déficit e ruptura do padrão de financiamento público

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VI PRÊMIO TESOURO NACIONAL AJUSTE FISCAL E DÍVIDA PÚBLICA AGUIAR, Marcelo Enk de. Déficit e Ruptura do Padrão de Financiamento Público: As Origens da Crise na Década de Oitenta. Brasília : ESAF, 2001. 38 p. Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Ajuste Fiscal e Dívida Pública, Porto Alegre (RS). Este estudo discute a origem da problemática do déficit público no Brasil, identificada com a crise do financiamento ao setor público nos anos oitenta. A partir desta década, o déficit é alçado a uma nova categoria, assumindo a condição de problema fundamental da economia brasileira, tema freqüente de debates no espaço econômico e posteriormente fora dele, condicionante de políticas e variável indispensável na avaliação da economia e nos acordos com organismos internacionais, situação que permanece até os dias de hoje. Discute se alguns aspectos relevantes da definição e interpretação do déficit público, acompanhados do debate e da evolução histórica situada na década de oitenta, procurando lições mútuas de ambas as análises. O artigo procura revisar as contribuições sobre o tema, não incorporando uma análise da situação atual. Entretanto, considerase que a análise contemporânea da questão do déficit e financiamento público pode absorver contribuições e lições do estudo das origens da crise, por demais esquecido. ARAÚJO, Carlos Hamilton Vasconcelos. Mercado de Títulos Públicos e Operações de Mercado Aberto no Brasil / História Recente e Procedimentos Operacionais. Brasília : ESAF, 2001. 57 p. Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Ajuste Fiscal e Dívida Pública, Rio de Janeiro (RJ). Este trabalho analisa aspectos institucionais e legais envolvidos na história recente da dívida mobiliária federal interna. Tratase, por exemplo, da ligação entre o fortalecimento do mercado de títulos públicos e a institucionalização das operações de mercado aberto. Em outra frente, fazse exposição dos procedimentos operacionais envolvidos nas negociações com título públicos, particularmente, nas ofertas públicas (leilões) e nos leilões informais (go arounds), bem como na liquidação financeira desses eventos. Por fim, discutese o processo de precificação dos títulos públicos, inclusive, com a apresentação de exemplos para os mais negociados atualmente. AZEREDO, Francisco Eduardo Pavanelli de. Modelo de Simulação da Dívida Pública Brasileira. Brasília : ESAF, 2001. 78 p. Monografia vencedora em 1 lugar no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Ajuste Fiscal e Dívida Pública, Rio de Janeiro (RJ) O objetivo desse trabalho é, primeiramente, construir um modelo de simulação da dívida interna do setor público brasileiro e de seus principais componentes, com base em cenários para as principais variáveis macroeconômicas que afetam o risco de rolagem e o custo de serviço da dívida. Em um segundo estágio, implantar estratégia de composição da dívida pública e examinar os impactos destas sobre a evolução da dívida em períodos posteriores. Este

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Déficit e Ruptura do Padrão de FinanciamentoPúblico: As Origens da Crise na Década de Oitenta

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Page 1: Déficit e Ruptura Do Padrão de Financiamento Público

VI PRÊMIO TESOURO NACIONALAJUSTE FISCAL E DÍVIDA PÚBLICA

AGUIAR, Marcelo Enk de. Déficit e Ruptura do Padrão de FinanciamentoPúblico: As Origens da Crise na Década de Oitenta. Brasília : ESAF, 2001. 38p. Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional –2001. Ajuste Fiscal e Dívida Pública, Porto Alegre (RS).

Este estudo discute a origem da problemática do déficit público no Brasil,identificada com a crise do financiamento ao setor público nos anos oitenta. Apartir desta década, o déficit é alçado a uma nova categoria, assumindo acondição de problema fundamental da economia brasileira, tema freqüente dedebates no espaço econômico e posteriormente fora dele, condicionante depolíticas e variável indispensável na avaliação da economia e nos acordos comorganismos internacionais, situação que permanece até os dias de hoje. Discute­se alguns aspectos relevantes da definição e interpretação do déficit público,acompanhados do debate e da evolução histórica situada na década de oitenta,procurando lições mútuas de ambas as análises. O artigo procura revisar ascontribuições sobre o tema, não incorporando uma análise da situação atual.Entretanto, considera­se que a análise contemporânea da questão do déficit efinanciamento público pode absorver contribuições e lições do estudo dasorigens da crise, por demais esquecido.

ARAÚJO, Carlos Hamilton Vasconcelos. Mercado de Títulos Públicos eOperações de Mercado Aberto no Brasil / História Recente eProcedimentos Operacionais. Brasília : ESAF, 2001. 57 p. Monografia nãopremiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Ajuste Fiscal eDívida Pública, Rio de Janeiro (RJ).

Este trabalho analisa aspectos institucionais e legais envolvidos na históriarecente da dívida mobiliária federal interna. Trata­se, por exemplo, da ligaçãoentre o fortalecimento do mercado de títulos públicos e a institucionalização dasoperações de mercado aberto. Em outra frente, faz­se exposição dosprocedimentos operacionais envolvidos nas negociações com título públicos,particularmente, nas ofertas públicas (leilões) e nos leilões informais (goarounds), bem como na liquidação financeira desses eventos. Por fim, discute­seo processo de precificação dos títulos públicos, inclusive, com a apresentaçãode exemplos para os mais negociados atualmente.

AZEREDO, Francisco Eduardo Pavanelli de. Modelo de Simulação da DívidaPública Brasileira. Brasília : ESAF, 2001. 78 p. Monografia vencedora em 1 lugar noVI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Ajuste Fiscal e Dívida Pública, Rio de Janeiro(RJ)

O objetivo desse trabalho é, primeiramente, construir um modelo de simulaçãoda dívida interna do setor público brasileiro e de seus principais componentes,com base em cenários para as principais variáveis macroeconômicas queafetam o risco de rolagem e o custo de serviço da dívida. Em um segundoestágio, implantar estratégia de composição da dívida pública e examinar osimpactos destas sobre a evolução da dívida em períodos posteriores. Este

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trabalho pretende, portanto, desenvolver um modelo capaz de simular ocomportamento do tamanho e composição da dívida pública: i) diante dediferentes cenários macroeconômicos – comportamento do câmbio, inflação,taxa de juros – e, ii) tomando como dados as estratégias e os objetivos dasautoridades fiscal e monetária. Com os resultados desse modelo, poderemos,então, analisar a distribuição, em especial, o valor esperado e a variância dotamanho e da composição da dívida para cada estratégia. Em um primeiromomento, teremos que desenvolver um modelo de simulação capaz de gerarcenários macroeconômicos consistentes. Mais especificamente, será precisogerar, para cada mês, cenários numéricos para as principais variáveismacroeconômicas que afetam a rentabilidade dos títulos públicos e, portanto, omontante da dívida. Assim como as variáveis macroeconômicas, as obrigaçõesindexadas da dívida pública possuem comportamento estocástico (aleatório aolongo do tempo). Como conseqüência, teremos que gerar cenários para oscomponentes da dívida pública, dentro de certas suposições e levando em contaas estratégias de administração da dívida e os cenários macroeconômicosgerados. Após essa etapa, apresentaremos algumas estratégias de composiçãoda dívida pública. A partir destas estratégias, conseguiremos construir oscenários para cada componente da dívida e, portanto, para a dívida total. NoCapítulo I, apresentamos a introdução do trabalho com as suas principaismotivações, a metodologia utilizada e um resumo geral. No Capítulo II,desenvolvemos um modelo simples de geração de cenários macroeconômicos.Neste exercício, utilizamos o modelo de simulação Monte Carlo Estruturado,onde os cenários das variáveis macroeconômicas são gerados com base nasmédias e covariâncias históricas destas variáveis e assumindo ausência deautocorrelação. No Capítulo III, introduzimos o modelo de simulação da dívidapública, onde assumimos certos pressupostos necessários para a construção domodelo – vencimento total da dívida a cada mês, capitalização contínua dosjuros, indiferença ao risco, igual grau de liquidez e mesma incidência deimpostos para todos os títulos. Diante desses pressupostos construímos omodelo de simulação da dívida pública. No Capítulo IV, supomos algumasestratégias simples de composição da dívida pública e simulamos a evolução dadívida. Apresentamos os resultados destas simulações em forma de gráficos etabelas, comparando os resultados encontrados.O Capítulo V, permitimos aemissão de títulos com maturidades diferentes e construímos um novo modelode simulação da dívida pública interna brasileira, baseado em uma estratégiasimples de composição e maturidade da dívida pública brasileira.

CAMPOS, Alexandre de Souza. Modelo de Gerenciamento de Risco Cambial paraDívida Pública. Brasília : ESAF, 2001. 68 p. Monografia premiada em 3 lugar no VIPrêmio Tesouro Nacional – 2001. Ajuste Fiscal e Dívida Pública, Brasília (DF)

O trabalho consiste em uma proposta de modelo para a análise do risco cambialda dívida do setor público. A variável relevante é o desembolso em reais doTesouro Nacional e o resultado é obtido sob a forma de uma distribuição deprobabilidades desse desembolso futuro. O modelo utiliza­se de simulações deMonte­Carlo implementadas em planilhas eletrônicas e é flexível o suficientepara permitir a incorporação de diversos tipos de informações, tais como dadoshistóricos, previsões de mercado, etc. Além da descrição do modelo e da suafundamentação teórica, são apresentados os resultados para uma carteira de 21títulos da dívida externa de responsabilidade do Tesouro Nacional. Umdesenvolvimento natural dessa abordagem é a possibilidade de determinação deuma carteira ótima, do ponto de vista da relação entre custo esperado e

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volatilidade, de compromissos do setor público denominados em moedaestrangeira.

DIAS, Andréia Baltazar. Dívida Interna e Externa. Brasília : ESAF, 2001. 55 p.Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001.Ajuste Fiscal e Dívida Pública, Londrina (PR).

Há muito o Brasil convive com o problema da dívida pública. Seu crescenteendividamento externo, junto aos banqueiros internacionais, acoplado com adívida interna contribuem para o déficit econômico brasileiro. As crises da dívidaexterna nos anos 80 e 90 fizeram com que esta atingisse valores vultosos e queseu controle fosse de difícil administração pelo governo. Diante disso, e a fim degarantir que a dívida circule com o envio de divisas aos credores externos, o FMIimpôs várias diretrizes ao Brasil. Assim, para conseguir novos empréstimos juntoao Banco Mundial, o Brasil tem de rigorosamente cumprir o estabelecido poreste Fundo Monetário Internacional. Ocorre que, muitas vezes, o adimplementodas dívidas é conseguido a custa de uma desestruturação no campo social.Setores essenciais e carentes de investimentos – tais como os de saúde,educação e trabalho – ocupam segundo plano em relação ao motivo maior dopagamento da dívida. O Brasil, atualmente, encontra­se de "mãos atadas".Tornou­se difícil o pagamento da dívida e, na maioria das vezes, o capitalarrecadado com empréstimos é majoritariamente destinado à circulação dessaprópria dívida. Isso se dá porque os financiadores somente emprestam capitalao país se este amortizar parte da dívida já existente. Destarte, o governo tentounão apenas arrecadar, mas também reduzir algumas despesas internos. Dessemodo, privatizações foram realizadas com o intuito de se cortar gastos Estatais.Alguns especialistas apontam como solução à divida pública o incentivo àexportação brasileira. Esta posição é defendida por muitos economistas eministros, e parece ser a atual meta do governo. Seja qual for a decisãoadotada, o que se deve evitar a qualquer custo é o crescimento da dívida que ogoverno vem contraindo com sua própria população: a dívida social. A dívidabrasileira – ou seja, de todos cidadãos do Brasil – não deve ser à naçãoatribuída somente quando do seu pagamento. Também quando da concessãode empréstimos a nação deve ser preferencialmente lembrada, pois é sua realfinanciadora. E como maior contribuinte à efetiva quitação da dívida – osempréstimos de banqueiros e empresas que são utilizados para o problema dadívida não a resolvem de fato, pois apenas fazem circular esse débito – deveriaser a sociedade visivelmente beneficiada com os empréstimos conseguidos.Diante disso, cada vez mais parece estar distante a solução para as crescentesdívidas – interna, externa e social ­ que há tanto fazem parte da realidade danação brasileira.

LIMA, Luciane Pimentel de. Estudo sobre o Limite de Endividamento dasEmpresas Estatais Federais. Brasília : ESAF, 2001. 79 p. Monografia nãopremiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Ajuste Fiscal eDívida Pública, Brasília (DF).

Este trabalho visa analisar os atuais desequilíbrios financeiros a que estãosujeitas as empresas estatais, principalmente em relação à capacidade destasde custear suas despesas e ao seu padrão de financiamento, entre 1994 e 1999.O estudo, também, busca evidenciar que os atuais parâmetros definidos comolimite ao endividamento das empresas estatais brasileiras estabelecidos naResolução do Senado n.º 96, de 15 de dezembro de 1989, merecem seraperfeiçoados.Além disso, avaliou­se o desempenho financeiro das empresas

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estatais, também, do ponto de vista dos serviços ou dos bens efetivamenteproduzidos por essas empresas. Procurou­se, assim, identificar quais asempresas dependentes do Tesouro Nacional que, efetivamente, empregam osrecursos públicos na produção de externalidades positivas ou de produtos quepossuem a característica de bens públicos. Apenas, assim, pode­se examinar seos desajustes no gerenciamento de empresas estatais que atuem em regime deconcorrência com as empresas privadas estão sendo sancionados pelaconcessão de novos financiamento ou ainda pela transferências diretas derecursos do Tesouro.

MENEGUIN, Fernando Boarato. Reeleição e Política Fiscal: Um Estudo dosEfeitos da Reeleição nos Gastos Públicos. Brasília : ESAF, 2001. 31 p.Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001.Ajuste Fiscal e Dívida Pública, Brasília (DF).

O objetivo deste artigo é promover um estudo que relacione a possibilidade dereeleição do governante com a situação do déficit público do governo. Paramotivar o trabalho são apresentados alguns fatos estilizados referentes à políticafiscal de estados brasileiros em ano eleitoral, sugerindo que o governante tendea gastar mais quando não espera ser reeleito e a ser mais contido quandoespera sucesso na reeleição. Um estudo econométrico parece confirmar essamotivação dos titulares de cargos executivos. Desenvolve­se então um modelode determinação do nível ótimo de gastos do governo, que tem na disciplina demercado e na reeleição seus sustentáculos. Os resultados teóricos confirmam aintuição de que um governante com expectativa de ser reeleito apresentacomportamento fiscal mais responsável, sugerindo que o instituto da reeleiçãotem externalidade positiva sobre as contas públicas, resultado oposto àqueleprevisto pela teoria dos ciclos econômicos de origem política (political businesscycles).

MONTEIRO, Lygiane Bezerra de Menezes. "Exchange­Offers": Uma novaProposta Sobre Ganhos Financeiros. Brasília : ESAF, 2001. Monografia nãopremiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Ajuste Fiscal eDívida Pública, Brasília (DF).

O desenvolvimento dos países integrantes dos chamados mercados emergentestornou­se uma das principais atrações do mercado financeiro internacional.Países integrantes do Plano de Renegociação de Dívidas Externas – PlanoBrady, tornaram­se ávidos por terem seus títulos sujos (como se chama nomercado) retirados do mercado, em virtude de causarem distorções em suascurvas de juros e da possibilidade de arbitragem devido a subprecificação destespapéis. Foram criadas as Exchange Offers (Operações de Troca ) com o intuitode resgatar esses títulos colocando outros no lugar a um custo mais atraente.Porém, a mensuração dos ganhos dessas operações sempre foram feitas sob aótica do mercado. Devido a esse lapso, muitos países podem ter seus resultadosalterados, talvez indesejados. Preocupados com a correta contabilização dosresultados desse tipo de operação, desenvolvemos um modelo que compreendetodas as variáveis envolvidas no processo, e é voltado às necessidades doTesouro Nacional. A intenção deste trabalho é apontar as divergênciasencontradas no modelo de mercado e apresentar a ferramenta necessária paracompletar o mecanismo utilizado para o sucesso de tais operações.

MORAES JUNIOR, Aod Cunha de. Um Modelo de Decisão Fragmentada para a

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Política Fiscal e a Aplicação ao Caso Brasileiro na Década de 90. Brasília : ESAF,2001. Monografia premiada em 2 lugar no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. AjusteFiscal e Dívida Pública, Porto Alegre (RS)

Este artigo apresenta um modelo onde o processo de decisão fragmentada dapolítica fiscal gera comportamentos para o déficit e a dívida pública distintosdaqueles associados aos modelos keynesiano e de tax smoothing. No modeloapresentado, o comportamento estratégico de diferentes grupos de interesseexplica a existência de um viés de déficit na política fiscal e a demora para aestabilização. Além de analisar estes resultados teóricos, outro objetivo do textoé avaliar as possibilidades de utilização do modelo para explicar ocomportamento da política fiscal no Brasil através da mudança de regimemarkoviano. A partir de então, neste artigo investiga­se duas possibilidades. Emprimeiro lugar comparar os períodos de mudança de regime do déficit primário,da dívida pública, o diferencial de juros e o nível de reservas. Em segundo lugarverificar o comportamento da dívida e do déficit primário a partir da inclusão deum choque exógeno, que neste caso é caracterizado tanto pelo diferencial dejuros quanto pelo nível de reservas. Os resultados econométricos obtidosindicam que mudanças abruptas no comportamento da dívida,crescimento/redução, são seguidas de períodos de ajuste/expansão fiscal. Esteresultado é compatível com o modelo de decisão fragmentada para a políticafiscal analisado no trabalho, dado que lá os grupos de interesse observam ocomportamento da dívida com a variável relevante para tomar suas decisões degastos líquidos do governo. Quanto ao impacto dos choques externos sobre oajustamento fiscal, a utilização do diferencial de juros se encaixa melhor nosperíodos que se seguem às crises asiática e russa (1997 e 1998), do que à crisemexicana no fim de 1994. Assim, o modelo empregado oferece explicações maisconvincentes sobre um tipo de comportamento coletivo, justificado por algunsdos resultados econométricos aqui apresentados.

NICCHIO, José Adolfo. O Comportamento da Dívida Pública InternaBrasileira na década de 1990: Dinâmica Sustentabilidade. Brasília : ESAF,2001. 80 p. Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio TesouroNacional – 2001. Ajuste Fiscal e Dívida Pública, Maringá (PR).

O objetivo deste trabalho é discutir o comportamento do endividamento públicointerno brasileiro na década de 1990, de modo a caracterizar e identificar suadinâmica e testar sua sustentabilidade no longo prazo. Para isso, inicialmentefaz­se uma discussão onde descrevemos a origem do endividamento e osacontecimentos relativos as finanças públicas para a década de 1980 e 1990.Numa fase posterior, realizamos testes econométricos de causalidade deGranger e de co­integração para comprovar empiricamente a dinâmica assumidapela dívida e sua sustentabilidade no longo prazo. Os resultados demonstramque a exemplo da década de 1980, a década de 1990 apresentou uma dinâmicade endividamento estritamente financeira, derivada de uma política de juros altose financiamento dos déficits operacionais. Porém, a causa fundamental doendividamento público está relacionada aos desequilíbrios estruturais daeconomia que repercute na taxa de juros. Apesar de haver crescimento darelação dívida/PIB no curto prazo, os testes de co­integração apontaram aexistência de equilíbrio entre as variáveis no longo prazo.

PANZIERI FILHO, Adonírio. Teste de Stress e Mensuração de Dependênciapela Teoria de Valores Extremos: Propostas de novos Métodos eAplicações a Dados Brasileiros. Brasília : ESAF, 2001. 78 p. Monografia não

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premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Ajuste Fiscal eDívida Pública, Brasília (DF).

Este ensaio foi elaborado em três etapas. Partimos da reformulação do métodode teste de stress para posições de mercado decompostas em fatores de riscoproposto por Longin [30, 29, 31]. Este método, que utiliza uma técnica da Teoriade Valores Extremos (TVE) bi variada para o cálculo de Valor em Risco (VaR),foi modificado quanto à:·técnica da TVE utilizada na parametrização dasdistribuições marginais e; modelagem da estrutura de dependência dasdistribuições bi variadas. Como resultado dessas alterações, obtivemos um novométodo de cálculo de VaR de carteiras para situações de retornos extremamentealtos ou extremamente baixos (teste de stress) e uma nova medida dedependência para eventos extremos, a qual denominamos de coeficienteimplícito de dependência extremal. A segunda etapa do estudo consistiu naavaliação da qualidade do método de cálculo de VaR aqui proposto. Como estemétodo é uma aproximação de um método "tradicional" construída para umacarteira bi variada, analisamos se as estimativas obtidas pelos dois métodostendem a divergir quando se agrega mais ativos na carteira. Nossos resultadosforam de que o método proposto não produz bons resultados quando se agregamais do que quatro ativos. Por outro lado, concluímos que o coeficiente implícitode dependência extremal é uma boa medida da dependência entre variações depreços de pares de ativos em situações de crise ou euforia extremas. Comoúltima etapa do estudo, usamos o coeficiente implícito de dependência extremalpara avaliar a evolução da dependência (em situações extremas de crise oueuforia) de um conjunto de amostras de retornos diários de mercados acionáriose de renda fixa internacionais. Identificamos relação de dependência crescenteem situações de crises mais extremas quando estudamos amostras de retornosde títulos representativos dos mercados de dívida externa do Brasil e daArgentina ou quando estudamos amostras de retornos de mercados de dívidaexterna em relação a índices de mercados acionários desses dois países.Porém, não obtivemos evidência de que para pares de mercados acionários adependência aumente, seja em situações de euforia ou de crises extremas. Estaúltima conclusão é especialmente relevante por dois motivos. Em primeiro lugar,por nossa análise incluir mercados muito vinculados como os do Brasil e daArgentina. Em segundo, por nossos resultados contrariarem a conclusão deestudo de Longin e Solnik [18, 19], pioneiro no uso da TVE na análise daevolução de dependência entre mercados financeiros, de que a dependênciaentre os retornos de pares de mercados acionários aumenta quando hátendência de quedas, mas cai quando há tendência de altas.

PRATA, Ana Carolina Aires Cerqueira. Revisitando Aspectos Relevantes doEndividamento Externo Brasileiro. Brasília : ESAF, 2001. Monografia nãopremiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Ajuste Fiscal eDívida Pública, Brasília (DF).

O presente trabalho faz uma análise do problema do endividamento externopúblico brasileiro ao longo das décadas de 1970, 1980 e 1990 por meio dedados estatísticos, sendo o elo de ruptura o Plano Brady em 1989, que fez comque a dívida bancária dos países endividados diminuísse, se encontrando agoraem títulos. O período considerado no estudo, mostrou uma importante mudançana estrutura do endividamento brasileiro, tanto nos agentes econômicos que seendividaram externamente, como no volume de entrada de capitais. A dívidaexterna brasileira, a partir do notável impulso experimentado no início da décadade 1970, apresentou um crescimento explosivo cuja conseqüência foi a crise dos

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anos 1980. Mais tarde, nos anos 1990, a questão da dívida externa éparcialmente equacionada com um novo acordo de reestruturação da dívida ecom o excesso de liquidez dos mercados financeiros. O novo acordo dereestruturação da dívida externa pública, chamado Plano Brady trouxe muitosefeitos positivos para o país. A restauração da credibilidade do País perante acomunidade financeira internacional e a possibilidade de voltar ao mercadoexterno permitindo a colocação de títulos com a aceitação em bases voluntáriaspor parte dos investidores externos podem ser considerados como principais.Além disso, essa nova imagem vem proporcionando profundas alterações nacomposição do estoque da dívida externa. Enquanto na década de 1980 houve oaumento do endividamento externo do setor público na década de 1990 o setorprivado obtém a maior parte das obrigações externas. Entretanto, não podemosafirmar que o problema da dívida externa brasileira está resolvido. Algunstrabalhos recentes acreditam que no final da década de 1990 iniciou­se um novoprocesso de endividamento externo dos países da América Latina, devido aoexcesso de liquidez dos mercados internacionais. Sendo assim, com aglobalização das economias, o futuro da dívida externa do Brasil depende tantodas políticas macroeconômicas adotadas pelo país como também do cenárioeconômico mundial. Esta monografia descreveu com mais profundidade asquestões aqui colocadas, compreendendo cinco capítulos, sendo o primeirointrodutório. No capítulo seguinte, foi feito um breve histórico da dívida externabrasileira, mostrando as políticas adotadas no período que impulsionaram o seucrescimento. O capítulo 3 apresentou os principais aspectos do plano dereestruturação da dívida externa conhecido como Plano Brady, onde serãoavaliados seus principais resultados desse plano de reestruturação. A seguir, nocapítulo 4, observou­se a evolução do perfil da dívida externa nas décadas de1970, 1980 e 1990 e também as causas de tais mudanças. O último capítuloencerrou a monografia, apresentando as principais conclusões sobre a matéria.Por fim, em anexo, estão os gráficos e as tabelas referidos no trabalho, e ainda,as Resoluções do Senado Federal para que se possa ter um maiorembasamento sobre os aspectos normativos do tema.

SANTOS, Darcy Francisco Carvalho dos. Conseqüências da Renegociação daDívida do RS e a Crise de Financiamento do Déficit Estadual ­ 1999­2000.Brasília : ESAF, 2001. 50 p. Monografia não premiada, apresentada no VIPrêmio Tesouro Nacional – 2001. Ajuste Fiscal e Dívida Pública, Porto Alegre(RS).

Neste trabalho, tem­se como objetivo analisar as conseqüências advindas dorefinanciamento da dívida do Estado do Rio Grande do Sul, assinado em15.04.98, nos termos da Lei Federal n.º 9.496/97 e da Lei Estadual n.º10.920/97. Além disso, procura­se demonstrar que a crise financeira que oEstado atravessa não se relaciona ao acordo da dívida, como sustenta o sensocomum, mas à incapacidade de formulação de um ajuste fiscal autêntico. Ofinanciamento do déficit público estadual, na ausência de privatizações, vemsendo realizado por meio de saques no Caixa Único do Estado, o que colidecom os ditames da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). As metas fiscaisassumidas pelo Estado junto à Secretaria do Tesouro Nacional têm­se centrado,em parte, na redução do déficit primário, obtido mediante a queda dosinvestimentos públicos. Do ponto de vista da eficácia da política fiscal, adiminuição da magnitude do déficit primário tem permitido honrar oscompromissos com a dívida refinanciada com a União. Todavia a gestão fiscal,ao não efetivar um ajuste duradouro, tem atropelado o princípio daresponsabilidade fiscal, entrando num perigoso caminho de endividamento

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interno junto às empresas controladas.

SILVA, Isabella Fonte Boa Rosa. Endividamento Subnacional em umcontexto Federativo: O Caso Brasileiro. Brasília : ESAF, 2001. Monografianão premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Ajuste Fiscale Dívida Pública, Brasília (DF).

Esta dissertação apresenta uma análise do comportamento das finanças dosestados brasileiros, no período de 1997 a 2000, enfatizando o endividamentoestadual, buscando identificar seus determinantes. Nessa análise, foramapontados, como fatores relevantes para explicar a evolução da dívida dosgovernos estaduais no período considerado, a dependência de recursostransferidos pelo governo federal e a estrutura de gastos desses governos,destacando­se os gastos com pessoal e investimentos. Os resultadosencontrados, por meio da análise de dados de painel, permitiram concluir que astransferências intergovernamentais livres geram incentivos negativos para acondução fiscal responsável desses governos. Em relação aos aspectosrelacionados com a política de gastos, conclui­se que o excessivocomprometimento de receitas com o pagamento de pessoal, principalmente dosestados mais pobres, com conseqüente redução dos investimentos sociais,contribui para o baixo desenvolvimento desses estados. Palavras­chave:Endividamento Estadual, Federalismo Fiscal Brasileiro, Finanças Públicas,Transferências Intergovernamentais

SILVA, Luiz Maurício da. A Criação de uma Moeda Única Latino­Americana(Moncla) baseada no Potencial Econômico dos Países da ALADI, comoInstrumento para Pagamento dos Serviços da Dívida Pública (Interna eExterna). Brasília : ESAF, 2001. 79 p. Monografia não premiada, apresentadano VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Ajuste Fiscal e Dívida Pública, Rio dejaneiro (RJ).

Atualmente, a preocupação com a concorrência não está voltada apenas para oplano doméstico, ela vai bem mais além com o advento da globalização. E todoagente que quiser sobreviver, produzindo a preços competitivos e de qualidade,nesse mercado sem fronteiras tem que ser altamente qualificado. Nestecontexto, a integração econômica e os meios de pagamentos para asnegociações de produtos e serviços no âmbito de um mercado integrado eglobalizado e a criação de uma unidade de conta como instrumento à disposiçãopara a liquidação dessas transações, foram escolhidos como pano de fundo parao tema proposto.: Assim, esperamos que este trabalho venha a contribuir dealguma maneira como uma das soluções às demandas sociais e econômicas,com vistas ao fortalecimento do Brasil junto ao Mercosul. Poderíamos dizerainda que seu alcance não está restrito diretamente a uma área específica, massim vai muito mais além, pois a criação de uma moeda única, poderia ser usadatambém para o pagamento do serviço da dívida externa. A criação de umamoeda única é o último estágio para integração econômica total, na qual osgovernos renunciam a sua soberania nos seus domínios em benefício de umaautoridade supra­nacional, cujas decisões têm caráter obrigatório. Além disso, éevidente que a criação de uma moeda única não acontece de forma simples erápida, são necessárias a "queima" de várias etapas, e isto leva muitos anos atéa escolha do modelo ideal. O "euro" levou mais de cinqüenta anos, após oTratado de Roma, para entrar em funcionamento na comunidade européia, eporque não darmos o pontapé agora para discutirmos o tema moeda única, coma criação da MONCLA, pois a implantação desta seria fundamental tanto para as

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empresas privadas e particulares como para os governos e instituições públicassituadas no Mercosul e demais países da América Latina.

SOUZA, Roberta Aquino Gomes de. Índice de Risco Soberano: UmaAlternativa aos Atuais Indicadores. Brasília : ESAF, 2001. 79 p. Monografianão premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Ajuste Fiscale Dívida Pública, Rio de janeiro (RJ).

O presente estudo tem por objetivo construir um modelo que permita acategorização dos fatores que geram o conceito de Risco Soberano e que definaas variáveis que compõem cada um deles. Para isso, usam­se os métodosestatísticos conhecidos como Análise Fatorial e Análise dos ComponentesPrincipais. Apresenta­se como resultado do trabalho, um modelo que ésimultaneamente conciso – pelo pequeno número de variáveis que o compõem,em contraposição ao número elevado citado na literatura sobre o tema – eeficiente – uma vez que ele permite montar um Índice de Risco Soberanocompatível com os ratings das principais agências internacionais e com osretornos de títulos soberanos. Utilizou­se o Coeficiente de Correlação de Postosde Spearman para proceder a comparação entre a ordenação de países peloíndice proposto e as ordenações derivadas dos ratings e dos retornos dostítulos.

TÁVORA, Fernando Lagares. Análise de Discrepância do Resultado Fiscal doGoverno Central, no Período de 1994 a 2000. Brasília : ESAF, 2001. Monografiaagraciada com menção honrosa no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Ajuste Fiscale Dívida Pública, Brasília (DF).

Esta monografia se propõe analisar a sistemática de medida dos resultadosfiscais para o Governo Central, no Brasil, sob as duas abordagens básicas,"acima da linha" e "abaixo da linha", apuradas pela Secretaria do TesouroNacional e pelo Banco Central, respectivamente. Além da apresentação de umbreve histórico da evolução da apuração fiscal no País e do levantamento dasmetodologias, para o Governo Central, testes estatísticos (utilizando modelosARIMA e os conceitos de função de transferência, análise de intervenção eregressão) foram aplicados visando determinar se a discrepância entre asmedidas tem mostrado tendência à redução, principalmente, após mudanças nametodologia de apuração introduzidas em 1998. Os resultados desses testesindicam que não se pode afirmar que tenha ocorrido redução nas discrepânciasmensais absolutas e proporcionais, no período de 1994 a 2000. As possíveiscausas desse fenômeno são, também, examinadas, e em decorrência dissofazem­se algumas recomendações visando o aperfeiçoamento das medidas doresultado fiscal no Brasil, objetivando não só uma aproximação maior entre osnúmeros do Tesouro Nacional e do Banco Central, mas também uma maiortransparência no que toca às metodologia de cálculo e à divulgação dosresultados.

VI PRÊMIO TESOURO NACIONALTÓPICOS ESPECIAIS DE FINANCAS PÚBLICAS

ALBUQUERQUE, Claudiano Manoel de. Compatibilização da DespesaPública com as Metas de Resultado Fiscal: Planejamento dos Limites de

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Gasto e dos Restos a Pagar. Brasília : ESAF, 2001. 62 p. Monografia nãopremiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. TópicosEspeciais de Finanças Públicas, Brasília (DF).

A inscrição de despesas em restos a pagar é mecanismo utilizado pelosgovernantes para a realização de gastos em volume superior à sua capacidadede pagamento. A assunção de obrigações com base em receitassuperestimadas nos orçamentos anuais constitui uma das formas definanciamento do setor público. Sua conseqüência é o comprometimento dereceitas futuras, o repasse de pesada herança de descontrole fiscal para ossucessores e a imobilização dos governos no início de mandato, em decorrênciadas dívidas deixadas pelas administrações anteriores. A Lei deResponsabilidade Fiscal procurou impedir a passagem de passivos para osfuturos governantes. Porém, deixou lacuna ao não atacar a verdadeira causados riscos de desequilíbrio fiscal representados pelos restos a pagar: a ausênciada realização das receitas previstas no orçamento anual, motivada pordeficiências das estimativas. O presente trabalho busca trazer contribuições parao debate do assunto para que, quando houver oportunidade de aperfeiçoamentoda norma, os restos a pagar sejam tratados sob a perspectiva do principal focoda Lei de Responsabilidade Fiscal: a prevenção de riscos fiscais. Nesse sentido,são destacados os fundamentos técnicos do instituto dos restos a pagar,envolvendo os aspectos orçamentários, contábeis e econômicos. O trabalhoapresenta também um relato sobre a experiência do Governo Federal naadministração dos restos a pagar nos últimos anos, assim como a tentativafrustrada de regulamentação do assunto na Lei de Responsabilidade Fiscal.Concluindo que a matéria ainda carece do adequado tratamento no arcabouçoregulatório das finanças públicas brasileiras, o trabalho incorpora sugestões paraum futuro disciplinamento do assunto, propondo a instituição de mecanismosque garantam a realização de reestimativas consistentes de receitas ao longo decada exercício e de ajustes prévios nos valores das despesas autorizadas,quando houver expectativa de frustração da arrecadação, de modo a evitar ocrescimento descontrolado dos restos a pagar.

ALBUQUERQUE, Pedro Henrique Esteves. Os Impactos Econômicos da CPMF:Teoria e Evidência. Brasília : ESAF, 2001. Monografia premiada em 2 lugar no VIPrêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Brasília(DF).

Este trabalho tem como objetivo estudar os impactos econômicos da CPMF naeconomia brasileira, e para isto está dividido em três blocos. No primeiro aCPMF é analisada sob a ótica da teoria econômica. No segundo é discutida aexperiência internacional com impostos similares à CPMF. No terceiro aexperiência brasileira é examinada com o auxílio dos dois blocos anteriores.Segundo a teoria econômica, a CPMF causaria a elevação dos juros reais demodo desproporcional a outros impostos, o que seria o resultado da inclusão darotatividade de ativos em sua base de incidência. Esta deficiência em suaconcepção afetaria negativamente, e de forma desproporcional à suaarrecadação, os níveis de capital, produção e salários. Ela também causaria oaumento das despesas do governo com pagamento de juros, o que levaria partede sua receita a ser fictícia. A CPMF causaria desintermediação e iliquidez nosmercados financeiros, desincentivando o ressurgimento do crédito. Aarrecadação comportar­se­ia de acordo com uma curva de Laffer, com elevadasperdas de peso morto, particularmente quando comparadas à pequena receita

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resultante. Resultados empíricos confirmam que tais conclusões seriamaplicáveis ao caso brasileiro. A teoria econômica, a experiência internacional e aevidência brasileira revelam, portanto, que a CPMF apresenta significativasdeficiências como instrumento de arrecadação.

ALMEIDA, Denizart do Rosário. Privatização e Eficiência Alocativa: UmaAvaliação das Reformas no Setor Elétrico Brasileiro. Brasília : ESAF, 2001.55 p. Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional –2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Niterói (RJ).

O objeto de estudo desta monografia é o comportamento das empresas deeletricidade no Brasil (públicas e privadas) neste período de transição do setorpara um mercado competitivo. Sua principal motivação é verificar se é vantajoso,em termos de bem estar para a sociedade, o afastamento total do Estado daprodução direta de eletricidade, daí decorrendo a tese, a ser demonstrada, deque, paradoxalmente, a viabilização de um mercado competitivo no setor elétricobrasileiro, e dos benefícios esperados em termos de eficiência alocativa naeconomia, tende a passar por um reforço, ou reativação, de programas estatais,particularmente na área de geração de energia elétrica. Partindo do marcoteórico que justifica a decisão de alocação de recursos na produção de bens"meritórios" pela empresa pública, esta monografia aponta evidências de que aeficiência alocativa não vem sendo concretizada pelas empresas recentementeprivatizadas, que apresentam inclusive desempenhos, no que se refere àconsecução desse objetivo, inferiores ao das empresas públicas remanescentes.Analisando o desempenho do segmento que foi efetivamente impactado pelasreformas, ou seja a distribuição de energia elétrica, procurando inferir osdesdobramentos relevantes sobre o ambiente de financiamento e a conseqüentesustentação dos fluxos de investimentos no setor elétrico, o trabalho detectauma estratégia delineada de realocação de risco (do setor privado para o setorpúblico), com o objetivo de garantir um pleno atendimento às necessidades deinvestimento do setor elétrico brasileiro. Isso é evidenciado a partir dosresultados privados e sociais auferidos até dezembro de 2000 que apontam paraum benefício social elevado e retornos adequados aos aportadores de capitaisexternos. O aspecto que chama atenção diz respeito à sustentabilidade dessaestratégia, uma vez que a utilização extensiva deste mecanismo canalizarecursos em detrimento de outros segmentos do setor, particularmente o degeração. Não menos importante, a questão tarifária assinalada pelo trabalhomostra espaço para um ajustamento de preços da energia elétrica, significandoalternativa imediata aos problemas de sustentação da estratégia acimamencionada, desde que sejam acionados mecanismos que mantenham sob ocontrole da sociedade (leia­se Governo Federal, através da empresa pública) asrendas excedentes originárias desse aumento tarifário.O trabalho ressalta, noentanto, as restrições existentes na atual estrutura tarifária, que sobrecarrega oconsumidor residencial em benefício da classe industrial. Os resultados até aquiapontam no sentido de que os benefícios decorrentes das reformas no setorelétrico refletem, em grande parte, as metas estipuladas pelo atual modeloenergético, ao menos no ponto de vista do segmento de distribuição de energia.Contudo, a contrapartida a estes resultados mostram que os custos agregadosestão se elevando, e colocando em risco a sua sustentabilidade. O trabalhosugere que a empresa pública federal – a ELETROBRAS – deve ser acionadapara garantir a eficiência alocativa na economia, a partir de uma reorientação desua relação com o Ministério da Fazenda.

ANDRADE, André Martins de. Primeiro Passo da Reforma Tributária: A

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Tributação Unitária da Renda. Brasília : ESAF, 2001. 73 p. Monografia nãopremiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. TópicosEspeciais de Finanças Públicas, Rio de Janeiro (RJ) .

O trabalho apresenta alternativa de tributação da renda da pessoa jurídica quepermite a realização concomitante de múltiplos objetivos, a saber: (i) adaptaçãoda base de cálculo da sociedade integrante de grupo multinacional à realidadeeconômica a ela subjacente: (ii) modernização dos mecanismos de tributação dapessoa jurídica pelo imposto de renda, com vistas a evitar os entravesdecorrentes da desmaterialização crescente dos elementos integrantes dahipótese de incidência, conseqüência natural do vertiginoso desenvolvimentotecnológico; (iii)reação à utilização de paraísos fiscais e de outros esquemas deplanejamento tributário lícito, não através de legislação repressora, mas pormeio da minimização dos efeitos favoráveis aos contribuintes; (iv)criação de umimposto de renda mínimo sempre que a sociedade integrante de grupomultinacional apurar prejuízo no Brasil e lucro nos resultados consolidadoslevantados no exterior;(v) correção definitiva à flagrante distorção que prevalecena tributação das sociedades integrantes de grupos multinacionais, correçãoesta que a atual legislação, especialmente a que versa sobre preços detransferência, só parcialmente consegue promover. O método utilizado foi o dolevantamento de dados empíricos, inclusive mediante a coleta de informaçõespublicadas pela imprensa, além das disponibilizadas pelos órgãos oficiais, compesquisa bibliográfica e entrevistas com defensores e opositores do método detributação proposto, tanto no Brasil quanto no exterior. O resultado alcançadopreconiza a utilização do método unitário de tributação da renda da pessoajurídica, principalmente com base na experiência dos estados­membros norte­americanos. Este método, ao invés de cobrar o imposto sobre cada uma dassociedades em separado, procura determinar a proporção da sociedade localsobre a empresa global, com base em fórmula que toma em consideração certosfatores negociais, chegando à base da incidência pela multiplicação destaproporção pelo resultado total do conjunto de sociedades integrantes do grupoem questão. Sem substituir­se à atual sistemática de tributação da pessoajurídica com base no lucro real, as conclusões apresentadas propõem autilização subsidiária do método unitário, aplicando­o sempre que dele resultarcrédito tributário superior ao anteriormente recolhido com base na legislaçãoatualmente em vigor, com a qual a proposta se compatibiliza integralmente,conforme demonstra o texto em anexo. A importância desta iniciativa para areforma tributária, da qual constituiria um primeiro passo, reside no fato de que,a partir do agravamento fiscal de um importante segmento da economia – o dasempresas multinacionais, que hoje se encontram praticamente ao abrigo datributação pelo imposto de renda, poder­se­ia dar início à desoneração detributos sobre a produção, de natureza cumulativa, sem comprometer osfundamentos essenciais à saúde da economia brasileira. Para que o trabalhonão se perca no plano eminentemente teórico, encerra­o um ante­projeto delegislação que materializa o conjunto de objetivos perseguidos, tudo com vistasa uma ampla discussão sobre a matéria.

ARAÚJO NETO, Valter Borges de . Tributação da Renda do Trabalho e doConsumo no Brasil: Uma Abordagem Macroeconômica. Brasília : ESAF,2001. 48 p. Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio TesouroNacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Brasília (DF)

O objetivo dessa monografia é calcular, para o caso brasileiro, as alíquotastributárias macroeconômicas médias, referentes ao imposto sobre o consumo,

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ao imposto sobre a renda do trabalho e ao imposto sobre a renda do capital,utilizando valores da arrecadação tributária e da contabilidade nacional, para operíodo de 1975­1999. Uma das principais conclusões do trabalho é o fato de ogravame excessivo, engendrado pela tributação do consumo e da renda dotrabalho, ser extremamente elevado. No que tange à tributação do capital, asbaixas alíquotas encontradas confirmam os resultados obtidos por outrosautores, que mostram que países que tributam mais o consumo e do trabalhotendem a tributar menos a renda do capital. A utilidade das alíquotas tributáriasestimadas, para a modelagem macroeconômica, foi explicitada quando daanálise dos impactos econômicos da tributação. Em particular, foram exploradasas relações existentes entre as alíquotas tributárias estimadas e os principaisagregados macroeconômicos tais como a poupança, o investimento, asexportações líquidas, o número de horas trabalhadas e a taxa de desemprego.Por fim, a comparação dos nossos resultados com aqueles obtidos para paísesindustrializados, utilizando a mesma metodologia, permitiu inserir a questãotributária brasileira em um contexto mais amplo.

BARBOSA, Ana Carolina Silva. A Reforma do Estado e a Importância doControle Orçamentário como Meio de se Concretizar o Princípio daTransparência na Gestão da Coisa Pública. Brasília : ESAF, 2001. 73 p.Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001.Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Belo Horizonte (MG).

O movimento de Reforma do Estado, pelo qual tem passado nosso país nosúltimos anos, tem trazido à tona vários problemas que ainda precisam serdiscutidos com muito afinco pelos administradores, legisladores e doutrinadorespara que objetivos sejam concretizados. Falar de Finanças Públicas hoje éindubitavelmente tratar da Lei Complementar nº 101/2000, a Lei deResponsabilidade Fiscal, que veio propor uma definição clara dos princípios,normas e regras necessários para uma gestão fiscal responsável, e ainda daEmenda Constitucional nº 19/1998, e suas supostas soluções para a SeguridadeSocial. A necessidade de se equilibrar uma arrecadação cada vez maior com umcontrole dos gastos públicos, nos fez entender que a Reforma Tributária nãopode ser vista em separado, uma vez que o equilíbrio orçamentário é o ponto departida para a melhoria das condições sociais do país. Dentro das grandesvertentes metodológicas da pesquisa jurídica, esta se propõe a analisar oconteúdo da legislação e da doutrina. Conforme o desenvolvimento do trabalhovimos que a abordagem não poderia ser somente no âmbito do DireitoConstitucional, mas também do Direito Administrativo, Direito Financeiro, DireitoPrevidenciário e do Direito Tributário. Foram realizadas pesquisas dejurisprudências que complementaram os entendimentos expostos além de umaanálise da vigência e eficácia de vários institutos em questão, caracterizandouma pesquisa Mista. O trabalho tem como objetivos fomentar o estudo do DireitoFinanceiro e da Ciência das Finanças pelos Administradores Públicos elegisladores, ressaltando a importância de uma análise prévia das lições deeconomistas e financistas, no processo de elaboração legislativa e na execuçãodas normas jurídicas financeiras. Dentro desse contexto, procurou­se, nopresente trabalho, abordar, em que medida as alterações legislativas estãocontribuindo para a solução de nossos problemas institucionais, políticos efinanceiros. Demonstrou que a Lei de Responsabilidade Fiscal, que objetivouuma drástica e veloz redução do déficit público e a estabilização do montante dadívida em relação ao Produto Interno Bruto, tem a função importantíssima detentar moralizar a Administração Pública, estabelecendo controles mais rígidos euma participação cada vez maior da população na gestão da coisa pública. Sua

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observância certamente contribuirá para o desenvolvimento de todas as esferasadministrativas. Contudo, vimos que as discussões acerca de alguns temas porela suscitados ainda estão longe de serem solucionados. Com relação à reformaprevidenciária, entendemos que em nada contribuirá para solucionar o principalproblema da Seguridade Social, qual seja, seu déficit orçamentário enquanto secontinuar chancelando o desvio orçamentário das contribuições a eladestinadas. Finalmente, com relação à problemática da Guerra Fiscal,enfrentada pelos Estados membros da federação, vimos que as soluçõesapresentadas pelo governo ainda são insuficientes e fundamentadas em baseserrôneas. A proposta de se unificar a alíquota do ICMS além de ofender asbases do modelo federalista de Estado, não terá o condão de dar fim às disputasentre os Estados­Membros, disputas que podem, de certa forma, seremresponsáveis para o desenvolvimento das regiões menos favorecidas. Pelaanálise da estrutura do ICMS, que se baseia no IVA europeu, entendemos queuma saída bem mais simples e eficaz seria a implantação do princípio dodestino, em contraposição ao princípio da origem, que vigora no atual sistema.As reformas são fundamentais, porém elas não podem ocorrer em confrontocom direitos e garantias fundamentais, conquistados ao longo de tantos séculosde sofrimentos e batalhas, uma vez que os governantes têm a obrigação dezelar por eles e não contribuir para sua implosão. A verdadeira justiça tributáriaconsiste em cobrar de todos, sempre com moderação e observância dasdiretrizes citadas. O cuidado e o controle da atividade administrativa e financeirado Estado, são essenciais ao atendimento das necessidades técnicas ou auniversais de justiça, igualdade do ser humano que o direito busca realizar, masque não são do domínio exclusivo dessa ou daquela ciência, porém fundamentoético comum a todas as demais.

BARBOSA, Luciano Ribeiro. Diretrizes Fundamentais para o Bom Uso dasFinanças Públicas ­ A Lei de Responsabilidade Fiscal Como Nossa MaiorAliada no Combate a Falta de Compromisso Público no Brasil. Brasília :ESAF, 2001. 41 p. Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio TesouroNacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Janeiro (RJ).

No dia 04 de Maio de 2000 entrou em vigor a Lei Complementar n°101conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal. Uma profunda mudança decomportamento necessita ser empreendida por todos os administradorespúblicos do nosso país, são novas normas, procedimentos, limites e condiçõesque serão condizentes a uma melhor governança pública brasileira. De acordocom o que diz o capítulo I Artigo 1°, esta Lei Complementar define Normas deFinanças Públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com odevido amparo legal no capítulo II do Título VI da Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil.Para que todos os governantes passem a seguir regras elimites claros, alcançando o objetivo de administrar as finanças de maneiratransparente e equilibrada, é preciso um esforço político muito grande, porquecaso isso não ocorra, estarão sujeitos a penalidades. Por essas e outrasdiretrizes é que a LRF pode ser considerada de fundamental importância:reforçando os alicerces do desenvolvimento econômico sustentado, sem inflaçãopara financiar o descontrole de gastos do setor público, sem endividamentoexcessivo e sem a criação de artifícios para cobrir os buracos de uma má gestãofiscal. A grande proposta desse trabalho é realizar uma peculiar análise sobre osprincipais itens propostos, apontando a LRF como nosso instrumento de defesae combate ao descomprometimento de determinadas iniciativas públicas, deresponsabilidades deficientes e comprometedoras que encontramos hoje emtermos de Finanças Públicas. Como sabemos o projeto de LRF está associado a

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um sistema de sanções e punições que determina severas penalidades para asentidades públicas e para os governantes que se comportem em desacordo comos princípios e com os limites da gestão fiscal responsável. Apesar disso, oprincipal objetivo da nova lei não se trata da criação de um sistema primitivo, noqual só se cumpre o que a norma determina devido a existência de sanções, eporque as mesmas são aplicadas. A proposta apresentada pela lei é de fato algoinédito, que induz a mudança de comportamento pela assunção decompromissos com resultados, pela criação de mecanismos prévios capazes dedefinir a obtenção desses resultados e pela introdução de instrumentos decontrole social, facilitando esse exercício de cidadania pela transparência dasinformações. Por tudo isso, é que a LRF pode ser considerada de fundamentalimportância: reforçando os alicerces do desenvolvimento econômico sustentado,sem inflação para financiar o descontrole de gastos do setor público, semendividamento excessivo e sem a criação de artifícios para cobrir os buracos deuma má gestão fiscal. Campanhas publicitárias devem ser veiculadas através deiniciativas das autoridades públicas para instruir nossa sociedade a exigir ocumprimento da lei. A participação de membros da sociedade é vital para quehaja um comprometimento maior dos governantes com as questões sociais danossa sociedade brasileira.

BOHRER, Ronald. Implantação do Regime Jurídico Único na PrefeituraMunicipal de Panambi. Brasília : ESAF, 2001. 57 p. Monografia não premiada,apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais deFinanças Públicas, Rio Grande do Sul (RS).

Este trabalho proporcionou a integração dos conhecimentos teóricos naUniversidade com a prática observada na Prefeitura Municipal de Panambi,tornando possível a caracterização da mesma na análise da Implantação donovo Regime Jurídico Único. Para tornar possível a implantação do RegimeJurídico Única na Prefeitura Municipal de Panambi, será necessário aconscientização de todos os servidores envolvidos com a mudança do processo.A Prefeitura Municipal de Panambi numa união de esforços, deverá reveranualmente algumas regras, como o número mínimo de segurados e a receitaprópria. Se for feito um correto cálculo atuarial, e for fixada a alíquota adequadaao critério dos encargos futuros, não importa o número de segurados e nem areceita própria inferior o Fundo de Previdência não apresentará problemas desaúde financeira no decorrer dos anos. Foi observado que a Prefeitura Municipalde Panambi, não possui definido uma Lei própria que estipula o adicional deinsalubridade e periculosidade para os servidores que executam atividadesinsalubres, ou perigosas, os quais deverão receber este adicional sobre os seusvencimentos. Para tanto deverá se criar a Lei, e após esta aprovada, contrataruma empresa especializada que fará um levantamento pericial junto a todos osservidores municipais. Constatou­se através dos levantamentos realizados naPrefeitura Municipal de Panambi, que será possível a implantação do novoregime, o qual trará algumas alterações na Área de Pessoal (folha depagamento), mas será possível um grande benefício financeiro para aorganização em estudo. Como resumo de resultados, verificados sobre a folhade pagamento de maio/99, podemos observar que teremos uma diferençapositiva nos encargos sociais de R$ 13.273,89 e de R$ 12.416,79 no Fundo deGarantia.

BROLIANI, Jozélia Nogueira. Responsabilidade na Gestão Fiscal ­ ContextoHistórico, Planejamento, Leis Orçamentárias, Pessoas Sujeitas à Lei,Controle e Receitas Públicas. Brasília : ESAF, 2001. 81 p. Monografia não

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premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. TópicosEspeciais de Finanças Públicas, Curitiba (PR).

A recente edição no Brasil da Lei de Responsabilidade na Gestão Fiscal, LeiComplementar n. 101, de 2000, tratando de Finanças Públicas, é umacontecimento marcante na história financeira brasileira. Para melhorcompreensão da legislação em análise, é necessária uma compreensãohistórica de fatos que antecederam sua edição e marcaram a condutaorçamentário­financeira dos Administradores Públicos brasileiros, desde 1500,do ponto de vista político, administrativo, financeiro e tributário. A partir dessecontexto histórico, que já demonstra a necessidade de uma legislação rígida decontrole de gastos públicos, passaremos a analisar as normas financeirasconstitucionais voltadas à gestão responsável, para somente após iniciarmos oestudo (que não se esgota nesta obra) de algumas normas da LeiComplementar 101/2000, propondo, quanto a estas, uma interpretação"conforme" o texto constitucional. Para este trabalho elegemos os temasrelacionados ao Planejamento e seus instrumentos; ao Controle e seusmecanismos; às Pessoas sujeitas à LC 101, para finalmente tratarmos dasReceitas Públicas, da Receita Corrente Líquida, e das Receitas Tributárias. Aconclusão que chegamos quanto à Legislação analisada, é pelaconstitucionalidade de suas normas (na interpretação proposta), ante o objetivomoralizador da Administração Pública, que se coaduna com o "novo papel doEstado" (especialmente no modelo adotado após a Emenda 19), desde queentendido este como "mais eficiente, mais social, mais redistributivo".

CAMPOS, Elcio Roberto Queiroz. Perfil de Julgamento das Prestações deContas das Instituições Federais de Ensino Superior Pelo Tribunal deContas da União ­ Um Estudo de Caso. Brasília : ESAF, 2001. 31 p.Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001.Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Campo Grande (MS).

Focaliza o presente trabalho a realidade do Julgamento efetuado pelo Tribunalde Contas da União, por força Constitucional, das Prestações de Contas dasInstituições Federais de Ensino Superior. Menciona a origem e os objetivos daauditoria operacional, destacando as auditorias operacionais de economia,eficiência e eficácia, assim como sua atuação sobre o sistema de mensuração.Focaliza, também, as diversas etapas da auditoria operacional, descrevendosucintamente cada fase, enfatizando a natureza e amplitude dos trabalhos deauditoria e a adequação dos controles internos, tendo como objetivo geral,demonstrar que a ausência de uma unidade de Auditoria Interna adequada,condizente e delineada conforme as disposições legais, nas InstituiçõesFederais de Ensino Superior, pode ser a causa da relativa discrepância nojulgamento das Prestações de Contas. A metodologia utilizada baseou­se emuma pesquisa bibliográfica/descritiva, bem como uma análise em relatórios deauditorias e julgamento de Prestações de Contas realizadas em todas asInstituições Federais de Ensino Superior, no âmbito do MEC, pelo Tribunal deContas da União, para o que se utilizaram, os dados disponibilizados no site queo Tribunal de Contas da União mantém no endereço: www.tcu.gov.br. Pode­seconcluir que a Auditoria Operacional, por intermédio da Auditoria Interna de cadaInstituição de Ensino, se exercida de modo eficaz, constitui­se em um valiosoinstrumento de controle, assessoria e avaliação dos gastos dos recursospúblicos.

CÂNDIDO JÚNIOR, José Oswaldo. Os Gastos Públicos no Brasil são

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Produtivos? Brasília : ESAF, 2001. 40 p. Monografia não premiada,apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais deFinanças Públicas, Rio de Janeiro (RJ).

A preocupação com os efeitos dos gastos públicos na economia é recorrente,sobretudo seus impactos sobre o crescimento econômico. Diversos trabalhosteóricos e empíricos sugerem que os gastos públicos podem elevar ocrescimento econômico, aumentando a produtividade do setor privado. Por outrolado, uma expansão dos gastos públicos financiados por impostos distorcivos ea ineficiência na alocação dos recursos pode superar o efeito positivo dessasexternalidades. O objetivo deste trabalho é analisar empiricamente a relaçãoentre gastos públicos e crescimento econômico no Brasil no período de 1947­95de forma agregada, captando o balanço líquido da participação dos gastos sobreo produto interno, dado que existem fatores que sugerem possibilidadespositivas e negativas. Os valores das elasticidades gasto­produto e o diferencialde produtividade em relação ao setor privado foram negativos. O conjunto deresultados sugere que a proporção de gasto público no Brasil está acima do seunível ótimo e que existem indícios de baixa produtividade. Os efeitos sobre ocrescimento serão mais danosos quanto mais distorcivo for o sistema tributário.

CARVALHO, Carolina Avelino. Uma Análise da Elasticidade Renda do ICMSnas Regiões Brasileiras. Brasília : ESAF, 2001. Monografia não premiada,apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais deFinanças Públicas, Brasília (DF).

A mensuração da elasticidade renda tributária é de grande valia para acaracterização do sistema tributário quanto à capacidade de resposta àsvariações de ordem política ou econômica. Nesse contexto, alguns estudosaplicados a países em desenvolvimento apresentam diferentes metodologiaspara se estimar a elasticidade. Esta dissertação apresenta uma análise daelasticidade renda do imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços ­ICMS ­ nas 5 regiões brasileiras, mensurada a partir dos dados estaduais dearrecadação, do produto interno bruto e da proxy da base tributária durante adécada de 90. Aplicando­se técnicas econométricas de panel data, mensuramostanto a elasticidade renda constante, quanto à elasticidade intertemporal. Aprimeira foi calculada pela metodologia de Mansfield (1972), que expressa estasensibilidade medida por: elasticidade tributária, que exclui os efeitos dasvariações discricionárias, e buoyancy, que mede a resposta total daarrecadação, incluindo todos os efeitos das variações discricionárias. A Segundasegue a metodologia de Osoro e Leuthold (1994), que aplica a transformaçãoBox­Cox com o intuito de captar a existência do grau de flutuação naelasticidade tributária. A grande contribuição deste estudo é a quantificação dasensibilidade da arrecadação do ICMS a variações na renda, o que nos leva aconstatar que a receita do ICMS, de fato, está diretamente ligada à evolução dossetores de atividade econômica. Além disso, verificamos que as elasticidadesrenda do ICMS são realmente flutuantes ao longo da década de 90. Tanto abuoyancy quanto a elasticidade intertemporal estimada para o ICMS, durante operíodo 1990­1999, se apresentaram próximas de um. Por região, no entanto,percebemos que as mais pobres revelam um maior grau de flutuação da receita,o que está de acordo com o esperado, considerando­se que a administraçãotributária destas pode ser muito menos eficiente, além dos efeitos das variaçõesdiscricionárias que costumam ser mais de ordem política do que econômica. Asregiões mais ricas, entretanto, apresentaram baixo grau de flutuação. Aoconsiderarmos a decomposição da elasticidade renda constante, podemos inferir

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questões fundamentais para o diagnóstico do nosso sistema de tributação sobreo consumo. Os resultados encontrados para a elasticidade base­renda sinalizamque pelo menos em quatro regiões do país, um incremento da renda em 1%gera uma elevação da base inferior a 1%. Isso quer dizer que a base efetiva deincidência tributária não cresce na mesma proporção do produto interno daregião, quando a base legal pode estar mais sensível às variações da renda.Outro ponto muito importante é a constatação de que em muitos dos estados aampliação da base tributária exerce pouca influência sobre o totalarrecadado.Dado o processo de ajuste fiscal que o Brasil vem implementando,desde 1998, faz­se mister a realização de uma reforma tributária para garantirum crescimento econômico sustentável no longo prazo, aliado, é claro, àcondução eficiente da política monetária. Sendo assim, mudanças estruturais naeconomia requerem adaptações no sistema tributário, de forma a garantir a basede financiamento governamental e permitir, ainda, a inserção internacional maiscompetitiva do país.

CARVALHO, Marcos Antonio de Sousa. Privatização e Dívida Pública noBrasil. Brasília : ESAF, 2001. 89 p. Monografia não premiada, apresentada noVI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas,Brasília (DF).

O orçamento público é o instrumento que o Estado detém para que possadeterminar para certo período de tempo o montante de recursos a seremarrecadados, bem como os dispêndios a serem efetuados. O orçamento evoluiupara aliar­se ao planejamento, surgindo o orçamento ­ programa comoespecialização. O Orçamento ­ Programa envolve o uso de técnicasorçamentárias que facilita a verificação do grau da intervenção governamentaltendo em vista objetivos e custos econômicos atuais e futuros relativos àexcução dos diferentes programas. Essa técnica apresenta a indissolúvelrelação que deve nortear a atuação da Administração Pública. Na integraçãoplanejamento / orçamento / ação governamental / gasto público está expressa aintensidade com que o governo deseja perseguir seus objetivos. Esses por suavez são determinados juntamente com a sociedade e devem traduzir os planosestratégicos de ação. Atualmente, o processo de estabilização econômica vemcontribuindo para uma maior efetividade do planejamento, principalmente no quediz respeito à estimativa de recursos. No entanto o que é possível constatar éque em Minas Gerais ainda não se da a ênfase devida ao objetivo do gasto, ouseja o estado ainda apresenta uma execução tradicionalista do orçamento, ondeas atenções estão voltadas para a categoria do dispêndio.

CISNE, José Joaquim Neto. A Gestão Participativa como Fator de Eficiência:Uma Proposta para Administração Tributária do Estado do Ceará. Brasília :ESAF, 2001. 80 p. Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio TesouroNacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Fortaleza (CE).

A administração pública, motivada pelas crises e a conseqüente reforma doEstado, tem procurado evoluir do modelo burocrático weberiano para modelosmais flexíveis de gestão. Esses novos paradigmas da gestão pública têm porobjetivo a otimização e a eficiência dos resultados, especialmente quanto aosserviços prestados pelo Estado aos cidadãos. Esta pesquisa constitui umainvestigação de caráter empírico com o objetivo de analisar os efeitos de umamaior participação do cidadão­contribuinte no contexto da administraçãotributária. Procura avaliar os reflexos da participação da sociedade civil e daaccountability na imagem organizacional da instituição fazendária, na disposição

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do contribuinte em cumprir voluntariamente suas obrigações tributárias e naobtenção de uma maior transparência da relação entre a administração tributáriae o cidadão­contribuinte. Tomando­se por base o modelo da administraçãoparticipativa e utilizando­se de todo um instrumental de pesquisa de naturezaquantitativa e qualitativa, procura­se averiguar a percepção de grupospreviamente selecionados sobre a importância da formação de um fórumconstituído por representantes do Estado do Ceará (Secretaria da Fazenda eProcuradoria Geral do Estado), representantes das entidades de classesempresariais (Federações da indústria, do comércio e da agricultura) erepresentantes do cidadão (Assembléia Legislativa do Estado do Ceará,Associações Comunitárias, Ouvidoria do Estado). A partir das abordagensteóricas utilizadas e dos resultados dos dados obtidos pela pesquisa constata­sea viabilidade da implementação desse fórum participativo, objeto de análisedesta pesquisa, no âmbito da administração tributária, considerando­se que omesmo poderá gerar impactos positivos na imagem organizacional e naqualidade dos serviços prestados pela Secretaria da Fazenda do Estado doCeará.

COSSÍO, Fernando Andrés Blanco. Estresse Fiscal como Determinante daElevação do Esforço de Arrecadação Tributária dos Governos EstaduaisBrasileiros. Brasília : ESAF, 2001. Monografia não premiada, apresentada no VIPrêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Riode Janeiro (RJ).

Este trabalho está composto por duas partes. A primeira, analisa a evolução dasfinanças dos estados brasileiros durante o período 1985 – 99. A principalconclusão desta parte é apesar de que os governos estaduais brasileiros nãoaproveitaram o expressivo aumento dos seus recursos disponíveis paramelhorar seus resultados primários, a aceleração da deterioração da suasituação fiscal, exibida no período posterior à estabilização econômica, deveu­seprincipalmente às elevadas taxas de juros resultantes da política deestabilização adotada pelo governo federal que levaram a uma trajetóriaexplosiva da dívida estadual nos últimos anos. Essa interpretação contrasta comvisões predominantes sobre o tema que atribuem à irresponsabilidade fiscal dosestados a maior parcela de responsabilidade pela deterioração da situaçãofinanceira dos estados. Na segunda parte apresentam­se evidências de queestados como maior grau de desconforto financeiro (estresse fiscal), exibiramuma maior eficiência na arrecadação dos seus tributos. Usando o método defronteira estocástica comprova­se que estados com razões dívida consolidada –receita corrente líquida elevadas tiveram um maior esforço de arrecadaçãotributária. Por outro lado, verificou­se que as transferências intergovernamentaisafetam negativamente o esforço de arrecadação tributária. A maior dependêncianeste mecanismo de financiamento leva a perda de interesse pela exploração defontes de recursos próprios.

COVA, Carlos José Guimarães. A Reforma Fiscal no Brasil: Os Mecanismosde Escolha Social e os Fundamentos de um Novo Pacto ConstitucionalTributário. Brasília : ESAF, 2001. 76 p. Monografia não premiada, apresentadano VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas,Niterói (RJ).

O tema relativo à Reforma Fiscal está na pauta das prioridades a seremdiscutidas no Congresso Nacional. A mídia impressa vem dando amplo espaçoao debate, veiculando as opiniões de vários representantes da sociedade, tanto

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na área pública, quanto no setor privado. Críticas a respeito do elevadopercentual de tributos cumulativos no montante total das receitasgovernamentais, tais como a CPMF e a Cofins, são quase que diariamenteapresentadas. Nesse sentido, encontramos a motivação para a realização Opresente trabalho se propõe a responder a seguinte indagação: existe ummecanismo de escolha social amadurecido, bem como proposiçõesconvergentes que permitam a realização de uma reforma fiscal que melhore onível de bem­estar da população brasileira? A análise em tela estará limitadaespacialmente ao domínio do setor público nacional, com breves comparaçõesalienígenas. No sentido temporal, em que pese a breve remissão ao processohistórico da sistemática tributária nacional, o trabalho foca sobretudo o períodoposterior à Constituição federal de 1988. O método adotado será a pesquisabibliográfica simples, com a compilação das principais assertivas eposicionamentos acerca do tema tratado. Para atingir este objetivo,preliminarmente será realizada uma imersão nos fundamentos doutrinários daescolha social, a partir do conceito de optimalidade num sentido de Pareto,avançando pela Teoria da escolha pública de Arrow, com sua pragmática teseda impossibilidade, e as implicações decorrentes da aceitação dos princípiosque este autor enuncia. Dando continuidade, remeteremos a análise para asimpressões de Musgrave, Buchanan, Bergson e Stiglitz, e suas respectivascontribuições para o tema da escolha social. Em seguida, são apresentados osprincípios teóricos de tributação consagrados pela doutrina das FinançasPúblicas, quais sejam, a eqüidade e a neutralidade. O trabalho passa então adescrever os aspectos caracterizadores dos principais tributos do sistema fiscalbrasileiro. Serão analisados o imposto sobre a renda pessoal e seus aspectoseconômicos; o imposto sobre a renda das empresas; o imposto sobre vendas demercadorias e serviços; os impostos sobre o patrimônio; e o imposto sobre ovalor adicionado – IVA. Após a descrição dos principais tributos inicia­se o relatoda evolução histórica do sistema tributário no Brasil, com uma ênfase nadescrição da reforma dos anos 1960, o acompanhamento da evolução da cargafiscal, e o advento da Constituição de 1988 e seus efeitos no sistema tributário.O trabalho trata em seguida do peso que a questão da distribuição de rendadeve assumir no âmbito de qualquer discussão relativa à reforma fiscal. Sãoapresentados e discutidos os quadros que evidenciam a evolução da indigênciae da pobreza no Brasil, em face da ampliação gradativa da participação da cargafiscal como proporção do PIB. Dedicamos um capítulo adicional para apresentarmuitas das questões polêmicas que envolvem os efeitos da incidência detributos específicos, tais como a CPMF e os demais tributos cumulativos, e seusefeitos na competitividade e no funcionamento dos mercados de capitais.Ocapítulo final trata da apresentação das principais linhas de contorno quedeverão orientar os eventuais trabalhos voltados para a reforma fiscal no Brasil.Longe de elencar um conjunto convergente de opiniões e consensos de idéias, otrabalho mostra o elevado grau de sofisticação e capacitação requerido para aempreitada. O trabalho conclui sua análise apresentando um cenário onde aReforma Tributária encontrará um difícil ambiente para sua implementação, sejapela ineficiência dos mecanismos de escolha, ou ainda pela necessidadeurgente de instituir mecanismos de transferências de riqueza. Não obstante,conforme será visto, o nó górdio da questão será a conciliação de interessesdivergentes e antagônicos.

DENOBI, Polyane. Federalismo Fiscal e Reforma Tributária. Brasília : ESAF,2001. Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional –2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Londrina (PR).

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O presente trabalho tem a finalidade de trazer a tona a discussão de temaspolêmicos como o federalismo fiscal e a reforma tributária, tendo como limite aspropostas até agora apresentadas e uma vasta pesquisa de opiniões a respeito.Para facilitar a administração, os Estados têm procurado descentralizar o poder,marco que caracteriza o Estado Federal. O perfil da Federação brasileira,redefinido pela Constituição de 1988, embora atribuindo maior grau deautonomia aos Estados­membros, ainda persiste no Brasil um federalismoafetado por excessiva centralização espacial do poder em torno da UniãoFederal. A autonomia financeira é o penhor da autonomia dos entes federados, eé nela que se insere a análise dos reflexos tributários da federação. Estaautonomia resguarda­se mediante a preservação da competência tributária dosentes da federação havendo a repartição do sistema fiscal tanto no queconcerne à instituição dos impostos como à sua arrecadação, devendo esta seraplicada do modo que lhe convier, ou seja, pelo interesse coletivo, uma vez quea atividade tributária tem por fim a arrecadação de recursos para a satisfação dobem comum. Na Constituição de 1988, a União, pressionada, reduziu o seuespectro de competências tributárias e os Estados e Municípios, ávidos pordescentralização, ampliaram os seus. Porém o resultado foi um sistematributário complexo e desarmônico no seu conjunto. Evidente está a necessidadede uma nova abordagem do problema da repartição de competências tributáriasna federação. Os problemas fiscais devem ser analisados tendo em vista aestabilidade econômica, a distribuição de renda e a promoção do crescimentoeconômico. Para tanto deve­se harmonizar a política tributária paracompatibilizar as demandas federativas com os objetivos nacionais. Ofederalismo fiscal brasileiro é marcado por enormes desequilíbrios na repartiçãodas receitas fiscais. Há o conflito de interesses entre representantes das regiões,sendo que uns defendem a descentralização de competências e outros adescentralização da arrecadação. As tentativas de reformas tributárias foramfadadas ao insucesso pois não contemplavam acordo prévio sobre questõescomo mecanismos apropriados para promover a redução das disparidadesregionais; opções para fortalecer a autonomia política e financeira de Estados emunicípios; o papel a ser desempenhado pelo governo federal no tocante àsustentação de programas sociais; o grau de descentralização compatível comas desigualdades socioeconômicas da federação brasileira. Deve ser destacadoquanto a reforma fiscal o fato de o sistema brasileiro ser demasiadamentecomplexo e precisar ser drasticamente simplificado e os entraves fiscais,representados por pesados ônus à produção, aos investimentos e à exportação,ameaçarem a sustentação de padrões de competitividade compatíveis com asexigências de integração internacional da economia e da modernização do paíse precisam ser rapidamente eliminados. Simplificação e competitividade são oseixos da reforma tributária reduzindo a carga tributária, eliminando acumulatividade das contribuições; dando término à guerra fiscal entre Estados emunicípios; redundo o arbítrio fiscal, valorizando­se os direitos do contribuinteque sustenta os governantes e o Estado.

DROPA, Romualdo Flávio. Reforma do Estado ­ Perspectivas para um NovoBrasil. Brasília : ESAF, 2001. 77 p. Monografia não premiada, apresentada noVI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas,Ponta Grossa (PR).

O presente trabalho tem como objetivo analisar algumas das principaistransformações do último século, no que diz respeito à estrutura administrativado Estado e a mudança de seu papel, que de um caráter tradicionalmente tidocomo o de provedor direto do progresso social e econômico, para uma nova

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responsabilidade em que passa a facilitar e salvaguardar um ambiente propícioonde a sociedade civil e o setor privado são seus "sócios" no desenvolvimentoda nação. A interdependência e a capacidade destes três agentes para seempenharem juntos na construção de um ambiente social digno são essenciaispara a base e manutenção de um efetivo sistema de governabilidade. Assim, odesenvolvimento de um país, compreendido aqui como sendo o crescimentoeconômico e o progresso social é algo quase misterioso, pois depende dacomplexa interação de fatores econômicos, sócio­jurídicos e políticos. Interaçãoesta nem sempre perfeita e acabada. Esse problema complexo não foi, ainda,solucionado por nenhuma das variedades da teoria do desenvolvimento,imperando desde o otimismo até o pessimismo absoluto. O Estado brasileiro,que se tornou mais e mais "inchado" década após década deve promoverreformas que aliviem seu peso e retirem sua presença do setor produtivo,direcionando­o para os segmentos mais importantes de sua área de atuação: asociedade. Assim, nos limitaremos a investigar, de forma sintética, a questão dareforma do Estado, que deixa de ser "empresário" para se tornar "gerencial", eque igualmente se afasta do setor produtivo nacional, avaliando sua carga deresponsabilidades que podem ser transferidas para o setor privado. Analisar­se­á, igualmente, algumas questões em pauta na vida brasileira, atualmente, comoa questão da administração pública, descentralização estatal, Lei deResponsabilidade Fiscal, privatizações, reforma da Previdência, reforma fiscal efederalismo fiscal. A conclusão alcançada com a presente obra, é de que asreformas que hoje se efetivam na estrutura do Estado devem caminhar de modoa garantir, cada vez mais, a descentralização estatal. Também se conclui que,paralelamente às reformas, é necessário o trabalho em prol da manutenção deum quadro macro­econômico e regulamentar, sadio e transparente, sugerindo­se, ainda, um ambiente de regras claras oferecendo visibilidade e legibilidade doresultado das decisões a serem tomadas pelos setores econômicos. Esteselementos contribuem muito para a eficiência do setor privado e envolvemaspectos como a instauração de mecanismos do mercado (sistemas de troca, decomércio, de preços e certos aspectos do sistema financeiro), a simplificação dosistema fiscal, o redimensionamento do Estado e seu afastamento do setorprodutivo, a instauração da concorrência, a desregulamentação e a supressãode regimes discriminatórios de favorecimento. Com as várias reformas que vêmsendo efetivadas, bem como as que ainda se farão, no futuro, o Estado setornará menos "pesado" e pronto para voltar­se novamente ao único fim, oprincipal objetivo que o legitima: a sociedade, garantindo justiça e igualdadesocial.

DURÃES, Marisa Socorro Dias. Desoneração Tributária do ICMS e EsforçoFiscal: Uma Análise dos Efeitos da Lei Complementar 87/96 no Período1997­1999. Brasília : ESAF, 2001. 82 p. Monografia não premiada, apresentadano VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas,Brasília (DF) .

O objetivo deste trabalho é apresentar uma análise da Lei Complementar 87, de10 de setembro de 1996, particularmente no que tange à desoneração do ICMSsobre as exportações de produtos primários e semi­elaborados e aos efeitos dasistemática de ressarcimento por perdas de arrecadação tributária (Seguro­Receita) sobre o esforço fiscal dos Estados. Inicialmente, são abordados osfundamentos econômicos, tributários e financeiros da aludida legislação, quejustificam e sinalizam a importância dessas medidas face ao cenário econômico­tributário vigente à época. No período subseqüente (1997­1999), sãoapresentadas evidências que demonstram o trade­off União­Estados face à

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concepção dispare quanto ao Seguro­Receita. A análise empírica apresentadano trabalho enfatiza as medidas de esforço fiscal contidas na referida legislaçãoe os efeitos da metodologia adotada sobre o repasse de recursos da União aosEstados neste contexto. Apresenta­se, ainda , outra forma de estimativa doesforço fiscal dos Estados utilizando­se um modelo de fronteira tributária(estimado, por analogia, a partir das formulações teóricas dos modelos defronteira de produção estocástica). Os resultados obtidos indicam que o Seguro­receita não engendrou menor esforço fiscal para os Estados que obtiverammaiores ressarcimentos e que apresentam uma pauta mais significativa deexportação de produtos primários e semi­elaborados. Quanto aos demaisEstados, os resultados demonstraram que tais transferências representaramrepasses "livres" de recursos, impactando negativamente o esforço fiscal.

FABRI, Andréa Queiroz. Federalismo Fiscal e Desenvolvimento. Brasília :ESAF, 2001. Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio TesouroNacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Uberaba (MG).

O sistema tributário brasileiro gera grande distorção econômica, prejuízos àcompetitividade da produção nacional e induz à sonegação. Neste sentido, aexperiência canadense de reforma tributária é útil para o debate da reforma doICMS e do IPI. O sistema tributário canadense era complexo, injusto e geravaelevados custos para as empresas e os órgãos arrecadadores. Em abril de1997, o Canadá substituiu o imposto federal sobre bens e serviços e o impostoprovincial sobre vendas a varejo pelo imposto harmonizado sobre vendas emalgumas províncias. A reforma foi bem sucedida. O novo imposto é hoje aplicadoa uma alíquota única sobre uma só base de bens e serviços e a receita édividida entre a província de destino da venda e o governo federal.Esse estudoanalisa a reforma do sistema tributário canadense e a proposta enviada peloPoder Executivo Brasileiro, especificamente a harmonização dos impostos sobrevendas como solução para a questão federativa. A proposta de reforma do IPI edo ICMS está diretamente ligada a essa questão e, se implementada, deve terimpacto expressivo já no curto prazo com a diminuição dos custos das empresase da sonegação e o fim da guerra fiscal entre os estados. No médio e longoprazos, esses benefícios se conjugam com outras reformas fiscais e daPrevidência Social e com o aumento de confiança dos investidores estrangeiros.

FEITOSA, Oliveira Ribeiro. Do Imposto Inflacionário à Elevação da CargaTributária no Brasil: Período de 1.994 a 2.000. Brasília : ESAF, 2001. 45 p.Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001.Tópicos Especiais de Finanças Públicas, São Caetano do Sul (SP).

O presente trabalho procura analisar as principais causas da elevação da cargatributária no Brasil, ocorrida a partir de 1.994, ano de implementação do plano deestabilização econômica – O Plano Real. Verifica­se que a estabilidade depreços eliminou uma importante fonte de receita fiscal do governo, o impostoinflacionário. Estima­se que essa receita representava algo entre 2,5% e 3,5%do PIB, no período de inflação. Em contrapartida, no lado das despesas, verifica­se um aumento real , face à extinção do processo de inflação. Além disso, noperíodo de 1.994 a 2.000, ocorreram três crises internacionais: o México (1994),a crise asiática (1997) e a crise russa (1998). Nesse período, agravou­se asituação externa do país, levando ao aumento significativo das taxas de jurosreais e, conseqüentemente, as despesas dos encargos financeiros. Diante dasconjecturas acima, aliado, a ineficiência do governo em realizar cortesconsistentes em suas despesas não­financeiras e o fracasso da implementação

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de uma reforma tributária, não restou outra alternativa, além do aumento dostributos e contribuições.Do lado da tributação, o governo buscou simplificar alegislação do imposto de renda, modernizar tecnologicamente a administraçãotributária, estabelecer um amplo e contínuo plano de combate a sonegação e decobrança de créditos tributários de inadimplentes, aumento na base decontribuintes (cobrança da cofins dos bancos), majoração na tributação direta (IRPJ e IRPF), aumento nas alíquotas da tributação indireta, como a cofins e pise, finalmente, criação de mais tributos indiretos como, a contribuição provisóriasobre a movimentação financeira – CPMF. Como resultado, dessa política detributação voraz, foi o aumento na carga tributária, para níveis jamais vistos,praticados somente nos países desenvolvidos. A carga tributária saiu de umpatamar de 25%, situação pré­real, atingindo a marca de 33% do PIB no ano2.000. Uma das conclusões do trabalho consiste em enfatizar a opção dogoverno em aumentar a tributação, via tributação indireta, em detrimento dabaixa taxação dos impostos diretos e aqueles incidentes sobre a propriedade. Aforte taxação na tributação indireta, principalmente, aquelas em cascata, onera eelimina o poder de competição econômica de diversos segmentos da economiabrasileira, afetando o equilíbrio no saldo em transações correntes da balançacomercial do país. A perspectiva para os próximos 10 (dez) anos, sem os cortesdas despesas e de uma reforma tributária mais ampla e justa, nos leva a afirmarque a carga tributária no Brasil ficará entre 35% e 40% do PIB.

FELICE, Paulo Afonso de. O Federalismo Fiscal Brasileiro: A Constituição de1988 e o Aumento da Carga Tributária. Brasília : ESAF, 2001. 46 p.Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001.Tópicos Especiais de Finanças Públicas, São Paulo (SP).

Este trabalho irá procurar demonstrar que, com a promulgação da Constituiçãode 1988, houve uma transferência de recursos da União para os Estados eMunicípios, sem contudo, haver uma transferência de encargos para osmesmos. Isso acarretou um aumento do déficit da União, passou a ser cobertovia aumento de impostos federais, com como, diminuição dos investimentos nosórgãos públicos, levando o Estado brasileiro a um estado falimentar. Por outrolado, a reforma fiscal, que na verdade se iniciara na década de 70, aumentou osrecursos, principalmente dos municípios, via Fundo de Participação, os quaispassaram a gastar de forma indiscriminada, com aumento de salários deservidores públicos municipais, em obras sem grande retorno social e, o quetalvez seja mais grave, abandonando a cobrança de recursos próprios. Após aimplantação do Plano Real, em razão da transferência de receitas, o governofederal se viu obrigado a criar novos impostos e a aumentar as alíquotas dosexistentes, aumentando a carga tributária, como forma de financiar seu déficit. Ométodo aqui utilizado foi do levantamento bibliográfico de diversos autores,procurando sempre que possível os representantes das mais variadas correntesde pensamento. Inicialmente, a apresentação teórica dos princípios defederalismo fiscal, para inserir o estudo dentro de um contexto teórico,procurando assim, identificar possíveis distorções existentes. Chegou­se assim,a conclusão de que a atual Constituição consolidou um processo que vinhadesde a década de 1970, que tendia a transferência de recursos por parte daUnião para outras unidades administrativas federadas, sem os repasses dosencargos existentes. Isso levou ao aumento do déficit da União, que foi assim,forçada a criar e aumentar os impostos que não tivessem vinculações, comoforma de cobrir o déficit existente.

FÉLIX, Luiz Fernando Fortes. Os Incentivos Fiscais sob o Escopo da Análise

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Custo / Benefício. Brasília : ESAF, 2001. 80 p. Monografia não premiada,apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais deFinanças Públicas, Belo Horizonte (MG).

O presente trabalho apresenta como a intervenção estatal na economiaencontra­se ainda presente nos dias de hoje, momento de claro resgate dateoria econômica clássica, e como a tributação e as respectivas reações do setorprivado a ela se entrelaçam na dinâmica entre o setor produtivo e o setorpúblico. Considerando­se o sistema tributário em duas vertentes: o sistematributário positivo e o sistema tributário negativo, o primeiro como sendo oconjunto de normas que instituem impostos, taxa e contribuições sociais (nocaso brasileiro) e, o segundo como sendo o conjunto de imunidades, isenções,benefícios e incentivos fiscais dados às empresas, tendo em vista apreexistência de um sistema tributário já formado; pretende­se perceber aeficiência e viabilidade de um sistema tributário negativo no âmbito dos estadosbrasileiros e suas conseqüências para federação. Nestes termos propõe­se fazerum breve balanço sobre as políticas de incentivos fiscais estaduais a indústria ea Guerra Fiscal entre os estados, e sugerir o resgate da metodologia de análisecusto/benefício como referência para a análise de viabilidade dessas políticas.

GONÇALVES, Emanoel Jorge Cavalcante. O Artigo 179 da ConstituiçãoBrasileira como Fonte do Aumento de Arrecadação da Previdência Social.Brasília : ESAF, 2001. 26 p. Monografia não premiada, apresentada no VIPrêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas,Niterói (RJ).

O que foi apresentado na Monografia do Titulo acima, demonstra com clareza asinjustiças que ocorrem dentro e fora da Previdência Social No primeiro caso,pelas condições de vida com que os beneficiários e seus dependentes, das 3primeiras faixas tem que se submeter, para sobreviver com os benefíciosrecebidos. No segundo, pela maneira como esta instituição é usada comoinstrumento político para o beneficio de uma minoria; minoria esta, cuja à maioriajá usufruem dos benefícios das ultimas faixas. Os problemas e soluçõesapresentados visam não só dar um meio de vida mais digno para osbeneficiários das faixas acima, como também, diminuir o déficit que osbeneficiários causam as contas anuais da previdência, atender a uma dasreinvidicações dos empresários das MPE’s, ou seja, o excesso de tributos, e dartambém um pequeno impulso ao reaquecimento do setor. A solução doproblema e o atendimento da reinvidicação acima, seriam alcançados através deuma política de isenções dos encargos gerados nas contratações dosbeneficiários das 3 primeiras faixas de salários da Previdência Social, mantendoos descontos para a mesma sobre os rendimentos dos contratados, masdeterminando limites e condições, para que estas isenções não se tornem uminstrumento para o aumento do desemprego nas outras faixas de salários damão­de­obra contratada. As conseqüências com o alcance dos objetivos acimaseriam, o aumento de arrecadação da Previdência Social, a eliminação e omelhoramento de alguns indicadores econômicos. Eliminações tais como, odesemprego, a diminuição da mão­de­obra informal e a diminuição do númerode falência da MPE’s, com a economia dos encargos gerados nas contratações.Nos melhoramentos nós teríamos, o aumento de arrecadação de tributosgerados em outros setores, com o aumento do poder aquisitivo destesbeneficiários contratados e no reaquecimento do setor das MPE,s, queconseqüentemente ira gerar uma reação benéfica na produção e serviços, comonos custos dos mesmos.

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GOUVÊA, Luciana da. Sanções Institucionais na Lei de ResponsabilidadeFiscal. Brasília : ESAF, 2001. 40 p. Monografia não premiada, apresentada noVI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais de finanças Públicas,Araguari (MG).

Os gestores, frente aos limites na área de Finanças Públicas, sobretudo osinseridos na Constituição Federal pela Emenda n.º 25, de 14 de fevereiro de2000, ou os constantes da Lei de Responsabilidade Fiscal, devem ter postura deacentuada e imperturbável prudência, aplicando, fiel e textualmente, a legislaçãopertinente. A Lei de Responsabilidade Fiscal aplicada aos três níveis degoverno, individualiza responsabilidades de cada poder e de seus titulares, tantona administração pública direta como indireta, delineando aspectos na aplicaçãodas sanções, caso não haja o cumprimento das normas, por parte dos entes ouagentes estatais. Dessa forma, tem por objetivo, referida pesquisa, abordar ascondutas dos entes da Federação que traduzem violação às normas de finançaspúblicas e, ao mesmo tempo, lesão ao patrimônio público ou atentado contra osprincípios da Administração Pública, a fim de obter o permanente equilíbriofinanceiro entre receitas e despesas. Por outro lado, verificar­se­á, ainda, se aaplicação das sanções poderão ser eficazes ou não, caso em que deverá havera efetiva participação da sociedade civil, com a viabilização dos ConselhosComunitários de Fiscalização do Orçamento, em que o cidadão seja partícipeativo no estabelecimento da ordem de prioridade de investimentos e ações. Háprevisão na Lei de mecanismos implícitos de sanção, quando caracterizada ainobservância de princípios de responsabilidade, que parecem mais eficientes,porque vinculam a falta ou inadimplência diretamente a sanções no própriocorrer do processo. Já, as sanções explícitas, quando tipificado ato deirresponsabilidade fiscal do agente estatal, sempre dependem de iniciativaadicional da sociedade ou de seus representantes em forma de recurso àautoridade coercitiva. O método de procedimento adotado na pesquisa teve porbase principal fontes bibliográficas do acervo da Biblioteca do CentroUniversitário do Triângulo – UNIT, de Araguari – MG, obras adquiridas, nocorrente ano, de renomados autores sobre o tema em questão, bem como,incursões à recentes palestras acerca de referido assunto. Assim, extrai­se quea maior parte das sanções contidas na Lei são institucionais e, por conseguinte,de aplicabilidade imediata, isto é, automática, a exemplo, da proibição dereceber transferências voluntárias; nulidade dos atos; proibição na contrataçãode operações de crédito, bem como, na concessão de garantias para a obtençãode empréstimos, e assim por diante. Caberá aos órgãos de controle equilibrar assituações concretas colocadas a seu crivo, norteados sempre pelos princípios damoralidade, legalidade, eficiência e razoabilidade.

JORGE NETO, Paulo de Melo. Guerra Fiscal, Equilíbrio Orçamentário e Bem­Estar: Os Efeitos do Imposto no Destino. Brasília : ESAF, 2001. 32 p.Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001.Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Fortaleza (CE).

O presente trabalho apresenta, através de um jogo dinâmico de informaçãocompleta e imperfeita, os principais aspectos que regem o comportamento dosgovernos na direção da competição fiscal. Considerando o caso onde o impostopor unidade produzida utiliza o princípio do destino, este trabalho analisou seesta sistemática seria capaz de extinguir a Guerra Fiscal entre os estados deuma federação. Concluiu­se que os incentivos a conceder benefícios fiscaiscontinuam existindo, já que o Bem­Estar de um estado é reduzido com aconcessão de incentivos por parte de um estado rival. Um ponto positivo no

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princípio do destino é o mérito de evitar que o equilíbrio orçamentário de umestado seja afetado pela política de isenção fiscal implementada pelo outroestado.

LIMA, Marirone Carvalho. A Operacionalização da Lei de ResponsabilidadeFiscal num Contexto de Parcerias Intersetoriais. Brasília : ESAF, 2001. 45 p.Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001.Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Euclides da Cunha (BA).

O presente trabalho tem como objetivo principal a verificação, mediantepesquisa documental, da possibilidade de que os entes federativos reduzamseus custos e despesas na implementação de ações sociais mediante oestabelecimento de parcerias com outros atores sociais – terceiro setor,sociedade civil e empresas privadas – no sentido de concretizar as políticassociais e, ao mesmo tempo, respeitar a lei de responsabilidade fiscal. Nestesentido, as pesquisas e estudos circunscrevem a análise, observância eoperacionalização da lei complementar 101/00 e, a gestão, execução eviabilização das políticas sociais por meio de parcerias intersetoriais.Caracterizando­se como trabalho dissertativo fundamentado em pesquisadocumental, esta monografia discute a Responsabilidade fiscal, e maisespecificamente, a otimização das aplicações dos recursos públicos, medianteparcerias entre as organizações governamentais e as empresas privadasbrasileiras, a sociedade civil e o terceiro setor, reforçando as contribuições, osinteresses envolvidos e as vantagens e dificuldades ao se estabelecer parceriasdesta natureza. As dificuldades à realização da Parceria são apresentadas,dado­se ênfase ao problema da racionalidade e dos resultados pretendidos namesma, discutindo­se também seus prováveis equacionamentos. Para arealização do referido estudo, parte­se da análise e compreensão da falência doEstado do Bem­Estar Social, da redefinição do seu pape e dos fenômenos daresponsabilidade social empresarial, da emergência do terceiro setor e dacidadania participativa, verificando as atuais abordagens documentais e críticas.Daí, demonstra­se a riqueza desta parceria e o grande aprendizado que cadaparceiro pode levar ao outro, possibilitando não só a consecução do(s) projeto(s)social(ais) defendidos e encabeçados, mas também o desenvolvimentoinstitucional interno de cada parceiro. Por fim, é discutida a lei 9.790/99 que tratado Termo de Parceria: instrumento que permite ao poder público estabelecerparcerias com Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP; aatual agenda político­social brasileira, enfatizando experiências de parceria comoutros setores da sociedade; e, a discussão do Programa Nacional de EducaçãoFiscal – PNEF, abordando aí o seu significado, importância e aplicabilidade nocontexto da lei de responsabilidade fiscal. Como conclusão, é abordado odesenvolvimento sustentável como um desafio imposto aos governos, de modoa promoverem o desenvolvimento econômico e social com responsabilidade eequilíbrio fiscal.

MADALENA, Tarsila Maria Pasa. Discurso x Realidade: A Construção (dasreformas) do Brasil. Brasília : ESAF, 2001. 41 p. Monografia não premiada,apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais definanças Públicas, Caxias do Sul (RS).

Trata o presente trabalho de observar, sob o prisma da Teoria dos Atos de Fala,de John Langshaw Austin, o distanciamento que existe entre o discurso e arealidade na história brasileira. Para tanto, apresenta a Teoria dos Atos de Fala,no primeiro capítulo, recupera alguns exemplos de como a história brasileira

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desde o descobrimento aparece em versões diferentes, se comparada com arealidade. Amplia para questionar sobre o Estado, particularmente o Estadobrasileiro e encaminha­se, finalmente, para a questão das reformas, de quanto éunânime a vontade de reformas no Brasil, e de quanto é difícil fazê­las.

MAGALHÃES, Paula Bicudo de Castro. Simulações da Previdência SocialBrasileira: Estudo de Caso do RJU. Brasília : ESAF, 2001. 92 p. Monografiapremiada em 3 lugar no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais deFinanças Públicas, Brasília (DF).

Um grande processo de revisão dos sistemas previdenciários tem sidoimplementadO em todo o mundo. Uma das justificativas para a necessidadedesse ajuste são as mudanças do perfil demográfico. A principal causa dessamudança é envelhecimento da população. Além disso, o Brasil ainda adota osistema de repartição simples, necessitando ainda mais de um ajuste ao novoperfil da população brasileira. Esse trabalho propõe uma metodologia paraanalisar os resultados das contas da previdência social dos servidores públicos,supondo a implementação de reformas ainda não aprovadas. A análise é feita doponto de vista individual e coletivo. Para a análise coletiva é utilizado um modeloatuarial, onde são calculados os resultados financeiros e quantitativos dosservidores públicos civis. Ressalta­se que a limitação ao estudo apenas dosservidores civis do poder executivo deve­se à indisponibilidade de dados para osmilitares e para os servidores dos outros poderes.Feitas as simulações com omodelo proposto, é possível observar que as reformas, por mais eficazes quesejam, requerem um certo tempo para surtir efeito. O problema do déficitprevidenciário é de estoque, dado que existe uma quantidade muito grande deservidores que já possuem o direito adquirido à aposentadoria seguindo asregras antigas, e não há como esperar resultados no curto e médio prazo. Damesma forma que demorou a se sentir os efeitos dos problemas existentes naestrutura do sistema previdenciário, também emandará tempo para se sentir osefeitos positivos da reforma que impactarão positivamente nas contas públicas.

MELLO, Paulo Madalon de. Identificação de Competências Individuais deServidores Públicos por Meio de Avaliação de Desempenho em umaCarreira Típica de Estado. Brasília : ESAF, 2001. 46 p. Monografia nãopremiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. TópicosEspeciais de Finanças Públicas, Rio de Janeiro (RJ).

Dentro do contexto da Reforma Administrativa, a qual está inserida na Reformado Estado, o governo brasileiro vem criando gratificações salariais dedesempenho para diversas categorias de servidores do Estado, as quaisalmejam incrementar o desempenho e a produtividade dos funcionários por meioda sua avaliação periódica, auxiliando, assim, na prestação de melhoresserviços à sociedade. Os gerentes são os responsáveis pelas avaliações dosfuncionários, cujas notas devem obedecer a determinadas faixas de freqüência,deste modo, os avaliados tem que ser distribuídos em uma curva forçada dedistribuição de notas determinada por lei. Assim nem todos podem ser avaliadoscom a nota máxima. Este trabalho analisou, por meio de modelos multivariados,uma amostra de 194 funcionários ocupantes de um cargo de nível superior deuma carreira federal típica de Estado. O objetivo foi identificar se está sendocaptada, pela avaliação de desempenho, uma estrutura das competênciasindividuais dos funcionários ou se ocorre apenas um rodízio de notas, querepresenta a busca de notas medianas para grande parte do corpo funcional. Os

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funcionários foram examinados cinco vezes, ao longo de 1999, nas seguintesvariáveis pelas suas respectivas gerências: 1) qualidade do trabalho; 2)quantidade produzida; 3) tempestividade; 4) comprometimento e 5)relacionamento. Identificou­se, utilizando­se o aplicativo Statistical Program forSocial Science ­ SPSS, versão 9, função analítica k­cluster e factorial analysis, apresença de três grupos com médias estatisticamente distintas de avaliação dedesempenho ao longo dos cinco períodos de avaliação. Os avaliados possuemalta taxa de rotatividade entre grupos de um momento ao outro ­ 45%, ou seja,dos 194 funcionários, em média, 89 trocam de agrupamento entre períodos, issoreflete as mudanças de notas expressivas recebidas por esses avaliados. Nogrupo com média maior, somente 21,50% dos funcionários tende a permanecernele e o restante, 78,5% tende a cair para os outros dois grupos com menorpontuação. Evidenciou forte rodízio de notas entre os funcionários avaliados pelagerência ao longo de um ano (1999) e, por conseguinte, a inexistência daidentificação de uma estrutura latente de competência intertemporal na amostraanalisada de 194 funcionários ocupantes de um cargo de nível superior de umacarreira federal típica de Estado. A gratificação é utilizada como mero meio deaumento de salário. Desta forma, a gratificação de desempenho, no estudo emquestão, não atende, por enquanto, ao princípio norteador da sua criação, ouseja, identificar os desempenhos excepcionais e premiá­los acima dos demais,incentivando, assim, o incremento de produtividade e de qualidade no serviçopúblico.

MELO André Luis Alves de. Reforma do Estado Brasileiro no ÂmbitoAdministrativo Jurídico e seu Impacto Direto e Indireto nas Finanças.Brasília : ESAF, 2001. 34 p. Monografia não premiada, apresentada no VIPrêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas,Uberlândia (MG).

O trabalho apresentado tem por objetivo principal realizar uma análise docontexto atual da estrutura do estado brasileiro, enfocando a necessidade dereforma jurídica ou do judiciário (para alguns), para que seja implantada areforma política e implantada a democracia efetiva no país, com menorpossibilidade de ocorrerem meios de subterfúgio ou desvios culturais ecomportamentais, reduzindo o custo da burocracia jurídica para permitir adistribuição da riqueza, bem como agir com maior eficiência. Com a globalizaçãofoi possível um maior intercâmbio entre os países, mas tem havido uma certadificuldade em razão das diferenças na estrutura jurídica e legal, a qual resiste amudanças com base em discursos sociais, democráticos, de independência,mas não admitem o controle social e em geral não prestam contas à sociedadepor seus atos. Assim, este trabalho busca dar uma visão sistematizada doaspecto político e cultural da reforma jurídica e seu impacto na estrutura estatale em especial as finanças públicas, através do método comparado, apresentadosugestões e conclusões capazes de reduzir o custo­jurídico e agilizar a soluçãodas demandas, inclusive de soluções alternativas e paralelas de custo menor ede possível maior eficiência, citando exemplos de sucesso no exterior quepoderiam ser adaptados em nosso país, pois a continuar com o sistema atualteremos que fechar escolas e hospitais para construir fóruns. Também no cursodo texto estaremos indicando os possíveis adversários desta reforma, em geral aprópria classe jurídica. No estudo será possível demonstrar que 90% dos casosjurídicos poderiam ser resolvidos em menos de seis meses e que muitasdemandas são estimuladas e poderiam ser evitadas, mas a prevenção é umtema que não interessa à classe jurídica, a qual já conta com um alto quocienteno orçamento, mas ainda diz que é pouco, por não querer mudar a forma de

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gerenciamento, pois prefere fazer um trabalho artesanal, em pleno mundo digitale questionando os estudos científicos com argumentos vazios de conteúdo esofismáticos, sendo incapazes de demonstrar que as conclusões dos estudossão inverídicas, fazendo­se de vítimas em uma situação em que são autores,como será demonstrado.Este trabalho busca iniciar a discussão sobre um temaainda pouco explorado.

MONETA, Simone Tognoli Galati. Tributação da Propriedade Imobiliária eMercado de Terras Urbanas e Rurais. Brasília : ESAF, 2001. 82 p. Monografianão premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. TópicosEspeciais de Finanças Públicas, Brasília (DF).

O foco deste trabalho estabelece­se sobre os dois principais tributos incidentessobre a propriedade imobiliária – ITR (Imposto Territorial Rural) e IPTU (Impostosobre a Propriedade Territorial Urbana) ­, visando aferir o desempenho dessasimposições tributárias vis­à­vis o mercado de terras e, portanto, na maneiracomo a política fiscal, nestes casos, pode regular o acesso, o uso e asatividades econômicas praticadas nos meios rural e urbanos. Serão abordadosaspectos desses dois tributos ­ da concepção à aplicação ­, determinantes paraos diferentes desempenhos citados, objetivando identificar possíveis influênciasda manipulação dos impostos sobre a oferta e a formação de preços de terras,bem como o potencial de intervenção de ambos, enquanto reguladores dessesmercados. O trabalho baseia­se em pesquisa da literatura especializada,levantamento da legislação correlata e dados estatísticos produzidos porinstitutos de pesquisas oficiais. Em linhas gerais, o trabalho aponta para umamaior efetividade do IPTU como instrumento regulador do mercado de terras eapresenta elementos estruturais e conjunturais que impactam negativamente odesempenho dos dois tributos, visando enumerar elementos que possamcontribuir na oportunidade de uma reforma tributária. As conclusõesapresentadas desdobram­se em três hipóteses com potencial explicativo para osdiferentes desempenhos de IPTU e ITR assinalados no escopo do trabalho. Ashipóteses levantadas, quando vistas em conjunto, implicam consideraçõeseconômicas, políticas e técnicas, que procuram explicar o comportamentodiferenciado de ITR e IPTU, qualificando dois distintos graus de potencial deintervenção no mercado de terras. Vale destacar que a potencial contribuição decada um dos tributos na formação de preços de terras podem vir a se concretizara partir de medidas administrativas incrementais ou, plenamente, a partir de umareforma fiscal direcionada para prover efetividade reguladora do mercado deterras aos tributos imobiliários.

NAKAMURA, Akio Assunção. O Papel do Fundo de Participação dosMunicípios ­ FPM ­ na Formação das Finanças Municipais no Estado do RioGrande do Norte: 1989­1997. Brasília : ESAF, 2001. Monografia não premiada,apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais deFinanças Públicas, Natal (RN).

O movimento de descentralização fiscal voltou a se intensificar no Brasil a partirde 1984. Com o objetivo de se adequar a essa nova realidade, o sistematributário nacional passou por ajustes que se refletiram, especialmente, emsucessivos aumentos na receita que compõe o fundo participação dosmunicípios (FPM), transformando­o num componente de crescente importânciaàs finanças de grande parte dos municípios brasileiros (para se ter uma idéia doalcance desta afirmação, basta dizer que atualmente o FPM pode, nosmunicípios menos populosos das regiões norte e nordeste, perfazer mais de

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95% da receita corrente total). Tais volumes de transferências se justificamporque, em tese, estão alinhados aos princípios que regem o federalismo fiscal(ou seja, supõe­se que essas transferências tragam benefícios no que concernea alocação dos recursos públicos e ao avanço do processo democrático). Estetrabalho procurou defrontar dados estatísticos referentes ao Brasil, às regiõesbrasileiras, e, em especial, ao Rio Grande do Norte, a tais princípios e a umconjunto de críticas proferidas ao movimento de descentralização fiscal e aoFPM. Chegou­se à seguinte conclusão: apesar de representar o mais importantecomponente do movimento de descentralização fiscal, o fundo de participaçãodos municípios não cumpre os principais objetivos aos quais se propõe. De fato,algumas das distorções que deveriam ser combatidas por esse fundo tiveramsua manutenção garantida com o fortalecimento do FPM.

NASCIMENTO, Carlos Eduardo do. Reforma Tributária e o Federalismo.Brasília : ESAF, 2001. 98 p. Monografia não premiada, apresentada no VIPrêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas,Uberaba (MG).

O intuito do presente trabalho é apresentar uma abordagem crítica sobre asvárias propostas de reforma tributária no Brasil atual, sobretudo no que se refereà implantação do IVA ­ Imposto sobre Valor Adicionado ­ e seus efeitos sobre oSistema Tributário vigente, bem como sugerir uma verdadeira reforma a partirdos pontos positivos de cada uma das propostas analisadas, utilizando­se, paraisto, um pouco da doutrina estrangeira. Devemos lembrar que a tributação emnosso país remonta à época do Brasil­Império, com o quinto do Pau­Brasil,primeiro tributo criado em nossas terras, que hoje está repleta de tributos sobreas mais diversas formas, que, se forem integralmente contabilizados chegam à"modesta" soma de 58, bem entendido que dentre estes temos inúmeras taxasde serviços, mas que devemos enumerá­las para que não nos pairem dúvidasquanto ao numeral anteriormente citado, o que faremos neste trabalho. Em umoutro momento, será feita a abordagem da Federação Brasileira, do FederalismoFiscal, suas vantagens e desvantagens, pois sabemos que a organizaçãopolíticoadministrativa do Brasil, de acordo com as Constituições brasileirasdesde a proclamação da República, é uma federação de estados autônomos.Durante o Império, o Brasil foi um Estado unitário. Estas duas formas deorganização, federação e estado unitário, são os dois modelos que prevalecemna maioria dos países do mundo. No regime federalista a estrutura do governo édescentralizada, enquanto no sistema unitário o governo é centralizado. Naprática, mesmo nos países que adotam uma forma unitária, existe um certo graude descentralização na estrutura do governo. Isto posto, investigaremos como aestrutura de governo influenciou a distribuição das competências do sistematributário, a origem e as funções do sistema de contribuições sociais e o papeldas transferências intergovernamentais de recursos entre as várias esferas degoverno, no equilíbrio financeiro das mesmas, para então mostrarmos como éfeita a distribuição das competências tributárias entre os vários níveis degoverno e a questão de harmonização versus concorrência de impostos entre osmembros de uma federação (GUERRA FISCAL). A seguir entraremos naevolução do sistema tributário nacional, até os dias de hoje. Daremos uma visãoglobal sobre alguns países que já adotam o IVA em sua legislação tributária, taiscomo a França, que foi o primeiro a adotá­lo, em 1954. No entanto, nãodevemos nos esquecer que este imposto foi desenvolvido em 1919 pelo alemãoW. von Siemens, ‘Veredelte Umsatzsteuer’, e que a Comunidade Européia só oadotou em 1967, tendo sido a partir daquela data que universalizou­se o mesmo.Ainda, estaremos analisando a estrutura tributária de cada um destes Estados,

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os aspectos positivos e negativos do IVA em cada um deles, para só entãopassarmos à análise das propostas de reforma tributária já apontadas no Brasil.Para tanto deve­se ter em mente que o sistema tributário brasileiro foi reformadoem duas oportunidades em período recente, na primeira, na década de 60, e nasegunda, na década de 80. Agora, inúmeras propostas têm sido apresentadas,sendo que apenas algumas foram tão longe quanto estas que estudaremos.Analisaremos também as principais características dos sistemas tributários daConstituição de 1946, da Reforma de 1966 e da Constituição de 1988, dareforma de 1966, que entrou em vigor em 1967, tendo suprimido o Imposto deVendas e Consignações (IVC), um imposto em cascata que incidia sobre ofaturamento, tendo em seu lugar colocando o Imposto sobre Circulação deMercadorias (ICM), um imposto do tipo valor adicionado. Analisaremos tambéma transformação do imposto de consumo federal num imposto do tipo valoradicionado, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Ainda, a reforma de1966, que extinguiu também impostos anacrônicos, como o imposto do selopassando para a órbita federal impostos de política econômica, como osimpostos que incidem sobre o comércio exterior. Veremos também que estareforma criou ainda os impostos únicos sobre combustíveis, minerais,eletricidade e telecomunicações, que tinham como objetivo financiarinvestimentos na infraestrutura do país, tendo no início da década de 70, noGoverno Médici, começado o desmonte daquela reforma, com a recriação doimposto sobre o faturamento das empresas com a contribuição do PIS. Daí pordiante, várias distorções foram introduzidas, desfigurando o sistema tributário de1966. Já a segunda reforma tributária foi feita com a Constituição de 1988. Estareforma alargou a base do ICM, transformandoo no imposto sobre circulação demercadorias e serviços (ICMS), tendo sido extintos os diversos impostos únicos.A Constituição vigente criou ainda o imposto sobre grandes fortunas, que atéhoje não foi implementado, permitiu que contribuições para a seguridade socialtivessem como fato gerador o faturamento das empresas. Um fato marcantedesta reforma foi a falta de equilíbrio no trato da questão federativa, poisaumentouse a transferência de recursos para os Estados e Municípios, semcontrapartida na diminuição dos gastos da União porque foram transferidosencargos, contribuindo para agravar o problema do déficit público. Todavia, olado positivo da reforma da Constituição de 1988 foi a descentralização dofederalismo fiscal brasileiro, que já vinha ocorrendo desde o início da década de80 como uma reação contra a centralização verificada no regime militar de 1964.Não poderia deixar de ser feita neste trabalho uma análise do importante papelque terá o MERCOSUL, nesta nossa reforma tributária, embora, na nossadoutrina pátria, encontremos escritores como Martins, que nos fala: "Os sistemasde impostos e de contribuições de cada um dos membros do MERCOSULpodem ser distintos sem gerar problemas. A política de cada país, noconcernente aos impostos diretos e às contribuições, não afeta a dinâmica doMERCOSUL ou de qualquer agrupamento de países, pois correspondemexclusivamente à política interna de cada um. Devem apenas respeitartratamento isonômico para os produtos nacionais e do espaço regional, com oque a liberdade de imposição é única.

NASCIMENTO, Roberto Sérgio do. Contribuição à Análise da Adoção dosFluxos de Caixa por Parte da Administração Pública após o Advento daLRF. Brasília : ESAF, 2001. 44 p. Monografia não premiada, apresentada no VIPrêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas,Fortaleza (CE).

Trata­se de discussão sobre os regimes de contabilidade aplicados à

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contabilidade governamental, em contraposição ao regime de competência dareceita e da despesa, contido na Resolução CFC n° 750/93. Objetivando iniciar oprocesso de análise, evidencia­se aspectos da aplicação de um, ou outro regimesobre os atos e fatos contábeis. Examina­se ainda a preocupação daadministração pública com o comportamento da receita esperada frente àsnecessidades estatais e a disponibilidade de recursos financeiros. Procura­sedemonstrar a importância crescente no setor público da ótica do fluxo de caixa,principalmente após o advento da LRF. Enfoca­se a questão dos restos a pagar,analisando­os mediante a determinação consubstanciada no art. 42 da LC n°101/2000, assim como à luz da legislação pertinente ao assunto. Por fim,examina­se a possibilidade de anulação de empenhos regularmente emitidospela administração pública, com vista a manter o equilíbrio fiscal, bem como ainfluência do binômio disponibilidade financeira versus autorização orçamentáriasob os chamados fundos especiais.

NIEBUHR, Joel de Menezes. Reflexos da Lei de Responsabilidade Fiscal naLicitação Pública e no Contrato Administrativo. Brasília : ESAF, 2001. 56 p.Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001.Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Florianópolis (SC).

O trabalho pretende abordar as repercussões causadas pela Lei deResponsabilidade Fiscal no regime jurídico da licitação pública e do contratoadministrativo. Trata­se de contrapor ambas as legislações, comparando oscomandos normativos de cada qual, a fim de vislumbrar as relações entre elasexistentes. É sabido que a Lei de Responsabilidade Fiscal possui objetivosaudaciosos, que visam a imprimir novo padrão de conduta no que tange àatividade financeira da Administração Pública. Quer­se romper com o passadorepleto de desmando político, a fim de alcançar austeridade fiscal, equilíbrioentre receitas e despesas e efetivo planejamento das ações governamentais.Em apertada síntese, a Lei de Responsabilidade Fiscal prescreve àAdministração Pública o dever de adequar os seus gastos à realidade, aosrecursos que realmente dispõe. Nesse talante, como a Lei de ResponsabilidadeFiscal pretende regrar o modo de a Administração Pública gerenciar os seusrecursos financeiros, transparece que ela produz importantes reflexos nadisciplina pertinente à licitação pública e ao contrato administrativo. Ora, atravésde contratos administrativos a Administração recebe de terceiros a prestação dediversas utilidades indispensáveis à consecução do interesse público, tais quaisa aquisição de bens, serviços, obras de engenharia etc. Portanto, os contratosadministrativos redundam em boa parte das despesas arcadas pelaAdministração Pública, comprometendo larga fatia do orçamento público, já queenvolvem vultosos montantes de capital. Outrossim, antes de firmar contratos, aAdministração Pública necessita realizar licitação pública, que é o conjunto deformalidades erguido por Lei para assegurar que todos os possíveisinteressados em colher os benefícios econômicos decorrentes da relaçãocontratual sejam tratados com igualdade, vedando discriminações apartadas darazoabilidade. Desta forma, é latente a existência de imbricações entre os trêsinstitutos: Lei de Responsabilidade Fiscal, contrato administrativo e licitaçãopública. Quer­se, por corolário, trazer a lume tais imbricações, esclarecendo osagentes administrativos a respeito da maneira como devem agir com vistas ànova feição dada à Administração Pública.

PANHOCA, Luiz. A Participação do Estado na Indústria Aeronáutica: o CasoEMBRAER. Brasília : ESAF, 2001. 66 p. Monografia não premiada, apresentadano VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas,

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São José dos Campos (SP).

Questionamos neste trabalho o enfoque dado às discussões em torno daprivatização da Embraer ­ Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. A questão ése a Embraer, tem condições de continuar projetando e desenvolvendoprogramas aeronáuticos, sem a participação do Estado, independente do fato deela ser ou não uma empresa privada. Se concluirmos pela possibilidade deexistência da Embraer, sem a alocação de recursos governamentais ousubsídios para sua perpetuidade, então a discussão colocada para a sociedadeestá em nível adequado de profundidade. Se constatarmos a necessidade doEstado manter recursos ou subsídios para a manutenção das atividades deprojeto e desenvolvimento, concluiremos que a discussão atual é apenassuperficial. Para respondermos a este questionamento, fizemos inicialmente,uma análise das saídas conservadoras da crise. Verificamos então, que aprivatização é uma das saídas para a crise do Estado capitalista. Analisamos osargumentos favoráveis e os contrários relacionados com as empresas estatais. Aseguir examinamos as principais características do setor aeroespacial: osparticipantes de um programa; as dimensões do mercado de aeronaves; asmodalidades de intervenção do Estado; a complexidade e a sofisticação dosprodutos; o programa como unidade econômica indivisível e elo de ligação entreagentes e, a interferência da atividade militar na atividade civil. No contextodessas características mostramos o surgimento e o desenvolvimento daEmbraer como indústria de projeto e construção de aeronaves. O surgimento daEmbraer deu­se em um contexto adverso sob todos os aspectos: resistênciainterna a investimentos de alto risco, falta de capacidade tecnológica e industrialadequadas, e um contexto internacional desencorajador, marcado pela altacompetitividade e requisitos de qualidade. Convém relembrar que ascaracterísticas específicas do setor aeronáutico colocam o surgimento daEmbraer como um fato muito pouco comum, tanto a nível interno como no planointernacional. Podemos afirmar que um empreendimento desse porte só setornou possível devido a uma efetiva atuação do Estado e só pode serapropriadamente compreendido dentro de uma percepção estratégico­militar. Ascaracterísticas específicas dessa indústria necessitaram mais do que apenas asimples reserva do mercado local contra produtores (ou produtos) estrangeirosmais eficientes. Provou­se imperativo adquirir e manter um nível tecnológicocompetitivo, que não se restringisse a evitar a competição no interior de nossasfronteiras, mas que tentasse assegurar uma posição conveniente e sustentadano mercado mundial, de modo a proporcionar as necessárias economias deescala.Identificamos, na evolução dos produtos da Embraer, um processo deaprendizagem tecnológica, de capacitação industrial e pessoal, contando comuma participação efetiva do Estado, desde as fases iniciais de sua implantação.Com base nos argumentos apresentados, mostramos que a influência do Estadoé uma das principais características do setor aeroespacial. Dessa forma,independente de ser a Embraer, privatizada ou pública, ela só será viável, comoindústria que projeta e constrói aviões, com uma efetiva participação do Estado.

PEDERIVA, João Henrique. O Banco Central e a Responsabilidade Fiscal.Brasília : ESAF, 2001. 78 p. Monografia não premiada, apresentada no VIPrêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas,Brasília (DF).

O Banco Central do Brasil – Autoridade Monetária detentora do poder de emitirmoeda – está constitucionalmente proibido de financiar o Tesouro Nacional Mashá desarmonia entre o ideal postulado pela Lei Maior e a realidade, assentada

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no ordenamento jurídico infraconstitucional. No plano vertical de limitação dopoder do Estado, esse financiamento fortalece indevidamente a União, emdetrimento dos demais agentes econômicos; no horizontal, representa ahipertrofia do Poder Executivo, amesquinhando os demais Poderes da União.Quer para a segurança jurídica e a estabilidade das instituições, quer para oplanejamento equilibrado da utilização da coisa pública na consecução dasfinalidades da República Federativa do Brasil, faz­se mister aumentar o grau decompreensão dos membros dos Poderes Legislativo e Judiciário quanto aoDireito Financeiro Público e Privado. A partir do exame da legislação positivada,da evolução doutrinária e das decisões judiciais, principalmente do SupremoTribunal Federal, concernentes às finanças públicas e ao Banco Central doBrasil, o trabalho destaca as dificuldades de legitimar as apreciações jurídicasrealizadas no tocante à política econômica, particularmente quanto aorelacionamento entre as vertentes fiscal e monetária. Ao final, sugerem­sealternativas de natureza legiferante para o aperfeiçoamento do quadroinstitucional. Com o implemento das sugestões efetuadas, vislumbra­se soluçãopara as antinomias apontadas. Em particular, o Poder Executivo federal e aAutoridade Monetária poderiam agir de modo mais consentâneo à ideologia deresponsabilidade fiscal postulada pela Constituição Federal, ora desvirtuada pelalegislação infraconstitucional e por decisões judiciais precárias.

PEREIRA, Nélio Alves. O Sistema Tributário Brasileiro a Partir da Década de60 ­ Um Enfoque sobre o Princípio da Eqüidade Tributária. Brasília : ESAF,2001. 38 p. Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio TesouroNacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Brasília (DF).

O que motiva este trabalho é a enorme desigualdade na distribuição de rendaentre os brasileiros, como também a maneira como o ônus tributário recai sobreo conjunto da população. Trata das alterações significativas ocorridas no sistematributário brasileiro, a partir da década de 1960, com ênfase especial quanto aoaspecto do princípio da eqüidade tributária. Uma vez que a discussão daeqüidade tributária passa pela análise de temas como "Bem Estar Social eDistribuição de Renda", esses temas são discutidos de forma paralela eacessória ao presente trabalho. A obtenção dos dados da pesquisa foiconseguida por intermédio de fontes secundárias, exceto quanto aos dadossobre o processo de elaboração da parte tributária da constituição de 1988, cujafonte foi o Diário da Assembléia Nacional Constituinte. Esta metodologia detrabalho se deve à falta de uma fórmula estatística robusta e também à limitaçãode tempo, impedindo uma análise mais aprofundada da real relação que envolvea legislação tributária e a distribuição de renda.Mesmo assim, ancorado nosdiversos estudos já realizados sobre o assunto e na bibliografia citada, permitiu aconclusão de que a distribuição da renda brasileira é altamente concentrada emanteve tal perfil ao longo do período analisado, independentemente do paísestar em processo de crescimento econômico acelerado, médio ou em recessão.Outra conclusão é que o sistema tributário nacional, tanto após a reformatributária da década de 60, que culminou com a criação do Código TributárioNacional (CTN), quanto após a Constituição de 1988, permaneceu dotado decaracterísticas extremamente regressivas, sugerindo que o mesmo contribuipara agudizar o já sofrível quadro da distribuição da renda brasileira. Constata­se, também, que após 1995, o governo FHC, adotou uma série de medidas, quea princípio, indicam que esse quadro de regressividade do sistema tributário foiaprofundado, apesar de que entre os componentes desse governo, estarem osautores de vários trabalhos acerca de como se realizar uma melhor distribuiçãode renda, como também conhecedores privilegiados da questão tributária

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nacional.Finalmente, este trabalho salienta que para alterar o sistema tributárioobjetivando uma maior eqüidade tributária, tanto vertical quanto horizontal, nãonecessariamente precisa reformá­lo constitucionalmente, bastando, na maioriados casos, apenas, de medidas de caráter infraconstitucionais.

PIRES, Henrique Augusto Alarcon. A Credibilidade da Política Fiscal: Um Modelode Reputação para a Execução das Garantias Fiscais pela União junto aosEstados Após o Programa de Ajuste Fiscal e a Lei de Responsabilidade Fiscal.Brasília : ESAF, 2001. 42 p. Monografia vencedora em 1 lugar no VI Prêmio TesouroNacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Brasília (DF).

O tema relativo à Reforma Fiscal está na pauta das prioridades a seremdiscutidas no Congresso Nacional. A mídia impressa vem dando amplo espaçoao debate, veiculando as opiniões de vários representantes da sociedade, tantona área pública, quanto no setor privado. Críticas a respeito do elevadopercentual de tributos cumulativos no montante total das receitasgovernamentais, tais como a CPMF e a Cofins, são quase que diariamenteapresentadas. Nesse sentido, encontramos a motivação para a realização.Opresente trabalho se propõe a responder a seguinte indagação: existe ummecanismo de escolha social amadurecido, bem como proposiçõesconvergentes que permitam a realização de uma reforma fiscal que melhore onível de bem­estar da população brasileira? A análise em tela estará limitadaespacialmente ao domínio do setor público nacional, com breves comparaçõesalienígenas. No sentido temporal, em que pese a breve remissão ao processohistórico da sistemática tributária nacional, o trabalho foca sobretudo o períodoposterior à Constituição federal de 1988. O método adotado será a pesquisabibliográfica simples, com a compilação das principais assertivas eposicionamentos acerca do tema tratado. Para atingir este objetivo,preliminarmente será realizada uma imersão nos fundamentos doutrinários daescolha social, a partir do conceito de optimalidade num sentido de Pareto,avançando pela Teoria da escolha pública de Arrow, com sua pragmática teseda impossibilidade, e as implicações decorrentes da aceitação dos princípiosque este autor enuncia. Dando continuidade, remeteremos a análise para asimpressões de Musgrave, Buchanan, Bergson e Stiglitz, e suas respectivascontribuições para o tema da escolha social. Em seguida, são apresentados osprincípios teóricos de tributação consagrados pela doutrina das FinançasPúblicas, quais sejam, a eqüidade e a neutralidade.O trabalho passa então adescrever os aspectos caracterizadores dos principais tributos do sistema fiscalbrasileiro. Serão analisados o imposto sobre a renda pessoal e seus aspectoseconômicos; o imposto sobre a renda das empresas; o imposto sobre vendas demercadorias e serviços; os impostos sobre o patrimônio; e o imposto sobre ovalor adicionado – IVA. Após a descrição dos principais tributos inicia­se o relatoda evolução histórica do sistema tributário no Brasil, com uma ênfase nadescrição da reforma dos anos 1960, o acompanhamento da evolução da cargafiscal, e o advento da Constituição de 1988 e seus efeitos no sistema tributário.Otrabalho trata em seguida do peso que a questão da distribuição de renda deveassumir no âmbito de qualquer discussão relativa à reforma fiscal. Sãoapresentados e discutidos os quadros que evidenciam a evolução da indigênciae da pobreza no Brasil, em face da ampliação gradativa da participação da cargafiscal como proporção do PIB. Dedicamos um capítulo adicional para apresentarmuitas das questões polêmicas que envolvem os efeitos da incidência detributos específicos, tais como a CPMF e os demais tributos cumulativos, e seusefeitos na competitividade e no funcionamento dos mercados de capitais. O

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capítulo final trata da apresentação das principais linhas de contorno quedeverão orientar os eventuais trabalhos voltados para a reforma fiscal no Brasil.Longe de elencar um conjunto convergente de opiniões e consensos de idéias, otrabalho mostra o elevado grau de sofisticação e capacitação requerido para aempreitada. O trabalho conclui sua análise apresentando um cenário onde aReforma Tributária encontrará um difícil ambiente para sua implementação, sejapela ineficiência dos mecanismos de escolha, ou ainda pela necessidadeurgente de instituir mecanismos de transferências de riqueza. Não obstante,conforme será visto, o nó górdio da questão será a conciliação de interessesdivergentes e antagônicos.

PIRES, Valdemir Aparecido. Reforma Fiscal e Princípios de Tributação.Brasília : ESAF, 2001. 79 p. Monografia não premiada, apresentada no VIPrêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas,Piracicaba (SP).

A adoção dos consagrados princípios teóricos de tributação como respaldoteórico­metodológico das reformas fiscais e tributárias, que é algo que ocorresem que seja anunciado ou até mesmo percebido, consiste na aceitação dalógica mercantil como fundamento das relações governo­contribuintes, tentantoassegurar a liberdade do indivíduo e a igualdade de todos em relação aogoverno. Tais princípios, entretanto, ao contrário do que parece, não são umaaquisição neutramente construída pelo pensamento econômico e político. Portrás deles repousam concepções distintas de sociedade, de governo e darelação sociedade/mercado­governo. Portanto, sua adoção exige cuidado. Oobjetivo do presente trabalho é fazer uma discussão sobre os princípios definanças públicas, partindo de uma reclassificação dos tradicionais princípios detributação e concluindo com uma avaliação crítica de seu significado e de seualcance. Pretende­se, com isto, revalorizar os aspectos teóricos envolvidos pelasreformas fiscais e tributárias, bem como apontar as insuficiências dasconcepções abarcadas no debate e os riscos da falta de fundamentação dasdecisões e ações implementadas com preocupações exclusivamentepragmáticas, geralmente pontuais e fragmentadas. Inicialmente, sugere­se umagrupamento destes princípios, com base em suas características e finalidades,em princípios fiscais (da neutralidade e do maior benefício social) e princípios detributação (do benefício e da capacidade contributiva). Em seguida, passa­se aapresentar os princípios fiscais, procurando evidenciar que o princípio daneutralidade se conecta mais facilmente ao instrumental analítico da ortodoxiamarginalista, enquanto que o princípio do maior benefício social melhor seadequa à visão keynesiana do funcionamento do mercado. Isto feito, inicia­se,então, a apresentação dos princípios de tributação, sendo rapidamenteabordados o seu significado e evolução, além de suas limitações epotencialidade.Ao final são comentadas as críticas que são feitas a cada um dosprincípios fiscais e de tributação e as críticas dirigidas a todo o conjunto deprincípios de finanças públicas. Especial atenção é dada ao fato de haver doisblocos distintos de críticas (político­ideológicas e teórico­técnicas), cada qualpartindo de aspectos diferentes e resultando em distintas conseqüências sobre avalidade teórica ou sobre a possibilidade de aplicação prática dos princípios.Conclui­se que dependendo da avaliação que se tenha do papel do mercado edo governo como provedores de bens e serviços e promotores da estabilidade eda eqüidade, diferentes proposições serão feitas a respeito do que deva fazer ogoverno e a respeito de como deve ele financiar­se, com repercussão sobre otipo de reforma fiscal e de reforma tributária que se possa almejar.

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POSTALI, Fernando Antônio Slaibe. Federalismo Fiscal Enquanto Esquema deSeguro Regional: Uma Avaliação do Caso Brasileiro. Brasília : ESAF, 2001. 86 p.Monografia agraciada com menção honrosa no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001.Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Campinas (SP).

O objetivo deste artigo é verificar se os impostos e transferências servem comoum esquema de seguro regional no Brasil. Estes estabilizadores automáticosredistribuiriam recursos de regiões em que estivessem ocorrendo aumentos derenda para regiões onde a renda estivesse caindo. Eles forneceriam, assim, umaforma de seguro contra flutuações na renda, o que seria importante caso oacesso dos indivíduos ao mercado financeiro fosse mais limitado ou mais carodo que o do Governo. Para o período 1994­1999 conclui­se, utilizando­se dadospara os 26 Estados brasileiros mais o Distrito Federal, que os impostos e astransferências atenuam os efeitos dos choques regionais de renda. A nossametodologia engloba a utilização de modelos de dados de painel, comestimadores de Mínimos Quadrados Ordinários, Variáveis Instrumentais eMétodo Generalizado dos Momentos (GMM). Um aumento de 1% no PIBestadual irá aumentar a arrecadação de impostos federais em cerca de 1,6% emmédia. Por outro lado, um aumento de 1% no PIB estadual reduz astransferências em cerca de 0,86% na média. Quando introduzimos controlespara Efeitos Fixos regionais, o efeito estabilizador ainda pode ser identificado emambos os casos, mas as elasticidades se alteram para 1,75% para aarrecadação e –0,75% para as transferências constitucionais. Por outro lado, ocontrole por efeitos fixos estaduais nos leva a concluir que o sistema federal dealocação de transferências constitucionais apresenta um perfil muito maisdistributivo do que estabilizador. No entanto, deve­se observar que oamortecimento dos choques é maior nos Estados mais ricos, com destaque parao Distrito Federal. Palavras­chave: federalismo fiscal, seguro regional, painel.

PRADO, Márcia de Fátima do. Lei de Responsabilidade Fiscal. Brasília :ESAF, 2001. 78 p. Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio TesouroNacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas, São José dosCampos (SP).

A Lei Complementar 101 de 05 de maio de 2000, Lei de ResponsabilidadeFiscal, é um código de conduta para o Administrador Público que tem comofinalidade à gestão patrimonial dos bens públicos. A Lei de ResponsabilidadeFiscal estabelece normas de finanças públicas dirigidas ao planejamentoorçamentário, às receitas públicas e despesas públicas, às transferênciasvoluntárias, à destinação de recursos públicos para o setor privado, a divida eendividamento público, à gestão patrimonial, à formalidade contábil, ao controlee fiscalização da gestão fiscal, à prestação de contas, à transparência epublicidade dos atos públicos e às penalidades ao Administrador Público pelodescumprimento do dispositivo legal. A lei tem o objetivo de buscar o equilíbriodas contas públicas, limitar o gasto com as despesas mediante adoção detécnicas de planejamento governamental, organizar o controle interno e externo,prevenir e corrigir os desvios apurados em sua execução, cumprir as metaspropostas e principalmente tornar transparentes todos os atos da Administração.

REIS, André Abreu. Emancipação, Autonomia e Dependência Financeira "ONovo Papel Assumido pelos Municípios no Cenário do Capitalismo Global".Brasília : ESAF, 2001. 72 p. Monografia não premiada, apresentada no VIPrêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Belo

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Horizonte (BH).

Este trabalho busca promover uma discussão sobre a atual forma detransferência do FPM e seus impactos. A partir das disfunções geradas por estecritério de distribuição, e de forma geral, pelos pressupostos equivocados emque está calcado o federalismo fiscal brasileiro, são sugeridas alterações noatual critério de transferência do FPM. As conseqüências geradas pelo modeloatual são basicamente as emancipações desenfreadas e o baixo esforçotributário dos municípios. As sugestões surgem a partir de diversas análises dasfinanças públicas municipais de Minas Gerais, tomando como foco adependência dos municípios em relação ao FPM. Como instrumentalmetodológico, são montadas tabelas dinâmicas e a partir delas, feita uma breveavaliação das finanças públicas de Minas Gerais. Posteriormente, são feitosensaios estatísticos mais elaborados por meio de modelos de MínimosQuadrados Ordinários, buscando observar a relação que existe entre o FPM evariáveis socioeconômicas. As sugestões de alteração decorrem da inclusão nocritério de transferência do FPM de índices que recompensem os municípios deacordo seu esforço de arrecadação e de critérios que avaliem o gasto dosmunicípios com suas políticas públicas sociais. Por ultimo, é sugerida diminuiçãono peso do critério populacional.

ROCHA, Ana Cristina Vazquez da. Federalismo Fiscal e Autonomia Local.Discriminação de Rendas e Atribuições Administrativas. Brasília : ESAF,2001. 78 p. Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio TesouroNacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Rio de Janeiro (RJ).

O presente estudo , partindo do conceito de Federação, analisa a maneira comoestão estruturadas as competências dos entes para arrecadar e participar dareceita da arrecadação dos demais, ou seja, de que forma os entes da federaçãoobtém os recursos necessários ao correto exercício de suas atribuições. Busca,também, abordar o problema dos conflitos entre as previsões constitucionaisrelativas à discriminação de rendas e às atribuições dos entes federais,objetivando discutir de que modo a falta de proporcionalidade na divisão derecursos e tarefas entre os diversos entes poderia vir a acarretar a violação àcláusula pétrea do princípio federativo. São discutidos diversos pontos polêmicoscomo a possibilidade de concessão de isenções heterônomas através detratado, a proliferação de municípios sobrevivendo apenas da receita advindados fundos de participação, a possibilidade de alteração do sistema atualmentevigente sem violação de cláusula pétrea, etc. Conclui­se que, apesar de muitosdoutrinadores se colocarem contra a organização federativa (principalmente poresta alegadamente provocar dispersão de recursos, por ensejar a manutençãode diversos aparelhos burocráticos, por favorecer a ocorrência de inúmerosconflitos jurídicos e políticos, como os já abordados, e pela dificuldade em seestabelecer uma planificação global que permitisse um melhor aproveitamentodos recursos disponíveis, já que não se pode obrigar uma unidade federada, a,por exemplo, se enquadrar dentro de um plano da União) , esta forma de Estadopermite que haja uma conjugação de esforços sem que cada parte perca seusparticularismos, sendo portanto, uma forma mais favorável à defesa dasliberdades que o Estado centralizado. Deste modo, a Federação revela­se comoa transplantação para o plano geográfico da tripartição de poderes no planohorizontal, de Montesquieu, com o que se atinge o objetivo de conter o exercíciodo poder político dentro de quadros rígidos, de modo a evitar abusos de poderpor quem o tenha. Cumpre ressaltar que a idéia de federalismo não implicanecessariamente em se estabelecer um tratamento uniforme para todos os

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entes, mas sim em se obter uma unidade, o que pode ser atingido mediante umsistema de cooperação mútua visando a atenuar eventuais desigualdades.Portanto, se por um lado é fato inaceitável existir entes da Federação cuja fontede recursos é exclusivamente o montante das participações constitucionais,também não podemos simplesmente acabar com este mecanismo em prol deum sistema apenas de discriminação de competências tributárias, eliminando­seo sistema de repartição de receitas. No Brasil, há desigualdades sociais eregionais, que tornam medida inócua a simples atribuição de competência a entepobre da Federação, já que em seu território não há circulação de riquezassuficientes para gerar uma arrecadação suficiente para custear os serviços eatividades públicas, ou seja, em última análise, para garantir sua autonomiaadministrativa e financeira. Ao mesmo tempo em que a federação exige otratamento igual de todos os seus componentes, cria uma solidariedade forçadae meramente formal, e se imposta onde não há igualdade de fato é o começo dainjustiça. Neste sentido, a tendência é dos Estados partirem para um federalismocooperativo, e a evolução prosseguirá na linha do desenvolvimento e daconsolidação do federalismo cooperativo para modernizar a estrutura do EstadoFederal.

SAVIOLLI, Valdir. Lei de Responsabilidade Fiscal: Normas Relativas àReceita e Despesa Pública. Brasília : ESAF, 2001. 78 p. Monografia nãopremiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. TópicosEspeciais de Finanças Públicas, São Paulo (SP).

A Lei Complementar n.º 101, de 4 de maio de 2000, conhecida como Lei deResponsabilidade Fiscal, sedimentou algumas normas de finanças públicas,bem como trouxe regras inovadoras à gestão financeira do setor público. Oobjetivo do presente trabalho é descrever e analisar os dispositivos da Lei deResponsabilidade Fiscal relacionados com a receita e a despesa pública ediscutir suas implicações na administração orçamentária do setor público. Paratanto, enfocamos os Capítulos III e IV da Lei Complementar, que tratam,respectivamente, da receita e da despesa pública. Preliminarmente, para permitira compreensão da análise subseqüente, abordamos também o Capítulo I –Disposições Preliminares e o Capítulo II – Do Planejamento. Nas conclusões dotrabalho, sustentamos que a Lei de Responsabilidade Fiscal pode contribuir parapromover mudanças positivas em relação à gestão pública, dando condiçõespara um ajuste fiscal necessário à recuperação da capacidade do Estado decumprir suas funções. Destacamos, porém, que o efetivo cumprimento da normajurídica demanda providências compromissadas com os princípios detransparência e controle social estabelecidos no diploma legal. Na eficienteresolução prática de dúvidas técnicas, bem como de questionamentos jurídicos,reside boa parte do sucesso em alcançar a responsabilidade fiscal. Oatendimento aos requisitos da Lei exigirá um amadurecimento, técnico e político,dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Novas exigências também sãocolocadas para os Tribunais e Conselhos de Contas, encarregados doacompanhamento e fiscalização da gestão fiscal. Finalmente, mesmo logrando­se êxito nas transformações institucionais que requer a plena aplicação danorma jurídica, sua contribuição para o ajuste fiscal do setor público brasileiroencontra limites na própria natureza do déficit fiscal. Isto porque, osdeterminantes principais do desajuste fiscal estão nas altas taxas de juros,determinadas pela política monetária, e na taxa de câmbio, subordinada àpolítica fiscal. São as variáveis chaves que afetam negativamente o nível deendividamento interno e externo do setor público e que estão fora do alcance daLei de Responsabilidade Fiscal.

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SILBERSCHNEIDER, Wieland. A Natureza Comunicativa da Ação Fiscal e oConceito de Responsabilidade Fiscal: A Posição da Lei deResponsabilidade Fiscal no Ordenamento Político­Institucional Brasileiro.Brasília : ESAF, 2001. 83 p. Monografia não premiada, apresentada no VIPrêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas, BeloHorizonte (BH).

O trabalho se dedica à discussão da natureza da ação fiscal e conceituação deresponsabilidade fiscal, buscando, ao final, avaliar a posição da Lei deResponsabilidade Fiscal(Lei Complementar nº 101, de 05.04.00) noordenamento jurídico­institucional brasileiro, segundo os quesitos deresponsabilidade fiscal propostos. O estudo apresenta natureza exploratória,devido ao ineditismo da abordagem, orientando­se pela Teoria da AçãoComunicativa. Discorre sobre a ação fiscal como resultado das negociaçõesentre Governo e Sociedade Civil, mediadas pela Administração Pública, para agestão de receitas e despesas públicas, balizadas por princípios decontributividade social e promoção do desenvolvimento econômico social.Descreve a responsabilidade fiscal como difusão de uma ética discursiva paravinculação da atuação dos governos aos interesses da sociedade, que escolheu­os enquanto agentes para tratar de seus assuntos comuns, concedendo­lhescontribuições para implementarem ações voltadas para o bem­estar . O estudoanalisa a natureza da ação fiscal, a partir de crítica à Economia Clássica, queproduziu um conceito de "finanças neutras", limitado ao "fenômeno financeiro talcomo ele é" e centrado na análise dos agregados econômicos.Mostra que aação fiscal possui uma natureza comunicativa, resultante do entendimento entretrês campos de interesse(Governo, Administração Pública e Sociedade Civil)sobre como processar contribuições privadas e dirigi­las para a promoção dodesenvolvimento econômico e social. Assinala que, do encontro desses campos,resultam quatro arenas negociais, as quais se prestam à negociação dasdimensões burocrático­legal, teleológica e política da ação fiscal. Examina osconteúdos da responsabilidade que resultam de relações de representaçãoagente­principal. Discute que a responsabilidade de agentes se desdobra napromoção de duas dimensões do público: uma de conteúdo (realizar a coisapública) e outra de expressão (comunicar conteúdos), designada comoresponsividade(accountability). Em seguida, passa a discorrer sobre valores(Liberdade, Justiça Social e Segurança) e princípios (Equilíbrio Orçamentário,Eficácia e Legalidade) que conformam a ética discursiva da responsabilidadefiscal. Faz uma breve análise sobre a evolução dos quesitos de responsabilidadefiscal, mostrando que desenvolveram­se através de três jornadas deadensamento e extensão de direitos(civis, políticos e sociais), correspondentes àconsagração, no âmbito das finanças públicas, respectivamente, dos valores daLiberdade, Segurança e Justiça Social. Ao final, a análise dirige­se paraavaliação da posição das principais fontes de responsabilidade fiscal noordenamento político­institucional brasileiro. Para tanto, promove a classificaçãode quatro tipos de fontes (constitucionais, complementares, sociais e decontrole) e verifica sua correlação com os valores e princípios para gestão fiscalresponsável.Conclui que a Lei de Responsabilidade Fiscal apresenta correlaçãomaior com o princípio do Equilíbrio Orçamentário, enquanto os conselhosgestores de recursos públicos se correlacionam marcadamente com o valor daJustiça Social, configurando uma tensão.

SILVA, Eric Moraes de Castro e. Tributação no Setor de Petróleo ­ CaráterTributário da PPE e Razões de sua Ilegalidade. Brasília : ESAF, 2001. 80 p.Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001.

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Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Recife (PE).

O trabalho "Tributação no setor de Petróleo – Caráter Tributário da PPE eRazões de sua Ilegalidade" pretende modestamente inserir no âmbito dasdiscussões sobre a reforma tributária a atual tributação disfarçada que sofre osetor de combustíveis derivados de petróleo através da cobrança denominadaPPE – Parcela de Preço Específica. A referida exação, cobrada quando davenda dos combustíveis pelas refinarias, possui latente caráter tributário.Contudo, sua instituição, recolhimento e destinação não obedeceram nenhumadas diretrizes estabelecidas pela Constituição Federal para a criação dequalquer espécie tributária, razão pela qual a receita da cobrança configura meroenriquecimento ilícito da União Federal e flagrante desrespeito a inúmerasnormas e princípios constitucionais tributários. Para se chegar a essa conclusão,logo no Capítulo I é traçado um breve histórico da tributação do setor decombustíveis, para em seguida demonstrar quando a PPE foi instituída, bemcomo a forma de cálculo e de recolhimento da cobrança. Em sucessivo,demonstra­se os valores da arrecadação do "tributo" nos anos de 1998, 1999 e2000 e finalmente qual o objetivo da Administração Federal ao instituir talexação. Delimitado os contornos gerais do que seja PPE, o trabalho passa noCapítulo II a analisar as noções gerais de tributo, como os aspectos essenciaisdas exações tributárias, a denominação legal do que seja tributo e as váriasacepções que o termo tributo pode assumir. O penúltimo capítulo do trabalho(Capítulo III) confronta as noções gerais de tributo analisadas no Capítulo II comos aspectos objetivos da PPE esmiuçados no Capítulo I. Ao se cotejar osreferidos conceitos, demonstra­se que materialmente a PPE possui indiscutívelnatureza tributária, revestindo­se dos elementos que configuram a espéciedenominada "contribuição de intervenção no domínio econômico". Por fim, oCapítulo IV do trabalho demonstra que mesmo materialmente possuindonatureza tributária, a PPE, formalmente, não pode subsistir no ordenamentobrasileiro, uma vez que não obedeceu aos princípios gerais do direito tributário,tais como a indispensável criação mediante a edição de lei, o respeito àseparação dos poderes e a imunidade objetiva instituída especificamente paraos combustíveis. Assim, chega­se ao objetivo mediato da monografia que não éoutro senão demonstrar o quão absurda e ilegítima é a atual forma de tributaçãodos derivados do petróleo no Brasil. Com essa conclusão o fim imediato dotrabalho exsurge naturalmente: inserir nos debates sobre a reforma tributária atributação específica do setor de petróleo, tudo para se evitar que umaaberração como a PPE persista no sistema tributário que se pretende inaugurar.

SILVA, Fagner Gomes da. Da Adequação da Estrutura Estatal à ConjunturaHodierna. Brasília : ESAF, 2001. 37 p. Monografia não premiada, apresentadano VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas,Londrina (PR).

O trabalho busca traçar as alterações que o estado brasileiro tem vivenciado,bem como as circunstâncias político­econômicas que tem direcionado a máquinapara tais transformações estruturais. Trata também o estudo das dificuldades elimitações impostas ao processo reformista pela Constituição Federal,principalmente naquilo em que toca a forma federal nacional. As reformas noaparelho estatal, as quais são principalmente a Reforma fiscal e previdenciária,Lei de Responsabilidade Fiscal e processo de privatizações. no que concerne,tem caracterizado um redimensionamento das políticas administrativas do Brasil,isso considerando o modelo anterior de intervencionismo econômico nacionalistaexperimentado na década de setenta em oposição ao paradigma hodierno de

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integração internacional. O trabalho limita­se ao estudo da legislação pertinentee a pesquisar doutrinariamente, a partir de estudos anteriores, tanto no campodo Direito como Economia e Ciências Políticas, o fenômeno de transformação domodelo estatal contemporâneo. Conclui­se a monografia corroborando asreformas estatais efetivadas e em curso propostas pelo governo, visto que oaprimoramento do aparelho de Estado se faz de veemente urgência.

SOUSA, Márcia Rodrigues de. Impactos de Variáveis Político­Institucionaissobre o Desempenho Fiscal do Estado. Brasília : ESAF, 2001. 87 p.Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional –2001.Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Brasília (DF).

Compreender a situação fiscal dos Estados brasileiros não é tarefa fácil.Realidades sócio­econômicas distintas convivem com problemas político­administrativos comuns. Esta monografia procura analisar a situação fiscal dosEstados brasileiros no período de 1995 a 2000, sugerindo uma série de fatoresque em maior ou menor grau foram co­responsáveis pelos desequilíbriosvivenciados por esta esfera de governo no período que se sucedeu ao planoReal. Com o auxílio de um modelo econométrico com sistema de equaçõessimultâneas e o método dos mínimos quadrados em dois estágios, variáveispolítico­institucionais tais como governo dividido, dependência de transferênciasfederais, existência de concorrência partidária, assinatura de Programas deAjuste Fiscal, entre outros, foram testadas confirmando que de fato exerceminfluência significativa no desempenho econômico destes entes, sendoimprescindível o conhecimento destas inter­relações para viabilizar eimplementar políticas públicas eficazes.

SOUSA FILHO, Francisco de Assis Lemos de. Reforma Tributária ­ Mudançasno ICMS, na Proposta de Emenda Constitucional nº 175/95 ­ Substitutivo doRelator. Brasília : ESAF, 2001. 70 p. Monografia não premiada, apresentada noVI Prêmio Tesouro Nacional – 2001.Tópicos Especiais de Finanças Públicas,João Pessoa (PB).

Este trabalho tem como objetivo, trazer contribuições fundamentadas aoentendimento das mudanças no sistema tributário nacional, que possam ocorrercom a aplicação do substitutivo do relator da proposta de emenda constitucionalnº 175 de 1995 (PEC175­A/95), notadamente no que se refere aos seusimpactos sobre o imposto sobre o consumo do tipo valor agregado. Procurar­se­á explicitar os componentes deste imposto e a conseqüência que a reformatributária, pretendida no substitutivo exerce sobre o imposto estadual decirculação de mercadorias ­ ICMS. Mais especificamente sobre os aspectos, dasimplificação do sistema tributária, da capacidade de arrecadação, e da cargatributária. Procura­se, no entanto, ir além das análises e interpretações dasinfluências dos aspectos tidos como mais de natureza econômica da tributação.E tenta­se explicar o quanto pesou na aplicabilidade da proposta, os aspectostidos como de natureza político­ideológica e institucional. BRASIL

SOUZA, Josyanne Nazareth Costa de. Reforma do Estado: O Papel Solidárioe Participativo da Sociedade. Brasília : ESAF, 2001. Monografia não premiada,apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001.Tópicos Especiais deFinanças Públicas, São Paulo (SP).

A presente monografia busca analisar a redefinição do papel do Estado em facede uma Nova Ordem Mundial cujo quadro encontra­se marcado pela presençade novos atores que surgem para atuar sob as regras de um novo mundo onde

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Estado é obrigado a desempenhar tarefas múltiplas e por vezes até mesmocontraditórias. Por outro lado, o Estado precisa substituir seus instrumentostradicionais, dada a crescente redução de seu poder de intervenção, controle,direção e indução a fim de superar a crise atual por ele enfrentada. O presentetrabalho busca identificar e analisar a lógica da performance do Estado a qualencontra­se subordinada à lógica do capital e através dela destacar os principaisdesafios a serem enfrentados pela Reforma do Estado, ou seja, quais asestratégias necessárias para que se possa efetuar mudanças efetivas eeficazes. Através da identificação dos pontos acima citados, buscar­se­átambém estabelecer a relação necessária entre Estado e Sociedade através daimplementação de um desenvolvimento participativo que se baseia no equilíbrioentre Princípio de mercado, Princípio de Estado e Princípio decomunidade.Elaborado o mapeamento das questões acima, procuraremosidentificar as possíveis falhas na Reforma do Estado Brasileiro bem como proporpropostas para uma Reforma Efetiva do Estado Brasileiro.

WASILEWSKI, Luís Fernando. A Evasão Fiscal no Brasil: Os Casos do IRPFe das Unidades de Produção da Economia Informal. Brasília : ESAF, 2001.71 p. Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional –2001. Tópicos Especiais de Finanças Públicas, Brasília (DF).

O trabalho A Evasão fiscal no Brasil: os casos do IRPF e das unidades deprodução da economia informal analisa o fenômeno da evasão fiscal, tema muitodebatido e pouco estudado no nosso País. Em seu primeiro capítulo, sãoabordados aspectos gerais da evasão fiscal. Primeiramente, discutem­se aimportância do estudo da sonegação tributária e a similaridade existente, doponto de vista econômico, entre elisão e evasão. Analisam­se os efeitosperniciosos da evasão fiscal, e os vários métodos que podem ser utilizados paracalcular a sua magnitude, levando a que diferentes resultados sejam auferidospara a mesma economia. Alguns estudos já realizados acerca do tema sãomencionados, embora não sirvam de parâmetro para comparação com osresultados deste trabalho. Posteriormente, especula­se sobre os fatores quepodem influir no tamanho da evasão fiscal. No capítulo II, calcula­se a evasãofiscal do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), utilizando o método dopotencial teórico de arrecadação. Compara­se a arrecadação teórica, a que seriaproduzida se todas as obrigações tributárias do imposto fossem cumpridas, coma arrecadação efetiva registrada no período de um ano. A arrecadação teóricafoi estimada com base em informações sobre a renda pessoal da populaçãobrasileira, coletadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Estimou­se que a evasão fiscal do IRPF foi de 21,91% em 1996, 20,02% em1997 e 16,39% em 1998. A evasão fiscal decresceu ao mesmo tempo em queaumentou a carga tributária total, a arrecadação real do IRPF e sua alíquotamarginal. Existe, portanto, uma correlação negativa entre evasão fiscal e essasoutras três variáveis, no caso do IRPF brasileiro. No capítulo III, estudou­se aeconomia informal, enfatizando seus efeitos na arrecadação tributária. Foramestimadas as receitas das empresas componentes da economia subterrânea, noBrasil, em 1997. Haviam 9.477.973 unidades de produção informais, querealizaram aproximadamente 3% dos investimentos totais na economiabrasileira. O não registro das atividades das empresas informais significou umaomissão de receitas de 11,29% e uma sonegação fiscal de 3,5%. Não foramestimados a sonegação tributária das empresas formais que não registraramapropriadamente suas atividades e o lucro das atividades ilícitas. É de sedestacar o pouco potencial arrecadatório da tributação das atividades do setorinformal. Os resultados alcançados são uma contribuição à estimação da

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sonegação tributaria no Brasil. Ressalte­se que o estudo da evasão fiscal totalem um sistema tributário complexo como o brasileiro, com a existência dedezenas de tributos nos três níveis de governo, demanda o exame detalhado dopotencial tributário de cada imposto.

VI PRÊMIO TESOURO NACIONALSISTEMAS DE INFORMACAO PARA A ADMINISTRACAO FINANCEIRA

PÚBLICA

ANDRADA, Reginaldo Figueiredo. Análise Comparativa entre as Formas deGestão Orçamentária da Secretaria de Estado do Turismo de Minas Gerais(SETUR). Brasília : ESAF, 2001. 76 p. Monografia não premiada, apresentadano VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Orçamentos e Sistemas de Informaçãosobre a Administração Financeira Pública, Belo Horizonte (MG).

A escassez de recursos é problema recorrente no setor publico. A racionalizaçãoda utilização desses é buscada pelos governos e gestões. O planejamento e,especialmente, o cumprimento do orçamento público, busca a efetividade naaplicação desses recursos. O presente trabalho estabeleceu uma comparaçãoentre as formas de gestão orçamentária de uma Secretaria de Estado e de umaEmpresa Pública, tomando como exemplo o caso da Secretaria de Estado doTurismo de Minas Gerais ­ SETUR, e da Empresa Mineira de Turismo ­TURMINAS. Ao final do trabalho, é apresentada, ainda, uma proposta de GestãoOrçamentária Integrada para essas duas unidades. A metodologia utilizada foiuma pesquisa diagnóstico, pois explorou o ambiente em análise, levantouproblemas e propôs uma gestão mais eficiente para a gestão orçamentária. Tevecomo requisito uma pesquisa bibliográfica e legal, para a determinação dostermos e legislação referentes ao orçamento. Utilizou­se ainda, pesquisa in locoe a metodologia de entrevistas, para a percepção da realidade prática nosórgãos estudados. Constatou­se que os aparatos legais brasileiros e mineirosestão adequados às funções inerentes do orçamento, operacionalizando oplanejamento governamental. A principal carência do setor público para a efetivainstrumentalização do planejamento é a de recursos humanos técnicos eespecializados. Apontamos os esforços do Estado de Minas Gerais eminstitucionalizar órgãos responsáveis pelo planejamento que antecede oprocesso orçamentário. Ainda foi possível apontar a Empresa Pública comoforma de atuação do Estado na esfera econômica para exercer determinadasatividades. Essas atividades devem ser reguladas e controladas pelo Estado.Apontando os problemas do processo orçamentário, estabeleceram­seestratégias de ação, que constituem­se na proposição, ao final do trabalho, deum modelo de gestão orçamentária integrada para a SETUR e a TURMINAS.Tal modelo tem condições efetivas de ser aplica do à realidade apontada, semimpedimentos de natureza legal ou administrativa. O trabalho espera tercontribuído efetivamente para a evolução do sistema orçamentário no Estado ena administração pública brasileira em geral.

COUTO, Agostinho Santos do. O Plano Diretor da Marinha do Brasil e suaAplicação no Sistema de Orçamento Federal. Brasília : ESAF, 2001. 51 p.Monografia não premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001.Orçamentos e Sistemas de Informação sobre a Administração FinanceiraPública, Brasília (DF).

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A monografia apresenta o Sistema do Plano Diretor, aplicado no Comando daMarinha, como modelo a ser seguido para o aperfeiçoamento do sistema deorçamento federal, principalmente no que diz respeito à elaboração e àintegração do Plano Plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)e da Lei Orçamentária Anual (LOA), de modo que os anseios da sociedadebrasileira sejam materializados na elaboração e na execução do OrçamentoGeral da União. O autor descreve o Sistema do Plano Diretor partindo de suaestrutura funcional e documental, analisando sua dinâmica, que compreende ociclo do Planejamento, de caráter anual e alcance plurianual, e o ciclo daExecução, onde é executada anualmente a peça fundamental do Sistema, que éo Plano de Ação. Também é abordada a integração que já existe entre oSistema do Plano Diretor e o sistema de orçamento federal, o que facilita suaexecução e aprimoramento, bem como propicia reações rápidas a mudançasconjunturais. Essa integração, no entender do autor, facilita a absorção, pelomodelo orçamentário nacional, de características inerentes ao Plano Diretor daMarinha. Sob a ótica do autor, são apresentados os principais problemasatualmente detectados nos processos de elaboração, execução e controle doorçamento, indicando­se as conseqüências desses óbices para as UnidadesOrçamentárias e para a sociedade em geral. Com base nesses problemas,vislumbra­se a adoção de medidas corretivas que, a curto, médio e longoprazos, permitirão o aperfeiçoamento desses processos. A partir das análisesapresentadas, o autor apresenta algumas proposições visando a sanar os óbicesanteriormente apontados e aprimorar o modelo orçamentário introduzido pelaConstituição Federal de 1988, destacando­se: dotar o Plano Plurianual decaráter permanente, sem estipular um prazo fixo para a consecução de todas assuas Ações; a Lei de Diretrizes Orçamentárias seria elaborada após a revisãoanual do Plano Plurianual, estabelecendo prioridades que sejam respeitadas, deacordo com um programa de governo; os valores monetários lançados noProjeto de Lei Orçamentária Anual tem que ser compatíveis com os que constamdo Plano Plurianual; abandonar as séries históricas de execução comoparâmetro para fixar limites da proposta orçamentária; e criação de umacomissão interministerial para acompanhar a elaboração e a execução doorçamento federal. Finalmente, o autor afirma que, com a implementação dasmedidas propostas e a absorção, pelo orçamento, da filosofia do Sistema doPlano Diretor, o sistema de orçamento federal atingirá um novo patamar deeficiência, eficácia, transparência e sintonia com os anseios da sociedade.

GOUVÊA, Josué Alves. A Contabilidade Governamental como Instrumentode Informação Gerencial. Brasília : ESAF, 2001. 32 p. Monografia nãopremiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Orçamentos eSistemas de Informação sobre a Administração Financeira Pública, Nilópolis(RJ).

Trabalho apresentado para concorrer ao VI Prêmio Tesouro Nacional, e que sedestina a profissionais que militam na Contabilidade Pública. Pode ser útiltambém a estudantes de cursos de graduação em Ciências Contábeis, como decursos de extensão ou especialização. Objetiva a despertar os profissionais daContabilidade Pública sobre a importância da reestruturação da Contabilidadenas entidades governamentais, a fim de dar­lhe enfoque gerencial, considerandoo controle nos aspectos da economicidade, eficiência e eficácia. Considera aimportância da apresentação de relatórios apropriados e tempestivos aosgestores e a necessidade do desenvolvimento da Análise de Balanços Públicose de um sistema de Contabilidade de Custos para que haja efetivamente umaContabilidade Pública Gerencial.

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JATENE, Carlos Augusto Sousa. Sistema de Gestão de Programas doGoverno do Pará ­ GP Pará. Brasília : ESAF, 2001. 74 p. Monografia nãopremiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Orçamentos eSistemas de Informação sobre a Administração Financeira Pública, Belém (PA).

O acompanhamento da execução física e financeira das ações de governo emtempo hábil, ou seja, em tempo de proporcionar o gerenciamento efetivo daexecução dos programas de governo, é um problema de todos os estados doBrasil. Configura­se, quase sempre, uma situação sem coordenação e semcontrole, em que o cumprimento das metas fica totalmente à deriva. Ainformação sobre a situação atual das ações chega com muito atraso ao gestore, muitas vezes, com distorções politicamente catastróficas. O Sistema deGestão de Programas do Governo do Pará ­ GP Pará é uma engrenagemsistêmica que integra o Plano Plurianual (PPA), o Orçamento, o Sistema deAdministração de Materiais e Serviços (SIMAS), e o Sistema de AdministraçãoFinanceira (SIAFEM), proporcionando a gestão física e financeira, em temporeal, via Internet, de cada programa de governo, ação por ação, gasto por gasto,município por município, permitindo a tomada de decisão em tempo de evitardistorções que comprometam as políticas governamentais e os compromissosassumidos com o povo. Tendo nascido com a vocação de proporcionaroperações em tempo real, o GP Pará permite que, tanto a recuperação dasinformações quanto a entrada dos dados, sejam feitos em qualquer lugar e emqualquer momento, a partir de qualquer computador conectado à grande rede. Osistema é extremamente rico em gráficos e proporciona a exportação dasinformações para o formato de planilha eletrônica Excel.

MAWAD, Ana Paula de Barros. Sistema de Informação e Cidadania: Um Desafio naGestão de Recursos Públicos. Brasília : ESAF, 2001. 59 p. Monografia premiada em3 lugar no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Orçamentos e Sistemas deInformação sobre a Administração Financeira Pública, Brasília (DF).

Este trabalho discute a necessidade de desenvolver o enfoque pragmático nagestão de recursos públicos, culminando na institucionalização de um sistemade informação capaz de divulgar informação relevante à tomada de decisão docidadão e que propicie o exercício no controle social, inerente ao regimedemocrático.Inicia­se com a contextualização do assunto, no âmbito dastransformações político­administrativas recentes do Brasil e a inter­relação entreinformação e exercício pleno da cidadania, bem como sua importância para aprática da "accountability". A análise discute o papel fundamental dacontabilidade pública nesse processo, enquanto responsável por divulgar àsociedade os resultados da gestão de recursos públicos. O estudo tececomentários acerca de deficiências na evidenciação contábil dos demonstrativosexigidos legalmente e da necessidade de aprimoramento da contabilidadegerencial com foco no cliente­cidadão. Em seguida, procede à análise dosaspectos materiais da informação, destacando a necessidade de sua amplitude,concluindo que para ser relevante é preciso que a mesma seja única e reúnatodos as aspectos quantitativos e qualitativos da gestão de recursos públicos,destacando as implicações envolvidas nesse processo.Por fim, propõe acentralização na divulgação da informação, mediante a institucionalização de umsistema gerencial, com flexibilidade para divulgar a mesma informação sobformatos distintos a fim de atingir o maior número de cidadãos possível, dada adiversidade de níveis de compreensão. Reconhece­se, no entanto, que esse é oinício de um processo e para tornar­se efetivo requer transformações estruturais

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no âmbito da administração publica, nada fáceis de serem implementadas, comoa unificação da informação divulgada e, sobretudo, investimentos emtelecomunicação e tecnologia em rede, para interligar e aproximarcidadãos.Essas dificuldades, entretanto, precisam ser entendidas como desafiosno setor público, uma vez que são exigências da sociedade e que tendem aexpandir­se com o amadurecimento da democracia brasileira.

MELLO, Ivan dos Santos. Sistema de Proposta Orçamentária: A Experiência daJustiça Eleitoral. Brasília : ESAF, 2001. 40 p. Monografia agraciada com mençãohonrosa no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Orçamentos e Sistemas deInformação sobre a Administração Financeira Pública, Belém (PA).

Este trabalho visa apresentar o Sistema de Proposta Orçamentária, o qual foidesenvolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará. O sistema foidesenvolvido devido às inúmeras dificuldades percebidas pela UnidadeOrçamentária, especificamente o setor responsável por orçamento e finanças,para elaborar a proposta orçamentária, desde a captação dos dados junto aosdemais setores do órgão relativos à previsão das despesas para o ano deexercício seguinte até a consolidação dos mesmos. A partir de sua implantação,a elaboração da proposta foi facilitada sobremaneira, ao disponibilizar umaforma padronizada de captação dos dados, com cálculos precisos e dadoscoerentes. O responsável pelo setor orçamentário tem uma visão detalhada dosgastos previstos pelos demais setores, podendo intervir a qualquer momentopara corrigir eventuais distorções, bem como para evitar que as despesasprevistas sejam justificadas insuficientemente, principalmente aquelas comvalores representativos. Cada setor gera sua proposta e o setor orçamentário asconsolida, gerando a proposta orçamentária da UO, a qual é encaminhada aoTSE automaticamente para avaliação. No TSE ocorre um processo semelhante:à medida que as propostas das diversas UOs são recebidas, o responsável pelosetor orçamentário as avalia e consolida e, ao final, gera a propostaorçamentária da Justiça Eleitoral. É importante frisar que este processo pode serepetir diversas vezes, até que o orçamento seja aprovado pelo CongressoNacional. Os resultados alcançados com a utilização do sistema são visíveis:uniformidade dos procedimentos adotados pelas diversas UnidadesOrçamentárias, celeridade do processo, confiabilidade das informações e menorpropensão a erros.

MELO, Bruno Stephan Veras de. Modelo de Previsão para Arrecadação Tributária.Brasília : ESAF, 2001 97 p. Monografia vencedora em 1 lugar no VI Prêmio TesouroNacional – 2001. Orçamentos e Sistemas de Informação sobre a AdministraçãoFinanceira Pública, Brasília (DF).

A presente monografia tem por objetivo principal aplicar novas metodologiaspara a previsão da arrecadação tributária federal, especificamente para oimposto de renda, efetuada pela Secretaria da Receita Federal. As metodologiasestudadas são a de alisamento exponencial, mediante a utilização do algoritmode Holt­Winters sazonal aditivo, e a de modelos sazonais auto­regressivosintegrados de médias móveis, SARIMA, conhecido como a metodologia de Box­Jenkins. A primeira parte da monografia consiste de uma revisão bibliográfica,onde tanto os conceitos básicos sobre séries temporais, como os deestacionariedade e não­estacionariedade, quanto os tradicionais auto­regressivos, de médias móveis e suas combinações são apresentados de forma

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resumida. Mostram­se, também nesta parte, a teoria que embasa asmetodologias de alisamento exponencial e Box­Jenkins e os programascomputacionais utilizados ao longo do trabalho. A seguir, as previsões geradaspelas novas metodologias são mostradas, juntamente com os resultados obtidospelo método utilizado pela Secretaria da Receita Federal, denominado demétodo de indicadores. Os resultados econométricos sugerem a superioridadeestatística das metodologias alternativas baseadas na modelagem das sériestemporais de imposto do renda, para fins de previsão de arrecadação tributária,em relação àquelas obtidas mediante o método indireto de indicadoresimplementando pela Receita Federal. Finalmente, da análise comparativa dosresultados obtidos pelas três metodologias estudadas, recomenda­se umametodologia específica, para cada uma das sub­divisões do imposto de rendaconsiderado no presente estudo, de forma a complementar o método atualmenteutilizado no âmbito da Secretaria da Receita Federal, e poder aprimorar asprevisões sobre a arrecadação deste tributo, fundamental para uma efetivaimplementação das políticas fiscais do País.

MORAES JÚNIOR, Moacir. O crescimento do Déficit Público e o ProcessoDecisório Orçamentário. Brasília : ESAF, 2001. 42 p. Monografia nãopremiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Orçamentos eSistemas de Informação sobre a Administração Financeira Pública, BeloHorizonte (MG).

A análise desenvolvida neste trabalho contempla a definição do papel do Estadona economia, demonstrando, que, de acordo com as tarefas que lhe sãoatribuídas, deve ele dispor de um determinado montante de recursos paradesempenha­las a contento. O primeiro capitulo analisa o orçamento públicoenquanto estabelece ligação entre os sistemas de planejamento e de finançaspela expressão quantitativa, financeira e física. Neste estudo foi possível utilizaro orçamento como meio de descentralização administrativa, de delegação decompetência, de apuração de responsabilidades, não só da organização, mastambém dos gestores. O segundo capitulo analisa a importância que o déficitpúblico adquiriu a partir da dificuldade de se conseguir recursos estrangeiros nadécada de 70, destacando ainda , as políticas econômicas adotadas pelogoverno, a instabilidade resultante das mesmas e o comportamento do déficitpúblico.A crise econômica brasileira, apresenta três ângulos diferentes: Oimpasse na reciclagem da dívida externa, o desequilíbrio das contas internas e aquebra do encanto da promessa de um futuro pleno de perspectivas favoráveis,tanto em termos de aumento de produção interna quanto da expansão deoportunidades de emprego.O grande desafio das autoridades econômicasdeverá ser a formulação de uma estratégia efetiva de redução do déficit público,o que exige decisões difíceis e corajosas. Se o governo conseguir apresentar umplano de estabilização econômica efetivo e consistente com o respaldo de toda asociedade, os bancos credores serão os primeiros a apoiar o Brasil nestaempreitada. A confiança depende fundamentalmente da saúde econômica dopaís.A renegociação da dívida e sua rolagem automática não forçariam oscustos das empresas e o Governo poderia acabar de vez com o famigeradoartifício dos depósitos registrados em moedas estrangeiras no Banco Central.Caminha­se na direção de orçamentos inteligíveis quando se explicita os váriossegmentos dos setor público tais como o fiscal, o empresarial e o monetário.Interligados por uma complexa rede de transferências inter­orçamentárias,dificultam a visão global das contas do governo, tornando impossível o controledo déficit. Se ao fechar um orçamento o problema fosse exclusivamentefinanceiro bastaria elevar as receitas e cortar gastos. Só que isso não corrige

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distorções como preços e tarifas defasadas nem os subsídios implícitos nascontas monetárias. É preciso renovar as regras e as instituições que regulamuma economia em contínua e acelerada transformação. É preciso intervirdiretamente contra o interesse de uma maioria política que corrobora com odéficit público. Seu equacionamento deverá passar por correções nas políticasmonetária e cambial, uma vez que os juros da política monetária somados àinconsistência da política fiscal detonam o aumento do componente deendividamento em detrimento dos gastos com o setor público e investimentos.Há um limite para o endividamento do setor público: déficits permanentes podemelevar a relação dívida/PIB a ponto de comprometer os investimentos do setorprivado e inviabilizar a rolagem dos encargos financeiros da dívida. Neste caso odéficit seria a causa e não o resultado de um processo recessivo.

NEROSKV, Luiz Carlos. Proposta para Aperfeiçoamento do ProcessoOrçamentário Federal. Brasília : ESAF, 2001. 80 p. Monografia não premiada,apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001.Orçamentos e Sistemas deInformação sobre a Administração Financeira Pública, Brasília (DF).

O objetivo do presente trabalho é sugerir medidas que poderão ser adotadaspelo governo federal para aperfeiçoamento do processo de elaboração doorçamento. Tais medidas dizem respeito à integração do orçamento com oplanejamento e ao aumento da capacidade técnica e gerencial da administraçãofederal. Com esse propósito, faz­se uma análise da reforma orçamentária quevem sendo levada a efeito nos últimos anos, principalmente no tocante aosesforços desenvolvidos em 1998/1999 para integração do orçamento com oplanejamento por ocasião da elaboração do Plano Plurianual 2000­2003 e doOrçamento Geral da União para 2000. Conclui­se que a referida reformaorçamentária, em seu estágio atual, apresenta­se incompleta, uma vez queapenas a capacidade de assegurar a obtenção das metas fiscais agregadas foiefetivamente implementada. Desse modo, em face dos reflexos positivosdaquela experiência e tomando como referencial os conceitos e asrecomendações da abordagem da Gestão dos Gastos Públicos, apresenta­seuma proposta no sentido de que a programação do Orçamento Geral da União,sem prejuízo de sua anualidade legal, passe a ser quadrienal, com o objetivo deimplantar uma sistemática de integração efetiva dos processos de orçamento ede planejamento. Apresentam­se, ainda, sugestões complementares paraaumento da capacidade técnica e gerencial da administração federal e oconseqüente aperfeiçoamento da análise das políticas públicas, dos problemassetoriais e das correspondentes ações governamentais, devendo tal intervençãoresultar em maior eficiência alocativa dos recursos e aumento da qualidade dogasto público.

NUNES, Selene Peres Peres. O Modelo do Fundo Comum Aplicado àsInstituições Orçamentárias no Brasil. Brasília : ESAF 2001. 56 p. Monografianão premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Orçamentose Sistemas de Informação sobre a Administração Financeira Pública, Brasília(DF).

O trabalho analisa o problema básico da teoria do fundo comum aplicado aalocação de gastos públicos brasileiro entre as várias áreas ­ educação,transporte, saúde, infra­estrutura, etc. – pois cada Ministério setorial, ao elaborarsua proposta tende a pressionar por maiores gastos em detrimento dos demais.Estuda­se também o momento em que o problema do fundo comum em que atributação é utilizada como fonte de financiamento e quando ocorre

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financiamento através de endividamento. O custo dessa política é transferidopara os períodos seguintes, portanto para os contribuintes futuros. Por fim,verifica­se o problema do fundo comum associado a decisões de gastoregionalmente descentralizadas. Uma estrutura federativa em que há três níveisde governo – União, Estados e Municípios – todos com autonomiaadministrativa, financeira e política, é especialmente suscetível ao problema dofundo comum se considerarmos que todas as possibilidades aqui discutidas sereproduzem em cada nível e que, além disso, há uma expectativa de transferirpara as demais unidades da federação o custo do endividamento. Realiza­seainda um histórico dos recorrentes processos de renegociação de dívidas,buscando ilustrar bem esse comportamento que, novamente, pode ser explicadotanto do ponto de vista individual como político. Tanto os indivíduos ficamsatisfeitos em transferir o ônus para indivíduos de outros entes, como osgovernantes para outros governantes. A falta de transparência mais uma vezsoma­se ao problema do fundo comum através da fraca percepção de comoserão distribuídos os custos pelo conjunto da sociedade. No Brasil, há umacombinação dessas três possibilidades que combinam o problema do fundocomum com a informação imperfeita, ensejando sobre gasto e sobreendividamento. Este trabalho analisa o modelo do fundo comum aplicado àsinstituições orçamentárias no Brasil e suas conseqüências, bem como ospossíveis efeitos nas finanças estaduais das mudanças introduzidas por regrasfiscais, notadamente pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Faz­se ainda umaapresentação do modelo do fundo comum aplicado ao orçamento e à dívida,cujos problemas são potencializados por uma estrutura federativa. Aponta­se osavanços institucionais introduzidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal na áreade planejamento e orçamento, as regras para renúncia de receitas e geração dedespesas, os limites para pessoal e dívida, mostrando como as regras fiscaispodem ajudar a solucionar os problemas do fundo comum. A análise de algunsdados permitiria, ainda que em caráter preliminar, projetar pela primeira vez osimpactos da aplicação de regras fiscais sobre a federação, podendo orientar aformulação de futuras políticas.

PECEGUINI, Edison Eugenio. Análise Comparativa de Métodos de PrevisãoAplicados à Arrecadação do ICMS ­ Estado de São Paulo. Brasília : ESAF, 2001.47 p. Monografia premiada em 2 lugar no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001.Orçamentos e Sistemas de Informação sobre a Administração Financeira Pública, SãoPaulo (SP).

O presente estudo consiste em avaliar diferentes metodologias de previsãoaplicadas à série histórica de arrecadação do ICMS no Estado de S. Paulo.Engloba uma breve revisão do conceito de receita pública, destacando aobrigatoriedade de prevê­la, para, subseqüentemente, salientar a importância doICMS na receita estadual paulista. São focalizadas, de forma sucinta, as basesteóricas de 4 (quatro) metodologias alternativas para previsão, cuja aplicação àsérie de arrecadação do ICMS no Estado de S. Paulo, no período de janeiro de1995 a dezembro de 1999, resultou na obtenção de 4 (quatro) previsões, embases anuais e mensais, sob o enfoque financeiro (ou seja, sob o ponto de vistade caixa), para o ano 2000. Os resultados encontrados foram comparadosatravés do confronto dos valores prospectivos com os valores efetivamentearrecadados em 2000, possibilitando avaliar a qualidade de cada uma dasprevisões e, desse modo, sugerir os métodos mais apropriados e em quecircunstâncias podem ser melhor aproveitados, buscando minimizar os erros deprevisão. Os métodos examinados aplicam­se também às previsões sob o

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enfoque orçamentário. As previsões desenvolvidas neste estudo nãocorrespondem às previsões oficiais elaboradas para o ano 2000 na Secretaria deEstado dos Negócios da Fazenda do Estado de São Paulo. Destacou­se, comomelhor método, aquele baseado na Decomposição Clássica de Série Temporal,que se constituiu em uma mescla de modelo analítico e modelo de previsão,tendo ficado em primeiro lugar quanto aos valores previstos mensalmente e emsegundo lugar no tocante à previsão anual. O Método Convencional, que ficouem quarto lugar no tocante às previsões mensais, foi o que mostrou melhorresultado em termos de previsão anual. Ainda no que se refere às previsõesmensais sob o enfoque financeiro, caso seja adotado período prospectivocorrespondente a um semestre, isto permite o aproveitamento dos outros doismétodos incluídos neste trabalho, a saber: Linha de Tendência e Modelo Auto­regressivo (ARIMA).

RIBEIRO, Renato Jorge Brown. A Construção de um Paradigma para aContabilidade Pública no Brasil. Brasília : ESAF, 2001. 30 p. Monografia nãopremiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Orçamentos eSistemas de Informação sobre a Administração Financeira Pública, Brasília (DF).

O trabalho trata as questões relativas à avaliação das questões quedesembocaram na dicotomia que os sistemas de Contabilidade e Controle seenvolveram em procurar trabalhar as dimensões da legalidade/legitimidade oueficiência/eficácia/ efetividade, terminando por procurar desenvolver as principaisdiretrizes gerais do que seria um sistema de contabilidade gerencial para oBrasil. A monografia está dividida em duas partes: a primeira trata da dicotomiaentre a avaliação de desempenho e o controle da legalidade no âmbito dosistema de contabilidade e controle, e a segunda procura desenhar as principaiscaracterísticas do Sistema de Contabilidade Gerencial. Apresenta uma série depropostas para o desenvolvimento da Contabilidade Pública Gerencial no Brasil.

SANTOS, Aparecida Maria Soares dos. A Formalização da Gestão Pública e aContabilidade. Brasília : ESAF, 2001. 34 p. Monografia não premiada,apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Orçamentos e Sistemas deInformação sobre a Administração Financeira Pública, Uberaba (MG).

Este ensaio se constitui de uma síntese critica sobre o papel da contabilidadecomo apoio gerencial, desenvolvido sob observações contextuais em tempopresente. A primeira parte enfoca o campo observado, bem como traçacaracterísticas ambientais, assim como apresenta alternativas paradesenvolvimento de programas nas diversas áreas da administração tantopública como privada. Fica evidente a importância de diagnosticar asinstabilidades administrativas bem como visualizar deficiências que seconstituem em fator básico para elevar o nível social de um sistema. Na segundaparte são colocadas as diversas atribuições da prática contábil não somente nosetor público, porém evidencia se a necessidade de seu uso de forma gerencialque se constitui de instrumento de análise contextual pesando significativamentena elaboração, execução, como subsídio básico da gestão pública, bem comona avaliação de interatividade entre a iniciativa privada e o poder público que seconstituem na essência organizacional de uma nação. Evidencia­se aresponsabilidade contábil nas relações entre as diversas nações na medida emque cada país participa de um sistema universalizado que para se manter emequilíbrio é necessário que haja um mínimo de correspondência interativa entreos interesses individualizados.

SANTOS, Paulo Sérgio Viana dos. A Importância do Sistema Integrado de

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Administração Financeira no Controle e Gerenciamento da AdministraçãoPública. Brasília : ESAF, 2001. Monografia não premiada, apresentada no VIPrêmio Tesouro Nacional – 2001. Orçamentos e Sistemas de Informação sobrea Administração Financeira Pública, Rio de Janeiro (RJ).

Esta obra trata de Orçamentos e dos Sistemas de Informação sobre aAdministração Financeira Pública, onde de maneira sucinta, evidenciar­se­á aimportância do Sistema integrado de Administração Financeira no Controle eGerenciamento da Administração Pública. Buscarei elucidar um pouco davastidão de assuntos que este tema nos oferece, mas para isso, terei de abordarconceitos diversos, que irão facilitar o entendimento da verdadeira importânciados Orçamentos e dos Sistemas de Informação sobre a AdministraçãoFinanceira Pública, bem como, o Sistema Integrado de Administração Financeirado Governo Federal, marco que revolucionou o trato das informações no âmbitogovernamental. O Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI), foiimplantado através Instrução Normativa nº 022, de 22 Dez 86, da Secretaria doTesouro (STN), introduziu profundas alterações na sistemática adotada no tratodos assuntos de Administração Financeira, Contabilidade e Auditoria. EsteSistema unificou os procedimentos de execução orçamentária e financeira daAdministração Federal e, mediante a utilização do processamento eletrônicopossibilitando diversos benefícios, dentre outros: § A agilização da programaçãofinanceira de desembolso e otimizando, o uso dos recursos do TesouroNacional. § A Contabilidade tornou­se uma fonte fidedigna e tempestiva deinformações gerenciais, destinadas a todos os níveis.§ Os Órgãos de Controleparticipantes do Sistema de Controle Interno fossem providos de mecanismos decontrole da execução orçamentária e financeira, com a padronização, medianteintegração a compatibilização, das informações de que serão providos todos osÓrgãos de Controle Interno.§O Sistema permite o controle diário doprocessamento da execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil,através os terminais de vídeo.O Sistema Integrado de Administração Financeiraveio trazer um novo vigor e transparência em tudo que ocorre na AdministraçãoFinanceira e na Contabilidade Federal, sendo um instrumento forte ao lado dosAgentes Fiscalizadores e um limite para aqueles que movimentam o patrimôniopúblico.

SOARES, Luciene Ribeiro. Considerações sobre uma Sistemática de Custosna Função Saúde do Estado de Minas Gerais, sob a Ótica da AvaliaçãoOrçamentária. Brasília : ESAF, 2001. 87 p. Monografia não premiada,apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Orçamentos e Sistemas deInformação sobre a Administração Financeira Pública, Belo Horizonte (MG).

Nos dias de hoje, surge uma constante preocupação em relação a utilização dosescassos recursos públicos, tornando­se necessários controles baseados naeficiência e eficácia destes. Uma mudança na Contabilidade Governamental,com ênfase na Contabilidade Gerencial, é capaz de permitir, a médio e longoprazo uma melhoria no desempenho dos governos em vários sentidos,refletindo, principalmente, na melhoria da prestação de serviços à sociedade. Aomesmo tempo, se bem aplicada no controle orçamentário pode ser um grandeinstrumento de auxílio para o alcance da transparência das contas públicas.Diante desse contexto, o trabalho desenvolvido tem como objetivo tecerconsiderações sobre a avaliação orçamentária, baseada numa metodologia desistematização de custos, tendo como escopo a Função Saúde no Estado deMinas Gerais. E assim, a partir dos custos unitários dos produtos e serviços

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SUGA, Nelson. Estratégias Gerenciais para Melhoria de Sistemas deInformação para Administração Pública. Brasília : ESAF, 2001. Monografianão premiada, apresentada no VI Prêmio Tesouro Nacional – 2001. Orçamentose Sistemas de Informação sobre a Administração Financeira Pública, Curitiba(PR).

Este trabalho apresenta uma visão gerencial das estratégias sobre melhoria desistemas de informação. Considerações são feitas sobre o papel fundamental dogerente e o ambiente de atuação do gerente, a sua complexidade, os pontoscomuns das atividades gerenciais em informática e os seus desafios. Ossistemas de informação para finanças e orçamentos são fundamentais para osgovernos. Sendo o sistema financeiro federal brasileiro um dos maisdescentralizados, há muitos sistemas de informação ainda a serem feitos ouaperfeiçoados pelos Estados e municípios. Os sistemas de informação sãonotoriamente difíceis de serem desenvolvidos dentro do custo, do prazo e dasfuncionalidades previstas. Para se conseguir melhores resultados emdesenvolvimento e manutenção de sistemas de informação, quatro estratégiasgerenciais são apresentadas: 1 ­ administração pelos princípios, 2 ­ a busca dasimplicidade, 3 – melhoria da segurança e, 4 ­ adaptação de boas práticas. Asimplicidade inclui ações de padronização,normatização e documentação. Estasestratégias produzem como resultado: agilidade nas informações para o governoe para os cidadãos; segurança maior nos sistemas e nos dados; redução decusto total dos sistemas de informação, sem perda na sua funcionalidade edesempenho, de modo a ter maior proporção de recursos aplicados ematividades ­fins do governo; e qualidade de vida melhor para os profissionais daorganização de informática.