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q Ouro M : 0,86% 07/05/2010 q De casa. Roteiro foi criado para ser internacional, mas estrangeiros são apenas 7,8% dos visitantes Bovespa Falta infraestrutura para receber turista mais exigente, dizem especialistas Euro 62.870 Onze anos depois, Estrada Real só atrai turismo local comercial paralelo turismo COMPRA COMPRA COMPRA 1,847 1,91 1,77 VENDA VENDA VENDA 1,849 2,02 1,95 ¬ ANA PAULA PEDROSA ¬ Pelos caminhos de Mi- nas Gerais 1.926 sinaliza- dores com as montanhas do Estado e a coroa portu- guesa dos tempos do Brasil Colônia estilizados mar- cam os limites da Estrada Real, caminho por onde o ouro e as pedras preciosas eram escoados até o mar e dali para a Europa a partir do século XVII. As maravi- lhas alardeadas por eles, porém, não atraem o turis- ta de longe. Por ano, o ro- teiro recebe cerca de 2,5 milhões de turistas, sendo 51,8% deles mineiros e 40,2% de outros Estados, sobretudo os vizinhos Rio de Janeiro e São Paulo. Os estrangeiros são apenas 7,8% do total. Os dados são do Observatório do Tu- rismo, ligado ao Instituto da Estrada Real (IER). Ainda segundo o Obser- vatório do Turismo, a taxa média de ocupação dos ho- téis e pousadas do roteiro é de 34,9% e o tempo de per- manência do visitante é de três dias. A Estrada Real é um roteiro criado em 1999 com cidades de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro. ESTRUTURA. Para especialis- tas, falta infraestrutura para atender turistas mais exigen- tes. O coordenador do curso de turismo da Newton Paiva e ex-integrante do Fórum Es- tadual de Turismo, Cristia- no Lopes, acredita que o pro- grama foi pensado grande demais. “Talvez, se tives- sem pegado algumas cida- des como piloto para depois expandir, teria dado mais certo”, diz. Ele explica que há diferença entre potencial e produto turístico. “O pro- duto tem que ter marca, in- fraestrutura, serviços, divul- gação, transporte, antes de ser colocado na prateleira do mercado. O circuito da Estrada Real ainda não está consolidado como um pro- duto turístico”, diz . Segundo ele, a maioria dos locais não tem infraestru- tura e pessoal qualificado pa- ra atender o turista. O profes- sor do Instituto de Geociências da UFMG Allaoua Saadi tem a mesma opinião. “A Estrada Real dei- xa a desejar como produto tu- rístico”, diz. Ele completa que quem procura o destino motivado pelas propagandas se decepciona por não encon- trar a estrutura adequada. “Tem um descompasso entre o que é dito e o que é feito”, diz. Os dois dizem que algu- mas cidades conseguiram avançar com o programa. O diretor geral do IER, Baques Sanna, festeja esses avanços. Segundo ele, des- de 2006 o número de turis- tas dobrou. “De um modo geral, todas as cidades des- lancharam”, afirma. Ele diz que as deficiências em in- fraestrutura estão sendo re- solvidas e, desde 2006, o cir- cuito recebeu cerca de R$ 5 milhões em investimentos. 2,35 Plano. O roteiro foi criado em 1999 e, quatro anos depois, foi alçado o Programa Estruturador do governo do Estado. A meta era ser um destino internacional, com turistas percorrendo toda a extensão do caminho. 7 Vender viagens para a Estrada Real para quem está fora das monta- nhas de Minas não é tarefa fácil. Das 75 operadoras fi- liadas à Associação Brasi- leira de Operadoras de Tu- rismo (Braztoa), apenas uma, a MGM, oferece paco- te para o destino, que está longe de figurar entre os mais procurados. “Quem vai é porque já conhece Mi- nas”, diz a supervisora do departamento de marke- ting, Lediane Lodi. Ela explica que há um desconhecimento sobre os atrativos da Estrada Real. “Para outros destinos, colo- camos só o preço e a dura- ção do pacote. Para Estra- da Real, tem que ter uma página com informações”, compara. A MGM atua no Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Há opções com permanência de duas a sete noites e passeios nas principais cidades históri- cas. O pacote mais barato custa R$ 1.850 por pessoa. Além da MGM, outras operadoras vendem pacotes para as cidades históricas mineiras, sem vincular o destino à Estrada Real. “O turista acaba sabendo que está na Estrada Real depois, pelos marcos do caminho”, admite o diretor geral do Instituto Estrada Real (IER), ligado à Federação das Indústrias de Minas Ge- rais (Fiemg), Baques Sanna. Segundo ele, o IER e o gover- no estão trabalhando com o setor de turismo para unifi- car a denominação. (APP) 07/05/2010 Pontos TEL: (31) 2101-3927 FAX: (31) 2101-3950 Editor: Karlon Aredes [email protected] e-mail: [email protected] twitter: http://twitter.com/OTEMPOecono- mia Atendimento ao assinante: 2101-3838 Estruturador Dólar Valores em R$ 73,5 Difícil 7 Nem todas as 199 ci- dades que compõem o circuito da Estrada Real integravam a rota original que ligava as minas de ou- ro e pedras preciosas ao mar. Quando foi lançado, o roteiro tinha 177 cida- des, mas outras foram in- corporadas porque ti- nham algum tipo de liga- ção ou identidade históri- ca com a rota. Segundo o IER, se so- mados os visitantes de to- dos os municípios, o nú- mero de turistas chegaria a 15 milhões por ano, mas a maioria deles, como os que vão a Aparecida do Norte, em São Paulo, ou ao Rio de Janeiro, nem sa- be que as cidades perten- cem ao circuito. (APP) Sinalização. Quase 2.000 marcos indicam aos características de cada trecho da Estrada Real Roteiro é desconhecido fora de Minas Gerais “Ligação” ESTRADA REAL FONTES: INSTITUTO ESTRADA REAL E PESQUIS 3 Localização De Minas Gerais ao Rio de Janeiro, são três caminhos: o velho (de Ouro Preto a Parati), o novo (de Ouro Preto ao Rio de Janeiro) e o dos diamantes (de Diamantina a Ouro Preto), que se encontra com os outros dois 3 Cidades 199, sendo 169 em Minas Gerais, duas em São Paulo e oito no Rio de Janeiro 3 Extensão 1.630 km 3 Como percorrer A maioria das pessoas percorre trechos ou visita alguma cidade especificamente. Não há pacotes turísticos para quem quer fazer o roteiro completo e, em alguns trechos, não há boa infraestrutura de transporte, hospedagem e alimentação EDITORIA DE ARTE OURO PRETO RIO DE JANEIRO PARATY DIAMANTINA Caminho velho Caminho dos diamantes Caminho novo Foi aberta no século XVII para levar o ouro e os diamantes de Minas até o mar e dali para Portugal. O projeto para transformar a rota em caminho turístico é de 1999 e virou programa estruturador do governo do Estado em 2003 A Estrada Real recebe, por ano, 2,5 milhões de visitantes RODRIGO CLEMENTE Cidades não integravam rota original 8 O TEMPO Belo Horizonte DOMINGO, 9 DE MAIO DE 2010 Economia

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qOuro

M

: 0,86%

07/05/2010q

De casa. Roteiro foi criado para ser internacional, mas estrangeiros são apenas 7,8% dos visitantes

Bovespa

Falta infraestrutura

para receber turista

mais exigente,

dizem especialistas

Euro

62.870

Onzeanosdepois,EstradaRealsóatrai turismolocal

comercial paralelo turismo

COMPRA COMPRA COMPRA

1,847 1,91 1,77

VENDA VENDA VENDA

1,849 2,02 1,95

¬ ANA PAULA PEDROSA

¬ Pelos caminhos de Mi-nas Gerais 1.926 sinaliza-dores com as montanhasdo Estado e a coroa portu-guesa dos tempos do BrasilColônia estilizados mar-cam os limites da EstradaReal, caminho por onde oouro e as pedras preciosaseram escoados até o mar edali para a Europa a partirdo século XVII. As maravi-lhas alardeadas por eles,porém, não atraem o turis-ta de longe. Por ano, o ro-teiro recebe cerca de 2,5milhões de turistas, sendo51,8% deles mineiros e40,2% de outros Estados,sobretudo os vizinhos Riode Janeiro e São Paulo. Osestrangeiros são apenas7,8% do total. Os dadossão do Observatório do Tu-rismo, ligado ao Institutoda Estrada Real (IER).

Ainda segundo o Obser-vatório do Turismo, a taxamédia de ocupação dos ho-téis e pousadas do roteiro

é de 34,9% e o tempo de per-manência do visitante é detrês dias. A Estrada Real éum roteiro criado em 1999com cidades de Minas, SãoPaulo e Rio de Janeiro.

ESTRUTURA. Para especialis-tas, falta infraestrutura paraatender turistas mais exigen-tes. O coordenador do cursode turismo da Newton Paivae ex-integrante do Fórum Es-tadual de Turismo, Cristia-no Lopes, acredita que o pro-grama foi pensado grandedemais. “Talvez, se tives-sem pegado algumas cida-des como piloto para depoisexpandir, teria dado maiscerto”, diz. Ele explica quehá diferença entre potenciale produto turístico. “O pro-duto tem que ter marca, in-

fraestrutura, serviços, divul-gação, transporte, antes deser colocado na prateleirado mercado. O circuito daEstrada Real ainda não estáconsolidado como um pro-duto turístico”, diz .

Segundo ele, a maioriados locais não tem infraestru-tura e pessoal qualificado pa-ra atender o turista. O profes-s o r d o I n s t i t u t o d eGeociências da UFMGAllaoua Saadi tem a mesmaopinião. “A Estrada Real dei-xa a desejar como produto tu-rístico”, diz. Ele completaque quem procura o destinomotivado pelas propagandasse decepciona por não encon-trar a estrutura adequada.“Tem um descompasso entreo que é dito e o que é feito”,diz. Os dois dizem que algu-mas cidades conseguiramavançar com o programa.

O diretor geral do IER,Baques Sanna, festeja essesavanços. Segundo ele, des-de 2006 o número de turis-tas dobrou. “De um modogeral, todas as cidades des-lancharam”, afirma. Ele dizque as deficiências em in-fraestrutura estão sendo re-solvidas e, desde 2006, o cir-cuito recebeu cerca de R$ 5milhões em investimentos.

2,35

Plano. O roteiro foicriado em 1999 e, quatroanos depois, foi alçado oPrograma Estruturadordo governo do Estado. Ameta era ser um destinointernacional, comturistas percorrendo todaa extensão do caminho.

7Vender viagens paraa Estrada Real para

quem está fora das monta-nhas de Minas não é tarefafácil. Das 75 operadoras fi-liadas à Associação Brasi-leira de Operadoras de Tu-rismo (Braztoa), apenasuma, a MGM, oferece paco-te para o destino, que estálonge de figurar entre osmais procurados. “Quemvai é porque já conhece Mi-nas”, diz a supervisora dodepartamento de marke-ting, Lediane Lodi.

Ela explica que há umdesconhecimento sobre osatrativos da Estrada Real.“Para outros destinos, colo-camos só o preço e a dura-ção do pacote. Para Estra-da Real, tem que ter umapágina com informações”,compara. A MGM atua no

Paraná, Rio de Janeiro, SãoPaulo, Santa Catarina e RioGrande do Sul. Há opçõescom permanência de duas asete noites e passeios nasprincipais cidades históri-cas. O pacote mais baratocusta R$ 1.850 por pessoa.

Além da MGM, outrasoperadoras vendem pacotespara as cidades históricasmineiras, sem vincular odestino à Estrada Real. “Oturista acaba sabendo queestá na Estrada Real depois,pelos marcos do caminho”,admite o diretor geral doInstituto Estrada Real(IER), ligado à Federaçãodas Indústrias de Minas Ge-rais (Fiemg), Baques Sanna.Segundo ele, o IER e o gover-no estão trabalhando com osetor de turismo para unifi-car a denominação. (APP)

07/05/2010

Pontos

TEL: (31) 2101-3927

FAX: (31) 2101-3950

Editor: Karlon Aredes

[email protected]

e-mail: [email protected]

twitter: http://twitter.com/OTEMPOecono-

mia

Atendimento ao assinante: 2101-3838

Estruturador

DólarValoresem R$

73,5

Difícil

7Nem todas as 199 ci-dades que compõem

o circuito da Estrada Realintegravam a rota originalque ligava as minas de ou-ro e pedras preciosas aomar. Quando foi lançado,o roteiro tinha 177 cida-des, mas outras foram in-corporadas porque ti-nham algum tipo de liga-ção ou identidade históri-ca com a rota.

Segundo o IER, se so-mados os visitantes de to-dos os municípios, o nú-mero de turistas chegariaa 15 milhões por ano, masa maioria deles, como osque vão a Aparecida doNorte, em São Paulo, ouao Rio de Janeiro, nem sa-be que as cidades perten-cem ao circuito. (APP)

Sinalização. Quase 2.000 marcos indicam aos características de cada trecho da Estrada Real

RoteiroédesconhecidoforadeMinasGerais

“Ligação”ESTRADA REAL

FONTES: INSTITUTO ESTRADA REAL E PESQUISA

3 Localização

De Minas Gerais ao Rio de Janeiro, são três caminhos: o velho (de Ouro Preto a Parati), o novo (de Ouro Preto ao Rio de Janeiro) e o dos diamantes (de Diamantina a Ouro Preto), que se encontra com os outros dois

3 Cidades

199, sendo 169 em Minas Gerais, duas em São Paulo e oito no Rio de Janeiro

3 Extensão

1.630 km

3 Como percorrer

A maioria das pessoas percorre trechos ou visita alguma cidade especificamente. Não há pacotes turísticos para quem quer fazer o roteiro completo e, em alguns trechos, não há boa infraestrutura de transporte, hospedagem e alimentação

EDITORIA DE ARTE

OURO PRETO

RIO DE JANEIROPARATY

DIAMANTINA

Cam

inho

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ho

Cam

inh

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os

dia

man

tes

Caminho novo

Foi aberta no século XVII para levar o ouro e os diamantes de Minas até o mar e dali para Portugal. O projeto para transformar a rota em caminho turístico é de 1999 e virou programa estruturador do governo do Estado em 2003

A Estrada Real recebe,por ano,

2,5 milhõesde visitantes

RODRIGO CLEMENTE

Cidadesnãointegravamrotaoriginal

8O TEMPO Belo HorizonteDOMINGO, 9 DE MAIO DE 2010

Economia

Algumas iniciativas parafomentar o turismo naEstrada Real

0 Trilha Real Percurso decerca de 150 Km entre OuroPreto, Ouro Branco eItabirito.0 Passeio Virtual Sistemade informação turísticageorreferenciado quepermite ver localidades e

atrativos da Estrada Real etraçar rotas de viagemnavegando pelo GoogleEarth e pelo Google Maps0 Circuito Mineiro deTrekkingO circuito de enduro a pédisputado há sete anos noEstado agora será realizadointegralmente dentro decidades que fazem parte daEstrada Real.

7O Ministério do Petróleo do Iraque enviou paraaprovação o projeto de uma joint venture entreo governo do Iraque e a Royal Dutch Shell paraexplorar gás natural dos campos de petróleo deBasra, que atualmente não é utilizado. A infor-mação é do ministro Hussain al-Shahristani.

Investimento. Ipoema colhe bons frutos com criação de um museu

Iraque e Shell no gás natural

Cidadesprecisamdeumroteiroparaatrairopúblico

7Reconhecida pelaUnesco como Patri-

mônio Cultural da Huma-nidade desde 1980 e abri-go do marco 001 da Estra-da Real, Ouro Preto nãoviu o número de turistasaumentar pelo fato de inte-grar o circuito turístico.“Existe uma interlocuçãocom a Estrada Real, mas oturista tem motivação pa-ra visitar Ouro Preto inde-pendentemente dela”, dizo diretor de turismo da ci-dade, Tiago Toffolo.

Por ano, o casario, asigrejas e os museus da anti-ga Vila Rica recebem cercade meio milhão de turis-tas. “Não existem dadosque comprovem que a Es-trada Real gerou aumentode fluxo turístico”, diz To-ffolo. A cidade é presençagarantida nos pacotes quetêm como destino as cida-des históricas mineiras e re-cebe grande número de vi-sitantes também em fes-

tas, como Carnaval e a “Fes-ta do 12”, em outubro.

Assim como Ouro Preto,outras cidades famosas daEstrada Real não dependemdela para atrair visitantes.“O turista já se acostumou air a Congonhas, Diamanti-na, Mariana. A gente não po-de dizer que ele vai por cau-sa da Estrada Real”, diz oprofessor da UFMG AllaouaSaadi. (APP)

7

População diz quelugares ficarammais bonitos depoisda Estrada Real

Projetos na Estrada Real

Ouro Preto não depende da Estrada Real para atrair turistas

Crédito

¬ ANA PAULA PEDROSA

¬ IPOEMA E BOM JESUS DO AMPA-

RO. Se alguém estranho che-gasse a Ipoema, pequenodistrito de Itabira, há umadécada, provavelmentenão seria recebido por nin-guém. “O pessoal fechavaas janelas se via alguém defora. Hoje hospeda o visi-tante em casa”, resumeLuiz Carlos Figueiredo,34, que nasceu e cresceuno lugar. Ele mesmo é umque abre as portas da casapara os visitantes.

Em 2007, Figueiredofez dos hábitos dos turistasda região o tema de sua

monografia de conclusão decurso de administração. Per-cebeu que a maioria busca-va tranquilidade e descansoe resolveu construir doischalés na centenária fazen-da Venda do Meio, de pro-priedade da família. Hoje,ele recebe hóspedes princi-palmente em fins de sema-na e feriados e garante umarenda extra.

Além do sossego, os visi-tantes buscam um pouco dehistória, contada no Museudo Tropeiro, inauguradoem 2003 e que colocou o lo-cal no mapa do turismo. “An-tes, aqui era uma roça. Ago-ra, é Estrada Real”, diz a di-retora do museu, Eleni Cás-sia Vieira. O orgulho dela serepete na fala de outros mo-radores. “A cidade está maisbonita e mais bem cuidadaporque faz parte da Estrada

Real”, diz Leila de Figueire-do, moradora de Ipoema erecepcionista do restauran-te Termas do Rei, inaugura-do há sete meses no distrito.

O museu atrai cerca de800 visitantes por mês, oequivalente à metade da po-pulação urbana do distrito.A entrada é gratuita, mas osvisitantes gastam em restau-rantes, pousadas e com arte-

sanato. No próprio museu,há uma lojinha com peçasde 15 artesãs locais.

DE CARONA. Em Bom Jesus doAmparo, cidade próxima aIpoema, não há um atrativotão forte quanto o museu,mas o fluxo de visitantestambém cresceu no rastrodo desenvolvimento da loca-lidade vizinha. “Antes da Es-trada Real, a cidade não ti-nha nenhum restaurante.Hoje, tem três em funciona-mento diário”, diz o secretá-rio de Turismo, Edir Júniordos Santos.

A cidade tem atrativoshistóricos e religiosos, comoa Matriz de Bom Jesus doAmparo, de 1841, e a ima-gem de Jesus aos 12 anostrazida de Portugal, mas, se-gundo o secretário, ainda fal-tam divulgação e estrutura.

RICARDO FERRAZ BASTOS

Fastur. O BDMG tem linhade crédito para capitalde giro e investimentofixo em hotéis, pousadas,restaurantes e outrosdo setor de turismo emMinas Gerais. De 2007 a2009 foram liberadosR$ 16, 6 milhões.

O presidente francês Nicolas Sarkozy e a chan-celer alemã Angela Merkel anunciaram ontemque os 16 países da zona do euro irão elaborarum plano de defesa até a abertura dos merca-dos na segunda-feira, para evitar novos ata-ques à moeda europeia.

Histórico. O Museu doTropeiro foi instalado emum casarão de mais de150 anos que já foi casaparoquial e casa detropeiros. O acervo tempeças de montaria,vestimentas e utensílioslevados nas viagens.

Por causa da Grécia

Atração

Sem efeito

¬ O circuito da Estrada Realfoi lançado em 1999 e depoisincorporadoaosprogramases-truturadores do governo Aé-cioNevescomaambiciosame-tadeseruma espéciedeCami-nho deSantiago de Composte-la de Minas Gerais. Mas, 11anos depois, ainda está muito

distante da comparação.O famoso destino espa-

nhol recebe anualmente cercade 4 milhões de turistas domundo todo, que percorremseus 800 quilômetros a pé, acavalooudebicicleta sempro-blemas com infraestrutura. Arota lembra a peregrinação

dos antigos cristãos até o lo-cal onde se acredita que oapóstolo Tiago está enterra-do. No início do caminho, osperegrinosrecebemumacre-dencial para acesso aos al-bergues e, no final, um certi-ficado de conclusão do per-curso. (APP)

Museu do Tropeiro colocou Ipoema no mapa do turismo histórico

Paraquemjáé famoso,ser daEstradaRealnãopesa muito

Visão. Luiz viu potencial na região e construiu chalés para alugar na centenária fazenda dos pais

RODRIGO CLEMENTE

CaminhodeCompostelaétidocomoreferência

RODRIGO CLEMENTE

O TEMPO Belo Horizonte9DOMINGO, 9 DE MAIO DE 2010 9