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Demonstrações Financeiras Hortigil Hortifruti S.A. 31 de dezembro de 2014 e 2013 com Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras

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Demonstrações Financeiras

Hortigil Hortifruti S.A.31 de dezembro de 2014 e 2013com Relatório dos Auditores Independentes sobre asDemonstrações Financeiras

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Hortigil Hortifruti S.A.

Demonstrações financeiras

31 de dezembro de 2014 e 2013

Índice

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras .................................. 1

Demonstrações financeiras auditadas

Balanços patrimoniais ..................................................................................................................... 3Demonstrações dos resultados ....................................................................................................... 5Demonstrações dos resultados abrangentes .................................................................................. 6Demonstrações das mutações do patrimônio líquido ...................................................................... 7Demonstrações dos fluxos de caixa ................................................................................................ 8Notas explicativas às demonstrações financeiras ........................................................................... 9

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Uma empresa-membro da Ernst & Young Global Limited

1

Centro Empresarial PB 370Praia de Botafogo, 3705º ao 8º Andares - Botafogo22250-040 - Rio de Janeiro – RJ - Brasil

Tel.: (5521) 3263-7000ey.com.br

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras

Aos Acionistas e Diretores daHortigil Hortifruti S.A.Cariacica - ES

Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Hortigil Hortifruti S.A.(“Companhia”), identificadas como Controladora e Consolidado, respectivamente, quecompreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2014 e as respectivasdemonstrações dos resultados, dos resultados abrangentes, das mutações do patrimônio líquido edos fluxos de caixa, para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principaispráticas contábeis e demais notas explicativas.

Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações financeiras

A Administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dasdemonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeisadotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessáriospara permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante,independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras combase em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais deauditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que aauditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que asdemonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência arespeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Osprocedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscosde distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraudeou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para aelaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia paraplanejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para finsde expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Umaauditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e arazoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação daapresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

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Responsabilidade dos auditores independentes--Continuação

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossaopinião.

Opinião

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente,em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira individual e consolidada daHortigil Hortifruti S.A. em 31 de dezembro de 2014, o desempenho individual e consolidado desuas operações e os seus fluxos de caixa individuais e consolidados para o exercício findonaquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Rio de Janeiro, 15 de abril de 2015.

ERNST & YOUNGAuditores Independentes S.S.CRC - 2SP 015.199/O-6 - F - RJ

Mauro MoreiraContador CRC - 1RJ 072.056/O-2

Renata S. SantosContadora CRC - 1RJ091.682/O-8

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Hortigil Hortifruti S.A.

Balanços patrimoniais31 de dezembro de 2014 e 2013(Em milhares de reais)

Controladora Consolidado31/12/2014 31/12/2013 31/12/2014 31/12/2013

Ativo circulanteCaixa e equivalentes de caixa (Nota 4) 2.881 16.896 3.367 17.009Títulos e valores mobiliários (Nota 4) 2.490 - 2.490 -Contas a receber (Nota 5) 44.100 45.318 44.685 46.126Estoques (Nota 6) 40.051 29.172 40.051 29.186Tributos a recuperar 610 387 614 387Adiantamentos 2.958 1.222 2.972 1.222Despesas a apropriar 463 393 463 393Outros ativos circulantes 266 173 266 173

93.819 93.561 94.908 94.496

Não circulanteImposto de renda e contribuição social diferidos

(Nota 12) 7.617 12.521 7.682 12.521Outras contas a receber - - - 3.000Depósitos judiciais (Nota 8) 11.101 7.186 11.110 7.190Investimentos (Nota 9) 9.084 3.705 8.175 -Imobilizado (Nota 10) 104.488 90.087 104.489 90.089Intangível (Nota 11) 26.798 20.004 26.798 20.004

159.088 133.503 158.254 132.804

Total do ativo 252.907 227.064 253.162 227.300

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Controladora Consolidado31/12/2014 31/12/2013 31/12/2014 31/12/2013

Passivo circulanteFornecedores (Nota 14) 58.397 49.862 58.363 49.898Empréstimos e financiamentos (Nota 15) 20.842 5.814 20.842 5.814Debêntures (Nota 16) 7.596 7.616 7.596 7.616Salários, encargos e provisões trabalhistas

(Nota 17) 21.474 19.430 21.569 19.487Provisão para imposto de renda e contribuição

social 658 2.690 658 2.833Impostos e contribuições a recolher (Nota 13) 6.912 7.041 6.982 7.041Aluguéis a pagar 4.051 4.412 4.051 4.412Outras contas a pagar 2.085 2.198 2.165 2.198

122.015 99.063 122.226 99.299Não circulante

Aluguéis a pagar 7.638 8.735 7.638 8.735Empréstimos e financiamentos (Nota 15) 9.724 11.283 9.724 11.283Debêntures (Nota 16) 13.041 19.651 13.041 19.651Impostos e contribuições a recolher (Nota 13) 10.540 6.917 10.540 6.917Provisão para contingências (Nota 19) 10.737 13.505 10.781 13.505

51.680 60.091 51.724 60.091

Patrimônio líquido (Nota 20)Capital social 5.519 5.519 5.519 5.519Reserva de capital 52.960 52.960 52.960 52.960Reserva legal 505 505 505 505Lucros acumulados 20.228 8.926 20.228 8.926

79.212 67.910 79.212 67.910

Total do passivo e patrimônio líquido 252.907 227.064 253.162 227.300

As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações financeiras.

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Hortigil Hortifruti S.A.

Demonstrações dos resultadosExercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013(Em milhares de reais)

Controladora Consolidado2014 2013 2014 2013

Receita líquida (Nota 21) 921.298 781.451 922.426 782.446Custo das mercadorias vendidas (Nota 22) (519.886) (442.090) (519.886) (442.090)Lucro bruto 401.412 339.361 402.540 340.356

Despesas operacionaisDespesas com vendas (Nota 22) (24.253) (20.197) (23.351) (19.345)Despesas gerais e administrativas (Nota 22) (335.053) (291.904) (336.600) (293.225)Outras receitas operacionais, líquidas 3.538 4.107 3.640 4.071

Lucro operacional antes do resultado financeiro e deequivalência patrimonial 45.644 31.367 46.229 31.857

Resultado de equivalência patrimonial (Nota 9) 286 359 - -Receitas financeiras (Nota 23) 3.442 3.765 3.620 4.206Despesas financeiras (Nota 23) (9.777) (6.030) (10.132) (6.454)

Lucro antes do imposto de renda e contribuição social 39.595 29.461 39.717 29.609

Despesa com imposto de renda e contribuição social(Nota 12) (14.153) (9.700) (14.275) (9.848)

Lucro líquido do exercício 25.442 19.761 25.442 19.761

As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações financeiras.

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Hortigil Hortifruti S.A.

Demonstrações dos resultados abrangentesExercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013(Em milhares de reais)

Controladora Consolidado2014 2013 2014 2013

Lucro líquido do exercício 25.442 19.761 25.442 19.761

Outros resultados abrangentes - - - -

Total do resultado abrangente 25.442 19.761 25.442 19.761

As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações financeiras.

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Hortigil Hortifruti S.A.

Demonstrações das mutações do patrimônio liquidoExercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013(Em milhares de reais)

Capitalsocial

Reservade capital

Reservalegal

Reservade lucros

Lucrosacumulados Total

Saldo em 31 de dezembro de 2012 5.519 52.960 505 1.275 - 60.259

Lucro líquido do exercício - - - - 19.761 19.761Distribuição de lucros - - - (12.110) (12.110)Apropriação em reserva de lucros - - - 7.651 (7.651) -

Saldo em 31 de dezembro de 2013 5.519 52.960 505 8.926 - 67.910

Lucro líquido do exercício - - - - 25.442 25.442Distribuição de lucros - - - - (14.140) (14.140)Apropriação em reserva de lucros - - - 11.302 (11.302) -

Saldo em 31 de dezembro de 2014 5.519 52.960 505 20.228 - 79.212

As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações financeiras.

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Hortigil Hortifruti S.A.

Demonstrações dos fluxos de caixaExercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013(Em milhares de reais)

Controladora Consolidado2014 2013 2014 2013

Fluxo de caixa das atividades operacionaisLucro líquido do exercício 25.442 19.761 25.442 19.761Ajustes ao resultado

Resultado de equivalência patrimonial (286) (359) - -Depreciação e amortização 18.924 15.941 18.924 15.941Valor residual do imobilizado baixado 2.149 549 2.149 549Imposto de renda e contribuição social diferido 4.904 5.571 4.839 5.571Imposto de renda e contribuição social corrente 9.249 4.129 9.436 4.277Custo na emissão de debêntures (apropriação) 135 135 135 135Provisão para contingências 3.375 1.134 3.375 1.134Juros de empréstimos e financiamentos 5.365 3.429 5.365 3.429

Lucro líquido ajustado 69.257 50.290 69.665 50.797

(Aumento) redução de ativosContas a receber 1.218 (5.768) 1.441 (6.217)Estoques (10.879) (7.998) (10.865) (8.012)Tributos a recuperar (223) - (227) -Adiantamentos (1.736) 1.153 (1.750) 1.166Despesas a apropriar (70) (223) (70) (223)Depósitos judiciais (3.915) (2.584) (3.920) (2.586)Outros ativos (93) 239 (93) (2.770)

Aumento (redução) de passivosFornecedores 8.535 3.322 8.465 3.324Salários e encargos sociais 2.044 (652) 2.082 (681)Impostos e contribuições a recolher (2.391) (3.241) (2.321) (3.304)Contingências (258) - (214) -Aluguéis a pagar (1.458) 553 (1.458) 553Outras contas a pagar (113) (121) (33) (123)

59.918 34.970 60.702 31.924Imposto de renda e contribuição social pagos (11.281) (1.416) (11.611) (1.411)Pagamento de juros (5.221) (2.343) (5.221) (2.343)Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 43.416 31.211 43.870 28.170

Fluxo de caixa das atividades de investimentosTítulos e valores mobiliários (2.490) - (2.490) -Aumento de capital em investida (5.093) (3.000) (5.175) -Aquisição de intangível (9.597) (7.480) (9.597) (7.480)Aquisição de ativo imobilizado (32.671) (29.454) (32.670) (29.454)

Caixa aplicado nas atividades de investimentos (49.851) (39.934) (49.932) (36.934)

Fluxo de caixa proveniente das atividades de financiamentoCaptação de empréstimos 13.227 2.278 13.227 2.278Amortização de debêntures (6.667) (3.334) (6.667) (3.334)Dividendos distribuídos (14.140) (12.110) (14.140) (12.110)

Caixa gerado aplicado nas atividades de financiamento (7.580) (13.166) (7.580) (13.166)

Decréscimo líquido no caixa e equivalentes de caixa (14.015) (21.889) (13.642) (21.930)

Saldo de caixa e equivalentes no início do exercício 16.896 38.785 17.009 38.939Saldo de caixa e equivalentes no final do exercício 2.881 16.896 3.367 17.009

Decréscimo líquido no caixa e equivalentes de caixa (14.015) (21.889) (13.642) (21.930)

As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações financeiras.

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Hortigil Hortifruti S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras31 de dezembro de 2014 e 2013(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

1. Contexto operacional

A Hortigil Hortifruti S.A. (“Hortigil”,“Companhia” ou “Controladora” e, conjuntamente com assubsidiárias Natural Administradora de Cartões de Crédito S.A. e HF Extra Participações S.A.,denominada “Companhia”), com sede no município de Cariacica, Estado do Espírito Santo, éuma sociedade por ações de capital fechado fundada em 1987.

A Companhia tem como atividade principal a comercialização, no varejo, de produtos dahorticultura, fruticultura e alimentos em geral. Suas operações são desenvolvidas através deunidades comerciais localizadas nos Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.

No segundo semestre de 2010, o FIP Brasil de Governança Corporativa ingressou comoacionista da HF Governança S.A., investidora da Companhia. O ingresso dos recursos do FIPBrasil de Governança Corporativa visava a expansão do número de lojas. A entrada dessesnovos recursos também contribuiu para o crescimento sustentável da organização, e para oalinhamento da Companhia às boas práticas de governança existentes no mercado.

Em dezembro de 2011, visando a uma maior eficiência operacional e administrativa dosnegócios, a Hortigil incorporou sua investidora HF Governança S.A. Em função disso, o FIPBrasil de Governança Corporativa passou a ser acionista direto da Companhia.

Em 17 de dezembro de 2014, o HF Fundo de Investimento em Participações adquiriu partedas ações de titularidade dos acionistas da HFPAR Participações Ltda., e o capital social daCompanhia está dividido conforme demonstrado na Nota 20.

Durante o exercício de 2014, a Companhia inaugurou duas novas lojas nos estados do Rio deJaneiro e São Paulo.

Em 09 de maio de 2014, a Companhia, através da sua controlada HF Extra ParticipaçõesS.A., adquiriu 166.667 ações do capital social da Extrafruti S.A. - Comércio deHortifrutigranjeiros, por R$ 8.175, o que correspondente a 10% de participação nestainvestida.

Para a expansão de sua rede e para aquisição acima mencionada, a Companhia obteverecursos junto a instituições financeiras de primeira linha, dando continuidade ao plano deexpansão definido por seus acionistas.

Situação econômico-financeira

Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia apresenta capital circulante líquido negativo deR$ 27.318 no consolidado. A situação financeira da Companhia reflete a decisão daAdministração e acionistas de investir no crescimento das operações com as seguintesações:

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Hortigil Hortifruti S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação31 de dezembro de 2014 e 2013(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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1. Contexto operacional--Continuação

· Abertura de lojas, estando prevista a inauguração de 6 novas lojas em 2015.

· Aquisição de negócios estratégicos.

A Administração da Companhia possui expectativa, baseada em suas projeções de resultadoe de fluxo de caixa futuros, de continuar auferindo lucros operacionais e de gerar fluxos decaixa positivos, os quais serão suficientes para a reversão da atual situação de capitalcirculante líquido negativo. Além disso, a Administração entende que os acionistascontinuarão provendo os recursos necessários para a manutenção das atividades daCompanhia e de seus planos de investimento, sempre que demandados.

2. Base de preparação e apresentação das demonstrações financeiras

A autorização para conclusão da preparação destas demonstrações financeiras pelaAdministração da Companhia ocorreu em 15 de abril de 2015. Desta forma, estasdemonstrações financeiras consideram os eventos subsequentes que pudessem ter efeitosobre as mesmas até a referida data.

2.1. Base de preparação

As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram elaboradas e estãosendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aprovadaspelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e pelo Conselho Federal deContabilidade (CFC).

A Companhia adotou todas as normas, revisões de normas, orientações einterpretações emitidas pelo CPC que estavam em vigor em 31 de dezembro de 2014.

2.2. Base de mensuração

As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico comobase de valor, sendo que determinados ativos e passivos financeiros, em função daclassificação, estão avaliados ao custo amortizado ou a valor justo.

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Hortigil Hortifruti S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação31 de dezembro de 2014 e 2013(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

11

2. Base de preparação e apresentação das demonstrações financeiras--Continuação

2.3. Uso de estimativas e julgamentos

A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativascontábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da Administração daCompanhia no processo de aplicação das políticas contábeis. Como o julgamento daAdministração envolve a determinação de estimativas relacionadas à probabilidade deeventos futuros, os resultados reais eventualmente podem divergir dessas estimativas.Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maiorcomplexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativaspara as demonstrações financeiras, estão divulgadas na Nota 3.a.

A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valoressignificativamente divergentes dos registrados nas demonstrações financeiras devido aotratamento probabilístico inerente ao processo de estimativa. A Companhia revisa suasestimativas e premissa periodicamente, sendo este período não superior a um ano.

2.4. Bases de consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas incluem as operações da Companhia e desuas controladas diretas, cuja participação percentual na data do balanço é comosegue:

% de participaçãoRazão social 2014 2013

Natural Administradora de Cartões de Crédito S.A. (“Natural”ou “Controlada”) 99,99% 99,99%

HF Extra Participações S.A. (“Controlada”) 99% 99%

A controlada Natural Administradora de Cartões de Crédito S.A. tem por objeto social aadministração de cartões de crédito.

A HF Extra Participações S.A. é uma empresa holding que possui basicamente aparticipação de 10% no capital da Extrafruti S.A., que tem como atividade principal acomercialização, no atacado, de produtos da horticultura, fruticultura e alimentos emgeral. Por não possuir influência significativa nos negócios da Extrafruti S.A., esseinvestimento está sendo tratado ao custo de aquisição nas demonstrações financeirasindividuais e consolidadas da Companhia.

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Hortigil Hortifruti S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação31 de dezembro de 2014 e 2013(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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2. Base de preparação e apresentação das demonstrações financeiras--Continuação

2.4. Bases de consolidação--Continuação

As controladas são integralmente consolidadas, e continuarão a ser consolidadas até adata em que esses controles deixem de existir.

Os exercícios sociais das controladas incluídas na consolidação são coincidentes comos da controladora e as políticas contábeis foram aplicadas de forma uniforme e sãoconsistentes com aquelas utilizadas no exercício anterior.

Os principais procedimentos de consolidação são:

· Eliminação dos saldos de contas correntes e outras, integrantes do ativo e/oupassivo, mantidos entre as sociedades consolidadas.

· Eliminação dos efeitos decorrentes das transações significativas realizadas entre associedades consolidadas.

· Eliminação das participações no capital, reservas e lucros acumulados dassociedades consolidadas.

· Eliminação dos saldos de receitas e despesas decorrentes de negócios entre associedades consolidadas.

3. Resumo das principais políticas contábeis

a) Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas

Julgamentos

A preparação das demonstrações financeiras requer que a Administração façajulgamentos e estimativas e adote premissas que afetam os valores apresentados dereceitas, despesas, ativos e passivos, bem como as divulgações de passivoscontingentes, na data-base das demonstrações financeiras. Contudo, a incerteza relativaa essas premissas e estimativas poderia levar a resultados que requeiram um ajustesignificativo ao valor contábil do ativo ou passivo afetado em períodos futuros.

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3. Resumo das principais políticas contábeis--Continuação

a) Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas--Continuação

Estimativas e premissas

As principais premissas relativas a fontes de incerteza nas estimativas futuras e outrasimportantes fontes de incerteza em estimativas na data do balanço, envolvendo riscosignificativo de causar um ajuste no valor contábil dos ativos e passivos no próximoexercício social, são discutidas a seguir.

Provisão para créditos de liquidação duvidosa

Essa provisão é fundamentada em análise do histórico de perdas monitorado pelaAdministração, sendo constituída em montante considerado suficiente para cobrir asprováveis perdas na realização das contas a receber. No encerramento dos exercícios de2014 e 2013 a Administração não tinha expectativa de perdas em seu contas a receber e,portanto, não constituiu provisão para perdas nesses créditos.

Provisão para perdas nos estoques

A provisão para perdas nos estoques é estimada com base no histórico de perdasapurados quando da execução dos inventários físicos de lojas e centros de distribuição,bem como na venda de itens abaixo do preço de aquisição. No encerramento dosexercícios de 2014 e 2013 a Administração não tinha expectativa de perdas em seuestoque e, portanto, não constituiu provisão para perdas.

Vida útil dos ativos imobilizado e intangível

A depreciação ou amortização dos ativos imobilizado e intangível considera a melhorestimativa da Administração sobre a utilização destes ativos ao longo de suas operações.Mudanças no cenário econômico e/ou no mercado consumidor podem requerer a revisãodessas estimativas de vida útil.

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3. Resumo das principais políticas contábeis--Continuação

a) Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas--Continuação

Estimativas e premissas--Continuação

Perda por redução ao valor recuperável de ativos não financeiros

A Administração revisa anualmente o valor contábil líquido dos ativos com o objetivo deavaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais outecnológicas, que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Sendotais evidências identificadas, e se o valor contábil líquido exceder o valor recuperável, éconstituída provisão para desvalorização, ajustando o valor contábil líquido ao valorrecuperável.

O valor recuperável de um ativo ou de determinada unidade geradora de caixa é definidocomo sendo o maior entre o valor em uso e o valor líquido de venda. No caso daCompanhia a avaliação considerou cada uma de suas lojas como unidade geradora decaixa.

Na estimativa do valor em uso do ativo, os fluxos de caixa futuros estimados sãodescontados ao seu valor presente, utilizando uma taxa de desconto antes dos impostos,que reflita o custo médio ponderado de capital para a indústria em que opera a unidadegeradora de caixa. O valor líquido de venda é determinado, sempre que possível, combase em contrato de venda firme em uma transação em bases comutativas, entre partesconhecedoras e interessadas, ajustado por despesas atribuíveis à venda do ativo, ou,quando não há contrato de venda firme, com base no preço de mercado de um mercadoativo, ou no preço da transação mais recente com ativos semelhantes.

Este critério também é aplicado para avaliar perda por redução ao valor dos ativosintangíveis com vida útil indefinida, os quais são testados em relação à perda por reduçãoao valor recuperável anualmente, individualmente ou no nível da unidade geradora decaixa, conforme o caso ou quando as circunstâncias indicarem perda por desvalorizaçãodo valor contábil. Quando tais evidências são identificadas, e o valor contábil líquidoexcede o valor recuperável, é constituída provisão para deterioração ajustando o valorcontábil líquido ao valor recuperável, quando aplicável.

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3. Resumo das principais políticas contábeis--Continuação

a) Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas--Continuação

Estimativas e premissas--Continuação

Imposto de renda e contribuição social

O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos são reconhecidos somente naextensão em que seja provável que existirá base tributável positiva para a qual asdiferenças temporárias possam ser utilizadas e os prejuízos fiscais possam sercompensados. A recuperação do saldo dos impostos diferidos ativos é revisada no finalde cada exercício e, quando não for mais provável que lucros tributáveis futuros estarãodisponíveis para permitir a recuperação de todo o ativo, ou parte dele, o saldo do ativo éajustado pelo montante que se espera que seja recuperado.

Julgamento significativo da Administração é requerido para determinar o valor do impostodiferido ativo que pode ser reconhecido, com base no prazo provável e nível de lucrostributáveis futuros, juntamente com estratégias de planejamento fiscal futuras.

Provisões para riscos fiscais, cíveis e trabalhistas

A Companhia registrou provisões, as quais envolvem considerável julgamento por parteda Administração, para riscos fiscais, trabalhistas e cíveis que, como resultado de umacontecimento passado, é provável que uma saída de recursos envolvendo benefícioseconômicos seja necessária para liquidar a obrigação e uma estimativa razoável possaser feita do montante dessa obrigação. A Companhia também está sujeita areivindicações legais, cíveis e trabalhistas cobrindo assuntos que advêm do curso normaldas atividades de seus negócios.

A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, ahierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nostribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dosadvogados externos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em contaalterações nas circunstâncias tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões deinspeções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos assuntos oudecisões de tribunais. Os resultados reais podem diferir das estimativas. Os fundamentose natureza da provisão para contingências estão descritos na Nota 19.

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3. Resumo das principais políticas contábeis--Continuação

a) Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas--Continuação

Estimativas e premissas--Continuação

Valor justo de instrumentos financeiros

Quando o valor justo de ativos e passivos financeiros apresentados no balançopatrimonial não puder ser obtido de mercados ativos, é determinado utilizando técnicasde avaliação, incluindo o método de fluxo de caixa descontado. Os dados para essesmétodos se baseiam naqueles praticados no mercado, quando possível, contudo, quandoisso não for viável, um determinado nível de julgamento é requerido para estabelecer ovalor justo. O julgamento inclui considerações sobre os dados utilizados como, porexemplo, risco de liquidez, risco de crédito e volatilidade. Mudanças nas premissas sobreesses fatores poderiam afetar o valor justo apresentado dos instrumentos financeiros.

b) Apuração do resultado

O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil decompetência.

· As receitas com venda de mercadorias são reconhecidas quando da transferência dapropriedade e dos riscos a terceiros pelos seus valores brutos e deduzidas dasdevoluções, abatimentos e impostos sobre as vendas.

· As receitas de serviços são apropriadas ao resultado quando da efetiva e completaprestação do serviço.

· O custo das mercadorias vendidas e dos serviços prestados, incluem o custo deaquisição de mercadorias e custos com serviços, deduzido das bonificações emprodutos recebidas dos fornecedores.

· O frete relacionado ao transporte de mercadorias entre os centros de distribuição eas lojas, bem como o remanejo de mercadorias das lojas para o centro dedistribuição, é incluído no custo das mercadorias vendidas.

· As despesas com publicidade são reconhecidas no resultado, como despesas comvendas, quando da sua efetiva veiculação, deduzidas da participação dosfornecedores.

· As receitas e despesas de juros são reconhecidas pelo método da taxa efetiva dejuros na rubrica de receitas/despesas financeiras.

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3. Resumo das principais políticas contábeis--Continuação

c) Ativos e passivos financeiros não derivativos

Os instrumentos financeiros não derivativos da Companhia são representadosprincipalmente por caixa e equivalentes de caixa, contas a receber, fornecedores,empréstimos e financiamentos e debêntures. Os instrumentos financeiros sãoinicialmente registrados ao seu valor justo acrescido dos custos de transação que sejamdiretamente atribuíveis à sua aquisição ou emissão, exceto no caso de ativos e passivosfinanceiros classificados na categoria ao valor justo por meio do resultado, quando taiscustos são diretamente lançados no resultado do exercício. Sua mensuraçãosubsequente ocorre a cada data base de fechamento das demonstrações financeiras, deacordo com a classificação dos instrumentos financeiros nas seguintes categorias deativos e passivos financeiros:

(i) Ativo financeiro mensurado pelo valor justo por meio do resultado - Ativos financeirosa valor justo por meio do resultado incluem ativos financeiros mantidos paranegociação e ativos financeiros designados no reconhecimento inicial a valor justopor meio do resultado. Ativos financeiros são classificados como mantidos paranegociação se forem adquiridos com o objetivo de venda no curto prazo. Ganhos eperdas de passivos para negociação são reconhecidos na demonstração doresultado.

(ii) Investimentos mantidos até o vencimento - Ativos financeiros com pagamentos fixosou determináveis e datas de vencimento fixas e que a Companhia tenha a intenção ehabilidade de manter até o vencimento são classificados nessa categoria. Ativosfinanceiros mantidos até o vencimento são mensurados pelo custo amortizadoutilizando-se o método dos juros efetivos, deduzido de provisão para perda do valorrecuperável (impairment). A receita com juros é reconhecida aplicando-se o métododa taxa efetiva. A Companhia não possui investimentos a serem mantidos até ovencimento.

(iii) Empréstimos e recebíveis - Após reconhecimento inicial, empréstimos e recebíveissujeitos a juros são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado, utilizando ométodo da taxa de juros efetivos. Ganhos e perdas são reconhecidos na demonstraçãodo resultado no momento da baixa dos passivos e ativos, bem como durante o processode amortização pelo método da taxa de juros efetivos.

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3. Resumo das principais políticas contábeis--Continuação

c) Ativos e passivos financeiros não derivativos--Continuação

A apresentação dos passivos financeiros por categoria encontra-se na Nota 25.1.

(i) Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa incluem caixa, contas bancárias e investimentos decurto prazo (três meses ou menos a contar da data de contratação) com liquidezimediata, em um montante conhecido de caixa e com baixo risco de variação novalor de mercado, que são mantidos com a finalidade de gerenciamento doscompromissos de curto prazo da Companhia. Esses investimentos são avaliados aocusto, acrescidos de juros até a data do balanço, e marcados a mercado sendo oganho ou a perda registrado no resultado do exercício.

(ii) Títulos e valores mobiliários

A Companhia classifica suas aplicações financeiras na categoria de mantidos paranegociação, considerando o propósito para qual o investimento foi adquirido.

As aplicações financeiras mantidas para negociação são mensuradas pelo seu valorjusto. Os juros e variações monetária, quando aplicável, são reconhecidos noresultado quando incorridos.

(ii) Contas a receber

Estão apresentadas considerando-se os valores estimados de sua realização,líquidas do ajuste a valor presente, calculado sobre as vendas parceladas, e daprovisão para crédito de liquidação duvidosa (quando aplicável).

(iii) Passivos financeiros

Os empréstimos e financiamentos e as debêntures estão inicialmente mensuradospelo valor justo líquidos dos custos de transação incorridos. Os empréstimos efinanciamentos são subsequentemente mensurados ao custo amortizado através dométodo dos juros efetivos.

Os passivos circulantes e não circulantes são demonstrados pelos valores conhecidosou calculáveis acrescidos, quando aplicável dos correspondentes encargos, variaçõesmonetárias e/ou cambiais incorridas até a data dos balanços.

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3. Resumo das principais políticas contábeis--Continuação

d) Estoques

Estão demonstrados ao custo médio de aquisição, deduzido de provisão para ajustá-losaos prováveis valores de realização e das bonificações recebidas dos fornecedores,quando aplicável.

e) Imobilizado

O ativo imobilizado é registrado ao custo de aquisição, deduzido das respectivasdepreciações e perdas por desvalorização, se aplicável.

A depreciação dos bens é calculada pelo método linear às taxas mencionadas na Nota10, que levam em conta o tempo de vida útil econômica estimada dos bens. Aamortização das benfeitorias em imóveis alugados é calculada com base nos respectivosprazos dos contratos de locação ou vida útil das benfeitorias, dos dois o menor. Oscustos subsequentes ao do reconhecimento inicial são incorporados ao valor residual doimobilizado ou reconhecidos como item específico, conforme apropriado, somente se osbenefícios econômicos associados a esses itens forem prováveis e os valoresmensurados de forma confiável. O saldo residual do item substituído é baixado. Demaisreparos e manutenções são reconhecidos diretamente no resultado quando incorridos.

Um item de imobilizado é baixado quando vendido ou quando nenhum benefícioeconômico futuro for esperado do seu uso ou venda. Eventual ganho ou perda resultanteda baixa do ativo (calculado como sendo a diferença entre o valor líquido da venda e ovalor contábil do ativo) são incluídos na demonstração do resultado no exercício em queo ativo for baixado.

O valor residual e vida útil dos ativos e os métodos de depreciação são revistos noencerramento de cada exercício, e ajustados de forma prospectiva, quando for o caso.

Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013, não houve mudançassignificativas nas vidas úteis dos ativos.

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3. Resumo das principais políticas contábeis--Continuação

f) Arrendamento mercantil

Arrendamento financeiro

Os contratos de arrendamento mercantil financeiro transferem substancialmente àCompanhia os riscos e benefícios inerentes a propriedade de um ativo. Tais contratossão reconhecidos no ativo imobilizado em contrapartida ao passivo, pelo valor presentedas parcelas mínimas obrigatórias do contrato ou valor justo do ativo, dos dois o menor.Os montantes registrados no ativo imobilizado são depreciados pelo menor prazo entre avida útil-econômica estimada dos bens e a duração prevista do contrato. Os jurosimplícitos no passivo são apropriados ao resultado de acordo com a duração do contratopelo método da taxa efetiva de juros. Pela imaterialidade dos valores envolvidos, o saldode arrendamentos a pagar estão classificados em outras contas a pagar no passivocirculante.

g) Custos de empréstimos

Custos de empréstimos diretamente relacionados com a aquisição, construção ouprodução de um ativo que necessariamente requer um tempo significativo para serconcluído para fins de uso ou venda são capitalizados como parte do custo docorrespondente ativo. Todos os demais custos de empréstimos são registrados emdespesa no período em que são incorridos. Custos de empréstimo compreendem juros eoutros custos incorridos por uma entidade relativos ao empréstimo.

h) Intangível

Os ativos intangíveis adquiridos separadamente são mensurados ao custo no momentodo seu reconhecimento inicial. Após o reconhecimento inicial, os ativos intangíveis sãoapresentados ao custo, menos amortização acumulada (calculada pelo método linear) eperdas no valor recuperável acumuladas, quando aplicável. Ativos intangíveis geradosinternamente não são capitalizados, sendo os respectivos gastos refletidos nademonstração do resultado do exercício em que for incorrido.

Ativos intangíveis com vida útil definida são amortizados ao longo da vida útil-econômicae avaliados em relação à perda por redução ao valor recuperável sempre que houverindicação de perda de econômico do ativo. O período e o método de amortização paraum ativo intangível com vida útil definida são revisados no mínimo ao final de cadaexercício social. A amortização de ativos intangíveis com vida útil definida é reconhecidana demonstração do resultado do exercício.

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3. Resumo das principais políticas contábeis--Continuação

h) Intangível--Continuação

Ativos intangíveis com vida útil indefinida não são amortizados, mas são testadosanualmente em relação a perdas por redução ao valor recuperável no nível da unidadegeradora de caixa.

i) Investimentos

O investimento da Companhia em suas controladas é avaliado com base no método daequivalência patrimonial, conforme CPC 18 (R2) - Investimento em coligada, controlada eempreendimento controlado em conjunto, para fins de demonstrações financeiras individuais.

Com base no método da equivalência patrimonial, o investimento na controlada écontabilizado no balanço patrimonial individual ao custo, adicionado das mudanças apósa aquisição da participação societária na controlada.

Nas demonstrações financeiras consolidadas o montante de investimento nas controladas éeliminado.

A participação societária na controlada é apresentada na demonstração do resultado dacontroladora como equivalência patrimonial, representando o lucro líquido atribuível aosacionistas da controlada. A demonstração financeira da controlada é elaborada para omesmo período de divulgação que a Companhia. Quando necessário, são efetuados ajustespara que as políticas contábeis estejam de acordo com as adotadas pela Companhia.

Após a aplicação do método da equivalência patrimonial para fins de demonstraçõesfinanceiras individuais, a Companhia determina se é necessário reconhecer perdaadicional do valor recuperável sobre o investimento da Companhia em sua controlada. ACompanhia determina, em cada data de fechamento do balanço patrimonial, se háevidência objetiva de que o investimento em controlada sofreu perda por redução aovalor recuperável. Se assim for, a Companhia calcula o montante da perda por reduçãoao valor recuperável como a diferença entre o valor recuperável da controlada e o valorcontábil e reconhece o montante na demonstração do resultado da controladora.

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3. Resumo das principais políticas contábeis--Continuação

j) Impairment de ativos não financeiros

Os ativos que estão sujeitos à amortização são revisados para a verificação deimpairment sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valorcontábil pode não ser recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida pelo valorao qual o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável. Este último é o valor maisalto entre o valor justo de um ativo menos os custos de venda e o seu valor em uso. Parafins de avaliação do impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para osquais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente (Unidades Geradoras deCaixa (UGC)). Os ativos não financeiros, que tenham sofrido impairment, fato ainda nãoocorrido, são revisados subsequentemente para a análise de uma possível reversão doimpairment na data de apresentação das demonstrações financeiras.

A Administração da Companhia avaliou os indicativos de impairment no exercício findoem 31 de dezembro de 2014 e julgou não existir evidências de que os valores contábeisdos ativos não financeiros não serão recuperáveis.

k) Imposto de renda e contribuição social

As despesas com imposto de renda e com contribuição social representam a soma dosimpostos correntes e diferidos.

Impostos correntes

A tributação sobre o lucro compreende o imposto de renda e a contribuição social. Oimposto de renda é computado sobre o lucro tributável pela alíquota de 15%, acrescidodo adicional de 10% para os lucros que excederem R$240 no período de 12 meses,enquanto que a contribuição social é computada pela alíquota de 9% sobre o lucrotributável, reconhecidos pelo regime de competência; portanto, as inclusões ao lucrocontábil de despesas, temporariamente não dedutíveis, ou exclusões de receitas,temporariamente não tributáveis, consideradas para apuração do lucro tributável correntegeram créditos ou débitos tributários diferidos.

O imposto de renda e a contribuição social corrente são apresentados líquidos, porentidade contribuinte, no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quandoos montantes antecipadamente pagos excedem o total devido na data dasdemonstrações financeiras.

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3. Resumo das principais políticas contábeis--Continuação

k) Imposto de renda e contribuição social--Continuação

Impostos diferidos

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos em sua totalidade,conforme o conceito descrito no Pronunciamento Técnico CPC 32 - Tributos sobre o Lucrosobre as diferenças entre os ativos e passivos reconhecidos para fins fiscais e os seuscorrespondentes valores reconhecidos nas demonstrações financeiras, bem como sobre oprejuízo fiscal e a base negativa de contribuição social apurados no exercício. O imposto derenda e a contribuição social diferidos são determinados considerando as alíquotas (e leis)vigentes na data de preparação das demonstrações financeiras e aplicáveis quando orespectivo imposto de renda e a contribuição social diferidos forem realizados. O imposto derenda e contribuição social diferidos ativos são mantidos pelos valores esperados de realização.

Impostos diferidos ativos e passivos são apresentados líquidos apenas se existe umdireito legal ou contratual para compensar o ativo fiscal contra o passivo fiscal e osimpostos diferidos são relacionados à mesma entidade tributada e sujeitos à mesmaautoridade tributária.

l) Impostos sobre vendas

As receitas de vendas de produtos estão sujeitas aos seguintes impostos e contribuições,pelas seguintes alíquotas básicas:

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços - ICMS De 7% a 26%Programa de Integração Social - PIS 1,65%Contribuição para Financiamento da Seguridade Social - COFINS 7,6%

Os produtos hortifrutigranjeiros in natura possuem alíquota zero.

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3. Resumo das principais políticas contábeis--Continuação

l) Impostos sobre vendas--Continuação

As receitas, despesas e ativos são reconhecidos líquidos dos impostos sobre vendasexceto:

· Quando os impostos sobre vendas incorridos na compra de bens ou serviços nãoforem recuperáveis junto às autoridades fiscais, hipótese em que o imposto sobrevendas é reconhecido como parte do custo de aquisição do ativo ou do item dedespesa, conforme o caso.

· Quando os valores a receber e a pagar forem apresentados juntos com o valor dosimpostos sobre vendas.

· o valor líquido dos impostos sobre vendas, recuperável ou a pagar, é incluído comocomponente dos valores a receber ou a pagar no balanço patrimonial.

m) Outros ativos e passivos

Um passivo é reconhecido no balanço quando a Companhia possui uma obrigação legalou constituída como resultado de um evento passado, sendo provável que um recursoeconômico seja requerido para liquidá-lo. As provisões são registradas tendo como baseas melhores estimativas do risco envolvido.

Um ativo é reconhecido no balanço quando for provável que seus benefícios econômicosfuturos serão gerados em favor da Companhia e seu custo ou valor puder ser mensuradocom segurança.

Os ativos e passivos são classificados como circulantes quando sua realização ouliquidação é provável que ocorra nos próximos doze meses. Caso contrário, sãodemonstrados como não circulantes.

n) Ajustes a valor presente

A Companhia reconhece os ativos e passivos provenientes de operações de longo prazo,bem como operações relevantes de curto prazo, caso consideradas relevantes emrelação ao capital de giro e as demonstrações financeiras como um todo, ajustadas aovalor presente. O desconto a valor presente toma por base as taxas básicas de jurospraticadas pela Companhia no curso de suas operações e os prazos das referidastransações.

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3. Resumo das principais políticas contábeis--Continuação

o) Demonstração dos fluxos de caixa

As demonstrações dos fluxos de caixa foram preparadas pelo método indireto e estãosendo apresentadas de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 03 (R2) -Demonstração dos Fluxos de Caixa.

p) Novos pronunciamentos

Não há novos pronunciamentos ou interpretações de CPCs vigendo a partir de 2015que poderiam ter um impacto significativo nas demonstrações financeiras daCompanhia.

4. Caixa e equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários

Controladora Consolidado2014 2013 2014 2013

Caixa e equivalentes de caixaCaixa e depósitos bancários 2.881 3.791 3.367 3.904Operações compromissadas - 13.105 - 13.105

Total do caixa e equivalentes de caixa 2.881 16.896 3.367 17.009

Títulos e valores mobiliáriosOperações compromissadas 2.490 - 2.490 -

Total dos títulos e valores mobiliários 2.490 - 2.490 -

As operações compromissadas lastreadas em debêntures estão integralmente aplicadas eminstituições de primeira linha, considerando o rendimento acumulado até a data do resgate,sendo remuneradas a uma taxa de 80% do CDI em 31 de dezembro de 2014 (85% do CDI em31 de dezembro de 2013).

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5. Contas a receber

Os valores relativos às contas a receber representam as operações de vendas de produtos eestão assim compostos:

Controladora Consolidado2014 2013 2014 2013

Administradoras de cartão de crédito - terceiros 34.483 37.709 41.754 43.469Administradoras de cartão de crédito - parterelacionada (Nota 7) 7.321 5.760 - -Vendas diretas a pessoa jurídica 2.232 1.849 2.232 1.849Outras contas a receber 64 - 699 808

44.100 45.318 44.685 46.126

As operações com cartões de crédito são registradas líquidas das comissões pagas àsrespectivas administradoras.

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a análise do vencimento de saldos de contas a receberde clientes é a seguinte:

Controladora Consolidado2014 2013 2014 2013

A vencer 38.712 45.109 38.002 45.861Vencidos

De 01 a 30 dias 4.795 116 5.290 116De 31 a 60 dias 397 30 529 86De 61 a 90 dias 33 12 152 12De 91 a 180 dias 57 51 454 51Mais de 180 dias 106 - 258 -

44.100 45.318 44.685 46.126

6. Estoques

Controladora Consolidado2014 2013 2014 2013

Mercadorias para revenda 36.041 23.583 36.041 23.583Embalagens 1.137 790 1.137 790Estoques em trânsito - 824 - 824Adiantamento para aquisição de estoques 1.786 2.412 1.786 2.412Outros estoques 1.087 1.563 1.087 1.577

40.051 29.172 40.051 29.186

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7. Partes relacionadas

Os saldos com partes relacionadas se resumem como segue:

ControladoraNatural Administradora de

Cartões de Crédito S.A TotalNatureza da transação 2014 2013 2014 2013

Ativo circulanteContas a receber 7.321 5.760 7.321 5.760

Passivo circulanteFornecedores 145 146 145 146

Natural Administradora deCartões de Crédito S.A. Total

Natureza da transação 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2014 31/12/2013

ResultadoDespesas com comissões 917 859 917 859

Operações com Natural Administradora de Cartões de Crédito S.A.

A Companhia possui operações de venda através dos cartões de própria marca. O resultadonos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 representam principalmente ascomissões devidas sobre as vendas com cartão.

8. Depósitos judiciais

Os depósitos judiciais são apresentados de acordo com a natureza das correspondentescausas:

Controladora Consolidado2014 2014 2014 2013

Previdenciárias (a) 10.326 6.110 10.326 6.110Trabalhistas 368 735 377 739Outros 407 341 407 341

11.101 7.186 11.110 7.190

(a) Em 2010, a Companhia ingressou com ação para discutir a majoração da alíquota SAT/RAT de 1% para 3%. Desde então efetuamensalmente o recolhimento de 1% mediante Guia de Previdência Social, e o restante, mediante depósito judicial.

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9. Investimentos

a) Movimentação dos investimentos

Investimento em 31 de dezembro de 2012 346

Equivalência patrimonial do exercício 359

Aumento de capital na HF Extra Participações S.A. 3.000

Investimento em 31 de dezembro de 2013 3.705

Equivalência patrimonial do exercício 286

Aumento de capital na HF Extra Participações S.A. 5.093

Investimento em 31 de dezembro de 2014 9.084

Conforme mencionado na Nota 1, a Companhia, através da sua controlada HF ExtraParticipações S.A., adquiriu 166.667 quotas do capital social da Extrafruti S.A. - Comérciode Hortifrutigranjeiros, por R$ 8.175, o que correspondente a 10% de participação nestainvestida em 09 de maio de 2014. Por não possuir influência significativa nos negócios daExtrafruti S.A., esse investimento está sendo tratado ao custo de aquisição nasdemonstrações financeiras consolidadas da Companhia.

b) Informações relevantes sobre as investidas

HF Extra Participações S.A.Natural Administradora de

Cartões de Crédito S.A.2014 2013 2014 2013

Participação no capital 99% 99% 99,99% 99,99%Capital social 8.175 3.000 5 5Patrimônio líquido 8.175 3.000 990 705Lucro líquido do exercício - - 286 359Total dos ativos 8.175 3.000 8.631 6.748

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10. Imobilizado (Consolidado)

Imóveis BenfeitoriasMóveis e

instalações VeículosMaquinas e

equipamentosComputadores e

periféricos

Construçãoem andamento

(*) Outros Total

Saldo em 31 de dezembro de 2012 355 25.407 12.211 11.858 19.882 3.150 3.264 281 76.408

Aquisições - 226 5.272 305 6.683 3.360 13.608 - 29.454Baixas - - (41) (31) (244) (59) (174) - (549)Transferências - 16.499 70 - (70) - (16.499) - -Depreciação/amortização (10) (8.884) (1.428) (1.381) (2.121) (1.400) - - (15.224)

Saldo em 31 de dezembro de 2013 345 33.248 16.084 10.751 24.130 5.051 199 281 90.089

Aquisições - 63 1.660 6.307 2.196 472 18.918 3.054 32.670Baixas - (1.242) (342) (537) (28) - - - (2.149)Transferências - 9.402 2.639 10 2.871 327 (12.840) (2.409) -Depreciação/amortização (10) (8.593) (1.772) (1.799) (2.456) (1.491) - - (16.121)

Saldo em 31 de dezembro de 2014 335 32.878 18.269 14.732 26.713 4.359 6.277 926 104.489

Custo Total 548 74.163 26.694 26.976 38.584 11.022 6.277 926 185.190Depreciação/amortização acumulada (213) (41.285) (8.425) (12.244) (11.871) (6.663) - - (80.701)

Valor residual 335 32.878 18.269 14.732 26.713 4.359 6.277 926 104.489Vida útil em anos 50 5 10 7 ou 12 13 3

(*) Corresponde basicamente a obras em lojas com inauguração prevista em 2015 conforme mencionado na Nota 1.

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10. Imobilizado (Consolidado)--Continuação

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, não existiam bens dados em garantia, com exceção domencionado na Nota 15.

A Companhia avalia periodicamente a vida útil-econômica desses ativos. No exercício findoem 31 de dezembro de 2014, a Companhia concluiu não ser necessário mudanças emrelação às vidas úteis utilizadas em 2013.

11. Intangível (Controladora e Consolidado)Fundo decomércio

Licenças esoftware (a)

Marcase patentes

Direito de usode imóveis (b) Total

Saldo em 31 de dezembro de 2012 2.271 453 4 - 2.728

Aquisições 1.310 6.172 (2) 10.513 17.993Amortização - (190) (1) (526) (717)

Saldo em 31 de dezembro de 2013 3.581 6.435 1 9.987 20.004

Aquisições 600 8.997 - - 9.597Amortização - (1.741) (1) (1.061) (2.803)

Saldo em 31 de dezembro de 2014 4.181 13.691 - 8.926 26.798

Custo total 4.181 15.622 2 10.513 30.318Amortização acumulada - (1.931) (2) (1.587) (3.520)

4.181 13.691 - 8.926 26.798

Vida útil N/A 5 anos 10 anos 10 anos

(a) Representam basicamente, gastos com implantação de sistema ERP e desenvolvimento de sistemas próprios, sendo amortizados de forma linear considerando-seo prazo estipulado de utilização e benefícios auferidos.

(b) Refere-se ao direito de uso de imóveis adquirido em 2013 que será liquidado em 120 parcelas até maio de 2023. O saldo devedor encontra-se classificado na contade aluguéis a pagar.

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, não foram identificados eventos que indicassem anecessidade de efetuar cálculos para avaliar eventual redução dos ativos intangíveis(vida útil definida) ao seu valor de recuperação.

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11. Intangível (Consolidado)--Continuação

Teste de redução ao valor recuperável de ativos - “impairment”

De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) - Redução ao Valor Recuperável deAtivos (“CPC 01”), os itens do ativo intangível, que apresentem sinais de que seus custosregistrados são superiores aos seus valores de recuperação, são revisados anualmente paradeterminar a necessidade de provisão para redução do saldo contábil a seu valor derealização.

A Administração da Companhia não identificou necessidade de registrar qualquer provisãopara perda em seu intangível em 31 de dezembro de 2014 e 2013.

12. Imposto de renda e contribuição social

O imposto de renda e contribuição social diferidos ativos têm a seguinte origem:

Controladora Consolidado2014 2013 2014 2013

AtivoPrejuízo fiscal e base negativa de contribuição social - 350 50 350Diferenças temporárias

Ágio 8.321 12.828 8.321 12.828Provisão para contingências 2.312 950 2.327 950

PassivoDiferenças RTT - depreciação (3.016) (1.607) (3.016) (1.607)

Imposto de renda e contribuição social diferidos ativos 7.617 12.521 7.682 12.521

A legislação fiscal limita a utilização de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição a30% do lucro tributável anual.

As estimativas de recuperação do ativo fiscal diferido estão suportadas por projeções doslucros tributáveis, levando em consideração diversas premissas financeiras e de negóciosexistentes no encerramento do exercício de 2014. Tendo em vista tais projeções, aCompanhia espera que o ativo fiscal diferido registrado no balanço em 31 de dezembro de2014 seja recuperado em até dois anos. Vale ressaltar que as estimativas estão sujeitas anão se concretizarem no futuro tendo em vista as incertezas inerentes às previsões.

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12. Imposto de renda e contribuição social--Continuação

A conciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social calculada pela aplicaçãodas alíquotas fiscais e valores no resultado está demonstrada a seguir:

Controladora Consolidado2014 2013 2014 2013

Resultado antes do imposto de renda e contribuiçãosocial 39.595 29.461 39.717 29.609Alíquota nominal - 34% (13.462) (10.017) (13.504) (10.067)

Efeito das (adições) exclusões permanentes:Patrocínio, brindes e doações (249) (1.080) (249) (1.080)Outras adições (exclusões) permanentes (608) 1.376 (688) 1.278Benefícios fiscais (PAT, salário-maternidade) 166 21 166 21

Imposto de renda e contribuição social à alíquotaefetiva (14.153) (9.700) (14.275) (9.848)

Correntes (9.249) (4.129) (9.436) (4.277)Diferidos (4.904) (5.571) (4.839) (5.571)Imposto de renda e contribuição social na

demonstração dos resultados (14.153) (9.700) (14.275) (9.848)Alíquota efetiva 35,74% 32,92% 35,94% 33,26%

13. Impostos e contribuições a recolher

Controladora Controladora2014 2013 2014 2013

ICMS a recolher 1.316 2.418 1.316 2.418PIS e COFINS a recolher 1.137 577 1.157 577Outros 1.752 277 1.802 277

ParcelamentosICMS 745 2.502 745 2.502INSS (PAEX) 9.720 4.332 9.720 4.332COFINS (PAEX) 1.039 1.609 1.039 1.609IRPJ (PAEX) 431 673 431 673PIS (PAEX) 231 365 231 365CSLL (PAEX) 150 240 150 240Outros 931 965 931 965

17.452 13.958 17.522 13.958

Passivo circulante 6.912 7.041 6.982 7.041Passivo não circulante 10.540 6.917 10.540 6.917

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13. Impostos e contribuições a recolher--Continuação

As parcelas registradas no não circulante possuem os seguintes vencimentos:

Controladora e Consolidado2014 2013

2015 - 2.3092016 1.513 4.6082017 716 -2018 em diante 8.311 -Total registrado no não circulante 10.540 6.917

Programa de Refinanciamento Fiscal - Lei 11.941/09

Em dezembro de 2014, a Companhia aderiu ao Programa de Especial de Parcelamentoinstituído pela Lei nº 12.996/2014 e Lei 13.043/2014, visando equalizar os passivos fiscais pormeio de um sistema especial de pagamento e parcelamento de suas obrigações fiscais eprevidenciárias.

Quando da opção pelo referido programa, a Companhia formalizou junto a Receita Federal doBrasil a inclusão da totalidade dos débitos em aberto constantes do conta corrente, no valorde R$6.875.

Os débitos incluídos no parcelamento encontravam-se em discussão judicial, dos quaisR$5.885 já estavam reconhecidos como provisão para contingências e foram reclassificadospara parcelamentos fiscais quando da adesão ao parcelamento.

14. Fornecedores

Controladora Consolidado2014 2013 2014 2013

Mercadorias 43.555 38.089 43.555 38.125Serviços 7.399 3.084 7.365 3.084Rurais 5.783 6.010 5.783 6.010Importados 1.660 2.679 1.660 2.679

58.397 49.862 58.363 49.898

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15. Empréstimos e financiamentos

Os empréstimos contraídos pela Companhia encontram-se detalhados no quadro abaixo:

Controladora ConsolidadoTaxa média 2014 2013 2014 2013

Capital de giro 0,12% a.m. + CDI 15.370 2.879 15.370 2.879Arrendamento mercantil 0,98% a.m. 7.123 8.654 7.123 8.654Finame 0,23% a.m. 8.073 5.564 8.073 5.564

30.566 17.097 30.566 17.097

Passivo circulante 20.842 5.814 20.842 5.814Passivo não circulante 9.724 11.283 9.724 11.283

O montante registrado no passivo não circulante em 31 de dezembro de 2014 apresenta oseguinte cronograma de vencimentos:

Controladora econsolidado

2014

2016 5.3372017 3.5022018 em diante 885

9.724

Não há garantias concedidas pela Companhia em relação a estes empréstimos, nemcláusulas de covenants, exceto pelos contratos de arrendamento mercantil, onde as garantiassão os próprios bens, no montante de R$16.799.

16. Debêntures

Na Assembleia Geral Extraordinária de 09 de julho de 2012 foi aprovada a emissão dedebêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, com garantiaadicional real, em série única da Companhia. As debêntures emitidas em 9 de agosto de 2012totalizaram R$30.000, as quais foram integralmente subscritas pelo Banco Itaú BBA S.A.

As debêntures possuem prazo de vigência de 60 meses contados da data de emissão,vencendo em 09 de agosto de 2017 e, serão amortizadas em 10 parcelas semestrais econsecutivas, às quais serão remuneradas com juros de 100% da “Taxa DI” ao ano mais1,56% a.a.

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16. Debêntures--Continuação

As debêntures emitidas não possuem cláusula de repactuação.

Em 31 de dezembro de 2014 a Companhia possui um saldo de debêntures no passivo deR$20.637 (R$27.267 em 31 de dezembro de 2013), sendo R$13.041 no passivo nãocirculante (R$19.651 em 31 de dezembro de 2013).

Os encargos financeiros incorridos na captação das debêntures no montante de R$675 estãosendo apropriados ao resultado em função da fluência do prazo, pelo custo amortizadousando o método dos juros efetivos, conforme CPC 08 (R1) - “Custos de Transação ePrêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários”.

As debêntures possuem como garantia o saldo de contas a receber proveniente das vendasatravés de cartões de crédito.

Esse contrato possui cláusulas de antecipação de vencimento as quais foram devidamenteatendidas em 31 de dezembro de 2014.

As parcelas registradas no não circulante possuem os seguintes vencimentos:

Controladora eConsolidado

2016 6.4912017 6.550

13.041

17. Salários, encargos e provisões trabalhistas

Controladora Consolidado2014 2013 2014 2013

Provisão de férias 13.386 13.591 13.442 13.647Participação nos lucros - empregados 1.852 228 1.867 228INSS a recolher 3.945 3.155 3.964 3.166FGTS a recolher 1.152 978 1.153 981IRRF a recolher 853 1.005 856 1.008Outros 286 473 287 457

21.474 19.430 21.569 19.487

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação31 de dezembro de 2014 e 2013(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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18. Compromissos

Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia possuía 76 contratos de locação comerciais(75 em 31 de dezembro de 2013) referentes às suas unidades comerciais, de logística eadministrativa.

Os contratos de aluguel das áreas de logística e administrativa e lojas de frente de ruapossuem valores fixados em contrato, com reajustes anuais, conforme variação dos principaisíndices de inflação.

No período de doze meses findo em 31 de dezembro de 2014, as despesas de aluguéis depontos comerciais, totalizaram R$36.705 (R$33.749 em 31 de dezembro de 2013).

Os compromissos futuros tomando-se por base as lojas existentes em 31 de dezembro de2014 são assim distribuídos:

2015 2016 2017 2018 2019 em diante

Projeção dos alugueis 46.108 49.105 52.297 57.462 59.316

A partir de abril de 2012, a Companhia passou a constituir seguro fiança para os novos contratos delocação, substituindo desta forma a necessidade de apresentação de fiadores.

Os contratos de locação mantidos pela Companhia possuem cláusula de rescisão, que prevê emmédia, a multa de três vezes o valor do aluguel.

19. Provisão para contingências

A Companhia é parte em ações judiciais e processos administrativos perante tribunais eórgãos governamentais envolvendo questões fiscais, trabalhistas, aspectos cíveis e outrosassuntos. A Administração possui um sistema de monitoramento de suas ações judiciais eadministrativas conduzido por departamento jurídico próprio e por advogados externos. AAdministração, com base em informações de seus assessores jurídicos, análise dasdemandas judiciais pendentes e, quanto às ações trabalhistas, com base nas experiênciasanteriores referentes às quantias reivindicadas, constituiu provisão, em montante julgadosuficiente, para cobrir as perdas prováveis com as ações em curso.

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19. Provisão para contingências--Continuação

A provisão para riscos fiscais, trabalhistas e cíveis possui o seguinte detalhamento:

Controladora Consolidado2014 2013 2014 2013

Previdenciárias 8.464 11.598 8.464 11.598Trabalhistas 908 1.860 908 1.860Cíveis 1.365 47 1.409 47

10.737 13.505 10.781 13.505

A movimentação da provisão para contingências no exercício findo em 31 de dezembro de2014 está apresentada a seguir:

31/12/2013 Constituição Reversão Transferências Pagamentos 31/12/2014

Trabalhistas 1.860 485 (1.196) - (241) 908Cíveis 47 1.379 (44) - (17) 1.365Previdenciárias (a) 11.598 2.960 (209) (5.885) - 8.464

13.505 4.824 (1.449) (5.885) (258) 10.737

(a) Refere-se basicamente ao processo que possui como objeto autos de Infração lavrados para glosa de compensação de créditos de contribuiçãoprevidenciária, bem como de multa isolada. Parte do débito no valor de R$ 5.885 foi incluído no parcelamento em 28 de novembro de 2014 (Nota13). O débito remanescente referente a multa isolada, no valor de R$ 6.436, é objeto de discussão judicial, cujo risco de perda é possível.

Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia possuía demandas administrativas e judiciais,cujas probabilidades de perdas foram consideradas possíveis no montante de R$ 15.208(R$10.792 em 31 de dezembro de 2013). O principal processo é o movido pela ReceitaFederal do Brasil, no montante de R$ 4.795 (valor histórico), relativo à Ação Ordinária datadado ano de 2006, no qual a Companhia discute a autuação oriunda de fiscalização realizada noano de 2005, na qual foram apontados débitos de INSS relacionados à parte patronal sobreauxílios moradia e educação. O processo encontra-se em fase de julgamento de recursoespecial. A Companhia é também parte em ações judiciais de natureza trabalhistaenvolvendo principalmente reclamações de horas-extras e de natureza cível decorrentes docurso ordinário de suas operações, cujos valores individualmente não são significativos.

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20. Patrimônio líquido

a) Capital social

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o capital social da Companhia é de R$5.519,representado por 2.409.423 ações ordinárias, nominativas, de classe única, sem valornominal.

2014 2013

AcionistasQuantidade de

ações% de

ParticipaçãoQuantidade de

ações% de

Participação

HF Fundo de Investimento em Participações 1.540.820 63,95% - -HFPAR Participações Ltda. 5.158 0,21% 1.545.978 64,16%FIP Brasil 839.351 34,84% 795.110 33,00%Outros 24.094 1,00% 68.335 2,84%

2.409.423 100,00% 2.409.423 100,00%

b) Reserva de capital

O valor da reserva de Capital, no montante de R$52.960, refere-se ao ágio nas açõessubscritas pela HF Governança S/A, em 2010, deduzidos de prejuízos acumulados nomesmo ano, e acrescidos da incorporação da HF Governança S/A em 2011.

c) Reserva legal

Do lucro líquido do exercício, 5% serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, naconstituição da reserva legal, que não excederá de 20% do capital social. Conforme aLei das Sociedades por Ações, a Companhia poderá deixar de constituir a reserva legalno exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas decapital exceder de 30% do capital social. Em 2014, a Companhia não constituiu reservalegal, uma vez ter atingido esse limite pela lei.

d) Reserva de lucros

A Assembleia Geral deliberará sobre a aplicação do excesso da reserva de lucros emrelação ao capital, conforme estabelece o artigo 199 da Lei das Sociedades por Ações.

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20. Patrimônio líquido--Continuação

e) Dividendos

Aos acionistas é garantido estatutariamente dividendo mínimo obrigatório correspondentea 25% do lucro líquido do exercício, calculado nos termos da Lei das Sociedades porAções.

Em 2014, a Companhia distribuiu dividendos no valor de R$14.140, com base nosresultados apurados trimestralmente, conforme aprovado em assembleias geraisextraordinárias realizadas durante o exercício.

21. Receita líquida de venda

As receitas líquidas da Companhia, em 31 de dezembro de 2014 e 2013, estão discriminadasa baixo:

Controladora Consolidado2014 2013 2014 2013

Receita bruta de vendas 971.695 843.479 971.695 843.479Receita bruta de serviços 1.100 1.284 2.563 2.591

972.795 844.763 974.258 846.070

Impostos sobre vendas e serviços 50.705 62.639 51.041 62.951Devoluções e descontos incondicionais 792 673 791 673

51.497 63.312 51.832 63.624

Receita líquida com venda de mercadorias e serviços 921.298 781.451 922.426 782.446

A redução nos impostos sobre vendas e serviços no exercício findo em 31 de dezembro de2014 foi decorrente do aumento da comercialização de itens tributados pelo regime desubstituição tributária pela Companhia.

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22. Despesas por natureza

Controladora Consolidado2014 2013 2014 2013

Compra de mercadorias para revenda (519.886) (442.090) (519.886) (442.090)Pessoal (197.457) (174.238) (198.152) (174.743)Ocupação (42.270) (33.713) (42.306) (33.749)Depreciação e amortização (18.924) (15.370) (18.924) (15.370)Material de consumo e escritório (12.133) (12.508) (12.142) (12.508)Comissões de cartões e tickets alimentação (11.874) (9.890) (10.959) (9.031)Energia elétrica (9.944) (8.812) (9.944) (8.812)Serviços prestados (9.152) (8.058) (9.330) (8.431)Água, telefone e gás (5.660) (5.094) (5.671) (5.094)Manutenção, alugueis e reparos de equipamentos (6.028) (2.220) (6.101) (2.220)Coleta de lixo (3.097) (2.640) (3.097) (2.640)Impostos e taxas (4.657) (2.457) (4.658) (2.458)Outras despesas (38.110) (37.101) (38.667) (37.514)

(879.192) (754.191) (879.837) (754.660)

Custo das mercadorias vendidas (519.886) (442.090) (519.886) (442.090)Despesas com vendas (24.253) (20.197) (23.351) (19.345)Despesas gerais e administrativas (335.053) (291.904) (336.600) (293.225)

(879.192) (754.191) (879.837) (754.660)

23. Resultado financeiro

Controladora Consolidado2014 2013 2014 2013

Receitas financeirasMultas e juros recebidos por atraso 1.009 1.295 1.190 1.434Rendimento de aplicações financeiras 1.235 2.395 1.235 2.395Descontos obtidos 1.162 - 1.142 -Outras 36 75 53 377

3.442 3.765 3.620 4.206Despesas financeiras

Juros e encargos financeiros (6.476) (4.618) (6.479) (4.618)Multas (1.611) (97) (1.613) (97)Encargos financeiros sobre leasing (807) (1.013) (807) (1.013)Variação cambial passiva (217) (7) (217) (7)IOF (234) (51) (234) (51)Despesas bancárias (61) (70) (172) (70)Outras (371) (174) (610) (598)

(9.777) (6.030) (10.132) (6.454)Resultado financeiro (6.335) (2.265) (6.512) (2.248)

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24. Remuneração dos administradores

Na forma estabelecida na Lei das Sociedades por Ações e pelo Estatuto Social daCompanhia, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a remuneração totaldos administradores foi de R$2.572 e R$2.121, respectivamente.

A Companhia não concede remuneração baseada em ações da Companhia, benefícios pós-emprego ou outros benefícios de longo prazo para a Administração e seus empregados.

25. Instrumentos financeiros e gestão de riscos

Os valores constantes nas contas do ativo e passivo, como instrumentos financeiros,encontram-se atualizados na forma contratada até 31 de dezembro de 2014 e correspondem,aproximadamente, ao seu valor de mercado.

Os valores de mercado dos principais ativos e passivos financeiros da Companhia foramdeterminados por meio de informações disponíveis no mercado, e se aproximam dosrespectivos valores de mercado, conforme descrito abaixo:

· Caixa e equivalentes de caixa

Está apresentado ao seu valor contábil, que equivale ao seu valor de mercado.

· Empréstimos, financiamentos e debêntures

Apresentado ao valor contábil, semelhante ao seu valor de mercado.

25.1. Classificação dos instrumentos financeiros por categoria

A classificação dos ativos financeiros da Companhia e sua controlada por categoria é aseguinte:

Controladora2014 2013

Ativos financeirosEmpréstimos e

recebíveis

A valor justopor meio doresultado (*) Total

Empréstimos erecebíveis

A valor justopor meio do

resultado Total

Caixa e equivalentes de caixa 2.881 - 2.881 3.791 13.105 16.896Títulos e valores mobiliários - 2.490 2.490 - - -Contas a receber 44.100 - 44.100 45.318 - 45.318 Depósitos judicias 11.101 - 11.101 7.186 - 7.186

58.082 2.490 60.572 56.295 13.105 69.400

(*) Conforme definição da hierarquia de valor justo, enquadram-se como Nível 2.

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25. Instrumentos financeiros e gestão de riscos--Continuação

25.1. Classificação dos instrumentos financeiros por categoria--Continuação

Consolidado2014 2013

Ativos financeirosEmpréstimos e

recebíveis

A valor justopor meio do

resultado TotalEmpréstimos e

recebíveis

A valor justopor meio do

resultado Total

Caixa e equivalentes de caixa 3.367 - 3.367 3.904 13.105 17.009Títulos e valores mobiliários - 2.490 2.490 - - -Contas a receber 44.685 - 44.685 46.126 - 46.126Depósitos judicias 11.110 - 11.110 7.190 - 7.190

59.162 2.490 61.652 57.220 13.105 70.325

(*) Conforme definição da hierarquia de valor justo, enquadram-se como Nível 2.

O valor justo dos ativos e passivos financeiros é incluído no valor pelo qual oinstrumento poderia ser trocado em uma transação corrente entre partes dispostas anegociar, e não em uma venda ou liquidação forçada.

Abaixo definição de hierarquia de valor justo, conforme CPC 40:

· Nível 1: Avaliação com base em preços cotados (não ajustados) em mercadosativos para ativos e passivos idênticos nas datas dos balanços. Um mercado é vistocomo ativo se os preços cotados estiverem pronta e regularmente disponíveis apartir de uma Bolsa de Mercadorias e Valores, um corretor, grupo de indústrias,serviço de precificação ou agência reguladora e aqueles preços representamtransações de mercado reais, as quais ocorrem regularmente em bases puramentecomerciais.

· Nível 2: Utilizado para instrumentos financeiros que não são negociados emmercados ativos (por exemplo, derivativos de balcão), cuja avaliação é baseada emtécnicas que, além dos preços cotados incluídos no Nível 1, utilizam outrasinformações adotadas pelo mercado para o ativo ou passivo direta (ou seja, comopreços) ou indiretamente (ou seja, derivados dos preços).

· Nível 3: Avaliação determinada em virtude de informações, para os ativos oupassivos, que não são baseadas nos dados adotados pelo mercado (ou seja,informações não observáveis).

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25. Instrumentos financeiros e gestão de riscos--Continuação

25.1. Classificação dos instrumentos financeiros por categoria--Continuação

Os passivos financeiros (fornecedores, empréstimos e financiamentos e debêntures)estão classificados na categoria de “passivos financeiros ao custo amortizado”.

Controladora ConsolidadoPassivos financeiros 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2014 31/12/2013

Fornecedores 58.397 49.862 58.363 49.898Empréstimos e financiamentos 30.566 17.097 30.566 17.097Debêntures 20.637 27.267 20.637 27.267

109.600 94.226 109.566 94.262

Os empréstimos e financiamentos não têm negociação ativa e as taxas de juros sãopós-fixadas e estão consistentes com as praticadas no mercado; dessa forma, ossaldos contábeis informados não diferem de forma relevante dos respectivos valoresjustos.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco a que a Companhia está exposta são os seguintes:

(i) Riscos de taxa de juros

Os riscos de taxa de juros relacionam-se com a possibilidade de variações no valorjusto de seus empréstimos e financiamentos indexados a taxas de juros pré-fixadas, no caso de tais taxas não refletirem as condições correntes de mercado.Apesar de a Companhia efetuar o monitoramento constante desses índices, até omomento não identificou a necessidade de contratar instrumentos financeiros deproteção contra o risco de taxa de juros.

(ii) Risco de crédito

Os riscos de crédito são minimizados em virtude dos recebíveis da Companhiaserem essencialmente junto às principais administradoras de cartões de crédito quepossuem excelentes níveis de classificação de risco.

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25. Instrumentos financeiros e gestão de riscos--Continuação

Fatores de risco--Continuação

(iii) Risco de liquidez

A Companhia acompanha o risco de escassez de recursos por meio de uma ferramentade planejamento de liquidez recorrente. O objetivo da Companhia é manter o saldo entrea continuidade dos recursos e a flexibilidade através de contas garantidas, empréstimosbancários e arrendamento mercantil operacional. A política é a de que as amortizaçõessejam distribuídas ao longo do tempo de forma balanceada.

26. Cobertura de seguros

A Companhia mantém apólices de seguro contratado junto à algumas das principaisseguradoras do país que foram definidas por orientação de especialistas e levam emconsideração a natureza e o grau de risco envolvido. Em 31 de dezembro de 2014, aCompanhia possuía cobertura de seguros contra incêndio e riscos diversos para os bens doativo imobilizado, estoques e Responsabilidade Civil no valor de R$15.000.