B 31.841,11 A 36.851,05 A 42.688,54 C

As médias seguidas pela mesma letra maiúscula, na vertical, não diferem entre si, pelo teste Tukey ao

nível de 5% de probabilidade.

56

Figura 15 – Área foliar (cm²) das cultivares de melancia nos plantios de

junho (Jun.), agosto (Ago.) e outubro (Out.) em função dos dias após o

transplantio (DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

Entre os plantios de junho, agosto e outubro não houve diferença até os 15

dias após o transplantio. De 25 a 35 dias após o transplantio, o plantio de junho

apresentou maior do plantio de agosto e outubro. A área foliar do plantio de agosto,

inicialmente inferior a até os 35 DAT apresentou forte aumento aos 45 e 55 DAT

(Tabela 8). No plantio de outubro, observou-se queda no incremento de área foliar

aos 55 dias após o transplantio. Braga et al. (2011), trabalhando com melancia

MIckylee fertirrigada nas condições de Mossoró entre setembro de novembro, ao

contrário do observado neste trabalho, registraram queda na área foliar aos 55 dias

após o transplantio.

Observou–se diferença significativa na interação dias após o transplantio x

épocas de plantio sobre a característica índice de área foliar (IAF). O índice de área

foliar é a relação entre a área foliar total e a área de solo sombreada pelas folhas,

sendo, portanto, adimensional. Assim, à medida que a área foliar cresce, cresce

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

0 10 20 30 40 50 60

Áre

a fo

liar

(cm

-2)

Dias após o transplantio (DAT)

Y (Jun) = -9492,71+(4·57692,27·e(-(X-54,14)/14,56))/(1+·e(-(X-54,14)/14,56))² R² = 0,99 Y (Ago) = -2101,21+(4·59927,33·e(-(X-55,85)/9,61))/(1+·e(-(X-55,85)/9,61))² R² = 0,99 Y (Out) = -6390,11+(4·49374,10·e(-(X-51,01)/12,19))/(1+·e(-(X-51,01)/12,19))² R² =

Jun. Est Ago. Est. Out. Est.

57

também o índice de área foliar até que o autossombreamento passa a afetar a

eficiência fotossintética (BENINCASA, 2003).

Semelhante ao observado na característica área foliar, o índice de área

foliar (IAF) apresentou tendência de crescimento até os 55 dias após o transplantio

nos plantios de junho e agosto e redução de crescimento aos 55 dias após o

transplantio no plantio de outubro (Figura 16). Até 25 dias após o transplantio, o

crescimento do índice de área foliar foi lento, passando a se intensificar de 25 a 45

dias após o transplantio (Figura 16). Crescimento inicial lento e redução do IAF no

final do ciclo também foi observado por Aumonde et al. (2011) ao analisarem o

crescimento do híbrido de minimelancia Smile.

Figura 16 – Índice de área foliar (IAF) de cultivares de melancia, Olímpia e

Denver nos plantios de junho (Jun.), agosto (Ago.) e outubro (Out.) em

função dos dias após o transplantio. Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

Com relação aos plantios, verifica–se que o plantio de agosto manteve uma

tendência de crescimento forte do índice de área foliar entre 35 a 55 DAT atingindo

o valor máximo de 3,01, acima do observado para os plantios de junho e outubro.

De 25 a 35 dias após o transplantio, os valores observados do índice de área foliar

no plantio de agosto ficaram abaixo dos encontrados nos plantios de junho e

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

0 10 20 30 40 50 60

ìnd

ice

de

Áre

a Fo

liar

(IA

F)

Dias após o otransplantio (DAT)

Y (Jun) = -0,54+(4·3,01·e(-(X-53,33)/14,62))/(1+·e(-(X-53,33)/14,62))² R² = 0,98 Y (Ago) = -0,07+(4·3,07·e(-(X-55,35)/9,34))/(1+·e(-(X-55,35)/9,34))² R² = 0,99 Y (Out) = -0,35+(4·2,57·e(-(X-50,82)/12,57))/(1+·e(-(X-50,82)/12,57))² R² = 0,97

Jun. Est Ago. Est. Out. Est.

58

outubro. Em junho, o IAF observado aos 55 dias após o transplantio ficou próximo

ao de outubro (Tabela 9).

Tabela 9 – Índice de área foliar (IAF) de cultivares de melancia nos plantios

de junho, agosto e outubro. Mossoró-RN, UFERSA 2013.

Plantios Dias após o transplantio (DAT) 5 15 25 35 45 55

Junho 0,001

A

0,044 A 0,77 A 1,66 A 2,12 A 2,54 B Agosto 0,001

A

0,046 A 0,21 B 1,11 B 2,16 A 3,01A

Outubro 0,002

A

0,062 A 0,47 B 1,66 A 1,92 A 2,22 C As médias seguidas pela mesma letra maiúscula, na vertical, não diferem entre si, pelo teste Tukey ao

nível de 5% de probabilidade.

Soltani et al. (1995), no Estado de Utah, Estados Unidos, ao analisarem o

crescimento de melancia em três anos distintos e quatro épocas de plantio,

observaram variação no IAF de 0,42 a 2,47. Já Aumonde et al (2011), em trabalho

conduzido com minimelancia, em condições de campo no Rio Grande do Sul, ao

contrário do observado neste trabalho, registraram IAF menor que 1.

4.2.3 Taxa de crescimento absoluto (TCA)

A taxa de crescimento absoluto (TCA), que indica a eficiência da planta na

produção diária de massa seca, foi influenciada pela interação dias após o

transplantio x épocas de plantio. De forma geral, a taxa de crescimento absoluto

teve crescimento lento até os 25 dias após o transplantio, intensificando até os 45

dias após o transplantio. Dos 45 aos 55 dias após o transplantio, observou-se

redução no crescimento da TCA, chegando ao período final de avaliação com

30,84, 36,25 e 29,44 g dia–1

, respectivamente em junho, agosto e outubro (Tabela

10 e Figura 17).

59

Tabela 10 – Taxa de crescimento absoluto (g dia-1) de cultivares de melancia

nos plantios de junho, agosto e outubro. Mossoró-RN, UFERSA 2013.

Plantios Dias após o transplantio (DAT)

5-15 15-25 25-35 35-45 45-55

Junho 0,23 A 2,15 A 12,27 A 25,00 B 30,84 B Agosto 0,40 A 2,94 A 13,07 A 30,98 A 36,25 A

Outubro 0,30 A 3,50 A 18,23 A 24,12 B 29,44 B As médias seguidas pela mesma letra maiúscula, na vertical, não diferem entre si, pelo teste Tukey ao

nível de 5% de probabilidade.

Figura 17 – Taxa de crescimento absoluto (g dia-1) das cultivares de melancia

nos plantios de junho (Jun.), agosto (Ago.) e outubro (Out.) em função dos

dias após o transplantio (DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

Até os 35 dias após o transplantio, não foi observada diferença significativa

entre os plantios. Do intervalo 35–45 ao 45–55 DAT, o plantio de agosto

apresentou maior taxa de crescimento absoluto em relação aos plantios de junho e

outubro, cujos resultados foram próximos.

Vidigal et al. (2009), m experimento realizado na localidade de Jaíba–MG,

implantado em solo arenoso, verificaram crescimento absoluto contínuo, lento até

0

5

10

15

20

25

30

35

40

10 20 30 40 50 60Dias após o transplantio (DAT)

Y (Jun) = -2,21+(4·33,35·e(-(X-53,04)/8,96))/(1+·e(-(X-53,04)/8,96))² R² = 0,99 Y (Ago) = -1,08+(4·39,01·e(-(X-51,83)/7,64))/(1+·e(-(X-51,83)/7,64))² R² = 0,99 Y (Out) = 4·29,80·e(-(X-52,16)/9,49)/(1+e(-(X-52,15)/9,49))² R² = 0,96

Jun. Est Ago. Est. Out. Est.

Taxa

de

cres

cim

ento

ab

solu

to (

g d

ia-1

)

60

os dias 55 após a semeadura (DAS) e intensificando–se até os 89 DAS, quando

passou a decrescer. Em experimento com melancia Mickylee fertirrigada, Braga et

al. (2011), observaram que a taxa de crescimento absoluto aumentou até atingir o

valor estimado de 6,96 g dia-1

aos 35 dias após o transplantio, para depois diminuir

até o final do ciclo, quando o acúmulo ficou abaixo de 1 g dia-1

.

Soltani et al. (1995), observaram que para as condições de Logan, Utah, a

taxa de crescimento absoluto média da melancia Crimson Sweet sofreu influência

das épocas de plantio variando de 7,8 a 44,1 g. dia–1

.

4.2.4 Taxa de crescimento relativo (TCR)

Não foi observado efeito das interações dias após o transplantio x cultivares

e dias após o transplantio x épocas de plantio para a característica taxa de

crescimento relativo. Tanto em relação às cultivares quanto às épocas de plantio, há

tendência de queda na taxa de crescimento relativo (Figura 18 e 19) e ajuste dos

dados a curva logística e três e quatro parâmetros, para cultivares e plantios

respectivamente, com R² próximo de 1 e taxa de crescimento relativo máximo no

início do período de avaliação.

61

Figura 18 – Taxa de crescimento relativo (g g-1 dia

-1) das cultivares Crimson

Sweet (C), Olímpia (O) e Denver (D) em função dos dias após o transplantio

(DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

Ao contrário do observado neste trabalho onde se ocorreu contínuo

decréscimo na taxa de crescimento relativo, a TCR registrada para melancia por

Braga et al. (2011), teve incremento de 25 a 35 DAT passando a cair a partir desse

ponto. Para minimelancia Smile nas condições de Pelotas-RS, Aumonde et al.

(2011) registraram aumento da TCR até 7 DAT, seguido por um decréscimo suave

até os 35 dias após o transplantio e por uma fase de decréscimo acentuado de 35 a

45 DAT.

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

10 20 30 40 50 60

Dias após o transplantio (DAT)

Y (C) = 4·0,32·(e(-(X-8,12)/15,99))/(1+·e(-(X-8,12)/15,99))² R² = 0,99 Y (O) = 4·0,31·(e(-(X-8,82)/16,15))/(1+e(-(X-8,82)/16,15))² R² = 0,99 Y (D) = 4·0,31·(e(-(X-9,69)/16,31))/(1+·e(-(X-9,69)/16,31))² R² = 0,99

C Est. O Est. D Est.

Taxa

de

cres

cim

ento

rel

ativ

o (

g g-1

dia

-1)

62

Figura 19 – Taxa de crescimento relativo (g g-1 dia

-1) de cultivares de

melancia nos plantios de junho (Jun.), agosto (Ago.) e outubro (Out.) em

função dos dias após o transplantio. Mossoró-RN, UFERSA, 2013

4.2.5 Taxa assimilatória líquida (TAL)

Houve interação para característica taxa assimilatória líquida (TAL) apenas

para interação dias após o transplantio x plantios. Nos plantios de junho e outubro,

a TAL aumentou até 35 dias após o transplantio, decrescendo a partir daí com a

idade da planta, semelhante aos resultados descritos por Braga et al. (2011). No

plantio de agosto, a taxa assimilatória líquida se manteve estável de 15 a 25 dias

após o transplantio, passando a decrescer com a idade da planta (Figura 20).

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

10 20 30 40 50 60

Dias após o transplantio (DAT)

Y (Jun) = 0,02+(4·0,21·e(-(X-22,41)/10,87))/(1+·e(-(X-22,41)/10,87))² R² = 0,99 Y (Ago) = -0,04+(4·3,01·e(-(X+82,87)/28,70))/(1+·e(-(X-82,87)/28,70))² R² = 0,99 Y (Out) = -0,15+(4·0,96·e(-(X+51,55)/38,26))/(1+·e(-(X-51,55)/38,26))² R² = 0,99

Jun. Est Ago. Est. Out. Est.Ta

xa d

e cr

esci

men

to r

elat

ivo

(g

g-1d

ia-1

)

63

Figura 20 – Taxa assimilatória líquida (g cm-2 dia

-1) de cultivares de melancia

nos plantios de junho (Jun.), agosto (Ago.) e outubro (Out.) em função dos

dias após o transplantio (DAT). Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

Para os plantios de junho e agosto, a taxa assimilatória líquida não

apresentou diferenças significativas dos 15 aos 55 dias após o transplantio. A partir

de 25-35 até o intervalo 45-55 dias após o transplantio, a taxa assimilatória líquida

do plantio de outubro foi significativamente superior aos plantios de junho a agosto

(Tabela 11).

Tabela 11 – Taxa assimilatória líquida (g cm-2 dia

-1) de cultivares de

melancia nos plantios de junho, agosto e outubro. Mossoró-RN, UFERSA

2013.

Plantios Dias após o transplantio (DAT) 5-15 15-25 25-35 35-45 45-55

Junho 0,0007 A 0,0010 A 0,0012 B 0,0011 B 0,0009 B Agosto 0,0016 A 0,0016 A 0,0014 B 0,0013 B 0,0008 B

Outubro 0,0016 A 0,0019 A 0,0022 A 0,0020 A 0,0018 A As médias seguidas pela mesma letra maiúscula, na vertical, não diferem entre si, pelo teste Tukey ao

nível de 5% de probabilidade.

Ibarra–Jimenez et al. (2001), Ibarra–Jimenez et al. (2005) e Aumonde et al.

(2011), avaliando a taxa de assimilação líquida na melancia e no melão,

0,0000

0,0005

0,0010

0,0015

0,0020

0,0025

0,0030

10 20 30 40 50 60

Taxa

ass

imila

tóri

a liq

uid

a (g

cm

-2 d

ia-1

)

Dias após o transplantio (DAT)

Y (Jun) = -0,00026+(4·0,0014·e(-(X-37,93)/16,84))/(1+·e(-(X-37,93)/16,84))² R² = 0,99 Y (Ago) = -0,31+(4·0,31·e(-(X-29,23)/348,69))/(1+·e(-(X-29,23)/348,69))² R² = 0,97 Y (Out) = 0,0014+(4·0,0008·e(-(X-37,51)/9,27))/(1+·e(-(X-37,51)/9,27))² R² = 0,97

Jun. Est Ago. Est. Out. Est.

64

verificaram forte incremento na fase inicial e queda significativa da taxa ao final do

ciclo. Soltani et al. (1995), também observaram efeito significativo das épocas de

plantio na TAL.

4.3 EFICIÊNCIA DE CONVERSÃO DA RADIAÇÃO

FOTOSSINTETICAMENTE ATIVA (ECPAR)

Houve efeito isolado dos fatores cultivares e épocas de plantio sobre a

característica eficiência de conversão da radiação fotossinteticamente ativa

(ECPAR). Analisando–se as cultivares dentro de plantio, para a característica ECPAR,

no plantio de junho as cultivares não diferiram entre si. No plantio de agosto, a

cultivar Olímpia teve maior eficiência no uso da radiação fotossinteticamente ativa

(2,25 g MJPAR-1

) do que as cultivares Crimson Sweet e Denver. Para o plantio de

outubro, as cultivares Olímpia e Denver foram 100% mais eficientes no uso da

radiação fotossinteticamente ativa do que a cultivar Crimson Sweet (Tabela 12).

Tabela 12 – Eficiência de conversão da radiação fotossinteticamente ativa (g

MJPAR-1) das cultivares Crimson Sweet, Olímpia e Denver nos plantios de

junho, agosto e outubro. Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

Cultivares Plantios

Média Junho Agosto Outubro

Crimson Sweet 1,00 ABa 1,50 Ab 0,50 Bb 1,00

Olímpia 1,00 Ba 2,25 Aa 1,00 Ba 1,42

Denver 0,75 Ba 1,50 Ab 1,00 Ba 1,08

Média 0,92 1,75 0,83

As médias seguidas pela mesma letra minúscula na vertical e pela mesma letra maiúscula na

horizontal, não diferem entre si pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

65

Os melhores resultados de ECPAR das cultivares no plantio em agosto

foram, em grande parte, função da maior quantidade de radiação

fotossinteticamente ativa disponível (783,0 MJ m-2

) quando comparado com os

plantios de junho (705,2 MJ m-2

) e outubro (646,4 MJ m-2

), fazendo com que

agosto seja a época mais adequada para o plantio da melancia.

Segundo Souza et al. (2008), por ser a radiação um dos elementos

climáticos determinantes para o sucesso das culturas, a relação entre a massa seca

produzida e a quantidade de radiação disponível para a cultura, conforme descrita

por Monteith (1977) é a melhor forma de avaliação da produção por parte das

culturas e amplamente descrito na literatura (ASSUNÇÃO et al., 2010; COMIN et

al., 2010; GRACIANO et al., 2011)

Morais (2006), observou maior eficiência de conversão de PAR no melão

plantado em agosto em detrimento do melão plantado em maio. Trabalhando com

tomate em casa de vegetação e a céu aberto, nas condições de Eldorado do Sul-RS,

Radin et al (2003) e Radin (2002) , constataram que a produção em diferentes

plantios está diretamente relacionada com a disponibilidade de PAR ao encontrar

ECPAR de 1,46 g MJPAR-1

e 1,39 g MJPAR-1

na primavera e inverno, respectivamente,

para plantio a céu aberto.

Em abobrinha italiana, cultivada na estação verão–outono, adubada com

vermicomposto bovino, Ribeiro (2008), encontrou valor próximo (0,91 g MJPAR-1

)

aos encontrados neste trabalho para o plantio de junho. Comparando o resultados

obtidos com os relatados para o milho (3,5 g MJPAR-1

) por Kunz et al. (2007) a

ECPAR das cultivares de melancia estudadas são inferiores (Tabela 12) mas

próximos a outras plantas C3 como amendoim, melão, alface, tomate e soja, com

respectivamente 2,31, 2,31, 1,80, 1,46 e 2,13 g MJPAR-1

(CARON et al., 2002a;

CARON et al., 2002b; RADIN et al., 2003; SOUZA et al., 2008; ASSUNÇÃO et

al., 2010).

66

Morais (2006), em trabalho com meloeiro conduzido nas condições de

Mossoró-RN, contudo, encontrou ECPAR de 0,26 g MJPAR-1

bem inferiores ao

relatado por Caron et al (2002b) para a cultura do melão.

Houve efeito das interações dias após o transplantio x massa seca da parte

vegetativa e dias após o transplantio massa seca total para a característica eficiência

de conversão da radiação fotossinteticamente ativa (Tabelas 13 e 14).

Tabela 13 – Eficiência de conversão da radiação fotossinteticamente ativa (g

MJPAR-1) das cultivares Crimson Sweet, Olímpia e Denver. Mossoró-RN,

UFERSA 2013.

Cultivares Dias após o transplantio (DAT) 5 15 25 35 45 55

Crimson Sweet 0,001 A 0,03 A 0,17 A 0,46 A 0,92 B 1,27 C Olímpia 0,001 A 0,05 A 0,22 A 0,57 A 1,13 A 1,62 A

Denver 0,001 A 0,03 A 0,16 A 0,44 A 0,94 B 1,47 B As médias seguidas pela mesma letra maiúscula, na vertical, não diferem entre si, pelo teste Tukey ao

nível de 5% de probabilidade.

Tabela 14 – Eficiência de conversão da radiação fotossinteticamente ativa (g

MJPAR-1) de cultivares de melancia nos plantios de junho, agosto e outubro.

Mossoró-RN, UFERSA 2013.

Plantios Dias após o transplantio (DAT) 5 15 25 35 45 55

Junho 0,001 A 0,02 A 0,15 A 0,46 A 1,02 B 1,50 B Agosto 0,001 A 0,01 A 0,14 A 0,47 A 1,11 A 1,60 A

Outubro 0,001 A 0,07 A 0,27 A 0,54 A 0,90 B 1,28 C As médias seguidas pela mesma letra maiúscula, na vertical, não diferem entre si, pelo teste Tukey ao

nível de 5% de probabilidade.

A eficiência de conversão da radiação fotossinteticamente ativa foi lenta,

inicialmente, intensificando-se a partir de 25 DAT, coincidindo com o início da

fase reprodutiva. A partir de 45 DAT, cultivar Olímpia foi superior a Crimson

Sweet e Denver, aos 55 DAT, todas as cultivares diferiram ente si com ECPAR de

1,27, 1,62 e 1,47 g MJPAR–1

para Crimson Sweet, Olímpia e Denver,

respectivamente (Figura 21 e Tabela 13).

67

Figura 21 – Eficiência de conversão da radiação fotossinteticamente ativa (g

MJPAR-1) das cultivares de melancia Crimson Sweet (C), Olímpia (O) e

Denver (D) em função dos dias após o transplantio (DAT). Mossoró-RN,

UFERSA, 2013.

Entre as épocas de plantio, agosto diferiu estatisticamente de junho e outubro em

45 DAT, chegando aos 55 DAT com ECPAR de 1,50, 1,60 e 1,28 g MJPAR-1 em junho,

agosto e outubro, respectivamente (Tabela 14).

S Semelhante ao que foi observado para massa seca total e massa seca da

parte vegetativa, os dados de ECPAR das cultivares Crimson Sweet, Olímpia e

Denver, nos plantios de junho, agosto e outubro (Figura 22), se ajustaram a curva

logística de quatro parâmetros cujos coeficientes de determinação (R²) foram

superiores a 0,97.

Heinemann et al. (2005) trabalhando com a cultura do trigo nas condições e

Goiás obtiveram R² de 0,87 e Assunção et al. (2008), para a cultura do amendoim

nas condições de Botucatu-SP encontraram R² de 0,97, equivalentes aos obtidos

nesse trabalho.

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

2,0

0 10 20 30 40 50 60Dias após o transplantio (DAT)

Y (C) = -0,06+(4·1,34·e(-(X-57,00)/10,51))/(1+·e(-(X-57,00)/10,51))² R² = 0,99 Y (O) = -0,07+(4·1,73·e(-(X-58,43)/10,82))/(1+·e(-(X-58,43)/10,82))² R² = 0,99 Y (D) = -0,06+(4·1,63·e(-(X-60,55)/10,61))/(1+·e(-(X-60,55)/10,61))² R² = 0,99

C Est. O Est. D Est.

Efi

ciên

cia

de

con

ver

são

da

rad

iaçã

o

foto

ssin

teti

cam

ente

ati

va

(g

MJ P

AR m

-2)

68

Figura 22 – Eficiência de conversão da radiação fotossinteticamente ativa (g

MJPAR-1) de cultivares de melancia nos plantios de junho (Jun.), agosto (Ago.)

e outubro (Out.) em função dos dias após o transplantio (DAT). Mossoró-

RN, UFERSA, 2013.

4.4 CARACTERÍSTICAS DE PRODUÇÃO

Não houve efeito de nenhum fator sobre as características número médio de

frutos total (NFT), comercial (NFC) e não comercial (NFNC).

Observou-se tendência de maiores médias de NFT e NFNC no plantio de agosto

para as três cultivares (Figuras 23, 24 e 25). Já o NFC das cultivares Crimson Sweet e

Olímpia, apresentaram resultados muito próximos nos três plantios e Denver, no plantio

de agosto, foi a cultivar com tendência de maiores médias de NFC (Figura 25).

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

2,0

0 10 20 30 40 50 60Dias após o transplantio (DAT)

Y (Jun) = -0,06+(4·1,58·e(-(X-57,32)/9,63))/(1+·e(-(X-57,32)/9,63))² R² = 0,99 Y (Ago) = -0,05+(4·1,65·e(-(X-55,68)/8,73))/(1+·e(-(X-55,68)/8,73))² R² = 0,99 Y (Out) = -0,27+(4·1,99·e(-(X-75,14)/19,72))/(1+·e(-(X-75,14)/19,72))² R² = 0,97

Jun. Est Ago. Est. Out. Est.

Efi

ciên

cia

de

con

ver

são

da

rad

iaçã

o

foto

ssin

teti

cam

ente

ati

va

(g

MJ P

AR m

-2)

69

Figura 23 – Número médio de frutos totais por planta das cultivares Crimson

Sweet, Olímpia e Denver nos plantios de junho, agosto e outubro. Mossoró-

RN, UFERSA, 2013.

Figura 24 – Número médio de frutos comerciais por planta das cultivares

Crimson Sweet, Olímpia e Denver nos plantios de junho, agosto e outubro.

Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

1,60 1,55 1,45

2,05

1,70

2,25

1,60 1,50

1,80

0

0,5

1

1,5

2

2,5

Crimson Olímpia Denver

méd

io d

e fr

uto

s (f

ruto

s p

l-1)

Cultivares

Junho Agosto Outubro

Crimson Sweet

1,50

1,30 1,35 1,50

1,30

1,65

1,30 1,15

1,25

0

0,4

0,8

1,2

1,6

2

Crimson Olímpia Denver

méd

io d

e fr

uto

s (f

ruto

s p

l-1)

Cultivares

Junho Agosto Outubro

Crimson Sweet

70

Figura 25 – Número médio de frutos não comerciais por planta das cultivares

Crimson Sweet, Olímpia e Denver nos plantios de junho, agosto e outubro.

Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

No estudos desenvolvidos com melancia, no período de setembro a novembro de

2008 e 2009, em Baraúna-RN, Dantas (2010) e encontrou valores próximos ao desse

trabalho para o número de frutos total, comercial e não comercial por planta. Resultados

semelhantes foram observados por Cecílio Filho e Grangeiro (2004a) em Borborema-SP

para melancia e por Medeiros et al. (2007) e por Morais et al. (2008) para melão em

Mossoró-RN.

Para as características massa de frutos total (MFT) e massa de frutos comerciais

(MFC) também não houve efeito de nenhum fator ao nível de 5% de probabilidade. A

cultivar Crimson Sweet teve massa média de furtos total média de 5,73 kg nos plantios

de junho, agosto e outubro. A menor média de massa média de furtos total (4,4 kg) foi

observada na cultivar Olímpia em outubro e a maior (8,1 kg) na cultivar Denver em

agosto (Figura 26).

Comparando massa média de frutos comerciais entre as cultivares (Figura 27),

verificou-se a mesma tendência, com destaque para cultivar Olímpia no plantio de

outubro com a menor MFC (5,49 kg) e Denver no plantio de agosto com a maior MFC

(8,79, kg).

0,10

0,25

0,10

0,55

0,40

0,60

0,30 0,35

0,55

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

Crimson Sweet Olímpia Denver

de

fru

tos

(fru

tos

pla

nta

-1)

Cultivares

Junho Agosto Outubro

71

Figura 26 – Massa média de frutos (MFT) das cultivares Crimson Sweet,

Olímpia e Denver nos plantios de junho, agosto e outubro. Mossoró-RN,

UFERSA, 2013.

Figura 27 – Massa média de frutos comerciais (MFC) das cultivares Crimson

Sweet, Olímpia e Denver nos plantios de junho, agosto e outubro. Mossoró-

RN, UFERSA, 2013.

A massa média de frutos comerciais ficou dentro da faixa exigida pelo

mercado externo, que é de até 6 kg e acima de 5 kg para o mercado interno

(ANDRADE JÚNIOR et al., 2006; DANTAS, 2010).

6,1 5,8 6,5

5,4 5,9

8,1

5,7

4,4

5,7

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Crimson Sweet Olímpia Denver

Mas

sa m

édia

de

fru

tos

tota

is (

kg)

Cultivares

Junho Agosto Outubro

6,2

7,7

6,3 6,2 6,8

8,8

6,3 5,5

6,3

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Crimson Sweet Olímpia Denver

Mas

sa m

édia

de

fru

tos

com

erci

ais

(kg)

Cultivares

Junho Agosto Outubro

72

Para a característica massa média de frutos não comerciais (MFNC), apenas

as épocas de plantio apresentaram efeito significativo (Tabela 15). O mesmo

comportamento foi observado para as características produtividade total (PT),

produtividade comercial (PC) e produtividade não comerciais (PNC).

Analisando as a característica MFNC, não houve diferença entre os plantios

de junho e outubro. A massa média dos frutos não comerciais de agosto foi 330%

maior que os frutos de junho e 201% maior que os frutos de outubro.

Tabela 15 – Produtividade comercial (PC) e produtividade não comercial

(PNC) das cultivares Crimson Sweet, Olímpia e Denver nos plantios de

junho, agosto e outubro. Mossoró-RN, UFERSA, 2013.

Épocas de plantios MFNC PT (t ha–1

) PC (t ha–1

) PNC (t ha–1

)

Junho 1,120 b 45,09 b 43,45 ab 1,64 b

Agosto 3,969 a 62,76 a 51,78 b 10,97 a

Outubro 1,868 b 43,01 b 38,03 a 5,04 ab

Média 2,319 50,29 44,42 8,88

As médias seguidas pela mesma letra minúscula, na vertical, não diferem entre si pelo teste Tukey ao

nível de 5% de probabilidade

A produtividade total dos plantios de junho e outubro não diferiram entre si

e foram inferiores a produtividade total do plantio de agosto. Quanto a

característica produtividade comercial, apenas o plantio de agosto diferiu do

plantio de outubro, sendo superior a esse. Já a característica produtividade não

comercial o plantio de agosto foi superior apenas ao plantio de junho.

O plantio de agosto apresentou as maiores médias de produtividade sendo

64,92, 53,42 e 10,92 t ha–1

para as produtividade total produtividades comercial e

não comercial, respectivamente.

Como a adubação foi de acordo com o recomendado para a cultura, em

função da análise de solo e a aplicação da lâmina de irrigação conforme o

requerimento da cultura, os melhores resultados encontrados para o plantio de

73

agosto, parecem estar relacionados a quantidade de energia disponível para o ciclo

da cultura.

Dantas (2010) trabalhando com melancia em dois experimentos 2008 e

2009 com três plantios, realizados de setembro a novembro sendo o primeiro na

UFERSA e o segundo em Baraúna–RN, observaram que a produtividade do plantio

utilizando mulching de plástico preto, foi influenciada pela época de plantio. As

produtividades encontradas pelo autor foram maiores que as observadas nesse

trabalho.

Erdem e Yuksel (2003), trabalhando com irrigação por gotejamento,

afirmaram que a produtividade ideal para esse tipo de manejo varia de 40 a 100

t ha–1

dependendo da tecnologia adotada. De uma forma geral, a produtividade

comercial média obtida no presente trabalho de 53,42 t ha–1

está acima do

encontrado por Barros et al. (2012).

Nas condições de Borborema-SP, em cujos plantios foram realizados no

mês de outubro de 2001 e de fevereiro de 2002, foram observados diferenças

significativas entre os plantios para os fatores número de frutos por planta, peso

médio do fruto, massa de frutos por planta e produtividade. A diferença foi

atribuída a maior pluviosidade do plantio de outubro de 2001 (CECÍLIO FILHO;

GRANGEIRO, 2004a).

4.5 CARACTERÍSTICAS DE QUALIDADE

Foi observado efeito significativo apenas do fator épocas de plantio para as

características acidez titulável (AT), relação sólidos solúveis acidez titulável e pH.

A média da AT de agosto e outubro não diferiram entre si, mas foram superiores à

média de junho. Com relação a característica relação sólidos solúveis/acidez

74

titulável (SS/AT), ao contrário do observado na acidez titulável, o cultivo de junho

foi superior aos cultivos de agosto e outubro que também não diferiram entre si

(Tabela 16).

Tabela 16 – Acidez titulável (AT) das cultivares Crimson Sweet, Olímpia e

Denver nos plantios de junho, agosto e outubro. Mossoró-RN, UFERSA,

2013.

Cultivares AT (gácido cítrico 100 mL–1

) SS/AT pH

Junho 0,174 b 56,72 a 5,17 a

Agosto 0,210 a 44,10 b 5,02 b

Outubro 0,209 a 45,97 b 5,17 a

Média 0,198 48,93 5,12

As médias seguidas pela mesma letra minúscula, na vertical, não diferem entre si pelo teste Tukey ao

nível de 5% de probabilidade.

Segundo Chitarra e Chitarra (2005) o equilíbrio entre SS e AT, definido pela

razão estabelece o teor mínimo de sólidos e o máximo de acidez para determinação

do verdadeiro sabor do fruto.

A média de sólidos solúveis (9,71) dos cultivos ficou próximo do valor

exigido para o mercado interno e acima do exigido para o mercado externo

(ANDRADE JÚNIOR et al., 2006; SILVA, 2010a; COELHO et al., 2011; DIAS;

LIMA, 2011).

Segundo Scott e Lawrence (1975), elevadas temperaturas influenciam na

qualidade do fruto em função da maior síntese de compostos secundários, além de

permitir que a planta acumule maiores concentrações de açúcares solúveis.

Conforme Morgan (1999), além das condições ambientais, o valor de sólidos

solúveis também é afetado por aspectos nutricionais e varietais, que possivelmente

foi o que influenciou no elevado teor de SS na cultivar Crimson Sweet semeado no

mês de outubro.

75

Trabalhando com três tipos de mulching e agrotêxtil em três plantios na

região de Mossoró-RN, Dantas (2010) não encontrou influência dos plantios para

as características SS e SS/AT. Grangeiro e Cecílio Filho (2004b), em experimento

conduzido nas condições de Borborema-SP, ao contrário, relataram que a época de

plantio influenciou no teor de SS na relação SS/AT com o maior valor obtido na

segunda época de plantio.

Dantas (2010) e Feitosa et al. (2009) obtiveram AT menores que os

registado neste trabalho, variando entre 0,10 e 0,12 g ácido cítrico 100 mL–1

. Os

resultados encontrados para característica pH estão de acordo com o encontrado

por Araújo Neto et al. (2000) na melancia comercializada em Mossoró–RN e por

Feitosa et al (2009) no Ceará.

Embora Dantas (2010), trabalhando com melancia, e Paes (2011), com

melão, não encontraram relação entre os plantios e os valores de AT e pH,

Grangeiro e Cecílio Filho (2004b), ao contrário, observaram que a AT aumentou

do primeiro para o segundo plantio, ficando com valores próximos ao observado

nesse trabalho.

76

5 CONCLUSÕES

O plantio de agosto favoreceu o crescimento e a produção da melancieira com

um incremento médio na produtividade de 36,38 e 19,77% em relação a outubro

e junho, respectivamente.

As variações de temperatura do ar, do solo e umidade relativa do ar nos plantios

de junho, agosto e outubro não influenciaram o desenvolvimento das cultivares

Crimson Sweet, Olímpia e Denver nas condições de Mossoró-RN.

Em todos os plantios a radiação solar global disponível para a cultura ficou

acima do limite trófico mínimo exigido não comprometendo a disponibilidade

de energia para as cultivares.

A relação radiação fotossinteticamente nos plantios de junho, agosto e outubro

correspondeu em média a 60,9% da radiação solar global.

O plantio em agosto teve maior eficiência de conversão da radiação

fotossinteticamente ativa em biomassa, sendo a cultivar Olímpia a mais

eficiente de 45 a 55 DAT.

As épocas de plantio influenciaram o desenvolvimento da área foliar, o acúmulo

de massa seca total e da parte vegetativa e o índice de área foliar e taxa de

crescimento absoluto, sendo que o planto de agosto obteve as maiores médias.

A taxa de assimilatória líquida apresentou maiores médias no plantio de

outubro.

O plantio de junho proporcionou frutos de melhor qualidade com menor acidez

e melhor palatabilidade.

77

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88

APÊNDICES

89

APÊNCIDE A – Lista de tabelas

Tabela 1A – Resumo da análise de variância para massa seca da parte vegetativa

(MSPV), massa seca total (MST), área foliar (AF) e índice de área foliar.

F. V. G. L. Quadrados médios

MSPV MST AF

Cult. 2 4162,59** 92756,45** 186174670,84**

Plantios 2 80610,07** 59308,14** 120255429,74*

Cultivares x Plantios 4 5013,62** 17671,89** 255017570,37**

DAT 5 367551,21** 2867765,43** 15843819600,00**

DAT x Cultivares 10 1237,88** 17186,94** 27819635,46ns

DAT x Plantios 10 28653,77** 35600,97** 272188659,45**

DAT x Cultivares x Plantios 20 1673,34ns 7623,26ns 101586107,45ns

Erro 135 538,30 5494,15 38464457,45

C. V. (%) 23,49 34,67 28,96

**Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F; *Significativo a 5% de probabilidade pelo teste F; ns: Não significativo a 5% de probabilidade pelo teste F. C. V.: Coeficiente de variação.

Tabela 2A – Resumo da análise de variância para o índice de área foliar (IAF) e a

eficiência de conversão da radiação fotossinteticamente ativa (ECpar).

F. V. G. L. Quadrados médios

IAF ECPAR

Cult. 2 0,505031** 0.5185**

Plantios 2 0,326210* 0.3380**

Cultivares x Plantios 4 0,691781** 0.1366ns

DAT 5 42,979104** 8.3824**

DAT x Cultivares 10 0,075465ns 0.2185**

DAT x Plantios 10 0,738358** 0.6380**

DAT x Cultivares x Plantios 20 0,275569ns

0.0866ns

Erro 135 0,104341 0.0861

C. V. (%) 28,96 36,68

**Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F; *Significativo a 5% de probabilidade pelo teste F; ns: Não significativo a 5% de probabilidade pelo teste F. C. V.: Coeficiente de variação.

90

Tabela 3A – Resumo da análise de variância para taxa de crescimento absoluto

(TCA), taxa de crescimento relativo (TCR) e taxa assimilatória líquida (TAL).

F. V. G. L. Quadrados médios

TCA TCR TAL

Cultivares 2 159,04** 1,95ns

3,6408 10-7 ns

Plantios 2 1207,54** 5049,55** 0,000012**

Cultivares x Plantios 4 81,05* 2,09* 0,000002ns

DAT 5 4286,33** 5011,94** 0,000001ns

DAT x Cultivares 8 34,90ns

2,13** 3,8960 10-7ns

DAT x Plantios 8 1161,28** 5066,39** 0,000006**

DAT x Cultivares x Plantios 16 26,75ns

2,09ns

6,0202 10-7ns

Erro 108 55,95 0,47 9,4043 10-7

C. V. (%) 23,51 12,47 55,15

**Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F; *Significativo a 5% de probabilidade pelo teste F; ns: Não significativo a 5% de probabilidade pelo teste F. C. V.: Coeficiente de variação.

Tabela 4A – Resumo da análise de variância para eficiência de conversão da

radiação fotossinteticamente ativa em massa seca total (EC), número de frutos

totais (NFT), número de frutos comerciais (NFC) e número de frutos não

comerciais (NFNC).

F. V. G. L. Quadrados médios

EC NFT NFC NFNC

Cultivares 2 0.5833* 5.44ns

3.08ns

1.19ns

Plantios 2 3.0833** 17.69ns

11.86ns

10.78ns

Cultivares x Plantios 4 0.2917ns

3.07ns

4.75ns

1.61ns

Erro 18 0.1482 5.80 0.83 3.81

C. V. (%) 32,99 27,87 18,41 108,17

**Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F; *Significativo a 5% de probabilidade pelo teste F; ns: Não significativo a 5% de probabilidade pelo teste F. C. V.: Coeficiente de variação.

91

Tabela 5A – Resumo da análise de variância para massa média de frutos totais

(MFT), massa média de frutos comerciais (MFC) e massa média de frutos não

comerciais (MNFC).

F. V. G. L. Quadrados médios

MFT MFC MFNC

Cultivares 2 3.25ns

2.77ns

5.61ns

Plantios 2 4.28ns

4.76ns

26.19**

Cultivares x Plantios 4 4.21ns

2.91ns

8.13ns

Erro 18 1.89 2.04 3.99

C. V. (%) 23,03 21,76 86,12

**Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F; *Significativo a 5% de probabilidade pelo teste F; ns: Não significativo a 5% de probabilidade pelo teste F. C. V.: Coeficiente de variação.

Tabela 6A – Resumo da análise de variância para produtividade total (PT),

produtividade comercial (PC) e produtividade não comercial (PNC).

F. V. G. L. Quadrados médios

PT PC PNC

Cultivares 2 12.69ns

18.22ns

5.42ns

Plantios 2 406.28** 575.09* 267.55*

Cultivares x Plantios 4 102.64ns

85.70ns

6.24ns

Erro 18 147.08 127.04 58.799

C. V. (%) 4,11 25,37 30,25

**Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F; *Significativo a 5% de probabilidade pelo teste F; ns: Não significativo a 5% de probabilidade pelo teste F. C. V.: Coeficiente de variação.

92

Tabela 7A – Resumo da análise de variância para sólidos solúveis (SS), acidez

titulável (AT), relação brix acidez titulável (SS/AT) e pH.

F. V. G. L. Quadrados médios

SS AT SS/AT pH

Cultivares 2 0.1215ns

0.000919ns

48.3ns

0.034878ns

Plantios 2 0.9478* 0.005019** 556.86** 0.089503**

Cultivares x Plantios 4 0.6382ns

0.000974ns

31.74ns

0.016411ns

Erro 18 0.3162

0.000437 39.95 0.008190

C. V. (%) 5,93 10,57 12,92 1,77

**Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F; *Significativo a 5% de probabilidade pelo teste F; ns: Não significativo a 5% de probabilidade pelo teste F. C. V.: Coeficiente de variação.