deficiÊncia intelectual

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Geisa Costa Giselle Nicolazzi Kai Luciano Spak 2013 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

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Page 1: DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Geisa Costa

Giselle Nicolazzi Kai

Luciano Spak

2013

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Page 2: DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

FAE

CENTRO UNIVERSITÁRIO

Curso de Psicologia

Geisa CostaGiselle Nicolazzi Kai

Luciano Spak

Disciplina: Estudos Psicossociais das necessidades especiais

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“ Nós não devemos deixar que as incapacidades das pessoas nos

impossibilitem de reconhecer as suas habilidades”

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DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

A associação Americana de Retardo Mental (AAMR) descreve a deficiência mental como uma “incapacidade caracterizada por limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo e está expressa nas habilidades praticas, sociais e conceituais, originando-se antes dos dezoito anos de idade ”. (AAMR, 2006, p. 20).

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DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

É a limitação em pelo menos duas das seguintes habilidades: comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho. (RODRIGUES, 2011).

A característica essencial da deficiência mental é um funcionamento intelectual significativamente inferior à média, acompanhado de limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades:

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DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Comunicação, autocuidados, vida doméstica, habilidades sociais/interpessoais, uso de recursos comunitários, autossuficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança (Critério B). O início deve ocorrer antes dos 18 anos (Critério C). (DSM-IV).

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Síndromes de caráter mental

Síndrome de DownSíndrome de AlgemanSíndrome de Rubistein-TaybiSíndrome de Prader WilliEsclerose Tuberosa

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DEFICIÊNCIA INTELECTUALOs sintomas

Área motora (falta de equilíbrio, dificuldade de locomoção);Área cognitiva (problemas de aprendizagem e atenção);Área da comunicação (linguagem e escrita);Área sócio educacional (generalização para novas situações).

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CAUSAS

Aspectos multifatoriais;Difícil determinar uma única causa; Condições genéticas (anomalias cromossômicas);Problemas durante a gravidez;Causas pós-natais;

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CAUSASPré-natais

São os fatores que incidirão desde a concepção até o início do trabalho de parto.

Desnutrição materna;Má assistência à gestante;Doenças infecciosas na mãe: sífilis, rubéola,

toxoplasmose;Fatores tóxicos na mãeFatores genéticos: alterações cromossômicas

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CAUSASPeri-natais

São os fatores que incidirão do início do trabalho de parto até o 30º dia de vida do bebê.

Má assistência ao parto e traumas de parto;Hipóxia ou anóxia (oxigenação cerebral

insuficiente);Prematuridade e baixo peso;Icterícia grave do recém nascido

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CAUSASPós-natais

São fatores que vão incidir do 30º dia de vida até o final da adolescência.

Desnutrição, desidratação grave, carência de estimulação global;

Infecções: meningoencefalites, sarampo, etc.; Intoxicações exógenas Acidentes: trânsito, afogamento, choque elétrico, asfixia,

quedas, etc.; Infestações neurocisticircose (larva da Taenia Soliun).

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CRITÉRIOS DIAGNÓSTICO DSM-IV

Critérios Diagnósticos para Retardo MentalA. Funcionamento intelectual significativamente inferior à média: um QI de aproximadamente 70 ou abaixo, em um teste de QI individualmente administrado (para bebês, um julgamento clínico de funcionamento intelectual significativamente inferior à média).B. Déficits ou prejuízos concomitantes no funcionamento adaptativo atual (isto é, a efetividade da pessoa em atender aos padrões esperados para sua idade por seu grupo cultural) em pelo menos duas das seguintes áreas: comunicação, cuidados pessoais, vida doméstica, habilidades sociais/interpessoais, uso de recursos comunitários, independência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança.C. Início anterior aos 18 anos.

Codificar com base no nível de gravidade refletindo nível de prejuízo intelectual:

F70.9 - 317 Retardo Mental Leve Nível de QI de 50-55 a aproximadamente 70

F71.9 - 318.0 Retardo Mental Moderado Nível de QI de 35-40 a 50-55

F72.9 - 318.1 Retardo Mental Severo Nível de QI de 20-25 a 35-40

F73.9 - 318.2 Retardo Mental Profundo Nível de QI abaixo de 20 ou 25F79.9 - 319 Retardo Mental, Gravidade Inespecificada: quando existe forte suposição de Retardo Mental, mas a inteligência da pessoa não pode ser testada por instrumentos padronizados.

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DIAGNÓSTICO

Três critérios devem ser observados no processo de diagnóstico:o funcionamento intelectual da pessoa, o comportamento adaptativo e a idade do aparecimento ou manifestação dos sinais indicadores de deficiência intelectual.

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DIAGNÓSTICO

Deve ser feito por uma equipe multiprofissional, composta pelo menos de um assistente social, um médico e um psicólogo.

A participação familiar é fundamental no processo de atendimento à pessoa com deficiência mental.

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DIAGNÓSTICO PSICOLÓGICO

Avaliação Psicológica:Testes:

1. WISC-III;

2. Bender;

3. Provas do Diagnóstico Operatório (Piaget);

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DIAGNÓSTICO PSICOLÓGICO

Principais objetivos da avaliação psicológica:

Diagnóstico; Análise compreensiva do funcionamento atual da pessoa (das capacidades, dos problemas ou dificuldades);Planejamento da intervenção (baseando-se nos recursos e dificuldades identificados no sujeito); Os principais domínios a avaliar são o cognitivo, o do comportamento adaptativo, emocional e o do desenvolvimento.

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DM E EDUCAÇÃO

O termo educação alicerça as suas origens no Latim, significando: criar, alimentar, extrair, conduzir;Contém a ideia de um desenvolvimento endógeno, mas condicionadas pelos seus contributos exógenos;PNE X Diversificação;Inclusão X Integração;Deficiência Mental e Desafios Escolares;

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DM E EDUCAÇÃO

Limitações cognitivas significativas X Interação Escolar;Estudo de Vygotsky (defeito-compensação);Proposta inclusiva (constructos teóricos interacionistas); Limitação orgânica e reorganização cerebral;Teoria das Inteligências Múltiplas;Planejamento pedagógico= Conhecer para atuar e planejar para agir;

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Alice: _Poderia me dizer o caminho que devo pegar para ir embora daqui?

Gato: _ Depende para onde você quer ir.

Alice: _ Não me importa muito para onde.

Gato: _ Então não importa que caminho tome.

(Conversa de Alice com o gato in Alice no país das maravilhas – Lewis Carroll)

“ESTABELECER METAS A PARTIR DA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E DO CONHECIMENTO DAS POSSIBILIDADES

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DM E EDUCAÇÃONÍVEIS DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL:Deficientes intelectuais leves:Aprendizagem lenta;Capacidade de dominar habilidades acadêmicas

básicas;Capacidade de adaptação social e pessoal;Capacidade de frequentar escola comum em classe

especial ou regular.

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DM E EDUCAÇÃO

Deficientes intelectuais Moderados:Atraso significativo na aprendizagem;Distúrbios psicomotores visíveis;Adaptação a programas sistematizados;Capacidade de formar hábitos higiênicos de rotina;Capacidade de ajustamento satisfatório em relação

à família, à escola e à comunidade.

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DM E EDUCAÇÃO

Deficientes intelectuais Severos:Acentuado prejuízo na comunicação;Acentuado prejuízo na mobilidade;Alcance de resultados no trabalho condicionado e

repetitivo, com supervisão e ajuda constantes.Dependência completa;Limitações extremamente acentuadas na

aprendizagem.

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INTEGRAÇÃO, DEFICIÊNCIAMENTAL E EDUCAÇÃO

A escola regular: transformação;“Só ganha sentido se ele conseguir algo mais que juntar letras”;Educação Especial X Ensino Especializado X Escola regular;

Desafios atuais: O papel do professor; Diversificar e não estigmatizar; O papel do PNE.

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Questões Práticas

Graus de complexidade e intensidades de apoio para o PNE;agir de acordo com as possibilidades e limitações de cada indivíduo, estabelecendo o programa mais adaptado;Evitar objetivos exigentes;Aceitação e reconhecimento da pessoa;Autonomia.

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DISCUSSÃO

Estigmatização do PNE;Dificuldades de inclusão;Rótulo e descrédito;Necessidade de intervenções familiares.

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PLANO DE INTERVENÇÃOÁrea clínica

Abordagem cognitivo- comportamental; Princípios das teorias da aprendizagem; Análise e modificação de comportamentos; Princípios da extinção dos comportamentos indesejáveis; Substituição pelos desejáveis; Análise do ambiente e intervenções.

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PLANO DE INTERVENÇÃO

Avaliação clínica Entrevista clínica Análise funcional das relações estabelecidas entre pais e filhos, com a premissa de que a família é o principal modelador de comportamentos. Treinamento com os pais;Traçar um plano de tratamento Treinamento com as crianças Modelagem comportamentalUso do lúdico.

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PRINCIPAIS OBJETIVOS

Sociabilização;Independência;Destreza;Domínio do corpo;Capacidade perceptiva;Capacidade de representação mental;Linguagem;Afetividade.

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DISCUSSÃO

Estigmatização do PNE;Dificuldades de inclusão;Rótulo e descrédito;Necessidade de intervenções familiares.

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REFERÊNCIAS

RODRIGUES,Cinthia. Formas criativas para estimular a mente de alunos com deficiência. Salvador, 2011. Disponível em:

http://praticasinclusivas.files.wordpress.com/2011/04/deficic3aancia-intelectual.pdf

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores.São Paulo: Martins Fontes, 1991.

SEESP, SEED, MEC. Atendimento Educacional Especializado- Deficiência mental: Brasília, 2007.

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REFERÊNCIASCOLL, César; MARCHESI, Álvaro; PALACIOS, Jesús. Desenvolvimento psicológico e educação. Artmed: Porto Alegre, 2008.

GUILHARDI, Abreu. Terapia Comportamental e Cognitivo- comportamental. Roca: Rio de Janeiro, 2004.

SAAD, Suad Nader. Preparando o caminho da inclusão. Vetor: São Paulo, 2003.

SANTOS, Patricia. A deficiência mental: Medipédia, 2012.

Disponível em:

http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=900

TELEFORD, Charles W; SAWREY, James M. O individuo excepcional. Zahar: Rio de Janeiro, 1978.

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O CAMINHO DA INCLUSÃO

Utopia?

A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar ” (Eduardo Galeano).