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Dengue Sessões Clínicas em Rede nº 0 1. Introdução 2. Manifestações clínic 3. Sinais de alarme 4. Exames laboratoria 5. Diagnósticos difere 6. Critérios utilizados 7. Cartão de acompanh 8. Notificação 9. Conclusão 10. Referências 1. Introdução Dengue é uma doença feb agente etiológico da doença é de vírus da dengue, o que per quatro sorotipos já foram des no sangue do paciente infecta sorotipo confere imunidade de curta duração para os demais No Brasil ocorre uma níti períodos quentes e chuvosos ( têm ocorrido durante todo o a estão sendo testadas em estud é baseado na hidratação e no s No Brasil, segue-se o flux Não há medicamentos antivir pacientes com alto risco para pacientes com sinais de alarm uma boa assistência aos pacie ocorrem em 5% a 10% dos cas óbito. 1,3 O mecanismo fisiopatológ provoca saída seletiva de líqu hemoconcentração. 08 | 12/12/2012 cas ais utilizados no diagnóstico enciais para alta hospitalar hamento dos pacientes com suspeita de deng bril transmitida pela picada de um mosquito, o Ae é um RNA vírus da família Flaviviridae. Existem rmite que uma pessoa desenvolva a doença mais d scritos no Brasil. 2 Durante a fase aguda podemos ado, como também o antígeno protéico NS1. A in e longa duração para aquele sorotipo, mas apena sorotipos. 3 ida sazonalidade da doença com aumento do núm (verão). Entretanto, principalmente nas grandes ano. Não existem vacinas licenciadas até o mome dos de fase dois e três com resultados promissore suporte clínico. xograma de tratamento e manejo clínico do Minis rais disponíveis para o tratamento. O reconhecim desenvolvimento de formas graves e a identificaç me e sinais de choque são condições fundamentais entes com suspeita de dengue. As formas graves d sos e, se não adequadamente acompanhados, pod gico da doença consiste na ruptura do endotélio v uidos e proteínas do intravascular causando hipoa 1 gue edes aegypti. O quatro sorotipos de uma vez. 1 Os encontrar o vírus nfecção por um as imunidade de mero de casos nos cidades, casos ento. Vacinas es. 4 O tratamento stério da Saúde. 1 mento precoce de ção rápida de s para se prestar da doença dem evoluir para o vascular o que albuminemia e

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Dengue

Sessões Clínicas em Rede nº 0

1. Introdução 2. Manifestações clínicas3. Sinais de alarme 4. Exames laboratoriais utilizados no diagnóstico5. Diagnósticos diferenciais6. Critérios utilizados para alta hospitalar7. Cartão de acompanhamento dos pacientes com suspeita de dengue8. Notificação 9. Conclusão 10. Referências

1. Introdução

Dengue é uma doença febril transmitida pela picada de um mosquito, o

agente etiológico da doença é um RNA vírus da família

de vírus da dengue, o que permite que uma pessoa desenvolva a doença mais de uma vez.

quatro sorotipos já foram descritos no Brasil.

no sangue do paciente infectado, como também o antígeno protéico NS1. A infecção por um

sorotipo confere imunidade de longa duração para aquele sorotipo, mas apenas imunidade de

curta duração para os demais sorotipos.

No Brasil ocorre uma nítida sazonalidade da doença com aumento do número de casos nos

períodos quentes e chuvosos (verão). Entretanto, principalmente nas grandes cidades, casos

têm ocorrido durante todo o ano. Não existem vacinas licenciadas até o momento.

estão sendo testadas em estudos de fase dois e três com resultados promissores.

é baseado na hidratação e no suporte clínico.

No Brasil, segue-se o fluxograma de tratamento e manejo clínico do Ministério da Saúde.

Não há medicamentos antivirais disponíveis para o tratamento. O reconhecimento precoce de

pacientes com alto risco para desenvolvimento de formas graves e a identificação rápida de

pacientes com sinais de alarme e sinais de choque são condições fundamenta

uma boa assistência aos pacientes com suspeita de dengue. As formas graves da doença

ocorrem em 5% a 10% dos casos e

óbito.1,3

O mecanismo fisiopatológico da doença consiste na ru

provoca saída seletiva de líquidos e proteínas do intravascular

hemoconcentração.

línicas em Rede nº 08 | 12/12/2012

Manifestações clínicas

Exames laboratoriais utilizados no diagnóstico Diagnósticos diferenciais

utilizados para alta hospitalar Cartão de acompanhamento dos pacientes com suspeita de dengue

Dengue é uma doença febril transmitida pela picada de um mosquito, o Aedes aegypti

agente etiológico da doença é um RNA vírus da família Flaviviridae. Existem quatro sorotipos

o que permite que uma pessoa desenvolva a doença mais de uma vez.

quatro sorotipos já foram descritos no Brasil.2 Durante a fase aguda podemos encontrar o vírus

no sangue do paciente infectado, como também o antígeno protéico NS1. A infecção por um

sorotipo confere imunidade de longa duração para aquele sorotipo, mas apenas imunidade de

curta duração para os demais sorotipos.3

No Brasil ocorre uma nítida sazonalidade da doença com aumento do número de casos nos

períodos quentes e chuvosos (verão). Entretanto, principalmente nas grandes cidades, casos

têm ocorrido durante todo o ano. Não existem vacinas licenciadas até o momento.

estão sendo testadas em estudos de fase dois e três com resultados promissores.

é baseado na hidratação e no suporte clínico.

se o fluxograma de tratamento e manejo clínico do Ministério da Saúde.

Não há medicamentos antivirais disponíveis para o tratamento. O reconhecimento precoce de

pacientes com alto risco para desenvolvimento de formas graves e a identificação rápida de

pacientes com sinais de alarme e sinais de choque são condições fundamentais para se prestar

uma boa assistência aos pacientes com suspeita de dengue. As formas graves da doença

a 10% dos casos e, se não adequadamente acompanhados, podem evoluir para o

O mecanismo fisiopatológico da doença consiste na ruptura do endotélio vascular

saída seletiva de líquidos e proteínas do intravascular causando hipoalbuminemia e

1

Cartão de acompanhamento dos pacientes com suspeita de dengue

Aedes aegypti. O

. Existem quatro sorotipos

o que permite que uma pessoa desenvolva a doença mais de uma vez.1 Os

podemos encontrar o vírus

no sangue do paciente infectado, como também o antígeno protéico NS1. A infecção por um

sorotipo confere imunidade de longa duração para aquele sorotipo, mas apenas imunidade de

No Brasil ocorre uma nítida sazonalidade da doença com aumento do número de casos nos

períodos quentes e chuvosos (verão). Entretanto, principalmente nas grandes cidades, casos

têm ocorrido durante todo o ano. Não existem vacinas licenciadas até o momento. Vacinas

estão sendo testadas em estudos de fase dois e três com resultados promissores.4 O tratamento

se o fluxograma de tratamento e manejo clínico do Ministério da Saúde.1

Não há medicamentos antivirais disponíveis para o tratamento. O reconhecimento precoce de

pacientes com alto risco para desenvolvimento de formas graves e a identificação rápida de

is para se prestar

uma boa assistência aos pacientes com suspeita de dengue. As formas graves da doença

se não adequadamente acompanhados, podem evoluir para o

ptura do endotélio vascular o que

hipoalbuminemia e

No Brasil, a letalidade por dengue encontra

internacionais. Estudo recente

para os casos graves, a identificação tardia dos sinais de agravamento e o manejo clínico

inadequado dos casos são os principais fatores associados ao óbito.

2. Manifestações Clínicas

O paciente infectado por qualquer um dos quatro sorotipos de dengue pode apresentar

desde formas assintomáticas ou pouco sintomáticas até formas graves com sinais de choque e

manifestações hemorrágicas severas.

Deve-se suspeitar de dengue em todo paciente que apresente doença febril aguda com pelo

menos dois dos seguintes sinais ou sintomas: cefaléia, dor retroorbitária, mialgia, artralgia,

prostração ou exantema.1 Os pacientes podem apresentar ou não manifestaç

É importante ressaltar que todo caso suspeito de dengue deverá ser notificado.

Em crianças, principalmente em menores de 2 anos, os sinais e sintomas podem ser

inespecíficos como choro persistente, irritabilidade e prostração. Desta form

considerar o diagnóstico de dengue em crianças com quadro febril agudo sem sinais de

localização.7 Importante ressaltar que a evolução para formas graves na criança pode ocorrer

de forma súbita e os sinais de alarme podem ser mais difíceis de se

atraso no tratamento adequado.

Quanto aos idosos, estes podem apresentar manifestações clínicas diferentes quando

comparados aos adultos jovens. Enquanto em jovens, em virtualmente 100% dos casos

ocorrerá febre, em idosos, até 9% dos pacientes poderão não apresentar febre. É também menos

comum a dor óssea, o exantema e a dor abdominal. Entretanto, em idosos é mais comum

bacteremias concomitantes e sangramentos gastrointestinais.

Os sintomas da doença iniciam

mas o período de incubação poderá ser de três a quatorze dias. Após este período de incubação,

as manifestações clínicas iniciam

febril, crítica e a fase de recuperação.

A fase febril inicia-se com febre alta acompanhada de cefaléia, mialgias, dores articulares e,

não raro, exantema. O exantema ocorre em 50% dos casos. É do tipo máculo

comumente associa-se a prurido importante, evoluindo com

gastrointestinais como anorexia e diarréia

sendo importante o diagnóstico diferencial com outras doenças diarréicas. O hemograma

apresenta trombocitopenia associada à leucopeni

No Brasil, a letalidade por dengue encontra-se acima do recomendado pelos padrões

internacionais. Estudo recente aponta que o não seguimento dos procedimentos preconizados

para os casos graves, a identificação tardia dos sinais de agravamento e o manejo clínico

inadequado dos casos são os principais fatores associados ao óbito.5

Manifestações Clínicas

nfectado por qualquer um dos quatro sorotipos de dengue pode apresentar

desde formas assintomáticas ou pouco sintomáticas até formas graves com sinais de choque e

manifestações hemorrágicas severas.6

se suspeitar de dengue em todo paciente que apresente doença febril aguda com pelo

menos dois dos seguintes sinais ou sintomas: cefaléia, dor retroorbitária, mialgia, artralgia,

Os pacientes podem apresentar ou não manifestações hemorrágicas.

odo caso suspeito de dengue deverá ser notificado.

Em crianças, principalmente em menores de 2 anos, os sinais e sintomas podem ser

inespecíficos como choro persistente, irritabilidade e prostração. Desta forma, deve

considerar o diagnóstico de dengue em crianças com quadro febril agudo sem sinais de

Importante ressaltar que a evolução para formas graves na criança pode ocorrer

de forma súbita e os sinais de alarme podem ser mais difíceis de ser detectados resultando em

atraso no tratamento adequado.1

Quanto aos idosos, estes podem apresentar manifestações clínicas diferentes quando

comparados aos adultos jovens. Enquanto em jovens, em virtualmente 100% dos casos

é 9% dos pacientes poderão não apresentar febre. É também menos

comum a dor óssea, o exantema e a dor abdominal. Entretanto, em idosos é mais comum

bacteremias concomitantes e sangramentos gastrointestinais.8

Os sintomas da doença iniciam-se geralmente três a sete dias após a picada do mosquito,

mas o período de incubação poderá ser de três a quatorze dias. Após este período de incubação,

as manifestações clínicas iniciam-se abruptamente e o paciente atravessa três fases da doença: a

se de recuperação.3

se com febre alta acompanhada de cefaléia, mialgias, dores articulares e,

não raro, exantema. O exantema ocorre em 50% dos casos. É do tipo máculo-papular e

se a prurido importante, evoluindo com descamação. As m

gastrointestinais como anorexia e diarréia podem ocorrer e sua presença não exclui a

diagnóstico diferencial com outras doenças diarréicas. O hemograma

apresenta trombocitopenia associada à leucopenia. Pode ocorrer aumento leve a moderado das

2

se acima do recomendado pelos padrões

aponta que o não seguimento dos procedimentos preconizados

para os casos graves, a identificação tardia dos sinais de agravamento e o manejo clínico

nfectado por qualquer um dos quatro sorotipos de dengue pode apresentar

desde formas assintomáticas ou pouco sintomáticas até formas graves com sinais de choque e

se suspeitar de dengue em todo paciente que apresente doença febril aguda com pelo

menos dois dos seguintes sinais ou sintomas: cefaléia, dor retroorbitária, mialgia, artralgia,

ões hemorrágicas.

odo caso suspeito de dengue deverá ser notificado.

Em crianças, principalmente em menores de 2 anos, os sinais e sintomas podem ser

a, deve-se

considerar o diagnóstico de dengue em crianças com quadro febril agudo sem sinais de

Importante ressaltar que a evolução para formas graves na criança pode ocorrer

r detectados resultando em

Quanto aos idosos, estes podem apresentar manifestações clínicas diferentes quando

comparados aos adultos jovens. Enquanto em jovens, em virtualmente 100% dos casos

é 9% dos pacientes poderão não apresentar febre. É também menos

comum a dor óssea, o exantema e a dor abdominal. Entretanto, em idosos é mais comum

ês a sete dias após a picada do mosquito,

mas o período de incubação poderá ser de três a quatorze dias. Após este período de incubação,

se abruptamente e o paciente atravessa três fases da doença: a

se com febre alta acompanhada de cefaléia, mialgias, dores articulares e,

papular e

As manifestações

não exclui a dengue,

diagnóstico diferencial com outras doenças diarréicas. O hemograma

a. Pode ocorrer aumento leve a moderado das

transaminases. Na maior parte dos pacientes este período dura três a sete dias, evoluindo sem

complicações.1

Durante a transição da fase febril para a fase afebril (período de defervescência

sem aumento da permeabilidade capilar

Entretanto, em uma menor proporção de pacientes, uma fase conhecida como crítica ocorre

no período da defervescência da febre, por volta do terceiro ao sétimo

uma significativa perda da permeabilidade vascular e o paciente evolui com hemoconcentração

e hipoalbuminemia, podendo surgir derrames cavitários

Manifestações hemorrágicas são mais comuns e de maior

sinais e sintomas como dor abdominal, vômitos importantes, hepatomegalia dolorosa e

desconforto respiratório. Sinais como estes são conhecidos como sinais de alarme e refletem

perda plasmática significativa

do início da fase crítica e devem ser pesquisados em todos os pacientes. Pacientes com dengue

podem evoluir para formas graves em questão de horas, por isso, tanto os pacientes

ambulatoriais, quanto os hospitalizados devem ser monitorados regularmente.

A evolução para o choque em alguns pacientes poderá ocorrer sem evidências de

sangramento, o que reforça a necessidade da pesquisa rotineira de sinai

plasmático.

Pacientes com boa evolução

dos líquidos do componente extravascular. Nesta fase, conhecida como fase de recuperação,

ocorre retorno do apetite e melhora da astenia do paciente. O leucograma apresenta tendência

à melhora da leucopenia e, mais tardiamente,

Pacientes que foram hidratados de forma vigorosa na fase crítica podem apresentar sinais de

hipervolemia nesta fase (ascite, derrame pleural

Até recentemente, os casos de dengue eram classificados como dengue clássica e febre

hemorrágica da dengue (FHD), sendo que a síndrome do choque da dengue era um subgrupo

dos pacientes com FHD que apresentavam hipotensão e choque.

esta classificação não era muito apropriada para propósitos clínicos por não distinguir bem os

casos graves, além de ser de difícil aplicação nas unidades de saúde de baixa complexida

Outro aspecto importante refere

hemorrágico, apesar do extravasamento plasmático e o choque serem as características mais

importantes dos casos graves. Com o intuito de reforçar o componente de extravasamento

plasmático e tornar as classificações mais úteis no manejo clínico do paciente, te

recomendado atualmente classificações que categorizam os pacientes como dengue, dengue

com sinais de alarme e dengue grave.

transaminases. Na maior parte dos pacientes este período dura três a sete dias, evoluindo sem

Durante a transição da fase febril para a fase afebril (período de defervescência

sem aumento da permeabilidade capilar apresentarão melhora clínica e boa evolução.

Entretanto, em uma menor proporção de pacientes, uma fase conhecida como crítica ocorre

no período da defervescência da febre, por volta do terceiro ao sétimo dia.3,9 Nesta fase ocorre

uma significativa perda da permeabilidade vascular e o paciente evolui com hemoconcentração

e hipoalbuminemia, podendo surgir derrames cavitários como derrame pleural e ascite.

Manifestações hemorrágicas são mais comuns e de maior gravidade nesta fase. Podem ocorrer

sinais e sintomas como dor abdominal, vômitos importantes, hepatomegalia dolorosa e

desconforto respiratório. Sinais como estes são conhecidos como sinais de alarme e refletem

perda plasmática significativa, sendo prenúncio de choque. Os sinais de alarme são marcadores

do início da fase crítica e devem ser pesquisados em todos os pacientes. Pacientes com dengue

podem evoluir para formas graves em questão de horas, por isso, tanto os pacientes

pitalizados devem ser monitorados regularmente.

A evolução para o choque em alguns pacientes poderá ocorrer sem evidências de

sangramento, o que reforça a necessidade da pesquisa rotineira de sinais de extravasamento

Pacientes com boa evolução durante a fase crítica iniciam uma fase de gradual reabsorção

dos líquidos do componente extravascular. Nesta fase, conhecida como fase de recuperação,

ocorre retorno do apetite e melhora da astenia do paciente. O leucograma apresenta tendência

a leucopenia e, mais tardiamente, para a normalização da contagem de plaquetas.

Pacientes que foram hidratados de forma vigorosa na fase crítica podem apresentar sinais de

hipervolemia nesta fase (ascite, derrame pleural e congestão).

casos de dengue eram classificados como dengue clássica e febre

hemorrágica da dengue (FHD), sendo que a síndrome do choque da dengue era um subgrupo

dos pacientes com FHD que apresentavam hipotensão e choque.10 Entretanto, observou

ção não era muito apropriada para propósitos clínicos por não distinguir bem os

casos graves, além de ser de difícil aplicação nas unidades de saúde de baixa complexida

Outro aspecto importante refere-se ao termo FHD, pois este enfatiza o componente

orrágico, apesar do extravasamento plasmático e o choque serem as características mais

importantes dos casos graves. Com o intuito de reforçar o componente de extravasamento

plasmático e tornar as classificações mais úteis no manejo clínico do paciente, te

recomendado atualmente classificações que categorizam os pacientes como dengue, dengue

com sinais de alarme e dengue grave.11,12

3

transaminases. Na maior parte dos pacientes este período dura três a sete dias, evoluindo sem

Durante a transição da fase febril para a fase afebril (período de defervescência), pacientes

e boa evolução.

Entretanto, em uma menor proporção de pacientes, uma fase conhecida como crítica ocorre

Nesta fase ocorre

uma significativa perda da permeabilidade vascular e o paciente evolui com hemoconcentração

como derrame pleural e ascite.

gravidade nesta fase. Podem ocorrer

sinais e sintomas como dor abdominal, vômitos importantes, hepatomegalia dolorosa e

desconforto respiratório. Sinais como estes são conhecidos como sinais de alarme e refletem

ncio de choque. Os sinais de alarme são marcadores

do início da fase crítica e devem ser pesquisados em todos os pacientes. Pacientes com dengue

podem evoluir para formas graves em questão de horas, por isso, tanto os pacientes

pitalizados devem ser monitorados regularmente.

A evolução para o choque em alguns pacientes poderá ocorrer sem evidências de

s de extravasamento

durante a fase crítica iniciam uma fase de gradual reabsorção

dos líquidos do componente extravascular. Nesta fase, conhecida como fase de recuperação,

ocorre retorno do apetite e melhora da astenia do paciente. O leucograma apresenta tendência

normalização da contagem de plaquetas.

Pacientes que foram hidratados de forma vigorosa na fase crítica podem apresentar sinais de

casos de dengue eram classificados como dengue clássica e febre

hemorrágica da dengue (FHD), sendo que a síndrome do choque da dengue era um subgrupo

Entretanto, observou-se que

ção não era muito apropriada para propósitos clínicos por não distinguir bem os

casos graves, além de ser de difícil aplicação nas unidades de saúde de baixa complexidade.

se ao termo FHD, pois este enfatiza o componente

orrágico, apesar do extravasamento plasmático e o choque serem as características mais

importantes dos casos graves. Com o intuito de reforçar o componente de extravasamento

plasmático e tornar as classificações mais úteis no manejo clínico do paciente, tem-se

recomendado atualmente classificações que categorizam os pacientes como dengue, dengue

A classificação atual do Ministério da Saúde segue estas orientações e classifica os

pacientes em quatro grupos para

Quadro 1 – Classificação dos casos de dengue

Grupo Caracterização

A- dengue

sem fatores

de risco

(azul)

Pacientes com prova do laço

negativa, sem sangramentos

espontâneos, sem

comorbidades. Paciente não

faz parte de grupo

risco para formas graves e

não apresenta condições

clínicas especiais. Ausência

de sinais de alarme ou

choque.

B- dengue

com fatores

de risco

(verde)

Paciente com prova do laço

positiva ou sangramentos de

pele espontâneos (petéquias),

ou com comorbidades, ou

grupo de risco ou condições

clínicas especiais.

Ausência de sinais de alarme.

C- dengue

com sinais de

alarme

(amarelo)

Presença de um ou mais

sinais de alarme.

Sangramentos presentes ou

ausentes. Sem hipotensão.

D- dengue

grave

(vermelho)

Pacientes com sinais clínicos

de choque ou com disfunção

grave de órgão ou

hemorragia grave.

A classificação atual do Ministério da Saúde segue estas orientações e classifica os

pacientes em quatro grupos para estadiamento e conduta.

Classificação dos casos de dengue.

Caracterização Conduta

Pacientes com prova do laço

negativa, sem sangramentos

espontâneos, sem

comorbidades. Paciente não

faz parte de grupo de maior

risco para formas graves e

não apresenta condições

clínicas especiais. Ausência

de sinais de alarme ou

Acompanhamento ambulatorial.

Repouso.

Hidratação oral.

Uso de sintomáticos (analgésicos, antieméticos

e antipruriginosos).

Acompanhamento regular do paciente.

Orientações: retorno imediato caso ocorram

sinais de alarme ou a critério médico.

Paciente com prova do laço

positiva ou sangramentos de

pele espontâneos (petéquias),

ou com comorbidades, ou

grupo de risco ou condições

clínicas especiais.

Ausência de sinais de alarme.

Hidratação oral ou EV.

Hemograma completo obrigatório.

Conduta será definida de acordo com o

hemograma:

- Sinais de hemoconcentração ou queda abrupta

de plaquetas � conduzir como

- Sem sinais de hemoconcentração ou queda

abrupta de plaquetas � conduzir como grupo

A com reavaliação clínica e laboratorial diária,

ou imediata, caso ocorram sinais de alarme.

Presença de um ou mais

inais de alarme.

Sangramentos presentes ou

ausentes. Sem hipotensão.

Internação e hidratação EV imediata.

Monitorização clínica e laboratorial rigorosa.

Pacientes com sinais clínicos

de choque ou com disfunção

grave de órgão ou com

hemorragia grave.

Internação imediata, de preferência em leito de

UTI.

Hidratação EV imediata, monitorando da

volemia e necessidade de suporte respiratório.

4

A classificação atual do Ministério da Saúde segue estas orientações e classifica os

Acompanhamento ambulatorial.

Uso de sintomáticos (analgésicos, antieméticos

to regular do paciente.

Orientações: retorno imediato caso ocorram

sinais de alarme ou a critério médico.

Hemograma completo obrigatório.

Conduta será definida de acordo com o

Sinais de hemoconcentração ou queda abrupta

conduzir como grupo C.

Sem sinais de hemoconcentração ou queda

conduzir como grupo

A com reavaliação clínica e laboratorial diária,

ou imediata, caso ocorram sinais de alarme.

Internação e hidratação EV imediata.

Monitorização clínica e laboratorial rigorosa.

Internação imediata, de preferência em leito de

Hidratação EV imediata, monitorando da

volemia e necessidade de suporte respiratório.

Grupo A (azul)

Pacientes do grupo A são aqueles pacientes suspeitos de dengue com prova do laço

negativa, sem manifestações hemorrágicas espontâneas e sem sinais de alarme. Pacientes do

grupo A não devem apresentar comorbidades ou condições clínicas especiais e não perte

grupos de risco.

O acompanhamento destes pacientes é ambulatorial com hidratação oral. É desejável a

realização do hemograma no primeiro atendimento de todos os pacientes com dengue.

hemograma inicial estabelece o hematócrito inicial do paciente

diferencial com outras doenças febris agudas. A hidratação recomendada é de 60 a

80ml/kg/dia para adultos, utilizando

(água, sucos, chás, água de coco, etc.). Para as crianças,

abundante também com soro de hidratação oral e líquidos caseiros. O paciente deverá ser

orientado a permanecer em repouso e receber orientações escritas e claras sobre o esquema de

hidratação e sinais de alarme. Caso surja

paciente retorne imediatamente à unidade de saúde.

Para alívio da dor e da febre, os pacientes podem usar medicamentos sintomáticos

como dipirona ou paracetamol. Para tratamento dos vômitos poderão ser pre

metoclopramida ou bromoprida. Devido ao aumento do risco de sangramentos,

antiinflamatórios não-hormonais como cetoprofeno, ibuprofeno, diclofenaco e nimesulida não

devem ser utilizados. Os salicilatos

administrados, pois podem causar ou agravar sangramentos. Em pacientes que usam de forma

crônica AAS, o médico deve avaliar o risco benefício da manutenção da medicação.

Grupo B (verde)

Pacientes do grupo B são aqueles

espontâneos (petéquias) ou indu

e/ou de risco social ou comorbidades, como descrito a seguir:

• crianças menores de 13 anos;

• gestantes;

• adultos com idade acima de 65 anos;

• pacientes com hipertensão arterial, doenças cardiovasculares graves, diabetes

DPOC, doenças hematológicas crônicas, principalmente anemia falciforme e púrpuras,

doença renal crônica, doença acido

Pacientes do grupo A são aqueles pacientes suspeitos de dengue com prova do laço

negativa, sem manifestações hemorrágicas espontâneas e sem sinais de alarme. Pacientes do

grupo A não devem apresentar comorbidades ou condições clínicas especiais e não perte

O acompanhamento destes pacientes é ambulatorial com hidratação oral. É desejável a

realização do hemograma no primeiro atendimento de todos os pacientes com dengue.

hemograma inicial estabelece o hematócrito inicial do paciente e auxilia no diagnóstico

diferencial com outras doenças febris agudas. A hidratação recomendada é de 60 a

utilizando-se sais de hidratação oral e outros líquidos caseiros

(água, sucos, chás, água de coco, etc.). Para as crianças, a hidratação deve ser freqüente e

abundante também com soro de hidratação oral e líquidos caseiros. O paciente deverá ser

orientado a permanecer em repouso e receber orientações escritas e claras sobre o esquema de

hidratação e sinais de alarme. Caso surja qualquer sinal de alarme a orientação é de que o

paciente retorne imediatamente à unidade de saúde.

Para alívio da dor e da febre, os pacientes podem usar medicamentos sintomáticos

como dipirona ou paracetamol. Para tratamento dos vômitos poderão ser prescritos

metoclopramida ou bromoprida. Devido ao aumento do risco de sangramentos,

hormonais como cetoprofeno, ibuprofeno, diclofenaco e nimesulida não

salicilatos, como o AAS, são contra-indicados e não devem

administrados, pois podem causar ou agravar sangramentos. Em pacientes que usam de forma

crônica AAS, o médico deve avaliar o risco benefício da manutenção da medicação.

Pacientes do grupo B são aqueles pacientes que apresentem sangramentos de pele

(petéquias) ou induzido (prova do laço positiva), ou condições clínicas especiais

e/ou de risco social ou comorbidades, como descrito a seguir:

rianças menores de 13 anos;

dultos com idade acima de 65 anos;

cientes com hipertensão arterial, doenças cardiovasculares graves, diabetes

DPOC, doenças hematológicas crônicas, principalmente anemia falciforme e púrpuras,

doença renal crônica, doença acido- péptica, hepatopatias e doenças auto

5

Pacientes do grupo A são aqueles pacientes suspeitos de dengue com prova do laço

negativa, sem manifestações hemorrágicas espontâneas e sem sinais de alarme. Pacientes do

grupo A não devem apresentar comorbidades ou condições clínicas especiais e não pertencer a

O acompanhamento destes pacientes é ambulatorial com hidratação oral. É desejável a

realização do hemograma no primeiro atendimento de todos os pacientes com dengue.3 O

e auxilia no diagnóstico

diferencial com outras doenças febris agudas. A hidratação recomendada é de 60 a

se sais de hidratação oral e outros líquidos caseiros

a hidratação deve ser freqüente e

abundante também com soro de hidratação oral e líquidos caseiros. O paciente deverá ser

orientado a permanecer em repouso e receber orientações escritas e claras sobre o esquema de

qualquer sinal de alarme a orientação é de que o

Para alívio da dor e da febre, os pacientes podem usar medicamentos sintomáticos

scritos

metoclopramida ou bromoprida. Devido ao aumento do risco de sangramentos,

hormonais como cetoprofeno, ibuprofeno, diclofenaco e nimesulida não

devem ser

administrados, pois podem causar ou agravar sangramentos. Em pacientes que usam de forma

crônica AAS, o médico deve avaliar o risco benefício da manutenção da medicação.

sangramentos de pele

condições clínicas especiais

cientes com hipertensão arterial, doenças cardiovasculares graves, diabetes mellitus,

DPOC, doenças hematológicas crônicas, principalmente anemia falciforme e púrpuras,

péptica, hepatopatias e doenças auto-imunes.

• pacientes que, devido às condições socioeconômicas precárias

retornar aos serviços de saúde para o acompanhamento recomendado, como ocorre

com os moradores de rua.

Pacientes nestas condições apresentam maior risco de evolução para formas gr

Portanto, nestas situações torna

hospitalização e esquema de hidratação. A conduta será determinada conforme o resultado do

hemograma. Pacientes com hematócritos normais poderão ser

ambulatorial com reavaliação clinica diária.

Pacientes com hematócritos elevados em mais de 10% acima do valor basal ou com valores

acima dos descritos a seguir, devem ser mantidos em observação até normalização destes por

meio de hidratação.

Valores do hematócrito a serem considerados para manutenção da observação

P crianças > 38%

P mulheres > 44%

P homens > 50%.

Na ocorrência de sinais de alarme ou aumento do hematócrito durante a hidratação,

está indicada a internação hospitalar. Pacientes apresentando plaquetopenia inferior a

20.000/mm3, mesmo sem repercussão clínica, também devem ser internados e reavaliados a

cada 12 horas.

Grupo C (amarelo)

Fazem parte deste grupo os pacientes que apresentem qualquer sinal de alarme. Torna

se obrigatória a hidratação venosa imediata. Estes pacientes devem ser acompanhados em

regime de internação por no mínimo 48 horas. Além d

imagem, uréia, creatinina, coagulograma, transaminases, albumina sérica, devem ser solicitados

de acordo com o quadro clínico e avaliação médica.

Grupo D (vermelho)

São pacientes com sinais de choque, desconforto respir

disfunção grave de órgãos. É mandatório o suporte hemodinâmico com hidratação endovenosa

e a assistência respiratória, caso necessário. Os pacientes devem, de preferência, ser

transferidos para unidades de terapia intensiva para um

ventilatório.

tes que, devido às condições socioeconômicas precárias, têm dificuldades em

retornar aos serviços de saúde para o acompanhamento recomendado, como ocorre

com os moradores de rua.

Pacientes nestas condições apresentam maior risco de evolução para formas gr

Portanto, nestas situações torna-se obrigatória a realização do hemograma para definição de

hospitalização e esquema de hidratação. A conduta será determinada conforme o resultado do

hemograma. Pacientes com hematócritos normais poderão ser acompanhados em regime

ambulatorial com reavaliação clinica diária.

Pacientes com hematócritos elevados em mais de 10% acima do valor basal ou com valores

acima dos descritos a seguir, devem ser mantidos em observação até normalização destes por

Valores do hematócrito a serem considerados para manutenção da observação

Na ocorrência de sinais de alarme ou aumento do hematócrito durante a hidratação,

está indicada a internação hospitalar. Pacientes apresentando plaquetopenia inferior a

, mesmo sem repercussão clínica, também devem ser internados e reavaliados a

Fazem parte deste grupo os pacientes que apresentem qualquer sinal de alarme. Torna

se obrigatória a hidratação venosa imediata. Estes pacientes devem ser acompanhados em

regime de internação por no mínimo 48 horas. Além do hemograma, outros exames como de

imagem, uréia, creatinina, coagulograma, transaminases, albumina sérica, devem ser solicitados

de acordo com o quadro clínico e avaliação médica.

São pacientes com sinais de choque, desconforto respiratório ou qualquer outra

disfunção grave de órgãos. É mandatório o suporte hemodinâmico com hidratação endovenosa

e a assistência respiratória, caso necessário. Os pacientes devem, de preferência, ser

transferidos para unidades de terapia intensiva para um adequado manejo hídrico e suporte

6

têm dificuldades em

retornar aos serviços de saúde para o acompanhamento recomendado, como ocorre

Pacientes nestas condições apresentam maior risco de evolução para formas graves.13,14,15

se obrigatória a realização do hemograma para definição de

hospitalização e esquema de hidratação. A conduta será determinada conforme o resultado do

acompanhados em regime

Pacientes com hematócritos elevados em mais de 10% acima do valor basal ou com valores

acima dos descritos a seguir, devem ser mantidos em observação até normalização destes por

Valores do hematócrito a serem considerados para manutenção da observação:

Na ocorrência de sinais de alarme ou aumento do hematócrito durante a hidratação,

está indicada a internação hospitalar. Pacientes apresentando plaquetopenia inferior a

, mesmo sem repercussão clínica, também devem ser internados e reavaliados a

Fazem parte deste grupo os pacientes que apresentem qualquer sinal de alarme. Torna-

se obrigatória a hidratação venosa imediata. Estes pacientes devem ser acompanhados em

o hemograma, outros exames como de

imagem, uréia, creatinina, coagulograma, transaminases, albumina sérica, devem ser solicitados

atório ou qualquer outra

disfunção grave de órgãos. É mandatório o suporte hemodinâmico com hidratação endovenosa

e a assistência respiratória, caso necessário. Os pacientes devem, de preferência, ser

adequado manejo hídrico e suporte

No fluxograma abaixo estão descritos os esquemas de hidratação e condutas para cada

caso de acordo com o estadiamento clínico preconizado pelo Ministério da Saúde.

No fluxograma abaixo estão descritos os esquemas de hidratação e condutas para cada

caso de acordo com o estadiamento clínico preconizado pelo Ministério da Saúde.

7

No fluxograma abaixo estão descritos os esquemas de hidratação e condutas para cada

caso de acordo com o estadiamento clínico preconizado pelo Ministério da Saúde.1

Fonte: Dengue: diagnóstico e manejo

3. Quais são os sinais de alarme que indicam

evolução para as formas mais graves da dengue?

Os sinais de alarme devem ser pesquisados rotineiramente em todo paciente suspeito de

dengue, seja este atendido em regime ambulatorial ou naqueles hospitalizados. Os sinais de

alarme são indicativos de evolução para formas graves

necessidade de hospitalização e hidratação endovenosa. Os sinais de alarme são os seguintes:

• dor abdominal intensa e contínua

• vômitos persistentes

• sonolência e/ou irritabilidade

• hipotensão postural e/ou lipotímia

• hepatomegalia dolorosa

• sangramento de mucosa ou hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena)

• diminuição da diurese

• diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia

• desconforto respiratório

• aumento repentino do hematócrito

• queda abrupta das plaquetas

Pacientes com sinais de alarme são classificados como sendo do grupo C do Ministério da

Saúde. O aparecimento de qualquer sinal de alarme indica necessidade de internação hospitalar,

uso de hidratação endovenosa e observação rigorosa por no mínimo 48 horas.

não constitui por si só fator de risco para sangramentos ou formas graves, mas a queda

progressiva das plaquetas indica necessidade de um acompanhamento mais atento, sendo

considerado um sinal de alarme e indicativo de formas graves. Da me

plaquetas associada à melhora clinica do paciente, indicam boa recuperação.

Dengue: diagnóstico e manejo clínico – adulto e criança / Ministério da Saúde, 2011. Disponível em: www.saude.gov.br.

Quais são os sinais de alarme que indicam

evolução para as formas mais graves da dengue?

Os sinais de alarme devem ser pesquisados rotineiramente em todo paciente suspeito de

dengue, seja este atendido em regime ambulatorial ou naqueles hospitalizados. Os sinais de

alarme são indicativos de evolução para formas graves16,14 e orientam o médico quanto à

necessidade de hospitalização e hidratação endovenosa. Os sinais de alarme são os seguintes:

or abdominal intensa e contínua

onolência e/ou irritabilidade

ipotensão postural e/ou lipotímia

dolorosa

angramento de mucosa ou hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena)

iminuição da diurese

iminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia

esconforto respiratório

umento repentino do hematócrito

plaquetas

entes com sinais de alarme são classificados como sendo do grupo C do Ministério da

Saúde. O aparecimento de qualquer sinal de alarme indica necessidade de internação hospitalar,

uso de hidratação endovenosa e observação rigorosa por no mínimo 48 horas.1

não constitui por si só fator de risco para sangramentos ou formas graves, mas a queda

progressiva das plaquetas indica necessidade de um acompanhamento mais atento, sendo

considerado um sinal de alarme e indicativo de formas graves. Da mesma forma, a elevação das

plaquetas associada à melhora clinica do paciente, indicam boa recuperação.

8

adulto e criança / Ministério da Saúde, 2011. Disponível em: www.saude.gov.br.

Quais são os sinais de alarme que indicam

evolução para as formas mais graves da dengue?

Os sinais de alarme devem ser pesquisados rotineiramente em todo paciente suspeito de

dengue, seja este atendido em regime ambulatorial ou naqueles hospitalizados. Os sinais de

e orientam o médico quanto à

necessidade de hospitalização e hidratação endovenosa. Os sinais de alarme são os seguintes:

angramento de mucosa ou hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena)

entes com sinais de alarme são classificados como sendo do grupo C do Ministério da

Saúde. O aparecimento de qualquer sinal de alarme indica necessidade de internação hospitalar,

1 A plaquetopenia

não constitui por si só fator de risco para sangramentos ou formas graves, mas a queda

progressiva das plaquetas indica necessidade de um acompanhamento mais atento, sendo

sma forma, a elevação das

4. Quais são os exames laboratoriais que devem ser

solicitados para o diagnóstico específico de

dengue?

Apenas o quadro clínico não permite a confirmação do

a confirmação, o diagnóstico poderá ser feito por métodos sorológicos ou pela detecção do

vírus e antígenos virais.20

Na fase aguda a confirmação poderá ser feita através da pesquisa da proteína NS1 no

sangue do paciente21,22 ou através do isolamento viral ou PCR.

doença, os métodos sorológicos são os testes com melhor sensibilidade.

Devemos lembrar que, na maior parte dos casos, a confirmação do diagnóstico de

dengue é retrospectiva, dessa forma, as condutas e o manejo dos pacientes são realizados a

partir da suspeita clínica.

4.1 Métodos sorológicos

Detecção de IgM (Elisa)

sintomas. Sua maior sensibilidade ocorre entre o décimo e décimo

prática a coleta é realizada partir do sexto dia d

Detecção de IgG (Elisa)

duas amostras (fase aguda e fase de convalescência) para confirmação do diagnóstico.

4.2 Detecção de vírus ou antígenos virais

Detecção de NS1 – trata

antigenemia NS1 da dengue pela técnica Elisa. Tem sua melhor sensibilidade principalmente

nos primeiros três dias da doença. A técnica apresenta uma alta especificidade, mas apenas

moderada sensibilidade, o que não permite excluir um caso d

O exame esta disponível nos laboratórios de referência estaduais. No caso do estado de Minas

Gerais, a Fundação Ezequiel Dias (FUNED). Da mesma forma que a pesquisa do NS1, o RT

PCR e o isolamento viral estão disponíveis

complexidade do isolamento viral e do PCR, a utilização é geralmente restrita à vigilância

epidemiológica, no intuito de detectar o sorotipo circulante em uma dada região ou para

conclusão de casos graves e óbitos suspeitos de dengue.

Quais são os exames laboratoriais que devem ser

solicitados para o diagnóstico específico de

Apenas o quadro clínico não permite a confirmação do diagnóstico de dengue.

a confirmação, o diagnóstico poderá ser feito por métodos sorológicos ou pela detecção do

Na fase aguda a confirmação poderá ser feita através da pesquisa da proteína NS1 no

ou através do isolamento viral ou PCR.20 A partir do sexto dia da

doença, os métodos sorológicos são os testes com melhor sensibilidade.1,3,20

Devemos lembrar que, na maior parte dos casos, a confirmação do diagnóstico de

dengue é retrospectiva, dessa forma, as condutas e o manejo dos pacientes são realizados a

(Elisa) – apresenta boa sensibilidade a partir do sexto dia do início de

sintomas. Sua maior sensibilidade ocorre entre o décimo e décimo-quarto dia de doença, na

prática a coleta é realizada partir do sexto dia do início dos sintomas.

lisa) – isoladamente é um método pouco utilizado, pois necessita de

duas amostras (fase aguda e fase de convalescência) para confirmação do diagnóstico.

2 Detecção de vírus ou antígenos virais

trata-se de ferramenta diagnóstica usada na detecção da

antigenemia NS1 da dengue pela técnica Elisa. Tem sua melhor sensibilidade principalmente

nos primeiros três dias da doença. A técnica apresenta uma alta especificidade, mas apenas

moderada sensibilidade, o que não permite excluir um caso de dengue apenas com esta técnica.

O exame esta disponível nos laboratórios de referência estaduais. No caso do estado de Minas

Gerais, a Fundação Ezequiel Dias (FUNED). Da mesma forma que a pesquisa do NS1, o RT

PCR e o isolamento viral estão disponíveis nos laboratórios de referência estaduais. Devido à

complexidade do isolamento viral e do PCR, a utilização é geralmente restrita à vigilância

epidemiológica, no intuito de detectar o sorotipo circulante em uma dada região ou para

e óbitos suspeitos de dengue.

9

Quais são os exames laboratoriais que devem ser

solicitados para o diagnóstico específico de

diagnóstico de dengue.18,19 Para

a confirmação, o diagnóstico poderá ser feito por métodos sorológicos ou pela detecção do

Na fase aguda a confirmação poderá ser feita através da pesquisa da proteína NS1 no

A partir do sexto dia da

Devemos lembrar que, na maior parte dos casos, a confirmação do diagnóstico de

dengue é retrospectiva, dessa forma, as condutas e o manejo dos pacientes são realizados a

apresenta boa sensibilidade a partir do sexto dia do início de

quarto dia de doença, na

isoladamente é um método pouco utilizado, pois necessita de

duas amostras (fase aguda e fase de convalescência) para confirmação do diagnóstico.

na detecção da

antigenemia NS1 da dengue pela técnica Elisa. Tem sua melhor sensibilidade principalmente

nos primeiros três dias da doença. A técnica apresenta uma alta especificidade, mas apenas

e dengue apenas com esta técnica.

O exame esta disponível nos laboratórios de referência estaduais. No caso do estado de Minas

Gerais, a Fundação Ezequiel Dias (FUNED). Da mesma forma que a pesquisa do NS1, o RT-

nos laboratórios de referência estaduais. Devido à

complexidade do isolamento viral e do PCR, a utilização é geralmente restrita à vigilância

epidemiológica, no intuito de detectar o sorotipo circulante em uma dada região ou para

A recomendação do Ministério da Saúde é que, nos casos com sinais de alarme e

casos graves, grupos C e D, respectivamente, sejam coletados amostras de soro dos pacientes

no momento dos primeiros atendimentos. Amostras co

sintomas (até o quinto dia, preferencialmente até o terceiro dia) serão processadas por técnicas

de detecção viral ou de antígenos virais, como isolamento viral, PCR e pesquisa do antígeno

NS1, dependendo da disponibilidade do serviço. A partir do sexto dia da doença, os métodos

sorológicos são os com melhor sensibilidade e rotineiramente empregados para o diagnóstico

da doença. O principal método é a detecção de IgM por

pacientes apresentam IgM reagente entre o sexto e o décimo dia da doença. Os títulos atingem

o pico na segunda semana após o início dos sintomas e 99% dos pacientes apresentam IgM

detectável nesta fase.20

Na rotina, a sorologia para dengue (pesquisa de IgM) é o método de

escolha para a confirmação dos casos suspeitos de dengue e deverá ser solicitada

para todos os pacientes, a partir do sexto dia do início dos sintomas.

4.3 Testes rápidos

Testes rápidos são geralmente testes diagnósticos capazes de fornecer o resultado em

questão de minutos. No caso de testes rápidos para dengue, fornecem o resultado em 20 a 30

minutos. Existem no mercado vários testes rápidos para dengue de diversas metodo

permitem a detecção tanto de anticorpos quanto de antígenos. Os testes rápidos trazem um

futuro promissor quanto ao diagnóstico precoce e a possibilidade de um manejo clínico mais

adequado dos pacientes. Entretanto, o médico deve avaliar com cau

qualquer teste diagnóstico para dengue.

Como qualquer teste diagnóstico para dengue, o resultado negativo isoladamente não

exclui o diagnóstico de dengue.

de bacteremia concomitantemente a infecções por dengue, o que faz com que estejamos sempre

atentos para a possibilidade de sepse bacteriana em pacientes com dengue, tanto na fase inicial

do quadro clínico, quanto em fases mais tardias, principalmente em pacientes graves

5. Quais são os principais diagnósticos diferenciais

da dengue?

O diagnóstico diferencial é amplo e depende dos sinais e sintomas apresentados pelo

paciente. Apesar de plaquetopenia e leucopenia

diagnóstico de dengue quando comparado a outras doenças febris agudas, nenhum sinal

A recomendação do Ministério da Saúde é que, nos casos com sinais de alarme e

respectivamente, sejam coletados amostras de soro dos pacientes

no momento dos primeiros atendimentos. Amostras coletadas nos primeiros dias de início dos

sintomas (até o quinto dia, preferencialmente até o terceiro dia) serão processadas por técnicas

de detecção viral ou de antígenos virais, como isolamento viral, PCR e pesquisa do antígeno

bilidade do serviço. A partir do sexto dia da doença, os métodos

sorológicos são os com melhor sensibilidade e rotineiramente empregados para o diagnóstico

da doença. O principal método é a detecção de IgM por ELISA. Aproximadamente 93% dos

entam IgM reagente entre o sexto e o décimo dia da doença. Os títulos atingem

o pico na segunda semana após o início dos sintomas e 99% dos pacientes apresentam IgM

Na rotina, a sorologia para dengue (pesquisa de IgM) é o método de

escolha para a confirmação dos casos suspeitos de dengue e deverá ser solicitada

para todos os pacientes, a partir do sexto dia do início dos sintomas.

Testes rápidos são geralmente testes diagnósticos capazes de fornecer o resultado em

questão de minutos. No caso de testes rápidos para dengue, fornecem o resultado em 20 a 30

minutos. Existem no mercado vários testes rápidos para dengue de diversas metodo

permitem a detecção tanto de anticorpos quanto de antígenos. Os testes rápidos trazem um

futuro promissor quanto ao diagnóstico precoce e a possibilidade de um manejo clínico mais

adequado dos pacientes. Entretanto, o médico deve avaliar com cautela os resultados de

qualquer teste diagnóstico para dengue.

Como qualquer teste diagnóstico para dengue, o resultado negativo isoladamente não

exclui o diagnóstico de dengue.21,22 É importante salientar também que já foram descritos casos

concomitantemente a infecções por dengue, o que faz com que estejamos sempre

atentos para a possibilidade de sepse bacteriana em pacientes com dengue, tanto na fase inicial

do quadro clínico, quanto em fases mais tardias, principalmente em pacientes graves

Quais são os principais diagnósticos diferenciais

O diagnóstico diferencial é amplo e depende dos sinais e sintomas apresentados pelo

paciente. Apesar de plaquetopenia e leucopenia estarem mais freqüentemente associadas ao

diagnóstico de dengue quando comparado a outras doenças febris agudas, nenhum sinal

10

A recomendação do Ministério da Saúde é que, nos casos com sinais de alarme e nos

respectivamente, sejam coletados amostras de soro dos pacientes

letadas nos primeiros dias de início dos

sintomas (até o quinto dia, preferencialmente até o terceiro dia) serão processadas por técnicas

de detecção viral ou de antígenos virais, como isolamento viral, PCR e pesquisa do antígeno

bilidade do serviço. A partir do sexto dia da doença, os métodos

sorológicos são os com melhor sensibilidade e rotineiramente empregados para o diagnóstico

. Aproximadamente 93% dos

entam IgM reagente entre o sexto e o décimo dia da doença. Os títulos atingem

o pico na segunda semana após o início dos sintomas e 99% dos pacientes apresentam IgM

Na rotina, a sorologia para dengue (pesquisa de IgM) é o método de

escolha para a confirmação dos casos suspeitos de dengue e deverá ser solicitada

para todos os pacientes, a partir do sexto dia do início dos sintomas.

Testes rápidos são geralmente testes diagnósticos capazes de fornecer o resultado em

questão de minutos. No caso de testes rápidos para dengue, fornecem o resultado em 20 a 30

minutos. Existem no mercado vários testes rápidos para dengue de diversas metodologias que

permitem a detecção tanto de anticorpos quanto de antígenos. Os testes rápidos trazem um

futuro promissor quanto ao diagnóstico precoce e a possibilidade de um manejo clínico mais

tela os resultados de

Como qualquer teste diagnóstico para dengue, o resultado negativo isoladamente não

É importante salientar também que já foram descritos casos

concomitantemente a infecções por dengue, o que faz com que estejamos sempre

atentos para a possibilidade de sepse bacteriana em pacientes com dengue, tanto na fase inicial

do quadro clínico, quanto em fases mais tardias, principalmente em pacientes graves e idosos.6,8

Quais são os principais diagnósticos diferenciais

O diagnóstico diferencial é amplo e depende dos sinais e sintomas apresentados pelo

estarem mais freqüentemente associadas ao

diagnóstico de dengue quando comparado a outras doenças febris agudas, nenhum sinal clínico

ou laboratorial isoladamente é capaz de distinguir a doença de outras síndromes febris agudas,

já que doenças como hepatites, leptospirose e sepse bacteriana podem apresentar as mesmas

manifestações.18

Apesar disto, devemos lembrar que entre os diagnósticos diferencias de dengue, vários

necessitam de tratamento específico, como é o caso da leptospirose, da malária, da

meningococcemia e do choque séptico.

dengue deve-se considerar a possibilidade de doenças que requerem tratamento específico

Quadro 2 – Diagnósticos diferenciais de dengue por síndrome clínica

Síndrome febril aguda

Síndrome exantemática

febril

Síndrome hemorrágica

febril

Síndrome dolorosa

abdominal

Síndrome do choque

Síndrome meníngea

Na fase febril inicial, devem

infecções por adenovírus e enterovírus. Doenças exantemáticas como sarampo, rubéola,

infecções pelo vírus parvovírus B19 e escarlatina são diagnósticos diferenciais importantes

frente a um caso suspeito de dengue com exant

paciente apresentar história de viagem a áreas endêmicas, como África e estados da região

norte do país. Riquetsioses como a Febre Maculosa Brasileira devem ser lembradas na

presença de história de picadas de

animais. Outras doenças como leptospirose, hepatites virais e febre tifóide podem apresentar o

ou laboratorial isoladamente é capaz de distinguir a doença de outras síndromes febris agudas,

tes, leptospirose e sepse bacteriana podem apresentar as mesmas

Apesar disto, devemos lembrar que entre os diagnósticos diferencias de dengue, vários

necessitam de tratamento específico, como é o caso da leptospirose, da malária, da

ococcemia e do choque séptico.23 Assim, sempre que se avaliar um caso suspeito de

se considerar a possibilidade de doenças que requerem tratamento específico

Diagnósticos diferenciais de dengue por síndrome clínica

Enteroviroses, influenza e outras viroses respiratórias,

hepatites virais, malária, febre tifóide e outras arboviroses

(oropouche).

Rubéola, sarampo, escarlatina, eritema infeccioso,

exantema súbito, enteroviroses, mononucleose infecciosa,

parvovirose, citomegalovirose, outras arboviroses (mayaro),

farmacodermias, sífilis, doença de Kawasaki, febre maculosa

brasileira, doença de Henoch-Schonlein, etc.

Hantavirose, febre amarela, leptospirose, malária

maculosa brasileira e púrpuras.

Apendicite, obstrução intestinal, abscesso hepático,

abdome agudo, pneumonia, infecção urinaria, colecistite aguda,

etc.

Meningococcemia, septicemia, febre purpúrica brasileira,

síndrome do choque tóxico e choque cardiogênico

(miocardites).

Meningites virais, meningite bacteriana e encefalites.

Na fase febril inicial, devem-se considerar diagnósticos como influenza, sepse bacteriana,

infecções por adenovírus e enterovírus. Doenças exantemáticas como sarampo, rubéola,

infecções pelo vírus parvovírus B19 e escarlatina são diagnósticos diferenciais importantes

frente a um caso suspeito de dengue com exantema [24]. Malária deve ser suspeitada quando o

paciente apresentar história de viagem a áreas endêmicas, como África e estados da região

norte do país. Riquetsioses como a Febre Maculosa Brasileira devem ser lembradas na

presença de história de picadas de carrapatos ou atividades com possível exposição a estes

animais. Outras doenças como leptospirose, hepatites virais e febre tifóide podem apresentar o

11

ou laboratorial isoladamente é capaz de distinguir a doença de outras síndromes febris agudas,

tes, leptospirose e sepse bacteriana podem apresentar as mesmas

Apesar disto, devemos lembrar que entre os diagnósticos diferencias de dengue, vários

necessitam de tratamento específico, como é o caso da leptospirose, da malária, da

Assim, sempre que se avaliar um caso suspeito de

se considerar a possibilidade de doenças que requerem tratamento específico.

Diagnósticos diferenciais de dengue por síndrome clínica

Enteroviroses, influenza e outras viroses respiratórias,

hepatites virais, malária, febre tifóide e outras arboviroses

Rubéola, sarampo, escarlatina, eritema infeccioso,

enteroviroses, mononucleose infecciosa,

parvovirose, citomegalovirose, outras arboviroses (mayaro),

farmacodermias, sífilis, doença de Kawasaki, febre maculosa

arela, leptospirose, malária grave, febre

Apendicite, obstrução intestinal, abscesso hepático,

abdome agudo, pneumonia, infecção urinaria, colecistite aguda,

Meningococcemia, septicemia, febre purpúrica brasileira,

síndrome do choque tóxico e choque cardiogênico

Meningites virais, meningite bacteriana e encefalites.

omo influenza, sepse bacteriana,

infecções por adenovírus e enterovírus. Doenças exantemáticas como sarampo, rubéola,

infecções pelo vírus parvovírus B19 e escarlatina são diagnósticos diferenciais importantes

ema [24]. Malária deve ser suspeitada quando o

paciente apresentar história de viagem a áreas endêmicas, como África e estados da região

norte do país. Riquetsioses como a Febre Maculosa Brasileira devem ser lembradas na

carrapatos ou atividades com possível exposição a estes

animais. Outras doenças como leptospirose, hepatites virais e febre tifóide podem apresentar o

mesmo quadro clínico da dengue nas suas fases iniciais. Como a dor abdominal pode fazer parte

do quadro clínico da dengue, principalmente nos casos graves, afecções abdominais agudas

como apendicite, colecistite e peritonites devem ser lembradas. Em regiões como no Triângulo

Mineiro, o diagnóstico diferencial com hantaviroses se faz necessário, de

e frequente necessidade de suporte respiratório.

6. Quais os critérios para alta hospitalar?

Uma das consequências da sobrecarga nos sistemas de saúde durante epide

é uma tendência às altas precoces. Estas podem ser responsáveis por aumentar o risco dos

pacientes quanto ao desenvolvimento de formas graves e óbito. O Ministério da Saúde

recomenda que os seguintes critérios sejam preenchidos antes de optarmos pela alta dos

pacientes que tenham sido internados:

• o paciente deve estar estável hemodinamicamente durante 48 horas;

• ausência de febre por 48 horas;

• melhora visível do quadro clinico;

• hematócrito normal e estável por 24 horas;

• contagem de plaquetas em elevação e superior a 50.000/m

7. Cartão de acompanhamento do

de dengue (Anexo I)

Tendo em vista que muitos pacientes

uma vez aos serviços de saúde e provavelmente

médicos, o cartão de acompanhamento é uma ferramenta simples e capaz de proporcionar um

melhor seguimento clínico. No cartão constam informações de identificação do paciente, data

do início dos sintomas, result

Estas informações auxiliam o profissional de saúde n

paciente, se favorável ou não;

hidratação e os sinais de alarme;

relacionadas à necessidade de retorno aos serviços de saúde e maneiras adequadas de

hidratação.

O cartão de acompanhamento deverá ser entregue ao paciente ou acomp

lidas as orientações e esclarecidas todas as dúvidas. Em todos os retornos o paciente deverá

estar de posse do cartão. O profissional de saúde deverá preencher e atualizar o cartão a cada

retorno.

mesmo quadro clínico da dengue nas suas fases iniciais. Como a dor abdominal pode fazer parte

línico da dengue, principalmente nos casos graves, afecções abdominais agudas

como apendicite, colecistite e peritonites devem ser lembradas. Em regiões como no Triângulo

Mineiro, o diagnóstico diferencial com hantaviroses se faz necessário, devido sua alt

ente necessidade de suporte respiratório.25

Quais os critérios para alta hospitalar?

ências da sobrecarga nos sistemas de saúde durante epide

altas precoces. Estas podem ser responsáveis por aumentar o risco dos

pacientes quanto ao desenvolvimento de formas graves e óbito. O Ministério da Saúde

recomenda que os seguintes critérios sejam preenchidos antes de optarmos pela alta dos

tenham sido internados:

paciente deve estar estável hemodinamicamente durante 48 horas;

usência de febre por 48 horas;

elhora visível do quadro clinico;

ematócrito normal e estável por 24 horas;

ontagem de plaquetas em elevação e superior a 50.000/mm3.

Cartão de acompanhamento dos pacientes com suspeita

de dengue (Anexo I)

Tendo em vista que muitos pacientes com suspeita de dengue deverão retornar mais de

uma vez aos serviços de saúde e provavelmente e serão atendidos por diferentes profissionais

médicos, o cartão de acompanhamento é uma ferramenta simples e capaz de proporcionar um

. No cartão constam informações de identificação do paciente, data

do início dos sintomas, resultados de prova do laço, hematócrito e medidas da pressão arterial.

Estas informações auxiliam o profissional de saúde no acompanhamento da evolução d

subsidiam a tomada de decisão quanto à hospitalização, formas de

alarme; contem orientações importantes para pacientes e familiares

relacionadas à necessidade de retorno aos serviços de saúde e maneiras adequadas de

O cartão de acompanhamento deverá ser entregue ao paciente ou acompanhante, depois de

e esclarecidas todas as dúvidas. Em todos os retornos o paciente deverá

estar de posse do cartão. O profissional de saúde deverá preencher e atualizar o cartão a cada

12

mesmo quadro clínico da dengue nas suas fases iniciais. Como a dor abdominal pode fazer parte

línico da dengue, principalmente nos casos graves, afecções abdominais agudas

como apendicite, colecistite e peritonites devem ser lembradas. Em regiões como no Triângulo

vido sua alta letalidade

ências da sobrecarga nos sistemas de saúde durante epidemias de dengue

altas precoces. Estas podem ser responsáveis por aumentar o risco dos

pacientes quanto ao desenvolvimento de formas graves e óbito. O Ministério da Saúde

recomenda que os seguintes critérios sejam preenchidos antes de optarmos pela alta dos

s com suspeita

de dengue deverão retornar mais de

serão atendidos por diferentes profissionais

médicos, o cartão de acompanhamento é uma ferramenta simples e capaz de proporcionar um

. No cartão constam informações de identificação do paciente, data

e medidas da pressão arterial.

da evolução do

a tomada de decisão quanto à hospitalização, formas de

orientações importantes para pacientes e familiares

relacionadas à necessidade de retorno aos serviços de saúde e maneiras adequadas de

anhante, depois de

e esclarecidas todas as dúvidas. Em todos os retornos o paciente deverá

estar de posse do cartão. O profissional de saúde deverá preencher e atualizar o cartão a cada

8. Notificação (Anexo II)

Dengue é uma doença de notificação compulsória. Todo caso suspeito de dengue deve ser

notificado. Existe ficha de notificação específica para dengue (Anexo II) e esta deverá

preenchida no momento da suspeita clínica.

Casos suspeitos de dengue classificados como cas

casos de Febre Hemorrágica da Dengue, Dengue com complicações ou Síndrome do Choque da

Dengue) são de notificação imediata. A notificação imediata deverá ser realizada por telefone ao

serviço de vigilância epidemiológ

onde o paciente esta sendo atendido. Na impossibilidade de notificação à SMS,

feita à Secretária Estadual de Saúde. Na impossibilidade de notificação à SMS e à SES, a

notificação deverá ser feita ao Ministério da Saúde.

Mesmo tendo notificado por telefone, o profissional de saúde deverá preencher a ficha de

notificação.

Meios de contato para notificação imediata:

Vigilâncias epidemiológicas

Belo Horizonte

Minas Gerais

Brasil (Ministério da Saúde)

9. Conclusão

A dengue é uma doença com quadro clínico de gravidade variável. Para a identificação de

pacientes com maior risco, a pesquisa de sinais de alarme, choque e de extravasamento

plasmático são tão importantes quanto à pesquisa de sangramentos.

pacientes podem evoluir para formas de maior gravidade rapidamente. Nos casos graves, o

agravamento do quadro clínico costuma ocorrer entre o terceiro e sexto dia da doença, período

da defervescência da febre.27 Todo paciente acom

orientações claras sobre os sinais de alarme e, em casos da ocorrência destes, retornar

imediatamente à unidade de saúde. O Brasil apresenta uma letalidade acima do esperado para

Notificação (Anexo II)

ma doença de notificação compulsória. Todo caso suspeito de dengue deve ser

notificado. Existe ficha de notificação específica para dengue (Anexo II) e esta deverá

preenchida no momento da suspeita clínica.

Casos suspeitos de dengue classificados como casos graves (óbitos suspeitos de dengue,

casos de Febre Hemorrágica da Dengue, Dengue com complicações ou Síndrome do Choque da

Dengue) são de notificação imediata. A notificação imediata deverá ser realizada por telefone ao

serviço de vigilância epidemiológica da Secretária Municipal de Saúde (SMS) do município

onde o paciente esta sendo atendido. Na impossibilidade de notificação à SMS,

Secretária Estadual de Saúde. Na impossibilidade de notificação à SMS e à SES, a

á ser feita ao Ministério da Saúde.

Mesmo tendo notificado por telefone, o profissional de saúde deverá preencher a ficha de

Meios de contato para notificação imediata:

Vigilâncias epidemiológicas Meios de contato

Telefone de plantão da epidemiologia:

8835-3120

Telefone: 155

E-mail: [email protected]

Disque notifica: 0800 644-6645

E-mail: [email protected]

A dengue é uma doença com quadro clínico de gravidade variável. Para a identificação de

pacientes com maior risco, a pesquisa de sinais de alarme, choque e de extravasamento

plasmático são tão importantes quanto à pesquisa de sangramentos.26 A doença é dinâmica e os

pacientes podem evoluir para formas de maior gravidade rapidamente. Nos casos graves, o

agravamento do quadro clínico costuma ocorrer entre o terceiro e sexto dia da doença, período

Todo paciente acompanhado ambulatorialmente deve receber

orientações claras sobre os sinais de alarme e, em casos da ocorrência destes, retornar

imediatamente à unidade de saúde. O Brasil apresenta uma letalidade acima do esperado para

13

ma doença de notificação compulsória. Todo caso suspeito de dengue deve ser

notificado. Existe ficha de notificação específica para dengue (Anexo II) e esta deverá

os graves (óbitos suspeitos de dengue,

casos de Febre Hemorrágica da Dengue, Dengue com complicações ou Síndrome do Choque da

Dengue) são de notificação imediata. A notificação imediata deverá ser realizada por telefone ao

ica da Secretária Municipal de Saúde (SMS) do município

onde o paciente esta sendo atendido. Na impossibilidade de notificação à SMS, esta deverá ser

Secretária Estadual de Saúde. Na impossibilidade de notificação à SMS e à SES, a

Mesmo tendo notificado por telefone, o profissional de saúde deverá preencher a ficha de

A dengue é uma doença com quadro clínico de gravidade variável. Para a identificação de

pacientes com maior risco, a pesquisa de sinais de alarme, choque e de extravasamento

A doença é dinâmica e os

pacientes podem evoluir para formas de maior gravidade rapidamente. Nos casos graves, o

agravamento do quadro clínico costuma ocorrer entre o terceiro e sexto dia da doença, período

panhado ambulatorialmente deve receber

orientações claras sobre os sinais de alarme e, em casos da ocorrência destes, retornar

imediatamente à unidade de saúde. O Brasil apresenta uma letalidade acima do esperado para

as formas graves de dengue. A principa

acompanhamento rigoroso dos pacientes.

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