demonstra??es financeiras padronizadas 2014

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  • Relatrio da Administrao

    Senhores Acionistas,

    A Administrao da Itaqui Gerao de Energia S.A. (Itaqui Gerao de Energia ou

    Companhia), em atendimento s disposies legais e estatutrias, submete apreciao dos

    Senhores o Relatrio da Administrao e as Demonstraes Financeiras da Companhia,

    acompanhados do relatrio dos auditores independentes sobre as demonstraes financeiras,

    todos referentes ao exerccio social findo em 31 de dezembro de 2014.

    01 Mensagem da Administrao

    A Itaqui Gerao de Energia uma usina termeltrica a carvo pulverizado importado, instalada

    em So Lus, capital do Estado do Maranho. Possui capacidade instalada de 360 MW, dos

    quais, 315 MW mdios esto contratados atravs do leilo de energia nova A-5, realizado em

    outubro de 2007. O PPA (Power Purchase Agreement ou contrato de energia) firmado tem

    prazo de 15 (quinze) anos iniciado em janeiro de 2012, e garante o repasse integral dos custos de

    combustvel ao preo da energia.

    02 Histrico da Companhia

    Em de 05 de fevereiro de 2013, a Agncia Nacional de Energia Eltrica (ANEEL) autoriza o

    inicio das operaes comerciais da Itaqui Gerao de Energia.

    Em 09 de abril de 2013, a ANEEL atravs o Ofcio n 085/2013-SRG-SFG-SEM/ANEEL

    comunica a Superintendncia da Cmara de Comercializao de Energia Eltrica CCEE que a

    partir de 03 de abril do corrente ano, torna-se sem efeito as orientaes contidas nos Ofcios n.

    050/2013-SRG-SFG-SEM/ANEEL, de 28 de fevereiro de 2013, e 077/2013-SRG-SFG-

    SEM/ANEEL, de 28 de maro de 2013, devendo a CCEE utilizar o valor da potncia e garantia

    fsica plena no seu processo de contabilizao, bem como o ONS nos seus processos de

    programao energtica e apurao de disponibilidade em montante inferior potncia

    outorgada. Portanto, esse feito torna a Itaqui Gerao de Energia habilitada e sem ressalva em

    sua capacidade de gerao de energia eltrica contratada no Leilo A-5 de 2007.

    03 Engenharia Bsica da Usina Termeltrica

    A usina termeltrica Itaqui possui 360 MW de capacidade instalada, com consumo estimado de

    carvo mineral de 600 mil a 1 milho de toneladas ao ano.

  • A unidade termeltrica composta por uma caldeira, um turbo gerador a vapor, um

    transformador de 410 MVA.

    Alm da ilha de potncia (sistema principal de produo, com turbina, caldeira, filtros FGD, e

    chamin e torre de resfriamento) a usina possui um sistema de tratamento de gua para

    dessalinizao (para captao de gua do mar utilizada), um sistema de aduo e descarte de

    efluentes, uma correia transportadora e uma linha de transmisso.

    04 O Processo Produtivo

    O carvo mineral, combustvel utilizado para a gerao de energia, chega pelo porto de Itaqui e

    levado ao ptio de estocagem da termeltrica Itaqui atravs de uma correia transportadora

    vedada, evitando perda de material.

    Do ptio de estocagem, o carvo empilhado em grandes carreiras e uma srie de cuidados

    especiais tomada: preparao do piso ao longo da extenso do ptio para captar a gua das

    chuvas, impermeabilizao do solo abaixo do ptio de estocagem e a continua umectao do

    solo para evitar a disperso de particulados. Alm disso, a usina possui um cinturo de

    vegetao densa e alta para impedir a ao dos ventos e proteger o carvo mineral.

    O carvo mineral levado por novas esteiras at os silos. Ali ele pulverizado e preparado para

    a queima. A gua do mar tambm utilizada no processo.

    Ela captada atravs de canos subterrneos e dessalinizada na estao de tratamento de gua.

    Na caldeira o p de carvo queimado e o calor gerado aquece a gua resultando em um vapor

    superaquecido que transforma a energia trmica em mecnica. A turbina faz girar o eixo de um

    gerador, produzindo eletricidade. O vapor precisa ser condensado para ser bombeado de volta a

    caldeira, onde o processo se repete. A gua do mar utilizada no resfriamento do vapor e depois

    devolvida inalterada ao meio ambiente, a no ser por uma discreta elevao da temperatura.

    A usina termeltrica Itaqui utiliza o que existe de mais moderno em tecnologia para a reduo

    de resduos. A ENEVA investe 30% a mais do que a legislao brasileira exige para construir

    uma usina com equipamentos e tecnologia de ponta, que possibilitam eliminar cerca de 95% das

    emisses geradas pela combusto do carvo.

    A eletricidade passa pelos transformadores para que a voltagem seja ajustada linha de

    transmisso, que j est conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

    05 Financiamento

  • A Itaqui Gerao de Energia um empreendimento que se enquadrou na modalidade Project

    Finance, pois um projeto estruturado financeiramente entre scios e credores externos na

    proporo de 67% Dvida e 33% Capital, onde o repagamento da dvida se dar com os recursos

    que sero gerados pelo fluxo de caixa operacional do empreendimento.

    06 Licenciamento

    Em 26 de outubro de 2012, a Companhia obteve junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente

    e dos Recursos Naturais Renovveis IBAMA a Licena de Operao relativa Usina

    Termeltrica Instalada na Av. dos Portugueses, s/n, mdulo G BR 135 no Distrito Industrial

    em So Lus MA, em rea aproximada de 50 h e 5 KM do Porto do Itaqui. Usina possui

    capacidade nominal de gerao de energia eltrica 360 MW, cuja finalidade ser de fornecer

    energia eltrica ao Sistema Interligado Nacional (SIN) atravs da Linha de Transmisso 230 Kv

    UTE Subestao So Luis II (Eletronorte). Esta Licena de Operao tambm abrange as

    instalaes perifricas da Itaqui Gerao de Energia S/A bem como Correia Transportadora de

    Carvo, Dutos de Captao de gua e Emisso de Efluentes e Linha de Transmisso. Tal licena

    vlida por 5 (cinco) anos.

    Demais Licenas esto destacadas na nota explicativa s demonstraes financeiras n 2.

    07 Benefcios Fiscais

    A Itaqui Gerao de Energia, por estar localizado na regio da ADENE/NE (Agncia de

    Desenvolvimento do Nordeste) e prioritrio para o desenvolvimento da regio, conta com um

    desconto de 75% no imposto de renda (IRPJ) calculado sobre o lucro da Explorao por um

    perodo de 10 (dez) anos, e o diferimento de 100% do ICMS sobre as importaes de carvo,

    destinado ao processo de produo da energia termeltrica.

    08 Responsabilidade Social

    A Companhia investiu cerca de R$16 milhes em um programa de assentamento que foi

    adotado como modelo pelo Governo do Estado do Maranho para outros empreendimentos que

    venham a se instalar no Estado e que dependam da remoo de pessoas.

    A rea que est instalada o empreendimento Itaqui Gerao de Energia pelo Governo do Estado

    do Maranho era denominada Vila Madureira e estava sendo ocupada por cerca de 90 famlias.

    A ocupao esta datada desde 1972 quando duas famlias chegaram quela rea como posseiros

    ocupando aproximadamente 40 hectares. O programa foi elaborado frente a implantao do

  • empreendimento que demandou a desocupao da rea e cuja concepo foi focada na busca de

    alternativas que garantam condies melhores de sobrevivncia para esses ocupantes.

    As famlias receberam casas de alvenaria com 57,00 m de rea construda, dotada de sala, 2

    quartos, cozinha e banheiro, escriturada em seu nome, com gua potvel e energia eltrica, alm

    de eletrodomsticos, em uma rea residencial onde a Companhia implantou tambm trs

    igrejas, praa, play ground, minimercado, centro comunitrio e uma escola contendo uma

    sala de informtica totalmente equipada. Atendendo importncia da implantao das polticas

    pblicas para a Comunidade, o empreendimento em parceria com rgos pblicos municipais e

    estaduais implantou uma Unidade Bsica de Sade e uma Companhia da Polcia, que alm de

    atender aos reassentados tem uma abrangncia de 10 mil famlias do municpio de Pao do

    Lumiar. Alm disso, a comunidade estar recebendo em breve uma nova instalao para a

    Rdio Comunitria e a construo de uma Casa de Cultura, que possuir espaos destinados

    Biblioteca Comunitria, ao Cine Clube e a apresentaes teatrais.

    Os reassentados ainda receberam benefcios para incluso produtiva, com doao de uma rea

    designada para agricultura, chamado de Plo Agrcola HortCana. O mesmo foi criado no ano

    de 2009, como alternativa de renda para agricultores da Vila Madureira, possui infraestrutura

    produtiva com telados, estufas, irrigao automatizada, reserva legal de 19,8ha, cinco

    quiosques, casa de higienizao e casa de farinha, e vem aprimorando o modelo agroecolgico

    de produo que agrega vrios elementos como os sistemas agroflorestais, compostagem,

    biofertilizantes, controle alternativo de pragas e doenas. , portanto, um contraponto ao

    modelo convencional e deve ser divulgado como um grande irradiador de tecnologia para

    sensibilizar os jovens e os agricultores do entorno quanto importncia do manejo

    agroecolgico na sustentabilidade da produo agrcola. O Polo Agrcola participa de todos os

    programas pblicos municipais e estaduais, como o Programa de Alimentao Escolar, o

    Programa de Aquisio de Alimentos, Feiras Rurais, Dia de Campo, entre outros.

    O Programa Vila Nova Cana foi vencedor do Prmio Eco na categoria Sustentabilidade em

    Novos Negcios em sua edio realizada no ano de 2010, sendo essa uma das mais importantes

    premiaes no Brasil no reconhecimento de empresas comprometidas com os princpios e

    prticas de cidadania empresarial e do desenvolvimento sustentvel.

    Em 2014, a Companhia deu continuidade aos diversos programas para garantir melhores

    condies e relacionamento com as famlias reassentadas e comunidades do entorno, tais como:

    Programa de Comunicao e Relacionamento com Partes Interessadas

    Implementar o Programa de Comunicao e Relacionamento com as Partes

    Interessadas, dando aporte s aes/atividades aos demais Programas Socioambientais

    de Sade e de Educao. Consiste em apoio aos outros programas dos Programas Bsicos

  • Ambientais. Como aes do Programa de Comunicao podemos citar a realizao da

    Pesquisa de Percepo e os Seminrios Devolutivos que acontecem anualmente.

    Programa de Controle e Monitoramento das Condies de Sade tem como

    principal objetivo trabalhar junto s famlias e grupos sociais do contexto da Itaqui

    Gerao de Energia, aes/atividades para decodificar os possveis efeitos decorrentes

    das atividades do empreendimento sobre a sade e apoiar Polticas Pblicas do setor.

    Programa de Educao Ambiental Focado em 5 (cinco) Projetos Bsicos

    abordando as questes referentes:

    1. Projeto Polo Agrcola - Suporte Tcnico, Criao da Linha de Produtos do Polo Agrcola, implantao da horta comunitria, Dia de Campo e outros;

    2. Projeto Vila Cana - Gincana Cultural da Vila Cana; 3. Projeto Rdio Comunitria - Instalao da nova estrutura da Rdio Comunitria 4. Projeto de Formao dos Agentes Comunitrios de Sade - Encerrada a 1. Turma do Curso de Formao dos Agentes Comunitrios de Sade. 5. Projeto Vigiar - Mobilizao com os gestores pblicos da rea da sade.

    Programa Crianas Saudveis, Futuro Saudvel - Programa Voluntrio que

    atende crianas, educadores e famlias das comunidades do entorno e da Vila Cana, com

    foco na Educao Sanitria e Nutricional.

    Todos os Projetos relativos aos Programas Bsicos Ambientais fazem parte do processo de

    licenciamento do rgo ambiental ao empreendimento, o qual o responsvel por fiscalizar as

    aes.

    09 Desempenho Econmico Financeiro

    09.01 Destaques de 2014

    Receita Lquida: acrscimo de 108% com operao comercial, comparados ao mesmo

    perodo do ano anterior;

    Custos Operacionais: decrscimo de 34% devido eficincia operacional da usina e

    na reduo das compras de energia precificadas a PLD para recomposio de lastro;

    Despesas Operacionais: decrscimo de 16%, resultante da reduo das despesas com

    pessoal e no gerenciamento dos gastos com despesas administrativas;

    EBITDA: EBITDA de R$ 139,6 milhes, resultante do aumento da capacidade

    operacional e do melhor desempenho operacional da usina;

    Penalidades por indisponibilidade: A Justia Federal concedeu liminar para Itaqui

    suspendendo cobranas de indisponibilidade com base em medies de hora em hora.

  • Principais indicadores (milhares de R$) 2014 2013 %

    Receita Operacional Lquida 564,059 271,681 108% Custos Operacionais (416,647) (627,895) -34% Despesas Operacionais (7,852) (9,342) -16% EBITDA 139,560 (365,556) N.A. Lucro/prejuzo lquido (419,615) (41,236) 918% Dvida Lquida 1.214,960 1.298,012 -6,40%

    Vendas de Energia (GWh) 2.075,462 1.784,787 16%

    Reclculo de pagamentos por indisponibilidade da usina termeltrica de

    Itaqui: A Aneel determinou em 20 de setembro de 2014 que a CCEE Cmara de

    Compensao de Energia Eltrica recalcule os reembolsos de indisponibilidade desde o

    incio da operao da usina termoeltrica de Itaqui utilizando uma metodologia de

    disponibilidade mdia mvel de 60 meses. Como resultado dessa deciso, a partir de 10

    de novembro de 2014, a usina j foi reembolsada num valor total de R$95 milhes.

    Desde setembro de 2013, a Companhia vem registrando sua indisponibilidade de acordo com

    uma decretao do Tribunal Federal, que determinou a utilizao de uma mdia mvel de 60

    meses para clculos de indisponibilidade, conforme previsto nos CCEARs Contratos de

    Comercializao de Energia Eltrica firmados pelas partes.

    09.01.01 Receita Operacional Lquida

    Em 2014, a Companhia registrou receita operacional lquida de R$564,06 milhes, em

    comparao aos R$271,7 milhes reportados em 2013, representando um acrscimo de 108%

    em relao ao mesmo perodo do ano anterior.

    A receita lquida reportadas em 2014 composta principalmente pelas receitas provenientes dos

    Contratos de Comercializao de Energia no Ambiente Regulado (CCEAR).

    A composio das receitas operacionais no encerramento do exerccio findo em 2014 e 2013 a

    seguinte:

    Receita Operacional (milhes de R$) 2014 2013 %

    Receita Bruta 627,036 330,170 90% Receita fixa 321,147 272,499 18% Receita varivel 222,606 186,262 20% Ajustes de exerccios anteriores - - - Outras receitas 83,283 (128,591) -165%

    Dedues da Receita Operacional (62,977) (58,489) 8% Receita Operacional Lquida 564,059 271,681 108%

    09.01.02 Custos Operacionais

  • No encerramento do exerccio findo em 31 de dezembro de 2014, os Custos Operacionais,

    excluindo Depreciao e Amortizao, foram de R$ 416,6 milhes, representando uma

    reduo de 34% quando comparados ao exerccio encerrado em 31 de dezembro de 2013.

    Custos Operacionais (milhares de R$) 2014 2013 %

    Pessoal e Gesto (26,646) (19,331) 38%

    Combustvel (242,943) (232,164) 5%

    Servios de terceiros (73,990) (43,973) 68%

    Arrendamentos e Aluguis (2,462) (4,192) -41%

    Energia comprada para revenda (64,321) (212,297) -70%

    Outros Custos (6,285) (115,938) -95%

    Encargos de Transmisso (18,452) (18,203) 1%

    Compensao por indisponibilidade 35,834 (80,316) -145%

    Outros (23,667) (17,419) 36% Total (416,647) (627,895) -34% Depreciao e Amortizao (86,043) (80,453) 7%

    Total de Custos Operacionais (502,690) (708,348) -29%

    Os custos operacionais totalizaram R$ 502,7 milhes no encerramento do exerccio de 2014,

    representando uma reduo de 29% comparados ao mesmo perodo do ano anterior,

    impactados principalmente pela reduo das compras de energia para recomposio de lastro e

    pela alterao na sistemtica de clculo das penalidades por indisponibilidade. Toda a planta

    fora despachada pelo ONS durante o exerccio inteiro.

    A operao em todo o exerccio tambm impactou a conta de Servios de Terceiros, que

    aumentou 68% comparados ao mesmo perodo do ano anterior totalizando R$ 43,9 milhes,

    principalmente devido ao aumento dos custos com servios pblicos, maquinrio e

    equipamentos de reparao, manuteno mecnica e consultoria tcnica.

    Por outro lado, houve neste exerccio uma reduo considervel nos custos operacionais

    comparados ao mesmo perodo do ano anterior, bem como a conta de Arrendamentos e

    Aluguis, que totalizou R$ 2,5 milhes neste exerccio, representando uma reduo de 41%,

    comparados ao mesmo perodo do exerccio anterior.

    A conta de Outros Custos totalizou R$ 6,3 milhes neste exerccio, representando uma reduo

    de 95%, tal reduo reflexo da deciso da Aneel em recalcular os custos das penalidades por

    indisponibilidade que ocasionou no reembolso por parte das Distribuidoras no valor de R$ 95

    milhes a Companhia.

    Os custos operacionais so compostos principalmente por custos com pessoal, combustveis,

    servio de terceiros, custos por indisponibilidade, compra de energia para recomposio de

    lastro e do arrendamento em rea primria no Porto do Itaqui, onde fora instalado o

    descarregador de navio e a esteira transportadora.

  • 09.01.03 Despesas Operacionais

    No encerramento do exerccio findo em 31 de dezembro de 2014, as Despesas Operacionais,

    excluindo Depreciao e Amortizao, foram de R$ 7,9 milhes, representando uma reduo de

    16% quando comparados ao exerccio encerrado em 31 de dezembro de 2013.

    Despesas Operacionais (milhares de R$) 2014 2013 %

    Pessoal (2,030) (0,077) 2536%

    Servios de Terceiros (5,107) (7,877) -35%

    Arrendamentos e Aluguis (0,030) (0,223) -87%

    Outros Custos (0,685) (1,165) -41%

    Total (7,852) (9,342) -16%

    Depreciao e Amortizao (0,379) (0,406) -7%

    Total de Despesas Operacionais (8,231) (9,748) -16%

    As principais variaes esto apresentadas a seguir:

    Servios de Terceiros: Os gastos com servios de terceiros em 2014 atingiu R$ 5,1

    milhes, representando uma reduo de 35% em relao a 2013.

    Arrendamento e Aluguis: Os gastos com arrendamento e aluguis em 2014 atingiu

    0,03 milho, representando uma reduo de 87% em relao a 2013.

    Outros Custos: os outros gastos em 2014 atigiu R$0,7 milho representando uma reduo de

    41% em relao a 2013. Os outros gastos so compostos, principalmente, por materiais, seguros

    e outros tributos.

    09.01.04 EBITDA

    No encerramento do exerccio findo em 31 de dezembro de 2014, a Companhia reportou um EBITDA

    positivo de R$ 139,6 milhes, principalmente devido a:

    Receita varivel mais alta devido melhoria da disponibilidade da usina;

    Operao comercial da usina durante todo o exerccio;

    Melhor desempenho operacional da usina, resultando em diminuio nos custos operacionais por

    MWh gerado.

    Provises de reembolso para pagamentos a maior de exerccios anteriores das penalidades por gerao

    abaixo.

  • Principais indicadores (milhares de R$) 2014 2013 %

    Receita Operacional Lquida 564,059 271,681 108% Custos Operacionais (416,647) (627,895) -34% Despesas Operacionais (7,852) (9,342) -16% EBITDA 139,560 (365,556) N.A. Lucro/prejuzo lquido (419,615) (41,236) 918% Dvida Lquida 1.214,960 1.298,012 -6,40%

    Vendas de Energia (GWh) 2.075,462 1.784,787 16%

    09.01.05 Resultado Financeiro Lquido

    No encerramento do exerccio findo em 31 de dezembro de 2014, a Companhia registrou

    despesas financeiras lquidas de R$ 151,3 milhes. Representado um acrscimo de 11,07%

    comparadas s despesas financeiras lquidas de R$ 136,2 milhes no mesmo perodo do

    exerccio anterior, impactadas principalmente pelo registro dos encargos de dvida com

    emprstimos e financiamentos e dos custos oriundos dos contratos de mtuo firmados com a

    Controladora ENEVA.

    09.01.06 Lucro ou Prejuzo Lquido

    No encerramento do exerccio findo em 31 de dezembro de 2014, a Companhia registrou um

    prejuzo liquido de R$ 419,9 milhes, representando um aumento no prejuzo lquido de 67%,

    comparados ao mesmo perodo do ano anterior, impactado principalmente pela aplicao do

    CPC 01 Valor Recuperao de Ativos, no reconhecimento das perdas por impairment.

    DEMONSTRAO DE RESULTADOS (R$ milhes) 2014 2013 %

    Resultado Financeiro (Milhares de R$) 2014 2013 %

    Receita Financeira 17,417 6,012 189,70%

    Receitas de aplicaes financeiras 10,701 5,598 91,16%

    Outros 7,715 0,414 1763,59% Despesas Financeiras (169,720) (142,238) 19,32% Despesas com juros (160,291) (142,298) 12,64%

    Liquidao de derivativos - 2,803 -100,00%

    Outros (8,429) (2,743) 207,36%

    Resultado Financeiro Lquido (151,304) (136,226) 11,07%

  • Receita Operacional Lquida 564,0 528,7 6,64%

    Custos Operacionais (503,0) (708,3) -28,99%

    Despesas Operacionais (8,2) (9,7) -15,56%

    Resultado Financeiro Lquido (150,0) (136,2) 10,11%

    Outras Receitas/Despesas (322,0) (0,2) 163351,78%

    Resultados Antes de Impostos (419,2) (325,7) 28,73%

    Impostos a Recolher e Diferidos (0,6) 74,9 -100,87%

    LUCRO LQUIDO (419,9) (250,7) 67%

    EBITDA 139,6 (365,6) -138%

    09.01.07 Investimentos (viso contbil)

    No encerramento do exerccio de dezembro de 2014, os investimentos da Companhia

    totalizaram R$ 2.383,258 bilhes, a depreciao e amortizao totalizaram R$ 167,5 milhes.

    Investimentos (R$ milhes de R$)

    2014 2013

    Capex Juros

    capitalizados Depreciao e Amortizao

    Capex Juros

    capitalizados Depreciao e Amortizao

    2.383,258 -

    (167,5)

    2.744,1

    13,7

    (82,0)

    10 Relacionamento com Auditor Independente

    Em atendimento Instruo CVM n. 381/2003 informamos que a PriceWaterHouseCoopers

    Auditores Independentes presta servios de auditoria externa para a Itaqui Gerao de Energia

    S.A relacionados ao exame das demonstraes financeiras e no realizou nenhum outro servio

    para a Companhia at o encerramento deste exerccio datado em 31 de dezembro de 2014.

    A poltica de contratao adotada pela Companhia atende aos princpios que preservam a

    independncia do auditor, de acordo com as normas vigentes, que principalmente determinam

    que o mesmo no possa auditar o seu prprio trabalho nem exercer funes gerenciais no seu

    cliente ou ainda promover os seus interesses.

  • Demonstraes Financeiras Itaqui Gerao de Energia S.A. (Companhia Aberta) 31 de dezembro de 2014 com Relatrio dos Auditores Independentes sobre as Demonstraes Financeiras

  • As notas explicativas da administrao so parte integrante das demonstraes financeiras.

    Itaqui Gerao de Energia S.A. Balano Patrimonial Exerccios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais

    Ativo

    Nota

    2014

    2013

    Passivo e patrimnio lquido

    Nota

    2014

    2013

    Circulante

    Circulante Caixa e equivalentes de caixa

    6

    29.105

    27.309

    Fornecedores

    46.775

    126.245

    Clientes 8 86.295 85.026

    Emprstimos e financiamentos

    15

    101.189

    99.679 Estoques 9 80.387 31.467

    Impostos e contribuies a recolher

    13.019 14.357

    Impostos a recuperar 11 3.826 5.829

    Salrios e frias a pagar 6.056 3.725 Despesas antecipadas 10 3.973 2.547

    Energia eltrica ressarcimento 17 81.064 38.042

    Outros crditos 2.204 921

    Retenes contratuais 6.398 2.738

    Outras contas a pagar 2.243 710

    205.790

    153.099

    256.744 285.496

    No circulante

    Realizvel a longo prazo

    Despesas antecipadas

    10

    594

    No circulante

    Depsitos vinculados

    7

    36.646

    64.629

    Emprstimos e financiamentos

    15

    1.113.771

    1.198.333 Impostos a recuperar

    11

    2.049

    1.131

    Contas a pagar a partes relacionadas

    14

    426.677

    526.391

    Imposto de renda e contribuio social diferidos

    11

    192.127

    192.127

    Imposto de renda e contribuio social diferidos

    11

    649 Partes relacionadas

    2.471

    3.230 Adiantamento para futuro aumento de capital

    10.000

    87.700

    Outros crditos

    777

    182

    1.551.097

    1.812.424

    234.070

    261.893

    Patrimnio lquido

    Capital social 18 1.757.360 1.458.660 Imobilizado

    12

    2.205.493

    2.651.061

    Reservas lucros 113

    Intangvel 13 10.260 11.062

    Prejuzos acumulados

    (909.701 ) (478.757 ) Diferido 708

    847.772

    979.903

    Total do ativo

    2.655.613

    3.077.823

    Total do passivo e patrimnio lquido

    2.655.613

    3.077.823

  • As notas explicativas da administrao so parte integrante das demonstraes financeiras.

    Itaqui Gerao de Energia S.A. Demonstraes do resultado Exerccios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais

    Nota

    2014

    2013

    Receita lquida

    20

    564.060

    528.863 Custos

    21

    (502.654)

    (708.348)

    Resultado operacional bruto

    61.406 (179.485)

    Receitas/Despesas operacionais Despesas gerais e administrativas

    21

    (8.231)

    (9.748) Impairment ativo imobilizado 12 (370.181)

    Outras receitas/despesas

    37.016

    (197)

    Resultado antes das receitas (despesas) financeiras lquidas e impostos

    (279.990)

    (189.430)

    Receitas financeiras

    22

    18.416

    8.815 Despesas financeiras

    22

    (168.721)

    (145.041)

    (150.305)

    (136.226)

    Resultado antes dos impostos

    (430.295)

    (325.656)

    Imposto de renda e contribuio social diferidos

    11

    (649)

    74.920

    Prejuzo do exerccio

    (430.944)

    (250.736)

  • As notas explicativas da administrao so parte integrante das demonstraes financeiras.

    Itaqui Gerao de Energia S.A. Demonstraes das mutaes do patrimnio lquido Em milhares de reais

    Capital Reservas Prejuzos social Lucros acumulados Total

    Saldos em 31 de dezembro de 2012 764.100 (228.021)

    536.079

    Aumento de capital 694.560 694.560

    Prejuzo do exerccio (250.736)

    (250.736)

    Saldos em 31 de dezembro de 2013 1.458.660 (478.757)

    979.903

    Saldos em 31 de dezembro de 2013 1.458.660 (478.757)

    979.903

    Aumento de capital 298.700 298.700

    Prejuzo do exerccio (430.944)

    (430.944)

    Reservas Estatutrias 113 113

    Saldos em 31 de dezembro de 2014 1.757.360 113 (909.701)

    847.772

  • As notas explicativas da administrao so parte integrante das demonstraes financeiras.

    Itaqui Gerao de Energia S.A. Demonstraes dos fluxos de caixa Exerccios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais

    2014 2013

    Fluxos de caixa das atividades operacionais

    Caixa gerado nas operaes 140.294 (251.963) Prejuzo antes do IR e CSLL (430.295) (325.656) Depreciao e amortizao 86.386 80.859 Impairment 370.181

    Operaes com instrumentos financeiros derivativos (117.748) Juros incorridos 114.022 110.582

    Variaes nos ativos e passivos (259.533) 63.922 Despesas antecipadas (832) 13.204 Contas a receber (1.269) (73.415) Depsitos vinculados 27.983 (53.958)

    Impostos a recuperar 1.085 4.941 Estoques (48.920) 60.631 Impostos, taxas e contribuies (1.338) 9.599 Fornecedores (79.470) 67.905 Provises e encargos trabalhistas 2.331 (3.966) Partes relacionadas (98.955)

    Contas a pagar 43.022 38.042 Outros ativos e passivos (532) 938 Pagamento de juros sobre emprstimo (106.298) Retenes contratuais 3.660

    Caixa lquido utilizado nas atividades operacionais (119.239) (188.041)

    Fluxos de caixa das atividades de investimentos Aquisio de imobilizado e intangvel (13.057) (241.964) Baixa de imobilizado e intangvel 3.868 Ttulos e valores mobilirios 2.461

    Caixa lquido utilizado nas atividades de investimentos (9.189) (239.503)

    Fluxos de caixa das atividades de financiamentos Aumento de capital 221.000 541.260 Partes relacionadas 124.504 Emprstimos e financiamentos liquidados (90.776) (218.522) Outros 2.738

    Caixa lquido gerado nas atividades de financiamentos 130.224 449.980

    Aumento (reduo) de caixa e equivalentes de caixa 1.796 22.436

    Saldo inicial de caixa e equivalentes 27.309 4.873 Saldo final de caixa e equivalentes 29.105 27.309

    1.796 22.436

  • Itaqui Gerao de Energia S.A. Demonstraes do valor adicionado Exerccios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais

    2014

    2013

    Receitas

    627.037

    587.352 Vendas de produtos

    627.037

    587.352

    Receitas referentes construo de ativos prprios

    Insumos adquiridos de terceiros

    (723.374)

    (611.723) Custos dos produtos vendidos

    (312.239)

    (216.456)

    Materiais, energia, servios de terceiros e outros

    (76.578)

    (393.340) Perda de valores ativos

    (333.166)

    (197)

    Outros

    (1.391)

    (1.729)

    Valor adicionado bruto

    (96.337)

    (24.371)

    Retenes

    (86.386)

    (80.859) Depreciao e amortizao

    (86.386)

    (80.859)

    Valor adicionado lquido produzido

    (182.723)

    (105.230)

    Valor adicionado recebido em transferncia

    18.417

    6.011 Receitas financeiras

    18.417

    6.011

    Valor adicionado total a distribuir

    (164.306)

    (99.219)

    Distribuio do valor adicionado

    (164.306)

    (99.219)

    Pessoal

    23.688

    15.709 Remunerao direta

    18.754

    12.281

    Benefcios

    3.427

    2.251 F.G.T.S.

    1.507

    1.177

    Impostos, taxas e contribuies

    65.205

    (16.671)

    Federais

    65.015

    (16.689) Estaduais

    148

    13

    Municipais

    42

    5

    Remunerao de capitais de terceiros

    177.745

    152.479 Juros

    Aluguis

    2.492

    4.414

    Outras

    175.253

    148.065 Adiantamentos a fornecedores

    Seguros

    6.532

    5.827 Despesas financeiras

    168.721

    142.238

    Remunerao de capitais prprios

    (430.944)

    (250.736)

    Prejuzo do exerccio

    (430.944)

    (250.736)

  • Itaqui Gerao de Energia S.A.

    Notas Explicativas as Demonstraes Financeiras Em milhares de reais 1 Contexto operacional

    Em 30 de outubro de 2013, a Administrao da Companhia atravs de Assembleia Geral Extraordinria, aprova alterao da denominao social de UTE Porto do Itaqui Gerao de Energia S.A. para Itaqui Gerao de Energia S.A ("Companhia"). A Companhia possui autorizao para operao de uma usina termoeltrica ("UTE") a carvo mineral instalada no Distrito Industrial de So Luis nas proximidades do Porto de Itaqui, localizado no Estado do Maranho, com capacidade instalada de gerao de 360 MW, com prazo de 35 (trinta e cinco) anos, conforme Portaria n. 177, de 12 de maio de 2008, do Ministrio de Minas e Energia. A Companhia comercializou 315 MW mdios, por um perodo de 15 anos, no leilo A-5 de 2007. O contrato garante uma receita anual mnima , indexada ao IPCA (ndice de Preos ao Consumidor Amplo - IBGE) e, adicionalmente, uma receita varivel destinada a cobrir os custos (combustvel, operao e manuteno) incorridos quando a planta for despachada a gerar energia pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Em 05 de fevereiro de 2013, a Companhia recebeu autorizao da Agncia Nacional de Energia Eltrica (Aneel) para iniciar a operao comercial. O empreendimento passa a ser remunerado de acordo com a sua capacidade total (360MW) em abril de 2013, segundo os termos do Contrato de Comercializao de Energia no Ambiente Regulado (CCEAR) assegurado no leilo de energia A-5 de 2007. Plano de estabilizao No quarto trimestre de 2014 iniciamos uma negociao junto aos credores do projeto para efetuarmos o refinanciamento da dvida de longo prazo de forma a atingir um nvel de caixa tanto de curto quanto de longo prazo sustentvel para o projeto.

    Para isso foi necessrio um refinanciamento da dvida de longo prazo junto a todas as instituies que financiam o projeto, tais como, BNDES, BNB e bancos repassadores (Votorantim e Bradesco) em um montante total de R$ 1.227 milhes. Nesse refinanciamento todos os bancos concordaram com os gestores da companhia que o projeto necessitava de uma ajuda adicional com relao ao fluxo de caixa e dessa forma conseguimos as seguintes melhorias:

    Carncia de 24 meses para pagamento do principal da dvida;

    Carncia de 6 meses para pagamento dos demais encargos da dvida (exceto para BNB que devido aos recursos serem oriundos do FNE no foi possvel obter esse alvio negociado e aprovado junto aos demais financiadores);

    Sem pagamento de reescructuring fee (apenas com custo de aditamento dos contratos no valor de R$ 50.000,00 para cada instituio);

    Projeto obteve liberao quanto a obrigao de apurar o ndice de Cobertura do Servio da Dvida;

    Aplicao de gradiente de amortizao sobre o saldo devedor, de acordo com a capacidade de pagamento do fluxo de caixa do projeto: 3% (trs por cento) em 2017, 5% (cinco por cento) em 2018, 8% (oito por cento) em 2019, 10% (dez por

    cento) em 2020 e os 74% (setenta e quatro por cento) restantes durante os anos seguintes por meio de sistema de amortizao constante SAC; e

    Manuteno dos encargos financeiros originais.

  • Todo esse plano de reestruturao resultar em uma liquidez adicional para o projeto de aproximadamente R$ 76 milhes nos prximos 6 meses e R$ 210 milhes para os prximos 2 anos (nmeros esperados baseado no cenrio de juros e inflao atual), trazendo assim um alvio significativo para o caixa do projeto tanto no curto quanto no longo prazo. Com isso o projeto ter plena capacidade para atingir um nvel sustentvel de gerao/operao no longo prazo, com fluxo de caixa capaz de suprir todas as necessidades operacionais do projeto. Do processo de recuperao judicial da controladora ENEVA S.A. A Controladora da Companhia em 09 de dezembro de 2014 a ENEVA S.A em recuperao judicial - protocolou pedido de recuperao judicial na Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. Em 16 de Dezembro de 2014, o Juzo da 4 Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro decidiu pelo deferimento do processamento da recuperao judicial da companhia e de sua subsidiria ENEVA Participaes S.A. em recuperao judicial. Em 12 de Fevereiro de 2015 a Companhia apresentou 4 Vara Empresarial do Rio de Janeiro o Plano de Recuperao Judicial. A assembleia geral de credores, nos termos da referida Lei, votar pela aprovao ou no do referido plano em prazo que no exceder a 180 dias contados da data do deferimento do processamento da recuperao judicial. A administrao da Companhia autorizou a emisso destas informaes financeiras trimestrais em 26 de maro de 2015.

    2 Licenas e autorizaes Em 18 de maro de 2009, a Companhia obteve junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - IBAMA a Licena de Instalao n 601/2009 para a construo da UTE a carvo mineral pulverizado com gerao de 360 MW de energia. Tal licena tem validade de 6 (seis) anos. Em 16 de dezembro de 2011, a Companhia obteve junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - IBAMA a Licena de Operao relativa a Linha de Transmisso 230 Kv UTE Porto do Itaqui - SE, com extenso de 15,47 Km, que interligar a Usina Termeltrica Itaqui Gerao de Energia subestao So Lus II da ELETRONORTE. Tal licena valida por 6 (seis) anos. Em 26 de outubro de 2012, a Companhia obteve junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - IBAMA a Licena de Operao n 1.101/2012, relativa Usina Termeltrica instalada na Av. dos Portugueses, s/n, mdulo G BR 135 no Distrito Industrial em So Lus MA. Esta Licena de Operao tambm abrange as instalaes perifricas da UTE bem como Correia Transportadora de Carvo, Dutos de Captao de gua e Emisso de Efluentes e Linha de Transmisso. Tal licena vlida por 5 (cinco) anos.

    3 Apresentao das demonstraes financeiras As demonstraes financeiras foram preparadas com base no custo histrico, ajustado ao valor de realizao quando aplicvel, com exceo de determinados instrumentos financeiros mantidos a valor justo, incluindo instrumentos derivativos. A preparao de demonstraes financeiras requer o uso de certas estimativas contbeis crticas e tambm o exerccio de julgamento por parte da administrao da Companhia no processo de aplicao das polticas contbeis. Aquelas reas que requerem maior nvel de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as reas nas quais premissas e estimativas so significativas para as demonstraes financeiras, esto divulgadas na Nota 5.

  • As demonstraes financeiras foram preparadas e esto sendo apresentadas conforme as prticas contbeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPCs). Os itens includos nas demonstraes financeiras so mensurados usando a moeda do principal ambiente econmico no qual a empresa atua ("a moeda funcional"). As demonstraes financeiras esto apresentadas em R$, que a moeda funcional e, tambm, a moeda de apresentao da Companhia.

    4 Resumo das principais prticas contbeis As polticas contbeis descritas em detalhes abaixo tm sido aplicadas pela Companhia de maneira consistente a todos os exerccios apresentados nessas demonstraes financeiras.

    4.1 Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depsitos bancrios e outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com vencimentos originais de at trs meses, e com risco insignificante de mudana de valor.

    4.2 Ativos financeiros

    4.2.1 Classificao A Companhia classifica seus ativos financeiros, no reconhecimento inicial, sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo por meio do resultado e emprstimos e recebveis. A classificao depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos.

    (a) Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado Os ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado so ativos financeiros mantidos para negociao. Um ativo financeiro classificado nessa categoria se foi adquirido, principalmente, para fins de venda no curto prazo. Os ativos dessa categoria so classificados como ativos circulantes.

    (b) Emprstimos e recebveis Os emprstimos e recebveis so ativos financeiros no derivativos, com pagamentos fixos ou determinveis, que no so cotados em um mercado ativo. So apresentados como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses aps a data de emisso do balano (estes so classificados como ativos no circulantes).

    4.2.2 Reconhecimento e mensurao As compras e as vendas de ativos financeiros so normalmente reconhecidas na data da negociao. Os investimentos so, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos da transao para todos os ativos financeiros no classificados como ao valor justo por meio do resultado. Os ativos financeiros ao valor justo por meio de resultado so, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, e os custos da transao so debitados demonstrao do resultado. Os ativos financeiros so baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa tenham vencido ou tenham sido transferidos; neste ltimo caso, desde que a Companhia tenha transferido, significativamente, todos os riscos e os benefcios de propriedade. Os emprstimos e recebveis so contabilizados pelo custo amortizado, usando o mtodo da taxa efetiva de juros. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variaes no valor justo de ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado so apresentados na demonstrao do resultado em "Receita ou despesa financeira" no perodo em que ocorrem.

  • 4.2.3 Compensao de instrumentos financeiros Ativos e passivos financeiros so compensados e o valor lquido apresentado no balano patrimonial quando h um direito legal de compensar os valores reconhecidos e h a inteno de liquid-los em uma base lquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

    4.3 Instrumentos financeiros derivativos Inicialmente, os derivativos so reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos celebrado e so, subsequentemente, remensurados ao seu valor justo. O mtodo para reconhecer o ganho ou a perda resultante depende do fato do derivativo ser designado ou no como um instrumento de hedge nos casos de adoo da contabilidade de hedge (hedge accounting). Os instrumentos da Companhia no se qualificam para a contabilizao de hedge. As variaes no valor justo desses instrumentos derivativos so reconhecidas imediatamente na demonstrao do resultado em "Receita ou despesa financeira".

    4.4 Contas a receber de clientes As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber pela venda de energia eltrica no curso normal das atividades da Companhia. Se o prazo de recebimento equivalente a um ano ou menos, as contas a receber so classificadas no ativo circulante. Caso contrrio, esto apresentadas no ativo no circulante. As contas a receber de clientes so, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do mtodo da taxa efetiva de juros menos a proviso para crditos de liquidao duvidosa ("PDD" ou impairment).

    4.5 Estoques Os estoques so demonstrados ao custo ou ao valor lquido de realizao, dos dois o menor. O mtodo de avaliao dos estoques o da mdia ponderada mvel. O valor lquido de realizao o preo de venda estimado no curso normal dos negcios, menos os custos estimados de concluso e os custos estimados necessrios para efetuar a venda.

    4.6 Ativos intangveis Ativos intangveis que so adquiridos pela Companhia e que tm vidas teis finitas so mensurados pelo custo, deduzido da amortizao acumulada e das perdas por reduo ao valor recupervel acumulada, quando aplicvel. A amortizao reconhecida no resultado atravs do mtodo linear baseada nas vidas teis estimadas de ativos intangveis, a partir da data em que estes esto disponveis para uso.

    4.7 Imobilizado Reconhecimento e mensurao Itens do imobilizado so mensurados pelo custo histrico de aquisio ou construo, deduzido de depreciao acumulada e perdas de reduo ao valor recupervel (impairment) acumulada. O custo inclui gastos que so diretamente atribuveis aquisio de um ativo. O custo de ativos construdos pela prpria companhia inclui: O custo de materiais e mo de obra direta; Quaisquer outros custos para colocar o ativo no local e condio necessrios para que esses

    sejam capazes de operar da forma pretendida pela Administrao; e

  • Custos de emprstimos sobre ativos qualificveis. Quando partes de um item do imobilizado tm diferentes vidas teis, elas so registradas como itens individuais (componentes principais) de imobilizado. Ganhos e perdas na alienao de um item do imobilizado (apurados pela diferena entre os recursos advindos da alienao e o valor contbil do imobilizado), so reconhecidos em outras receitas/despesas operacionais no resultado. Custos subsequentes Gastos subseqentes so capitalizados na medida em que seja provvel que benefcios futuros associados com os gastos sero auferidos pela Companhia. Gastos de manuteno e reparos recorrentes so registrados no resultado. Depreciao Itens do ativo imobilizado so depreciados pelo mtodo linear no resultado do exerccio baseado na vida til econmica estimada de cada componente, limitado ao prazo de concesso. Ativos arrendados so depreciados pelo menor perodo entre a vida til estimada do bem e o prazo do contrato, a no ser que seja certo que a Companhia obter a propriedade do bem ao final do arrendamento. Terrenos no so depreciados. Itens do ativo imobilizado so depreciados a partir da data em que so instalados e esto disponveis para uso, ou em caso de ativos construdos internamente, do dia em que a construo finalizada e o ativo est disponvel para utilizao.

    4.8 Impairment de ativos financeiros

    (a) Ativos mensurados ao custo amortizado

    A Companhia avalia na data de cada balano se h evidncia objetiva de que um ativo

    financeiro ou grupo de ativos financeiros est deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos

    financeiros est deteriorado e as perdas por impairment so incorridas somente se h evidncia

    objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos aps o

    reconhecimento inicial dos ativos (um "evento de perda") e aquele evento (ou eventos) de perda

    tem um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos

    financeiros que pode ser estimado de maneira confivel.

    Os critrios que a Companhia usa para determinar se h evidncia objetiva de uma perda por

    impairment incluem:

    (i) dificuldade financeira relevante do emissor ou devedor;

    (ii) uma quebra de contrato, como inadimplncia ou mora no pagamento dos juros ou principal;

    (iii) a Companhia, por razes econmicas ou jurdicas relativas dificuldade financeira do tomador de emprstimo, estende ao tomador uma concesso que um credor

    normalmente no consideraria;

    (iv) torna-se provvel que o tomador declare falncia ou outra reorganizao financeira;

    (v) o desaparecimento de um mercado ativo para aquele ativo financeiro devido s dificuldades financeiras; ou

  • (vi) dados observveis indicando que h uma reduo mensurvel nos futuros fluxos de caixa estimados a partir de uma carteira de ativos financeiros desde o reconhecimento

    inicial daqueles ativos, embora a diminuio no possa ainda ser identificada com os

    ativos financeiros individuais na carteira, incluindo:

    o mudanas adversas na situao do pagamento dos tomadores de emprstimo na carteira; e

    o condies econmicas nacionais ou locais que se correlacionam com as inadimplncias sobre os ativos na carteira.

    O montante da perda por impairment mensurado como a diferena entre o valor contbil dos

    ativos e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo os prejuzos de

    crdito futuro que no foram incorridos) descontados taxa de juros em vigor original dos

    ativos financeiros. O valor contbil do ativo reduzido e o valor do prejuzo reconhecido na

    demonstrao do resultado. Se um emprstimo ou investimento mantido at o vencimento tiver

    uma taxa de juros varivel, a taxa de desconto para medir uma perda por impairment a atual

    taxa efetiva de juros determinada de acordo com o contrato. Como um expediente prtico, a

    Companhia pode mensurar o impairment com base no valor justo de um instrumento utilizando

    um preo de mercado observvel. Se, num perodo subsequente, o valor da perda por

    impairment diminuir e a diminuio puder ser relacionada objetivamente com um evento que

    ocorreu aps o impairment ser reconhecido (como uma melhoria na classificao de crdito do

    devedor), a reverso dessa perda reconhecida anteriormente ser reconhecida na demonstrao

    do resultado.

    4.9 Contas a pagar aos fornecedores As contas a pagar aos fornecedores so obrigaes a pagar por bens ou servios que foram adquiridos no curso normal dos negcios, sendo classificadas como passivos circulantes se o pagamento for devido no perodo de at um ano. Caso contrrio, as contas a pagar so apresentadas como passivo no circulante. Elas so, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do mtodo de taxa efetiva de juros.

    4.10 Emprstimos e financiamentos Os emprstimos e financiamentos so reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, lquido dos custos incorridos na transao e so, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferena entre os valores captados (lquidos dos custos da transao) e o valor total a pagar reconhecida na demonstrao do resultado durante o perodo em que os emprstimos e financiamentos estejam em aberto, utilizando o mtodo da taxa efetiva de juros.

    Os emprstimos e financiamentos so classificados como passivo circulante, a menos que a Companhia tenha um direito incondicional de diferir a liquidao do passivo por, pelo menos, 12 meses aps a data do balano. Os custos de emprstimos e financiamentos gerais e especficos que so diretamente atribuveis aquisio, construo ou produo de um ativo qualificvel, que um ativo que, necessariamente, demanda um perodo de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos, so capitalizados como parte do custo do ativo quando for provvel que eles iro resultar em benefcios econmicos futuros para a entidade e que tais custos possam ser mensurados com confiana. Demais custos de emprstimos e financiamentos so reconhecidos como despesa no perodo em que so incorridos.

    4.11 Provises

  • As provises so reconhecidas quando: (i) a Companhia tem uma obrigao presente ou no formalizada (constructive obligation) como resultado de eventos j ocorridos; (ii) provvel que uma sada de recursos seja necessria para liquidar a obrigao; e (iii) o valor puder ser estimado com segurana. As provises no incluem as perdas operacionais futuras. Quando houver uma srie de obrigaes similares, a probabilidade de liquid-las determinada levando-se em considerao a classe de obrigaes como um todo. Uma proviso reconhecida mesmo que a probabilidade de liquidao relacionada com qualquer item individual includo na mesma classe de obrigaes seja pequena.

    4.12 Imposto de renda e contribuio social corrente e diferido As despesas de imposto de renda e contribuio social do perodo compreendem os impostos corrente e diferido. Os impostos sobre a renda so reconhecidos na demonstrao do resultado. O encargo de imposto de renda e a contribuio social corrente e diferido calculado com base nas leis tributrias promulgadas, ou substancialmente promulgadas, na data do balano. A administrao avalia, periodicamente, as posies assumidas pela Companhia nas apuraes de impostos sobre a renda com relao s situaes em que a regulamentao fiscal aplicvel d margem a interpretaes; e estabelece provises, quando apropriado, com base nos valores estimados de pagamento s autoridades fiscais. O imposto de renda e a contribuio social corrente so apresentados lquidos no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando os montantes antecipadamente pagos excedem o total devido na data do relatrio. O imposto de renda e a contribuio social diferidos so reconhecidos usando-se o mtodo do passivo sobre as diferenas temporrias decorrentes de diferenas entre as bases fiscais dos ativos e passivos e seus valores contbeis nas demonstraes financeiras e de prejuzos fiscais. O imposto de renda e a contribuio social diferidos ativo so reconhecidos somente na proporo da probabilidade de que lucro tributvel futuro esteja disponvel e contra o qual as diferenas temporrias possam ser usadas. Os impostos de renda diferidos ativos e passivos so apresentados pelo lquido no balano quando h o direito legal e a inteno de compens-los quando da apurao dos tributos correntes, em geral relacionado com a mesma entidade legal e mesma autoridade fiscal. Dessa forma, impostos diferidos ativos e passivos em diferentes entidades ou em diferentes pases, em geral so apresentados em separado, e no pelo lquido.

    4.13 Capital social As aes ordinrias so classificadas no patrimnio lquido. Os custos incrementais diretamente atribuveis emisso de novas aes ou opes so demonstrados no patrimnio lquido como uma deduo do valor captado, lquida de impostos.

    4.14 Reconhecimento da receita A receita compreende o valor justo da contraprestao recebida ou a receber pela comercializao de energia eltrica no curso normal das atividades da Companhia. A receita apresentada lquida dos impostos, das devolues, dos abatimentos e dos descontos, bem como das eliminaes das vendas entre empresas do Grupo. A Companhia reconhece a receita quando o valor da receita pode ser mensurado com segurana, provvel que benefcios econmicos futuros fluiro para a entidade e quando critrios especficos tiverem sido atendidos para cada uma das atividades da Companhia, conforme

  • descrio a seguir. A Companhia baseia suas estimativas em resultados histricos, levando em considerao o tipo de cliente, o tipo de transao e as especificaes de cada venda.

    (a) Venda de energia A receita pela venda de energia eltrica reconhecida por medio equivalente ao volume de energia transferido para o cliente ou quando disponibilizada conforme previses contratuais.

    (b) Receita financeira A receita financeira reconhecida conforme o prazo decorrido pelo regime de competncia, usando o mtodo da taxa efetiva de juros. Quando uma perda (impairment) identificada em relao a um contas a receber, a Companhia reduz o valor contbil para seu valor recupervel, que corresponde ao fluxo de caixa futuro estimado, descontado taxa efetiva de juros original do instrumento. Subsequentemente, medida que o tempo passa, os juros so incorporados s contas a receber, em contrapartida de receita financeira. Essa receita financeira calculada pela mesma taxa efetiva de juros utilizada para apurar o valor recupervel, ou seja, a taxa original do instrumento.

    4.15 Normas novas que ainda no esto em vigor

    As seguintes novas normas foram emitidas pelo IASB, mas no esto em vigor para o exerccio de 2014. A adoo antecipada de normas, embora encorajada pelo IASB, no permitida, no Brasil, pelo Comit de Pronunciamento Contbeis (CPC). . IFRS 15 - "Receita de Contratos com Clientes" - Essa nova norma traz os princpios que uma entidade aplicar para determinar a mensurao da receita e quando ela reconhecida. Ela entra em vigor em 1o de janeiro de 2017 e substitui a IAS 11 - "Contratos de Construo", IAS 18 - "Receitas" e correspondentes interpretaes. A administrao est avaliando os impactos de sua adoo. . IFRS 9 - "Instrumentos Financeiros" aborda a classificao, a mensurao e o reconhecimento de ativos e passivos financeiros. A verso completa do IFRS 9 foi publicada em julho de 2014, com vigncia para 1o de janeiro de 2018. Ele substitui a orientao no IAS 39, que diz respeito classificao e mensurao de instrumentos financeiros. O IFRS 9 mantm, mas simplifica, o modelo de mensurao combinada e estabelece trs principais categorias de mensurao para ativos financeiros: custo amortizado, valor justo por meio de outros resultados abrangentes e valor justo por meio do resultado. Traz, ainda, um novo modelo de perdas de crdito esperadas, em substituio ao modelo atual de perdas incorridas. O IFRS 9 abranda as exigncias de efetividade do hedge, bem como exige um relacionamento econmico entre o item protegido e o instrumento de hedge e que o ndice de hedge seja o mesmo que aquele que a administrao de fato usa para fins de gesto do risco. A administrao est avaliando o impacto total de sua adoo. No h outras normas IFRS ou interpretaes IFRIC que ainda no entraram em vigor que poderiam ter impacto significativo sobre a Companhia.

    5 Estimativas e julgamentos contbeis crticos

    As estimativas e os julgamentos contbeis so continuamente avaliados e baseiam-se na experincia histrica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoveis para as circunstncias.

    5.1 Estimativas e premissas contbeis crticas Com base em premissas, a Companhia faz estimativas com relao ao futuro. Por definio, as estimativas contbeis resultantes raramente sero iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um

  • ajuste relevante nos valores contbeis de ativos e passivos para o prximo exerccio social, esto contempladas a seguir.

    (a) Perda (impairment) dos ativos no circulantes A Companhia testa eventuais perdas (impairment) nos ativos imobilizado, intangvel e imposto de renda e contribuio social diferidos, de acordo com as polticas contbeis descritas na Nota 4.8. Os valores recuperveis de Unidades Geradoras de Caixa (UGCs) foram determinados com base em clculos do valor em uso, efetuados utilizando premissas e estimativas formadas com base, principalmente, em estudos a cerca do mercado regulado de comercializao de energia eltrica. Essas premissas e estimativas foram discutidas com os gestores operacionais e foram revisadas e aprovadas pela Administrao. .

    (b) Valor justo de derivativos e das opes (remuneraes baseadas em aes) O valor justo de instrumentos financeiros que no so negociados em mercados ativos determinado mediante o uso de tcnicas de avaliao. A Companhia usa seu julgamento para escolher diversos mtodos e definir premissas que se baseiam principalmente nas condies de mercado existentes na data do balano. O Grupo utilizou metodologia prpria para clculo de valor justo dos derivativos e das opes outorgadas, instrumentos estes no negociados em mercados ativos.

    6 Caixa e equivalentes de caixa

    31 de

    31 de

    dezembro dezembro

    de 2014 de 2013

    Caixa e bancos (a) 940

    6.757

    Aplicaes no mercado aberto (b) 28.165

    20.552

    29.105

    27.309

    (a) De acordo com o contrato de Administrao de contas e outras avenas, destacam-se os

    saldos em nossas contas correntes junto ao Banco do Nordeste do Brasil S.A., localizado na Cidade do Rio de Janeiro. Essa conta denominada de "Conta de Receita" na qual possui a nica finalidade em arrecadar os recursos provenientes dos financiamentos e outros crditos e canalizar para as contas especficas citadas no mesmo contrato e, Banco Bradesco Trianon, localizada na Cidade de So Paulo, conta essa especfica para as operaes junto a CCEE.

    (b) Refere-se substancialmente a cotas de fundos de investimento com alta liquidez, prontamente conversveis em um montante conhecido de caixa, independentemente do vencimento dos ativos e esto sujeitas a um insignificante risco de mudana de valor, vinculados as taxas ps-fixadas e com rentabilidade mdia no ano sobre o DI CETIP ("CDI") de 10,77%.

    7 Depsitos vinculados

    31 de

    31 de

    dezembro dezembro

    de 2014 de 2013

  • BNB - Itaqui Gerao de Energia (a)

    36.095

    64.629

    Outros

    551

    36.646

    64.629

    Circulante

    No circulante

    36.646

    64.629

    (a) Refere-se conta reserva de servio da dvida, vinculada ao contrato de financiamento

    entre os bancos BNDES e BNB-Banco do Nordeste do Brasil S.A. e a Companhia. O valor do depsito em questo corresponde a trs prestaes de amortizao do financiamento concedido e ser mantido como garantia da dvida por toda a vigncia do referido contrato. Trata-se de aplicao em Certificado de Depsito Bancrio - CDB mantido no BNB. Em 15 de dezembro de 2015, o BNDES autoriza a Companhia a realizar o resgate parcial dos recursos disponveis na conta reserva do BNDES para realizar o pagamento da prestao de principal e juros vincendo em 15/12/2014.

    8 Clientes

    31 de

    31 de

    dezembro dezembro

    de 2014 de 2013

    Clientes 86.295

    85.026

    86.295

    85.026

    Com incio das operaes comerciais da usina termeltrica ocorrida em 5 de fevereiro de 2013, a Companhia passa a ser remunerada segundo os termos do Contrato de Comercializao de Energia no Ambiente Regulado (CCEAR) assegurado no Leilo A-5 de 2007. Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia possui saldo de R$ 86.295 (R$ 85.026 em 31 de dezembro de 2013), referente venda de energia no Mercado Regulado. O saldo de contas a receber vencido representa 3,22% e no foram provisionados, pois a Companhia avalia o risco de perda como remoto.

    9 Estoques

    31 de dezembro

    de 2014

    31 de dezembro

    de 2013

  • Carvo (a) 61.209 22.682 Materiais de consumo (b) 19.178 8.785 80.387 31.467

    (a) Refere-se ao estoque de carvo mineral, produto esse utilizado como insumo no processo

    de gerao de energia eltrica em Usinas Trmicas movidas a este tipo de mineral. A Companhia possui contrato de fornecimento de carvo com a Companhia E On Global Commodities SE, cuja a vigncia teve inicio em 01 de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2015. Os saldos registrados nessa rubrica representam os saldos dos estoques de carvo disponvel para uso e os valores pagos antecipadamente na compra de carvo para entrega futura nos processos de importao, no montante de R$34.131 e R$27.077 respectivamente.

    (b) Refere-se ao material de almoxarifado e diesel que foi adquirido e utilizado devido a

    entrada em operao da usina.

    10 Despesas antecipadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o saldo de despesas antecipadas encontra-se representado da seguinte forma:

    31 de dezembro

    de 2014

    31 de dezembro

    de 2013

    Allianz Seguros (a) 58 1.724 Fairfax Brasil 45 20 Ita Seguros 3.119 78 Liberty Seguros 26 P&D (b) 594 Custo de Captao com emisso de Debntures 725 725 3.973 3.141

    Circulante 3.973 2.547 No circulante 594 (a) Refere-se ao valor para cobrir danos materiais na realizao dos testes nos equipamentos

    da usina bem como Turbo Gerador, Sincronizao (STG) e DCO.

    (b) Refere-se ao programa de pesquisa e desenvolvimento voltado ao sistema de apoio a deciso comercial e logstica do suprimento de carvo para centrais trmicas.

    11 Impostos a recuperar e diferidos O saldo da conta de impostos a recuperar est representado a seguir:

    31 de dezembro

    de 2014

    31 de Dezembro

    2013

    Imposto de renda retido na fonte (a) 4.892 2.915 ICMS 91

  • PIS (b) 167 702 COFINS (b) 768 3.233 Outros 48 19 5.875 6.960

    Circulante 3.826 5.829 No circulante 2.049 1.131 (a) representado pelo imposto de renda retido na fonte sobre o rendimento das aplicaes

    financeiras; (b) representado pelos crditos de PIS e COFINS sobre as aquisies de insumos (carvo e

    suprimento de energia para atendimento dos contratos CCEAR's). Impostos diferidos O imposto de renda e a contribuio social diferidos so registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuveis s diferenas temporrias entre a base fiscal de ativos e passivos e o seu respectivo valor contbil. A Companhia fundamentada na expectativa de gerao de lucros tributveis futuros, determinada em estudos tcnicos aprovados pela Administrao, reconheceu os crditos tributrios sobre prejuzos fiscais e bases negativas de contribuio social de exerccios anteriores, que no possuem prazo prescricional e cuja compensao est limitada a 30% dos lucros anuais tributveis. O valor contbil do ativo fiscal diferido revisado periodicamente e as projees so revisadas anualmente, sendo que caso haja fatores relevantes que venham a modificar as projees, estas so revisadas durante o exerccio pela Companhia. A Companhia adotou o Regime Tributrio de Transio (RTT), para que as alteraes introduzidas pela Lei n 11.638, de 28 de dezembro de 2007, e pelos artigos 37 e 38 da Lei n 11.941, de 2009 (que modificaram o critrio de reconhecimento de receitas, custos e despesas computadas na escriturao contbil, para apurao do lucro lquido do exerccio definido no art. 191 da Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976), no tenham efeitos para fins de apurao do lucro real e da base de clculo da contribuio social sobre o lucro lquido (CSLL) da pessoa jurdica sujeita ao RTT, devendo ser considerados, para fins tributrios, os mtodos e critrios contbeis vigentes em 31 de dezembro de 2007. No dia 13/05/2014 foi publicada a lei n 12.973 que revoga o Regime Tributrio de Transio - RTT, institudo pela Lei n 11.941, de 27 de maio de 2009. A Lei em questo altera a legislao tributria federal relativa ao Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurdicas - IRPJ, Contribuio Social sobre o Lucro Lquido - CSLL, Contribuio para o PIS/Pasep e Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins j em 2014 para as empresas que optarem pelas aplicaes contidas na referida lei. Para o ano de 2014 a Companhia no ir optar pelos efeitos da lei, sendo somente obrigatrio a adoo a partir de janeiro de 2015. O imposto de renda e a contribuio social diferidos tm a seguinte origem:

    31 de

    31 de

    dezembro dezembro

    de 2014 de 2013

  • Tributos diferidos ativos Prejuzo fiscal e base negativa

    192.127

    192.127

    192.127

    192.127

    Tributos diferidos passivos Ajuste decorrente de diferena de taxa de depreciao

    (649)

    Com base na estimativa de gerao de lucros tributveis futuros a Companhia prev recuperar os crditos tributveis a partir do exerccio de 2015, conforme demonstrado abaixo:

    2021

    2022

    2023

    2024

    2025

    A partir

    Total

    de 2026

    Expectativa de realizao anual

    dos impostos diferidos

    4.542

    5.954

    27.482

    39.468

    49.967

    64.714

    192.127

    As estimativas de recuperao dos crditos tributrios foram fundamentadas nas projees dos lucros tributveis levando em considerao premissas financeiras e de negcios consideradas no encerramento do perodo. Consequentemente, as estimativas esto sujeitas a no se concretizarem no futuro, tendo em vista as incertezas inerentes a essas previses. Reconciliao da taxa efetiva Em 31 de dezembro de 2014, os tributos calculados sobre o lucro ajustado compreenderam o IRPJ (alquota de 15% e adicional de 10%) e a CSLL (alquota de 9%). A conciliao da despesa calculada pela aplicao das alquotas fiscais combinadas e da despesa de imposto de renda e contribuio social debitada em resultado demonstrada como segue:

    31 de

    31 de

    dezembro dezembro

    de 2014 de 2013

    Resultado do exerccio antes do IRPJ/CSLL

    (430.295)

    (325.656)

    Alquota nominal - %

    34

    34

    IRPJ/CSLL alquota nominal

    (146.300)

    (110.723)

    Ajustes para obteno da alquota efetiva

    Imposto de renda e contribuio social diferidos

    145.651

    35.803 no constitudos

    Imposto de renda e contribuio social diferidos

    (649)

    (74.920)

    Taxa efetiva - %

    0,15%

    23,01%

    A partir de 30 de junho de 2013, a Companhia parou de constituiu crdito tributrio oriundos

  • das apuraes do imposto de renda e da contribuio social diferidos sobre prejuzo fiscal apurado, pois considera que o crdito j mencionado nesta nota est em consonncia com as expectativas de gerao de lucros tributveis futuros.

  • 12 Ativo imobilizado

    (a) Composio dos saldos

    Imobilizado em servio 31 de dezembro 2013

    Terrenos

    Edificaes, obras civis e benfeitorias

    Mquinas e equipamentos

    Equipamento de informtica Veculos

    Mveis e utenslios

    Imobilizado em curso Total

    Taxa depreciao % a.a.

    4

    7

    17

    20

    10

    Custo

    Saldo em 31.12.2012

    4.532

    58

    2.487

    875

    637

    990

    2.480.533

    2.490.112

    Saldo em 31.12.2012

    4.532

    58

    2.487

    875

    637

    990

    2.480.533

    2.490.112 Adies

    2.531

    5.040

    20

    185

    655

    233.548

    241.979

    Baixas

    (120 ) (45 )

    (165 ) Transferncias

    1.572.039

    1.119.062

    88

    (115 ) 598

    (2.690.958 ) 713

    Saldo em 31.12.2013

    4.532

    1.574.628

    1.126.589

    983

    587

    2.198

    23.122

    2.732.640

    Depreciao

    4.532

    1.574.628

    1.126.589

    983

    587

    2.198

    23.122

    2732.640 Saldo em 31.12.2012

    (5 ) (376 ) (203 ) (285 ) (138 )

    (1.007)

    Saldo em 31.12.2012

    (5 ) (376 ) (203 ) (285 ) (138 )

    (1.007 ) Adies

    (40.527 ) (39.864 ) (2 ) (104 ) (168 )

    (80.664 )

    Baixas

    92

    92 Transferncias

    (148 ) 148

    Saldo em 31.12.2013

    (40.532 ) (40.388 ) (57 ) (297 ) (306 )

    (81.579 )

    Valor contbil

    Saldo em 31.12.2012

    4.532

    53

    2.111

    672

    352

    852

    2.480.533

    2.489.105

    Saldo em 31.12.2013

    4.532

    1.534.097

    1.086.201

    926

    290

    1.892

    23.122

    2.651.061

  • Imobilizado em servio 31 de dezembro de 2014

    Terrenos

    Edificaes, obras civis e benfeitorias

    Mquinas e equipamentos

    Equipamento de informtica Veculos

    Mveis e utenslios

    Imobilizado em curso Total

    Taxa depreciao % a.a.

    4

    7

    17

    20

    10

    Custo

    Saldo em 31.12.2013

    4.532

    1.574.628

    1.126.589

    983

    587

    2.198

    23.122

    2.732.640

    Saldo em 31.12.2013

    4.532

    1.574.628

    1.126.589

    983

    587

    2.198

    23.122

    2.732.640 Adies

    1 12.623 74 359 13.057

    Baixas

    (237) (3.631) (3.868) Impairment (358.816) (11.365) (370.181) Transferncias

    (4) (13.464) 0 13.467 (0)

    Saldo em 31.12.2014

    4.532 1.215.809 1.114.383 1.057 350 2.557 32.959 2.371.647

    Depreciao

    Saldo em 31.12.2013

    (40.532) (40.388) (57) (297) (306) (81.579)

    Saldo em 31.12.2013

    (40.532) (40.388) (57) (297) (306) (81.579) Adies

    (43.126) (42.468) (40) (82) (205) (85.921)

    Baixas 191 191 Impaiment 572 584 1.156 Saldo em 31.12.2014

    0

    (83.086) (82.272) (97) (188) (511) 0 (166.154)

    Valor contbil

    Saldo em 31.12.2013

    4.532 1.534.097 1.086.201 926 290 1.892 23.122 2.651.061

    Saldo em 31.12.2014

    4.532 1.132.723 1.032.111 960 162 2.045 32.959 2.205.493

  • Terrenos Refere-se basicamente aos valores de aquisio das reas onde est localizada a usina termeltrica Itaqui Gerao de Energia S.A. Mquinas e equipamentos Refere-se, basicamente, aos equipamentos da usina, linha de transmisso e subestao. Imobilizado em curso Os saldos registrados no grupo de imobilizado em curso, em 31 de dezembro de 2014, correspondem s importaes em andamento, no valor de R$ 12.434 e os bens de imobilizado sobressalentes, de R$ 20.524, totalizando em saldo total de R$ 32.959.

    Depreciao A depreciao dos ativos est baseada na vida til do bem e o clculo da depreciao est sendo realizado pelo mtodo linear utilizando as taxas da ANEEL determinadas pela Resoluo Normativa n 474 de 07 de fevereiro de 2012. Para a parcela estimada dos investimentos realizados e no amortizados ou depreciados at o final da autorizao, ser calculado uma nova taxa de depreciao ou amortizao e mensalmente contabilizados em resultado, para ao final da concesso obter valor residual igual a zero.

  • As principais taxas de depreciao, de acordo com a Resoluo ANEEL n 474 de 7 de fevereiro de 2012, so as seguintes: Gerao (%) Administrao (%) Transmisso (%) Barramento 2,5 Edificaes 3,3 Condutor do sistema 2,7 Disjuntor 3,0 Equipamento geral 6,3 Equipamento geral 6,3 Edificaes 3,3 Veculos 14,3 Religadores 4,0 Equipamentos da tomada d'gua 3,7 Estrutura da tomada d'gua 2,9 Gerador 3,3 Reserv., barragens e adutoras 2,0 Sistema de comunicao local 6,7 Turbina a vapor 4,0 Taxa mdia depreciao Taxa mdia depreciao Taxa mdia depreciao Gerao 3,3 Administrao 7,9 Transmisso 4,3

    Juros capitalizados O total dos custos dos emprstimos capitalizados em virtude das imobilizaes em andamento foram R$ 394.787. Sendo sua ltima capitalizao ocorrida em 31 de janeiro de 2013, a partir do ms de fevereiro de 2013, os encargos de dvida foram incorridos via resultado.

    Anlise de valor recupervel

    Segundo o pronunciamento tcnico CPC-01, a entidade deve avaliar no mnimo anualmente, se existem indicaes de uma possvel desvalorizao no valor do ativo, se houver alguma evidncia, deve-se calcular o seu valor recupervel, este que determinado pela maior importncia monetria entre o valor lquido de venda e seu valor em uso. Sendo assim, em 31 de dezembro de 2014 reconhecemos perdas por impairment, no montante de R$370.181. Na avaliao de recuperabilidade da Usina Termeltrica de Itaqui Unidade Geradora de Caixa UGC utilizado o mtodo do Valor em Uso a partir de projees que consideram: a vida til estimada do conjunto de ativos que compem a UGC; premissas e oramentos aprovados pela administrao da companhia; e taxa de desconto pr-imposto, que deriva da metodologia de clculo do custo mdio ponderado de capital (WACC). A Companhia realizou avaliao de recuperabilidade da UGC, com a utilizao do valor em uso e constatou a existncia de perdas por impairment, no montante de R$ 370.181, reconhecidas em outras despesas operacionais, na demonstrao de resultado do exerccio. . Os fluxos de caixa futuros da Itaqui consideraram:

    - Horizonte de projeo de 25 anos;

    - Premissas e oramentos aprovados pela administrao da companhia: o Disponibilidade mdia de 85%; o Despacho mdio de 63%; o Custos fixos e variveis oriundos do MTP oficial da empresa; o Perfil da dvida remodelado segundo expectativa de renegociao com bancos; - Taxa de desconto pr imposto, que deriva da metodologia do WACC, com

    estrutura de capital variando ano a ano: o Custo da dvida Kd*(1-T) de 7,2% o Custo do capital prprio de 15,4%

    UGC Taxa de desconto pr

    impostos(moeda constante) Valor em uso Valor contbil

    UTE Itaqui 12% 2.205.493 2.574.533

  • Em 2013, as avaliaes de recuperabilidade dos ativos no indicaram perdas por Impairment.

    13 Intangvel

    (a) Composio dos saldos 31 de dezembro de 2013

    Licenas e Software de Informtica

    Direito de uso

    Intangvel em curso Total

    Taxa amortizao % a.a.

    20

    Saldo em 31.12.2012

    715

    11.393

    51

    12.159 Adies

    58

    58

    Transferncias

    231

    (895 ) (51 ) (715 ) Saldo em 31.12. 2013

    1.004

    10.498

    11.502

    Saldo em 31.12.2012

    (246 )

    (246 ) Adies

    (194 )

    (194 )

    Transferncias

    1

    1 Saldo em 31.12. 2013

    (440 )

    (440 )

    Valor contbil

    Saldo em 31.12.2012

    469

    11.393

    51

    11.913

    Saldo em 31.12. 2013

    564

    10.498

    11.062

  • 31 de dezembro de 2014

    Licenas e Software de Informtica

    Direito de uso

    Intangvel em curso Total

    Taxa amortizao % a.a.

    20

    Saldo em 31.12.2013

    1.004 10.498 0 11.502 Adies

    25 0 85 110

    Transferncias

    1 84 (85) (0) Saldo em 31.12. 2014

    1.030 10.582 0 11.612

    Saldo em 31.12.2013

    (440) 0 (440) Adies

    (201) (711) (912)

    Transferncias

    0 Saldo em 31.12. 2014

    (641) (711) (1.352)

    Valor contbil

    Saldo em 31.12.2013

    564

    10.498

    0

    11.062

    Saldo em 31.12. 2014

    389 9.871 0 10.260

    A composio do intangvel refere-se basicamente ao direito de uso de faixa de servido para instalao da linha de transmisso e correia transportadora. A amortizao ser at o trmino da autorizao em 2028.

    14 Partes relacionadas Os principais saldos de ativos e passivos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, relativos s operaes com partes relacionadas, bem como as transaes que influenciaram o resultado do exerccio decorrem de transaes da Companhia com seus acionistas, com empresas ligadas e profissionais-chaves da Administrao, as quais foram realizadas em condies usuais de mercado para os respectivos tipos de operaes. Controladora O controle da Companhia exercido pela ENEVA Energia S.A, que detm 100% das aes ordinrias. Empresas ligadas Por parte do acionista ENEVA Energia S.A., a Companhia possui como principais empresas ligadas a EBX Investimentos S.A, EBX Holding S.A e a Comercializadora de Combustveis Ltda. Os saldos de passivo e resultado em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, relativas a operaes com partes relacionadas, esto representados da seguinte forma:

    Ativo

  • 2014

    2013

    ENEVA Comercializadora de Energia S.A. (c)

    1.353

    ENEVA Energia S.A (c) 2.078

    Porto do Pecem Gerao de Energia S.A. (c)

    1.506

    Pecem II Gerao de Energia S.A (c) 393

    370

    2.471

    3.229

    No circulante 2.471

    3.229

    Passivo

    2014

    2013

    Adiantamentos para futuro aumento de capital (a) 10.000

    87.700

    ENEVA Comercializadora de Energia S.A. (b)

    115.354

    EBX. Holding S.A./EBX Investimentos S.A. (d) 22

    Pecem II Gerao de Energia S.A (f) 2.518

    Eon do Brasil 6.881

    6.416

    ENEVA Energia S.A. (d) 417.256

    404.621

    436.677

    614.091

    Circulante

    No circulante 436.677

    614.091

    Receita

    2014

    2013

    Comercializadora de Energia S.A. (c) 38.858

    35.239

    38.858

    35.239

    Despesas

    2014

    2013

    ENEVA Energia S.A. (d) 46.216

    3.196

    EBX. Holding S.A./EBX Investimentos S.A. (d) 22

    272

  • ENEVA Comercializadora de Energia S.A. (b) 3.858

    153.380

    Parnaba IV Gerao de Energia S.A(e) 2.570

    Pecem II Gerao de Energia S.A (f) 22.657

    Parnaba III Gerao de Energia S.A (g) 265

    75.588

    156.848

    (a) A Companhia apresenta o adiantamento para futuro aumento de capital (AFAC) efetuado

    pela ENEVA Energia S.A, o qual irrevogvel e irretratvel, no possuindo, entretanto, valor fixo definido de quantidade de aes/quotas para aumento de capital, no atendendo assim aos requerimentos do CPC 38. Dessa forma, o montante foi classificado como AFAC no passivo no circulante.

    (b) Refere-se aos valores devidos pela Itaqui Gerao de Energia S.A ENEVA

    Comercializadora de Energia S.A, referente ao fornecedor de energia para recomposio de lastro, durante exerccio de 2013, para atendimento aos contratos de venda de energia na CCEAR.

    (c) Refere-se aos valores a receber com a venda de energia eltrica para a recomposio de

    lastro em abertos. (d) Refere-se aos valores devidos pela Itaqui Gerao de Energia S.A controladora ENEVA

    Energia S.A. e a empresa ligada EBX Investimentos S.A., referente ao contrato de mtuo celebrado entre a Companhia e a ENEVA e ao compartilhamento de recursos administrativos. Durante os exerccios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, tais passivos totalizaram R$ 417.256 e R$ 404.621, respectivamente e seus reflexos no resultado da Companhia durante o mesmo perodo totalizaram R$ 46.238 e R$ 3.468, respectivamente. O saldo est indexado a 104 % do CDI.

    (e) Refere-se aos valores devidos pela Itaqui Gerao de Energia S.A Parnaba IV Gerao de

    Energia S.A, referente ao fornecedor de energia para recomposio de lastro para atendimento aos contratos de venda de energia na CCEAR.

    (f) Refere-se aos valores devidos pela Itaqui Gerao de Energia S.A Pecem II Gerao de

    Energia S.A, referente ao fornecedor de energia para recomposio de lastro para atendimento aos contratos de venda de energia na CCEAR.

    (g) Refere-se aos valores devidos pela Itaqui Gerao de Energia S.A Parnaba III Gerao de

    Energia S.A, referente ao fornecedor de energia para recomposio de lastro para atendimento aos contratos de venda de energia na CCEAR.

    Remunerao dos membros do Conselho de Administrao e da Diretoria De acordo com a Lei n 6.404/1976 e com o estatuto social da Companhia, responsabilidade dos acionistas, em Assembleia Geral, fixar o montante global da remunerao anual dos administradores, cabendo ao Conselho de Administrao efetuar a distribuio da verba entre os mesmos. Desta forma os montantes referentes remunerao anual dos Diretores e do Conselho de Administrao esto apresentados abaixo:

    2014 2013

  • Benefcios de curto prazo Salrios 1.130 707

    1.130 707

    Abaixo os montantes de remunerao anual individual mnima, mdia e mxima do Conselho de Administrao e Diretores, em R$ mil: 2014 2013

    Mnima Mdia Mxima

    Mnima Mdia Mxima

    Conselho Administrao Diretores 374

    374

    374

    At o encerramento do trimestre findo em 30 de junho de 2014 a administrao da Companhia foi realizada diretamente pela Controladora. Assim sendo, no foram incorridos gastos com remunerao desses administradores pela Companhia. A partir do segundo semestre de 2014 a Companhia assumiu os custos de remunerao da nova diretoria.

  • 15 Emprstimos e financiamentos Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, a composio dos emprstimos est demonstrada a seguir:

    31 de dezembro de 2014

    31 de dezembro de 2013

    Credor

    Moeda

    Taxas de juros

    Vencimento

    Taxa efetiva

    Custo de transao

    Custo a apropriar

    Principal

    Juros

    Total

    Custo de transao

    Custo a apropriar

    Principal

    Juros

    Total

    BNDES (Direto) (a)

    R$

    TJLP+2,78%

    15.06.2026**

    2,89%

    11.182

    9.217

    762.788

    2.535

    756.106

    11.182

    9.925

    830.450

    2.587

    823.112

    BNDES (Indireto)

    (b)

    R$

    TJLP+4,80%

    15.06.2026

    4,94%

    1.475

    1.460

    149.088

    621

    148.249

    1.475

    1.469

    162.232

    632

    161.395

    BNDES (Indireto)

    (c)

    R$

    UMIPCA+4,80%

    15.06.2026

    4,94%

    2.023

    1.878

    107.505

    5.942

    111.569

    2.023

    1.946

    109.302

    6041

    113.397

    BNB (d)

    R$

    10% a.a.*

    15.12.2026

    10,14%

    2.892

    2.602

    200.787

    852

    199.037

    2.892

    2.727

    201.977

    857

    200.107

    17.572

    15.157

    1.220.16

    8 9.950

    1.214.96

    0

    17.572

    16.067

    1.303.961

    10.117

    1.298.011

    Circulante

    1080

    92.320

    9.950

    101.189

    889

    90.451

    10.11

    7 99.679

    No circulante

    17.572

    14.077

    1.127.848

    1.113.771

    17.572

    15.178

    1.213.510

    1.198.332

    (*) Considerando bnus de adimplncia a taxa ser de 8,50 a.a.%. (**) O vencimento do subcrdito "D" ("BNDES Social") no valor de R$ 14 milhes ser em 15 de junho de 2018. (a) O Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social ("BNDES") liberou a totalidade dos R$ 784 milhes do financiamento de longo prazo da

    Itaqui Gerao de Energia S.A. relativos aos subcrditos A, B e C, sendo o custo anual contratado de TJLP + 2,78%. O prazo do financiamento de 17 anos, sendo 14 anos de amortizao e carncia para pagamento de principal at julho de 2012. J o subcrdito D, destinado a investimentos sociais (BNDES Social) no valor de R$ 13,7 milhes, tem custo somente de TJLP e teve desembolso de R$ 11,7 milhes at o momento, dos quais R$ 1,7 milhes foram liberados no quarto trimestre de 2012. O prazo total da linha BNDES Social de 9 anos, sendo 6 anos de amortizao e carncia de pagamento at julho de 2012. Durante a fase de construo os juros destes emprstimos foram capitalizados, a partir de 05 de fevereiro de 2013, data em que a usina efetivou sua entrada em operao comercial os juros destes emprstimos incorreram via resultado.

    (b) Todo o subcrdito F, do mesmo emprstimo do (C) e que corresponde a R$ 141,8 milhes, foi repassado Itaqui Gerao de Energia S.A. Esta parte do emprstimo tem prazo total de 17 anos, sendo 14 anos de amortizao, e carncia para pagamento de juros e principal at julho de 2012. O custo anual contratado de TJLP + 4,80% durante a fase de construo e de TJLP + 5,30% durante a fase de operao. Durante a fase de

  • construo os juros destes emprstimos foram capitalizados, a partir de 05 de fevereiro de 2013, data em que a usina efetivou sua entrada em operao comercial os juros destes emprstimos incorreram via resultado.

  • (c) Desta linha do BNDES indireto que tem os bancos Bradesco e Votorantim como agentes, foram repassados R$ 99 milhes a Itaqui Gerao de Energia S.A., relativos aos subcrditos A, B, C, D e E. Esta parte do emprstimo tem prazo total de 17 anos, sendo 14 anos de amortizao, e carncia para pagamento de juros e principal at julho de 2012. O custo anual contratado de IPCA + Taxa Referncia BNDES + 4,8% durante a fase de construo e de IPCA + Taxa Referncia BNDES + 5,3% durante a fase de operao. Durante a fase de construo, os juros destes emprstimos foram capitalizados, a partir de 05 de fevereiro de 2013, data em que a usina efetivou sua entrad