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HIDRÁULICA II – 1
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITECTURA
SECÇÁO DE HIDRÁULICA E RECURSOS HÍDRICOS E AMBIENTAIS
HIDRÁULICA II
1° SEMESTRE
Enunciados dos problemas
Setembro 2008
HIDRÁULICA II – 2
1 – ESCOAMENTOS EM SUPERFÍCIE LIVRE
PROBLEMA 1.1
Trace as curvas representativas das funções geométricas S(h), B(h), P(h). R(h) e da capacidade
de transporte de um canal de secção trapezoidal, revestido de betão liso e com taludes a 2/3
(V/H) e 5,00 m de largura de rasto. Obtenha as referidas curvas até à altura h = 3,00 m.
PROBLEMA 1.2
Calcule a altura do escoamento uniforme no canal do problema anterior, para um caudal de
25 m3/s e declives do fundo de 0,001 e 0,0002.
PROBLEMA 1.3
Calcule a altura do escoamento uniforme nas condições do Problema 1.1, supondo que o rasto
do canal é de terra irregular com vegetação rasteira e que o caudal e o declive do canal são,
respectivamente, 25 m3/s e 0,0002.
PROBLEMA 1.4
Um canal de secção dupla apresenta as seguintes características:
− declive: 0,0012,
− largura do rasto do leito menor: 5,00 m,
− taludes a 2/3 (V/H),
− altura do leito menor: 2,00 m,
− largura do rasto do leito maior: 20,00 m,
− revestimento de asfalto rugoso.
Determine o caudal transportado em regime uniforme no leito menor e a altura do escoamento
uniforme para o caudal de 250 m3/s.
PROBLEMA 1.5
Calcule o caudal escoado em regime uniforme num canal de secção transversal circular, de
betão, com 2,00 m de diâmetro e declive 0,001, para as seguintes alturas de água:
− 1,00 m;
− 1,60 m;
− 1,64 m;
− 1,88 m;
HIDRÁULICA II – 3
− 2,00 m.
Considere K = 75 m1/3/s e utilize as seguintes funções (θ em rad):
8senθθ
2D
S −=
4θsenθθ
DR −
=
−=
Dh
21arcos2θ
PROBLEMA 1.6
Determine, para o transporte do caudal de 25 m3/s no canal do Problema 1.1, as seguintes
grandezas:
a) altura crítica,
b) velocidade crítica,
c) energia específica crítica,
d) declive crítico.
Classifique os escoamentos uniformes obtidos no Problema 1.2.
PROBLEMA 1.7
Para uma secção rectangular de largura 3,00 m e coeficiente de Strickler K = 75 m1/3/s trace:
a) a curva da energia específica em função da altura, para o caudal constante de 10 m3/s
b) a curva do caudal em função da altura, para a energia específica constante de 4,00 m;
c) as curvas das velocidades, caudais e energias específicas, em função da altura do
escoamento em regime uniforme, para o declive de 0,04;
d) a curva da quantidade de movimento total em função da altura, para o caudal de 10 m3/s;
e) as curvas H/Hc e M/Mc em função de h/hc, para o caudal de 10 m3/s;
f) as curvas M = M(H) para o caudal de 10 m3/s. Analise a posição dos pontos a montante e
a jusante de uma comporta ou de um ressalto.
PROBLEMA 1.8
Considere o canal prismático representado na figura, em que os trechos 1 a 3 são
suficientemente compridos para que neles se estabeleça praticamente o regime uniforme.
HIDRÁULICA II – 4
Trace o andamento qualitativo da superfície livre da água, considerando as alterações que
possam resultar de diversos comprimentos do trecho 4.
Represente qualitativamente o escoamento nos diagramas H = H(h) e M = M(h).
PROBLEMA 1.9
O canal AD, de secção transversal rectangular com 4,00 m de largura, de betão (K = 75 m1/3/s),
liga dois reservatórios, estando a superfície da água à cota 53,00 no de montante. As passagens
entre o canal e os reservatórios fazem-se directamente, sem transições, estando a soleira da
secção de entrada (A) à cota 50,00. Determine:
a) o caudal que percorre o canal, sabendo que para esse caudal o declive do trecho AB é
forte;
b) o perfil qualitativo da superfície livre, para as condições indicadas na figura, discuta as
alterações do referido perfil com as cotas da superfície da água no reservatório a jusante;
c) o caudal que o canal AD transportaria se tivesse o declive constante de 0,0001, supondo
não haver influência do nível da superfície livre da água no reservatório de jusante.
Considere nas alíneas a) e b) os trechos AB e CD suficientemente compridos para que neles se
estabeleça praticamente o regime uniforme.
HIDRÁULICA II – 5
PROBLEMA 1.10
O canal representado na figura transporta o caudal de 11,5 m3/s e contém a transição BC, na
qual o canal estreita de 4,00 m para 2,00 m, ao longo de 10,00 m. Para esse caudal, as alturas
uniformes nos trechos AB e CD, com o mesmo declive, são, respectivamente, 0,55 m e 1,00 m.
Determine:
a) as alturas de água em B e C, para uma sobreelevação do fundo, entre essas secções, de
0,50 m;
b) as alturas de água em B e C, para uma descida do fundo, entre aquelas secções, de
0,50 m. Trace qualitativamente o perfil da superfície livre para os casos das alíneas a) e
b).
Na resolução do problema despreze as perdas de carga na transição e considere os trechos AB
e CD suficientemente compridos para que neles se estabeleça praticamente o regime uniforme.
PROBLEMA 1.11
O canal AD, rectangular e de 5,00 m de largura, apresenta nos trechos AB e CD alturas de
escoamento uniforme iguais a 2,50 m, quando transporta o caudal de 20 m3/s.
Entre B e C existe uma transição curta onde o canal sofre um rebaixamento.
Desprezando as perdas de carga na transição, determine:
a) as cotas da superfície da água em B e C. se o rebaixamento for de 1,80 m;
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b) as cotas da superfície da água em B e C, se o rebaixamento for de 0,80 m.
PROBLEMA 1.12
O canal AC, de betão liso (K = 75 m1/3/s) tem secção rectangular, de 3,00 m de largura, e
transporta o caudal de 10 m3/s. Na secção B, o canal tem instalada uma comporta com um
coeficiente de contracção de 0,60. O trecho BC é suficientemente comprido para que nele se
estabeleça praticamente o regime uniforme. Determine:
a) a altura de água em C;
b) a distância de C a que se situa a secção do canal na qual a altura de água é de 1,80 m
(despreze o efeito da curvatura das linhas de corrente próximo de C);
c) a maior abertura da comporta compatível com a existência de um ressalto livre a jusante;
d) a altura de água a montante da comporta para uma abertura desta de 0,80 m.
PROBLEMA 1.13
O canal colector AB recebe uniformemente 10 m3/s ao longo do seu comprimento de 10,00 m. A
secção transversal do canal é rectangular, de 4,00 m de largura. O caudal é transportado até F
pelo canal BF, com a mesma secção rectangular. O declive do trecho BC, igual ao de AB, é tal
que a altura uniforme do escoamento do referido caudal é de 1,50 m. Entre C e D o canal desce
bruscamente 15,00 m.
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Determine:
a) as alturas do escoamento em B e A;
b) a altura do escoamento em D, supondo nulas as perdas de carga entre C e D e livre o
ressalto que se forma a jusante;
c) a altura do escoamento a jusante do ressalto, supondo que o degrau EF provoca um grau
de submersão igual a 1,3.
Admita que no trecho AB a perda de carga contínua é igual ao declive do fundo do canal.
PROBLEMAS COMPLEMENTARES
PROBLEMA 1C.1
Considere o canal rectangular com o perfil indicado na figura.
No trecho AB escoa-se o caudal de 8 m3/s. Entre B e C o canal funciona como colector lateral,
recebendo um caudal total de 2 m3/s
Os trechos AB, CD e EF são suficientemente compridos para que neles se estabeleça
praticamente o regime uniforme, cujas alturas são, respectivamente, 0,20 m, 0,50 m e 0,90 m.
Considere que as perdas de carga são nulas em DE e FG e que em BC são compensadas pelo
declive do fundo do canal.
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Determine:
a) as alturas do escoamento em B, C, D e E;
b) a sobreelevação δ da soleira FG para que o escoamento em G se dê em regime crítico;
c) o perfil qualitativo da superfície livre, identificando as curvas de regolfo que ocorrem.
PROBLEMA 1C.2
Num descarregador de soleira espessa horizontal, situado à cota 100,00, está montada uma
comporta que deixa livre uma abertura de 1,00 m.
À soleira do descarregador segue-se o trecho de canal AB, com grande declive e que, ao fim de
um comprimento em planta de 15,00 m, atinge a cota 96,00, enquanto a largura da sua secção
rectangular varia linearmente de 6,00 para 4,00 m.
À cota 96,00 situa-se a bacia de dissipação de energia BC, seguida de um degrau de 0,90 m de
altura, que dá passagem para um canal de secção rectangular, de 4,00 m de largura e declive
0,0004. No início deste canal existe um descarregador lateral, com soleira espessa, de crista
3,30 m acima do fundo do canal e paralela ao eixo do mesmo, e de 10,00 m de comprimento.
Ao canal CD, suficientemente comprido para que nele se estabeleça praticamente o regime
uniforme, segue-se outro, EF, também de secção rectangular, com largura de 3,00 m e declive
0,02. A transição do canal CD para o canal EF faz-se linearmente, num comprimento de 10,00 m
e com o declive do fundo 0,0004, igual à do canal CD.
Sabendo que, imediatamente a jusante da transição DE, a altura do escoamento é 1,90 m,
determine:
a) o caudal descarregado pelo descarregador lateral;
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b) a cota X do nível da água no reservatório, nas condições do enunciado;
c) o grau de submersão do ressalto que, se se formar, se localizará na bacia BC;
d) o andamento qualitativo da superfície livre.
Indique, ainda, o procedimento para obtenção das alturas de escoamento na transição DE.
Considere:
− as perdas de carga contínuas ao longo do descarregador lateral e na transição DE iguais
ao declive do fundo do canal;
− nulas as perdas de carga entre a comporta e o degrau C;
− o coeficiente de Strickler de K = 75 m1/3/s;
− os valores 0,60 e 0,385 para coeficientes de contracção da comporta e de vazão do
descarregador lateral, respectivamente.
PROBLEMA 1C.3
Considere o canal representado na figura, alimentado por um canal colector lateral com um
caudal específico q = 4 m3/sm. Na extremidade de jusante do canal existe uma comporta de
abertura inferior de 0,70 m acima da soleira do canal e, paralela ao eixo deste, um canal
descarregador lateral com crista paralela à soleira do canal.
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Admita que o coeficiente de Strickler é K = 80 m1/3/s, que α = α’ = 1,00 e que os trechos BC e DE
são suficientemente longos para que neles se estabeleça praticamente o regime uniforme.
Nestas condições determine:
a) as alturas de água nas secções A e B;
b) o caudal que passa na secção F, sabendo que o caudal unitário descarregado obedece à
seguinte lei de vazão:
q = 0,40 (2g)1/2 (h – p)3/2
em que h é a altura de escoamento no canal e p é a altura da crista do descarregador
lateral acima da soleira do canal;
c) o andamento qualitativo da superfície livre, justificando com os cálculos necessários a
localização de eventuais ressaltos.
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2 – ESCOAMENTOS VARIÁVEIS COM SUPERFÍCIE LIVRE
PROBLEMA 2.1
Num canal com secção rectangular escoa-se, em regime uniforme, o caudal de 18 m3/s. Numa
determinada secção deste canal existe uma comporta de regulação. Uma manobra rápida nesta
comporta provoca a diminuição do caudal para 12 m3/s. Admitindo que o escoamento é
rapidamente variável determine:
•••• a sobrelevação da onda a montante da comporta;
•••• a velocidade de propagação da onda para montante.
Admita que a largura do canal é b = 3 m e que a altura inicial do escoamento é hu = 2 m.
PROBLEMA 2.2
Num canal de secção rectangular (b = 2,5 m) escoa-se o caudal de 5 m3/s com a altura uniforme
de 2 m. Na secção de montante do canal o caudal aumenta, subitamente, para 10 m3/s.
Determine a sobreelevação da onda resultante e a respectiva velocidade de propagação para
jusante admitindo que o escoamento é rapidamente variável.
PROBLEMA 2.3
Admita que o fechamento completo de uma comporta num canal anula subitamente o caudal e a
altura do escoamento a jusante da mesma. Sabendo que a velocidade inicial do escoamento é
6 m/s determinar:
•••• o número de Froude do escoamento inicial;
•••• a equação da superfície livre a jusante da comporta nos instantes seguintes à manobra.
(Problema 3 foi adaptado de V. Streeter – Mecânica do Fluidos, edição brasileira, 1981)
PROBLEMA 2.4
Uma barragem com a altura de 100 m e retendo um volume de água a montante colapsa total e
subitamente, estando o leito do rio inicialmente seco a jusante.
Determine os valores teóricos das seguintes grandezas (problema de Ritter):
•••• velocidades das frentes de onda, respectivamente a jusante e a montante do local da
barragem;
•••• altura de água e velocidade do escoamento na secção da barragem após o colapso;
•••• profundidade e velocidade do escoamento numa secção a 10 km para jusante do local
da barragem e 30 min após o colapso.
Considere que o leito é horizontal, a secção é muito larga e as perdas de carga hidráulica são
nulas.
HIDRÁULICA II – 12
3 – ESCOAMENTOS EM CANAIS DE LEITO MÓVEL
PROBLEMA 3.1
Um rio apresenta as seguintes características: mm250D50 ,= ; 1sm60V −= , ; m90h ,= ;
126 sm10 −−=ν ; 00040i ,= . Considerando que o rio se pode assemelhar a um canal rectangular
muito largo e que o escoamento é aproximadamente permanente e uniforme, estime o tipo de
configuração do leito. Justifique.
PROBLEMA 3.2
Calcule o caudal unitário de um rio aluvionar para uma altura do escoamento igual a 0,5 m, se as
configurações dominantes forem antidunas com 2,00 m de comprimento.
PROBLEMA 3.3
Pretende-se dimensionar um canal para transportar um caudal de 50 m3s−1, com um declive de
0,001 num meio aluvionar composto por material grosseiro, caracterizado por γs = 2,65 x 9800
Nm−3, D50 = 5 cm e D90 = 8 cm. Tratando-se de um canal não revestido, de secção trapezoidal, e
admitindo um ângulo de talude natural dos sedimentos igual a 37º, determine os valores
desejáveis para a largura do fundo e a inclinação dos taludes.
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4 – ESCOAMENTOS EM ORIFÍCIOS E DESCARREGADORES
PROBLEMA 4.1
Determine o diâmetro que deverá ter um orifício circular praticado no fundo de um reservatório
para escoar o caudal de 0,50 m3/s considerando ou não a existência de um tubo adicional
exterior e uma carga sobre o eixo do orifício de:
a) 10,00 m;
b) 20,00 m.
PROBLEMA 4.2
Dois reservatórios com a superfície livre à cota 10,00 e 3,00 m respectivamente, estão
separados por uma parede onde se praticou um orifício quadrado de base horizontal com 1,00 m
de lado e centro de massa à cota 5,00 m.
Determine o caudal escoado pelo orifício, desprezando a velocidade da água nos reservatórios,
nas condições anteriores e para o caso de o segundo reservatório ter o nível à cota 5,00 m.
PROBLEMA 4.3
Calcule o caudal escoado sobre um descarregador Bazin de largura igual a 3,00 m e altura de
2,00 m, sendo a carga sobre a crista de 0,50 m. O descarregador está montado a toda a largura
de um canal horizontal.
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5 – ESCOAMENTOS EM MEIOS POROSOS
PROBLEMA 5.1
O ensaio para determinar a permeabilidade de uma amostra de solo, num permeâmetro de carga
constante, conduziu aos resultados que se apresentam na figura.
Duração do ensaio: 10 min
Secção da amostra: 1,0 dm2
Volume escoado: 1,0 l
De acordo com estes resultados, determine o valor da permeabilidade da amostra e verifique se
é correcta a aplicação da lei de Darcy, para o diâmetro médio dos grãos de 0,1 mm.
PROBLEMA 5.2
Num poço de 1,0 m de diâmetro, que atravessa um manto freático sobre uma camada
impermeável horizontal, injecta-se o caudal de 2,00 m3/min, o que provoca, em furos
testemunhas, às distâncias de 20,00 m e 50,00 m do eixo do poço, elevações do nível freático de
0,30 m e 0,10 m, respectivamente.
Sabendo que o manto freático na zona não perturbada, à distância de 500,00 m, se encontra a
20,00 m da superfície do solo, determine o máximo caudal que é possível injectar sem que a
água no furo atinja a superfície do solo. A espessura do manto freático é de 30,00 m.
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PROBLEMA 5.3
Uma camada permeável (K = 10-4 m/s), que se encontra assente sobre uma camada
impermeável horizontal, suporta um aquífero subterrâneo que se escoa para um lago de 3,00 m
de profundidade.
Determine o caudal escoado por metro de largura, tendo e atenção que, num furo testemunha
existente a 100,00 m, se observa a altura de água de 1,00 m.
PROBLEMA 5.4
De um poço de 1,00 m de diâmetro que atinge o topo de um manto artesiano extrai-se o caudal
de 20 l/s, observando-se rebaixamentos em relação ao nível hidrostático de 10,00 m, no poço, e
de 7,00 m, num furo a 20,00 m do eixo do poço. O nível hidrostático situa-se 80,00 m acima da
base do manto.
Determine:
a) a permeabilidade do manto artesiano;
b) o rebaixamento num furo à distância de 40,00 m do eixo do poço.
PROBLEMA 5.5
Numa ilha existente num lago pretende-se explorar um poço artesiano que atravessa a
respectiva camada em toda a espessura.
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Bombando-se no poço o caudal de 1,00 m3/min, verifica-se num furo testemunha a 30,00 m de
distância do eixo um abaixamento do nível freático de 15,00 m.
Determine:
a) o abaixamento do nível freático no poço durante a bombagem;
b) o caudal máximo que teoricamente o poço poderia fornecer.
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6 – TURBOMÁQUINAS HIDRÁULICAS
PROBLEMA 6.1
Uma turbina Francis está instalada sob uma queda útil de 78,00 m, fornecendo 10 000 kW e
apresentando 300 r.p.m. e rendimento 0,85.
Pretendendo instalar-se uma turbina igual à primeira sob uma queda útil de 60,00 m, determine a
velocidade de rotação e a potência da nova turbina, para que ambas funcionem em condições de
semelhança.
PROBLEMA 6.2
Uma turbina deverá trabalhar sob a queda útil máxima de 265,00 m, utilizando o caudal máximo
de 540 l/s.
Indique a solução mais favorável entre as soluções possíveis, o tipo de turbina e dimensione-a
em primeira aproximação.
PROBLEMA 6.3
Uma central hidroeléctrica utiliza, sob a queda útil constante de 15,00 m, um caudal variável
entre 6,00 e 23,00 m3/s.
Indique a solução mais aconselhável para o número e tipo de turbinas.
PROBLEMA 6.4
Uma central hidroeléctrica deverá utilizar caudais variáveis entre 5,00 e 35,00 m3/s, para a queda
dos melhores rendimentos; o nível de água na tornada é constante e o da restituição está sujeito
a variações ocasionais que atingem 10,00 m sobre o normal; a queda mais frequente, se toda a
queda bruta disponível for aproveitada, é de 250,00 m.
Determine o número de grupos a instalar e o tipo e velocidade de rotação das respectivas
turbinas. Discuta vantagens e inconvenientes das diferentes soluções possíveis.
PROBLEMA 6.5
Uma central hidroeléctrica aproveitará quedas úteis que variam entre 40,00 e 60,00 m.
Os caudais máximo e mínimo que deverá utilizar para a queda de 60,00 m serão,
respectivamente, de 40,00 e 10,00 m3/s.
Determine:
HIDRÁULICA II – 18
a) o número de grupos idênticos a instalar, o tipo, potência e número característico de
rotações de cada turbina e o número de pares de polos do alternador acoplado;
b) a altura máxima de aspiração da turbina (dado: tensão absoluta do vapor de
água = 0,343 N/cm2).
PROBLEMA 6.6
Uma central hidroeléctrica deverá trabalhar sob queda variando entre 45,00 e 75,00 m,
apresentando os melhores rendimentos para a queda de 63,00 m.
As potências mínima e máxima que deverá fornecer para a queda de 63,00 m são
respectivamente 10 000 e 40 000 kW.
a) Indique o número de grupos idênticos a instalar, o tipo e número característico de rotações
das turbinas;
b) indique o número de kVA para que deverá ser dimensionado o alternador, supondo que,
para qualquer queda, a turbina poderá funcionar com o distribuidor totalmente aberto e
que cos ϕ = 0,80 e admitindo que o diagrama em colina das turbinas a instalar é o da
Fig. 15.28 do livro Hidráulica de A. Quintela.
PROBLEMA 6.7
Uma bomba cujo diagrama em colina é o da figura seguinte foi projectada para, com o
rendimento máximo de 0,90, elevar o caudal de 10,00 m3/s à altura total de 100,00 m, quando
acoplada a um motor de 500 r.p.m.
Por modificação posterior das condições de bombagem, torna-se necessário passar para uma
altura total de elevação de 140,00 m, pretendendo-se utilizar a mesma bomba.
Indique o procedimento mais conveniente para conseguir aquele objectivo e calcule a potência
absorvida pela bomba nestas condições.
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PROBLEMA 6.8
Um depósito de regulação hidráulica, onde o nível da água varia entre as cotas 40,00 e 60,00 m,
é alimentado a partir de um rio, onde a superfície da água está constantemente à cota 10,00 m,
por meio duma conduta de aço soldado com 800,00 m de comprimento e 0,50 m de diâmetro.
Na conduta está instalada uma bomba centrífuga dimensionada para as seguintes condições
óptimas de funcionamento: 60,00 m de altura de elevação total, caudal 0,50 m3/s rendimento
0,70, número de rotações do motor acoplado 1 000 r.p.m.
O diagrama em colina da bomba é o da figura do problema anterior.
Determine:
a) o caudal elevado, a potência pedida ao motor e a energia consumida por m3 de água
elevado, quando o nível da água no depósito se situa à cota 60,00 m;
b) os valores das mesmas grandezas, quando o nível da água no depósito se situa à cota
40,00 m;
c) o consumo de energia por m3 de água elevado, nas condições da alínea b), se por meio
duma válvula se regular o caudal para 0,50 m3/s;
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d) o caudal elevado nas condições da alínea a) se se instalar uma bomba de iguais
características em paralelo com a primeira.
PROBLEMA 6.9
Uma determinada bomba hidráulica deverá ser ligada a um reservatório por uma conduta de
aspiração em fibrocimento com 0,50 m de diâmetro e 100 m de comprimento. A superfície da
água no reservatório encontra-se sujeita à pressão absoluta de 105 Pa e a sua temperatura é de
20°C.
Sabendo que a bomba deverá elevar um caudal de 1,0 m3/s e que, para esse caudal, o NPSH
exigido é de 2,5 m, determine a máxima altura, acima do nível da superfície da água no
reservatório, a que se poderá colocar o eixo da flange de aspiração da referida bomba.
PROBLEMA 6.10
Dois reservatórios, de grandes dimensões, estão ligados por uma conduta de aço com 900,00 m
de comprimento total e um diâmetro de 0,20 m. A diferença de cotas das superfícies livres dos
dois reservatórios é de 18,00 m. As perdas de carga contínuas podem ser representadas pela
seguinte fórmula monómia
550592 JD436Q ,,,= .
Na conduta está instalada, a 10,00 m do reservatório de montante, uma bomba centrífuga
caracterizada pelo diagrama em colina junto.
a) Determine o número de rotações do motor e a potência da bomba na situação de se escoar
um caudal de 70 l/s.
b) Determine a altura máxima, acima da superfície livre do reservatório de alimentação, a que
pode ser colocado o eixo da flange de aspiração.
(pa = 1,012×105 N/m2; tv = 3234 N/m2)
NOTA: Considere desprezáveis as perdas de carga singulares.
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PROBLEMA 6.11
Uma bomba centrífuga, caracterizada pelo diagrama em colina da figura junta, é utilizada para
bombar água de um poço para um reservatório elevado, através duma conduta de aço com
48,00 m de comprimento total e diâmetro de 0,10 m. A diferença de cotas entre a superfície da
água no poço e a superfície livre do reservatório elevado é de 6,00 m. A bomba está instalada a
30,0 m do reservatório de montante.
a) Escolha o menor diâmetro comercial da roda (D) compatível com a elevação do caudal de
0,015 m3s-1, quando este valor é regulado por meio duma válvula, e calcule a potência da
bomba. Para aquele caudal , considere que o factor de resistência, f, é igual a 0,013.
b) Determine, para a situação da alínea anterior, a altura máxima, acima da superfície da água
no poço, a que pode ser colocado o eixo da secção da flange de aspiração da bomba. (pa=
1,012 × 105 Nm-2; tv = 3234 Nm-2).
c) Determine a potência da bomba quando o caudal for regulado para aquela funcionar no ponto
de rendimento mais elevado para a roda da alínea a).
NOTA: Na resolução das alíneas a) e b) despreze as perdas de carga localizadas na entrada e
na saída da conduta.
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