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ESCOLA DE APLICAÇÃO DO RECIFE SELEÇÃO 2013 – LÍNGUA PORTUGUESA Nesta prova, você vai saber mais sobre a atividade de leitura que a professora Renata desenvolveu com os alunos de uma de suas turmas da escola pública onde leciona. Você vai também conhecer mais o Maurício e o Fábio, alunos do 5º ano, que gostam de ler e de fazer experiências científicas. Esta prova está dividida em três partes. Leia cada uma dessas partes, e responda às questões propostas. Boa sorte! PRIMEIRA PARTE DA PROVA – DESCOBRINDO MONTEIRO LOBATO Naquele dia, a aula de leitura foi diferente: a professora Renata levou sua turma à biblioteca do colégio, e pediu que os alunos, reunidos em duplas, folheassem, durante 20 minutos, alguns livros previamente selecionados por ela e pela bibliotecária. Depois disso, eles deveriam apresentar a leitura aos colegas de turma. Maurício e Fábio, que vivem no Laboratório de Ciências da escola, folhearam alguns livros e ficaram interessados em “A Chave do Tamanho”, de Monteiro Lobato. Entretanto, como nunca haviam lido nenhum livro desse autor, antes de escolhê-lo, fizeram, pelo celular, uma pesquisa rápida na internet para obter mais informações. Descobriram, por exemplo, que o livro, escrito em 1942, teve a 2ª Guerra Mundial como pano de fundo para inspirar seu autor. Além disso, encontraram vários sites sobre Monteiro Lobato, entre eles o Projeto Memória.

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ESCOLA DE APLICAÇÃO DO RECIFE SELEÇÃO 2013 – LÍNGUA PORTUGUESA

Nesta prova, você vai saber mais sobre a atividade de leitura que a professora Renata desenvolveu com os alunos de uma de suas turmas da escola pública onde leciona. Você vai também conhecer mais o Maurício e o Fábio, alunos do 5º ano, que gostam de ler e de fazer experiências científicas.

Esta prova está dividida em três partes. Leia cada uma dessas partes, e responda às questões propostas.

Boa sorte!

PRIMEIRA PARTE DA PROVA – DESCOBRINDO MONTEIRO LOBATO

Naquele dia, a aula de leitura foi diferente: a professora Renata levou sua turma à biblioteca do colégio, e pediu que os alunos, reunidos em duplas, folheassem, durante 20 minutos, alguns livros previamente selecionados por ela e pela bibliotecária. Depois disso, eles deveriam apresentar a leitura aos colegas de turma.

Maurício e Fábio, que vivem no Laboratório de Ciências da escola, folhearam alguns livros e ficaram interessados em “A Chave do Tamanho”, de Monteiro Lobato. Entretanto, como nunca haviam lido nenhum livro desse autor, antes de escolhê-lo, fizeram, pelo celular, uma pesquisa rápida na internet para obter mais informações. Descobriram, por exemplo, que o livro, escrito em 1942, teve a 2ª Guerra Mundial como pano de fundo para inspirar seu autor. Além disso, encontraram vários sites

sobre Monteiro Lobato, entre eles o Projeto Memória.

ESCOLA DE APLICAÇÃO DO RECIFE SELEÇÃO 2013 – LÍNGUA PORTUGUESA

(Reprodução do texto do site) MONTEIRO LOBATO

"A Lobato deve muito o Brasil. Em primeiro lugar o exemplo magnífico e raro do intelectual que não se vende e não se aluga, não se coloca a serviço dos poderosos ou dos sabidos. Depois, foi ele um homem de ação e um descobridor. Devem-se a ele a campanha do livro e a campanha do petróleo. Foi ele o criador da nossa literatura infantil". Oswald de Andrade.

Este espaço cultural, dirigido a pessoas de todas as idades, ajuda você a conhecer a vida e a obra de Monteiro Lobato. Aqui o estudante encontrará informações para suas pesquisas ou trabalhos escolares. O Projeto Memória 1998 - Monteiro Lobato foi desenvolvido pela Fundação Banco do Brasil e pela Odebrecht. A direção geral e curadoria do projeto ficaram a cargo da Emporium Brasilis - Memória e Produção Cultural S/C Ltda., sob a coordenação executiva de Paulo Cesar de Azevedo. Pesquisa, edição e textos de Carmen Lucia de Azevedo, Marcia Camargos e Vladimir Sacchetta. Destacamos o apoio decisivo da família Monteiro Lobato e da Monteiro Lobato Licenciamentos, empresa que administra os direitos autorais referentes à obra do autor, sob todas as formas de manifestação da imaginação lobatiana. http://www.projetomemoria.art.br/, acessado em 10.09.2012.

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Depois de ler a PRIMEIRA PARTE da prova, responda às questões 1 a 7.

QUESTÃO 1

Responda:

De acordo com o texto, os alunos não precisariam folhear todos os livros da

biblioteca. Que palavra do texto confirma essa afirmação?

Marque a única resposta correta.

a. ( ) a palavra “previamente”;

b. ( ) o pronome “alguns”;

c. ( ) o adjetivo “alguns”;

d. ( ) a expressão “previamente selecionados”.

QUESTÃO 2

Sobre a escolha de Maurício e Fábio, é correto afirmar que:

Marque a única resposta correta.

a. ( ) Eles se interessaram por um livro que aprofundasse seus

conhecimentos de Ciências;

b. ( ) Sem internet, eles não teriam conseguido escolher;

c. ( ) Eles usaram a pesquisa e a internet para acertar na escolha;

d. ( ) Eles desobedeceram às orientações da professora.

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QUESTÃO 3

Sobre o texto que eles encontraram na página da internet, responda:

Qual o principal objetivo da página na internet?

Marque a única resposta correta.

a. ( ) Ajudar os alunos da professora Renata;

b. ( ) Divulgar a literatura infantil de Monteiro Lobato;

c. ( ) Oferecer informações a quem se interessa pelo escritor;

d. ( ) Justificar a verba da Fundação Banco do Brasil e da Odebrecht

gasta no projeto.

QUESTÃO 4

Ainda sobre o texto do site da internet, responda:

Se Maurício e Fábio quiserem saber mais detalhes sobre o livro que lhes interessou na biblioteca, em que link(s) da página consultada eles deverão clicar?

Marque a única resposta correta.

a. ( ) Vida e obra;

b. ( ) Bibliografia;

c. ( ) Histórico OU créditos;

d. ( ) Sítio do Pica-pau Amarelo OU Links

QUESTÕES 5 e 6

Ainda sobre o texto do site, responda às questões 5 e 6.

Releia o comentário elogioso que Oswald de Andrade, um grande escritor

brasileiro, fez a Monteiro Lobato:

ESCOLA DE APLICAÇÃO DO RECIFE SELEÇÃO 2013 – LÍNGUA PORTUGUESA

"A Lobato deve muito o Brasil. Em primeiro lugar o exemplo magnífico e raro

do intelectual que não se vende e não se aluga, não se coloca a serviço dos

poderosos ou dos sabidos. Depois, foi ele um homem de ação e um

descobridor. Devem-se a ele a campanha do livro e a campanha do petróleo.

Foi ele o criador da nossa literatura infantil" Oswald de Andrade

RESPONDA:

QUESTÃO 5

Maurício sempre está preocupado com o emprego da norma culta, por isso

achou estranho o primeiro período do texto: A Lobato deve muito o Brasil.

Fábio explicou ao amigo que ele poderia tirar sua dúvida e compreender

melhor o significado se o período fosse reescrito.

Em qual das reescritas o período mantém o significado original e obedece

à norma escrita culta da língua?

Marque a única resposta correta.

a. ( ) À Lobato deve muito o Brasil.

b. ( ) O Brasil deve muito a Lobato.

c. ( ) O Lobato deve muito ao Brasil.

d. ( ) Não é possível reescrever o período.

QUESTÃO 6

Releia o trecho reproduzido em seguida e responda ao que se pede:

Depois, foi ele um homem de ação e um descobridor. Devem-se a ele a

campanha do livro e a campanha do petróleo. Foi ele o criador da nossa

literatura infantil!

Oswald de Andrade repete por três vezes o mesmo pronome pessoal. O

que pode explicar essa repetição?

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Marque a única resposta correta.

a. ( ) A necessidade de valorizar o grande escritor;

b. ( ) O desejo de esclarecer o leitor que ele se refere a Lobato;

c. ( ) A necessidade de destacar as várias contribuições de Monteiro Lobato;

d. ( ) O desejo de evitar a repetição do nome “Lobato”.

QUESTÃO 7

Ainda nas pesquisas sobre o livro, Maurício e Fábio encontraram mais informações no site de uma livraria:

Leia em seguida a reprodução do texto que eles encontraram e responda ao que se pede.

A CHAVE DO TAMANHO - MONTEIRO LOBATO

Numa época em que os adultos não costumavam conversar assuntos sérios com as crianças, Lobato fala sobre a guerra com o público infantil neste livro que se tornou um de seus grandes sucessos. Lançado pela primeira vez em 1942, ano da entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, A chave do tamanho, de Monteiro Lobato, faz uma crítica aos governantes que mataram milhares de pessoas e destruíram cidades inteiras na Europa. Nessa história, Dona Benta e a turma do Sítio do Picapau Amarelo estão muito preocupados com as notícias que chegam pelo rádio e pelos jornais e relatam os bombardeios e as mortes causadas pela guerra.

Escondida de todos, Emília resolve dar um jeito na situação, e, depois de mudar o tamanho de todos os seres humanos, sai pelo mundo enfrentando perigos e fazendo descobertas.

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Marque a única afirmativa que NÃO está contemplada no texto do site.

a. ( ) Mesmo em tempos de internet, rádios e jornais continuam

funcionando como eficientes veículos de comunicação.

b. ( ) Nem todos os adultos conseguiam conversar assuntos sérios com

as crianças dos tempos passados;

c. ( ) Lobato consegue tratar de um tema sério no seu livro para

crianças;

d. ( ) No livro, Lobato denuncia, em linguagem simples, a atitude

criminosa de governantes envolvidos na guerra.

SEGUNDA PARTE DA PROVA – LENDO “A CHAVE DO TAMANHO”

Claro que, depois de tantas informações, principalmente Fábio, que adora as aulas de História, não tinha dúvidas: ele e Maurício decidiram folhear o livro “A chave do tamanho” e escolheram o capítulo com esse título para ler e apresentar para os colegas. Nele, Emília, decidida a “desligar” a Chave da Guerra, aspira o pó-de-pirlimpimpim - invenção do Visconde, que permite o transporte mágico para qualquer lugar – e acorda em um lugar desconhecido.

Leia o trecho inicial desse capítulo e, em seguida, responda ao que se pede. Para facilitar sua leitura, segue a definição de algumas palavras do texto que podem lhe trazer dificuldades:

Vocabulário: Método experimental – tipo de pesquisa que parte de uma hipótese e cujos resultados são fruto de experimentos científicos controlados pelos pesquisadores. Minotauro – na mitologia grega, uma criatura imaginada com a cabeça de touro e o corpo de homem, que habitava o centro de um labirinto na Ilha de Creta, no arquipélago grego. Vigota – viga pequena; no caso do texto, cada um dos palitos da caixa de fósforos. Alice no País das Maravilhas – romance escrito por Lewis Carol e tomado como referência para outro livro de Lobato: “Emília no país das maravilhas”.

TEXTO

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A chave do tamanho

Fiunnn!!! Quando Emília abriu os olhos e foi lentamente voltando da tonteira, deu

consigo num lugar nebuloso, assim com ar de madrugada. Não enxergou árvores, nem montanhas nem coisa nenhuma — só havia lá longe um misterioso casarão.

— Isto deve ser o Fim do Mundo, e aquela casa só pode ser a Casa das Chaves. Que pó certeiro o do Visconde!

Ergueu-se, ainda tonta, e aproximou-se do casarão. Certinho! Um grande letreiro na fachada dizia simplesmente isto: "CASA DAS CHAVES."

Emília esteve algum tempo de nariz para o ar, com os olhos naquelas estranhas letras de luz. Viu uma porta aberta. Enchendo-se de coragem, entrou. Não havia coisas lá dentro, objeto nenhum, nem máquinas. Só aquele mesmo nevoeiro de lá fora, mas, numa espécie de parede, distinguiu um correr de chaves como as da eletricidade, todas erguidas para cima.

— Hão de ser as chaves que regulam e graduam todas as coisas do mundo — pensou Emília. — Uma delas, portanto, é a chave que abre e fecha as guerras. Mas qual?

Emília segurou o queixo, a refletir. Pensou com toda a força. Não havia diferença entre as chaves. Todas iguaizinhas. Nada de letreiros ou números. Como saber qual a chave da guerra?

— A única solução é aplicar o método experimental que o Visconde usa em seu laboratório. É ir mexendo nas chaves, uma a uma, até dar com a da guerra.

Mas as chaves ficavam numa fileira a oito palmos do chão, fora, pois, do alcance duma criaturinha de apenas dois palmos de altura. Como alcançar as chaves?

Emília correu os olhos em redor. Não viu nenhuma escada nem cadeira, nem caixão em que pudesse trepar. Não havia sequer uma vara. O remédio seria recorrer novamente ao superpó. "Se eu cheirar a metade do menor dos grãozinhos trazidos nesta caixa, subo até lá e agarro-me a qualquer das chaves."

E assim fez. Escolheu o grãozinho de pó menor de todos, partiu-o ao meio e aspirou metade. Deu certo. Bastou o cheiro daquela isca de superpó para erguê-la até às chaves, permitindo-lhe pendurar-se numa. Nem precisou fazer força. Bastou o seu peso para que a chave descesse quase até o fim.

Mas o que aconteceu foi a coisa mais imprevista do mundo. Tudo se transformou diante de seus olhos, e um pano enorme, como o toldo dum circo de cavalinhos, desabou sobre ela. Emília sentiu-se rodeada de pano; o chão era de pano; por cima só havia pano; dos lados, pano, pano e mais pano. E com o peso de tanto pano ela nem podia conservar-se de pé. Ficou deitadinha, como achatada. Mas era preciso sair dali ou pelo menos fazer esforços para sair, porque já estava sentindo falta de ar. E começou a engatinhar debaixo da panaria, numa cega tentativa de fuga. As dobras eram muitas, de modo que, a cada momento, tinha de fazer rodeios para poder avançar. E foi engatinhando, flanqueando as dobras atrapalhadoras; às vezes até ficava de pé, quando uma dobra maior lhe dava espaço. Emília lembrou-se do Labirinto de Creta, onde morava o Minotauro. É escuro ali dentro. Nem ao menos aquela penumbra de madrugada de lá fora. Emília teve a impressão de haver passado um século naquele engatinhamento labiríntico. Por fim, divisou, em certa direção, uma claridade. "Deve ser ali a bainha ou fim deste maldito pano", pensou ela, e para lá

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se arrastou. Era de fato a bainha — e Emília, já quase sem fôlego, lavada em suor, saiu do labirinto e caiu exausta no chão, com um Uf!

Ficou algum tempo deitada de costas, os braços estendidos, sem pensar em coisa nenhuma. Primeiro descansar; depois o resto. Ergueu os olhos para as chaves da parede. Não viu na parede chave nenhuma. "Que história é esta? Será que as chaves se evaporaram?" Firmando a vista, verificou que não. As chaves lá estavam, mas em ponto muitíssimo mais alto. A parede crescera tremendamente. Parecia não ter fim. Tudo aumentara dum modo prodigioso. E no chão viu uma coisa nova, que não existia antes; um pedestal atapetado de papel amarelo.

Emília achava-se deitada justamente sobre esse pedestal. Depois, olhando para o seu corpinho, verificou que estava nua.

— Que história é esta? Eu, nua que nem minhoca, em cima deste pedestal amarelo cheio de riscos pretos, ao lado duma montanha de pano — e as chaves lá em cima — e tudo enormíssimo... Será que estou sonhando? Pôs-se a pensar com toda a força. Examinou o tapete do pedestal.

Percebeu que os riscos eram letras e teve de ficar de pé para lê-las uma por uma. A primeira era um F; a segunda, um O; a terceira um S. Chegando à última, viu que formava a palavra FÓSFOROS. Em seguida vinha um D e um E, formando a palavra DE. E as últimas letras formavam a palavra SEGURANÇA. Tudo reunido dava a expressão FÓSFOROS DE SEGURANÇA.

— Será possível? — exclamou Emília consigo mesma. — Será que estou em cima da maior caixa de fósforos que jamais houve no mundo? Mas se é assim, então cada pau de fósforo deve ser uma verdadeira vigota de pinho — e como a caixa estivesse aberta, espiou. Não viu lá dentro vigota nenhuma, sim uma espécie de areia grossa, da cor exata do superpó do Visconde.

Nesse momento um raio de luz iluminou-lhe o cérebro. — Hum! Já sei. Isto é a caixa de fósforos que eu trouxe e está do tamanho

que sempre foi. Eu é que diminuí. Fiquei pequeníssima; e, como estou pequeníssima, todas as coisas me parecem tremendamente grandes. Aconteceu-me o que às vezes acontecia a Alice no País das Maravilhas. Ora ficava enorme a ponto de não caber em casas, ora ficava do tamanho dum mosquito. Eu fiquei pequenininha. Por quê?

E pôs-se a pensar mais forte ainda. — Só pode ser por uma coisa: por causa da descida da chave. Logo, aquela chave é a que regula o meu tamanho. Regula só o meu

tamanho, ou regula o tamanho de todas as criaturas vivas? Regula o tamanho de todas as criaturas vivas, ou só o das criaturas humanas? Quantos problemas, meu Deus! [...]

Depois de ler, responda ao que se pede:

QUESTÕES 8 e 9

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Releia o parágrafo reproduzido, e, em seguida, responda às questões 8 e 9.

Quando Emília abriu os olhos e foi lentamente voltando da tonteira, deu consigo num lugar nebuloso, assim com ar de madrugada. Não enxergou árvores, nem montanhas nem coisa nenhuma — só havia lá longe um misterioso casarão.

QUESTÃO 8

Sobre esse parágrafo, marque a única resposta correta:

a. ( ) O narrador constrói uma atmosfera de suspense;

b. ( ) Emília acorda em um lugar amaldiçoado;

c. ( ) É de madrugada quando ela acorda;

d. ( ) Emília estava tonta e não conseguia enxergar nada.

QUESTÃO 9

A resposta correta da questão 9 pode ser justificada com trechos do

parágrafo?

Marque a única opção correta.

a. ( ) “lugar nebuloso” e “misterioso casarão”.

b. ( ) “Não enxergou árvores, nem montanhas nem coisa nenhuma”;

c. ( ) “...,foi lentamente voltando da tonteira”;

d. ( ) “...assim com ar de madrugada”;

QUESTÃO 10

A partir da leitura desse trecho do capítulo do livro “A chave do tamanho”, é possível afirmar que:

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Marque a única resposta correta.

a. ( ) Emília conseguiu alcançar seu objetivo;

b. ( ) A boneca Emília demonstra medo ao acordar no Fim do Mundo;

c. ( ) A coragem é uma das virtudes de Emília;

d. ( ) Ela desobedece aos conselhos dados pelo Visconde.

QUESTÃO 11

Além dos seus sentidos usuais, a palavra “chave” pode ser empregada para designar uma peça que liga e desliga a corrente elétrica, evitando que cargas elétricas em excesso danifiquem equipamentos eletrônicos.

Releia os trechos destacados e responda ao que se pede:

TRECHO A

Só aquele mesmo nevoeiro de lá fora, mas numa espécie de parede distinguiu um correr de chaves como as da eletricidade, todas erguidas para cima. TRECHO B Bastou o cheiro daquela isca de superpó para erguê-la até às chaves, permitindo-lhe pendurar-se numa. Nem precisou fazer força. Bastou o seu peso para que a chave descesse quase até o fim.

Sobre o significado do substantivo “chave”, empregado no título do livro e nos trechos A e B, é correto afirmar que:

Marque a única afirmativa correta:

a. ( ) É empregado com o mesmo significado apenas nos trechos A e B;

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b. ( ) É sempre empregado com o mesmo significado;

c. ( ) No trecho A, é usado com o mesmo significado do título do livro;

d. ( ) No trecho B, é usado com o mesmo significado do título do livro.

QUESTÃO 12

Releia o trecho e responda ao que se pede: Eu fiquei pequenininha. Por quê? E pôs-se a pensar mais forte ainda. — Só pode ser por uma coisa: por causa da descida da chave. Esse trecho foi reescrito nas afirmativas que se seguem. Marque a única afirmativa que reescreve adequadamente as frases desse trecho, sem omissão nem prejuízo de significado.

a. ( ) A descida da chave explicava a redução de tamanho de Emília;

b. ( ) Emília pensou mais forte ainda e concluiu que ficara pequenininha

por causa da descida da chave;

c. ( ) Emília precisou pensar muito para explicar que ficara pequenininha

por causa da descida da chave;

d. ( ) Se pensasse mais forte ainda, Emília saberia que ficara

pequenininha por causa da descida da chave.

QUESTÃO 13

Considerando o que você já sabe até agora sobre os interesses de Maurício e Fábio, o que poderia justificar o interesse deles pelo livro “A chave do tamanho”?

Marque a única resposta correta.

a. ( ) Eles são fãs da obra de Lobato;

b. ( ) Eles têm curiosidade científica;

c. ( ) Eles obedecem à ordem da professora;

d. ( ) Para eles, todos os outros livros eram muito infantis.

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QUESTÃO 14

Releia o trecho e responda ao que se pede: Ficou algum tempo deitada de costas, os braços estendidos, sem pensar em coisa nenhuma. Primeiro descansar; depois o resto. Ergueu os olhos para as chaves da parede. Não viu na parede chave nenhuma. "Que história é esta? Será que as chaves se evaporaram?" O que explica o uso das aspas nesse trecho? Marque a única resposta correta:

a. ( ) Não há explicação possível para esse uso.

b. ( ) O trecho reproduz o texto de outro livro.

c. ( ) Reproduz a fala (ou o pensamento) da Emília.

d. ( ) Emília quis usar uma linguagem literária.

PARTE 3 – AMPLIANDO A LEITURA DE MONTEIRO LOBATO

QUESTÃO 15

Depois de folhear o livro, Fábio lembrou que já havia visto um filme cuja história se parece com a do livro “A chave do tamanho”: “Querida, encolhi a crianças”. Procurando informações sobre o filme, encontrou o seguinte texto no site de uma livraria. Leia-o e responda ao que se pede. QUERIDA, ENCOLHI AS CRIANÇAS. O que você faria se fosse menor que uma formiga e estivesse no meio de um jardim, sendo ameaçado por monstros gigantescos e tempestades intermináveis?

É isso que acontece neste filme, que foi um grande sucesso do cinema. O cientista Wayne Szalinsky constrói uma máquina que, acidentalmente, encolhe seus filhos (e os do vizinho também!), levando-os a um mundo cheio de perigos. http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=5007243&sid=862121295141022658254775825, acessado em 22.10.2012.

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O que pode explicar a “lembrança” de Fábio? Marque a única afirmativa correta:

a. ( ) Os dois livros tratam de aventuras de crianças;

b. ( ) As duas narrativas contam histórias semelhantes: experimentos de

laboratório.

c. ( ) Fábio gosta de assuntos científicos.

d. ( ) A máquina do cientista provoca o mesmo efeito que o pó de

pirlimpimpim.

QUESTÃO 16

Leia o texto e responda à questão 16.

Semanas depois daquela aula na biblioteca, eis a surpresa: Fábio abre uma revista de divulgação científica e lê uma notícia interessante: cientistas estão manipulando átomo por átomo para criar substâncias tão pequenas que parecem trabalho de mágicos... É a nanotecnologia, ciência que estuda a criação de produtos microscópios inimagináveis antigamente: pintura que não arranha, vidros que se limpam sozinhos, roupas que não mancham. Assim, quando a professora Renata propôs que os alunos criassem um cartaz de divulgação do livro escolhido na aula da biblioteca, Fábio não teve dúvidas: escreveu um texto e pediu que Maurício o ajudasse a corrigir os erros ortográficos e a pontuação. Ele leu e destacou alguns problemas que precisavam ser corrigidos.

A CHAVE DO TAMANHO - MONTEIRO LOBATO Ah quem diga que artistas são “antenas” do mundo (ou alguma coisa do tipo). Com certeza, apartir da leitura de “A chave do tamanho”, de Monteiro Lobato, também concordamos com essa ideia. Muito antes de se falar nessas pesquizas de nanotecnologia, a Emília faz uma viagem imaginária com o pó de pirlimpimpim e descobre uma chave

que reduz drasticamente o tamanho dela. Mas aventura é impossível. Leiam o livro e vocês concordarão conosco. Ação, emoção e ciência, tudo junto.

Leia os comentários que Maurício fez sobre o texto. Considerando-se a norma culta da língua escrita, apenas um desses comentários está errado. Marque-o:

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a) ( ) “A partir” escreve-se separado;

b) ( ) Em um substantivo, a letra Z foi empregada de modo errado para

representar o som /z/;

c) ( ) É preciso corrigir a expressão “Mas aventura” para “Mais aventura”;

d) ( ) A forma verbal “concordarão” deve ser corrigida para

“concordaram”;