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1 Flora e Fauna do Concelho de Celorico da Beira O concelho de Celorico da Beira é uma região essencialmente montanhosa, granítica, onde o Rio Mondego divide o município em duas zonas absolutamente distintas, quer do ponto de vista geográfico, quer climatérico: a da Serra (parte dela integrada no Parque Natural da Serra da Estrela), e a do vale (de terrenos férteis e clima mais ameno, que abrange uma vasta área ao longo do Rio Mondego) o que confere à flora e à fauna, características bem distintas. A flora é o conjunto de plantas (geralmente as verdes), de uma região ou de um país. A fauna é o conjunto dos animais de uma região ou de um país, que engloba os animais selvagens e os animais domésticos. Este trabalho, resulta de uma pesquisa de campo, bibliográfica e digital. Como é evidente, não inclui todas as espécies vegetais e animais do concelho, mas somente aquelas que considerámos mais representativas.

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Flora e Fauna do Concelho de Celorico da Beira

O concelho de Celorico da Beira eacute uma regiatildeo essencialmente

montanhosa graniacutetica onde o Rio Mondego divide o municiacutepio em duas zonas

absolutamente distintas quer do ponto de vista geograacutefico quer climateacuterico a

da Serra (parte dela integrada no Parque Natural da Serra da Estrela) e a do

vale (de terrenos feacuterteis e clima mais ameno que abrange uma vasta aacuterea ao

longo do Rio Mondego) o que confere agrave flora e agrave fauna caracteriacutesticas bem

distintas

A flora eacute o conjunto de plantas (geralmente as verdes) de uma regiatildeo ou

de um paiacutes

A fauna eacute o conjunto dos animais de uma regiatildeo ou de um paiacutes que

engloba os animais selvagens e os animais domeacutesticos

Este trabalho resulta de uma pesquisa de campo bibliograacutefica e digital

Como eacute evidente natildeo inclui todas as espeacutecies vegetais e animais do concelho

mas somente aquelas que consideraacutemos mais representativas

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Flora do Concelho

A flora do concelho de Celorico da Beira eacute muito diversificada e partilha

algumas das espeacutecies com outras zonas do paiacutes

No que concerne ao estrato arboacutereo o que predomina eacute o Pinheiro

Bravo (Pinus pinaster) Vidoeiro (Beacutetula celtibeacuterica) Castanheiro (Castanea sativa) Carvalho Negral (Quercus pyrenaica) a Azinheira (Quercus ilex) o

Freixo (Fraxinus angustifolia) o Amieiro (Alnus glutinosa) o Sobreiro (Quercus suber) o Medronheiro (Arbutus unedo) a Oliveira (Olea europaea) o Choupo

(Populus spp) o Salgueiro (Salix sp) a Cerejeira (Prunus avium) o Marmeleiro

(Cydonia oblonga) a Macieira Brava (Malus sylvestris) a Ginjeira (Prunus cerasus) o Abrunheiro (Prunus spinosa) e a Nogueira (Juglans regia)

O Pinheiro Bravo (Pinus pinaster) eacute uma aacutervore

meacutedia que mede entre 20 a 35 metros Eacute originaacuterio do

Sudoeste da Europa e Norte de Aacutefrica Em Portugal era

primitivamente uma espeacutecie espontacircnea na faixa costeira

sobre solos arenosos a norte do Tejo actualmente devido agrave

acccedilatildeo do Homem estaacute presente por todo o Paiacutes Essecircncia

florestal com grande interesse econoacutemico foi plantada em

grande escala pois proporciona uma grande produccedilatildeo de

madeira e protege contra o vento A madeira resinosa

clara avermelhada com bastantes noacutes eacute duraacutevel pesada e

pouco flexiacutevel eacute utilizada no fabrico de mobiacutelias postes

caixotaria carpintaria entre outras

O Vidoeiro (Beacutetula celtibeacuterica) eacute originaacuterio da

Europa e tem uma aacuterea de ocupaccedilatildeo escassa em Portugal

continental Os vidoeiros satildeo aacutervores versaacuteteis A seiva a

casca as folhas a madeira os galhos e as raiacutezes satildeo usadas

para alimento materiais de construccedilatildeo tratamentos

medicinais entre outras aplicaccedilotildees

Pinheiro

Bravo

Vidoeiro

O Castanheiro (Castanea sativa) eacute uma aacutervore de

grande porte muito abundante no interior norte e centro

de Portugal No sul eacute rara apenas aparecendo em aacutereas

muito elevadas como a Serra de Satildeo Mamede (Marvatildeo) O

Castanheiro produz tambeacutem madeira de excelente

qualidade o castanho

Castanheiro

3

O Carvalho Negral (Quercus pyrenaica) eacute uma

espeacutecie espontacircnea no norte e centro Em muitas zonas

do paiacutes ainda eacute aproveitado para produccedilatildeo de lenha A

madeira com qualidades meacutedias eacute no entanto utilizada

em tanoaria marcenaria e em pavimentos (tacos

soalho) assim como na produccedilatildeo de carvatildeo

Carvalho Negral

A Azinheira (Quercus ilex) pode atingir os 10m eacute

nativa da regiatildeo mediterracircnea da Europa e Norte de

Aacutefrica A sua madeira eacute dura e resistente agrave putrefacccedilatildeo

sendo amplamente utilizada desde a antiguidade ateacute aos

dias actuais na construccedilatildeo (vigas e pilares) na fabricaccedilatildeo

de ferramentas embarcaccedilotildees e barris para envelhecimento

de vinhos Ainda hoje a sua madeira tambeacutem eacute utilizada

como lenha e na fabricaccedilatildeo de carvatildeo que continua a ser

uma importante fonte de combustiacutevel domeacutestico em muitas

regiotildees ibeacutericas Os seus frutos (bolotas) tecircm propriedades

desinfectantes e quando fervidos satildeo usados no tratamento

de pequenas infecccedilotildees

Azinheira

O Freixo (Fraxinus angustifolia) tem um porte meacutedio

que pode atingir os 35 m de altura Eacute originaacuterio do oeste

mediterracircneo (Europa e Norte de Aacutefrica) Eacute espontacircneo em

todo o territoacuterio nacional margens de rios e outros siacutetios

frescos Fornece uma madeira clara resistente e elaacutestica

com boas caracteriacutesticas para a marcenaria e interiores

igualmente usada em cabos de ferramenta As suas folhas

podem servir de forragem

Freixo

O Amieiro (Alnus glutinosa) tem um porte mediano e

pode atingir os 30 m eacute originaacuterio da Europa oeste da Aacutesia e

Norte de Aacutefrica e espontacircneo em Portugal Produz madeira

de cor clara e homogeacutenea que sob a acccedilatildeo do ar apoacutes o

corte pode tender para o vermelho Muito apreciado no

fabrico de pequenas peccedilas brinquedos construccedilatildeo naval

entre outras

Amieiro

4

O Sobreiro (Quercus suber) tem porte mediano

podendo atingir os 20 m eacute originaacuterio do oeste da regiatildeo

mediterracircnica (Portugal Espanha Franccedila Itaacutelia Argeacutelia e

Marrocos) Eacute comum em todo o paiacutes com grande frequecircncia

a sul do Tejo e esporaacutedica no norte Muito importante pelo

valor comercial da corticcedila Oferece uma boa protecccedilatildeo de

solos e eacute um precioso aliado na luta contra os incecircndios

devido aacute sua fraca cobertura sub-arbustiva

Sobreiro

O Medronho (Arbutus unedo) tem um porte pequeno

que varia entre os 5 e 10 m de altura excepcionalmente

atinge os 15 m Eacute uma espeacutecie mediterracircneo-atlacircntica que se

encontra no sudoeste do continente indo da Irlanda

Bretanha regiotildees tipicamente de clima atlacircntico agrave costa

mediterracircnica Em Portugal eacute espontacircnea em quase todo o

territoacuterio embora com maior frequecircncia a sul do Tejo

Ornamental devido agraves flores e frutos muito vistosos que

sobressaem das folhas verde-escuro Os frutos comestiacuteveis

servem para produzir a perfumada aguardente do

Medronho

Medronheiro

A Oliveira (Olea europaea) eacute uma aacutervore baixa

nativa da parte oriental e do Mar Mediterracircneo Distribui-

se praticamente por todo o Portugal Dos seus frutos as

azeitonas o homem extrai o azeite

Oliveira

O Choupo (Populus spp) eacute caracteriacutestico das florestas

boreais mas encontra-se em regiotildees mais temperadas Em

Portugal eacute apenas uma mera aacutervore ornamental Jaacute em

Espanha sobretudo em Castilla e Leoacuten a madeira dos

choupos eacute das mais apreciadas para o fabrico de moacuteveis e a

produccedilatildeo eacute metodicamente utilizada quer para o consumo

interno quer para a exportaccedilatildeo Os Choupos satildeo aacutervores que

podem atingir os 35 m de altura

Choupo

5

O Salgueiro (Salix sp) eacute o nome comum das plantas

do geacutenero Salix com perto de 400 espeacutecies distribuiacutedas em

climas temperados e frios A partir dos seus ramos

preparam-se os vimes que foram tatildeo importantes na

cestaria e na produccedilatildeo de mobiliaacuterio artesanal A casca do

tronco pode ser usada na produccedilatildeo de aspirina

A Cerejeira (Prunus avium) pode atingir 0s 20 ou 25

metros de altura Em Portugal localiza-se no Norte e nas

Montanhas da Beira Interior Eacute muito procurada pela sua

madeira que eacute bastante dura forte flexiacutevel e elaacutestica com

aptidatildeo para o uso em mobiliaacuterio marchetaria torneados

instrumentos musicais folheados (de alto valor) etc

Cerejeira

Salgueiro

O Marmeleiro (Cydonia oblonga) eacute uma pequena

aacutervore de porte meacutedio (3 a 6 m) cujo fruto eacute o marmelo Eacute

originaacuterio das regiotildees mais amenas da Aacutesia Menor e

Sudeste da Europa Em Portugal o seu fruto eacute consumido

cozido geralmente fazendo-se marmelada Tambeacutem se

consome assado As sementes podem ser utilizadas como

antidiarreico Do marmeleiro tambeacutem se extrai a vara do

marmelo instrumento de puniccedilatildeo bastante usado no

passado e ainda em uso em algumas localidades

Marmeleiro

A Macieira Brava (Malus sylvestris) eacute uma espeacutecie

nativa da Europa que se estende desde o extremo sul de

Espanha Itaacutelia e Greacutecia ao norte (Escandinaacutevia e Ruacutessia)

A sua altura pode ir desde os 5 m ateacute aos 25 m A madeira

da macieira tem sido extensivamente usada na induacutestria

da talha e em tornearia Dela se fazem tambeacutem pranchas

cabos de ferramentas e uma variedade de artigos

decorativos

Macieira Brava

A Ginjeira (Prunus cerasus) ou cereja aacutecida eacute

nativa de grande parte da Europa e do sudoeste asiaacutetico

Alcanccedila entre 4 a 10 m de altura A cor do fruto varia

entre o vermelho e o preto desenvolvendo-se em ramos

mais curtos Algumas variedades satildeo utilizadas na

produccedilatildeo de Kriek um tipo de cerveja oriunda da Beacutelgica

Ginjeira

6

No estrato arbustivo o que mais se destaca eacute o Alecrim (Rosmarinus

officinalis) o Rosmaninho (Lavandula stoechas) o Junco (Ulex gallii) o Feto-

dos-montes (Pteridium aquilinum) o Tojo (Ulex minor) o Espinheiro (Crataegus monogyna) a Urze (Erica sp) o Carrasco (Quercus coccifera) o Sanguinho-de-

aacutegua (Frangula alnus) a Giesta negral (Cytisus striatus) a Giesta de cor branca

(Cytisus multiflorus) o Sabugueiro (Sambucus nigra) e a Silva (Rubus sp)

O Abrunheiro (Prunus spinosa) eacute muito frequente em

matas e silvados ou na berma dos caminhos onde luta com

bastante sucesso pela sua sobrevivecircncia Eacute uma pequena

aacutervore que pode crescer ateacute 5 m de altura O seu fruto eacute o

abrunho propicio para as conservas mas azedo para comer

Abrunheiro

A Nogueira (Juglans regia) pode medir ateacute 25 m eacute

nativa da Europa e da Aacutesia cuja madeira eacute de oacuteptima

qualidade eacute de uma dureza comparaacutevel agrave do Carvalho mas

faacutecil de trabalhar eacute usada sobretudo no fabrico de moacuteveis e

no revestimento interno das habitaccedilotildees sendo tambeacutem

muito requisitada para trabalhos de talha e para culatras

de armas de fogo As suas sementes as nozes de sabor

agradaacutevel e ricas em oacuteleo consomem-se directamente ou satildeo

espremidas para obter o oacuteleo de nozes que se utiliza como

oacuteleo alimentar como combustiacutevel ou como base de

determinadas pinturas

Nogueira

O Alecrim (Rosmarinus officinalis) eacute um arbusto

comum na regiatildeo do mediterracircneo ocorrendo dos zero aos

1500m de altitude vegeta preferencialmente nos solos de

origem calcaacuteria Fresco (preferencialmente) ou seco eacute

apreciado na preparaccedilatildeo de aves caccedila carne de porco

salsichas linguiccedilas e batatas assadas Pode ser utilizado

ainda em sopas e molhos

Alecrim

7

O Rosmaninho (Lavandula stoechas) eacute tiacutepico da

regiatildeo mediterracircnica e habita em abundacircncia nas matas

do paiacutes Eacute estimulante antiespasmoacutedico e toacutenico fabricando-

se das suas flores uma infusatildeo que eacute aconselhada para a

asma huacutemida e catarros croacutenicos Eacute tambeacutem usado para

problemas de sauacutede como a falta de repouso dificuldades

no sono e desequiliacutebrios funcionais do abdoacutemen superior

(irritaccedilatildeo no estocircmago de origem nervosa sindroma de

Rhoem ndash Held meteorismos desordens intestinais de

origem nervosa) Externamente para tratamento de

problemas funcionais da circulaccedilatildeo

Rosmaninho

O Junco (Ulex gallii) eacute um arbusto perene nativo do

sul da Escoacutecia Inglaterra Irlanda Paiacutes de Gales Franccedila e

noroeste de Espanha Eacute encontrado geralmente nas regiotildees

quentes com solos aacutecidos e frequentemente em ambientes

mariacutetimos e de montanhas Cresce ateacute 90 cm de altura e a

flor eacute amarela

Junco

O Tojo (Ulex minor) eacute tiacutepico da flora atlacircntica da

Peniacutensula Ibeacuterica e de toda a Europa temperada Eacute um

arbusto de crescimento baixo cresce cerca de 30 cm de

altura O seu fruto eacute a vagem

Tojo

O Espinheiro (Crataegus monogyna) eacute uma espeacutecie

de arbusto que pode alcanccedilar os 10 m de altura eacute nativo

da Europa noroeste da Aacutefrica e oeste da Aacutesia Eacute utilizado

na fototerapia que eacute de grande interesse para o

tratamento da insuficiecircncia cardiacuteaca atraveacutes da

medicina baseada em evidecircncias Os seus frutos (drupa)

satildeo geralmente comestiacuteveis e usados em doces geleias

xaropes usados tambeacutem para fazer vinho e dar sabor agrave

aguardente

Espinheiro

8

A Urze (Erica sp) eacute espontacircnea em terrenos pobres

em cal e tem flores com cores diversas As espeacutecies

existentes em Portugal satildeo muito comuns e encontram-se

em todo o paiacutes Eacute um arbusto rasteiro que pode atingir 1 m

de altura Serve de repasto agraves abelhas de onde extraem um

delicioso mel e das suas raiacutezes fabricam-se belos

cachimbos Como planta medicinal satildeo utilizadas as folhas

em infusatildeo no tratamento de caacutelculos renais no combate

agraves insoacutenias e no aliacutevio do reumatismo e da artrite

Urze

O Carrasco (Quercus coccifera) eacute um arbusto que soacute

excepcionalmente atinge porte arboacutereo Originaacuterio do sul da

Europa eacute espontacircneo em toda a regiatildeo mediterracircnica Em

Portugal eacute comum no centro e no sul A madeira eacute

semelhante agrave da Azinheira natildeo tem praticamente nenhum

aproveitamento no entanto as raiacutezes mais grossas podem

ser usadas para a produccedilatildeo de carvatildeo e eventualmente

para lenha

Carrasco

O Sanguinho-de-aacutegua (Frangula alnus) eacute um arbusto que

atinge ateacute 5m de altura surge em margens de cursos de

aacutegua barrancos e carvalhais um pouco por todo o paiacutes agrave

excepccedilatildeo do interior sul Os seus frutos satildeo utilizados em

tinturaria

Sanguinho-de-aacutegua

A Giesta negral (Cytisus striatus) eacute um arbusto de 1 a 3

m de altura O fruto eacute uma vagem completamente coberta de

pecirclos acinzentados e arredondada Eacute nativa de Portugal Os

ramos satildeo tradicionalmente utilizados para a manufactura

de vassouras

Giesta Amarela

A Giesta de cor branca (Cytisus multiflorus) eacute

uma espeacutecie de leguminosa que eacute nativa da Peniacutensula

Ibeacuterica e que foi introduzida noutros continentes Eacute um

arbusto que cresce ateacute 3 ou 4 m alastrando em altura A

flor eacute branca e sai de uma ervilha ateacute 1 cm de

comprimento e geralmente tem uma faixa escura cor-

de-rosa perto da base O fruto eacute uma vagem que pode ter

ateacute 3 cm de comprimento

Giesta Branca

9

No estrato herbaacuteceo evidencia-se a Tripa de ovelha (Andryala

integrifolia) a Dedaleira amarela (Digitalis thapsi) o Saramago (Raphanus raphanistrum or sativus) a Calcitrapa (Centranthus calcitrapae) a Margarida

amarela (Chrysanthemum coronarium) o Cardo (Cirsium sp) o Chupa-mel

(Echium plantagineum) a Erva-de-satildeo-roberto (Geranium robertianum) a

Leituga (Leontodom taraxacoides) a Tremocilha (Lupinus angustifolius) a

Malva (Malva sp) os Assobios (Silene latifolia) a Papoila (Papaver rhoeas) a

Erva-vaqueira (Calendula arvensis) a Armeacuteria (Armeria beirana) a Soagem

(Echium vulgare) a Tasneirinha (Senecio vulgaris) a Erva-das-cortadelas

(Achillea millefolium) os Pezinhos do Menino Jesus (Briza maacutexima) e a Bela-

Luz (Thymus mastichina L)

O Sabugueiro (Sambucus nigra) eacute nativo da

Europa e do Norte de Aacutefrica e disseminou-se facilmente

pelo mundo todo Eacute um arbusto espontacircneo de 2 a 4 m as

flores satildeo pequenas e muito brancas e exalam um

perfume agradaacutevel As suas bagas depois de apanhadas

e secas satildeo exportadas a fim de serem transformadas e

servirem de corantes para as pastelarias bem como para

produtos farmacecircuticos O fruto tambeacutem se utiliza como

aditivo ao vinho para lhe dar sabor e cor Eacute usado por

quem tem movimentos involuntaacuterios de origem nervosa

Sabugueiro

A Silva (Rubus sp) eacute nativa da Europa e da

regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia Habita terrenos

incultos matos matagais e ruderais Floresce entre

Maio e Agosto Eacute conhecida pelos seus espinhos e surge

espontaneamente conquistando grandes quantidades de

terreno

Silva

A Tripa de Ovelha (Andryala integrifolia) pertence

agrave famiacutelia das Asteraceas habita em matos matagais

terrenos cultivados e incultos e floresce entre Junho e

Agosto

Tripa de Ovelha

10

A Dedaleira amarela (Digitalis thapsi) eacute

considerada um endemismo ibeacuterico Em Portugal eacute

possiacutevel encontra-la no Alto-Alentejo Beiras (Alta e

Baixa) Traacutes-os-Montes e Minho geralmente em terrenos

secos e rochosos e frequentemente nas fendas das rochas

graniacuteticas Eacute usada em fitoterapia como cardiotoacutenico

mas com o uso destas plantas todo o cuidado eacute pouco satildeo

toacutexicas Floresce entre Maio e Agosto

Dedaleira Amarela

O Saramago (Raphanus raphanistrum or sativus)

pertence aacute famiacutelia das cruciacuteferas habita em searas

campos cultivados pousios incultos e entulhos e floresce

entre Abril e Novembro

Saramago

A Calcitrapa (Centranthus calcitrapae) eacute uma

herbaacutecea relativamente baixa podendo atingir os 60 cm

de altura que se distribui pelo sul da Europa e Regiatildeo

Mediterracircnica ocorrendo sobretudo em terrenos incultos

e pouco huacutemidos Em Portugal encontra-se distribuiacuteda por

quase todo o territoacuterio do continente Floresce de Marccedilo a

Julho ou Agosto

Calcitrapa

A Margarida amarela (Chrysanthemum coronarium)

eacute uma composta nativa da regiatildeo mediterracircnica do centro

e sul de Portugal habita em terrenos cultivados e ruderais e

floresce entre Abril e Agosto

Margarida amarela

O Cardo (Cirsium sp) eacute nativo da Eurasia e Norte de

Aacutefrica floresce entre Abril e Agosto e habita terrenos

incultos Eacute usado como alimento para as larvas e alguns

lepidopteros

Cardo

11

~

O Chupa-mel (Echium plantagineum) eacute nativo da Europa

Ocidental (da Inglaterra ao sul da Peniacutensula Ibeacuterica) leste

da Crimeacutelia norte de Aacutefrica e sudeste da Aacutesia habita em

zonas perturbadas baldios e ruderais Floresce entre

Marccedilo e Julho

Chupa-mel

A Erva de Satildeo Roberto (Geranium robertianum) eacute

espontacircnea em jardins matos e caminhos Eacute nativa da

Europa e floresce entre Marccedilo e Julho Eacute usada no

tratamento do cancro e para tratar feridas cutacircneas

Erva de Satildeo Roberto

A Leituga (Leontodom taraxacoides) eacute nativa da

Europa e Norte de Aacutefrica habita em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

A Tremocilha (Lupinus angustifolius) eacute

originaacuteria da regiatildeo mediterracircnica foi introduzida

como cultivo no resto da Europa Austraacutelia

Tasmacircnia Nova Zelacircndia Aacutefrica do Sul e Estados

Unidos da Ameacuterica Podemos encontraacute-la em

terrenos cultivados incultos e ruderais e floresce

entre Marccedilo e Maio

Tremocilha

A Malva (Malva sp) encontra-se na Europa no

sudoeste de Aacutesia na regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia

Podemos encontra-la em terrenos incultos e ruderais e

floresce entre Abril e Setembro

Malva

Leituga

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Os Assobios (Silene latifolia) satildeo herbaacuteceas que

atingem entre os 40 cm e 80 cm de altura Satildeo

nativos da Ameacuterica do Norte e encontram-se quase

em toda a Europa Encontramo-los em matos zonas

ruderais e rupicolas Florescem entre Abril e Agosto

Assobios

A Papoila (Papaver rhoeas) pode-se encontrar

em quase toda a Europa em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

Papoila

A Erva-vaqueira (Calendula arvensis) eacute nativa

da Europa podendo tambeacutem ser encontrada no Norte de

Aacutefrica Geralmente natildeo atinge mais de 15 m de altura

Podemos encontraacute-la em terrenos cultivados incultos e

ruderais Floresce entre Dezembro e Maio

Erva-vaqueira

A Armeacuteria (Armeria beirana) eacute nativa da

Peniacutensula Ibeacuterica pode ser encontrada em matagais e

floresce entre Maio e Agosto

Armeria

A Soagem (Echium vulgare) eacute nativa da Europa

Aacutesia Central tambeacutem eacute comum na Ameacuterica do Norte

Cresce entre 30 e 80 cm Floresce entre Maio e Setembro

Soagem

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A Tasneirinha (Senecio vulgaris) distribui-se

por toda a Europa Podemos encontraacute-la em terrenos

incultos cultivados e matagais Floresce durante

quase todo o ano

Tasneirinha

A Erva-das-cortadelas (Achillea millefolium) eacute

nativa da Europa e rara na regiatildeo mediterracircnica

Encontra-se em zonas ruderais Floresce entre Maio e

Agosto

Erva-das-cortadelas

Os Pezinhos do menino Jesus (Briza maxima) satildeo

nativos do Norte de Aacutefrica dos Accedilores Aacutesia Ocidental e Sul

da Europa Habitam em terrenos incultos matagais e matos

e florescem entre Abril e Junho Crescem ateacute 60 cm

Pezinhos do Menino Jesus

A Bela-luz (Thymus mastichina L) distribui-se pela

Peniacutensula Ibeacuterica encontra-se em zonas rupicolas terrenos

incultos matos matagais e zonas ruderais Floresce entre

Marccedilo e Agosto Eacute uma planta aromaacutetica endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica

Bela-Luz

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Fauna do Concelho

A grande diversidade de habitats a pouca perturbaccedilatildeo e a integraccedilatildeo

do homem no ambiente tornam Celorico da Beira uma aacuterea de elevada

importacircncia fauniacutestica quer pela grande diversidade bioloacutegica quer pela

existecircncia de inuacutemeras espeacutecies ameaccediladas

Das espeacutecies existentes destacam-se o Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) a

Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus eacute a mais ameaccedilada) o Javali (Sus scrofa)

o Coelho-bravo (Oryctolagus cunniculus) a Lebre (Lepus granatensis) a Raposa

(Vulpes vulpes L) o Texugo (Meles meles) a Fuinha (Martes foina) a Lontra

(Lutra lutra) e o Gato-Bravo (Felis silvestris)

O Coelho bravo (Oryctolagus cunniculus) eacute um

animal presente em todo o paiacutes Eacute uacutetil agraves pessoas pela sua

carne usada como alimento e pela pele usada para

confeccionar vestuaacuterio

O Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) eacute o

maior insectiacutevoro da nossa fauna com um

comprimento de corpo entre 18 e 20 cm e cerca de 1 kg

de peso maacuteximo Eacute um animal solitaacuterio e territorial de

haacutebitos essencialmente nocturnos podendo ser

observado nas ultimas horas do dia e ao amanhecer

Ouriccedilo-cacheiro

A Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus) eacute um

mamiacutefero que pode ser encontrado nos Pireneacuteus e na

Peniacutensula Ibeacuterica Tem pecirclo castanho-escuro e negro e

tem cerca de 12cm de comprimento Eacute uma espeacutecie

semi-aquaacutetica que vive em rios e ribeiros construindo

os abrigos nas suas margens

Toupeira-drsquoaacutegua

O Javali (Sus scrofa) eacute um mamiacutefero de porte

meacutedio e corpo robusto Eacute a mais conhecida e a principal

das espeacutecies de porcos selvagens Tem uma ampla

distribuiccedilatildeo geograacutefica sendo nativo da Europa Aacutesia e

Norte de Aacutefrica Eacute o antepassado a partir do qual

evoluiu o actual porco domeacutestico

Javali

Coelho Bravo

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A Lebre (Lepus granatensis) eacute uma espeacutecie

cinegeacutetica bastante procurada pelos caccediladores O

nuacutemero de efectivos varia de ano para ano o que

poderaacute ser explicado pela actividade cinegeacutetica

Lebre

A Raposa (Vulpes vulpes L) estaacute amplamente

distribuiacuteda pela Aacutefrica Euraacutesia e Ameacuterica do

Norte Natildeo satildeo territorialistas vivem em lugares

onde existe comida em abundacircncia

Raposa

O Texugo (Meles meles) eacute um mamiacutefero da

maior parte da Europa e de muitas aacutereas da Aacutesia

Pode habitar em aacutereas muito diferentes Os texugos

satildeo mais abundantes em zonas com algum relevo e

heterogeacuteneas do ponto de vista paisagiacutestico com

grande variedade de bioacutetopos que lhes

proporcionam uma maior disponibilidade de

recursos e abrigos

Texugo

A Fuinha (Martes foina) eacute um mamiacutefero de

pequeno porte pertencente ao grupo das martas

Habita em toda a Europa Continental excepto

Escandinaacutevia e algumas ilhas do Mediterracircneo

Em Portugal eacute comum em todo o territoacuterio embora

a sua populaccedilatildeo seja desconhecida A fuinha

adapta-se bem agrave presenccedila humana e pode ser

comum em vilas ou mesmo cidades

Fuinha

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Dentro das aves as que mais se observam satildeo a Andorinha das Barreiras

(Riparia riparia) a Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) o Papa-figos (Oriolus oriolus) a Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) o Bico de lacre (Estrilda astrild) o Guarda - rios (Alcedo atthis) o Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) o

Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) o Papa-amoras-comum (Sylvia communis) o

Tartaranhatildeo - caccedilador (Cyrcus pygargus) o Trigueiratildeo (Emberiza calandra) a

Cotovia Montesina (Galerida theklae) o Torcicolo (Jyns torquila) a Pecircga ndash azul

(Cyanopica cyanus) o Cuco rabilongo (Clamator glandarius) o Pisco-de-peito-

ruivo (Erithacus rubecula) a Sombria (Emberiza hortulana) o Melro-das-

rochas (Monticola saxatilis) o Andorinhatildeo paacutelido (Apus pallidus) a Oacutegea

(Falco subbuteo) o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) a Poupa (Upupa epops) a Andorinha ndash das ndash rochas (Ptyonoprogne rupestris) a Aacutelveola ndash

branca (Motacilla alba) o Rabirruivo ndash preto (Phoenicurus ochruros) a Fuinha

dos Juncos (Cisticola Juncidis) o Chapim Carvoeiro (Parus ater) o Picanccedilo ndash

real (Lanius meridionalis) a Pega ndash rabuda (Pica pica) a Rola ndash brava

(Streptopelia turtur) o Estorninho malhado (Sturnus vulgaris) o Pombo ndash

bravo (Columba oenas) o Tordo ndash zornal (Turdus pilaris) o Rouxinol comum

(Luscinia megarhyncus) o Abelharuco (Merops apiaster) o Pardal-francecircs

(Petronia petronia) Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) o Pintarroxo

(Carduelis cannabina) o Milhafre-preto (Milvus migrans) a Aacuteguia-calccedilada

(Hieraaetus pennatus) o Andorinhatildeo-preto (Apus apus) a Gralha-preta

(Corvus corone) o Estorninho-preto (Sturnus unicolor) a Escrevedora-de-

garganta-preta (Emberiza cirlus) o Milhafre-real (Milvus milvus)

A Lontra (Lutra lutra) apresenta uma

distribuiccedilatildeo extremamente vasta Portugal eacute quase

isolado na distribuiccedilatildeo e abundacircncia da Lontra

uma vez que apresenta uma populaccedilatildeo distribuiacuteda

regularmente pelo territoacuterio e numa situaccedilatildeo de

relativa abundacircncia sendo das poucas populaccedilotildees

viaacuteveis ainda existentes

Lontra

O Gato Bravo (Felis silvestris) eacute um pequeno

felino natural da Europa Aacutefrica e Aacutesia Habita

preferencialmente bosques fechados mas tambeacutem

ocorre em matagais mediterracircneos e florestas de

coniacuteferas Durante o dia podem refugiar-se em

buracos de aacutervores fendas nas rochas e tocas

abandonadas de outros animais

Gato Bravo

17

A Andorinha das barreiras (Riparia riparia)

eacute uma espeacutecie estival que pode ser observada entre a

Primavera e o Veratildeo sobretudo em Marccedilo e

Setembro (por vezes a partir de finais de Fevereiro)

Tem uma distribuiccedilatildeo muito fragmentada

normalmente avista-se em taludes ou barreiras de

terra geralmente nas vaacuterzeas e terras baixas do

litoral ou junto a linhas de aacutegua

Andorinha das Barreiras

A Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) eacute

uma espeacutecie estival observando-se sobretudo de

meados de Fevereiro a meados de Setembro Eacute

bastante comum na metade litoral distribui-se de

norte a sul do paiacutes sendo mais comum nas terras

baixas com galerias ripiacutecolas bem desenvolvidas

Felosa Ibeacuterica

O Papa-figos (Oriolus oriolus) distribui-se de

norte a sul e pode ser considerado comum na metade

interior do territoacuterio e pouco comum na metade

ocidental Eacute um visitante estival que chega bastante

tarde ao nosso paiacutes a maioria dos machos faz-se

ouvir a partir de finais de Abril ou inicio de Maio e

canta ateacute ao princiacutepio de Julho Parte para Aacutefrica

em Agosto sendo jaacute raro a partir de Setembro

Papa-Figos

A Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) eacute

uma presenccedila caracteriacutestica das ribeiras de curso

raacutepido e distribui-se por todo o territoacuterio Frequenta

zonas de aacutegua liacutempida e corrente como ribeiros de

montanha pequenos diques ou represas Por vezes

tambeacutem frequenta canais de rega Reside no norte e

centro e eacute invernante em certas zonas do sul

Alveacuteola-Cinzenta

18

O Bico de Lacre (Estrilda astrild) eacute uma

espeacutecie originaacuteria de Aacutefrica foi introduzido na

Lagoa de Oacutebidos em 1968 e expandiu-se rapidamente

pelo territoacuterio nacional sendo hoje uma espeacutecie

relativamente comum Pode ser visto em Portugal

durante todo o ano e nas zonas onde ocorre natildeo eacute

raro encontrar bandos que podem juntar desde

meia duacutezia ateacute algumas dezenas de indiviacuteduos

Bico de Lacre

O Guarda ndash rios (Alcedo atthis) ocorre em

Portugal durante todo o ano mas a sua abundacircncia

varia fortemente de umas regiotildees para as outras Eacute

claramente mais comum no litoral que no interior e

claramente mais comum em planiacutecie que em

montanha sendo raro acima dos 1000m Pode ser

visto desde Agosto ateacute Abril

Guarda - rios

O Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) eacute pouco

comum em Portugal Distribui-se principalmente

pelas terras do norte e do centro podendo ser visto

na maioria das Serras Portuguesas Eacute uma espeacutecie

residente que pode ser observada nos locais de

reproduccedilatildeo durante todo o ano

Melro ndash d lsquoaacutegua

O Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) eacute uma

espeacutecie bastante comum como aliaacutes se constata a

partir do momento em que se conhece o seu canto

Ocorre sobretudo em zonas de vegetaccedilatildeo densa

sobretudo perto de aacutegua Embora se distribua de

norte a sul do paiacutes eacute claramente mais comum no

sul e no litoral tornando-se mais escasso no norte e

no interior Podemos ouvir o seu canto durante

todo o ano

Rouxinol - bravo

19

O Papa-amoras-comum (Sylvia communis) ocorre quase exclusivamente na metade norte do

territoacuterio sendo mais certo observaacute-lo nessa regiatildeo

entre Abril e Setembro No final do Veratildeo e

princiacutepio do Outono esta espeacutecie pode ser

encontrada em locais distintos das zonas de

nidificaccedilatildeo pois satildeo aves de migraccedilatildeo

Papa-amoras-comum

O Tartaranhatildeo-caccedilador (Cyrcus pygargus) eacute

pouco abundante podendo ser localmente comum em

certas zonas do Alentejo Sendo um nidificante

estival estaacute presente no paiacutes a partir de meados de

Marccedilo ateacute Setembro Estaacute ausente durante o periacuteodo

de inverno

Tartaranhatildeo-caccedilador

O Trigueiratildeo (Emberiza calandra) eacute uma

ave castanha que pousa frequentemente em postes e

fios telefoacutenicos deixando-se observar muito bem Eacute

comum em todo o territoacuterio nacional excepto no norte

e centro onde eacute relativamente escasso A norte do Tejo

eacute um pouco menos numeroso mas ainda assim pode ser

considerado comum na maior parte da Beira Baixa

nos planaltos da Beira Alta e em grande parte de Traacutes-

os-Montes Estaacute presente em Portugal durante todo o

ano no entanto eacute na primavera que a sua abundacircncia

se torna mais visiacutevel

Trigueiratildeo

A Cotovia Montesina (Galerida theklae) eacute

bastante comum mas a sua abundacircncia passa muitas

vezes despercebida devido agraves dificuldades de

identificaccedilatildeo Eacute particularmente comum na metade

interior do territoacuterio onde o habitat lhe eacute mais

favoraacutevel e por vezes podem ser vistos pequenos

bandos desta espeacutecie Esta cotovia eacute residente e

observa-se em Portugal durante todo o ano

Cotovia Montesina

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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2

Flora do Concelho

A flora do concelho de Celorico da Beira eacute muito diversificada e partilha

algumas das espeacutecies com outras zonas do paiacutes

No que concerne ao estrato arboacutereo o que predomina eacute o Pinheiro

Bravo (Pinus pinaster) Vidoeiro (Beacutetula celtibeacuterica) Castanheiro (Castanea sativa) Carvalho Negral (Quercus pyrenaica) a Azinheira (Quercus ilex) o

Freixo (Fraxinus angustifolia) o Amieiro (Alnus glutinosa) o Sobreiro (Quercus suber) o Medronheiro (Arbutus unedo) a Oliveira (Olea europaea) o Choupo

(Populus spp) o Salgueiro (Salix sp) a Cerejeira (Prunus avium) o Marmeleiro

(Cydonia oblonga) a Macieira Brava (Malus sylvestris) a Ginjeira (Prunus cerasus) o Abrunheiro (Prunus spinosa) e a Nogueira (Juglans regia)

O Pinheiro Bravo (Pinus pinaster) eacute uma aacutervore

meacutedia que mede entre 20 a 35 metros Eacute originaacuterio do

Sudoeste da Europa e Norte de Aacutefrica Em Portugal era

primitivamente uma espeacutecie espontacircnea na faixa costeira

sobre solos arenosos a norte do Tejo actualmente devido agrave

acccedilatildeo do Homem estaacute presente por todo o Paiacutes Essecircncia

florestal com grande interesse econoacutemico foi plantada em

grande escala pois proporciona uma grande produccedilatildeo de

madeira e protege contra o vento A madeira resinosa

clara avermelhada com bastantes noacutes eacute duraacutevel pesada e

pouco flexiacutevel eacute utilizada no fabrico de mobiacutelias postes

caixotaria carpintaria entre outras

O Vidoeiro (Beacutetula celtibeacuterica) eacute originaacuterio da

Europa e tem uma aacuterea de ocupaccedilatildeo escassa em Portugal

continental Os vidoeiros satildeo aacutervores versaacuteteis A seiva a

casca as folhas a madeira os galhos e as raiacutezes satildeo usadas

para alimento materiais de construccedilatildeo tratamentos

medicinais entre outras aplicaccedilotildees

Pinheiro

Bravo

Vidoeiro

O Castanheiro (Castanea sativa) eacute uma aacutervore de

grande porte muito abundante no interior norte e centro

de Portugal No sul eacute rara apenas aparecendo em aacutereas

muito elevadas como a Serra de Satildeo Mamede (Marvatildeo) O

Castanheiro produz tambeacutem madeira de excelente

qualidade o castanho

Castanheiro

3

O Carvalho Negral (Quercus pyrenaica) eacute uma

espeacutecie espontacircnea no norte e centro Em muitas zonas

do paiacutes ainda eacute aproveitado para produccedilatildeo de lenha A

madeira com qualidades meacutedias eacute no entanto utilizada

em tanoaria marcenaria e em pavimentos (tacos

soalho) assim como na produccedilatildeo de carvatildeo

Carvalho Negral

A Azinheira (Quercus ilex) pode atingir os 10m eacute

nativa da regiatildeo mediterracircnea da Europa e Norte de

Aacutefrica A sua madeira eacute dura e resistente agrave putrefacccedilatildeo

sendo amplamente utilizada desde a antiguidade ateacute aos

dias actuais na construccedilatildeo (vigas e pilares) na fabricaccedilatildeo

de ferramentas embarcaccedilotildees e barris para envelhecimento

de vinhos Ainda hoje a sua madeira tambeacutem eacute utilizada

como lenha e na fabricaccedilatildeo de carvatildeo que continua a ser

uma importante fonte de combustiacutevel domeacutestico em muitas

regiotildees ibeacutericas Os seus frutos (bolotas) tecircm propriedades

desinfectantes e quando fervidos satildeo usados no tratamento

de pequenas infecccedilotildees

Azinheira

O Freixo (Fraxinus angustifolia) tem um porte meacutedio

que pode atingir os 35 m de altura Eacute originaacuterio do oeste

mediterracircneo (Europa e Norte de Aacutefrica) Eacute espontacircneo em

todo o territoacuterio nacional margens de rios e outros siacutetios

frescos Fornece uma madeira clara resistente e elaacutestica

com boas caracteriacutesticas para a marcenaria e interiores

igualmente usada em cabos de ferramenta As suas folhas

podem servir de forragem

Freixo

O Amieiro (Alnus glutinosa) tem um porte mediano e

pode atingir os 30 m eacute originaacuterio da Europa oeste da Aacutesia e

Norte de Aacutefrica e espontacircneo em Portugal Produz madeira

de cor clara e homogeacutenea que sob a acccedilatildeo do ar apoacutes o

corte pode tender para o vermelho Muito apreciado no

fabrico de pequenas peccedilas brinquedos construccedilatildeo naval

entre outras

Amieiro

4

O Sobreiro (Quercus suber) tem porte mediano

podendo atingir os 20 m eacute originaacuterio do oeste da regiatildeo

mediterracircnica (Portugal Espanha Franccedila Itaacutelia Argeacutelia e

Marrocos) Eacute comum em todo o paiacutes com grande frequecircncia

a sul do Tejo e esporaacutedica no norte Muito importante pelo

valor comercial da corticcedila Oferece uma boa protecccedilatildeo de

solos e eacute um precioso aliado na luta contra os incecircndios

devido aacute sua fraca cobertura sub-arbustiva

Sobreiro

O Medronho (Arbutus unedo) tem um porte pequeno

que varia entre os 5 e 10 m de altura excepcionalmente

atinge os 15 m Eacute uma espeacutecie mediterracircneo-atlacircntica que se

encontra no sudoeste do continente indo da Irlanda

Bretanha regiotildees tipicamente de clima atlacircntico agrave costa

mediterracircnica Em Portugal eacute espontacircnea em quase todo o

territoacuterio embora com maior frequecircncia a sul do Tejo

Ornamental devido agraves flores e frutos muito vistosos que

sobressaem das folhas verde-escuro Os frutos comestiacuteveis

servem para produzir a perfumada aguardente do

Medronho

Medronheiro

A Oliveira (Olea europaea) eacute uma aacutervore baixa

nativa da parte oriental e do Mar Mediterracircneo Distribui-

se praticamente por todo o Portugal Dos seus frutos as

azeitonas o homem extrai o azeite

Oliveira

O Choupo (Populus spp) eacute caracteriacutestico das florestas

boreais mas encontra-se em regiotildees mais temperadas Em

Portugal eacute apenas uma mera aacutervore ornamental Jaacute em

Espanha sobretudo em Castilla e Leoacuten a madeira dos

choupos eacute das mais apreciadas para o fabrico de moacuteveis e a

produccedilatildeo eacute metodicamente utilizada quer para o consumo

interno quer para a exportaccedilatildeo Os Choupos satildeo aacutervores que

podem atingir os 35 m de altura

Choupo

5

O Salgueiro (Salix sp) eacute o nome comum das plantas

do geacutenero Salix com perto de 400 espeacutecies distribuiacutedas em

climas temperados e frios A partir dos seus ramos

preparam-se os vimes que foram tatildeo importantes na

cestaria e na produccedilatildeo de mobiliaacuterio artesanal A casca do

tronco pode ser usada na produccedilatildeo de aspirina

A Cerejeira (Prunus avium) pode atingir 0s 20 ou 25

metros de altura Em Portugal localiza-se no Norte e nas

Montanhas da Beira Interior Eacute muito procurada pela sua

madeira que eacute bastante dura forte flexiacutevel e elaacutestica com

aptidatildeo para o uso em mobiliaacuterio marchetaria torneados

instrumentos musicais folheados (de alto valor) etc

Cerejeira

Salgueiro

O Marmeleiro (Cydonia oblonga) eacute uma pequena

aacutervore de porte meacutedio (3 a 6 m) cujo fruto eacute o marmelo Eacute

originaacuterio das regiotildees mais amenas da Aacutesia Menor e

Sudeste da Europa Em Portugal o seu fruto eacute consumido

cozido geralmente fazendo-se marmelada Tambeacutem se

consome assado As sementes podem ser utilizadas como

antidiarreico Do marmeleiro tambeacutem se extrai a vara do

marmelo instrumento de puniccedilatildeo bastante usado no

passado e ainda em uso em algumas localidades

Marmeleiro

A Macieira Brava (Malus sylvestris) eacute uma espeacutecie

nativa da Europa que se estende desde o extremo sul de

Espanha Itaacutelia e Greacutecia ao norte (Escandinaacutevia e Ruacutessia)

A sua altura pode ir desde os 5 m ateacute aos 25 m A madeira

da macieira tem sido extensivamente usada na induacutestria

da talha e em tornearia Dela se fazem tambeacutem pranchas

cabos de ferramentas e uma variedade de artigos

decorativos

Macieira Brava

A Ginjeira (Prunus cerasus) ou cereja aacutecida eacute

nativa de grande parte da Europa e do sudoeste asiaacutetico

Alcanccedila entre 4 a 10 m de altura A cor do fruto varia

entre o vermelho e o preto desenvolvendo-se em ramos

mais curtos Algumas variedades satildeo utilizadas na

produccedilatildeo de Kriek um tipo de cerveja oriunda da Beacutelgica

Ginjeira

6

No estrato arbustivo o que mais se destaca eacute o Alecrim (Rosmarinus

officinalis) o Rosmaninho (Lavandula stoechas) o Junco (Ulex gallii) o Feto-

dos-montes (Pteridium aquilinum) o Tojo (Ulex minor) o Espinheiro (Crataegus monogyna) a Urze (Erica sp) o Carrasco (Quercus coccifera) o Sanguinho-de-

aacutegua (Frangula alnus) a Giesta negral (Cytisus striatus) a Giesta de cor branca

(Cytisus multiflorus) o Sabugueiro (Sambucus nigra) e a Silva (Rubus sp)

O Abrunheiro (Prunus spinosa) eacute muito frequente em

matas e silvados ou na berma dos caminhos onde luta com

bastante sucesso pela sua sobrevivecircncia Eacute uma pequena

aacutervore que pode crescer ateacute 5 m de altura O seu fruto eacute o

abrunho propicio para as conservas mas azedo para comer

Abrunheiro

A Nogueira (Juglans regia) pode medir ateacute 25 m eacute

nativa da Europa e da Aacutesia cuja madeira eacute de oacuteptima

qualidade eacute de uma dureza comparaacutevel agrave do Carvalho mas

faacutecil de trabalhar eacute usada sobretudo no fabrico de moacuteveis e

no revestimento interno das habitaccedilotildees sendo tambeacutem

muito requisitada para trabalhos de talha e para culatras

de armas de fogo As suas sementes as nozes de sabor

agradaacutevel e ricas em oacuteleo consomem-se directamente ou satildeo

espremidas para obter o oacuteleo de nozes que se utiliza como

oacuteleo alimentar como combustiacutevel ou como base de

determinadas pinturas

Nogueira

O Alecrim (Rosmarinus officinalis) eacute um arbusto

comum na regiatildeo do mediterracircneo ocorrendo dos zero aos

1500m de altitude vegeta preferencialmente nos solos de

origem calcaacuteria Fresco (preferencialmente) ou seco eacute

apreciado na preparaccedilatildeo de aves caccedila carne de porco

salsichas linguiccedilas e batatas assadas Pode ser utilizado

ainda em sopas e molhos

Alecrim

7

O Rosmaninho (Lavandula stoechas) eacute tiacutepico da

regiatildeo mediterracircnica e habita em abundacircncia nas matas

do paiacutes Eacute estimulante antiespasmoacutedico e toacutenico fabricando-

se das suas flores uma infusatildeo que eacute aconselhada para a

asma huacutemida e catarros croacutenicos Eacute tambeacutem usado para

problemas de sauacutede como a falta de repouso dificuldades

no sono e desequiliacutebrios funcionais do abdoacutemen superior

(irritaccedilatildeo no estocircmago de origem nervosa sindroma de

Rhoem ndash Held meteorismos desordens intestinais de

origem nervosa) Externamente para tratamento de

problemas funcionais da circulaccedilatildeo

Rosmaninho

O Junco (Ulex gallii) eacute um arbusto perene nativo do

sul da Escoacutecia Inglaterra Irlanda Paiacutes de Gales Franccedila e

noroeste de Espanha Eacute encontrado geralmente nas regiotildees

quentes com solos aacutecidos e frequentemente em ambientes

mariacutetimos e de montanhas Cresce ateacute 90 cm de altura e a

flor eacute amarela

Junco

O Tojo (Ulex minor) eacute tiacutepico da flora atlacircntica da

Peniacutensula Ibeacuterica e de toda a Europa temperada Eacute um

arbusto de crescimento baixo cresce cerca de 30 cm de

altura O seu fruto eacute a vagem

Tojo

O Espinheiro (Crataegus monogyna) eacute uma espeacutecie

de arbusto que pode alcanccedilar os 10 m de altura eacute nativo

da Europa noroeste da Aacutefrica e oeste da Aacutesia Eacute utilizado

na fototerapia que eacute de grande interesse para o

tratamento da insuficiecircncia cardiacuteaca atraveacutes da

medicina baseada em evidecircncias Os seus frutos (drupa)

satildeo geralmente comestiacuteveis e usados em doces geleias

xaropes usados tambeacutem para fazer vinho e dar sabor agrave

aguardente

Espinheiro

8

A Urze (Erica sp) eacute espontacircnea em terrenos pobres

em cal e tem flores com cores diversas As espeacutecies

existentes em Portugal satildeo muito comuns e encontram-se

em todo o paiacutes Eacute um arbusto rasteiro que pode atingir 1 m

de altura Serve de repasto agraves abelhas de onde extraem um

delicioso mel e das suas raiacutezes fabricam-se belos

cachimbos Como planta medicinal satildeo utilizadas as folhas

em infusatildeo no tratamento de caacutelculos renais no combate

agraves insoacutenias e no aliacutevio do reumatismo e da artrite

Urze

O Carrasco (Quercus coccifera) eacute um arbusto que soacute

excepcionalmente atinge porte arboacutereo Originaacuterio do sul da

Europa eacute espontacircneo em toda a regiatildeo mediterracircnica Em

Portugal eacute comum no centro e no sul A madeira eacute

semelhante agrave da Azinheira natildeo tem praticamente nenhum

aproveitamento no entanto as raiacutezes mais grossas podem

ser usadas para a produccedilatildeo de carvatildeo e eventualmente

para lenha

Carrasco

O Sanguinho-de-aacutegua (Frangula alnus) eacute um arbusto que

atinge ateacute 5m de altura surge em margens de cursos de

aacutegua barrancos e carvalhais um pouco por todo o paiacutes agrave

excepccedilatildeo do interior sul Os seus frutos satildeo utilizados em

tinturaria

Sanguinho-de-aacutegua

A Giesta negral (Cytisus striatus) eacute um arbusto de 1 a 3

m de altura O fruto eacute uma vagem completamente coberta de

pecirclos acinzentados e arredondada Eacute nativa de Portugal Os

ramos satildeo tradicionalmente utilizados para a manufactura

de vassouras

Giesta Amarela

A Giesta de cor branca (Cytisus multiflorus) eacute

uma espeacutecie de leguminosa que eacute nativa da Peniacutensula

Ibeacuterica e que foi introduzida noutros continentes Eacute um

arbusto que cresce ateacute 3 ou 4 m alastrando em altura A

flor eacute branca e sai de uma ervilha ateacute 1 cm de

comprimento e geralmente tem uma faixa escura cor-

de-rosa perto da base O fruto eacute uma vagem que pode ter

ateacute 3 cm de comprimento

Giesta Branca

9

No estrato herbaacuteceo evidencia-se a Tripa de ovelha (Andryala

integrifolia) a Dedaleira amarela (Digitalis thapsi) o Saramago (Raphanus raphanistrum or sativus) a Calcitrapa (Centranthus calcitrapae) a Margarida

amarela (Chrysanthemum coronarium) o Cardo (Cirsium sp) o Chupa-mel

(Echium plantagineum) a Erva-de-satildeo-roberto (Geranium robertianum) a

Leituga (Leontodom taraxacoides) a Tremocilha (Lupinus angustifolius) a

Malva (Malva sp) os Assobios (Silene latifolia) a Papoila (Papaver rhoeas) a

Erva-vaqueira (Calendula arvensis) a Armeacuteria (Armeria beirana) a Soagem

(Echium vulgare) a Tasneirinha (Senecio vulgaris) a Erva-das-cortadelas

(Achillea millefolium) os Pezinhos do Menino Jesus (Briza maacutexima) e a Bela-

Luz (Thymus mastichina L)

O Sabugueiro (Sambucus nigra) eacute nativo da

Europa e do Norte de Aacutefrica e disseminou-se facilmente

pelo mundo todo Eacute um arbusto espontacircneo de 2 a 4 m as

flores satildeo pequenas e muito brancas e exalam um

perfume agradaacutevel As suas bagas depois de apanhadas

e secas satildeo exportadas a fim de serem transformadas e

servirem de corantes para as pastelarias bem como para

produtos farmacecircuticos O fruto tambeacutem se utiliza como

aditivo ao vinho para lhe dar sabor e cor Eacute usado por

quem tem movimentos involuntaacuterios de origem nervosa

Sabugueiro

A Silva (Rubus sp) eacute nativa da Europa e da

regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia Habita terrenos

incultos matos matagais e ruderais Floresce entre

Maio e Agosto Eacute conhecida pelos seus espinhos e surge

espontaneamente conquistando grandes quantidades de

terreno

Silva

A Tripa de Ovelha (Andryala integrifolia) pertence

agrave famiacutelia das Asteraceas habita em matos matagais

terrenos cultivados e incultos e floresce entre Junho e

Agosto

Tripa de Ovelha

10

A Dedaleira amarela (Digitalis thapsi) eacute

considerada um endemismo ibeacuterico Em Portugal eacute

possiacutevel encontra-la no Alto-Alentejo Beiras (Alta e

Baixa) Traacutes-os-Montes e Minho geralmente em terrenos

secos e rochosos e frequentemente nas fendas das rochas

graniacuteticas Eacute usada em fitoterapia como cardiotoacutenico

mas com o uso destas plantas todo o cuidado eacute pouco satildeo

toacutexicas Floresce entre Maio e Agosto

Dedaleira Amarela

O Saramago (Raphanus raphanistrum or sativus)

pertence aacute famiacutelia das cruciacuteferas habita em searas

campos cultivados pousios incultos e entulhos e floresce

entre Abril e Novembro

Saramago

A Calcitrapa (Centranthus calcitrapae) eacute uma

herbaacutecea relativamente baixa podendo atingir os 60 cm

de altura que se distribui pelo sul da Europa e Regiatildeo

Mediterracircnica ocorrendo sobretudo em terrenos incultos

e pouco huacutemidos Em Portugal encontra-se distribuiacuteda por

quase todo o territoacuterio do continente Floresce de Marccedilo a

Julho ou Agosto

Calcitrapa

A Margarida amarela (Chrysanthemum coronarium)

eacute uma composta nativa da regiatildeo mediterracircnica do centro

e sul de Portugal habita em terrenos cultivados e ruderais e

floresce entre Abril e Agosto

Margarida amarela

O Cardo (Cirsium sp) eacute nativo da Eurasia e Norte de

Aacutefrica floresce entre Abril e Agosto e habita terrenos

incultos Eacute usado como alimento para as larvas e alguns

lepidopteros

Cardo

11

~

O Chupa-mel (Echium plantagineum) eacute nativo da Europa

Ocidental (da Inglaterra ao sul da Peniacutensula Ibeacuterica) leste

da Crimeacutelia norte de Aacutefrica e sudeste da Aacutesia habita em

zonas perturbadas baldios e ruderais Floresce entre

Marccedilo e Julho

Chupa-mel

A Erva de Satildeo Roberto (Geranium robertianum) eacute

espontacircnea em jardins matos e caminhos Eacute nativa da

Europa e floresce entre Marccedilo e Julho Eacute usada no

tratamento do cancro e para tratar feridas cutacircneas

Erva de Satildeo Roberto

A Leituga (Leontodom taraxacoides) eacute nativa da

Europa e Norte de Aacutefrica habita em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

A Tremocilha (Lupinus angustifolius) eacute

originaacuteria da regiatildeo mediterracircnica foi introduzida

como cultivo no resto da Europa Austraacutelia

Tasmacircnia Nova Zelacircndia Aacutefrica do Sul e Estados

Unidos da Ameacuterica Podemos encontraacute-la em

terrenos cultivados incultos e ruderais e floresce

entre Marccedilo e Maio

Tremocilha

A Malva (Malva sp) encontra-se na Europa no

sudoeste de Aacutesia na regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia

Podemos encontra-la em terrenos incultos e ruderais e

floresce entre Abril e Setembro

Malva

Leituga

12

Os Assobios (Silene latifolia) satildeo herbaacuteceas que

atingem entre os 40 cm e 80 cm de altura Satildeo

nativos da Ameacuterica do Norte e encontram-se quase

em toda a Europa Encontramo-los em matos zonas

ruderais e rupicolas Florescem entre Abril e Agosto

Assobios

A Papoila (Papaver rhoeas) pode-se encontrar

em quase toda a Europa em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

Papoila

A Erva-vaqueira (Calendula arvensis) eacute nativa

da Europa podendo tambeacutem ser encontrada no Norte de

Aacutefrica Geralmente natildeo atinge mais de 15 m de altura

Podemos encontraacute-la em terrenos cultivados incultos e

ruderais Floresce entre Dezembro e Maio

Erva-vaqueira

A Armeacuteria (Armeria beirana) eacute nativa da

Peniacutensula Ibeacuterica pode ser encontrada em matagais e

floresce entre Maio e Agosto

Armeria

A Soagem (Echium vulgare) eacute nativa da Europa

Aacutesia Central tambeacutem eacute comum na Ameacuterica do Norte

Cresce entre 30 e 80 cm Floresce entre Maio e Setembro

Soagem

13

A Tasneirinha (Senecio vulgaris) distribui-se

por toda a Europa Podemos encontraacute-la em terrenos

incultos cultivados e matagais Floresce durante

quase todo o ano

Tasneirinha

A Erva-das-cortadelas (Achillea millefolium) eacute

nativa da Europa e rara na regiatildeo mediterracircnica

Encontra-se em zonas ruderais Floresce entre Maio e

Agosto

Erva-das-cortadelas

Os Pezinhos do menino Jesus (Briza maxima) satildeo

nativos do Norte de Aacutefrica dos Accedilores Aacutesia Ocidental e Sul

da Europa Habitam em terrenos incultos matagais e matos

e florescem entre Abril e Junho Crescem ateacute 60 cm

Pezinhos do Menino Jesus

A Bela-luz (Thymus mastichina L) distribui-se pela

Peniacutensula Ibeacuterica encontra-se em zonas rupicolas terrenos

incultos matos matagais e zonas ruderais Floresce entre

Marccedilo e Agosto Eacute uma planta aromaacutetica endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica

Bela-Luz

14

Fauna do Concelho

A grande diversidade de habitats a pouca perturbaccedilatildeo e a integraccedilatildeo

do homem no ambiente tornam Celorico da Beira uma aacuterea de elevada

importacircncia fauniacutestica quer pela grande diversidade bioloacutegica quer pela

existecircncia de inuacutemeras espeacutecies ameaccediladas

Das espeacutecies existentes destacam-se o Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) a

Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus eacute a mais ameaccedilada) o Javali (Sus scrofa)

o Coelho-bravo (Oryctolagus cunniculus) a Lebre (Lepus granatensis) a Raposa

(Vulpes vulpes L) o Texugo (Meles meles) a Fuinha (Martes foina) a Lontra

(Lutra lutra) e o Gato-Bravo (Felis silvestris)

O Coelho bravo (Oryctolagus cunniculus) eacute um

animal presente em todo o paiacutes Eacute uacutetil agraves pessoas pela sua

carne usada como alimento e pela pele usada para

confeccionar vestuaacuterio

O Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) eacute o

maior insectiacutevoro da nossa fauna com um

comprimento de corpo entre 18 e 20 cm e cerca de 1 kg

de peso maacuteximo Eacute um animal solitaacuterio e territorial de

haacutebitos essencialmente nocturnos podendo ser

observado nas ultimas horas do dia e ao amanhecer

Ouriccedilo-cacheiro

A Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus) eacute um

mamiacutefero que pode ser encontrado nos Pireneacuteus e na

Peniacutensula Ibeacuterica Tem pecirclo castanho-escuro e negro e

tem cerca de 12cm de comprimento Eacute uma espeacutecie

semi-aquaacutetica que vive em rios e ribeiros construindo

os abrigos nas suas margens

Toupeira-drsquoaacutegua

O Javali (Sus scrofa) eacute um mamiacutefero de porte

meacutedio e corpo robusto Eacute a mais conhecida e a principal

das espeacutecies de porcos selvagens Tem uma ampla

distribuiccedilatildeo geograacutefica sendo nativo da Europa Aacutesia e

Norte de Aacutefrica Eacute o antepassado a partir do qual

evoluiu o actual porco domeacutestico

Javali

Coelho Bravo

15

A Lebre (Lepus granatensis) eacute uma espeacutecie

cinegeacutetica bastante procurada pelos caccediladores O

nuacutemero de efectivos varia de ano para ano o que

poderaacute ser explicado pela actividade cinegeacutetica

Lebre

A Raposa (Vulpes vulpes L) estaacute amplamente

distribuiacuteda pela Aacutefrica Euraacutesia e Ameacuterica do

Norte Natildeo satildeo territorialistas vivem em lugares

onde existe comida em abundacircncia

Raposa

O Texugo (Meles meles) eacute um mamiacutefero da

maior parte da Europa e de muitas aacutereas da Aacutesia

Pode habitar em aacutereas muito diferentes Os texugos

satildeo mais abundantes em zonas com algum relevo e

heterogeacuteneas do ponto de vista paisagiacutestico com

grande variedade de bioacutetopos que lhes

proporcionam uma maior disponibilidade de

recursos e abrigos

Texugo

A Fuinha (Martes foina) eacute um mamiacutefero de

pequeno porte pertencente ao grupo das martas

Habita em toda a Europa Continental excepto

Escandinaacutevia e algumas ilhas do Mediterracircneo

Em Portugal eacute comum em todo o territoacuterio embora

a sua populaccedilatildeo seja desconhecida A fuinha

adapta-se bem agrave presenccedila humana e pode ser

comum em vilas ou mesmo cidades

Fuinha

16

Dentro das aves as que mais se observam satildeo a Andorinha das Barreiras

(Riparia riparia) a Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) o Papa-figos (Oriolus oriolus) a Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) o Bico de lacre (Estrilda astrild) o Guarda - rios (Alcedo atthis) o Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) o

Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) o Papa-amoras-comum (Sylvia communis) o

Tartaranhatildeo - caccedilador (Cyrcus pygargus) o Trigueiratildeo (Emberiza calandra) a

Cotovia Montesina (Galerida theklae) o Torcicolo (Jyns torquila) a Pecircga ndash azul

(Cyanopica cyanus) o Cuco rabilongo (Clamator glandarius) o Pisco-de-peito-

ruivo (Erithacus rubecula) a Sombria (Emberiza hortulana) o Melro-das-

rochas (Monticola saxatilis) o Andorinhatildeo paacutelido (Apus pallidus) a Oacutegea

(Falco subbuteo) o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) a Poupa (Upupa epops) a Andorinha ndash das ndash rochas (Ptyonoprogne rupestris) a Aacutelveola ndash

branca (Motacilla alba) o Rabirruivo ndash preto (Phoenicurus ochruros) a Fuinha

dos Juncos (Cisticola Juncidis) o Chapim Carvoeiro (Parus ater) o Picanccedilo ndash

real (Lanius meridionalis) a Pega ndash rabuda (Pica pica) a Rola ndash brava

(Streptopelia turtur) o Estorninho malhado (Sturnus vulgaris) o Pombo ndash

bravo (Columba oenas) o Tordo ndash zornal (Turdus pilaris) o Rouxinol comum

(Luscinia megarhyncus) o Abelharuco (Merops apiaster) o Pardal-francecircs

(Petronia petronia) Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) o Pintarroxo

(Carduelis cannabina) o Milhafre-preto (Milvus migrans) a Aacuteguia-calccedilada

(Hieraaetus pennatus) o Andorinhatildeo-preto (Apus apus) a Gralha-preta

(Corvus corone) o Estorninho-preto (Sturnus unicolor) a Escrevedora-de-

garganta-preta (Emberiza cirlus) o Milhafre-real (Milvus milvus)

A Lontra (Lutra lutra) apresenta uma

distribuiccedilatildeo extremamente vasta Portugal eacute quase

isolado na distribuiccedilatildeo e abundacircncia da Lontra

uma vez que apresenta uma populaccedilatildeo distribuiacuteda

regularmente pelo territoacuterio e numa situaccedilatildeo de

relativa abundacircncia sendo das poucas populaccedilotildees

viaacuteveis ainda existentes

Lontra

O Gato Bravo (Felis silvestris) eacute um pequeno

felino natural da Europa Aacutefrica e Aacutesia Habita

preferencialmente bosques fechados mas tambeacutem

ocorre em matagais mediterracircneos e florestas de

coniacuteferas Durante o dia podem refugiar-se em

buracos de aacutervores fendas nas rochas e tocas

abandonadas de outros animais

Gato Bravo

17

A Andorinha das barreiras (Riparia riparia)

eacute uma espeacutecie estival que pode ser observada entre a

Primavera e o Veratildeo sobretudo em Marccedilo e

Setembro (por vezes a partir de finais de Fevereiro)

Tem uma distribuiccedilatildeo muito fragmentada

normalmente avista-se em taludes ou barreiras de

terra geralmente nas vaacuterzeas e terras baixas do

litoral ou junto a linhas de aacutegua

Andorinha das Barreiras

A Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) eacute

uma espeacutecie estival observando-se sobretudo de

meados de Fevereiro a meados de Setembro Eacute

bastante comum na metade litoral distribui-se de

norte a sul do paiacutes sendo mais comum nas terras

baixas com galerias ripiacutecolas bem desenvolvidas

Felosa Ibeacuterica

O Papa-figos (Oriolus oriolus) distribui-se de

norte a sul e pode ser considerado comum na metade

interior do territoacuterio e pouco comum na metade

ocidental Eacute um visitante estival que chega bastante

tarde ao nosso paiacutes a maioria dos machos faz-se

ouvir a partir de finais de Abril ou inicio de Maio e

canta ateacute ao princiacutepio de Julho Parte para Aacutefrica

em Agosto sendo jaacute raro a partir de Setembro

Papa-Figos

A Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) eacute

uma presenccedila caracteriacutestica das ribeiras de curso

raacutepido e distribui-se por todo o territoacuterio Frequenta

zonas de aacutegua liacutempida e corrente como ribeiros de

montanha pequenos diques ou represas Por vezes

tambeacutem frequenta canais de rega Reside no norte e

centro e eacute invernante em certas zonas do sul

Alveacuteola-Cinzenta

18

O Bico de Lacre (Estrilda astrild) eacute uma

espeacutecie originaacuteria de Aacutefrica foi introduzido na

Lagoa de Oacutebidos em 1968 e expandiu-se rapidamente

pelo territoacuterio nacional sendo hoje uma espeacutecie

relativamente comum Pode ser visto em Portugal

durante todo o ano e nas zonas onde ocorre natildeo eacute

raro encontrar bandos que podem juntar desde

meia duacutezia ateacute algumas dezenas de indiviacuteduos

Bico de Lacre

O Guarda ndash rios (Alcedo atthis) ocorre em

Portugal durante todo o ano mas a sua abundacircncia

varia fortemente de umas regiotildees para as outras Eacute

claramente mais comum no litoral que no interior e

claramente mais comum em planiacutecie que em

montanha sendo raro acima dos 1000m Pode ser

visto desde Agosto ateacute Abril

Guarda - rios

O Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) eacute pouco

comum em Portugal Distribui-se principalmente

pelas terras do norte e do centro podendo ser visto

na maioria das Serras Portuguesas Eacute uma espeacutecie

residente que pode ser observada nos locais de

reproduccedilatildeo durante todo o ano

Melro ndash d lsquoaacutegua

O Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) eacute uma

espeacutecie bastante comum como aliaacutes se constata a

partir do momento em que se conhece o seu canto

Ocorre sobretudo em zonas de vegetaccedilatildeo densa

sobretudo perto de aacutegua Embora se distribua de

norte a sul do paiacutes eacute claramente mais comum no

sul e no litoral tornando-se mais escasso no norte e

no interior Podemos ouvir o seu canto durante

todo o ano

Rouxinol - bravo

19

O Papa-amoras-comum (Sylvia communis) ocorre quase exclusivamente na metade norte do

territoacuterio sendo mais certo observaacute-lo nessa regiatildeo

entre Abril e Setembro No final do Veratildeo e

princiacutepio do Outono esta espeacutecie pode ser

encontrada em locais distintos das zonas de

nidificaccedilatildeo pois satildeo aves de migraccedilatildeo

Papa-amoras-comum

O Tartaranhatildeo-caccedilador (Cyrcus pygargus) eacute

pouco abundante podendo ser localmente comum em

certas zonas do Alentejo Sendo um nidificante

estival estaacute presente no paiacutes a partir de meados de

Marccedilo ateacute Setembro Estaacute ausente durante o periacuteodo

de inverno

Tartaranhatildeo-caccedilador

O Trigueiratildeo (Emberiza calandra) eacute uma

ave castanha que pousa frequentemente em postes e

fios telefoacutenicos deixando-se observar muito bem Eacute

comum em todo o territoacuterio nacional excepto no norte

e centro onde eacute relativamente escasso A norte do Tejo

eacute um pouco menos numeroso mas ainda assim pode ser

considerado comum na maior parte da Beira Baixa

nos planaltos da Beira Alta e em grande parte de Traacutes-

os-Montes Estaacute presente em Portugal durante todo o

ano no entanto eacute na primavera que a sua abundacircncia

se torna mais visiacutevel

Trigueiratildeo

A Cotovia Montesina (Galerida theklae) eacute

bastante comum mas a sua abundacircncia passa muitas

vezes despercebida devido agraves dificuldades de

identificaccedilatildeo Eacute particularmente comum na metade

interior do territoacuterio onde o habitat lhe eacute mais

favoraacutevel e por vezes podem ser vistos pequenos

bandos desta espeacutecie Esta cotovia eacute residente e

observa-se em Portugal durante todo o ano

Cotovia Montesina

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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3

O Carvalho Negral (Quercus pyrenaica) eacute uma

espeacutecie espontacircnea no norte e centro Em muitas zonas

do paiacutes ainda eacute aproveitado para produccedilatildeo de lenha A

madeira com qualidades meacutedias eacute no entanto utilizada

em tanoaria marcenaria e em pavimentos (tacos

soalho) assim como na produccedilatildeo de carvatildeo

Carvalho Negral

A Azinheira (Quercus ilex) pode atingir os 10m eacute

nativa da regiatildeo mediterracircnea da Europa e Norte de

Aacutefrica A sua madeira eacute dura e resistente agrave putrefacccedilatildeo

sendo amplamente utilizada desde a antiguidade ateacute aos

dias actuais na construccedilatildeo (vigas e pilares) na fabricaccedilatildeo

de ferramentas embarcaccedilotildees e barris para envelhecimento

de vinhos Ainda hoje a sua madeira tambeacutem eacute utilizada

como lenha e na fabricaccedilatildeo de carvatildeo que continua a ser

uma importante fonte de combustiacutevel domeacutestico em muitas

regiotildees ibeacutericas Os seus frutos (bolotas) tecircm propriedades

desinfectantes e quando fervidos satildeo usados no tratamento

de pequenas infecccedilotildees

Azinheira

O Freixo (Fraxinus angustifolia) tem um porte meacutedio

que pode atingir os 35 m de altura Eacute originaacuterio do oeste

mediterracircneo (Europa e Norte de Aacutefrica) Eacute espontacircneo em

todo o territoacuterio nacional margens de rios e outros siacutetios

frescos Fornece uma madeira clara resistente e elaacutestica

com boas caracteriacutesticas para a marcenaria e interiores

igualmente usada em cabos de ferramenta As suas folhas

podem servir de forragem

Freixo

O Amieiro (Alnus glutinosa) tem um porte mediano e

pode atingir os 30 m eacute originaacuterio da Europa oeste da Aacutesia e

Norte de Aacutefrica e espontacircneo em Portugal Produz madeira

de cor clara e homogeacutenea que sob a acccedilatildeo do ar apoacutes o

corte pode tender para o vermelho Muito apreciado no

fabrico de pequenas peccedilas brinquedos construccedilatildeo naval

entre outras

Amieiro

4

O Sobreiro (Quercus suber) tem porte mediano

podendo atingir os 20 m eacute originaacuterio do oeste da regiatildeo

mediterracircnica (Portugal Espanha Franccedila Itaacutelia Argeacutelia e

Marrocos) Eacute comum em todo o paiacutes com grande frequecircncia

a sul do Tejo e esporaacutedica no norte Muito importante pelo

valor comercial da corticcedila Oferece uma boa protecccedilatildeo de

solos e eacute um precioso aliado na luta contra os incecircndios

devido aacute sua fraca cobertura sub-arbustiva

Sobreiro

O Medronho (Arbutus unedo) tem um porte pequeno

que varia entre os 5 e 10 m de altura excepcionalmente

atinge os 15 m Eacute uma espeacutecie mediterracircneo-atlacircntica que se

encontra no sudoeste do continente indo da Irlanda

Bretanha regiotildees tipicamente de clima atlacircntico agrave costa

mediterracircnica Em Portugal eacute espontacircnea em quase todo o

territoacuterio embora com maior frequecircncia a sul do Tejo

Ornamental devido agraves flores e frutos muito vistosos que

sobressaem das folhas verde-escuro Os frutos comestiacuteveis

servem para produzir a perfumada aguardente do

Medronho

Medronheiro

A Oliveira (Olea europaea) eacute uma aacutervore baixa

nativa da parte oriental e do Mar Mediterracircneo Distribui-

se praticamente por todo o Portugal Dos seus frutos as

azeitonas o homem extrai o azeite

Oliveira

O Choupo (Populus spp) eacute caracteriacutestico das florestas

boreais mas encontra-se em regiotildees mais temperadas Em

Portugal eacute apenas uma mera aacutervore ornamental Jaacute em

Espanha sobretudo em Castilla e Leoacuten a madeira dos

choupos eacute das mais apreciadas para o fabrico de moacuteveis e a

produccedilatildeo eacute metodicamente utilizada quer para o consumo

interno quer para a exportaccedilatildeo Os Choupos satildeo aacutervores que

podem atingir os 35 m de altura

Choupo

5

O Salgueiro (Salix sp) eacute o nome comum das plantas

do geacutenero Salix com perto de 400 espeacutecies distribuiacutedas em

climas temperados e frios A partir dos seus ramos

preparam-se os vimes que foram tatildeo importantes na

cestaria e na produccedilatildeo de mobiliaacuterio artesanal A casca do

tronco pode ser usada na produccedilatildeo de aspirina

A Cerejeira (Prunus avium) pode atingir 0s 20 ou 25

metros de altura Em Portugal localiza-se no Norte e nas

Montanhas da Beira Interior Eacute muito procurada pela sua

madeira que eacute bastante dura forte flexiacutevel e elaacutestica com

aptidatildeo para o uso em mobiliaacuterio marchetaria torneados

instrumentos musicais folheados (de alto valor) etc

Cerejeira

Salgueiro

O Marmeleiro (Cydonia oblonga) eacute uma pequena

aacutervore de porte meacutedio (3 a 6 m) cujo fruto eacute o marmelo Eacute

originaacuterio das regiotildees mais amenas da Aacutesia Menor e

Sudeste da Europa Em Portugal o seu fruto eacute consumido

cozido geralmente fazendo-se marmelada Tambeacutem se

consome assado As sementes podem ser utilizadas como

antidiarreico Do marmeleiro tambeacutem se extrai a vara do

marmelo instrumento de puniccedilatildeo bastante usado no

passado e ainda em uso em algumas localidades

Marmeleiro

A Macieira Brava (Malus sylvestris) eacute uma espeacutecie

nativa da Europa que se estende desde o extremo sul de

Espanha Itaacutelia e Greacutecia ao norte (Escandinaacutevia e Ruacutessia)

A sua altura pode ir desde os 5 m ateacute aos 25 m A madeira

da macieira tem sido extensivamente usada na induacutestria

da talha e em tornearia Dela se fazem tambeacutem pranchas

cabos de ferramentas e uma variedade de artigos

decorativos

Macieira Brava

A Ginjeira (Prunus cerasus) ou cereja aacutecida eacute

nativa de grande parte da Europa e do sudoeste asiaacutetico

Alcanccedila entre 4 a 10 m de altura A cor do fruto varia

entre o vermelho e o preto desenvolvendo-se em ramos

mais curtos Algumas variedades satildeo utilizadas na

produccedilatildeo de Kriek um tipo de cerveja oriunda da Beacutelgica

Ginjeira

6

No estrato arbustivo o que mais se destaca eacute o Alecrim (Rosmarinus

officinalis) o Rosmaninho (Lavandula stoechas) o Junco (Ulex gallii) o Feto-

dos-montes (Pteridium aquilinum) o Tojo (Ulex minor) o Espinheiro (Crataegus monogyna) a Urze (Erica sp) o Carrasco (Quercus coccifera) o Sanguinho-de-

aacutegua (Frangula alnus) a Giesta negral (Cytisus striatus) a Giesta de cor branca

(Cytisus multiflorus) o Sabugueiro (Sambucus nigra) e a Silva (Rubus sp)

O Abrunheiro (Prunus spinosa) eacute muito frequente em

matas e silvados ou na berma dos caminhos onde luta com

bastante sucesso pela sua sobrevivecircncia Eacute uma pequena

aacutervore que pode crescer ateacute 5 m de altura O seu fruto eacute o

abrunho propicio para as conservas mas azedo para comer

Abrunheiro

A Nogueira (Juglans regia) pode medir ateacute 25 m eacute

nativa da Europa e da Aacutesia cuja madeira eacute de oacuteptima

qualidade eacute de uma dureza comparaacutevel agrave do Carvalho mas

faacutecil de trabalhar eacute usada sobretudo no fabrico de moacuteveis e

no revestimento interno das habitaccedilotildees sendo tambeacutem

muito requisitada para trabalhos de talha e para culatras

de armas de fogo As suas sementes as nozes de sabor

agradaacutevel e ricas em oacuteleo consomem-se directamente ou satildeo

espremidas para obter o oacuteleo de nozes que se utiliza como

oacuteleo alimentar como combustiacutevel ou como base de

determinadas pinturas

Nogueira

O Alecrim (Rosmarinus officinalis) eacute um arbusto

comum na regiatildeo do mediterracircneo ocorrendo dos zero aos

1500m de altitude vegeta preferencialmente nos solos de

origem calcaacuteria Fresco (preferencialmente) ou seco eacute

apreciado na preparaccedilatildeo de aves caccedila carne de porco

salsichas linguiccedilas e batatas assadas Pode ser utilizado

ainda em sopas e molhos

Alecrim

7

O Rosmaninho (Lavandula stoechas) eacute tiacutepico da

regiatildeo mediterracircnica e habita em abundacircncia nas matas

do paiacutes Eacute estimulante antiespasmoacutedico e toacutenico fabricando-

se das suas flores uma infusatildeo que eacute aconselhada para a

asma huacutemida e catarros croacutenicos Eacute tambeacutem usado para

problemas de sauacutede como a falta de repouso dificuldades

no sono e desequiliacutebrios funcionais do abdoacutemen superior

(irritaccedilatildeo no estocircmago de origem nervosa sindroma de

Rhoem ndash Held meteorismos desordens intestinais de

origem nervosa) Externamente para tratamento de

problemas funcionais da circulaccedilatildeo

Rosmaninho

O Junco (Ulex gallii) eacute um arbusto perene nativo do

sul da Escoacutecia Inglaterra Irlanda Paiacutes de Gales Franccedila e

noroeste de Espanha Eacute encontrado geralmente nas regiotildees

quentes com solos aacutecidos e frequentemente em ambientes

mariacutetimos e de montanhas Cresce ateacute 90 cm de altura e a

flor eacute amarela

Junco

O Tojo (Ulex minor) eacute tiacutepico da flora atlacircntica da

Peniacutensula Ibeacuterica e de toda a Europa temperada Eacute um

arbusto de crescimento baixo cresce cerca de 30 cm de

altura O seu fruto eacute a vagem

Tojo

O Espinheiro (Crataegus monogyna) eacute uma espeacutecie

de arbusto que pode alcanccedilar os 10 m de altura eacute nativo

da Europa noroeste da Aacutefrica e oeste da Aacutesia Eacute utilizado

na fototerapia que eacute de grande interesse para o

tratamento da insuficiecircncia cardiacuteaca atraveacutes da

medicina baseada em evidecircncias Os seus frutos (drupa)

satildeo geralmente comestiacuteveis e usados em doces geleias

xaropes usados tambeacutem para fazer vinho e dar sabor agrave

aguardente

Espinheiro

8

A Urze (Erica sp) eacute espontacircnea em terrenos pobres

em cal e tem flores com cores diversas As espeacutecies

existentes em Portugal satildeo muito comuns e encontram-se

em todo o paiacutes Eacute um arbusto rasteiro que pode atingir 1 m

de altura Serve de repasto agraves abelhas de onde extraem um

delicioso mel e das suas raiacutezes fabricam-se belos

cachimbos Como planta medicinal satildeo utilizadas as folhas

em infusatildeo no tratamento de caacutelculos renais no combate

agraves insoacutenias e no aliacutevio do reumatismo e da artrite

Urze

O Carrasco (Quercus coccifera) eacute um arbusto que soacute

excepcionalmente atinge porte arboacutereo Originaacuterio do sul da

Europa eacute espontacircneo em toda a regiatildeo mediterracircnica Em

Portugal eacute comum no centro e no sul A madeira eacute

semelhante agrave da Azinheira natildeo tem praticamente nenhum

aproveitamento no entanto as raiacutezes mais grossas podem

ser usadas para a produccedilatildeo de carvatildeo e eventualmente

para lenha

Carrasco

O Sanguinho-de-aacutegua (Frangula alnus) eacute um arbusto que

atinge ateacute 5m de altura surge em margens de cursos de

aacutegua barrancos e carvalhais um pouco por todo o paiacutes agrave

excepccedilatildeo do interior sul Os seus frutos satildeo utilizados em

tinturaria

Sanguinho-de-aacutegua

A Giesta negral (Cytisus striatus) eacute um arbusto de 1 a 3

m de altura O fruto eacute uma vagem completamente coberta de

pecirclos acinzentados e arredondada Eacute nativa de Portugal Os

ramos satildeo tradicionalmente utilizados para a manufactura

de vassouras

Giesta Amarela

A Giesta de cor branca (Cytisus multiflorus) eacute

uma espeacutecie de leguminosa que eacute nativa da Peniacutensula

Ibeacuterica e que foi introduzida noutros continentes Eacute um

arbusto que cresce ateacute 3 ou 4 m alastrando em altura A

flor eacute branca e sai de uma ervilha ateacute 1 cm de

comprimento e geralmente tem uma faixa escura cor-

de-rosa perto da base O fruto eacute uma vagem que pode ter

ateacute 3 cm de comprimento

Giesta Branca

9

No estrato herbaacuteceo evidencia-se a Tripa de ovelha (Andryala

integrifolia) a Dedaleira amarela (Digitalis thapsi) o Saramago (Raphanus raphanistrum or sativus) a Calcitrapa (Centranthus calcitrapae) a Margarida

amarela (Chrysanthemum coronarium) o Cardo (Cirsium sp) o Chupa-mel

(Echium plantagineum) a Erva-de-satildeo-roberto (Geranium robertianum) a

Leituga (Leontodom taraxacoides) a Tremocilha (Lupinus angustifolius) a

Malva (Malva sp) os Assobios (Silene latifolia) a Papoila (Papaver rhoeas) a

Erva-vaqueira (Calendula arvensis) a Armeacuteria (Armeria beirana) a Soagem

(Echium vulgare) a Tasneirinha (Senecio vulgaris) a Erva-das-cortadelas

(Achillea millefolium) os Pezinhos do Menino Jesus (Briza maacutexima) e a Bela-

Luz (Thymus mastichina L)

O Sabugueiro (Sambucus nigra) eacute nativo da

Europa e do Norte de Aacutefrica e disseminou-se facilmente

pelo mundo todo Eacute um arbusto espontacircneo de 2 a 4 m as

flores satildeo pequenas e muito brancas e exalam um

perfume agradaacutevel As suas bagas depois de apanhadas

e secas satildeo exportadas a fim de serem transformadas e

servirem de corantes para as pastelarias bem como para

produtos farmacecircuticos O fruto tambeacutem se utiliza como

aditivo ao vinho para lhe dar sabor e cor Eacute usado por

quem tem movimentos involuntaacuterios de origem nervosa

Sabugueiro

A Silva (Rubus sp) eacute nativa da Europa e da

regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia Habita terrenos

incultos matos matagais e ruderais Floresce entre

Maio e Agosto Eacute conhecida pelos seus espinhos e surge

espontaneamente conquistando grandes quantidades de

terreno

Silva

A Tripa de Ovelha (Andryala integrifolia) pertence

agrave famiacutelia das Asteraceas habita em matos matagais

terrenos cultivados e incultos e floresce entre Junho e

Agosto

Tripa de Ovelha

10

A Dedaleira amarela (Digitalis thapsi) eacute

considerada um endemismo ibeacuterico Em Portugal eacute

possiacutevel encontra-la no Alto-Alentejo Beiras (Alta e

Baixa) Traacutes-os-Montes e Minho geralmente em terrenos

secos e rochosos e frequentemente nas fendas das rochas

graniacuteticas Eacute usada em fitoterapia como cardiotoacutenico

mas com o uso destas plantas todo o cuidado eacute pouco satildeo

toacutexicas Floresce entre Maio e Agosto

Dedaleira Amarela

O Saramago (Raphanus raphanistrum or sativus)

pertence aacute famiacutelia das cruciacuteferas habita em searas

campos cultivados pousios incultos e entulhos e floresce

entre Abril e Novembro

Saramago

A Calcitrapa (Centranthus calcitrapae) eacute uma

herbaacutecea relativamente baixa podendo atingir os 60 cm

de altura que se distribui pelo sul da Europa e Regiatildeo

Mediterracircnica ocorrendo sobretudo em terrenos incultos

e pouco huacutemidos Em Portugal encontra-se distribuiacuteda por

quase todo o territoacuterio do continente Floresce de Marccedilo a

Julho ou Agosto

Calcitrapa

A Margarida amarela (Chrysanthemum coronarium)

eacute uma composta nativa da regiatildeo mediterracircnica do centro

e sul de Portugal habita em terrenos cultivados e ruderais e

floresce entre Abril e Agosto

Margarida amarela

O Cardo (Cirsium sp) eacute nativo da Eurasia e Norte de

Aacutefrica floresce entre Abril e Agosto e habita terrenos

incultos Eacute usado como alimento para as larvas e alguns

lepidopteros

Cardo

11

~

O Chupa-mel (Echium plantagineum) eacute nativo da Europa

Ocidental (da Inglaterra ao sul da Peniacutensula Ibeacuterica) leste

da Crimeacutelia norte de Aacutefrica e sudeste da Aacutesia habita em

zonas perturbadas baldios e ruderais Floresce entre

Marccedilo e Julho

Chupa-mel

A Erva de Satildeo Roberto (Geranium robertianum) eacute

espontacircnea em jardins matos e caminhos Eacute nativa da

Europa e floresce entre Marccedilo e Julho Eacute usada no

tratamento do cancro e para tratar feridas cutacircneas

Erva de Satildeo Roberto

A Leituga (Leontodom taraxacoides) eacute nativa da

Europa e Norte de Aacutefrica habita em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

A Tremocilha (Lupinus angustifolius) eacute

originaacuteria da regiatildeo mediterracircnica foi introduzida

como cultivo no resto da Europa Austraacutelia

Tasmacircnia Nova Zelacircndia Aacutefrica do Sul e Estados

Unidos da Ameacuterica Podemos encontraacute-la em

terrenos cultivados incultos e ruderais e floresce

entre Marccedilo e Maio

Tremocilha

A Malva (Malva sp) encontra-se na Europa no

sudoeste de Aacutesia na regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia

Podemos encontra-la em terrenos incultos e ruderais e

floresce entre Abril e Setembro

Malva

Leituga

12

Os Assobios (Silene latifolia) satildeo herbaacuteceas que

atingem entre os 40 cm e 80 cm de altura Satildeo

nativos da Ameacuterica do Norte e encontram-se quase

em toda a Europa Encontramo-los em matos zonas

ruderais e rupicolas Florescem entre Abril e Agosto

Assobios

A Papoila (Papaver rhoeas) pode-se encontrar

em quase toda a Europa em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

Papoila

A Erva-vaqueira (Calendula arvensis) eacute nativa

da Europa podendo tambeacutem ser encontrada no Norte de

Aacutefrica Geralmente natildeo atinge mais de 15 m de altura

Podemos encontraacute-la em terrenos cultivados incultos e

ruderais Floresce entre Dezembro e Maio

Erva-vaqueira

A Armeacuteria (Armeria beirana) eacute nativa da

Peniacutensula Ibeacuterica pode ser encontrada em matagais e

floresce entre Maio e Agosto

Armeria

A Soagem (Echium vulgare) eacute nativa da Europa

Aacutesia Central tambeacutem eacute comum na Ameacuterica do Norte

Cresce entre 30 e 80 cm Floresce entre Maio e Setembro

Soagem

13

A Tasneirinha (Senecio vulgaris) distribui-se

por toda a Europa Podemos encontraacute-la em terrenos

incultos cultivados e matagais Floresce durante

quase todo o ano

Tasneirinha

A Erva-das-cortadelas (Achillea millefolium) eacute

nativa da Europa e rara na regiatildeo mediterracircnica

Encontra-se em zonas ruderais Floresce entre Maio e

Agosto

Erva-das-cortadelas

Os Pezinhos do menino Jesus (Briza maxima) satildeo

nativos do Norte de Aacutefrica dos Accedilores Aacutesia Ocidental e Sul

da Europa Habitam em terrenos incultos matagais e matos

e florescem entre Abril e Junho Crescem ateacute 60 cm

Pezinhos do Menino Jesus

A Bela-luz (Thymus mastichina L) distribui-se pela

Peniacutensula Ibeacuterica encontra-se em zonas rupicolas terrenos

incultos matos matagais e zonas ruderais Floresce entre

Marccedilo e Agosto Eacute uma planta aromaacutetica endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica

Bela-Luz

14

Fauna do Concelho

A grande diversidade de habitats a pouca perturbaccedilatildeo e a integraccedilatildeo

do homem no ambiente tornam Celorico da Beira uma aacuterea de elevada

importacircncia fauniacutestica quer pela grande diversidade bioloacutegica quer pela

existecircncia de inuacutemeras espeacutecies ameaccediladas

Das espeacutecies existentes destacam-se o Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) a

Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus eacute a mais ameaccedilada) o Javali (Sus scrofa)

o Coelho-bravo (Oryctolagus cunniculus) a Lebre (Lepus granatensis) a Raposa

(Vulpes vulpes L) o Texugo (Meles meles) a Fuinha (Martes foina) a Lontra

(Lutra lutra) e o Gato-Bravo (Felis silvestris)

O Coelho bravo (Oryctolagus cunniculus) eacute um

animal presente em todo o paiacutes Eacute uacutetil agraves pessoas pela sua

carne usada como alimento e pela pele usada para

confeccionar vestuaacuterio

O Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) eacute o

maior insectiacutevoro da nossa fauna com um

comprimento de corpo entre 18 e 20 cm e cerca de 1 kg

de peso maacuteximo Eacute um animal solitaacuterio e territorial de

haacutebitos essencialmente nocturnos podendo ser

observado nas ultimas horas do dia e ao amanhecer

Ouriccedilo-cacheiro

A Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus) eacute um

mamiacutefero que pode ser encontrado nos Pireneacuteus e na

Peniacutensula Ibeacuterica Tem pecirclo castanho-escuro e negro e

tem cerca de 12cm de comprimento Eacute uma espeacutecie

semi-aquaacutetica que vive em rios e ribeiros construindo

os abrigos nas suas margens

Toupeira-drsquoaacutegua

O Javali (Sus scrofa) eacute um mamiacutefero de porte

meacutedio e corpo robusto Eacute a mais conhecida e a principal

das espeacutecies de porcos selvagens Tem uma ampla

distribuiccedilatildeo geograacutefica sendo nativo da Europa Aacutesia e

Norte de Aacutefrica Eacute o antepassado a partir do qual

evoluiu o actual porco domeacutestico

Javali

Coelho Bravo

15

A Lebre (Lepus granatensis) eacute uma espeacutecie

cinegeacutetica bastante procurada pelos caccediladores O

nuacutemero de efectivos varia de ano para ano o que

poderaacute ser explicado pela actividade cinegeacutetica

Lebre

A Raposa (Vulpes vulpes L) estaacute amplamente

distribuiacuteda pela Aacutefrica Euraacutesia e Ameacuterica do

Norte Natildeo satildeo territorialistas vivem em lugares

onde existe comida em abundacircncia

Raposa

O Texugo (Meles meles) eacute um mamiacutefero da

maior parte da Europa e de muitas aacutereas da Aacutesia

Pode habitar em aacutereas muito diferentes Os texugos

satildeo mais abundantes em zonas com algum relevo e

heterogeacuteneas do ponto de vista paisagiacutestico com

grande variedade de bioacutetopos que lhes

proporcionam uma maior disponibilidade de

recursos e abrigos

Texugo

A Fuinha (Martes foina) eacute um mamiacutefero de

pequeno porte pertencente ao grupo das martas

Habita em toda a Europa Continental excepto

Escandinaacutevia e algumas ilhas do Mediterracircneo

Em Portugal eacute comum em todo o territoacuterio embora

a sua populaccedilatildeo seja desconhecida A fuinha

adapta-se bem agrave presenccedila humana e pode ser

comum em vilas ou mesmo cidades

Fuinha

16

Dentro das aves as que mais se observam satildeo a Andorinha das Barreiras

(Riparia riparia) a Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) o Papa-figos (Oriolus oriolus) a Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) o Bico de lacre (Estrilda astrild) o Guarda - rios (Alcedo atthis) o Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) o

Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) o Papa-amoras-comum (Sylvia communis) o

Tartaranhatildeo - caccedilador (Cyrcus pygargus) o Trigueiratildeo (Emberiza calandra) a

Cotovia Montesina (Galerida theklae) o Torcicolo (Jyns torquila) a Pecircga ndash azul

(Cyanopica cyanus) o Cuco rabilongo (Clamator glandarius) o Pisco-de-peito-

ruivo (Erithacus rubecula) a Sombria (Emberiza hortulana) o Melro-das-

rochas (Monticola saxatilis) o Andorinhatildeo paacutelido (Apus pallidus) a Oacutegea

(Falco subbuteo) o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) a Poupa (Upupa epops) a Andorinha ndash das ndash rochas (Ptyonoprogne rupestris) a Aacutelveola ndash

branca (Motacilla alba) o Rabirruivo ndash preto (Phoenicurus ochruros) a Fuinha

dos Juncos (Cisticola Juncidis) o Chapim Carvoeiro (Parus ater) o Picanccedilo ndash

real (Lanius meridionalis) a Pega ndash rabuda (Pica pica) a Rola ndash brava

(Streptopelia turtur) o Estorninho malhado (Sturnus vulgaris) o Pombo ndash

bravo (Columba oenas) o Tordo ndash zornal (Turdus pilaris) o Rouxinol comum

(Luscinia megarhyncus) o Abelharuco (Merops apiaster) o Pardal-francecircs

(Petronia petronia) Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) o Pintarroxo

(Carduelis cannabina) o Milhafre-preto (Milvus migrans) a Aacuteguia-calccedilada

(Hieraaetus pennatus) o Andorinhatildeo-preto (Apus apus) a Gralha-preta

(Corvus corone) o Estorninho-preto (Sturnus unicolor) a Escrevedora-de-

garganta-preta (Emberiza cirlus) o Milhafre-real (Milvus milvus)

A Lontra (Lutra lutra) apresenta uma

distribuiccedilatildeo extremamente vasta Portugal eacute quase

isolado na distribuiccedilatildeo e abundacircncia da Lontra

uma vez que apresenta uma populaccedilatildeo distribuiacuteda

regularmente pelo territoacuterio e numa situaccedilatildeo de

relativa abundacircncia sendo das poucas populaccedilotildees

viaacuteveis ainda existentes

Lontra

O Gato Bravo (Felis silvestris) eacute um pequeno

felino natural da Europa Aacutefrica e Aacutesia Habita

preferencialmente bosques fechados mas tambeacutem

ocorre em matagais mediterracircneos e florestas de

coniacuteferas Durante o dia podem refugiar-se em

buracos de aacutervores fendas nas rochas e tocas

abandonadas de outros animais

Gato Bravo

17

A Andorinha das barreiras (Riparia riparia)

eacute uma espeacutecie estival que pode ser observada entre a

Primavera e o Veratildeo sobretudo em Marccedilo e

Setembro (por vezes a partir de finais de Fevereiro)

Tem uma distribuiccedilatildeo muito fragmentada

normalmente avista-se em taludes ou barreiras de

terra geralmente nas vaacuterzeas e terras baixas do

litoral ou junto a linhas de aacutegua

Andorinha das Barreiras

A Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) eacute

uma espeacutecie estival observando-se sobretudo de

meados de Fevereiro a meados de Setembro Eacute

bastante comum na metade litoral distribui-se de

norte a sul do paiacutes sendo mais comum nas terras

baixas com galerias ripiacutecolas bem desenvolvidas

Felosa Ibeacuterica

O Papa-figos (Oriolus oriolus) distribui-se de

norte a sul e pode ser considerado comum na metade

interior do territoacuterio e pouco comum na metade

ocidental Eacute um visitante estival que chega bastante

tarde ao nosso paiacutes a maioria dos machos faz-se

ouvir a partir de finais de Abril ou inicio de Maio e

canta ateacute ao princiacutepio de Julho Parte para Aacutefrica

em Agosto sendo jaacute raro a partir de Setembro

Papa-Figos

A Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) eacute

uma presenccedila caracteriacutestica das ribeiras de curso

raacutepido e distribui-se por todo o territoacuterio Frequenta

zonas de aacutegua liacutempida e corrente como ribeiros de

montanha pequenos diques ou represas Por vezes

tambeacutem frequenta canais de rega Reside no norte e

centro e eacute invernante em certas zonas do sul

Alveacuteola-Cinzenta

18

O Bico de Lacre (Estrilda astrild) eacute uma

espeacutecie originaacuteria de Aacutefrica foi introduzido na

Lagoa de Oacutebidos em 1968 e expandiu-se rapidamente

pelo territoacuterio nacional sendo hoje uma espeacutecie

relativamente comum Pode ser visto em Portugal

durante todo o ano e nas zonas onde ocorre natildeo eacute

raro encontrar bandos que podem juntar desde

meia duacutezia ateacute algumas dezenas de indiviacuteduos

Bico de Lacre

O Guarda ndash rios (Alcedo atthis) ocorre em

Portugal durante todo o ano mas a sua abundacircncia

varia fortemente de umas regiotildees para as outras Eacute

claramente mais comum no litoral que no interior e

claramente mais comum em planiacutecie que em

montanha sendo raro acima dos 1000m Pode ser

visto desde Agosto ateacute Abril

Guarda - rios

O Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) eacute pouco

comum em Portugal Distribui-se principalmente

pelas terras do norte e do centro podendo ser visto

na maioria das Serras Portuguesas Eacute uma espeacutecie

residente que pode ser observada nos locais de

reproduccedilatildeo durante todo o ano

Melro ndash d lsquoaacutegua

O Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) eacute uma

espeacutecie bastante comum como aliaacutes se constata a

partir do momento em que se conhece o seu canto

Ocorre sobretudo em zonas de vegetaccedilatildeo densa

sobretudo perto de aacutegua Embora se distribua de

norte a sul do paiacutes eacute claramente mais comum no

sul e no litoral tornando-se mais escasso no norte e

no interior Podemos ouvir o seu canto durante

todo o ano

Rouxinol - bravo

19

O Papa-amoras-comum (Sylvia communis) ocorre quase exclusivamente na metade norte do

territoacuterio sendo mais certo observaacute-lo nessa regiatildeo

entre Abril e Setembro No final do Veratildeo e

princiacutepio do Outono esta espeacutecie pode ser

encontrada em locais distintos das zonas de

nidificaccedilatildeo pois satildeo aves de migraccedilatildeo

Papa-amoras-comum

O Tartaranhatildeo-caccedilador (Cyrcus pygargus) eacute

pouco abundante podendo ser localmente comum em

certas zonas do Alentejo Sendo um nidificante

estival estaacute presente no paiacutes a partir de meados de

Marccedilo ateacute Setembro Estaacute ausente durante o periacuteodo

de inverno

Tartaranhatildeo-caccedilador

O Trigueiratildeo (Emberiza calandra) eacute uma

ave castanha que pousa frequentemente em postes e

fios telefoacutenicos deixando-se observar muito bem Eacute

comum em todo o territoacuterio nacional excepto no norte

e centro onde eacute relativamente escasso A norte do Tejo

eacute um pouco menos numeroso mas ainda assim pode ser

considerado comum na maior parte da Beira Baixa

nos planaltos da Beira Alta e em grande parte de Traacutes-

os-Montes Estaacute presente em Portugal durante todo o

ano no entanto eacute na primavera que a sua abundacircncia

se torna mais visiacutevel

Trigueiratildeo

A Cotovia Montesina (Galerida theklae) eacute

bastante comum mas a sua abundacircncia passa muitas

vezes despercebida devido agraves dificuldades de

identificaccedilatildeo Eacute particularmente comum na metade

interior do territoacuterio onde o habitat lhe eacute mais

favoraacutevel e por vezes podem ser vistos pequenos

bandos desta espeacutecie Esta cotovia eacute residente e

observa-se em Portugal durante todo o ano

Cotovia Montesina

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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4

O Sobreiro (Quercus suber) tem porte mediano

podendo atingir os 20 m eacute originaacuterio do oeste da regiatildeo

mediterracircnica (Portugal Espanha Franccedila Itaacutelia Argeacutelia e

Marrocos) Eacute comum em todo o paiacutes com grande frequecircncia

a sul do Tejo e esporaacutedica no norte Muito importante pelo

valor comercial da corticcedila Oferece uma boa protecccedilatildeo de

solos e eacute um precioso aliado na luta contra os incecircndios

devido aacute sua fraca cobertura sub-arbustiva

Sobreiro

O Medronho (Arbutus unedo) tem um porte pequeno

que varia entre os 5 e 10 m de altura excepcionalmente

atinge os 15 m Eacute uma espeacutecie mediterracircneo-atlacircntica que se

encontra no sudoeste do continente indo da Irlanda

Bretanha regiotildees tipicamente de clima atlacircntico agrave costa

mediterracircnica Em Portugal eacute espontacircnea em quase todo o

territoacuterio embora com maior frequecircncia a sul do Tejo

Ornamental devido agraves flores e frutos muito vistosos que

sobressaem das folhas verde-escuro Os frutos comestiacuteveis

servem para produzir a perfumada aguardente do

Medronho

Medronheiro

A Oliveira (Olea europaea) eacute uma aacutervore baixa

nativa da parte oriental e do Mar Mediterracircneo Distribui-

se praticamente por todo o Portugal Dos seus frutos as

azeitonas o homem extrai o azeite

Oliveira

O Choupo (Populus spp) eacute caracteriacutestico das florestas

boreais mas encontra-se em regiotildees mais temperadas Em

Portugal eacute apenas uma mera aacutervore ornamental Jaacute em

Espanha sobretudo em Castilla e Leoacuten a madeira dos

choupos eacute das mais apreciadas para o fabrico de moacuteveis e a

produccedilatildeo eacute metodicamente utilizada quer para o consumo

interno quer para a exportaccedilatildeo Os Choupos satildeo aacutervores que

podem atingir os 35 m de altura

Choupo

5

O Salgueiro (Salix sp) eacute o nome comum das plantas

do geacutenero Salix com perto de 400 espeacutecies distribuiacutedas em

climas temperados e frios A partir dos seus ramos

preparam-se os vimes que foram tatildeo importantes na

cestaria e na produccedilatildeo de mobiliaacuterio artesanal A casca do

tronco pode ser usada na produccedilatildeo de aspirina

A Cerejeira (Prunus avium) pode atingir 0s 20 ou 25

metros de altura Em Portugal localiza-se no Norte e nas

Montanhas da Beira Interior Eacute muito procurada pela sua

madeira que eacute bastante dura forte flexiacutevel e elaacutestica com

aptidatildeo para o uso em mobiliaacuterio marchetaria torneados

instrumentos musicais folheados (de alto valor) etc

Cerejeira

Salgueiro

O Marmeleiro (Cydonia oblonga) eacute uma pequena

aacutervore de porte meacutedio (3 a 6 m) cujo fruto eacute o marmelo Eacute

originaacuterio das regiotildees mais amenas da Aacutesia Menor e

Sudeste da Europa Em Portugal o seu fruto eacute consumido

cozido geralmente fazendo-se marmelada Tambeacutem se

consome assado As sementes podem ser utilizadas como

antidiarreico Do marmeleiro tambeacutem se extrai a vara do

marmelo instrumento de puniccedilatildeo bastante usado no

passado e ainda em uso em algumas localidades

Marmeleiro

A Macieira Brava (Malus sylvestris) eacute uma espeacutecie

nativa da Europa que se estende desde o extremo sul de

Espanha Itaacutelia e Greacutecia ao norte (Escandinaacutevia e Ruacutessia)

A sua altura pode ir desde os 5 m ateacute aos 25 m A madeira

da macieira tem sido extensivamente usada na induacutestria

da talha e em tornearia Dela se fazem tambeacutem pranchas

cabos de ferramentas e uma variedade de artigos

decorativos

Macieira Brava

A Ginjeira (Prunus cerasus) ou cereja aacutecida eacute

nativa de grande parte da Europa e do sudoeste asiaacutetico

Alcanccedila entre 4 a 10 m de altura A cor do fruto varia

entre o vermelho e o preto desenvolvendo-se em ramos

mais curtos Algumas variedades satildeo utilizadas na

produccedilatildeo de Kriek um tipo de cerveja oriunda da Beacutelgica

Ginjeira

6

No estrato arbustivo o que mais se destaca eacute o Alecrim (Rosmarinus

officinalis) o Rosmaninho (Lavandula stoechas) o Junco (Ulex gallii) o Feto-

dos-montes (Pteridium aquilinum) o Tojo (Ulex minor) o Espinheiro (Crataegus monogyna) a Urze (Erica sp) o Carrasco (Quercus coccifera) o Sanguinho-de-

aacutegua (Frangula alnus) a Giesta negral (Cytisus striatus) a Giesta de cor branca

(Cytisus multiflorus) o Sabugueiro (Sambucus nigra) e a Silva (Rubus sp)

O Abrunheiro (Prunus spinosa) eacute muito frequente em

matas e silvados ou na berma dos caminhos onde luta com

bastante sucesso pela sua sobrevivecircncia Eacute uma pequena

aacutervore que pode crescer ateacute 5 m de altura O seu fruto eacute o

abrunho propicio para as conservas mas azedo para comer

Abrunheiro

A Nogueira (Juglans regia) pode medir ateacute 25 m eacute

nativa da Europa e da Aacutesia cuja madeira eacute de oacuteptima

qualidade eacute de uma dureza comparaacutevel agrave do Carvalho mas

faacutecil de trabalhar eacute usada sobretudo no fabrico de moacuteveis e

no revestimento interno das habitaccedilotildees sendo tambeacutem

muito requisitada para trabalhos de talha e para culatras

de armas de fogo As suas sementes as nozes de sabor

agradaacutevel e ricas em oacuteleo consomem-se directamente ou satildeo

espremidas para obter o oacuteleo de nozes que se utiliza como

oacuteleo alimentar como combustiacutevel ou como base de

determinadas pinturas

Nogueira

O Alecrim (Rosmarinus officinalis) eacute um arbusto

comum na regiatildeo do mediterracircneo ocorrendo dos zero aos

1500m de altitude vegeta preferencialmente nos solos de

origem calcaacuteria Fresco (preferencialmente) ou seco eacute

apreciado na preparaccedilatildeo de aves caccedila carne de porco

salsichas linguiccedilas e batatas assadas Pode ser utilizado

ainda em sopas e molhos

Alecrim

7

O Rosmaninho (Lavandula stoechas) eacute tiacutepico da

regiatildeo mediterracircnica e habita em abundacircncia nas matas

do paiacutes Eacute estimulante antiespasmoacutedico e toacutenico fabricando-

se das suas flores uma infusatildeo que eacute aconselhada para a

asma huacutemida e catarros croacutenicos Eacute tambeacutem usado para

problemas de sauacutede como a falta de repouso dificuldades

no sono e desequiliacutebrios funcionais do abdoacutemen superior

(irritaccedilatildeo no estocircmago de origem nervosa sindroma de

Rhoem ndash Held meteorismos desordens intestinais de

origem nervosa) Externamente para tratamento de

problemas funcionais da circulaccedilatildeo

Rosmaninho

O Junco (Ulex gallii) eacute um arbusto perene nativo do

sul da Escoacutecia Inglaterra Irlanda Paiacutes de Gales Franccedila e

noroeste de Espanha Eacute encontrado geralmente nas regiotildees

quentes com solos aacutecidos e frequentemente em ambientes

mariacutetimos e de montanhas Cresce ateacute 90 cm de altura e a

flor eacute amarela

Junco

O Tojo (Ulex minor) eacute tiacutepico da flora atlacircntica da

Peniacutensula Ibeacuterica e de toda a Europa temperada Eacute um

arbusto de crescimento baixo cresce cerca de 30 cm de

altura O seu fruto eacute a vagem

Tojo

O Espinheiro (Crataegus monogyna) eacute uma espeacutecie

de arbusto que pode alcanccedilar os 10 m de altura eacute nativo

da Europa noroeste da Aacutefrica e oeste da Aacutesia Eacute utilizado

na fototerapia que eacute de grande interesse para o

tratamento da insuficiecircncia cardiacuteaca atraveacutes da

medicina baseada em evidecircncias Os seus frutos (drupa)

satildeo geralmente comestiacuteveis e usados em doces geleias

xaropes usados tambeacutem para fazer vinho e dar sabor agrave

aguardente

Espinheiro

8

A Urze (Erica sp) eacute espontacircnea em terrenos pobres

em cal e tem flores com cores diversas As espeacutecies

existentes em Portugal satildeo muito comuns e encontram-se

em todo o paiacutes Eacute um arbusto rasteiro que pode atingir 1 m

de altura Serve de repasto agraves abelhas de onde extraem um

delicioso mel e das suas raiacutezes fabricam-se belos

cachimbos Como planta medicinal satildeo utilizadas as folhas

em infusatildeo no tratamento de caacutelculos renais no combate

agraves insoacutenias e no aliacutevio do reumatismo e da artrite

Urze

O Carrasco (Quercus coccifera) eacute um arbusto que soacute

excepcionalmente atinge porte arboacutereo Originaacuterio do sul da

Europa eacute espontacircneo em toda a regiatildeo mediterracircnica Em

Portugal eacute comum no centro e no sul A madeira eacute

semelhante agrave da Azinheira natildeo tem praticamente nenhum

aproveitamento no entanto as raiacutezes mais grossas podem

ser usadas para a produccedilatildeo de carvatildeo e eventualmente

para lenha

Carrasco

O Sanguinho-de-aacutegua (Frangula alnus) eacute um arbusto que

atinge ateacute 5m de altura surge em margens de cursos de

aacutegua barrancos e carvalhais um pouco por todo o paiacutes agrave

excepccedilatildeo do interior sul Os seus frutos satildeo utilizados em

tinturaria

Sanguinho-de-aacutegua

A Giesta negral (Cytisus striatus) eacute um arbusto de 1 a 3

m de altura O fruto eacute uma vagem completamente coberta de

pecirclos acinzentados e arredondada Eacute nativa de Portugal Os

ramos satildeo tradicionalmente utilizados para a manufactura

de vassouras

Giesta Amarela

A Giesta de cor branca (Cytisus multiflorus) eacute

uma espeacutecie de leguminosa que eacute nativa da Peniacutensula

Ibeacuterica e que foi introduzida noutros continentes Eacute um

arbusto que cresce ateacute 3 ou 4 m alastrando em altura A

flor eacute branca e sai de uma ervilha ateacute 1 cm de

comprimento e geralmente tem uma faixa escura cor-

de-rosa perto da base O fruto eacute uma vagem que pode ter

ateacute 3 cm de comprimento

Giesta Branca

9

No estrato herbaacuteceo evidencia-se a Tripa de ovelha (Andryala

integrifolia) a Dedaleira amarela (Digitalis thapsi) o Saramago (Raphanus raphanistrum or sativus) a Calcitrapa (Centranthus calcitrapae) a Margarida

amarela (Chrysanthemum coronarium) o Cardo (Cirsium sp) o Chupa-mel

(Echium plantagineum) a Erva-de-satildeo-roberto (Geranium robertianum) a

Leituga (Leontodom taraxacoides) a Tremocilha (Lupinus angustifolius) a

Malva (Malva sp) os Assobios (Silene latifolia) a Papoila (Papaver rhoeas) a

Erva-vaqueira (Calendula arvensis) a Armeacuteria (Armeria beirana) a Soagem

(Echium vulgare) a Tasneirinha (Senecio vulgaris) a Erva-das-cortadelas

(Achillea millefolium) os Pezinhos do Menino Jesus (Briza maacutexima) e a Bela-

Luz (Thymus mastichina L)

O Sabugueiro (Sambucus nigra) eacute nativo da

Europa e do Norte de Aacutefrica e disseminou-se facilmente

pelo mundo todo Eacute um arbusto espontacircneo de 2 a 4 m as

flores satildeo pequenas e muito brancas e exalam um

perfume agradaacutevel As suas bagas depois de apanhadas

e secas satildeo exportadas a fim de serem transformadas e

servirem de corantes para as pastelarias bem como para

produtos farmacecircuticos O fruto tambeacutem se utiliza como

aditivo ao vinho para lhe dar sabor e cor Eacute usado por

quem tem movimentos involuntaacuterios de origem nervosa

Sabugueiro

A Silva (Rubus sp) eacute nativa da Europa e da

regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia Habita terrenos

incultos matos matagais e ruderais Floresce entre

Maio e Agosto Eacute conhecida pelos seus espinhos e surge

espontaneamente conquistando grandes quantidades de

terreno

Silva

A Tripa de Ovelha (Andryala integrifolia) pertence

agrave famiacutelia das Asteraceas habita em matos matagais

terrenos cultivados e incultos e floresce entre Junho e

Agosto

Tripa de Ovelha

10

A Dedaleira amarela (Digitalis thapsi) eacute

considerada um endemismo ibeacuterico Em Portugal eacute

possiacutevel encontra-la no Alto-Alentejo Beiras (Alta e

Baixa) Traacutes-os-Montes e Minho geralmente em terrenos

secos e rochosos e frequentemente nas fendas das rochas

graniacuteticas Eacute usada em fitoterapia como cardiotoacutenico

mas com o uso destas plantas todo o cuidado eacute pouco satildeo

toacutexicas Floresce entre Maio e Agosto

Dedaleira Amarela

O Saramago (Raphanus raphanistrum or sativus)

pertence aacute famiacutelia das cruciacuteferas habita em searas

campos cultivados pousios incultos e entulhos e floresce

entre Abril e Novembro

Saramago

A Calcitrapa (Centranthus calcitrapae) eacute uma

herbaacutecea relativamente baixa podendo atingir os 60 cm

de altura que se distribui pelo sul da Europa e Regiatildeo

Mediterracircnica ocorrendo sobretudo em terrenos incultos

e pouco huacutemidos Em Portugal encontra-se distribuiacuteda por

quase todo o territoacuterio do continente Floresce de Marccedilo a

Julho ou Agosto

Calcitrapa

A Margarida amarela (Chrysanthemum coronarium)

eacute uma composta nativa da regiatildeo mediterracircnica do centro

e sul de Portugal habita em terrenos cultivados e ruderais e

floresce entre Abril e Agosto

Margarida amarela

O Cardo (Cirsium sp) eacute nativo da Eurasia e Norte de

Aacutefrica floresce entre Abril e Agosto e habita terrenos

incultos Eacute usado como alimento para as larvas e alguns

lepidopteros

Cardo

11

~

O Chupa-mel (Echium plantagineum) eacute nativo da Europa

Ocidental (da Inglaterra ao sul da Peniacutensula Ibeacuterica) leste

da Crimeacutelia norte de Aacutefrica e sudeste da Aacutesia habita em

zonas perturbadas baldios e ruderais Floresce entre

Marccedilo e Julho

Chupa-mel

A Erva de Satildeo Roberto (Geranium robertianum) eacute

espontacircnea em jardins matos e caminhos Eacute nativa da

Europa e floresce entre Marccedilo e Julho Eacute usada no

tratamento do cancro e para tratar feridas cutacircneas

Erva de Satildeo Roberto

A Leituga (Leontodom taraxacoides) eacute nativa da

Europa e Norte de Aacutefrica habita em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

A Tremocilha (Lupinus angustifolius) eacute

originaacuteria da regiatildeo mediterracircnica foi introduzida

como cultivo no resto da Europa Austraacutelia

Tasmacircnia Nova Zelacircndia Aacutefrica do Sul e Estados

Unidos da Ameacuterica Podemos encontraacute-la em

terrenos cultivados incultos e ruderais e floresce

entre Marccedilo e Maio

Tremocilha

A Malva (Malva sp) encontra-se na Europa no

sudoeste de Aacutesia na regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia

Podemos encontra-la em terrenos incultos e ruderais e

floresce entre Abril e Setembro

Malva

Leituga

12

Os Assobios (Silene latifolia) satildeo herbaacuteceas que

atingem entre os 40 cm e 80 cm de altura Satildeo

nativos da Ameacuterica do Norte e encontram-se quase

em toda a Europa Encontramo-los em matos zonas

ruderais e rupicolas Florescem entre Abril e Agosto

Assobios

A Papoila (Papaver rhoeas) pode-se encontrar

em quase toda a Europa em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

Papoila

A Erva-vaqueira (Calendula arvensis) eacute nativa

da Europa podendo tambeacutem ser encontrada no Norte de

Aacutefrica Geralmente natildeo atinge mais de 15 m de altura

Podemos encontraacute-la em terrenos cultivados incultos e

ruderais Floresce entre Dezembro e Maio

Erva-vaqueira

A Armeacuteria (Armeria beirana) eacute nativa da

Peniacutensula Ibeacuterica pode ser encontrada em matagais e

floresce entre Maio e Agosto

Armeria

A Soagem (Echium vulgare) eacute nativa da Europa

Aacutesia Central tambeacutem eacute comum na Ameacuterica do Norte

Cresce entre 30 e 80 cm Floresce entre Maio e Setembro

Soagem

13

A Tasneirinha (Senecio vulgaris) distribui-se

por toda a Europa Podemos encontraacute-la em terrenos

incultos cultivados e matagais Floresce durante

quase todo o ano

Tasneirinha

A Erva-das-cortadelas (Achillea millefolium) eacute

nativa da Europa e rara na regiatildeo mediterracircnica

Encontra-se em zonas ruderais Floresce entre Maio e

Agosto

Erva-das-cortadelas

Os Pezinhos do menino Jesus (Briza maxima) satildeo

nativos do Norte de Aacutefrica dos Accedilores Aacutesia Ocidental e Sul

da Europa Habitam em terrenos incultos matagais e matos

e florescem entre Abril e Junho Crescem ateacute 60 cm

Pezinhos do Menino Jesus

A Bela-luz (Thymus mastichina L) distribui-se pela

Peniacutensula Ibeacuterica encontra-se em zonas rupicolas terrenos

incultos matos matagais e zonas ruderais Floresce entre

Marccedilo e Agosto Eacute uma planta aromaacutetica endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica

Bela-Luz

14

Fauna do Concelho

A grande diversidade de habitats a pouca perturbaccedilatildeo e a integraccedilatildeo

do homem no ambiente tornam Celorico da Beira uma aacuterea de elevada

importacircncia fauniacutestica quer pela grande diversidade bioloacutegica quer pela

existecircncia de inuacutemeras espeacutecies ameaccediladas

Das espeacutecies existentes destacam-se o Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) a

Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus eacute a mais ameaccedilada) o Javali (Sus scrofa)

o Coelho-bravo (Oryctolagus cunniculus) a Lebre (Lepus granatensis) a Raposa

(Vulpes vulpes L) o Texugo (Meles meles) a Fuinha (Martes foina) a Lontra

(Lutra lutra) e o Gato-Bravo (Felis silvestris)

O Coelho bravo (Oryctolagus cunniculus) eacute um

animal presente em todo o paiacutes Eacute uacutetil agraves pessoas pela sua

carne usada como alimento e pela pele usada para

confeccionar vestuaacuterio

O Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) eacute o

maior insectiacutevoro da nossa fauna com um

comprimento de corpo entre 18 e 20 cm e cerca de 1 kg

de peso maacuteximo Eacute um animal solitaacuterio e territorial de

haacutebitos essencialmente nocturnos podendo ser

observado nas ultimas horas do dia e ao amanhecer

Ouriccedilo-cacheiro

A Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus) eacute um

mamiacutefero que pode ser encontrado nos Pireneacuteus e na

Peniacutensula Ibeacuterica Tem pecirclo castanho-escuro e negro e

tem cerca de 12cm de comprimento Eacute uma espeacutecie

semi-aquaacutetica que vive em rios e ribeiros construindo

os abrigos nas suas margens

Toupeira-drsquoaacutegua

O Javali (Sus scrofa) eacute um mamiacutefero de porte

meacutedio e corpo robusto Eacute a mais conhecida e a principal

das espeacutecies de porcos selvagens Tem uma ampla

distribuiccedilatildeo geograacutefica sendo nativo da Europa Aacutesia e

Norte de Aacutefrica Eacute o antepassado a partir do qual

evoluiu o actual porco domeacutestico

Javali

Coelho Bravo

15

A Lebre (Lepus granatensis) eacute uma espeacutecie

cinegeacutetica bastante procurada pelos caccediladores O

nuacutemero de efectivos varia de ano para ano o que

poderaacute ser explicado pela actividade cinegeacutetica

Lebre

A Raposa (Vulpes vulpes L) estaacute amplamente

distribuiacuteda pela Aacutefrica Euraacutesia e Ameacuterica do

Norte Natildeo satildeo territorialistas vivem em lugares

onde existe comida em abundacircncia

Raposa

O Texugo (Meles meles) eacute um mamiacutefero da

maior parte da Europa e de muitas aacutereas da Aacutesia

Pode habitar em aacutereas muito diferentes Os texugos

satildeo mais abundantes em zonas com algum relevo e

heterogeacuteneas do ponto de vista paisagiacutestico com

grande variedade de bioacutetopos que lhes

proporcionam uma maior disponibilidade de

recursos e abrigos

Texugo

A Fuinha (Martes foina) eacute um mamiacutefero de

pequeno porte pertencente ao grupo das martas

Habita em toda a Europa Continental excepto

Escandinaacutevia e algumas ilhas do Mediterracircneo

Em Portugal eacute comum em todo o territoacuterio embora

a sua populaccedilatildeo seja desconhecida A fuinha

adapta-se bem agrave presenccedila humana e pode ser

comum em vilas ou mesmo cidades

Fuinha

16

Dentro das aves as que mais se observam satildeo a Andorinha das Barreiras

(Riparia riparia) a Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) o Papa-figos (Oriolus oriolus) a Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) o Bico de lacre (Estrilda astrild) o Guarda - rios (Alcedo atthis) o Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) o

Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) o Papa-amoras-comum (Sylvia communis) o

Tartaranhatildeo - caccedilador (Cyrcus pygargus) o Trigueiratildeo (Emberiza calandra) a

Cotovia Montesina (Galerida theklae) o Torcicolo (Jyns torquila) a Pecircga ndash azul

(Cyanopica cyanus) o Cuco rabilongo (Clamator glandarius) o Pisco-de-peito-

ruivo (Erithacus rubecula) a Sombria (Emberiza hortulana) o Melro-das-

rochas (Monticola saxatilis) o Andorinhatildeo paacutelido (Apus pallidus) a Oacutegea

(Falco subbuteo) o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) a Poupa (Upupa epops) a Andorinha ndash das ndash rochas (Ptyonoprogne rupestris) a Aacutelveola ndash

branca (Motacilla alba) o Rabirruivo ndash preto (Phoenicurus ochruros) a Fuinha

dos Juncos (Cisticola Juncidis) o Chapim Carvoeiro (Parus ater) o Picanccedilo ndash

real (Lanius meridionalis) a Pega ndash rabuda (Pica pica) a Rola ndash brava

(Streptopelia turtur) o Estorninho malhado (Sturnus vulgaris) o Pombo ndash

bravo (Columba oenas) o Tordo ndash zornal (Turdus pilaris) o Rouxinol comum

(Luscinia megarhyncus) o Abelharuco (Merops apiaster) o Pardal-francecircs

(Petronia petronia) Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) o Pintarroxo

(Carduelis cannabina) o Milhafre-preto (Milvus migrans) a Aacuteguia-calccedilada

(Hieraaetus pennatus) o Andorinhatildeo-preto (Apus apus) a Gralha-preta

(Corvus corone) o Estorninho-preto (Sturnus unicolor) a Escrevedora-de-

garganta-preta (Emberiza cirlus) o Milhafre-real (Milvus milvus)

A Lontra (Lutra lutra) apresenta uma

distribuiccedilatildeo extremamente vasta Portugal eacute quase

isolado na distribuiccedilatildeo e abundacircncia da Lontra

uma vez que apresenta uma populaccedilatildeo distribuiacuteda

regularmente pelo territoacuterio e numa situaccedilatildeo de

relativa abundacircncia sendo das poucas populaccedilotildees

viaacuteveis ainda existentes

Lontra

O Gato Bravo (Felis silvestris) eacute um pequeno

felino natural da Europa Aacutefrica e Aacutesia Habita

preferencialmente bosques fechados mas tambeacutem

ocorre em matagais mediterracircneos e florestas de

coniacuteferas Durante o dia podem refugiar-se em

buracos de aacutervores fendas nas rochas e tocas

abandonadas de outros animais

Gato Bravo

17

A Andorinha das barreiras (Riparia riparia)

eacute uma espeacutecie estival que pode ser observada entre a

Primavera e o Veratildeo sobretudo em Marccedilo e

Setembro (por vezes a partir de finais de Fevereiro)

Tem uma distribuiccedilatildeo muito fragmentada

normalmente avista-se em taludes ou barreiras de

terra geralmente nas vaacuterzeas e terras baixas do

litoral ou junto a linhas de aacutegua

Andorinha das Barreiras

A Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) eacute

uma espeacutecie estival observando-se sobretudo de

meados de Fevereiro a meados de Setembro Eacute

bastante comum na metade litoral distribui-se de

norte a sul do paiacutes sendo mais comum nas terras

baixas com galerias ripiacutecolas bem desenvolvidas

Felosa Ibeacuterica

O Papa-figos (Oriolus oriolus) distribui-se de

norte a sul e pode ser considerado comum na metade

interior do territoacuterio e pouco comum na metade

ocidental Eacute um visitante estival que chega bastante

tarde ao nosso paiacutes a maioria dos machos faz-se

ouvir a partir de finais de Abril ou inicio de Maio e

canta ateacute ao princiacutepio de Julho Parte para Aacutefrica

em Agosto sendo jaacute raro a partir de Setembro

Papa-Figos

A Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) eacute

uma presenccedila caracteriacutestica das ribeiras de curso

raacutepido e distribui-se por todo o territoacuterio Frequenta

zonas de aacutegua liacutempida e corrente como ribeiros de

montanha pequenos diques ou represas Por vezes

tambeacutem frequenta canais de rega Reside no norte e

centro e eacute invernante em certas zonas do sul

Alveacuteola-Cinzenta

18

O Bico de Lacre (Estrilda astrild) eacute uma

espeacutecie originaacuteria de Aacutefrica foi introduzido na

Lagoa de Oacutebidos em 1968 e expandiu-se rapidamente

pelo territoacuterio nacional sendo hoje uma espeacutecie

relativamente comum Pode ser visto em Portugal

durante todo o ano e nas zonas onde ocorre natildeo eacute

raro encontrar bandos que podem juntar desde

meia duacutezia ateacute algumas dezenas de indiviacuteduos

Bico de Lacre

O Guarda ndash rios (Alcedo atthis) ocorre em

Portugal durante todo o ano mas a sua abundacircncia

varia fortemente de umas regiotildees para as outras Eacute

claramente mais comum no litoral que no interior e

claramente mais comum em planiacutecie que em

montanha sendo raro acima dos 1000m Pode ser

visto desde Agosto ateacute Abril

Guarda - rios

O Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) eacute pouco

comum em Portugal Distribui-se principalmente

pelas terras do norte e do centro podendo ser visto

na maioria das Serras Portuguesas Eacute uma espeacutecie

residente que pode ser observada nos locais de

reproduccedilatildeo durante todo o ano

Melro ndash d lsquoaacutegua

O Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) eacute uma

espeacutecie bastante comum como aliaacutes se constata a

partir do momento em que se conhece o seu canto

Ocorre sobretudo em zonas de vegetaccedilatildeo densa

sobretudo perto de aacutegua Embora se distribua de

norte a sul do paiacutes eacute claramente mais comum no

sul e no litoral tornando-se mais escasso no norte e

no interior Podemos ouvir o seu canto durante

todo o ano

Rouxinol - bravo

19

O Papa-amoras-comum (Sylvia communis) ocorre quase exclusivamente na metade norte do

territoacuterio sendo mais certo observaacute-lo nessa regiatildeo

entre Abril e Setembro No final do Veratildeo e

princiacutepio do Outono esta espeacutecie pode ser

encontrada em locais distintos das zonas de

nidificaccedilatildeo pois satildeo aves de migraccedilatildeo

Papa-amoras-comum

O Tartaranhatildeo-caccedilador (Cyrcus pygargus) eacute

pouco abundante podendo ser localmente comum em

certas zonas do Alentejo Sendo um nidificante

estival estaacute presente no paiacutes a partir de meados de

Marccedilo ateacute Setembro Estaacute ausente durante o periacuteodo

de inverno

Tartaranhatildeo-caccedilador

O Trigueiratildeo (Emberiza calandra) eacute uma

ave castanha que pousa frequentemente em postes e

fios telefoacutenicos deixando-se observar muito bem Eacute

comum em todo o territoacuterio nacional excepto no norte

e centro onde eacute relativamente escasso A norte do Tejo

eacute um pouco menos numeroso mas ainda assim pode ser

considerado comum na maior parte da Beira Baixa

nos planaltos da Beira Alta e em grande parte de Traacutes-

os-Montes Estaacute presente em Portugal durante todo o

ano no entanto eacute na primavera que a sua abundacircncia

se torna mais visiacutevel

Trigueiratildeo

A Cotovia Montesina (Galerida theklae) eacute

bastante comum mas a sua abundacircncia passa muitas

vezes despercebida devido agraves dificuldades de

identificaccedilatildeo Eacute particularmente comum na metade

interior do territoacuterio onde o habitat lhe eacute mais

favoraacutevel e por vezes podem ser vistos pequenos

bandos desta espeacutecie Esta cotovia eacute residente e

observa-se em Portugal durante todo o ano

Cotovia Montesina

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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5

O Salgueiro (Salix sp) eacute o nome comum das plantas

do geacutenero Salix com perto de 400 espeacutecies distribuiacutedas em

climas temperados e frios A partir dos seus ramos

preparam-se os vimes que foram tatildeo importantes na

cestaria e na produccedilatildeo de mobiliaacuterio artesanal A casca do

tronco pode ser usada na produccedilatildeo de aspirina

A Cerejeira (Prunus avium) pode atingir 0s 20 ou 25

metros de altura Em Portugal localiza-se no Norte e nas

Montanhas da Beira Interior Eacute muito procurada pela sua

madeira que eacute bastante dura forte flexiacutevel e elaacutestica com

aptidatildeo para o uso em mobiliaacuterio marchetaria torneados

instrumentos musicais folheados (de alto valor) etc

Cerejeira

Salgueiro

O Marmeleiro (Cydonia oblonga) eacute uma pequena

aacutervore de porte meacutedio (3 a 6 m) cujo fruto eacute o marmelo Eacute

originaacuterio das regiotildees mais amenas da Aacutesia Menor e

Sudeste da Europa Em Portugal o seu fruto eacute consumido

cozido geralmente fazendo-se marmelada Tambeacutem se

consome assado As sementes podem ser utilizadas como

antidiarreico Do marmeleiro tambeacutem se extrai a vara do

marmelo instrumento de puniccedilatildeo bastante usado no

passado e ainda em uso em algumas localidades

Marmeleiro

A Macieira Brava (Malus sylvestris) eacute uma espeacutecie

nativa da Europa que se estende desde o extremo sul de

Espanha Itaacutelia e Greacutecia ao norte (Escandinaacutevia e Ruacutessia)

A sua altura pode ir desde os 5 m ateacute aos 25 m A madeira

da macieira tem sido extensivamente usada na induacutestria

da talha e em tornearia Dela se fazem tambeacutem pranchas

cabos de ferramentas e uma variedade de artigos

decorativos

Macieira Brava

A Ginjeira (Prunus cerasus) ou cereja aacutecida eacute

nativa de grande parte da Europa e do sudoeste asiaacutetico

Alcanccedila entre 4 a 10 m de altura A cor do fruto varia

entre o vermelho e o preto desenvolvendo-se em ramos

mais curtos Algumas variedades satildeo utilizadas na

produccedilatildeo de Kriek um tipo de cerveja oriunda da Beacutelgica

Ginjeira

6

No estrato arbustivo o que mais se destaca eacute o Alecrim (Rosmarinus

officinalis) o Rosmaninho (Lavandula stoechas) o Junco (Ulex gallii) o Feto-

dos-montes (Pteridium aquilinum) o Tojo (Ulex minor) o Espinheiro (Crataegus monogyna) a Urze (Erica sp) o Carrasco (Quercus coccifera) o Sanguinho-de-

aacutegua (Frangula alnus) a Giesta negral (Cytisus striatus) a Giesta de cor branca

(Cytisus multiflorus) o Sabugueiro (Sambucus nigra) e a Silva (Rubus sp)

O Abrunheiro (Prunus spinosa) eacute muito frequente em

matas e silvados ou na berma dos caminhos onde luta com

bastante sucesso pela sua sobrevivecircncia Eacute uma pequena

aacutervore que pode crescer ateacute 5 m de altura O seu fruto eacute o

abrunho propicio para as conservas mas azedo para comer

Abrunheiro

A Nogueira (Juglans regia) pode medir ateacute 25 m eacute

nativa da Europa e da Aacutesia cuja madeira eacute de oacuteptima

qualidade eacute de uma dureza comparaacutevel agrave do Carvalho mas

faacutecil de trabalhar eacute usada sobretudo no fabrico de moacuteveis e

no revestimento interno das habitaccedilotildees sendo tambeacutem

muito requisitada para trabalhos de talha e para culatras

de armas de fogo As suas sementes as nozes de sabor

agradaacutevel e ricas em oacuteleo consomem-se directamente ou satildeo

espremidas para obter o oacuteleo de nozes que se utiliza como

oacuteleo alimentar como combustiacutevel ou como base de

determinadas pinturas

Nogueira

O Alecrim (Rosmarinus officinalis) eacute um arbusto

comum na regiatildeo do mediterracircneo ocorrendo dos zero aos

1500m de altitude vegeta preferencialmente nos solos de

origem calcaacuteria Fresco (preferencialmente) ou seco eacute

apreciado na preparaccedilatildeo de aves caccedila carne de porco

salsichas linguiccedilas e batatas assadas Pode ser utilizado

ainda em sopas e molhos

Alecrim

7

O Rosmaninho (Lavandula stoechas) eacute tiacutepico da

regiatildeo mediterracircnica e habita em abundacircncia nas matas

do paiacutes Eacute estimulante antiespasmoacutedico e toacutenico fabricando-

se das suas flores uma infusatildeo que eacute aconselhada para a

asma huacutemida e catarros croacutenicos Eacute tambeacutem usado para

problemas de sauacutede como a falta de repouso dificuldades

no sono e desequiliacutebrios funcionais do abdoacutemen superior

(irritaccedilatildeo no estocircmago de origem nervosa sindroma de

Rhoem ndash Held meteorismos desordens intestinais de

origem nervosa) Externamente para tratamento de

problemas funcionais da circulaccedilatildeo

Rosmaninho

O Junco (Ulex gallii) eacute um arbusto perene nativo do

sul da Escoacutecia Inglaterra Irlanda Paiacutes de Gales Franccedila e

noroeste de Espanha Eacute encontrado geralmente nas regiotildees

quentes com solos aacutecidos e frequentemente em ambientes

mariacutetimos e de montanhas Cresce ateacute 90 cm de altura e a

flor eacute amarela

Junco

O Tojo (Ulex minor) eacute tiacutepico da flora atlacircntica da

Peniacutensula Ibeacuterica e de toda a Europa temperada Eacute um

arbusto de crescimento baixo cresce cerca de 30 cm de

altura O seu fruto eacute a vagem

Tojo

O Espinheiro (Crataegus monogyna) eacute uma espeacutecie

de arbusto que pode alcanccedilar os 10 m de altura eacute nativo

da Europa noroeste da Aacutefrica e oeste da Aacutesia Eacute utilizado

na fototerapia que eacute de grande interesse para o

tratamento da insuficiecircncia cardiacuteaca atraveacutes da

medicina baseada em evidecircncias Os seus frutos (drupa)

satildeo geralmente comestiacuteveis e usados em doces geleias

xaropes usados tambeacutem para fazer vinho e dar sabor agrave

aguardente

Espinheiro

8

A Urze (Erica sp) eacute espontacircnea em terrenos pobres

em cal e tem flores com cores diversas As espeacutecies

existentes em Portugal satildeo muito comuns e encontram-se

em todo o paiacutes Eacute um arbusto rasteiro que pode atingir 1 m

de altura Serve de repasto agraves abelhas de onde extraem um

delicioso mel e das suas raiacutezes fabricam-se belos

cachimbos Como planta medicinal satildeo utilizadas as folhas

em infusatildeo no tratamento de caacutelculos renais no combate

agraves insoacutenias e no aliacutevio do reumatismo e da artrite

Urze

O Carrasco (Quercus coccifera) eacute um arbusto que soacute

excepcionalmente atinge porte arboacutereo Originaacuterio do sul da

Europa eacute espontacircneo em toda a regiatildeo mediterracircnica Em

Portugal eacute comum no centro e no sul A madeira eacute

semelhante agrave da Azinheira natildeo tem praticamente nenhum

aproveitamento no entanto as raiacutezes mais grossas podem

ser usadas para a produccedilatildeo de carvatildeo e eventualmente

para lenha

Carrasco

O Sanguinho-de-aacutegua (Frangula alnus) eacute um arbusto que

atinge ateacute 5m de altura surge em margens de cursos de

aacutegua barrancos e carvalhais um pouco por todo o paiacutes agrave

excepccedilatildeo do interior sul Os seus frutos satildeo utilizados em

tinturaria

Sanguinho-de-aacutegua

A Giesta negral (Cytisus striatus) eacute um arbusto de 1 a 3

m de altura O fruto eacute uma vagem completamente coberta de

pecirclos acinzentados e arredondada Eacute nativa de Portugal Os

ramos satildeo tradicionalmente utilizados para a manufactura

de vassouras

Giesta Amarela

A Giesta de cor branca (Cytisus multiflorus) eacute

uma espeacutecie de leguminosa que eacute nativa da Peniacutensula

Ibeacuterica e que foi introduzida noutros continentes Eacute um

arbusto que cresce ateacute 3 ou 4 m alastrando em altura A

flor eacute branca e sai de uma ervilha ateacute 1 cm de

comprimento e geralmente tem uma faixa escura cor-

de-rosa perto da base O fruto eacute uma vagem que pode ter

ateacute 3 cm de comprimento

Giesta Branca

9

No estrato herbaacuteceo evidencia-se a Tripa de ovelha (Andryala

integrifolia) a Dedaleira amarela (Digitalis thapsi) o Saramago (Raphanus raphanistrum or sativus) a Calcitrapa (Centranthus calcitrapae) a Margarida

amarela (Chrysanthemum coronarium) o Cardo (Cirsium sp) o Chupa-mel

(Echium plantagineum) a Erva-de-satildeo-roberto (Geranium robertianum) a

Leituga (Leontodom taraxacoides) a Tremocilha (Lupinus angustifolius) a

Malva (Malva sp) os Assobios (Silene latifolia) a Papoila (Papaver rhoeas) a

Erva-vaqueira (Calendula arvensis) a Armeacuteria (Armeria beirana) a Soagem

(Echium vulgare) a Tasneirinha (Senecio vulgaris) a Erva-das-cortadelas

(Achillea millefolium) os Pezinhos do Menino Jesus (Briza maacutexima) e a Bela-

Luz (Thymus mastichina L)

O Sabugueiro (Sambucus nigra) eacute nativo da

Europa e do Norte de Aacutefrica e disseminou-se facilmente

pelo mundo todo Eacute um arbusto espontacircneo de 2 a 4 m as

flores satildeo pequenas e muito brancas e exalam um

perfume agradaacutevel As suas bagas depois de apanhadas

e secas satildeo exportadas a fim de serem transformadas e

servirem de corantes para as pastelarias bem como para

produtos farmacecircuticos O fruto tambeacutem se utiliza como

aditivo ao vinho para lhe dar sabor e cor Eacute usado por

quem tem movimentos involuntaacuterios de origem nervosa

Sabugueiro

A Silva (Rubus sp) eacute nativa da Europa e da

regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia Habita terrenos

incultos matos matagais e ruderais Floresce entre

Maio e Agosto Eacute conhecida pelos seus espinhos e surge

espontaneamente conquistando grandes quantidades de

terreno

Silva

A Tripa de Ovelha (Andryala integrifolia) pertence

agrave famiacutelia das Asteraceas habita em matos matagais

terrenos cultivados e incultos e floresce entre Junho e

Agosto

Tripa de Ovelha

10

A Dedaleira amarela (Digitalis thapsi) eacute

considerada um endemismo ibeacuterico Em Portugal eacute

possiacutevel encontra-la no Alto-Alentejo Beiras (Alta e

Baixa) Traacutes-os-Montes e Minho geralmente em terrenos

secos e rochosos e frequentemente nas fendas das rochas

graniacuteticas Eacute usada em fitoterapia como cardiotoacutenico

mas com o uso destas plantas todo o cuidado eacute pouco satildeo

toacutexicas Floresce entre Maio e Agosto

Dedaleira Amarela

O Saramago (Raphanus raphanistrum or sativus)

pertence aacute famiacutelia das cruciacuteferas habita em searas

campos cultivados pousios incultos e entulhos e floresce

entre Abril e Novembro

Saramago

A Calcitrapa (Centranthus calcitrapae) eacute uma

herbaacutecea relativamente baixa podendo atingir os 60 cm

de altura que se distribui pelo sul da Europa e Regiatildeo

Mediterracircnica ocorrendo sobretudo em terrenos incultos

e pouco huacutemidos Em Portugal encontra-se distribuiacuteda por

quase todo o territoacuterio do continente Floresce de Marccedilo a

Julho ou Agosto

Calcitrapa

A Margarida amarela (Chrysanthemum coronarium)

eacute uma composta nativa da regiatildeo mediterracircnica do centro

e sul de Portugal habita em terrenos cultivados e ruderais e

floresce entre Abril e Agosto

Margarida amarela

O Cardo (Cirsium sp) eacute nativo da Eurasia e Norte de

Aacutefrica floresce entre Abril e Agosto e habita terrenos

incultos Eacute usado como alimento para as larvas e alguns

lepidopteros

Cardo

11

~

O Chupa-mel (Echium plantagineum) eacute nativo da Europa

Ocidental (da Inglaterra ao sul da Peniacutensula Ibeacuterica) leste

da Crimeacutelia norte de Aacutefrica e sudeste da Aacutesia habita em

zonas perturbadas baldios e ruderais Floresce entre

Marccedilo e Julho

Chupa-mel

A Erva de Satildeo Roberto (Geranium robertianum) eacute

espontacircnea em jardins matos e caminhos Eacute nativa da

Europa e floresce entre Marccedilo e Julho Eacute usada no

tratamento do cancro e para tratar feridas cutacircneas

Erva de Satildeo Roberto

A Leituga (Leontodom taraxacoides) eacute nativa da

Europa e Norte de Aacutefrica habita em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

A Tremocilha (Lupinus angustifolius) eacute

originaacuteria da regiatildeo mediterracircnica foi introduzida

como cultivo no resto da Europa Austraacutelia

Tasmacircnia Nova Zelacircndia Aacutefrica do Sul e Estados

Unidos da Ameacuterica Podemos encontraacute-la em

terrenos cultivados incultos e ruderais e floresce

entre Marccedilo e Maio

Tremocilha

A Malva (Malva sp) encontra-se na Europa no

sudoeste de Aacutesia na regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia

Podemos encontra-la em terrenos incultos e ruderais e

floresce entre Abril e Setembro

Malva

Leituga

12

Os Assobios (Silene latifolia) satildeo herbaacuteceas que

atingem entre os 40 cm e 80 cm de altura Satildeo

nativos da Ameacuterica do Norte e encontram-se quase

em toda a Europa Encontramo-los em matos zonas

ruderais e rupicolas Florescem entre Abril e Agosto

Assobios

A Papoila (Papaver rhoeas) pode-se encontrar

em quase toda a Europa em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

Papoila

A Erva-vaqueira (Calendula arvensis) eacute nativa

da Europa podendo tambeacutem ser encontrada no Norte de

Aacutefrica Geralmente natildeo atinge mais de 15 m de altura

Podemos encontraacute-la em terrenos cultivados incultos e

ruderais Floresce entre Dezembro e Maio

Erva-vaqueira

A Armeacuteria (Armeria beirana) eacute nativa da

Peniacutensula Ibeacuterica pode ser encontrada em matagais e

floresce entre Maio e Agosto

Armeria

A Soagem (Echium vulgare) eacute nativa da Europa

Aacutesia Central tambeacutem eacute comum na Ameacuterica do Norte

Cresce entre 30 e 80 cm Floresce entre Maio e Setembro

Soagem

13

A Tasneirinha (Senecio vulgaris) distribui-se

por toda a Europa Podemos encontraacute-la em terrenos

incultos cultivados e matagais Floresce durante

quase todo o ano

Tasneirinha

A Erva-das-cortadelas (Achillea millefolium) eacute

nativa da Europa e rara na regiatildeo mediterracircnica

Encontra-se em zonas ruderais Floresce entre Maio e

Agosto

Erva-das-cortadelas

Os Pezinhos do menino Jesus (Briza maxima) satildeo

nativos do Norte de Aacutefrica dos Accedilores Aacutesia Ocidental e Sul

da Europa Habitam em terrenos incultos matagais e matos

e florescem entre Abril e Junho Crescem ateacute 60 cm

Pezinhos do Menino Jesus

A Bela-luz (Thymus mastichina L) distribui-se pela

Peniacutensula Ibeacuterica encontra-se em zonas rupicolas terrenos

incultos matos matagais e zonas ruderais Floresce entre

Marccedilo e Agosto Eacute uma planta aromaacutetica endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica

Bela-Luz

14

Fauna do Concelho

A grande diversidade de habitats a pouca perturbaccedilatildeo e a integraccedilatildeo

do homem no ambiente tornam Celorico da Beira uma aacuterea de elevada

importacircncia fauniacutestica quer pela grande diversidade bioloacutegica quer pela

existecircncia de inuacutemeras espeacutecies ameaccediladas

Das espeacutecies existentes destacam-se o Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) a

Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus eacute a mais ameaccedilada) o Javali (Sus scrofa)

o Coelho-bravo (Oryctolagus cunniculus) a Lebre (Lepus granatensis) a Raposa

(Vulpes vulpes L) o Texugo (Meles meles) a Fuinha (Martes foina) a Lontra

(Lutra lutra) e o Gato-Bravo (Felis silvestris)

O Coelho bravo (Oryctolagus cunniculus) eacute um

animal presente em todo o paiacutes Eacute uacutetil agraves pessoas pela sua

carne usada como alimento e pela pele usada para

confeccionar vestuaacuterio

O Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) eacute o

maior insectiacutevoro da nossa fauna com um

comprimento de corpo entre 18 e 20 cm e cerca de 1 kg

de peso maacuteximo Eacute um animal solitaacuterio e territorial de

haacutebitos essencialmente nocturnos podendo ser

observado nas ultimas horas do dia e ao amanhecer

Ouriccedilo-cacheiro

A Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus) eacute um

mamiacutefero que pode ser encontrado nos Pireneacuteus e na

Peniacutensula Ibeacuterica Tem pecirclo castanho-escuro e negro e

tem cerca de 12cm de comprimento Eacute uma espeacutecie

semi-aquaacutetica que vive em rios e ribeiros construindo

os abrigos nas suas margens

Toupeira-drsquoaacutegua

O Javali (Sus scrofa) eacute um mamiacutefero de porte

meacutedio e corpo robusto Eacute a mais conhecida e a principal

das espeacutecies de porcos selvagens Tem uma ampla

distribuiccedilatildeo geograacutefica sendo nativo da Europa Aacutesia e

Norte de Aacutefrica Eacute o antepassado a partir do qual

evoluiu o actual porco domeacutestico

Javali

Coelho Bravo

15

A Lebre (Lepus granatensis) eacute uma espeacutecie

cinegeacutetica bastante procurada pelos caccediladores O

nuacutemero de efectivos varia de ano para ano o que

poderaacute ser explicado pela actividade cinegeacutetica

Lebre

A Raposa (Vulpes vulpes L) estaacute amplamente

distribuiacuteda pela Aacutefrica Euraacutesia e Ameacuterica do

Norte Natildeo satildeo territorialistas vivem em lugares

onde existe comida em abundacircncia

Raposa

O Texugo (Meles meles) eacute um mamiacutefero da

maior parte da Europa e de muitas aacutereas da Aacutesia

Pode habitar em aacutereas muito diferentes Os texugos

satildeo mais abundantes em zonas com algum relevo e

heterogeacuteneas do ponto de vista paisagiacutestico com

grande variedade de bioacutetopos que lhes

proporcionam uma maior disponibilidade de

recursos e abrigos

Texugo

A Fuinha (Martes foina) eacute um mamiacutefero de

pequeno porte pertencente ao grupo das martas

Habita em toda a Europa Continental excepto

Escandinaacutevia e algumas ilhas do Mediterracircneo

Em Portugal eacute comum em todo o territoacuterio embora

a sua populaccedilatildeo seja desconhecida A fuinha

adapta-se bem agrave presenccedila humana e pode ser

comum em vilas ou mesmo cidades

Fuinha

16

Dentro das aves as que mais se observam satildeo a Andorinha das Barreiras

(Riparia riparia) a Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) o Papa-figos (Oriolus oriolus) a Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) o Bico de lacre (Estrilda astrild) o Guarda - rios (Alcedo atthis) o Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) o

Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) o Papa-amoras-comum (Sylvia communis) o

Tartaranhatildeo - caccedilador (Cyrcus pygargus) o Trigueiratildeo (Emberiza calandra) a

Cotovia Montesina (Galerida theklae) o Torcicolo (Jyns torquila) a Pecircga ndash azul

(Cyanopica cyanus) o Cuco rabilongo (Clamator glandarius) o Pisco-de-peito-

ruivo (Erithacus rubecula) a Sombria (Emberiza hortulana) o Melro-das-

rochas (Monticola saxatilis) o Andorinhatildeo paacutelido (Apus pallidus) a Oacutegea

(Falco subbuteo) o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) a Poupa (Upupa epops) a Andorinha ndash das ndash rochas (Ptyonoprogne rupestris) a Aacutelveola ndash

branca (Motacilla alba) o Rabirruivo ndash preto (Phoenicurus ochruros) a Fuinha

dos Juncos (Cisticola Juncidis) o Chapim Carvoeiro (Parus ater) o Picanccedilo ndash

real (Lanius meridionalis) a Pega ndash rabuda (Pica pica) a Rola ndash brava

(Streptopelia turtur) o Estorninho malhado (Sturnus vulgaris) o Pombo ndash

bravo (Columba oenas) o Tordo ndash zornal (Turdus pilaris) o Rouxinol comum

(Luscinia megarhyncus) o Abelharuco (Merops apiaster) o Pardal-francecircs

(Petronia petronia) Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) o Pintarroxo

(Carduelis cannabina) o Milhafre-preto (Milvus migrans) a Aacuteguia-calccedilada

(Hieraaetus pennatus) o Andorinhatildeo-preto (Apus apus) a Gralha-preta

(Corvus corone) o Estorninho-preto (Sturnus unicolor) a Escrevedora-de-

garganta-preta (Emberiza cirlus) o Milhafre-real (Milvus milvus)

A Lontra (Lutra lutra) apresenta uma

distribuiccedilatildeo extremamente vasta Portugal eacute quase

isolado na distribuiccedilatildeo e abundacircncia da Lontra

uma vez que apresenta uma populaccedilatildeo distribuiacuteda

regularmente pelo territoacuterio e numa situaccedilatildeo de

relativa abundacircncia sendo das poucas populaccedilotildees

viaacuteveis ainda existentes

Lontra

O Gato Bravo (Felis silvestris) eacute um pequeno

felino natural da Europa Aacutefrica e Aacutesia Habita

preferencialmente bosques fechados mas tambeacutem

ocorre em matagais mediterracircneos e florestas de

coniacuteferas Durante o dia podem refugiar-se em

buracos de aacutervores fendas nas rochas e tocas

abandonadas de outros animais

Gato Bravo

17

A Andorinha das barreiras (Riparia riparia)

eacute uma espeacutecie estival que pode ser observada entre a

Primavera e o Veratildeo sobretudo em Marccedilo e

Setembro (por vezes a partir de finais de Fevereiro)

Tem uma distribuiccedilatildeo muito fragmentada

normalmente avista-se em taludes ou barreiras de

terra geralmente nas vaacuterzeas e terras baixas do

litoral ou junto a linhas de aacutegua

Andorinha das Barreiras

A Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) eacute

uma espeacutecie estival observando-se sobretudo de

meados de Fevereiro a meados de Setembro Eacute

bastante comum na metade litoral distribui-se de

norte a sul do paiacutes sendo mais comum nas terras

baixas com galerias ripiacutecolas bem desenvolvidas

Felosa Ibeacuterica

O Papa-figos (Oriolus oriolus) distribui-se de

norte a sul e pode ser considerado comum na metade

interior do territoacuterio e pouco comum na metade

ocidental Eacute um visitante estival que chega bastante

tarde ao nosso paiacutes a maioria dos machos faz-se

ouvir a partir de finais de Abril ou inicio de Maio e

canta ateacute ao princiacutepio de Julho Parte para Aacutefrica

em Agosto sendo jaacute raro a partir de Setembro

Papa-Figos

A Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) eacute

uma presenccedila caracteriacutestica das ribeiras de curso

raacutepido e distribui-se por todo o territoacuterio Frequenta

zonas de aacutegua liacutempida e corrente como ribeiros de

montanha pequenos diques ou represas Por vezes

tambeacutem frequenta canais de rega Reside no norte e

centro e eacute invernante em certas zonas do sul

Alveacuteola-Cinzenta

18

O Bico de Lacre (Estrilda astrild) eacute uma

espeacutecie originaacuteria de Aacutefrica foi introduzido na

Lagoa de Oacutebidos em 1968 e expandiu-se rapidamente

pelo territoacuterio nacional sendo hoje uma espeacutecie

relativamente comum Pode ser visto em Portugal

durante todo o ano e nas zonas onde ocorre natildeo eacute

raro encontrar bandos que podem juntar desde

meia duacutezia ateacute algumas dezenas de indiviacuteduos

Bico de Lacre

O Guarda ndash rios (Alcedo atthis) ocorre em

Portugal durante todo o ano mas a sua abundacircncia

varia fortemente de umas regiotildees para as outras Eacute

claramente mais comum no litoral que no interior e

claramente mais comum em planiacutecie que em

montanha sendo raro acima dos 1000m Pode ser

visto desde Agosto ateacute Abril

Guarda - rios

O Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) eacute pouco

comum em Portugal Distribui-se principalmente

pelas terras do norte e do centro podendo ser visto

na maioria das Serras Portuguesas Eacute uma espeacutecie

residente que pode ser observada nos locais de

reproduccedilatildeo durante todo o ano

Melro ndash d lsquoaacutegua

O Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) eacute uma

espeacutecie bastante comum como aliaacutes se constata a

partir do momento em que se conhece o seu canto

Ocorre sobretudo em zonas de vegetaccedilatildeo densa

sobretudo perto de aacutegua Embora se distribua de

norte a sul do paiacutes eacute claramente mais comum no

sul e no litoral tornando-se mais escasso no norte e

no interior Podemos ouvir o seu canto durante

todo o ano

Rouxinol - bravo

19

O Papa-amoras-comum (Sylvia communis) ocorre quase exclusivamente na metade norte do

territoacuterio sendo mais certo observaacute-lo nessa regiatildeo

entre Abril e Setembro No final do Veratildeo e

princiacutepio do Outono esta espeacutecie pode ser

encontrada em locais distintos das zonas de

nidificaccedilatildeo pois satildeo aves de migraccedilatildeo

Papa-amoras-comum

O Tartaranhatildeo-caccedilador (Cyrcus pygargus) eacute

pouco abundante podendo ser localmente comum em

certas zonas do Alentejo Sendo um nidificante

estival estaacute presente no paiacutes a partir de meados de

Marccedilo ateacute Setembro Estaacute ausente durante o periacuteodo

de inverno

Tartaranhatildeo-caccedilador

O Trigueiratildeo (Emberiza calandra) eacute uma

ave castanha que pousa frequentemente em postes e

fios telefoacutenicos deixando-se observar muito bem Eacute

comum em todo o territoacuterio nacional excepto no norte

e centro onde eacute relativamente escasso A norte do Tejo

eacute um pouco menos numeroso mas ainda assim pode ser

considerado comum na maior parte da Beira Baixa

nos planaltos da Beira Alta e em grande parte de Traacutes-

os-Montes Estaacute presente em Portugal durante todo o

ano no entanto eacute na primavera que a sua abundacircncia

se torna mais visiacutevel

Trigueiratildeo

A Cotovia Montesina (Galerida theklae) eacute

bastante comum mas a sua abundacircncia passa muitas

vezes despercebida devido agraves dificuldades de

identificaccedilatildeo Eacute particularmente comum na metade

interior do territoacuterio onde o habitat lhe eacute mais

favoraacutevel e por vezes podem ser vistos pequenos

bandos desta espeacutecie Esta cotovia eacute residente e

observa-se em Portugal durante todo o ano

Cotovia Montesina

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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6

No estrato arbustivo o que mais se destaca eacute o Alecrim (Rosmarinus

officinalis) o Rosmaninho (Lavandula stoechas) o Junco (Ulex gallii) o Feto-

dos-montes (Pteridium aquilinum) o Tojo (Ulex minor) o Espinheiro (Crataegus monogyna) a Urze (Erica sp) o Carrasco (Quercus coccifera) o Sanguinho-de-

aacutegua (Frangula alnus) a Giesta negral (Cytisus striatus) a Giesta de cor branca

(Cytisus multiflorus) o Sabugueiro (Sambucus nigra) e a Silva (Rubus sp)

O Abrunheiro (Prunus spinosa) eacute muito frequente em

matas e silvados ou na berma dos caminhos onde luta com

bastante sucesso pela sua sobrevivecircncia Eacute uma pequena

aacutervore que pode crescer ateacute 5 m de altura O seu fruto eacute o

abrunho propicio para as conservas mas azedo para comer

Abrunheiro

A Nogueira (Juglans regia) pode medir ateacute 25 m eacute

nativa da Europa e da Aacutesia cuja madeira eacute de oacuteptima

qualidade eacute de uma dureza comparaacutevel agrave do Carvalho mas

faacutecil de trabalhar eacute usada sobretudo no fabrico de moacuteveis e

no revestimento interno das habitaccedilotildees sendo tambeacutem

muito requisitada para trabalhos de talha e para culatras

de armas de fogo As suas sementes as nozes de sabor

agradaacutevel e ricas em oacuteleo consomem-se directamente ou satildeo

espremidas para obter o oacuteleo de nozes que se utiliza como

oacuteleo alimentar como combustiacutevel ou como base de

determinadas pinturas

Nogueira

O Alecrim (Rosmarinus officinalis) eacute um arbusto

comum na regiatildeo do mediterracircneo ocorrendo dos zero aos

1500m de altitude vegeta preferencialmente nos solos de

origem calcaacuteria Fresco (preferencialmente) ou seco eacute

apreciado na preparaccedilatildeo de aves caccedila carne de porco

salsichas linguiccedilas e batatas assadas Pode ser utilizado

ainda em sopas e molhos

Alecrim

7

O Rosmaninho (Lavandula stoechas) eacute tiacutepico da

regiatildeo mediterracircnica e habita em abundacircncia nas matas

do paiacutes Eacute estimulante antiespasmoacutedico e toacutenico fabricando-

se das suas flores uma infusatildeo que eacute aconselhada para a

asma huacutemida e catarros croacutenicos Eacute tambeacutem usado para

problemas de sauacutede como a falta de repouso dificuldades

no sono e desequiliacutebrios funcionais do abdoacutemen superior

(irritaccedilatildeo no estocircmago de origem nervosa sindroma de

Rhoem ndash Held meteorismos desordens intestinais de

origem nervosa) Externamente para tratamento de

problemas funcionais da circulaccedilatildeo

Rosmaninho

O Junco (Ulex gallii) eacute um arbusto perene nativo do

sul da Escoacutecia Inglaterra Irlanda Paiacutes de Gales Franccedila e

noroeste de Espanha Eacute encontrado geralmente nas regiotildees

quentes com solos aacutecidos e frequentemente em ambientes

mariacutetimos e de montanhas Cresce ateacute 90 cm de altura e a

flor eacute amarela

Junco

O Tojo (Ulex minor) eacute tiacutepico da flora atlacircntica da

Peniacutensula Ibeacuterica e de toda a Europa temperada Eacute um

arbusto de crescimento baixo cresce cerca de 30 cm de

altura O seu fruto eacute a vagem

Tojo

O Espinheiro (Crataegus monogyna) eacute uma espeacutecie

de arbusto que pode alcanccedilar os 10 m de altura eacute nativo

da Europa noroeste da Aacutefrica e oeste da Aacutesia Eacute utilizado

na fototerapia que eacute de grande interesse para o

tratamento da insuficiecircncia cardiacuteaca atraveacutes da

medicina baseada em evidecircncias Os seus frutos (drupa)

satildeo geralmente comestiacuteveis e usados em doces geleias

xaropes usados tambeacutem para fazer vinho e dar sabor agrave

aguardente

Espinheiro

8

A Urze (Erica sp) eacute espontacircnea em terrenos pobres

em cal e tem flores com cores diversas As espeacutecies

existentes em Portugal satildeo muito comuns e encontram-se

em todo o paiacutes Eacute um arbusto rasteiro que pode atingir 1 m

de altura Serve de repasto agraves abelhas de onde extraem um

delicioso mel e das suas raiacutezes fabricam-se belos

cachimbos Como planta medicinal satildeo utilizadas as folhas

em infusatildeo no tratamento de caacutelculos renais no combate

agraves insoacutenias e no aliacutevio do reumatismo e da artrite

Urze

O Carrasco (Quercus coccifera) eacute um arbusto que soacute

excepcionalmente atinge porte arboacutereo Originaacuterio do sul da

Europa eacute espontacircneo em toda a regiatildeo mediterracircnica Em

Portugal eacute comum no centro e no sul A madeira eacute

semelhante agrave da Azinheira natildeo tem praticamente nenhum

aproveitamento no entanto as raiacutezes mais grossas podem

ser usadas para a produccedilatildeo de carvatildeo e eventualmente

para lenha

Carrasco

O Sanguinho-de-aacutegua (Frangula alnus) eacute um arbusto que

atinge ateacute 5m de altura surge em margens de cursos de

aacutegua barrancos e carvalhais um pouco por todo o paiacutes agrave

excepccedilatildeo do interior sul Os seus frutos satildeo utilizados em

tinturaria

Sanguinho-de-aacutegua

A Giesta negral (Cytisus striatus) eacute um arbusto de 1 a 3

m de altura O fruto eacute uma vagem completamente coberta de

pecirclos acinzentados e arredondada Eacute nativa de Portugal Os

ramos satildeo tradicionalmente utilizados para a manufactura

de vassouras

Giesta Amarela

A Giesta de cor branca (Cytisus multiflorus) eacute

uma espeacutecie de leguminosa que eacute nativa da Peniacutensula

Ibeacuterica e que foi introduzida noutros continentes Eacute um

arbusto que cresce ateacute 3 ou 4 m alastrando em altura A

flor eacute branca e sai de uma ervilha ateacute 1 cm de

comprimento e geralmente tem uma faixa escura cor-

de-rosa perto da base O fruto eacute uma vagem que pode ter

ateacute 3 cm de comprimento

Giesta Branca

9

No estrato herbaacuteceo evidencia-se a Tripa de ovelha (Andryala

integrifolia) a Dedaleira amarela (Digitalis thapsi) o Saramago (Raphanus raphanistrum or sativus) a Calcitrapa (Centranthus calcitrapae) a Margarida

amarela (Chrysanthemum coronarium) o Cardo (Cirsium sp) o Chupa-mel

(Echium plantagineum) a Erva-de-satildeo-roberto (Geranium robertianum) a

Leituga (Leontodom taraxacoides) a Tremocilha (Lupinus angustifolius) a

Malva (Malva sp) os Assobios (Silene latifolia) a Papoila (Papaver rhoeas) a

Erva-vaqueira (Calendula arvensis) a Armeacuteria (Armeria beirana) a Soagem

(Echium vulgare) a Tasneirinha (Senecio vulgaris) a Erva-das-cortadelas

(Achillea millefolium) os Pezinhos do Menino Jesus (Briza maacutexima) e a Bela-

Luz (Thymus mastichina L)

O Sabugueiro (Sambucus nigra) eacute nativo da

Europa e do Norte de Aacutefrica e disseminou-se facilmente

pelo mundo todo Eacute um arbusto espontacircneo de 2 a 4 m as

flores satildeo pequenas e muito brancas e exalam um

perfume agradaacutevel As suas bagas depois de apanhadas

e secas satildeo exportadas a fim de serem transformadas e

servirem de corantes para as pastelarias bem como para

produtos farmacecircuticos O fruto tambeacutem se utiliza como

aditivo ao vinho para lhe dar sabor e cor Eacute usado por

quem tem movimentos involuntaacuterios de origem nervosa

Sabugueiro

A Silva (Rubus sp) eacute nativa da Europa e da

regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia Habita terrenos

incultos matos matagais e ruderais Floresce entre

Maio e Agosto Eacute conhecida pelos seus espinhos e surge

espontaneamente conquistando grandes quantidades de

terreno

Silva

A Tripa de Ovelha (Andryala integrifolia) pertence

agrave famiacutelia das Asteraceas habita em matos matagais

terrenos cultivados e incultos e floresce entre Junho e

Agosto

Tripa de Ovelha

10

A Dedaleira amarela (Digitalis thapsi) eacute

considerada um endemismo ibeacuterico Em Portugal eacute

possiacutevel encontra-la no Alto-Alentejo Beiras (Alta e

Baixa) Traacutes-os-Montes e Minho geralmente em terrenos

secos e rochosos e frequentemente nas fendas das rochas

graniacuteticas Eacute usada em fitoterapia como cardiotoacutenico

mas com o uso destas plantas todo o cuidado eacute pouco satildeo

toacutexicas Floresce entre Maio e Agosto

Dedaleira Amarela

O Saramago (Raphanus raphanistrum or sativus)

pertence aacute famiacutelia das cruciacuteferas habita em searas

campos cultivados pousios incultos e entulhos e floresce

entre Abril e Novembro

Saramago

A Calcitrapa (Centranthus calcitrapae) eacute uma

herbaacutecea relativamente baixa podendo atingir os 60 cm

de altura que se distribui pelo sul da Europa e Regiatildeo

Mediterracircnica ocorrendo sobretudo em terrenos incultos

e pouco huacutemidos Em Portugal encontra-se distribuiacuteda por

quase todo o territoacuterio do continente Floresce de Marccedilo a

Julho ou Agosto

Calcitrapa

A Margarida amarela (Chrysanthemum coronarium)

eacute uma composta nativa da regiatildeo mediterracircnica do centro

e sul de Portugal habita em terrenos cultivados e ruderais e

floresce entre Abril e Agosto

Margarida amarela

O Cardo (Cirsium sp) eacute nativo da Eurasia e Norte de

Aacutefrica floresce entre Abril e Agosto e habita terrenos

incultos Eacute usado como alimento para as larvas e alguns

lepidopteros

Cardo

11

~

O Chupa-mel (Echium plantagineum) eacute nativo da Europa

Ocidental (da Inglaterra ao sul da Peniacutensula Ibeacuterica) leste

da Crimeacutelia norte de Aacutefrica e sudeste da Aacutesia habita em

zonas perturbadas baldios e ruderais Floresce entre

Marccedilo e Julho

Chupa-mel

A Erva de Satildeo Roberto (Geranium robertianum) eacute

espontacircnea em jardins matos e caminhos Eacute nativa da

Europa e floresce entre Marccedilo e Julho Eacute usada no

tratamento do cancro e para tratar feridas cutacircneas

Erva de Satildeo Roberto

A Leituga (Leontodom taraxacoides) eacute nativa da

Europa e Norte de Aacutefrica habita em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

A Tremocilha (Lupinus angustifolius) eacute

originaacuteria da regiatildeo mediterracircnica foi introduzida

como cultivo no resto da Europa Austraacutelia

Tasmacircnia Nova Zelacircndia Aacutefrica do Sul e Estados

Unidos da Ameacuterica Podemos encontraacute-la em

terrenos cultivados incultos e ruderais e floresce

entre Marccedilo e Maio

Tremocilha

A Malva (Malva sp) encontra-se na Europa no

sudoeste de Aacutesia na regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia

Podemos encontra-la em terrenos incultos e ruderais e

floresce entre Abril e Setembro

Malva

Leituga

12

Os Assobios (Silene latifolia) satildeo herbaacuteceas que

atingem entre os 40 cm e 80 cm de altura Satildeo

nativos da Ameacuterica do Norte e encontram-se quase

em toda a Europa Encontramo-los em matos zonas

ruderais e rupicolas Florescem entre Abril e Agosto

Assobios

A Papoila (Papaver rhoeas) pode-se encontrar

em quase toda a Europa em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

Papoila

A Erva-vaqueira (Calendula arvensis) eacute nativa

da Europa podendo tambeacutem ser encontrada no Norte de

Aacutefrica Geralmente natildeo atinge mais de 15 m de altura

Podemos encontraacute-la em terrenos cultivados incultos e

ruderais Floresce entre Dezembro e Maio

Erva-vaqueira

A Armeacuteria (Armeria beirana) eacute nativa da

Peniacutensula Ibeacuterica pode ser encontrada em matagais e

floresce entre Maio e Agosto

Armeria

A Soagem (Echium vulgare) eacute nativa da Europa

Aacutesia Central tambeacutem eacute comum na Ameacuterica do Norte

Cresce entre 30 e 80 cm Floresce entre Maio e Setembro

Soagem

13

A Tasneirinha (Senecio vulgaris) distribui-se

por toda a Europa Podemos encontraacute-la em terrenos

incultos cultivados e matagais Floresce durante

quase todo o ano

Tasneirinha

A Erva-das-cortadelas (Achillea millefolium) eacute

nativa da Europa e rara na regiatildeo mediterracircnica

Encontra-se em zonas ruderais Floresce entre Maio e

Agosto

Erva-das-cortadelas

Os Pezinhos do menino Jesus (Briza maxima) satildeo

nativos do Norte de Aacutefrica dos Accedilores Aacutesia Ocidental e Sul

da Europa Habitam em terrenos incultos matagais e matos

e florescem entre Abril e Junho Crescem ateacute 60 cm

Pezinhos do Menino Jesus

A Bela-luz (Thymus mastichina L) distribui-se pela

Peniacutensula Ibeacuterica encontra-se em zonas rupicolas terrenos

incultos matos matagais e zonas ruderais Floresce entre

Marccedilo e Agosto Eacute uma planta aromaacutetica endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica

Bela-Luz

14

Fauna do Concelho

A grande diversidade de habitats a pouca perturbaccedilatildeo e a integraccedilatildeo

do homem no ambiente tornam Celorico da Beira uma aacuterea de elevada

importacircncia fauniacutestica quer pela grande diversidade bioloacutegica quer pela

existecircncia de inuacutemeras espeacutecies ameaccediladas

Das espeacutecies existentes destacam-se o Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) a

Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus eacute a mais ameaccedilada) o Javali (Sus scrofa)

o Coelho-bravo (Oryctolagus cunniculus) a Lebre (Lepus granatensis) a Raposa

(Vulpes vulpes L) o Texugo (Meles meles) a Fuinha (Martes foina) a Lontra

(Lutra lutra) e o Gato-Bravo (Felis silvestris)

O Coelho bravo (Oryctolagus cunniculus) eacute um

animal presente em todo o paiacutes Eacute uacutetil agraves pessoas pela sua

carne usada como alimento e pela pele usada para

confeccionar vestuaacuterio

O Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) eacute o

maior insectiacutevoro da nossa fauna com um

comprimento de corpo entre 18 e 20 cm e cerca de 1 kg

de peso maacuteximo Eacute um animal solitaacuterio e territorial de

haacutebitos essencialmente nocturnos podendo ser

observado nas ultimas horas do dia e ao amanhecer

Ouriccedilo-cacheiro

A Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus) eacute um

mamiacutefero que pode ser encontrado nos Pireneacuteus e na

Peniacutensula Ibeacuterica Tem pecirclo castanho-escuro e negro e

tem cerca de 12cm de comprimento Eacute uma espeacutecie

semi-aquaacutetica que vive em rios e ribeiros construindo

os abrigos nas suas margens

Toupeira-drsquoaacutegua

O Javali (Sus scrofa) eacute um mamiacutefero de porte

meacutedio e corpo robusto Eacute a mais conhecida e a principal

das espeacutecies de porcos selvagens Tem uma ampla

distribuiccedilatildeo geograacutefica sendo nativo da Europa Aacutesia e

Norte de Aacutefrica Eacute o antepassado a partir do qual

evoluiu o actual porco domeacutestico

Javali

Coelho Bravo

15

A Lebre (Lepus granatensis) eacute uma espeacutecie

cinegeacutetica bastante procurada pelos caccediladores O

nuacutemero de efectivos varia de ano para ano o que

poderaacute ser explicado pela actividade cinegeacutetica

Lebre

A Raposa (Vulpes vulpes L) estaacute amplamente

distribuiacuteda pela Aacutefrica Euraacutesia e Ameacuterica do

Norte Natildeo satildeo territorialistas vivem em lugares

onde existe comida em abundacircncia

Raposa

O Texugo (Meles meles) eacute um mamiacutefero da

maior parte da Europa e de muitas aacutereas da Aacutesia

Pode habitar em aacutereas muito diferentes Os texugos

satildeo mais abundantes em zonas com algum relevo e

heterogeacuteneas do ponto de vista paisagiacutestico com

grande variedade de bioacutetopos que lhes

proporcionam uma maior disponibilidade de

recursos e abrigos

Texugo

A Fuinha (Martes foina) eacute um mamiacutefero de

pequeno porte pertencente ao grupo das martas

Habita em toda a Europa Continental excepto

Escandinaacutevia e algumas ilhas do Mediterracircneo

Em Portugal eacute comum em todo o territoacuterio embora

a sua populaccedilatildeo seja desconhecida A fuinha

adapta-se bem agrave presenccedila humana e pode ser

comum em vilas ou mesmo cidades

Fuinha

16

Dentro das aves as que mais se observam satildeo a Andorinha das Barreiras

(Riparia riparia) a Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) o Papa-figos (Oriolus oriolus) a Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) o Bico de lacre (Estrilda astrild) o Guarda - rios (Alcedo atthis) o Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) o

Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) o Papa-amoras-comum (Sylvia communis) o

Tartaranhatildeo - caccedilador (Cyrcus pygargus) o Trigueiratildeo (Emberiza calandra) a

Cotovia Montesina (Galerida theklae) o Torcicolo (Jyns torquila) a Pecircga ndash azul

(Cyanopica cyanus) o Cuco rabilongo (Clamator glandarius) o Pisco-de-peito-

ruivo (Erithacus rubecula) a Sombria (Emberiza hortulana) o Melro-das-

rochas (Monticola saxatilis) o Andorinhatildeo paacutelido (Apus pallidus) a Oacutegea

(Falco subbuteo) o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) a Poupa (Upupa epops) a Andorinha ndash das ndash rochas (Ptyonoprogne rupestris) a Aacutelveola ndash

branca (Motacilla alba) o Rabirruivo ndash preto (Phoenicurus ochruros) a Fuinha

dos Juncos (Cisticola Juncidis) o Chapim Carvoeiro (Parus ater) o Picanccedilo ndash

real (Lanius meridionalis) a Pega ndash rabuda (Pica pica) a Rola ndash brava

(Streptopelia turtur) o Estorninho malhado (Sturnus vulgaris) o Pombo ndash

bravo (Columba oenas) o Tordo ndash zornal (Turdus pilaris) o Rouxinol comum

(Luscinia megarhyncus) o Abelharuco (Merops apiaster) o Pardal-francecircs

(Petronia petronia) Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) o Pintarroxo

(Carduelis cannabina) o Milhafre-preto (Milvus migrans) a Aacuteguia-calccedilada

(Hieraaetus pennatus) o Andorinhatildeo-preto (Apus apus) a Gralha-preta

(Corvus corone) o Estorninho-preto (Sturnus unicolor) a Escrevedora-de-

garganta-preta (Emberiza cirlus) o Milhafre-real (Milvus milvus)

A Lontra (Lutra lutra) apresenta uma

distribuiccedilatildeo extremamente vasta Portugal eacute quase

isolado na distribuiccedilatildeo e abundacircncia da Lontra

uma vez que apresenta uma populaccedilatildeo distribuiacuteda

regularmente pelo territoacuterio e numa situaccedilatildeo de

relativa abundacircncia sendo das poucas populaccedilotildees

viaacuteveis ainda existentes

Lontra

O Gato Bravo (Felis silvestris) eacute um pequeno

felino natural da Europa Aacutefrica e Aacutesia Habita

preferencialmente bosques fechados mas tambeacutem

ocorre em matagais mediterracircneos e florestas de

coniacuteferas Durante o dia podem refugiar-se em

buracos de aacutervores fendas nas rochas e tocas

abandonadas de outros animais

Gato Bravo

17

A Andorinha das barreiras (Riparia riparia)

eacute uma espeacutecie estival que pode ser observada entre a

Primavera e o Veratildeo sobretudo em Marccedilo e

Setembro (por vezes a partir de finais de Fevereiro)

Tem uma distribuiccedilatildeo muito fragmentada

normalmente avista-se em taludes ou barreiras de

terra geralmente nas vaacuterzeas e terras baixas do

litoral ou junto a linhas de aacutegua

Andorinha das Barreiras

A Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) eacute

uma espeacutecie estival observando-se sobretudo de

meados de Fevereiro a meados de Setembro Eacute

bastante comum na metade litoral distribui-se de

norte a sul do paiacutes sendo mais comum nas terras

baixas com galerias ripiacutecolas bem desenvolvidas

Felosa Ibeacuterica

O Papa-figos (Oriolus oriolus) distribui-se de

norte a sul e pode ser considerado comum na metade

interior do territoacuterio e pouco comum na metade

ocidental Eacute um visitante estival que chega bastante

tarde ao nosso paiacutes a maioria dos machos faz-se

ouvir a partir de finais de Abril ou inicio de Maio e

canta ateacute ao princiacutepio de Julho Parte para Aacutefrica

em Agosto sendo jaacute raro a partir de Setembro

Papa-Figos

A Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) eacute

uma presenccedila caracteriacutestica das ribeiras de curso

raacutepido e distribui-se por todo o territoacuterio Frequenta

zonas de aacutegua liacutempida e corrente como ribeiros de

montanha pequenos diques ou represas Por vezes

tambeacutem frequenta canais de rega Reside no norte e

centro e eacute invernante em certas zonas do sul

Alveacuteola-Cinzenta

18

O Bico de Lacre (Estrilda astrild) eacute uma

espeacutecie originaacuteria de Aacutefrica foi introduzido na

Lagoa de Oacutebidos em 1968 e expandiu-se rapidamente

pelo territoacuterio nacional sendo hoje uma espeacutecie

relativamente comum Pode ser visto em Portugal

durante todo o ano e nas zonas onde ocorre natildeo eacute

raro encontrar bandos que podem juntar desde

meia duacutezia ateacute algumas dezenas de indiviacuteduos

Bico de Lacre

O Guarda ndash rios (Alcedo atthis) ocorre em

Portugal durante todo o ano mas a sua abundacircncia

varia fortemente de umas regiotildees para as outras Eacute

claramente mais comum no litoral que no interior e

claramente mais comum em planiacutecie que em

montanha sendo raro acima dos 1000m Pode ser

visto desde Agosto ateacute Abril

Guarda - rios

O Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) eacute pouco

comum em Portugal Distribui-se principalmente

pelas terras do norte e do centro podendo ser visto

na maioria das Serras Portuguesas Eacute uma espeacutecie

residente que pode ser observada nos locais de

reproduccedilatildeo durante todo o ano

Melro ndash d lsquoaacutegua

O Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) eacute uma

espeacutecie bastante comum como aliaacutes se constata a

partir do momento em que se conhece o seu canto

Ocorre sobretudo em zonas de vegetaccedilatildeo densa

sobretudo perto de aacutegua Embora se distribua de

norte a sul do paiacutes eacute claramente mais comum no

sul e no litoral tornando-se mais escasso no norte e

no interior Podemos ouvir o seu canto durante

todo o ano

Rouxinol - bravo

19

O Papa-amoras-comum (Sylvia communis) ocorre quase exclusivamente na metade norte do

territoacuterio sendo mais certo observaacute-lo nessa regiatildeo

entre Abril e Setembro No final do Veratildeo e

princiacutepio do Outono esta espeacutecie pode ser

encontrada em locais distintos das zonas de

nidificaccedilatildeo pois satildeo aves de migraccedilatildeo

Papa-amoras-comum

O Tartaranhatildeo-caccedilador (Cyrcus pygargus) eacute

pouco abundante podendo ser localmente comum em

certas zonas do Alentejo Sendo um nidificante

estival estaacute presente no paiacutes a partir de meados de

Marccedilo ateacute Setembro Estaacute ausente durante o periacuteodo

de inverno

Tartaranhatildeo-caccedilador

O Trigueiratildeo (Emberiza calandra) eacute uma

ave castanha que pousa frequentemente em postes e

fios telefoacutenicos deixando-se observar muito bem Eacute

comum em todo o territoacuterio nacional excepto no norte

e centro onde eacute relativamente escasso A norte do Tejo

eacute um pouco menos numeroso mas ainda assim pode ser

considerado comum na maior parte da Beira Baixa

nos planaltos da Beira Alta e em grande parte de Traacutes-

os-Montes Estaacute presente em Portugal durante todo o

ano no entanto eacute na primavera que a sua abundacircncia

se torna mais visiacutevel

Trigueiratildeo

A Cotovia Montesina (Galerida theklae) eacute

bastante comum mas a sua abundacircncia passa muitas

vezes despercebida devido agraves dificuldades de

identificaccedilatildeo Eacute particularmente comum na metade

interior do territoacuterio onde o habitat lhe eacute mais

favoraacutevel e por vezes podem ser vistos pequenos

bandos desta espeacutecie Esta cotovia eacute residente e

observa-se em Portugal durante todo o ano

Cotovia Montesina

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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7

O Rosmaninho (Lavandula stoechas) eacute tiacutepico da

regiatildeo mediterracircnica e habita em abundacircncia nas matas

do paiacutes Eacute estimulante antiespasmoacutedico e toacutenico fabricando-

se das suas flores uma infusatildeo que eacute aconselhada para a

asma huacutemida e catarros croacutenicos Eacute tambeacutem usado para

problemas de sauacutede como a falta de repouso dificuldades

no sono e desequiliacutebrios funcionais do abdoacutemen superior

(irritaccedilatildeo no estocircmago de origem nervosa sindroma de

Rhoem ndash Held meteorismos desordens intestinais de

origem nervosa) Externamente para tratamento de

problemas funcionais da circulaccedilatildeo

Rosmaninho

O Junco (Ulex gallii) eacute um arbusto perene nativo do

sul da Escoacutecia Inglaterra Irlanda Paiacutes de Gales Franccedila e

noroeste de Espanha Eacute encontrado geralmente nas regiotildees

quentes com solos aacutecidos e frequentemente em ambientes

mariacutetimos e de montanhas Cresce ateacute 90 cm de altura e a

flor eacute amarela

Junco

O Tojo (Ulex minor) eacute tiacutepico da flora atlacircntica da

Peniacutensula Ibeacuterica e de toda a Europa temperada Eacute um

arbusto de crescimento baixo cresce cerca de 30 cm de

altura O seu fruto eacute a vagem

Tojo

O Espinheiro (Crataegus monogyna) eacute uma espeacutecie

de arbusto que pode alcanccedilar os 10 m de altura eacute nativo

da Europa noroeste da Aacutefrica e oeste da Aacutesia Eacute utilizado

na fototerapia que eacute de grande interesse para o

tratamento da insuficiecircncia cardiacuteaca atraveacutes da

medicina baseada em evidecircncias Os seus frutos (drupa)

satildeo geralmente comestiacuteveis e usados em doces geleias

xaropes usados tambeacutem para fazer vinho e dar sabor agrave

aguardente

Espinheiro

8

A Urze (Erica sp) eacute espontacircnea em terrenos pobres

em cal e tem flores com cores diversas As espeacutecies

existentes em Portugal satildeo muito comuns e encontram-se

em todo o paiacutes Eacute um arbusto rasteiro que pode atingir 1 m

de altura Serve de repasto agraves abelhas de onde extraem um

delicioso mel e das suas raiacutezes fabricam-se belos

cachimbos Como planta medicinal satildeo utilizadas as folhas

em infusatildeo no tratamento de caacutelculos renais no combate

agraves insoacutenias e no aliacutevio do reumatismo e da artrite

Urze

O Carrasco (Quercus coccifera) eacute um arbusto que soacute

excepcionalmente atinge porte arboacutereo Originaacuterio do sul da

Europa eacute espontacircneo em toda a regiatildeo mediterracircnica Em

Portugal eacute comum no centro e no sul A madeira eacute

semelhante agrave da Azinheira natildeo tem praticamente nenhum

aproveitamento no entanto as raiacutezes mais grossas podem

ser usadas para a produccedilatildeo de carvatildeo e eventualmente

para lenha

Carrasco

O Sanguinho-de-aacutegua (Frangula alnus) eacute um arbusto que

atinge ateacute 5m de altura surge em margens de cursos de

aacutegua barrancos e carvalhais um pouco por todo o paiacutes agrave

excepccedilatildeo do interior sul Os seus frutos satildeo utilizados em

tinturaria

Sanguinho-de-aacutegua

A Giesta negral (Cytisus striatus) eacute um arbusto de 1 a 3

m de altura O fruto eacute uma vagem completamente coberta de

pecirclos acinzentados e arredondada Eacute nativa de Portugal Os

ramos satildeo tradicionalmente utilizados para a manufactura

de vassouras

Giesta Amarela

A Giesta de cor branca (Cytisus multiflorus) eacute

uma espeacutecie de leguminosa que eacute nativa da Peniacutensula

Ibeacuterica e que foi introduzida noutros continentes Eacute um

arbusto que cresce ateacute 3 ou 4 m alastrando em altura A

flor eacute branca e sai de uma ervilha ateacute 1 cm de

comprimento e geralmente tem uma faixa escura cor-

de-rosa perto da base O fruto eacute uma vagem que pode ter

ateacute 3 cm de comprimento

Giesta Branca

9

No estrato herbaacuteceo evidencia-se a Tripa de ovelha (Andryala

integrifolia) a Dedaleira amarela (Digitalis thapsi) o Saramago (Raphanus raphanistrum or sativus) a Calcitrapa (Centranthus calcitrapae) a Margarida

amarela (Chrysanthemum coronarium) o Cardo (Cirsium sp) o Chupa-mel

(Echium plantagineum) a Erva-de-satildeo-roberto (Geranium robertianum) a

Leituga (Leontodom taraxacoides) a Tremocilha (Lupinus angustifolius) a

Malva (Malva sp) os Assobios (Silene latifolia) a Papoila (Papaver rhoeas) a

Erva-vaqueira (Calendula arvensis) a Armeacuteria (Armeria beirana) a Soagem

(Echium vulgare) a Tasneirinha (Senecio vulgaris) a Erva-das-cortadelas

(Achillea millefolium) os Pezinhos do Menino Jesus (Briza maacutexima) e a Bela-

Luz (Thymus mastichina L)

O Sabugueiro (Sambucus nigra) eacute nativo da

Europa e do Norte de Aacutefrica e disseminou-se facilmente

pelo mundo todo Eacute um arbusto espontacircneo de 2 a 4 m as

flores satildeo pequenas e muito brancas e exalam um

perfume agradaacutevel As suas bagas depois de apanhadas

e secas satildeo exportadas a fim de serem transformadas e

servirem de corantes para as pastelarias bem como para

produtos farmacecircuticos O fruto tambeacutem se utiliza como

aditivo ao vinho para lhe dar sabor e cor Eacute usado por

quem tem movimentos involuntaacuterios de origem nervosa

Sabugueiro

A Silva (Rubus sp) eacute nativa da Europa e da

regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia Habita terrenos

incultos matos matagais e ruderais Floresce entre

Maio e Agosto Eacute conhecida pelos seus espinhos e surge

espontaneamente conquistando grandes quantidades de

terreno

Silva

A Tripa de Ovelha (Andryala integrifolia) pertence

agrave famiacutelia das Asteraceas habita em matos matagais

terrenos cultivados e incultos e floresce entre Junho e

Agosto

Tripa de Ovelha

10

A Dedaleira amarela (Digitalis thapsi) eacute

considerada um endemismo ibeacuterico Em Portugal eacute

possiacutevel encontra-la no Alto-Alentejo Beiras (Alta e

Baixa) Traacutes-os-Montes e Minho geralmente em terrenos

secos e rochosos e frequentemente nas fendas das rochas

graniacuteticas Eacute usada em fitoterapia como cardiotoacutenico

mas com o uso destas plantas todo o cuidado eacute pouco satildeo

toacutexicas Floresce entre Maio e Agosto

Dedaleira Amarela

O Saramago (Raphanus raphanistrum or sativus)

pertence aacute famiacutelia das cruciacuteferas habita em searas

campos cultivados pousios incultos e entulhos e floresce

entre Abril e Novembro

Saramago

A Calcitrapa (Centranthus calcitrapae) eacute uma

herbaacutecea relativamente baixa podendo atingir os 60 cm

de altura que se distribui pelo sul da Europa e Regiatildeo

Mediterracircnica ocorrendo sobretudo em terrenos incultos

e pouco huacutemidos Em Portugal encontra-se distribuiacuteda por

quase todo o territoacuterio do continente Floresce de Marccedilo a

Julho ou Agosto

Calcitrapa

A Margarida amarela (Chrysanthemum coronarium)

eacute uma composta nativa da regiatildeo mediterracircnica do centro

e sul de Portugal habita em terrenos cultivados e ruderais e

floresce entre Abril e Agosto

Margarida amarela

O Cardo (Cirsium sp) eacute nativo da Eurasia e Norte de

Aacutefrica floresce entre Abril e Agosto e habita terrenos

incultos Eacute usado como alimento para as larvas e alguns

lepidopteros

Cardo

11

~

O Chupa-mel (Echium plantagineum) eacute nativo da Europa

Ocidental (da Inglaterra ao sul da Peniacutensula Ibeacuterica) leste

da Crimeacutelia norte de Aacutefrica e sudeste da Aacutesia habita em

zonas perturbadas baldios e ruderais Floresce entre

Marccedilo e Julho

Chupa-mel

A Erva de Satildeo Roberto (Geranium robertianum) eacute

espontacircnea em jardins matos e caminhos Eacute nativa da

Europa e floresce entre Marccedilo e Julho Eacute usada no

tratamento do cancro e para tratar feridas cutacircneas

Erva de Satildeo Roberto

A Leituga (Leontodom taraxacoides) eacute nativa da

Europa e Norte de Aacutefrica habita em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

A Tremocilha (Lupinus angustifolius) eacute

originaacuteria da regiatildeo mediterracircnica foi introduzida

como cultivo no resto da Europa Austraacutelia

Tasmacircnia Nova Zelacircndia Aacutefrica do Sul e Estados

Unidos da Ameacuterica Podemos encontraacute-la em

terrenos cultivados incultos e ruderais e floresce

entre Marccedilo e Maio

Tremocilha

A Malva (Malva sp) encontra-se na Europa no

sudoeste de Aacutesia na regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia

Podemos encontra-la em terrenos incultos e ruderais e

floresce entre Abril e Setembro

Malva

Leituga

12

Os Assobios (Silene latifolia) satildeo herbaacuteceas que

atingem entre os 40 cm e 80 cm de altura Satildeo

nativos da Ameacuterica do Norte e encontram-se quase

em toda a Europa Encontramo-los em matos zonas

ruderais e rupicolas Florescem entre Abril e Agosto

Assobios

A Papoila (Papaver rhoeas) pode-se encontrar

em quase toda a Europa em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

Papoila

A Erva-vaqueira (Calendula arvensis) eacute nativa

da Europa podendo tambeacutem ser encontrada no Norte de

Aacutefrica Geralmente natildeo atinge mais de 15 m de altura

Podemos encontraacute-la em terrenos cultivados incultos e

ruderais Floresce entre Dezembro e Maio

Erva-vaqueira

A Armeacuteria (Armeria beirana) eacute nativa da

Peniacutensula Ibeacuterica pode ser encontrada em matagais e

floresce entre Maio e Agosto

Armeria

A Soagem (Echium vulgare) eacute nativa da Europa

Aacutesia Central tambeacutem eacute comum na Ameacuterica do Norte

Cresce entre 30 e 80 cm Floresce entre Maio e Setembro

Soagem

13

A Tasneirinha (Senecio vulgaris) distribui-se

por toda a Europa Podemos encontraacute-la em terrenos

incultos cultivados e matagais Floresce durante

quase todo o ano

Tasneirinha

A Erva-das-cortadelas (Achillea millefolium) eacute

nativa da Europa e rara na regiatildeo mediterracircnica

Encontra-se em zonas ruderais Floresce entre Maio e

Agosto

Erva-das-cortadelas

Os Pezinhos do menino Jesus (Briza maxima) satildeo

nativos do Norte de Aacutefrica dos Accedilores Aacutesia Ocidental e Sul

da Europa Habitam em terrenos incultos matagais e matos

e florescem entre Abril e Junho Crescem ateacute 60 cm

Pezinhos do Menino Jesus

A Bela-luz (Thymus mastichina L) distribui-se pela

Peniacutensula Ibeacuterica encontra-se em zonas rupicolas terrenos

incultos matos matagais e zonas ruderais Floresce entre

Marccedilo e Agosto Eacute uma planta aromaacutetica endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica

Bela-Luz

14

Fauna do Concelho

A grande diversidade de habitats a pouca perturbaccedilatildeo e a integraccedilatildeo

do homem no ambiente tornam Celorico da Beira uma aacuterea de elevada

importacircncia fauniacutestica quer pela grande diversidade bioloacutegica quer pela

existecircncia de inuacutemeras espeacutecies ameaccediladas

Das espeacutecies existentes destacam-se o Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) a

Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus eacute a mais ameaccedilada) o Javali (Sus scrofa)

o Coelho-bravo (Oryctolagus cunniculus) a Lebre (Lepus granatensis) a Raposa

(Vulpes vulpes L) o Texugo (Meles meles) a Fuinha (Martes foina) a Lontra

(Lutra lutra) e o Gato-Bravo (Felis silvestris)

O Coelho bravo (Oryctolagus cunniculus) eacute um

animal presente em todo o paiacutes Eacute uacutetil agraves pessoas pela sua

carne usada como alimento e pela pele usada para

confeccionar vestuaacuterio

O Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) eacute o

maior insectiacutevoro da nossa fauna com um

comprimento de corpo entre 18 e 20 cm e cerca de 1 kg

de peso maacuteximo Eacute um animal solitaacuterio e territorial de

haacutebitos essencialmente nocturnos podendo ser

observado nas ultimas horas do dia e ao amanhecer

Ouriccedilo-cacheiro

A Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus) eacute um

mamiacutefero que pode ser encontrado nos Pireneacuteus e na

Peniacutensula Ibeacuterica Tem pecirclo castanho-escuro e negro e

tem cerca de 12cm de comprimento Eacute uma espeacutecie

semi-aquaacutetica que vive em rios e ribeiros construindo

os abrigos nas suas margens

Toupeira-drsquoaacutegua

O Javali (Sus scrofa) eacute um mamiacutefero de porte

meacutedio e corpo robusto Eacute a mais conhecida e a principal

das espeacutecies de porcos selvagens Tem uma ampla

distribuiccedilatildeo geograacutefica sendo nativo da Europa Aacutesia e

Norte de Aacutefrica Eacute o antepassado a partir do qual

evoluiu o actual porco domeacutestico

Javali

Coelho Bravo

15

A Lebre (Lepus granatensis) eacute uma espeacutecie

cinegeacutetica bastante procurada pelos caccediladores O

nuacutemero de efectivos varia de ano para ano o que

poderaacute ser explicado pela actividade cinegeacutetica

Lebre

A Raposa (Vulpes vulpes L) estaacute amplamente

distribuiacuteda pela Aacutefrica Euraacutesia e Ameacuterica do

Norte Natildeo satildeo territorialistas vivem em lugares

onde existe comida em abundacircncia

Raposa

O Texugo (Meles meles) eacute um mamiacutefero da

maior parte da Europa e de muitas aacutereas da Aacutesia

Pode habitar em aacutereas muito diferentes Os texugos

satildeo mais abundantes em zonas com algum relevo e

heterogeacuteneas do ponto de vista paisagiacutestico com

grande variedade de bioacutetopos que lhes

proporcionam uma maior disponibilidade de

recursos e abrigos

Texugo

A Fuinha (Martes foina) eacute um mamiacutefero de

pequeno porte pertencente ao grupo das martas

Habita em toda a Europa Continental excepto

Escandinaacutevia e algumas ilhas do Mediterracircneo

Em Portugal eacute comum em todo o territoacuterio embora

a sua populaccedilatildeo seja desconhecida A fuinha

adapta-se bem agrave presenccedila humana e pode ser

comum em vilas ou mesmo cidades

Fuinha

16

Dentro das aves as que mais se observam satildeo a Andorinha das Barreiras

(Riparia riparia) a Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) o Papa-figos (Oriolus oriolus) a Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) o Bico de lacre (Estrilda astrild) o Guarda - rios (Alcedo atthis) o Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) o

Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) o Papa-amoras-comum (Sylvia communis) o

Tartaranhatildeo - caccedilador (Cyrcus pygargus) o Trigueiratildeo (Emberiza calandra) a

Cotovia Montesina (Galerida theklae) o Torcicolo (Jyns torquila) a Pecircga ndash azul

(Cyanopica cyanus) o Cuco rabilongo (Clamator glandarius) o Pisco-de-peito-

ruivo (Erithacus rubecula) a Sombria (Emberiza hortulana) o Melro-das-

rochas (Monticola saxatilis) o Andorinhatildeo paacutelido (Apus pallidus) a Oacutegea

(Falco subbuteo) o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) a Poupa (Upupa epops) a Andorinha ndash das ndash rochas (Ptyonoprogne rupestris) a Aacutelveola ndash

branca (Motacilla alba) o Rabirruivo ndash preto (Phoenicurus ochruros) a Fuinha

dos Juncos (Cisticola Juncidis) o Chapim Carvoeiro (Parus ater) o Picanccedilo ndash

real (Lanius meridionalis) a Pega ndash rabuda (Pica pica) a Rola ndash brava

(Streptopelia turtur) o Estorninho malhado (Sturnus vulgaris) o Pombo ndash

bravo (Columba oenas) o Tordo ndash zornal (Turdus pilaris) o Rouxinol comum

(Luscinia megarhyncus) o Abelharuco (Merops apiaster) o Pardal-francecircs

(Petronia petronia) Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) o Pintarroxo

(Carduelis cannabina) o Milhafre-preto (Milvus migrans) a Aacuteguia-calccedilada

(Hieraaetus pennatus) o Andorinhatildeo-preto (Apus apus) a Gralha-preta

(Corvus corone) o Estorninho-preto (Sturnus unicolor) a Escrevedora-de-

garganta-preta (Emberiza cirlus) o Milhafre-real (Milvus milvus)

A Lontra (Lutra lutra) apresenta uma

distribuiccedilatildeo extremamente vasta Portugal eacute quase

isolado na distribuiccedilatildeo e abundacircncia da Lontra

uma vez que apresenta uma populaccedilatildeo distribuiacuteda

regularmente pelo territoacuterio e numa situaccedilatildeo de

relativa abundacircncia sendo das poucas populaccedilotildees

viaacuteveis ainda existentes

Lontra

O Gato Bravo (Felis silvestris) eacute um pequeno

felino natural da Europa Aacutefrica e Aacutesia Habita

preferencialmente bosques fechados mas tambeacutem

ocorre em matagais mediterracircneos e florestas de

coniacuteferas Durante o dia podem refugiar-se em

buracos de aacutervores fendas nas rochas e tocas

abandonadas de outros animais

Gato Bravo

17

A Andorinha das barreiras (Riparia riparia)

eacute uma espeacutecie estival que pode ser observada entre a

Primavera e o Veratildeo sobretudo em Marccedilo e

Setembro (por vezes a partir de finais de Fevereiro)

Tem uma distribuiccedilatildeo muito fragmentada

normalmente avista-se em taludes ou barreiras de

terra geralmente nas vaacuterzeas e terras baixas do

litoral ou junto a linhas de aacutegua

Andorinha das Barreiras

A Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) eacute

uma espeacutecie estival observando-se sobretudo de

meados de Fevereiro a meados de Setembro Eacute

bastante comum na metade litoral distribui-se de

norte a sul do paiacutes sendo mais comum nas terras

baixas com galerias ripiacutecolas bem desenvolvidas

Felosa Ibeacuterica

O Papa-figos (Oriolus oriolus) distribui-se de

norte a sul e pode ser considerado comum na metade

interior do territoacuterio e pouco comum na metade

ocidental Eacute um visitante estival que chega bastante

tarde ao nosso paiacutes a maioria dos machos faz-se

ouvir a partir de finais de Abril ou inicio de Maio e

canta ateacute ao princiacutepio de Julho Parte para Aacutefrica

em Agosto sendo jaacute raro a partir de Setembro

Papa-Figos

A Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) eacute

uma presenccedila caracteriacutestica das ribeiras de curso

raacutepido e distribui-se por todo o territoacuterio Frequenta

zonas de aacutegua liacutempida e corrente como ribeiros de

montanha pequenos diques ou represas Por vezes

tambeacutem frequenta canais de rega Reside no norte e

centro e eacute invernante em certas zonas do sul

Alveacuteola-Cinzenta

18

O Bico de Lacre (Estrilda astrild) eacute uma

espeacutecie originaacuteria de Aacutefrica foi introduzido na

Lagoa de Oacutebidos em 1968 e expandiu-se rapidamente

pelo territoacuterio nacional sendo hoje uma espeacutecie

relativamente comum Pode ser visto em Portugal

durante todo o ano e nas zonas onde ocorre natildeo eacute

raro encontrar bandos que podem juntar desde

meia duacutezia ateacute algumas dezenas de indiviacuteduos

Bico de Lacre

O Guarda ndash rios (Alcedo atthis) ocorre em

Portugal durante todo o ano mas a sua abundacircncia

varia fortemente de umas regiotildees para as outras Eacute

claramente mais comum no litoral que no interior e

claramente mais comum em planiacutecie que em

montanha sendo raro acima dos 1000m Pode ser

visto desde Agosto ateacute Abril

Guarda - rios

O Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) eacute pouco

comum em Portugal Distribui-se principalmente

pelas terras do norte e do centro podendo ser visto

na maioria das Serras Portuguesas Eacute uma espeacutecie

residente que pode ser observada nos locais de

reproduccedilatildeo durante todo o ano

Melro ndash d lsquoaacutegua

O Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) eacute uma

espeacutecie bastante comum como aliaacutes se constata a

partir do momento em que se conhece o seu canto

Ocorre sobretudo em zonas de vegetaccedilatildeo densa

sobretudo perto de aacutegua Embora se distribua de

norte a sul do paiacutes eacute claramente mais comum no

sul e no litoral tornando-se mais escasso no norte e

no interior Podemos ouvir o seu canto durante

todo o ano

Rouxinol - bravo

19

O Papa-amoras-comum (Sylvia communis) ocorre quase exclusivamente na metade norte do

territoacuterio sendo mais certo observaacute-lo nessa regiatildeo

entre Abril e Setembro No final do Veratildeo e

princiacutepio do Outono esta espeacutecie pode ser

encontrada em locais distintos das zonas de

nidificaccedilatildeo pois satildeo aves de migraccedilatildeo

Papa-amoras-comum

O Tartaranhatildeo-caccedilador (Cyrcus pygargus) eacute

pouco abundante podendo ser localmente comum em

certas zonas do Alentejo Sendo um nidificante

estival estaacute presente no paiacutes a partir de meados de

Marccedilo ateacute Setembro Estaacute ausente durante o periacuteodo

de inverno

Tartaranhatildeo-caccedilador

O Trigueiratildeo (Emberiza calandra) eacute uma

ave castanha que pousa frequentemente em postes e

fios telefoacutenicos deixando-se observar muito bem Eacute

comum em todo o territoacuterio nacional excepto no norte

e centro onde eacute relativamente escasso A norte do Tejo

eacute um pouco menos numeroso mas ainda assim pode ser

considerado comum na maior parte da Beira Baixa

nos planaltos da Beira Alta e em grande parte de Traacutes-

os-Montes Estaacute presente em Portugal durante todo o

ano no entanto eacute na primavera que a sua abundacircncia

se torna mais visiacutevel

Trigueiratildeo

A Cotovia Montesina (Galerida theklae) eacute

bastante comum mas a sua abundacircncia passa muitas

vezes despercebida devido agraves dificuldades de

identificaccedilatildeo Eacute particularmente comum na metade

interior do territoacuterio onde o habitat lhe eacute mais

favoraacutevel e por vezes podem ser vistos pequenos

bandos desta espeacutecie Esta cotovia eacute residente e

observa-se em Portugal durante todo o ano

Cotovia Montesina

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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8

A Urze (Erica sp) eacute espontacircnea em terrenos pobres

em cal e tem flores com cores diversas As espeacutecies

existentes em Portugal satildeo muito comuns e encontram-se

em todo o paiacutes Eacute um arbusto rasteiro que pode atingir 1 m

de altura Serve de repasto agraves abelhas de onde extraem um

delicioso mel e das suas raiacutezes fabricam-se belos

cachimbos Como planta medicinal satildeo utilizadas as folhas

em infusatildeo no tratamento de caacutelculos renais no combate

agraves insoacutenias e no aliacutevio do reumatismo e da artrite

Urze

O Carrasco (Quercus coccifera) eacute um arbusto que soacute

excepcionalmente atinge porte arboacutereo Originaacuterio do sul da

Europa eacute espontacircneo em toda a regiatildeo mediterracircnica Em

Portugal eacute comum no centro e no sul A madeira eacute

semelhante agrave da Azinheira natildeo tem praticamente nenhum

aproveitamento no entanto as raiacutezes mais grossas podem

ser usadas para a produccedilatildeo de carvatildeo e eventualmente

para lenha

Carrasco

O Sanguinho-de-aacutegua (Frangula alnus) eacute um arbusto que

atinge ateacute 5m de altura surge em margens de cursos de

aacutegua barrancos e carvalhais um pouco por todo o paiacutes agrave

excepccedilatildeo do interior sul Os seus frutos satildeo utilizados em

tinturaria

Sanguinho-de-aacutegua

A Giesta negral (Cytisus striatus) eacute um arbusto de 1 a 3

m de altura O fruto eacute uma vagem completamente coberta de

pecirclos acinzentados e arredondada Eacute nativa de Portugal Os

ramos satildeo tradicionalmente utilizados para a manufactura

de vassouras

Giesta Amarela

A Giesta de cor branca (Cytisus multiflorus) eacute

uma espeacutecie de leguminosa que eacute nativa da Peniacutensula

Ibeacuterica e que foi introduzida noutros continentes Eacute um

arbusto que cresce ateacute 3 ou 4 m alastrando em altura A

flor eacute branca e sai de uma ervilha ateacute 1 cm de

comprimento e geralmente tem uma faixa escura cor-

de-rosa perto da base O fruto eacute uma vagem que pode ter

ateacute 3 cm de comprimento

Giesta Branca

9

No estrato herbaacuteceo evidencia-se a Tripa de ovelha (Andryala

integrifolia) a Dedaleira amarela (Digitalis thapsi) o Saramago (Raphanus raphanistrum or sativus) a Calcitrapa (Centranthus calcitrapae) a Margarida

amarela (Chrysanthemum coronarium) o Cardo (Cirsium sp) o Chupa-mel

(Echium plantagineum) a Erva-de-satildeo-roberto (Geranium robertianum) a

Leituga (Leontodom taraxacoides) a Tremocilha (Lupinus angustifolius) a

Malva (Malva sp) os Assobios (Silene latifolia) a Papoila (Papaver rhoeas) a

Erva-vaqueira (Calendula arvensis) a Armeacuteria (Armeria beirana) a Soagem

(Echium vulgare) a Tasneirinha (Senecio vulgaris) a Erva-das-cortadelas

(Achillea millefolium) os Pezinhos do Menino Jesus (Briza maacutexima) e a Bela-

Luz (Thymus mastichina L)

O Sabugueiro (Sambucus nigra) eacute nativo da

Europa e do Norte de Aacutefrica e disseminou-se facilmente

pelo mundo todo Eacute um arbusto espontacircneo de 2 a 4 m as

flores satildeo pequenas e muito brancas e exalam um

perfume agradaacutevel As suas bagas depois de apanhadas

e secas satildeo exportadas a fim de serem transformadas e

servirem de corantes para as pastelarias bem como para

produtos farmacecircuticos O fruto tambeacutem se utiliza como

aditivo ao vinho para lhe dar sabor e cor Eacute usado por

quem tem movimentos involuntaacuterios de origem nervosa

Sabugueiro

A Silva (Rubus sp) eacute nativa da Europa e da

regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia Habita terrenos

incultos matos matagais e ruderais Floresce entre

Maio e Agosto Eacute conhecida pelos seus espinhos e surge

espontaneamente conquistando grandes quantidades de

terreno

Silva

A Tripa de Ovelha (Andryala integrifolia) pertence

agrave famiacutelia das Asteraceas habita em matos matagais

terrenos cultivados e incultos e floresce entre Junho e

Agosto

Tripa de Ovelha

10

A Dedaleira amarela (Digitalis thapsi) eacute

considerada um endemismo ibeacuterico Em Portugal eacute

possiacutevel encontra-la no Alto-Alentejo Beiras (Alta e

Baixa) Traacutes-os-Montes e Minho geralmente em terrenos

secos e rochosos e frequentemente nas fendas das rochas

graniacuteticas Eacute usada em fitoterapia como cardiotoacutenico

mas com o uso destas plantas todo o cuidado eacute pouco satildeo

toacutexicas Floresce entre Maio e Agosto

Dedaleira Amarela

O Saramago (Raphanus raphanistrum or sativus)

pertence aacute famiacutelia das cruciacuteferas habita em searas

campos cultivados pousios incultos e entulhos e floresce

entre Abril e Novembro

Saramago

A Calcitrapa (Centranthus calcitrapae) eacute uma

herbaacutecea relativamente baixa podendo atingir os 60 cm

de altura que se distribui pelo sul da Europa e Regiatildeo

Mediterracircnica ocorrendo sobretudo em terrenos incultos

e pouco huacutemidos Em Portugal encontra-se distribuiacuteda por

quase todo o territoacuterio do continente Floresce de Marccedilo a

Julho ou Agosto

Calcitrapa

A Margarida amarela (Chrysanthemum coronarium)

eacute uma composta nativa da regiatildeo mediterracircnica do centro

e sul de Portugal habita em terrenos cultivados e ruderais e

floresce entre Abril e Agosto

Margarida amarela

O Cardo (Cirsium sp) eacute nativo da Eurasia e Norte de

Aacutefrica floresce entre Abril e Agosto e habita terrenos

incultos Eacute usado como alimento para as larvas e alguns

lepidopteros

Cardo

11

~

O Chupa-mel (Echium plantagineum) eacute nativo da Europa

Ocidental (da Inglaterra ao sul da Peniacutensula Ibeacuterica) leste

da Crimeacutelia norte de Aacutefrica e sudeste da Aacutesia habita em

zonas perturbadas baldios e ruderais Floresce entre

Marccedilo e Julho

Chupa-mel

A Erva de Satildeo Roberto (Geranium robertianum) eacute

espontacircnea em jardins matos e caminhos Eacute nativa da

Europa e floresce entre Marccedilo e Julho Eacute usada no

tratamento do cancro e para tratar feridas cutacircneas

Erva de Satildeo Roberto

A Leituga (Leontodom taraxacoides) eacute nativa da

Europa e Norte de Aacutefrica habita em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

A Tremocilha (Lupinus angustifolius) eacute

originaacuteria da regiatildeo mediterracircnica foi introduzida

como cultivo no resto da Europa Austraacutelia

Tasmacircnia Nova Zelacircndia Aacutefrica do Sul e Estados

Unidos da Ameacuterica Podemos encontraacute-la em

terrenos cultivados incultos e ruderais e floresce

entre Marccedilo e Maio

Tremocilha

A Malva (Malva sp) encontra-se na Europa no

sudoeste de Aacutesia na regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia

Podemos encontra-la em terrenos incultos e ruderais e

floresce entre Abril e Setembro

Malva

Leituga

12

Os Assobios (Silene latifolia) satildeo herbaacuteceas que

atingem entre os 40 cm e 80 cm de altura Satildeo

nativos da Ameacuterica do Norte e encontram-se quase

em toda a Europa Encontramo-los em matos zonas

ruderais e rupicolas Florescem entre Abril e Agosto

Assobios

A Papoila (Papaver rhoeas) pode-se encontrar

em quase toda a Europa em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

Papoila

A Erva-vaqueira (Calendula arvensis) eacute nativa

da Europa podendo tambeacutem ser encontrada no Norte de

Aacutefrica Geralmente natildeo atinge mais de 15 m de altura

Podemos encontraacute-la em terrenos cultivados incultos e

ruderais Floresce entre Dezembro e Maio

Erva-vaqueira

A Armeacuteria (Armeria beirana) eacute nativa da

Peniacutensula Ibeacuterica pode ser encontrada em matagais e

floresce entre Maio e Agosto

Armeria

A Soagem (Echium vulgare) eacute nativa da Europa

Aacutesia Central tambeacutem eacute comum na Ameacuterica do Norte

Cresce entre 30 e 80 cm Floresce entre Maio e Setembro

Soagem

13

A Tasneirinha (Senecio vulgaris) distribui-se

por toda a Europa Podemos encontraacute-la em terrenos

incultos cultivados e matagais Floresce durante

quase todo o ano

Tasneirinha

A Erva-das-cortadelas (Achillea millefolium) eacute

nativa da Europa e rara na regiatildeo mediterracircnica

Encontra-se em zonas ruderais Floresce entre Maio e

Agosto

Erva-das-cortadelas

Os Pezinhos do menino Jesus (Briza maxima) satildeo

nativos do Norte de Aacutefrica dos Accedilores Aacutesia Ocidental e Sul

da Europa Habitam em terrenos incultos matagais e matos

e florescem entre Abril e Junho Crescem ateacute 60 cm

Pezinhos do Menino Jesus

A Bela-luz (Thymus mastichina L) distribui-se pela

Peniacutensula Ibeacuterica encontra-se em zonas rupicolas terrenos

incultos matos matagais e zonas ruderais Floresce entre

Marccedilo e Agosto Eacute uma planta aromaacutetica endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica

Bela-Luz

14

Fauna do Concelho

A grande diversidade de habitats a pouca perturbaccedilatildeo e a integraccedilatildeo

do homem no ambiente tornam Celorico da Beira uma aacuterea de elevada

importacircncia fauniacutestica quer pela grande diversidade bioloacutegica quer pela

existecircncia de inuacutemeras espeacutecies ameaccediladas

Das espeacutecies existentes destacam-se o Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) a

Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus eacute a mais ameaccedilada) o Javali (Sus scrofa)

o Coelho-bravo (Oryctolagus cunniculus) a Lebre (Lepus granatensis) a Raposa

(Vulpes vulpes L) o Texugo (Meles meles) a Fuinha (Martes foina) a Lontra

(Lutra lutra) e o Gato-Bravo (Felis silvestris)

O Coelho bravo (Oryctolagus cunniculus) eacute um

animal presente em todo o paiacutes Eacute uacutetil agraves pessoas pela sua

carne usada como alimento e pela pele usada para

confeccionar vestuaacuterio

O Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) eacute o

maior insectiacutevoro da nossa fauna com um

comprimento de corpo entre 18 e 20 cm e cerca de 1 kg

de peso maacuteximo Eacute um animal solitaacuterio e territorial de

haacutebitos essencialmente nocturnos podendo ser

observado nas ultimas horas do dia e ao amanhecer

Ouriccedilo-cacheiro

A Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus) eacute um

mamiacutefero que pode ser encontrado nos Pireneacuteus e na

Peniacutensula Ibeacuterica Tem pecirclo castanho-escuro e negro e

tem cerca de 12cm de comprimento Eacute uma espeacutecie

semi-aquaacutetica que vive em rios e ribeiros construindo

os abrigos nas suas margens

Toupeira-drsquoaacutegua

O Javali (Sus scrofa) eacute um mamiacutefero de porte

meacutedio e corpo robusto Eacute a mais conhecida e a principal

das espeacutecies de porcos selvagens Tem uma ampla

distribuiccedilatildeo geograacutefica sendo nativo da Europa Aacutesia e

Norte de Aacutefrica Eacute o antepassado a partir do qual

evoluiu o actual porco domeacutestico

Javali

Coelho Bravo

15

A Lebre (Lepus granatensis) eacute uma espeacutecie

cinegeacutetica bastante procurada pelos caccediladores O

nuacutemero de efectivos varia de ano para ano o que

poderaacute ser explicado pela actividade cinegeacutetica

Lebre

A Raposa (Vulpes vulpes L) estaacute amplamente

distribuiacuteda pela Aacutefrica Euraacutesia e Ameacuterica do

Norte Natildeo satildeo territorialistas vivem em lugares

onde existe comida em abundacircncia

Raposa

O Texugo (Meles meles) eacute um mamiacutefero da

maior parte da Europa e de muitas aacutereas da Aacutesia

Pode habitar em aacutereas muito diferentes Os texugos

satildeo mais abundantes em zonas com algum relevo e

heterogeacuteneas do ponto de vista paisagiacutestico com

grande variedade de bioacutetopos que lhes

proporcionam uma maior disponibilidade de

recursos e abrigos

Texugo

A Fuinha (Martes foina) eacute um mamiacutefero de

pequeno porte pertencente ao grupo das martas

Habita em toda a Europa Continental excepto

Escandinaacutevia e algumas ilhas do Mediterracircneo

Em Portugal eacute comum em todo o territoacuterio embora

a sua populaccedilatildeo seja desconhecida A fuinha

adapta-se bem agrave presenccedila humana e pode ser

comum em vilas ou mesmo cidades

Fuinha

16

Dentro das aves as que mais se observam satildeo a Andorinha das Barreiras

(Riparia riparia) a Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) o Papa-figos (Oriolus oriolus) a Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) o Bico de lacre (Estrilda astrild) o Guarda - rios (Alcedo atthis) o Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) o

Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) o Papa-amoras-comum (Sylvia communis) o

Tartaranhatildeo - caccedilador (Cyrcus pygargus) o Trigueiratildeo (Emberiza calandra) a

Cotovia Montesina (Galerida theklae) o Torcicolo (Jyns torquila) a Pecircga ndash azul

(Cyanopica cyanus) o Cuco rabilongo (Clamator glandarius) o Pisco-de-peito-

ruivo (Erithacus rubecula) a Sombria (Emberiza hortulana) o Melro-das-

rochas (Monticola saxatilis) o Andorinhatildeo paacutelido (Apus pallidus) a Oacutegea

(Falco subbuteo) o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) a Poupa (Upupa epops) a Andorinha ndash das ndash rochas (Ptyonoprogne rupestris) a Aacutelveola ndash

branca (Motacilla alba) o Rabirruivo ndash preto (Phoenicurus ochruros) a Fuinha

dos Juncos (Cisticola Juncidis) o Chapim Carvoeiro (Parus ater) o Picanccedilo ndash

real (Lanius meridionalis) a Pega ndash rabuda (Pica pica) a Rola ndash brava

(Streptopelia turtur) o Estorninho malhado (Sturnus vulgaris) o Pombo ndash

bravo (Columba oenas) o Tordo ndash zornal (Turdus pilaris) o Rouxinol comum

(Luscinia megarhyncus) o Abelharuco (Merops apiaster) o Pardal-francecircs

(Petronia petronia) Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) o Pintarroxo

(Carduelis cannabina) o Milhafre-preto (Milvus migrans) a Aacuteguia-calccedilada

(Hieraaetus pennatus) o Andorinhatildeo-preto (Apus apus) a Gralha-preta

(Corvus corone) o Estorninho-preto (Sturnus unicolor) a Escrevedora-de-

garganta-preta (Emberiza cirlus) o Milhafre-real (Milvus milvus)

A Lontra (Lutra lutra) apresenta uma

distribuiccedilatildeo extremamente vasta Portugal eacute quase

isolado na distribuiccedilatildeo e abundacircncia da Lontra

uma vez que apresenta uma populaccedilatildeo distribuiacuteda

regularmente pelo territoacuterio e numa situaccedilatildeo de

relativa abundacircncia sendo das poucas populaccedilotildees

viaacuteveis ainda existentes

Lontra

O Gato Bravo (Felis silvestris) eacute um pequeno

felino natural da Europa Aacutefrica e Aacutesia Habita

preferencialmente bosques fechados mas tambeacutem

ocorre em matagais mediterracircneos e florestas de

coniacuteferas Durante o dia podem refugiar-se em

buracos de aacutervores fendas nas rochas e tocas

abandonadas de outros animais

Gato Bravo

17

A Andorinha das barreiras (Riparia riparia)

eacute uma espeacutecie estival que pode ser observada entre a

Primavera e o Veratildeo sobretudo em Marccedilo e

Setembro (por vezes a partir de finais de Fevereiro)

Tem uma distribuiccedilatildeo muito fragmentada

normalmente avista-se em taludes ou barreiras de

terra geralmente nas vaacuterzeas e terras baixas do

litoral ou junto a linhas de aacutegua

Andorinha das Barreiras

A Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) eacute

uma espeacutecie estival observando-se sobretudo de

meados de Fevereiro a meados de Setembro Eacute

bastante comum na metade litoral distribui-se de

norte a sul do paiacutes sendo mais comum nas terras

baixas com galerias ripiacutecolas bem desenvolvidas

Felosa Ibeacuterica

O Papa-figos (Oriolus oriolus) distribui-se de

norte a sul e pode ser considerado comum na metade

interior do territoacuterio e pouco comum na metade

ocidental Eacute um visitante estival que chega bastante

tarde ao nosso paiacutes a maioria dos machos faz-se

ouvir a partir de finais de Abril ou inicio de Maio e

canta ateacute ao princiacutepio de Julho Parte para Aacutefrica

em Agosto sendo jaacute raro a partir de Setembro

Papa-Figos

A Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) eacute

uma presenccedila caracteriacutestica das ribeiras de curso

raacutepido e distribui-se por todo o territoacuterio Frequenta

zonas de aacutegua liacutempida e corrente como ribeiros de

montanha pequenos diques ou represas Por vezes

tambeacutem frequenta canais de rega Reside no norte e

centro e eacute invernante em certas zonas do sul

Alveacuteola-Cinzenta

18

O Bico de Lacre (Estrilda astrild) eacute uma

espeacutecie originaacuteria de Aacutefrica foi introduzido na

Lagoa de Oacutebidos em 1968 e expandiu-se rapidamente

pelo territoacuterio nacional sendo hoje uma espeacutecie

relativamente comum Pode ser visto em Portugal

durante todo o ano e nas zonas onde ocorre natildeo eacute

raro encontrar bandos que podem juntar desde

meia duacutezia ateacute algumas dezenas de indiviacuteduos

Bico de Lacre

O Guarda ndash rios (Alcedo atthis) ocorre em

Portugal durante todo o ano mas a sua abundacircncia

varia fortemente de umas regiotildees para as outras Eacute

claramente mais comum no litoral que no interior e

claramente mais comum em planiacutecie que em

montanha sendo raro acima dos 1000m Pode ser

visto desde Agosto ateacute Abril

Guarda - rios

O Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) eacute pouco

comum em Portugal Distribui-se principalmente

pelas terras do norte e do centro podendo ser visto

na maioria das Serras Portuguesas Eacute uma espeacutecie

residente que pode ser observada nos locais de

reproduccedilatildeo durante todo o ano

Melro ndash d lsquoaacutegua

O Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) eacute uma

espeacutecie bastante comum como aliaacutes se constata a

partir do momento em que se conhece o seu canto

Ocorre sobretudo em zonas de vegetaccedilatildeo densa

sobretudo perto de aacutegua Embora se distribua de

norte a sul do paiacutes eacute claramente mais comum no

sul e no litoral tornando-se mais escasso no norte e

no interior Podemos ouvir o seu canto durante

todo o ano

Rouxinol - bravo

19

O Papa-amoras-comum (Sylvia communis) ocorre quase exclusivamente na metade norte do

territoacuterio sendo mais certo observaacute-lo nessa regiatildeo

entre Abril e Setembro No final do Veratildeo e

princiacutepio do Outono esta espeacutecie pode ser

encontrada em locais distintos das zonas de

nidificaccedilatildeo pois satildeo aves de migraccedilatildeo

Papa-amoras-comum

O Tartaranhatildeo-caccedilador (Cyrcus pygargus) eacute

pouco abundante podendo ser localmente comum em

certas zonas do Alentejo Sendo um nidificante

estival estaacute presente no paiacutes a partir de meados de

Marccedilo ateacute Setembro Estaacute ausente durante o periacuteodo

de inverno

Tartaranhatildeo-caccedilador

O Trigueiratildeo (Emberiza calandra) eacute uma

ave castanha que pousa frequentemente em postes e

fios telefoacutenicos deixando-se observar muito bem Eacute

comum em todo o territoacuterio nacional excepto no norte

e centro onde eacute relativamente escasso A norte do Tejo

eacute um pouco menos numeroso mas ainda assim pode ser

considerado comum na maior parte da Beira Baixa

nos planaltos da Beira Alta e em grande parte de Traacutes-

os-Montes Estaacute presente em Portugal durante todo o

ano no entanto eacute na primavera que a sua abundacircncia

se torna mais visiacutevel

Trigueiratildeo

A Cotovia Montesina (Galerida theklae) eacute

bastante comum mas a sua abundacircncia passa muitas

vezes despercebida devido agraves dificuldades de

identificaccedilatildeo Eacute particularmente comum na metade

interior do territoacuterio onde o habitat lhe eacute mais

favoraacutevel e por vezes podem ser vistos pequenos

bandos desta espeacutecie Esta cotovia eacute residente e

observa-se em Portugal durante todo o ano

Cotovia Montesina

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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9

No estrato herbaacuteceo evidencia-se a Tripa de ovelha (Andryala

integrifolia) a Dedaleira amarela (Digitalis thapsi) o Saramago (Raphanus raphanistrum or sativus) a Calcitrapa (Centranthus calcitrapae) a Margarida

amarela (Chrysanthemum coronarium) o Cardo (Cirsium sp) o Chupa-mel

(Echium plantagineum) a Erva-de-satildeo-roberto (Geranium robertianum) a

Leituga (Leontodom taraxacoides) a Tremocilha (Lupinus angustifolius) a

Malva (Malva sp) os Assobios (Silene latifolia) a Papoila (Papaver rhoeas) a

Erva-vaqueira (Calendula arvensis) a Armeacuteria (Armeria beirana) a Soagem

(Echium vulgare) a Tasneirinha (Senecio vulgaris) a Erva-das-cortadelas

(Achillea millefolium) os Pezinhos do Menino Jesus (Briza maacutexima) e a Bela-

Luz (Thymus mastichina L)

O Sabugueiro (Sambucus nigra) eacute nativo da

Europa e do Norte de Aacutefrica e disseminou-se facilmente

pelo mundo todo Eacute um arbusto espontacircneo de 2 a 4 m as

flores satildeo pequenas e muito brancas e exalam um

perfume agradaacutevel As suas bagas depois de apanhadas

e secas satildeo exportadas a fim de serem transformadas e

servirem de corantes para as pastelarias bem como para

produtos farmacecircuticos O fruto tambeacutem se utiliza como

aditivo ao vinho para lhe dar sabor e cor Eacute usado por

quem tem movimentos involuntaacuterios de origem nervosa

Sabugueiro

A Silva (Rubus sp) eacute nativa da Europa e da

regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia Habita terrenos

incultos matos matagais e ruderais Floresce entre

Maio e Agosto Eacute conhecida pelos seus espinhos e surge

espontaneamente conquistando grandes quantidades de

terreno

Silva

A Tripa de Ovelha (Andryala integrifolia) pertence

agrave famiacutelia das Asteraceas habita em matos matagais

terrenos cultivados e incultos e floresce entre Junho e

Agosto

Tripa de Ovelha

10

A Dedaleira amarela (Digitalis thapsi) eacute

considerada um endemismo ibeacuterico Em Portugal eacute

possiacutevel encontra-la no Alto-Alentejo Beiras (Alta e

Baixa) Traacutes-os-Montes e Minho geralmente em terrenos

secos e rochosos e frequentemente nas fendas das rochas

graniacuteticas Eacute usada em fitoterapia como cardiotoacutenico

mas com o uso destas plantas todo o cuidado eacute pouco satildeo

toacutexicas Floresce entre Maio e Agosto

Dedaleira Amarela

O Saramago (Raphanus raphanistrum or sativus)

pertence aacute famiacutelia das cruciacuteferas habita em searas

campos cultivados pousios incultos e entulhos e floresce

entre Abril e Novembro

Saramago

A Calcitrapa (Centranthus calcitrapae) eacute uma

herbaacutecea relativamente baixa podendo atingir os 60 cm

de altura que se distribui pelo sul da Europa e Regiatildeo

Mediterracircnica ocorrendo sobretudo em terrenos incultos

e pouco huacutemidos Em Portugal encontra-se distribuiacuteda por

quase todo o territoacuterio do continente Floresce de Marccedilo a

Julho ou Agosto

Calcitrapa

A Margarida amarela (Chrysanthemum coronarium)

eacute uma composta nativa da regiatildeo mediterracircnica do centro

e sul de Portugal habita em terrenos cultivados e ruderais e

floresce entre Abril e Agosto

Margarida amarela

O Cardo (Cirsium sp) eacute nativo da Eurasia e Norte de

Aacutefrica floresce entre Abril e Agosto e habita terrenos

incultos Eacute usado como alimento para as larvas e alguns

lepidopteros

Cardo

11

~

O Chupa-mel (Echium plantagineum) eacute nativo da Europa

Ocidental (da Inglaterra ao sul da Peniacutensula Ibeacuterica) leste

da Crimeacutelia norte de Aacutefrica e sudeste da Aacutesia habita em

zonas perturbadas baldios e ruderais Floresce entre

Marccedilo e Julho

Chupa-mel

A Erva de Satildeo Roberto (Geranium robertianum) eacute

espontacircnea em jardins matos e caminhos Eacute nativa da

Europa e floresce entre Marccedilo e Julho Eacute usada no

tratamento do cancro e para tratar feridas cutacircneas

Erva de Satildeo Roberto

A Leituga (Leontodom taraxacoides) eacute nativa da

Europa e Norte de Aacutefrica habita em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

A Tremocilha (Lupinus angustifolius) eacute

originaacuteria da regiatildeo mediterracircnica foi introduzida

como cultivo no resto da Europa Austraacutelia

Tasmacircnia Nova Zelacircndia Aacutefrica do Sul e Estados

Unidos da Ameacuterica Podemos encontraacute-la em

terrenos cultivados incultos e ruderais e floresce

entre Marccedilo e Maio

Tremocilha

A Malva (Malva sp) encontra-se na Europa no

sudoeste de Aacutesia na regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia

Podemos encontra-la em terrenos incultos e ruderais e

floresce entre Abril e Setembro

Malva

Leituga

12

Os Assobios (Silene latifolia) satildeo herbaacuteceas que

atingem entre os 40 cm e 80 cm de altura Satildeo

nativos da Ameacuterica do Norte e encontram-se quase

em toda a Europa Encontramo-los em matos zonas

ruderais e rupicolas Florescem entre Abril e Agosto

Assobios

A Papoila (Papaver rhoeas) pode-se encontrar

em quase toda a Europa em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

Papoila

A Erva-vaqueira (Calendula arvensis) eacute nativa

da Europa podendo tambeacutem ser encontrada no Norte de

Aacutefrica Geralmente natildeo atinge mais de 15 m de altura

Podemos encontraacute-la em terrenos cultivados incultos e

ruderais Floresce entre Dezembro e Maio

Erva-vaqueira

A Armeacuteria (Armeria beirana) eacute nativa da

Peniacutensula Ibeacuterica pode ser encontrada em matagais e

floresce entre Maio e Agosto

Armeria

A Soagem (Echium vulgare) eacute nativa da Europa

Aacutesia Central tambeacutem eacute comum na Ameacuterica do Norte

Cresce entre 30 e 80 cm Floresce entre Maio e Setembro

Soagem

13

A Tasneirinha (Senecio vulgaris) distribui-se

por toda a Europa Podemos encontraacute-la em terrenos

incultos cultivados e matagais Floresce durante

quase todo o ano

Tasneirinha

A Erva-das-cortadelas (Achillea millefolium) eacute

nativa da Europa e rara na regiatildeo mediterracircnica

Encontra-se em zonas ruderais Floresce entre Maio e

Agosto

Erva-das-cortadelas

Os Pezinhos do menino Jesus (Briza maxima) satildeo

nativos do Norte de Aacutefrica dos Accedilores Aacutesia Ocidental e Sul

da Europa Habitam em terrenos incultos matagais e matos

e florescem entre Abril e Junho Crescem ateacute 60 cm

Pezinhos do Menino Jesus

A Bela-luz (Thymus mastichina L) distribui-se pela

Peniacutensula Ibeacuterica encontra-se em zonas rupicolas terrenos

incultos matos matagais e zonas ruderais Floresce entre

Marccedilo e Agosto Eacute uma planta aromaacutetica endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica

Bela-Luz

14

Fauna do Concelho

A grande diversidade de habitats a pouca perturbaccedilatildeo e a integraccedilatildeo

do homem no ambiente tornam Celorico da Beira uma aacuterea de elevada

importacircncia fauniacutestica quer pela grande diversidade bioloacutegica quer pela

existecircncia de inuacutemeras espeacutecies ameaccediladas

Das espeacutecies existentes destacam-se o Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) a

Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus eacute a mais ameaccedilada) o Javali (Sus scrofa)

o Coelho-bravo (Oryctolagus cunniculus) a Lebre (Lepus granatensis) a Raposa

(Vulpes vulpes L) o Texugo (Meles meles) a Fuinha (Martes foina) a Lontra

(Lutra lutra) e o Gato-Bravo (Felis silvestris)

O Coelho bravo (Oryctolagus cunniculus) eacute um

animal presente em todo o paiacutes Eacute uacutetil agraves pessoas pela sua

carne usada como alimento e pela pele usada para

confeccionar vestuaacuterio

O Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) eacute o

maior insectiacutevoro da nossa fauna com um

comprimento de corpo entre 18 e 20 cm e cerca de 1 kg

de peso maacuteximo Eacute um animal solitaacuterio e territorial de

haacutebitos essencialmente nocturnos podendo ser

observado nas ultimas horas do dia e ao amanhecer

Ouriccedilo-cacheiro

A Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus) eacute um

mamiacutefero que pode ser encontrado nos Pireneacuteus e na

Peniacutensula Ibeacuterica Tem pecirclo castanho-escuro e negro e

tem cerca de 12cm de comprimento Eacute uma espeacutecie

semi-aquaacutetica que vive em rios e ribeiros construindo

os abrigos nas suas margens

Toupeira-drsquoaacutegua

O Javali (Sus scrofa) eacute um mamiacutefero de porte

meacutedio e corpo robusto Eacute a mais conhecida e a principal

das espeacutecies de porcos selvagens Tem uma ampla

distribuiccedilatildeo geograacutefica sendo nativo da Europa Aacutesia e

Norte de Aacutefrica Eacute o antepassado a partir do qual

evoluiu o actual porco domeacutestico

Javali

Coelho Bravo

15

A Lebre (Lepus granatensis) eacute uma espeacutecie

cinegeacutetica bastante procurada pelos caccediladores O

nuacutemero de efectivos varia de ano para ano o que

poderaacute ser explicado pela actividade cinegeacutetica

Lebre

A Raposa (Vulpes vulpes L) estaacute amplamente

distribuiacuteda pela Aacutefrica Euraacutesia e Ameacuterica do

Norte Natildeo satildeo territorialistas vivem em lugares

onde existe comida em abundacircncia

Raposa

O Texugo (Meles meles) eacute um mamiacutefero da

maior parte da Europa e de muitas aacutereas da Aacutesia

Pode habitar em aacutereas muito diferentes Os texugos

satildeo mais abundantes em zonas com algum relevo e

heterogeacuteneas do ponto de vista paisagiacutestico com

grande variedade de bioacutetopos que lhes

proporcionam uma maior disponibilidade de

recursos e abrigos

Texugo

A Fuinha (Martes foina) eacute um mamiacutefero de

pequeno porte pertencente ao grupo das martas

Habita em toda a Europa Continental excepto

Escandinaacutevia e algumas ilhas do Mediterracircneo

Em Portugal eacute comum em todo o territoacuterio embora

a sua populaccedilatildeo seja desconhecida A fuinha

adapta-se bem agrave presenccedila humana e pode ser

comum em vilas ou mesmo cidades

Fuinha

16

Dentro das aves as que mais se observam satildeo a Andorinha das Barreiras

(Riparia riparia) a Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) o Papa-figos (Oriolus oriolus) a Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) o Bico de lacre (Estrilda astrild) o Guarda - rios (Alcedo atthis) o Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) o

Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) o Papa-amoras-comum (Sylvia communis) o

Tartaranhatildeo - caccedilador (Cyrcus pygargus) o Trigueiratildeo (Emberiza calandra) a

Cotovia Montesina (Galerida theklae) o Torcicolo (Jyns torquila) a Pecircga ndash azul

(Cyanopica cyanus) o Cuco rabilongo (Clamator glandarius) o Pisco-de-peito-

ruivo (Erithacus rubecula) a Sombria (Emberiza hortulana) o Melro-das-

rochas (Monticola saxatilis) o Andorinhatildeo paacutelido (Apus pallidus) a Oacutegea

(Falco subbuteo) o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) a Poupa (Upupa epops) a Andorinha ndash das ndash rochas (Ptyonoprogne rupestris) a Aacutelveola ndash

branca (Motacilla alba) o Rabirruivo ndash preto (Phoenicurus ochruros) a Fuinha

dos Juncos (Cisticola Juncidis) o Chapim Carvoeiro (Parus ater) o Picanccedilo ndash

real (Lanius meridionalis) a Pega ndash rabuda (Pica pica) a Rola ndash brava

(Streptopelia turtur) o Estorninho malhado (Sturnus vulgaris) o Pombo ndash

bravo (Columba oenas) o Tordo ndash zornal (Turdus pilaris) o Rouxinol comum

(Luscinia megarhyncus) o Abelharuco (Merops apiaster) o Pardal-francecircs

(Petronia petronia) Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) o Pintarroxo

(Carduelis cannabina) o Milhafre-preto (Milvus migrans) a Aacuteguia-calccedilada

(Hieraaetus pennatus) o Andorinhatildeo-preto (Apus apus) a Gralha-preta

(Corvus corone) o Estorninho-preto (Sturnus unicolor) a Escrevedora-de-

garganta-preta (Emberiza cirlus) o Milhafre-real (Milvus milvus)

A Lontra (Lutra lutra) apresenta uma

distribuiccedilatildeo extremamente vasta Portugal eacute quase

isolado na distribuiccedilatildeo e abundacircncia da Lontra

uma vez que apresenta uma populaccedilatildeo distribuiacuteda

regularmente pelo territoacuterio e numa situaccedilatildeo de

relativa abundacircncia sendo das poucas populaccedilotildees

viaacuteveis ainda existentes

Lontra

O Gato Bravo (Felis silvestris) eacute um pequeno

felino natural da Europa Aacutefrica e Aacutesia Habita

preferencialmente bosques fechados mas tambeacutem

ocorre em matagais mediterracircneos e florestas de

coniacuteferas Durante o dia podem refugiar-se em

buracos de aacutervores fendas nas rochas e tocas

abandonadas de outros animais

Gato Bravo

17

A Andorinha das barreiras (Riparia riparia)

eacute uma espeacutecie estival que pode ser observada entre a

Primavera e o Veratildeo sobretudo em Marccedilo e

Setembro (por vezes a partir de finais de Fevereiro)

Tem uma distribuiccedilatildeo muito fragmentada

normalmente avista-se em taludes ou barreiras de

terra geralmente nas vaacuterzeas e terras baixas do

litoral ou junto a linhas de aacutegua

Andorinha das Barreiras

A Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) eacute

uma espeacutecie estival observando-se sobretudo de

meados de Fevereiro a meados de Setembro Eacute

bastante comum na metade litoral distribui-se de

norte a sul do paiacutes sendo mais comum nas terras

baixas com galerias ripiacutecolas bem desenvolvidas

Felosa Ibeacuterica

O Papa-figos (Oriolus oriolus) distribui-se de

norte a sul e pode ser considerado comum na metade

interior do territoacuterio e pouco comum na metade

ocidental Eacute um visitante estival que chega bastante

tarde ao nosso paiacutes a maioria dos machos faz-se

ouvir a partir de finais de Abril ou inicio de Maio e

canta ateacute ao princiacutepio de Julho Parte para Aacutefrica

em Agosto sendo jaacute raro a partir de Setembro

Papa-Figos

A Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) eacute

uma presenccedila caracteriacutestica das ribeiras de curso

raacutepido e distribui-se por todo o territoacuterio Frequenta

zonas de aacutegua liacutempida e corrente como ribeiros de

montanha pequenos diques ou represas Por vezes

tambeacutem frequenta canais de rega Reside no norte e

centro e eacute invernante em certas zonas do sul

Alveacuteola-Cinzenta

18

O Bico de Lacre (Estrilda astrild) eacute uma

espeacutecie originaacuteria de Aacutefrica foi introduzido na

Lagoa de Oacutebidos em 1968 e expandiu-se rapidamente

pelo territoacuterio nacional sendo hoje uma espeacutecie

relativamente comum Pode ser visto em Portugal

durante todo o ano e nas zonas onde ocorre natildeo eacute

raro encontrar bandos que podem juntar desde

meia duacutezia ateacute algumas dezenas de indiviacuteduos

Bico de Lacre

O Guarda ndash rios (Alcedo atthis) ocorre em

Portugal durante todo o ano mas a sua abundacircncia

varia fortemente de umas regiotildees para as outras Eacute

claramente mais comum no litoral que no interior e

claramente mais comum em planiacutecie que em

montanha sendo raro acima dos 1000m Pode ser

visto desde Agosto ateacute Abril

Guarda - rios

O Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) eacute pouco

comum em Portugal Distribui-se principalmente

pelas terras do norte e do centro podendo ser visto

na maioria das Serras Portuguesas Eacute uma espeacutecie

residente que pode ser observada nos locais de

reproduccedilatildeo durante todo o ano

Melro ndash d lsquoaacutegua

O Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) eacute uma

espeacutecie bastante comum como aliaacutes se constata a

partir do momento em que se conhece o seu canto

Ocorre sobretudo em zonas de vegetaccedilatildeo densa

sobretudo perto de aacutegua Embora se distribua de

norte a sul do paiacutes eacute claramente mais comum no

sul e no litoral tornando-se mais escasso no norte e

no interior Podemos ouvir o seu canto durante

todo o ano

Rouxinol - bravo

19

O Papa-amoras-comum (Sylvia communis) ocorre quase exclusivamente na metade norte do

territoacuterio sendo mais certo observaacute-lo nessa regiatildeo

entre Abril e Setembro No final do Veratildeo e

princiacutepio do Outono esta espeacutecie pode ser

encontrada em locais distintos das zonas de

nidificaccedilatildeo pois satildeo aves de migraccedilatildeo

Papa-amoras-comum

O Tartaranhatildeo-caccedilador (Cyrcus pygargus) eacute

pouco abundante podendo ser localmente comum em

certas zonas do Alentejo Sendo um nidificante

estival estaacute presente no paiacutes a partir de meados de

Marccedilo ateacute Setembro Estaacute ausente durante o periacuteodo

de inverno

Tartaranhatildeo-caccedilador

O Trigueiratildeo (Emberiza calandra) eacute uma

ave castanha que pousa frequentemente em postes e

fios telefoacutenicos deixando-se observar muito bem Eacute

comum em todo o territoacuterio nacional excepto no norte

e centro onde eacute relativamente escasso A norte do Tejo

eacute um pouco menos numeroso mas ainda assim pode ser

considerado comum na maior parte da Beira Baixa

nos planaltos da Beira Alta e em grande parte de Traacutes-

os-Montes Estaacute presente em Portugal durante todo o

ano no entanto eacute na primavera que a sua abundacircncia

se torna mais visiacutevel

Trigueiratildeo

A Cotovia Montesina (Galerida theklae) eacute

bastante comum mas a sua abundacircncia passa muitas

vezes despercebida devido agraves dificuldades de

identificaccedilatildeo Eacute particularmente comum na metade

interior do territoacuterio onde o habitat lhe eacute mais

favoraacutevel e por vezes podem ser vistos pequenos

bandos desta espeacutecie Esta cotovia eacute residente e

observa-se em Portugal durante todo o ano

Cotovia Montesina

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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10

A Dedaleira amarela (Digitalis thapsi) eacute

considerada um endemismo ibeacuterico Em Portugal eacute

possiacutevel encontra-la no Alto-Alentejo Beiras (Alta e

Baixa) Traacutes-os-Montes e Minho geralmente em terrenos

secos e rochosos e frequentemente nas fendas das rochas

graniacuteticas Eacute usada em fitoterapia como cardiotoacutenico

mas com o uso destas plantas todo o cuidado eacute pouco satildeo

toacutexicas Floresce entre Maio e Agosto

Dedaleira Amarela

O Saramago (Raphanus raphanistrum or sativus)

pertence aacute famiacutelia das cruciacuteferas habita em searas

campos cultivados pousios incultos e entulhos e floresce

entre Abril e Novembro

Saramago

A Calcitrapa (Centranthus calcitrapae) eacute uma

herbaacutecea relativamente baixa podendo atingir os 60 cm

de altura que se distribui pelo sul da Europa e Regiatildeo

Mediterracircnica ocorrendo sobretudo em terrenos incultos

e pouco huacutemidos Em Portugal encontra-se distribuiacuteda por

quase todo o territoacuterio do continente Floresce de Marccedilo a

Julho ou Agosto

Calcitrapa

A Margarida amarela (Chrysanthemum coronarium)

eacute uma composta nativa da regiatildeo mediterracircnica do centro

e sul de Portugal habita em terrenos cultivados e ruderais e

floresce entre Abril e Agosto

Margarida amarela

O Cardo (Cirsium sp) eacute nativo da Eurasia e Norte de

Aacutefrica floresce entre Abril e Agosto e habita terrenos

incultos Eacute usado como alimento para as larvas e alguns

lepidopteros

Cardo

11

~

O Chupa-mel (Echium plantagineum) eacute nativo da Europa

Ocidental (da Inglaterra ao sul da Peniacutensula Ibeacuterica) leste

da Crimeacutelia norte de Aacutefrica e sudeste da Aacutesia habita em

zonas perturbadas baldios e ruderais Floresce entre

Marccedilo e Julho

Chupa-mel

A Erva de Satildeo Roberto (Geranium robertianum) eacute

espontacircnea em jardins matos e caminhos Eacute nativa da

Europa e floresce entre Marccedilo e Julho Eacute usada no

tratamento do cancro e para tratar feridas cutacircneas

Erva de Satildeo Roberto

A Leituga (Leontodom taraxacoides) eacute nativa da

Europa e Norte de Aacutefrica habita em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

A Tremocilha (Lupinus angustifolius) eacute

originaacuteria da regiatildeo mediterracircnica foi introduzida

como cultivo no resto da Europa Austraacutelia

Tasmacircnia Nova Zelacircndia Aacutefrica do Sul e Estados

Unidos da Ameacuterica Podemos encontraacute-la em

terrenos cultivados incultos e ruderais e floresce

entre Marccedilo e Maio

Tremocilha

A Malva (Malva sp) encontra-se na Europa no

sudoeste de Aacutesia na regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia

Podemos encontra-la em terrenos incultos e ruderais e

floresce entre Abril e Setembro

Malva

Leituga

12

Os Assobios (Silene latifolia) satildeo herbaacuteceas que

atingem entre os 40 cm e 80 cm de altura Satildeo

nativos da Ameacuterica do Norte e encontram-se quase

em toda a Europa Encontramo-los em matos zonas

ruderais e rupicolas Florescem entre Abril e Agosto

Assobios

A Papoila (Papaver rhoeas) pode-se encontrar

em quase toda a Europa em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

Papoila

A Erva-vaqueira (Calendula arvensis) eacute nativa

da Europa podendo tambeacutem ser encontrada no Norte de

Aacutefrica Geralmente natildeo atinge mais de 15 m de altura

Podemos encontraacute-la em terrenos cultivados incultos e

ruderais Floresce entre Dezembro e Maio

Erva-vaqueira

A Armeacuteria (Armeria beirana) eacute nativa da

Peniacutensula Ibeacuterica pode ser encontrada em matagais e

floresce entre Maio e Agosto

Armeria

A Soagem (Echium vulgare) eacute nativa da Europa

Aacutesia Central tambeacutem eacute comum na Ameacuterica do Norte

Cresce entre 30 e 80 cm Floresce entre Maio e Setembro

Soagem

13

A Tasneirinha (Senecio vulgaris) distribui-se

por toda a Europa Podemos encontraacute-la em terrenos

incultos cultivados e matagais Floresce durante

quase todo o ano

Tasneirinha

A Erva-das-cortadelas (Achillea millefolium) eacute

nativa da Europa e rara na regiatildeo mediterracircnica

Encontra-se em zonas ruderais Floresce entre Maio e

Agosto

Erva-das-cortadelas

Os Pezinhos do menino Jesus (Briza maxima) satildeo

nativos do Norte de Aacutefrica dos Accedilores Aacutesia Ocidental e Sul

da Europa Habitam em terrenos incultos matagais e matos

e florescem entre Abril e Junho Crescem ateacute 60 cm

Pezinhos do Menino Jesus

A Bela-luz (Thymus mastichina L) distribui-se pela

Peniacutensula Ibeacuterica encontra-se em zonas rupicolas terrenos

incultos matos matagais e zonas ruderais Floresce entre

Marccedilo e Agosto Eacute uma planta aromaacutetica endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica

Bela-Luz

14

Fauna do Concelho

A grande diversidade de habitats a pouca perturbaccedilatildeo e a integraccedilatildeo

do homem no ambiente tornam Celorico da Beira uma aacuterea de elevada

importacircncia fauniacutestica quer pela grande diversidade bioloacutegica quer pela

existecircncia de inuacutemeras espeacutecies ameaccediladas

Das espeacutecies existentes destacam-se o Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) a

Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus eacute a mais ameaccedilada) o Javali (Sus scrofa)

o Coelho-bravo (Oryctolagus cunniculus) a Lebre (Lepus granatensis) a Raposa

(Vulpes vulpes L) o Texugo (Meles meles) a Fuinha (Martes foina) a Lontra

(Lutra lutra) e o Gato-Bravo (Felis silvestris)

O Coelho bravo (Oryctolagus cunniculus) eacute um

animal presente em todo o paiacutes Eacute uacutetil agraves pessoas pela sua

carne usada como alimento e pela pele usada para

confeccionar vestuaacuterio

O Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) eacute o

maior insectiacutevoro da nossa fauna com um

comprimento de corpo entre 18 e 20 cm e cerca de 1 kg

de peso maacuteximo Eacute um animal solitaacuterio e territorial de

haacutebitos essencialmente nocturnos podendo ser

observado nas ultimas horas do dia e ao amanhecer

Ouriccedilo-cacheiro

A Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus) eacute um

mamiacutefero que pode ser encontrado nos Pireneacuteus e na

Peniacutensula Ibeacuterica Tem pecirclo castanho-escuro e negro e

tem cerca de 12cm de comprimento Eacute uma espeacutecie

semi-aquaacutetica que vive em rios e ribeiros construindo

os abrigos nas suas margens

Toupeira-drsquoaacutegua

O Javali (Sus scrofa) eacute um mamiacutefero de porte

meacutedio e corpo robusto Eacute a mais conhecida e a principal

das espeacutecies de porcos selvagens Tem uma ampla

distribuiccedilatildeo geograacutefica sendo nativo da Europa Aacutesia e

Norte de Aacutefrica Eacute o antepassado a partir do qual

evoluiu o actual porco domeacutestico

Javali

Coelho Bravo

15

A Lebre (Lepus granatensis) eacute uma espeacutecie

cinegeacutetica bastante procurada pelos caccediladores O

nuacutemero de efectivos varia de ano para ano o que

poderaacute ser explicado pela actividade cinegeacutetica

Lebre

A Raposa (Vulpes vulpes L) estaacute amplamente

distribuiacuteda pela Aacutefrica Euraacutesia e Ameacuterica do

Norte Natildeo satildeo territorialistas vivem em lugares

onde existe comida em abundacircncia

Raposa

O Texugo (Meles meles) eacute um mamiacutefero da

maior parte da Europa e de muitas aacutereas da Aacutesia

Pode habitar em aacutereas muito diferentes Os texugos

satildeo mais abundantes em zonas com algum relevo e

heterogeacuteneas do ponto de vista paisagiacutestico com

grande variedade de bioacutetopos que lhes

proporcionam uma maior disponibilidade de

recursos e abrigos

Texugo

A Fuinha (Martes foina) eacute um mamiacutefero de

pequeno porte pertencente ao grupo das martas

Habita em toda a Europa Continental excepto

Escandinaacutevia e algumas ilhas do Mediterracircneo

Em Portugal eacute comum em todo o territoacuterio embora

a sua populaccedilatildeo seja desconhecida A fuinha

adapta-se bem agrave presenccedila humana e pode ser

comum em vilas ou mesmo cidades

Fuinha

16

Dentro das aves as que mais se observam satildeo a Andorinha das Barreiras

(Riparia riparia) a Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) o Papa-figos (Oriolus oriolus) a Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) o Bico de lacre (Estrilda astrild) o Guarda - rios (Alcedo atthis) o Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) o

Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) o Papa-amoras-comum (Sylvia communis) o

Tartaranhatildeo - caccedilador (Cyrcus pygargus) o Trigueiratildeo (Emberiza calandra) a

Cotovia Montesina (Galerida theklae) o Torcicolo (Jyns torquila) a Pecircga ndash azul

(Cyanopica cyanus) o Cuco rabilongo (Clamator glandarius) o Pisco-de-peito-

ruivo (Erithacus rubecula) a Sombria (Emberiza hortulana) o Melro-das-

rochas (Monticola saxatilis) o Andorinhatildeo paacutelido (Apus pallidus) a Oacutegea

(Falco subbuteo) o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) a Poupa (Upupa epops) a Andorinha ndash das ndash rochas (Ptyonoprogne rupestris) a Aacutelveola ndash

branca (Motacilla alba) o Rabirruivo ndash preto (Phoenicurus ochruros) a Fuinha

dos Juncos (Cisticola Juncidis) o Chapim Carvoeiro (Parus ater) o Picanccedilo ndash

real (Lanius meridionalis) a Pega ndash rabuda (Pica pica) a Rola ndash brava

(Streptopelia turtur) o Estorninho malhado (Sturnus vulgaris) o Pombo ndash

bravo (Columba oenas) o Tordo ndash zornal (Turdus pilaris) o Rouxinol comum

(Luscinia megarhyncus) o Abelharuco (Merops apiaster) o Pardal-francecircs

(Petronia petronia) Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) o Pintarroxo

(Carduelis cannabina) o Milhafre-preto (Milvus migrans) a Aacuteguia-calccedilada

(Hieraaetus pennatus) o Andorinhatildeo-preto (Apus apus) a Gralha-preta

(Corvus corone) o Estorninho-preto (Sturnus unicolor) a Escrevedora-de-

garganta-preta (Emberiza cirlus) o Milhafre-real (Milvus milvus)

A Lontra (Lutra lutra) apresenta uma

distribuiccedilatildeo extremamente vasta Portugal eacute quase

isolado na distribuiccedilatildeo e abundacircncia da Lontra

uma vez que apresenta uma populaccedilatildeo distribuiacuteda

regularmente pelo territoacuterio e numa situaccedilatildeo de

relativa abundacircncia sendo das poucas populaccedilotildees

viaacuteveis ainda existentes

Lontra

O Gato Bravo (Felis silvestris) eacute um pequeno

felino natural da Europa Aacutefrica e Aacutesia Habita

preferencialmente bosques fechados mas tambeacutem

ocorre em matagais mediterracircneos e florestas de

coniacuteferas Durante o dia podem refugiar-se em

buracos de aacutervores fendas nas rochas e tocas

abandonadas de outros animais

Gato Bravo

17

A Andorinha das barreiras (Riparia riparia)

eacute uma espeacutecie estival que pode ser observada entre a

Primavera e o Veratildeo sobretudo em Marccedilo e

Setembro (por vezes a partir de finais de Fevereiro)

Tem uma distribuiccedilatildeo muito fragmentada

normalmente avista-se em taludes ou barreiras de

terra geralmente nas vaacuterzeas e terras baixas do

litoral ou junto a linhas de aacutegua

Andorinha das Barreiras

A Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) eacute

uma espeacutecie estival observando-se sobretudo de

meados de Fevereiro a meados de Setembro Eacute

bastante comum na metade litoral distribui-se de

norte a sul do paiacutes sendo mais comum nas terras

baixas com galerias ripiacutecolas bem desenvolvidas

Felosa Ibeacuterica

O Papa-figos (Oriolus oriolus) distribui-se de

norte a sul e pode ser considerado comum na metade

interior do territoacuterio e pouco comum na metade

ocidental Eacute um visitante estival que chega bastante

tarde ao nosso paiacutes a maioria dos machos faz-se

ouvir a partir de finais de Abril ou inicio de Maio e

canta ateacute ao princiacutepio de Julho Parte para Aacutefrica

em Agosto sendo jaacute raro a partir de Setembro

Papa-Figos

A Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) eacute

uma presenccedila caracteriacutestica das ribeiras de curso

raacutepido e distribui-se por todo o territoacuterio Frequenta

zonas de aacutegua liacutempida e corrente como ribeiros de

montanha pequenos diques ou represas Por vezes

tambeacutem frequenta canais de rega Reside no norte e

centro e eacute invernante em certas zonas do sul

Alveacuteola-Cinzenta

18

O Bico de Lacre (Estrilda astrild) eacute uma

espeacutecie originaacuteria de Aacutefrica foi introduzido na

Lagoa de Oacutebidos em 1968 e expandiu-se rapidamente

pelo territoacuterio nacional sendo hoje uma espeacutecie

relativamente comum Pode ser visto em Portugal

durante todo o ano e nas zonas onde ocorre natildeo eacute

raro encontrar bandos que podem juntar desde

meia duacutezia ateacute algumas dezenas de indiviacuteduos

Bico de Lacre

O Guarda ndash rios (Alcedo atthis) ocorre em

Portugal durante todo o ano mas a sua abundacircncia

varia fortemente de umas regiotildees para as outras Eacute

claramente mais comum no litoral que no interior e

claramente mais comum em planiacutecie que em

montanha sendo raro acima dos 1000m Pode ser

visto desde Agosto ateacute Abril

Guarda - rios

O Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) eacute pouco

comum em Portugal Distribui-se principalmente

pelas terras do norte e do centro podendo ser visto

na maioria das Serras Portuguesas Eacute uma espeacutecie

residente que pode ser observada nos locais de

reproduccedilatildeo durante todo o ano

Melro ndash d lsquoaacutegua

O Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) eacute uma

espeacutecie bastante comum como aliaacutes se constata a

partir do momento em que se conhece o seu canto

Ocorre sobretudo em zonas de vegetaccedilatildeo densa

sobretudo perto de aacutegua Embora se distribua de

norte a sul do paiacutes eacute claramente mais comum no

sul e no litoral tornando-se mais escasso no norte e

no interior Podemos ouvir o seu canto durante

todo o ano

Rouxinol - bravo

19

O Papa-amoras-comum (Sylvia communis) ocorre quase exclusivamente na metade norte do

territoacuterio sendo mais certo observaacute-lo nessa regiatildeo

entre Abril e Setembro No final do Veratildeo e

princiacutepio do Outono esta espeacutecie pode ser

encontrada em locais distintos das zonas de

nidificaccedilatildeo pois satildeo aves de migraccedilatildeo

Papa-amoras-comum

O Tartaranhatildeo-caccedilador (Cyrcus pygargus) eacute

pouco abundante podendo ser localmente comum em

certas zonas do Alentejo Sendo um nidificante

estival estaacute presente no paiacutes a partir de meados de

Marccedilo ateacute Setembro Estaacute ausente durante o periacuteodo

de inverno

Tartaranhatildeo-caccedilador

O Trigueiratildeo (Emberiza calandra) eacute uma

ave castanha que pousa frequentemente em postes e

fios telefoacutenicos deixando-se observar muito bem Eacute

comum em todo o territoacuterio nacional excepto no norte

e centro onde eacute relativamente escasso A norte do Tejo

eacute um pouco menos numeroso mas ainda assim pode ser

considerado comum na maior parte da Beira Baixa

nos planaltos da Beira Alta e em grande parte de Traacutes-

os-Montes Estaacute presente em Portugal durante todo o

ano no entanto eacute na primavera que a sua abundacircncia

se torna mais visiacutevel

Trigueiratildeo

A Cotovia Montesina (Galerida theklae) eacute

bastante comum mas a sua abundacircncia passa muitas

vezes despercebida devido agraves dificuldades de

identificaccedilatildeo Eacute particularmente comum na metade

interior do territoacuterio onde o habitat lhe eacute mais

favoraacutevel e por vezes podem ser vistos pequenos

bandos desta espeacutecie Esta cotovia eacute residente e

observa-se em Portugal durante todo o ano

Cotovia Montesina

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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11

~

O Chupa-mel (Echium plantagineum) eacute nativo da Europa

Ocidental (da Inglaterra ao sul da Peniacutensula Ibeacuterica) leste

da Crimeacutelia norte de Aacutefrica e sudeste da Aacutesia habita em

zonas perturbadas baldios e ruderais Floresce entre

Marccedilo e Julho

Chupa-mel

A Erva de Satildeo Roberto (Geranium robertianum) eacute

espontacircnea em jardins matos e caminhos Eacute nativa da

Europa e floresce entre Marccedilo e Julho Eacute usada no

tratamento do cancro e para tratar feridas cutacircneas

Erva de Satildeo Roberto

A Leituga (Leontodom taraxacoides) eacute nativa da

Europa e Norte de Aacutefrica habita em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

A Tremocilha (Lupinus angustifolius) eacute

originaacuteria da regiatildeo mediterracircnica foi introduzida

como cultivo no resto da Europa Austraacutelia

Tasmacircnia Nova Zelacircndia Aacutefrica do Sul e Estados

Unidos da Ameacuterica Podemos encontraacute-la em

terrenos cultivados incultos e ruderais e floresce

entre Marccedilo e Maio

Tremocilha

A Malva (Malva sp) encontra-se na Europa no

sudoeste de Aacutesia na regiatildeo mediterracircnica e Macaroneacutesia

Podemos encontra-la em terrenos incultos e ruderais e

floresce entre Abril e Setembro

Malva

Leituga

12

Os Assobios (Silene latifolia) satildeo herbaacuteceas que

atingem entre os 40 cm e 80 cm de altura Satildeo

nativos da Ameacuterica do Norte e encontram-se quase

em toda a Europa Encontramo-los em matos zonas

ruderais e rupicolas Florescem entre Abril e Agosto

Assobios

A Papoila (Papaver rhoeas) pode-se encontrar

em quase toda a Europa em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

Papoila

A Erva-vaqueira (Calendula arvensis) eacute nativa

da Europa podendo tambeacutem ser encontrada no Norte de

Aacutefrica Geralmente natildeo atinge mais de 15 m de altura

Podemos encontraacute-la em terrenos cultivados incultos e

ruderais Floresce entre Dezembro e Maio

Erva-vaqueira

A Armeacuteria (Armeria beirana) eacute nativa da

Peniacutensula Ibeacuterica pode ser encontrada em matagais e

floresce entre Maio e Agosto

Armeria

A Soagem (Echium vulgare) eacute nativa da Europa

Aacutesia Central tambeacutem eacute comum na Ameacuterica do Norte

Cresce entre 30 e 80 cm Floresce entre Maio e Setembro

Soagem

13

A Tasneirinha (Senecio vulgaris) distribui-se

por toda a Europa Podemos encontraacute-la em terrenos

incultos cultivados e matagais Floresce durante

quase todo o ano

Tasneirinha

A Erva-das-cortadelas (Achillea millefolium) eacute

nativa da Europa e rara na regiatildeo mediterracircnica

Encontra-se em zonas ruderais Floresce entre Maio e

Agosto

Erva-das-cortadelas

Os Pezinhos do menino Jesus (Briza maxima) satildeo

nativos do Norte de Aacutefrica dos Accedilores Aacutesia Ocidental e Sul

da Europa Habitam em terrenos incultos matagais e matos

e florescem entre Abril e Junho Crescem ateacute 60 cm

Pezinhos do Menino Jesus

A Bela-luz (Thymus mastichina L) distribui-se pela

Peniacutensula Ibeacuterica encontra-se em zonas rupicolas terrenos

incultos matos matagais e zonas ruderais Floresce entre

Marccedilo e Agosto Eacute uma planta aromaacutetica endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica

Bela-Luz

14

Fauna do Concelho

A grande diversidade de habitats a pouca perturbaccedilatildeo e a integraccedilatildeo

do homem no ambiente tornam Celorico da Beira uma aacuterea de elevada

importacircncia fauniacutestica quer pela grande diversidade bioloacutegica quer pela

existecircncia de inuacutemeras espeacutecies ameaccediladas

Das espeacutecies existentes destacam-se o Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) a

Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus eacute a mais ameaccedilada) o Javali (Sus scrofa)

o Coelho-bravo (Oryctolagus cunniculus) a Lebre (Lepus granatensis) a Raposa

(Vulpes vulpes L) o Texugo (Meles meles) a Fuinha (Martes foina) a Lontra

(Lutra lutra) e o Gato-Bravo (Felis silvestris)

O Coelho bravo (Oryctolagus cunniculus) eacute um

animal presente em todo o paiacutes Eacute uacutetil agraves pessoas pela sua

carne usada como alimento e pela pele usada para

confeccionar vestuaacuterio

O Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) eacute o

maior insectiacutevoro da nossa fauna com um

comprimento de corpo entre 18 e 20 cm e cerca de 1 kg

de peso maacuteximo Eacute um animal solitaacuterio e territorial de

haacutebitos essencialmente nocturnos podendo ser

observado nas ultimas horas do dia e ao amanhecer

Ouriccedilo-cacheiro

A Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus) eacute um

mamiacutefero que pode ser encontrado nos Pireneacuteus e na

Peniacutensula Ibeacuterica Tem pecirclo castanho-escuro e negro e

tem cerca de 12cm de comprimento Eacute uma espeacutecie

semi-aquaacutetica que vive em rios e ribeiros construindo

os abrigos nas suas margens

Toupeira-drsquoaacutegua

O Javali (Sus scrofa) eacute um mamiacutefero de porte

meacutedio e corpo robusto Eacute a mais conhecida e a principal

das espeacutecies de porcos selvagens Tem uma ampla

distribuiccedilatildeo geograacutefica sendo nativo da Europa Aacutesia e

Norte de Aacutefrica Eacute o antepassado a partir do qual

evoluiu o actual porco domeacutestico

Javali

Coelho Bravo

15

A Lebre (Lepus granatensis) eacute uma espeacutecie

cinegeacutetica bastante procurada pelos caccediladores O

nuacutemero de efectivos varia de ano para ano o que

poderaacute ser explicado pela actividade cinegeacutetica

Lebre

A Raposa (Vulpes vulpes L) estaacute amplamente

distribuiacuteda pela Aacutefrica Euraacutesia e Ameacuterica do

Norte Natildeo satildeo territorialistas vivem em lugares

onde existe comida em abundacircncia

Raposa

O Texugo (Meles meles) eacute um mamiacutefero da

maior parte da Europa e de muitas aacutereas da Aacutesia

Pode habitar em aacutereas muito diferentes Os texugos

satildeo mais abundantes em zonas com algum relevo e

heterogeacuteneas do ponto de vista paisagiacutestico com

grande variedade de bioacutetopos que lhes

proporcionam uma maior disponibilidade de

recursos e abrigos

Texugo

A Fuinha (Martes foina) eacute um mamiacutefero de

pequeno porte pertencente ao grupo das martas

Habita em toda a Europa Continental excepto

Escandinaacutevia e algumas ilhas do Mediterracircneo

Em Portugal eacute comum em todo o territoacuterio embora

a sua populaccedilatildeo seja desconhecida A fuinha

adapta-se bem agrave presenccedila humana e pode ser

comum em vilas ou mesmo cidades

Fuinha

16

Dentro das aves as que mais se observam satildeo a Andorinha das Barreiras

(Riparia riparia) a Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) o Papa-figos (Oriolus oriolus) a Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) o Bico de lacre (Estrilda astrild) o Guarda - rios (Alcedo atthis) o Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) o

Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) o Papa-amoras-comum (Sylvia communis) o

Tartaranhatildeo - caccedilador (Cyrcus pygargus) o Trigueiratildeo (Emberiza calandra) a

Cotovia Montesina (Galerida theklae) o Torcicolo (Jyns torquila) a Pecircga ndash azul

(Cyanopica cyanus) o Cuco rabilongo (Clamator glandarius) o Pisco-de-peito-

ruivo (Erithacus rubecula) a Sombria (Emberiza hortulana) o Melro-das-

rochas (Monticola saxatilis) o Andorinhatildeo paacutelido (Apus pallidus) a Oacutegea

(Falco subbuteo) o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) a Poupa (Upupa epops) a Andorinha ndash das ndash rochas (Ptyonoprogne rupestris) a Aacutelveola ndash

branca (Motacilla alba) o Rabirruivo ndash preto (Phoenicurus ochruros) a Fuinha

dos Juncos (Cisticola Juncidis) o Chapim Carvoeiro (Parus ater) o Picanccedilo ndash

real (Lanius meridionalis) a Pega ndash rabuda (Pica pica) a Rola ndash brava

(Streptopelia turtur) o Estorninho malhado (Sturnus vulgaris) o Pombo ndash

bravo (Columba oenas) o Tordo ndash zornal (Turdus pilaris) o Rouxinol comum

(Luscinia megarhyncus) o Abelharuco (Merops apiaster) o Pardal-francecircs

(Petronia petronia) Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) o Pintarroxo

(Carduelis cannabina) o Milhafre-preto (Milvus migrans) a Aacuteguia-calccedilada

(Hieraaetus pennatus) o Andorinhatildeo-preto (Apus apus) a Gralha-preta

(Corvus corone) o Estorninho-preto (Sturnus unicolor) a Escrevedora-de-

garganta-preta (Emberiza cirlus) o Milhafre-real (Milvus milvus)

A Lontra (Lutra lutra) apresenta uma

distribuiccedilatildeo extremamente vasta Portugal eacute quase

isolado na distribuiccedilatildeo e abundacircncia da Lontra

uma vez que apresenta uma populaccedilatildeo distribuiacuteda

regularmente pelo territoacuterio e numa situaccedilatildeo de

relativa abundacircncia sendo das poucas populaccedilotildees

viaacuteveis ainda existentes

Lontra

O Gato Bravo (Felis silvestris) eacute um pequeno

felino natural da Europa Aacutefrica e Aacutesia Habita

preferencialmente bosques fechados mas tambeacutem

ocorre em matagais mediterracircneos e florestas de

coniacuteferas Durante o dia podem refugiar-se em

buracos de aacutervores fendas nas rochas e tocas

abandonadas de outros animais

Gato Bravo

17

A Andorinha das barreiras (Riparia riparia)

eacute uma espeacutecie estival que pode ser observada entre a

Primavera e o Veratildeo sobretudo em Marccedilo e

Setembro (por vezes a partir de finais de Fevereiro)

Tem uma distribuiccedilatildeo muito fragmentada

normalmente avista-se em taludes ou barreiras de

terra geralmente nas vaacuterzeas e terras baixas do

litoral ou junto a linhas de aacutegua

Andorinha das Barreiras

A Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) eacute

uma espeacutecie estival observando-se sobretudo de

meados de Fevereiro a meados de Setembro Eacute

bastante comum na metade litoral distribui-se de

norte a sul do paiacutes sendo mais comum nas terras

baixas com galerias ripiacutecolas bem desenvolvidas

Felosa Ibeacuterica

O Papa-figos (Oriolus oriolus) distribui-se de

norte a sul e pode ser considerado comum na metade

interior do territoacuterio e pouco comum na metade

ocidental Eacute um visitante estival que chega bastante

tarde ao nosso paiacutes a maioria dos machos faz-se

ouvir a partir de finais de Abril ou inicio de Maio e

canta ateacute ao princiacutepio de Julho Parte para Aacutefrica

em Agosto sendo jaacute raro a partir de Setembro

Papa-Figos

A Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) eacute

uma presenccedila caracteriacutestica das ribeiras de curso

raacutepido e distribui-se por todo o territoacuterio Frequenta

zonas de aacutegua liacutempida e corrente como ribeiros de

montanha pequenos diques ou represas Por vezes

tambeacutem frequenta canais de rega Reside no norte e

centro e eacute invernante em certas zonas do sul

Alveacuteola-Cinzenta

18

O Bico de Lacre (Estrilda astrild) eacute uma

espeacutecie originaacuteria de Aacutefrica foi introduzido na

Lagoa de Oacutebidos em 1968 e expandiu-se rapidamente

pelo territoacuterio nacional sendo hoje uma espeacutecie

relativamente comum Pode ser visto em Portugal

durante todo o ano e nas zonas onde ocorre natildeo eacute

raro encontrar bandos que podem juntar desde

meia duacutezia ateacute algumas dezenas de indiviacuteduos

Bico de Lacre

O Guarda ndash rios (Alcedo atthis) ocorre em

Portugal durante todo o ano mas a sua abundacircncia

varia fortemente de umas regiotildees para as outras Eacute

claramente mais comum no litoral que no interior e

claramente mais comum em planiacutecie que em

montanha sendo raro acima dos 1000m Pode ser

visto desde Agosto ateacute Abril

Guarda - rios

O Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) eacute pouco

comum em Portugal Distribui-se principalmente

pelas terras do norte e do centro podendo ser visto

na maioria das Serras Portuguesas Eacute uma espeacutecie

residente que pode ser observada nos locais de

reproduccedilatildeo durante todo o ano

Melro ndash d lsquoaacutegua

O Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) eacute uma

espeacutecie bastante comum como aliaacutes se constata a

partir do momento em que se conhece o seu canto

Ocorre sobretudo em zonas de vegetaccedilatildeo densa

sobretudo perto de aacutegua Embora se distribua de

norte a sul do paiacutes eacute claramente mais comum no

sul e no litoral tornando-se mais escasso no norte e

no interior Podemos ouvir o seu canto durante

todo o ano

Rouxinol - bravo

19

O Papa-amoras-comum (Sylvia communis) ocorre quase exclusivamente na metade norte do

territoacuterio sendo mais certo observaacute-lo nessa regiatildeo

entre Abril e Setembro No final do Veratildeo e

princiacutepio do Outono esta espeacutecie pode ser

encontrada em locais distintos das zonas de

nidificaccedilatildeo pois satildeo aves de migraccedilatildeo

Papa-amoras-comum

O Tartaranhatildeo-caccedilador (Cyrcus pygargus) eacute

pouco abundante podendo ser localmente comum em

certas zonas do Alentejo Sendo um nidificante

estival estaacute presente no paiacutes a partir de meados de

Marccedilo ateacute Setembro Estaacute ausente durante o periacuteodo

de inverno

Tartaranhatildeo-caccedilador

O Trigueiratildeo (Emberiza calandra) eacute uma

ave castanha que pousa frequentemente em postes e

fios telefoacutenicos deixando-se observar muito bem Eacute

comum em todo o territoacuterio nacional excepto no norte

e centro onde eacute relativamente escasso A norte do Tejo

eacute um pouco menos numeroso mas ainda assim pode ser

considerado comum na maior parte da Beira Baixa

nos planaltos da Beira Alta e em grande parte de Traacutes-

os-Montes Estaacute presente em Portugal durante todo o

ano no entanto eacute na primavera que a sua abundacircncia

se torna mais visiacutevel

Trigueiratildeo

A Cotovia Montesina (Galerida theklae) eacute

bastante comum mas a sua abundacircncia passa muitas

vezes despercebida devido agraves dificuldades de

identificaccedilatildeo Eacute particularmente comum na metade

interior do territoacuterio onde o habitat lhe eacute mais

favoraacutevel e por vezes podem ser vistos pequenos

bandos desta espeacutecie Esta cotovia eacute residente e

observa-se em Portugal durante todo o ano

Cotovia Montesina

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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12

Os Assobios (Silene latifolia) satildeo herbaacuteceas que

atingem entre os 40 cm e 80 cm de altura Satildeo

nativos da Ameacuterica do Norte e encontram-se quase

em toda a Europa Encontramo-los em matos zonas

ruderais e rupicolas Florescem entre Abril e Agosto

Assobios

A Papoila (Papaver rhoeas) pode-se encontrar

em quase toda a Europa em terrenos cultivados

incultos e ruderais Floresce entre Abril e Julho

Papoila

A Erva-vaqueira (Calendula arvensis) eacute nativa

da Europa podendo tambeacutem ser encontrada no Norte de

Aacutefrica Geralmente natildeo atinge mais de 15 m de altura

Podemos encontraacute-la em terrenos cultivados incultos e

ruderais Floresce entre Dezembro e Maio

Erva-vaqueira

A Armeacuteria (Armeria beirana) eacute nativa da

Peniacutensula Ibeacuterica pode ser encontrada em matagais e

floresce entre Maio e Agosto

Armeria

A Soagem (Echium vulgare) eacute nativa da Europa

Aacutesia Central tambeacutem eacute comum na Ameacuterica do Norte

Cresce entre 30 e 80 cm Floresce entre Maio e Setembro

Soagem

13

A Tasneirinha (Senecio vulgaris) distribui-se

por toda a Europa Podemos encontraacute-la em terrenos

incultos cultivados e matagais Floresce durante

quase todo o ano

Tasneirinha

A Erva-das-cortadelas (Achillea millefolium) eacute

nativa da Europa e rara na regiatildeo mediterracircnica

Encontra-se em zonas ruderais Floresce entre Maio e

Agosto

Erva-das-cortadelas

Os Pezinhos do menino Jesus (Briza maxima) satildeo

nativos do Norte de Aacutefrica dos Accedilores Aacutesia Ocidental e Sul

da Europa Habitam em terrenos incultos matagais e matos

e florescem entre Abril e Junho Crescem ateacute 60 cm

Pezinhos do Menino Jesus

A Bela-luz (Thymus mastichina L) distribui-se pela

Peniacutensula Ibeacuterica encontra-se em zonas rupicolas terrenos

incultos matos matagais e zonas ruderais Floresce entre

Marccedilo e Agosto Eacute uma planta aromaacutetica endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica

Bela-Luz

14

Fauna do Concelho

A grande diversidade de habitats a pouca perturbaccedilatildeo e a integraccedilatildeo

do homem no ambiente tornam Celorico da Beira uma aacuterea de elevada

importacircncia fauniacutestica quer pela grande diversidade bioloacutegica quer pela

existecircncia de inuacutemeras espeacutecies ameaccediladas

Das espeacutecies existentes destacam-se o Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) a

Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus eacute a mais ameaccedilada) o Javali (Sus scrofa)

o Coelho-bravo (Oryctolagus cunniculus) a Lebre (Lepus granatensis) a Raposa

(Vulpes vulpes L) o Texugo (Meles meles) a Fuinha (Martes foina) a Lontra

(Lutra lutra) e o Gato-Bravo (Felis silvestris)

O Coelho bravo (Oryctolagus cunniculus) eacute um

animal presente em todo o paiacutes Eacute uacutetil agraves pessoas pela sua

carne usada como alimento e pela pele usada para

confeccionar vestuaacuterio

O Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) eacute o

maior insectiacutevoro da nossa fauna com um

comprimento de corpo entre 18 e 20 cm e cerca de 1 kg

de peso maacuteximo Eacute um animal solitaacuterio e territorial de

haacutebitos essencialmente nocturnos podendo ser

observado nas ultimas horas do dia e ao amanhecer

Ouriccedilo-cacheiro

A Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus) eacute um

mamiacutefero que pode ser encontrado nos Pireneacuteus e na

Peniacutensula Ibeacuterica Tem pecirclo castanho-escuro e negro e

tem cerca de 12cm de comprimento Eacute uma espeacutecie

semi-aquaacutetica que vive em rios e ribeiros construindo

os abrigos nas suas margens

Toupeira-drsquoaacutegua

O Javali (Sus scrofa) eacute um mamiacutefero de porte

meacutedio e corpo robusto Eacute a mais conhecida e a principal

das espeacutecies de porcos selvagens Tem uma ampla

distribuiccedilatildeo geograacutefica sendo nativo da Europa Aacutesia e

Norte de Aacutefrica Eacute o antepassado a partir do qual

evoluiu o actual porco domeacutestico

Javali

Coelho Bravo

15

A Lebre (Lepus granatensis) eacute uma espeacutecie

cinegeacutetica bastante procurada pelos caccediladores O

nuacutemero de efectivos varia de ano para ano o que

poderaacute ser explicado pela actividade cinegeacutetica

Lebre

A Raposa (Vulpes vulpes L) estaacute amplamente

distribuiacuteda pela Aacutefrica Euraacutesia e Ameacuterica do

Norte Natildeo satildeo territorialistas vivem em lugares

onde existe comida em abundacircncia

Raposa

O Texugo (Meles meles) eacute um mamiacutefero da

maior parte da Europa e de muitas aacutereas da Aacutesia

Pode habitar em aacutereas muito diferentes Os texugos

satildeo mais abundantes em zonas com algum relevo e

heterogeacuteneas do ponto de vista paisagiacutestico com

grande variedade de bioacutetopos que lhes

proporcionam uma maior disponibilidade de

recursos e abrigos

Texugo

A Fuinha (Martes foina) eacute um mamiacutefero de

pequeno porte pertencente ao grupo das martas

Habita em toda a Europa Continental excepto

Escandinaacutevia e algumas ilhas do Mediterracircneo

Em Portugal eacute comum em todo o territoacuterio embora

a sua populaccedilatildeo seja desconhecida A fuinha

adapta-se bem agrave presenccedila humana e pode ser

comum em vilas ou mesmo cidades

Fuinha

16

Dentro das aves as que mais se observam satildeo a Andorinha das Barreiras

(Riparia riparia) a Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) o Papa-figos (Oriolus oriolus) a Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) o Bico de lacre (Estrilda astrild) o Guarda - rios (Alcedo atthis) o Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) o

Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) o Papa-amoras-comum (Sylvia communis) o

Tartaranhatildeo - caccedilador (Cyrcus pygargus) o Trigueiratildeo (Emberiza calandra) a

Cotovia Montesina (Galerida theklae) o Torcicolo (Jyns torquila) a Pecircga ndash azul

(Cyanopica cyanus) o Cuco rabilongo (Clamator glandarius) o Pisco-de-peito-

ruivo (Erithacus rubecula) a Sombria (Emberiza hortulana) o Melro-das-

rochas (Monticola saxatilis) o Andorinhatildeo paacutelido (Apus pallidus) a Oacutegea

(Falco subbuteo) o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) a Poupa (Upupa epops) a Andorinha ndash das ndash rochas (Ptyonoprogne rupestris) a Aacutelveola ndash

branca (Motacilla alba) o Rabirruivo ndash preto (Phoenicurus ochruros) a Fuinha

dos Juncos (Cisticola Juncidis) o Chapim Carvoeiro (Parus ater) o Picanccedilo ndash

real (Lanius meridionalis) a Pega ndash rabuda (Pica pica) a Rola ndash brava

(Streptopelia turtur) o Estorninho malhado (Sturnus vulgaris) o Pombo ndash

bravo (Columba oenas) o Tordo ndash zornal (Turdus pilaris) o Rouxinol comum

(Luscinia megarhyncus) o Abelharuco (Merops apiaster) o Pardal-francecircs

(Petronia petronia) Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) o Pintarroxo

(Carduelis cannabina) o Milhafre-preto (Milvus migrans) a Aacuteguia-calccedilada

(Hieraaetus pennatus) o Andorinhatildeo-preto (Apus apus) a Gralha-preta

(Corvus corone) o Estorninho-preto (Sturnus unicolor) a Escrevedora-de-

garganta-preta (Emberiza cirlus) o Milhafre-real (Milvus milvus)

A Lontra (Lutra lutra) apresenta uma

distribuiccedilatildeo extremamente vasta Portugal eacute quase

isolado na distribuiccedilatildeo e abundacircncia da Lontra

uma vez que apresenta uma populaccedilatildeo distribuiacuteda

regularmente pelo territoacuterio e numa situaccedilatildeo de

relativa abundacircncia sendo das poucas populaccedilotildees

viaacuteveis ainda existentes

Lontra

O Gato Bravo (Felis silvestris) eacute um pequeno

felino natural da Europa Aacutefrica e Aacutesia Habita

preferencialmente bosques fechados mas tambeacutem

ocorre em matagais mediterracircneos e florestas de

coniacuteferas Durante o dia podem refugiar-se em

buracos de aacutervores fendas nas rochas e tocas

abandonadas de outros animais

Gato Bravo

17

A Andorinha das barreiras (Riparia riparia)

eacute uma espeacutecie estival que pode ser observada entre a

Primavera e o Veratildeo sobretudo em Marccedilo e

Setembro (por vezes a partir de finais de Fevereiro)

Tem uma distribuiccedilatildeo muito fragmentada

normalmente avista-se em taludes ou barreiras de

terra geralmente nas vaacuterzeas e terras baixas do

litoral ou junto a linhas de aacutegua

Andorinha das Barreiras

A Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) eacute

uma espeacutecie estival observando-se sobretudo de

meados de Fevereiro a meados de Setembro Eacute

bastante comum na metade litoral distribui-se de

norte a sul do paiacutes sendo mais comum nas terras

baixas com galerias ripiacutecolas bem desenvolvidas

Felosa Ibeacuterica

O Papa-figos (Oriolus oriolus) distribui-se de

norte a sul e pode ser considerado comum na metade

interior do territoacuterio e pouco comum na metade

ocidental Eacute um visitante estival que chega bastante

tarde ao nosso paiacutes a maioria dos machos faz-se

ouvir a partir de finais de Abril ou inicio de Maio e

canta ateacute ao princiacutepio de Julho Parte para Aacutefrica

em Agosto sendo jaacute raro a partir de Setembro

Papa-Figos

A Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) eacute

uma presenccedila caracteriacutestica das ribeiras de curso

raacutepido e distribui-se por todo o territoacuterio Frequenta

zonas de aacutegua liacutempida e corrente como ribeiros de

montanha pequenos diques ou represas Por vezes

tambeacutem frequenta canais de rega Reside no norte e

centro e eacute invernante em certas zonas do sul

Alveacuteola-Cinzenta

18

O Bico de Lacre (Estrilda astrild) eacute uma

espeacutecie originaacuteria de Aacutefrica foi introduzido na

Lagoa de Oacutebidos em 1968 e expandiu-se rapidamente

pelo territoacuterio nacional sendo hoje uma espeacutecie

relativamente comum Pode ser visto em Portugal

durante todo o ano e nas zonas onde ocorre natildeo eacute

raro encontrar bandos que podem juntar desde

meia duacutezia ateacute algumas dezenas de indiviacuteduos

Bico de Lacre

O Guarda ndash rios (Alcedo atthis) ocorre em

Portugal durante todo o ano mas a sua abundacircncia

varia fortemente de umas regiotildees para as outras Eacute

claramente mais comum no litoral que no interior e

claramente mais comum em planiacutecie que em

montanha sendo raro acima dos 1000m Pode ser

visto desde Agosto ateacute Abril

Guarda - rios

O Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) eacute pouco

comum em Portugal Distribui-se principalmente

pelas terras do norte e do centro podendo ser visto

na maioria das Serras Portuguesas Eacute uma espeacutecie

residente que pode ser observada nos locais de

reproduccedilatildeo durante todo o ano

Melro ndash d lsquoaacutegua

O Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) eacute uma

espeacutecie bastante comum como aliaacutes se constata a

partir do momento em que se conhece o seu canto

Ocorre sobretudo em zonas de vegetaccedilatildeo densa

sobretudo perto de aacutegua Embora se distribua de

norte a sul do paiacutes eacute claramente mais comum no

sul e no litoral tornando-se mais escasso no norte e

no interior Podemos ouvir o seu canto durante

todo o ano

Rouxinol - bravo

19

O Papa-amoras-comum (Sylvia communis) ocorre quase exclusivamente na metade norte do

territoacuterio sendo mais certo observaacute-lo nessa regiatildeo

entre Abril e Setembro No final do Veratildeo e

princiacutepio do Outono esta espeacutecie pode ser

encontrada em locais distintos das zonas de

nidificaccedilatildeo pois satildeo aves de migraccedilatildeo

Papa-amoras-comum

O Tartaranhatildeo-caccedilador (Cyrcus pygargus) eacute

pouco abundante podendo ser localmente comum em

certas zonas do Alentejo Sendo um nidificante

estival estaacute presente no paiacutes a partir de meados de

Marccedilo ateacute Setembro Estaacute ausente durante o periacuteodo

de inverno

Tartaranhatildeo-caccedilador

O Trigueiratildeo (Emberiza calandra) eacute uma

ave castanha que pousa frequentemente em postes e

fios telefoacutenicos deixando-se observar muito bem Eacute

comum em todo o territoacuterio nacional excepto no norte

e centro onde eacute relativamente escasso A norte do Tejo

eacute um pouco menos numeroso mas ainda assim pode ser

considerado comum na maior parte da Beira Baixa

nos planaltos da Beira Alta e em grande parte de Traacutes-

os-Montes Estaacute presente em Portugal durante todo o

ano no entanto eacute na primavera que a sua abundacircncia

se torna mais visiacutevel

Trigueiratildeo

A Cotovia Montesina (Galerida theklae) eacute

bastante comum mas a sua abundacircncia passa muitas

vezes despercebida devido agraves dificuldades de

identificaccedilatildeo Eacute particularmente comum na metade

interior do territoacuterio onde o habitat lhe eacute mais

favoraacutevel e por vezes podem ser vistos pequenos

bandos desta espeacutecie Esta cotovia eacute residente e

observa-se em Portugal durante todo o ano

Cotovia Montesina

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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13

A Tasneirinha (Senecio vulgaris) distribui-se

por toda a Europa Podemos encontraacute-la em terrenos

incultos cultivados e matagais Floresce durante

quase todo o ano

Tasneirinha

A Erva-das-cortadelas (Achillea millefolium) eacute

nativa da Europa e rara na regiatildeo mediterracircnica

Encontra-se em zonas ruderais Floresce entre Maio e

Agosto

Erva-das-cortadelas

Os Pezinhos do menino Jesus (Briza maxima) satildeo

nativos do Norte de Aacutefrica dos Accedilores Aacutesia Ocidental e Sul

da Europa Habitam em terrenos incultos matagais e matos

e florescem entre Abril e Junho Crescem ateacute 60 cm

Pezinhos do Menino Jesus

A Bela-luz (Thymus mastichina L) distribui-se pela

Peniacutensula Ibeacuterica encontra-se em zonas rupicolas terrenos

incultos matos matagais e zonas ruderais Floresce entre

Marccedilo e Agosto Eacute uma planta aromaacutetica endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica

Bela-Luz

14

Fauna do Concelho

A grande diversidade de habitats a pouca perturbaccedilatildeo e a integraccedilatildeo

do homem no ambiente tornam Celorico da Beira uma aacuterea de elevada

importacircncia fauniacutestica quer pela grande diversidade bioloacutegica quer pela

existecircncia de inuacutemeras espeacutecies ameaccediladas

Das espeacutecies existentes destacam-se o Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) a

Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus eacute a mais ameaccedilada) o Javali (Sus scrofa)

o Coelho-bravo (Oryctolagus cunniculus) a Lebre (Lepus granatensis) a Raposa

(Vulpes vulpes L) o Texugo (Meles meles) a Fuinha (Martes foina) a Lontra

(Lutra lutra) e o Gato-Bravo (Felis silvestris)

O Coelho bravo (Oryctolagus cunniculus) eacute um

animal presente em todo o paiacutes Eacute uacutetil agraves pessoas pela sua

carne usada como alimento e pela pele usada para

confeccionar vestuaacuterio

O Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) eacute o

maior insectiacutevoro da nossa fauna com um

comprimento de corpo entre 18 e 20 cm e cerca de 1 kg

de peso maacuteximo Eacute um animal solitaacuterio e territorial de

haacutebitos essencialmente nocturnos podendo ser

observado nas ultimas horas do dia e ao amanhecer

Ouriccedilo-cacheiro

A Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus) eacute um

mamiacutefero que pode ser encontrado nos Pireneacuteus e na

Peniacutensula Ibeacuterica Tem pecirclo castanho-escuro e negro e

tem cerca de 12cm de comprimento Eacute uma espeacutecie

semi-aquaacutetica que vive em rios e ribeiros construindo

os abrigos nas suas margens

Toupeira-drsquoaacutegua

O Javali (Sus scrofa) eacute um mamiacutefero de porte

meacutedio e corpo robusto Eacute a mais conhecida e a principal

das espeacutecies de porcos selvagens Tem uma ampla

distribuiccedilatildeo geograacutefica sendo nativo da Europa Aacutesia e

Norte de Aacutefrica Eacute o antepassado a partir do qual

evoluiu o actual porco domeacutestico

Javali

Coelho Bravo

15

A Lebre (Lepus granatensis) eacute uma espeacutecie

cinegeacutetica bastante procurada pelos caccediladores O

nuacutemero de efectivos varia de ano para ano o que

poderaacute ser explicado pela actividade cinegeacutetica

Lebre

A Raposa (Vulpes vulpes L) estaacute amplamente

distribuiacuteda pela Aacutefrica Euraacutesia e Ameacuterica do

Norte Natildeo satildeo territorialistas vivem em lugares

onde existe comida em abundacircncia

Raposa

O Texugo (Meles meles) eacute um mamiacutefero da

maior parte da Europa e de muitas aacutereas da Aacutesia

Pode habitar em aacutereas muito diferentes Os texugos

satildeo mais abundantes em zonas com algum relevo e

heterogeacuteneas do ponto de vista paisagiacutestico com

grande variedade de bioacutetopos que lhes

proporcionam uma maior disponibilidade de

recursos e abrigos

Texugo

A Fuinha (Martes foina) eacute um mamiacutefero de

pequeno porte pertencente ao grupo das martas

Habita em toda a Europa Continental excepto

Escandinaacutevia e algumas ilhas do Mediterracircneo

Em Portugal eacute comum em todo o territoacuterio embora

a sua populaccedilatildeo seja desconhecida A fuinha

adapta-se bem agrave presenccedila humana e pode ser

comum em vilas ou mesmo cidades

Fuinha

16

Dentro das aves as que mais se observam satildeo a Andorinha das Barreiras

(Riparia riparia) a Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) o Papa-figos (Oriolus oriolus) a Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) o Bico de lacre (Estrilda astrild) o Guarda - rios (Alcedo atthis) o Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) o

Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) o Papa-amoras-comum (Sylvia communis) o

Tartaranhatildeo - caccedilador (Cyrcus pygargus) o Trigueiratildeo (Emberiza calandra) a

Cotovia Montesina (Galerida theklae) o Torcicolo (Jyns torquila) a Pecircga ndash azul

(Cyanopica cyanus) o Cuco rabilongo (Clamator glandarius) o Pisco-de-peito-

ruivo (Erithacus rubecula) a Sombria (Emberiza hortulana) o Melro-das-

rochas (Monticola saxatilis) o Andorinhatildeo paacutelido (Apus pallidus) a Oacutegea

(Falco subbuteo) o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) a Poupa (Upupa epops) a Andorinha ndash das ndash rochas (Ptyonoprogne rupestris) a Aacutelveola ndash

branca (Motacilla alba) o Rabirruivo ndash preto (Phoenicurus ochruros) a Fuinha

dos Juncos (Cisticola Juncidis) o Chapim Carvoeiro (Parus ater) o Picanccedilo ndash

real (Lanius meridionalis) a Pega ndash rabuda (Pica pica) a Rola ndash brava

(Streptopelia turtur) o Estorninho malhado (Sturnus vulgaris) o Pombo ndash

bravo (Columba oenas) o Tordo ndash zornal (Turdus pilaris) o Rouxinol comum

(Luscinia megarhyncus) o Abelharuco (Merops apiaster) o Pardal-francecircs

(Petronia petronia) Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) o Pintarroxo

(Carduelis cannabina) o Milhafre-preto (Milvus migrans) a Aacuteguia-calccedilada

(Hieraaetus pennatus) o Andorinhatildeo-preto (Apus apus) a Gralha-preta

(Corvus corone) o Estorninho-preto (Sturnus unicolor) a Escrevedora-de-

garganta-preta (Emberiza cirlus) o Milhafre-real (Milvus milvus)

A Lontra (Lutra lutra) apresenta uma

distribuiccedilatildeo extremamente vasta Portugal eacute quase

isolado na distribuiccedilatildeo e abundacircncia da Lontra

uma vez que apresenta uma populaccedilatildeo distribuiacuteda

regularmente pelo territoacuterio e numa situaccedilatildeo de

relativa abundacircncia sendo das poucas populaccedilotildees

viaacuteveis ainda existentes

Lontra

O Gato Bravo (Felis silvestris) eacute um pequeno

felino natural da Europa Aacutefrica e Aacutesia Habita

preferencialmente bosques fechados mas tambeacutem

ocorre em matagais mediterracircneos e florestas de

coniacuteferas Durante o dia podem refugiar-se em

buracos de aacutervores fendas nas rochas e tocas

abandonadas de outros animais

Gato Bravo

17

A Andorinha das barreiras (Riparia riparia)

eacute uma espeacutecie estival que pode ser observada entre a

Primavera e o Veratildeo sobretudo em Marccedilo e

Setembro (por vezes a partir de finais de Fevereiro)

Tem uma distribuiccedilatildeo muito fragmentada

normalmente avista-se em taludes ou barreiras de

terra geralmente nas vaacuterzeas e terras baixas do

litoral ou junto a linhas de aacutegua

Andorinha das Barreiras

A Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) eacute

uma espeacutecie estival observando-se sobretudo de

meados de Fevereiro a meados de Setembro Eacute

bastante comum na metade litoral distribui-se de

norte a sul do paiacutes sendo mais comum nas terras

baixas com galerias ripiacutecolas bem desenvolvidas

Felosa Ibeacuterica

O Papa-figos (Oriolus oriolus) distribui-se de

norte a sul e pode ser considerado comum na metade

interior do territoacuterio e pouco comum na metade

ocidental Eacute um visitante estival que chega bastante

tarde ao nosso paiacutes a maioria dos machos faz-se

ouvir a partir de finais de Abril ou inicio de Maio e

canta ateacute ao princiacutepio de Julho Parte para Aacutefrica

em Agosto sendo jaacute raro a partir de Setembro

Papa-Figos

A Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) eacute

uma presenccedila caracteriacutestica das ribeiras de curso

raacutepido e distribui-se por todo o territoacuterio Frequenta

zonas de aacutegua liacutempida e corrente como ribeiros de

montanha pequenos diques ou represas Por vezes

tambeacutem frequenta canais de rega Reside no norte e

centro e eacute invernante em certas zonas do sul

Alveacuteola-Cinzenta

18

O Bico de Lacre (Estrilda astrild) eacute uma

espeacutecie originaacuteria de Aacutefrica foi introduzido na

Lagoa de Oacutebidos em 1968 e expandiu-se rapidamente

pelo territoacuterio nacional sendo hoje uma espeacutecie

relativamente comum Pode ser visto em Portugal

durante todo o ano e nas zonas onde ocorre natildeo eacute

raro encontrar bandos que podem juntar desde

meia duacutezia ateacute algumas dezenas de indiviacuteduos

Bico de Lacre

O Guarda ndash rios (Alcedo atthis) ocorre em

Portugal durante todo o ano mas a sua abundacircncia

varia fortemente de umas regiotildees para as outras Eacute

claramente mais comum no litoral que no interior e

claramente mais comum em planiacutecie que em

montanha sendo raro acima dos 1000m Pode ser

visto desde Agosto ateacute Abril

Guarda - rios

O Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) eacute pouco

comum em Portugal Distribui-se principalmente

pelas terras do norte e do centro podendo ser visto

na maioria das Serras Portuguesas Eacute uma espeacutecie

residente que pode ser observada nos locais de

reproduccedilatildeo durante todo o ano

Melro ndash d lsquoaacutegua

O Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) eacute uma

espeacutecie bastante comum como aliaacutes se constata a

partir do momento em que se conhece o seu canto

Ocorre sobretudo em zonas de vegetaccedilatildeo densa

sobretudo perto de aacutegua Embora se distribua de

norte a sul do paiacutes eacute claramente mais comum no

sul e no litoral tornando-se mais escasso no norte e

no interior Podemos ouvir o seu canto durante

todo o ano

Rouxinol - bravo

19

O Papa-amoras-comum (Sylvia communis) ocorre quase exclusivamente na metade norte do

territoacuterio sendo mais certo observaacute-lo nessa regiatildeo

entre Abril e Setembro No final do Veratildeo e

princiacutepio do Outono esta espeacutecie pode ser

encontrada em locais distintos das zonas de

nidificaccedilatildeo pois satildeo aves de migraccedilatildeo

Papa-amoras-comum

O Tartaranhatildeo-caccedilador (Cyrcus pygargus) eacute

pouco abundante podendo ser localmente comum em

certas zonas do Alentejo Sendo um nidificante

estival estaacute presente no paiacutes a partir de meados de

Marccedilo ateacute Setembro Estaacute ausente durante o periacuteodo

de inverno

Tartaranhatildeo-caccedilador

O Trigueiratildeo (Emberiza calandra) eacute uma

ave castanha que pousa frequentemente em postes e

fios telefoacutenicos deixando-se observar muito bem Eacute

comum em todo o territoacuterio nacional excepto no norte

e centro onde eacute relativamente escasso A norte do Tejo

eacute um pouco menos numeroso mas ainda assim pode ser

considerado comum na maior parte da Beira Baixa

nos planaltos da Beira Alta e em grande parte de Traacutes-

os-Montes Estaacute presente em Portugal durante todo o

ano no entanto eacute na primavera que a sua abundacircncia

se torna mais visiacutevel

Trigueiratildeo

A Cotovia Montesina (Galerida theklae) eacute

bastante comum mas a sua abundacircncia passa muitas

vezes despercebida devido agraves dificuldades de

identificaccedilatildeo Eacute particularmente comum na metade

interior do territoacuterio onde o habitat lhe eacute mais

favoraacutevel e por vezes podem ser vistos pequenos

bandos desta espeacutecie Esta cotovia eacute residente e

observa-se em Portugal durante todo o ano

Cotovia Montesina

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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14

Fauna do Concelho

A grande diversidade de habitats a pouca perturbaccedilatildeo e a integraccedilatildeo

do homem no ambiente tornam Celorico da Beira uma aacuterea de elevada

importacircncia fauniacutestica quer pela grande diversidade bioloacutegica quer pela

existecircncia de inuacutemeras espeacutecies ameaccediladas

Das espeacutecies existentes destacam-se o Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) a

Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus eacute a mais ameaccedilada) o Javali (Sus scrofa)

o Coelho-bravo (Oryctolagus cunniculus) a Lebre (Lepus granatensis) a Raposa

(Vulpes vulpes L) o Texugo (Meles meles) a Fuinha (Martes foina) a Lontra

(Lutra lutra) e o Gato-Bravo (Felis silvestris)

O Coelho bravo (Oryctolagus cunniculus) eacute um

animal presente em todo o paiacutes Eacute uacutetil agraves pessoas pela sua

carne usada como alimento e pela pele usada para

confeccionar vestuaacuterio

O Ouriccedilo-cacheiro (Erinaceus europaeus) eacute o

maior insectiacutevoro da nossa fauna com um

comprimento de corpo entre 18 e 20 cm e cerca de 1 kg

de peso maacuteximo Eacute um animal solitaacuterio e territorial de

haacutebitos essencialmente nocturnos podendo ser

observado nas ultimas horas do dia e ao amanhecer

Ouriccedilo-cacheiro

A Toupeira-drsquoaacutegua (Galemis pyrenaicus) eacute um

mamiacutefero que pode ser encontrado nos Pireneacuteus e na

Peniacutensula Ibeacuterica Tem pecirclo castanho-escuro e negro e

tem cerca de 12cm de comprimento Eacute uma espeacutecie

semi-aquaacutetica que vive em rios e ribeiros construindo

os abrigos nas suas margens

Toupeira-drsquoaacutegua

O Javali (Sus scrofa) eacute um mamiacutefero de porte

meacutedio e corpo robusto Eacute a mais conhecida e a principal

das espeacutecies de porcos selvagens Tem uma ampla

distribuiccedilatildeo geograacutefica sendo nativo da Europa Aacutesia e

Norte de Aacutefrica Eacute o antepassado a partir do qual

evoluiu o actual porco domeacutestico

Javali

Coelho Bravo

15

A Lebre (Lepus granatensis) eacute uma espeacutecie

cinegeacutetica bastante procurada pelos caccediladores O

nuacutemero de efectivos varia de ano para ano o que

poderaacute ser explicado pela actividade cinegeacutetica

Lebre

A Raposa (Vulpes vulpes L) estaacute amplamente

distribuiacuteda pela Aacutefrica Euraacutesia e Ameacuterica do

Norte Natildeo satildeo territorialistas vivem em lugares

onde existe comida em abundacircncia

Raposa

O Texugo (Meles meles) eacute um mamiacutefero da

maior parte da Europa e de muitas aacutereas da Aacutesia

Pode habitar em aacutereas muito diferentes Os texugos

satildeo mais abundantes em zonas com algum relevo e

heterogeacuteneas do ponto de vista paisagiacutestico com

grande variedade de bioacutetopos que lhes

proporcionam uma maior disponibilidade de

recursos e abrigos

Texugo

A Fuinha (Martes foina) eacute um mamiacutefero de

pequeno porte pertencente ao grupo das martas

Habita em toda a Europa Continental excepto

Escandinaacutevia e algumas ilhas do Mediterracircneo

Em Portugal eacute comum em todo o territoacuterio embora

a sua populaccedilatildeo seja desconhecida A fuinha

adapta-se bem agrave presenccedila humana e pode ser

comum em vilas ou mesmo cidades

Fuinha

16

Dentro das aves as que mais se observam satildeo a Andorinha das Barreiras

(Riparia riparia) a Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) o Papa-figos (Oriolus oriolus) a Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) o Bico de lacre (Estrilda astrild) o Guarda - rios (Alcedo atthis) o Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) o

Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) o Papa-amoras-comum (Sylvia communis) o

Tartaranhatildeo - caccedilador (Cyrcus pygargus) o Trigueiratildeo (Emberiza calandra) a

Cotovia Montesina (Galerida theklae) o Torcicolo (Jyns torquila) a Pecircga ndash azul

(Cyanopica cyanus) o Cuco rabilongo (Clamator glandarius) o Pisco-de-peito-

ruivo (Erithacus rubecula) a Sombria (Emberiza hortulana) o Melro-das-

rochas (Monticola saxatilis) o Andorinhatildeo paacutelido (Apus pallidus) a Oacutegea

(Falco subbuteo) o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) a Poupa (Upupa epops) a Andorinha ndash das ndash rochas (Ptyonoprogne rupestris) a Aacutelveola ndash

branca (Motacilla alba) o Rabirruivo ndash preto (Phoenicurus ochruros) a Fuinha

dos Juncos (Cisticola Juncidis) o Chapim Carvoeiro (Parus ater) o Picanccedilo ndash

real (Lanius meridionalis) a Pega ndash rabuda (Pica pica) a Rola ndash brava

(Streptopelia turtur) o Estorninho malhado (Sturnus vulgaris) o Pombo ndash

bravo (Columba oenas) o Tordo ndash zornal (Turdus pilaris) o Rouxinol comum

(Luscinia megarhyncus) o Abelharuco (Merops apiaster) o Pardal-francecircs

(Petronia petronia) Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) o Pintarroxo

(Carduelis cannabina) o Milhafre-preto (Milvus migrans) a Aacuteguia-calccedilada

(Hieraaetus pennatus) o Andorinhatildeo-preto (Apus apus) a Gralha-preta

(Corvus corone) o Estorninho-preto (Sturnus unicolor) a Escrevedora-de-

garganta-preta (Emberiza cirlus) o Milhafre-real (Milvus milvus)

A Lontra (Lutra lutra) apresenta uma

distribuiccedilatildeo extremamente vasta Portugal eacute quase

isolado na distribuiccedilatildeo e abundacircncia da Lontra

uma vez que apresenta uma populaccedilatildeo distribuiacuteda

regularmente pelo territoacuterio e numa situaccedilatildeo de

relativa abundacircncia sendo das poucas populaccedilotildees

viaacuteveis ainda existentes

Lontra

O Gato Bravo (Felis silvestris) eacute um pequeno

felino natural da Europa Aacutefrica e Aacutesia Habita

preferencialmente bosques fechados mas tambeacutem

ocorre em matagais mediterracircneos e florestas de

coniacuteferas Durante o dia podem refugiar-se em

buracos de aacutervores fendas nas rochas e tocas

abandonadas de outros animais

Gato Bravo

17

A Andorinha das barreiras (Riparia riparia)

eacute uma espeacutecie estival que pode ser observada entre a

Primavera e o Veratildeo sobretudo em Marccedilo e

Setembro (por vezes a partir de finais de Fevereiro)

Tem uma distribuiccedilatildeo muito fragmentada

normalmente avista-se em taludes ou barreiras de

terra geralmente nas vaacuterzeas e terras baixas do

litoral ou junto a linhas de aacutegua

Andorinha das Barreiras

A Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) eacute

uma espeacutecie estival observando-se sobretudo de

meados de Fevereiro a meados de Setembro Eacute

bastante comum na metade litoral distribui-se de

norte a sul do paiacutes sendo mais comum nas terras

baixas com galerias ripiacutecolas bem desenvolvidas

Felosa Ibeacuterica

O Papa-figos (Oriolus oriolus) distribui-se de

norte a sul e pode ser considerado comum na metade

interior do territoacuterio e pouco comum na metade

ocidental Eacute um visitante estival que chega bastante

tarde ao nosso paiacutes a maioria dos machos faz-se

ouvir a partir de finais de Abril ou inicio de Maio e

canta ateacute ao princiacutepio de Julho Parte para Aacutefrica

em Agosto sendo jaacute raro a partir de Setembro

Papa-Figos

A Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) eacute

uma presenccedila caracteriacutestica das ribeiras de curso

raacutepido e distribui-se por todo o territoacuterio Frequenta

zonas de aacutegua liacutempida e corrente como ribeiros de

montanha pequenos diques ou represas Por vezes

tambeacutem frequenta canais de rega Reside no norte e

centro e eacute invernante em certas zonas do sul

Alveacuteola-Cinzenta

18

O Bico de Lacre (Estrilda astrild) eacute uma

espeacutecie originaacuteria de Aacutefrica foi introduzido na

Lagoa de Oacutebidos em 1968 e expandiu-se rapidamente

pelo territoacuterio nacional sendo hoje uma espeacutecie

relativamente comum Pode ser visto em Portugal

durante todo o ano e nas zonas onde ocorre natildeo eacute

raro encontrar bandos que podem juntar desde

meia duacutezia ateacute algumas dezenas de indiviacuteduos

Bico de Lacre

O Guarda ndash rios (Alcedo atthis) ocorre em

Portugal durante todo o ano mas a sua abundacircncia

varia fortemente de umas regiotildees para as outras Eacute

claramente mais comum no litoral que no interior e

claramente mais comum em planiacutecie que em

montanha sendo raro acima dos 1000m Pode ser

visto desde Agosto ateacute Abril

Guarda - rios

O Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) eacute pouco

comum em Portugal Distribui-se principalmente

pelas terras do norte e do centro podendo ser visto

na maioria das Serras Portuguesas Eacute uma espeacutecie

residente que pode ser observada nos locais de

reproduccedilatildeo durante todo o ano

Melro ndash d lsquoaacutegua

O Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) eacute uma

espeacutecie bastante comum como aliaacutes se constata a

partir do momento em que se conhece o seu canto

Ocorre sobretudo em zonas de vegetaccedilatildeo densa

sobretudo perto de aacutegua Embora se distribua de

norte a sul do paiacutes eacute claramente mais comum no

sul e no litoral tornando-se mais escasso no norte e

no interior Podemos ouvir o seu canto durante

todo o ano

Rouxinol - bravo

19

O Papa-amoras-comum (Sylvia communis) ocorre quase exclusivamente na metade norte do

territoacuterio sendo mais certo observaacute-lo nessa regiatildeo

entre Abril e Setembro No final do Veratildeo e

princiacutepio do Outono esta espeacutecie pode ser

encontrada em locais distintos das zonas de

nidificaccedilatildeo pois satildeo aves de migraccedilatildeo

Papa-amoras-comum

O Tartaranhatildeo-caccedilador (Cyrcus pygargus) eacute

pouco abundante podendo ser localmente comum em

certas zonas do Alentejo Sendo um nidificante

estival estaacute presente no paiacutes a partir de meados de

Marccedilo ateacute Setembro Estaacute ausente durante o periacuteodo

de inverno

Tartaranhatildeo-caccedilador

O Trigueiratildeo (Emberiza calandra) eacute uma

ave castanha que pousa frequentemente em postes e

fios telefoacutenicos deixando-se observar muito bem Eacute

comum em todo o territoacuterio nacional excepto no norte

e centro onde eacute relativamente escasso A norte do Tejo

eacute um pouco menos numeroso mas ainda assim pode ser

considerado comum na maior parte da Beira Baixa

nos planaltos da Beira Alta e em grande parte de Traacutes-

os-Montes Estaacute presente em Portugal durante todo o

ano no entanto eacute na primavera que a sua abundacircncia

se torna mais visiacutevel

Trigueiratildeo

A Cotovia Montesina (Galerida theklae) eacute

bastante comum mas a sua abundacircncia passa muitas

vezes despercebida devido agraves dificuldades de

identificaccedilatildeo Eacute particularmente comum na metade

interior do territoacuterio onde o habitat lhe eacute mais

favoraacutevel e por vezes podem ser vistos pequenos

bandos desta espeacutecie Esta cotovia eacute residente e

observa-se em Portugal durante todo o ano

Cotovia Montesina

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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15

A Lebre (Lepus granatensis) eacute uma espeacutecie

cinegeacutetica bastante procurada pelos caccediladores O

nuacutemero de efectivos varia de ano para ano o que

poderaacute ser explicado pela actividade cinegeacutetica

Lebre

A Raposa (Vulpes vulpes L) estaacute amplamente

distribuiacuteda pela Aacutefrica Euraacutesia e Ameacuterica do

Norte Natildeo satildeo territorialistas vivem em lugares

onde existe comida em abundacircncia

Raposa

O Texugo (Meles meles) eacute um mamiacutefero da

maior parte da Europa e de muitas aacutereas da Aacutesia

Pode habitar em aacutereas muito diferentes Os texugos

satildeo mais abundantes em zonas com algum relevo e

heterogeacuteneas do ponto de vista paisagiacutestico com

grande variedade de bioacutetopos que lhes

proporcionam uma maior disponibilidade de

recursos e abrigos

Texugo

A Fuinha (Martes foina) eacute um mamiacutefero de

pequeno porte pertencente ao grupo das martas

Habita em toda a Europa Continental excepto

Escandinaacutevia e algumas ilhas do Mediterracircneo

Em Portugal eacute comum em todo o territoacuterio embora

a sua populaccedilatildeo seja desconhecida A fuinha

adapta-se bem agrave presenccedila humana e pode ser

comum em vilas ou mesmo cidades

Fuinha

16

Dentro das aves as que mais se observam satildeo a Andorinha das Barreiras

(Riparia riparia) a Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) o Papa-figos (Oriolus oriolus) a Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) o Bico de lacre (Estrilda astrild) o Guarda - rios (Alcedo atthis) o Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) o

Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) o Papa-amoras-comum (Sylvia communis) o

Tartaranhatildeo - caccedilador (Cyrcus pygargus) o Trigueiratildeo (Emberiza calandra) a

Cotovia Montesina (Galerida theklae) o Torcicolo (Jyns torquila) a Pecircga ndash azul

(Cyanopica cyanus) o Cuco rabilongo (Clamator glandarius) o Pisco-de-peito-

ruivo (Erithacus rubecula) a Sombria (Emberiza hortulana) o Melro-das-

rochas (Monticola saxatilis) o Andorinhatildeo paacutelido (Apus pallidus) a Oacutegea

(Falco subbuteo) o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) a Poupa (Upupa epops) a Andorinha ndash das ndash rochas (Ptyonoprogne rupestris) a Aacutelveola ndash

branca (Motacilla alba) o Rabirruivo ndash preto (Phoenicurus ochruros) a Fuinha

dos Juncos (Cisticola Juncidis) o Chapim Carvoeiro (Parus ater) o Picanccedilo ndash

real (Lanius meridionalis) a Pega ndash rabuda (Pica pica) a Rola ndash brava

(Streptopelia turtur) o Estorninho malhado (Sturnus vulgaris) o Pombo ndash

bravo (Columba oenas) o Tordo ndash zornal (Turdus pilaris) o Rouxinol comum

(Luscinia megarhyncus) o Abelharuco (Merops apiaster) o Pardal-francecircs

(Petronia petronia) Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) o Pintarroxo

(Carduelis cannabina) o Milhafre-preto (Milvus migrans) a Aacuteguia-calccedilada

(Hieraaetus pennatus) o Andorinhatildeo-preto (Apus apus) a Gralha-preta

(Corvus corone) o Estorninho-preto (Sturnus unicolor) a Escrevedora-de-

garganta-preta (Emberiza cirlus) o Milhafre-real (Milvus milvus)

A Lontra (Lutra lutra) apresenta uma

distribuiccedilatildeo extremamente vasta Portugal eacute quase

isolado na distribuiccedilatildeo e abundacircncia da Lontra

uma vez que apresenta uma populaccedilatildeo distribuiacuteda

regularmente pelo territoacuterio e numa situaccedilatildeo de

relativa abundacircncia sendo das poucas populaccedilotildees

viaacuteveis ainda existentes

Lontra

O Gato Bravo (Felis silvestris) eacute um pequeno

felino natural da Europa Aacutefrica e Aacutesia Habita

preferencialmente bosques fechados mas tambeacutem

ocorre em matagais mediterracircneos e florestas de

coniacuteferas Durante o dia podem refugiar-se em

buracos de aacutervores fendas nas rochas e tocas

abandonadas de outros animais

Gato Bravo

17

A Andorinha das barreiras (Riparia riparia)

eacute uma espeacutecie estival que pode ser observada entre a

Primavera e o Veratildeo sobretudo em Marccedilo e

Setembro (por vezes a partir de finais de Fevereiro)

Tem uma distribuiccedilatildeo muito fragmentada

normalmente avista-se em taludes ou barreiras de

terra geralmente nas vaacuterzeas e terras baixas do

litoral ou junto a linhas de aacutegua

Andorinha das Barreiras

A Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) eacute

uma espeacutecie estival observando-se sobretudo de

meados de Fevereiro a meados de Setembro Eacute

bastante comum na metade litoral distribui-se de

norte a sul do paiacutes sendo mais comum nas terras

baixas com galerias ripiacutecolas bem desenvolvidas

Felosa Ibeacuterica

O Papa-figos (Oriolus oriolus) distribui-se de

norte a sul e pode ser considerado comum na metade

interior do territoacuterio e pouco comum na metade

ocidental Eacute um visitante estival que chega bastante

tarde ao nosso paiacutes a maioria dos machos faz-se

ouvir a partir de finais de Abril ou inicio de Maio e

canta ateacute ao princiacutepio de Julho Parte para Aacutefrica

em Agosto sendo jaacute raro a partir de Setembro

Papa-Figos

A Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) eacute

uma presenccedila caracteriacutestica das ribeiras de curso

raacutepido e distribui-se por todo o territoacuterio Frequenta

zonas de aacutegua liacutempida e corrente como ribeiros de

montanha pequenos diques ou represas Por vezes

tambeacutem frequenta canais de rega Reside no norte e

centro e eacute invernante em certas zonas do sul

Alveacuteola-Cinzenta

18

O Bico de Lacre (Estrilda astrild) eacute uma

espeacutecie originaacuteria de Aacutefrica foi introduzido na

Lagoa de Oacutebidos em 1968 e expandiu-se rapidamente

pelo territoacuterio nacional sendo hoje uma espeacutecie

relativamente comum Pode ser visto em Portugal

durante todo o ano e nas zonas onde ocorre natildeo eacute

raro encontrar bandos que podem juntar desde

meia duacutezia ateacute algumas dezenas de indiviacuteduos

Bico de Lacre

O Guarda ndash rios (Alcedo atthis) ocorre em

Portugal durante todo o ano mas a sua abundacircncia

varia fortemente de umas regiotildees para as outras Eacute

claramente mais comum no litoral que no interior e

claramente mais comum em planiacutecie que em

montanha sendo raro acima dos 1000m Pode ser

visto desde Agosto ateacute Abril

Guarda - rios

O Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) eacute pouco

comum em Portugal Distribui-se principalmente

pelas terras do norte e do centro podendo ser visto

na maioria das Serras Portuguesas Eacute uma espeacutecie

residente que pode ser observada nos locais de

reproduccedilatildeo durante todo o ano

Melro ndash d lsquoaacutegua

O Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) eacute uma

espeacutecie bastante comum como aliaacutes se constata a

partir do momento em que se conhece o seu canto

Ocorre sobretudo em zonas de vegetaccedilatildeo densa

sobretudo perto de aacutegua Embora se distribua de

norte a sul do paiacutes eacute claramente mais comum no

sul e no litoral tornando-se mais escasso no norte e

no interior Podemos ouvir o seu canto durante

todo o ano

Rouxinol - bravo

19

O Papa-amoras-comum (Sylvia communis) ocorre quase exclusivamente na metade norte do

territoacuterio sendo mais certo observaacute-lo nessa regiatildeo

entre Abril e Setembro No final do Veratildeo e

princiacutepio do Outono esta espeacutecie pode ser

encontrada em locais distintos das zonas de

nidificaccedilatildeo pois satildeo aves de migraccedilatildeo

Papa-amoras-comum

O Tartaranhatildeo-caccedilador (Cyrcus pygargus) eacute

pouco abundante podendo ser localmente comum em

certas zonas do Alentejo Sendo um nidificante

estival estaacute presente no paiacutes a partir de meados de

Marccedilo ateacute Setembro Estaacute ausente durante o periacuteodo

de inverno

Tartaranhatildeo-caccedilador

O Trigueiratildeo (Emberiza calandra) eacute uma

ave castanha que pousa frequentemente em postes e

fios telefoacutenicos deixando-se observar muito bem Eacute

comum em todo o territoacuterio nacional excepto no norte

e centro onde eacute relativamente escasso A norte do Tejo

eacute um pouco menos numeroso mas ainda assim pode ser

considerado comum na maior parte da Beira Baixa

nos planaltos da Beira Alta e em grande parte de Traacutes-

os-Montes Estaacute presente em Portugal durante todo o

ano no entanto eacute na primavera que a sua abundacircncia

se torna mais visiacutevel

Trigueiratildeo

A Cotovia Montesina (Galerida theklae) eacute

bastante comum mas a sua abundacircncia passa muitas

vezes despercebida devido agraves dificuldades de

identificaccedilatildeo Eacute particularmente comum na metade

interior do territoacuterio onde o habitat lhe eacute mais

favoraacutevel e por vezes podem ser vistos pequenos

bandos desta espeacutecie Esta cotovia eacute residente e

observa-se em Portugal durante todo o ano

Cotovia Montesina

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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16

Dentro das aves as que mais se observam satildeo a Andorinha das Barreiras

(Riparia riparia) a Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) o Papa-figos (Oriolus oriolus) a Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) o Bico de lacre (Estrilda astrild) o Guarda - rios (Alcedo atthis) o Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) o

Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) o Papa-amoras-comum (Sylvia communis) o

Tartaranhatildeo - caccedilador (Cyrcus pygargus) o Trigueiratildeo (Emberiza calandra) a

Cotovia Montesina (Galerida theklae) o Torcicolo (Jyns torquila) a Pecircga ndash azul

(Cyanopica cyanus) o Cuco rabilongo (Clamator glandarius) o Pisco-de-peito-

ruivo (Erithacus rubecula) a Sombria (Emberiza hortulana) o Melro-das-

rochas (Monticola saxatilis) o Andorinhatildeo paacutelido (Apus pallidus) a Oacutegea

(Falco subbuteo) o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) a Poupa (Upupa epops) a Andorinha ndash das ndash rochas (Ptyonoprogne rupestris) a Aacutelveola ndash

branca (Motacilla alba) o Rabirruivo ndash preto (Phoenicurus ochruros) a Fuinha

dos Juncos (Cisticola Juncidis) o Chapim Carvoeiro (Parus ater) o Picanccedilo ndash

real (Lanius meridionalis) a Pega ndash rabuda (Pica pica) a Rola ndash brava

(Streptopelia turtur) o Estorninho malhado (Sturnus vulgaris) o Pombo ndash

bravo (Columba oenas) o Tordo ndash zornal (Turdus pilaris) o Rouxinol comum

(Luscinia megarhyncus) o Abelharuco (Merops apiaster) o Pardal-francecircs

(Petronia petronia) Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) o Pintarroxo

(Carduelis cannabina) o Milhafre-preto (Milvus migrans) a Aacuteguia-calccedilada

(Hieraaetus pennatus) o Andorinhatildeo-preto (Apus apus) a Gralha-preta

(Corvus corone) o Estorninho-preto (Sturnus unicolor) a Escrevedora-de-

garganta-preta (Emberiza cirlus) o Milhafre-real (Milvus milvus)

A Lontra (Lutra lutra) apresenta uma

distribuiccedilatildeo extremamente vasta Portugal eacute quase

isolado na distribuiccedilatildeo e abundacircncia da Lontra

uma vez que apresenta uma populaccedilatildeo distribuiacuteda

regularmente pelo territoacuterio e numa situaccedilatildeo de

relativa abundacircncia sendo das poucas populaccedilotildees

viaacuteveis ainda existentes

Lontra

O Gato Bravo (Felis silvestris) eacute um pequeno

felino natural da Europa Aacutefrica e Aacutesia Habita

preferencialmente bosques fechados mas tambeacutem

ocorre em matagais mediterracircneos e florestas de

coniacuteferas Durante o dia podem refugiar-se em

buracos de aacutervores fendas nas rochas e tocas

abandonadas de outros animais

Gato Bravo

17

A Andorinha das barreiras (Riparia riparia)

eacute uma espeacutecie estival que pode ser observada entre a

Primavera e o Veratildeo sobretudo em Marccedilo e

Setembro (por vezes a partir de finais de Fevereiro)

Tem uma distribuiccedilatildeo muito fragmentada

normalmente avista-se em taludes ou barreiras de

terra geralmente nas vaacuterzeas e terras baixas do

litoral ou junto a linhas de aacutegua

Andorinha das Barreiras

A Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) eacute

uma espeacutecie estival observando-se sobretudo de

meados de Fevereiro a meados de Setembro Eacute

bastante comum na metade litoral distribui-se de

norte a sul do paiacutes sendo mais comum nas terras

baixas com galerias ripiacutecolas bem desenvolvidas

Felosa Ibeacuterica

O Papa-figos (Oriolus oriolus) distribui-se de

norte a sul e pode ser considerado comum na metade

interior do territoacuterio e pouco comum na metade

ocidental Eacute um visitante estival que chega bastante

tarde ao nosso paiacutes a maioria dos machos faz-se

ouvir a partir de finais de Abril ou inicio de Maio e

canta ateacute ao princiacutepio de Julho Parte para Aacutefrica

em Agosto sendo jaacute raro a partir de Setembro

Papa-Figos

A Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) eacute

uma presenccedila caracteriacutestica das ribeiras de curso

raacutepido e distribui-se por todo o territoacuterio Frequenta

zonas de aacutegua liacutempida e corrente como ribeiros de

montanha pequenos diques ou represas Por vezes

tambeacutem frequenta canais de rega Reside no norte e

centro e eacute invernante em certas zonas do sul

Alveacuteola-Cinzenta

18

O Bico de Lacre (Estrilda astrild) eacute uma

espeacutecie originaacuteria de Aacutefrica foi introduzido na

Lagoa de Oacutebidos em 1968 e expandiu-se rapidamente

pelo territoacuterio nacional sendo hoje uma espeacutecie

relativamente comum Pode ser visto em Portugal

durante todo o ano e nas zonas onde ocorre natildeo eacute

raro encontrar bandos que podem juntar desde

meia duacutezia ateacute algumas dezenas de indiviacuteduos

Bico de Lacre

O Guarda ndash rios (Alcedo atthis) ocorre em

Portugal durante todo o ano mas a sua abundacircncia

varia fortemente de umas regiotildees para as outras Eacute

claramente mais comum no litoral que no interior e

claramente mais comum em planiacutecie que em

montanha sendo raro acima dos 1000m Pode ser

visto desde Agosto ateacute Abril

Guarda - rios

O Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) eacute pouco

comum em Portugal Distribui-se principalmente

pelas terras do norte e do centro podendo ser visto

na maioria das Serras Portuguesas Eacute uma espeacutecie

residente que pode ser observada nos locais de

reproduccedilatildeo durante todo o ano

Melro ndash d lsquoaacutegua

O Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) eacute uma

espeacutecie bastante comum como aliaacutes se constata a

partir do momento em que se conhece o seu canto

Ocorre sobretudo em zonas de vegetaccedilatildeo densa

sobretudo perto de aacutegua Embora se distribua de

norte a sul do paiacutes eacute claramente mais comum no

sul e no litoral tornando-se mais escasso no norte e

no interior Podemos ouvir o seu canto durante

todo o ano

Rouxinol - bravo

19

O Papa-amoras-comum (Sylvia communis) ocorre quase exclusivamente na metade norte do

territoacuterio sendo mais certo observaacute-lo nessa regiatildeo

entre Abril e Setembro No final do Veratildeo e

princiacutepio do Outono esta espeacutecie pode ser

encontrada em locais distintos das zonas de

nidificaccedilatildeo pois satildeo aves de migraccedilatildeo

Papa-amoras-comum

O Tartaranhatildeo-caccedilador (Cyrcus pygargus) eacute

pouco abundante podendo ser localmente comum em

certas zonas do Alentejo Sendo um nidificante

estival estaacute presente no paiacutes a partir de meados de

Marccedilo ateacute Setembro Estaacute ausente durante o periacuteodo

de inverno

Tartaranhatildeo-caccedilador

O Trigueiratildeo (Emberiza calandra) eacute uma

ave castanha que pousa frequentemente em postes e

fios telefoacutenicos deixando-se observar muito bem Eacute

comum em todo o territoacuterio nacional excepto no norte

e centro onde eacute relativamente escasso A norte do Tejo

eacute um pouco menos numeroso mas ainda assim pode ser

considerado comum na maior parte da Beira Baixa

nos planaltos da Beira Alta e em grande parte de Traacutes-

os-Montes Estaacute presente em Portugal durante todo o

ano no entanto eacute na primavera que a sua abundacircncia

se torna mais visiacutevel

Trigueiratildeo

A Cotovia Montesina (Galerida theklae) eacute

bastante comum mas a sua abundacircncia passa muitas

vezes despercebida devido agraves dificuldades de

identificaccedilatildeo Eacute particularmente comum na metade

interior do territoacuterio onde o habitat lhe eacute mais

favoraacutevel e por vezes podem ser vistos pequenos

bandos desta espeacutecie Esta cotovia eacute residente e

observa-se em Portugal durante todo o ano

Cotovia Montesina

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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17

A Andorinha das barreiras (Riparia riparia)

eacute uma espeacutecie estival que pode ser observada entre a

Primavera e o Veratildeo sobretudo em Marccedilo e

Setembro (por vezes a partir de finais de Fevereiro)

Tem uma distribuiccedilatildeo muito fragmentada

normalmente avista-se em taludes ou barreiras de

terra geralmente nas vaacuterzeas e terras baixas do

litoral ou junto a linhas de aacutegua

Andorinha das Barreiras

A Felosa Ibeacuterica (Phylloscopus ibericus) eacute

uma espeacutecie estival observando-se sobretudo de

meados de Fevereiro a meados de Setembro Eacute

bastante comum na metade litoral distribui-se de

norte a sul do paiacutes sendo mais comum nas terras

baixas com galerias ripiacutecolas bem desenvolvidas

Felosa Ibeacuterica

O Papa-figos (Oriolus oriolus) distribui-se de

norte a sul e pode ser considerado comum na metade

interior do territoacuterio e pouco comum na metade

ocidental Eacute um visitante estival que chega bastante

tarde ao nosso paiacutes a maioria dos machos faz-se

ouvir a partir de finais de Abril ou inicio de Maio e

canta ateacute ao princiacutepio de Julho Parte para Aacutefrica

em Agosto sendo jaacute raro a partir de Setembro

Papa-Figos

A Alveacuteola-Cinzenta (Motacilla cineacuterea) eacute

uma presenccedila caracteriacutestica das ribeiras de curso

raacutepido e distribui-se por todo o territoacuterio Frequenta

zonas de aacutegua liacutempida e corrente como ribeiros de

montanha pequenos diques ou represas Por vezes

tambeacutem frequenta canais de rega Reside no norte e

centro e eacute invernante em certas zonas do sul

Alveacuteola-Cinzenta

18

O Bico de Lacre (Estrilda astrild) eacute uma

espeacutecie originaacuteria de Aacutefrica foi introduzido na

Lagoa de Oacutebidos em 1968 e expandiu-se rapidamente

pelo territoacuterio nacional sendo hoje uma espeacutecie

relativamente comum Pode ser visto em Portugal

durante todo o ano e nas zonas onde ocorre natildeo eacute

raro encontrar bandos que podem juntar desde

meia duacutezia ateacute algumas dezenas de indiviacuteduos

Bico de Lacre

O Guarda ndash rios (Alcedo atthis) ocorre em

Portugal durante todo o ano mas a sua abundacircncia

varia fortemente de umas regiotildees para as outras Eacute

claramente mais comum no litoral que no interior e

claramente mais comum em planiacutecie que em

montanha sendo raro acima dos 1000m Pode ser

visto desde Agosto ateacute Abril

Guarda - rios

O Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) eacute pouco

comum em Portugal Distribui-se principalmente

pelas terras do norte e do centro podendo ser visto

na maioria das Serras Portuguesas Eacute uma espeacutecie

residente que pode ser observada nos locais de

reproduccedilatildeo durante todo o ano

Melro ndash d lsquoaacutegua

O Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) eacute uma

espeacutecie bastante comum como aliaacutes se constata a

partir do momento em que se conhece o seu canto

Ocorre sobretudo em zonas de vegetaccedilatildeo densa

sobretudo perto de aacutegua Embora se distribua de

norte a sul do paiacutes eacute claramente mais comum no

sul e no litoral tornando-se mais escasso no norte e

no interior Podemos ouvir o seu canto durante

todo o ano

Rouxinol - bravo

19

O Papa-amoras-comum (Sylvia communis) ocorre quase exclusivamente na metade norte do

territoacuterio sendo mais certo observaacute-lo nessa regiatildeo

entre Abril e Setembro No final do Veratildeo e

princiacutepio do Outono esta espeacutecie pode ser

encontrada em locais distintos das zonas de

nidificaccedilatildeo pois satildeo aves de migraccedilatildeo

Papa-amoras-comum

O Tartaranhatildeo-caccedilador (Cyrcus pygargus) eacute

pouco abundante podendo ser localmente comum em

certas zonas do Alentejo Sendo um nidificante

estival estaacute presente no paiacutes a partir de meados de

Marccedilo ateacute Setembro Estaacute ausente durante o periacuteodo

de inverno

Tartaranhatildeo-caccedilador

O Trigueiratildeo (Emberiza calandra) eacute uma

ave castanha que pousa frequentemente em postes e

fios telefoacutenicos deixando-se observar muito bem Eacute

comum em todo o territoacuterio nacional excepto no norte

e centro onde eacute relativamente escasso A norte do Tejo

eacute um pouco menos numeroso mas ainda assim pode ser

considerado comum na maior parte da Beira Baixa

nos planaltos da Beira Alta e em grande parte de Traacutes-

os-Montes Estaacute presente em Portugal durante todo o

ano no entanto eacute na primavera que a sua abundacircncia

se torna mais visiacutevel

Trigueiratildeo

A Cotovia Montesina (Galerida theklae) eacute

bastante comum mas a sua abundacircncia passa muitas

vezes despercebida devido agraves dificuldades de

identificaccedilatildeo Eacute particularmente comum na metade

interior do territoacuterio onde o habitat lhe eacute mais

favoraacutevel e por vezes podem ser vistos pequenos

bandos desta espeacutecie Esta cotovia eacute residente e

observa-se em Portugal durante todo o ano

Cotovia Montesina

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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18

O Bico de Lacre (Estrilda astrild) eacute uma

espeacutecie originaacuteria de Aacutefrica foi introduzido na

Lagoa de Oacutebidos em 1968 e expandiu-se rapidamente

pelo territoacuterio nacional sendo hoje uma espeacutecie

relativamente comum Pode ser visto em Portugal

durante todo o ano e nas zonas onde ocorre natildeo eacute

raro encontrar bandos que podem juntar desde

meia duacutezia ateacute algumas dezenas de indiviacuteduos

Bico de Lacre

O Guarda ndash rios (Alcedo atthis) ocorre em

Portugal durante todo o ano mas a sua abundacircncia

varia fortemente de umas regiotildees para as outras Eacute

claramente mais comum no litoral que no interior e

claramente mais comum em planiacutecie que em

montanha sendo raro acima dos 1000m Pode ser

visto desde Agosto ateacute Abril

Guarda - rios

O Melro ndash d rsquoaacutegua (Cinclus cinclus) eacute pouco

comum em Portugal Distribui-se principalmente

pelas terras do norte e do centro podendo ser visto

na maioria das Serras Portuguesas Eacute uma espeacutecie

residente que pode ser observada nos locais de

reproduccedilatildeo durante todo o ano

Melro ndash d lsquoaacutegua

O Rouxinol ndash bravo (Cettia cetti) eacute uma

espeacutecie bastante comum como aliaacutes se constata a

partir do momento em que se conhece o seu canto

Ocorre sobretudo em zonas de vegetaccedilatildeo densa

sobretudo perto de aacutegua Embora se distribua de

norte a sul do paiacutes eacute claramente mais comum no

sul e no litoral tornando-se mais escasso no norte e

no interior Podemos ouvir o seu canto durante

todo o ano

Rouxinol - bravo

19

O Papa-amoras-comum (Sylvia communis) ocorre quase exclusivamente na metade norte do

territoacuterio sendo mais certo observaacute-lo nessa regiatildeo

entre Abril e Setembro No final do Veratildeo e

princiacutepio do Outono esta espeacutecie pode ser

encontrada em locais distintos das zonas de

nidificaccedilatildeo pois satildeo aves de migraccedilatildeo

Papa-amoras-comum

O Tartaranhatildeo-caccedilador (Cyrcus pygargus) eacute

pouco abundante podendo ser localmente comum em

certas zonas do Alentejo Sendo um nidificante

estival estaacute presente no paiacutes a partir de meados de

Marccedilo ateacute Setembro Estaacute ausente durante o periacuteodo

de inverno

Tartaranhatildeo-caccedilador

O Trigueiratildeo (Emberiza calandra) eacute uma

ave castanha que pousa frequentemente em postes e

fios telefoacutenicos deixando-se observar muito bem Eacute

comum em todo o territoacuterio nacional excepto no norte

e centro onde eacute relativamente escasso A norte do Tejo

eacute um pouco menos numeroso mas ainda assim pode ser

considerado comum na maior parte da Beira Baixa

nos planaltos da Beira Alta e em grande parte de Traacutes-

os-Montes Estaacute presente em Portugal durante todo o

ano no entanto eacute na primavera que a sua abundacircncia

se torna mais visiacutevel

Trigueiratildeo

A Cotovia Montesina (Galerida theklae) eacute

bastante comum mas a sua abundacircncia passa muitas

vezes despercebida devido agraves dificuldades de

identificaccedilatildeo Eacute particularmente comum na metade

interior do territoacuterio onde o habitat lhe eacute mais

favoraacutevel e por vezes podem ser vistos pequenos

bandos desta espeacutecie Esta cotovia eacute residente e

observa-se em Portugal durante todo o ano

Cotovia Montesina

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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19

O Papa-amoras-comum (Sylvia communis) ocorre quase exclusivamente na metade norte do

territoacuterio sendo mais certo observaacute-lo nessa regiatildeo

entre Abril e Setembro No final do Veratildeo e

princiacutepio do Outono esta espeacutecie pode ser

encontrada em locais distintos das zonas de

nidificaccedilatildeo pois satildeo aves de migraccedilatildeo

Papa-amoras-comum

O Tartaranhatildeo-caccedilador (Cyrcus pygargus) eacute

pouco abundante podendo ser localmente comum em

certas zonas do Alentejo Sendo um nidificante

estival estaacute presente no paiacutes a partir de meados de

Marccedilo ateacute Setembro Estaacute ausente durante o periacuteodo

de inverno

Tartaranhatildeo-caccedilador

O Trigueiratildeo (Emberiza calandra) eacute uma

ave castanha que pousa frequentemente em postes e

fios telefoacutenicos deixando-se observar muito bem Eacute

comum em todo o territoacuterio nacional excepto no norte

e centro onde eacute relativamente escasso A norte do Tejo

eacute um pouco menos numeroso mas ainda assim pode ser

considerado comum na maior parte da Beira Baixa

nos planaltos da Beira Alta e em grande parte de Traacutes-

os-Montes Estaacute presente em Portugal durante todo o

ano no entanto eacute na primavera que a sua abundacircncia

se torna mais visiacutevel

Trigueiratildeo

A Cotovia Montesina (Galerida theklae) eacute

bastante comum mas a sua abundacircncia passa muitas

vezes despercebida devido agraves dificuldades de

identificaccedilatildeo Eacute particularmente comum na metade

interior do territoacuterio onde o habitat lhe eacute mais

favoraacutevel e por vezes podem ser vistos pequenos

bandos desta espeacutecie Esta cotovia eacute residente e

observa-se em Portugal durante todo o ano

Cotovia Montesina

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

Page 20: descarregue o documento - clique aqui!

20

O Torcicolo (Jyns torquila) eacute pouco

comum mas natildeo raro e distribui-se de forma esparsa

por todo o territoacuterio nacional Eacute uma ave

principalmente estival que esta presente entre noacutes de

Abril a Outubro embora ocasionalmente se observe no

inverno no sul do paiacutes Mas eacute nos meses de Abril e

Maio que o torcicolo eacute mais faacutecil devido agrave maior

actividade vocal nessa eacutepoca do ano

Torcicolo

A Pega-azul (Cyanopica cyanus) eacute uma

espeacutecie localmente abundante distribui-se pelas

zonas de influecircncia mediterracircnica e ocorre

sobretudo em zonas do interior de norte a sul e em

alguns locais do litoral Trata-se de um corviacutedeo

residente observaacutevel durante todo o ano Durante o

inverno forma bandos de dimensatildeo consideraacutevel

Pega - azul

O Cuco ndash rabilongo (Clamator glandarius) ocorre de norte a sul do paiacutes mas eacute em geral uma

espeacutecie pouco abundante De uma forma geral eacute mais

frequente na metade interior do territoacuterio e mais

comum no sul do que no norte Eacute uma espeacutecie estival

com um calendaacuterio de migraccedilatildeo bastante precoce os

primeiros indiviacuteduos chegam em Janeiro ou

Fevereiro mas a maioria deveraacute chegar durante o

mecircs de Marccedilo

Cuco - rabilongo

O Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) eacute

comum no noroeste do paiacutes durante a primavera e o

veratildeo diminuindo a sua abundacircncia agrave medida que se

avanccedila para sul sendo escasso na maior parte do

Alentejo No inverno distribui-se por todo o

territoacuterio sendo entatildeo abundante pois a populaccedilatildeo eacute

reforccedilada com a chegada de aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte

Pisco-de-peito-ruivo

21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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21

A Sombria (Emberiza hortulana) natildeo eacute uma

espeacutecie comum em Portugal sendo que a zona onde

ocorre em maior abundacircncia eacute o sector subalpino da

Serra da Estrela Eacute um visitante estival que ocorre entre

os finais de Abril ou princiacutepios de Maio e fica ateacute Agosto

Sombria

O Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) eacute

pouco comum e tem uma distribuiccedilatildeo localizada

nidificando apenas nas zonas de maior altitude das

serras do norte e do centro do territoacuterio Eacute uma

espeacutecie estival que chega geralmente em Abril e

parte em Setembro

Melro-das-rochas

O Andorinhatildeo-paacutelido (Apus pallidus) eacute uma

espeacutecie bastante comum em Portugal A sua presenccedila

nem sempre eacute detectada devido agrave confusatildeo com o

Andorinhatildeo-preto Eacute uma ave estival que se observa

entre meados de Marccedilo ateacute Outubro

Andorinhatildeo-paacutelido

A Oacutegea (Falco subbuteo) eacute uma ave estival em

Portugal que pode ser vista desde finais de Abril ateacute

Setembro ou Outubro Distribui-se de norte a sul do paiacutes

mas de uma forma geral eacute uma espeacutecie pouco comum que

ocorre em densidades baixas

Oacutegea

O Peneireiro ndash vulgar (Falco tinnunculus) eacute uma

espeacutecie comum em Portugal continental abundante em

zonas agriacutecolas e nas imediaccedilotildees de aglomerados

urbanos Eacute um falcatildeo residente pelo que se observa

durante todo o ano

Peneireiro-vulgar

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

Page 22: descarregue o documento - clique aqui!

22

A Poupa (Upupa epops) eacute uma espeacutecie

abundante e com uma aacuterea de distribuiccedilatildeo ampla Na

metade sul do territoacuterio pode ser encontrada durante

todo o ano sendo menos abundante no inverno Na

metade norte ocorre principalmente entre Marccedilo e

Setembro podendo ser vista ocasionalmente no

Inverno em zonas de clima mais ameno

Poupa

A Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)

eacute o uacutenico membro da sua famiacutelia que pode ser observado

durante todo o ano Distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

geralmente pouco abundante embora possa ser

localmente comum especialmente no interior

Andorinha-das-rochas

A Aacutelveola-branca (Motacilla alba) eacute uma

espeacutecie mais comum na metade norte do territoacuterio onde

estaacute presente durante todo o ano Durante a passagem

outonal e no inverno a populaccedilatildeo reforccedila-se com a

chegada de aves de passagem e invernantes Entre os

meses de Outubro e Marccedilo eacute uma espeacutecie comum na

metade sul do territoacuterio

Aacutelveola-branca

O Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) na

eacutepoca reprodutora distribui-se essencialmente a norte do

Tejo para sul do Tejo tem uma distribuiccedilatildeo muito

localizada A partir de Outubro com a chegada de muitos

invernantes ocorre em todo o territoacuterio continental e

pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat

Rabirruivo-preto

A Fuinha-dos-juncos (Cisticola Juncidis) eacute residente

no nosso territoacuterio mas a sua detectabilidade varia muito

ao longo do ano podendo ser difiacutecil de detectar quando

natildeo canta Distribui-se de norte a sul do paiacutes mas eacute

claramente mais comum em zonas de baixa altitude

Fuinha-dos-juncos

23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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23

O Chapim-carvoeiro (Parus ater) eacute uma espeacutecie

localmente comum no litoral norte e centro Por vezes

tambeacutem ocorre em zonas urbanas Eacute uma espeacutecie residente

que pode ser observada durante todo o ano Eacute mais

notaacutevel na primavera quando o seu canto se faz ouvir

com mais frequecircncia

Chapim-carvoeiro

O Picanccedilo-real (Lanius meridionalis) distribui-se de

norte a sul mas em densidades baixas pelo que raramente

eacute uma espeacutecie comum Ocorre em Portugal durante o ano

inteiro mas no litoral norte e centro eacute principalmente

invernante

Picanccedilo-real

A Pega-rabuda (Pica pica) distribui-se pela maior

parte do territoacuterio nacional embora seja muito escassa no

sul do paiacutes e esteja ausente da maior parte do baixo

Alentejo e do Algarve Eacute uma aacutervore residente que natildeo

efectua movimentos muito amplos

Pega-rabuda

A Rola-brava (Streptopelia turtur) tem uma

distribuiccedilatildeo ampla mas ocorre geralmente em densidades

baixas no sul do paiacutes Eacute uma aacutervore migradora que chega

geralmente em Abril e parte em Setembro

Rola-brava

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

Page 24: descarregue o documento - clique aqui!

24

O Estorninho - malhado (Sturnus vulgaris) ocorre

em Portugal como invernante As suas datas de

ocorrecircncia satildeo mal conhecidas mas julga-se que esteja

presente em Portugal de Outubro a Fevereiro Devido agraves

dificuldades de identificaccedilatildeo este estorninho passa

despercebido pelo que as estimativas da sua abundacircncia

satildeo muito imprecisas eacute possiacutevel que ocorra um pouco por

todo o paiacutes

Estorninho - malhado

O Pombo-bravo (Columba oenas) eacute pouco frequente

em Portugal sendo principalmente invernante com

excepccedilatildeo do nordeste onde nidifica A sua abundacircncia

varia de ano para ano

Pombo-bravo

O Tordo - zornal (Turdus pilaris) eacute relativamente

raro em Portugal Embora ocorra todos os anos surge

geralmente em densidades muito baixas Parece ser um

pouco mais frequente na metade norte do que no sul Estaacute

presente sobretudo de Novembro a Fevereiro

Tordo - zornal

O Rouxinol-comum (Luscinia megarhyncus) eacute

bastante frequente em Portugal mas a sua abundacircncia

apresenta importantes variaccedilotildees a niacutevel regional

Esconde-se geralmente no meio da vegetaccedilatildeo densa e

raramente pousa agrave vista Eacute estival e faz ouvir o seu

canto a partir de finais de Marccedilo ou princiacutepios de

Abril Em Junho comeccedila e calar-se e em Agosto ruma a

Aacutefrica

Rouxinol-comum

25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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25

O Abelharuco (Merops apiaster) eacute uma ave

terrestre de tamanho meacutedio amplamente colorida Eacute

estival e chega geralmente a Portugal no inicio de Abril

(por vezes em finais de Marccedilo) e estaacute presente ateacute ao mecircs

de Setembro Eacute comum em quase toda a regiatildeo a sul do

Tejo enquanto que para norte deste rio eacute menos comum e

se distribui sobretudo pela metade interior do territoacuterio

nas zonas de influecircncia mediterracircnica (Beira Baixa

Beira Alta e Traacutes-os-Montes)

Abelharuco

O Pardal-francecircs (Petronia petronia) eacute pouco

comum e ocorre sobretudo nas aldeias (na metade norte

do paiacutes) e em zonas florestais com aacutervores velhas

nomeadamente sobreiros e castanheiros nidificando em

cavidades Eacute uma espeacutecie residente que pode ser

observada durante todo o ano mas eacute consideravelmente

mais faacutecil de encontrar durante a primavera eacutepoca em

que os seus chamamentos mais se fazem ouvir

Pardal-francecircs

O Picanccedilo-barreteiro (Lanius senator) eacute

relativamente abundante no nosso territoacuterio podendo

atingir densidades elevadas em alguns locais onde

encontra o habitat adequado como montados abertos

barrocal e charnecas Como nidificante estival apenas eacute

possiacutevel observa-lo entre meados de Marccedilo e princiacutepio de

Setembro altura em que migra para Aacutefrica Distribui-se

por todo o territoacuterio a sul do Tej0 e pelo interior norte

Picanccedilo-barreteiro

O Pintarroxo (Carduelis cannabina) eacute uma espeacutecie

abundante e bem distribuiacuteda de norte a sul do territoacuterio

apenas com algumas zonas onde estaacute ausente como eacute o

caso de algumas zonas do litoral centro e do Baixo-

Alentejo Sendo uma espeacutecie estaacute presente durante todo

o ano existindo um reforccedilo da populaccedilatildeo com a chegada

de alguns efectivos invernantes

Pintarroxo

26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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26

O Milhafre preto (Milvus migrans) pode ser

considerado bastante comum embora a sua abundacircncia

varie de umas regiotildees para as outras Eacute particularmente

comum nas Beiras Eacute uma espeacutecie migradora (ave de

rapina) que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Agosto e pode ser vista regularmente a patrulhar as nossas

estradas

Milhafre-preto

A Aacuteguia calccedilada (Hieraaetus pennatus) eacute uma ave

de rapina estival que pode ser vista em Portugal de Marccedilo

a Setembro Distribui-se de norte a sul do paiacutes sendo uma

ave florestal ocorre principalmente neste tipo de habitat

com preferecircncia pelas manchas mais extensas de sobro e

azinho Eacute bastante comum na beira interior

Aacuteguia calccedilada

O Andorinhatildeo preto (Apus apus) eacute uma espeacutecie

estival que estaacute presente no nosso territoacuterio de Marccedilo a

Outubro Muitas das aves que aqui ocorrem encontram-se

em passagem de e para o Norte da Europa mas em

Portugal tambeacutem existem importantes populaccedilotildees

nidificantes Pode ser regularmente vista em bandos de

muitas dezenas de indiviacuteduos

Andorinhatildeo preto

A Gralha preta (Corvus corone) eacute um dos

corviacutedeos mais abundantes da nossa fauna pode ser

vista em quase todos os tipos de habitats excepto em

zonas urbanizadas Forma frequentemente pequenos

bandos Distribui-se por todo o territoacuterio embora seja

relativamente rara na parte meridional do Alentejo e

no Algarve Eacute uma espeacutecie residente que pode ser vista

durante todo o ano

Gralha preta

27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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27

Quanto aos peixes nas correntes das aacuteguas do Rio Mondego ao longo das

vaacuterias freguesias observam-se vaacuterias espeacutecies das quais se realccedilam as

seguintes O Barbo do norte ou Barbo comum (Barbus bocagei) a Enguia

(Anguilla anguilla) o Escalo do Norte (Squalius carolitertii) a Truta marisca

ou Truta de rio (Salmo trutta) a Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) e a

Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis)

O Estorninho preto (Sturnus unicolor) estaacute

relativamente bem distribuiacutedo ao longo do territoacuterio

pode ser localmente abundante junto a algumas

localidades Trata-se de uma espeacutecie endeacutemica da

Peniacutensula Ibeacuterica e do sul de Franccedila residente e por

isso observaacutevel durante todo o ano A partir do final do

veratildeo podem ser observados bandos que reuacutenem

dezenas ou mesmo centenas de indiviacuteduos

Estorninho preto

A Escrevedeira de garganta preta (Emberiza cirlus) distribui-se de norte a sul do paiacutes e eacute

razoavelmente comum excepto na parte oriental do

Baixo Alentejo e no Algarve onde se torna rara

Aprecia paisagens agriacutecolas em mosaico onde as sebes

ou matos esparsos confinam com terrenos agriacutecolas e

tambeacutem orlas de bosquetes Eacute uma espeacutecie residente que

raramente eacute observada fora dos seus locais habituais de

ocorrecircncia

Escrevedeira de

garganta preta

O Milhafre real (Milvus milvus) encontra-se em

decliacutenio acentuado e tornou-se bastante raro em

Portugal sendo hoje uma ave extremamente

ameaccedilada Distribui-se quase exclusivamente pelo

interior norte Em contrapartida durante o inverno e

nomeadamente entre Novembro e Fevereiro os

efectivos satildeo reforccedilados por aves invernantes

provenientes da Europa central e do norte tornando-

se entatildeo relativamente frequente no interior sul

Milhafre real

28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

httpcervas-aldeiablogspotcom201003saida-de-campo-observacao-

e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

24html

A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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28

O Barbo comum (Barbus bocagei) eacute uma espeacutecie

autoacutectone da peniacutensula ibeacuterica Habita nas bacias do

rio Tejo Douro Vouga e Mondego Eacute uma espeacutecie de

fundo vive no sector meacutedio dos rios de correntes

moderadas e de aacuteguas natildeo muito frias a chamada

ldquozona do barbordquo Refugia-se junto agraves margens nas

pedras e vegetaccedilatildeo

Barbo comum

A Enguia (Anguilla anguilla) eacute uma espeacutecie

europeia que se reproduz no Mar dos Sargaccedilos Pode

encontrar-se no Atlacircntico de Marrocos ateacute ao Norte da

Escandinaacutevia e Islacircndia no Mediterracircneo e no Mar

Negro Ela penetra a quase totalidade dos cursos de

aacutegua Portugueses

Enguia

O Escalo do Norte (Squalius carolitertii) eacute uma

espeacutecie ameaccedilada por perda de habitat Pode ser

encontrado em Portugal e Espanha Os seus habitats

naturais satildeo os rios e os rios intermitentes

Escalo do Norte

A Truta marisca (Salmo trutta) pode ser

encontrada nos rios da Europa e da Aacutesia Eacute a espeacutecie de

truta mais comum

Truta marisca

A Truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) eacute

originaacuteria dos rios da Ameacuterica do Norte que drenam

para o Oceano Pacifico Actualmente encontra-se

distribuiacuteda por todo o mundo Eacute muito cobiccedilada por

pescadores desportivos por ser muito combatente e

astuta

Truta arco-iris

29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

wwwnaturlinkpt

wwwavesdeportugalinfo

wwwjbutadptptherbariocons_regasp

wwwflickrcomgroupsaves-de-portugal

wwwsantavalhacomFlores-Silvestresslides

wwwbioredept

wwwcm-celoricodabeirapt

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e_15html

httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

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A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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29

Nos anfiacutebios destacam-se a Salamandra (Salamandra gallaica) e o Sapo

comum (Bufo bufo)

Nos reacutepteis existe o Lagarto (Lacerta leacutepida) a cobra de aacutegua (Natrix maura) e a cobra vulgar (Malpolon monspessulanus)

A Boga de boca recta (Chondrostoma polylepis) eacute

uma espeacutecie endeacutemica da Peniacutensula Ibeacuterica No centro

podemos encontraacute-la nas bacias hidrograacuteficas do

Mondego e Alcocirca

Boga de Boca Recta

A Salamandra (Salamandra gallaica) eacute uma das

espeacutecies da salamandra-de-fogo existentes em Portugal

Ocorre tambeacutem na Galiza

Salamandra

O Sapo comum (Bufo bufo) encontra-se

distribuiacutedo por toda a Europa com excepccedilatildeo da Irlanda

e algumas ilhas mediterracircnicas A sua aacuterea de

distribuiccedilatildeo estende-se ateacute Irkutsk na Sibeacuteria a este e

ateacute norte de Aacutefrica a sul nomeadamente nas

montanhas do norte de Marrocos Argeacutelia e Tuniacutesia

Sapo comum

O Lagarto (Lacerta leacutepida) eacute o maior dos lagartos

ibeacutericos em Portugal estaacute presente em todo o territoacuterio

Podemo-lo encontrar em zonas rochosas campos de

cultivo e matagais prefere aacutereas bem expostas ao sol

evitando zonas excessivamente huacutemidas e sombrias

Requer sempre uma certa densidade de vegetaccedilatildeo que

lhe proporciona abrigo em caso de perigo

Lagarto

30

Fontes

Wikipeacutedia

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httpfaunaselvagemdeportugalblogspotcom201011celorico-da-beira-

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A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar

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30

Fontes

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A Cobra drsquoaacutegua (Natrix maura) pode ser

encontrada em Portugal Espanha Franccedila e nordeste

da Itaacutelia e ateacute mesmo para a Suiacuteccedila Encontra-se

tambeacutem para Inglaterra Na Aacutefrica pode ser avistada

em Marrocos no norte da Argeacutelia noroeste da Liacutebia e

do norte para o centro da Tuniacutesia Pode ser encontrada

em rios ou lagos

Cobra d rsquoaacutegua

A Cobra vulgar (Malpolon monspessulanus) distribui-se geograficamente pelo sul da Europa desde a

peniacutensula ibeacuterica aacute aacuterea mediterracircnica de Franccedila e

desde a Istria ateacute ao sul dos Balcatildes meacutedio oriente e

norte de Aacutefrica Vive sobretudo em lugares secos

rochosos e arbustivos em zonas de planiacutecie e de meacutedia

altitude

Cobra vulgar