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Consolidado DIRETORIA DE FINANÇAS E DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES SGC/CTGR D D e e m m o o n n s s t t r r a a ç ç õ õ e e s s C C o o n n t t á á b b e e i i s s B B a a l l a a n n ç ç o o F F i i n n a a n n c c e e i i r r o o , , S S o o c c i i a a l l e e A A m m b b i i e e n n t t a a l l . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 2 0 0 0 0 5 5 R R e e l l a a t t ó ó r r i i o o d d a a A A d d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o Demonstrações Contábeis Notas Explicativas

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Consolidado

DIRETORIA DE FINANÇAS E DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES SGC/CTGR

DDeemmoonnssttrraaççõõeess CCoonnttáábbeeiiss BBaallaannççoo FFiinnaanncceeiirroo,, SSoocciiaall ee

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................................................................................................................ 22000055

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COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

2

Companhia Paranaense de Energia - Copel

CNPJ/MF 76.483.817/0001-20

Inscrição Estadual 10146326-50

Companhia de Capital Aberto - CVM 1431-1

www.copel.com [email protected]

Rua Coronel Dulcídio, 800, Batel - Curitiba - PR

CEP 80420-170

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

E

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

dezembro/2005

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

3

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE........................................................................................................................................5 1. APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................................5

1.1 Mensagem do Presidente ..................................................................................................................................... 5 1.2 Parâmetros do Relatório ....................................................................................................................................... 7

2. PERFIL DA COMPANHIA............................................................................................................................................8 2.1 Geração.............................................................................................................................................................. 10 2.2 Transmissão........................................................................................................................................................ 10 2.3 Distribuição ......................................................................................................................................................... 11 2.4 Telecomunicações .............................................................................................................................................. 11 2.5 Participações....................................................................................................................................................... 12 2.6 Produtos.............................................................................................................................................................. 14 2.7 Copel em Números ............................................................................................................................................. 15

3. FATOS RELEVANTES ..............................................................................................................................................16 3.1 Cenário Regulatório do Setor.............................................................................................................................. 16 3.2 Copel entre as Empresas mais Sustentáveis do Brasil....................................................................................... 17 3.3 Maior Transparência nas Licitações .................................................................................................................... 17 3.4 Captação de Recursos........................................................................................................................................ 18 3.5 Maior Agilidade no Atendimento de Reclamações .............................................................................................. 18 3.6 Energia Sustentável............................................................................................................................................ 18 3.7 Maior Transparência na Fatura........................................................................................................................... 19 3.8 Promovendo o Protocolo de Kyoto...................................................................................................................... 19 3.9 Principais Certificações e Prêmios ...................................................................................................................... 20

4. GOVERNANÇA .........................................................................................................................................................22 4.1 Estrutura e Boas Práticas de Governança.......................................................................................................... 22 4.2 Planejamento e Referencial Estratégico.............................................................................................................. 26 4.3 Programa de Investimentos................................................................................................................................. 29 4.4 Programa de Pesquisa e Desenvolvimento......................................................................................................... 29 4.5 Programa de Eficiência Energética..................................................................................................................... 29 4.6 Relacionamento com Acionistas ......................................................................................................................... 31 4.7 Gestão de Riscos ................................................................................................................................................ 32 4.8 Tecnologia da Informação................................................................................................................................... 37 4.9 Auditorias ............................................................................................................................................................ 38

5. DESEMPENHO OPERACIONAL...............................................................................................................................40 5.1 Mercado.............................................................................................................................................................. 40 5.2 Tarifas e Política de Descontos........................................................................................................................... 42 5.3 Inadimplência ...................................................................................................................................................... 43 5.4 Qualidade da Energia.......................................................................................................................................... 44 5.5 Tempo Médio de Atendimento ............................................................................................................................ 46 5.6 Perdas................................................................................................................................................................. 47 5.7 Fluxo de Energia (em MWh)................................................................................................................................ 48

6. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO ...........................................................................................................49 6.1 Resultado Operacional Líquido ........................................................................................................................... 49 6.2 Despesas Operacionais ...................................................................................................................................... 49 6.3 LAJIDA ou EBITDA ............................................................................................................................................. 50 6.4 Resultado Financeiro .......................................................................................................................................... 51 6.5 Endividamento .................................................................................................................................................... 52 6.6 Lucro Líquido ...................................................................................................................................................... 53 6.7 Fluxo de Caixa.................................................................................................................................................... 53 6.8 Valor Adicionado................................................................................................................................................. 56 6.9 Desempenho do Preço das Ações ...................................................................................................................... 57 6.10 Valor Econômico Agregado - VEA ou EVA ......................................................................................................... 59

7. DESEMPENHO AMBIENTAL....................................................................................................................................61 7.1 Materiais.............................................................................................................................................................. 61 7.2 Energia................................................................................................................................................................ 61 7.3 Água.................................................................................................................................................................... 62 7.4 Biodiversidade..................................................................................................................................................... 63 7.5 Emissões, Efluentes e Resíduos......................................................................................................................... 66 7.6 Concordância com os Aspectos Legais............................................................................................................... 70 7.7 Transporte........................................................................................................................................................... 70 7.8 Direitos Indígenas ............................................................................................................................................... 71

8. DESEMPENHO SOCIAL ...........................................................................................................................................72 8.1 Gestão para a Sustentabilidade.......................................................................................................................... 72 8.2 Canais de Diálogo e Engajamento ...................................................................................................................... 76 8.3 Gestão de Pessoas ............................................................................................................................................. 78 8.4 Gestão de Clientes.............................................................................................................................................. 81 8.5 Gestão de Fornecedores..................................................................................................................................... 82 8.6 Incorporação dos Princípios do Pacto Global...................................................................................................... 83 8.7 Balanço Social .................................................................................................................................................... 85

9. MATRIZ DE LOCALIZAÇÃO DOS INDICADORES GRI ............................................................................................89 10. AGRADECIMENTOS.................................................................................................................................................98

10.1 Mensagem de Agradecimento............................................................................................................................. 98

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

4

10.2 Glossário de Termos Utilizados......................................................................................................................... 100 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ............................................................................................................................................108

Balanço Patrimonial - Ativo.............................................................................................................................................. 108 Balanço Patrimonial – Passivo e Patrimônio Líquido....................................................................................................... 109 Demonstração do Resultado........................................................................................................................................... 110 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido ...................................................................................................... 111 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos ................................................................................................... 112 Demonstração do Valor Adicionado................................................................................................................................ 114

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS...............................................................................................116 1 Contexto Operacional........................................................................................................................................ 116 2 Apresentação das Demonstrações Contábeis .................................................................................................. 116 3 Demonstrações Contábeis Consolidadas.......................................................................................................... 117 4 Principais Práticas Contábeis............................................................................................................................ 118 5 Disponibilidades ................................................................................................................................................ 121 6 Consumidores e Revendedores ........................................................................................................................ 122 7 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa............................................................................................... 125 8 Serviços Executados para Terceiros, Líquidos ................................................................................................. 125 9 Dividendos a Receber....................................................................................................................................... 126 10 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná ............................................................................................. 126 11 Impostos e Contribuições Sociais ..................................................................................................................... 128 12 Conta de Compensação da “Parcela A”............................................................................................................ 130 13 Ativo Regulatório - Pasep/Cofins....................................................................................................................... 132 14 Cauções e Depósitos Vinculados...................................................................................................................... 133 15 Outros Créditos................................................................................................................................................. 133 16 Coligadas e Controladas ................................................................................................................................... 134 17 Investimentos .................................................................................................................................................... 135 18 Imobilizado........................................................................................................................................................ 137 19 Empréstimos e Financiamentos ........................................................................................................................ 139 20 Debêntures........................................................................................................................................................ 144 21 Fornecedores .................................................................................................................................................... 150 22 Folha de Pagamento e Provisões Trabalhistas ................................................................................................. 153 23 Benefício Pós-Emprego .................................................................................................................................... 153 24 Taxas Regulamentares ..................................................................................................................................... 154 25 Outras Contas a Pagar...................................................................................................................................... 155 26 Provisões para Contingências........................................................................................................................... 156 27 Patrimônio Líquido ............................................................................................................................................ 158 28 Receita Operacional.......................................................................................................................................... 161 29 Deduções da Receita Operacional.................................................................................................................... 162 30 Energia Elétrica Comprada para Revenda........................................................................................................ 162 31 Pessoal ............................................................................................................................................................. 162 32 Planos Previdenciário e Assistencial................................................................................................................. 163 33 Material ............................................................................................................................................................. 166 34 Matéria-prima e Insumos para Produção de Energia........................................................................................ 166 35 Gás Natural e Insumos para Operação de Gás ................................................................................................ 166 36 Serviços de Terceiros........................................................................................................................................ 167 37 Taxas Regulamentares ..................................................................................................................................... 167 38 Outras Despesas Operacionais......................................................................................................................... 168 39 Resultado Financeiro ........................................................................................................................................ 168 40 Resultado de Participações Societárias............................................................................................................ 169 41 Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE ................................................................................ 170 42 Reconciliação da Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social ....................................................... 172 43 Instrumentos Financeiros.................................................................................................................................. 172 44 Transações com Partes Relacionadas.............................................................................................................. 172 45 Seguros............................................................................................................................................................. 176 46 Empresas Controladas...................................................................................................................................... 179 47 Detalhamento da Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos .......................................................... 185 48 Eventos Subseqüentes ..................................................................................................................................... 188

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES ....................................................................................................................190 RELATÓRIO DO COMITÊ DE AUDITORIA ...............................................................................................................................192 PARECER DO CONSELHO FISCAL.........................................................................................................................................194

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

5

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

1. APRESENTAÇÃO

1.1 Mensagem do Presidente

É com orgulho que podemos constatar que, ao longo de sua história, a Companhia Paranaense de

Energia - Copel, é reconhecida e respeitada no setor elétrico nacional por seu espírito arrojado, inovador

e eficiente. O dinamismo perante desafios contribui na busca de soluções para questões técnicas,

operacionais e econômicas que possibilitem atingir suas metas e tornem promissoras suas perspectivas

de crescimento empresarial.

Por sua representatividade social, a Copel entende que seu crescimento está atrelado a sua atuação

ética, responsável e realizadora. Assim, a administração implantou a Política de Sustentabilidade e

Cidadania Corporativa, que deverá guiar todas as decisões e ações da Companhia, buscando

sustentabilidade interna, respeito a todas as partes interessadas, e ampla promoção da diversidade e da

ética na condução dos negócios. Ela é complementar ao Código de Conduta da Companhia e ambos

incluem em seu escopo os princípios do Pacto Global.

Este Relatório foi elaborado de acordo com as Diretrizes de 2002 da Global Reporting Initiative – GRI e

apresenta um balanço equilibrado e correto do desempenho econômico, ambiental e social de nossa

Companhia, relatando ainda os fatos de maior destaque ocorridos em 2005, bem como os principais

avanços e conquistas obtidas pela Companhia nas áreas da governança corporativa, ética, transparência

e responsabilidade social nesse período.

A Copel, especialmente empenhada com os princípios e as práticas da sustentabilidade, é signatária do

Pacto Global da ONU - Global Compact, iniciativa que reúne mais de duas mil empresas em todo o

mundo, e figura entre os seus principais agentes mundiais, atuando em posição de destaque em todas as

atividades.

A Companhia foi uma das poucas instituições brasileiras convidadas a participar da reunião de cúpula do

Pacto Global em Xangai, na China, no final do ano, ocasião em que foi formalmente revalidado seu

compromisso com os dez princípios elencados no documento. As práticas da Copel relacionadas aos

princípios que protegem e garantem a dignidade do trabalho, a transparência na gestão, a lisura nas

questões financeiras e a proteção ao meio ambiente estão sendo continuamente aprimoradas e

consolidadas, constituindo-se em balizadores do perfil da Companhia.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

6

Tal empenho foi reconhecido também pela Bolsa de Valores de São Paulo - Bovespa, que incluiu a Copel

na cesta de ações de 28 empresas selecionadas para compor o Índice de Sustentabilidade Empresarial -

ISE. Esse índice foi desenvolvido em parceria com o International Finance Corporation - IFC e se

assemelha ao índice Dow Jones Sustainability Indexes, implantado na Bolsa de Valores de Nova York -

NYSE.

No âmbito internacional, a Copel foi escolhida para representar a América do Sul no grupo de trabalho da

Global Reporting Initiative - GRI, encarregado de formular diretrizes para a elaboração de Relatórios de

Sustentabilidade no setor de energia elétrica. Merecem destaque as ações relacionadas à adequação e

adaptação dos mecanismos e processos de controle da Companhia aos regulamentos estabelecidos na

Lei Sarbanes-Oxley, bem como as medidas adotadas para consolidar as boas práticas da Governança

Corporativa.

Tendo já formalizado a implantação da sua Política de Divulgação de Atos e Fatos Relevantes, a Copel,

em 2005, criou o Comitê de Auditoria, devidamente instalado, formado por três integrantes

independentes do Conselho de Administração. Os canais para permitir a participação de outros agentes

na sua gestão - empregados, acionistas, clientes e demais partes interessadas - vêm sendo

disponibilizados gradativamente.

Importante ressaltar que a obtenção de lucro líquido de R$ 502,4 milhões no exercício foi resultado do

esforço conjunto de conselheiros, diretores, gerentes e empregados da Copel no atingimento do principal

objetivo da organização: configurar-se como indutor do desenvolvimento sustentável do Paraná e se

tornar uma das mais representativas concessionárias de energia, com lucro e com responsabilidade

social e respeito a seus consumidores, investidores e demais partes interessadas.

Nesse sentido, está em vias de ser formalizada solução definitiva para as pendências relativas dos

contratos de energia e fornecimento de gás para a Usina Termelétrica de Araucária. Isso resultará em

significativa melhora nos níveis de risco empresarial da Copel, refletindo positivamente no seu

desempenho futuro.

Convido à leitura deste documento, que exibe detalhadamente o desempenho da Companhia em 2005.

Curitiba, 27 de março de 2006

Rubens Ghilardi

Diretor Presidente

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

7

1.2 Parâmetros do Relatório

Em 2005, a Copel optou por publicar o primeiro relatório integrado atendendo aos requisitos da GRI, da

Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel e do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas -

Ibase. Desta forma, as informações geradas até 2004 foram mantidas e, a partir de 2005, novos

indicadores passaram a integrar o relatório, de forma a cumprir os aspectos de transparência,

materialidade, qualidade e abrangência.

O presente relatório atende também à Resolução CFC nº 1.003/2004, que aprovou a Norma Brasileira de

Contabilidade – NBC T 15, de janeiro de 2006, tornando obrigatória a publicação do Balanço Social pelas

empresas e profissionais, independentemente do porte empresarial. Em alguns aspectos, os requisitos

sobre o desempenho social e ambiental ultrapassam o exigido naquela norma, uma vez que o relatório

adotou padrões globais e mais abrangentes de mensuração e acompanhamento.

Em termos de abrangência, são apresentados neste documento os indicadores econômico-financeiros,

ambientais e sociais da Copel e de suas Subsidiárias Integrais (Geração, Transmissão, Distribuição,

Telecomunicações e Participações), conforme demonstrado na matriz de localização dos indicadores,

constante no item 9 deste relatório. Já as demonstrações financeiras, incluindo o balanço social,

englobam também o desempenho da Compagas e da Elejor, companhias nas quais a Copel tem

participação majoritária.

Todos os princípios do GRI foram aplicados para essa edição do relatório. Os indicadores essenciais e

adicionais não-aplicáveis aos negócios da Companhia constam da matriz de localização e correlação

como reprovados. Os indicadores cujas informações não estavam disponíveis em virtude da não-

realização de sua coleta de forma sistemática até então, foram tratados como meta para inclusão em

relatórios futuros. Este relatório contém ainda, a correlação de seu conteúdo com os Princípios do Pacto

Global.

Dentre as alterações significativas com relação ao relatório anterior está a adoção de um código de boas

práticas de governança corporativa como sistema de gestão, e a utilização de indicadores sociais e

ambientais, efetivamente na mesma plataforma dos financeiros.

A Copel possui políticas, normas, manuais, especificações técnicas padronizadas, publicadas e

disponíveis às respectivas partes interessadas, e auditáveis, seja por auditores internos ou de terceira

parte. A Companhia estará se habilitando para que os dados socioambientais sejam inseridos nas

próximas auditagens e estará capacitando sua equipe de auditores internos para mais essa atribuição.

Em 2008, ao ser concluída a implantação do sistema de sustentabilidade baseado na Norma AA 1000, as

auditorias externas contemplarão a auditagem do sistema de forma integrada.

Os meios pelos quais as partes interessadas podem obter informações adicionais sobre os aspectos

econômicos, ambientais e sociais da Copel, bem como comentar ou sugerir melhorias para a próxima

edição do relatório estão relacionados nos itens 8.2 e 10.1.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

8

2. PERFIL DA COMPANHIA

A Copel pessoa jurídica de direito privado é uma sociedade de economia mista por ações, de capital

aberto, localizada na região sul do Brasil, com concessão do governo federal para atuar no Estado do

Paraná nos segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, por meio de suas

subsidiárias integrais. Através dessas subsidiárias, a Companhia pesquisa, estuda, planeja, constrói e

explora a produção, transformação, transporte, distribuição e comercialização de energia, em qualquer

de suas formas, principalmente a elétrica, sendo tais atividades regulamentadas pela Aneel, vinculada ao

Ministério de Minas e Energia. A Companhia tem também concessão do governo federal para atuar no

segmento de Telecomunicações, atividade regulamentada pela Agência Nacional de Telecomunicações -

Anatel, vinculada ao Ministério das Comunicações.

O parque gerador da Copel responde pela produção de aproximadamente 4,6% da eletricidade gerada

no Brasil. Seu sistema de transmissão conta com aproximadamente 7 mil km de linhas e seu sistema de

distribuição é composto por 369 subestações e aproximadamente 166 mil km de linhas. Adicionalmente,

por intermédio da sua subsidiária Copel Participações, a Companhia está autorizada a participar de

consórcios ou negociações em conjunto com empresas privadas, com o objetivo de desenvolver

atividades nos setores de saneamento, serviços, distribuição de gás e telecomunicações, conforme

demonstrado no organograma a seguir:

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

9

58,6% Votante 26,4% Votante 13,5% Votante 1,1% Votante 0,4% Votante31,1% Total 24,0% Total 44,0% Total 0,6% Total 0,3% Total

BOVESPA NYSEVotante Votante11,1% 2,4%Total Total31,7% 12,3%

70,0% Votante 51,0% Votante35,0% Total 51,0% Total 49,0% Total

49,0% Votante 45,0% Votante49,0% Total 48,0% Total 45,0% Total

45,0% Votante45,0% Total 40,0% Total 35,8% Total

23,0% Votante30,0% Total 23,0% Total 20,0% Total

15,0% Votante15,0% Total

(1)Subsidiária Integral(2)Sociedade Limitada

ESTADO DO PARANÁ

SERCOMTEL

CUSTÓDIA EM BOLSA (Free Float)

COPEL

ELEJOR

ELETROBRÁSBNDESPAR

CARBOCAMPEL

COMPAGAS

(1)COPEL GERAÇÃO(1)COPEL

TRANSMISSÃO

(1)COPEL PARTICIPAÇÕES

(1)COPEL DISTRIBUIÇÃO

100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

(2)EÓLICAS DO PARANÁ

DONA FRANCISCA

SERCOMTEL CELULAR (2)ESCOELECTRIC

DOMINÓ HOLDINGS

100,0%

(2)COPEL AMEC

OUTROS

(2)BRASPOWER

(2)FOZ DO CHOPIM

(2)UEG ARAUCÁRIA

(1)COPEL TELECOMUNICAÇÕES

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

10

2.1 Geração

Copel Geração S.A. - Explora o serviço de geração de energia. Seu parque gerador é composto por

18 usinas em operação, sendo 17 hidrelétricas e uma termelétrica, totalizando 4.549,6 MW de

capacidade instalada efetiva. Também possui em sua estrutura 11 subestações, das quais 10 são

automatizadas e teleoperadas, com potência instalada de transformador elevador de 5.004,1 MVA.

Detém, perante a Aneel, as seguintes concessões relacionadas no quadro a seguir, todas renováveis de

acordo com a legislação vigente do setor elétrico nacional.

Usinas Rio Capacidade Data da Data deInstalada (MW) Concessão Vencimento

HidrelétricasGov. Bento Munhoz da Rocha Neto (Foz do Areia) Iguaçu 1.676,00 24.05.1973 23.05.2023Gov. Ney Aminthas de Barros Braga (Segredo) Iguaçu 1.260,00 14.11.1979 15.11.2009Gov. José Richa (Caxias) Iguaçu 1.240,00 02.05.1980 04.05.2010Gov. Pedro Viriato Parigot de Souza Capivari-Cachoeira 260,00 23.04.1965 07.07.2015Guaricana Arraial 36,00 13.08.1976 15.08.2026Chaminé São João 18,00 13.08.1976 15.08.2026Apucaraninha Apucaraninha 10,00 13.10.1975 13.10.2025Mourão Mourão 8,20 20.01.1964 07.07.2015Derivação do Rio Jordão Jordão 6,50 14.11.1979 15.11.2009Marumbi(1) Ipiranga 4,80 - -

São Jorge Pitangui/Tibagi 2,30 04.12.1974 04.12.2024Chopim I Chopim 1,98 20.03.1964 07.07.2015Rio dos Patos Rio dos Patos/Ivaí 1,72 14.02.1984 14.02.2014Cavernoso Cavernoso/Iguaçu 1,30 07.01.1981 07.01.2011Salto do Vau(2) Palmital 0,94 27.01.1954 -

Pitangui(2)Pitangui 0,87 05.12.1954 -

Melissa(2) Melissa 1,00 08.10.1993 -

TermelétricaFigueira 20,00 21.03.1969 26.03.2019(1) Em homologação na ANEEL.(2) Usinas com capacidade inferior a 1 MW é efetuado apenas registro na ANEEL.

2.2 Transmissão

Copel Transmissão S.A. - Tem como principal atribuição prover os serviços de transporte e

transformação de energia elétrica produzida pela Companhia. É responsável pela construção, operação e

manutenção de todas subestações, bem como das linhas, destinadas à transmissão de energia. A

Concessionária também opera parte do Sistema Interligado Nacional – SIN, localizado na região sul do

País, para o Operador Nacional do Sistema - ONS.

O quadro a seguir apresenta a extensão das redes de transmissão da Copel, subdividida por níveis de

tensão, bem como o dimensionamento do parque de subestações e linhas de transmissão da

Companhia.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

11

2.3 Distribuição

Copel Distribuição S.A. - Explora a distribuição e a comercialização de energia em qualquer de suas

formas, principalmente a elétrica, proveniente de combustíveis e de matérias-primas energéticas.

Distribui energia elétrica à 1.109 localidades, pertencentes aos 392 dos 399 municípios no Estado do

Paraná, e também ao município de Porto União, no Estado de Santa Catarina. A Copel tem seu sistema

de distribuição composto conforme quadro a seguir:

Composição do Sistema da Distribuição

Redes de Distribuição (km) 165.576

Postes 2.221.572

Transformadores 315.289

Potência instalada em transformadores (MVA) 6.651

Subestações não Automatizadas 27

Subestações Automatizadas 204

Subestações Totais 231

Potência instalada em subestações (MVA) 1.434

2.4 Telecomunicações

Copel Telecomunicações S.A. - A significativa infra-estrutura do sistema corporativo de

telecomunicações da Companhia, operado e mantido há 30 anos para atender às suas necessidades,

combinada com a grande experiência no setor, contribuiu para que a Copel obtivesse licença da Anatel

para prestação de serviços a outras empresas.

Subestações Tensão (kV) Linhas de Transmissão (km)

Automatizadas Potência (MVA)

69 1.137,2 30 1.932,8

88 58,2 - 5,0

138 4.064,1 70 4.788,1

230 1.575,7 23 6.843,0

525 161,3 4 1.600,0

TOTAL 6.996,5 127 15.168,9

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

12

Desde 2002, possui autorização de Serviço de Comunicação Multimídia, que possibilita explorar uma

gama maior de serviços. A atual estrutura da Copel Telecomunicações está demonstrada no quadro a

seguir:

Estrutura da Telecomunicações

Cabos ópticos instalados no anel principal (km) 4.475,6

Cabos ópticos auto-sustentados (km) 3.688

Cidades atendidas 146

Clientes 242

2.5 Participações

Copel Participações S.A. - Por meio dessa subsidiária integral, é possível à Copel participar

acionariamente de outras sociedades ou consórcios em diversas áreas de atuação. A Copel tem

participação em cinco empresas de geração, na modalidade de produtor independente de energia

elétrica, organizadas na forma de Sociedade de Propósito Específico - SPE, com potência instalada total

de 760,9 MW. Participa também nos setores de saneamento, gás, telecomunicações e serviços,

conforme tabela a seguir:

Empreendimento Capacidade Instalada (MW)

Energia Assegurada (MW Médio)

Dona Francisca 125,0 80,0

Elejor (UHE Santa Clara)(1) 120,0 69,6

Eólicas do Paraná 2,5 0,6

Foz do Chopim 29,1 21,5

Set

or d

e E

nerg

ia

Elé

tric

a

UEG Araucária 484,3 ND(2)

Empreendimento Setor

Braspower

Carbocampel

Compagas

Copel Amec(3)

Dominó Holdings

Escoelectric

Sercomtel Celular(1)

Out

ros

Set

ores

Sercomtel Telecom(1)

Serviços

Exploração de Carvão

Gás

Serviços

Saneamento

Serviços

Telecomunicação

Telecomunicação

(1)Maiores detalhes constam da Nota Explicativa 17

(2)Não Disponível (3)Em processo de liquidação

Com vistas a concentrar investimentos em empreendimentos alinhados a seu “core-business” e com seu

referencial estratégico, a Companhia está procedendo a estudos de reavaliação da sua carteira de ativos

em participações.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

13

2.5.1 Empreendimentos em Operação

A fim de aumentar a produção e venda de energia elétrica nos próximos anos, a Companhia mantém

parcerias em empreendimentos de geração de energia elétrica em fase de implantação, cujas

concessões foram obtidas através de licitações da Aneel, e que possibilitarão cerca de 456,6 MW de

potência instalados. Os empreendimentos nos quais a Copel estabeleceu parceria são os seguintes:

• Usina Hidrelétrica Fundão - O projeto em fase de implantação, com energia assegurada de 65,8 MW

médios, faz parte do Complexo Energético Fundão-Santa Clara, composto por dois aproveitamentos

hidrelétricos no rio Jordão, no Estado do Paraná: a Usina Hidrelétrica Santa Clara, com 120,0 MW de

potência instalada, em operação desde 31.07.2005 e a Usina Hidrelétrica Fundão, com 120,0 MW de

potência instalada. Os arranjos físicos selecionados contam ainda com duas Pequenas Centrais

Hidrelétricas - PCHs, com potência instalada extra de 5,6 MW.

• Usina Hidrelétrica São Jerônimo - O projeto compreende o futuro aproveitamento hidrelétrico de São

Jerônimo, localizado entre os municípios de Tamarana e São Jerônimo da Serra, no rio Tibagi,

Estado do Paraná. A usina terá duas unidades geradoras com capacidade nominal de 165,5 MW

cada uma, totalizando capacidade mínima instalada de 331,0 MW, com energia mínima assegurada

de 165,5 MW médios. A operação comercial do aproveitamento está prevista para julho de 2010,

dependendo de reavaliações quanto à sua viabilidade econômico-político-ambiental e quanto à

redefinição da parceria.

Ainda, em parceria com a iniciativa privada, a Copel desenvolve estudos de viabilidade técnico-

econômica e ambiental de projetos de geração de energia elétrica constituídos na forma de consórcios.

São objeto desses estudos oito PCHs, que totalizam 153,0 MW de potência instalada.

2.5.2 Compagas

A Companhia Paranaense de Gás - Compagas é uma sociedade de economia mista que tem como

atividade principal a exploração do serviço público de fornecimento de gás natural canalizado, através de

sua rede de distribuição de 448 km, implantada nos municípios paranaenses de Araucária, Curitiba,

Campo Largo, Balsa Nova, Palmeira, Ponta Grossa e São José dos Pinhais. Ao final de 2005, a

Compagas atendia a 1.415 unidades consumidoras, sendo 90 industriais, 19 postos de Gás Natural

Veicular - GNV, 75 estabelecimentos comerciais, 1.228 residências, duas companhias com co-geração e

uma empresa que utiliza gás como matéria-prima.

2.5.3 Elejor

A Elejor é uma Sociedade de Propósito Específico, constituída para implantar e explorar o Complexo

Energético Fundão-Santa Clara no Rio Jordão, na sub bacia do Rio Iguaçu, no Estado do Paraná.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

14

2.6 Produtos

Principais Produtos Participação no Mercado

Brasil Região Sul Paraná

• Geração de Energia Elétrica 4,6% 28,0% (1)59,2%

• Transmissão de Energia Elétrica(3) 2,3% ND(2) 13,9%

• Distribuição de Energia Elétrica: 5,3% 30,8% 96,9%

• Transmissão de dados (1) 0,9% 5,2% 14,3%

• Distribuição de Gás 1,7% 14,6% 100,0%

(1)Dado estimado (2)Não Disponível (3)Refere-se exclusivamente aos ativos da Rede Básica

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

15

2.7 Copel em Números

CONSOLIDADO

Financeiros - R$ milhõesReceita Operacional 6.816,1 5.544,3 4.420,2 22,9 25,4 Receita Operacional Líquida ou Vendas Líquidas 4.853,5 3.925,8 3.094,3 23,6 26,9

EBITDA ou LAJIDA 1.148,5 910,5 437,3 26,1 108,2

Lucro Líquido 502,4 374,1 171,1 34,3 118,6 Patrimônio Líquido 5.487,2 5.136,3 4.858,2 6,8 5,7

Indicadores Econômico-financeirosLiquidez Corrente ( índice ) 1,06 0,71 1,06 49,3 (33,0) Margem operacional líquida ( % ) 16,89 15,33 4,56 10,2 236,2 Rentabilidade do patrimônio líquido ( % ) 10,08 7,86 3,65 28,2 115,3

Lucro por lote de mil ações - R$ 1,84 1,37 0,63 34,3 117,5 Valor patrimonial por lote de mil ações - R$ 20,05 18,77 17,75 6,8 5,7 Dívida sobre o patrimônio líquido ( % ) 37,25 35,65 41,35 4,5 (13,8)

AtendimentoGeração de energia - Participação mercado Nacional ( % ) (1) 4,6 4,7 4,9 (2,1) (4,1) Geração de energia - Participação mercado da Região Sul ( % ) (1) 28,0 29,0 30,0 (3,4) (3,3) Fornecimento de Energia - Participação mercado Nacional ( % ) (1) 5,3 5,6 5,7 (5,4) (1,8)

Fornecimento de Energia - Participação mercado da Região Sul ( % ) (1) 30,8 32,1 33,2 (4,0) (3,3) Unidades Consumidoras 3.256.584 3.180.077 3.095.498 2,4 2,7 Empregados(2) 7.704 6.749 6.298 14,2 7,2

Consumidores por empregado 423 471 492 (10,2) (4,3) Consumidores por empregado na Distribuição 586 659 693 (11,1) (4,9)

Municípios atendidos 393 393 393 - -

Localidades atendidas 1.109 1.112 1.112 (0,3) -

População Total atendida (em milhares de habitantes)(3) 9.668 9.394 9.276 2,9 1,3 - Urbana 8.181 7.956 7.825 2,8 1,7

- Rural 1.487 1.438 1.451 3,4 (0,9)

MercadoÁrea de concessão (km2 ) 194.854 194.854 194.854 - - Geração própria (GWh) 18.436 19.121 16.598 (3,6) 15,2

Distribuição direta (GWh) 17.523 17.669 17.417 (0,8) 1,4

Tarifa Média Anual de Fornecimento (R$/MWh)(4) 205,38 180,26 151,98 13,9 18,6 - Residencial 268,43 251,97 215,09 6,5 17,1

- Industrial 162,23 128,84 109,56 25,9 17,6

- Comercial 233,04 212,77 177,50 9,5 19,9 - Rural 162,40 151,23 126,06 7,4 20,0

DEC (horas, centesimal de hora)(7) 13,48 14,03 18,90 (3,9) (25,8)

FEC (Número de interrupções)(7) 13,51 14,18 16,54 (4,7) (14,3)

OperacionaisUsinas em operação 18 18 18 - -

Subestações 369 364 360 1,4 1,1

Linhas de transmissão (km)(5) 6.996 6.996 6.977 - 0,3 Redes de distribuição (km)(6) 165.576 165.576 165.167 - 0,2

Nº de postes(6) 2.221.572 2.221.572 2.217.520 - 0,2 Capacidade instalada (MW) 4.550 4.550 4.550 - -

(1)Fonte ONS, Eletrobras e EPE(2)Não inclui empregados da Compagas e da Elejor(3)Estimativa publicada pelo IBGE em 01.07.2005 (4)Esta é a tarifa média do ano. Vide a tarifa média de Dezembro no item 5.2.3 - Realinhamento Tarifário

(7)Vide maiores detalhes no item 5.4 - Qualidade da Energia

(6)Estes números permanecem inalterados em relação ao ano anterior, em função de que as informações dos ativos de rede e número de postes estão sendo alteradas para o cadastro técnico da rede de distribuição, via geo-processamento, objetivando maior confiabilidade das informações

(5)Apesar da conclusão da construção de novas linhas de transmissão, o número permanece inalterado em relação ao ano anterior, pois aguarda-se a liberação para operação das linhas

∆ %2004-2003

∆ %2005-20042005 2004 2003

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

16

3. FATOS RELEVANTES

3.1 Cenário Regulatório do Setor

Em 2005, foi realizado o 1º Leilão de Energia Nova, com base no novo modelo do setor. No total foram

comercializados 564.075 GWh, ao preço médio de 121,20 R$/MWh, com data de entrega prevista para

2008, 2009 e 2010. No leilão foram ofertados contratos de energia com fontes térmicas e hídricas, com

duração de 15 e 30 anos, respectivamente. A Copel adquiriu os montantes especificados na tabela a

seguir:

Fonte Hídrica

(GWh)

Fonte Térmica

(GWh)

2008 951 3.755

2009 857 7.964

2010 17.437 8.455

Fonte: CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica

Além da compra nesse leilão, ao longo de 2005 as distribuidoras tiveram a oportunidade de ajustar sua

contratação de energia com o Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits - MCSD, em função da

migração de consumidores potencialmente livres para o Ambiente de Contratação Livre - ACL do início

da operação comercial de contratos bilaterais adquiridos antes do novo marco regulatório.

De forma a atender ao contido na Lei 10.848/2004, a partir de abril de 2005 os contratos com

consumidores livres assinados com a Copel Distribuição foram cedidos para a Copel Geração, com a

devida aprovação da Aneel.

Em agosto de 2005, a Copel Distribuição utilizou-se do mecanismo MCSD para ajustar o nível de

contratação, em função da cessão dos consumidores livres para a Copel Geração. Em dezembro foi

utilizado novamente o mecanismo MCSD, dessa vez, para aquisição de energia existente para 2006 e

2007, a fim de reduzir a compra de energia nova.

O detalhamento do arcabouço regulatório do novo modelo do setor elétrico encontra-se em sua fase final,

restando ainda a regulamentação da forma de repasse para as tarifas dos custos com a sobra de

contratos, dentro do limite de 103%.

Relativamente ao aspecto tarifário, em 2005 registramos como fatos relevantes a exclusão dos tributos

PIS-PASEP/COFINS da composição da tarifa de energia elétrica, a alteração da aplicação da fórmula do

Índice de Reajuste Tarifário - IRT, a assinatura do aditivo ao contrato de concessão da Copel

Distribuição, e a publicação da Resolução Normativa nº 166/2005, que estabeleceu nova metodologia de

cálculo da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição - TUSD e da Tarifa de Energia - TE.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

17

Em 2005, a Agência reguladora do setor elétrico deu início ao processo de aprimoramento do mecanismo

de Revisão Tarifária por meio do Fórum Técnico de Integração da Aneel e Sociedade, considerando-se

que as contribuições que forem aceitas serão incorporadas e aplicadas no Segundo Ciclo de Revisão

Tarifária.

3.2 Copel entre as Empresas mais Sustentáveis do Brasil

O Índice de Sustentabilidade Empresarial - ISE é uma iniciativa da Bovespa, em parceria com o

International Finance Corporation - IFC, do Banco Mundial, nos moldes do Dow Jones Sustainability

Index - DJSI. A metodologia do índice foi desenvolvida pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da

Fundação Getúlio Vargas - FGV e contou com o apoio do Instituto Ethos de Empresas e

Responsabilidade Social, do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC, entre outros.

O ISE tem como objetivo refletir o retorno de uma carteira composta por ações com reconhecido

comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial e, além disso, atuar

como promotor das boas práticas no meio empresarial brasileiro, considerando aspectos de governança

corporativa, eficiência econômica, equilíbrio ambiental e justiça social.

Para a seleção das empresas que comporiam o ISE, a Bovespa encaminhou questionário às

companhias emissoras das 121 ações com maior liquidez da Bovespa e selecionou, entre essas 28. As

ações ON (CPLE-3) e PNB (CPLE-6) da Copel foram escolhidas para participar do índice, em sua

primeira edição. A carteira do índice terá vigência de um ano, sendo reavaliada de acordo com os

procedimentos e critérios integrantes da metodologia.

3.3 Maior Transparência nas Licitações

Merece destaque a adequação da Copel ao Sistema Estadual de Informações - SEI (1º Módulo -

Licitações e Contratos). Através desse trabalho, os processos licitatórios, dispensas e inexigibilidades de

licitações, contratos e respectivos termos aditivos, encontram-se cadastrados no website do Tribunal de

Contas do Estado do Paraná (www.tce.pr.gov.br), trazendo maior transparência aos atos administrativos

praticados na Companhia e celeridade ao processo de fiscalização da administração pública estadual.

É importante ressaltar que as informações do SEI subsidiam as atividades de controle governamental,

além do exame e apreciação das contas anuais prestadas pelos gestores públicos, configurando-se num

amplo instrumento de planejamento para realização de programas de auditorias.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

18

3.4 Captação de Recursos

Em 25.04.2005, a CVM concedeu registro para arquivamento da Terceira Emissão de Debêntures da

Copel. Trata-se de um Programa de Distribuição de Debêntures no valor de R$ 1,0 bilhão. Dentro do

âmbito desse Programa, foi autorizado também, na mesma data, o registro da primeira emissão, no valor

de R$ 400 milhões. Desse valor, R$ 360 milhões foram em regime de garantia firme com o Banco do

Brasil, Bradesco, HSBC, Itaú BBA, Santander e Unibanco, enquanto os R$ 40 milhões restantes foram

colocados no mercado em regime de melhores esforços.

O prazo desta emissão é de quatro anos. O rating dessa operação atingiu nota A+ pela avaliação da

Fitch e A1 pela avaliação da Moodys. Os recursos dessa primeira emissão dentro do Programa foram

totalmente utilizados para o repagamento de Eurobônus emitidos em 1997, no montante de

US$ 150 milhões.

Em 2005, além dos recursos captados via debêntures, ingressaram na Companhia R$ 64,7 milhões

provenientes da Eletrobrás, sendo R$ 61,0 milhões como subvenção econômica para reembolso de

despesas decorrentes da ampliação do subsídio à subclasse “baixa renda” e R$ 3,7 milhões referente ao

Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica - Programa Luz para Todos,

com a finalidade de promover a eletrificação em residências e estabelecimentos localizados no meio

rural.

3.5 Maior Agilidade no Atendimento de Reclamações

Desde outubro de 2005, em parceria com a coordenadoria estadual de Proteção e Defesa do

Consumidor - Procon e a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania - Seju, a Copel mantém um

empregado em tempo integral naquela Coordenadoria para resolver, diretamente com os clientes, as

reclamações ou pendências apresentadas. Essa é uma ação que aproxima a Copel dos seus clientes e

consumidores, gerando resultados significativos quanto à redução do número de processos abertos junto

àquele Órgão. A parceria admite a possibilidade de ampliação desse atendimento aos postos do Procon

no interior do Estado.

3.6 Energia Sustentável

Foram realizados levantamentos do aproveitamento do potencial eólico no Estado, por meio do Projeto

Ventar, que envolve a operação de 13 estações de medição de vento. A primeira torre, com sensores

a 100 metros de altura, foi instalada em Palmas, e o primeiro anemômetro sônico com interface GSM

(para leitura remota) em torre na cidade de Maringá. A velocidade média dos ventos registrada nessas

estações nos últimos 12 meses variou de 4,7 a 7,4 m/s, o que começa a sinalizar a viabilidade de mais

empreendimentos eólio-elétricos no Paraná.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

19

Também estão em andamento os seguintes estudos para possíveis projetos de geração de energia de

fontes renováveis:

• levantamento da disponibilidade de biomassa no Estado; e

• avaliação de processo de gaseificação de biomassa e de obtenção de diesel para utilização como

combustível “verde”, ou de metanol para utilização como insumo à indústria de resinas ou potencial

portador de hidrogênio.

A Copel investiu em obras de transmissão de energia elétrica, de modo a elevar os padrões de

atendimento e garantir mais segurança ao sistema. Os investimentos mais significativos constam na

tabela a seguir:

Descrição (Obra) Evento

Subestação/kV

Palmas/138 Inauguração

Laranjeiras do Sul/138 Inauguração

Ponta Grossa Sul/138 Ampliação

Sarandi/230 Construção (andamento)

Santa Mônica/230 Início da Construção

Posto fiscal/230 Início da Construção

Bateias/500 Duplicação da capacidade

Cascavel/500 Ampliação da capacidade

Linha de transmissão/kV

Londrina-Ibiporã/230 Construção

Além dessas obras, 19 subestações de transmissão foram re-automatizadas, implantando-se novas

funcionalidades, melhoria da confiabilidade e desempenho do sistema de automação, resultando na

operação mais eficiente do sistema elétrico.

3.7 Maior Transparência na Fatura

Em 2005, a Companhia adotou o detalhamento das faturas de energia para os clientes residenciais,

discriminando o custo de geração, transmissão, distribuição da energia, os encargos do setor elétrico e

os impostos, para que os consumidores entendam quanto pagam e qual o destino dos valores cobrados

pela Concessionária.

3.8 Promovendo o Protocolo de Kyoto

A Copel vem desempenhando importante função no sentido de viabilizar Mecanismos de

Desenvolvimento Limpo - MDL, por meio de estudos realizados para verificar a possibilidade dos

reflorestamentos feitos em torno dos reservatórios, que cumprem função de mata ciliar pudessem

participar das ações consideradas pelo Protocolo de Kyoto como passíveis de gerar créditos de carbono.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

20

A constituição das florestas ciliares deve remover, através da fotossíntese, toneladas de dióxido de

carbono - CO2 da atmosfera. Sendo assim a Copel iniciou estudos para captação de carbono através dos

plantios florestais nas usinas Governador José Richa - Salto Caxias, Governador Ney Braga - Segredo e

Governador Bento Munhoz da Rocha Netto - Foz do Areia. A aplicação do projeto da Copel reflorestará

aproximadamente 580 hectares, retirando aproximadamente 262.130 toneladas de CO2 da atmosfera.

3.9 Principais Certificações e Prêmios

Com vistas ao aprimoramento da gestão da qualidade na Companhia, com foco na melhoria do

gerenciamento de processos, em 1997 a Copel deu início aos trabalhos que culminaram com a

certificação ISO 9001 da Central de Atendimento Telefônico - Call Center, que obteve sua primeira

certificação em 1998. As funções da Companhia atualmente certificadas são: Receita, Call Center,

Medição, Operação e Despacho, Operação do Sistema Eletroenergético, Gestão Técnica de

Empreendimentos de Engenharia, Engenharia de Redes de Acesso de Telecomunicações, Operação e

Manutenção das Usinas Geradoras de Energia Elétrica e Projeto e Gerenciamento de Empreendimentos

de Transmissão.

Estão em andamento processos para certificação nas funções: Serviços Emergenciais, Comerciais e de

Manutenção das Equipes de Campo da Distribuição, Projetos e Obras, Manutenção Eletromecânica,

Eletrônica e Automação de Subestações e Operação do Sistema de Telecomunicações.

A Copel é a primeira empresa do Brasil a ser certificada pelas normas ISO 9000 em todos os processos

de operação e manutenção das suas usinas geradoras.

Dentre as principais certificações e prêmios conquistados, destacam-se:

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

21

Prêmio/ Conquistas Categoria/Critério Certificador

1º lugar Top of Mind Paraná

(2005) quinto ano consecutivo

Grande Marca do Paraná Revista Amanhã e Instituto Bonilha

de Pesquisa

Prêmio CIER de Qualidade e

Satisfação dos Clientes - 2005

Categoria Prata – 2º Lugar CIER – Comisión de Integracion

Energética Regional – América

Latina

Menção Especial de Informação e

Comunicação - 2005

Informação e Comunicação com o Cliente CIER – Comisión de Integración

Energética Regional – América

Latina

As 500 maiores Companhias da

América Latina no setor de

eletricidade - 183º lugar - 2005

Classificação que tem como base principal

o volume de vendas/receitas em milhões

de dólares, no ano

Revista América Economia

Melhor jornal interno eletrônico da

região sul - Copel On- Line - 2005

E-News Interna Aberje – Associação Brasileira de

Comunicação Empresarial

Maior Empresa do Paraná em

2005 – Grandes e Líderes

Avaliação do porte e resultados

Revista Amanhã (Price

Waterhouse & Coopers)

Melhor Companhia da América

Latina na área de energia e

serviços elétricos - 2005

Avaliação de receita, evolução do lucro,

crescimento do valor do mercado,

responsabilidade social, tecnologia e

pesquisas, desenvolvimento de produtos e

gestão

Revista Global Finance

Certificado de Companhia-parceira

do Programa Fome Zero - 2005

A Copel foi uma das primeiras

Companhias no País a aderir como

parceira do Programa Fome Zero

Ministério do Desenvolvimento

Social e Combata à Fome

Certificado Companhia-Cidadã -

2005

Avaliação a partir do Balanço Social Conselho Regional de

Contabilidade do Estado do Rio de

Janeiro

Selo Balanço Social Ibase/Betinho

2004, recebido no ano de 2005

Seguir os critérios de preenchimento e

divulgação do Balanço Social, propostos

pelo Ibase

Instituto Brasileiro de Análises

Sociais e Econômicas - IBASE

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

22

4. GOVERNANÇA

A Copel procura se orientar pelas melhores práticas de Governança Corporativa, que prevêem princípios

de transparência, eqüidade, prestação de contas e responsabilidade diante das partes interessadas que

impactam ou são impactadas pelos seus negócios.

Ao adotar esses princípios, a Copel transforma suas ações em boas práticas de governança que

culminam com previsibilidade nos resultados da Companhia e aprimoramento dos seus relacionamentos,

por meio da comunicação com todas as partes interessadas.

Considerando que a sustentabilidade se baseia no tripé econômico, social e ambiental, a adoção desses

princípios garante, sob o ponto de vista econômico, a diminuição dos riscos estratégicos, operacionais e

financeiros, aumentando o valor da Companhia e viabilizando a captação de recursos. Socialmente,

propicia a construção de uma sociedade mais eqüitativa. Do ponto de vista ambiental, possui programas

e projetos ambientais integrados e prevê o custo da externalidade de suas atividades, comprometendo-

se em deixar herança saudável para as gerações futuras.

4.1 Estrutura e Boas Práticas de Governança

O organograma a seguir apresenta a estrutura organizacional e de comitês e conselhos oficiais

responsáveis pela supervisão, implementação e auditoria de políticas econômicas, ambientais, sociais e

correlatas da Copel:

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

23

ASSEMBLÉIA GERALDE ACIONISTAS

Diretoria de Finanças e deRelações com Investidores

HOLDING SUBSIDIÁRIAS INTEGRAIS

CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO

CONSELHO FISCAL

PRESIDÊNCIA

Diretoria de Gestão Corporativa

Diretoria Jurídica

Diretoria de Geração e Transmissãode Energia e de Telecomunicações

Diretoria de Distribuição

DIRETORIA REUNIDA

COPEL Telecomunicações S.A.

COPEL Distribuição S.A.

COPEL Participações S.A.

COPEL Geração S.A.

COPEL Transmissão S.A.

Comitê de Auditoria

Conselho de Orientação Ética

Auditoria Interna

Comitê de Divulgação deAtos e Fatos Relevantes

ASSEMBLÉIA GERALDE ACIONISTAS

Diretoria de Finanças e deRelações com Investidores

HOLDING SUBSIDIÁRIAS INTEGRAIS

CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO

CONSELHO FISCAL

PRESIDÊNCIA

Diretoria de Gestão Corporativa

Diretoria Jurídica

Diretoria de Geração e Transmissãode Energia e de Telecomunicações

Diretoria de Distribuição

DIRETORIA REUNIDA

COPEL Telecomunicações S.A.

COPEL Distribuição S.A.

COPEL Participações S.A.

COPEL Geração S.A.

COPEL Transmissão S.A.

Comitê de Auditoria

Conselho de Orientação Ética

Auditoria Interna

Comitê de Divulgação deAtos e Fatos Relevantes

Em 2005, a Copel avançou com o processo de melhoria nas práticas de Governança Corporativa visando

crescimento e geração de valor para os acionistas e demais partes interessadas da Companhia. Em

anos anteriores já haviam sido implantadas a Política de Divulgação de Informações Relevantes e a

Política de Negociação de Ações de Emissão Própria e instituído o Comitê Permanente de Divulgação de

Atos e Fatos Relevantes. Além disso, a Companhia adotou o Código de Boas Práticas do Instituto

Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC como seu guia, a ser gradativamente incorporado

até 2007, e também promoveu ampla divulgação dos processos de melhoria nas suas práticas por meio

de seminários gerenciais e de implementação de nova página na intranet sobre Governança.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

24

Em 2003, a Copel instituiu seu Código de Conduta, com base nos valores empresariais e na sua cultura

corporativa. Esse instrumento tem se consolidado dinamicamente, de modo a refletir a integridade dos

seus procedimentos em todas as suas relações, sejam internas, com seus empregados, e com todas as

demais partes interessadas nos seus negócios. O documento encontra-se publicado e disponível na

íntegra no site da Companhia (www.copel.com). Seus artigos e incisos são temas de diálogo com as

partes interessadas, envolvendo empregados, fornecedores, clientes e consumidores. O Código será

estendido aos demais envolvidos até o fim do ciclo de implantação da Norma AA 1000, previsto para

2007.

Dentre os aspectos relevantes, relativamente à Declaração Universal e as convenções da Organização

Internacional do Trabalho - OIT sobre os direitos humanos fundamentais, o Código de Conduta da Copel

aborda como inaceitável qualquer tipo de assédio, sobretudo os de natureza moral e sexual, e qualquer

manifestação de discriminação. O apoio e respeito à proteção dos direitos humanos se expressa ainda

no fato de a Companhia ter incluído os dez princípios do Pacto Global como parte integrante de seu

Código de Conduta. Estes direitos também são assegurados por meio das práticas trabalhistas, na

relação da Copel com seus fornecedores, na comunidade na qual está inserida, enfim, com todas as

partes interessadas. Suborno, corrupção ou tentativa de indução são abordados ainda no Código de

Conduta como inaceitáveis, tanto para empregados, quanto para administradores, seja para benefício

próprio ou da Companhia, caracterizando detalhadamente as práticas consideradas antiéticas.. A meta

para 2006 é dialogar com 100% dos empregados sobre o Código de Conduta, enfatizando direitos

humanos

Simultaneamente à implantação do Código de Conduta, foi instituído o Conselho de Orientação Ética.

Seu objetivo é discutir, orientar as ações da Copel e examinar os casos que lhe sejam apresentados,

propondo sansões pertinentes no sentido de que a atuação da Companhia seja permanentemente

conduzida por princípios moralmente sãos no desenvolvimento de seus negócios, zelando pela

divulgação e efetiva aplicação do Código de Conduta aos empregados da Copel. O Conselho é composto

por empregados da Companhia, de diferentes categorias profissionais, sendo coordenado por um

representante da sociedade civil. Possui regimento interno próprio.

Além disso, a Companhia está promovendo maior envolvimento dos Conselhos Fiscal e de Administração

- CAD no processo decisório. O Conselho de Administração possui dentre seus integrantes um

empregado da Companhia, indicado pelos demais empregados para mandato de dois anos, cujas

atribuições estão garantidas no Estatuto Social. Dentre os executivos da Companhia, apenas o Diretor

Presidente é membro do Conselho de Administração, atuando como secretário executivo desse órgão

colegiado, conforme o Estatuto Social.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

25

O Conselho de Administração é eleito em Assembléia Geral e fixa a orientação dos negócios da Copel. É

deliberativo e sua forma de atuação e competência são estabelecidas no Estatuto Social e no seu

Regimento Interno. A única exigência técnica existente para a formação do Conselho de Administração é

de que um dos seus membros seja especialista financeiro, nos termos da Lei Sarbanes-Oxley, para que

possa exercer as funções de Presidente do Comitê de Auditoria, órgão consultivo e permanente,

diretamente ligado ao Conselho. Portanto, quanto às oportunidades econômicas, ambientais e sociais,

não há norma ou exigência específica. Entretanto, a administração da Companhia analisa esses

aspectos nas suas decisões, e os assuntos de maior relevância, em virtude da matéria ou do valor

envolvido, são submetidos à deliberação do CAD.

O Conselho Fiscal também é eleito em Assembléia Geral. O colegiado é permanente e composto por

cinco membros efetivos e cinco suplentes, para mandato de um ano. Seu funcionamento e competências

são estabelecidos no Estatuto Social, no Regimento Interno e na Lei das Sociedades Anônimas. Sua

função primordial é analisar e opinar sobre as demonstrações financeiras trimestrais e anuais da

Companhia. Extraordinariamente, pode se reunir para tratar de outros assuntos de sua competência. Os

membros desse Conselho, ou um de seus representantes, participam das Assembléias Gerais de

Acionistas, das reuniões do Conselho de Administração e das reuniões do Comitê de Auditoria.

A diretoria é eleita pelo Conselho de Administração, sendo composta por seis membros, para mandato

de três anos. É responsável pelas funções executivas da Copel, com atribuição privativa de representá-

la. Suas atribuições, deveres e responsabilidades individuais são estabelecidas no Estatuto Social, sendo

a forma de atuação prevista em Regimento Interno. A Companhia não vincula a remuneração dos

executivos ao alcance de metas financeiras e não-financeiras.

O Comitê de Auditoria é constituído por três membros, independentes nos termos da Lei Sarbanes-Oxley,

e, dentre outras competências, é responsável pela revisão e supervisão dos processos de controles

internos e administração de riscos, devendo zelar pela qualidade e eficiência desses processos. Nessa

atividade, o Comitê deve informar aos órgãos da administração da Companhia a eventual inobservância

de normas legais e regulamentares que coloquem em risco a continuidade dos negócios da Copel ou de

suas subsidiárias integrais.

Na supervisão dos sistemas de controles internos e administração de riscos, o Comitê avalia aspectos

como a eficiência no uso de recursos e no estabelecimento de controles que protejam a Companhia

contra eventuais perdas, face aos riscos das respectivas atividades; a emissão de relatórios sobre a

adequação dos processos de informação e de decisão; e a conformidade das operações e dos negócios

da Companhia com a legislação, os regulamentos e respectivas políticas. O Comitê de Auditoria também

deve se reportar ao Conselho de Administração e, portanto, o CAD pode tomar as providências que

entender cabíveis em relação à gestão de riscos.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

26

Além disso, a Copel estabeleceu política para receber comunicações confidenciais sobre o

descumprimento do Código de Conduta, dos dispositivos legais e normativas internas relativos à

contabilidade, controles internos ou assuntos de auditoria a ela aplicáveis. Para tanto, foi criado o Canal

de Comunicação Confidencial, sob responsabilidade do Comitê de Auditoria e do Conselho de

Administração da Companhia.

As manifestações são recebidas e registradas pela Ouvidoria e posteriormente tratadas pela Auditoria

Interna, de forma ética, legal e confidencial. A política adotada está em consonância com aspectos de

aprimoramento do processo de Governança Corporativa da Companhia e atende às exigências da Lei

Sarbanes -Oxley para o Comitê de Auditoria, oferecendo estímulo à utilização responsável e confidencial

pelas partes interessadas e garantindo a não-retaliação

O Comitê de Divulgação de Atos e Fatos Relevantes foi implantado de acordo com a Instrução

CVM 358/02, com o intuito de preservar a imagem e a credibilidade da Copel junto a investidores,

analistas e ao mercado de modo geral, além de promover a divulgação e disseminação das informações

de forma pró-ativa, transparente, completa e eqüitativa, em consonância com os requisitos legais e

regulatórios pertinentes. Sua principal atribuição é assessorar o Diretor de Finanças e de Relações com

Investidores na aplicação da Política de Divulgação da Copel, cabendo aos seus membros a revisão e

aprovação das informações a serem divulgadas ao mercado de capitais por quaisquer meios.

Os acionistas têm diversos meios para sugerir a análise de assuntos pela Administração ou mesmo para

incluir assuntos em pauta de Assembléia Geral. A Copel mantém telefone específico para contato de

acionistas com a Companhia. Caso esse contato seja referente a alguma solicitação específica para

análise da administração, o tema é encaminhado ao Diretor Presidente ou ao Presidente do Conselho de

Administração, conforme o caso.

A Secretaria da Administração Societária - SAS também pode receber essas solicitações por e-mail,

correspondência ou telefone, formalizando, em seguida, o encaminhamento ao Diretor Presidente ou ao

Presidente do Conselho de Administração.

4.2 Planejamento e Referencial Estratégico

O modelo de gestão e planejamento empresarial integrado buscam o alinhamento dos esforços para

atingir e garantir, com base nos valores da Copel e na gestão otimizada dos processos, o atendimento

aos interesses das partes interessadas, bem como o desenvolvimento e o crescimento sustentável da

Companhia. Utilizando o Balanced Scorecard - BSC como principal ferramenta, em dezembro de 2004 a

Diretoria aprovou um mapa que traduz uma hipótese estratégica para atingir a visão da Companhia,

com 23 objetivos distribuídos em 5 perspectivas: sustentabilidade, financeira, cliente, processos internos

e aprendizagem e crescimento.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

27

O atual posicionamento estratégico dá ênfase à produtividade, redução de custos e melhor utilização dos

ativos no curto prazo, sem prejuízo, contudo, às ações que estimulem o crescimento da receita no médio

e longo prazos.

Durante 2005, dois itens que compõem o referencial estratégico passaram por aperfeiçoamentos. As

diretrizes foram revisadas e aprovadas pelo Conselho de Administração. Uma Pesquisa realizada junto

aos empregados produziu nova proposta de valores, a qual está em processo de avaliação pela Diretoria

e, posteriormente, será submetida à apreciação do Conselho de Administração.

Em relação aos mapas estratégicos, a Copel avançou no seu desdobramento, com a elaboração dos

mapas dos negócios e das áreas -meio, os quais foram desdobrados em indicadores, metas,

iniciativas/projetos e recursos envolvidos. Esse desdobramento servirá de insumo para a fase de controle

de resultados e gestão do desempenho empresarial.

4.2.1 Referencial Estratégico

• Missão - Gerar, transmitir, distribuir e comercializar energia, bem como prestar serviços correlatos,

promovendo desenvolvimento sustentável com retorno para a sociedade paranaense.

• Visão - Ser a melhor Companhia do setor elétrico no Brasil até 2006, mantendo o equilíbrio entre os

interesses da sociedade e dos acionistas.

• Valores

Ética - Relacionamento transparente, honesto e equilibrado com todas as partes interessadas.

Responsabilidade Social - Condução da vida da empresa de maneira sustentável, respeitando os direitos

de todas as partes interessadas, inclusive das gerações futuras.

Alianças Estratégicas - Parceria e colaboração com todos os setores da empresa e da sociedade, em

busca de alinhamento de objetivos e maximização de resultados.

Comprometimento - Condução do trabalho com a mente e o coração, no sentido da missão, buscando a

excelência.

Assumir Riscos - Decidir, ousar e tomar a iniciativa, como dono da Empresa.

Melhoria contínua - Aprendizado contínuo, compartilhando e disseminando o conhecimento.

Valorização dos Empregados - Promoção do crescimento do ser humano integral - empregados e força

de trabalho - com a melhoria contínua de sua satisfação, competência e capacitação profissional.

Clareza de Objetivos - Definição clara e comunicação transparente dos rumos estratégicos da Empresa.

Satisfação dos Clientes - Em todas as ações, considerar que o cliente é a razão da empresa existir.

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28

Valor para o Acionista - Busca do lucro responsável no cumprimento da missão da empresa. Segurança -

Profissionalismo na condução dos negócios, de maneira a garantir a longevidade da empresa,

priorizando a segurança das pessoas.

• Diretrizes

Expandir o sistema elétrico de geração, transmissão e distribuição.

Buscar a produtividade em curto prazo e o crescimento em longo prazo.

Buscar manter os clientes satisfeitos e força de trabalho motivada e preparada.

Buscar excelência em custos, no relacionamento e em inovações.

Buscar excelência na transmissão de dados, imagem e voz.

Pesquisar novas tecnologias no setor energético para a expansão da matriz energética com fontes

renováveis e não poluentes.

• Pacto Global

Desde 2000 a Copel é signatária do Pacto Global da ONU. Lançado naquele ano pelo Secretário Geral

das Nações Unidas, Kofi Annan, o Pacto Global tem como meta mobilizar as empresas para que,

juntamente com outros atores sociais, contribuam para a construção de uma economia global mais

inclusiva e sustentável. A iniciativa baseia-se em direitos universalmente reconhecidos. As agências da

ONU diretamente envolvidas no Pacto são: o Alto Comissariado para Direitos Humanos - HCHR,

Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - UNEP, a Organização Internacional do Trabalho -

OIT e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD. A adesão formal se deu por

meio de encaminhamento de carta ao Secretário Geral da ONU, na qual a alta direção da Copel declara

seu compromisso em respeitar os Dez Princípios Básicos, a saber:

Princípios de Direitos Humanos

1) Respeitar e proteger os direitos humanos;

2) Impedir violações de direitos humanos;

Princípios de Direitos do Trabalho

3) Apoiar a liberdade de associação no trabalho;

4) Abolir o trabalho forçado;

5) Abolir o trabalho infantil;

6) Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho;

Princípios de Proteção Ambiental

7) Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais;

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29

8) Promover a responsabilidade ambiental;

9) Encorajar tecnologias que não agridem o meio ambiente;

Princípio Anticorrupção

10) Combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina.

As ações desenvolvidas pela Copel e sua correlação com os Princípios do Pacto Global estão descritas

no item 8.6 – Incorporação dos Princípios do Pacto Global.

4.3 Programa de Investimentos

Foi aprovado na 111ª Reunião Ordinária do Conselho de Administração da Copel, realizada em

dezembro de 2005, o Programa de Investimentos previsto para 2006, conforme demonstrado a seguir:

Subsidiárias Realizado 2005 Previsto 2006

(R$ milhões)

Geração 20,9 21,6

Transmissão 148,9 176,8

Distribuição 241,1 317,4

Telecomunicações 23,7 34,9

Participações 2,7 2,4

TOTAL 437,3 553,1

A tabela não contempla os investimentos no imobilizado das controladas Compagas e Elejor

4.4 Programa de Pesquisa e Desenvolvimento

Em cumprimento à Lei 9.991/2000, que dispõe sobre a realização de investimentos em pesquisa e

desenvolvimento por parte das empresas concessionárias, permissionárias e autorizadas do setor de

energia elétrica, a Copel investiu, em 2005, R$ 6,9 milhões (neste valor está inclusa a provisão efetuada

pela Elejor de R$ 307 mil) nos segmentos de geração, transmissão e distribuição, compreendendo um

total de 52 projetos relativos aos ciclos 2002/2003 e 2003/2004.

4.5 Programa de Eficiência Energética

A Copel desenvolve anualmente o Programa de Eficiência Energética - PEE, por meio do qual são

aplicados recursos financeiros equivalentes a 0,5% de sua receita operacional líquida em projetos que

têm como objetivo a promoção da eficiência energética no uso final da energia elétrica.

Em 2005, foram desenvolvidos os seguintes projetos:

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30

• Gestão Energética Municipal - Projeto com o objetivo de implantar plano de eficientização

energética em instalações municipais e difundir o conceito de combate ao desperdício de energia

elétrica e preservação do meio ambiente, com os seguintes resultados:

a) abrangência de 37 municípios no Paraná

b) capacitação de 72 técnicos municipais

c) criação e estruturação de Unidades de Gestão Energética Municipais

• PROCEL nas Escolas - Programa de Educação Ambiental “A Natureza da Paisagem” - Trata-se de

um programa de educação ambiental denominado “A Natureza da Paisagem - Energia”, destinado a

professores do Ensino Fundamental e Médio, ministrado por técnicos da Concessionária através de

curso de 12 horas, com acompanhamento permanente durante o ano letivo. Em 2005, foram

capacitados 436 professores vinculados a escolas municipais de Umuarama e Irati.

• Doação de Sistemas de Iluminação Eficientes para Entidades Assistenciais - A fim de promover o

combate ao desperdício de energia em entidades assistenciais do Estado, a Copel repassou

orientações sobre como usar a energia elétrica sem desperdícios e efetuou a substituição dos

sistemas de iluminação existente por outro mais moderno e eficiente. Foram beneficiadas 561

entidades assistenciais através da distribuição e instalação de lâmpadas fluorescentes compactas

de 15W e conjuntos de iluminação de 32W (luminária + lâmpada fluorescente tubular + reator

eletrônico), sendo eficientizados 8.976 pontos de iluminação.

• Convênios e Termos de Cooperação Técnica - Em 2005, foram celebrados convênios e termos de

cooperação técnica com instituições de várias regiões do Estado, tendo como finalidade o

desenvolvimento dos projetos de eficiência energética relacionados a seguir:

a) Eficientização Energética nas Santas Casas de Misericórdia de Curitiba e Londrina;

b) Eficientização Energética na Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa;

c) Eficientização Energética no Hospital Infantil de Londrina;

d) Eficientização Energética no Campus da Universidade Estadual de Maringá;

e) Criação de Laboratório de Eficiência Energética na Universidade Tecnológica Federal do Paraná -

UTFPR (antigo CEFET-PR) - Curitiba.

• Projeto Eficientização de Sistemas de Iluminação - Visando reduzir o desperdício de energia elétrica

por meio de equipamentos de iluminação mais eficientes e sem prejuízo da qualidade da iluminação,

foi desenvolvido, em 2004, o Projeto de Eficientização em Sistemas de Iluminação Pública, o qual

teve como objeto a substituição de lâmpadas incandescentes, mista e de vapor de mercúrio, por

lâmpadas de vapor de sódio. Foram substituídos 16.902 pontos de iluminação pública dos

municípios de Iporã, Altônia, Paraíso do Norte, São Jorge do Patrocínio, Castro e Toledo.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

31

4.6 Relacionamento com Acionistas

A Copel possui 25.210 acionistas, que detêm o capital social da Companhia, correspondente a

R$ 3,5 bilhões representados por 273.655 milhões de ações, sem valor nominal, cuja distribuição está

demonstrada no item 2 deste relatório e na nota explicativa 27.

A Diretoria de Finanças e de Relações com Investidores, ao longo do ano, recebeu visita de expressivo

número de investidores e analistas do mercado de capitais nacional e internacional. A Companhia

também participou de conferências, seminários e reuniões e realizou road shows nos principais centros

financeiros do Brasil, Europa e Estados Unidos.

Com o compromisso de crescente transparência na divulgação de informações, a Copel mantém vários

canais de comunicação com analistas e investidores do mercado de capitais, para facilitar e ampliar o

acesso à comunicação e atendimento às questões desse público, tais como o “Informe RI Copel” e o

“Informativo Trimestral”, que são encaminhados aos profissionais do mercado de capitais e

disponibilizados no site da Companhia.

Com a instituição da Lei nº 9.249/95, a Copel tem adotado como política a distribuição de juros sobre o

capital próprio em substituição aos dividendos. O montante distribuído é de, no mínimo 25% do lucro

líquido ajustado, de acordo com o artigo 202 e seus parágrafos da Lei nº 6.404/76, na seguinte ordem:

a) As ações PNA terão prioridade na distribuição de, no mínimo 10% (dez por cento) ao ano, a serem

entre elas rateados igualmente, calculados com base no capital próprio a esta espécie e classe de

ações, existentes ao final do exercício fiscal;

b) Após a dedução dos montantes alocados às ações PNA terem sido distribuídos e havendo valores

disponíveis, as ações PNB terão prioridade na distribuição, a serem entre elas rateados igualmente,

calculados proporcionalmente ao capital próprio desta espécie e classe de ações existente ao final

do exercício fiscal; e

c) Na medida em que haja montantes disponíveis após a dedução aos alocados às ações PNA e às

ações PNB, as ações ON têm direito de receber importância calculada proporcionalmente ao capital

próprio a esta espécie de ações existente ao final do exercício fiscal.

d) O valor calculado a ser distribuído a cada ação preferencial, independente de classe, será no

mínimo 10% superior aos que foram atribuídos a cada ação ON, conforme o disposto no inciso II do

parágrafo 1º do artigo 17 da Lei nº 6.404/76, com a redação determinada pela Lei nº 10.303, de

31.10.2001.

As ações preferenciais adquirirão o direito de voto se, pelo prazo de três exercícios consecutivos, não

lhes forem pagos dividendos mínimos ou juros sobre o capital próprio a que fazem jus.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

32

Para o exercício de 2005, está sendo proposto para homologação na Assembléia Geral Ordinária - AGO

que ocorrerá em abril de 2006, o montante de R$ 122.995 mil a título de Juros sobre o Capital Próprio -

JCP, em substituição aos Dividendos. Maiores detalhes constam na Nota Explicativa 27. A distribuição

dos JCP de anos anteriores está demonstrada na tabela a seguir:

Distribuição dos Juros sobre o Capital Próprio

(Em R$ mil) 2004 2003

Aprovação na AGO de 25/04/2005 29/04/2004

Data de Pagamento 24/06/2005 15/06/2004

Lucro 374.148 171.137

% Lucro 26% 25%

Valor para as Ações ON 48.435 21.369

Valor para as Ações PNA 514 429

Valor para as Ações PNB 47.112 20.786

Total Distribuído(1) 96.061 42.584

(1)Trata-se da distribuição dos JCP da Holding

4.7 Gestão de Riscos

Além dos aspectos ambientais, relativamente a sua gestão de riscos, a Copel considera suas relações

sociais e econômicas, tratando-as de maneira sistêmica e integrada, como se segue:

4.7.1 Princípio da Precaução

A essência desse Princípio, firmado na Declaração do Rio, trata como relevantes as questões inerentes

ao meio ambiente e atribui ao Estado sua execução, de acordo com sua capacidade e diante de

ameaças de danos graves ou irreversíveis.

A Copel baseia sua gestão ambiental em uma política fundamentada na Missão da Companhia,

nos 11 valores que alinham seu posicionamento estratégico e nos 10 princípios do Pacto Global da ONU.

Denominada Política de Sustentabilidade e Cidadania Corporativa, cuja íntegra está disponível no site

www.copel.com, esta ferramenta de gestão se rege pelos seguintes princípios:

1º Princípio: Comprometimento - Declaramo-nos comprometidos com a valorização, conservação e

defesa do meio ambiente e com a ampla inclusão e justiça social, considerando os preceitos do

desenvolvimento sustentável no exercício de nossas atividades.

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33

2º Princípio: Atitude Pró-Ativa Diante da Lei - Comprometemo-nos a cumprir a legislação ambiental

vigente e respeitar os direitos humanos universais, no desenvolvimento de nossas atividades, bem como

agir além do meramente exigido pela lei, sempre que necessário e possível, no sentido de apoiar e

promover o desenvolvimento sustentável das comunidades com as quais interagimos.

3º Princípio: Diálogo, Comunicação e Transparência - Nos relacionamos de forma transparente com os

diversos segmentos sociais, direta e indiretamente interessados em nossas atividades, considerando

efetivamente suas opiniões e expectativas.

4º Princípio: Respeito à Dinâmica Socioambiental - Estamos atentos aos fatores que definem a dinâmica

socioambiental, revendo constantemente nossos princípios, buscando um desempenho adequado

através de ações de melhoria contínua.

5º Princípio: Responsabilidade Individual - Conscientizamos nossa força de trabalho a assumir uma

postura de respeito e responsabilidade para com todas as partes interessadas, assegurando práticas

empresariais cotidianas consistentes com seus valores pessoais e com os valores da empresa.

6º Princípio: Valorização da Diversidade - Valorizamos a diversidade dos ecossistemas naturais e sociais,

em todos os seus múltiplos aspectos.

4.7.2 Riscos Financeiros - Hedge

A política da Copel é sempre analisar e eventualmente adotar mecanismos de proteção financeira em

relação a suas captações. Assim, com vistas a reduzir a exposição à variação cambial, a Companhia

realizou operação de hedge da sua dívida, com a assessoria do Banco do Brasil, visando a proteção

cambial da emissão de Eurobônus com vencimento em 02.05.2005.

4.7.3 Riscos Patrimoniais - Seguros de Bens e Direitos

A Copel mantém Comitê de Gerenciamento de Riscos e Seguros Patrimoniais, que tem por objetivos:

• Desenvolver e aperfeiçoar estudos para o estabelecimento de uma política de gerenciamento de

riscos e seguros dos ramos elementares da Copel e de suas Subsidiárias Integrais;

• Definir junto às áreas pertinentes da Companhia o que deve ser segurado, através de

levantamentos, identificação e análise de risco, experiências e histórico de sinistralidade, por tipo e

características de bens e equipamentos, de dispêndio de prêmios de seguro no período – utilizando

parâmetros auxiliares relacionados a cada tipo de risco para desenvolvimento paralelamente com as

áreas envolvidas – técnicas e inspeções preventivas de detecção de possíveis danos ao patrimônio

da Companhia; e

• Promover e manter, no âmbito da Companhia, a política adotada.

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34

Com base nas recomendações desse Comitê e visando atender à legislação vigente sobre seguros e à

Lei nº.8.987/95, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão de prestação de serviços públicos

previsto no artigo 175 da Constituição Federal, a Copel contrata apólices de seguros para salvaguardar

seus bens e instalações, e mantém um seguro para reparação por danos involuntários causados a

terceiros.

As principais modalidades de seguros adotadas na Copel são:

• Seguro de Riscos Nomeados.

• Seguro de Incêndio Imóveis Próprios.

• Seguro de Incêndio Imóveis Locados.

• Seguro de Responsabilidade Civil Geral.

• Seguro de Riscos de Engenharia

• Seguro de Transporte Nacional.

• Seguro de Transporte Internacional

• Seguro de Riscos Diversos

Outras informações sobre os seguros adotados na Copel poderão ser obtidas na Nota Explicativa 45.

4.7.4 Segurança e Saúde do Trabalho

O Plano de Segurança do Trabalho contempla uma série de ações preventivas, dentre as quais, em

2005, destacam-se: a continuidade da Campanha Interna de Segurança do Trabalho “Dê Preferência à

Vida”, a maior campanha de segurança já desenvolvida na Copel; e as Comissões Internas de

Prevenção de Acidentes - Cipas, cujo objetivo é prevenção de acidentes e doenças decorrentes do

trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a

promoção da saúde do trabalhador.

A Copel, em atendimento ao que determina a Norma Regulamentadora NR-5 e as suas Diretrizes e

Políticas de Segurança do Trabalho e Saúde do Trabalhador, manteve em 2005, em toda a sua área de

concessão, a atuação de 39 Cipas e um contingente de 578 empregados entre membros e secretários.

As Cipas são compostas por 50% de representantes do empregador e 50% de representantes dos

empregados, atendendo a 100% do quadro próprio da Companhia.

Com relação aos acidentes e doenças ocupacionais em 2005, a taxa de freqüência – TF foi de 11,25, a

taxa de gravidade – TG foi de 562, enquanto a proporção de tempo perdido - PTP foi de 0,20. No mesmo

ano, foram registrados 126 acidentes típicos e 7.749 dias perdidos.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

35

A Copel assegura aos seus empregados um amplo leque de atendimento no que tange à Medicina

Ocupacional. Nesse sentido, mantém estrutura própria e descentralizada de médicos e enfermeiros do

trabalho, além de outros profissionais especializados, atuando preventivamente nos aspectos

relacionados à qualidade de vida no trabalho, e realizando exames médicos em diversas modalidades

em padrões superiores ao mínimo legal exigido.

Está sendo implantado o Programa de Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho - GSST, sistema de

controle para a eliminação de riscos existentes no ambiente, atendimento à legislação, treinamento,

padronização de atividades de risco, inspeções, estabelecimento de metas e campanha permanente, o

qual está em plena consonância com as Diretrizes da Organização Internacional do Trabalho - OIT.

Existe política definida para sua utilização, segundo a qual, em cada área de implantação, é realizado um

diagnóstico, seguido de planejamento, controle periódico da operação, verificação, análise crítica anual e

auditagem.

Com relação ao tratamento a empregados portadores de HIV/Aids, o controle de casos é feito

independentemente de idade ou função, através do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional -

PCMSO. Esse programa está em consonância com a NR7, do Ministério do Trabalho e Emprego, e com

as diretrizes da OIT. Os empregados portadores de HIV/Aids são acompanhados e recebem reembolso

de 90% dos gastos com medicamentos e 100% dos gastos com internamentos.

4.7.5 Segurança e Saúde de Contratados

Com o objetivo de reduzir o número de acidentes com terceiros, a Copel está desenvolvendo algumas

ações para prevenção de acidentes com a comunidade e com os contratados, dentre as quais destacam-

se:

• Programa de integração para empreiteiros no início de obras;

• Encontro de segurança com proprietários de empreiteiras;

• Encontro de segurança com eletricistas de empreiteiras;

• Encontro de segurança com eletricistas autônomos que prestam serviços de construção de

instalações elétricas;

• Parceria com o Senai para treinamento de eletricistas de empreiteiras;

• Inspeções de segurança periódicas;

• Fiscalização sistemática por parte da Copel tanto nos procedimentos como nas condições para

realização dos trabalhos; e

• Controle estatístico de acidentes.

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4.7.6 Segurança e Saúde de Clientes e Consumidores

A comunidade é diretamente impactada em questões de segurança, afetada devido à característica dos

serviços prestados pela Copel, que mantém programa permanente de palestras sobre prevenção de

acidentes com eletricidade, desenvolvido pelos próprios empregados, que atendem escolas,

cooperativas, associações, igrejas e comunidade em geral. As informações verbais são complementadas

com a distribuição de materiais explicativos como cartilhas, cadernos, réguas, jogo da memória e

afixação de cartazes.

Temas sobre segurança são veiculados nas faturas de energia, na Internet e, anualmente, nas

campanhas de verão no litoral paranaense. Mediante convênio firmado com a Secretaria de Estado da

Educação, foram treinados técnicos pedagógicos, representantes das Associações de Pais, Mestres e

Funcionários - APMF, e pais de alunos para serem multiplicadores nos seus núcleos estaduais. Outra

ação é a utilização dos “veículos da segurança” em eventos comunitários e em canteiros de obras, por

meio de convênio firmado com o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Paraná - CREA,

Sindicato da Indústria da Construção Civil - Sinduscon e Federação das Indústrias do Paraná - FIEP,

para a prevenção de riscos de acidentes na área da construção civil.

Na sua relação com a comunidade, a Copel conta com vários programas, campanhas e indicadores

relacionados à prevenção de acidentes, dentre os quais destacam-se:

• Calendário Rural - Foram distribuídos 340 mil calendários rurais para auto-leitura do medidor pelos

clientes da zona rural, nos quais são divulgadas recomendações de segurança e prevenção de

acidentes com energia elétrica;

• Kit-Escola - Campanha de Segurança na Comunidade para a Prevenção de Acidentes com

Eletricidade. Seu objetivo é informar sobre segurança no uso de energia elétrica de forma didática.

O Kit Escola é usado por 928 voluntários em todo o Paraná, todos empregados da Copel, sendo

composto por caderno, régua, jogo de memória e cartilha. Foram distribuídos, ao longo de 2005,

130 mil kits em 1.325 estabelecimentos de 261 municípios. Ao todo, 128.549 alunos tiveram acesso

ao material. A meta prevê que, em 2006, 142.906 alunos sejam beneficiados;

• Palestra "Prevenção de Acidentes com Eletricidade" para apresentação em eventos de segurança

em outras companhias do Paraná, quando por elas solicitada;

• Convênio com emissoras de rádio no Estado para divulgação de informes de prevenção de

acidentes com eletricidade;

• Participação em festas regionais (feiras agropecuárias, festas tradicionais, encontros de classe,

entre outros) com um estande para levar informações sobre os riscos da eletricidade para a

população;

• Envio de correspondências aos proprietários e locais que apresentam iminente risco de choque

elétrico; e

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

37

Controle estatístico de acidentes, com indicadores conforme apresentados a seguir:

Número de Acidentados (em acidentes de trabalho e de trajeto)

2004 2005 Meta 2006

Ocorrências Fatais Não fatais Total Fatais Não fatais Total Não Fatais

Empregados 0 167 167 0 154 154 106

Contratados e terceiros 5 74 79 2 63 65 53

Total Acidentados na Força de Trabalho

5 241 246 2 217 219 159

Comunidade 18 (1) (1) 22 (1) (1) (1)

Total Geral 23 241 246 24 217 219

(1)Valores não observados

Em 2005 não foi registrada ocorrência de não-conformidade com a legislação referente à saúde e

segurança do consumidor, incluindo penalidades e multas impostas por essas vi olações.

Com o propósito de se antecipar às demandas legais e regulamentares, a Copel mantém na sua

estrutura, área formal para prevenir possíveis ocorrências. As eventuais pendências e sanções referentes

aos requisitos legais e regulamentares, aos aspectos relativos ao comportamento ético e aos requisitos

contratuais são analisadas pelas áreas afins, tão logo notificadas.

4.8 Tecnologia da Informação

Em 2005, a área de Tecnologia da Informação da Copel voltou-se intensamente para a reestruturação

de seus proc essos, buscando, com isso, obter expressiva melhoria nos níveis de seus controles

internos. Esse esforço, alinhado intimamente às necessidades da Organização de adequar-se à Lei

Sarbanes -Oxley, envolveu cerca de 150 profissionais de TI, que trabalharam na remediação

de 64 controles, muitos dos quais já implantados e em operação.

Essas iniciativas, além de atenderem às exigências da legislação, têm trazido benefícios para a

Companhia, especialmente pelo fato de garantirem maior transparência e controle sobre os processos

de TI. Somando-se a essas ações, destaca-se a modernização dos sistemas que suportam a gestão de

consumidores da Companhia. Para isso, foi instituído o programa MOSAICo, que abrangerá os sistemas

ligados aos processos de faturamento, arrec adação, cobrança e atendimento comercial, além de ações

específicas de saneamento dos cadastros de consumidores e de medidores de energia.

Foi iniciado também o Programa de Migração do Software do Geoprocessamento da Copel - MigraGeo,

cujo prazo de execução previsto é de quatro anos e envolverá cerca de 90 profissionais.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

38

Paralelamente a essas atividades, a área continuou trabalhando intensamente na infra-estrutura de

redes, na melhoria do atendimento, na eficiência da operação, na manutenção e melhoria dos sistemas

legados e no parque de servidores, incluindo-se aí a troca do servidor central, o que significou aumento

de 16% na capacidade de processamento, além de permitir a utilização do sistema operacional de código

aberto Linux.

Com relação a seus recursos humanos, promoveu um processo de primarização de algumas atividades

como help-desk , impressão centralizada e operação de periféricos, com a conseqüente contratação de

mão-de-obra própria, além da alocação de novos empregados para as áreas de desenvolvimento,

suporte e produção, reforçando, dessa forma, a capacidade da área em atender com maior eficiência às

demandas da Empresa

4.9 Auditorias

4.9.1 Auditoria Interna

A auditoria interna da Copel orienta suas atividades segundo as normas estabelecidas pelo Institute of

Internal Auditors - IIA e o Instituto dos Auditores Internos do Brasil - Audibra e, em 2005, adotou a

definição instituída por esses institutos, estabelecendo que a Auditoria Interna auxilia a organização a

alcançar seus objetivos através da aplicação de uma abordagem sistemática e disciplinada para a

avaliação e melhoria da eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, de controle e de governança

corporativa.

Quanto ao gerenciamento de riscos e controle, segundo as normas do IIA/Audibra, a auditoria interna

auxilia a organização na identificação e avaliação de exposições significativas a riscos e da contribuição

para a melhoria contínua e manutenção destes sistemas.

Quanto a governança corporativa, estas normas estabelecem que auditoria interna deve avaliar e fazer

recomendações apropriadas para a melhoria do processo de governança corporativa, contribuindo para

promover a ética e valores apropriados dentro da organização, assegurar a gestão eficaz do

desempenho da organização e a responsabilidade por prestação de contas, comunicar de forma eficaz

as informações relacionadas a risco e controle e auxiliar a o estabelecimento de comunicação de

informações entre o conselho, os auditores externos e internos e administração.

Para atender a essas normas bem como aos objetivos definidos no mapa estratégico da Copel, de “Ter

padrões internacionais de governança, transparência e sustentabilidade” e “Aumentar o interesse dos

investidores pelas ações da Copel (aumentar rentabilidade e diminuir o risco dos acionistas)”, a Auditoria

Interna passou por importantes mudanças em 2005, relacionadas sucintamente a seguir:

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

39

• Passou a ser subordinada funcionalmente ao Comitê de Auditoria, composto por três conselheiros

independentes, e funcionalmente ao Diretor Presidente, o que garante maior objetividade e

independência das avaliações efetuadas pela Auditoria Interna;

• Deu continuidade ao seu processo de reestruturação, com o incremento de mais 8 profissionais em

sua equipe, totalizando 22 no final de 2005;

• Engajou-se no processo de adequação dos controles internos aos requisitos da Lei Sarbanes-Oxley,

seja auxiliando na coordenação do processo e dos trabalhos realizados pela consultoria contratada,

seja na execução dos testes dos controles;

• Auxiliou na criação do canal de comunicação confidencial do Comitê de Auditoria e executou

trabalhos de auditoria para apuração das comunicações confidenciais recebidas.

Quanto à emissão de relatórios de auditoria, aumentou de 27 em 2004 para 47 em 2005.

4.9.2 Auditoria Externa

Nos termos estabelecidos pela instrução CVM n° 381, de 14.01.2003, a Companhia e suas subsidiárias

integrais renovaram o contrato com a PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes para prestação

de serviços de auditoria das demonstrações financeiras. Desde sua cont ratação, aquela Empresa não

prestou serviços não relacionados à auditoria independente que superassem 5% do valor do contrato.

No relacionamento com os auditores independentes, a Companhia tem como ponto fundamental a não-

contratação de outros serviços de consultoria que venham interferir na independência dos trabalhos de

auditoria externa.

Para atendimento dos requisitos da Lei Sarbanes-Oxley, a partir de 2005, são auditadas as

demonstrações financeiras pela auditoria interna e externa. Como medida de governança, os processos

de auditorias internas são auditados pela auditoria externa.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

40

5. DESEMPENHO OPERACIONAL

5.1 Mercado

O consumo de energia elétrica faturado pela Copel em 2005, totalizou 18.696 GWh, representando um

crescimento de 3,6% em relação ao ano anterior. Incluindo-se, em 2004, os contratos com a Carbocloro e

a Volkswagen, encerrados ao final daquele ano, o mercado apresentou retração de 0,2%.

A classe residencial, que responde por 24,9% do mercado da Copel, cresceu 4,2% em 2005. Essa

melhoria pode ser verificada no indicador “consumo médio por consumidor residencial”, que foi de 151,4

kWh/mês em 2005, superando em 1,5% os números apresentados no ano anterior (149,2 kWh/mês). O

crescimento da classe decorre, principalmente, do aumento nas vendas de eletrodomésticos, em especial

aparelhos de DVD, televisores e computadores pessoais, após a ampliação na oferta de crédito ao

consumidor, ocorrida desde o ano passado.

A classe comercial, que representa 17,3% do mercado da Copel, apresentou o melhor desempenho entre

as principais classes de consumo, com crescimento de 6,8%. Esse bom desempenho resultou do cenário

positivo vivenciado pelo setor terciário. O comércio foi beneficiado pelo aumento nas operações de

crédito para pessoas físicas, aliado ao aumento no número de consumidores (2,5% superior ao

apresentado em 2004) e à abertura de alguns ramos do varejo, em especial centros comerciais, com

elevado padrão de consumo.

O crescimento de 5,2% verificado na classe rural se deve, principalmente, ao aumento no consumo

médio proporcionado pela elevação da renda do produtor, decorrente dos bons resultados verificados

nas safras de 2002/2003 e 2003/2004 e conseqüente aumento na capacidade de aquisição de

maquinários e de aparelhos elétricos.

O consumo da classe industrial, ao considerarmos somente o mercado cativo, apresentou queda de

9,3%, devido à transferência, em abril de 2005, dos consumidores livres para a Geração. Entretanto, o

consumo industrial total da Copel apresentou crescimento de 1,8% ao agregar os consumidores livres.

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41

Classes Consumo (GWh) Unidades Consumidoras

2005 2004 ∆% Participação 2005 2004 ∆% Participação

2005-2004 % 2005 2005-2004 % 2005

Residencial 4.653 4.467 4,2 24,9 2.561.066 2.495.584 2,6 78,6

Industrial Cativo 6.466 7.130 -9,3 34,6 53.256 50.032 6,4 1,6

Comercial 3.231 3.024 6,8 17,3 273.124 266.491 2,5 8,4

Rural 1.389 1.320 5,2 7,4 327.363 327.097 0,1 10,1

Outros 1.784 1.728 3,3 9,5 41.755 40.866 2,2 1,3

Total Distribuição Direta 17.523 17.669 -0,8 93,7 3.256.564 3.180.070 2,4 100,0

Industrial Livre - Geração 1.173 371 216,2 6,3 20 7 185,7 -

Total 18.696 18.040 3,6 100,0 3.256.584 3.180.077 2,4 -

Consumidor Livre fora da área de

concessão(1) - 696 - - - - - -

(1)Consumidores que encerraram contrato em Novembro de 2004

A Copel também forneceu energia a concessionárias dentro do Estado, totalizando 450GWh em 2005,

contra 484GWh em 2004, apresentando variação de –7,0%.

Consumo por Classe

Industrial40,9%

Residencial24,9%

Cativo84,6%

Rural7,4%

Comercial17,3%

Outros9,5%

Livre15,4%

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

42

Evolução do Número de Consumidores (em milhares)

2.937

3.011

3.095

3.256

3.180

2001 2002 2003 2004 2005

5.2 Tarifas e Política de Descontos

5.2.1 Reajuste Tarifário Anual

Por meio da Resolução Homologatória nº 130, de 20.06.2005, as tarifas de fornecimento de energia

elétrica da Copel foram reajustadas, a partir de 24.06.2005, em média de 7,80%, composto por 9,05%

referente aos componentes financeiros externos ao reajuste anual, menos 1,25%, correspondente ao

Índice de Reajuste Tarifário - IRT.

5.2.2 Política de Descontos

Desde o ano de 2003, a Copel vem praticando a política de oferecer descontos em suas tarifas, de modo

a incentivar o uso de energia elétrica, contribuir para o crescimento econômico do Estado pela atração de

novas indústrias, e, reduzir a inadimplência. No período compreendido entre 24.06 e 31.07.2005, a

Companhia decidiu manter as tarifas praticadas para os consumidores adimplentes. A partir de

1.08.2005, a Copel aplicou um reajuste médio de 4,4% sobre a tabela tarifária em vigor. O desconto

médio para os consumidores em dia passou a ser de 6,8% sobre os valores da Resolução nº130/2005.

O quadro a seguir apresenta os principais dados relativos aos reajustes tarifários e aos descontos, entre

2003 e 2005:

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

43

Data Reajuste médio autorizado pela

Aneel

Reajuste médio aplicado aos

consumidores adimplentes

Desconto médio

concedido

24. jun. 2003 25,27% - 20,20%

01. jan. 2004 - 15,00% 8,20%

24. jun. 2004 14,43% 9,00% 12,50%

01. fev. 2005 - 5,00% 8,20%

24. jun.2005 7,80% - 10,80%

01. ago.2005 - 4,41% 6,80%

5.2.3 Realinhamento Tarifário

No reajuste de junho de 2005, a Aneel cumpriu mais uma etapa do realinhamento tarifário determinado

pelo Decreto n.º 4.667/2003, visando reduzir os subsídios cruzados entre os diversos grupos de

consumo. Os reajustes aplicados foram maiores nos grupos tarifários de alta tensão do que nos de baixa

tensão. No caso da Copel, a baixa tensão teve uma redução de 0,05% enquanto o grupo de alta tensão

teve acréscimo de 15,25 %.

Tarifas médias de fornecimento por classe de consumo (em R$/MWh)

TARIFAS Dez 2005 Dez 2004 Variação%

Residencial 268,90 262,12 2,59

Industrial 171,68 139,74 22,86

Comercial 234,87 221,31 6,13

Rural 164,20 157,84 4,03

Outros 177,39 164,60 7,77

Fornecimento/Total 209,52 187,08 11,99

5.3 Inadimplência

A partir do período contábil de 2003, a Copel passou a calcular o Índice de Inadimplência do produto

Fornecimento de Energia Elétrica, utilizando a seguinte metodologia de cálculo:

Inadimplência (Percentual) = ? Débitos vencidos > 15 dias = 360 dias

? Faturamento no período 12 meses

Considera-se inadimplente o consumidor com débito vencido há mais de 15 dias, em conformidade com

o prazo de Aviso de Vencimento (Resolução Aneel nº 456/00).

Excluído dos débitos vencidos, o reconhecimento de perdas pela Companhia.

A queda do Índice de Inadimplência do Fornecimento de Energia Elétrica, de 2,3% em dezembro de

2004, para 1,8% em 2005, é conseqüência, principalmente, do recebimento de faturas vencidas e da

transferência para a reserva de valores incobráveis.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

44

Composição da Inadimplência do Fornecimento de Energia Elétrica (R$ milhões / %) :

114,0

92,1

97,5

106,8

110,4112,2

114,7

93,0

118,8

1,8%

2,3%2,4%

2,3%

2,6%

2,3%

2,5%

2,7%

2,3%

Dez/03 Mar/04 Jun/04 Set/04 Dez/04 Mar/05 Jun/05 Set/05 Dez/05

5.4 Qualidade da Energia

Os dois principais indicadores da qualidade do fornecimento são Duração Equivalente de Interrupções

por Consumidor -DEC e Freqüência Equivalente de Interrupções por Consumidor - FEC.

O DEC expressa o intervalo de tempo que, em média, cada consumidor do conjunto considerado ficou

privado do fornecimento de energia elétrica, no período de observação, considerando-se as interrupções

maiores ou iguais a três minutos.

O FEC exprime o número de interrupções que, em média, cada consumidor do conjunto considerado

sofreu no período de observação, considerando-se as interrupções maiores ou iguais a três minutos.

Segue um gráfico mostrando o histórico dos índices DEC e FEC da Copel nos últimos doze anos.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

45

DEC (em horas, centesimal de hora)

22,20

18,0716,53

13,4212,42

13,75 13,04

16,32

18,90

14,03 13,48

15,58

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

FEC (nº de interrupções)

23,86

19,9418,70

14,5513,39 13,44

12,46

15,7016,54

14,18 13,51

17,27

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

O índice DEC da Copel atingiu seu menor valor histórico no ano de 1999, enquanto o índice FEC

registrou o menor valor no ano de 2001.

Com o crescimento do sistema elétrico, influenciado fortemente pelo programa “Luz para Todos”, é

necessário que sejam realizadas constantemente ampliações e reforços nas redes, além da necessidade

de implantação de novas tecnologias visando atender ao mercado de forma satisfatória e otimizada.

A Copel, ao passar por um processo de privatização a partir de 2000, sofreu impacto, com a redução de

pessoal e de investimentos, o que aliado às condições climáticas adversas levou a uma condição

inadequada dos indicadores de 2002 e 2003.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

46

No início de 2003, a Companhia aprovou a criação de um Grupo de Trabalho responsável pela

proposição de ações para melhoria do sistema visando a redução dos índices relativos aos conjuntos de

consumidores.

Como resultado do primeiro trabalho do grupo, foi autorizada pela Diretoria da Empresa a liberação de

recursos suplementares na ordem de R$ 27 milhões, utilizados para execução de obras e ações de

manutenção no sistema.

Em 2004, também foram aprovados recursos suplementares para contratação de novas equipes que

contribuíram na manutenção do sistema com a realização de poda de árvores e roçada de faixas,

resultado que vem sendo refletido nos indicadores de 2005.

Em 2004 os indicadores DEC e FEC apresentaram melhoria significativa, seguido de novo ganho em

2005.

Para que esta tendência favorável possa ser mantida, serão necessárias ações continuadas de melhoria

do sistema, tanto no âmbito da manutenção quanto no de investimentos em obras.

5.5 Tempo Médio de Atendimento

Relativamente ao Tempo Médio de Atendimento - TMA percebe-se também uma melhora significativa a

partir de 2004 , passando a atingir o melhor tempo em 2005. Esta melhora no indicador é resultado de

um forte investimento da Copel na contratação de novos técnicos, eletricistas, com a abertura de novos

postos de atendimento, a partir de 2003.

TMA - Tempo Médio de Atendimento (em horas:minutos)

01:44

01:3501:33

01:19

01:33 01:32

01:26

01:32

01:37

01:1801:2001:21

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

47

5.6 Perdas

O índice de perdas de energia total da Copel foi de 8,3%, referente à energia total disponível. No cálculo

foram consideradas as perdas técnicas e comerciais, rede básica e contratos.

Embora as perdas comerciais na Copel sejam baixas, devido à tendência de crescimento, a Companhia

empreendeu algumas ações de caráter preventivo, como a criação de 50 equipes de inspeção

espalhadas em toda a área de concessão, a substituição do sistema de lacre de medidores e caixas de

medição e o desenvolvimento de um sistema para controle de todo o processo de inspeção, chamado

GD Medição.

A implantação do programa social Luz Legal - conduzido pela Copel em parceria com a Cohapar através

do fornecimento de energia elétrica de forma regular, até dezembro de 2005, beneficiou cerca de

2.650 consumidores. Contudo, tal iniciativa resultou em prejuízo comercial.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

48

5.7 Fluxo de Energia (em MWh)

O fluxo a seguir resume a disponibilidade e suprimento de energia elétrica comercializada pela Copel em

2005. Em disponibilidade apresentam-se a geração das usinas da Companhia e as demais aquisições

através de contratos de comercialização de energia no ambiente regulado, mecanismo de realocação de

energia, entre outros. Em suprimento, temos os requisitos estaduais, contratos iniciais, bilaterais e a

discriminação das perdas da Companhia.

Distribuição Direta 97,5% 17.523.500

47,0% Concessionárias 2,5% 450.193

45,9%

21,0%

21,7%

ITAIPU 4.682.888CIEN 3.504.400

ITIQUIRA 939.880OUTROS 1.225.669 CONTR. BILATERAIS 3.778.130

CCEE 1.318.112CONS. LIVRES 1.172.845CONTR. INICIAIS 35.040

16,1%26,5%

8,0%4,9%

DISTRIBUIÇÃO 1.804.169CCEE GER 185.485 REDE BÁSICA 1.084.416CCEE DIS 51.819 CONTRATOS 381.090

0,6% 8,3%

MRE

6.304.127

CONTRATOS

10.352.837

CCEE

DISPONIBILIDADE

18.435.773

17.973.693

MRE

1.932.319

8.488.030OUTROS CONTRATOS

3.269.675237.304

39.187.164

GERAÇÃO PRÓPRIA REQUISITO ESTADUAL

PERDAS E DIFERENÇAS

8.228.931

3.151.639

CCEAR - DIS

CCEAR - GER

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49

6. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

6.1 Resultado Operacional Líquido

O aumento na Receita Bruta de 22,9%, passando de R$ 5.544,3 milhões em 2004, para

R$ 6.816,1 milhões em 2005, é atribuído, principalmente, ao crescimento das receitas de:

1) Fornecimento de energia elétrica em 14,6%, em decorrência de:

• Aumento médio de 5% nas tarifas, devido a redução dos descontos concedidos aos consumidores

adimplentes, a partir de fevereiro;

• Aumento médio de 7,8% nas tarifas, conforme resolução 130/2005 - Aneel, a partir de julho, não

havendo repasse aos consumidores adimplentes neste mês; e

• Aumento médio de 4,4% nas tarifas, em decorrência da redução do desconto aplicado aos

consumidores adimplentes, a partir de agosto.

2) Suprimento de energia elétrica de 113,1%, representado pela comercialização de energia em leilões

a partir deste exercício.

3) Disponibilidade da rede elétrica em 27,8%, devido aos reajustes aplicados em fevereiro, julho e

agosto de 2005 e inclusões de novos clientes.

Nas deduções da Receita houve aumento de 21,3%, devido a constituição de ativo regulatório de

Pasep/Cofins em 2004, e sua realização à partir de julho de 2005, bem como acréscimo destes

repassados à tarifa, e ainda, ao ICMS decorrente do aumento de receita no período.

6.2 Despesas Operacionais

O aumento de 21,4% nas Despesas Operacionais, em comparação aos gastos de 2004, que foram

R$ 3.324,1 milhões contra os R$ 4.033,9 milhões em 2005, está relacionado principalmente ao

crescimento nas seguintes rubricas:

1) Taxas Regulamentares, com o acréscimo de R$ 71,2 milhões provenientes de:

• Conta de Desenvolvimento Energético - CDE acréscimo de R$ 48,1 milhões, devido ao aumento da

quota fixada pela Aneel, além de maior amortização em 2005 dos valores referentes à Conta de

Compensação da Parcela A - CVA.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

50

• Aumento de R$ 10,3 milhões na Conta de Consumo de Combustível - CCC. Este fundo subsidia os

custos de combustíveis fósseis para a geração termelétrica nos sistemas interligado e isolado. O

valor da cota é proporcional ao mercado atendido por cada empresa. O desembolso efetuado pelas

distribuidoras é repassado aos consumidores por meio das tarifas, rateadas entre estes no reajuste

tarifário anual ou na revisão tarifária periódica das empresas. A necessidade de uso dos

combustíveis fósseis para geração térmica é determinada com base no planejamento feito pelo

Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS. A receita de CCC é utilizada para financiar o

combustível da geração termelétrica.

2) Encargos de Uso da Rede Elétrica e de Transporte, com acréscimo de R$ 219,6 milhões em razão

do aumento tarifário em média de 9% em julho de 2005, da maior amortização neste exercício dos

valores referentes à Conta de Compensação da Parcela A - CVA , além da entrada de novos ativos

de transmissão no sistema interligado.

3) Pessoal, com crescimento de R$ 91,7 milhões, devido aos reajustes salariais de 6,5% e 5,9%,

ocorrido respectivamente em outubro de 2004 e outubro de 2005, ao aumento do quadro de pessoal,

e ao pagamento de adicional periculosidade, conforme acordo judicial no qual este adicional passou

a ser calculado sobre todos os itens que compõe a remuneração básica do empregado, bem como a

provisão e encargos correspondentes a este e os benefícios estabelecidos em ACT.

4) Energia Elétrica Comprada para Revenda, com aumento de R$ 472,4 milhões, em função da

aquisição de energia elétrica em leilão no montante de R$ 430,6 milhões, e o reconhecimento à

partir deste exercício da Conta de Compensação das Variações da Parcela A - CVA passiva de

energia no valor de R$ 43,2 milhões, motivada pela diferença entre o valor de compra e o valor

fixado no IRT de junho de 2005.

5) Com a consolidação da Compagas, a rubrica matéria-prima e insumos para produção de energia

elétrica refletem somente os valores de compra de combustíveis e outros insumos devidos a

terceiros. O acréscimo verificado deve-se, principalmente, à compra de gás para UEG Araucária,

referente ao período de janeiro a maio de 2005 (R$ 47,0 milhões), que deixou de ser eliminada,

como resultado das rescisões dos contratos entre Copel Geração e Compagas, e, da Compagas e

Petrobrás.

6) A rubrica tributos apresentou acréscimo de R$ 32,2 milhões decorrentes de autuações da Secretaria

da Fazenda Estadual em relação ao ICMS. Os valores foram objeto de parcelamento e inclusão no

programa de Refis Estadual e serão quitados no primeiro trimestre de 2006.

6.3 LAJIDA ou EBITDA

O Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização - LAJIDA, ou EBITDA, totalizou

R$ 1.148,5 milhões, superior em 26,1% ao apresentado em 2004 que foi de R$ 910,5 milhões, sendo que

sua margem foi 23,7%, 2,0% maior que em 2004.

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51

Rubrica Em 2005

R$ mil

Em 2004

R$ mil

Depreciação e amortização 328.906 308.910

Resultado das Atividades 819.600 601.637

• EBTIDA 1.148.506 910.547

Receita Operacional Líquida - ROL 4.853.536 3.925.774

• Margem do EBITDA %(1) 23,7 23,2

(1) Ebitda/Receita Operacional Líquida

Evolução do EBITDA:

437,3

910,5

1.148,5

14,1%

23,7%

23,2%

2003 2004 2005

6.4 Resultado Financeiro

Este resultado decresceu R$ 87,3 milhões em relação a 2004, devido à redução de R$ 31,3 milhões na

receita financeira e crescimento de R$ 56,0 milhões da despesa financeira. As principais variações foram:

• Redução das variações monetárias ativas em R$ 96,6 milhões, devido à menor variação do Índice

Geral de Preços - IGP-DI, o qual corrige o saldo do Repasse da Conta de Resultados a Compensar -

CRC ao Governo do Estado do Paraná;

• Decréscimo dos juros e comissões ativos de R$ 53,2 milhões, em decorrência da repactuação das

parcelas do CRC de dezembro de 2004;

• Aumento das multas contratuais em R$ 109,4 milhões, justificado pela contabilização das multas

referentes ao contrato de compra de gás;

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

52

• Crescimento de R$ 63,2 milhões dos encargos de dívidas, devido à apropriação de juros sobre

empréstimos, financiamentos e debêntures.

6.5 Endividamento

As dívidas de curto e longo prazo sofreram variações em 2005, devido a ingressos de recursos no

montante de R$ 809,2 milhões, sendo R$ 773,7 milhões na emissão de debêntures; às amortizações que

totalizaram R$ 771,3 milhões, dos quais R$ 395,6 milhões na liquidação do Eurobônus; e à queda do

dólar norte americano em 11,82%. Em 2004, as variações ocorreram em função dos ingressos que

totalizaram R$ 25,4 milhões, às amortizações no montante de R$ 386,3 milhões e à queda do dólar

norte-americano em 8,13%. Maiores detalhes constam das Notas Explicativas 19 e 20.

A evolução da dívida, composta de principal e juros está demonstrada no gráfico a seguir:

1.736,5

272,5

2.009,0

1.160,2

671,0

1.831,2

1.829,1

214,9

2.044,0

2003 2004 2005

Curto Prazo

Longo Prazo

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

53

6.6 Lucro Líquido

Em 2005, a Companhia obteve lucro líquido de R$ 502,4 milhões, sendo 34,3% maior que o obtido no

exercício anterior, de R$ 374,1 milhões. Tal resultado proporcionou a taxa de rentabilidade do patrimônio

líquido de 10,08% (lucro líquido ÷ (patrimônio líquido – lucro líquido)), representando aumento de 28,2%

em relação a 2004. Esse resultado é conseqüência do bom desempenho operacional, observado pelo

aumento de 36,2% no resultado das atividades em relação a 2004, ocasionado pelo crescimento de

todas as receitas operacionais. Além disso, a diminuição do provisionamento da compra de gás em

48,9% em relação a 2004 foi em decorrência da rescisão dos contratos entre Petrobrás, Compagas e

Copel.

6.7 Fluxo de Caixa

Em 2005, o fluxo de caixa operacional atingiu R$ 1.088,1 mil, apresentando uma variação positiva de

R$ 45,5 mil, quando comparado ao resultado de 2004. Tal crescimento demonstra o aprimoramento

alcançado no desempenho operacional da companhia.

Os recursos aplicados no ativo permanente totalizaram em 2005, R$ 672,3 mil, superando em

R$ 50,5 mil os investimentos realizados em 2004, que atingiram R$ 621,8 mil. Tais atividades de

investimento, líquidas das participações financeiras dos consumidores e da alienação de ativos,

representaram um montante de aplicação de caixa de R$ 628,7 mil, contra os R$ 564,8 mil investidos em

2004. A variação de R$ 63,9 mil reflete, basicamente, a ampliação do programa de investimentos na

atividade de transmissão, cujo crescimento foi de R$ 60,3 mil. As atividades de financiamento em 2005

contribuíram positivamente com o saldo de caixa. Tal acréscimo de R$ 139,3 mil, reflete, principalmente,

o ingresso de debêntures de R$ 773,7 mil, as amortizações de empréstimos de R$ 541,5 mil, bem como

o pagamento de dividendos de R$ 96,0 mil. Já em 2004, as atividades de financiamento utilizaram

R$ 308,7 mil de recursos de caixa. Tal redução reflete, basicamente, as amortizações de empréstimos de

R$ 204,0 mil e o pagamento de dividendos de R$ 42,6 mil.

Em 2004, a Copel iniciou suas atividades com um caixa de R$ 364,0 mil, obtendo um incremento de

R$ 169,0 mil durante o ano. Em 2005, considerando o conjunto das atividades, o incremento de caixa foi

bem mais expressivo, alcançando R$ 598,7 mil, que somados ao saldo inicial de R$ 533,1 mil atingiram o

montante de R$ 1.131,8 mil no final do exercício, o que viabiliza a continuidade das atividades

desenvolvidas pela companhia.

Em 2005

R$ mil

Em 2004

R$ mil

Variação

R$ mil

Saldo Inicial 533.092 364.030 169.062

Fluxo Operacional 1.088.063 1.042.534 45.529

Fluxo de Investimentos (628.707) (564.762) (63.945)

Fluxo de Financiamentos 139.318 (308.710) 448.028

Saldo Final 1.131.766 533.092 598.674

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

54

2005 2004 2005 2004

ATIVIDADES OPERACIONAISLucro líquido do exercício 502.377 374.148 502.377 374.148

Despesas (receitas) que não afetam o caixa:Provisão (reversão) para créditos de liquidação duvidosa - - 25.502 (63.987) Depreciação e amortização - - 328.906 308.910 Variações monetárias de longo prazo - líquidas 16.890 (4.175) (38.942) 29.491 Equivalência patrimonial (634.791) (420.132) (13.501) (5.849) Imposto de renda e contribuição social diferidos (9.692) 21.617 (38.363) 30.650 Provisões no exigível a longo prazo 17.187 7.000 216.321 156.322 Baixas de realizáveis a longo prazo - - 85 68.274 Baixas de investimentos - - - 18 Baixas de imobilizado em serviço - líquidas - - 24.233 13.688 Baixas de diferido 103 - Amortização de ágio em investimentos - - 4.808 4.808

(610.406) (395.690) 509.152 542.325

Variações no ativo circulanteConsumidores e revendedores - - (152.157) (22.795) Serviços executados para terceiros, líquidos - - (4.526) (1.945) Serviços em curso - 190 (6.511) (1.383) Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - - 29.428 118.640 Impostos e contribuições sociais a compensar (45.235) (19.502) (50.782) 31.295 Conta de compensação da "parcela A" - - 170.908 67.532 Ativo regulatório - Pasep/Cofins - - 41.538 - Cauções e depósitos vinculados (34.521) 2.839 Almoxarifado - - (5.958) (3.416) Outros créditos 724 8.132 1.002 72.275

(44.511) (11.180) (11.579) 263.042 Variações no passivo circulante

Fornecedores (160) (45) 314.780 332.281 Impostos e contribuições sociais 4.860 2.444 6.457 3.661 Folha de pagamento e provisões trabalhistas 15 (70) 23.858 12.194 Benefícios pós-emprego (14) 16 (123.525) (111.806) Conta de compensação da "parcela A" 36.897 - Taxas regulamentares - - (22.855) 14.022 Operações com derivativos - - (124.629) - Outras contas a pagar 16 (112) 51.943 (15.284)

4.717 2.233 162.926 235.068 Aplicações no realizável a longo prazo

Consumidores e revendedores - - (11.255) (1.859) Repasse CRC ao Gov. Est. Paraná - reclassificação do circulante - - - (170.149) Impostos e contribuições sociais a compensar - - (2.232) (11.407) Depósitos judiciais - (7.056) (19.826) (32.420) Coligadas e controladas (49.407) - - - Conta de compensação da "parcela A" - - (13.884) (111.937) Ativo regulatório - Pasep/Cofins - - (48.597) (80.426) Pagamentos antecipados de seguros - - (1.647) (1.271)

(49.407) (7.056) (97.441) (409.469) Nota: Demonstração em conformidade com o Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica, aprovado pela Resolução

Aneel nº 444/2001 publicada no D.O.U. em 29.10.2001.

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXAPara os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004

( Valores expressos em milhares de reais )

Companhia Consolidado

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

55

2005 2004 2005 2004ATIVIDADES OPERACIONAIS (continuação)

Redução do realizável a longo prazoResgate de depósitos judiciais e cauções - - - 25.000

- - - 25.000 Aumento do exigível a longo prazo

Coligadas e controladas - 261.762 - - Participações minoritárias nas controladas - - 22.628 12.420

- 261.762 22.628 12.420

Total das Atividades Operacionais (197.230) 224.217 1.088.063 1.042.534

ATIVIDADES DE INVESTIMENTOParticipações societárias:

Copel Transmissão S.A. (3.400) - - - Copel Participações S.A. (40.597) - - - Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. (ágio) - - - (22.815) Escoeletric Ltda (2.500) - Demais investidas - (324) (207) (794)

Alienação de investimentos - - 146 - Dividendos e juros sobre o capital próprio 333.907 17.886 3.797 9.109 Aplicações no imobilizado:

Em geração - - (20.957) (18.325) Em geração (Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A.) (225.091) (193.967) Em transmissão - - (148.869) (88.544) Em distribuição - - (241.114) (233.808) Em telecomunicações - - (23.666) (43.320) Em canalização de gás (Companhia Paranaense de Gás - Compagas) - - (9.169) (19.309) Instalações gerais - - - (3)

Contribuições do consumidor - - 39.675 47.925 Aplicações no diferido (752) (911) Doações e subvenções recebidas - - - -

Total das Atividades de Investimento 289.910 17.562 (628.707) (564.762)

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOEmpréstimos e financiamentos (417.495) (86.815) (475.511) (156.475) Debêntures 435.851 (101.239) 714.709 (101.239) Dividendos (98.734) (52.974) (99.880) (50.996)

Total das Atividades de Financiamento (80.378) (241.028) 139.318 (308.710)

TOTAL DOS EFEITOS NO CAIXA 12.302 751 598.674 169.062

Saldo inicial de caixa 3.281 2.530 533.092 364.030 Saldo final de caixa 15.583 3.281 1.131.766 533.092

Variação no caixa 12.302 751 598.674 169.062

Nota: Demonstração em conformidade com o Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica, aprovado pela Resolução Aneel nº 444/2001 publicada no D.O.U. em 29.10.2001.

Consolidado Companhia

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXAPara os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004

( Valores expressos em milhares de reais )

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

56

6.8 Valor Adicionado

A Demonstração do Valor Adicionado - DVA utiliza os mesmos dados da Demonstração do Resultado -

DRE para informar o quanto de riqueza uma empresa produziu, ou seja, o quanto adicionou de valor aos

seus fatores de produção e às partes interessadas. Porém, enquanto a DRE tem como principal motivo a

apuração do lucro para o acionista, a DVA tem como objetivo demonstrar como a riqueza produzida foi

distribuída entre os empregados, governo, acionistas, financiadores de capital e, ainda, o quanto desta

ficou retida na empresa. É também bastante útil do ponto de vista macroeconômico, uma vez que,

conceitualmente, o somatório dos valores adicionais ou agregados de um país representa o seu Produto

Interno Bruto - PIB. A DVA, apresentada juntamente com as demonstrações contábeis neste relatório,

encontra-se em conformidade com a NBC T 3.7, aprovada pela Resolução CFC nº 1.010, de 21.01.2005.

No exercício de 2005, o Valor Adicionado Total - VAT ficou 22,2% acima do ano anterior, o que

corresponde a R$ 776,2 milhões, representando 62,8% da receita bruta e demonstrando o desempenho

da Companhia na geração interna de recursos.

Além disso, merece destaque o valor que a Companhia distribui para o governo, fomentando a economia

do Estado do Paraná em cerca de R$ 2,4 bilhões, decorrente do recolhimento de impostos, da

remuneração dos empregados, do lucro retido na Companhia e da participação acionária do Estado,

representando 55,8% do valor total distribuído pela Copel de R$ 4.278,9 milhões, este valor ultrapassa

em R$ 379,7 milhões o verificado no exercício de 2004.

Valor aproximado de ingresso na economia do Estado

Rubrica Em 2005

R$ mil

Em 2004

R$ mil

• ICMS 1.373.494 1.175.935

• Outros Impostos (Estaduais e Municipais) 37.653 4.637

• Pessoal (Não inclui INSS) 558.908 523.455

• Lucros retidos 379.382 278.087

• 31,1% da Remuneração do capital próprio(1) 38.251 29.875

Total 2.387.688 2.011.989

(1)Percentual equivalente a participação do Governo do Estado do Paraná

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

57

Distribuição do Valor Adicionado - 2005

FINANCIADOR11,9%

ACIONISTA12,1%

PESSOAL13,1%

GOVERNO62,9%

Federal47,6%

Estadual e Municipal

52,4%

A DVA na íntegra encontra-se contida neste relatório, juntamente com as demais demonstrações

contábeis

6.9 Desempenho do Preço das Ações

Os papéis da Companhia são listados nos mercados Brasileiro, Americano e Europeu e, em 2005,

alcançaram seu melhor desempenho em relação aos índices daqueles mercados desde 1997, ano em

que houve aumento do capital social, mediante o lançamento de novas ações PNB no Brasil e nos

Estados Unidos.

O bom desempenho das ações foi registrado nos três mercados. Na Bovespa, as ações ON fecharam o

período cotadas a R$ 14,95, com valorização de 52,55%; as ações PNA a R$ 17,02, com valorização de

68,02%, e as PNB a R$ 17,99, com valorização de 55,09%, enquanto o índice Ibovespa valorizou

27,71%. Na NYSE as ações ON (ELPVY), a US$ 6.30, com valorização de 85,29%, e as PNB (ELP), a

US$ 7.53, com valorização de 68,46%, já o índice Dow Jones desvalorizou 0,61%. Na Bolsa de Madri, as

ações PNB (XCOP), a € 6,38, com valorização de 98,75%, enquanto o índice Latibex valorizou 83,94%

no período.

• A seguir apresentamos gráficos com a valorização das ações da Copel em 2005:

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

58

No Mercado Brasileiro

ON

dez/04 mar/05 jun/05 set/05 dez/05

PNA

PNB

IBOVESPA

Copel

No Mercado Americano

dez/04 mar/05 jun/05 set/05 dez/05

ELPVY

ELP

DOW JONES

Copel

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

59

No Mercado Europeu

dez/04 mar/05 jun/05 set/05 dez/05

XCOP - Copel

LATIBEX

6.10 Valor Econômico Agregado - VEA ou EVA

O Valor Econômico Agregado - VEA ou EVA representa o lucro econômico, ou seja, o quanto a empresa

agregou de riqueza com o capital empregado em suas operações, após remunerar esse mesmo capital.

A Copel vem mantendo nos últimos anos bom Retorno Operacional dos Investimentos - ROI, ficando em

2005, com uma taxa de 11,82%. Este foi o principal fator a colaborar com agregação de valor para o

acionista da ordem de R$ 89,3 milhões. Esta variação de VEA, correspondente a R$ 24,0 milhões em

relação a 2004, sinaliza que a Companhia está efetivamente voltada para a criação de valor através da

recuperação de investimentos efetuados em outros exercícios, os quais agora estão em operação.

A taxa de 12% para remunerar o capital próprio foi mantida por se adequar aos padrões do setor elétrico

brasileiro e para um índice beta de 1,07.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

60

Consolidado

2005 2004

1. Vendas 6.816,1 5.544,3 2. Custos e Despesas operacionais (5.996,5) (4.942,7) 3. Resultado de Equivalência (13,5) (10,3) 4. Receitas Financeiras 396,3 427,5 5. IR e CS sobre os lucros gerados pelos ativos (408,8) (346,4) 6. Lucro operacional gerado por ativos líquido de tributos 793,6 672,4

7. Margem Operacional ( 6 ÷1 ) 0,1164 0,1213

8. Capital de Terceiros 2.044,1 1.831,3 9. Capital Próprio 4.670,2 4.210,9

10. Investimento a Remunerar - ( 8 + 9 ) 6.714,3 6.042,2

11. Giro do Investimento ( 1 ÷ 10 ) 1,0152 0,9176

12. Retorno Operacional dos Investimentos - ROI ( 7 x 11) 11,82% 11,13% ou ROI em R$ milhões 793,6 672,5

13. Despesas Financeiras Brutas ref. capital de terceiros 217,8 154,6 14. Economia Tributária (74,0) (52,6) 15. Despesas Financeiras Líquidas ref. Capital de Terceiros ( 13 - 14 ) 143,8 102,0

16. Tx. Média de Remuneração do capital de 3ºs 7,03% 5,57%líquida efeito tributário (15 ÷ 8)

17. Participação do Capital de Terceiros ( 8 ÷ 10 ) 30,44% 30,31%

18. Tx. remuneração capital do capital próprio 12,00% 12,00%considerando Beta 1,07

19. Participação do Capital Próprio ( 9 ÷ 10 ) 69,56% 69,69%

20. Custo Médio Ponderado de Capital - CMPC ( 16 x 17 + 18 x 19 ) 10,49% 10,05% ou CMPC em R$ milhões 704,3 607,2

21. Ativo Operacional Líquido 10.122,0 9.075,5 22. Passivo de Funcionamento (3.407,7) (3.033,3) 23. Investimento a Remunerar 6.714,3 6.042,2

VEA ou EVA ( 12 - 20 x 23 ) 89,3 65,3

Melhora no VEA em 2005 24,0

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ECONÔMICO ADICIONADO - VEA ou EVAEm 31 de dezembro de 2005 e de 2004

(Valores expressos em milhões de reais)

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

61

7. DESEMPENHO AMBIENTAL

A gestão ambiental corporativa da Copel é liderada por um comitê específico, cuja atribuição é de

contribuir no planejamento estratégico da Companhia quanto às questões ambientais e representá-la nas

suas relações interinstitucionais, subsidiando estudos, planos e relatórios relacionados ao setor de

energia elétrica ou ao Sistema Interligado Nacional - SIN.

Dentre os assuntos tratados nas reuniões do Comitê no ano de 2005 destacam-se: a) formação de um

grupo de trabalho para tratar de auditoria ambiental; b) comunicação dos assuntos correlatos ao meio

ambiente na internet e intranet às partes interessadas; e c) análise e tendências da implementação de

um Sistema de Gestão de Sustentabilidade na Copel e indicadores de meio ambiente por meio da

formação de um subcomitê.

7.1 Materiais

Para identificar os materiais utilizados em seus processos, a Copel listou 252 naturezas principais para a

geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e telecomunicações. Está previsto para o ano

de 2006, que esses materiais serão separados em classes de uso administrativo, de operação e de

manutenção dos equipamentos que a empresa utiliza em suas atividades, assim como suas respectivas

quantidades.

Com relação ao uso interno de papel, a tabela a seguir demonstra sua evolução nos últimos dois anos:

Papel A4 Consumo em 2005 Consumo em 2004

Folhas 41.413.000 41.501.000

Resmas 82.826 83.002

Formalmente não foi estabelecido processo interno de utilização de materiais reciclados ou recicláveis,

ainda que exista uma perspectiva de difundir-se pela Companhia a utilização de papel reciclado, que

possui em sua composição um percentual de papel pós-consumo proveniente da coleta seletiva.

7.2 Energia

Considerando o consumo de energia de fonte primária para produção de energia elétrica, o consumo de

carvão mineral na Usina de Figueira, atualmente terceirizada, é apresentado a seguir:

Energia de Fonte Primária Consumo em 2005 Consumo em 2004

Carvão mineral ( Τ ) 74.138,992 66.402,591

Carvão mineral (MWh) 81.741 MWh 73.211 MWh

Carvão mineral (joules) 2,942676 x 1014 2,635596 x 1014

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

62

Como iniciativa para o consumo próprio, objetivando reduzir a demanda suprida pelo sistema de

distribuição, atuando como o sistema “no break” para alimentar o Centro de Processamento de Dados, a

Copel desenvolveu projeto com parceiro, utilizando a célula a combustível como fonte de energia. Para

operá-la, utiliza-se gás natural (CH4). Seu desempenho está demonstrado a seguir:

2005 2004

Consumo de CH4 (m3) 126.000 6.900

Geração de Energia (kWh) 420.000 23.000

Geração de Energia (joules) 151,2 x 1010 8,28 x 1010

Além disso, a célula gera energia térmica em aproximadamente 1 kWh (3600 joules) térmico para

cada kWh elétrico gerado, que é utilizado atualmente para aquecer a água utilizada no refeitório. Devido

ao consumo relativamente pequeno de água quente, em torno de 10% em relação à energia térmica total

produzida pela célula, o restante é dissipado no ambiente pelo sistema resfriador do equipamento.

Os registros da Companhia, atualizados até novembro de 2005, demonstram que a Copel consumiu para

as suas próprias operações, 20.049 MWh com uma variação de aproximadamente 0,3%, consumo

equivalente a 7,21764 x 1013 Joules. Maiores detalhes sobre valor do consumo próprio, constam da Nota

Explicativa 38.

7.3 Água

O consumo total de água da Companhia é demonstrado no quadro a seguir:

2005 2004 Consumo de Água

Quantidade (m3) R$ mil Quantidade (m3) R$ mil

267.573 875 262.961 800

As atividades inerentes aos negócios da Copel não interferem nas zonas úmidas listadas pela

Convenção Ramsar assim como o consumo de água não afeta os ecossistemas/habitats. Possivelmente

esta interferência ocorre de modo indireto ao utilizar-se da água de abastecimento das companhias de

água e saneamento do Estado do Paraná.

A Copel não recicla suas águas servidas em nenhum caso de utilização administrativo/doméstico

(cantinas, restaurantes, cozinhas, banheiros) e do ponto de vista industrial de geração de energia

elétrica, ocorre simplesmente um turbinamento da água represada nos reservatórios, portanto, não

considera este recurso como água de consumo.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

63

7.4 Biodiversidade

A localização e o tamanho das terras pertencentes à Companhia no que se refere as suas atividades de

geração constam das tabelas a seguir:

Usinas

(Instalação)

Área

Total

(Em ha)

Área

Alagada

(Em ha)

Área situada em Habitat Rico em

Biodiversidade

(Em ha)

• Apucaraninha 137,3 50,0 - -

• Cavernoso 10,3 - - -

• Chaminé - Usina 3.513,4 5,0 3.508,4 Usina de Chaminé(1)

• Chaminé - Vossoroca 1.080,3 1.016,3 64,0 Represa de Vossoroca(1)

• Chopim I 4,8 - - -

• Figueira 47,8 - - -

• Foz do Areia 15.184,6 12.248,6 - -

• GPS 2.764,2 1.622,3 1.141,9 -

• Guaricana 816,6 434,5 382,1 Usina de Guaricada(1)

• Foz do Chopim 292,8 8,3 - Aeroporto

• Melissa 9,3 - - -

• Marumbi(1) - - 23,0 -

• Mourão 1.856,9 1.296,9 - Parque Estadual Lago Azul

• Pitangui 30,4 0,3 - -

• Salto do Vau 143,0 - - -

• São Jorge 476,7 426,1 - -

• Segredo 9.378,1 5.578,9 - -

• Três Bocas 123,0 - - -

Total 35.869,5 22.687,2 5.119,4 - (1)Áreas de relevante interesse ecológico, ainda sem uma proposta de aproveitamento definido

Um estudo mais recente, constante na próxima tabela, apresenta as áreas de propriedade da Copel

localizadas em unidades de conservação, baseado no Sistema Nacional de Unidades de Conservação -

SNUC:

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

64

Classificação SNUC Municípios Área

(Em ha)

São José dos Pinhais e Tijucas do Sul 3.513,34

São José dos Pinhais e Guaratuba 8.798,70

APA Estadual de Guaratuba

Guaratuba, Morretes e São José dos Pinhais 812,14

Ponta Grossa e Carambeí 88,72

Uni

dade

de

Uso

S

uste

ntáv

el

APA Estadual da Escarpa Devoniana

Castro 40,10

Total 13.253,00

Parque Estadual Pico do Marumbi Morretes 225,98

Parque Estadual Pico do Paraná Antonina 865,18

Parque Estadual do Lago Azul Campo Mourão e Luiziana 1.827,36

Estação Ecológica Tia Chica Candói e Reserva do Iguaçu 423,12

Estação Ecológica Rio dos Touros Pinhão 1.231,06 Uni

dade

de

prot

eção

inte

gral

Parque Estadual Rio Guarani Três Barras do Paraná 2.235,00

Total 6.807,70

TOTAL GERAL 20.060,70

Como meta para 2006, serão identificados os imóveis pertencentes e administrados pela Companhia

localizados em habitats ricos em biodiversidade nas demais atividades. Em 2005 os impactos ambientais

ocorridos sobre a biodiversidade não foram significativos e estão associados aos novos

empreendimentos da transmissão de energia.

Na construção de subestações, de acordo com a avaliação ambiental realizada para cada um dos

empreendimentos, as obras não impactam a flora e a fauna local, pois as áreas são basicamente

urbanas, apresentando baixa capacidade para sustentar as espécies nativas.

Quanto à construção de linhas de transmissão, a supressão da vegetação nativa acontece na faixa de

segurança, entre 30 a 60 metros de largura e geralmente o impacto não é significativo, já que o traçado

da linha é submetido a estudos ambientais que visam minimizá-lo.

A quantidade total de terras, sejam próprias e/ou arrendadas para atividades produtivas da Copel, é:

Produto Imóveis

(Quantidade)

Área

(Em hectares)

Geração de energia 5.137 65.708,39

Transmissão de energia 13.237 6.495,22

Telecomunicações 51 0,82

Total 18.425 72.204,43

Possui como meta para 2006, identificar o número total de imóveis pertencentes ou administrados pela

Companhia, utilizados nas áreas de geração e transmissão de energia e de telecomunicações.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

65

De forma generalizada, pode-se afirmar que a Copel não possui áreas impermeabilizadas em habitats

ricos em biodiversidade e não houve mudança nos habitats naturais resultantes das atividades e

operações em 2004 e 2005.

Além disso, a Companhia tem como meta identificar e descrever os impactos de suas atividades em

áreas protegidas ou sensíveis, definidas pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Paraná - SEMA,

até dezembro de 2007.

A Copel, desde 2004, está coordenando um projeto de avaliação e recuperação ambiental da Área de

Proteção Permanente - APP do Pólo do Atuba, que abriga atividades administrativas, de almoxarifado,

manutenção, estocagem e manuseio de equipamentos com óleos minerais, e tem como meta concluir

este trabalho até julho de 2009. O objetivo é promover a descontaminação do solo por hidrocarbonetos,

que está inserido no programa que prevê o tratamento de biorremediação e adequação das áreas

operacionais.

Foi realizada pesquisa no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada no Estado do Paraná e das espécies que,

também, constavam na Lista Vermelha da UICN. Espécies ocorrentes em áreas do Paraná onde a Copel

não possui atividades de geração e transmissão, como em águas marinhas, restingas, mangues e outros

ecossistemas, não foram inseridas no estudo, tampouco as espécies que ocorrem em localidades muito

restritas, onde a Companhia também não desenvolve essas atividades.

Considerando a existência de quatro usinas hidrelétricas na Serra do Mar, além de linhas de transmissão

relacionadas, em um ambiente conhecido por sua biodiversidade, tem-se ampliado o número de espécies

das Listas Vermelhas com habitats em áreas afetadas pelas operações da Companhia. Dessa forma,

estima-se que 48 espécies de vertebrados possuem como habitat a área dessas usinas.

A Copel possui algumas linhas de transmissão com áreas sensíveis ao seu redor, no entanto, estes

levantamentos não estão concluídos.

A meta para 2007 é localizar e identificar as unidades da Companhia tendo como base o Zoneamento

Econômico Ecológico - ZEE elaborado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente.

A Copel considera como áreas sensíveis, aquelas que devem ser prioritárias nos processos de

conservação ambiental, bem como aquelas onde se deve estabelecer uma restrição na utilização,

podendo ser consideradas:

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

66

• Áreas de Preservação Permanente, definidas pelo Código Florestal Brasileiro - Lei nº 4.771/65 e

alterações subseqüentes - Lei nº 7.803/89, Medida Provisória 2166-67/2000, Resoluções CONAMA

302 e 303/2002.

• Unidades de Conservação, tanto as Unidades de Proteção Integral - Estação Ecológica, Reserva

Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural e Refúgio da Vida Silvestre - quanto as de Uso

Sustentável - Área de Proteção Ambiental - APA, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta

Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de Fauna, Reserva do Desenvolvimento Sustentável e

Reserva Particular do Patrimônio Natural - definidas pela Lei nº 9.985/2000.

Existem outras áreas, que sob ponto de vista técnico, podem ser consideradas sensíveis, devendo ter

uma restrição legal para uso e ocupação, tais como grandes áreas do Vale do Ribeira, onde o solo

existente possui uma maior susceptibilidade a processos erosivos dependendo do uso ao qual é

destinado. Porém, devido à falta de definição legal, além de ausência de mapeamento adequado destas

áreas, optou-se por considerar apenas as áreas protegidas pela legislação ambiental vigente.

7.5 Emissões, Efluentes e Resíduos

A unidade de produção termelétrica de Figueira emitiu em 2004, 147.189 toneladas de CO2 (gás

carbônico) em 2005, 164.338 toneladas obtidas através de estimativa da emissão.

A Copel possui como meta monitorar a emissão dos demais gases causadores de efeito estufa a partir de

2006.

As emissões de CO2 pela frota própria da Copel apresentamos a seguir:

2005 2004 Combustível

Quantidade Emissão CO2 (Τ ) Quantidade Emissão CO2 (Τ )

Gasolina (l ) 3.334.920 7.237 3.265.043 7.085

Álcool (l ) 322.127 445 164.762 227

Gás Natural (m3) 42.046 82 53.042 104

Diesel (l ) 3.217.656 8.430 3.083.386 8.078

Total 16.194 15.495

O cálculo de emissão de CO2 foi realizado considerando: Gasolina (BR c/22% de etanol) = 2,17 KgCO2/litro; Álcool = 1,38 KgCO2/litro; Gás Natural = 1,96 KgCO2/m3; e Diesel = 2,62 Kg CO2/litro

A Companhia possui grande quantidade de equipamentos de refrigeração, tais como: refrigeradores,

freezers, aparelhos de ar-condicionado de ambiente e de carros, que contêm compostos cloro-flúor-

carbonados - CFCs, agressivos à camada de ozônio.

A meta é realizar um levantamento do número de unidades e identificar os equipamentos de todas as

áreas da Companhia, até dezembro de 2006.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

67

As emissões de Óxidos de Nitrogênio - NOx e Dióxido de Enxofre - SO2, somente ocorrem na Usina

Termelétrica de Figueira. Em 2005, a UTE Figueira emitiu 716 toneladas de NOx e 14.151 toneladas de

SO2. O cálculo foi estimado baseado em medições pontuais no processo de automonitoramento. A

medição dessas emissões é realizada semestralmente como requisito da renovação da licença de

operação da usina.

Quanto às emissões veiculares de NOx e Óxidos de Enxofre - SOx por motores diesel, pela mesma fonte,

está sendo pesquisado seu método de determinação.

A Gestão Corporativa de Resíduos é um programa iniciado em 2005 que tem como meta em médio e

longo prazos dar um encaminhamento ambientalmente adequado para todos os resíduos industriais e

administrativos/domésticos gerados na Copel. Ou seja, zero de resíduos impactando o meio ambiente.

Em setembro de 2005 foi realizada a 1ª Oficina de Gestão Corporativa de Resíduos, onde compareceram

representantes de várias áreas da Copel, que culminou com apresentação das diretrizes da Gestão

Corporativa de Resíduos para toda a Companhia.

Duas grandes cidades paranaenses, Cascavel e Londrina, já estão à frente na destinação adequada aos

resíduos das podas de árvores. A poda é necessária para evitar curtos-circuitos e interrupções no

fornecimento de energia, quando galhos podem entrar em contato com a rede elétrica.

Enquanto na maior parte do Estado os resíduos das podas ainda são destinados, por decisão das

prefeituras, a lixões e aterros sanitários, em Londrina, um acordo entre a Secretaria de Meio Ambiente do

Município, a Copel e uma empresa de trituração de resíduos estão dando novo destino a troncos, galhos

e folhas desde agosto de 2005.

No processo de limpeza do local onde a poda foi realizada, os resíduos são encaminhados para

trituração e posterior venda, para utilização em fornos industriais e panificadoras, por exemplo. A medida,

além de reduzir o volume de resíduos, evita que centenas de árvores sejam cortadas para servir de

combustível em indústrias. Para se ter uma idéia, Londrina conta com cerca de 40 mil árvores que estão

sob rede e devem ser podadas. Anualmente, só a poda dessa cidade, gera

aproximadamente 624 toneladas de resíduos. Considerando que uma árvore pesa em média 1 tonelada,

cerca de seis centenas de árvores deixam de virar lenha a cada ano.

Já a cidade de Cascavel destina seus resíduos à produção de adubos e fertilizantes. Algo em torno de

10% da poda, de um total de 20 mil árvores, tem sido encaminhado nos últimos dois anos para uma

dessas empresas, a pedido da Prefeitura. A companhia de adubos e fertilizantes retribui com ações

sociais junto a entidades assistenciais da cidade. Essa experiência já está se estendendo para o

município de Maringá.

Segue a relação dos resíduos gerados nas atividades de manutenção e operação nas 17 usinas

hidrelétricas, identificados por tipo, quantidade e destino.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

68

Tipo Quantidade Destino

Alumina ativada 200 quilos Co-processamento

Cunhas de fibra de vidro 400 quilos Co-processamento

Gaxeta de amianto 720 quilos Reciclagem

Mercúrio 10 quilos Reciclagem

Óleo Isolante 600 litros Re-refino

Óleo lubrificante 600 litros Re-refino

Resíduo líquido mix 2.560 Co-processamento

Resíduos sólidos contaminados 15.870 quilos Co-processamento

Sílica gel 765 quilos Co-processamento

Tintas 600 quilos Co-processamento

O controle dos resíduos industriais classe II (não-perigosos) da Copel é realizado pelos almoxarifados

que armazenam os resíduos oriundos do sistema de distribuição, direcionando-os para venda através de

leilões duas vezes ao ano.

Os dados sobre o leilão realizado em 2005 constam da relação abaixo. O material leiloado é destinado

para fins de reciclagem e/ou re-utilização por parte dos interessados participantes dos leilões.

Qtde Un Descrição dos Materiais Material

34.855 kg Cordoalhas diversas, sucata Aço

4.785 kg Alumínio misto diverso, sucata Alumínio

6.796 kg cobre e bronze mistos diversos, sucata Cobre e Bronze

120.297 kg Ferro comum, aços galvanizados diversos, sucata Ferro

44.162 kg Diversos materiais de metal, vidro Metal

7.115 kg Pré-formados diversos, sucata Metal, Alumínio

148 kg Isoladores diversos, sucata Porcelana, Vidro

8.441 m Postes e cruzetas de concreto - abalroados, sucata Concreto

7100 pç Bobinas e cruzetas de madeira, sucata Madeira

770 pç Postes de madeira Madeira

900 l Óleo lubrificante usado com impurezas Óleo

2.850 kg Plásticos e borrachas diversos, sucata Plástico

1513 pç Pneus usados diversos Pneus

2800 kg Cabos de fibra óptica, sucata

5867 kg Equipamentos de telecomunicação diversos, sucata Diversos

4462 pç Transformador

6695 kg Equipamentos de informática diversos Informática

97 pç Equipamentos de informática diversos Informática

120 pç Extintores diversos, sucata Diversos

32 pç Radio VHF incompleto Diversos

25 pç Motores de geladeira e bombas Motor Base de dados: Leilão Público realizado no 2º semestre de 2005

O tratamento dado aos resíduos industriais classe I (perigosos) é diferenciado por tipo de resíduos.

Dentre os que estão em início de gerenciamento, os principais são: óleo mineral isolante, sólidos

contaminados com óleo mineral, ascarel, lâmpadas com mercúrio, baterias e pilhas.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

69

Os óleos minerais isolantes são manuseados pelos almoxarifados das regionais e do Pólo do Atuba, e

também pelas turmas de manutenção de redes que adotam procedimentos padronizados para evitar

derramamento quando da retirada e transporte de equipamentos com defeito. A quantidade é de

aproximadamente 354 toneladas ao ano. O destino desses óleos é a regeneração em processos

industriais, sendo esporadicamente aproveitados nas regionais.

Os sólidos contaminados com óleo mineral, depositados no almoxarifado central, são oriundos

basicamente dos serviços de regeneração de óleo. Até 2005, 58 tambores estavam armazenados

aguardando um encaminhamento ambientalmente adequado, como o co-processamento em fornos de

fábricas de cimento.

O ascarel vem sendo sistematicamente eliminado na Copel através da substituição de todos os seus

equipamentos atualmente cadastrados, que se encontram nas redes e subestações de distribuição. A

quantidade atual é de 12,14 toneladas, acumulada nos últimos anos. O destino é a incineração em

condições especiais com tocha de plasma a altas temperaturas para evitar que os produtos das

emissões, altamente tóxicos, poluam mais o meio ambiente do que o próprio ascarel.

A quantidade total de ascarel, retirado das usinas e subestações em 2005, em função da troca de

equipamentos, e que será transportado em 2006 é de aproximadamente 32 toneladas, sendo

30 toneladas na Geração e 2 toneladas na Transmissão.

Quanto às lâmpadas contendo mercúrio, anualmente são realizadas licitações para contratação de

companhia especializada em dar uma destinação adequada. A quantidade média anual é de

aproximadamente 6.500 lâmpadas encaminhadas à descontaminação do mercúrio e reciclagem dos

demais materiais.

Quanto às baterias e pilhas, estudos estão em andamento para qualificar companhias em condições de

prover as destinações adequadas. Atualmente estão armazenadas 3.052 baterias e 16.063 pilhas,

acumuladas longo de alguns anos.

A quantidade de papel reciclado em 2004 e 2005 foi de 96.070 kg e de 128.040 kg, respectivamente.

Segundo o “Manual de Coleta Seletiva”, elaborado pela Secretaria do Meio Ambiente - Governo do

Estado de São Paulo, a reciclagem de uma tonelada de papel evita o corte de 15 a 20 árvores,

economiza 50% de energia elétrica e 10 mil m3 de água. Desse modo, em 2004 a Copel evitou o corte

1.920 árvores, com economia de 960 m3 de água. Em 2005, foram poupadas 2.560 árvores com

economia de 1.280 m3 de água.

Realizou-se sistematicamente o monitoramento da descarga de efluentes industriais, em vários pontos de

cada uma das usinas hidrelétricas e térmicas da Companhia, cujos resultados encontram-se dentro dos

limites estabelecidos na Resolução Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA 357.

Os parâmetros físico-químicos analisados são: ferro, chumbo, cobre, manganês, mercúrio, pH, óleos e

graxas. Os parâmetros microbiológicos analisados são: demanda química de oxigênio - DQO, demanda

bioquímica de oxigênio - DBO, coliforme fecal e coliforme total.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

70

Na Copel os derramamentos não são significativos. Ocorrem de forma pontual em função de defeitos em

equipamentos que comportam pequena quantidade de óleo isolante. Os eventuais casos de ocorrência

são atendidos pelas equipes de emergência e manutenção de redes das regionais, que utilizam

metodologias aprovadas para evitar o derramamento durante a retirada e transporte.

Como meta para 2007, a Copel identificará todos os derramamentos de produtos químicos ocorridos, tais

como o de óleos e combustíveis nas instalações da transmissão, quando então será concluído o

diagnóstico para os licenciamentos ambientais.

Não foram detectados nem previstos nos processos, estudos, projetos e programas da Copel, emissão

indireta de gases causadores do efeito estufa.

7.6 Concordância com os Aspectos Legais

A Companhia mantém um cadastramento das multas ambientais sofridas pela Copel Distribuição, as

quais sempre foram tratadas diretamente pelas Regionais. Tais autuações são eventuais e de montante

financeiro pouco significativo. Apesar disso, há previsão de se incluir no Planejamento Estratégico, na

função Meio Ambiente, um controle da quantidade de multas/autuações/embargos. Ressalte-se, ainda,

que estão sendo desenvolvidas ações para dialogar com os órgãos ambientais, através da elaboração do

Manual de Instruções Técnicas de Meio Ambiente - Áreas Verdes, elaboração de folder de orientação,

dentre outras atividades.

As demais subsidiárias – Geração, Transmissão e Telecomunicações – não foram multadas ou autuadas

em decorrência de questões ambientais.

7.7 Transporte

O transporte de energia elétrica ocorre via Linhas de Transmissão - LTs e Linhas de Distribuição - LDs, e

seu impacto ambiental é considerado insignificante. Estima-se que a rede atual - composta por 165.576

km, dos quais 87% localizam-se em área rural, sendo que 50% das linhas passam por áreas com floresta

nativa - compreenda uma área de 43.215 hectares, representando 0,2% da área total do Estado do

Paraná, que é de 19.932.390 hectares. Para minimizar ainda mais os impactos negativos, a Copel vem

implantando nas cidades redes compactas de distribuição e transmissão. Nos projetos, linhas de

transmissão alternativas são sempre consideradas, oferecendo-se duas a três opções de traçados de

modo a diminuir o impacto ambiental.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

71

7.8 Direitos Indígenas

As queixas e reclamações das comunidades indígenas são recebidas por meio do Ministério Público

Federal. As reivindicações são repassadas à Copel em reuniões para negociações e acordos. Quando

necessário, são contratados profissionais para diagnóstico e certificação técnica das reivindicações da

comunidade indígena. Quando as solicitações são avaliadas por uma equipe como procedentes, elabora-

se plano de implementação das ações reivindicadas.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

72

8. DESEMPENHO SOCIAL

8.1 Gestão para a Sustentabilidade

A Copel desenvolve, através de parcerias com o governo, outras empresas e organizações da sociedade

civil, diversos projetos e iniciativas sociais correlacionados aos princípios do Pacto Global das Nações

Unidas. Tais informações, que serão apresentadas mais adiante, também estão detalhadas no site

www.copel.com. Apesar da importância dessas iniciativas, o foco da Companhia a partir de 2005 foi o da

implantação de um verdadeiro sistema de Gestão para a Sustentabilidade, que seja devidamente

incorporado na cultura da Companhia e passe a fazer parte de suas atividades cotidianas. Essa decisão

estratégica se revela já na primeira dimensão do planejamento plurianual da Companhia, que prevê a

adequação a padrões internacionais de governança, transparência e sustentabilidade até 2008. Além

disso, a iniciativa de implantar mecanismos e ajustar a cultura da corporação no sentido da ampla

promoção da sustentabilidade responde ao compromisso renovado junto ao Pacto Global, como forma de

aprofundar a discussão e implantação de todos os princípios à sua gestão.

A habilidade em manter relacionamentos cooperativos entre diferentes grupos é fator relevante para a

eficácia dos planos traçados por uma empresa. O grande desafio é identificar quem são os atores ou

grupos de atores que detêm interesse legítimo sobre suas operações, estabelecer os mecanismos para o

diálogo de forma sinérgica e cooperativa, gerenciar a convocatória e a participação efetiva no diálogo, e

garantir que as propostas resultantes destes sejam transformadas em ações tomadas no tempo

oportuno.

Em 2002, a Copel elaborou e validou o mapeamento de suas partes interessadas, baseado-se na Norma

AA 1000 de Responsabilidade Social. Classificar alguns dos grupos de interesse de maneira rígida em

apenas uma das categorias apresentadas (impactando, impactados, fortemente impactados e focados

em valor) foi considerado restritivo, por isso, adotou-se um modelo mais flexível para apresentá-los.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

73

Mapeamento das partes interessadas e sua influência na Companhia

Agentes Impactando Impactados Fortemente

Impactados

Focados em

Valor

Acionistas n n n n

Aposentados n n

Clientes n n n n

Comunidade n n n

Concorrentes n n n n

Empregados n n n n

Fornecedores n n n n

Futuras gerações n

Meio ambiente n n

Mídia n

ONGs n

Órgãos reguladores n

Parceiros n n

Poderes Públicos n

Terceirizados n n n

A fim de atingir seus objetivos estratégicos, a Companhia optou por adotar as diretrizes de relatório GRI,

não apenas para ser capaz de prestar contas às partes interessadas de maneira transparente, clara e

comparável globalmente, mas também como forma de instituir um efetivo sistema de monitoramento e

gestão de seu próprio desempenho nas três dimensões da sustentabilidade: econômica, social e

ambiental. O presente relatório, com todas as dificuldades internas inerentes a ajustes culturais deste

porte e com suas eventuais limitações, é resultado do primeiro ano desse esforço.

Paralelamente a esse processo de ajuste e conscientização interna, a Companhia definiu que seria

necessária uma participação mais efetiva das partes interessadas, principalmente no que se refere às

questões de promoção da sustentabilidade, seja dentro da própria organização, seja dentro da sociedade

como um todo. Para esse fim, a decisão da alta direção foi pela simultânea adequação à Norma AA1000,

que sistematiza a participação das partes interessadas e a priorização estratégica de seus interesses no

planejamento da Companhia.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

74

Para cumprir tal tarefa, foi nomeado, pela alta direção, um grupo gestor multidisciplinar interno, com

representantes de funções e áreas -chave envolvidas: responsabilidade social, meio ambiente, relações

com investidores, planejamento estratégico, suprimentos, marketing, controladoria, contabilidade, além

de representantes dos principais negócios da Companhia. Simultaneamente, foi contratada consultoria

especializada, que iniciou suas atividades em maio de 2005. A partir do trabalho conjunto entre o grupo

gestor e a consultoria, o plano de implantação foi dividido em três ciclos:

• Primeiro ciclo: já em execução e previsto para prosseguir até junho de 2006, prevê a inclusão, no

diálogo estratégico com a Companhia, das seguintes partes interessadas: empregados, clientes,

fornecedores e poderes públicos.

• Segundo ciclo: a ser executado entre julho de 2006 e junho de 2007, prevê inclusão, no diálogo

estratégico com a Companhia, das seguintes partes interessadas: acionistas, sociedade e meio

ambiente.

• Terceiro ciclo, que finaliza o processo: a ser executado de julho de 2007 a junho de 2008, prevê

inclusão das demais partes interessadas constantes do mapeamento efetuado em 2002 e validadas

pelo grupo gestor (mídia, órgãos reguladores, concorrentes, parceiros, aposentados, terceirizados,

ONGs e futuras gerações), além de realização de auditoria externa do relatório nos padrões GRI,

por organismo certificador de terceira parte.

O gráfico a seguir está inserido no sistema interno de gestão da Companhia (Gestão Corporativa

Integrada) e demonstra o progresso na implantação e as metas a serem atingidas até 2008:

Processo de Implantação da Norma AA 1000

0%

20%

40%

60%

80%

100%

jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 2006 2007 2008

META REALIZADO

2º c

iclo

3º c

iclo

aud

itag

em

1ºciclo

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

75

Para viabilizar a implantação do primeiro ciclo, foi definido que o diálogo com os Poderes Públicos

(autoridades constituídas: Legislativo, Executivo, Judiciário e Ministério Público) seria conduzido pela alta

direção, através do Gabinete da Presidência da Companhia. Para os demais públicos definidos para o

atual ciclo, foram criados três subgrupos internos especificamente para a sistematização do diálogo,

todos congregando as áreas e funções da Companhia, direta ou indiretamente relacionadas a tais

públicos: subgrupo de Diálogo com Clientes, subgrupo de Diálogo com Público Interno e subgrupo de

Diálogo com Fornecedores. Os resultados e metas para a implantação da norma AA 1000 são

demonstrados a seguir:

Atividades desenvolvidas pelos subgrupos de trabalho:

Clientes, Público Interno e Fornecedores

• Formação dos subgrupos

• Planejamento/elaboração de plano de ação e definição de meios e canais

• Seleção dos grupos de diálogo

• Implantação de oficina de diálogo

Primeiro Ciclo

Acumulado até 2005 Meta 2006 Oficinas de Diálogo

Quantidade (%) Quantidade (%)

Empregados 1.527 19,8% 7.704 100%

Fornecedores 22 1,8% 126 10%

A forma definida para o diálogo com os clientes foi o evento “Copel de Portas Abertas para Você”, nos

moldes de audiência pública, com a presença da alta direção da Companhia. A convocatória de clientes,

consumidores e comunidades foi realizada por meio de convites veiculados em jornais e rádios. Em 2005

os eventos ocorreram em 5 regiões do Estado do Paraná e contaram com a presença de 188 clientes.

Considerando que o número de participantes em audiências desse gênero é imprevisível, a meta

para 2006 foi estabelecida tendo em vista a cobertura geográfica do Estado do Paraná, estendendo o

Programa às cidades de menor porte do Estado, com a realização de 24 eventos por região, perfazendo

um total de 125 eventos.

Outra forma de diálogo, já consolidada, é a pesquisa de imagem, nível de satisfação com os serviços

prestados e a qualidade de relacionamento entre a Companhia e seus clientes. Essa pesquisa é

tradicionalmente dividida por categoria de consumidores e realizada por amostragem. A meta

para 2006 é ampliá-la para que inclua as diferentes partes interessadas.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

76

A partir das informações geradas e temas críticos levantados nos diálogos, são elaborados planos de

ação cujo acompanhamento se dá pelo sistema Gestão Corporativa Integrada - GCI, pois são tratados

como indicadores de gestão utilizando a metodologia Balanced Scoredcard - BSC. O planejamento

empresarial estabelece objetivos a serem atingidos pela organização em determinado período de tempo.

Por meio de controles dos planos de ação, formalizam-se os critérios de acompanhamento dos

resultados e criam-se subsídios a análise e tomada de decisão dos gestores, comparando os resultados

planejados com os obtidos.

8.2 Canais de Diálogo e Engajamento

A partir do mapeamento das partes interessadas, foram levantados todos os canais de diálogo e

engajamento já existentes e operacionais na Companhia. O quadro a seguir correlaciona tais canais com

as partes interessadas para as quais estão disponíveis, indicando brevemente sua forma de

operacionalização, bem como define metas de expansão para o ano base 2006:

Legenda Partes Interessadas

1 Acionistas

2 Clientes

3 Comunidade/Sociedade

4 Empregados

5 Fornecedores

6 Meio Ambiente

7 Poderes Públicos

Canais de Diálogo Formas de Contato Partes Interessadas

Início de Diálogo Site - agência virtual, área de relacionamento com fornecedores e acionistas

www.copel.com 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7

Assembléia Geral de Acionistas Convocação com 15 dias de antecedência em jornais, site, CVM, BOVESPA

1

Área de Relações com Investidores – grandes acionistas e potenciais investidores

e-mail: [email protected] fone: 41 3222-2027 / 3331-4359 fax: 41 3331-2849 road shows conference calls

1

Serviço de Atendimento aos Acionistas – SAA – pequenos acionistas

e-mail: [email protected] fone: 0800 41 2772

1

Área de Acionistas e Custódia – gerencia a custódia e presta serviços aos consumidores detentores de créditos do empréstimo compulsório

fone: 41 3331-4269 fax: 41 3331-2916 Rua Coronel Dulcídio, 800 - 2º andar CEP: 80420-170 Curitiba - PR

1

Secretaria da Administração Societária - recebe e encaminha sugestões e solicitações de acionistas

fone: 41 3331-4722 fax: 41 3331-4344 e-mail: [email protected]

1

Call Center - presta serviço de atendimento telefônico aos clientes e demais partes interessadas

fone: 0800 51 00 116 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

77

Ouvidoria - recebe, analisa, encaminha solicitações de informações, sugestões, reclamações e denúncias das partes interessadas

e-mail: [email protected] fone: 0800-647 0606 fax : (41) 3883-6040 Rua Treze de Maio, 616 - 2º andar - Curitiba-PR atendimento das 8 às 18 horas

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7

Canal de Comunicação Confidencial - recebe comunicações confidenciais sobre o descumprimento do código de conduta, dispositivos legais e normativas internas relativas à contabilidade, controles internos ou as suntos de auditoria

fone / fax: (41) 3222-6006 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7

Conselho de Orientação Ética - discute, orienta as ações e examina os casos, propondo sansões no sentido de que a atuação da Companhia seja conduzida por princípios moralmente sãos. É composto por empregados da Companhia, de diferentes categorias profissionais, e coordenado por um representante da sociedade civil

e mail: [email protected] fone: 0800-647 0606 fax: (41) 3883-6040

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7

Pesquisa de Clima Organizacional: avalia anualmente a satisfação dos empregados. Em 2005 apontou um índice geral de satisfação de 82,6%

Pesquisa on-line anual 4

Comissão de Empregados para Negociação da Participação nos Lucros e Resultados - CENPLR

Convocatórias Assembléias

4

Comissões Internas de Prevenção de Acidentes - Cipas - atua em Segurança do Trabalho, contando com 39 comissões e 578 empregados

Seminário Interno de Prevenção de Acidentes - (SIPATs); Empregados participantes das Cipas Técnicos de segurança do trabalho

4

Programa "Copel de Portas Abertas para Você" – Alta Direção dialoga em forma de audiência pública

Convocatória de clientes, consumidores e comunidade se dão por convites veiculados em jornais e rádios

2, 3, 6

Oficinas de Diálogo com Partes Interessadas - encontros presenciais com grupos representativos de partes interessadas para levantamento de temas críticos (1)

Convocatórias periódicas 4, 5

Pesquisas anuais de imagem e satisfação(2) Pesquisa anual qualitativa e quantitativa 2

Conselho de Consumidores - atua em questões sobre fornecimento de energia elétrica, tarifas e adequação dos serviços prestados, e oferece sugestões para o aprimoramento das relações com clientes de todas as classes e com a comunidade em geral

e-mail: [email protected] Rua Coronel Dulcídio, 800. CEP 80420-170 - Curitiba - PR.

2

(1)meta de implantação em 2006 para Comunidade/Sociedade e Meio Ambientes (2)Meta de implantação em 2006 para Acionistas, Comunidade/Sociedade, Fornecedores e Meio Ambiente

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

78

8.3 Gestão de Pessoas

Em 2005 a Copel contava com a seguinte composição de sua força de trabalho:

Força de Trabalho(3) Jornada de Trabalho 2005 2004

Empregados 8 horas 7.704 6.749

Estagiários 4 horas 848 823

Terceirizados (1) ND 2.292 2.003

Menores Aprendizes (entre 14 e 16 anos)(2) 4 horas 64 -

Total 10.908 9.575 (1)Em 2005 começou a ser implantado um sistema de informática para controlar o número de terceirizados da companhia, que ainda se encontra em fase de teste. (2)A Companhia participa, desde 2005, do Programa de Adolescente Aprendiz, de coordenação do Governo do Estado, visando a qualificação e inclusão dos menores no mercado de trabalho. (3)Na tabela não consta a força de trabalho das controladas Compagas e Elejor.

A Companhia vem redimensionando seu quadro funcional, admitindo em 2005,mediante concurso

público, 1.199 novos empregados (não considerando admissões das controladas Compagas e Elejor).

Dentre estes, 854 para atender o redimensionamento interno de pessoal e 345 para substituição de

pessoal terceirizado, com ênfase nas atividades técnico-operacionais.

Todo o quadro próprio da Companhia é contratado por meio de concurso público, com ampla

possibilidade de participação de brasileiros natos ou naturalizados, independente de gênero, raça,

crença. A Copel destina vagas em seus concursos públicos para candidatos portadores de necessidades

especiais e afro-descendentes.

Em 2005, a Companhia destinou 17% das vagas para cargos de natureza administrativa, compatíveis

aos portadores de necessidades especiais. Dentre candidatos afro-descendentes, foram

admitidos 17 novos empregados.

O gráfico a seguir demonstra a evolução do número de empregados próprios dos últimos 10 anos. O

desempenho reflete uma tendência de decréscimo, entre 1995 e 2002, devido a uma política de

terceirizações e incentivo a aposentadorias e demissões voluntárias, em preparação para um processo

de privatização, que acabou por não ser concretizado. A retomada do crescimento no número de

empregados próprios, a partir de 2003, reflete a decisão em não mais se privatizar a Companhia, em

recompor seu quadro próprio para atender a efetiva demanda reprimida de trabalho e na crescente

primarização de serviços essenciais e diretamente ligados ao negócio da Companhia, que haviam sido

terceirizados.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

79

Quadro de Empregados em 31 de Dezembro(1)

5.854 5.857

6.298

6.749

7.7047.442

7.991

8.6028.835

6.536

6.148

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

(1)Não inclui empregados da Compagas e da Elejor

8.3.1 Treinamento e Desenvolvimento

A Companhia conta com diversas formas de capacitação e aprimoramento continuado de seus

empregados. Em grande parte, são cursos realizados internamente para suprir demandas geradas pela

implementação de novas tecnologias e processos. Em 2005, foram realizados 2.105 eventos (cursos,

seminários e palestras), sendo 1.880 internos e 225 externos, com 25.885 participantes. A carga horária

média/ano foi de 57,7 horas/empregado.

A Companhia também aplica uma consistente política em relação à formação de seus empregados com

investimentos significativos nos cursos de pós-graduação, além de incentivar o auto-desenvolvimento

destes por meio do programa de auxílio educação. Atualmente a Companhia possui 2.681 empregados

com nível superior, sendo 819 com curso de pós -graduação em nível de especialização, 99 mestres

e 11 doutores.

Treinamento de Empregados 2005

(Em horas/média)

Operacional 66,4

Administrativo 43,8

Técnico 61,1

Profissional 56,0

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

80

8.3.2 Política Salarial

As práticas de remuneração, reconhecimento e incentivo estão baseadas no modelo de remuneração

estruturado pela Companhia, apoiando-se em dois pilares: remuneração fixa (comparação de mercado e

mérito) e variável (Participação dos empregados nos Lucros e/ou Resultados - PLR). A Copel e a

CENPRL, comissão especialmente constituída para essa finalidade, obtiveram avanços significativos no

transcorrer das negociações realizadas em 2005, com o estabelecimento de metas empresariais e o

alcance dos resultados negociados.

O Plano de Cargos e Salários da Copel foi reestruturado em 2005, de maneira a refletir a realidade

ocupacional na Companhia. Este serve de referência para a remuneração fixa, buscando a comparação

dos salários praticados na Companhia com valores de mercado e aplicação da política salarial.

8.3.3 Benefícios

A manutenção e o aprimoramento de um amplo conjunto de benefícios aos empregados é um dos pontos

fortes da organização. Dentre os benefícios concedidos diretamente pela Companhia, além dos previstos

pela legislação, destacam-se: auxílio-educação, antecipação do décimo terceiro salário, abono de férias,

adiantamento de férias, auxílio-alimentação e refeição, auxílio-creche, auxílio a portadores de

necessidades especiais, participação dos empregados nos lucros e/ou resultados, apólice de seguro de

vida em grupo, flexibilidade de horários para empregados, além de inúmeros outros possibilitados pelo

convênio entre a Copel e o INSS.

Outro conjunto de benefícios, concedidos pela Companhia e administrados pela Fundação Copel de

Previdência e Assistência Social, do qual a Copel é mantenedora, são: plano de previdência privada,

complementando o valor da previdência oficial, e amplo plano de assistência médico-hospitalar e

odontológica, dentre os melhores oferecidos pelo mercado.

8.3.4 Qualidade de Vida no Trabalho

Dentro do Processo de Qualidade de Vida no Trabalho, foi implementado, em caráter experimental na

Região de Curitiba, o programa Energia e Saúde, com atividades de ginástica laboral dirigidas a todos os

empregados, com enfoque especial para os eletricistas, envolvendo atividades de condicionamento

físico, teleatendentes, contemplando atividades anti-stress, além dos “aulões” realizados em datas

específicas (Páscoa, Natal) visando a integração dos empregados. O programa Energia e Saúde será

estendido às demais localidades em 2006.

Outra ação que merece destaque no Processo de Qualidade de Vida no Trabalho foi a realização de

palestras sobre educação financeira, disponibilizada a todos os empregados para que estes estejam

mais aptos a administrar o seu orçamento financeiro.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

81

Também foi disponibilizado na intranet o Guia do Serviço Social, contendo informações básicas sobre os

serviços sociais oferecidos à comunidade de um modo geral, além de informações sobre os principais

benefícios e serviços oferecidos pela Fundação Copel, governo, previdência social, iniciativa privada e

entidades não-governamentais.

8.3.5 Liberdade de Associação e Negociação Coletiva

A totalidade dos empregados da Copel é representada nas relações de trabalho com a Companhia por

meio de sindicatos independentes. A legislação brasileira estabelece que essas entidades podem

organizar-se por categoria e base territorial (município).

A Copel mantém estreito relacionamento com todas as 17 entidades representativas dos empregados:

sindicatos de categorias de base (eletricitários) e categorias profissionais e/ou diferenciadas. A direção

sindical tem livre acesso às gerências locais e a todas as instalações da Companhia a fim de levar aos

empregados comunicações de seu interesse, além do canal formal direto com a área de Recursos

Humanos.

Além dos aspectos legais atinentes ao estabelecimento do Acordo Coletivo anual, que vigora de outubro

a setembro, as partes discutem ainda a reposição da inflação do período, alterações nos benefícios,

reavaliação dos demais itens de natureza administrativa, novas conquistas, dentre outros. Além disso,

são realizadas reuniões periódicas para o tratamento das questões trabalhistas e para o estreitamento

das relações.

A participação dos empregados nas negociações tem papel de fundamental importância, e vai desde a

presença nas assembléias sindicais para a elaboração da pauta de reivindicações, até a deliberação da

categoria pela aceitação ou rejeição da proposta da Companhia. A Copel também incentiva a

participação dos empregados em conselhos, órgãos de classe, associações profissionais, entre outras

entidades.

8.4 Gestão de Clientes

A Copel possui amplo canal de relacionamento com seus clientes, sendo o controle do atendimento às

suas necessidades realizado por meio das análises dos resultados das pesquisas de mercado e pela

análise dos relatórios gerenciais. A avaliação da satisfação, fidelidade e necessidades dos clientes é

obtida por meio de pesquisas realizadas por segmento e, a partir dos seus resultados, são definidas e

implementadas ações direcionadas.

Além disso, a Companhia realizou estudos de microssegmentação abordando variáveis, tais como: perfil

psicográfico, consumo, margem de contribuição e setor de atuação. Anualmente, é elaborado um

questionário no qual as superintendências regionais identificam potencial de aumento de carga, como a

instalação ou ampliação de plantas industriais e de outras atividades que possam gerar necessidades

relacionadas ao fornecimento da Companhia.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

82

A Copel se associou à Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica - Abradee, na qual

participam 51 concessionárias de distribuição, atuantes em todas as regiões do país e responsáveis pelo

atendimento de mais de 99% do mercado brasileiro de energia elétrica.

Devido à característica do seu negócio, a Copel possui banco de dados com informações tratadas

confidencialmente por meio de sistemas que garantem a privacidade do consumidor pelos usuários que

acessam tais informações, sejam estas pesquisas ou outros dados inerentes ao cliente. Cumpre ressaltar

que não foi registrada, em 2005, nenhuma reclamação inerente à violação de privacidade dos canais de

relacionamento.

A Copel disponibiliza aos clientes diversos canais de acesso que agregam qualidade e agilidade na

prestação de orientações e no atendimento às solicitações, sugestões e reclamações dos clientes, e que

estão listados e detalhados no item 8.2.

8.5 Gestão de Fornecedores

Em 2005, a Copel firmou contratos com 1.257 fornecedores. Todos responderam por contratos cujo

montante total se situava abaixo de 10% do total das aquisições do ano. A totalidade destes contratos foi

paga segundo os termos estabelecidos.

Por ocasião do cadastramento de fornecedores, bem como na fase de habilitação dos participantes de

licitações, nas modalidades pregão e concorrência, é exigida pela Copel uma declaração da empresa,

assinada por sócio, proprietário ou diretor, devidamente identificado, de que não imputa trabalho noturno,

perigoso ou insalubre a menor de 18 anos e qualquer trabalho a menor de 16 anos. Exige-se também

nessa declaração que a empresa informe se emprega menor, a partir de 14 anos, na condição de

aprendiz.

Também integra os contratos firmados pela Copel com seus fornecedores, uma cláusula específica sobre

Responsabilidade Social, na qual as partes contratantes se comprometem a:

• Não permitir a prática de trabalho análogo ao escravo ou qualquer outra forma de trabalho ilegal,

bem como implementar esforços junto aos seus respectivos fornecedores de produtos e serviços, a

fim de que estes também se comprometam no mesmo sentido;

• Não empregar menores de 18 anos para trabalho noturno, perigoso ou insalubre, e menores de

dezesseis anos para qualquer trabalho, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;

• Não permitir a prática ou a manutenção de discriminação limitativa ao acesso na relação de

emprego, ou negativa com relação a sexo, origem, raça, cor, condição física, religião, estado civil,

idade, situação familiar ou estado gravídico, bem como implementar esforços nesse sentido junto

aos seus respectivos fornecedores;

• Proteger e preservar o meio ambiente, bem como prevenir e erradicar práticas que lhe sejam

danosas, exercendo suas atividades em observância dos atos legais, normativos e administrativos

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

83

relativos às áreas de meio ambiente e correlatas, emanados das esferas Federal, Estadual e

Municipal, incluindo, mas não se limitando, ao cumprimento da Lei Federal nº 6.938/81 (Política

Nacional do Meio Ambiente) e da Lei nº 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), implementando ainda

esforços nesse sentido junto aos seus respectivos fornecedores.

Essa cláusula também estabelece que a Copel poderá, a qualquer tempo, fiscalizar o cumprimento das

obrigações conferidas ao fornecedor contratado, sendo-lhe permitidas visitas a quaisquer

estabelecimentos deste. Até 2008, serão criados mecanismos ou procedimentos para monitorar o efetivo

cumprimento dessa cláusula.

8.6 Incorporação dos Princípios do Pacto Global

Os programas, ações e políticas socioambientais desenvolvidos pela Companhia estão amplamente

detalhadas no site www.copel.com . O resumo dessas práticas e sua correlação com os princípios do

Pacto Global é apresentado a seguir:

Legenda

1 Respeitar e proteger os direitos humanos Princípios de Direitos Humanos

2 Impedir violações de direitos humanos

3 Apoiar a liberdade de associação no trabalho

4 Abolir o trabalho forçado

5 Abolir o trabalho infantil

Princípios de Direitos do Trabalho

6 Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho

7 Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais

8 Promover a responsabilidade ambiental Princípios de Proteção Ambiental

9 Encorajar tecnologias que não agridem o meio ambiente

Princípio Anticorrupção 10 Combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

84

InícioTérmino /

Meta

Levantamento, revisão e incorporação de valores corporativos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 2002 2006

Elaboração e incorporação do código de conduta 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 2002 2006

Criação e incorporação do Canal de Comunicação Confidencial e Comitê de Auditoria 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 2005 2007

Adoção de Código de Boas Práticas do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 2005 2007

Implantação do Sistema de Gestão para a Sustentabilidade (GRI + AA1000) 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 2005 2008

Participação em associações nacionais que discutem e promovem eficientização energética e melhorias ambientais: Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica, Companhia de Pesquisa Energética, Associação dos Produtores Independente de Energia, Comitê de Meio Ambiente do CIGRÉ, Comitê Gestor de Bioenergia, Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Paraná, Agenda 21

7, 8, 9

Diversas Indeterminado

Participação no Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida - COEP e Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional - CONSEA - PR

1, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 1995 / 2003

Indeterminado

Participação no CPCE - Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial - para promoção conjunta de Responsabilidade Social no Estado do Paraná

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 102005 Indeterminado

Apoio financeiro e participação técnica, representando a América do Sul, no grupo de trabalho GRI para elaboração do suplemento do setor de energia

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 102005 2007

Participação voluntária no Movimento Paraná Competitivo e em bancas examinadoras dos Prêmios: Nacional da Qualidade, Qualidade no Serviço Público, Sucesso Empresarial e Paranaense da Qualidade em Gestão

1, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 92004 Indeterminado

Adesão ao Tratado de Kyoto - pesquisa e modelagem tratando da captura de carbono por meio de recuperação de áreas da mata ciliar e entorno dos reservatórios

7, 8 , 92004 Indeterminado

Campanhas de Arrecadação: Fome Zero, Natal sem Fome, Pastoral da Criança 1, 2Diversas Indeterminado

Programa Tributo ao Iguaçu - apoio ao desenvolvimento sustentável de comunidades de entorno 1, 2, 5, 7, 8, 9, 10 2004 2014

Programa Voluntariado Corporativo - EletriCidadania - cessão de quatro horas/mês no horário de trabalho para que os empregados prestem serviço voluntário

1, 22001 Indeterminado

Projetos de melhoria no atendimento a populações carentes e pessoas com necessidades especiais: Posto de Atendimento Móvel e Projeto Libras (Linguagem Brasileira de Sinais)

1, 2, 6, 102005 Indeterminado

Projeto Fera - cultura nas escolas da rede pública estadual 1, 2, 4, 5, 102005 Indeterminado

Luz Fraterna - convênio com o governo estadual com o objetivo de isenção de pagamento a consumidores baixa renda que consomem até 100 KWh/mês

1, 2, 4, 5, 102003 Indeterminado

Universalização de Energia - Luz para Todos - ligação de toda a população do estado à rede da Copel 1, 2, 4, 5, 102003 2007

Programa Irrigação Noturna - tarifa e equipamentos subsidiados a consumidores rurais 1, 2, 4, 5, 7, 8, 92003 Indeterminado

Descontos Tarifários - iniciativa que já transferiu para a sociedade paranaense mais de 1 bilhão de reais na forma de descontos

1, 22003 Indeterminado

Tarifa social para entidades assistenciais - desconto que pode chegar a 65% e beneficia 582 entidades 1, 22003 Indeterminado

Luz Legal - regularização do fornecimento de energia elétrica em áreas de invasão 1, 2 2003 2006

Paraná em Ação - atuação comunitária conjunta para a promoção de ações efetivas, serviços e informações, promovendo a cidadania da comunidade

1, 22003 Indeterminado

Paraná Digital - inclusão digital no ensino público conectando 2100 escolas à internet, através de 1.215 Km de cabos de acesso urbano

1, 2, 4, 5, 6, 102003 2008

Menor Aprendiz - inclusão profissional de menores, entre 14 e 18 anos, os quais se encontram em situação de conflito com a lei

1, 2, 4, 5, 102005 Indeterminado

Programa de Gestão Corporativa de Resíduos - reduzir, reutilizar e reciclar todos os resíduos gerados. Incluíndo o programa ZERE - destinação dos resíduos gerados na operação e manutenção das usinas

7, 8, 9, 102005 Indeterminado

Museu Regional do Iguaçu - programa de educação ambiental destinado a comunidade e que possui um dos acervos regionais mais expressivos do Paraná

7, 8, 9, 102000 Indeterminado

Programa de Eficiência Energética - promover a eficiêncitização em instalações municipais, escolas e entidades assistenciais e de pesquisa

7, 8, 9 1999 Indeterminado

Programas da Estação Experimental de Estudos Ictiológicos de Segredo - monitoramento, repovoamento dos rios e reservatórios do Paraná com espécies nativas, principalmente o surubim, o mandi e o bagre

7, 8, 91992 Indeterminado

Controle de espécies invasoras - monitoramento da entrada do mexilhão dourado (Limnoperna fortunei ) e outras espécies

7, 8, 92003 2007

Recuperações de áreas degradadas - mantém quatro hortos que produzem e repõem vegetações nativas em áreas degradadas e de preservação permanente

7, 8, 91992 Indeterminado

Plano diretor do uso dos reservatórios e seus entornos - definem ações para o gerenciamento do uso e ocupação dos reservatórios e seus respectivos entornos numa faixa de 1.000 metros

7, 8, 92002 Indeterminado

Data

Apoio a Políticas Públicas e Melhoria de Gestão

Políticas e Sistemas de Gestão

Programas, Projetos e Ações Sociais e Ambientais

Projetos / Programas / Sistemas de Gestão / Participações e PolíticasPrincípios do Pacto Global

a que respondem

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

85

8.7 Balanço Social

A Copel vem publicando seu Balanço Social desde 1999, apesar da aprovação da Resolução que torna

obrigatória esta publicação ter entrado em vigor apenas em janeiro de 2006. A Companhia adota a

metodologia e os critérios estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas -

IBASE na sua demonstração.

A Copel foi certificada como “Empresa Cidadã” pelo Conselho Regional do Rio de Janeiro, em cerimônia

de outorga do certificado em 2005. A certificação tomou como base, principalmente, as informações

contábeis e sociais contidas nos Balanços Sociais das empresas. A publicação do Balanço Social

também rendeu à Copel o direito de utilização do Selo Balanço Social IBASE/Betinho 2004, equivalente a

uma certificação ISO brasileira de balanço social, e autorizado em 2005 para apenas 64 empresas de

todo o Brasil.

1 - BASE DE CÁLCULO NE 28e 29 Receita Líquida - RL 4.853.536 3.925.774 (1) Resultado Operacional - RO 727.647 600.182 (2) Folha de Pagamento Bruta - FPB 542.981 456.680

Valor Adicionado Total - VAT 4.278.862 3.502.656

2 - INDICADORES SOCIAIS INTERNOSFPB RL VAT FPB RL VAT

Alimentação (Auxílio alimentação e outros) 41.365 7,62 0,85 0,97 35.869 7,85 0,91 1,02

NE 31 Encargos sociais compulsórios 138.701 25,54 2,86 3,24 115.298 25,25 2,94 3,29

NE 32 Previdência privada 78.003 14,36 1,61 1,82 118.261 25,90 3,02 3,39

Saúde (Convênio assistencial) 23.564 4,34 0,49 0,55 21.231 4,65 0,54 0,61

Segurança e medicina no trabalho 3.142 0,58 0,06 0,07 2.534 0,55 0,06 0,07

Educação 1.791 0,33 0,04 0,04 1.925 0,42 0,05 0,05

Cultura 587 0,11 0,01 0,02 1.276 0,28 0,03 0,04

Capacitação e desenvolvimento profissional 10.714 1,97 0,22 0,25 9.528 2,09 0,24 0,27

Auxílio creche 444 0,08 0,01 0,01 408 0,09 0,01 0,01

NE 31 Participação nos lucros e/ou resultados 32.294 5,95 0,66 0,76 18.319 4,01 0,47 0,52

Outros benefícios 2.531 0,47 0,05 0,06 740 0,16 0,02 0,02

Total 333.136 61,35 6,86 7,79 325.389 71,25 8,29 9,29

BALANÇO SOCIAL ANUAL - Modelo IBASE

(Valores expressos em milhares de reais)

% Sobre: % Sobre:

Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004

2005

Consolidado

2004

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

86

(continuação)

3 - INDICADORES SOCIAIS EXTERNOSRO RL VAT RO RL VAT

Educação 15.855 2,18 0,33 0,37 24.338 4,06 0,62 0,69

Programa Paraná Digital 15.215 2,09 0,32 0,36 23.892 3,98 0,61 0,68

Escolas nas Usinas e outros 640 0,09 0,01 0,01 446 0,08 0,01 0,01

Cultura 2.943 0,40 0,06 0,07 2.776 0,46 0,07 0,08

Saúde e saneamento 73.919 10,16 1,52 1,73 47.117 7,85 1,20 1,35

(3) Programa Luz Fraterna 29.757 4,09 0,61 0,70 25.619 4,27 0,65 0,73

Programa Luz para Todos 41.388 5,69 0,85 0,97 17.639 2,94 0,45 0,51

Programa Reluz 184 0,02 0,00 0,00 2.099 0,35 0,05 0,06

Programa Reassentamento de famílias 1.750 0,24 0,04 0,04 1.053 0,17 0,03 0,03

Programa Luz Legal 840 0,12 0,02 0,02 707 0,12 0,02 0,02

Esporte 44 0,01 0,00 0,00 0 0,00 0,00 0,00

Combate à fome e segurança alimentar 0 0,00 0,00 0,00 0 0,00 0,00 0,00

Outros 288 0,03 0,00 0,00 598 0,10 0,02 0,02

Doações diversas 195 0,02 0,00 0,00 583 0,10 0,02 0,02

(4) Programa Eletricidadania 20 0,00 0,00 0,00 15 0,00 0,00 0,00

Implantação GRI/AA1000 73 0,01 0,00 0,00 0 0,00 0,00 0,00

Total das contribuições para a sociedade 93.049 12,79 1,92 2,17 74.829 12,47 1,91 2,14

DVA Tributos (excluídos encargos sociais) 2.586.164 355,41 53,28 60,44 2.115.750 352,52 53,89 60,40

Total 2.679.213 368,20 55,20 62,62 2.190.579 364,99 55,80 62,54

4 - INDICADORES AMBIENTAISRO RL VAT RO RL VAT

Investimentos relacionados com as operaçõesda empresa 48.858 6,71 1,01 1,14 18.607 3,10 0,48 0,53

NE 38

Progr. Pesquisa e Desenvolvimento, EficiênciaEnergética e Desenvolvimento Tecnológico e Ind. 46.771 6,43 0,97 1,09 11.204 1,87 0,29 0,32

Gestão de resíduos 1.145 0,16 0,02 0,03 1.076 0,18 0,03 0,03

Rede Compacta ou Linha Verde 463 0,06 0,01 0,01 5.642 0,94 0,14 0,16

Programas de proteção de Fauna e Flora 479 0,06 0,01 0,01 685 0,11 0,02 0,02

Investimentos em programas e/ou projetosexternos 1.235 0,17 0,02 0,03 6.531 1,09 0,16 0,19

(5) Programa Tributo ao Iguaçu 206 0,03 0,00 0,01 71 0,01 0,00 0,00

Educação Ambiental e Museu Reg. Iguaçu 1.029 0,14 0,02 0,02 6.460 1,08 0,16 0,19

Total 50.093 6,88 1,03 1,17 25.138 4,19 0,64 0,72

Consolidado Consolidado

2005 2004% Sobre: % Sobre:

% Sobre:% Sobre:

( ) não possui metas( ) cumpre de 0 a 50%( ) cumpre de 51 a 75%( X ) cumpre de 76 a 100%

( ) não possui metas( ) cumpre de 51 a 75%( ) cumpre de 0 a 50%( X ) cumpre de 76 a 100%

Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” paraminimizar resíduos, o consumo em geral na produção/operação e aumentar a eficácia na utilização de recursosnaturais, a empresa

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

87

(continuação)

5 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL (inclui Compagas e Elejor)Empregados no final do período 7.775 6.811 Escolaridade dos empregados(as): Total HomensMulheres Total Homens MulheresTotal Superior e extensão universitária 2.735 1.982 753 2.410 1.747 663 Total 2º Grau 4.493 3.910 583 3.884 3.340 544 Total 1º Grau 547 511 36 517 494 23 Faixa etária dos empregados(as):Abaixo de 30 anos 1.546 833 De 30 até 45 anos (exclusive) 3.666 3.743 Acima de 45 anos 2.563 2.235 Admissões durante o período 1.210 599 Mulheres que trabalham na empresa 1.372 1.230 % Mulheres em cargos gerenciais:em relação ao nº total de mulheres 1,2 1,1 em relação ao nº total de gerentes 7,9 7,0 Negros(as) que trabalham na empresa 682 572 % Negros(as) em cargos gerenciais:em relação ao nº total de negros(as) 0,9 1,1 em relação ao nº total de gerentes 3,0 3,2

(6) Portadores(as) de necessidades especiais 73 289 Dependentes 14.694 14.106 Estagiários(as) 868 840 Nº de Terceirizados(as) 2.301 2.011

(7)Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa

(8) Número total de Acidentes de Trabalho

Os projetos sociais e ambientais desenvolvidospela empresa foram definidos por:

Os padrões de segurança e salubridade noambiente de trabalho foram definidos por:

Quanto à liberdade sindical, ao direito denegociação coletiva e à representação internados(as) trabalhadores(as), a empresa:A previdência privada contempla:

A participação dos lucros ou resultadoscontempla:

Na seleção dos fornecedores, os mesmospadrões éticos e de responsabilidade social eambiental adotados pela empresa:

Quanto à participação dos empregados(as) emprogramas de trabalho voluntário, a empresa:

todos(as) empregados(as)

todos(as) empregados(as)

Consolidado

Consolidado

2005 Metas 2006

6 - INFORMAÇÕES RELEVANTES QUANTO AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA EMPRESARIAL

2005 2004

direção

todos(as) + Cipa

28,3 219

28,3 159

são sugeridos

apóia

direção

todos(as) + Cipa

seguirá as normas da OIT todos(as) empregados(as)

todos(as) empregados(as)

serão exigidos

apoiará

segue as normas da OIT

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

88

(continuação)

na empresano Proconna Justiça

na empresano Proconna Justiça

Distribuição do Valor Adicionado (DVA) :PessoalGovernoFinanciadoresAcionistasRetido

7 - OUTRAS INFORMAÇÕES

Notas:NE - Nota Explicativa

(3) O Programa Luz Fraterna é realizado através de um convênio com o Governo do Estado do Paraná, lançado em 11.09.2003, etem como objetivo beneficiar a população carente, com a isenção do pagamento das contas de energia àquelas famílias queatendam aos critérios previamente estabelecidos;

100,0%25,6%

8,8%

15,0%62,9%10,8%

3,4%7,9%

13,1%62,9%

152.188 1.538

770

100,0%

11,9%3,3%

(1) De acordo com Ibase, devemos reportar aqui o Resultado Operacional que, no caso Copel, é o Lucro Operacional, ou seja, olucro antes do resultado não operacional e dos impostos;

Número total de reclamações e críticas de consumidores(as):

% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas:

2005

150.362 1.538

573

A Copel é uma companhia pertencente ao Setor Energético, atuante no Estado do Paraná com CNPJ nº 76.483.817/0001-20

Consolidado

2004

100,0%100,0%100,0%

Consolidado

2005 Metas 2006

A Copel não utilizamão-de-obra infantil ou trabalho escravo,não tem envolvimento com prostituição ou exploração sexualde criança ou adolescente e não está envolvida com corrupção.

Rita de Cássia Gabriel Cerqueira - tel 41 3331-2213 e-mail: [email protected]

Para maiores esclarecimentos sobre as informações declaradas:Superintendência de Gestão Contábil/CTGR - tel 41 3331-2123 Contabilidade Gerencial - Horácio Kordel Rodrigues - tel 41 3331-4495 e-mail: [email protected]

(8) Para o número de acidentes totais em 2005, foram consideradas ocorrências com empregados, contratados e acidentes nacomunidade. Já para 2006, a meta para acidentes na comunidade é zero, motivo pelo qual o número se apresenta menor.

Nossa companhia valoriza e respeita a diversidade interna e externamente.

(5) O Tributo ao Iguaçu é um programa socioambiental visando a promoção do desenvolvimento sustentável a partir das iniciativassurgidas das próprias comunidades envolvidas;

(6) O nº de portadores de necessidades especiais em 2005 é de 73 empregados,enquanto o nº de 2004 compreendia, além de 89empregados, mais 200 terceirizados que trabalhavam para a companhia no Call Center e digitalização, atividades que foramprimarizadas (através de concursos públicos) em 2005;

(4) O Programa de Voluntariado Corporativo - Eletricidadania computou, em 2005, 893 horas dedicadas a trabalhos voluntários;

(7) Para este cálculo consideramos como remuneração além do salário nominal, o Adicional por Tempo de Serviço, item tambémincluído na folha de pagamento, o que acaba por aumentar o valor da relação, já que novos empregados (admitidos no ano) nãotêm direito a este adicional;

Este Balanço Social contempla dados das controladas Compagas e Elejor em virtude da consolidação de seus resultadoscom a Copel , motivo pelo qual reclassificamos os dados publicados de 2004

(2) Na composição da FPB foram considerados salários, férias, gratificações,13º, INSS, FGTS e outros itens relacionados,efetivamente pagos pela companhia no ano, incluídos nas despesas operacionais e/ou transferidos para imobilizado em curso,conforme atual definição do Ibase. Divergências nos dados de 2004 são conseqüência da definição citada e da consolidação dacontrolada Elejor;

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

89

9. MATRIZ DE LOCALIZAÇÃO DOS INDICADORES GRI

A tabela abaixo representa um esforço de correlação entre os indicadores GRI e os Princípios do Pacto

Global, este último considerado pela Companhia como a grande plataforma de contextualização e

mensuração de seus resultados em termos de sustentabilidade global. O Pacto, ao fundamentar-se na

Declaração Universal de Direitos Humanos, na Declaração da Organização Internacional do Trabalho

sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, nos Princípios de Proteção Ambiental, baseados

na Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e na Convenção das Nações Unidas

Contra a Corrupção, se constitui na mais consistente e difundida plataforma para a ampla promoção da

sustentabilidade empresarial da atualidade. Ressaltamos que o resultado é de inteira responsabilidade

da Companhia e reflete sua visão interna de gestão. Para sua elaboração, a Copel se baseou na

experiência até aqui acumulada, enriquecida por documentos já existentes, elaborados pelo Instituto

Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, que correlacionam seus indicadores com os indicadores

GRI e com os Princípios do Pacto.

Princípios do Pacto Global atendidos

1 Respeitar e proteger os direitos humanos 2 Impedir violações de direitos humanos 3 Apoiar a liberdade de associação no trabalho 4 Abolir o trabalho forçado 5 Abolir o trabalho infantil 6 Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho 7 Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais 8 Promover a responsabilidade ambiental 9 Encorajar tecnologias que não agridem o meio ambiente 10 Combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina

• VISÃO E ESTRATÉGIA

GRI Tema Pacto Global Item Página

1.1 Declaração da visão e da estratégia da organização no que se refere à sua contribuição para o desenvolvimento sustentável

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

1.1, 4.2 5 a 6, 26 a 29

1.2 Declaração do Presidente 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

1.1 5 a 6

• PERFIL DA ORGANIZAÇÃO E DO RELATÓRIO

GRI Tema Pacto Global Item Página

2.1 Nome da organização 1.1 5

2.2 Principais produtos e serviços 2.6 14

2.3 Estrutura operacional da organização 2 8 a 14

2.4 Descrição dos princ ipais departamentos, organização em operação, subsidiárias e joint t ventures

2 8 a 14

2.5 Países em que está presente 2 8

2.6 Tipo e natureza legal de propriedade 1.1, 2 5, 8 a 9

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90

2.7 Mercados atendidos 2, 2.6, 2.7 8, 14, 15

2.8 Porte da organização 2, 2.7, 6.8 8 a 14, 15, 56 a 57

2.9 Lista das partes interessadas, os atributos de cada uma e sua relação com a organização

3, 10 8.1 72 a 73

2.10 Pessoa(s) a ser(em) contatada(s) para esclarecimentos, incluindo endereços eletrônicos

10 1.2, 10.1 7, 98

2.11 Período a que se referem as informações 1.1, 1.2 5, 7

2.12 Data do relatório anterior mais recente 1.2 7

2.13 Abrangência do relatório (países ou regiões; produtos ou serviços; departamentos, instalações, subsidiárias, e quaisquer limitações específicas de abrangência)

1.2, 9 7, 89 a 97

2.14 Alterações mais significativas ocorridas desde o relatório anterior 1.2 7

2.15 Método de elaboração do relatório que possam afetar a comparabilidade entre períodos distintos ou com relatórios de outras organizações

1.2 7

2.16 Explicação da natureza e das conseqüências de qualquer reformulação de informações contidas em relatórios anteriores e o motivo da reformulação

1.2 7

2.17 Razões para não aplicar princípios ou protocolos GRI na elaboração do relatório

1.2, 9 7, 89 a 97

2.18 Critérios e definições usados na contabilização dos custos e benefícios econômicos, ambientais e sociais

1.2 7

2.19 Alterações significativas em relação aos anos anteriores nos métodos de medição aplicados a dados econômicos, ambientais e sociais relevantes

1.2 7

2.20 Políticas e procedimentos internos usados para reforçar e assegurar a exatidão, integralidade e confiabilidade do relatório de sustentabilidade

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

1.2, 4.9 7, 38 a 39

2.21 Políticas e procedimentos atuais para prover verificações imparciais no relatório

10 1.2 7

2.22 Meios pelos quais os usuários do relatório possam obter as informações adicionais sobre aspectos econômicos, ambientais e sociais das atividades da organização

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

1.2, 8.2 7, 76 a 77

• ESTRUTURA DE GOVERNANÇA

GRI Tema Pacto Global Item Página

3.1 Estrutura de governança corporativa, incluindo os principais comitês abaixo do conselho de administração, que sejam responsáveis pela estratégia e pela supervisão da organização

10 4.1 22 a 23

3.2 Percentual de diretores não-executivos do conselho com autonomia de ação

10 4.1 24

3.3 Determinação da especialização que os membros do conselho devem ter para orientar o direcionamento estratégico da organização, incluindo questões relativas a oportunidades e riscos ambientais e sociais

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

4.1 25

3.4 Competência do conselho para a supervisão da gestão de riscos e oportunidades econômicas, ambientais e sociais

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

4.1 25

3.5 Vínculo entre a remuneração dos executivos e o alcance das metas financeiras e não-financeiras da organização

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

4.1 25

3.6 Estrutura organizacional, e profissionais responsáveis pela supervisão, implementação e auditoria de políticas econômicas,

1, 2, 3, 4, 5, 4.1, 4.9 25, 38 a 39

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

91

ambientais e sociais 6, 7, 8, 9, 10

3.7 Missão e valores, códigos internos de conduta, princípios e políticas relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social, bem como o status de sua implementação

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

4.1, 4.2 22 a 29

3.8 Mecanismos de habilitação de acionistas para recomendações ou encaminhamento ao conselho de administração

10 4.1, 4.6 26, 31 a 32

• COMPROMISSO COM OS PÚBLICOS DE INTERESSE

GRI Tema Pacto Global Item Página

3.9 Base para identificação e seleção das principais partes interessadas 3, 10 8.1 72

3.10 Formas de consulta às partes interessadas, de acordo com a freqüência das consultas, por tipo ou grupo de interessados

3, 10 8.1 72

3.11 Tipo de informação gerada pelas consultas às partes interessadas 3, 10 8.1 72

3.12 Uso das informações resultantes do engajamento das partes interessadas

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

8.1 72

3.13 Explicação sobre se e como o princípio de precaução é tratado pela Organização

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

4.7.1 32 a 33

3.14 Cartas de princípios internacionais ou outras iniciativas sobre questões econômicas, ambientais e sociais que a organização subscreva ou endosse

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

1.1, 4.1, 4.2

5, 25, 28 a 29

3.15 Participação em associações industriais e empresariais e / ou organizações nacionais e internacionais de defesa dos direitos individuais

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

1.1, 8.6 6, 81 a 82, 83 a 84

3.16 Políticas e / ou sistemas para administrar os impactos na cadeia produtiva

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

8.5 82 a 83

3.17 Meios que a organização utiliza para administrar impactos econômicos, ambientais e sociais indiretos resultantes de suas atividades

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

6 49 a 60

3.18 Modificações realizadas durante o período de elaboração do relatório em relação à localização e mudanças nas operações

2, 3.1, 3.6 8, 16 a 17, 18 a 19

3.19 Programas e procedimentos relativos ao desempenho econômico, ambiental e social

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

4, 6, 7, 8 22 a 39, 49 a 60, 61 a 71, 72 a 89

3.20 Certificações relativas a sistemas administrativos econômicos, ambientais e sociais

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

3.9, 8.7 20 a 21, 85

INDICADORES ECONÔMICOS

CLIENTES

GRI Tema Pacto Global Item Página

EC1 Vendas Líquidas ou Receita Operacional Líquida (EC1 do G3) 2.7, 6, 6.8, 8.7

15, 48 a 69, 56 a 57, 85 a 88

EC2 Análise regional de mercado

2.6 14

FORNECEDORES

GRI Tema Pacto Global Item Página

EC3 Custo dos bens materiais e serviços adquiridos 6, NE33, NE34, NE35, NE36

49 a 60, 166 a 167

EC4 Porcentagem de contratos pagos segundo os termos estabelecidos, exceto disposições acordadas no que tange a penalidades

8.5 82

EC11 Classificação de f ornecedores por organização e país 8.5 82

EMPREGADOS

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

92

GRI Tema Pacto Global Item Página

EC5 Total da folha de pagamento e benefícios (incluindo salários, pensões, outros benefícios e pagamentos de indenização por demissão), agrupados por país ou região

1, 2, 6, 10 NE31, NE32

162 a 163

INVESTIDORES

GRI Tema Pacto Global Item Página

EC6 Distribuições para investidores, discriminadas por juros sobre dívidas e empréstimos

4.6 31 a 32

EC7 Aumento / decréscimo em ganhos retidos ao fim do período. Inclui o ROACE (Retorno sobre o Capital Médio Empregado)

2.7, 4.6, 6.10

15, 31 a 32, 59 a 60

SETOR PÚBLICO

GRI Tema Pacto Global Item Página

EC8 Soma de todos os tipos de impostos já pagos, discriminados no país

1, 8, 10 6.8 56 a 57

EC9 Subsídios recebidos de acordo com o país ou região 6.2 49 a 50

EC10 Doações à comunidade, à sociedade civil e a outros grupos, em dinheiro ou espécie, discriminadas por tipo e por grupo

1, 8, 10 8.7 86

EC12 Gastos no desenvolvimento de infra-estrutura para negócios não centrais

Considerado não aplicável a nossa Companhia

IMPACTOS ECONÔMICOS INDIRETOS

GRI Tema Pacto Global Item Página

EC13 Impactos econômicos indiretos da organização (externalidades dos produtos e serviços)

5 40 a 48

• INDICADORES AMBIENTAIS

MATERIAIS

GRI Tema Pacto Global Item Página

EN1 Consumo total de materiais por tipo (exceto água) 7, 8, 9 7.1 61, Parcialmente mensurado com meta de implantação completa para 2006

EN2 Porcentagem de materiais utilizados que geram resíduos (processados ou não) de fontes externas à organização relatora

7, 8, 9 7.1 61

ENERGIA

GRI Tema Pacto Global Item Página

EN3 Consumo direto de energia, segmentado por fonte primária 7, 8, 9 7.2 61 a 62

EN4 Consumo indireto de energia 7, 8, 9 Considerado não aplicável a nossa Companhia

EN17 Iniciativas para uso de fontes renováveis e para aumentar a eficiência de energia empregada

7, 8, 9 3.6, 7.2, 8.7

18 a 19, 61 a 62, 86

EN18 Consumo anual de energia para os principais produtos, ou seja, exigências anuais de energia durante a vida do produto

7, 8, 9 7.2 61 a 62

EN19 Outros usos indiretos de energia (exploração, produção, e comercialização) e suas implicações, tais como viagens de negócios, administração do ciclo de vida do produto e uso de materiais que requerem muita energia

7, 8, 9 Considerado não aplicável a nossa Companhia

ÁGUA

GRI Tema Pacto Global Item Página

EN5 Consumo total de água. 7, 8, 9 7.3 62

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

93

EN20 Fontes de água e ecossistemas / habitats significativamente afetados pelo consumo de água

7, 8, 9 7.3 62

EN21 Remoção anual de solo e água de superfície em relação à quantidade anual renovável de água disponível

7, 8, 9 Considerado não aplicável a nossa Companhia

EN22 Reciclagem e reutilização total de água 7, 8, 9 7.3 62

BIODIVERSIDADE

GRI Tema Pacto Global Item Página

EN6 Localização e tamanho das terras pertencentes à organização, arrendadas ou administradas por ela em habitats ricos em biodiversidade

7, 8, 9 7.4 63 a 64

EN7 Descrição dos principais impactos sobre a biodiversidade associados a atividades e / ou produtos e serviços em ambientes terrestres, de água doce ou marítimos

7, 8, 9 7.4 64

EN23 Quantidade total de terras possuídas, arrendadas ou administradas para atividades de produção ou uso extrativo

7, 8, 9 7.4 64

EN24 Quantidade de superfície impermeável em relação a terras compradas ou arrendadas, em porcentagem

7, 8, 9 7.4 65

EN25 Impactos de atividades e operações sobre áreas protegidas ou sensíveis

7, 8, 9 7.4 65, Não mensurado até então, com meta de implantação para 2007

EN26 Mudanças nos habitats naturais resultantes de atividades e operações e percentual protegido e restaurado

7, 8, 9 3.8, 7.4 19 a 20, 65

EN27 Objetivos, programas e metas para proteger e restaurar ecossistemas e espécies nativas em áreas degradadas

7, 8, 9 3.8, 7.4, 8.6

19 a 20, 65, 83 a 84

EN28 Número de espécies na Lista Vermelha da UICN com habitat em áreas afetadas pela organização

7, 8, 9 7.4 65 a 66

EN29 Unidades de negócios operando ou planejando operações em áreas protegidas ou sensíveis, ou ao seu redor

7, 8, 9 7.4 65 a 66, Parcialmente mensurado com meta de implantação para 2007

EMISSÕES, EFLUENTES E RESÍDUOS

GRI Tema Pacto Global Item Página

EN8 Emissões de gases causadores do efeito estufa 7, 8, 9 7.5 66

EN9 Uso e emissões de substâncias destruidoras de ozônio 7, 8, 9 7.5 66, Parcialmente mensurado com meta de implantação completa para 2006

EN10 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas 7, 8, 9 7.5 67

EN11 Quantidade total de resíduos por tipo e destino 7, 8, 9 7.5 67 a 69

EN12 Descargas significativas na água 7, 8, 9 7.5 68

EN13 Derramamento significativo de produtos químicos, óleos e combustíveis pelo número total de ocorrências e pelo volume total

7, 8, 9 7.5 69 a 70, Parcialmente mensurado com meta de implantação completa para 2007

EN30 Outras emissões indiretas relevantes de gases causadores do efeito estufa

7, 8, 9 7.5 70

EN31 Toda a produção, transporte, importação e exportação de qualquer resíduo considerado prejudicial pelos termos da Convenção da Basiléia

7, 8, 9 7.5 69

EN32 Fontes de água (e ecossistemas ou habitats relacionados) significativamente afetados pela descarga de escoamento de água

7, 8, 9 Considerado não aplicável a nossa Companhia

FORNECEDORES

GRI Tema Pacto Global Item Página

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

94

EN33 Desempenho dos fornecedores relativo aos componentes ambientais de programas e procedimentos descritos em resposta à seção “Estrutura de Governança e Sistemas de Gestão (3.16)

7, 8, 9, 10 8.5 83

PRODUTOS E SERVIÇOS

GRI Tema Pacto Global Item Página

EN14 Impactos ambientais significativos dos principais produtos e serviços

7, 8, 9 Não mensurado com meta de implantação para 2007

EN15 Porcentagem recuperável dos produtos ao fim do seu ciclo de vida e porcentagem efetivamente recuperada

7, 8, 9 Considerado não aplicável a nossa Companhia

CONFORMIDADE AMBIENTAL

GRI Tema Pacto Global Item Página

EN16 Incidentes ou multas por não-cumprimento das declarações, convenções, tratados internacionais, legislação nacional, subnacional, regional e local sobre assuntos ambientais

7, 8, 9, 10 7.6 70

TRANSPORTE

GRI Tema Pacto Global Item Página

EN34 Impactos ambientais significativos de transporte 7, 8, 9 7.7 70

GERAL

GRI Tema Pacto Global Item Página

EN35 Total de gastos ambientais e especificação por tipo 7, 8, 9 8.7 86

• INDICADORES SOCIAIS

EMPREGADO

GRI Tema Pacto Global Item Página

LA1 Distribuição geográfica dos trabalhadores da organização, tipo de contrato de trabalho

1, 2, 6 8.3 78 a 79

LA2 Criação de empregos e rotatividade por região / país 1, 2, 6 8.3 78 a 79

LA12 Benefícios de empregados além dos previstos por lei 1, 2, 6 8.3.3, 8.3.4

80

TRABALHO/RELAÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO

GRI Tema Pacto Global Item Página

LA3 Porcentagem de empregados representados por organizações sindicais independentes ou outros representantes legítimos, ou porcentagem de empregados amparados por acordos de negociação coletiva, por região / país

3, 10 8.3.5 81

LA4 Políticas e procedimentos envolvendo informação consulta e negociação com empregados a respeito de mudanças nas operações da organização relatora (por exemplo, reestruturação)

3, 10 8.1 72 a 76

LA13 Provisão para representação formal de trabalhadores em tomadas de decisão ou administração, incluindo governança corporativa

3, 10 4.1 24

SAÚDE E SEGURANÇA

GRI Tema Pacto Global Item Página

LA5 Práticas sobre registro e notificação de acidentes e doenças ocupacionais, e como elas estão relacionadas com o Código de Prática da OIT sobre Registro e Notificação de Acidentes e Doenças Profissionais

1, 2, 3, 4, 5, 6

4.7.4 34 a 35

LA6 Descrição de comitês formais sobre saúde e segurança, incluindo representantes da administração e dos trabalhadores, e parcela de mão-de-obra atendida por qualquer um desses comitês

1, 2, 3, 4, 5, 6

4.7.4 34 a 35

LA7 Lesões típicas, dias perdidos, índice de absenteísmo e número de 1, 2, 3, 4, 5, 4.7.4 35

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

95

óbitos relacionados ao trabalho (incluindo trabalhadores subcontratados)

6

LA8 Descrição de políticas ou programas (para o ambiente de trabalho e fora dele) a respeito HIV / Aids

1, 2, 6 4.7.4 35

LA14 Evidências de conformidade substancial com as Diretrizes sobre Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho

1, 2, 3, 4, 5, 6

4.7.4 35

LA15 Descrição de acordos formais com sindicatos ou outros representantes legítimos dos trabalhadores, envolvendo saúde e segurança no trabalho; proporção da força de trabalho amparada por qualquer desses acordos

1, 2, 3, 4, 5, 6

8.3.5 81

TREINAMENTO E EDUCAÇÃO

GRI Tema Pacto Global Item Página

LA9 Média de horas de treinamento por ano, por empregado e por categoria

1, 2 8.3.1 79

LA16 Descrição de programas para apoiar a continuidade da empregabilidade dos funcionários e para gerenciar fins de carreira e aposentadoria

1, 2 8.3.1 79

LA17 Políticas e programas específicos para gestão de habilidades ou aprendizado para toda a v ida.

1, 2 Considerado não aplicável a nossa Companhia

DIVERSIDADE E OPORTUNIDADES

GRI Tema Pacto Global Item Página

LA10 Descrição de políticas ou programas de iguais oportunidades, bem como sistemas de monitoramento para garantir o seu cumprimento

1, 2, 6 4.1, 4.7.1, 8.3

24, 32 a 33, 78

LA11 Composição do corpo diretivo e do grupo responsável pela governança corporativa (incluindo o quadro de direitos), observando-se a proporção homem / mulher e outros indicadores de diversidade culturalmente apropriados

1, 2, 6 10.1 98

ESTRATÉGIA E ADMINISTRAÇÃO

GRI Tema Pacto Global Item Página

HR1 Descrição políticas, diretrizes, estrutura corporativa e procedimentos para lidar com todos os aspectos dos direitos humanos relevantes nas operações da organização, incluindo mecanismos de monitoramento e resultados

1, 2, 10 4.1, 4.7.1, 8.3.4

24, 32 a 33, 80

HR2 Evidências de consideração dos impactos sobre os direitos humanos como parte de investimentos e tomadas de decisão de compra, incluindo a seleção de fornecedores e contratados

1, 2, 3, 4, 5, 6, 10

Não mensurado com meta de implantação para 2008

HR3 Descrição de políticas e procedimentos para avaliar e abordar o desempenho em direitos humanos dentro da cadeia de fornecedores e contratados, incluindo sistemas e resultados de monitoramento e resultados

1, 2, 3, 4, 5, 6, 10

8.3.2 80

HR8 Treinamento de empregados em políticas e práticas concernentes a todos os aspectos dos direitos humanos relevantes para as operações

1, 2, 10 4.1, 4.7.1 24, 32 a 33

NÃO-DISCRIMINAÇÃO

GRI Tema Pacto Global Item Página

HR4 Descrição de política global e procedimentos ou programas que previnam todas as formas de discriminação, incluindo sistemas de monitoramento e resultados desse monitoramento

1, 2, 6 4.1, 4.7.1, 8.3.2

24, 32 a 33, 80

LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA

GRI Tema Pacto Global Item Página

HR5 Descrição de política de liberdade de associação e a extensão pela qual essa política é universalmente aplicada, independentemente das leis locais, bem como descrição de procedimentos ou programas para tratar do assunto

3, 10 4.1, 8.3.5 24, 81

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

96

TRABALHO INFANTIL

GRI Tema Pacto Global Item Página

HR6 Descrição de políticas que excluam o trabalho infantil, conforme definido pela Convenção 138 da OIT, e a determinação e aplicação visível dessa política, bem como a descrição de procedimentos ou programas para tratar do assunto, incluindo sistemas de monitoramento e resultados desse monitoramento

1, 2, 5, 6 4.1, 8.5 24, 82 a 83

TRABALHO FORÇADO E COMPULSÓRIO

GRI Tema Pacto Global Item Página

HR7 Descrição de políticas para prevenir o trabalho forçado e compulsório, e a extensão pela qual essas políticas são visivelmente estabelecidas e aplicadas, bem como a sua descrição de procedimentos ou programas para tratar do assunto, incluindo sistema de monitoramento e resultados desse monitoramento

1, 2, 4, 6 4.1, 8.5 24, 82 a 83

PRÁTICAS DE DISCIPLINA

GRI Tema Pacto Global Item Página

HR9 Descrição de processos judiciais, incluindo questões relativas aos direitos humanos

1, 2, 10 Não mensurado com meta de implantação para 2008

HR10 Descrição de política de não-retaliação e sistemas efetivo e confidencial de recebimento das queixas dos funcionários

1, 2, 6, 10 4.1 26

PRÁTICAS DE SEGURANÇA

GRI Tema Pacto Global Item Página

HR11 Treinamento em direitos humanos para segurança dos funcionários 1, 2 Não mensurado com meta de implantação para 2008

DIREITOS INDÍGENAS

GRI Tema Pacto Global Item Página

HR12 Descrição de políticas, diretrizes e procedimentos para tratar das necessidades indígenas

1, 2 Não mensurado com meta de implantação para 2008

HR13 Descrição de mecanismos para atendimento de queixas e de reclamações da comunidade indígena

1, 2 7.8 71

HR14 Parte da receita operacional distribuída para comunidades indígenas locais

1, 2 Não mensurado com meta de implantação para 2008

COMUNIDADE

GRI Tema Pacto Global Item Página

SO1 Descrição de políticas para gerenciar impactos sobre as comunidades que vivem em áreas afetadas pelas atividades da organização, bem como monitoramento e resultados

1, 2, 7, 8, 10 4.7.1, 8.1 32 a 33, 72 a 76

SO4 Prêmios recebidos que sejam relevantes para o desempenho social, ético e ambiental

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

3.9, 8.7 20 a 21, 85

SUBORNO E CORRUPÇÃO

GRI Tema Pacto Global Item Página

SO2 Descrição de políticas, procedimentos, sistemas gerenciais e mecanismos de conformidade para organizações e empregados com relação a suborno e corrupção

1, 2, 3, 10 4.1, 8.1, 8.3.5

24 a 26, 72 a 76, 81

CONTRIBUIÇÕES POLÍTICAS

GRI Tema Pacto Global Item Página

SO3 Descrição de políticas, procedimentos, sistemas gerenciais e mecanismos de conformidade para a administração de lobbies e contribuições políticas

10 Considerado não aplicável a nossa Companhia

SO5 Quantia de dinheiro paga a partidos políticos e instituições cuja principal função consiste em financiar partidos políticos ou seus

10 Considerado não aplicável a nossa

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

97

candidatos

Companhia

COMPETIÇÃO E PREÇOS

GRI Tema Pacto Global Item Página

SO6 Decisões legais com respeito a casos referentes à legislação antitruste e de regulamentação de monopólio

10 Considerado não aplicável a nossa Companhia

SO7 Descrição de políticas, procedimentos, sistemas gerenciais e mecanismos de conformidade para prevenção de práticas de concorrência des leal

10 8.4, 8.5 81 a 82

SAÚDE E SEGURANÇA DO CONSUMIDOR

GRI Tema Pacto Global Item Página

PR1 Descrição de políticas para preservar a saúde e a segurança do consumidor durante o uso de produtos e serviços, e a extensão pela qual essas políticas são visivelmente estabelecidas e aplicadas, bem como a descrição de procedimentos ou programas para tratar do assunto, incluindo sistemas de monitoramento e resultados desse monitoramento

1, 2 4.7.6 36 a 37

PR4 Número e tipo de instâncias de não-conformidade com a legislação referente à saúde e segurança do consumidor, incluindo penalidades e multas impostas por essas violações

1, 2 4.7.6 37

PR5 Número de reclamações recebidas por organismos regulatórios ou organizações oficiais similares para inspecionar ou regular a garantia de saúde e segurança no uso de produtos e serviços

1, 2 4.7.6 37

PR6 Conformidade voluntária a um código de conduta, selos nos rótulos dos produtos que a organização está qualificada para utilizar ou prêmios referentes a responsabilidade social e / ou ambiental que recebeu

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

3.9 20 a 21

PRODUTOS E SERVIÇOS

GRI Tema Pacto Global Item Página

PR2 Descrição de políticas, procedimentos, sistemas gerenciais e mecanismos de conformidade relacionados a informações sobre o produto e sua rotulagem

1, 2, 7, 8 4.7.6 36 a 37

PR7 Número e tipo de instâncias de não-conformidade com a legislação referente a informações e rotulagens do produto, incluindo qualquer penalidade ou multa imposta por essas violações

1, 2, 7, 8 Considerado não aplicável a nossa Companhia

PR8 Descrição de políticas, procedimentos, sistemas gerenciais e mecanismos de conformidade relacionados à satisfação do consumidor, incluindo resultados de pesquisas sobre o assunto

8.1, 8.4 75, 81 a 82

PROPAGANDA

GRI Tema Pacto Global Item Página

PR9 Descrição de políticas, procedimentos, sistemas gerenciais e mecanismos de conformidade para adesão a padrões e códigos voluntários relacionados à propaganda

1, 2, 10 Não mensurado com meta de implantação para 2007

PR10 Número e tipos de violação de regulamentações de propaganda e marketing

1, 2, 10 Não mensurado com meta de implantação para 2007

RESPEITO À PRIVACIDADE

GRI Tema Pacto Global Item Página

PR3 Descrição de políticas, procedimentos, sistemas gerenciais e mecanismos de respeito à privacidade do consumidor

1, 2, 10 8.4 81 a 82

PR11 Número de reclamações registradas com respeito à violação da privacidade de consumidores

1, 2, 10 8.4 81 a 82

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

98

10. AGRADECIMENTOS

10.1 Mensagem de Agradecimento

Ao reconhecermos que o bom desempenho e o lucro de R$ 502,4 milhões obtidos pela Copel neste ano

provêm do constante apoio recebido das partes interessadas com os quais nos relacionamos, queremos

expressar nossos agradecimentos ao senhores acionistas, aos nossos clientes e fornecedores, aos

membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, ao Governo do Estado e demais poderes

públicos e à comunidade pela confiança depositada em nossa Companhia.

Agradecemos especialmente a nossos empregados por seu empenho e dedicação, que por mais de 51

anos têm transformado a Copel numa empresa que é motivo de orgulho para o Estado do Paraná.

Curitiba, 27 de março de 2006.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente JOÃO BONIFÁCIO CABRAL JÚNIOR

ACIR PEPES MEZZADRI

FRANCELINO LAMY DE MIRANDA GRANDO

LAURITA COSTA ROSA

NELSON FONTES SIFFERT FILHO

ROGÉRIO DE PAULA QUADROS

RUBENS GHILARDI

Membros:

SÉRGIO BOTTO DE LACERDA

COMITÊ DE AUDITORIA

Presidenta LAURITA COSTA ROSA

ACIR PEPES MEZZADRI Membros:

ROGÉRIO DE PAULA QUADROS

CONSELHO FISCAL

Presidente ANTONIO RYCHETA ARTEN

Membros: HERON ARZUA

LINDSLEY DA SILVA RASCA RODRIGUES

NELSON PESSUTI

MÁRCIO LUCIANO MANCINI

DIRETORIA

Diretor Presidente RUBENS GHILARDI

Diretor de Finanças e de Relações com Investidores PAULO ROBERTO TROMPCZYNSKI

Diretor de Gestão Corporativa LUIZ ANTONIO ROSSAFA

Diretor de Distribuição RONALD THADEU RAVEDUTTI

Diretor de Geração e Transmissão de Energia e de Telecomunicações RAUL MUNHOZ NETO

Diretor Jurídico ASSIS CORRÊA

C O N T A D O R

Contador - CRC-PR-023798/O-0 EDSON GILMAR DAL PIAZ BARBOSA

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

99

Informações sobre este Relatório: [email protected] - Fone - 55 41 3331-2903

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

100

10.2 Glossário de Termos Utilizados

AA 1000 – Accountability 1000: norma de accountability com foco em assegurar a qualidade da contabilidade, auditoria e relato

social e ético; norma internacional de certificação em Responsabilidade Social Empresarial – RSE.

Absenteísmo: pode ser definido como o não comparecimento a um trabalho programado. O absenteísmo distingue-se do atraso ou

impontualidade, o qual é definido como o não comparecimento no horário programado para um trabalho.

Accountability: a obrigação de prestar contas sobre algo é explicar ou justificar atos e omissões pelos quais alguém é responsável

a pessoas com um interesse legítimo. Para impulsionar sua accountability, uma organização se responsabiliza pelos seus atos e

omissões. Entretanto, adicionalmente a este requerimento de “transparência”, accountability também implica uma obrigação mais

ampla de pró-atividade e abertura pública. Isto inclui:

a) Transparência: que se refere à obrigação de prestar contas àqueles com um interesse legítimo – as partes interessadas na

organização – stakeholders.

b) Pró-atividade: que se refere à responsabilidade da organização por seus atos e omissões, incluindo os processos de tomada de

decisão e resultados conseqüentes a estas decisões. Pró-atividade exige uma responsabilidade em desenvolver os processos e

metas da organização para apoiar a melhoria contínua do desempenho da organização.

c) Conformidade: que se refere à obrigação de cumprir requerimentos legais, relacionados tanto a políticas organizacionais quanto

ao relato de políticas e desempenho.

Ação: título negociável, que representa a menor parcela em que se divide o capital de uma sociedade anônima.

Acionista: aquele que possui ações de uma sociedade anônima.

Acionista majoritário: aquele que detém uma quantidade tal de ações com direito a voto que lhe permite manter o controle

acionário de uma sociedade.

Acionista minoritário: aquele que é detentor de uma quantidade não expressiva (em termos de controle acionário) de ações com

direito a voto.

Alinhamento: consistência entre planos, processos, ações, informações e decisões para apoiar as estratégias, objetivos e metas

globais da organização. O alinhamento eficaz requer o entendimento de conceitos, das estratégias e metas e a utilização de

indicadores e informações complementares para possibilitar o planejamento, monitoramento, análise e melhoria nos setores de

trabalho, principais processos e na organização como um todo.

Alta direção: abrange os executivos ou líderes de escalões superiores, que compartilham a responsabilidade principal pelo

desempenho e pelos res ultados da organização.

Análise crítica: verificação profunda e global de um projeto, produto, serviço, processo ou informação com relação a requisitos,

objetivando a identificação de problemas e a proposição de soluções.

Anemômetro sônico: Sensor que mede a velocidade e a direção do vento simultaneamente.

Arbitragem: a) Operação na qual um investidor aufere um lucro sem risco, realizando transações simultâneas em dois ou mais

mercados. b) Sistemática que possibilita a liquidação física e financeira das operações interpraças, por meio da qual a mesma

pessoa, física ou jurídica, atuando no mercado a vista, poderá comprar em uma bolsa e vender em outra, a mesma ação, em iguais

quantidades, desde que haja convênio firmado entre as duas bolsas.

Auto-sustentabilidade : capacidade da Companhia de manter-se no mercado de modo competitivo.

Balanço: documento expositivo econômico-financeiro-patrimonial da organização relativo ao seu exercício social, encerrado ao

término deste, contendo todos os registros contábeis levantados e formalizando legalmente o encerramento das operações relativas

ao período de um ano.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

101

Balanço social: meio de dar transparência às atividades corporativas através de um levantamento dos principais indicadores de

desempenho econômico, social e ambiental da Companhia. Além disto, é um instrumento que amplia o diálogo com todos os

públicos com os quais a Companhia se relaciona: acionistas, consumidores e clientes, comunidade vizinha, funcionários,

fornecedores, governo, organizações não-governamentais, mercado financeiro e a sociedade em geral. Durante sua realização, o

balanço social funciona também como uma ferramenta de auto-avaliação, já que dá à Companhia uma visão geral sobre sua gestão

e o alinhamento dos valores e objetivos presentes e futuros da Companhia com seus resultados atuais

Balanced Scorecard - BSC: conceito que ajuda a traduzir a estratégia de ação nos negócios. O Balanced Scorecard fornece um

retrato detalhado de operações de negócio e de uma metodologia que facilite a comunicação e a compreensão de objetivos e de

estratégias de negócio em todos os níveis de uma organização.

Benchmarking: É um processo contínuo e sistemático para avaliar, medir e comparar produtos, serviços, processos e funções de

Companhias identificadas como "melhores da classe" com a finalidade de melhoria da organização, comparação com os

concorrentes, desenvolver objetivos produto e processo e estabelecer prioridades e metas. O processo pode utilizar concorrentes e

Companhias de outros setores como parâmetro e/ou observar aspectos de eficiência e procedimentos inter-departamentais ou

inter-setoriais. O objetivo do benchmarking é a melhoria do desempenho.

Biomassa: A quantidade total de matéria viva de um ecossistema, expressa em massa por unidade de área ou de volume.

Cadeia produtiva: Conjunto de todos os integrantes em um processo produtivo, considerando desde a extração da matéria-prima

de um produto até a sua comercialização a um consumidor final. Inclui toda força de trabalho própria, terceirizada e dos

fornecedores de bens e serviços.

Câmara de Arbitragem: no Brasil, a Lei n 9.307, de 23/9/1996, consolidou a regulamentação que permite às partes de uma relação

jurídica solucionarem, por meio de arbitragem, eventuais conflitos surgidos entre elas.

As Companhias registradas no Novo Mercado ou no Nível 2 de Governança Corporativa da Bovespa, comprometem-se a resolver

toda e qualquer disputa ou controvérsia relacionada ao mercado de capitais pro meio de arbitragem. Desta forma, a Bovespa criou

a Câmara de Arbitragem do Mercado, estrutura que conta com um quadro de árbitros capaz de lidar com a complexidade e a

especificidade das mais variadas questões técnicas societárias e do mercado de capitais.

Após a adesão à Câmara de Arbitragem do mercado, fica vedado qualquer recurso ao Poder Judiciário para solucionar eventuais

conflitos que estejam sob a órbita da Câmara.

C BOND (Front Loaded Interest Reduction with Capitalization Bond) - Bônus de Capitalização:Bônus de emissão do governo

brasileiro utilizado na troca da dívida de responsabilidade do setor público em 15.04.1994 ao amparo do acordo da dívida externa.

Durante os primeiros seis anos obedece a uma escala crescente de juros fixos sem spread, e a partir do sétimo ano os juros

passam a ser de 8%a.a., havendo uma capitalização da diferença entre as taxas inciais e essa taxa fixa.

Clima organizacional: conjunto das percepções compartilhadas pelos membros de uma organização com relação ao trabalho, ao

ambiente físico profissional, às relações interpessoais e às normas formais que afetam o trabalho.

Código de conduta: tem origem nos valores Companhiariais e na cultura organizacional que procuram refletir a integridade dos

procedimentos da Companhia, atuando como norma máxima, juntamente com o Estatuto, para a tomada de decisões na condução

dos negócios da Companhia.

Competência: mobilização de conhecimentos (saber), habilidades (fazer) e atitudes (querer) necessários ao desempenho de

atividades ou funções, segundo padrões de qualidade e produtividade requeridos pela natureza do trabalho.

Comprometimento: a nível organizacional, refere-se ao grau de responsabilidade, ao apego e lealdade que ocorre entre os

empregados e uma organização. Por exemplo, a demanda de competir por meio da alta qualidade exige uma força de trabalho

disposta a manifestar motivação, flexibilidade e a crença em produtos e serviços que têm alto desempenho, e o comprometimento

deve ajudar a garantir essas características.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

102

Confidencialidade da informação: um dos aspectos relacionados à segurança das informações que trata das garantias

necessárias para que a informação seja acessada somente pelas pessoas que estejam autorizadas.

Comunicação: ato de emitir, transmitir e receber mensagens por meio de métodos e/ou processos convencionados, quer através

da linguagem falada ou escrita, quer por meio de outros sinais, signos ou símbolos, quer de aparelhamento técnico especializado,

sonoro e/ou visual. Por meio da comunicação as organizações e seus membros trocam informações, formam entendimentos,

coordenam atividades, exercem influência, socializam-se, além de gerar e manter sistemas de crenças, símbolos e valores.

Conhecimento: é constituído pela tecnologia, pelas políticas, pelos procedimentos, pelas bases de dados e documentos, bem

como pelo conjunto de experiências e habilidades das pessoas. É gerado como resultado da análise das informações coletadas

pela organização.

CPMF: Contribuição provisória sobre movimentação ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira.

Core business: Negócio principal de uma companhia; escopo de atividades que asseguram a vantagem competitiva de uma

companhia.

Cultura organizacional: padrão básico de crenças, valores, atitudes, premissas e comportamentos compartilhados ao longo do

tempo pelos membros de uma organização.

Debênture: título emitido por uma sociedade anônima para captar recursos, visando investimento ou o financiamento de capital de

giro.

Debt Conversion Bond - Bônus de Conversão da Dívida: Bônus de emissão do governo brasileiro utilizado na troca da dívida de

responsabilidade do setor público em 15.04.1994 ao amparo do acordo da dívida externa. É um título ao portador, com taxa de

juros flutuantes e é vinculado ao Bônus de Dinheiro Novo, sendo instrumento de opção dos credores que decidirem realizar novos

empréstimos ao País.

Desempenho: resultados obtidos dos principais indicadores de processos e de produtos que permitem avaliá-los e compará-los em

relação às metas, aos padrões, aos referenciais pertinentes e a outros processos e produtos. Mais comumente, os resultados

expressam satisfação, insatisfação, eficiência e eficácia e podem ser apresentados em termos financeiros ou não.

Discount Bond - Bônus de Desconto: Bônus de emissão do governo brasileiro utilizado na troca da dívida de responsabilidade do

setor público em 15.04.1994 ao amparo do acordo da dívida externa. Envolve a troca da dívida antiga por bônus com desconto de

35% sobre seu valor de face.

Diversidade: inclusão de minorias e segmentos sociais discriminados (mulheres, negros, pardos, pessoas com necessidades

especiais etc.), em todos os níveis de decisão.

Dividendo: valor distribuído aos acionistas, em dinheiro, na proporção da quantidade de ações possuídas. Normalmente é

resultado dos lucros obtidos por uma Companhia no exercício corrente ou em exercícios passados.

Ecossistema: elementos vivos e não-vivos, orgânicos e inorgânicos, que mantêm uma relação de interdependência contínua e

estável para formar um todo unificado que realiza trocas de matéria e energia interna e externamente. É considerado como a

unidade ecológica. O conjunto de todos os ecossistemas do planeta forma a biosfera, ou seja, a parte do planeta que abriga a vida.

EI Bond (Eligible Interest Bond) - Bônus de Juros Atrasados : Bônus de emissão do governo brasileiro utilizado na troca da

dívida de responsabilidade do setor público em 15.04.1994 ao amparo do acordo da dívida externa. Envolve a troca ao par (sem

desconto) pela parcela remanescente dos juros não pagos em 1991, 1992 e 1993 até a data de emissão dos novos títulos.

Empregabilidade : em oposição à segurança no emprego, é uma forma de “contrato psicológico” entre empregadores e

funcionários. Implica três elementos da relação de trabalho: (a) o funcionário é responsável pelo desenvolvimento das habilidades

certas para permanecer empregável dentro e fora da Companhia; (b) o empregador é responsável por propiciar informação, tempo,

recursos e oportunidades aos funcionários para que eles possam avaliar e desenvolver as habilidades necessárias; e (c) a relação

de trabalho pode ser desfeita se a contribuição ou a aspiração do funcionário não correspondem às necessidades do empregador.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

103

Estratégia: caminho escolhido para posicionar a organização de forma competitiva e garantir sua sobrevivência no longo prazo,

com a subseqüente definição de atividades e competências inter-relacionadas para entregar valor de maneira diferenciada às

partes interessadas. Conjunto de decisões que orientam a definição das ações a serem tomadas pela organização. As estratégias

podem conduzir a novos produtos, novos mercados, crescimento das receitas, redução de custos, aquisições, fusões e novas

alianças ou parcerias.

Estrutura organizacional: estrutura que divide o trabalho da Companhia em tarefas especializadas, designa essas tarefas a

pessoas e departamentos, e as coordena definindo laços formais entre pessoas e departamentos, pelo estabelecimento de linhas

de autoridade e comunicação.

Excelência: situação excepcional da gestão e dos resultados obtidos pela organização, alcançada por meio da prática continuada

dos fundamentos do modelo sistêmico.

Expertise: competência ou qualidade de especialista; conjunto de habilidades e conhecimento a respeito de um determinado

assunto, apropriação do saber técnico acumulado.

Fitch - Fitch Ratings: Agência internacional de classificação de risco de crédito.

FLIRB (Front Loaded Interest Reduction) - Bônus de Redução Temporária dos Juros : Bônus de emissão do governo brasileiro

utilizado na troca da dívida de responsabilidade do setor público em 15.04.1994 ao amparo do acordo da dívida externa. Obedece a

uma escala crescente de juros fixos nos primeiros seis anos e a partir do sétimo ano os juros passam a ser flutuantes .

Força de trabalho: pessoas que compõem uma organização e que contribuem para a consecução das s uas estratégias, dos seus

objetivos e das suas metas, tais como: empregados em tempo integral ou parcial, temporários, estagiários, autônomos e

contratados de terceiros que trabalham sob a coordenação direta da organização.

Fornecedor: qualquer organização que forneça bens e serviços. A utilização desses bens e serviços pode ocorrer em qualquer

estágio de projeto, produção e utilização dos produtos. Assim, fornecedores podem incluir distribuidores, revendedores, prestadores

de serviços terceirizados, transportadores, contratados e franquias, bem como os que suprem a organização com materiais e

componentes. São também fornecedores os prestadores de serviços das áreas de saúde, treinamento e educação.

Gestão: a) ato de gerir; administração; gerenciamento; (b) planejamento, organização, liderança, acompanhamento de funções

e/ou atividades que fazem parte de uma Companhia.

Global Compact - Pacto Global: declaração elaborada pela Organização das Nações Unidas – ONU, em 1999, pela qual as

Companhias signatárias se comprometem a seguir os dez princípios de Responsabilidade Social Empresarial.

Global Reporting Initiative - GRI: : padrão mundial de relatório anual transparente criado em 1997, que contempla amplamente o

impacto econômico, social e ambiental das suas atividades, produtos e serviços, e relata não apenas o desempenho passado, mas

aponta para compromissos futuros. O objetivo do GRI é definir linhas diretivas para ajudar as Companhias a desenvolverem

relatórios de Responsabilidade Social com comparabilidade internacional.

Governança Corporativa: sistema de gestão pelo qual uma companhia é dirigida e monitorada. As boas práticas de governança

são baseadas em princípios de transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade para com todas as partes

interessadas, com o objetivo de aumentar o valor da companhia e contribuir para a sua perenidade.

GWh - gigawatt/hora: 1.000.000.000 watts de energia ativa consumida em uma hora.

Indicadores: dados ou informações numéricas que quantificam as entradas (recursos ou insumos), saídas (produtos) e o

desempenho de processos, produtos e da organização como um todo. Os indicadores são utilizados para acompanhar e melhorar

os resultados ao longo do tempo e podem ser classificados em: simples (decorrentes de uma única medição) ou compostos; diretos

ou indiretos em relação à característica medida; específicos (atividades ou processos específicos) ou globais (resultados

pretendidos pela organização); e direcionadores (drivers) ou resultantes (outcomes ).

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104

Indicadores ETHOS de Responsabilidade Social Empresarial: conjunto de cerca de 40 indicadores de Responsabilidade Social

Empresarial. Trata-se de uma ferramenta de gestão, pela qual cada Companhia pode se reavaliar, anualmente, quanto ao seu

desempenho em RSE e se comparar com os benchmarks nacionais obtidos a partir dos dados de outras Companhias que também

se auto-avaliaram. Os resultados são confidenciais e os detentores de benchmarks não são identificados, para garantir a

confidencialidade das informações. É o instrumento de avaliação de várias premiações nacionais importantes, inclusive do Guia

Exame da Boa Cidadania Corporativa.

Índice Beta: Termo analítico usado para comparar o preço de uma ação em relação ao mercado. A comparação é feita entre a

ação e o Índice Bovespa, que funciona como ponto de referência com Beta igual a 1. Em resumo, as ações com Beta > 1 são mais

arriscadas e as com Beta < 1 são mais seguras e suas oscilações menos pronunciadas.

Inovação: a definição de inovação evoluiu através dos anos, primeiramente, em um foco restrito de introdução de um novo produto

no mercado, para uma interpretação mais ampla que inclui mudanças em serviços, marketing (mercado) e sistemas de gerência.

Sob esta perspectiva a inovação é a aplicação, em qualquer organização, de novas idéias, sejam relacionadas a produtos,

processos, serviços, ou na gerência do sistema e mercado através do qual a organização opera. Do ponto de vista administrativo é

definido como o esforço para criar uma mudança proposital e focada, no potencial econômico ou social de uma organização.

Instituto ETHOS de Responsabilidade Social: organização não governamental, fundada em 1998 anos por um grupo de

empresários brasileiros, com o objetivo de difundir os conceitos e práticas de Responsabilidade Social Empresarial, bem como

sensibilizar e apoiar outras Companhias para a sua implantação.

Interface GSM : Os dados coletados pela estação são enviados automaticamente para um computador em Curitiba via GSM

(celular).

ISO – International Organization for Standardization - Organização Internacional de Normalização: organização não

governamental, criada em 1947, com a finalidade de estabelecer padrões diferenciados de gerenciamento da qualidade para cada

país. Visa facilitar o intercâmbio internacional de bens e serviços e a cooperação no âmbito das atividades intelectuais, científicas,

tecnológicas e econômicas.

Joint-venture: forma de aliança inter-Empresarial que objetiva a criação de novo negócio, para atuação em mercados conjugados

na comercialização de produtos ou na complementação de projetos de desenvolvimento de produtos. É normalmente estabelecida

entre uma Companhia com capital necessário ao financiamento do projeto, e outra que domina as competências técnicas, os

contatos comerciais, ou ambos. Nesse sentido, a franquia pode ser considerada como espécie de joint-venture.

kV - quilovolt: 1.000 volts

kW – quilowatt: 1.000 watts (potência ativa)

MCSD – Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits

MCSD exant – Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits que ocorre mensalmente, antes da realização do mercado,

previsto pelo Decreto 5.163/2004.

MCSD – Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits que ocorre anualmente, após a realização do mercado.

Missão: razão de ser de uma organização, as necessidades sociais a que ela atende e seu foco fundamental de atividades.

Elemento importante no estabelecimento da estratégia da organização. A missão precisa ser difundida por toda a Companhia.

Moodys - Moody’s Investors Service: Agência internacional de classificação de risco de crédito.

MVA - mega volt ampére: 1.000.000 watts de potência aparente.

MW – megawatt: 1.000.000 watts (potência ativa).

New Money Bond - Bônus de Dinheiro Novo: Bônus de emissão do governo brasileiro utilizado na troca da dívida de

responsabilidade do setor público em 15.04.1994 ao amparo do acordo da dívida externa. Esse ativo tem prazo de quinze anos,

incluindo sete de carência, e rende juros flutuantes de mercado.

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105

Oficina - Workshop: seminário ou curso intensivo, de curta duração, em que técnicas, habilidades, saberes, artes etc. são

demonstrados e aplicados. Reunião de grupos de trabalho interessados em determinado projeto ou atividade para discussão e/ou

apresentação prática do referido projeto ou atividade.

Organização não governamental ou Terceiro Setor – ONG: associação sem fins lucrativos que se dedica a ações relacionadas

com a solidariedade social, a cooperação e o desenvolvimento, o auxílio a refugiados, a alfabetização e o planejamento familiar, a

defesa do: patrimônio, ambiente, direitos da mulher.

Padronização: implementação de procedimentos uniformes e conscientes para a realização de tarefas; processo de classificação,

ordenação, homogeneização e fixação de atividades, práticas e tecnologias segundo regras previamente estabelecidas.

Parceria: estágio de relacionamento especial e estreito entre duas organizações obtido em função de fatores e razões diversas. As

parcerias objetivam o fortalecimento das relações com os clientes ou com os fornecedores. No primeiro caso, os fatores ou raz ões

podem incluir melhor possibilidade do conhecimento dos requisitos e necessidades do cliente e, no segundo caso, o volume de

negócios entre a organização e o fornecedor, grau de dependência da organização em relação ao fornecedor, criticidade do produto

ou serviço oferecido pelo fornecedor.

Partes interessadas - stakeholders: todos os intervenientes na produção da Companhia e todos aqueles sobre os quais ela tem

de alguma forma uma repercussão. São todos os “atores” da Companhia (colaboradores, clientes, fornecedores, acionistas,

administradores), os “observadores” (o Estado, os sindicatos, as instituições, as mídias) e a sociedade civil (coletividades e

associações da região onde está implantada a Companhia).

Par Bond - Bônus ao Par : Bônus de emissão do governo brasileiro utilizado na troca da dívida de responsabilidade do setor

público em 15.04.1994 ao amparo do acordo da dívida externa. Envolve a troca ao par (sem desconto) da dívida antiga por bônus

de juros fixos, com amortização única no final do trigésimo ano.

Patente : título de propriedade temporária sobre invenção/inovação, modelo de utilidade ou desenho industrial, outorgado pelo

Estado ao intentor, autor, pessoa física ou jurídica detentora de direitos sobre a criação. A patente confere ao seu titular uma

situação legal, pela qual a invenção/inovação patenteada pode ser explorada (fabricada, importada, vendida e usada), com

autorização do titular.

Pesquisa e Desenvolvimento – P&D: atividades de natureza criativa ou empreendedora, desenvolvidas sistematicamente com

vistas à geração de novos conhecimentos ou aplicação inovadora de conhecimento existente, inclusive para investigação de novas

aplicações.

pH: Índice químico que identifica a acidez ou alcalinidade.

Planejamento: estratégia organizacional que envolve - (1) opção pelo cumprimento de determinada tarefa e conseqüente definição

de objetivos gerais de curto e longo prazo; (2) definição de objetivos específicos para superintendências, áreas, equipes e

funcionários (3) seleção de estratégias, e (4) alocação de recursos humanos, de equipamentos, tecnológicos, financeiros e outros.

Planejamento estratégico: processo de desenvolvimento e análise do propósito e da filosofia da Companhia, definição de

objetivos gerais, das estratégias a serem utilizadas em prazo previamente definido, e da forma de alocação dos recursos.

Planos de ação: principais propulsores organizacionais, resultantes do desdobramento das estratégias de curto e longo prazos. De

maneira geral, os planos de ação são estabelecidos para realizar aquilo que a organização deve fazer bem feito para que sua

estratégia seja bem sucedida. O desenvolvimento dos planos de ação é de fundamental importância no processo de planejamento

para que os objetivos estratégicos e as metas estabelecidas sejam entendidas e desdobradas para toda a organização. O

desdobramento dos planos de ação requer uma análise do montante de recursos necessários e a criação de medidas de

alinhamento para todas as unidades de trabalho. O desdobramento pode também exigir a capacitação de alguns ou o recrutamento

de novas pessoas.

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106

Princípio da Precaução: A Declaração do Rio, no seu artigo 15 diz: “Com o fim de proteger o meio ambiente, o princípio da

precaução deverá ser amplamente observado pelos Estados, de acordo com suas capacidades. Quando houver ameaças de danos

graves ou irreversíveis, a ausência de certeza científica não será utilizada como razão para o adiamento de medidas

economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental” . – levar para glossário

Processo: conjunto de recursos e atividades inter-relacionadas que transformam insumos (entradas) em produtos (saídas). Essa

transformação deve agregar valor na percepção dos clientes do processo e exige um certo conjunto de recursos. Os recursos

podem incluir pessoal, finanças, instalações, equipamentos, métodos e técnicas, numa seqüência de etapas ou ações sistemáticas.

O processo poderá exigir que a seqüência de etapas seja documentada por meio de especificações, de procedimentos e de

instruções de trabalho, bem como que as etapas de medição e controle sejam adequadamente definidas.

Produtividade : eficiência na utilização dos recursos; relação entre a quantidade ou valor produzido e a quantidade ou o valor dos

insumos aplicados à produção; rendimento

Qualidade : totalidade de características de uma entidade (atividade ou um processo, um produto, uma organização ou uma

combinação destes), que lhe confere a capacidade de satisfazer as necessidades explícitas e implícitas dos clientes. Neste caso a

entidade pode ser uma atividade ou um processo, um produto, uma organização ou uma combinação desses.

Rating: Opinião sobre risco relativo baseado na capacidade e vontade do emissor para pagar completamente e no prazo acordado,

principal e juros durante o período de vigência do instrumento de dívida e também baseado na severidade da perda, em caso de

inadimplência.

Reciclagem: processo através do qual um determinado material retorna ao seu ciclo de produção, após já ter sido utilizado e

descartado, para que novamente possa ser transformado em um bem de consumo, assim economizando energia e preservando os

recursos naturais e o meio ambiente.

Recurso renovável: bens naturais destinados às múltiplas atividades dos seres humanos e cuja disponibilidade futura é reversível

com o uso, sempre que se utilize técnicas de manejo em que a taxa de consumo não exceda a capacidade de carga do meio. Um

recurso renovável pode se auto-renovar a nível constante, porque se recicla rapidamente (água) ou porque está vivo e pode

propagar-se ou ser propagado (organismos e ecossistemas).

Resíduo: qualquer material gasoso, líquido ou sólido, que sobra de um processo de produção, transformação, extração de recursos

naturais, execução ou consumo de produtos e serviços.

Resolução CONAMA nº 357/2005: Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu

enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.

Responsabilidade Social Empresarial – RSE: forma de conduzir os negócios que torna a Companhia parceira e co-responsável

pelo desenvolvimento social. A Companhia socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das

diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio

ambiente) e conseguir incorporá-los ao planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos, não apenas

dos acionistas ou proprietários. (FIEMG) “A responsabilidade social é uma forma de gestão que se define pela relação ética e

transparente da Companhia com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas Companhiariais

compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para gerações futuras,

respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.” (Instituto Ethos)

SI – Subsidiária Integral: Empresa cujo capital pertence integralmente a outra empresa.

Stakeholders – ver partes interessadas

Sustentabilidade : compatibilização da exploração de recursos com volume de investimentos orientados para o desenvolvimento

tecnológico e as mudanças institucionais tendo em vista a responsabilidade ambiental do setor produtivo. Condução dos negócios e

uso de recursos naturais considerando o direito à vida das gerações futuras.

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107

TUSD – Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição: Tarifa estabelecida pela Aneel, destinada ao pagamento pelo uso do sistema de

distribuição em determinado ponto de conexão ao sistema.

V – volt: é a medida das tensões. a energia que dimensiona as cargas elétricas

Valor agregado: procedimento através do qual uma Companhia adquire e melhora produto ou serviço antes de oferecê-lo a seus

clientes, conhecimento embutido num produto, serviço ou processo.

Visão: é a ideologia básica da empresa e sua visão de futuro. São metas específicas e planejáveis. É a imagem corporativa futura

desejável, relacionada com o cliente, a equipe e o acionista/mantenedor.

W - watt: potência, energia. Potência desenvolvida quando se realiza, de maneira contínua e uniforme, o trabalho de 1 joule em 1

segundo

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108

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Balanço Patrimonial - Ativo Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004

(Valores expressos em milhares de reais)

ATIVO NE

2005 2004 2005 2004

CirculanteDisponibilidades 5 15.583 3.281 1.131.766 533.092 Consumidores e revendedores 6 - - 945.577 802.362 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 7 - - (79.073) (85.327) Serviços executados para terceiros, líquidos 8 - - 7.349 2.823 Dividendos a receber 9 207.152 302.018 3.665 2.886 Serviços em curso - 1.060 1.060 12.132 5.621 Repasse CRC ao Gov. Estado do Paraná 10 - - 31.803 29.459 Impostos e contribuições sociais a compensar 11 64.737 19.502 131.038 78.738 Conta de compensação da "parcela A" 12 - - 128.187 197.162 Ativo regulatório - Pasep/Cofins 13 - - 43.876 - Cauções e depósitos vinculados 14 - - 43.746 9.225 Almoxarifado - - - 36.590 30.632 Outros créditos 15 4.351 4.600 33.587 31.809

292.883 330.461 2.470.243 1.638.482

Realizável a Longo PrazoConsumidores e revendedores 6 - - 104.483 100.703 Repasse CRC ao Gov. Estado do Paraná 10 - - 1.150.464 1.167.945 Impostos e contribuições sociais a compensar 11 143.346 133.654 526.506 528.685 Depósitos judiciais 26 62.060 83.364 145.183 146.662 Conta de compensação da "parcela A" 12 - - 8.559 111.246 Ativo regulatório - Pasep/Cofins 13 - - 43.608 80.426 Cauções e depósitos vinculados 14 - - 27.041 27.020 Coligadas e controladas 16 1.226.726 1.147.886 35.357 33.476 Outros créditos 15 - - 16.576 23.075

1.432.132 1.364.904 2.057.777 2.219.238

PermanenteInvestimentos 17 5.473.396 5.062.165 414.320 407.627 Imobilizado 18 - - 5.991.291 5.730.561 Diferido - - - 5.375 4.996

5.473.396 5.062.165 6.410.986 6.143.184

Total do Ativo 7.198.411 6.757.530 10.939.006 10.000.904

As notas explicativas da administração - NE são parte integrante das demonstrações contábeis.

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Balanço Patrimonial – Passivo e Patrimônio Líquido Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004

(Valores expressos em milhares de reais)

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO NE

2005 2004 2005 2004

CirculanteEmpréstimos e financiamentos 19 11.304 418.735 99.253 514.396 Debêntures 20 92.471 156.620 115.703 156.620 Fornecedores 21 280 440 1.162.416 783.315 Impostos e contribuições sociais 11 166.603 125.547 381.965 325.155 Dividendos a pagar - 110.567 86.306 114.467 91.352 Folha de pagamento e provisões trabalhistas 22 96 81 108.326 84.468 Benefícios pós-emprego 23 2 16 132.902 124.783 Conta de compensação da "parcela A" 12 - - 65.664 - Taxas regulamentares 24 - - 41.280 64.135 Operações com derivativos 43 - - - 124.629 Outras contas a pagar 25 28 12 107.388 24.648

381.351 787.757 2.329.364 2.293.501

Exigível a Longo PrazoEmpréstimos e financiamentos 19 110.096 135.932 602.624 702.868 Debêntures 20 962.902 457.407 1.226.525 457.407 Provisões para contingências 26 219.050 240.117 424.269 428.762 Dívidas com pessoas ligadas - 37.829 - - - Fornecedores 21 - - 176.609 240.663 Impostos e contribuições sociais 11 - - 37.235 78.408 Benefícios pós-emprego 23 - - 486.854 540.587 Conta de compensação da "parcela A" 12 - - 24.912 - Taxas regulamentares 24 - - - 1.588

1.329.877 833.456 2.979.028 2.450.283

Participações Minoritárias - - - 143.431 120.803

Patrimônio Líquido Capital social 27 3.480.000 3.480.000 3.480.000 3.480.000 Reservas de capital 27 817.293 817.293 817.293 817.293 Reservas de lucros 27 1.189.890 839.024 1.189.890 839.024

5.487.183 5.136.317 5.487.183 5.136.317

Total do Passivo e do Patrimônio Líquido 7.198.411 6.757.530 10.939.006 10.000.904

As notas explicativas da administração - NE são parte integrante das demonstrações contábeis.

Companhia Consolidado

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Demonstração do Resultado Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004

(Valores expressos em milhares de reais)

NE

2005 2004 2005 2004Receita Operacional

Fornecimento de energia elétrica 28 - - 5.275.883 4.605.469 Suprimento de energia elétrica 28 - - 949.937 445.856 Disponibilidade da rede elétrica 28 - - 267.996 209.766 Receita de telecomunicações 28 - - 57.075 41.434 Distribuição de gás canalizado 28 - - 181.382 161.227 Outras receitas operacionais 28 - - 83.857 80.573

- - 6.816.130 5.544.325

Deduções da Receita Operacional 29 - - (1.962.594) (1.618.551)

Receita Operacional Líquida - - 4.853.536 3.925.774

Despesa OperacionalEnergia elétrica comprada para revenda 30 - - (1.436.330) (963.883) Encargos de uso da rede elétrica - - - (502.074) (289.606) Transporte de potência de energia elétrica - - - (28.724) (21.547) Pessoal 31 (4.485) (4.063) (566.455) (474.796) Planos previdenciário e assistencial 32 (21) (86) (99.381) (137.566) Material 33 (5) (30) (62.465) (54.462) Matéria-prima e insumos para produção de energia 34 - - (62.070) (12.271) Gás natural e insumos para operação de gás 35 - - (142.294) (278.555) Serviços de terceiros 36 (6.449) (4.636) (197.143) (192.793) Depreciação e amortização - - - (328.906) (308.910) Taxas regulamentares 37 - - (429.841) (358.645) Tributos - (22.424) (1.440) (42.335) (10.092) Outras despesas operacionais 38 (3.198) (2.751) (135.918) (221.011)

(36.582) (13.006) (4.033.936) (3.324.137)

Resultado das Atividades (36.582) (13.006) 819.600 601.637

Resultado Financeiro Receitas financeiras 39 15.199 5.716 396.279 427.539 Despesas financeiras 39 (97.664) (22.899) (474.764) (418.719)

(82.465) (17.183) (78.485) 8.820

Resultado de Participações Societárias 40 613.035 409.458 (13.468) (10.275)

Lucro Operacional 493.988 379.269 727.647 600.182

Resultado Não Operacional - 187 (26) (10.646) (6.358)

Lucro antes do Imp. Renda e Contr. Social 494.175 379.243 717.001 593.824

Imposto de Renda e Contribuição Social Imposto de renda 42 6.044 (6.367) (144.904) (147.877) Contribuição social 42 2.158 1.272 (53.296) (50.556)

8.202 (5.095) (198.200) (198.433) Lucro Líquido do Exercício antes das Participações Minoritárias 502.377 374.148 518.801 395.391

Participações Minoritárias - - - (16.424) (21.243)

Lucro Líquido do Exercício 502.377 374.148 502.377 374.148

Lucro Líquido por Lote de Mil Ações 1,8358 1,3672 1,8358 1,3672

As notas explicativas da administração - NE são parte integrante das demonstrações contábeis.

Companhia Consolidado

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111

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004

(Valores expressos em milhares de reais)

Reserva Capital Reservas Reserva de retenção Lucros social de capital legal de lucros acumulados Total

Saldo em 31 de dezembro de 2003 2.900.000 817.293 165.995 974.942 - 4.858.230

Aumento de capital social 580.000 - - (580.000) - - Lucro líquido do exercício - - - - 374.148 374.148

Destinação proposta à A.G.O.:Reserva legal - - 18.707 - (18.707) - Juros sobre o capital próprio - - - - (96.061) (96.061)

Reserva para investimentos - - - 259.380 (259.380) -

Saldo em 31 de dezembro de 2004 3.480.000 817.293 184.702 654.322 - 5.136.317

Ajuste de exercícios anteriores - NE 25.a - - - - (28.516) (28.516) Lucro líquido do exercício - - - - 502.377 502.377

Destinação proposta à A.G.O.:Reserva legal - - 25.119 - (25.119) - Juros sobre o capital próprio - - - - (122.995) (122.995)

Reserva para investimentos - - - 325.747 (325.747) -

Saldo em 31 de dezembro de 2005 3.480.000 817.293 209.821 980.069 - 5.487.183

As notas explicativas da administração - NE são parte integrante das demonstrações contábeis.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

112

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004

(Valores expressos em milhares de reais)

ORIGENS

2005 2004 2005 2004

Das operaçõesLucro líquido do exercício 502.377 374.148 502.377 374.148

Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante líquido:

Depreciação e amortização - - 328.906 308.910Variações monetárias de longo prazo - líquidas 16.890 (4.175) (38.942) 29.491Equivalência patrimonial (634.791) (420.132) (13.501) (5.849)Imposto de renda e contribuição social diferidos (9.692) 21.617 (38.363) 30.650Provisões no exigível a longo prazo 17.187 7.000 216.321 156.322 Baixas de realizáveis a longo prazo - - 85 68.274 Baixas de investimentos - - - 18 Baixas de imobilizado em serviço - líquidas - - 24.233 13.688 Baixas de diferido - - 103 - Amortização de ágio em investimentos - - 4.808 4.808

(610.406) (395.690) 483.650 606.312

Resultado ajustado (108.029) (21.542) 986.027 980.460

Dividendos recebidos de coligadas e controladas 239.041 130.060 4.576 5.237

131.012 108.518 990.603 985.697

De terceirosResgate de depósitos judiciais e cauções - - - 25.000 Coligadas e controladas - 261.762 - - Alienação de investimentos - - 146 - Contribuições do consumidor - - 39.675 47.925Empréstimos e financiamentos - - 35.532 25.412 Debêntures 500.000 - 755.626 - Participações minoritárias - - 22.628 12.420 Realizáveis a longo prazo transferidos para o circulante:

Consumidores e revendedores - - 22.814 20.836 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - - 31.772 24.214ICMS a recuperar - - 1.518 32.907 Conta de compensação da "parcela A" - - 101.933 205.231 Contratos de mútuo 475 7.961 475 612 Ativo regulatório - Pasep/Cofins - - 85.414 - Outros créditos - 1.215 2.305 3.100

500.475 270.938 1.099.838 397.657

Da redução do capital circulante líquido - 307.020 - 737.265

TOTAL DAS ORIGENS 631.487 686.476 2.090.441 2.120.619

A NE nº 47 apresenta o detalhamento desta demonstração contábil.

Companhia Consolidado

As notas explicativas da administração - NE são parte integrante das demonstrações contábeis.

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113

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004

(Valores expressos em milhares de reais)

APLICAÇÕES

2005 2004 2005 2004

Na distribuição de dividendos 122.995 96.061 122.995 96.061

No imobilizado - - 668.866 597.276

No realizável a longo prazoConsumidores e revendedores - - 11.255 1.859 Repasse CRC ao Gov. Estado do Paraná - transf. do circulante - - - 170.149 Impostos e contribuições sociais a compensar - - 2.232 11.407Depósitos judiciais - 7.056 19.826 32.420Coligadas e controladas 49.407 - - - Conta de compensação da "parcela A" - - 13.884 111.937 Ativo regulatório Pasep/Cofins - - 48.597 80.426 Outros ativos - - 1.647 1.271

49.407 7.056 97.441 409.469

Nos investimentos 43.997 324 2.707 23.609

No diferido - - 752 911

Exigíveis a longo prazo transferidos para o circulante:Empréstimos e financiamentos 10.064 483.035 95.900 581.618Debêntures - 100.000 - 100.000 Fornecedores - - 64.321 33.807 Benefícios pós-emprego - - 131.644 144.416Operações com derivativos - - - 124.629 Conta de compensação da "parcela A" - - 28.767 - Impostos, contribuições sociais e outras contas a pagar 36.196 - 80.457 7.216 Contingências judiciais - - 693 1.607

46.260 583.035 401.782 993.293

No aumento do capital circulante líquido 368.828 - 795.898 -

TOTAL DAS APLICAÇÕES 631.487 686.476 2.090.441 2.120.619

Demonstração da variação do capital circulante líquido

Ativo circulante inicial 330.461 197.180 1.638.482 1.385.447Passivo circulante inicial 787.757 347.456 2.293.501 1.303.201Capital circulante líquido inicial (457.296) (150.276) (655.019) 82.246

Ativo circulante final 292.883 330.461 2.470.243 1.638.482Passivo circulante final 381.351 787.757 2.329.364 2.293.501Capital circulante líquido final (88.468) (457.296) 140.879 (655.019)

Aumento (redução) do capital circulante líquido 368.828 (307.020) 795.898 (737.265)

As notas explicativas da administração - NE são parte integrante das demonstrações contábeis.

A NE nº 47 apresenta o detalhamento desta demonstração contábil.

Companhia Consolidado

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

114

Demonstração do Valor Adicionado Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004

(Valores expressos em milhares de reais)

NE

2005 2004 2005 2004

Receitas Venda de energia, serviços e outras receitas 28 - - 6.816.130 5.544.325 Vendas canceladas e abatimentos 29 - - (136) (296) Provisão para créditos de liquidação duvidosa 38 - - (25.501) (63.987) Resultado não operacional - 187 (26) (10.646) (6.358)

Total 187 (26) 6.779.847 5.473.684

( - ) Insumos aquiridos de terceiros Energia elétrica comprada para revenda 30 - - 1.436.330 963.883 Encargos de uso da rede elétrica e transporte - - - 530.798 311.153 Material, insumos e serviços de terceiros 33 a 36 6.454 4.666 463.972 538.081 Encargos de capacidade emergencial 29 - - 82.404 137.243 Outros insumos - 3.089 2.615 94.485 140.608

Total 9.543 7.281 2.607.989 2.090.968

( = ) VALOR ADICIONADO BRUTO (9.356) (7.307) 4.171.858 3.382.716

( - ) Depreciação e amortização - - - 328.906 308.910

( = ) VALOR ADICIONADO LÍQUIDO (9.356) (7.307) 3.842.952 3.073.806

( + ) Valor Adicionado TransferidoReceitas financeiras 39 15.199 6.138 449.378 439.125 Equivalência patrimonial 40 613.035 409.458 (13.468) (10.275)

Total 628.234 415.596 435.910 428.850

VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR 618.878 408.289 4.278.862 3.502.656

Nota: Demonstração em conformidade com a Norma Brasileira de Contabilidade NBC T 3.7 aprovada pela Resol. CFC nº 1.010 publicada no D.O.U. em 25.01.2005.

Consolidado Companhia

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

115

Demonstração do Valor Adicionado Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004

(Valores expressos em milhares de reais)

(continuação)

NE

2005 % 2004 % 2005 % 2004 %

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO :

Pessoal Remunerações 31 3.715 3.300 414.364 347.701 Planos previdenciário e assistencial 32 21 86 99.381 137.566 Auxílio alimentação e educação 31 - - 35.575 30.465 Encargos sociais - FGTS 31 183 188 31.773 26.391 Indenizações trabalhistas 31 - - 2.669 1.893 Participação nos lucros e/ou resultados 31 - - 32.294 18.319 Transferências para imobilizado em curso 31 - - (57.148) (38.880)

Total 3.919 0,6 3.574 0,9 558.908 13,1 523.455 15,0

Governo FEDERAL: (1.875) 15.329 1.281.945 1.024.085 Encargos sociais - INSS 31 587 575 106.928 88.907 Imposto de renda e contribuição social 42 (8.202) 5.095 198.200 198.433 PASEP 29 - - 79.883 42.385 COFINS 29 - - 361.509 198.238 Taxas regulamentares 37 - - 429.841 358.645 RGR 29 - - 63.817 63.249 CPMF e IOF 39 4.504 1.545 35.734 29.982 Provisão para Tributos Federais 39 - 7.000 - 26.000 Tributos s/ Rec. Financeira (Pasep/Cofins) 39 - 422 - 11.586

Outros Tributos - 1.236 692 6.033 6.660 ESTADUAL: 21.188 748 1.407.836 1.177.721 ICMS 29 - - 1.373.494 1.175.935 ICMS - Autos de Infração - 21.188 748 33.629 748 IPVA e outros impostos e taxas - - - 713 1.038 MUNICIPAL: - - 3.311 2.851 ISSQN 29 - - 1.351 1.205 IPTU e outros impostos e taxas - - - 1.960 1.646

Total 19.313 3,1 16.077 3,9 2.693.092 62,9 2.204.657 62,9

Financiadores Juros e variações monetárias 39 93.160 14.354 492.129 362.737 Aluguéis 38 109 136 15.932 16.416

Total 93.269 15,1 14.490 3,6 508.061 11,9 379.153 10,8

Acionistas Remuneração do capital próprio 27 122.995 96.061 122.995 96.061 Participações minoritárias - - - 16.424 21.243 Lucros retidos - 379.382 278.087 379.382 278.087

Total 502.377 81,2 374.148 91,6 518.801 12,1 395.391 11,3

618.878 100,0 408.289 100,0 4.278.862 100,0 3.502.656 100,0

Valor Adicionado ( médio ) por empregado 592 537 Taxa de contribuição do patrimônio líquido - % 78,0 68,2 Taxa de geração de riqueza - % 39,1 35,0 Taxa de retenção de riqueza - % 9,3 8,5

As notas explicativas da administração - NE são parte integrante das demonstrações contábeis.

Companhia Consolidado

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116

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004

(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado).

1 Contexto Operacional

A Companhia Paranaense de Energia - Copel (Copel, Companhia ou Controladora) é uma sociedade por

ações de capital aberto, as quais são negociadas nas bolsas de valores do Brasil, dos Estados Unidos

da América e da Espanha. É uma sociedade de economia mista, controlada pelo Governo do Estado do

Paraná, destinada, através de suas subsidiárias, a pesquisar, estudar, planejar, construir e explorar a

produção, transformação, transporte, distribuição e comercialização de energia, em qualquer de suas

formas, principalmente a elétrica, sendo essa atividade regulamentada pela Agência Nacional de Energia

Elétrica - Aneel, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Adicionalmente, a Copel está autorizada a

participar de consórcios ou companhias, em conjunto com empresas privadas, com o objetivo de

desenvolver atividades nas áreas de energia, de telecomunicações e de gás natural.

2 Apresentação das Demonstrações Contábeis

As demonstrações contábeis estão sendo apresentadas em conformidade com as disposições da Lei

das Sociedades por Ações, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, conjugadas com a

legislação específica da Aneel e regulamentações da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, do

Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – Ibracon e do Conselho Federal de Contabilidade -

CFC.

Em cumprimento às disposições legais pertinentes, a consolidação das participações societárias

contempla, a partir do exercício encerrado em 31.12.2005, a inclusão das demonstrações contábeis da

Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A.. Visando possibilitar a comparabilidade das informações,

tal procedimento foi igualmente adotado nas demonstrações contábeis consolidadas de 31.12.2004.

Informações adicionais estão sendo apresentadas em notas explicativas e quadros suplementares em

atendimento aos ditames contidos no Ofício-circular ANEEL/SFF n.º 2218, de 23.12.2005.

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117

As principais reclassificações realizadas pela Companhia nas demonstrações contábeis de 31.12.2004

estão relacionadas a seguir:

. .

. De Para Valor

Companhia DRE Outras despesas operacionais DRE Tributos 1.440 DRE Receitas financeiras (1)

DRE Resultado da equiv. patrimonial (11.317) .

Consolidado AC Consumidores e revendedores RLP Consumidores e revendedores 43.782 AC Provisão p/ créditos de liq. duvidosa AC Outros créditos (638) AC Outros créditos AC Cauções e depósitos vinculados 9.225

RLP Outros créditos RLP Ativo regulatório - Pasep/Cofins 80.426 RLP Outros créditos RLP Cauções e depósitos vinculados 27.020 AP Imobilizado em curso AD Ativo diferido 4.867

DRE Pessoal (2)DRE Outras despesas operacionais (16.529)

DRE Outras despesas operacionais DRE Serviços de terceiros 178 DRE Outras despesas operacionais DRE Tributos 10.092 DRE Outras despesas operacionais DRE Taxas regulamentares 156 DRE Matéria-prima e insumos para

produção de energia DRE Gás natural e insumos oper. gás 70.607 DRE Matéria-prima e insumos para

produção de energia DRE Receitas financeiras 334 DRE Receitas financeiras (1)

DRE Resultado da equiv. patrimonial (11.960) AC = Ativo circulante RLP = Ativo realizável a longo prazo AP = Ativo permanente AD = Ativo diferido PC = Passivo circulante DRE = Demonstração do resultado.(1) Cofins/Pasep s/ juros s/ capital próprio(2) Reversão de provisões para contingências trabalhistas

Além das reclassificações demonstradas acima, houve cancelamento de compensação de IRRF entre

ativo circulante e passivo circulante nos valores de R$ 10.290 na Companhia e de R$ 29.410 no

consolidado.

As controladas seguem práticas contábeis adotadas pela Copel.

3 Demonstrações Contábeis Consolidadas

As demonstrações contábeis consolidadas estão sendo apresentadas em conformidade com a Instrução

CVM n.º 247/1996 e deliberações posteriores, contemplam a controladora, as subsidiárias integrais

(Copel Geração S.A., Copel Transmissão S.A., Copel Distribuição S.A., Copel Telecomunicações S.A.e

Copel Participações S.A.) e as sociedades controladas indiretas (Companhia Paranaense de Gás -

Compagas e Elejor – Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A.).

Os balanços patrimoniais e as demonstrações de resultado das empresas constantes da consolidação

estão sendo apresentados na nota 46, reclassificados para fins de padronização ao plano de contas.

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118

Na consolidação, foram eliminados os investimentos da Companhia nos patrimônios líquidos das

controladas, bem como os saldos de ativos, passivos, receitas, custos e despesas decorrentes de

operações entre as companhias, tendo sido destacada a participação dos acionistas minoritários, de

forma que as demonstrações contábeis consolidadas representem efetivamente os saldos de transações

com terceiros.

4 Principais Práticas Contábeis

a) Aplicações financeiras

Estão demonstradas ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até 31.12.2005.

b) Consumidores e revendedores

Englobam o fornecimento e o suprimento de energia faturada, a estimativa de energia fornecida não

faturada até o encerramento do balanço e o fornecimento de gás natural, contabilizados como base no

regime de competência.

c) Provisão para créditos de liquidação duvidosa - PCLD

A PCLD está reconhecida em valor considerado suficiente pela Administração para cobrir as perdas na

realização de contas a receber de consumidores e de títulos a receber, cuja recuperação é considerada

improvável.

d) Materiais em estoque (inclusive do ativo imobilizado)

Os materiais no almoxarifado, classificados no ativo circulante, estão registrados pelo custo médio de

aquisição e aqueles destinados a investimentos, classificados no ativo imobilizado, pelo custo de

aquisição (os bens de massa são registrados pelo custo médio). Os valores contabilizados não excedem

seus custos de reposição ou valores de realização.

e) Investimentos

As participações societárias permanentes em controladas e coligadas estão registradas pelo método da

equivalência patrimonial. Os outros investimentos estão registrados pelo custo de aquisição, líquidos de

provisão para perda, quando aplicável.

f) Imobilizado

Registrado ao custo de aquisição ou construção. A depreciação é calculada pelo método linear,

tomando-se por base os saldos contábeis registrados nas respectivas Unidades de Cadastro – UC,

conforme determina a Portaria DNAEE n.º 815, de 30.11.1994, complementada pela Resolução Aneel n.º

015, de 24.12.1997. As taxas anuais de depreciação estão determinadas nas tabelas anexas à

Resolução Aneel n.º 44, de 17.03.1999, apresentadas na nota 18.

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119

Os gastos de administração central são apropriados, mensalmente, às imobilizações em bases

proporcionais. A alocação dos dispêndios diretos com pessoal mais serviços de terceiros é prevista no

Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica.

Em atendimento à Instrução Contábil 6.3.23 do Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia

Elétrica, as obrigações vinculadas à concessão, registradas nos livros em subgrupo específico no

passivo exigível a longo prazo, estão apresentadas como conta redutora do ativo imobilizado.

Os encargos financeiros, os juros e efeitos inflacionários incorridos, relativos a financiamentos obtidos de

terceiros vinculados ao imobilizado em andamento, são apropriados às imobilizações em curso durante o

período de construção.

g) Empréstimos, financiamentos e debêntures

Os empréstimos, financiamentos e debêntures são atualizados pelas variações monetárias e cambiais

incorridas até a data do balanço, incluindo juros e demais encargos previstos contratualmente.

h) Imposto de renda e contribuição social diferidos

São calculados com base nas alíquotas efetivas de imposto de renda e de contribuição social,

reconhecido o diferimento em função das diferenças intertemporais e prejuízos fiscais.

i) Planos previdenciário e assistencial

Os custos associados aos planos previdenciário e assistencial junto à Fundação Copel são reconhecidos

em conformidade com a Deliberação CVM n.º 371, de 13.12.2000.

j) Provisões para contingências

Estão registradas até a data do balanço pelo montante provável de perda, observada a natureza de cada

contingência. Os fundamentos e a natureza das provisões estão descritos na nota 26.

k) Outros direitos e obrigações

Demais ativos e passivos circulantes e de longo prazo, quando legal ou contratualmente exigidos, estão

atualizados até a data do balanço.

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120

l) Uso de estimativas

A preparação de demonstrações contábeis de acordo com os princípios de contabilidade adotados no

Brasil requer que a Administração da Companhia faça estimativas e premissas que de fato afetem os

valores reportados de ativos e passivos, a divulgação de ativos e passivos contingentes na data do

balanço patrimonial e os valores reportados de receitas e despesas. Os resultados concretos desses

fatos podem divergir dessas estimativas. As principais estimativas relacionadas às demonstrações

contábeis referem-se ao registro dos efeitos decorrentes da provisão para créditos de liquidação

duvidosa, vida útil do imobilizado, provisão para contingências, imposto de renda, premissas de plano de

aposentadoria e benefícios pós-emprego e transações envolvendo a compra e venda de energia na

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, que são reconhecidas com base nas

estimativas e o faturamento e liquidação final estão sujeitos a revisão dos participantes da CCEE.

m) Diferimentos de custos do setor

A estrutura de definição das tarifas no Brasil está projetada para fornecer a recuperação dos custos

permitidos da Companhia. Dessa forma, e seguindo orientação da Aneel, a Companhia capitaliza as

variações de custos permitidos como ativos regulatórios diferidos quando existe uma expectativa

provável de que a receita futura equivalente aos custos incorridos será faturada e cobrada como

resultado direto da inclusão dos custos em uma tarifa ajustada, definida pela agência reguladora. O ativo

regulatório diferido será eliminado quando o poder concedente autorizar sua inclusão na base tarifária da

Companhia.

n) Apuração do resultado

As receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência.

o) Lucro líquido por ação

O lucro líquido por ação é determinado com base na quantidade de ações do capital social integralizado

em circulação na data do balanço.

p) Operação de "hedge" de moeda

As perdas e ganhos líquidos não realizados relacionados à operação de “hedge” de moeda, apurados

com base nas taxas pactuadas, são reconhecidos, em atendimento ao regime de competência de

exercícios, em “Despesas financeiras” (notas 39 e 43), na rubrica “Encargos e operações com

derivativos”, no valor de R$ 41.952 (R$ 90.906 em 2004).

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

121

5 Disponibilidades

.

2005 2004 2005 2004

Caixa e bancos 208 1.846 85.793 53.475 Aplicações financeiras

Bancos federais 15.323 1.354 914.634 435.971 Bancos privados 52 81 131.339 43.646

15.375 1.435 1.045.973 479.617

15.583 3.281 1.131.766 533.092

Companhia Consolidado

As aplicações financeiras da Companhia, em sua maioria, foram realizadas em instituições financeiras

oficiais, prevalecendo os papéis de renda fixa (títulos públicos federais), com remuneração média de

100% do Certificado de Depósito Interbancário – CDI. As aplicações financeiras em bancos privados

referem-se, em parte, à obrigações dispostas em Resoluções da Aneel (Resoluções n.º 552/2002 e

n.º23/2003) que regulamentam os aportes de garantias financeiras, nas operações realizadas de compra

e venda de energia no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

122

6 Consumidores e Revendedores

Saldos Vencidos Venc. há maisvincendos até 90 dias de 90 dias

2005 2004Consumidores

Residencial 86.640 65.711 3.078 155.429 132.083 Industrial 74.086 26.752 31.250 132.088 113.238 Comercial 52.013 23.888 2.433 78.334 66.168 Rural 11.425 5.068 251 16.744 13.403 Poder público 23.015 7.951 23.434 54.400 69.052 Iluminação pública 12.336 1.834 684 14.854 14.810 Serviço público 10.548 748 60 11.356 9.579 Não faturados 135.157 - - 135.157 126.570 Parcelamento de débitos vencidos 48.643 9.294 6.722 64.659 50.434 Parcelamento de débitos vencidos - RLP 73.091 - - 73.091 73.124 Enc. de capac. emergencial (a) 2.419 1.603 4.011 8.033 18.863 Tarifa social baixa renda (b) 6.325 6.458 - 12.783 12.394 Governo do Paraná - luz fraterna 2.377 8.229 16.746 27.352 33.582 Aluguel de equip. e estruturas 3.249 650 27.308 31.207 31.254 Fornecimento de gás 12.783 550 205 13.538 9.117 Fornecimento de gás - RLP - - - - 886 Outros créditos 7.933 8.624 11.388 27.945 15.056 Outros créditos - RLP 3 - - 3 -

562.043 167.360 127.570 856.973 789.613 Revendedores

Suprimento

Suprimento curto prazo - - 40 40 142 Suprimento - CCEE (nota 41) 10.919 1 98 11.018 11.725 Ressarcimento de geradores (c) 13.331 1 - 13.332 3.680 Ressarcimento de geradores - RLP (c) 31.389 - - 31.389 26.693 Contratos iniciais 9.520 - - 9.520 4.978 Leilão de energia (d) 49.902 513 - 50.415 - Contratos bilaterais 36.862 - - 36.862 38.816

151.923 515 138 152.576 86.034 Sistema de TransmissãoRede elétrica 9.232 2.435 13.098 24.765 13.059 Rede básica 15.475 154 2 15.631 14.283 Rede de conexão 18 10 87 115 76

24.725 2.599 13.187 40.511 27.418

738.691 170.474 140.895 1.050.060 903.065

2005 Circulante 634.208 170.474 140.895 945.577

Realizável a longo prazo - RLP 104.483 - - 104.483

2004 Circulante 522.591 144.084 135.687 802.362

Realizável a longo prazo - RLP 100.703 - - 100.703

Consolidado

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123

a) Encargos de capacidade emergencial

A Lei n.º 10.438, de 26.04.2002, determina que os custos, inclusive de natureza operacional, tributária e

administrativa, relativos à aquisição de energia elétrica (kWh), e a contratação de capacidade de geração

ou potência (kW) pela Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial - CBEE, sejam rateados entre

todas as classes de consumidores finais atendidas pelo Sistema Elétrico Nacional Interligado,

proporcionalmente ao consumo individual verificado, constituindo adicional tarifário específico.

A última tarifa, de R$ 0,0035/kWh (Resolução Aneel n.º 138, em vigor de 20.07.2005 a 22.12.2005), foi

aplicada proporcionalmente nos faturamentos com leitura até 22.01.2006, de acordo com a Resolução

Aneel n.º 204/2005, que extinguiu a cobrança daquele encargo a partir de 23.12.2005.

Nesse sentido, os valores faturados e repassados à CBEE, como encargo tarifário durante o exercício de

2005 foram de R$ 82.295 e R$ 84.705, respectivamente (R$ 136.498 e R$ 128.137, em 2004).

O encargo é repassado à CBEE quando do efetivo recebimento pela Companhia.

b) Tarifa social baixa renda

O Governo Federal, através da Lei n.º 10.438, de 26.04.2002, estabeleceu a isenção do rateio dos

custos de capacidade de geração ou de potência para os consumidores integrantes da subclasse

residencial baixa renda. Esse benefício tarifário ocasionou significativo impacto na receita operacional da

Companhia.

As Resoluções Aneel n.º s 246, de 30.04.2002, e 485, de 29.08.2002, estabeleceram as condições para

o enquadramento de consumidores na subclasse residencial baixa renda; a primeira para consumidores

com consumo mensal inferior a 80 kWh e a segunda para os de consumo mensal entre 80 e 220 kWh.

O Decreto Presidencial n.º 4.336, de 15.08.2002, autorizou a Eletrobrás a utilizar recursos da Reserva

Global de Reversão - RGR para financiamento às concessionárias como compensação pela redução de

receita ocorrida pela aplicação da tarifa social aos consumidores de baixa renda.

Através da Resolução n.º 491, de 30.08.2002, a Aneel divulgou os procedimentos, condições e prazos

para homologação dos valores que serviram de base para a contratação dos financiamentos junto à

Eletrobrás.

A Companhia iniciou, a partir de setembro de 2002, o faturamento do fornecimento de energia elétrica

aplicando a tarifa social com base nos novos critérios de enquadramento das unidades consumidoras de

baixa renda.

Em 17.12.2002, a Lei n.º 10.604 modificou a forma de compensação às concessionárias, autorizando a

concessão de subvenção econômica, visando contribuir para a modicidade da tarifa social. Essa

subvenção tem como fonte de recursos o adicional de dividendos da Eletrobrás para a União, associado

à comercialização de energia elétrica pelas geradoras federais nos leilões de energia, e recursos

advindos da RGR.

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124

A Resolução n.º 41, de 31.01.2003, estabeleceu a metodologia para cálculo da diferença de receita das

concessionárias. A Resolução n.º 41 foi seguida pela Resolução n.º 116, de 19.03.2003, que definiu os

procedimentos para solicitação e homologação dos recursos da subvenção econômica.

Finalmente, em 25.10.2004, a Aneel divulgou a Resolução Normativa n.º 089, estabelecendo nova

metodologia para o cálculo de subvenção econômica a ser concedida às concessionárias, para

contrabalançar os efeitos da política tarifária aplicável aos consumidores de baixa renda. A Resolução

n.º 89/2004 também determinou, em seu artigo 4º, o recálculo dos valores das diferenças mensais de

receita desde maio de 2002.

c) Direito de ressarcimento de geradores

O direito de ressarcimento de geradores refere-se aos valores de energia livre, vendida no âmbito do

MAE, durante a vigência do programa emergencial do consumo de energia elétrica, no período de

1º.06.2001 a 28.02.2002. A homologação dos valores foi formalizada pelas Resoluções Aneel n.º 483, de

29.08.2002, e n.º 36, de 29.01.2003, que estabelecem os procedimentos para a operacionalização do

repasse pelas concessionárias, alterada pela Resolução Aneel nº 89, de 25.02.2003, retificada pela

Resolução Normativa n.º 01, de 02.01.2004, alterada pela Resolução Normativa n.º 45, de 03.03.2004.

Em atendimento ao Ofício Circular n.º 2218/2005-SFF/ANEEL, os saldos referentes ao ressarcimento de

geradores estão detalhados a seguir:

.Ressarcimento de geradoresDistribuidoras 2005 2004

Companhia energética de Minas Gerais - Cemig 7.274 4.703Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo - Eletropaulo 5.775 4.016LIGHT - Serviços de Eletricidade S. A. 5.207 3.408Centrais Elétricas do Norte do Brasil S. A. - Eletronorte 4.030 2.274Companhia Paulista de Força e Luz - CPFL 3.774 2.526Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia - Coelba 2.233 1.484Empresa Bandeirante de Energia S. A. - EBE 1.850 2.508Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro - Cerj 1.844 1.235Companhia Energética de Pernambuco - Celpe 1.635 1.087Espírito Santo Centrais Elétricas S. A. - Escelsa 1.396 914Companhia Energética do Ceará - Coelce 1.367 896Elektro Eletricidade e Serviços - Elektro 1.052 914Companhia Energética de Brasília - CEB 747 480Companhia Energética do Rio Grande do Norte - Cosern 743 464Centrais Elétricas do Pará S. A. - Celpa 586 489Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - Chesf 557 500Companhia Energética de Goiás - Celg 361 542Outras 4.290 1.933

44.721 30.373

Circulante 13.332 3.680

Realizável a longo prazo 31.389 26.693

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125

d) Leilão de energia

A partir de 2005 iniciaram-se as operações decorrentes do megaleilão leilão de energia elétrica realizado

em 07.12.2004. Neste leilão a Companhia vendeu 980 MW médios para entrega a partir de 2005, sendo

faturados mensalmente os valores referentes a cada distribuidora conforme contratos firmados.

7 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa

A provisão para créditos de liquidação duvidosa foi constituída de acordo com as normas contidas no

Manual de Contabilidade de Serviço Público de Energia Elétrica da Aneel e no plano de contas instituído

pela Agência Nacional do Petróleo - ANP, para o serviço público de fornecimento de gás. Após criteriosa

análise das contas a receber vencidas, a Administração da Companhia considerou os seguintes valores

como sendo suficientes para cobrir eventuais perdas na realização dos créditos a receber:

.Consolidado Adições (1)

Baixas 2004 2005

Consumidores e revendedoresResidencial 32.061 52 (16.859) 15.254 Industrial 10.526 6.650 (5.271) 11.905 Comercial 26.298 8.483 (6.497) 28.284 Rural 20 465 (460) 25 Poder público 15.581 6.633 - 22.214 Iluminação pública 591 (456) - 135 Serviço público 81 42 (92) 31 Concessionárias e permissionárias 93 667 760 Fornecimento de gás 76 389 - 465

85.327 22.925 (29.179) 79.073 (1) Líquidas das Reversões

Consolidado

8 Serviços Executados para Terceiros, Líquidos

Saldos Vencidos Vencidos há vincendos até 90 dias mais de 90 dias

2005 2004Serviços de telecomunicações 5.789 132 420 6.341 646 Serviços executados p/ terceiros 60 248 2.999 3.307 2.316 Prov. p/ créd. liquidação duvidosa - - (2.299) (2.299) (139)

5.849 380 1.120 7.349 2.823

Consolidado

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

126

9 Dividendos a Receber

.

2005 2004 2005 2004Dividendos a receber

Sercomtel S.A. - Telecomunicações - - 942 - Tradener Ltda. - - 64 64 Dominó Holdings S.A. - - 2.637 2.437 Fundo de investimento da Amazônia - Finam 22 385 22 385

22 385 3.665 2.886 Juros s/ capital próprio (nota 16):

Copel Geração S.A. 75.471 130.254 - - Copel Transmissão S.A. 69.217 132.434 - - Copel Telecomunicações S.A. 916 916 - - Copel Participações S.A. 61.526 38.029 - -

207.130 301.633 - -

207.152 302.018 3.665 2.886

Companhia Consolidado

10 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná

Mediante contrato firmado em 04.08.1994 e termo aditivo de dezembro de 1995, o saldo remanescente

da Conta de Resultados a Compensar - CRC foi negociado com o Governo do Estado do Paraná para

ser ressarcido em 240 meses, atualizado pela variação do Índice Geral de Preços - Disponibilidade

Interna - IGP-DI e juros de 6,65% ao ano. Em 1º.10.1997, houve renegociação do saldo para pagamento

nos 330 meses seguintes pelo sistema price de amortização, com vencimento da primeira parcela em

30.10.1997 e a última em 30.03.2025, mantidas as cláusulas de atualização e juros do contrato original.

O Governo do Estado do Paraná, em 19.03.2003, formulou ao Ministério da Fazenda solicitação de

aprovação de pedido de federalização do crédito de CRC da Copel, o qual foi enviado à Secretaria do

Tesouro Nacional - STN para avaliação, sem resposta até a presente data.

Através do quarto termo aditivo assinado em 21.01.2005, a Companhia renegociou com o Governo do

Estado do Paraná, o saldo em 31.12.2004 da Conta de Resultados a Compensar - CRC, no montante de

R$ 1.197.404, em 244 prestações recalculadas pelo sistema price de amortização, com vencimento da

primeira parcela em 30.01.2005 e as demais com vencimentos subseqüentes e consecutivos.

No valor renegociado, além das parcelas vincendas, estão incluídos o saldo da parcela vencida em

fevereiro de 2003 e as parcelas vencidas de março de 2003 a dezembro de 2004, corrigidos pelo IGP-DI

e acrescidos de juros de 1% a.m.. As demais cláusulas do contrato original foram mantidas.

O Governo do Estado vem cumprindo o pagamento das parcelas renegociadas conforme estabelecido

no quarto termo aditivo. As amortizações são garantidas com recursos oriundos de dividendos.

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127

A mutação no exercício de 2005 da conta Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná é a seguinte:

Total Saldos Circulante Longo prazo Consolidado

Em 31 de dezembro de 2004 29.459 1.167.945 1.197.404 Encargos 76.443 - 76.443 Variação monetária 31 14.291 14.322 Transferências 31.772 (31.772) - Amortizações (105.902) - (105.902)

Em 31 de dezembro de 2005 31.803 1.150.464 1.182.267

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128

11 Impostos e Contribuições Sociais

.

2005 2004 2005 2004Ativo circulante

IRPJ/CSLL antecipados e a compensar 64.737 19.502 92.510 51.718 IRPJ/CSLL diferidos sobre: (a)

Planos previd. e assistencial - delib. CVM 371 - - 4.150 3.618 Déficit previdenciário - plano III - - 6.091 5.746 Prejuízo fiscal - - 745 - Adições temporárias - - 14.690 -

ICMS a recuperar - - 12.526 17.595 Outros tributos a compensar - - 326 61

64.737 19.502 131.038 78.738 Ativo realizável a longo prazo

IRPJ/CSLL diferidos sobre: (a)Déficit previdenciário - plano III - - 109.973 116.064 Planos previd. e assistencial - delib. CVM 371 - - 53.082 57.295 Adições temporárias 114.488 126.413 236.153 197.259 Prejuízo fiscal e base de cálculo negativa 20.859 732 79.677 117.049

IRPJ/CSLL antecipados e a compensar 7.999 6.509 7.999 6.509 ICMS a recuperar - - 29.081 28.451 ICMS liminar para depósito judicial - - 10.531 6.058 Pasep/Cofins s/ ICMS liminar p/ dep. judicial - - 10 -

143.346 133.654 526.506 528.685 Passivo circulante

IRPJ/CSLL diferidos sobre: (a)CVA - - 37.696 66.808 Exclusões temporárias - - 17.220 -

Imposto de renda retido na fonte 101 - 376 1.061 ICMS a recolher 27.523 - 157.129 127.778 Pasep e Cofins a recolher 18.302 11.306 54.106 31.091 INSS (Refis), líquido dos pagamentos (1) (b) 107.481 103.698 71.023 67.240 Outros tributos 13.196 10.543 44.415 31.177

166.603 125.547 381.965 325.155 Passivo exigível a longo prazo

IRPJ/CSLL diferidos sobre: (a)CVA - - 2.910 38.050 Exclusões temporárias - - 8.957 6.955 Ativo regulatório Pasep/Cofins - - 14.827 27.345

ICMS liminar para depósito judicial - - 10.531 6.058 Pasep/Cofins s/ ICMS liminar p/ dep. judicial - - 10 -

- - 37.235 78.408 (1) No consolidado

Companhia Consolidado

a) Imposto de renda e contribuição so cial diferidos

A Companhia contabiliza imposto de renda diferido calculado à alíquota de 15%, mais o adicional de

10%, e a contribuição social calculada à alíquota de 9%.

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129

Os tributos diferidos sobre déficit previdenciário estão sendo realizados em conformidade com o plano de

amortização da respectiva dívida e a provisão para convênio assistencial na medida em que ocorrem os

pagamentos dos benefícios pós-emprego. Os tributos diferidos sobre as demais provisões serão

realizados em função das decisões judiciais e das realizações dos ativos regulatórios.

Pela legislação tributária em vigor, o prejuízo fiscal e a base negativa de contribuição social são

compensáveis com lucros futuros tributáveis, até o limite de 30% do lucro tributável, não estando sujeitos

a prazo prescricional.

Os créditos fiscais estão contabilizados conforme demonstração a seguir:

.Consolidado

2005Ativo circulante

IRPJ/CSLL sobre planos previd. e assistencial - delib. CVM 371 4.150 IRPJ/CSLL sobre déficit previdenciário - plano III 6.091 Prejuízo fiscal 745 Adições temporárias 14.690

Ativo realizável a longo prazoIRPJ/CSLL sobre déficit previdenciário - plano III 109.973 IRPJ/CSLL sobre planos previd. e assistencial - delib. CVM 371 53.082 IRPJ/CSLL sobre adições temporárias 236.153 IRPJ/CSLL sobre prejuízo fiscal e base de cálculo negativa 79.677

(-) Passivo circulanteIRPJ/CSLL sobre diferimento da CVA 37.696 IRPJ/CSLL sobre exclusões temporárias 17.220

(-) Passivo exigível a longo prazoIRPJ/CSLL sobre diferimento da CVA 2.910 IRPJ/CSLL sobre exclusões temporárias 8.957 IRPJ/CSLL sobre ativo regulatório Pasep/Cofins 14.827

422.951

.

Em cumprimento à Instrução CVM n.º 371, de 27.06.2002, a expectativa de geração de base de cálculo

positiva em montante suficiente para realização dos créditos fiscais, contabilizados pela Companhia com

base em estudos submetidos à apreciação dos Conselhos de Administração e Fiscal, está apresentada a

seguir:

.Parcela estimada Parcela efetiva Parcela estimada

de realização de realização de realização

2005 38.638 79.265 -

2006 - - 132.393 2007 - - 24.759

2008 - - 21.506 2009 - - 15.643 2010 - - 12.763 Após 2010 - - 215.887

38.638 79.265 422.951

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130

As projeções de resultado futuro serão objeto de reavaliação da Administração quando da aprovação

das demonstrações contábeis relativas ao exercício de 2006.

b) Programa de recuperação fiscal – Refis

Em 2000, a Companhia incluiu no Programa de Recuperação Fiscal – Refis, instituído pela Lei n.º 9.964,

de 10.04.2000, uma dívida total de R$ 89.766, proveniente de obrigações fiscais junto ao INSS, tendo

liquidado R$ 45.766 referentes aos juros, com créditos decorrentes de prejuízos fiscais do imposto de

renda e bases negativas da contribuição social adquiridos de terceiros. Considerando que a Secretaria

da Receita Federal não concluiu a análise do processo de transferência dos créditos citados, a

Companhia, em setembro de 2003, constituiu provisão que, atualizada até 31.12.2005, resulta em valor

líquido de R$ 71.023.

12 Conta de Compensação da “Parcela A”

A Portaria Interministerial n.º 25, de 24.01.2002, dos Ministros da Fazenda e de Minas e Energia,

estabeleceu que fossem registradas na Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da

“Parcela A” - CVA as variações ocorridas entre os valores previstos por ocasião dos reajustes tarifários e

os valores efetivamente desembolsados dos seguintes itens de custo da “Parcela A”: tarifa de repasse

de potência de Itaipu Binacional; tarifa de transporte de energia elétrica proveniente de Itaipu Binacional;

quota de recolhimento à Conta de Consumo de Combustíveis – CCC; tarifa de uso das instalações de

transmissão integrantes da rede básica; Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos

Hídricos; e Encargos dos Serviços do Sistema - ESS.

Posteriormente, as Portarias Interministeriais n.º 116, de 04.04.2003, e n.º 361, de 26.11.2004, incluíram

novos itens, como a quota de recolhimento à Conta de Desenvolvimento Energético - CDE, os custos de

aquisição de energia elétrica e as quotas de energia e custeio do Programa de Incentivo à Fontes

Alternativas de Energia - Proinfa.

Em junho de 2005, a Aneel autorizou à Copel Distribuição reajuste médio de 7,80%. Deste percentual,

5,99% corresponderam aos valores considerados por aquele Órgão, decorrentes dos cálculos de

variações de custos da parcela A - CVA, 3,06% a ajustes financeiros provenientes do ativo regulatório

Pasep/Cofins e de custos adicionais da conexão complementar e 1,25% ao reajuste tarifário negativo no

período.

As parcelas referentes ao reajuste de 2003, 2004 e 2005 serão realizadas durante o primeiro semestre

de 2006, conforme valores repassados às tarifas, reconhecidos pela Resolução Homologatória Aneel

n.º 130, de 20.06.2005.

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131

A composição dos saldos da Conta de Compensação “Parcela A” – CVA é a seguinte:

.Ativo

2005 2004 2005 2004CVA recuperável reajuste tarifário 2003

Energia elétrica comprada p/revenda (Itaipu) 22.712 45.425 - 22.712 Transporte de energia comprada (Itaipu) 321 641 - 321 Encargos uso sist. transmissão (rede básica) 11.011 22.022 - 11.011 Conta de desenvolvimento energético - CDE 8.300 16.600 - 8.300 Encargos de serviços de sistema - ESS 5.980 11.960 - 5.980

48.324 96.648 - 48.324 CVA recuperável reajuste tarifário 2004

Energia elétrica comprada p/revenda (Itaipu) - 3.967 - - Transporte de energia comprada (Itaipu) - 2.415 - - Encargos uso sist. transmissão (rede básica) 41.885 40.154 - 40.154 Conta de desenvolvimento energético - CDE - 7.603 - - Encargos de serviços de sistema - ESS - 14.680 - - Conta de consumo de combustível - CCC - 8.927 - -

41.885 77.746 - 40.154 CVA recuperável reajuste tarifário 2005

Energia elétrica comprada p/revenda (Itaipu) - (3.525) - (3.525) Transporte de energia comprada (Itaipu) 1.086 918 - 918 Encargos uso sist. transmissão (rede básica) 15.689 20.271 - 20.271 Conta de desenvolvimento energético - CDE 4.991 (535) - (535) Encargos de serviços de sistema - ESS 3.267 1.586 - 1.586 Conta de consumo de combustível - CCC 4.386 4.053 - 4.053

29.419 22.768 - 22.768 CVA recuperável reajuste tarifário 2006

Transporte de energia comprada (Itaipu) 910 - 910 - Encargos uso sist. transmissão (rede básica) 854 - 854 - Conta de desenvolvimento energético - CDE 1.617 - 1.617 - Encargos de serviços de sistema - ESS 598 - 598 - Conta de consumo de combustível - CCC 4.580 - 4.580 -

8.559 - 8.559 -

128.187 197.162 8.559 111.246

Circulante Realizável a longo prazo

.Passivo

2005 2004 2005 2004CVA compensável reajuste tarifário 2005

Energia elétrica comprada p/ revenda: Leilão 16.565 - - - Cien 7.239 - - - Itiquira (370) - - - Itaipu 17.318 - - -

40.752 - - - CVA compensável reajuste tarifário 2006

Energia elétrica comprada p/ revenda: Leilão 14.556 - 14.556 - Cien 5.752 - 5.752 - Itiquira (7.557) - (7.557) - Itaipu 12.161 - 12.161 -

24.912 - 24.912 -

65.664 - 24.912 -

Circulante Exigível a longo prazo

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

132

A movimentação dos saldos de diferimento de custos tarifários atualizados pelo Sistema Especial de

Liquidação e Custódia - Selic apresenta-se como se segue:

.Saldo Diferim. Amortiz. Atualiz. Transf. Saldo 2004 2005

AtivoEnergia elét. comprada p/ revenda (Itaipu) 67.254 (27.804) (60.009) 8.635 34.636 22.712 Transporte de energia comprada (Itaipu) 5.208 2.011 (4.820) 828 - 3.227 Encargos uso sist. transm. (rede básica) 153.746 (8.794) (90.037) 15.378 - 70.293 Conta de desenv. energético - CDE 29.527 15.531 (34.665) 6.132 - 16.525 Encargos de serviços de sistema - ESS 35.635 4.364 (35.480) 5.924 - 10.443 Conta de consumo de combustível - CCC 17.038 8.551 (15.349) 3.306 - 13.546

308.408 (6.141) (240.360) 40.203 34.636 136.746 Passivo

Energia elétrica comprada p/ revenda: Leilão - 58.867 (18.168) 4.978 - 45.677 Cien - 25.023 (7.940) 1.660 - 18.743 Itiquira - (15.013) 404 (875) - (15.484) Itaipu - 22.661 (18.990) 3.333 34.636 41.640

- 91.538 (44.694) 9.096 34.636 90.576

13 Ativo Regulatório - Pasep/Cofins

Pela publicação das Leis Federais n.ºs 10.637, de 30.12.2002 e 10.833, de 29.12.2003, foram majoradas

as alíquotas e alteradas as bases de cálculo do PIS/Pasep e da Cofins. Em razão dessas alterações,

ocorreu crescimento nas despesas com PIS/Pasep de dezembro de 2002 a junho de 2005 e nas

despesas com a Cofins de fevereiro de 2004 a junho de 2005.

A Aneel, através do Ofício Circular n.º 302/2005-SFF/Aneel, reconhece o direito da Companhia em ser

ressarcida dos custos adicionais com Pasep e Cofins, autorizando as concessionárias a apurar o valor

do impacto produzido em função da mudança de critérios de apuração do PIS/Pasep e Cofins e

reconhecê-lo contabilmente como ativo ou passivo, conforme a natureza do impacto, positivo ou

negativo, respectivamente. Fundamentada em tal dispositivo, a Companhia tem registrado, de acordo

com critério definido pela Agência Reguladora, os créditos no montante de R$ 125.097, reduzindo, em

contrapartida, a despesa com Pasep e Cofins.

Do montante dos créditos, R$ 43.608 estão contabilizados como ativo realizável a longo prazo,

aguardando definições da Aneel quanto aos prazos de recuperação. Por este motivo, tais valores não

foram atualizados monetariamente.

Do montante a ser recuperado até o próximo reajuste tarifário, ou seja, R$ 81.489, já foram realizados

R$ 37.613.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

133

14 Cauções e Depósitos Vinculados

2005 2004Ativo circulante

Depósitos em garantia 43.746 9.225 43.746 9.225

Ativo realizável a longo prazoCaução do contrato da STN (nota 19.b) 27.041 27.020

27.041 27.020

Consolidado

Os depósitos em garantia atendem as exigências da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica –

CCEE e estão vinculados às operações realizadas nos leilões de energia e nas liquidações da própria

CCEE.

15 Outros Créditos

2005 2004 2005 2004Ativo circulante

Pagamentos antecipados - - 7.611 4.959 Empregados - - 7.276 6.600 Parcelamento Onda Provedor de Serviços 4.348 4.594 4.348 4.594 Salários empregados cedidos a recuperar - - 3.557 3.224 Adiantamento a fornecedores - - 2.857 4.640 Desativações em curso - - 2.856 2.039 RGR - diferença de 2003 - - 2.155 - Adiantamento para depósitos judiciais - - 1.435 1.141 Aquisição de combustível por conta da CCC - - 726 495 Alienação de bens e direitos - - 643 1.849 Entidades seguradoras - - 516 405 Outros créditos a receber 3 6 2.554 4.143 Provisão para créditos de liquidação duvidosa - - (2.947) (2.280)

4.351 4.600 33.587 31.809 Ativo realizável a longo prazo

Empréstimos compulsórios - - 7.830 7.484 Imposto único s/ energia elétrica - IUEE (nota 26) - - - 7.374 Pagamentos antecipados - - 5.754 6.106 Bens e direitos destinados à alienação - - 2.749 1.859 Outros créditos a receber - - 243 252

- - 16.576 23.075

Companhia Consolidado

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

134

16 Coligadas e Controladas

A Companhia possui, demonstrados pelo valor líquido, os créditos a receber abaixo junto às suas

coligadas e controladas:

2005 2004 2005 2004Controladas:

Copel Geração S.A.Juros s/ capital próprio a receber (nota 9) (a) 75.471 130.254 Financiamentos repassados (b) - 404.738 - - Contas-correntes - (519.096) - -

75.471 15.896 - - Copel Transmissão S.A.

Juros s/ capital próprio a receber (nota 9) (a) 69.217 132.434 Financiamentos repassados (b) 25.390 31.312 - - Contas-correntes - (80.448) - -

94.607 83.298 - - Copel Distribuição S.A.

Financiamentos repassados (b) 96.010 118.617 - - Debêntures repassadas (b) 620.122 614.027 - - Contas-correntes 173.944 171.388 - -

890.076 904.032 - - Copel Telecomunicações S.A.

Juros s/ capital próprio a receber (nota 9) (a) 916 916 Contas-correntes 67.244 64.109 - -

68.160 65.025 - - Copel Participações S.A.

Juros s/ capital próprio a receber (nota 9) (a) 61.526 38.029 Contas-correntes 208.659 309.763 - -

270.185 347.792 - - .

Controladas 1.398.499 1.416.043 - - Coligada:

Foz do Chopim Energética Ltda.Contrato de mútuo 35.357 33.476 35.357 33.476

Coligada 35.357 33.476 35.357 33.476

1.433.856 1.449.519 35.357 33.476

Juros s/ capital próprio (nota 9) 207.130 301.633 -

Realizável a longo prazo 1.226.726 1.147.886 35.357 33.476

Companhia Consolidado

a) Juros sobre capital próprio a receber

Dividendos a receber das subsidiárias integrais sob a forma de juros sobre capital próprio, conforme

determinam seus estatutos.

b) Financiamentos e debêntures repassados

A Companhia repassou os empréstimos e financiamentos para as suas subsidiárias integrais quando de

sua constituição em 2001. Entretanto, como os contratos cujas transferências para as respectivas

subsidiárias ainda estão em fase de formalização, estes compromissos encontram-se igualmente

registrados na Controladora.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

135

Nas demonstrações contábeis, os saldos desses financiamentos repassados, sem incidência de

remuneração, são apresentados separadamente na Companhia como contas a receber das subsidiárias

integrais e como obrigação por empréstimos e financiamentos, no montante de R$ 121.400, em

31.12.2005 (nota 19).

O montante de R$ 620.122 referente a debêntures também foi repassado para a Copel Distribuição,

observado o mesmo critério de registro do parágrafo anterior (nota 20).

17 Investimentos

2005 2004 2005 2004Subsidiárias integrais

Copel Geração S.A. 2.468.404 2.368.944 - - Copel Transmissão S.A. 907.128 835.195 - - Copel Distribuição S.A. 1.532.506 1.370.144 - - Copel Telecomunicações S.A. 114.724 108.974 - - Copel Participações S.A. 445.972 374.246 - -

5.468.734 5.057.503 - -

Coligadas e controlada (a) - - 401.333 394.516

Outros investimentosFundo de investimento da Amazônia - Finam 32.609 32.285 32.609 32.285 Finam - Nova Holanda 7.761 7.761 7.761 7.761 Fundo de investimento do Nordeste - Finor 9.870 9.970 9.870 9.870 Provisão para perdas nos incentivos (47.900) (47.900) (47.900) (47.900) Imóveis para uso futuro do serviço - - 6.825 6.810 Outros investimentos 2.322 2.546 3.822 4.285

4.662 4.662 12.987 13.111

5.473.396 5.062.165 414.320 407.627

Companhia Consolidado

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136

a) Coligadas e controladas

Patrimônio líquido Partic.da investida Copel

2005 2004 (%) 2005 2004Coligadas .

Sercomtel S.A. - Telecomunicações 211.501 217.060 45,00 95.175 97.677 Ágio 10.024 14.252 Total Sercontel S.A. - Telecomunicações 105.199 111.929 .

Sercomtel Celular S.A. 33.534 38.593 45,00 15.091 17.367 Ágio 1.383 1.963 Total Sercomtel Celular S.A. 16.474 19.330 .

Carbocampel S.A. (1)

513 568 49,00 252 278 Adiantamentos para aumento de capital 198 - Total Carbocampel S.A. 450 278 .

Escoelectric Ltda. (1)(1.919) 554 40,00 - 222

Adiantamentos para aumento de capital 2.500 - .

Braspower International Engineering S/C Ltda. (1)

(336) (72) 49,00 - - Adiantamentos para aumento de capital 176 176 .

UEG Araucária Ltda. (nota 48) (182.102) (124.951) 20,00 - - Adiantamentos para aumento de capital 141.899 141.899 .

Dominó Holdings S.A. (1)564.569 515.609 15,00 84.685 77.341

Copel Amec S/C Ltda. (1)

890 692 48,00 427 332 Dona Francisca Energética S.A. (4.753) (19.350) 23,03 - - Centrais Eólicas do Paraná Ltda. (1) 5.582 4.911 30,00 1.675 1.473 Foz do Chopim Energética Ltda. (1)

69.983 52.335 35,77 25.033 18.721 378.518 371.701

ControladaElejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. - ágio 22.815 22.815

22.815 22.815

401.333 394.516 (1) Não revisado por auditores independentes

Consolidado Investimento

Os investimentos na Sercomtel S.A. Telecomunicações e na Sercomtel Celular S.A. registraram ágios de

aquisição (R$ 42.289 e R$ 5.814) que no balanço representam saldos líquidos de R$ 10.024 e R$ 1.383,

respectivamente. Esses ágios estão sendo amortizados à taxa anual de 10%, cujo efeito no resultado

dos exercícios de 2005 e de 2004 foi de R$ 4.808 (R$ 4.228 + R$ 580). O fundamento econômico do

pagamento do ágio nos investimentos da Sercomtel S.A. - Telecomunicações e na Sercomtel Celular

S.A. foi a expectativa de rentabilidade futura, resultado da avaliação do retorno do investimento com

base no fluxo de caixa descontado.

Os comentários referentes às investidas constam dos itens n.ºs 2 e 2.5 do Relatório da Administração.

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137

18 Imobilizado

Depreciação Custo acumulada Consolidado

2005 2004Em serviço

Copel Geração S.A. 4.265.518 (1.486.354) 2.779.164 2.823.513 Copel Transmissão S.A. 1.381.276 (443.291) 937.985 888.026 Copel Distribuição S.A. 3.255.323 (1.584.860) 1.670.463 1.568.281 Copel Telecomunicações S.A. 290.969 (130.451) 160.518 165.451 Copel Participações S.A. 383 (232) 151 198 Companhia Paranaense de Gás - Compagas 130.798 (21.207) 109.591 84.914 Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. 285.405 (3.895) 281.510 191

9.609.672 (3.670.290) 5.939.382 5.530.574 Em curso

Copel Geração S.A. 143.116 - 143.116 178.956 Copel Transmissão S.A. 185.417 - 185.417 114.668 Copel Distribuição S.A. 186.357 - 186.357 245.281 Copel Telecomunicações S.A. 21.704 - 21.704 19.913 Copel Participações S.A. - - - 1 Companhia Paranaense de Gás - Compagas 10.261 - 10.261 30.544 Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. 270.177 - 270.177 336.072

817.032 - 817.032 925.435 10.426.704 (3.670.290) 6.756.414 6.456.009

Obrigações especiais (a)Copel Transmissão S.A. (7.140) (7.140) Copel Distribuição S.A. (757.983) (718.308)

(765.123) (725.448) .

5.991.291 5.730.561

Líquido

De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto n.º 41.019, de 26.02.1957, os bens e instalações

utilizados na geração, transmissão, distribuição e comercialização são vinculados a esses serviços, não

podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem a prévia e expressa

autorização do Órgão Regulador. A Resolução Aneel n.º 20/1999 regulamentou a desvinculação de bens

das conc essões do Serviço Público de Energia Elétrica, concedendo autorização prévia para

desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando destinados à alienação, determinando que o

produto da alienação seja depositado em conta bancária vinculada para aplicação na concessão.

a) Obrigações especiais

São obrigações vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica e representam os valores

da União e dos consumidores, bem como as doações não condicionadas a qualquer retorno a favor do

doador e as subvenções destinadas a investimentos na atividade de distribuição. O prazo de vencimento

dessas obrigações é aquele estabelecido pelo Órgão Regulador para concessões de transmissão e

distribuição, cuja quitação ocorrerá ao final das concessões.

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138

b) Planos de universalização de energia elétrica

A Aneel, através da Resolução n.º 223, de 29.04.2003, estabeleceu as condições gerais para elaboração

dos Planos de Universalização de Energia Elétrica visando ao atendimento de novas unidades

consumidoras, ou aumento de carga, regulamentando o disposto nos artigos 14 e 15 da Lei n.º 10.438

de 26.04.2002, e fixou as responsabilidades das concessionárias e permissionárias de serviço público de

distribuição de energia elétrica. Foi devolvido aos consumidores até 31.12.2005 o montante de R$ 5.481.

O programa “Luz para Todos“ instituído pelo Governo objetivou antecipar a meta de completar 100% de

eletrificação no País até 2008, sem qualquer ônus para o consumidor.

c) Levantamento físico dos bens do imobilizado

A Companhia realiza regularmente inventários físicos de seus ativos, distribuídos dentro de sua área de

concessão.

d) Taxas de depreciação

As principais taxas anuais de depreciação, de acordo com a Resolução Aneel n.º 44/1999, a Portaria

n.º 96/1995, do Ministério das Comunicações, e a Agência Nacional do Petróleo – ANP, são:

.% .

GeraçãoEquipamento geral 10,00 Geradores 3,30 Reservatórios, barragens e adutoras 2,00 Turbina hidráulica 2,50

TransmissãoCondutor e estrutura do sistema e transformador de força 2,50 Equipamento geral 10,00 Religadores 4,30

DistribuiçãoCondutor e estrutura do sistema e transformador 5,00 Banco de capacitores e chave de distribuição 6,70 Regulador de tensão 4,80

Administração centralEdificações 4,00 Máquinas e equipamentos de escritório 10,00 Móveis e utensílios 10,00 Veículos 20,00

TelecomunicaçõesEquipamentos de transmissão e de energia (telecomunicações) 10,00 Cabos aéreo e subterrâneo, fios e central privada de comutação 10,00

Fornecimeno de gás naturalGasoduto 3,30 Equipamentos de operação do gasoduto 10,00

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139

e) Mutação do imobilizado

Obrigações Saldos em serviço em curso especiais Consolidado

Em 31 de dezembro de 2003 5.575.158 621.420 (677.523) 5.519.055Programa de investimentos - 597.276 - 597.276Quotas de depreciação (308.778) - - (308.778)Baixas (13.688) - - (13.688)Imobilizações de obras 277.876 (277.876) - - Participação financeira dos consumidores - - (47.925) (47.925)Reversão de provisões para contingências - (17.280) - (17.280)Bens destinados a uso futuro transferidos de investimentos 6 1.895 - 1.901

Em 31 de dezembro de 2004 5.530.574 925.435 (725.448) 5.730.561Programa de investimentos - 668.866 - 668.866Quotas de depreciação (328.636) - - (328.636)Baixas (24.248) - - (24.248)Imobilizações de obras 761.692 (761.692) - - Participação financeira dos consumidores - - (39.675) (39.675)Reversão de provisões para contingências - (14.687) - (14.687)Bens destinados a alienação transferidos para o realizável a longo prazo - (890) - (890)

Em 31 de dezembro de 2005 5.939.382 817.032 (765.123) 5.991.291

Imobilizado

19 Empréstimos e Financiamentos

Conforme comentado na nota 16.b, o saldo de empréstimos e financiamentos da Companhia refere-se a

obrigações com instituições financeiras que foram repassadas às subsidiárias integrais, cujos contratos

estão em fase de formalização. O saldo é composto como se segue:

. Exigível a Circulante longo prazo Companhia

Principal Encargos Principal 2005 2004Moeda estrangeira

Eurobônus - - - - 404.738 Secretaria Tesouro Nacional (b) 9.771 1.533 110.096 121.400 149.929

9.771 1.533 110.096 121.400 554.667

Total

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

140

A composição dos empréstimos consolidados é a seguinte:

. Exigível a Total Circulante longo prazo Consolidado

Principal Encargos Principal 2005 2004Moeda estrangeira

Eurobônus - - - - 404.738 BID (a) 21.414 2.423 98.465 122.302 176.699 Secretaria Tesouro Nacional (b) 9.771 1.533 110.096 121.400 149.929 Banco do Brasil S.A. (c) 4.907 413 14.720 20.040 32.766 Eletrobrás (d) 7 2 57 66 80

36.099 4.371 223.338 263.808 764.212 Moeda nacional

Eletrobrás (d) 49.774 2.465 312.947 365.186 402.160 Eletrobrás - Elejor (e) - - 33.377 33.377 - BNDES (f) 6.376 - 31.939 38.315 49.509 Banestado (g) 70 - - 70 177 Banco do Brasil S.A. (c) 93 5 1.023 1.121 1.206

56.313 2.470 379.286 438.069 453.052

92.412 6.841 602.624 701.877 1.217.264

a) Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID

Empréstimo para a Usina Hidrelétrica de Segredo e Derivação do Rio Jordão, liberado a partir de

15.01.1991, totalizando US$ 135,000. O principal cujo pagamento da primeira parcela ocorreu em

15.01.1997 e os juros são amortizados semestralmente até 2011. Os juros são calculados de acordo

com a taxa de captação do BID, a qual, para o segundo semestre de 2005, foi de 4,23% a.a.. O contrato

tem as seguintes cláusulas, prevendo rescisão nas seguintes hipóteses:

1) inadimplemento, por parte do mutuário de qualquer outra obrigação estipulada no contrato ou

contratos subscritos com o Banco para financiamento para o projeto;

2) a retirada ou suspensão, como membro do Banco, da República Federativa do Brasil;

3) inadimplemento, por parte do fiador, se houver, de qualquer obrigação estipulada no contrato de

garantia;

4) quando a relação entre o seu ativo circulante e o total dos seus financiamentos comerciais e

bancários de curto prazo, excluídas a parte corrente da dívida a longo prazo e os dividendos a

serem reinvestidos, seja igual ou superior a 1,2; e

5) quando a relação entre sua dívida de longo prazo e o seu patrimônio não exceder a 0,9.

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141

b) Secretaria do Tesouro Nacional - STN

A reestruturação da dívida de médio e longo prazos, assinada em 20.05.1998, referente aos

financiamentos sob amparo da Lei n.º 4.131/62, está demonstrada no quadro a seguir:

Prazo Vencimento CarênciaTipo de bônus (anos) final (anos)

2005 2004

Par Bond (1) 30 15.04.2024 30 37.375 42.356 Capitalization Bond (2) 20 15.04.2014 10 27.121 34.367 Debt Conversion Bond (3) 18 15.04.2012 10 23.050 30.009 Discount Bond (4) 30 15.04.2024 30 25.984 29.319 El Bond - Bônus de Juros (5) 12 15.04.2006 3 1.273 4.309 New Money Bonds (6) 15 15.04.2009 7 3.274 4.749 Flirb (7) 15 15.04.2009 9 3.323 4.820

121.400 149.929

Consolidado

As taxas de juros praticadas e as amortizações são as seguintes:

1) Par Bond – Juros correspondentes a 4,0% a.a. no primeiro ano e a 6,0% a.a. nos seguintes e

amortização única no final do contrato.

2) Capitalization Bond – Juros correspondentes a 4,0% a.a. no primeiro ano e a 8,0% a.a. nos

seguintes e amortização em 21 parcelas semestrais, a partir de abril de 2004.

3) Debt Conversion Bond – Juros correspondentes a libor semestral + 7/8 de 1% a.a. e amortização em

17 parcelas semestrais, a partir de abril de 2004.

4) Discount Bond – Juros correspondentes a libor semestral + 13/16 de 1% a.a. e amortização única

no final do contrato.

5) El Bond – Bônus de Juros – Juros correspondentes a libor semestral + 13/16 de 1% a.a. e

amortização em 19 parcelas semestrais, a partir de abril de 1997.

6) New Money Bonds – Juros correspondentes a libor semestral + 7/8 de 1% a.a. e amortização em 17

parcelas semestrais, a partir de abril de 2001.

7) Flirb – Juros correspondentes a 4,0% a 5,0% a.a. nos primeiros anos e libor semestral + 13/16 de

1% a.a. após o 6.º ano até o final do contrato e amortização em 13 parcelas semestrais, a partir de

abril de 2003.

Em garantia a esse contrato, a Companhia cedeu e transferiu à União, condicionado ao inadimplemento

de qualquer parcela do financiamento, os créditos que forem feitos à sua conta corrente bancária

centralizadora da arrecadação das suas receitas próprias, até o limite suficiente para pagamento das

prestações e demais encargos devidos em cada vencimento. Nos bônus Discount Bond e Par Bond

existem garantias depositadas, nos valores de R$ 11.147 e R$ 15.893 (R$ 11.149 e R$ 15.871, em

31.12.2005), respectivamente, contabilizadas na conta Cauções e Depósitos Vinculados, no ativo

realizável a longo prazo (nota 14).

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142

c) Banco do Brasil S.A.

Contratos com recursos em ien, para a subestação isolada a gás - Salto Caxias, amortizáveis em 20

parcelas semestrais, a partir de 07.03.2000, com juros de 6,6% a.a.. A garantia é vinculada à receita

própria.

Contrato particular de cessão de crédito com a União, através do Banco do Brasil S.A., assinado em

30.03.1994, amortizável em 240 parcelas mensais pelo sistema price, a partir de 1º.04.1994, com

atualização mensal pela Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP e Índice Geral de Preços de Mercado -

IGPM e taxa de juros de 5,098% a.a.

d) Eletrobrás

Empréstimos originados de recursos do Fundo de Financiamento da Eletrobrás – Finel e da RGR, para

expansão dos sistemas de geração, transmissão e distribuição. A amortização dos contratos vincendos

iniciou em fevereiro de 1999 e o último pagamento está previsto para agosto de 2021. Os juros de 5,5%

a 6,5% a.a. e o principal são amortizados mensalmente, atualizados pelo índice do Finel e da Unidade

Fiscal de Referência – Ufir.

A garantia é representada pela à receita própria.

e) Eletrobrás - Elejor

O saldo apresentado refere-se à correção e juros das ações preferenciais da Elejor detidas pela

Eletrobrás, as quais deverão ser readquiridas pela emissora, conforme cláusulas contratuais (nota 44).

f) BNDES

Empréstimo para construção da Derivação do Rio Jordão, amortizável em 99 parcelas mensais, a partir

de 15.10.1997. A remuneração é indexada pela TJLP (limitada a 6% a.a.), mais spread de 6% a.a. e a

garantia é representada pela receita da Copel. O contrato foi liquidado em 15.12.2005.

O saldo do BNDES também é composto por quatro contratos da Compagas assinados em 14.12.2001,

amortizáveis em 99 parcelas, com juros de 4% a.a., sendo dois para aquisição de máquinas e

equipamentos, indexados pela TJLP (limitada a 6% a.a.) e dois para obras, instalações e serviços,

indexados pela Unidade Monetária do BNDES - UMBND.

g) Banco Banestado S.A.

Contrato do Fundo de Desenvolvimento Urbano assinado em 23.07.1998, amortizável em 96 parcelas

mensais pelo sistema price, com carência de 12 meses, atualização mensal com base na Taxa de

Referência - TR e taxa de juros de 8,5% a.a. e com vencimento final em 20.07.2006. A garantia é

representada pela receita própria.

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143

Composição dos empréstimos e financiamentos por tipo de moeda e indexador:

.Moeda (equivalente em R$) / Indexador

2005 % 2004 %Moeda estrangeira

Dólar norte-americano 121.466 17,31 554.747 45,57 Yen 20.040 2,86 32.766 2,69 BID - cesta de moedas 122.302 17,42 176.699 14,52

263.808 37,59 764.212 62,78 Moeda nacional

TR 70 0,01 176 0,02 URBNDES e TJLP 38.378 5,47 49.591 4,07 IGP-M 34.434 4,91 1.124 0,09 Ufir 25.619 3,65 33.593 2,76 Finel 339.568 48,37 368.568 30,28

438.069 62,41 453.052 37,22

701.877 100,00 1.217.264 100,00

Consolidado

Variação das principais moedas estrangeiras e indexadores aplicados aos empréstimos e

financiamentos:

.Moeda/Indexador Variação (%)

2005 2004

Dólar norte-americano (11,82) (8,13)Yen (23,53) (3,98)BID - cesta de moedas (6,76) 3,07TR 2,96 1,73URBNDES 3,75 3,50IGP-M 1,21 12,41Finel 0,24 2,38UMBND (14,04) 0,68

Vencimentos das parcelas a longo prazo:

Moeda Moeda estrangeira nacional

2005 20042006 - - - 96.163 2007 35.306 47.709 83.015 89.472 2008 35.306 44.696 80.002 84.890 2009 34.373 43.100 77.473 80.170 2010 28.534 41.873 70.407 71.474 2011 17.594 41.873 59.467 58.166 2012 4.898 35.556 40.454 36.640 2013 3.141 35.497 38.638 34.584 2014 1.574 35.392 36.966 32.702 2015 - 35.356 35.356 32.702 2016 - 17.805 17.805 32.702 2017 - 130 130 20.501 após 2017 62.612 299 62.911 32.702

223.338 379.286 602.624 702.868

Consolidado

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144

Mutação de empréstimos e financiamentos:

Total Saldos Circulante Longo prazo Circulante Longo prazo Consolidado

Em 31 de dezembro de 2003 62.729 811.316 51.936 418.414 1.344.395 Ingressos - - - 25.412 25.412 Encargos capitalizados - - - - - Encargos 62.110 - 34.945 - 97.055 Variação monetária e cambial (75.546) 15.354 638 13.990 (45.564) Transferências 518.629 (518.629) 62.989 (62.989) - Amortizações (111.751) - (92.283) - (204.034)

Em 31 de dezembro de 2004 456.171 308.041 58.225 394.827 1.217.264 Ingressos - - - 35.532 35.532 Encargos capitalizados - - - - - Encargos 27.685 - 31.765 - 59.450 Variação monetária e cambial (28.966) (45.375) (61) 5.499 (68.903) Transferências 39.328 (39.328) 56.572 (56.572) - Amortizações (453.748) - (87.718) - (541.466)

Em 31 de dezembro de 2005 40.470 223.338 58.783 379.286 701.877

Moeda estrangeira Moeda nacional

20 Debêntures

Exigível a Circulante longo prazo Encargos Principal 2005 2004

Companhia (a) 35.251 400.000 435.251 - Copel Distribuição (b) 57.220 562.902 620.122 614.027 Elejor (c) 23.232 263.623 286.855 -

115.703 1.226.525 1.342.228 614.027

Total Consolidado

O saldo da obrigação referente às operações com debêntures, no montante de R$ 620.122, foi

repassado para a Copel Distribuição (R$ 614.027, em 31.12.2004), da mesma forma que os

empréstimos e financiamentos que foram repassados às Subsidiárias Integrais (notas 16 e 46).

a) Debêntures - Companhia - 3ª emissão

A emissão em série única de 40 mil debêntures constitui a terceira emissão de debêntures simples,

concluída em 09.05.2005, com subscrição integral no valor total de R$ 400.000, com prazo de vigência

de quatro anos e vencimento final em 2009, sendo a primeira amortização, de 1/3, em 1º.02.2007, a

segunda, de 1/3, em 1º.02.2008 e a terceira, de 1/3, em 1º.02.2009.

A espécie das debêntures é simples, não conversíveis em ações, escriturais e nominativas e solidária

das subsidiárias integrais da Copel. Os recursos foram destinados ao pagamento de títulos emitidos no

mercado internacional (euronotas) pela emissora, em 02.05.1997, cujo vencimento ocorreu em

02.05.2005, no valor de US$ 150,000.

À garantia é dada a movimentação da conta corrente da Copel Geração junto ao Banco do Brasil S.A.,

na qual serão depositados todos e quaisquer recursos recebidos ou creditados pela Copel Geração por

força dos contratos de comercialização de energia, atuais e futuros.

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145

A título de remuneração sobre o valor nominal das debêntures, deduzidas as amortizações realizadas e

pagas anteriormente, incidirão juros remuneratórios correspondentes a 115% da taxa média dos

Depósitos Interfinanceiros de um dia - DIs, extragrupo, expressa na forma de percentual ao ano, base

252 dias úteis, calculadas e divulgadas diariamente pela Central de Custódia e de Liquidação Financeira

de Títulos - Cetip (à taxa DI) calculadas de forma exponencial e cumulativa pro rata temporis por dias

úteis decorridos. A remuneração correspondente aos períodos de capitalização será devida e paga

semestralmente, sendo o primeiro vencimento em 1º.08.2005 e o último em 1º.02.2009. Não haverá

repactuação das debêntures.

O contrato apresenta as cláusulas prevendo rescisão nas seguintes hipóteses:

1) decretação de falência da emissora ou de qualquer controlada, direta ou indireta, da emissora ou

pedido de concordata preventiva ou falência formulado pela emissora ou por qualquer controlada,

direta ou indireta, da emissora (ou qualquer procedimento judicial análogo que substitua ou

complemente a atual legislação sobre falências e concordatas, inclusive recuperação judicial e

extrajudicial);

2) não-pagamento de qual(is)quer valor(es) devido(s) aos debenturistas nas datas previstas;

3) decretação de intervenção na concessão ou extinção da concessão para a exploração dos serviços

de distribuição, transmissão ou geração de energia pela emissora ou pelas controladas da emissora;

4) sem prejuízo do item (2) acima, o descumprimento pela emissora ou pela Copel Geração de

qualquer obrigação não financeira estipulada ou a inveracidade de qualquer declaração prestada na

emissão ou no contrato de penhor, não remediado no prazo de dez dias úteis contados da data de

inadimplência ou da constatação da inveracidade, sendo que esse prazo de dez dias úteis não se

aplica às obrigações para as quais tenha sido estipulado prazo específico;

5) protesto(s) legítimo(s) de título(s) contra a emissora ou qualquer controlada, direta ou indireta, da

emissora cujo valor unitário ou agregado seja igual ou superior a R$ 25.000, valor esse que deverá

ser reajustado anualmente pela variação do IGP-M, apurado e divulgado pela Fundação Getúlio

Vargas, salvo se o protesto tiver sido efetuado por erro ou má-fé de terceiros, desde que

validamente comprovado pela emissora ou pela controlada, direta ou indireta, da emissora,

conforme o caso, ou se vier a ser cancelado o prazo de trinta dias contados de sua ocorrência;

6) decisão judicial transitada em julgado ou arbitral definitiva, de natureza condenatória, contra a

emissora ou qualquer controlada, direta ou indireta, da emissora, por valor agregado que ultrapasse

R$ 40.000, valor esse que deverá ser reajustado anualmente pela variação do IGP-M, desde que a

emissora ou qualquer controlada, direta ou indireta, da emissora, não comprove o pagamento, ao

agente fiduciário, no prazo de dez dias úteis a partir do pagamento, do valor agregado, nos prazos e

termos estabelecidos em referida decisão judicial transitada em julgado ou decisão arbitral definitiva;

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146

7) vencimento antecipado de qualquer dívida da emissora ou de qualquer controlada, direta ou indireta,

da emissora, em montante unitário ou agregado igual ou superior a R$ 25.000, valor esse que

deverá ser reajustado anualmente pela variação do IGP-M;

8) falta de pagamento pela emissora ou qualquer controlada, direta ou indireta, da emissora de

quaisquer dívidas financeiras em valor agregado igual ou superior a R$ 25.000, valor esse que

deverá ser reajustado anualmente pela variação do IGP-M;

9) falta de cumprimento por parte da emissora ou qualquer controlada, direta ou indireta, da emissora,

durante a vigência da emissão de debêntures, das leis, normas e regulamentos, inclusive

ambientais, que afetem ou possam afetar a capacidade da emissora de cumprir fiel e integralmente

com suas obrigações previstas na escritura de emissão; e

10) qualquer alteração do objeto social previsto no estatuto social da emissora que altere a atividade

social preponderante.

b) Debêntures – Copel Distribuição

Emissão de debêntures simples, concluída em 09.05.2002, com subscrição integral no valor total de

R$ 500.000, dividida em três séries (R$ 100.000, R$ 100.000 e R$ 300.000, respectivamente), com

prazo de vigência de cinco anos, vencíveis em 1º.03.2007. A primeira série foi readquirida em

27.02.2004 e a segunda série foi repactuada em março de 2005, com remuneração da taxa DI,

capitalizada de spread de 1,50% a.a., com vencimento para 1º.03.2007.

A espécie das debêntures é sem preferência (quirografária), com garantia pela fiança conjunta e solidária

das subsidiárias integrais da Copel. Não são conversíveis em ações e têm forma escritural. A destinação

dos recursos foi a quitação do Euro-Commercial Paper e aplicação no programa de investimentos das

subsidiárias integrais relativo aos exercícios de 2002 a 2004.

Na sua emissão, a remuneração da primeira e segunda séries foi equivalente à variação da taxa DI

(calculada e divulgada pela Cetip), expressa na forma de percentual ao ano, base 252 dias, capitalizada

de spread de 1,75% a.a.. São pagas semestralmente no primeiro dia útil dos meses de março e

setembro. A terceira série tem seu valor nominal unitário remunerado a partir da data de emissão,

1º.03.2002, pela variação do IGP-M, pelo número de dias úteis, mais juros de 13,25% a.a.. Os juros são

pagos anualmente no primeiro dia útil de março, com atualização pela variação do IGP-M, em parcela

única, juntamente com o principal.

c) Debêntures – Elejor

O contrato da primeira emissão de debêntures da Elejor foi realizado com a BNDES Participações S.A. –

BNDESPAR, com interveniência da Copel Participações S.A., denominada “Acionista Garantidora” com a

Copel.

Os recursos captados apresentam as seguintes finalidades:

1) investimentos no Complexo Energético Fundão-Santa Clara, no rio Jordão, no Estado do Paraná;

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147

2) investimentos em duas pequenas centrais hidrelétricas, PCH Santa Clara I e PCH Fundão;

3) pagamento de 50% dos valores aportados entre 1º.07.2004 e 30.09.2004, conforme contrato de

mútuo celebrado em 07.04.2004 com a Acionista Garantidora;

4) pagamento integral dos aportes de recursos realizados pela Acionista Garantidora no período de

1 .10.2004 até a data da primeira integralização das debêntures;

5) pagamento de despesas operacionais inerentes à atividade social da emissora, inclusive aquisição

de energia elétrica para suprimento de compromisso de fornecimento; e

6) financiamento dos programas sócioambientais relacionados à realização dos investimentos no

Complexo Energético Fundão-Santa Clara.

Foram emitidas 1.000 debêntures, sob forma escritural e sem emissão de cautelas ou certificados. A

emissão foi em duas séries, a primeira de 660 e a segunda de 340. As duas séries foram nominativas,

conversíveis em ações ordinárias e preferenciais da classe “C”, a critério dos debenturistas.

O valor total da emissão foi de R$ 255.626. As debêntures tive ram valor nominal unitário de R$ 256 na

data da emissão, 15.02.2005. As debêntures terão seu valor nominal atualizado segundo a variação da

TJLP.

A primeira série tem vencimento em 15.02.2015. O período de carência é de quarenta e oito meses

contados da emissão, a partir do qual a amortização dar-se-á em vinte e quatro parcelas trimestrais na

forma da escritura. A primeira amortização ocorrerá em 15.05.2009.

A segunda série tem vencimento em 15.02.2016. O período de carência é de sessenta meses, a partir do

qual a amortização dar-se-á em vinte e quatro parcelas trimestrais, na forma da escritura. A primeira

amortização ocorrerá em 15.05.2010.

Os juros da primeira e segunda séries serão remunerados segundo a variação da TJLP, acrescido de um

spread de 4% a.a., incidente sobre o saldo devedor das séries. Os juros da primeira série serão pagos

anualmente, nos primeiros doze meses, contados da data da emissão, e trimestralmente durante todo o

restante do prazo, sendo o primeiro vencimento em 15.02.2006 e o último em 15.02.2015. Os juros da

segunda série serão pagos anualmente nos primeiros vinte e quatro meses contados a partir da data de

emissão, e trimestralmente durante todo o restante do prazo, sendo o primeiro em 15.05.2007 e o último

em 15.02.2016.

O contrato apresenta as seguintes garantias:

1) fidejussória (carta de fiança) emitida pela Copel Participações, a qual se obriga como fiadora e

principal pagadora perante os debenturistas;

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148

2) penhor de direitos emergentes do contrato de concessão: nos termos dos instrumentos particular de

vinculação de receitas e outras avenças celebrados entre a emissora, o agente fiduciário e o banco

depositário, constituiu-se penhor, em caráter irrevogável e irretratável, com a devida autorização da

Aneel; e

3) vinculação de receitas e reserva de meios de pagamentos: por instrumento celebrado entre a

emissora, o agente fiduciário e o banco depositário, constituiu-se conta centralizadora e conta

reserva, com vigência até a final liquidação de todas as obrigações deste contrato.

Em relação às cláusulas de rescisão de contrato, além das hipóteses previstas nos artigos 39 e 40 do

Regulamento do BNDES aplicáveis a seus contratos, e se a Assembléia Geral de debenturistas, pelo

voto dos que detenham 50% + 1 (cinqüenta por cento mais uma) das debênture em circulação assim

deliberar, o agente fiduciário poderá declarar antecipadamente vencidas todas as debêntures objeto da

emissão e exigir o pagamento, pela emissora, da dívida relativa ao saldo devedor das debêntures,

acrescido de juros e demais encargos, na ocorrência dos seguintes eventos:

1) protesto de títulos contra a emissora no valor igual ou superior a R$ 5.000, do qual resulte riscos à

solvabilidade da Elejor, sendo tal valor corrigido anualmente pelo IGPM, divulgado pela Fundação

Getúlio Vargas;

2) pedido de concordata preventiva formulada pela emissora;

3) liquidação ou decretação de falência da emissora;

4) vencimento antecipado de qualquer dívida da emissora em razão e inadimplemento contratual, cujo

montante seja igual ou superior a R$ 5.000 corrigidos anualmente pelo IGPM;

5) a inclusão, em acordo societário ou estatuto da emissora, com exceção dos acordos já existentes e

devidamente registrados em livro, de dispositivo pelo qual seja exigido quorum especial para

deliberação ou aprovação de matérias que limitem ou cerceiem o controle da Companhia pelos

controladores, ou ainda, a inclusão naqueles documentos, de dispositivos que importe em:

i) restrições à capacidade de crescimento da Elejor ou desenvolvimento tecnológico; ii) restrições a

novos mercados: e iii) restrições ou prejuízo à capacidade de pagamento das obrigações financeiras

desta operação;

6) as declarações realizadas na Escritura, pela emissora, sejam falsas ou enganosas, ou ainda, de

forma relevante, incorretas ou incompletas; e

7) ocorrência de qualquer incorporação, fusão, cisão, transformação ou qualquer outra reorganização

societária, ou de ativos relevantes, bem como, qualquer redução do capital, ou criação de ações

resgatáveis pelas emissoras sem prévia autorização pela BNDESPAR.

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149

Vencimento das parcelas de longo prazo:

.

2005 20042006 - - 2007 696.222 457.407 2008 133.320 - 2009 155.667 - 2010 41.233 - 2011 45.064 - 2012 45.064 - 2013 45.064 - 2014 42.090 - 2015 19.738 - 2016 3.063 -

1.226.525 457.407

Consolidado

A mutação das debêntures é a seguinte:

Exigível a Total Saldos Circulante longo prazo Consolidado

Em 31 de dezembro de 2003 157.859 506.761 664.620 Ingressos - - - Encargos 81.145 - 81.145 Variação monetária - 50.646 50.646 Transferências 100.000 (100.000) - Amortizações (182.384) - (182.384)

Em 31 de dezembro de 2004 156.620 457.407 614.027 Ingressos 18.116 755.626 773.742 Encargos capitalizados - - - Encargos 170.916 - 170.916 Variação monetária - 13.492 13.492 Transferências - - - Amortizações (229.949) - (229.949)

Em 31 de dezembro de 2005 115.703 1.226.525 1.342.228

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150

21 Fornecedores

.

2005 2004Encargos de uso da rede elétrica

Uso da conexão 252 251 Uso da rede básica 41.765 35.318 Transporte de energia 3.102 2.622

45.119 38.191 Fornecedores de energia elétrica

Administracion Nac. de Eletr. - ANDE (Paraguai) 4.763 5.229 Eletrobrás (Itaipu) 77.921 62.736 Cia. de Interconexão Energética - CIEN 63.000 63.000 Cia. de Interconexão Energética - CIEN - ELP 175.452 239.774 Foz do Chopin Energética Ltda. 69.244 44.878 Furnas Centrais Elétricas S.A. 18.348 - Itiquira Energética S.A. 7.037 5.894 Dona Francisca Energética S/A 4.182 30.517 Outros concessionários 35.851 6.625

455.798 458.653

Materiais e serviços Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobrás (a) 778.286 468.495 Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobrás - LP 268 - Outros fornecedores 58.665 57.750 Outros fornecedores - LP 889 889

838.108 527.134

1.339.025 1.023.978

Circulante 1.162.416 783.315

Exigível a Longo Prazo - ELP 176.609 240.663

Consolidado

a) Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobrás

Em relação aos saldos acima, é relevante destacar que os valores referentes às obrigações com a

Petrobrás, R$ 778.286, em 2005 (R$ 468.495, em 2004) abrangem a compra de gás de R$ 495.088

(R$ 371.134, em 2004) e penalizações de R$ 283.198 (R$ 97.361 em 2004). O montante de R$ 761.700

foi transferido da Compagas à Petrobrás em decorrência da rescisão de contrato e da cessão de

créditos. Os valores constantes desses passivos também dependem das negociações do contrato

firmado com a UEG Araucária.

b) UEG Araucária Ltda.

Na nota 48.a há uma descrição dos fatos relevantes publicados em 17 e 24.02. e 7.03.2006,

relacionados à UEG Araucária.

Histórico das questões judiciais:

A UEG Araucária e a Copel vêm discutindo judicialmente o contrato relativo à venda e compra de

potência assegurada, no valor nominal de 484,3 MW, originalmente celebrado em 31.05.2000, com

validade por 20 anos a partir da data de declaração de operação comercial da usina termelétrica erigida

no município de Araucária, Estado do Paraná.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

151

Por intermédio do contrato de compra e venda de potência assegurada e da operação e manutenção da

citada usina termelétrica à gás natural, a Copel e a UEG Araucária firmaram compromisso de

exclusividade de disponibilização à Copel de toda potência inicial assegurada da Usina, no montante de

484,3 MW.

Os valores mensais pagos até dezembro de 2002 referem-se ao adiantamento do valor que se faria

devido nos termos de instrumento contratual que seria firmado pelas partes que celebraram o contrato

original, desde que referido instrumento contratual substitutivo viesse a obter a necessária homologação

regulatória. A partir de janeiro de 2003, os pagamentos foram suspensos pela nova administração em

razão da interrupção das negociações bilaterais tendentes à elaboração do instrumento contratual

substitutivo ao contrato de compra e venda de potência assegurada.

A UEG Araucária citou a Companhia no “Tribunal Arbitral de Paris”, em 1°.04.2003, com o objetivo de

promover arbitragem sobre a suposta inadimplência contratual da Copel. Em 22.04.2003, a UEG

Araucária enviou à Copel comunicação em que considerava rescindido o contrato.

A Copel propôs junto à Justiça Estadual do Paraná, em 22.06.2003, ação declaratória de nulidade da

cláusula arbitral e obteve decisão liminar suspendendo o procedimento arbitral, sob pena de multa diária.

Segundo Parecer Jurídico de autoria do Instituto de Direito Civil - IDC, firmado por renomados juristas, a

Administração da Companhia é de opinião que o contrato de compra e venda de potência assegurada é

ineficaz sob o ponto de vista jurídico, visto que ele não foi jamais homologado pela Aneel.

Adicionalmente, o parecer menciona que o pagamento do valor de compra da usina, à título de multa

contratual, conforme pretendido no aditamento ao pedido de arbitragem, não pode ser considerado

devido antes do trânsito em julgado do processo em curso perante a justiça estatal brasileira. Ademais, o

valor da multa contratual em questão é bastante superior ao preço de mercado de uma usina de igual

porte e natureza, o que contraria a legislação aplicável à matéria.

A administração da Companhia, com base no parecer jurídico mencionado e no entendimento de que o

contrato firmado entre as partes é ineficaz, optou por reverter, na data base de 30.06.2003, as provisões

efetuadas relativas aos faturamentos mensais efetivados pela UEG Araucária contra a Companhia.

Em 14.08.2003, a Companhia entrou com nova ação judicial contra a UEG Araucária, denominada Ação

Cautelar de Produção Antecipada de Provas, que foi autuada sob o n.º 24.546/2003, junto à 3.ª Vara da

Fazenda Pública de Curitiba, por meio do qual a Copel pretende constituir prova a seu favor quanto à

demonstração da impossibilidade técnica de operação da usina de forma contínua, segura e

permanente. Para tanto, foi nomeado um grupo de peritos judiciais e as partes apresentaram os quesitos

e nomearam assistentes técnicos. Em maio de 2005 foi disponibilizado o laudo pericial e aguarda-se, no

momento, a finalização da tradução de documentos e a eventual apresentação de laudos

complementares/divergentes por parte dos assistentes técnicos. O laudo pericial, de 10.05.2005 e já

disponibilizado nos autos, é favorável à tese da Copel e confirma a impossibilidade técnica de operação

da usina de forma contínua, segura e permanente.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

152

Em 22.02.2004, ocorreu audiência preliminar junto à Câmara Arbitral - CCI, na França, oportunidade em

que, imediatamente após sua abertura, a audiência foi adiada para o dia 15.04.2004. Naquela

oportunidade, a Copel reafirmou, consignando expressamente sua posição de não-aceitação da

competência da câmara arbitral, ressaltando a existência de sentença no Brasil, que reconheceu a

ausência de validade do compromisso arbitral constante do contrato objeto de litígio, o qual daria suporte

ao procedimento arbitral iniciado na França. Em julho de 2004, houve nova audiência em Paris, em

seqüência ao procedimento arbitral, ocasião em que a Copel reiterou sua posição manifestada quanto à

ausência de competência do Tribunal Arbitral para apreciar a questão a ele unilateralmente submetida

pela UEG Araucária. Em 06.12.2004, o Tribunal Arbitral, por maioria de votos, julgou-se competente para

apreciar e julgar as matérias que lhe foram submetidas. Referido julgamento não influenciará ou alterará

as decisões do Poder Judiciário brasileiro a respeito da mesma matéria. Superada a discussão acerca

da competência do Tribunal Arbitral, teve início a fase em que se discute o mérito do litígio entre as

partes. De 23 a 27.01.2006 foram realizadas as audiências de instrução. Aguarda-se o prazo para

alegações finais e nova audiência em abril, com término da arbitragem previsto para o final do primeiro

semestre de 2006.

Em 30.05.2005, a Companhia, mesmo não reconhecendo a competência do Tribunal Arbitral para o

julgamento da demanda, apresentou pedido reconvencional, no valor de US$ 238,261, com base no

princípio da eventualidade e como forma de defesa às alegações formuladas pela UEG Araucária.

A Aneel reconheceu os problemas técnicos e operacionais que impedem a UEG Araucária de produzir

energia. Em ofício encaminhado ao presidente da Copel e à direção da UEG Araucária, a Aneel, além de

atestar as razões pelo não funcionamento do complexo, considera como “comprometida” a condição de

início da operação comercial, em 27.09.2002, data da inauguração da usina.

Os laudos enviados à Aneel atestam que a usina não tem condições de operar de forma contínua e

segura, razões apontadas pela Copel desde 2003. Confirmados pelos peritos do Scott Wilson Raymond,

da Inglaterra, e pelo Instituto Superior Técnico – IST, de Portugal, ambos renomados centros europeus

especializados em energia termelétrica, os laudos atestam todos os problemas relatados pela Copel no

laudo pericial judicial que tramita na 3.ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba.

c) Compagas

Contrato de venda de gás natural, assinado em 2000, destinado exclusivamente ao consumo na UEG

Araucária para geração de energia elétrica, com prazo de duração de 20 anos, contados a partir do

fornecimento inicial (2002).

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

153

Em razão do litígio estabelecido com a UEG Araucária e o fato de que o contrato de compra de energia

celebrado entre a Copel e a UEG não foi homologado pela Aneel, em 25.02.2003, o Conselho de

Administração da Companhia autorizou a suspensão dos pagamentos relativos ao contrato de compra e

venda de gás natural (que seria necessário como combustível destinado ao funcionamento da usina, a

qual jamais foi colocada em operação comercial) para a Compagas que, por sua vez, suspendeu os

pagamentos para a Petrobrás.

O montante registrado nessa rubrica refere-se à provisão da quantidade de gás garantida em contrato

firmado entre as partes, onde está disposto o pagamento, mesmo não havendo o respectivo consumo

(take or pay). O contrato também prevê a recuperação do valor pago pelo período de sete anos,

vinculado ao consumo equivalente de gás. Entretanto, sua efetiva recuperação está atrelada ao

desfecho das discussões da Companhia com os outros acionistas da UEG Araucária, como mencionado

no item “a” desta nota.

Desde 1º.06.2005, os eventos referentes ao contrato de fornecimento e transporte de fás deixaram de

ser faturados pela Compagas, em decorrência da rescisão do contrato entre a Petrobrás e a Compagas

e entre a Compagas e a Copel, conforme decisão manifestada unilateralmente pela Compagas.

22 Folha de Pagamento e Provisões Trabalhistas

.

2005 2004Folha de pagamento

Folha de pagamento, líquida 32.615 18.583 Tributos e contribuições sociais 15.344 13.148 Consignações a favor de terceiros 2 -

47.961 31.731 Provisões trabalhistas

Férias e 13º salário 45.522 39.727 Encargos sociais sobre férias e 13º salário 14.843 13.010

60.365 52.737

108.326 84.468

Consolidado

23 Benefício Pós-Emprego

As subsidiárias da Companhia, através da Fundação Copel, da qual são patrocinadoras, mantêm planos

de complementação de aposentadoria e pensão (Plano Previdenciário) e de assistência médica-

odontológica (Plano Assistencial) para seus empregados e dependentes legais ativos e pós-emprego. As

contribuições aos planos são efetuadas por ambas as partes, patrocinadoras e beneficiários, com base

em cálculos atuariais elaborados por atuários independentes, seguindo as normas vigentes aplicáveis às

entidades fechadas de previdência complementar, a fim de prover fundos suficientes para cobrir as

obrigações futuras com os benefícios a conceder.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

154

Em 1998, houve implantação e migração do plano previdenciário (Plano Previdenciário III). Em

conseqüência, essa mudança de plano gerou um saldo de dívida, que, atualizado até então, foi

transferido para as subsidiárias integrais, por ocasião de sua criação, em 2001. O montante foi

financiado em 210 prestações mensais, indexadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor -

INPC e juros de 6% a.a., com vencimento a partir de 1º.08.2001. Como garantia desses contratos, as

patrocinadoras autorizaram a Fundação Copel a bloquear saldos em contas correntes bancárias de sua

propriedade, ficando a Companhia como garantidora solidária em caso de qualquer déficit decorrente da

concessão de benefícios.

A Companhia adota as práticas contábeis instituídas pela Deliberação CVM n.º 371, de 13.12.2000, para

registrar os custos com os planos previdenciário e assistencial, bem como os encargos sobre a dívida

assumida com o Plano III (nota 32).

24 Taxas Regulamentares

.

2005 2004Compensação financeira - recursos hídricos 12.382 12.392 Conta de desenvolvimento energético - CDE 10.934 7.093 Encargos de capacidade emergencial 10.021 22.067 Reserva global de reversão - RGR 5.390 4.686 Taxa de fiscalização - Aneel 1.117 795 Conta de consumo de combustível - CCC 1.051 15.709 RGR - diferenças de 2003 370 - RGR - diferenças de 2003 - ELP - 1.588 Outras taxas a pagar 15 1.393

41.280 65.723

Circulante 41.280 64.135

Exigível a longo prazo - ELP - 1.588

Consolidado

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

155

25 Outras Contas a Pagar

.

Circulante 2005 2004Taxa de iluminação pública arrecadada 14.951 13.562 Devolução de faturas 428 443 Saldo transferência de crédito de ICMS 886 - Devolução - antecipação universalização obras 1.586 - Consumidores - outros 2.007 2.884 Programas de pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética (a) 72.887 - Triunfo Participações e Investimentos S.A. 268 1.791 Empréstimo compulsório - Eletrobrás 3.225 1.043 Entidades seguradoras - prêmios a pagar 1.837 1.601 Encargo da concessão - outorga Aneel 5.746 - Cauções em garantia 508 259 Outras obrigações 3.059 3.065

107.388 24.648

Consolidado

a) Programas de pesquisa e desenvolvimento - P&D e eficiência energética - PEE

A Resolução Normativa Aneel nº 176, de 28.11.2005 estabeleceu critérios para aplicação de recursos

em Programa de Eficiência Energética – PEE pelas concessionárias ou permissionárias do serviço

público de distribuição de energia elétrica, de acordo com o regulamento estabelecido por aquela

Agência Reguladora. Na mesma Resolução, foi aprovado o Manual do Programa de Eficiência

Energética - PEE.

Esse Manual define regras para a contabilização dos custos do PEE, estabelecendo como competência,

para efeito do registro contábil do passivo e resultado, o mesmo mês de faturamento da receita cobrada

dos consumidores de energia e que, sobre o saldo do passivo incidirão juros a partir do mês

subseqüente ao faturamento, até o mês da efetiva aplicação dos recursos, calculados diariamente com

base na taxa Selic.

Com base em critérios adotados em anos anteriores, a Companhia registrava os custos associados, no

resultado do exercício em que efetivamente os recursos eram aplicados nos diversos projetos aprovados

dentro do Programa de Eficiência Energética. Contudo, tal prática está em desacordo com o disposto no

Manual.

Assim, a fim de atender ao disposto na Resolução, neste exercício a Companhia registrou um passivo

referente aos recursos a serem aplicados no valor de R$ 10.609 para os Programas de Eficiência

Energética e R$ 19.072 para os Programas de Pesquisa e Desenvolvimento - P&D.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

156

Adicionalmente, a Companhia reconheceu a título de ajuste de exercícios anteriores, na conta de Lucros

Acumulados, os efeitos líquidos dos impostos, das despesas incorridas referentes aos exercícios de

2003 e 2004, no valor de R$ 28.516, que corresponde ao provisionamento de R$

43.206.

.PEE P&D Total

Despesas operacionais 10.455 19.072 29.527 Despesas financeiras 154 - 154 Efeito no resultado 10.609 19.072 29.681 Ajustes em lucros acumulados 17.033 11.483 28.516 Impostos a compensar (ativo circulante) 8.775 5.915 14.690

Total 36.417 36.470 72.887

26 Provisões para Contingências

A Companhia responde por diversos processos judiciais de natureza trabalhista, tributária e cível,

perante diferentes tribunais e instâncias. A Administração da Companhia, fundamentada na opinião de

seus assessores legais, mantém provisão para contingências sobre as causas cuja probabilidade de

perda é considerada provável.

Depósitos judiciais (Ativo - RLP) Provisões (Passivo - ELP)

2005 2004 2005 2004

Trabalhistas 62.693 44.147 82.667 64.504 Cíveis:

Consumidores 1.648 1.456 20.205 15.657 Servidões de passagem 6.852 6.399 13.384 35.847 IUEE - prefeituras municipais (nota 15) - - - 7.374 Cíveis e vara da fazenda 10.946 8.936 32.059 28.018

19.446 16.791 65.648 86.896 Fiscais:

Cofins (a) - - 197.549 197.549 Pasep 14.045 35.350 14.263 35.568 INSS (b) 48.015 48.014 25.625 18.245 Tributos federais - - 30.741 26.000 Desapropriações - - 7.776 -

62.060 83.364 275.954 277.362 .

Outros depósitos judiciais 984 2.360 - -

145.183 146.662 424.269 428.762

Consolidado Consolidado

a) Cofins

Em 18.08.1998, o Tribunal Regional Federal da 4.º Região proferiu acórdão reconhecendo a imunidade

da Copel em relação à Cofins sobre as operações com energia elétrica. Em 10.08.2000, a União interpôs

ação rescisória para desconstituir o referido acórdão e em 21.11.2000 a Companhia foi citada, abrindo-

se, assim, a discussão quanto à questão da perda do direito da União de interpor a ação rescisória.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

157

Em 14.12.2000, o processo foi concluso para o relator, com contestação apresentada pela Copel em

08.12.2000, embasada em pareceres conclusivos de renomados juristas, contratados pela Copel, sobre

a improcedência da ação rescisória interposta. Conservadoramente, a Administração decidiu manter,

para contingência, somente a provisão do valor principal em discussão, especificamente no que tange

aos valores não recolhidos no período de setembro de 1998 a junho de 2001, sem os respectivos juros

de mora e multa. O valor ora provisionado não inclui, por conseqüência, os valores exigidos pela

Secretaria da Receita Federal mediante auto de infração em relação ao período de janeiro a dezembro

de 1997, no valor atualizado de R$ 112.982, uma vez que os assessores jurídicos consideram que o

lançamento foi efetuado sem permissão legal.

Em agosto de 2003, a ação rescisória foi julgada procedente, ou seja, de forma desfavorável à Copel,

por maioria de votos. A Copel interpôs embargos de declaração, tendo sido tal recurso parcialmente

acolhido.

Em junho de 2004, a Copel interpôs embargos infringentes (uma vez que obteve voto favorável à Copel

em relação à decadência, ou seja, perda do direito da União pretender desconstituir o acórdão que

reconheceu a imunidade), cujo julgamento foi designado para 02.12.2004. Iniciado o julgamento dos

embargos infringentes na data marcada e realizadas as sustentações orais pelos representantes das

partes (Copel e União), o TRF anunciou o seu adiamento.

Em 02.06.2005, o TRF prosseguiu com o julgamento e, em 1.ª seção, por maioria, acolheu a tese de

decadência para a propositura da ação rescisória em favor da Copel, e em 03.08.2005 foi publicado o

acórdão.

A União protocolou Recursos Especial em 19.09.2005 e a Copel apresentou suas contra-razões ao

recurso. Após o exame de admissibilidade, o recurso interposto foi admitido pelo TRF da 4ª Região,

diante do que foram opostos embargos de declaração pela Copel, com o intuito de rever a decisão que

admitiu o recurso.

Essa provisão não foi incluída no Refis pelo fato de a Companhia, baseada em opiniões de diversos

juristas, considerar a chance de êxito como provável, quando da decisão dos referidos processos

judiciais.

b) INSS

Os depósitos judiciais de INSS, além daqueles relativos a recolhimentos de terceiros provisionados,

incluem outros processos da Companhia sendo contestados e suportados por depósitos recursais.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

158

c) Rio Pedrinho e Salto Natal

As empresas Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio Salto Natal Energética S.A. requereram a

instauração de procedimentos arbitrais perante a Câmara de Arbitragem da Fundação Getúlio Vargas,

sob os n.ºs 001 e 002/2004, por meio dos quais pleiteavam o pagamento dos valores das parcelas

vencidas, bem como a multa rescisória, relativamente aos contratos de compra e venda de energia

elétrica firmados com a Copel Distribuição. Os procedimentos arbitrais foram julgados procedentes, de

forma que a Copel Distribuição foi condenada ao pagamento dos valores pleiteados, acrescidos de

honorários advocatícios.

Ressalta-se que os contratos objeto dos procedimentos arbitrais estão sendo questionados em ação

popular, onde se pede a nulidade dos mesmos (CVCEE/COPEL-DIS/DCOD/CPR n.º 16/2002, Rio

Pedrinho e CVCEE/COPEL-DIS/DCOD/CPR n.º 17/2002, Salto Natal), sob o argumento de que estes

seriam lesivos ao patrimônio da Companhia.

Também está em trâmite ação declaratória de nulidade da cláusula arbitral desses contratos interposta

pela Companhia, atualmente sob n.º 380/2005, perante a 2.ª Vara da Fazenda Pública, Falências e

Concordatas da Comarca de Curitiba.

Em virtude das restrições impostas à Copel pela suposta inadimplência desses contratos, a Companhia

interpôs e obteve êxito na Medida Cautelar n.º 1.392/2004, cuja decisão foi confirmada por maioria pelo

Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, para não permitir qualquer tipo de constrangimento à Copel,

considerando que o contrato está sub judice em virtude da ação declaratória e da ação popular

mencionadas.

A Copel também ingressou com ação ordinária, distribuída para a 2.ª Vara da Fazenda Pública – Autos

n.º 950/2005, pela qual pleiteia a declaração de nulidade dos contratos e das sentenças arbitrais, tendo

os réus sido citados em 30.09.2005.

As empresas Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio Salto Natal Energética S.A. ofereceram

contestação, tendo sido o processo encaminhado ao Ministério Público para manifestação, o qual não

emitiu qualquer pronunciamento até o encerramento destas demonstrações contábeis.

A Administração, suportada por opinião de seus assessores jurídicos, não reconheceu nenhuma

provisão, por considerar como sendo prováveis as chances de êxito quando da decisão final desses

processos.

27 Patrimônio Líquido

a) Capital social

O capital social integralizado, em 31.12.2005, monta a R$ 3.480.000 e sua composição por ações (sem

valor nominal) e principais acionistas é a seguinte:

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

159

Número de ações em milhares

Acionistas Preferenciais "A" Preferenciais "B" Total

% % % % Estado do Paraná 85.028.464 58,6 - - - - 85.028.464 31,1

Paraná Investimentos S.A. 134 - - - 13.639 - 13.773 - Eletrobrás 1.530.775 1,1 - - - - 1.530.775 0,6 BNDESPAR 38.298.775 26,4 - - 27.282.007 21,3 65.580.782 24,0 Custódias em bolsa (Brasil) 16.111.629 11,1 120.312 29,8 70.687.484 55,1 86.919.425 31,7

Custódias em bolsa (ADS's) 3.447.455 2,4 - - 30.099.406 23,5 33.546.861 12,3 Prefeituras 184.295 0,1 14.716 3,6 - - 199.011 0,1 Outros acionistas 429.554 0,3 268.687 66,6 138.044 0,1 836.285 0,2

145.031.081 100,0 403.715 100,0 128.220.580 100,0 273.655.376 100,0

Ordinárias

Nas Assembléias Gerais, cada ação ordinária dá direito a um voto.

As ações preferenciais classe “A” não possuem direito a voto, porém detêm prioridade no reembolso do

capital e direito ao recebimento de dividendos de 10% ao ano, não cumulativos, calculados sobre o

capital representado pelas ações dessa classe.

As ações preferenciais classe “B” não possuem direito a voto, mas terão prioridade na distribuição de

dividendos mínimos, calculados com base em 25% do lucro líquido ajustado, de acordo com a legislação

societária e o Estatuto da Companhia. Os dividendos assegurados à classe “B” serão prioritários apenas

em relação às ações ordinárias e somente serão pagos à conta dos lucros remanescentes depois de

pagos os dividendos prioritários das ações preferenciais classe “A”.

De acordo com o artigo 17 e seus parágrafos, da Lei n.º 6.404/1976, os dividendos atribuídos às ações

preferenciais são, no mínimo, 10% maiores do que os atribuídos às ações ordinárias.

b) Reservas de capital

.

2005 2004

Doações e subvenções para investimentos 702 702 Conta de resultados a compensar (CRC) 790.555 790.555 Outras 26.036 26.036

817.293 817.293

Companhia

c) Reservas de lucros

.

2005 2004

Reserva legal 209.821 184.702 Reserva para investimentos 980.069 654.322

1.189.890 839.024

Companhia

A reserva legal é constituída com base em 5% do lucro líquido do exercício, antes de qualquer

destinação, limitada a 20% do capital social.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

160

A reserva para investimentos visa a cobertura do programa de aplicações de recursos no ativo

permanente da Companhia, conforme o art. 196 da Lei das Sociedades Anônimas. Sua constituição

ocorre mediante a retenção do remanescente do Lucro Líquido do Exercício, após a Reserva Legal e os

Juros Sobre o Capital Próprio (item 4.3 do Relatório da Administração).

.Companhia

2005 2004

Lucro líquido do exercício 502.377 374.148 Efeitos fiscais na Copel pela opção de juros sobre o capital próprio (41.818) (32.661) Lucro líquido do exercício sem os efeitos fiscais dos juros sobre o capital próprio 460.559 341.487 Reserva legal teórica sobre o lucro acima (23.028) (17.074) Base de cálculo para dividendos mínimos 437.531 324.413

Dividendos mínimos obrigatórios (25%) 109.383 81.103 Imposto de renda retido sobre juros sobre o capital próprio (1) 12.974 10.290

Valor do dividendo mínimo ajustado, calculado considerando o efeito do IRRF 122.357 91.393 Valor excedente ao dividendo mínimo obrigatório 638 4.668

Remuneração do capital próprio apropriada 122.995 96.061 (1) Na parcela de juros distribuída a acionistas imunes, não ocorre a incidência de imposto de renda, resultando em uma alíquota de 10,55%

(10,71% em 2004).

Os juros foram contabilizados em Despesas Financeiras, e, para efeito das demonstrações, são

apresentados como destinação do Lucro Líquido do Exercício. No resultado do exercício, sua reversão

foi efetuada contra rubrica própria em Despesas Financeiras, conforme preconiza a CVM.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

161

28 Receita Operacional

.

2005 2004Fornecimento de energia elétrica

Residencial 1.856.980 1.651.363 Industrial 1.649.222 1.456.340 Comercial, serviços e outras atividades 1.092.912 912.171 Rural 242.188 210.550 Poder público 168.008 142.457 Iluminação pública 144.214 128.199 Serviço público 122.359 104.389

5.275.883 4.605.469 Suprimento de energia elétrica

Contratos iniciais 39.642 36.550 Leilão - CCEAR 435.588 - Contratos bilaterais 389.605 370.679 Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE 85.102 38.627

949.937 445.856 Disponibilidade da rede elétrica

Rede elétrica - tarifa de uso do sistema de distribuição (TUSD) 132.463 80.526 Rede básica - tarifa de uso do sistema de transmissão (TUST) 135.361 129.079 Rede de conexão 172 161

267.996 209.766 Receita de telecomunicações

Serviço de comunicações de dados e de telecomunicações 57.075 41.434 57.075 41.434

Distribuição de gás canalizadoVenda de gás natural 181.382 161.227

181.382 161.227 Outras receitas operacionais

Renda da prestação de serviços 14.434 15.265 Arrendamentos e aluguéis 45.970 45.527 Subvenção - CCC 14.832 11.687 Serviço taxado 7.733 7.222 Outras receitas 888 872

83.857 80.573

6.816.130 5.544.325

Consolidado

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

162

29 Deduções da Receita Operacional

.

2005 2004Tributos sobre a receita

Cofins 361.509 198.238 Pasep 79.883 42.385 ICMS 1.373.494 1.175.935 ISSQN 1.351 1.205

1.816.237 1.417.763 Encargos do consumidor

Quota para reserva global de reversão - RGR 63.817 63.249 Encargos de capacidade emergencial 82.404 137.243

146.221 200.492 .

Outras deduções da receita 136 296

1.962.594 1.618.551

Consolidado

30 Energia Elétrica Comprada para Revenda

.

2005 2004Eletrobrás (Itaipu) 464.423 439.494 Cia. de Interconexão Energética - Cien 309.334 322.037 Furnas Centrais Elétricas S.A. - leilão 174.447 - Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - leilão 122.819 - Outras concessionárias - leilão 87.139 - Itiquira Energética S.A. 80.684 68.189 Dona Francisca Energética S.A. 48.443 44.112 Companhia Energética de São Paulo - leilão 46.233 - Energia elétrica comprada para revenda - CVA passiva 43.175 - Câmara de Comercialização de Energia - CCEE 28.055 52.167 Foz do Chopin Energética Ltda. 23.530 21.785 Outras concessionárias 8.048 16.099

1.436.330 963.883

Consolidado

31 Pessoal

.

2005 2004 2005 2004

Remunerações 3.715 3.300 414.364 347.701 Encargos sociais 770 763 138.701 115.298 Auxílio alimentação e educação - - 35.575 30.465 Indenizações trabalhistas - - 2.669 1.893 Participação nos resultados (a) - - 32.294 18.319 (-) Transferências p/ imobilizado em curso - - (57.148) (38.880)

4.485 4.063 566.455 474.796

Companhia Consolidado

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

163

a) Participação nos resultados

Desde 1996 a Companhia implantou o programa de participação dos empregados nos lucros ou

resultados, pago com base em acordo de metas operacionais e financeiras previamente estabelecido. O

montante dessa participação foi provisionado como se segue:

Consolidado 2005 2004

Copel Geração S.A. 4.821 3.052 Copel Transmissão S.A. 4.441 2.788 Copel Distribuição S.A. 21.021 11.170 Copel Telecomunicações S.A. 1.485 939 Copel Participações S.A. 232 168 Companhia Paranaense de Gás - Compagas 294 202

32.294 18.319

Em conformidade com o Ofício Circular n.º 01/2006-CVM/SNC/SEP, de 22.02.2006, determina que as

participações em resultados não referenciadas nos estatutos devem ser classificadas como custo ou

despesa operacional.

32 Planos Previdenciário e Assistencial

As subsidiárias da Companhia mantêm planos de complementação de aposentadoria e pensão (Plano

Previdenciário) e de assistência médica e odontológica (Plano Assistencial) para seus empregados e

dependentes legais ativos e pós-emprego.

a) Plano previdenciário

O atual Plano Previdenciário aos empregados é oriundo de um plano de “benefícios definidos”, quel foi

transformado em plano de “contribuição definida” em 1998, denominado “Plano Previdenciário III”.

Naquela data, o direito proporcional adquirido pelos participantes, em função da mudança de plano,

gerou dívida que foi assumida e registrada nas demonstrações contábeis da Copel, como patrocinadora

única do plano, para ser amortizada em 240 parcelas mensais, vencíveis a partir de 1º.02.1999,

atualizada pelo INPC e juros de 6% a.a.

Com a criação das subsidiárias integrais em 1º.07.2001, o saldo daquela dívida, atualizado até então, foi

transferido às subsidiárias, segregado individualmente com base nos respectivos quadros de

empregados existentes na data-base de cálculo da obrigação, ou seja, em 31.12.1997, financiado em

210 prestações mensais, indexadas pelo INPC e juros de 6% a.a., com vencimento a partir de

1º.08.2001. Como garantia desses contratos, as patrocinadoras autorizaram a Fundação Copel a

bloquear saldos em contas correntes bancárias de propriedade delas.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

164

Em razão da celebração desses novos contratos individuais, o contrato firmado entre a Fundação e a

Companhia, patrocinadora instituidora, foi rescindido, dando-se às partes a mais ampla quitação quanto

aos direitos e obrigações oriundos daquele contrato, ficando, entretanto, a Companhia como garantidora

solidária em caso de qualquer déficit decorrente da concessão de benefícios.

b) Plano assistencial

Até agosto de 2001, a concessão de assistência médica aos empregados e seus dependentes era feita

diretamente pela Companhia, com administração da Fundação Copel. A partir daquela data, a

Companhia e suas subsidiárias implementaram plano de saúde aos seus empregados e dependentes,

denominado “Plano Pró-Saúde”, que é custeado por contribuições mensais de ambas as partes,

patrocinadoras e empregados, calculadas de acordo com critérios atuariais e normas vigentes, aplicáveis

a esse tipo de plano assistencial.

c) Deliberação CVM n.º 371/2000 - Contabilização de Benefícios a Empregados

Como a obrigação previdenciária relativa ao direito proporcional dos empregados, face a mudança de

plano citada anteriormente, já havia sido reconhecida contabilmente desde 1998 para atender a

Deliberação CVM n.º 371/2000, em 2001 a Companhia e suas subsidiárias ajustaram o saldo dessa

obrigação, no montante de R$ 72.857, avaliado na ocasião pelo seu valor histórico, atualizado segundo

as condições contratuais e deduzido das amortizações mensais realizadas até então.

No caso do Plano Assistencial, as subsidiárias da Companhia optaram pelo reconhecimento antecipado

da obrigação do plano de saúde, em 1º.07.2001, calculada segundo os critérios estabelecidos pela

Deliberação CVM n.º 371/2000, líquido dos efeitos do imposto de renda e da contribuição social, no

montante de R$ 159.949, diretamente contra o patrimônio líquido.

Para viabilizar a implementação e dar garantias financeiras ao novo plano Pró-Saúde, as subsidiárias

integrais da Companhia aportaram fundos, em montante calculado por atuário especialmente contratado

pela Fundação Copel, que foram registrados contra a obrigação reconhecida em 1º.07.2001.

Os valores consolidados reconhecidos no Balanço Patrimonial em 31.12.2005, na conta de Benefícios

Pós-emprego, estão resumidos a seguir:

Plano Plano previdenciário assistencial Consolidado

2005 2004

Obrigações total ou parcialmente cobertas 2.050.038 433.172 2.483.210 2.387.929 (Ganhos) / perdas atuariais a amortizar 670.535 (53.342) 617.193 436.278 Valor justo do plano (2.407.368) (100.736) (2.508.104) (2.156.525)

Saldo total da obrigação atuarial 313.205 279.094 592.299 667.682

Ativo/(passivo) atuarial não reconhecido (6.274) 33.731 27.457 (2.312)

306.931 312.825 619.756 665.370

Passivo circulante 119.344 13.558 132.902 124.783

Exigível a longo prazo 187.587 299.267 486.854 540.587

Total

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

165

No exercício de 2005, a despesa incorrida com os planos previdenciário e assistencial foi:

Plano Plano . . previdenciário assistencial

2005 2004

Período pós-emprego 26.574 51.429 78.003 118.147 Empregados ativos - 21.378 21.378 19.419

26.574 72.807 99.381 137.566

Consolidado

Os custos estimados para 2006 e 2005, segundo critérios atuariais da Deliberação CVM n.º 371/2000,

para cada plano, estão demonstrados a seguir:

Plano Plano Consolidado previdenciário assistencial Total

2006 2005

Custo do serviço corrente 6.774 7.182 13.956 12.493 Custo estimado dos juros 369.279 52.728 422.007 378.960 Rendimento esperado do ativo do plano (320.618) (9.161) (329.779) (290.313) Contribuições estimadas dos empregados (28.667) - (28.667) (25.731) Amortização de ganhos e perdas 24.434 - 24.434 -

51.202 50.749 101.951 75.409

As hipóteses atuariais aplicadas nos cálculos das obrigações e custos, para 2006 e 2005, foram as que

se seguem:

.Consolidado

EconômicasInflação 5,05%Taxa de desconto/retorno esperados 11,35%Crescimento salarial 7,15%Crescimento dos custos médicos 4,18%

DemográficasTábua de mortalidade AT - 49Tábua de mortalidade de inválidos EX - IAPBTábua de entrada em invalidez Light

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

166

33 Material

.Companhia

2005 2004 2005 2004

Combustíveis e peças para veículos - 1 21.531 18.550 Material para o sistema elétrico - - 18.723 15.637 Material de informática - - 3.484 3.003 Material para cantina - - 3.438 3.145 Material de expediente - 3 2.380 1.128 Material de construção civil - 20 2.144 3.294 Material de segurança - - 1.932 1.588 Ferramental - - 1.482 1.401 Material para hotéis e hospedarias - - 1.246 1.089 Telecomunicações - - 953 419 Outros materiais 5 6 5.152 5.208

5 30 62.465 54.462

Consolidado

34 Matéria-prima e Insumos para Produção de Energia

.

.2005 2004

Gás natural para produção de energia elétrica 47.005 - Combustíveis para produção de energia elétrica 14.832 12.038 Outros insumos 233 233

62.070 12.271

Consolidado

35 Gás Natural e Insumos para Operação de Gás

.

.2005 2004

Gás natural comprado para revenda 142.129 278.336 Outros insumos 165 219

142.294 278.555

Consolidado

O gás adquirido destina-se à comercialização pela Compagas.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

167

36 Serviços de Terceiros

.

2005 2004 2005 2004Consultoria técnica científica e administrativa 1.935 2.173 22.032 29.479

Manutenção do sistema elétrico - - 20.040 16.695 Postais e telegráficos - serviços 9 - 16.728 14.159 Agentes autorizados e credenciados - - 15.322 12.563 Processamento e transmissão de dados - 4 13.524 13.275 Telefone - - 13.494 17.491 Serviços de apoio administrativo 126 176 11.589 10.215 Viagens 289 653 8.359 8.406 Leitura e entrega de faturas - - 7.672 6.896 Atendimento a consumidores - - 6.848 4.559 Vigilância - - 6.813 5.829 Treinamentos 96 133 5.531 4.902 Despesas jurídicas 1.317 69 4.234 752 Serviços de manutenção civil - 9 3.824 3.932 Instalações - serviços em área verde - - 3.321 2.596 Veículos - manutenção e conservação - - 3.200 2.836 Administração de agências franqueadas - - 3.167 3.526 Auditorias 2.328 362 3.074 1.399 Podas de árvores - - 2.920 2.523 Telefonista - pessoa Jurídica - - 2.631 3.263 Postinho de luz - empreiteiros - - 2.543 2.869 Limpeza de faixa de servidão - - 2.215 1.782 Anúncios e publicações 208 801 2.208 2.531 Fretes e carretos - - 1.893 1.748 Outros serviços 141 256 13.961 18.567

6.449 4.636 197.143 192.793

Companhia Consolidado

37 Taxas Regulamentares

.

2005 2004

Conta de consumo de combustível - CCC 199.615 189.317 Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos 65.559 56.039 Taxa de fiscalização - Aneel 11.785 8.523 Conta de desenvolvimento energético - CDE 152.707 104.604 Outras 175 162

429.841 358.645

Consolidado

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

168

38 Outras Despesas Operacionais

.Companhia Consolidado

2005 2004 2005 2004

Programas de P&D(1), PEE(2), PDTI (3) e FNDCT(4)- - 46.771 11.204

Arrendamentos e aluguéis 109 136 15.932 16.416 Seguros 5 6 5.706 4.801 Doações, contribuições e subvenções - 1.127 3.138 3.354 Provisões para contingências 238 - 39.566 11.488 Prov. p/ cred. liq.duv. - consumidores e revend. (nota 7) - - 22.925 64.888 Prov. (rev.) p/ cred. liq.duv. - serv. terc./ outros cred. - - 2.577 (901) Anúncios - campanhas especiais 3.120 2.317 6.850 15.884 Consumo próprio de energia elétrica - - 5.139 4.106 Indenizações - - 2.142 1.807 Encargo da concessão - outorga Aneel - - 5.746 - Estorno ICMS a compensar - lei Kandir - - - 107.721 Recuperação de despesas (328) (843) (26.241) (26.029) Despesas gerais 54 8 5.667 6.272

3.198 2.751 135.918 221.011 (1) Programa de pesquisa e desenvolvimento (3) Programa de desenvolvimento tecnológico e industrial(2) Programa de eficiência energética (4) Fundo nacional de desenvolvimento científico e tecnológico

39 Resultado Financeiro

.

2005 2004 2005 2004Receitas financeiras

Renda de aplicações financeiras 6.650 51 107.036 52.958 Juros e comissões 2.436 3.969 113.142 166.316 Acréscimos moratórios sobre faturas de energia - - 68.897 52.037 Remuneração Selic - CVA - - 37.856 40.904 Juros s/ direito de ressarcimento de geradores - - 27.086 - Variações monetárias 39 - 18.862 115.451 Juros sobre impostos a compensar 5.843 1.980 17.053 2.625 Outras receitas financeiras 231 138 6.347 8.834 (-) Impostos e contrib. sociais s/ rec. financeiras - (422) - (11.586)

15.199 5.716 396.279 427.539 (-) Despesas financeiras

Encargos de dívidas 71.231 2.878 217.787 154.580 Multas contratuais - Compagas - - 190.940 81.509 Encargos de operações com derivativos (nota 43) - - 41.952 90.906 CPMF 4.504 1.545 35.522 28.943 Juros sobre parcelamento de tributos 12.045 3.823 13.940 3.822 Multas moratórias - fiscais e outras 256 5.376 11.187 17.572 Remuneração Selic - CVA - - 6.753 - Variações monetárias e cambiais 8.769 1 (53.099) 7.991 Provisão para tributos federais - 7.000 - 26.000 Outras despesas financeiras 859 2.276 9.782 7.396

97.664 22.899 474.764 418.719

(82.465) (17.183) (78.485) 8.820

Companhia Consolidado

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

169

40 Resultado de Participações Societárias

2005 2004 2005 2004

Equivalência patrimonialCopel Geração S.A. 231.741 27.423 - - Copel Transmissão S.A. 151.526 147.544 - - Copel Distribuição S.A. 187.003 206.992 - - Copel Telecomunicações S.A. 5.749 (1.028) - - Copel Participações S.A. 58.772 39.201 - - Coligadas (a) - - 13.501 5.849 (-) Cofins/Pasep s/ juros s/ capital próprio (22.111) (11.268) (22.516) (11.910)

. 612.680 408.864 (9.015) (6.061)

Dividendos 355 594 355 594

Amortização de ágioSercomtel S.A. Telecomunicações - - (4.228) (4.228) Sercomtel Celular S.A. - - (580) (580)

- - (4.808) (4.808)

613.035 409.458 (13.468) (10.275)

Companhia Consolidado

a) Equivalência patrimonial – coligadas

Lucro líquido / (prejuízo) Partic.. Investida Copel Equivalência patrimonial

2005 2004 (%) 2005 2004

Sercomtel S.A. - Telecomunicações (633) (18.029) 45,00 (285) (10.759) Sercomtel Celular S.A. (4.649) 3.097 45,00 (2.092) 1.394 Dominó Holdings S.A. 63.907 67.802 15,00 9.519 10.170 Escoelectric Ltda. (2.473) 305 40,00 (222) (711) Copel Amec S/C Ltda. 198 43 48,00 95 21 Dona Francisca Energética S.A. 11.597 2.495 23,03 - - Carbocampel S.A. (55) (28) 49,00 (27) (14) Braspower International Engineering S/C Ltda. (263) (324) 49,00 - (381) Centrais Eólicas do Paraná Ltda. 671 809 30,00 201 243 Foz do Chopim Energética Ltda. 17.647 16.454 35,77 6.312 5.886 UEG Araucária Ltda. (57.151) (60.248) 20,00 - -

13.501 5.849

Consolidado

A Companhia vem contabilizando o resultado da avaliação dos investimentos pela equivalência

patrimonial, limitada ao valor de sua participação no investimento.

A Companhia, com base nas demonstrações financeiras auditadas pela PricewaterhouseCoopers

Auditores Independentes – parágrafo 5, parecer datado de 24.02.2006, em relação ao balanço

patrimonial da coligada Sercomtel S.A. Telecomunicações de 31.12.2005, reconheceu a correspondente

perda na equivalência patrimonial no valor de R$ 8.103, sendo, em 2005, de R$ 222 e, em 2004, de

R$ 7.881. Tal valor refere-se à equivalência por parte da Copel em razão de investimentos efetuados

pela Sercomtel em participação em outras companhias, as quais apresentaram provisão para passivo a

descoberto.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

170

41 Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE

O MAE foi extinto e suas atividades, ativos e passivos foram, em 12.11.2004, absorvidos pela Câmara

de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE.

A CCEE foi constituída sob forma de pessoa jurídica de direito privado sob a regulação e fiscalização da

Aneel.

Os dados de comercialização de energia elétrica da Copel Distribuição, considerados na contabilização

do MAE, atualmente CCEE, não foram reconhecidos pela Companhia como efetivos e definitivos para os

exercícios de 2000, 2001 e primeiro trimestre de 2002. Esses dados foram calculados através de

critérios e valores que levaram em conta decisões da Agência Reguladora contidas no Despacho Aneel

n.º 288/2002 e na Resolução Aneel n.º 395/2002, sendo objeto de contestação, e tendo a Companhia já

encaminhado, pelas vias administrativas e judiciais, providências contra aquelas decisões.

Em 16.07.2002, a Companhia e a Copel Distribuição ajuizaram ação ordinária requerendo a concessão

de tutela antecipada com o objetivo de suspender: a) os efeitos do Despacho Aneel n.° 288/2002,

determinando à Aneel que se abstenha de adotar qualquer medida que importe na modificação dos

números constantes da contabilização dos exercícios de 2000, 2001 e primeiro trimestre de 2002,

realizada pelo MAE em 13.03.2002 ou, caso já tenha sido efetuada outra contabilização, que suste os

seus efeitos; e b) os efeitos do artigo 1°, § 1°, da Resolução Aneel n.° 395/2002.

No mérito, requerem: a) que seja declarada a inaplicabilidade do Despacho Aneel n.° 288, bem como, na

hipótese de já ter ocorrido nova contabilização, que a mesma seja declarada nula; b) a condenação da

Aneel, para que se abstenha de adotar qualquer medida que importe na modificação dos números

constantes da contabilização dos exercícios de 2000, 2001 e primeiro trimestre de 2002, realizada pelo

MAE em 13.03.2002; c) que seja declarado que o artigo 1°, § 1°, da Resolução Aneel n.° 395/2002 não

se aplica às sociedades; e, d) a condenação da Aneel ao pagamento de indenização pelos prejuízos

causados, a serem apurados em liquidação de sentença.

Em 07.08.2002 foi proferida decisão indeferindo o pedido de antecipação de tutela, de forma que, em

13.08.2002, as sociedades interpuseram agravo de instrumento com pedido de efeito suspensivo contra

a decisão que indeferiu o pedido de antecipação de tutela.

Em 27.08.2002, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região proferiu decisão deferindo o pedido de efeito

suspensivo para sustar a liquidação da contabilização determinada pelo Despacho n.º 288 e Resolução

n.º 395 da Aneel.

Em 09.09.2002, a Aneel apresentou petição requerendo que fosse reconsiderada a decisão que deferiu

o pedido de efeito suspensivo, o que lhe foi negada. Em 02.11.2002, a Copel protocolou uma petição

perante o Superior Tribunal de Justiça juntando cópia da decisão em questão. Em 29.08.2003, os autos

foram remetidos à conclusão, posição que permanece inalterada até o encerramento destas

demonstrações contábeis.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

171

O pleito da Companhia está embasado substancialmente no fato de o Despacho e a Resolução

mencionados acima terem produzido alterações retroativas à data da ocorrência das operações,

especificamente quanto à comercialização parcial da quota parte de Itaipu nos submercados sul e

sudeste para atender contratos bilaterais de energia livre, durante o período de racionamento em 2001,

quando havia discrepância significativa de preço da energia de curto prazo entre os mercados. O

montante estimado em 31.12.2005, relativo às diferenças de cálculo, é de aproximadamente R$ 610.000,

não reconhecido pela Companhia no passivo de energia a pagar.

A Administração, suportada por opinião de seus assessores jurídicos, considera como possíveis as

chances de êxito quando da decisão final desses processos judiciais.

Os saldos relativos às transações realizadas pela Companhia são os seguintes:

Copel Copel Elejor Geração Distribuição

2005 2004Ativo circulante (nota 6)

Até dezembro de 2004 98 - - 98 11.725 De outubro a dezembro de 2005 7.228 3.516 176 10.920 -

7.326 3.516 176 11.018 11.725

Consolidado

A movimentação dos valores de energia de curto prazo (CCEE) no exercício de 2005 está apresentada

como segue:

Valores Valores a liquidar Liquidação Apropriação a liquidar 31.12.2004 31.12.2005

Ativo circulante (nota 6)Até dezembro de 2004 11.725 (11.862) 235 98 De janeiro a março de 2005 - (4.086) 4.086 - De abril a junho de 2005 - (22.828) 22.828 - De julho a setembro de 2005 - (25.751) 25.751 - De outubro a dezembro de 2005 - (17.812) 28.732 10.920

11.725 (82.339) 81.632 11.018 (-) Passivo circulante

De janeiro a março de 2005 - (4.631) 4.631 - De abril a junho de 2005 - (22.018) 22.018 - De julho a setembro de 2005 - (422) 422 - De outubro a dezembro de 2005 - (1.509) 1.509 -

- (28.580) 28.580 -

Total líquido 11.725 (53.759) 53.052 11.018

O MAE divulgou, em 24.06.2003, comunicado aprovando o novo cronograma de liquidação financeira

dos 50% restantes relativamente às operações realizadas de dezembro de 2000 a dezembro de 2002.

Essa liquidação se deu em 03.07.2003, tendo sido mantidas as datas anteriormente acordadas para a

liquidação financeira das operações relativas aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2002,

sendo 07.07.2003, 10.07.2003 e 17.07.2003, respectivamente.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

172

Os valores da energia no longo prazo podem estar sujeitos a modificação dependendo de decisão dos

processos judiciais em andamento, movidos por algumas empresas do setor, além da própria Copel,

relativos à interpretação das regras do mercado em vigor. Essas empresas, não incluídas na área do

racionamento, obtiveram liminar que torna sem efeito o Despacho n.º 288 da Aneel, de 16.05.2002, que

teve como objetivo o esclarecimento às empresas do setor sobre o tratamento e a forma de aplicação de

determinadas regras de contabilização do MAE, incluídas no Acordo Geral do Setor Elétrico.

42 Reconciliação da Provisão para Imposto de Renda e Contribuição

Social

A reconciliação da provisão para o imposto de renda (IRPJ) e da contribuição social (CSLL), calculada

pela alíquota fiscal, com os valores constantes da demonstração do resultado é a seguinte:

.

2005 2004 2005 2004Lucro (prejuízo) antes do IRPJ e CSLL 494.175 379.243 717.001 593.824

IRPJ e CSLL (34%) (168.020) (128.942) (243.779) (201.900) Efeitos fiscais sobre:

Juros sobre o capital próprio 41.818 32.661 41.818 32.661 Dividendos 121 202 121 202 Equivalência patrimonial 134.553 101.431 4.590 1.989 Excesso de contribuição previdenciária privada - - (4.274) (22.501) Outros (270) (10.447) 3.324 (8.884)

Efeitos fiscais sobre:

IRPJ e CSLL (34%) 8.202 (5.095) (198.200) (198.433)

Companhia Consolidado

43 Instrumentos Financeiros

A administração da Companhia, por meio de uma política de derivativos realizou operação de "hedge" de

moeda com o objetivo de se proteger dos efeitos de variações das taxas de câmbio sobre a exposição

de passivos indexados ao dólar norte-americano.

O valor contábil desse instrumento financeiro foi liquidado em 29.04.2005, tendo sido atualizado de

acordo com as taxas pactuadas contratualmente, estando a perda realizada decorrente do resultado

negativo dessas operações, no montante de R$ 166.582, registrada no resultado financeiro, (R$ 41.952

no primeiro semestre de 2005; R$ 90.906 no exercício de 2004; e R$ 33.724 no exercício de 2003).

44 Transações com Partes Relacionadas

A Copel efetuou uma variedade de transações com partes relacionadas não consolidadas, incluindo a

venda de energia elétrica para consumo, cujas tarifas aplicadas são aquelas aprovadas pela Aneel, não

sendo os valores faturados considerados relevantes para fins de divulgação. Todas as outras transações

são efetuadas em similaridade com o praticado pelo mercado.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

173

Os principais saldos das transações com partes relacionadas no balanço patrimonial são:

.Parte relacionada Natureza da operação

2005 2004Ativo circulante .

Braspower I. Engineering S/C Ltda. Cessão de empregados 992 982 Governo do Estado do Paraná Cessão de empregados 1.076 1.154 Governo do Estado do Paraná CRC (nota 10) 31.803 29.459 Sercomtel S.A. Telecomunicações Arrendamento de fibras óticas - 89 .

Ativo realizável a longo prazo .Foz do Chopim Energética Ltda. Contrato de Mútuo (nota 16) 35.357 33.476 Governo do Estado do Paraná CRC (nota 10) 1.150.464 1.167.945 .

Passivo circulante .BNDES Financ. de máqs. equips., obras, instalações

e serviços (nota 19) 6.376 6.285 Centrais Eólicas do Paraná Ltda. Compra de energia elétrica 2.651 1.357 Dona Francisca Energética S.A. Compra de energia elétrica (nota 21) 4.182 30.517 Dutopar Participações Ltda. Reemb. de salários de empregados cedidos 76 120 Eletrobrás Financiamentos (nota 19) 52.248 46.356 Eletrobrás (Itaipu) Compra de energia elétrica (nota 21) 77.921 62.736 Foz do Chopim Energética Ltda. Compra de energia elétrica (nota 21) 69.244 44.878 Petrobras Gás S.A Aquisição de gás para revenda (nota 21) 16.586 371.134 Petrobras Gás S.A Reemb. de salários de empregados cedidos 29 28 .

Passivo exigível a longo prazo .

BNDES Financ. de máqs. equips., obras, instalações e serviços (nota 19) 31.939 34.629

Eletrobrás Financiamentos (nota 19) 313.004 355.884 Eletrobrás Atualiz. ações da Elejor a serem recompradas

da Eletrobrás (nota 19) 33.377 - Petrobras Gás S.A Aquisição de gás para revenda (nota 21) 268 - .

Consolidado

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

174

Os principais saldos das transações com partes relacionadas na demonstração de resultado são:

.Parte relacionada Natureza da operação

2005 2004

Receita bruta de vendas e serviçosSercomtel S.A. Telecomunicações Arrendamento de fibras óticas 835 1.557 . .

Energia elétrica comprada p/ revendaCentrais Eólicas do Paraná Ltda. Compra de energia elétrica 1.043 964 Dona Francisca Energética S.A. Compra de energia elétrica (nota 30) 48.443 44.112

Eletrobrás (Itaipu) Compra de energia elétrica (nota 30) 464.423 439.494 Foz do Chopim Energética Ltda. Compra de energia elétrica (nota 30) 23.530 21.785 . .

PessoalDutopar Participações Ltda. Reemb. de salários de empregados cedidos 812 700 Petrobras Gás S.A Reemb. de salários de empregados cedidos 315 292 . .

Gás natural e insumos p/ oper. Gás

Petrobras Gás S.A Gás natural comprado p/ revenda (nota 35) 142.129 278.336 . .

Outras despesas operacionaisBraspower I.Engineering S/C Ltda. Recup. desp. cessão de empregados (441) (370) Governo do Estado do Paraná Recup. desp. cessão de empregados (367) (109) . .

Receitas financeiras

Foz do Chopim Energética Ltda. Receita s/ contrato de mútuo 2.519 3.034 Governo do Estado do Paraná Receita s/ CRC 90.765 198.278 . .

Despesas financeirasBNDES Desp. s/ financ. obra de desvio do Rio Jordão 409 1.198 BNDES Desp. s/ financ. máqs. equips., obras, instal.

e serviços 4.532 5.649 Centrais Eólicas do Paraná Ltda. Multa s/ contrato de compra de energia 419 169 Dona Francisca Energética S.A. Multa s/ contrato de compra de energia - 739 Foz do Chopim Energética Ltda. Multa s/ contrato de compra de energia 836 3.898 Eletrobrás Desp. s/ financiamentos 32.163 42.480 .

Consolidado

Os saldos decorrentes de transações entre a Companhia e suas subsidiárias integrais estão

demonstrados na nota 16.

BNDES - A BNDES Participações S.A. - BNDESPAR detém 26,4% das ações ordinárias da Companhia

e tem o direito de indicar dois membros do Conselho da Administração. O BNDESPAR é subsidiária

integral do BNDES, com o qual a Companhia mantém contratos de financiamentos conforme descritos

na nota 19. Esses contratos geraram despesas financeiras em 2005 de R$ 4.941 (R$ 6.847 em 2004).

Braspower International Engineering S/C Ltda. – A Companhia efetuou a cessão de empregados para

a Braspower e contabilizou como recuperação de despesas os valores de R$ 441 em 2005 e R$ 370 em

2004, permanecendo em 2005 o saldo a receber no valor de R$ 992 (R$ 982 em 2004).

Centrais Eólicas do Paraná Ltda. – A Companhia tem contrato de compra de energia com a Centrais

Eólicas do Paraná Ltda., que em 2005 totalizou R$ 1.043 (R$ 964 em 2004) e que apresenta saldo a

pagar em 31.12.2005 no valor de R$ 2.651 (R$ 1.357 em 2004). Também foi contabilizada multa sobre

contrato de compra de energia no valor de R$ 419 (R$ 169, em 2004).

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

175

Dona Francisca Energética S.A. - A Companhia concedeu avais a sua coligada indireta Dona

Francisca Energética S.A., por empréstimos tomados por esta junto ao BNDES (aval solidário) e ao

Bradesco (aval solidário), respectivamente nos montantes, em 31.12.2005, de R$ 57.630 e R$ 33.384.

A Companhia tem contrato de compra de energia com a Dona Francisca Energética que em 2005

totalizou R$ 48.443 (R$ 44.112 em 2004) e que apresenta saldo a pagar em 31.12.2005 no valor de

R$ 4.182 (R$ 30.517 em 2004). Também foi contabilizada multa sobre contrato de compra de energia,

no valor de R$ 739, em 2004.

Dutopar Participações Ltda. – A Dutopar é acionista da Compagas, para a qual efetuou cessão de

empregados, que está contabilizada como “Pessoal”, no valor de R$ 812 (R$ 700 em 2004),

permanecendo em 31.12.2005, saldo a pagar de R$ 76 (R$ 120 em 2004).

Eletrobrás – A Eletrobrás detém 1,1% das ações ordinárias da Companhia, a qual possui

financiamentos com a Eletrobrás, descritos na nota 19. As despesas financeiras sobre os financiamentos

totalizaram R$ 32.163 (R$ 42.480 em 2004).

A Companhia tem contrato de compra de energia com a Eletrobrás (Itaipu), que em 2005 totalizou

R$ 464.423 (R$ 439.494 em 2004) e que apresenta saldo a pagar em 31.12.2005 no valor de R$ 77.921

(R$ 62.736 em 2004).

A Eletrobrás detém ações preferenciais da Elejor. Estas ações deverão ser readquiridas em 32 parcelas

trimestrais e consecutivas, a partir do 24º mês do início da operação comercial do empreendimento,

caracterizada pela operação comercial da última unidade geradora a qual está prevista para 31.08.2006.

Assim, o primeiro pagamento pode ser previsto para agosto de 2008, sendo que o montante a ser pago

será atualizado pela aplicação do IGPM/FGV, entre a data de integralização das ações e a data do

pagamento, acrescido de remuneração do capital de 12% a.a. (nota 19).

Foz do Chopim Energética Ltda. - A Companhia tem contrato de mútuo com a Foz do Chopim

Energética Ltda., descrito na nota 16, que apresentou receita financeira no valor de R$ 2.519, (R$ 3.034

em 2004).

A Companhia tem contrato de compra de energia com a Foz do Chopim Energética, que em 2005

totalizou R$ 23.530 (R$ 21.785 em 2004) e que apresenta saldo a pagar em 31.12.2005 no valor de

R$ 69.244 (R$ 44.878 em 2004). Também foi contabilizada multa sobre contrato de compra de energia

no valor de R$ 836 (R$ 3.898 em 2004).

Governo do Estado do Paraná - A Companhia detém crédito de CRC com o Governo do Estado do

Paraná, o qual está descrito na nota 10, que resultou em receita financeira em 2005 no valor de

R$ 90.765 (R$ 198.278 em 2004).

A Companhia efetuou a cessão de empregados para o Governo do Estado do Paraná e contabilizou

como recuperação de despesas os valores de R$ 367 em 2005 e R$ 109 em 2004, permanecendo o

saldo a receber no valor de R$ 1.076 (R$ 1.154 em 2004).

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176

Sercomtel S.A. Telecomunicações – A Companhia arrenda fibras ópticas para a Sercomtel S.A.

Telecomunicações e tem registrado como receita de arrendamento em 2005 o valor de R$ 835 (R$ 1.557

em 2004), apresentando saldo a receber em 31.12.2004 no valor de R$ 89.

Petrobras Gás S.A. - A Petrobras Gás S.A é acionista da Compagas, para a qual efetuou cessão de

empregados, que está contabilizada como “Pessoal” no valor de R$ 315 (R$ 292 em 2004),

permanecendo em 31.12.2005, o saldo a pagar de R$ 29 (R$ 28 em 2004).

A Compagas tem contrato de compra de gás com a Petrobras Gás S.A., que em 2005 totalizou

R$ 142.129 (R$ 278.336 em 2004) e que apresenta saldo total a pagar em 31.12.2005 no valor de

R$ 16.584 (R$ 371.134 em 2004).

UEG Araucária Ltda. - A Companhia celebrou contrato com a UEG Araucária relativo à compra de

potência assegurada. A validade desse contrato está sendo discutida judicialmente (nota 21.a).

45 Seguros

A especificação por modalidade de risco e data de vigência dos principais seguros está demonstrada a

seguir:

Término Consolidado Apólice da vigência Importância segurada

Riscos nomeados (a) 24/8/2006 1.523.082 Incêndio - imóveis próprios e locados (b) 24/8/2006 265.929 Responsabilidade civil - Copel (c) 24/8/2006 5.780 Responsabilidade civil - Compagas (c) 15/8/2006 3.600 Engenharia - Copel (d) 24/8/2006 apólice por averbaçãoEngenharia - Elejor (e) 3/7/2007 395.195 Transporte nacional e internacional - exportação e importação (f) 24/8/2006 apólice por averbaçãoTransporte nacional - Elejor (f) 31/12/2005 apólice por averbaçãoTransporte internacional de importação - Elejor (f) 11/11/2006 apólice por averbaçãoMultirrisco (g) 13/8/2006 1.000 Multirrisco (g) 20/9/2006 500 Automóveis (h) 20/3/2006 valor de mercadoRiscos diversos (i) 28/2/2006 5.013 Garantia judicial (j) 5/2/2006 7.200 Garantia - contrato de concessão (k) 31/5/2006 5.595 Garantia - performance bond (l) 29/4/2006 46.410 Garantia - adiantamento contratual (m) 16/10/2006 7.189 Garantia - executante construtor (n) 31/12/2006 94.350

a) Riscos nomeados

Apólice contratada destaca as subestações e usinas, nomeando os principais equipamentos, com seus

respectivos valores segurados. Possui cobertura securitária básica como incêndio, queda de raios,

explosão de qualquer natureza e cobertura adicional contra possíveis danos elétricos, riscos diversos,

riscos para equipamentos eletrônicos e informática.

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177

b) Incêndio

Imóveis próprios e locados – cobertura para os imóveis e parte dos seus conteúdos. Garante o

pagamento de indenização ao segurado ou proprietário do imóvel, pelos prejuízos em conseqüência dos

riscos básicos de incêndio, queda de raio e explosão de qualquer natureza mais a cobertura adicional de

vendaval.

c) Responsabilidade civil

Cobertura às reparações por danos involuntários, corporais e/ou materiais e/ou morais causados a

terceiros, em conseqüência das operações comerciais e/ou industriais da Companhia.

d) Riscos de engenharia - Copel

Cobertura dos riscos de instalação, montagem, desmontagem e testes em equipamentos novos,

principalmente em subestações e usinas da Copel. Contratada apólice na modalidade por averbação,

conforme a ocorrência e necessidade para cobertura dos riscos na execução de serviços de engenharia.

e) Riscos de engenharia - Elejor

Cobertura dos riscos de construção das usinas hidrelétricas do complexo Santa Clara e Fundão, de

propriedade da Elejor. Contratada apólice tipo all risks (cobertura de todos os riscos legalmente

seguráveis) inclusive para perdas e lucros esperados.

f) Seguro de transporte

Garantia por danos causados às mercadorias transportadas por qualquer meio adequado no mercado

interno e durante as operações de importação ou exportação de mercadorias no mercado externo.

Contratada a apólice na modalidade por averbação, sendo basicamente utilizado para o seguro de

transporte de equipamentos elétricos, eletrônicos e de telecomunicações.

g) Multirrisco

Apólice onde são relacionados os bens da Compagas. Visa dar cobertura securitária contra possíveis

danos causados por incêndio, raio, explosão, danos elétricos, riscos para equipamentos eletrônicos,

vendaval, fumaça, e roubo ou furto qualificado.

h) Seguro de automóveis

Garante as indenizações dos prejuízos sofridos e das despesas incorridas, decorrentes dos riscos

cobertos e relativos à frota de quatorze veículos segurados da Compagas. Possui cobertura básica para

os veículos e cobertura adicional de responsabilidade civil facultativa para os danos materiais, corporais

e morais causados a terceiros. As importâncias seguradas para os danos causados a terceiros são de

R$ 150 para danos materiais e R$ 300 para danos pessoais, para cada veículo.

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178

i) Riscos diversos

Apólice contratada para dar cobertura a todos os equipamentos móveis de propriedade da Elejor como

também aos equipamentos móveis alugados e/ou arrendados pela Elejor que estejam vinculados às

obras das Usinas Hidrelétricas Santa Clara e Fundão.

j) Garantia judicial

Garante a liquidação de sentença transitada em julgado de processos judiciais contra a Compagas.

Possui o mesmo respaldo que a caução em processos judiciais, substituindo os depósitos judiciais em

dinheiro, a penhora de bens e a fiança bancária.

k) Garantia - contrato de concessão

Seguro contratado pela Elejor, cujo objeto garante ao segurado, Aneel, exclusivamente a execução das

obras do potencial de energia hidráulica localizado do rio Jordão, nos municípios de Foz do Jordão e

Pinhão, Estado do Paraná, denominado Usina Hidrelétrica Fundão, bem como das respectivas

instalações de transmissão de interesse restrito à Central Geradora.

l) Garantia - performance bond

Seguro contratado pelo Consórcio Construtor Complexo Jordão, cujo objeto garante ao segurado, Elejor,

exclusivamente a implantação completa e integral do Complexo Energético Fundão-Santa Clara,

localizado no rio Jordão, nos municípios de Candói e Pinhão no Paraná, composto pela Usina

Hidrelétrica Santa Clara e Usina Hidrelétrica Fundão, ambas com potência instalada mínima de 119 MW.

m) Garantia - adiantamento contratual

Seguro contratado pela Construtora Triunfo S.A., cujo objeto garante exclusivamente que o

adiantamento de pagamento concedido pelo segurado, Elejor, seja utilizado na implantação da Usina

Hidrelétrica Fundão.

n) Garantia - executante construtor

Seguro contratado pela Elejor, cujo objeto garante ao segurado, BNDES, indenização, até o valor fixado

na apólice, dos prejuízos decorrentes do inadimplemento contratual, com relação às obrigações

assumidas através do Instrumento Particular de Escritura da 1ª Emissão Privada de Debêntures da

Elejor, de 25.04.2005 , no que diz respeito à conclusão das obras e entrada em operação comercial da

Usina Hidrelétrica Fundão.

O seguro-garantia é destinado às empresas que, na condição de contratadas, estão obrigadas a garantir

a seus clientes que os contratos firmados, no que se refere a preços e prazos e demais especificações

pactuadas, serão rigorosamente cumpridos. Também os órgãos públicos de administração direta ou

indireta, conforme determinam as Leis n.ºs 8.666/93 e 8.883/94, podem receber apólices de seguro como

garantia de seus fornecedores de bens, serviços, executantes de obras e licitantes.

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179

Esta modalidade de seguro tem como objetivo garantir o fiel cumprimento de um contrato. O Seguro

Garantia não cobre danos e sim responsabilidades, pelo não cumprimento do contrato, sendo uma

opção de garantia contratual prevista na legislação brasileira e que substitui a carta de fiança bancária,

caução em dinheiro ou títulos da dívida pública.

46 Empresas Controladas

Apresentamos as demonstrações contábeis em 31.12.2005 e de 2004 das subsidiárias integrais Copel

Geração (GER), Copel Transmissão (TRA) e Copel Distribuição (DIS):

ATIVO

2005 2004 2005 2004 2005 2004

Circulante

Disponibilidades 649.277 360.440 2.594 73.105 332.272 61.698

Consumidores e revendedores, líquidos 159.845 235.251 58.876 42.938 721.568 650.360

Serviços executados para terceiros, líquidos 1.114 1.970 85 95 67 241 Serviços em curso 3.387 880 3.871 3.044 3.584 406

Repasse CRC ao Governo Estado do Paraná - - - - 31.803 29.459

Impostos e contrib. sociais a compensar 11.955 37.520 9.979 9.088 97.789 64.552

Conta de compensação da "parcela A" - - - - 128.187 197.162

Ativo regulatório - Pasep/Cofins - - 13.876 - 30.000 -

Almoxarifado 51 14 9.387 9.485 21.371 18.162

Cauções e depósitos vinculados 22.442 4.631 - 21.199 4.310

Outros créditos 6.587 7.035 3.977 4.037 15.491 8.652

854.658 647.741 102.645 141.792 1.403.331 1.035.002

Realizável a Longo Prazo

Consumidores e revendedores 140.840 26.692 - - 73.094 73.124

Repasse CRC ao Governo Estado do Paraná - - - - 1.150.464 1.167.945

Impostos e contrib. sociais a compensar 57.992 49.352 36.214 36.769 268.318 288.582

Depósitos judiciais 6.807 5.162 16.220 12.899 59.805 45.003

Ativo regulatório - Pasep/Cofins - - - 19.179 8.559 111.246

Conta de compensação da "parcela A" - - 10.928 - 32.680 61.247

Cauções e depósitos vinculados - - 5.643 5.639 21.397 21.381

Coligadas, controladas e controladora 37.829 519.096 - 80.448 - -

Outros créditos 4.586 3.929 56 56 9.072 15.164

248.054 604.231 69.061 154.990 1.623.389 1.783.692

Permanente

Investimentos 4.150 4.150 2.257 2.257 419 404

Imobilizado 2.922.280 3.002.469 1.116.262 995.554 1.098.837 1.095.254

2.926.430 3.006.619 1.118.519 997.811 1.099.256 1.095.658

Total do Ativo 4.029.142 4.258.591 1.290.225 1.294.593 4.125.976 3.914.352

GER TRA DIS

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

180

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2005 2004 2005 2004 2005 2004

Circulante

Empréstimos e financiamentos 54.957 467.320 17.126 18.407 20.794 22.375

Debêntures - - - - 57.220 156.620

Fornecedores 818.528 527.915 6.179 6.075 432.295 466.185

Impostos e contribuições sociais 31.722 11.409 35.250 28.236 197.481 203.474

Juros sobre o capital próprio 75.471 130.254 69.217 132.434 - -

Folha de pagamento e provisões trabalhistas 17.897 14.464 16.067 13.242 67.213 50.975

Benefícios pós-emprego 26.188 24.478 25.617 24.136 74.800 70.601

Conta de compensação da "parcela A" - - - - 65.664 -

Taxas regulamentares 15.588 15.297 1.065 1.806 24.111 47.018

Operações com derivativos - 124.629 - - - -

Outras contas a pagar 9.428 816 4.793 657 86.352 19.468

1.049.779 1.316.582 175.314 224.993 1.025.930 1.036.716

Exigível a Longo Prazo

Empréstimos e financiamentos 353.930 427.992 81.287 105.744 102.091 131.296

Debêntures - - - - 562.902 457.407

Provisões para contingências 64.321 38.523 41.977 29.307 98.168 120.133

Dívidas com pessoas ligadas - - 3.400 - 173.944 171.388

Fornecedores 889 889 - - 284.903 239.774

Impostos e contribuições sociais - - 3.716 6.521 24.562 64.933

Benefícios pós-emprego 91.819 104.073 80.803 92.833 296.058 322.562

Conta de compensação da "parcela A" - - - - 24.912 -

Taxas regulamentares - 1.588 - - - -

510.959 573.065 211.183 234.405 1.567.540 1.507.493 Patrimônio Líquido

Capital social 2.338.932 2.338.932 751.989 751.989 1.607.168 1.607.168 Reservas de lucros 129.472 30.012 151.739 83.206 - -

Prejuízos acumulados - (74.662) (237.025)

2.468.404 2.368.944 903.728 835.195 1.532.506 1.370.143

Total do Passivo e do Patrimônio Líquido 4.029.142 4.258.591 1.290.225 1.294.593 4.125.976 3.914.352

GER TRA DIS

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

181

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

2005 2004 2005 2004 2005 2004

Receita Operacional

Fornecimento de energia elétrica 98.435 37.319 - - 5.181.156 4.571.013

Suprimento de energia elétrica 1.153.658 972.042 - - 128.330 174.962

Disponibilidade da rede elétrica - - 388.829 367.291 133.792 80.526 Outras receitas operacionais 21.470 15.715 1.721 2.273 62.486 63.439

Deduções da receita operacional (148.642) (88.113) (39.508) (22.104) (1.720.759) (1.459.364)

Receita Operacional Líquida 1.124.921 936.963 351.042 347.460 3.785.005 3.430.576

Despesa Operacional

Energia elétrica comprada para revenda (77.204) (75.727) - - (1.723.028) (1.589.304)

Encargos de uso da rede elétrica (127.108) (59.606) - - (655.766) (489.597)

Pessoal e planos previdenciário e assistencial (102.299) (97.406) (90.076) (86.966) (431.367) (389.052)

Material (6.914) (6.420) (5.080) (5.309) (47.608) (41.206)

Matéria-prima e insumos para prod. energia elétrica (132.561) (248.496) - - - -

Serviços de terceiros (44.385) (45.310) (14.469) (12.961) (153.548) (153.804)

Depreciação e amortização (102.638) (101.311) (38.594) (36.546) (152.287) (142.275)

Taxas regulamentares (67.784) (63.578) (2.879) (1.078) (357.743) (293.827)

Tributos (1.912) (1.589) (1.694) (1.921) (15.985) (4.814)

Outras despesas operacionais (39.461) (4.210) (8.452) (14.462) (72.029) (195.237)

(702.266) (703.653) (161.244) (159.243) (3.609.361) (3.299.116)

Resultado das Atividades 422.655 233.310 189.798 188.217 175.644 131.460 Resultado Financeiro

Receitas financeiras 101.575 40.849 4.715 8.881 239.093 347.402

Despesas financeiras (237.928) (235.006) (1.160) (11.029) (129.323) (141.326)

(136.353) (194.157) 3.555 (2.148) 109.770 206.076

Lucro Operacional 286.302 39.153 193.353 186.069 285.414 337.536

Resultado Não Operacional (4) 456 (332) (744) (10.494) (6.291)

Lucro antes da Tributação 286.298 39.609 193.021 185.325 274.920 331.245 Imposto de renda e contribuição social (54.557) (12.186) (41.495) (37.781) (87.917) (124.253)

Lucro Líquido do Exercício 231.741 27.423 151.526 147.544 187.003 206.992

GER TRA DIS

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

182

Apresentamos as demonstrações contábeis, reclassificadas para fins de padronização do plano de

contas, em 31.12.2005 e de 2004 das subsidiárias integrais Copel Telecomunicações (TEL) e Copel

Participações (PAR) e das controladas Compagas (COM) e Elejor (ELE):

ATIVO

2005 2004 2005 2004 2005 2004 2005 2004

Circulante

Disponibilidades 7.058 193 4.424 316 32.449 20.204 88.109 13.856

Consumidores e revendedores, líquidos - - - - 39.416 391.322 6.585 - Serviços executados para terceiros, líquidos 8.463 3.406 - - - - - -

Dividendos a receber - - 7.653 7.753 - - - -

Serviços em curso - - 230 231 - - - -

Impostos e contrib. sociais a compensar 2.374 3.240 10.685 3.569 731 2 745 59

Cauções e depósitos vinculados - - - - 105 282 - -

Almoxarifado 5.176 2.609 - - 605 363 - - Outros créditos 596 411 80 80 753 1.997 3.646 5.862

23.667 9.859 23.072 11.949 74.059 414.170 99.085 19.777

Realizável a Longo Prazo

Consumidores e revendedores - - - - - 886 - -

Impostos e contrib. sociais a compensar 10.480 11.772 7.686 6.068 2.470 2.487 - -

Depósitos judiciais 289 234 - - - - 2 -

Coligadas, controladas e controladora - - 178.506 216.926 - - - -

Outros créditos - - 1.694 1.694 49 52 1.118 2.171

10.769 12.006 187.886 224.688 2.519 3.425 1.120 2.171

Permanente

Investimentos - 511.353 491.802 2 2 - -

Imobilizado 182.222 185.364 151 198 119.852 115.458 551.687 336.263

Diferido - - - - 5.375 4.996 - -

182.222 185.364 511.504 492.000 125.229 120.456 551.687 336.263

Total do Ativo 216.658 207.229 722.462 728.637 201.807 538.051 651.892 358.211

PARTEL COM ELE

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

183

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2005 2004 2005 2004 2005 2004 2005 2004

Circulante

Empréstimos e financiamentos - - - - 6.376 6.295 - -

Debêntures - - - - - - 23.232 -

Fornecedores 2.032 1.945 52 35 17.338 371.494 9.596 15.814

Impostos e contribuições sociais 2.655 1.102 4.453 3.241 10.647 10.807 1.111 133

Juros sobre o capital próprio 916 916 61.526 38.029 7.755 10.296 154 - Folha de pagamento e provisões trabalhistas 5.248 4.310 875 736 862 620 68 41

Benefícios pós-emprego 6.146 5.409 149 142 - - - -

Taxas regulamentares 15 14 - - - - 501 -

Outras contas a pagar 170 25 268 1.791 538 1.712 5.986 167

17.182 13.721 67.323 43.974 43.516 401.224 40.648 16.155

Exigível a Longo Prazo

Empréstimos e financiamentos - - - - 31.939 37.835 33.377 -

Debêntures - - - - - - 263.623 -

Provisões para contingências 753 682 - - - - - -

Dívidas com pessoas ligadas 67.244 64.109 249.257 309.763 - - 178.506 216.917

Fornecedores - - - - 267 - - -

Impostos e contribuições sociais - - - - 8.957 6.955 - -

Benefícios pós-emprego 16.755 19.742 507 654 912 723 - -

84.752 84.533 249.764 310.417 42.075 45.513 475.506 216.917 Patrimônio Líquido

Capital social 120.650 120.650 330.718 330.718 50.012 39.648 113.800 106.700

Reservas de capital 701 701 - - - - 21.443 18.439

Reservas de lucros - 107 74.657 43.528 66.204 51.666 495 -

Prejuízos acumulados (6.627) (12.483) - - - - - -

114.724 108.975 405.375 374.246 116.216 91.314 135.738 125.139

Total do Passivo e do Patrimônio Líquido 216.658 207.229 722.462 728.637 201.807 538.051 651.892 358.211

COMTEL ELEPAR

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

184

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

2005 2004 2005 2004 2005 2004 2005 2004

Receita Operacional

Receita de telecomunicações 83.567 69.963 - - - -

Suprimento de energia elétrica - - - - - - 31.851 -

Distribuição de gás canalizado - - - - 253.510 397.118 - -

Outras receitas operacionais - 2 - - 55 163 - - Deduções da receita operacional (11.319) (10.238) - - (42.392) (38.733) (1.163) -

Receita Operacional Líquida 72.248 59.727 - - 211.173 358.548 30.688 -

Despesa Operacional

Encargos de uso da rede elétrica - - - - - - (2.549) -

Pessoal e planos previd. e assistencial (26.825) (26.222) (4.754) (4.004) (5.518) (4.429) (438) -

Material (2.571) (1.286) (7) (10) (241) (201) (39) -

Gás natural p/ revenda e insumos - - - - (142.294) (278.555) - -

Serviços de terceiros (5.371) (5.739) (378) (446) (3.263) (2.576) (1.767) -

Depreciação e amortização (26.495) (24.252) (39) (44) (5.119) (4.482) (3.735) -

Taxas regulamentares (175) (162) - - - - (1.260) -

Tributos (102) (79) (70) (56) (125) (194) (22) -

Outras despesas operacionais (2.687) (2.927) (93) 70 (2.631) (1.361) (7.008) -

(64.226) (60.667) (5.341) (4.490) (159.191) (291.798) (16.818) -

Resultado das Atividades 8.022 (940) (5.341) (4.490) 51.982 66.750 13.870 -

Resultado FinanceiroReceitas financeiras 1.218 1.133 41.865 22.114 3.732 3.033 2.143 -

Despesas financeiras (428) (636) (423) (1.572) (6.518) (7.506) (15.029) -

790 497 41.442 20.542 (2.786) (4.473) (12.886) -

Resultado de Participações Societárias - - 25.171 22.508 - - - -

Lucro (Prejuízo) Operacional 8.812 (443) 61.272 38.560 49.196 62.277 984 -

Resultado Não Operacional (99) (158) 106 399 (10) 6 - -

Lucro (Prejuízo) antes da Tributação 8.713 (601) 61.378 38.959 49.186 62.283 984 -

Imposto de renda e contribuição social (2.964) (427) (2.606) 242 (16.529) (18.930) (334) -

Lucro Líquido (Prejuízo) do Exercício 5.749 (1.028) 58.772 39.201 32.657 43.353 650 -

TEL PAR COM ELE

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

185

47 Detalhamento da Demonstração de Origens e Aplicações de

Recursos

ORIGENS

2005 2004 2005 2004

DAS OPERAÇÕESLucro líquido do exercício 502.377 374.148 502.377 374.148

Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante líquido:Depreciação e amortização - - 328.906 308.910 Depreciação do imobilizado em serviço - - 328.636 308.778 Amortização do diferido - - 270 132

Variações monetárias de longo prazo - líquidas 16.890 (4.175) (38.942) 29.491 Do realizável a longo prazo (4.669) (6.032) (42.167) (144.664)Dos empréstimos e financiamentos - em moeda nacional - - 5.499 13.990 Dos empréstimos e financiamentos - em moeda estrangeira - - (45.375) 15.354 Das debêntures - - 13.492 50.646 Dos demais exigíveis a longo prazo 21.559 1.857 29.609 94.165

Equivalência patrimonial (634.791) (420.132) (13.501) (5.849)Copel Geração S.A. (231.741) (27.423) - - Copel Transmissão S.A. (151.526) (147.544) - - Copel Distribuição S.A. (187.003) (206.992) - - Copel Telecomunicações S.A. (5.749) 1.028 - - Copel Participações S.A. (58.772) (39.201) - - Copel Amec S/C Ltda. - - (95) (21)Carbocampel S.A. - - 27 14 Braspower International Engineering S/C Ltda. - - - 381 Centrais Eólicas do Paraná Ltda. - - (201) (243)Foz do Chopim Energética Ltda. - - (6.312) (5.886) Sercomtel S.A. Telecomunicações - - 285 10.759Sercomtel Celular S.A. - - 2.092 (1.394)Dominó Holdings S.A. - - (9.519) (10.170)Escoeletric Ltda. - - 222 711

Imposto de renda e contribuição social diferidos (9.692) 21.617 (38.363) 30.650

Provisões (reversões) no exigível a longo prazo 17.187 7.000 216.321 156.322 Fornecedores de materiais e serviços - - 267 136 Benefícios pós-emprego - - 77.910 118.698 Conta de compensação da parcela "A" - - 72.360 - ICMS parcelado 16.950 - 26.218 - Contingências cíveis 28 - 4.735 28.017 Contingências com consumidores - reajuste tarifário de 1986 - - 4.549 - Contingências previdenciárias - notificações do INSS - - 7.379 7.081 Contingências trabalhistas - - 18.163 (23.610) Contingências tributárias 209 7.000 4.740 26.000

Baixas de realizáveis a longo prazo - - 85 68.274 ICMS a compensar - Lei Kandir - - 85 68.274

Baixas de investimentos - - - 18

Baixas de imobilizado em serviço - - 24.233 13.688

Baixas de diferido - - 103 -

Amortização de ágio em investimentos - - 4.808 4.808 Sercomtel S.A. Telecomunicações - - 4.228 4.228 Sercomtel Celular S.A. - - 580 580

Total das despesas (receitas) que não afetam o capital circulante líquido (610.406) (395.690) 483.650 606.312

Resultado ajustado (108.029) (21.542) 986.027 980.460

Companhia Consolidado

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

186

ORIGENS

2005 2004 2005 2004

DAS OPERAÇÕESDividendos recebidos de coligadas e controladas 239.041 130.060 4.576 5.237

Copel Geração S.A. 129.966 26.052 - - Copel Transmissão S.A. 81.432 85.470 - - Copel Participações S.A. 27.643 18.538 - - Sercomtel S.A. Telecomunicações - - 2.216 835 Sercomtel Celular S.A. - - 185 2.384 Dominó Holdings S.A. - - 2.175 2.018

- TOTAL DAS OPERAÇÕES 131.012 108.518 990.603 985.697

DE TERCEIROSResgate de depósitos judiciais e cauções - - - 25.000

Controladas e coligadas - 261.762 - -

Alienação de investimentos - - 146 -

Contribuições do consumidor - - 39.675 47.925

Empréstimos e financiamentos - - 35.532 25.412 Em moeda nacional - - 35.532 25.412

Debêntures 500.000 - 755.626 -

Participações minoritárias - - 22.628 12.420 Companhia Paranaense de Gás - Compagas - - 12.202 15.771 Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. - - 10.426 (3.351)

Realizáveis a longo prazo transferidos para o circulante: Consumidores e revendedores - - 22.814 20.836 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - - 31.772 24.214 ICMS a recuperar - - 1.518 32.907 Conta de compensação da "parcela A" - - 101.933 205.231 Contratos de mútuo 475 7.961 475 612

Companhia Paranaense de Gás - Compagas - 7.349 - - Foz do Chopim Energética Ltda. 475 612 475 612

Ativo regulatório - Pasep/Cofins - - 85.414 -

Outros créditos - 1.215 2.305 3.100 Empréstimos compulsórios sobre veículos e combustíveis - - 305 - Parcelamento - Onda Provedor de Serviços S.A. - 1.215 - 1.215 Despesas pagas antecipadamente - - 2.000 1.885

TOTAL DE TERCEIROS 500.475 270.938 1.099.838 397.657

DA REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO - 307.020 - 737.265

TOTAL DAS ORIGENS 631.487 686.476 2.090.441 2.120.619

Companhia Consolidado

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

187

APLICAÇÕES

2005 2004 2005 2004

Na distribuição de dividendos 122.995 96.061 122.995 96.061

No imobilizado - - 668.866 597.276 Em geração - - 20.957 18.325 Em geração (Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A.) - - 225.091 193.967 Em transmissão - - 148.869 88.544 Em distribuição - - 241.114 233.808 Em telecomunicações - - 23.666 43.320 Em canalização de gás (Companhia Paranaense de Gás - Compagas) 9.169 19.309 Em instalações gerais - - - 3

No realizável a longo prazoConsumidores e revendedores - - 11.255 1.859

Mercado atacadista de energia - complemento - - 549 - Parcelamento de débitos de consumidores - - 10.706 1.859

Repasse CRC ao Gov. Est. Paraná - reclassificação do circulante - - - 170.149

ICMS a recuperar - - 2.232 11.407

Depósitos judiciais - 7.056 19.826 32.420

Controladas e coligadas 49.407 - - -

Conta de compensação da "parcela A" - - 13.884 111.937

Ativo regulatório Pasep/Cofins - - 48.597 80.426

Outros ativos - - 1.647 1.271 Pagamentos antecipados de seguros - - 1.647 1.271

Total de aplicações no realizável a longo prazo 49.407 7.056 97.441 409.469

Nos investimentos 43.997 324 2.707 23.609 Copel Transmissão S.A. 3.400 - - - Copel Participações S.A. 40.597 - - - Braspower International Engineering S/C Ltda. - - - 381 Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. (ágio) - - - 22.815 Escoeletric Ltda. - - 2.500 - Incentivos fiscais - 324 - 324 Outros (estudos e projetos) - - 207 89

No diferido - - 752 911

Exigíveis a longo prazo transferidos para o circulante:Empréstimos e financiamentos 10.064 483.035 95.900 581.618

Em moeda nacional - - 56.572 62.989 Em moeda estrangeira 10.064 483.035 39.328 518.629

Debêntures - 100.000 - 100.000

Fornecedores - - 64.321 33.807

Benefícios pós-emprego - - 131.644 144.416

Operações com derivativos - - - 124.629

Conta de compensação da "parcela A" - - 28.767 -

Companhia Consolidado

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

188

APLICAÇÕES

2005 2004 2005 2004

Exigíveis a longo prazo transferidos para o circulante

Impostos, contribuições sociais e outras contas a pagar 36.196 - 80.457 7.216 ICMS parcelado 36.196 - 50.353 - Mútuos da Compagás com suas coligadas - - - 7.216 Programas de pesquisa, desenvolvimento e eficiência energética - - 28.516 - RGR - ajuste anual parcelado - - 1.588 -

Contingências judiciais - - 693 1.607 Consumidores - reajuste tarifário de 1986 - - - 1.607 Cíveis - - 693 -

Total de exigíveis a longo prazo transferidos para o circulante 46.260 583.035 401.782 993.293

No aumento do capital circulante líquido 368.828 - 795.898 -

TOTAL DAS APLICAÇÕES 631.487 686.476 2.090.441 2.120.619

Demonstração da variação do capital circulante líquido

Ativo circulante inicial 330.461 197.180 1.638.482 1.385.447Passivo circulante inicial 787.757 347.456 2.293.501 1.303.201Capital circulante líquido inicial (457.296) (150.276) (655.019) 82.246

Ativo circulante final 292.883 330.461 2.470.243 1.638.482Passivo circulante final 381.351 787.757 2.329.364 2.293.501Capital circulante líquido final (88.468) (457.296) 140.879 (655.019)

Aumento (redução) do capital circulante líquido 368.828 (307.020) 795.898 (737.265)

Companhia Consolidado

48 Eventos Subseqüentes

a) Intenção de compra das ações da El Paso na UEG Araucária

A Copel, em cumprimento ao disposto na Instrução CVM 358/2002, comunicou ao mercado a assinatura,

em 17.02.2006, de Memorando de Intenções entre a Companhia e El Paso Energy Araucária Company,

resultante da negociação referente à Usina Termelétrica de Araucária, localizada no Paraná, com 484

MW de capacidade instalada.

Os principais itens acordados nessa negociação foram:

1) a Copel adquire a totalidade das cotas pertencentes à El Paso na Usina Termelétrica de Araucária,

o que representa 60% do capital social, pelo equivalente a US$ 190,000 (cento e noventa milhões

de dólares);

2) esse valor será integralmente pago após a assinatura do acordo definitivo, que deverá ocorrer até

30.04.2006;

3) o cumprimento desse Memorando de Intenções está sujeito à aprovação da Aneel, da Assembléia

Legislativa do Estado do Paraná e dos órgãos administrativos da El Paso;

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

189

4) adicionalmente, El Paso e Copel concordam, enquanto cotistas da Usina Termelétrica de Araucária,

em promover a suspensão dos processos judiciais e do procedimento arbitral em curso perante a

Justiça Estatal e a Câmara de Comércio Internacional de Paris.

b) Assinatura de acordo com a Petrobrás

A Companhia , em cumprimento ao disposto na Instrução CVM n.º 358/2002, comunicou ao mercado em

07.03.2006 a assinatura, no dia anterior, no Rio de Janeiro, do acordo sobre pendências referentes ao

contrato de gás para a Usina Termelétrica de Araucária.

O acordo consiste na assinatura do Contrato de Transação Extrajudicial, de um Termo de

Consentimento de Transferência de Quotas e de um Protocolo de Intenções.

Pelo Contrato de Transação celebrado, a Copel Geração, tendo como fiadora a Copel, reconhece

expressamente que possui dívida de R$ 150.000 com a Petrobrás, a ser paga em sessenta parcelas

mensais, a partir de janeiro de 2010, sendo os valores corrigidos pela taxa Selic (ou índice que venha a

substituí-la). Em conseqüência desse acordo, a Companhia efetuará a reversão dos valores

provisionados.

No Termo de Consentimento, a Petrobrás declara que nada tem a opor quanto à aquisição por parte da

Copel das cotas da El Paso na UEG Araucária. Esta operação, que está sendo formalizada entre a

Copel e a El Paso, resultará no aumento da participação da Copel na UEG Araucária, mediante o

pagamento do equivalente a US$ 190,000, dos atuais 20% para 80%. A Petrobrás permanece com 20%

das ações.

Pelo Protocolo de Intenções, a Petrobrás envidará os melhores esforços para atendimento às

necessidades de suprimento de combustível para a operação da UEG Araucária, a partir de 2010,

podendo esse combustível ser gás natural ou energético alternativo.

O acordo com a Petrobrás e o Memorando de Intenções equacionam, de forma amigável, as

divergências existentes sobre o contrato de fornecimento de gás para a Usina Termelétrica de Araucária

e possibilitam buscar a viabilidade técnica e operacional da mesma.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

190

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos Administradores e Acionistas

Companhia Paranaense de Energia - COPEL

Examinamos os balanços patrimoniais da Companhia Paranaense de Energia - COPEL e os balanços

patrimoniais consolidados da Companhia Paranaense de Energia - COPEL e suas controladas em 31 de

dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do

patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos da Companhia Paranaense de Energia -

COPEL e as correspondentes demonstrações consolidadas do resultado e das origens e aplicações de

recursos dos exercícios findos nessas datas, elaboradas sob a responsabilidade de sua administração.

Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações contábeis.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais

requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das

demonstrações contábeis em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames

compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a

relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos das

companhias, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os

valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis

mais representativas adotadas pela administração da companhia, bem como da apresentação das

demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Somos de parecer que as referidas demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em todos os

aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia Paranaense de Energia - COPEL

e da Companhia Paranaense de Energia - COPEL e suas controladas em 31 de dezembro de 2005 e de

2004 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de

recursos da Companhia Paranaense de Energia - COPEL dos exercícios findos nessas datas, bem como

o resultado consolidado das operações e as origens e aplicações de recursos consolidadas desses

exercícios, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

191

Conforme mencionado na nota explicativa nº 41 às demonstrações contábeis, a companhia está

contestando os cálculos efetuados pelo então Mercado Atacadista de Energia Elétrica - MAE

(presentemente Câmera de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE), que levam em consideração

as decisões da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, contidas no Despacho ANEEL nº

288/2002 e na Resolução ANEEL nº 395/2002, por entender que esses normativos introduziram

alterações nas regras de mercado vigente à época da ocorrência das respectivas operações. O

montante envolvido é de aproximadamente R$ 610.000 mil, cuja provisão não foi registrada

contabilmente pela companhia, fundamentada na opinião de seus assessores jurídicos que entendem

como sendo possível a chance de êxito da companhia no desfecho do referido processo.

Curitiba, 23 de março de 2006

PricewaterhouseCoopers

Auditores Independentes

CRC 2SP000160/O-5 "F" PR

Valdir Renato Coscodai

Contador CRC 1SP165875/S-2 "S" PR

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

192

RELATÓRIO DO COMITÊ DE AUDITORIA

O Comitê de Auditoria (Comitê), cuja criação foi autorizada na 71ª Reunião do Conselho de

Administração da Companhia Paranaense de Energia – Copel, em 19 de maio de 2005, disciplinado no §

3º do Artigo 11 de seu Estatuto Social, é formado por, no mínimo, três membros, eleitos pelo Conselho

de Administração entre seus pares. O Comitê conta em sua composição com a presença de um

“Especialista Financeiro” que também é a Presidenta, Sra. Laurita Costa Rosa.

As características, a composição e as regras de funcionamento do Comitê foram disciplinadas por

Regimento Interno, aprovado pelo Conselho de Administração e inserido nas normas da Companhia.

O Comitê foi instalado no dia 17 de junho de 2005, após a aprovação da Centésima Sexagésima Quarta

Assembléia Geral Extraordinária e, a partir de então e até esta data, realizou reuniões ordinárias

bimestrais, além de reuniões mensais com as diretorias da Companhia, auditores independentes e a

auditoria interna para o esclarecimento de suas indagações e para análise de outros assuntos de sua

competência.

Em razão da complexidade das atribuições e da necessidade de maior tempo para análise e

aprofundamento em todas as questões envolvidas, a atuação do Comitê nesse período foi focada à sua

constituição e estruturação e aos assuntos que poderiam oferecer maiores riscos à instituição, tanto de

natureza financeira quanto patrimonial. Os processos de auditoria interna e externa e os controles

internos também foram devidamente analisados e tratados.

No exercício de suas atividades regulamentares, dentre outras, destacaram-se:

a) colaboração e acompanhamento da implantação das melhores práticas de governança corporativa;

b) aprovação da criação do Canal de Comunicação Confidencial, para o recebimento de denúncias;

c) análise e aprovação das demonstrações contábeis e financeiras da Companhia relativas ao segundo

e terceiro trimestres ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005;

d) acompanhamento das ações tomadas para o cumprimento das normas da Lei Sarbanes-Oxley e do

andamento da implantação dos procedimentos e controles internos na Copel;

e) análise da estrutura e fiscalização das atividades dos Auditores Independentes;

f) avaliação dos critérios e acompanhamento da contratação dos Auditores Independentes para o

exercício de 2006;

g) acompanhamento das atividades vinculadas aos 10 princípios do Global Compact;

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

193

h) acompanhamento do programa de trabalho da Diretoria de Finanças e de Relações com Investidores

com o estabelecimento de metas para o exercício de 2006, inclusive com a melhoria dos controles

internos;

i) análise da atualização de dos atos praticados em virtude das variações da carta de controles internos

da auditoria independente;

j) acompanhamento e orientação dos trabalhos da auditoria interna; e

k) visita a instalações da Companhia e entrevistas com empregados abordando questões técnicas,

condições de trabalho e de segurança.

Não houve o registro de qualquer denúncia de descumprimento de normas, ausência de controles, ato

ou omissão por parte da Administração da Empresa que apontasse a existência ou evidência de fraudes,

falhas ou erros que colocassem em risco a continuidade da Copel ou a credibilidade de suas

demonstrações contábeis.

Com base nas considerações acima, este Comitê de Auditoria recomenda ao Conselho de

Administração a aprovação das Demonstrações Contábeis da Companhia Paranaense de Energia –

Copel, correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005.

Curitiba, 24 de março de 2006.

Laurita Costa Rosa

Acir Pepes Mezzadri

Rogério de Paula Quadros

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

194

PARECER DO CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal da Companhia Paranaense de Energia - Copel, no cumprimento das disposições

legais e estatutárias, além de ter acompanhado — através de análises de balancetes — a gestão

econômico-financeira da referida Empresa, examinou as Demonstrações Financeiras (controladora e

consolidado) do exercício social de 2005, encerrado em 31 de dezembro, abrangendo o Balanço

Patrimonial e demais Demonstrações Contábeis, tendo apreciado, também, o Relatório da Administração

e, considerando todos os pontos contidos no Parecer da PricewaterhouseCoopers - Auditores

Independentes, bem como as informações e esclarecimentos por eles prestados, é de parecer que as

mencionadas demonstrações refletem, com propriedade, a situação patrimonial e financeira da

Companhia e das controladas e os correspondentes resultados de suas operações, estando, assim, tais

documentos em condições de serem submetidos à apreciação e à conseqüente deliberação dos

Senhores Acionistas.

Curitiba, 24 de março de 2006.

ANTONIO RYCHETA ARTEN

Presidente

HERON ARZUA

LINDSLEY DA SILVA RASCA RODRIGUES

MÁRCIO LUCIANO MANCINI

NELSON PESSUTI