desafio da qualidade e produtividade no setor público ... · recursos, com a melhoria da qualidade...

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1 Desafio da qualidade e produtividade no setor público brasileiro FNQ - Reunião do Conselho Curador São Paulo, 26 de agosto de 2010 Luciano Coutinho

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1

Desafio da qualidade e produtividade no

setor público brasileiro

FNQ - Reunião do Conselho Curador

São Paulo, 26 de agosto de 2010

Luciano Coutinho

2

�Apenas as exportações ainda estão abaixo do nível pré-crise

Fonte: IBGE. Elaboração APE/BNDES

107,4

100,4

103,7

94,4

75

80

85

90

95

100

105

110

T3-2008 T4-2008 T1-2009 T2-2009 T3-2009 T4-2009 T1-2010

Consumo das Famílias FBKF PIB Exportações

EvoluEvoluçção PIB e componentes (Base 100 = 3ão PIB e componentes (Base 100 = 3ºº trim/2008trim/2008))

Brasil retomou o ciclo de crescimento

sustentado pela expansão dos investimentos

3

Produção industrial retomou os níveis pré-crise

Fonte: IBGE e FGV. Elaboração APE/BNDES

� Produção de BK vem liderando o desempenho mais recente da indústria, auxiliando a manter a utilização da capacidade em nível confortável.

ProduProduçção Industrial e ão Industrial e NUCINUCI (taxa de (taxa de

crescimento em % crescimento em % acumacum. em 12m). em 12m)ProduProduçção Industrial de ão Industrial de BKBK

((mar/09mar/09 = 100)= 100)

-12

-8

-4

0

4

8

12

jan/0

6

mai

/06

set/

06

jan/0

7

mai

/07

set/

07

jan/0

8

mai

/08

set/

08

jan/0

9

mai

/09

set/

09

jan/1

0

mai

/10

Var

% d

a P

rod

. In

du

stri

al

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

Var %

do

NU

CI FG

V

Produção Industrial NUCI FGV

139,5

10095

100

105

110

115

120

125

130

135

140

145

jan/0

9

fev/

09

mar

/09

abr/

09

mai

/09

jun/0

9

jul/

09

ago/0

9

set/

09

out/

09

nov/

09

dez

/09

jan/1

0

fev/

10

mar

/10

abr/

10

mai

/10

jun/1

0

jul/

10

4

Projeção: Taxa de Investimento pode atingir

22,2% em 2014

Brasil: Taxa de Investimento Brasil: Taxa de Investimento

(em % do PIB)(em % do PIB)

14,7%15,3%

17,3%

18,7%

16,8%

19,0%19,7%

20,4%

22,2%21,4%

10%

12%

14%

16%

18%

20%

22%

24%

26%

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Projeções

Fonte: IBGE. Projeções: APE

5

O setor públicoQualidade e produtividade

�O desempenho econômico do país está diretamente relacionado a:

�Aumento da poupança do setor público;

�Avanços qualitativos na Gestão Macroeconômica;

�Melhoria da qualidade dos serviços públicos e

correspondentes ganhos sociais;

�Contribuição à competitividade do país;

�Gestão eficiente dos recursos públicos: visão de longo prazo,

capacidade de planejar e alocar prioridades.

6

Composição das despesas primárias do

governo central

COMPOSIÇÃO em % 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*

CUSTEIO 20,3 20,6 20,4 21,6 20,3 20,5 18,9 18,4 19,6

INVESTIMENTO 5,3 2,0 3,0 2,9 3,8 4,2 5,2 5,6 6,5

PESSOAL & ENCARGOS SOCIAIS 30,6 29,5 27,6 26,2 26,2 25,5 26,3 26,5 25,5

TRANSF. RENDA** 43,8 47,9 48,9 49,2 49,7 49,7 49,6 49,4 48,5

TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

DESP. PRIMÁRIA 84,7 71,8 79,2 73,2 76,2 79,3 83,8 79,3 82,7

DESP. JUROS*** 15,3 28,2 20,8 26,8 23,8 20,7 16,2 20,7 17,3

TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

DESPESA PRIMÁRIA

DESPESA TOTAL

* 12 meses até Jun/10** Compreende gastos com: benefícios previdenciários, abono, seguro desemprego, benefícios assistenciais (LOAS e RMV) e bolsa-família.*** Abaixo da linha com desvalorização cambial, exceto 2010 quando o BCB deixou de publicar a estatística; para este ano adotou-se o conceito abaixo da linha sem desvalorização cambial.Fonte: MF/STN

�As transferências de renda representam a maior parte das despesas primárias e o investimento apresenta trajetória crescente.

7

Despesas primárias (% PIB)Gastos com pessoal estáveis no período

4,74,84,44,44,54,34,34,5

4,8

9,09,08,2

8,58,48,1

7,67,26,9

1,21,00,90,70,60,50,50,30,8

3,63,43,13,53,43,53,23,13,2

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*

Pessoal e encargos Transf. de Renda** Investimentos Custeio

*/ Acumulado em 12 meses até Jun/10**/ Compreende gastos com: benefícios previdenciários, abono, seguro desemprego, benefícios assistenciais (LOAS e RMV) e bolsa-família.Fonte: STN/MF

8

Gastos com juros da dívida são declinantes, mas

ainda elevados

6,8

5,24,6

7,0

8,2

6,6 6,7

7,6

8,5

6,67,3

6,86,1

5,5 5,4 5,2

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*

Fontes: Economist Intelligence Unit e Ministério da Fazensa*Estimativas do governo

Queda de 39%

EvoluEvoluççãoão do do pagamentopagamento de de jurosjuros dada ddíívidavida ppúúblicablica (% (% PIBPIB))

9Fonte: MF/STN e MDS. Elaboração: MF/SPE */ Acumulado 12 meses até Jun/10

6,57 8,70

10,97 11,04 10,56

12,49 12,650,30% 0,31%0,34% 0,34% 0,36%

0,38% 0,38%

0,00%

0,10%

0,20%

0,30%

0,40%

-

3

6

9

12

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*

% do PIBMilhões Quantidade de Famílias

Quantidade de Famílias Gasto Total (em % do PIB)

Avanço dos gastos sociais…

EvoluEvoluççãoão do do BolsaBolsa FamFamíílialia

10

1,1 1,2 1,01,4

1,10,6 0,6 0,8 0,9

0,5 0,6 0,8 0,90,4 0,4 0,5 0,7 0,8 0,9 1,1 1,2

1,51,8

1,8

1,6

1,3

1,6 1,51,5 1,3

0,8 0,80,9

1,1

1,1 1,0 1,01,0

1,11,4

1,92,2

3,3 3,43,6

3,84,0

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

*20

12*

2013

*20

14*

2015

*

EstimativasEmpresas EstataisUnião

… e do investimento público …

InvestimentoInvestimento PPúúblicoblico (% (% PIBPIB))

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... com relativa estabilidade dos gastos com o

custeio da máquina pública.

*Não inclui transferências para Estados e Municípios, apenas gasto próprio**preços de junho de 2010 (IPCA).Fonte: SIAFI e Ministério da Fazenda.

IndicadorIndicador de de produtividadeprodutividade do do consumoconsumo governamentalgovernamental (R$ (R$ bilhõesbilhões e %)*e %)*

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Os avanços na qualidade do gasto público deverão

ser acompanhados por uma redução do déficit...

-4,4-5,1

-2,8-3,4 -3,5

-2,7

-1,9 -1,9

-1,0

-3,3

0,0

-0,3-0,5

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 2011* 2012* 2013* 2014*

Superávit Primário de 3.3% do PIB*Estimativas - Ministério da Fazenda

Fonte: Banco Central

DDééficitficit Nominal do Nominal do SetorSetor PPúúblicoblico consolidadeconsolidade (% (% PIBPIB))

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... queda da dívida pública

41,7

48,7 48,852,6

60,6

54,950,6

48,2 47,0 45,1

38,442,8

39,636,8

33,830,9

27,8

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 2011* 2012* 2013* 2014*

Superávit Primário de3,3% do PIB

DDíívida Lvida Lííquida do Setor Pquida do Setor Púúblico (% do PIB)blico (% do PIB)

* Estimativas do Governo (julho/2010)

Fonte: Banco Central e Ministério da Fazenda

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Apoio do BNDES à melhoria da gestão públicaPrograma de Modernização da Administração Estadual (PMAE)

� OBJETIVO: Melhoria da qualidade de gestão dos estados, do ambiente de negócios, e da gestão fiscal, financeira e patrimonial.

Desembolsos Desembolsos PMAEPMAE (R$ milhão)(R$ milhão)

10,1

29,124,8

41,7

2008 2009 2010(até jul) Ult. 12 meses

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Apoio do BNDES à melhoria da gestão públicaPrograma de Modernização da Administração Tributária (PMAT)

� OBJETIVO: Modernização da administração tributária e melhoria da qualidade do gasto público visando proporcionar uma gestão eficiente de recursos, com a melhoria da qualidade e a redução do custo na prestação de serviços de administração geral, saúde e educação.

Desembolsos de R$ 605 mi (1998/2010)

366 prefeituras atendidas

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Conclusões

� É fundamental ampliar a eficiência do investimento do governo para garantir a provisão e a qualidade dos serviços públicos, além da competitividade do país;

� Expandir, com foco, os gastos sociais de alto impacto positivo para melhorar a educação e a qualidade de vida;

� Investir firmemente em aperfeiçoamento da gestão pública nos estados e municípios;

� Aumentar a qualidade e a produtividade do setor público é essencial para reduzir gradualmente o peso dos gastos com pessoal e custeio � Importância dos investimentos em TI e treinamento;

� Redução dos juros da dívida pública permitirá uma realocação de recursos para rubricas prioritárias e abrirá espaço para a reforma tributária.

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