depressÃo

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DEPRESSO

Salmo 42: 1-11DEPRESSO

Garanto que no sei por que estou triste;A tristeza me cansa, como a vs;Mas como a apanhei ou contra,Do que feita, ou do que ter nascido, ainda no sei.A tristeza me fez um tolo tal,Que difcil at saber quem sou.

Ato I, cena I de O mercador de Veneza de William Shakespeare

Noite estrelada Vincent Van Gogh - 1889

O RELATO COMOVENTE DE ALGUM COM DEPRESSOTornar-se deprimido como ficar cego, a escurido no incio gradual, acaba englobando tudo; como ficar surdo, ouvindo cada vez menos at que um silncio terrvel o envolve, at que voc mesmo no pode fazer qualquer som para quebrar o silncio. como sentir sua roupa lentamente se transformando em madeira, uma rigidez nos cotovelos e joelhos progredindo para um terrvel peso e uma imobilidade isolante que vai atrofi-lo e, dentro de algum tempo, destru-lo. (Solomon, p.48)

A DEPRESSO UMA ENFERMIDADEDe acordo com a Organizao Mundial de Sade (OMS) a depresso uma doena que se caracteriza pela tristeza persistente, perda de interesse em atividades que normalmente eram prazerosas e incapacidade de realizar atividades dirias durante pelo menos duas semanas. A pessoa com depresso ainda apresenta sintomas como perda de energia, mudanas de apetite, excesso ou falta de sono, ansiedade, diminuio de concentrao, indeciso, inquietao, sentimentos de inutilidade, culpa, desesperana, pensamentos de auto-agresso e suicdio.

A DEPRESSO UMA ENFERMIDADEA depresso afeta pessoas de todas a idades, condies sociais e pases. Gera sofrimento psicolgico e afeta a capacidade para realizar at mesmo as mais simples tarefas dirias, o que s vezes tem efeitos adversos sobre relaes com a famlia e amigos e a capacidade de ganhar a vida. Pode ainda levar ao suicdio, que atualmente a segunda principal causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos de idade no mundo todo.

E POR FALAR EM DEPRESSOSegundo pesquisa recente, cerca de 3% dos norte-americanos uns 19 milhes sofrem de depresso crnica. Mais de 2 milhes deles so crianas. A doena manaco-depressiva, geralmente chamada de doena bipolar porque o estado de esprito de suas vtimas varia da mania depresso, aflige cerca de 2,3 milhes e a segunda que mais vitimiza mulheres jovens, e a terceira que mais vitimiza homens jovens.

E POR FALAR EM DEPRESSO - continuaoA depresso como descrita no DSM-IV* a principal causa de incapacitao nos Estados Unidos e no exterior para pessoas acima de cinco anos de idade. Mundialmente, inclusive nos pases em desenvolvimento, a depresso responde pela maior parte do conjunto de doenas, calculado segundo mortes prematuras somadas a anos-vida saudveis perdidos para a incapacidade, do que qualquer outra doena, exceto as cardacas.* DSM-IV = Manual Diagnstico e Estatstico de Transtornos Mentais da Associao americana de Psiquiatria

E POR FALAR EM DEPRESSO - continuaoA depresso ceifa mais anos do que a guerra, o cncer e a AIDS juntos. Outras doenas, do alcoolismo aos males do corao, mascaram a depresso quando esta a causa; se levarmos isso em considerao, a depresso pode ser a maior assassina do mundo. (Solomon, p. 24).

E POR FALAR EM DEPRESSO - continuaoDe acordo com a Revista do aluno (p.28), mais de 300 milhes de pessoas sofrem de depresso no mundo.Ainda de acordo com a Revista do aluno (p.28), no Brasil so mais de 10 milhes.Em 24/02/2017 o Jornal da Cultura apresentou uma reportagem com a seguinte chamada: Pesquisa da OMS indica que o Brasil tem o maior nmero de pessoas com depresso na Amrica Latina.

CAUSAS DA DEPRESSO preciso ressaltar que as pessoas so diferentes (fisicamente e emocionalmente) e reagem de diversas maneiras diante das situaes descritas abaixo:Nas mulheres, o perodo pr-menstrual e perodo ps-parto;Doenas diversas;Morte de pessoas queridas;Divrcio traumtico;Desemprego e problemas financeiros; Experincias traumticas na infncia;Uso de drogas e bebidas;Pecado no confessado;Desequilbrio funcional dos neurotransmissores;Alterao dos nveis de serotonina.

A HISTRIA DA DEPRESSO NO OCIDENTEDe Hipcrates aos nossos dias

Atualmente a depresso vista como uma doena moderna, mas isso no verdade. Perda de energia, mudanas de apetite, excesso ou falta de sono, ansiedade, diminuio de concentrao, indeciso, inquietao, sentimentos de inutilidade, culpa, desesperana, pensamentos de auto-agresso e suicdio, so to antigos quanto a Histria humana.

A histria da depresso no Ocidente pode ser dividida em seis fases:Mundo antigoIdade MdiaRenascimentoSculos XVII, XVIII e XIXSculo XXSculo XXI

MUNDO ANTIGOHipcrates (mdico grego que viveu no final do sculo V a.C., conhecido como Pai da medicina) declarava ser a depresso uma doena essencialmente cerebral, que deveria ser tratada com remdios orais (viso semelhante da atualidade).

IDADE MDIAA depresso era vista como castigo de DEUS e que o depressivo estava excludo do conhecimento da salvao divina. Os depressivos eram tratados como infiis e tornaram-se alvos de preconceito.Na poca da Inquisio, no sculo XIII, alguns depressivos eram multados ou aprisionados por seu pecado. (Solomon, p.280)

RENASCIMENTOA depresso era vista com certo romantismo, ou seja, a depresso era vista como uma caracterstica de gnios melanclicos e de artistas que possuam almas complexas.

SCULOS XVII, XVIII E XIXNeste perodo tem incio a era da cincia, com experimentos que buscavam determinar a composio e a funo do crebro e elaborar estratgias em busca da cura da depresso. O termo depresso entrou em uso comum em meados do sculo XIX.

SCULO XXCom Sigmund Freud e Karl Abraham, cujas ideias psicanalticas da mente e do eu nos deram boa parte do vocabulrio ainda em uso para descrever a depresso e suas origens. Durante todo o sculo XX, grandes laboratrios estadunidenses e europeus trabalharam na pesquisa e produo de antidepressivos.

SCULO XXINeste incio do sculo XXI, a busca pelo tratamento e cura da depresso inclui pesquisas de grandes laboratrios e cientistas para a produo de antidepressivos. Inclui ainda o desenvolvimento de psicoterapias mais sofisticadas.No entanto, a depresso uma enfermidade complexa e ainda requer muitos investimentos em pesquisa.

O avano da cincia na produo de antidepressivos e outros medicamentos, trouxe um efeito colateral: a medicalizao da sociedade.Na busca intensa de acabar com as dores e sofrimentos, a sociedade est sendo movida a remdios controlados.Muitas pessoas esto consumindo remdios controlados sem orientao mdica. Assim sendo, vo buscar esses remdios no mercado negro de medicamentos e no cibertrfico. A compra e venda de medicamentos sem receita crime e traz srios riscos sade.

De acordo com o site UOL, 21% dos vestibulandos usam algum tipo de remdio, como medicamentos para TDAH (Transtorno de Dficit de Ateno e Hiperatividade), transtornos do sono ou antidepressivos. http://tab.uol.com.br/ritalina-vestibular#vao-roubar-sua-vaga acessado em 27/03/2017

Um dos antidepressivos mais utilizados na atualidade a FLUOXETINA. A FLUOXETINA o princpio ativo de dois medicamentos bastante populares: o PROZAC e o DAFORIN.

A DEPRESSO NA BBLIAAna, Davi e Elias

ANA (I SAMUEL 1:1-18)O texto descreve a tristeza profunda sentida por Ana, pois no podia engravidar. Ana tambm sofria presso psicolgica por parte de Penina, a outra esposa de seu marido.O Sacerdote Eli, infelizmente, agiu como muitos de ns: a julgou sem saber o que realmente estava acontecendo.(v.14)

DAVI (II SAMUEL 12:15-25)O texto relata a profunda tristeza que Davi sentiu quando o profeta Nat lhe mostrou a gravidade do pecado cometido em relao a Urias, o Heteu.O texto relata ainda, a profunda tristeza de Davi diante da doena e morte de seu filho nascido de seu relacionamento adltero com Bete-Seba.Nos Salmos 32, 38 e 51 Davi derrama toda a sua tristeza diante do Senhor e confessa os seus pecados.

ELIAS (I REIS 19:1-18)O texto relata o esgotamento fsico, emocional e espiritual do profeta Elias.Depois de enfrentar os 450 profetas de Baal, Elias jurado de morte por Jezabel.Diante da ameaa de Jezabel, Elias foge e mergulha em grande tristeza, a ponto de pedir para si a morte. (v.4)

UMA PALAVRA PARA A IGREJAS tu uma bno!

UMA PALAVRA PARA A IGREJAQuando um crente percebe que est entrando em depresso, logo aparecem os doutores para dar receitas de cura, ou os advogados que montam os processos, geralmente contra o indivduo, julgando as causas daquela situao. Na vida desse cristo comea a procura por pecados encobertos, a nsia por uma f gigantesca e a busca desesperada por um momento de trgua daquela angstia to profunda. (Revista do aluno, p. 27)

UMA PALAVRA PARA A IGREJAA depresso tem sido tratada de forma equivocada no meio evanglico. Dois pregadores estadunidenses tm influenciado o meio evanglico com suas ideias sobre depresso.

UMA PALAVRA PARA A IGREJA

UMA PALAVRA PARA A IGREJAA depresso uma doena gravssima, que precisa de tratamento e de mdicos e cuidados especiais. (Rev. Hernandes Dias Lopes)O deprimido precisa de algum para poder abrir o corao; precisa de um ombro amigo.A Igreja tem que ser um lugar de cura, de comunho, de desabafo e restaurao.Igreja, S tu uma bno! (Gnesis12:2b)

07 DE ABRIL DE 2017 DIA MUNDIAL DA SADE - VAMOS FALAR SOBRE DEPRESSONo Dia Mundial da Sade, 7 de abril, comemora-se a fundao da Organizao Mundial de Sade (OMS). A data ser uma excelente oportunidade para mobilizar aes em torno do problema da depresso. Vamos usar nossas redes sociais para divulgar a campanha VAMOS FALAR SOBRE DEPRESSO. A Internet como instrumento de bno.

LINKSNavegar preciso

http://cvv141.blogspot.com.br/2017/01/dia-mundial-da-saude-de-2017-vamos.html

Blog do Centro de Valorizao da Vida (CVV), com a campanha VAMOS FALAR SOBRE DEPRESSO. Ao lado direito da pgina, encontram-se postagens sobre Depresso, Depresso masculina, Depresso ps parto, Perdas, Suicdio, entre outros assuntos.

www.cppc.org.br

Site do Corpo de Psiclogos e Psiquiatras Cristos. Valorize os profissionais cristos da rea de Psicologia e Psiquiatria.

A edio n 56 da Revista PSICOTEO, do segundo semestre de 2015, traz a matria de capa Melancolia, depresso e medo.E pode ser conferida no site do Corpo de Psiclogos e Psiquiatras Cristos.

www.setembroamarelo.org.br

Site da campanha SETEMBRO AMARELO sobre a preveno contra o suicdio.

BIBLIOGRAFIABblia de Estudo de Genebra. Cultura Crist e Sociedade Bblica do Brasil, So Paulo e Barueri, 1999.Solomon, Andrew. O demnio do meio-dia uma anatomia da depresso; traduzido por Myriam Campello; Companhia das Letras, So Paulo, 2014.

VDEOSDesmistificando o problema da depresso, Hernandes Dias Lopes, no Canal no Youtube Percival Vieira.Depresso, o crcere da alma, Hernandes Dias Lopes, no Canal no Youtube Gleybs Sena.Depresso, uma doena que inspira cuidado, Hernandes Dias Lopes, no Canal no Youtube Programa verdade e vida.Jornal da Cultura do dia 24/02/2017, reportagem sobre Depresso, no Canal do Jornal da Cultura no Youtube.Epidemia de depresso, Jair Mari, no Canal no Youtube Casa do saber.A diferena entre tristeza e depresso, Jair Mari, no Canal no Youtube Casa do saber.

PRODUZIDO POR:Zilrene Alcantara Miguel, com base na Revista Questes e conflitos da vida, lio 5 Depresso - da editora Crist Evanglica.Igreja Presbiteriana em Cidade A.E. Carvalho, So Paulo, SP, Brasil.Classe da UMP Abril/[email protected]