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Desafios e Estratégias da Logística Sucroenergética em CTT Thiago Guilherme Péra Coordenador ESALQ-LOG VI SEMINÁRIO DE TRANSPORTE E LOGÍSTICA Sertãozinho, 24 de agosto de 2018

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Desafios e Estratégias da Logística Sucroenergética em CTT

Thiago Guilherme PéraCoordenador ESALQ-LOG

VI SEMINÁRIO DE TRANSPORTE E LOGÍSTICA

Sertãozinho, 24 de agosto de 2018

ESALQ-LOG

Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística

Agroindustrial

Sediado na ESALQ/USP em Piracicaba SP

SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE FRETES

SIFRECA

Monitoramento semanal de fretes;

Indicadores de fretes efetivos em todo território nacional;

Informações organizadas por produto e por corredor de

transporte;

Aproximadamente 3.000 informações coletadas

semanalmente.

Artigos Disponíveis no ESALQ-LOG

Volume 1, Setembro de 2017 - Repensando a logística de cana no Brasilprodutividade, modelagem, transporte ferroviário e agricultura digital

Volume 2, maio de 2018 - Impactos dos reajustes dos preços de óleo diesel na logística do agronegócio brasileiro no período de janeiro/2017 a maio/2018

Volume 3, junho de 2018 - Análise dos impactos da medida provisória nº 832 de 2018 na logística do agronegócio brasileiro

Volume 4, junho de 2018 - Pensando a logística do etanol como um combustível nacional

Série – Logística do agronegócio: Oportunidades e Desafios

Disponível gratuitamente em: http://esalqlog.esalq.usp.br/categoria/serie-logistica-do-agronegocio

“ ... planejamento e operações dos sistemas físicos, informacionais, e gerenciais necessários para que

insumos e produtos vençam condicionantes espaciais e

temporais de forma econômica”

Definição de logística

Fonte: Daskin (1985)

“ ... fazer com que as coisas cheguem no lugar certo, na hora certa, em condições adequadas

e que se gaste o menos possível com isso”

Definição de logística

Fonte: Caixeta-Filho (2001)

Relações importantes

Logística

Transporte Armazenagem

Agronegócio

Iniciativa Pública e PrivadaCustos

Riscos/Perdas

Competividade

Agronegócio vs. Logística

Características dos produtos agrícolas

Baixo valor agregado

Grandes volumes e longas distâncias

Sazonalidade

Mercados concorrenciais

Perecibilidade vs. Alto Risco (natureza climática, biológica...)

Agronegócio vs. Logística

Impactos dos custos logísticos no preço de comercialização

Fonte: ESALQ-LOG (2016)

Agronegócio vs. Logística

ATIVIDADES DESCRIÇÃOUSINA TÍPICA

TON DE CANA

PARTICIPAÇÃO CUSTOS

R$ Milhões R$/t %

Transporte cana interno (transporte) 28,6 9,53 7,3%

Transporte cana interno (transbordo) 22,0 7,33 5,6%

Transporte mudas de cana 2,5 0,82 0,6%

Transporte insumos agrícolas 4,0 1,33 1,0%

Transporte diesel 4,3 1,44 1,1%

Transporte máquinas agrícolas 3,0 1,00 0,8%

Transporte funcionários agrícolas 4,0 1,33 1,0%

Transporte vinhaça 2,0 0,67 0,5%

Transporte torta de filtro 0,5 0,15 0,1%

Transporte funcionários industriais e adm 0,7 0,24 0,2%

Estoque (c/armazen.) insumos e peças 2,3 0,78 0,6%

Estoque (c/armazen.) açúcar e etanol 18,0 6,00 4,6%

TOTAL 91,9 30,6 23,3%

Fonte: Banchi (2016), Bertapeli (2014), ESALQ-LOG (2016) e PECEGE (2015) apud XAVIER, C. O. (2016)

Relações importantes

Logística

Transporte Armazenagem

Agronegócio

Iniciativa Pública e PrivadaCustos

Riscos/PerdasGargalos

Transporte

DISPONIBILIDADE E USO DA INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE

Fonte: CNT/ANTT/ESALQ-LOG

Transporte

MATRIZ DE TRANSPORTE NO MUNDO

Fonte: CNT/ANTT/ESALQ-LOG

Fonte: CNT

TRADE-OFFS LOGÍSTICOS

Trade-offs logísticos na cadeia da cana

Tamanho do caminhão

custo do frete por tonelada x tempo

Idade do caminhão

custo de oportunidade x risco de quebra

Garantia de suprimento de cana na fábrica

garantia de cana na fábrica x perda de ATR ou ociosidade de caminhão

Maximizar Colheita

número de comboios de transbordo x custo de colheita

Aumentar volume transportado

cavalo de maior potência x velocidade no transporte

TRADE-OFFS LOGÍSTICOS

Trade-offs logísticos na cadeia sucroenergética (açúcar e etanol)

Multimodalidade

custo do frete por tonelada x tempo x perda

Armazenagem

custo de oportunidade x perdas físicas e econômicas

Período de movimentação

preço de comercialização x custos logísticos

Garantia de custos logísticos

contratos x mercado spot

Como tomar a melhor decisão possível?

MODELAGEM MATEMÁTICA

Estratégico Tático Operacional

Pere

cíve

isN

ão p

erec

ívei

s

Escopo

Agr

icul

tura

Modelagem de apoio à decisão logística

Modelos Determinísticos

Modelos Estocásticos

Modelos Híbridos

Modelos Apoiados em TI

Simulação Heurísticas

Fonte: Adaptado de Ahumada (2009) e Min & Zhou (2002)

Logística do “blá-blá-blá” vs. Modelagem

MODELAGEM MATEMÁTICA

Fonte: Daveport, J.H. (2007) apud Barbieri, C.B. (2012)

MODELAGEM MATEMÁTICA

Modelo de mínimo custo de transporte

T1

T1

T3

U1

U2

U3

Talhões Usinas

Qual usina deve exportar açúcar por qual terminal ferroviário e portuário?

Qual talhão de cana-de-açúcar deve abastecer qual usina?

MODELAGEM MATEMÁTICA

Modelo de mínimo custo de transporte

Onde:

Xij é o fluxo de transporte do ponto

originador i de carga e o destino j Cij é o custo de transporte unitário da

carga do ponto originador i até o destino j OFERTAi é a oferta disponível de carga no ponto originador i DEMANDAj é a demanda de carga do

destino j

Min Cij Xij

n

j=1

m

i=1

SUJEITO À:

Xij

n

j=1

≤ OFERTAi , para i = 1, . . . , m

Xij

m

i=1

≥ DEMANDAj , para j = 1, . . . , n

Xij ≥ 0 , para i = 1, … , m e j = 1, … . , n

CUSTOS DE TRANSPORTEQUAIS FATORES AFETAM O CUSTO DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO?

Custos Fixos

Depreciação

Remuneração do Capital

IPVA

Seguro

Custos Variáveis

Pneu e Recapagem

Óleo

Manutenção

Combustível

Lubrificação e Lavagem

Salário**

CUSTOS DE TRANSPORTEQUAIS FATORES AFETAM O CUSTO DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO?

Rendimento Combustível (ida e volta)

Velocidade (ida e volta)

Distância

Tempo de carregamento e descarreg.

Tempo de ociosidade

Taxa de ocupação do veículo

CUSTOS DE TRANSPORTEComposição do custo de transporte (Bitrem 37 t x 390 km)

Custos Variáveis

52,6 %

Custos Fixos

47,4 %

4,37%

6,71%

11,60%

29,38%

Lavagem/lubrificação

Pneu

Manutenção

Combustível

Fonte: ESALQ-LOG (2016)

6,56%

8,64%

14,56%

16,02%

Depreciação

Seguro

Custo de Capital

Mão-de-obra

1,66%IPVA/Seguro…

Fonte: dados de julho/17 - ESALQ-LOG (2017)

CUSTOS DE TRANSPORTEComposição do custo de transporte (Rodotrem Convencional 48t x 20 km)

Custos Variáveis

16,13 %

Custos Fixos

83,87 %

0,53%

1,93%

13,66%

Manutenção, lubrificação e

lavagem

Pneu

Combustível

1,16%

1,69%

23,37%

57,65%

IPVA/Taxas

Seguro

Custo de Capitale Depreciação

Mão-de-obra

Fonte: dados de julho/17 - ESALQ-LOG (2017) e BRANCO, J.E.H. (2017)

CUSTOS DE TRANSPORTE

Fonte: ESALQ-LOG (2016)

Análise de Sensibilidade de Produtividade (R$/t de cana): transporte de cana (Rodotrem, 48t)

Parâmetro de Produtividade UnidadeVariação marginal

(Δ)

Distância (km)

10 20 30 40

Preço do combustível R$/litro - R$ 0,10/litro- R$ 0,04

(-0,26%)

- R$ 0,08

(-0,43%)

- R$ 0,13

(-0,55%)

- R$ 0,17

(-0,64%)

Rendimento de combustível Km/litro + 0,1 km/litro- R$ 0,12

(-0,75%)

- R$ 0,24

(-1,24%)

- R$ 0,36

(-1,59%)

- R$ 0,48

(-1,86%)

Velocidade Km/hora + 0,1 km/hora- R$ 0,06

(-0,34%)

- R$ -0,11

(-0,57%)

- R$ 0,17

(-0,73%)

- R$ 0,22

(-0,85%)

Tempo de carregamento e

descarregamentoHora - 1 hora

- R$ 2,59

(-15,93%)

- R$ 2,59

(-13,24%)

- R$ 2,59

(-11,33%)

- R$ 2,59

(-9,90%)

Tempo de ociosidade Hora - 1 hora- R$ 2,59

(-15,93%)

- R$ 2,59

(-13,24%)

- R$ 2,59

(-11,33%)

- R$ 2,59

(-9,90%)

Taxa de ocupação Tonelada + 1 tonelada- R$ 0,33

(-2,04%)

- R$ 0,40

(-2,04%)

- R$ 0,47

(-2,04%)

- R$ 0,53

(-2,04%)

Distância Km - 1 km-R$ 0,33

(-2,03%)

- R$ 0,33

(-1,69%)

- R$ 0,33

(-1,45%)

- R$ 0,33

(-1,26%)

CUSTOS DE TRANSPORTE

Fonte: ESALQ-LOG (2016)

Análise de Sensibilidade de Produtividade: transporte de cana (Rodotrem, 48t), Raio médio de 20 km para 1 milhão de toneladas

Parâmetro de Produtividade UnidadeVariação

marginal (Δ)

Ganho

Econômico (R$)

Preço do combustível R$/litro - R$ 0,10/litro R$ 83,3 mil

Rendimento de combustível Km/litro + 0,1 km/litro R$ 242,4 mil

Velocidade Km/hora +0,1 km/hora R$ 111,2 mil

Tempo de carregamento e

descarregamentoHora - 1 hora R$ 2,585 milhões

Tempo de ociosidade Hora - 1 hora R$ 2,585 milhões

Taxa de ocupação Tonelada +1 tonelada R$ 400,0 mil

Distância Km -1 km R$ 329,8 mil

CUSTOS DE TRANSPORTE

Fonte: ESALQ-LOG (2016)

Análise de Sensibilidade de Produtividade: transporte de açúcar (Bitrem, 37t)

Parâmetro de Produtividade UnidadeVariação marginal

(Δ)

Distância (km)

100 390 500

Preço do combustível R$/litro - R$ 0,10 / litro- R$ 0,20

(-0,59%)

- R$ 0,78

(-0,87%)

- R$ 1,00

(-0,91%)

Rendimento de combustível Km/litro + 0,1 km/litro- R$ 0,24

(-0,24%)

- R$ 0,94

(-1,05%)

- R$ 1,20

(-1,09%)

Velocidade Km/hora + 0,1 km/hora- R$ 0,11

(-0,32%)

- R$ -0,43

(-0,43%)

- R$ 0,55

(-0,55%)

Tempo de carregamento e

descarregamentoHora - 1 hora

- R$ 2,17

(-6,35%)

- R$ 2,17

(-2,43%)

- R$ 2,17

(-1,97%)

Tempo de ociosidade Hora - 1 hora- R$ 2,17

(-6,35%)

- R$ 2,17

(-2,43%)

- R$ 2,17

(-1,97%)

Taxa de ocupação Tonelada + 1 tonelada- R$ 0,90

(-2,63%)

- R$ 0,90

(-2,63%)

- R$ 0,90

(-2,63%)

CUSTOS DE TRANSPORTE

Fonte: ESALQ-LOG (2016)

Análise de Sensibilidade de Produtividade: transporte de açúcar (Bitrem, 37t), distância de 390 para 100 mil toneladas

Parâmetro de Produtividade UnidadeVariação

marginal (Δ)

Ganho

Econômico (R$)

Preço do combustível R$/litro - R$ 0,10/litro R$ 78,0 mil

Rendimento de combustível Km/litro + 0,1 km/litro R$ 94,0 mil

Velocidade Km/hora +0,1 km/hora R$ 43,0 mil

Tempo de carregamento e

descarregamentoHora - 1 hora R$ 217,0 mil

Tempo de ociosidade Hora - 1 hora R$ 217,0 mil

Taxa de ocupação Tonelada +1 tonelada R$ 90,0 mil

CUSTOS DE TRANSPORTE

Fonte: ESALQ-LOG (2016)

2,50

2,70

2,90

3,10

3,30

3,50

3,70

3,90

jan/

17

fev/

17

mar

/17

abr/

17

mai

/17

jun/

17

jul/

17

ago/

17

set/

17

out/

17

nov/

17

dez/

17

jan/

18

fev/

18

mar

/18

abr/

18

mai

/18

Preç

o do

die

sel (

R$/

l)

Mato Grosso São Paulo Paraná

Variação do Preço do Óleo Diesel – Jan/17 – Maio/18

CUSTOS DE TRANSPORTE

Fonte: ESALQ-LOG (2016)

Impacto da Variação do Preço do Óleo Diesel – Jan/17 – Maio/18

R$ 2,14 / tR$ 2,92 / t

R$ 9,05 / t

R$ 6,74 / t

R$ 2,79 / t

R$ 0,60 / t

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

9,00

10,00

Açúcar: Ribeirão Preto (SP) -Santos (SP)

Grãos: Sorriso (MT) -

Rondonópolis (MT)

Grãos: Sorriso (MT) - Santos

(SP)

Grãos: Sorriso (MT) - Itaituba

(PA)

Grãos: Toledo (PR) - Paranaguá

(PR)

Cana: SP (raio médio de 30 km)

Imp

act

o d

o P

reço

do

Die

sel

no

Cu

sto

de

Tra

nsp

ort

e (

R$

/t)

ESTRATÉGIAS ASSOCIADAS À BOA LOGÍSTICA

ESTRATÉGIAS ASSOCIADAS À BOA LOGÍSTICA

Economia de Escala

Economia de Escopo

Fundamentais para a logística!

CUSTOS DE TRANSPORTE

Fonte: ESALQ-LOG (2016)

Economia de Escala no Transporte de Cana: Mudanças no tipo de caminhão

Resolução 640 Contram: Combinação de veículos de carga (CVC) c/ PBTC igual ou inferior a 91 toneladas

CUSTOS DE TRANSPORTE

Fonte: ESALQ-LOG (2016)

Economia de Escala no Transporte de Produto Acabado: Mudanças no tipo de caminhão

ECONOMIAS DE ESCOPO

Operações de fretes de retorno

OTIMIZAÇÃO DO CCT DE CANA: Plano diretor de logística

ObservaçãoFrequênci

a

Voçoroca 13%

Mata-burro 12%

Restrição de tráfego

urbano12%

Difícil trafegabilidade 11%

Pontos com acúmulo de

água10%

Aclive acentuado 9%

Ponte com defeito 8%

Buracos 7%

Cruzamento 4%

Atolamento 4%

Declive acentuado 4%

Passagem de gado 3%

Tráfego intenso 1%

Estrada funda 1%

Curvas acentuadas 1%

Diagnóstico das vias da logística de cana-de-açúcarDistribuições das vias

Distribuições das vias (cultura)

Qualidade da via por cultura

Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (ESALQ-LOG)

OTIMIZAÇÃO DO CCT DE CANA: Plano diretor de logística

Diagnóstico das vias da logística de cana-de-açúcar

OTIMIZAÇÃO DO CCT DE CANA: Plano diretor de logística

Diagnóstico das vias da logística de cana-de-açúcar

Estimativa do benefício trazido pela modificação da condição da viaGanho de eficiência no uso do equipamento

Nota: O ganho de redução de frota é mensurado pela redução do tempo de viagem do transporte de cana, variável em função da velocidade determinada pelo tipo de via

Pavimento Inicial

Pavimento Final

Redução de frota Redução de custos

Terra ruim Terra boa 21% 15%

Terra ruim Asfalto 32% 25%

Terra boa Asfalto 15% 11%

Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (ESALQ-LOG)

OTIMIZAÇÃO DO CCT DE CANA: Pátios

Desequilíbrio entre disponibilidade de conjuntotransbordo para atender a demanda da colhedorano campo: ineficiência (parada) e custos.

Solução: Localização de pátios para fornecimentode conjuntos transbordos visando minimizar horasparadas da colhedora em situações emergências.

OTIMIZAÇÃO DO CCT DE CANA: Pátios

MIN DISTij Xij

ji

Sujeito à:

Xij

i

≥ Minínimo Pátios , ∀ j

Xij

i

≥ m Bj , ∀j

Bj

j

= número pátios

Xij ∈ 0,1

Bj ∈ Z +

FC1

FC2

FC4

FC3 FC5

B1

B2

B3Potenciais Locais de Pátios

Frentes de Colheita

Transporte Ferroviário para Cana-de-Açúcar???

Inovação tecnológica!

Transporte Ferroviário de Cana-de-Açúcar na região de Piracicaba no Século XIX

Fonte: Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba (IHGP, s/d), fornecido por Vencovsky, V. P. (2017)

TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CANA

Fonte: Canadian TV series Megatrains apud Geoff Kent (2017)

TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CANA

Modelo Australiano do Transporte Ferroviário de Cana

Bins são usados como “vagões” e também comotransbordos (“armazéns”) – mais baratos do quevagões.

Capacidade de transporte decana por bin: 4 a 10 toneladas

Fonte: Geoff Kent (2017)

TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CANA

Modelo Australiano do Transporte Ferroviário de Cana

18 das 24 usinas usam a ferrovia para o transporte de cana

Aproximadamente 4.000 km de ferrovia:

• Trajeto mais longo: 119 km

• Trajeto médio entre 13 e 35 km

Composição: 250 locomotivas e 52 mil bins

Bitola típica: 0,61 metro

Capacidade de transporte da composição ferroviária: 1000 – 1500toneladas (1 locomotiva + 10 a 15 bins) – de 20 a 38 rodotrens porviagem

Custo de construção: US$ 300 mil a US$ 500 mil por km Fonte: Geoff Kent (2017)

TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CANA

TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CANA

E no Brasil, é possível?

Fonte: GISMAPS (2017) e ESALQ-LOG (2017)

FATORES QUE IMPULSIONAM A LOGÍSTICA FERROVIÁRIA

• Aumento no preço do óleo diesel• Maior fiscalização das balanças• Redução da capacidade do veículo de transporte• Nova Política Nacional de Biocombustíveis• Busca da maior segurança viária

CAMINHOS POSSÍVEIS PARA REDUÇÃO DOS CUSTOS

Eficiência operacional

Organização (tomadas de decisão)

Investimento em Pessoas (Treinamento, Plano de Carreira)

Comunicação (Integração Colheita-Industria-Planejamento-Logística)

Benchmark e Indicadores de Desempenho

Sincronia das atividades, processos e opera~çoes

Planejamento Integrado (Sales & Operations Planning)

Soluções tecnológicas

Sales and Operations Planning (S&OP)

É um processo de tomadas de decisão que visa balancear oferta e demanda, além de integrar o plano financeiro e o plano operacional, conectando o

plano estratégico ao dia-a-dia operacional

S&OP

• Ferramenta de gestão integrada que vem sendo adotado por

grandes empresas;

• Direciona a execução eficaz do planejamento estratégico;

• Propicia maior flexibilidade e responsividade da cadeia de

suprimento;

• Permite melhor ajuste e alinhamento das operações ao plano

de vendas;

• Favorece a integração das atividades core do negócio;

• Conduz a gestão logística a níveis de excelência.

Planejamento de Demanda

Planejamento de Oferta

Cenários Possíveis

Reunião S&OP

Fontes: Steelwedge (2017) & Branco, J.E.H (2017) apud Gameiro, A.H. (2017)

VANTAGENS DA MODELAGEMPossibilidade de integração de áreas distintas tais como:

Planejamento de escolha de áreas de plantio

Planejamento colheita e da movimentação da frentes de corte, levando em consideração a capacidade de moagem das usinas e capacidade de colheita das máquinas

Planejamento do plano diretor viário

Planejamento dos fluxos de entrega de matéria-prima às indústrias

Dimensionamento das demandas por maquinaria de corte, carregamento e transporte

MAXIMIZAR OU MINIMIZAR?

Modelos matemáticos são ferramentas poderosaspara tomadas de decisão

Há uma série de problemas simples esperandosoluções simples, que ainda não foram solucionados

Desconfie de “caixas-pretas”

Garbage in, garbage out...

VI SEMINÁRIO DE TRANSPORTE E LOGÍSTICA

Obrigado!

Thiago Guilherme PéraEmail: [email protected]

Telefone: 19-3429-4580