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20—22.11.2015 Cine-Teatro Garrett DE SOLOS FESTIVAL INTERNACIONAL DANÇA ⋅ TEATRO ⋅ CIRCO facebook.com/fistival

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Na sua edição inaugural, o FIS - Festival Internacional de Solos convida o público poveiro a vir ao Cine-Teatro Garrett para uma programação recheada ao longo de três dias. Teatro, Dança e Circo em todos os espaços da mais emblemática casa de Cultura da Póvoa de Varzim numa filosofia de contacto entre um público e um só intérprete. Pretendendo explorar essa relação privilegiada, este é um festival que oferece aos espectadores a possibilidade de entrar em vários universos cénicos distintos tendo sempre como anfitrião apenas um único artista.

FIS – Festival Internacional de Solos nasce do fortuito encontro entre as associações vizinhas Marácula (Póvoa de Varzim) e Ventos e Tempestades (Vila do Conde), prontamente apadrinhado pelo Cine-Teatro Garrett.

O FIS pretende ser uma plataforma de criação, produção, acolhimento e divulgação de espectáculos a solo, concebidos no âmbito das diferentes abordagens artísticas (dança, teatro de palavra e de gesto, performance, novo circo, música, …) e tendo como foco o intérprete enquanto agente comunicador único. Para mais, deseja-se também reforçar o tecido cultural da cidade e consolidar a fruição artística dos diferentes públicos através da produção de um evento anual com um conteúdo de altíssimo nível técnico-artístico.

Nesta primeira edição do Festival, dar-se-á relevo às criações nascidas no seio das duas estruturas co-produtoras, habitando-se os vários espaços do Cine-Teatro Garrett: Sala Principal, Sala de Ensaios, Sala de Actos, Café-Concerto e Subpalco. Cada solo terá o seu espaço e cada espaço poder-se-á adaptar a vários solos, convidando-se o público a viajar tanto pela arquitectura dos lugares físicos como pela arquitectura da programação.

fes·ti·val substantivo masculino

Encontro. Celebração. Festa. Algo que muda uma cidade.

in·ter·na·ci·o·naladjectivo

Que é interligado, interdependente, inter-cultural, inter-disciplinar, partilhado. Duas ou mais linguagens que coabitam.

so·losubstantivo masculino ou feminino

Um só corpo em performance, em tempo real, com uma linguagem partilhada com o público. Exploração do intérprete como agente comunicador único.

F I S

Um Teatro. Um Festival. Um espetáculo em construção feito de vários solos, que são, também eles, UM. Um artista, um performer, um bailarino, um ator. UM. SOLO. Um percurso por vários espaços.

Desde a reabertura do Cine-Teatro que procurávamos esta forma de orientar o público para todas as possibilidades de um Teatro em movimento. É isso que é uma sala de espetáculos: um lugar em constante mudança. São sempre diferentes as propostas. Distintas as produções. Díspares os equipamentos que se utilizam. Variáveis as estruturas. Outros os artistas, mesmo podendo ser os mesmos, desigual a atuação. Dois espetáculos iguais não pode haver.

Duas associações, vários espaços, uma parceria. É o que propõe o FIS – Festival Internacional de Solos, dias 20, 21 e 22 de novembro.

Esta parceria é também uma forma de apoiarmos o trabalho desenvolvido por dois grupos que se distinguem pela aposta na diferença, pelo atrevimento e ousadia dos projetos, pela capacidade de entrega total, pelo profissionalismo com que desempenham (e se empenham) o trabalho que apresentam.

Parabéns à Marácula e à Ventos e Tempestades, por esta primeira edição do FIS.

O Vereador do Pelouro da CulturaLuís Diamantino Batista

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A Marácula é uma associação cultural cujo objectivo é ser uma estrutura de pesquisa, investigação, criação e produção cénica e multimédia, que pretende explorar vários tipos de metodologia criativa e que se recusa a possuir uma linha estética específica que lhe sirva de cartão de visita. E muito embora os seus fundadores entendam o teatro como a casa-mãe que, neste momento, melhor os acolhe individualmente, pretendem encontrar, durante o percurso a trilhar pela associação, outras casas onde marcar presença, tais como as artes gráficas, as artes circenses, as artes plásticas, a dança, a música, o cinema.Entendendo cada criação como um evento que é, em si mesmo, um universo com princípio, meio e fim, esta estrutura visa libertar-se de constrangimentos formais desnecessários à prática artística: a Marácula – Associação Cultural escolherá as formas mais apropriadas para responder aos desafios surgidos no seu percurso, tentando sempre conciliar esta opção com o crescimento técnico e artístico dos seus integrantes e com o contexto cultural, social e político em que trabalha. A consciência do meio envolvente é, acreditam os seus fundadores, um requisito indispensável na sustentação de um trabalho artisticamente relevante e com perspectivas de futuro crescimento.

A Ventos e Tempestades − Associação Cultural, com sede em Vila do Conde, tem como principais objectivos a sensibilização, divulgação, produção e criação de projectos no âmbito da dança contemporânea e outras artes performativas.A Associação, fundada em 2011, nasce do encontro de profissionais da dança e da necessidade de criação de uma plataforma para o desenvolvimento dos seus projectos, individuais e colectivos.Companhia Ao Vento, Relâmpago e Levante são os projectos já desenvolvidos pela Ventos e Tempestades.

20——22.nov.2015

20 NOV / SEXTA

14h30 e 16h00 • Sala de Ensaios[DANÇA / MATEMÁTICA]

"O homem que só pensava em números (Solo)" por Pedro Carvalho(Apresentado no âmbito do Programa de Educação Estética e Artística do Ministério da Educação. Lotação reservada.)

21h00 • Sala Principal[TEATRO]

"O Cisne" por Tiago Regueiras

22h00 • Sala de Ensaios[DANÇA CONTEMPORÂNEA]

"Quase corpo" por Hugo Emanuel Magalhães

23h00 • Subpalco[TEATRO]

"Diário de um Louco" por Pedro Galiza

21 NOV / SÁBADO

17h00 • Subpalco[CIRCO DE AUTOR]

"326 MORMURs" por Dídac Gilabert

18h00 • Frente ao Garrett[NOVO CIRCO]

“Outrora” por Crestina Martins

19h00 • Sala de Ensaios[DANÇA]

"uma forma quase cilíndrica" por Teresa Santos

21h30 • Sala de Actos[PERFORMANCE]

"Un après-midi de la poésie pour la liberté (Solo)" por Isabel Costa

22h00 • Sala Principal[TEATRO]

"Només Ricard" por Xavier Torra(Espectáculo apresentado em

Catalão, com legendas em Potuguês)

22 NOV / DOMINGO

17h00 • Sala de Ensaios[DANÇA / MATEMÁTICA]

"O homem que só pensava em números (Solo)" por Pedro Carvalho

18h00 • Sala Principal[DANÇA CONTEMPORÂNEA]

"Martha" por Sara Garcia

18h30 • Frente ao Garrett[CIRCO / TRAPÉZIO]

"Planisfério" por Joana Martins

21h00 • Sala de Actos[TEATRO]

"A Mulherzinha" por Inês S Pereira

22h00 • Café-concerto[TEATRO FÍSICO]

"Sapo al Vapor" por Giselle Stanzione

B I L H E T E S À V E N DA N O C I N E -T E AT R O G A R R E T T • 1 ESPECTÁCULO – 5€ • 3 ESPECTÁCULOS – 10€ • 5 ESPECTÁCULOS

– 15€ • PASSE GERAL – 30€ • Lotação das Salas • Sala Principal – 246 lugares • Subpalco – 70 lugares • Sala de

Actos – 50 lugares • Sala de Ensaios – 70 lugares • Café-concerto – 50 lugares • Reservas • 252 090 210 (Cine-Teatro

Garrett) • [email protected].

“Sessenta e oito anos e doente.” Síntese biográfica de um actor derrotado que, ao fim de mais de quatro décadas de palco, olha para trás e não consegue ver nada além de uma vida desbaratada ao serviço do ócio de estranhos. A aguda consciência da grandeza do teatro, da sua força, indispensabilidade e glória, contrapõe-se, neste espectáculo, à desiludida aceitação dos imensos sacrifícios a que se vêem obrigados muitos dos seus mais fervorosos praticantes, sonhadores destemidos que, em paga da sua militância, são recompensados com o esquecimento. Partindo de uma das mais emblemáticas peças em um acto de Anton Tchekhov, “O Canto do Cisne”, viajamos no lirismo embriagado e delirante de um comediante velho, gasto, amargurado e solitário, um homem cuja imaginação doente o faz reviver a grandiosa carreira que não teve. Entre companheiros invisíveis, citações avulsas, memórias distorcidas e impulsos inconcretizáveis, um homem só, num teatro às escuras, de garrafa na mão, desata-se em palavras para adiar, um pouco mais, o inevitável descer do pano.

Tiago Regueiras nasce em 1988 em Vila Nova de Famalicão. Em 2010 licencia-se em Teatro - Interpretação na ESMAE/IPP. No mesmo ano, faz estágio profissional na companhia espanhola TAPTC? Teatro, em Mérida. É locutor da VOZ ON Locuções e Produções Lda. e fundador da companhia portuense Teatro Bandido, onde participou como actor em vários projectos. Em 2015 trabalhou como intérprete na estreia nacional do projecto da companhia portuense TEatro Ensaio "A Decisão" de Bertolt Brecht, com encenação de António Durães. Co-fundador da companhia Marácula, exerce ainda os cargos de encenador e director de actores no Baú dos Segredos, da Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão.

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A partir de “O Canto do Cisne”,

“Ivanov” e “As Três Irmãs”

de Anton Tchekhov e “Hamlet”

de William Shakespeare •

Tradução (a partir da versão

inglesa de Marian Fell),

Adaptação e Direcção Pedro

Galiza • Interpretação Tiago

Regueiras • Desenho de Luz,

Espaço Cénico e Figurino

Pedro Morim • Caracterização

Crestina Martins • Produção

Marácula − Associação Cultural

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Foto de Nuno Leites

Quase corpo é uma performance de dança contemporânea, que teve origem num trabalho de investigação pessoal acerca do movimento e suas qualidades. Questionando-se sobre Quando e Onde estamos, o coreógrafo desenvolve a investigação em três momentos: a exploração de um espaço janela que é ocupado e que serve de local de absorvimento; uma maneira de interpretar a passagem do tempo deixando-se absorver pela novidade ou entregando-se ao lado repetitivo das horas; e a vontade de comunicar consigo e com os outros, deixando por vezes antever personagens distintas que estão presentes dentro do próprio ser e que se manifestam de modos diferentes, dando origem a um encontro de memórias que fazem desta narrativa uma forma de expressão pessoal.

Hugo Emanuel Magalhães nasceu em Guimarães em 1979. Licenciado em Ensino de Educação Física / Escola Superior de Educação de Fafe, Mestrado em TIC para a Infância / Universidade do Minho, Braga. Como intérprete trabalhou com a Buzz Companhia de Dança e Companhia Ao Vento. Cria e interpreta em 2011, Muros Altos / Buzz Companhia de Dança Contemporânea. Em 2010, efetuou uma residência artística na Associação Cultural LAC em Lagos da qual resultou a performance Montana em Portugal ainda está por descobrir. Lecciona dança para crianças em colégios e contemporâneo em escolas de dança. Encontra-se a frequentar o Specialist Diploma in Choreological Studies: Contemporary Developments in Rudolf Laban's Principles and Practice no Conservatório de Música e Dança Trinity Laban, em Londres.

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Criação / Interpretação Hugo Emanuel Magalhães • Ambiente (original) Hugo Emanuel MagalhãesDA N Ç A C O N T E M P O R Â N E A • M / 6 • ≈ 3 0 m i n

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Foto de Hugo Emanuel Magalhães

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"Ainda que isto seja loucura, há aqui método."Hamlet, de William Shakespeare

Um homem, funcionário público, fidalgo, bem-pensante, arrogante, sumamente pobre, orgulhoso membro das classes altas da sociedade russa de meados do século XIX, redige, à luz da vela, o seu diário, traduzindo, em palavra escrita, os assombros, frustrações, medos e amores que, à clara luz do dia, não ousaria jamais enunciar.Numa viagem tortuosa, cómica e patética, este homem, a cada parágrafo mais perto da vertigem delirante e abandonada, lega ao papel (e ao público) o único tesouro que possui: a sua imensa e inconformada imaginação. Indomável vontade de se ser mais do que se é, de se ter mais do que se tem e de se aspirar, sempre, àquela derradeira paixão que todos, de uma forma ou outra, partilhamos: o desejo de se ser compreendido. Louco, sim, como Gogol o descreve no título. Mas também lírico, sensível, apaixonado, herói tragicómico de uma sociedade envernizada e corrupta, vítima impotente dos seus superiores, capataz empedernido dos seus inferiores, um homem, enfim, do seu tempo. Mas também de todos os tempos e, definitivamente, deste nosso tempo. Substituam-se os nomes das ruas, os cortes das casacas e os títulos dos oficiais e este é um diário que nos assenta como uma luva...Numa proposta teatral agreste, onde a liberdade criativa do actor respira no espaço vazio, minimalista, da cena, é na estreita relação entre o corpo enunciador do intérprete e o público que este espectáculo se edifica. Não há aqui voyeurs passivos e protegidos por uma imaginária quarta parede. O público é o papel onde o nosso louco irá escrever o seu diário. Mais do que testemunhas ou juízes, os espectadores são amigos, são o último refúgio de uma alma em sobressalto permanente...

Pedro Galiza nasce em 1986 na Póvoa de Varzim. Em 2008 licencia-se em Teatro - Interpretação na ESMAE/IPP. Integra elencos de espectáculos dirigidos por João Cardoso, Emília Silvestre, Rogério de Carvalho, Carlos Pimenta, Jordi Ribot Thunnissen, entre outros, com textos de Martin Crimp, Connor Mcpherson, Moliére, Frank Mcguinness, Paul Verlain. Desde 2008, integra a direcção d’A Filantrópica – Cooperativa de Cultura, CRL, onde desempenha também a função de formador de Expressão Dramática, encenando vários espectáculos. Encena, em Barcelona, os espectáculos “Macbeth” para “InMediaRes”, em 2012 e “Només Ricard”, em 2013. Em 2014 participa como intérprete no espectáculo de teatro-dança “Narcís - I Wandered Lonely”, numa coreografia de Jordi Ribot Thunnissen. É co-fundador, em 2013, da companhia Marácula, onde encena os espectáculos “O Cisne”, a partir da obra de Anton Tchekhov e “A Mulherzinha”, a partir do conto homónimo de Franz Kafka. É o dramaturgo do espectáculo “Sapo al Vapor” e interpreta o solo “Diário de um Louco”, a partir do conto homónimo de Nikolai Gogol. É, desde 2011, um dos programadores do “Philantra - Festival de Arte Independente”, na Póvoa de Varzim. 20

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"Diário de um Louco" de Nikolai Gogol • Ideia

Original, Tradução (a partir da versão inglesa de

Claud Field) e Interpretação Pedro Galiza •

Encenação Giselle Stanzione • Assistência de

Encenação Inês S Pereira • Espaço Cénico, Figurino

e Desenho de Luz Pedro Morim • Banda Sonora a

partir de Mikhail Glinka, Sergei Rachmaninoff,

Franz Liszt, Mily Balakirev e Modest Mussorgsky •

Produção Marácula − Associação Cultural

T E AT R O • M / 1 2 • ≈ 1 h 0 5 m i n

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Foto de Nuno Leites

Floresceu no início de um cinzento inverno, em terras onde dificilmente o sol beija o chão. Flutuava na densa névoa, antes de andar pelas áridas planícies nas quais o blues se funde com o trotar dos cavalos. Nesses prados com "lei", onde a política continua a ser uma fraude e a televisão tenta adormecer as massas, ele permanece no solitário deserto à espera de uma gota de água que lhe permita viver durante outro longo tempo. A vida parece mais simples quando se vive com pouco, pensa, enquanto a areia contempla a paisagem à espera da noite que traz o frio e, de novo, a rosada alvorada.

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326 MORMURs nasce da busca pessoal, de voltar às raízes, para que cresçam os ramos e encontrar novos caminhos no ar, outras formas de comunicar. O que é necessário? O que não o é?Quanto necessitamos para viver? Como queremos viver? O que queremos dar aos que nos rodeiam?Estas são questões que respondi a mim mesmo para criar este momento partilhado.

Didac Gilabert (1983), diabolista, nasceu em Balaguer [Lleida]. Estudou engenharia química na URV [Tarragona], mas em 2005 decidiu abandonar os estudos para aprender Circo. Começou o seu contacto com este mundo na EMCA [Alcorcón] para depois aprofundar conhecimentos na CARAMPA [Madrid]. Uma vez terminados os estudos de circo, especializando-se em malabares, prosseguiu a pesquisa da técnica de uma forma mais livre. Viajou a Toulouse para ver como se desenvolvia o circo em França, e aprender dos ambientes de treino e criação que aí dispõem [Le Lido e a Granerie]. Partilhando o dia a dia com grandes pessoas também artistas, muitos deles malabaristas, foi encontrando um caminho mais pessoal de defender e desenvolver a sua especialidade [o diábolo]. Desenvolve o seu projeto pessoal, troposfera.net. Atualmente reside em Portugal onde colabora regularmente com a Companhia Erva Daninha e a Ventos e Tempestades.

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Criação e Interpretação Dídac Gilabert • Apoio à

Criação Vasco Gomes • Música André Lima • Luz

Romeu Guimarães • Produção troposfera.net •

Apoio à Produção Julieta Guimarães • Co-produção

Companhia Erva Daninha • Apoios ESMAE/IPP,

Panmixia / IEFP - Cace Cultural Porto, Santa Cecília

(Emanuel Santos), Mafia

C I R C O D E A U TO R • M / 1 2 • ≈ 2 5 m i n

Foto de vintiset.net

Pó. Um sótão com pó. Armários com pó, baús com pó. Livros e álbuns soterrados em pó. Guarda-jóias com pó. Vestidos com pó. Vestidos lindos, antigos. Vestidos da mãe, das tias, das avós. E quem diz vestidos, diz sapatos. E diz jóias. Brincos. Anéis. Colares. Colares lindos. Colares já esquecidos no pó. Colares com memórias. Tantas memórias. Da mãe. Das tias. Das avós. Dos colares de pérolas que a mãe usava ao domingo, do camafeu da avó. De vê-lo baloiçar no seu peito antes que eu fechasse os olhos e adormecesse com o seu canto de embalar...

Pó, memórias e um sorriso. De outrora.

Crestina Martins, intérprete com descendência portuguesa, nascida nos Estados Unidos, em 1988. Formada em Teatro - Interpretação pela Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo, do IPP, em 2010. No mesmo ano, faz estágio profissional na companhia espanhola TAPTC? Teatro, em Mérida. Em 2013, co-funda A Marácula, onde participa como actriz em três espectáculos. Volta a colaborar com TAPTC? Teatro nesse mesmo ano, como assistente de encenação de Troya: un juego escénico inspirado en la Ilíada, inserido em Agusto en Mérida do Festival Internacional de Teatro Clássico de Mérida. Em 2015, forma-se em artes circenses na Escuela Internacional de Circo y Teatro CAU, em Granada, onde se especializou em acrobacia aérea. Desde então, já criou dois solos acrobáticos: Saudade e Outrora.

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Interpretação Crestina Martins • Criação e Concepção

Plástica Crestina Martins • Guarda Roupa Cármen

Regueiras • Banda Sonora a partir da canção tradicional

“Oh, Rosinha vem-te comigo” • Com Adaptação e

Edição de Tiago Regueiras • Guitarra Tiago Moreira •

Voz Crestina Martins • Desenho de Luz Pedro Morim

• Produção Marácula − Associação Cultural

N O V O C I R C O • M / 6 • ≈ 1 0 m i n • E N T R A DA L I V R E

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Foto de Tiago Regueiras

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uma forma quase cilíndrica materializa gestos e estados quase invisíveis que o corpo carrega na tentativa de preservar a vida. Caminhar. Colectar. Carregar. Gerir. Usar. Solucionar. Viver.

A imagem de uma mulher a transportar água foi o ponto de partida para o processo de criação de uma forma quase cilíndrica. O próprio corpo aparece na performance como um transportador de água e estados. Neste corpo operário reconhece-se o esforço para obter o essencial, numa actividade diária que, culturalmente, está muitas vezes destinada à mulher e é por ela repetida ao longo da vida, em prol da comunidade. Assim, a água é a matéria central e condutora da história, juntamente com os objectos necessários para a recolher, armazenar e utilizar.

Teresa Santos nasce em Vila do Conde, em 1985. Em 2007 conclui a Licenciatura em Dança - Ramo de Educação - pela Escola Superior de Dança do Instituto Politécnico de Lisboa. É professora de dança em diferentes espaços e contextos educativos. Como intérprete, participa em projectos de Pedro Carvalho, Teresa Prima, Ismael Ivo, Jean Daniel Fricker e Ana Renata Polónia. É co-fundadora da Ventos e Tempestades e de vintiset.net.

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Direcção, criação e interpretação Teresa Santos •

Assistência de direcção, desenho de som e luz Dídac

Gilabert • Produção Companhia Ao Vento / Ventos e

Tempestades - Associação Cultural • Apoio Centro

Municipal de Juventude de Vila do Conde • Estreia

Corrente Alterna - Mostra de Criações Incógnitas,

uma co-produção Companhia Erva Daninha e Teatro

Nacional São João, 2013

DA N Ç A • M / 1 2 • ≈ 3 0 m i n

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Foto de João da Cruz

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Em Un après-midi de la poésie pour la liberté sonham-se, oram-se, realçam-se e colorem-se emoções e impressões, de passagens adulteradas e liberdades equivocadas. Um acto poético – ou performático, using the parlance of our times – que retrata, em sucessivos cenários, por onde se movem desejos, sonhos e convicções.Na relação com as obras L'après-midi d'un faune de Stèphane Mallarmé e Prélude à l'après-midi d'un faune de Claude Debussy, a proposta insinua-se, em jeito de cacofonia, na personificação de uma liberdade animista, hostil e selvagem tal como o Fauno.

Isabel Costa nasce no Porto em meados de Julho de 1987, cresce em Vila do Conde e actualmente vive e trabalha entre o Porto e Lisboa. É Mestre em Práticas Artísticas Contemporâneas pela FBAUP e Licenciada em Dança pela ESD/IPL. Enquanto intérprete, colabora desde 2009 com vários artistas e estruturas destacando Aldara Bizarro, Alexandre Sá, Comédias do Minho, Isabelle Schad, Luciano Amarelo, Teresa Prima e Pedro Carvalho. Das suas criações destaca body textures e Textures Workbook (Mostra desNorte 2015/TNSJ, no contexto da sua tese de Mestrado); Projecto S (Porto, 2010), e Lembras-te de dançar? (Torres Novas, 2012). Destaca também na área do vídeo-arte, Ensaio para um novo corpo natural (perspectiva) (2014), e Leveza (2008), em parceria com Sónia Armengól.

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Texto e Concepção Alexandre Sá e Isabel Costa

• Interpretação Isabel Costa • Música Claude

Debussy - Prélude à l'Après-midi d'un fauneP E R F O R M A N C E • M / 1 2 • ≈ 1 0 m i n

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Foto de Isabel Costa

“A piedade de olhos lacrimosos não vive nos meus olhos.”William Shakespeare

"Només Ricard" (Apenas Ricardo, em catalão) é, acima de tudo, um solo que encontra na peça “A Tragédia do Rei Ricardo III”, de William Shakespeare, o seu ponto de partida. Uma única visão do mundo sanguinário e tétrico da obra é aqui trabalhada: a visão de Ricardo. Todas as outras personagens apresentam-se como marionetas manipuladas por ele, sendo apenas invocadas estética ou textualmente. Ricardo é autor, actor, encenador e público da sua própria e retorcida criação.Da imensa pobreza de um palco vazio, o actor toma nas suas mãos todo o poder cénico. O seu corpo transmuta-se, adapta-se, recria-se, fragmenta-se, é um e muitos, está em todo o lado e não está em lado nenhum. Busca-se sempre o minimalismo de meios por forma a concretizar o efeito cénico justo, a dose correcta de estímulo visual e intelectual que possa colocar o espectador dentro do processo significativo, criando uma relação directa, íntima e simbólica entre este e o actor.Ricardo, ansioso por reinar, lançar-se-á numa impiedosa corrida pela coroa, reavivará as chamas da guerra, arrasará as famílias de York e Lencastre e transformará a Inglaterra num matadouro. A ascensão aos céus de um verdadeiro demónio e a sua retumbante queda no mais abismal dos infernos.

Xavier Torra nasce em 1984 em Calaf, na província de Barcelona, Catalunha. Completa dois anos de Interpretação na escola Aules de Barcelona e, em 2013, licencia-se em Interpretação – Teatro de Texto no Institut del Teatre de Barcelona. Trabalha como actor com os encenadores Elena Fortuny (“Hamlet”), Vanessa Segura (“Paràsits”), Martí Viñas (“Un Tramvia Anomenat Desig”), Nicolas Chevallier (“Vamos a por Guti”, “Bostezo 2.0”, “Shell” e “Teenage Dream”), Pep Tosar (“Tot es Just”), Joan Castells (“Adverténcia per a Embarcacions Petites”), Pedro Galiza (“Macbeth” e “Només Ricard”), Albert Boronat (“Shell”, no Festival GREC de Barcelona), Marc Chornet e Raimón Molins (“Hamlet”), Ricard Soler (“Fuenteovejuna”, que ganhou o prémio MAX). Em 2012, encena e actua no espectáculo “Otello”. É co-fundador da companhia “Proyecto NISU”, com a qual faz uma digressão pelo Circuito de Teatros Independentes de Espanha e com a qual ganha o Prémio “Escena Simulacro”, organizado pela Sala Trángulo, em Madrid, e o Festival FIB. 21

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Baseado na Obra "A Tragédia do

Rei Ricardo III" de William

Shakespeare • Interpretação e

Adaptação Xavier Torra • Direcção

e Adaptação Pedro Galiza •

Assistência de Direcção Giselle

Stanzione • Design de Luz e Som

Oriol Rufach • Cenografia Josep

Latorre • Design Gráfico Adriana

Leites • Motion Design Nuno

Leites • Fotografia Nuno Leites e

Pedro Galiza • Produção Marácula

− Associação Cultural

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O homem que só pensava em números: espectáculo de dança e matemática estreado em 2011 (versão trio), no Teatro de Campo Alegre, Porto, uma co-produção Companhia Instável e Serviço Educativo da Fundação Ciência e Desenvolvimento, promovido pela Câmara Municipal do Porto.

O homem que só pensava em números (Solo) é uma performance de dança e matemática, construída como um estudo artístico-científico, centrada na história de um homem que dedica toda a sua existência aos números e suas conexões. Aí, nesse mundo de fantasia, este homem descobre sentidos para cada pensamento e movimentos para cada descoberta.

Pedro Carvalho nasceu em Portimão, em 1972. É licenciado em Ensino de Matemática e Pós-Graduado em Jogos/Complementos de Matemática. Dedica-se à implementação das artes no ensino, desenvolvendo o conceito de Dança/Matemática Criativa. Colaborou com a Fundação Narciso Ferreira, o Núcleo de Experimentação Coreográfica (Porto), Porto2001, Teatro Aveirense, Centro Cultural Vila Flor (Guimarães), entre outros. Foi seleccionado para o Prémio Fundação Ilídio Pinho Ciência na Escola. Na sua formação em dança destaca a Companhia de Dança Contemporânea de Évora, o Centro de Dança do Porto, o Núcleo de Experimentação Coreográfica, a Companhia Instável e o Centro em Movimento (CEM). É fundador da Ventos e Tempestades – Associação Cultural. Actualmente é formador de Dança no Programa de Educação Estética e Artística do Ministério da Educação.

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o Criação / Interpretação Pedro Carvalho • Música (original) André

Lima • Vídeo (projectado) João Rei Lima • Co-produção Projecto

Relâmpago/Ventos e Tempestades – Associação Cultural e Companhia

Instável/Porto • Apoio Centro Municipal de Juventude de Vila do

Conde e From the Core – pilates studio • Estreia Solo Cata-Vento

2012 - IV Festival Internacional de Circo e Artes de Rua/Corda Bamba,

Teatro Municipal de Vila do Conde

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Foto de Nuno Leites

Em 2015 celebra-se o 85º aniversário da estreia do solo icónico Lamentation de Martha Graham, uma das referências da dança do século XX. Martha é uma homenagem ao seu modo de ver a arte, à forma como influenciou toda a dança ocidental, na procura de uma verdade, na emoção da partilha do movimento que vem de dentro e se concretiza numa contracção, num relesase ou na interpretação de um sentimento/conceito/história.

Sara Garcia nasceu na Póvoa de Varzim, em 1990. É diplomada pela Escola de Dança do Conservatório Nacional, onde trabalhou com professores/coreógrafos como Margarida Bettencourt, Constança Couto, Cristina Pereira, Rui Lopes Graça, Luís Guerra e Nicolaas Marckmann. Posteriormente, formou-se em Arquitectura, na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Frequentou ainda a Academia de Bailado Pirmin Treku, onde trabalhou com Benvindo da Fonseca e Rui Lopes Graça e a Professional Ballet School of Porto, sob direcção artística de Roman Vassiliev, tendo trabalhado com a coreógrafa Sylvia Rijmer. Profissionalmente, trabalhou com o bailarino/coreógrafo inglês Alexander Whitley e o grupo de design de luz Marshmallow Laser Feast para uma performance na Trienal de Arquitectura de Lisboa e com o coreógrafo Ruben Marks, numa produção apoiada pelo Teatro Nacional S. João. Actualmente é bailarina freelancer. Trabalha com o coreógrafo Pedro Carvalho e colabora com o Estúdio B.

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Criação / Coreografia Pedro Carvalho • Criação

/ Interpretação Sara Garcia • Música (original)

José Pedro Sousa • Desenho de Luz Pedro

Morim • Criação Cadeira Hugo Barros e Pedro

Xavier Oliveira • Agradecimentos José Lima

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Foto de vintiset.net

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Um suspiro. Um desabafo. Uma partilha em voz audível, de pensamentos correntes.

Uma relação à distância. O dia-a-dia em ausência. A espera de um voltar, infinitamente demorado.

O aguardar da vida, completa, não apenas em suspenso.

Joana Martins (1988) é natural de Vila do Conde. É mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Fernando Pessoa - FCS, exercendo em Farmácia Comunitária desde 2011. Praticante de ginástica no Ginásio Clube Vilacondense por 11 anos, conjuga a prática deste desporto com a natação sincronizada. Entre 2002 e 2006 tem aulas regulares de danças urbanas com Momentum Crew. Praticante de Pilates desde 2005. Entra em contacto com o circo em 2006, desenvolvendo aéreos de uma forma autodidacta. Recebe formação com Isadora Branco, Alcina Mendes, Clara Solana, Juliana Martins, Paulina Almeida, Ilja Mook, Pamela Demócrito, entre outros. Cria os solos “Aquando” e “Leituras” e dá formação de trapézio fixo em vários encontros e convenções de circo. Participa como intérprete em espectáculos da Corda Bamba, Núvem Voadora, Radar 360 e Companhia de Teatro Umbigo. Co-cria a Cia.Pendente. Colabora com a Companhia Ao Vento desde 2011. Paralelamente, desenvolve projectos na área da escrita e artes plásticas.

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Criação / Interpretação Joana Martins • Música

Ricardo Leitão Pedro • Créditos de imagem JPedro

Martins • Texto Joana Martins • Voz-Off Inês

Garrido • Apoio Estúdio 80 – Pilates

C I R C O/ T R A P É Z I O • M / 6 • ≈ 1 0 m i n • E N T R A DA L I V R E

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Foto de JPedro Martins

A Mulherzinha a partir de “A Mulherzinha”, “À Noite”,

“A Ponte”, “Regresso a Casa”, “Descrição de uma

Desavença”, “O Abutre” e “Carta a Oskar Pollak”, de

Franz Kafka • Ideia Original, Adaptação, Interpretação

e Voz-Off Inês S Pereira • Tradução (a partir da versão

inglesa de Willa e Edwin Muir), Adaptação e Encenação

Pedro Galiza • Espaço Cénico, Desenho de Luz e

Figurino Pedro Morim • Sonoplastia Nuno Leites •

Produção Marácula − Associação Cultural

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eira Há aqueles que amamos, que respeitamos, há aqueles que nos são indiferentes,

indistintos, indiferenciados e há, também, aqueles que odiamos, que tememos, que desprezamos. Poderá uma só pessoa ser todas essas outras pessoas que compõem a fértil paisagem das relações humanas? Poderá uma só individualidade albergar em si um tão diversificado catálogo de vícios e virtudes que, pela sua simples enumeração e enunciação, duvidamos estar a falar de uma única pessoa? O inesgotável drama da identidade, da multiplicidade do ego, do sermos quem somos face ao que pensam que somos, é o inquietante assunto em tese n' “A Mulherzinha”. Tendo por base o conto homónimo de Franz Kafka, escrito no ano de 1923 em jeito de mordaz homenagem à sua senhoria em Berlin-Steglitz, este é um exercício cénico sobre a personalidade, a sua percepção e aceitação, sobre o estilhaçar do “eu” em múltiplos fragmentos que alimentam um permanente e irresolúvel conflito entre si. Somos todos, cada um à sua maneira, um cosmos em eterna ebulição. E ninguém mais do que a nossa protagonista que, perante uma moldura vazia, guerreia pela afirmação do seu lugar no mundo.

Inês S Pereira nasceu em Almada, Lisboa, em 1989. Trabalha em teatro, desde 2005, integrando várias produções como actriz e ministrando formações com jovens a partir de 2008. Obteve a sua formação profissional na ESMAE - Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo. Já trabalhou com professores, criadores e encenadores como Richard Stourac, Marco António Rodrigues, Jorge Silva Melo, Nuno Carinhas, Lee Beagley, Inês Lua, Luís Varela, Rodrigo Malvar, Catarina Lacerda, Claire Binyon, António Durães, Ewan Downie, etc. Em 2011 funda o Pelintra - Grupo de Teatro Amador d’ A Filantrópica - CRL, co-dirigindo e encenando as suas produções com Pedro Galiza e Crestina Martins. É membro de direcção, produtora e programadora d’ A Filantrópica desde 2013 e do Philantra - Festival de Arte Independente desde 2011. Em 2013, co-funda a Marácula, uma Associação Cultural transnacional, sediada em território nacional, com produções em Portugal e Espanha. O espectáculo a solo “A Mulherzinha” é a sua mais recente produção, inserida no FIS — Festival Internacional de Solos, e é o reflexo do consecutivo exercício de exploração e investigação teatrais.

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Foto de Nuno Leites

A vilania nua, de faca e alguidar, esbracejante e histérica, é tão... óbvia. Traça linhas demasiado carregadas na areia: deste lado, o opressor, desse, o oprimido. Não, não, não... Há já décadas que enterrámos o absolutismo espampanante e selvático de bigodinho curto, risquinha ao lado, mãozinha no ar e olhinhos alucinados de quem grita a plenos pulmões “Invado a Polónia e depois logo se vê...” Essa é uma água que borbulha, ferve e queima, mas que incita à rebeldia por parte dos visados. É uma água violenta, sim, bárbara, sem dúvida, retrógada, xenófoba, imperialista, fascista, que embala na campa milhões de almas e mergulha o mundo nas trevas do apocalipse, mas, ao menos, ao menos, é honesta. É uma água clarinha e transparente, um lago efervescente de maldades declaradas e catalogadas. A água tépida da ignorância onde entramos em paz e pelo nosso próprio pé, cuja temperatura sobe sem que demos conta e que quando ferve é já tarde demais, essa é a água onde se cozem os sapos. Que são, meus queridos, exactamente como nós.

Giselle Stanzione nasceu em 1989 em Caracas, Venezuela. Em 2013, licenciou-se em Interpretação - Teatro de Gesto no Institut del Teatre de Barcelona. Como actriz, trabalhou sob a direcção de Pedro Galiza, Montse Bonet, Sophie Kasser, Joan Cusó, Alfred Cases, Núria Mestres, entre outros, e como intérprete e bailarina, sob a direcção de Álvaro de la Penya e Jordi Ribot. Trabalhou como desenhadora e construtora de marionetas para diversos espectáculos da Marácula, bem como para o grupo A-Pin, de Ametlla de Mar. Foi assistente de encenação nas produções de “Macbeth” e “Només Ricard”, ambas dirigidas por Pedro Galiza, em Barcelona. Aprofundou a sua formação em dança com cursos intensivos ministrados por Matej Matejka, Guy Nader e Maria Campos. Trabalhou com Pere Sais no laboratório “Cos, Veu, Acció” (baseado no trabalho de J.Grotowski). Actualmente, estuda Mimo Corporal Dramático na MOVEO e lecciona aulas de danças Latinas em Cerdanyola del Vallès.

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Ideia Original Giselle Stanzione • Texto Pedro Galiza e Giselle Stanzione •

Encenação Xavier Torra • Interpretação Giselle Stanzione • Desenho de Luz Pedro

Morim • Cenografia Pedro Morim • Design de Video Nuno Leites • Produção

Marácula − Associação CulturalT E AT R O F Í S I C O • M / 1 2 • ≈ 5 0 m i n

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Foto de Giselle Stanzione

Por esta primeira edição, o nosso mais sincero e sentido agradecimento às equipas técnica e de produção do Cine-Teatro Garrett, à Manuela Ribeiro, a todo o público, a todos os amigos e a todos os apoiantes. Esperamos poder contar convosco nos próximos passos que viermos a dar.

Co-ProduçãoCine-Teatro GarrettMaráculaVentos e Tempestades

LogísticaInês S PereiraMarta Vasconcelos

Equipa de PatrocíniosMarta VasconcelosNuno LeitesPedro CarvalhoPedro Galiza

Comunicação e DivulgaçãoAdriana LeitesNuno Leites

Directoria TécnicaPedro Morim

Equipa TécnicaDídac GilabertHugo Emanuel MagalhãesNuno LeitesOriol RufachPedro CarvalhoPedro GalizaTeresa SantosTiago RegueirasXavier Torra

Responsável de SalaMarta Vasconcelos

Equipa de SalaAdriana LeitesCrestina MartinsDídac Gilabert Giselle StanzioneHugo Emanuel MagalhãesInês S PereiraIsabel CostaJoana MartinsPedro GalizaSara GarciaTeresa SantosTiago RegueirasXavier Torra

Apoio à BilheteiraAdriana LeitesGiselle StanzioneInês S PereiraNuno LeitesPedro Carvalho

Registo AudiovisualNuno Leitesvintiset.net

DesignSnack Studio (welovesnack.com)

ImpressãoNorprint – A Casa do Livro(norprint.pt)

FIS – Festival Internacional de [email protected]/fistival

Cine-Teatro GarrettRua José Malgueira, 1/15, 4490-647 Póvoa de Varzim252 090 [email protected]

Marácula914 780 [email protected]

Ventos e Tempestades919 106 [email protected]

PARCEIROS