Desafios e perspectivas da bioética

latino-americana no contexto da

Declaração Universal sobre Bioética

e Direitos Humanos da UNESCO

•VOLNEI GARRAFA – Professor titular e coordenador da Cátedra UNESCO de Bioética da UnB; presidente do Conselho Diretor da Rede Latino-Americana e do Caribe de Bioética da UNESCO – REDBIOÉTICA; vice-presidente da Sociedade Internacional de Bioética (SIBI) - capítulo da América Latina; Editor Chefe da Revista Brasileira de Bioética – RBB.

•www.bioetica.catedraunesco.unb.br bioetica@unb.br e

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Histórico: bioética ou bioéticas?

- A importação (a)crítica de teorias éticas forâneas;

- Bioética principialista anglo-americana e imperialismo moral;

- Contextualização e relativismo moral;

- De uma bioética neutra, descritiva, a uma bioética crítica,

interventiva (protetora?) e socialmente comprometida.

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O novo conceito de bioética para o século

XXI: seu sentido epistemológico e político

AMPLIANDO HORIZONTES

* Secularizada; pluralista; sem absolutos morais;

contextualizada; inter / multi / transdisciplinar;

complexa; dialógica e argumentativa;

* Crítica e socialmente comprometida;

* Mais politizada.

• V Garrafa; M Kottow; A Saada (orgs). Bases conceituais da bioética –

enfoque latino-americano. São Paulo, UNESCO/Global-Gaia, 2006, 284 p.

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-A construção da Declaração: várias versões

• Inicialmente 2004-05 – CIB: biomédica / biotecnológica;

• Carta de Buenos Aires/nov 2005: críticas à versão inicial;

• Reuniões finais Paris:janeiro 2005= CIB e CIGB;

• 6-8 abril e 20-24 junho= experts governamentais 91

países;

•Versão final homologada por unanimidade: 16/10/2005;

• Inclui os campos social, sanitário e ambiental; direitos

humanos como tela de fundo= vitória do Hemisfério Sul.

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A Declaração: não tem caráter legal;

tratando-se do que se denomina de

“normas não vinculantes”, é um

documento internacional de grande força

moral.

Constitui um guia, um roteiro, de construções

legislativas futuras para os países.

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Brasil: Projeto de Lei 6032/2005

• O futuro Conselho Nacional de Bioética;

• Os “vazios” legislativos; exemplo: ausência

injustificada de regulação no campo da reprodução

assistida e novas tecnologias reprodutivas;

• A confusa discussão brasileira sobre a lei de

biossegurança;

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Conclusão:

A bioética como novo instrumento, nova

ferramenta teórico-metodológica, disponível

ao aprimoramento e ampliação dos direitos

humanos universais e da cidadania, influente

na construção de novas agendas afirmativas

e da verdadeira democracia participativa.

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