decifrando a terra - cap 8 - intemperismo e formação dos solos

5/13/2018 Decifrando a terra - cap 8 - intemperismo e forma o dos solos

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140 DEC :1F RAN D' 0 A 'T ERR A

ahitamos a superffcie da Terra e dependemos,pam vivcr, dos materiais disponivcis, Estes, em

sua maior parte, sao produto das transformacoes quea crn stu terrestrc 1'01"I 'e na interacao co m a atmosfera,a hidrosfera t' H biosfcra, ou seja, sao prudutos doinrernperisrno. Consrituern a base de importantes ati-vidudcs 11umanas, relacionadas, por exernplo, ao cultivodo sol, Ic ;w nproveitamento dos depositos rnineraisna cum,tnti\all civil c na Industria, A cxploracao :Sl~S-rentavcl dcsses recursos depcndc do conhecimento desua natureza e cia cornpreensao de sua geoese, 0quec on sr iru i () o bje tiv o principal des te capitulo.a intemperismo C 0coniunro de modificscocs de

ordem fisica (dt::>agregarn ::J-'. - < { 0 9] Lf}"'tl 00 B Lf}'00-[I" 8._wn,

cOI-:::J0l~~



- -, . _ CAIPiTULO 8 ENTEMPERISMO E FORMAf ;AO DO SOLO 14

A pedogenese (formacao do solo) ocorre quan-do as modificaeoes causadas nas raffias pelolruempcrismo, alcm de serem quimicas e rnineralogicastornurn se sobretudo csrruturais, com irnportante re-mg:wi/;l\_;:lo c trnnsfcrencia dos rninerais forrnadorcsL lo sol - principalrnenre argilnminerais e oxi-hidroxidos de (crtf) e de alurninio - entre os nivcis:0 ; llpel"H11"(: ' :0; du manto de :tlreracao. - dcscmpenhampapeJ fundamental a auna c a flora do solo que, aorcalizarern suas f um ;o e s virais, modificame movimen-tam enorrnes quantidades de material, rnantendo osolo aerado e rcnovado em sua parte I n IDs superficial.

o intemperisrno c a pedogene.o;e Ievarn a forma-9ao de L Im perfil de a lte [a~ao au perfil de solo. ()pe rfil e e srru ru radu vcrricalmcnrc. a partir da ro chaCre"CI . 01:1 base, sohrc a qu al fo rm am -se II saprolite e(1saturn ,,:lueconstiruem, iun iOS, 0manto de alters-c : ; : a o nu regnliw (Fig. H,l). 0:;- materiais do perfil ,'ao



142 DEC ,IF RAN D 0 A T R R A

;\ rristalizacao de sais dis-so lv id o s na s aguas deinfilrracao tern n mesrno efei-to' Com 0 passa.r do tempo,/) crescirncnto desses mine-ntis mmbern COlma expansaod as Il ssuras e rrnp:rn ~nt:1S:ii..Odas ruchaaEssa cristalizacao['Pdt.: chcgar :1 . exercer pres-'''It::; en o rm c s sobre :1Sparcdes das rochas, nao 50-men rc dcvido :1 0 propriocrescirnento dus cristais, masrambcm I ,o r ~L1:-l expansao re r -mint, quando a temperaturaau mcru n 1l:1S lio ras mais'-llJel1te~do dia, ou pela ab-s"r!;au de umidade.

fig. 8.3 B IO La de gnaissE;l[rcturcdo pelo o~60 do gelo nos lissurcs (An IDr 'ko. ) , Foto: MichaeH o m b r e y .

Este tipo de irncmperisrno fisico e um dos princi-pais problemas \olue afetarn 0::; monumcnros. Os saismuis comuns CJI-II? se precipitarn nas fissuras das rochas" a D c lO f C C tO S , sulfates e carbonatos originados da p r o -pria alrera~il.{)internperica da rocha, que ~ao dissolvidos

Superffcie

Varies quilometmsRocha Encai:x3Jnt.e

Bat6Hto

Juntas de allvio

-_f

Erosao

Soergu.imento daregraoFig.. 8.4 Formccoo des [unms d e alrvio em consequencio doe x p o n s c o do corpo r O C ; : I K l s O suiailo 0 olivia de pressdo pelo ero-s60 do rnoteric] sobreposto, Estas descontinuidndes servern decorninhos perc 0 percolccco des cquns que prornovern a oherc-



- CAPiTULO 8 INTEMPERISMO E FORMAC;AO DO SOLO 14

Finalmente, outre efeito do intemperisrno fisico ca quebra das rocbas pela pressao causada pclo cresci-mento de rnizcs ern suas fissuras ( J : - l i g . 8..3).

Fragrnenraado as rochas c, ronanro, aumenrandua supcrficic cxpmta an ar e a agu< l , 0 in temper ismoFISico ubre (I carninho e facilita 0 iruernpcrisrno quimi-en r\ F i g - . ~.6 rnostra aumcnrn da superficie especificade- urn bloco de rochu quandr dividido em blocosmenores,

8.1.2 lntemperismo quimicon arnbicnu- u a supcrficic da Terra, caracterizado

]l(n' pn:f.soc!- , C teLTIp~rahJras baixa e riqueza de iigua

- BloeD unil ;D de oproxirnodomenie1 m de lodaVoluI"1e - 1 rr/

- SupertrCl"I:l espedfico - 6 m~

E

l RuptlJrQ GOlongo detrl'lfurns

e oxigenio, e muiro difcrente daquclc onde ~I r n a r ondas rochas sc formaram. Por esse rnotivo, quandorochas aflorarn a supcrficic da Terra,



144 DECIFRANDO A T-ERRA

c\ s eLILim/ie~ ahaixo rcpresen ta rn mi equilrbrios deH _ t ) 01111 ee),:

CO _ - J-l_ .O -+ Il ,cU)1-1.0), - - -+ I ro o + 1-1CO,-

Quando !1 de.gnlda~ao da rnarena mgaruc:\1- naa ecornplera, vririos tipos de acicia:! orgRnicos sao .for-mados e tncorporados a s a gu ns percolantes, tornando-asmuiro acidas e, conseqiieruemenre, aumentandn sellpoder d ataque em re lacao aos minerals, intensifican-dt \ assirn t, intemperismo qufmico.

(h l'unI'LJllIil1ll.:'~ maio: so luvc is das ro chasinrempcnzndn ~;1.1i trans!'! )nadn~ pelas {lgLia~ LlliC di"l"-11:1111 II pL'!:li1 .ic ,1Ikt:IC:lO (fa s e SO ILJV el), Emconscqucrrcia, 0 111 . : . . 1 [l:1'I3 quc rcsta no perfil de altcra-l,11l (fast: r c sidual'i tnrna-~c r]T1f!""rc:>si\"lmerHt:enriquccid. lOll::. cons: i Iuinres menus soluveis. Essesconsut urn Ic\ l'S [< )1 I nos minerais prin-.arios resid u-ais, LILlI;; rcsistiram i l : 1 ( ; : : 1 0 internperica, enos rnineraissccundazios qw: 'it: tormararn 11n perfil, Dentre usrnncipaJo. iruncmis residuals , II rnais CC1I1lLU11 e o yuanzo.(h In]lll;r:lI~ sccundnrins SHO chamndos tieneoforrrrados LILI~111d{) resuliam dn precipiracao des uh sm n c ia s d is sn lv id ns 11)10;ngu~ls l]Uf' percolarn [1 per -fil, ('{Imp c () ('(ISO, PIl[ exemplo, dns oxi-hidroxidostk fern] L: de alurninio. Quando sc formam rebl1ll~rat;:;111entre as ~UILH;;:6cs de percolacao e \l~ mine-1':11:' rri111:'lDrl~, modificando sua cumposiqii_n quimica,rill-em l~rt '~t ' l"" \ ' :UJJ! pdt I men: ISparcialmentc sua cs-tr urura, ?in n : l lradw.ou adicionados, as reacoes pr;derii.n set aceleradus uuretardadas, ou ~eguir caminhos difercnus, g'l'frrnU'



, . CA P iTULO 8 IN TEM PER ISM O E FORMA~O DO SOLO 14

diferentes nunerais secundariose difercntes solucocsde lix.i'~iac,::ll).

1\";\ maior parte dos ambicnrcs da superficie daTerra, ~I."agua:-:plTCl.l::mre::: teui pH entre 5 e 9. Ncsscsa rnbien re s , ,1" princip.ns " 'e ::l~oes do imcmpcrismo ,-anh.idrata~au, d" , issuhH;ao , hidrolise e oxidacso. "[.111nlg-l1m ambienres, I pH das .

Pequeno prop.Qr~50 d~rnolecules de CO, no or

dissolve em 90los de chuvopnrn Iorrnor ccido corboruco(H I1C:llUmo pequeno proporcco dmoloculos de H, C03 .on-zoformando fans H ' e HCOJ[bicorbonclo] Iornondo asgalas levst"'1enle ccides.

A aguo [evemenie ocidcdissolve potcsslo e slhcedo leldsprno

que sa recernbinqm ernccuhrulc neoiorrnodo: aslorlS hidrogenlo s50 relldosno oguo do orgllomlneral.

s r ICO. Ions polossrc Ie bicorbonclo (HCOJ) saoIIKjvlodo.s em dlrecoo cos rio

fig. B .B A l re ra .;C i o d e urn Ieldsocio poicssko em presencde aguo e ncido carbonico, corn a en rodo de H' no estruturdo minerai, subsfltumdo K 0 potossro e totnlruenle ehmmdo pelo solucoe de Ilxivim;oo e a sll ico openes pnrcmlmeme,silica nco elirninodo recornbmc-se com 0 olurnuuo to rnbern 11elirnlncdo, lorrnondo umo -lose secundririo orgdQso (coulinilo



146 DEC I FRAN D'O ATE R RA

( ) roul I . r c s u l u u l r I d,l if1ll.lZacill d a .lgLLl., cntra nases r ru ru r . , 1l11IlL'I'.llS, dcsh IC1I1dn pr inc rpa lmen te Is r . inons~lk::tliLl(I~(I-- t .\,,1') l' ulcalino-icrrosos lea c M g - + ) ,'Illl ""Ill hhenllit)", l 1 : 1 r . 1 ,l '>IIILlt;:l !t \ es trurura (hi mineral11.1 intcri.ice s!')Jldl), ~oILH;:a('de aIICr.1IY:'H) :1c;]lmscndo rom-1'IO.l, lil-c ra ru lo S i (' ~ \1 \;lInn1l1t'i ISlll.ldo'i: mon ome r o s .em ~nlr( l;-i:pllliim:rn



CAP iTULO 8 IN TEM PE RISM O E FORMA~O DO SOLO 14

1\,': ; :-;1;. ' cuso, furl11,! SC B cnulinita, com clirninnciiotil' ( ] f , " " d,l SllWJ l pcrmancncia de tndp (J alununio.

2) L '-'\lSI;( )~ + : - l , c I - H,( ) s. \1"1 ( )1,-\1_ (()I I ) _ : k,,_+ < ' , 2 rl"Si(), +.:'T,+ ~ 20ll"llli r"1'I11;1



148 DECIFRANDO A TERRA

U F~ t l riao entra na estrutura da maior parte dos;ug; i lpminer::1is . '\pen,ls em ce rta s esrnec ri tas(nnntroniras) pode SCT encontrado subsriruindo {1AI",, \Ia ;" rn ram cru c. em qu an ridade muiio pcqLlell:l, rodesubsriruir I' \1'- nas cauliniras. De modo gcral. nodllmmH! d. t h idn J li s l. .' to ta l ou du hidrolisc YLIC leva :1Il1Pl1lll.(!(I.l1Itlzay ilu, II l-clTj I C o u id ivielualizadu em oxi-dtl:-. e o xi llidn'n:ido:; (h crnu tita c got:thitil,pnnt1r;ilmenlt.:). 'Esses minerals corrferem as coberru-ras intempericas tons de castanho, ...errnelhc, Iaranja eamnrelo, rao comuns nos solos I . ) as [~mperanlnlt> rcinanrcs slit) inFl'nlln:-. :1 () (de ta l sorte que a agll!l !iC' cncunrra s~ll1rrc rlU C < : 1 1 ' 0:-; desertos verdadeiros, [limn fI:'!I:It'~I,I \1;1c:~m;c o Clibi.

Fig. B.13 Allerocoo esleroidol em 610[0 de rccho igneo, coesccrnos (oncemln(05, sendo as maio externos rnois olterodcque as rnois intern cs, F on te : Plu m m er & Mc:Geary , 1996 ,



--

_ -'. CAPiTULO 8 _. INTEMPERISMO E FORMAO DO SOLO 14

As rcgi()~" com alteracao quirnica correspondcmRtl rt':':tu do gJnbn c sao caracterizadas, ao mcsrnor emr l J , r')!' LUlU. certa u rn idade e pc la cxistencia decobertura vegewl mais 01.1 lTICl10S desenvolvida, Trata-.,e de Limdnnunio hcterogeneo, 4LlC C suhdivididn emqu atro zr m a s de dis tribu ic an gros~t'itameme ln r i rudina l ,e m fu nr;.l!1 de SWiM caracrerisncas c l i rn ru icas :

~';'i.(l .1



150 DEC I F RAN D 0 A -T ERR A

7' :11na d ,1 Ill! inossiali tizacao (18~Y.~da superflcie con-lin e n ta l)

l~sd conndu no d: rninio tropical sub-umido, compn :c ipm lc ,:ii(J superio r a 5()1) 1 11 m e temperatura mediaanual superior a IS"C. Ch principais minerais forma-dos sao a caulinita C os oxi-hidroxidos de ferro .

Z ona del 1 iss ia lin zac i: (3l)lI'II da s u pc r fic ie c o n tin e n ta l)S~\ Ias zonas icrnpcradas e aridas, onde a alteracao

l' lixl~'ia



CA P iTULO 8 IN TE MPE RISM O E FORMA~O DO SO LO 151

TClbe~a8.1 Serie de Goldich: ordem de estobilidade f.rente 00 intemperism.o dos mineraismois comuns. Comporccao com a serie de cristolizoceo magmatico de Bowen.

[ 0 5 1 A . B I L l D A D [ DOSMINERAlS

VELOC IDA DE DEINTEMPERISMO S ER lE D E BOWlN

Mois aslove] Meno rOXldm de ferroIh.ematltulII,d,6.,dor, de cilurnfruoIgibbsltelQuartzo

o.\rgilofnll1e.OIs

Muscovl1of~rtDclas,o

o,lbiil:l

" Infibol'DSP"oxEnlos

Hali to

Menos estnvel Maior

('nnw c, 111~cLJi.i2oci:1essa diferenciacao de corn-Plft:ll11l'nto d.o~ miricrais frente all intemperisrno,\l~ perfis de altera'c;ao ~et'ilo naturalmente enrique-cidus nos ruincrais mais rcsistentes, C(1nlO o guanzll,e ernpobrecido s ou mesrno de sprovidos dos rni-nerais mais alteraveis, como a olivina.

\ IlInp0Sit;}10 mineralogica cia rocha em viasde subsj itucrn 0, ca[i011nas superficies dos f,r:t:lm minerals. I) l jLH. ' : resulta naumeruo do pH da fase liquids. Assirn, a prCS(;llt,::de mincrais portadores de elcmcnms alcalinus c .alcalino-rerrosos possibilirs a insralacfio de urn plm a il' a lc alin o nas :lgua~ l Jue O~ pcrcolarn, enqunrnmmcrais scm estes elementos gcnnD condicocs depH rnais 3crdas .



152 DEC I F RAN D 0 ATE R R A1 'rnn lLkloi dt~l,l dlftl"t:nl.,-d e d , ld .-L pda t'~GLl 1111 l' l: 'rt"i1 leva] hl'IlllJ_L:.L'nll/.IS"~I'1 d u 1 ) 1 - 1 , \'~UI1, lla'" p.u:tt'~ d n s per-(,,, I .nd, ,I .rln r.ic.u. ';'c pI"! ICC,';,l 1 ; 1 h. i .11f-, ' i . l l l1 IL11ll 'l l 1t.:In:l1L~\;',lLI dol" ;ll2;ll:l:- I ; . . rnuis tnteu-a I . : : \J pH da~ solu-n"Jl''' c nUJ.,. IH!I1l~ 'gL'11Lil. ''.is /(ma~ 111;11



. " . CA P iTULO 8 - INTEMPER ISMO E'FoRMA~O DO .sO LO 15- -

II1lCnlI'Lll.Z;ld:I' e . : 1 )- , :- 1 1 1 1 ,m . u s prc"Cl'" JJ~ Ltl ef l )~.1.l).Ljlll',l~ n u .: h, !" ~l'dilll['Ill~11TS ., r ,IXl' l suhl~iCLllte~, t I rcsulrad..l (I rLk \ " ern f Irma de (/fl.lttl.r.

Fig., 8.160 mternpeusmc, cJe"iogregClrao e dec ompondo as.or hos plf'fJClrU 0 ruoleuol palo a sr05UO. AsSI 111 roches rne-110S tnternpeuzodcs seico menos cletcdus pelo erosco Noologlollo. observe seQueU ('[0500 uirid LJ mors fonernerl\e norot.hu inicurn. mrus olelooo pelo In ernperisrno. Fonj~ PIUlllmel,C & [) MLGsr.ry. rom peurussco do McGraw Hil i Companies,

1uJ""uL

U.= .0 ,10-.-.,'-c,EG" 6E~ Qu IIfod"rod.

P lu ios ido e cnuc] (e rn)Frg. 8.17 a , 1 0 1 ' 1 " 1 do dl111U Q preponderrmle no deteurnnucco00 11pUe ein;u; Itl do rnternpeusmo 091"0111..0 mosiro as vanac,assde s u_lIldlLues de m ternpeu s rn o em lun coo do pluvrcs.dcde onuollu tell1~eluluro 11'1E'(JIO onucl 0 irnernpensmo Hsic.opracomino

nus Uens onda lernperuturo e pluviosiclcde 60 boi us Ao (1rmo" , ieuu. e rulur o e pluvrosrdode rnuis 01105 [ovorecem 0In l . '" 1 TTl" qLllmlc.u N , fl1U1Kl es t oo Iepl ese'lIIl(IDS o s c J l t e I E J r ' -

df ' mrs 11D81 srno t> 1 vor us re oes do CLlnlll1el1te

.\ \Tl(ICI{i



154 I D Eel FRAN D'O ATE R RA

nivel nos perfis c l t , altcrncao, fornecida P C h U 1 chuvas.1)(."111 como a Iem pera tura, agem no senti do de accle-rar ()U rerardar as rcacoes du intempcrisrno, ou aindamodificar a natureza dos produros neoforrnados, se-~'1.Uld() :l possibilidndc de eliminaciio de componenresP' Irencinlmcn ~e sol liveis ,

uanro maim a drsponibilidsde deigtla (pluviosidadetotal) e mais requente for SU:1 renovacio (distribui~aodas chuvas), mai~ completas serao as reacoes qufrnicasdo iruemp erisrno, i\ l";' lg:N . ~8 mostra lllH~a quanudade t'a natureza dos produros do iruernperismo cst:'i.o mu imbern c(Jridnciuh:ldas cum ;1 precipitacao media annal.

[\ temperatura desempcnha urn pard duple.condicionnndo a as;ao da igua: ao mcsrno rempo emque acelera as rea oes quimicas aumenra a cvapora-yao, diminuind a qu ntidade de :igua disponivel paraa lixJn:a'tiio dos produms soluveis, 1\ cada l11r!C denumerit. ~r ia rcrnperarura, a vclocidade das reacoesllLUll1lCRS aurnenra de JUHS-:I tres vezcs.:\ rig. H.I ( )mostra o efcito co rnbin ado c ia prccipita-

~'ii.ll, [em per. iruru e \'cgcUl~fiu sobre II descnvolvimeatc

_Q 80oV)o 60c:.~ 40t! lo 20illU~

oxjhidro;ldo~ defer ro L de n ll Jt l1 I I u o

1 8f)O 2 C lO O 1 0 0 0Pluviosidcde anual ( rn rn )

Fig. 8. T8 A lntensldcde do inlemperismo ournanto comploviosldode, resullondo n urn so lo COrTI meier proporcco drninerois secund6rios ( lroc;oo o rg llo ) A coda lotxo depluvlosidcde corresponds U010 cornposicco preponderorne dernlnerois secundorlos: esrnecllto paro pluviosidude nno rnuitelevodo (blsslchnzccco), coulmllo para pluviosrdode media(monossiOli izoc;oo) e oxl-hidroxldos para pluviosrdode rncis ali[ollthocoo e ferralitrwr;6o).

Tundro Zone depOdlOliZcO~60

Estepe Deserto esem i- deserto Savona Floresla tropical Savonaoca



" '. CAP iTULO 8 IN TEM P ER IS MO E F O R M A f ; A O DO SOLO 1 5

do ptd;1 de alrcracao. 0 inremperismo c mais pronun-ciado nos tropicos, onde R alteracao e intense, afetandotodos (IS rninerais altcraveis ao mesmo tempo. que de-S;lrarCCCll1 ral idarnenre, dando Jugal' a produtossecundarios ncoformados, l-:m geml, os rnincrais pri-m:lrll S cHin ausentes, corn xccc;an daqueles maisresisrcnres CUITlU, 1 ' If excrnplo 0 quartzo ea rnuscovira.Ut. p er fis ~ pn :R (; _'! 1L a Ll1t-,'Tandeespessura de saprulito ede . ro / lI l1 J .

. . _ T s cl i r r ras mars frins, a H:l tera~ao afeta apenas os mi-nernis pt1manClJ.l menus resistentcs \.pnt f:Xcnw1o, nasr cha mais orrum da crosta, I S ferrornagnesianos, del-xando Inalterados us alumiaossilicaros). hsta altera~"aoed i f t : ! ' e J . ' C l a l n 1 tempo, resultnndo em mveis alrerados queconrem UDU crta quanridade de minerals primarios naorlccnrnpostns,

m tern In classico da a c ; : a o do clirna na veloci-dade do intemperi rna t.jUlt1lJC . dado pelo caso 1urn ibelisco epci Icorn idade de mais de 3.0(l() anose que se nc ntrava ainda bern preservado em seulocal de origem: quando E r n .rerirado e exposto emre 's rnais iimida va.Iorque, U J , sofreu tama-nha altcraciio ue p.s pouco tempo, 3S insc:rll;:Oeson in ais i.a n a o erarn mais legive:is ( F i , l ! , . S.2Lr).

Topog_rafia\ topograr:ia regula II vzclocidade d escoamenm 5 1 . 1 -

perficis I das H.gll'il~ pluviais (Gue tam be rn depende dacohertura vegetal) e.portanro, contrnla a c.]uan-trdu de dt." .if-,"lJ;l L!U\. s c infiltt:l n os pe rfil>. deUifll'liclC:i1Cm t_kpendG: tl elirninacso dos cam -

P I mentes soltrveis, As 'cac;;6es quirnicas doint mperismo ocorrem maisirrrensamerue noscompammento do relevn onde e pos {velbo a m filrra cs o da a g u a . pcrcola a o pm : tempouficientc p-ara a c nsurnacao das f'C~l.!;O edrenagem para ]b;il.j,l.l_;ao dos produtos solu-\~eJS. t im ,I rcpclli:;iin dcsse processu, oscornponcnres soluveis sao eliminados e Uperfil s e a p ro f ur u la .

1 \ f o il - T . I .~ I rnnsrra diferernes situacoes~ ,de relevo que inf luern dirctarnenre na infil-r r : : l c ; . 2 ! l d a s j~1_].i:' (:' n u drenagem intcrna dosp c : fis, 1'.rn cncostas rnuito ingrernes, 0 pe1'-Iilde ;Jlerfl~ln IlflO sc aprofunda porclue ,15;:tgllaS cscoarn rapidameutc, niln Iicand ) em"lnt.H'1 corn ()S mareriais tempo suficicntc

Fig. 8.20 A uquiho de Cleo polru, um obehsco eglpclogranito, sofreu nllerccrio rncis intense em 75 enos em Nlorqus do que t;lm 35 seculos no Egito, sob chrno r n u r lo Iseeo Foto: M _ C M. de Toledo-

!B c

Fig. B.21 lnfluendo do. topoqrolio no in tens ldcde do trtternpertsrno.Selor A: Boa Infiltra~6o e boa draneqern Iovorecem 0 internpausmo QLJI1"I11CSetor B; Boa infiilroq)o e r n a drencqem deslovorecern 0 internperisrno qurrruSeier C: Ma illfiltrm;olo e m a drenagem desfovorecern 0 lnternperismc qutrre Favor-eeema erosrio.



156 D IEc r s RAN D 0 A - T ERR Ar.lr.ll'r!11110\'lT ,l~ rl',It;'(1e~ t]1I11l11ClS, _\1\:111 JI!',~n, 11rna-rena l 'llc"ngrt',~'adl) em in ic u I tk L alrcrncao e fllcilmt 'meca r r l' gJd l I11l'1;1LT[l~.I( I, PI 11"utro LlL10 , nus baixadas, :1~: ' l)o. ,TU. I " f i( " ,1I11 mUltI] 1t'1ll]'!) ern cururuo cnrn as roch rs CI. irrtam-sc C! .ncentr.ulas 111 IS cumpr mentes snILIVCIS"perdendn , 1 '> : - ;1111 -uu c,[ucid:Hlc d 0 continuer prum(l\ endoa" rL',I~'\-H:'''JL .1 I.lLILll' :ll)~ mmcrais, ~e;;;se~ 11lt'I(J~t 'l 111in,mrcs, prn~L11li I~~Illnivel [rc.u iClI L sern escourncn-h) suficicntc, ,Iperfil rnmhcm nan se aprofunda rnuuo eII PI"IlCl'S"11 aruanre e o(irrnalrncnte a hJssinlinza\ ; ;1o.o relcvo Ide411p:tnl IIdcscrrvolvtrncntn de pcrfis de

altcrnco r1 ' " ( ) f~mdu" L' evoluidos, ou !icla, porradnres derru n er.u s sc cu nd.iriu s de CflnlJ)IISid() he m disrnntc ri aqueb liDS mmcrais primarios e pnhres em c()mpnnenrcs1DtenCl:lllllenre soluveis C ( ) d e p la ro s dt ' enCOSIHSLl:1Ve5.NC$"l'~ Clllllp,Htlmentm; [PP' '.;1.llirn~,hi desruvel o msi-dcr.u cl r rn r t'I "A r gilo m m e ro l

K "

Fig, 8.22,"'.. concentrccco hidroqen 0 1 1 1 [J 1'(15 lined (1~(des rOlles nos plantas node SEI rill 1 1 0 gl'lllrle (1IClI~npr1Iociluondo lr oco s 11:'(11(05 (om DS gni['ls rrunerrns

elliS :'lllC.itll~ C 1 U i . . : as ,1gld:l~ da chuv ,1. upcrficx s rrchosas C l o h m izadas pIll" I i qucn s , ' I L l C ' sec re tum acu loxalicn L ~Cldns t'cnllllCflS, lln!l :1t.IC~ILla~ illintcmperismo quinuco multo mats rapld.lnltc"nlc Ill' "UperficlC''i rochusas nua-, drretarncnteoutrus agerlte. do mtcmpcrisrno

Tempo() 1,"l1lr' l n,'ct'S~,1nll r.ir:l !n1'-'l11r\.rl/,lr um.i



, . - CAP iTULO 8 I NTEMPER I SMO E-FoRMA~O DO SOLO 15

~m clirnas rnuiro frin , cnnv~ na Fscnntiin:1'-1::t , su-perfl[ie~ grarutica5 de cobertas pelt) gdn hit ccrca de1 0 . 1 1 1 III :1nos aprcscntam IIm TIl, rrto d e alteraciio d ep ucosmilirnerros de t:5pt's~ura. Por nurrn lado, sobclima tropical, na India, cinzas vulcdrucas datadas de.t.ll!)() anox dcsenvolveram WIlla ('{lmad'.! de solo argj-loso de I,K rn de espe~slln1. Em rcgio('s rnuiro urnidascomo nn l-lay_ I, IOlrmpcnSll1ode lavas basalucasrecentcs PCrtllltlU a forma ' a o de 5010 suficicntc paraIl culnvo em apeni1S urn ann,

r)~ l'



158 D IEc r s RAN D 0 A TERR Aso ciac ao dc stc pla sm a a :rg -ilo -hu m ico cum rn in era is re si-dUf:b is ,h er da du ,; d a rocha parental COnlO, pOI' exernplo.xiquartzo, C \ iruecc :lorgunizacao estrurural e textural dosolu

Em fUll



- CAPiTULO 8 INT'EMPERISMO E-FoRMA~O DO SOLO 15

AlF1SSQlOSolo gefioresias daciuuas, de cor rnarrnrn, relativarnentefellil, ~~oemalurnlnioe ferroD'RID!SSOLO5010 de regi6es secas, de COl pal~da, aranoso, compOYCilmaler i :< ! organicaDNTISSOLOSolo [overn de regiOes secas gy frras, corn cores paJldase rnalena organicaHISTOSSOLOTurfa oryai llca mui to]ovem, de cor s=ura efroqilenlemenle acidaINCEPT ISS0, . ,QSoto jovern de regioes

IDI V'E'RTISSOLOSolo de klads interm&dial ' ia com a.l1I l tas uxpansivasSOLOS DE A.R,EAS MONTANI'IOSASREGIOeS GELAOAS

Fig. 8.23 Mapa de 50 los do continenle americana.



160 DECIIFRANDO A TIERRA,

,\ Chl"~111("il()(\ e inlrurta11t1:: c cssencial P;U3 .1 car-L! l,L',r;1Ii.1dll . ("j'llll, l (I ("1"'1 dl' Brusil ,cld.l Ilpl' dt: ." do rll~~lll , 'n ' lp1 '1e.-1ade~ fl;.icl-;, qui-rrurus l: m)rl~,Jp!!IC.I~ I;.~re nfic l'" n 121 " wu CL)nI1lll1L~"I'~l",rll.1 11m ('{'Tt\l nurncro de a t nbun is cornunsU um i, pI If cxrrnplo, ('.l)rnr)(!SI~an mineralogica 't(;;i.11 durninada 1111)" J1l1lJLde anahsc, rocha Ilrlg"ll1:111.:' ["< IlldlCJ)l'o, Il1rllgr,ificl~cal" r~'lnmrnnrulCI:1 sccun.Ianu.

(1.., "ollIS hr:hlll'ln l"l "'.11~ hl'111 t'o[ull,ld, I,>, l\I!'illlil]'LI111~t:r\'l~I' cartr,'i-:LItICIJ d, l I ,\mH \P\ r lrnprcs.tHr:l"dclr:i de Pr"(~Ulsa \gnll'(cu;m.1) 'll1l' \~'1l1 n.1z arid. dc:>clL" a lkcld:l dt" J 1)(111. k, urn ,1 ' I11 l ncarrr'!



. CAPiTULO 8 INTEMPERISMO E FORMA9\,O DO SOLO 16

Tabela 8.3 Clossificcceo de solos utilizoda pelo EMBRAPA

Neossolo

-Solo CaracteristicasSolo P O L U C O evoluidc. com ausencta de horizonte B. Predominam ascaractertstlcas herdadas do material original.Solo com desenvolvlmentto rastrlto: apresenta expansao e ccntracaopela presence de arqllas 2:1 expanslvas.

Cambissolo Solo pouco desenvolvlde, com horlzonta B inc pienle.Vef~issolo

Chernossollol8010 com desenvolvimento media; atuacsc de processes deblasletltlzecao, podendo ou nao aprasentar acumutacao de carbonate decalclo,Solo com horizonte B de acumulacao (8 textural), farmada per argila deatividade alta (bisaialltlzaqao]: horizonle superior lixlviado,Solo com horlzonte B textural, com alto conteudo de aluminlo extralvel:solo acldo.Solo bem evoluldo. arglloso. apresentando rnobillzacao de arglla daparte mals superficial.Solo bern evoluido (arglla caulinltlca - oxt-tnnroxtoosj, fortamenteestruturado (estrutura em blocos), apresentando superficies brllhantes(cerosldade) -Solo altarnente svoluldo. taterlzado. rico em argilominerais 1.1 e oxl-hldr6xidos de ferro e alum tnto.

Espodossolo 8010 evidenclando a atuac;;!io do processo de podzolizar;;ao; fortealuvlacao de compostos aturnlncsos, com ou sern ferro. presence dehumus acldo.

Luv ls sol cAlissoloArgissolo

Nitossolo

Plal1ossol,o Solo com forte perda de argile na parte, superficial e concentracaolntensa de argila no ncrtzcnte subsuperfictalPlintossoJo Solo com sxpresstva pliruttlzacao (segregacao e concantracaolocallaada de ferro), t

Solo hidrom6rfico (saturado em agua), rico em malaria organica.apresentando intense re ducao dos compostos de ferro.OrganQssol0 Solo eseenclatmeote organico; material original eonstltul 0 proprioGleissolo

III '~.1 II '!l.1 chm.iuca, enrornra H' J l]UJ



162 DEC I F IR AND 0 ATE i i i : RA

YU>1!ludade de al imcn t o s, te rn rc s u l ra do nodCSll1::tI-~Il1C!110 de .ireas floresradas para expansjio ciao;.-in; 'f!$agricul turavei . .



, 'CAPiTULO 8 INlEMP,ERISMOE FORMA~O DO SOilO 1,

pr o t nrni n c r io c r o cha c s ~cr :i I, como asrc;chHfiu ltram ufic a s (_lu e d:ill ur igem ~l:-;ja zida s de riiqu e llutcruico, rHL rochns de quulqucr [la! lI.fC; j(111~ mais



164 DECIFRANDO A TERRA--- --- ---

JA t

A -AmazonasBaclas B - Parnalba

C - Parana

EscudosG) -Guianaso-rasil - Central@ -Atlantica

OAI Fe OMn Ni .< ) Pe Nb1 - Trombetas , - Caralas 1 - Arnapa 1- Carajas 1 - Catalao2 - Jan 2 - Urucum 2 - Carajas 2 - Santa Fe :2 - Araxa3 - Paragominas 3 - Ouadrilatero 3 - urucurn 3 Niquel2mdria 3 - Tapira4 - P090S de Caldas Ferrifero 4 - Ouadrrlatero 4 - Barro AltoFerrifero

Fig. 8.25 [" .IJliwUJI' I Ie S 11(1IS rrnportontes depusros lulollltl...C,)" do Brusd de AI Mil, Fe N, P e Nb



. CAPitULO 8 INTEMPER ISMO E'FoRMA9\O DO SOLO 16, \ , 11 IL 'r .l(: II ' 1111CmpCnC ' , 1 1 1 ,I" 1"11-

rh.lo.; Ill"lgll1.1J., do" JCfli 1~1t( IS lk 11Il.]uc 1 larcnuco, soil!n u rn c ro so -, de tirn:, v.tri .uh, l" di~pl 'r~u:- , Jllir Lillias ;1>/['11.\0; LiII11;111C:1-;. t )0; dl:p' )~ It t \~muis 1111r( In:lIH~ [1 ' 1,,:-',1 " I11Tn. l cm.ir ica s clnlnl'l'Ind,l~ ] l ' I 1 " l'rl'lll'II,ll.I') uucnvnn,mpcr:l t :ur. ls ;'1 l ias.

Depositos lateritico de niobio e fosfatos() Br.u.il ]lll.,.,Ul gralllk" l't 'l1'\ ,1'" LIl- 1111 .1111

f()~L1to



166 DECIFRANDO A TERRA

Leituras recomendadasl\fL!RCK~ B.Wi, h.l:N .R, B,J; PORTER.,' S.

C. }:.'m)iraftl1llNltai G e ( ) / W l } ' . N ew Y ork : J . Wiley &snus, j ()9(1.PRESS F.: I VER. R. I IdtJt :dalldi~'Ig Eattb. New

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decifrando a terra - cap 8 - intemperismo e formação dos solos

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