demo, pedro. mitologias da avaliação: avaliar é escalonar. cap. 3. - fichamento

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AUTARQUIA EDUCACIONAL DE AFOGADOS DA INGAZEIRA FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE AFOGADOS DA INGAZEIRA DEPARTAMENTO DE PEDAGOGIA; 1° SEM., PERÍODO: 7°. DICIPLINA: AVALIAÇÃO EDUCACIONAL PROFESSORA: KÁTIA JUN-04-07-2013 Olga Lima dos Santos AVALIARÉ ESCALONAR

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Page 1: DEMO, Pedro. Mitologias da Avaliação: Avaliar é Escalonar. cap. 3. - fichamento

AUTARQUIA EDUCACIONAL DE AFOGADOS DA INGAZEIRA FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE AFOGADOS DA INGAZEIRA

DEPARTAMENTO DE PEDAGOGIA; 1° SEM., PERÍODO: 7°. DICIPLINA: AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

PROFESSORA: KÁTIA

JUN-04-07-2013

Olga Lima dos Santos

AVALIARÉ ESCALONAR

Page 2: DEMO, Pedro. Mitologias da Avaliação: Avaliar é Escalonar. cap. 3. - fichamento

DEMO, Pedro. Mitologias da Avaliação: de como ignorar, em vez de enfrentar os

problemas. 3 ed., Campinas, SP: Autores Associados, 2010. - 3° cap.

Para o autor não tem como avaliar sem fazer escalas, sempre que avaliamos

fazemos escalas. Para ele não tem possibilidade de nos posicionar para afirmar ou

dizer algo sem antes fazer uma escala, para podermos assim ter mais clareza e

segurança. Até para dar uma nota, ou fazer comentários sobre o trabalho de um alu

no, ou fazer comentários sobre seus trabalhos, ou para dar a média ou conceitos,

em todos esses termos a escala não some, não desaparece. Segundo o autor a

escala está sempre ali, ela está presente mesmo em casos que não aparece, pois

ela fica implícita. O autor defende a escala como forma de organização, facilidade e

praticidade no trabalho do professor, mesmo com os contrapontos da escala ele nos

mostra todo seu lado bom/positivo para o trabalho docente.

A avaliação tem efeito escalar, o autor aponta para a necessidade de cautela

em relação a este escalonagem (as escalas, a existência das escalas), ele coloca

que tem que ter sentido, deve haver sentido o fato de avaliar sabendo que as

escalas existem, é preciso ter objetivo e não apenas só escalar por escalar, a

avaliação tem que acontecer com um sentido para que progrida a aprendizagem do

aluno. A dimensão do efeito escalar da avaliação é abrangente, não é só dar nota,

juntar pontos daqui/dali, dar médias, ela não é só isso, não é esse e único

sentido/objetivo dela, o verdadeiro sentido das escalas é para fazer um

acompanhamento da evolução do aluno, acompanhar o progresso do aluno, também

o que pretende que o aluno aprenda, e poder ajudá-lo aonde ele pode ir, esse

acompanhamento ajuda ao professor saber onde o aluno está e onde ele ‘elepoderá

chegar’ por exemplo: com intervenções eficazes para que o aluno aprenda novos

conhecimentos respeitando o tempo de aprendizagem desse aluno. Segundo o

autor, não há necessidade dos professores ficarem inventando média de

desempenho, deve observaro tempo que o aluno leva para aprender algo. Falando

em notas e conceitos, não existe diferença entre ambas, porque as duas referem-se

a uma escala, ou seja, tudo que é relativo a avaliação, há escalas; a nota é a

representação mais concreta da situação do aprendizado do aluno, ainda que um

dado não fale por si, por que os indicadores de aprendizagem depende do ponto de

vista de quem determina, de quem o faz, e esses indicadores restringem a

abrangência da teoria e da realidade. Para DEMO, a interpretação vai depender do

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professor e do seu ponto de vista e de como ele está interpretando. É preciso saber

interpretar, pois o perfil profissional e pessoal do professorpode prejudicar o

resultado da interpretação feita por ele. Quanto a qualidade e quantidade? DEMO

afirma que elas vivem juntas, não se pode separá-las.

A avaliação é reducionista, o autor deixa bem claro essa questão, pois ela

sempre restringe algo e a escala também. É por esse motivo que os alunos tem o

direito contestar a sua nota, sua avaliação recebida pelo professor, e este tem o

direito de explicar com clareza o motivo de ter recebido um ou dois como nota por

exemplo. Mesmo com a clareza, praticidade, e diagnostico que a nota oferece, dar

notas é arriscado, ela pode ser de uso ‘perfeito’, ou incorreto, pois ela pode deturpar

os objetivos do professor, podendo estar sendo usada como prática de tortura para

com o aluno, ou simplesmente pode estar sendo usada a favor da aprendizagem do

aluno. Mesmo com as incoerências da nota mostradas pelo autor, ela também tem

pontos positivos, segundo o autor ela pode ser instrumento adequado de trabalho,

pois o professor que usa a nota para obter um diagnóstico sobre a aprendizagem do

aluno, e através desse diagnóstico usá-lo como base para novas intervenções e

consequentemente possível contornos da situação, ou seja, cumprir de fato seu

papel de professor ajudando seu aluno na sua aprendizagem, buscando recursos e

intervenções para leva-lo a desenvolver o conhecimento almejado. Pois, esse

professor está usando a nota como instrumento correto para garantir o direito do

aluno aprender.

Contudo, o autor defende o uso da nota e da avaliação mesmo comesse

efeito escalar, se usadas corretamente, o professor tem em mãos ótimas

ferramentas de trabalho para um belo compromisso com a aprendizagem do aluno.

Portanto, mesmo a avaliação não sendo precisa, mesmo que restrinja a

realidade, o professor deve usá-la trazendo consigo o compromisso com a

aprendizagem do educando, e usar a avaliação com o devido cuidado e

desconfiança por conta desses fatores que deixam claro sua, digamos que ‘dois

lados diferentes’, por isso ele precisa ter cuidado para nunca sair ‘da linha’ (trabalhar

de forma incorreta).