de · santa catharina ..... 250 69 246 65 4 4 s. tbiag,, ..•..... 342 33 3h ... angra. secretaria...

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t ·,1 Anno 1867 -- Numero 49 Sexta feira l' de· marco DE FOLHA OFFICIAL DO GOVERNO PORTUCUEZ. ~o escriptorio da direcção, roa da Escola Polytechnica, 22, deve ser di- 11 · PREÇOS li Ao administrador da. loja da venda, João de Andrade Taborda, rua Au- rig1da a correspondencia official da capiral e das provincias,franéa de porte, Por tres mezes.. S/J000 ••• com estampi lha 81,600 li Annnncios, por li n ha. . .. . .......... • . •••• •• t.'J060 gnsta, 224 e 226, se deTP. d irigir , franca de po1·te, a correspondeocia parti• bem como os periodicos que trocarem com o D1An10. - Annunciam-se todas Por seis mezes.. 5/1600 •• com estampilha 61S600 Comwunicados e correspondencias, por linha •. ~_060 cular para. realisar assigoaturas, e para a publicação de editaes, annunoio1 a.a publicações litterarias de que se receberem dois exemplares . , Por um anno ... 10.,j000 : •• com estampilha 12~000 Numero · avulso, por cada. folha. de oito paginas /}040 ou communicados, acompanha.da da respectiva importancia. . Suas ~agestades e Altezas passam se~ novidade_ 1 em sua importante saude. · · . PARTE OFFI . CIA.L MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO R~INO DIREOQÀO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO POUTICA 1.ª Repartiçã o Synopse geral, por lfreguezias, do numero dos eleitores e elegi veis, recenseados em i866 , compa,rada com a do anno de :1.865, e or- ganisada pelas respectivas commissões de recenseamento nos circulas eleitoraes.do districto de Angra do Heroi;mo, para exe- cução do disposto no aitigo 19. 0 da carta de lei de 23 de novem- bro de i859 CIRCULO N.• 157 -ANGRA DO HEROISMO CONCELHO DE ANGRA DO REROISMO Em 1866 Em 1865 Differençás em 1866 ------ Freguezias :3 -~ ., ., Eleitores Eleglveis .. " " ·,; - E .. g > - · .;, -.;, ., -,; " ·,; "~ "., "., "o ril ril ril ,.,_ "'o .. - .. " "" "'" "" "" o. í3 p.. ã P-< a P-< a Nossa Senhora dos Mi- Jagres ..... , ...... S. Jorge, das Doze Ri- 41 4 56 15 4 ,.,- beiras ... , ........ 74 15 63 H 15 Santa Barbara ... ; . : . 116 13 148 4 32 9 S. Bartholomeu ..... , 58 7 78 3 20 4 S. Matheus .......... 46 2' 76 1 30 1 Belem' .............. 75 5 126 4 51 1 _:. S. Pedro ........... . 127 40 115 19 12 21 Santa Luzia ..... •... . 157 42 162 22 5 20 S. Bento ............ 57 9 71 3 14 6 .................. 281 139 276 99 5 40 Conceição ..... . .. , .. 204 75 199 40 5 35 S. Pedro, da Ribeirinha 136 10 176 40 10 -- -- -- -- ------ 1372 361 1546 195 33 207 166 Sala das sessões da ~ommissão do recenseamento, 19 de abril de 1866.= O presidente, Nicolau ilnastacio de Bettencourt= O secreta- rio, José lvlaria Parreira, CIRCULO N.• 158- VILLA DA PRAIA DA VICTORIA. CONCELHO DA VILLA DA PRAIA. DA VICTORIA . Em 1866 Em 1865 Differenças em 1866 .. .. ., .. Eleitores Elegi vela Fregnezlas f ·,; " ',l ------. E .. g .. ',l ·.;, " õl - ... " .. 58 .. ., ; g ril " ril " ;o;; .. - r:.'l ril " .. P-< a p.. ª P-< a p.. ª -- -- -- -- ---- -- -- Praia da Victoria .. , , 222 36 212 11 10 .- 25 -- Fonte do Bastardo .... 37 3 44 - - 7 3 - Cabo da Praia ....... 66 7 55 2 11 - 5 - Fontinhas ........... 101 9 65 2 36 - 7 - Lages . , ............ 189 14 170 1 19 - 13 - Villa Nova .... , ..... 111 - 44 - 67 - - - Agualva ............ 75 3 45 - 30 - 3 - ~~atro Ribeiras ...... 30 1 44 - - 14 1 - 1scoutos ....... .... 46 5 69 1 - 23 · 4 - Altares ... , , .. , ..... 199 1 153 1 46 - - - -- -- -- ------ -- -- 1076 79 901 18 219 4! 61 - Sala das sessões da commissão do recenseamento 18 de maio de 1~66..:= 0 1 pr~sidente, João Homem de Menezes = Os ~ogaes, Manuel Szmoes d Am~ = Manuel Machado Borges= Joaquim de Menezes Toste = Antonio To,te Ormonde = Antonfo Coelho Ribeiro. CONCELHO DE S. SÉBASTIÃO Fregnezias 'Villa de S. Sebastião .. Porto Judeu ........ . Em 1866 ------ .. ., ., ',l s -a ',l r:.'l -- 95 24 65 11 Em 1865 Dlfferenças em 1866 ------ :l ., Eleitores Elegivels ',l .s .. ',l :! 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Mathcus ........ ,. , 88 12 124 8 - 36 4 - Senhora das Neves ... 169 5 205 3 - 36 2 - SenhÕra do Rosario .. . 92 5 99 3 - 7 2 - -- -- -- -- -- -- -- -- 740 119 829 61 13 102 58 - Sala das sessões da commissão· do recenseameμto, 28 dj'l. março de 1866.= O presidente, Miguel Teixeira Soares de Sousa= O secreta~ rio, J oão Pereira da Cunha Pacheco. CONCELHO DA CALHETA Em 1866 Em 186,'í Differenças em 1866 Freguezias ., ., e m El eitores Elegiveis f ·,; ·,; E . !: E .. · ,; to "õl · .;, .. ., "~ "., "., " " .. ·- .. " ... - !;; 8 . ril ril ril ril "'" .. ., ..... P-< a ~a P-< a p.. ª -- ------ -- -- -- Santa Catharina ..... 250 69 246 65 4 4 S. Tbiag,, ..• ........ 342 33 3H 40 2 7 S. Lazaro ._ .. , , ...... 85 18 88 15 3 3 -- ---- -- -- -- 677 120 678 120 4 5 7 7 Sala das sessões da commissãe> do recenseamento, 9 de novembro de 1866. =o= O presidênte, Tlwmás Freire Freitas= O secretario, Vital do Carvalhal Azevedo. 1 CONCELHO DE SANTA CRUZ (ILHA GRACIOSA) Em 1866 Em 1865 Dlfferenças em 1866 Freguezias .:i m ., Eleitores Elegi veis í:! o f ·,; - ------- B .!: E . !: ., -.; to ·,; "' ""' "~ ;-; "o .5l " ril f;j ril :;·a .. " ... " "'1 "'" "" P-< a P-< a p.. í3 P-< a Santa Cruz .......... 246 41 249 41 3 Guadelupe . . . . . . . . . . 230 38 212 42 18 4 4 476 · 79 461 83 18 3 Sala das sessões da commissão do recenseamento, 22 de abril de 1866. = O presidente, Bartholomeu Simas. CONCELHO DO TOPO Em 1866 Em 1865 Fregnezla fil ., :3 ·~ ',l ·,; .. > -.;, ·.., / .5l "'1 ril 1 "'1 -- -- Nosáa Senhora do Ro- sario . . . . . . .. . .. . . 393 5 407 5 Differenças em 1866 Eleitores Elegi veis ------. ------ "" P-< a "~ .. " .,., P-< a 14 Sala das sessões da commissão do recenseamento, 6 de abril de 1866. = O presidente, João Silveira Leonardo. CONCELHO DA VILLA DA PRAIA (ILHA GRACIOSA) Em 1866 Em 1865 Differenças em 1866 ------. Freguezias ., .. ., ., f ',l " ',l E > g .?; ·.., ·,; -.; .. .5l " ril1, ril ril "'1 --------- -- -- -- s. Matheus . . . . .. . . .. 175 9 184 7 Nossa Senhora da Luz 174 167 349 9 351 7 Eleitores .... ~] 7 7 :!~ "~ ' P-< a 9 9 Eleglv.els .. .... "o :. ;; '"'" .... P-< a P-< a 2 2 Sala das sessões da commissão do recenseamento, 7 de abril de 1866. = O presidente, José João de Sim.as e Cunha, DlRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA 2.• Repartição Por decreto de 13 de fevereiro foi nomeado o bacharel João José de Antas do Souto Rodrigues para o Jogar de segundo ajudante do observatorio astronomico da universi- dade de Coimbra. ,/ 5. Repartição Por decreto de 14 de fevereiro foi nomeado o bacharel José Leite Monteiro para a propriedade da cadeira de phi- losophia racional e moral e principios de direito natural de:, lyceu d? Funcha!. l\lINISTERIO DOS NEGOClOS ECCLESIA STICOS ,E DE JUSTIÇA DIREOÇÃO GERAL DOS NEGOCIOS EOOLESIAS'.rICOS t.• Repartição ' Em virtude de resolução superior se declara aberto con- curso, na conformid.ii-d,e do artigo 13. 0 do decreto de 2 de janeiro de 1862 (publ'icado no Diario de Lisboa n. 0 4 do dito ann~), p~ra provi':Ilento das igrejas parochiaes constan- tes da .relação seguinte : Bezelga (Santa Cruz), concelho de Penedono, bispado de Lamego. Ega (Nossa Senhora da Graça), dito de Condeixa, bispado de Coimbra. Evora (S. Mamede), dito de Evora, arcebispado de Evora. Outeiro (S. Miguel), dito de Tondella, bispado de Vizeu. Os presbyteros que pretenderem ser apresentados em qualquer das referidas igrejas parochiaes farão subir por esta secretaria d'estado os seus requerimentos, documenta- dos em conformidade éom o que se determina no artigo 15. 0 do sobredito decreto de 2 de janeiro, dentro do praso de trinta dias, contados da publicação do presente annuncio na folha o:fficial do governo, devendo requerer separadamente para cada uma das igrejas que pretenderem, e ficando na intelligencio de que os requerimentos em que pedirem mais de uma igreja valerão para o concurso d'aquella pela qual claramente mostrarem preferencia, ou, não a mostran- do, para o concurso da primeira que mencionarem; Na mesma conformidade.se declara aberto concurso, pelo praso de sessenta dias, para o provimento do beneficio-pa- rocho vago na collegiada da igreja matriz do Santissimo . Salvador da cidade da Horta, da ilha do Faial, bispado de Angra. Secretaria d'estado dos negócios ecclesiasticos e de jus- tiça, direcção geral dos negocios ecclesiasticos, em 28 de fevereiro de 1867.=Luiz de Freitas Branco, director geral. MISISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA REPARTIÇÃO DE SAUDE 2.ª Secção Previnem-se os srs. officiaes em commisaão na capital, que no dia 2 de março proximo futuro se pagam, na com- missão dos fundos d'esta repartição, á Estrella, as impor- tancias das contas de lenha e illuminação dos hospitaes mi- litares, relativas ao mez de jan~iro ultimo. Em 28 de fevereiro de 1867. = O chefe da repartição, Francisco da Assumpção. l\IlNISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR 2.• Direcção-1.• Repartição Attendendo ao que me representou o bacharel Luiz Aclria- no de Magalhães e Lencastre, juiz de direito da comarca de Barlavento, na provincia de Cabo Verde : hei por bem transferi-lo para igual Jogar na comarca de Sotavento da mesma provincia, vago pela transferencia do dr. Macario de Sousa Pinto Cardoso para a comarca de Salsete, no es- tado da India. O ministro e secretario d'eatado interino dos negocios da marinha e ultramar assim o tenha entendido e faça execu- tar. Paço, em 26 de fevere~ro de 1867. =REI.= Visconde da Praia Grande. Attendendo ao que me representou o bacharel Gonçalo Manuel da Rocha Barros, juiz de direito da comarca de Bardez: hei por bem transferi-lo para a comarca de Bar- lavento, na província de Cabo Verde, vaga pela transferen- cia do bacharel Luiz Adriano de Magalhães e Lencastre para a comarca de Sotavento por ~ecre~o d'esta data: O ministro e secretar'lo d'estado mtermo dos negomos da marinha e ultramar assim o tenha entendido e faça execu- tar. Paço, em 26 de fevereiro de 1867. =REI.=-Visconde da Praia Grande. '

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Page 1: DE · Santa Catharina ..... 250 69 246 65 4 4 S. Tbiag,, ..•..... 342 33 3H ... Angra. Secretaria d'estado dos negócios ecclesiasticos e de jus

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Anno 1867 -- Numero 49 Sexta feira l' de· marco

DE FOLHA OFFICIAL DO GOVERNO PORTUCUEZ.

~ ~o escriptorio da direcção, roa da Escola Polytechnica, 22, deve ser di- 11 · PREÇOS • li Ao administrador da. loja da venda, João de Andrade Taborda, rua Au-rig1da a correspondencia official da capiral e das provincias,franéa de porte, Por tres mezes.. S/J000 ••• com estampi lha 81,600 li Annnncios, por linha. . .. . .......... • . •••• • • t.'J060 gnsta, 224 e 226, se deTP. d irigir, franca de po1·te, a correspondeocia parti• bem como os periodicos que trocarem com o D1An10.- Annunciam-se todas Por seis mezes.. 5/1600 •• • com estampilha 61S600 Comwunicados e correspondencias, por linha • . ~_060 cular para. realisar assigoaturas, e para a publicação de editaes, annunoio1 a.a publicações litterarias de que se receberem dois exemplares. , Por um anno ... 10.,j000 : •• com estampilha 12~000 Numero·avulso, por cada. folha. de oito paginas /}040 ou communicados, acompanha.da da respectiva importancia.

. Suas ~agestades e Altezas passam se~ novidade_ 1 em sua importante saude. · · .

PARTE OFFI.CIA.L MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO R~INO

DIREOQÀO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO POUTICA

1.ª Repartição

Synopse geral, por lfreguezias, do numero dos eleitores e elegi veis, recenseados em i866, compa,rada com a do anno de :1.865, e or­ganisada pelas respectivas commissões de recenseamento nos circulas eleitoraes.do districto de Angra do Heroi;mo, para exe­cução do disposto no aitigo 19. 0 da carta de lei de 23 de novem­bro de i859

CIRCULO N.• 157 -ANGRA DO HEROISMO

CONCELHO DE ANGRA DO REROISMO

Em 1866 Em 1865 Differençás em 1866 ------~ Freguezias :3 -~ ., ., Eleitores Eleglveis .. " " ·,; -E .. g > -·.;, -.;, ., -,;

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Nossa Senhora dos Mi-Jagres ..... , ... ...

S. Jorge, das Doze Ri-41 4 56 15 4 ,.,-

beiras ... , ........ 74 15 63 H 15 Santa Barbara ... ; . : . 116 13 148 4 32 9 S. Bartholomeu ..... , 58 7 78 3 20 4 S. Matheus .......... 46 2 ' 76 1 30 1 Belem' .............. 75 5 126 4 51 1 _:.

S. Pedro ........... .. 127 40 115 19 12 21 Santa Luzia .....•.... 157 42 162 22 5 20 S. Bento ............ 57 9 71 3 14 6 Sé .................. 281 139 276 99 5 40 Conceição ..... . .. , .. 204 75 199 40 5 35 S. Pedro, da Ribeirinha 136 10 176 40 10 -- -- -- -- -- -- --

1372 361 1546 195 33 207 166

Sala das sessões da ~ommissão do recenseamento, 19 de abril de 1866.= O presidente, Nicolau ilnastacio de Bettencourt= O secreta­rio, José lvlaria Parreira,

CIRCULO N.• 158-VILLA DA PRAIA DA VICTORIA.

CONCELHO DA VILLA DA PRAIA. DA VICTORIA

. Em 1866 Em 1865 Differenças em 1866

.. .. ., .. Eleitores Elegi vela Fregnezlas f ·,; " ',l ~ ------.

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p.. ª -- -- -- -- -- -- -- --Praia da Victoria .. , , 222 36 212 11 10 .- 25 --Fonte do Bastardo .... 37 3 44 - - 7 3 -Cabo da Praia ....... 66 7 55 2 11 - 5 -Fontinhas ........... 101 9 65 2 36 - 7 -Lages . , ............ 189 14 170 1 19 - 13 -Villa Nova .... , ..... 111 - 44 - 67 - - -Agualva ............ 75 3 45 - 30 - 3 -~~atro Ribeiras ...... 30 1 44 - - 14 1 -

1scoutos .......•.... 46 5 69 1 - 23 · 4 -Altares ... , , .. , ..... 199 1 153 1 46 - - --- -- -- -- -- -- -- --

1076 79 901 18 219 4! 61 -Sala das sessões da commissão do recenseamento 18 de maio de

1~66..:= 01 pr~sidente, João Homem de Menezes = Os ~ogaes, Manuel

Szmoes d Am~ = Manuel Machado Borges= Joaquim de Menezes Toste = Antonio To,te Ormonde = Antonfo Coelho Ribeiro.

CONCELHO DE S. SÉBASTIÃO

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'Villa de S. Sebastião .. Porto Judeu ........ .

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160 35 239 2 79 33

Sala das ses~ões da commissão ?º recenseamento, 18 de março de 1866. . O pr~1dente, José Ferreira Drumond = O vice-secretario Antomo Correw Pacheco. 1

CIRCULO N.• 159-VILLA DAS VÉLAS

CONCELHO DA VILLA DAS _vÉLAS

• Em 1866 Em 1865 Differenças em f866 ------.

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740 119 829 61 13 102 58 -Sala das sessões da commissão· do recenseameµto, 28 dj'l. março de

1866.= O presidente, Miguel Teixeira Soares de Sousa= O secreta~ rio, João Pereira da Cunha Pacheco.

CONCELHO DA CALHETA

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-- -- -- -- -- --677 120 678 120 4 5 7 7

Sala das sessões da commissãe> do recenseamento, 9 de novembro de 1866. =o= O presidênte, Tlwmás Freire dé Freitas= O secretario, Vital do Carvalhal Azevedo. 1

CONCELHO DE SANTA CRUZ (ILHA GRACIOSA)

Em 1866 Em 1865 Dlfferenças em 1866

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Sala das sessões da commissão do recenseamento, 22 de abril de 1866. = O presidente, Bartholomeu Simas.

CONCELHO DO TOPO

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Sala das sessões da commissão do recenseamento, 6 de abril de 1866. = O presidente, João Silveira Leonardo.

CONCELHO DA VILLA DA PRAIA (ILHA GRACIOSA)

Em 1866 Em 1865 Differenças em 1866 ------.

Freguezias ., .. ., ., f ',l " ',l E > g .?; ·.., ·,; -.; ..

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Sala das sessões da commissão do recenseamento, 7 de abril de 1866. = O presidente, José João de Sim.as e Cunha,

DlRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA

2.• Repartição Por decreto de 13 de fevereiro foi nomeado o bacharel

João José de Antas do Souto Rodrigues para o Jogar de segundo ajudante do observatorio astronomico da universi­dade de Coimbra.

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5. • Repartição

Por decreto de 14 de fevereiro foi nomeado o bacharel José Leite Monteiro para a propriedade da cadeira de phi­losophia racional e moral e principios de direito natural de:, lyceu d? Funcha!.

l\lINISTERIO DOS NEGOClOS ECCLESIA STICOS ,E DE JUSTIÇA

DIREOÇÃO GERAL DOS NEGOCIOS EOOLESIAS'.rICOS

t.• Repartição '

Em virtude de resolução superior se declara aberto con­curso, na conformid.ii-d,e do artigo 13.0 do decreto de 2 de janeiro de 1862 (publ'icado no Diario de Lisboa n.0 4 do dito ann~), p~ra provi':Ilento das igrejas parochiaes constan­tes da .relação seguinte :

Bezelga (Santa Cruz), concelho de Penedono, bispado de Lamego.

Ega (Nossa Senhora da Graça), dito de Condeixa, bispado de Coimbra.

Evora (S. Mamede), dito de Evora, arcebispado de Evora. Outeiro (S. Miguel), dito de Tondella, bispado de Vizeu.

Os presbyteros que pretenderem ser apresentados em qualquer das referidas igrejas parochiaes farão subir por esta secretaria d'estado os seus requerimentos, documenta­dos em conformidade éom o que se determina no artigo 15.0

do sobredito decreto de 2 de janeiro, dentro do praso de trinta dias, contados da publicação do presente annuncio na folha o:fficial do governo, devendo requerer separadamente para cada uma das igrejas que pretenderem, e ficando na intelligencio de que os requerimentos em que pedirem mais de uma igreja só valerão para o concurso d'aquella pela qual claramente mostrarem preferencia, ou, não a mostran­do, para o concurso da primeira que mencionarem;

Na mesma conformidade.se declara aberto concurso, pelo praso de sessenta dias, para o provimento do beneficio-pa­rocho vago na collegiada da igreja matriz do Santissimo

.Salvador da cidade da Horta, da ilha do Faial, bispado de Angra.

Secretaria d'estado dos negócios ecclesiasticos e de jus­tiça, direcção geral dos negocios ecclesiasticos, em 28 de fevereiro de 1867.=Luiz de Freitas Branco, director geral.

MISISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA REPARTIÇÃO DE SAUDE

2.ª Secção Previnem-se os srs. officiaes em commisaão na capital,

que no dia 2 de março proximo futuro se pagam, na com­missão dos fundos d'esta repartição, á Estrella, as impor­tancias das contas de lenha e illuminação dos hospitaes mi­litares, relativas ao mez de jan~iro ultimo.

Em 28 de fevereiro de 1867. = O chefe da repartição, Francisco da Assumpção.

l\IlNISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR

2.• Direcção-1.• Repartição Attendendo ao que me representou o bacharel Luiz Aclria­

no de Magalhães e Lencastre, juiz de direito da comarca de Barlavento, na provincia de Cabo Verde : hei por bem transferi-lo para igual Jogar na comarca de Sotavento da mesma provincia, vago pela transferencia do dr. Macario de Sousa Pinto Cardoso para a comarca de Salsete, no es-tado da India. •

O ministro e secretario d'eatado interino dos negocios da marinha e ultramar assim o tenha entendido e faça execu­tar. Paço, em 26 de fevere~ro de 1867. =REI.= Visconde da Praia Grande.

Attendendo ao que me representou o bacharel Gonçalo Manuel da Rocha Barros, juiz de direito da comarca de Bardez: hei por bem transferi-lo para a comarca de Bar­lavento, na província de Cabo Verde, vaga pela transferen­cia do bacharel Luiz Adriano de Magalhães e Lencastre para a comarca de Sotavento por ~ecre~o d'esta data:

O ministro e secretar'lo d'estado mtermo dos negomos da marinha e ultramar assim o tenha entendido e faça execu­tar. Paço, em 26 de fevereiro de 1867. =REI.=-Visconde da Praia Grande.

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cidos, para não confessarem a defi.ciencia do seu direito Seguindo o mesmo pensamento, procurei continuar a ?bra com a certeza do castigo, tem diminuido a perpetração dos levem a ousadia até suspeitar da intei~eza dos julgadores'. gloriosamente iniciada por outros, e concorrer com a mmha crimes mais graves.

E como aos poderes publicos tambem corre a obrigação sincera collaboração para este generoso empenho. Factos em abono do que deixo exposto não faltam. Te-de vel~r pelo de~oro e re.putação dos magistrados, bem se Reformar as prisões, acommodando -as aos p,·ogress.os da mo-los perto de nós. póde dizer que neste partwular as prescripções da proposta penalidade e assegurando-lhes as indispensaveis condições A pena de morte está abolida de facto entre nós desde n. 0 1, a que estou alludindo, satisfazem igualmente as con- de capacidade, segurança e salubridade, esse é como vedes muitos annos. Fez-se a ultima execução em abr.il de 1846. veniencias do serviço publico. 0 meu principal propoEito. Mas. pela estreita connexão que Desde então até hoje não tem augmentado a criminalidade

S~n~ores\ exprimi ha pouco -a confiança que tenho na prende o systema das pri~ões á legislação penal, pareceu- como_ se póde ver pelo mappa que acompanha esta propost~ re~tidao ~mt~s.vezesprovada da magistratura portugueza, a me que devia cuidar do remodelamento e al teração d'aquella de lei. CUJa respeitabilidade folgo de prestar tão publico testemunho. legislação, no que mais instantemente estava pedindo re- A estatistica criminal desde 1850 até 1860 não póde dei-

Todavia nenhuma classe póde ter a certeza de que al- forma e requerendo emenda. Fôra incompleto o meu traba- xar de considerar-se defectiva e imperfeita. Escasseavam 08

~~ dos seus membros não esquecerá os seus de~eres, ~a- lho, se reformando as prisões mantivesse inalteraveis as elementos para se organisar regularmente aquelle serviço. <:rificando-os a interesses e paixões, que ferem a 1mparc1a- penas. A ~statisti~a de 1861, já pubiicada., e que deve suppor-se hdade e disvirtuam a justiça. E porque não pareça estranho que, na mesma occasião mais perfeita e exacta.., accusa bastante augmento de crimi-

Contra factos d'esta ordem na magistratura judicial pro- em que o governo se propõe sujeitar ao exame do parla- nalidade. com relação ao anno anterior; mas se se compa­v:idenciou a lei de 21 de julho de 1855, permittin~o a apo- mento o projecto de codigo prnal, venha submetter sepa- rar o numero de homicidios v9luutarios e consummados com­sentação forçada dos juizes que, por factos praticados _no radamente á vossa ~onsideração uma proposta de lei que mett_idos n'aquelle anno, que foram 215, com O dos ~rimes exercício das suas funcções, se tornassem 1;11oral~ente m- naturalmente cabe e pertence ao plano d'aquelle projecto, praticado~ co~tra as pessoas, que foram 4:052, teremos que capazes de continuar a exercer

O nobre officw de Julgador. direi apei;ias que não só as providencias contirlas n'e~ta a proporçao d aquelles para estes pouco excede a 5 por cen­

Foi previdente esta lei fornecendo os meios de afastar da proposta foram subordinadiis ao pensamento e systema do to, ~º- p_asso que em 1860 se commetteram 142 crimes de carreira da magistratui'.a os juizes que, desconceituados na proj ecto de reforma do codigo penal-, que brevemente vos hom1c1d1? e 2:467 contra as pessoas, 0 que dá differença opinião publica, fossem uma injuria para a sua classe e será presente senão q.ue na me~ma urgencia dos males que- para mais entre uns e outros. Em 1862 ainda é mais fa. um perigo para os cidadãos. intento atalhJr, e na· natural detença e morosid;.;de que re- vorav~l a proporção. A estatist,ica dá 195 homicídios vo-

Pareceu-me sempre que era pelo menos do espírito do, quer o exame e approvação de trabalhos d'aq~ell1~ ordem, ~ntarios E;_ cqnsummados e 4:330 crimes contra as pessoas.

legisladqr O

contentar-se em taes caso~ com a expressão estão sobejamente indicadas as rasces que me rnc rnaram a proporçao entre aquelles e estes pouco excede a 4 por da opinião publica ilíustrada, attenta a d1fficuldade de obter- propor-vos a reforma parcial e immediata da legislação pe- cento. E deve advertir-se que tendo augmentado 08 crimes provas legaes de factos de corrupção praticados sem teste- na!. . contra as pessoas em 1862 com relação ao anno anterior JD;Unhas, e que raras vezes deixam ele si seguro documento. A preci.emos as princi paes disposições ,da proposta de lei soffreram sensivel diminuição os homicídios, a que mais ge~ Todavia têem-se suscitado duvidas na applicação da lei, e a que estou alludind·o. ralme~t~ é applicavel a pena de morte. . era por isso mister fixar-lhe a interpretação, para que o Avulta ent1'e todas a qne supp.rime a pena de morte ,nos Pelo. que de~xo _d_ito, vê -se que está abolida, pelos costu-supremo tribunal, ao qual incumbe consultar sobre taes crimes civis. Largo tem decor,rirlo o pleito di ~putado entre mes, pela sua mutihdade,. pela prescripção de longos annos aposentações, possa guiar-se pelos dictames da consciencia, os defensores das gafantias sociaes, que n'aquella extrema a pena de morte. Convem pôr as leis de accordo cotn os s.em necessidade de provas jurídicas, ou de factos deduzi- e sanguenta punição julgam ver assegurarla a ordem _e ~e- factos .. Se se n~o executa, se contr& a sua execução se in­dos especificadamente contra aquelles de cuja aposep.tação fenfl ida a sociedade, e o.s zelosos propugnadores da. rn VIO· surger1a o sent_1men~o e a conscien c1ia publica, para que se tratar. labilidade da vida humana, que amaldiçoam como desneces- manter essa antmomia entre as leis e os costumes, buscando

E não se pense que n'este sentido é violenta a di sposi- saria e cr,iminosa a pena que pag~ o sangue com sangue, intimidar com phantasmas o espírito dos povos? -<;ão da lei. Se podessem apontar -se factos positivos, acom- ·que mata mas não corrige, que vinga mas não melhora, e Nasce o crime da paixão ou do interesse. A paixão não panhados de provas juridicas, fôra inutil a lei de 1855, que usurpando a D eus as prerogativas da vida e fechando pensa. O interesse consulta friamente a rasão, e esta ensina-o . ~orque lhes _seria applicavel o processo ordinario que ~eq:i a porta ao arrependimento, apaga no coração do conde- ·a não receiar uma pena que_ se não cumpre. Onde está en­Togar nus cnm,e$ commettidos por magistrados no exerci: ·mnado toda a esperança de redem pção,: e oppõe á fallibidade tão a sua effi.cacia? Levam -me estas considerações a coo-· cio, das suas funcçõ es. Não se trataria de aposentar u;;n juiz, ida justiça humana as trevas de uma puniçii o irreparavel. duir· pela desnecessidade ,da pe:p.a de morte no estado actual mas de julgar um réu. DPsde Beccaria até Mittermayer com varia sorte tem cor- do paiz. Substituo-lhe a prisão perpetua cellular, e ahi julgo

Aq~i a aposentação não é uma condemnação penal, não rido o ce,rtame. Fôr.a long.a a reproducção dos argumentos eu ver a melhor garantia de que não padecerá á adminis- ' é a privação da categoria e do vencimento, é a penas o afas- com ."que em abono de ambas as opiniões. se ha ora defen- tração da justiça, nem soffrerá a.. sociedade co~ a suppres-tamento do julgador descon.ceituado, das funcç~es qu.,· já, dido, ora oppugnado H necessidade e l"gitimidad e da pena são d'aquella pena. . não póde exercer com a devida auctoridade e necessario -de morte. Levantada á altura de um gi:ande problema so- A lacuna que ella deixa na legislação penal será assim ,prestigio. cial, as nações e os governos, os. philosophos e os estadistas convenientemente preen,chida. Não folgará o crime á custa

Sà.o estes os intuitos da proposta n. 0 2. . consagraram-lhe particulare!'l cuidados e procuraram conci- da lei, nem ficarão os poderes sociaes desarmados de forças Occu pando-me de, reformas e apei:feiçoamentofi ua admi- ·liar em ra,' ional solução os direitos d~ humanidad'e com as defensivas para enfrear e repeli ir as violações do direito e

n,istração da justiça, fôra gravissimo e i·ndesculpavel esque- gar;aIJ.tias indispensaveis á s<'gurança e á ordem publicas. os attentados contra a ordem puqlica. m~en~u o não volver especial attenção para o deploi:avel e Está i6struido o processo. Resta sentencea-lo. Toca aos go- Senhores, notae que fallei em prisão ce1lular perpetua. m1serr1mo, estado das nossas prir,ões. vernos a iniciativa. · Estranho parece que na occasião em que intento expungir . T~ca.r n'este assurnpto o mesmo é que_ ,denunciar -a ur - Poucas · palavras resu,mirão o meu pensainento. Não vem da legislação criminal a mais severa e odiosa de todas as

genc1a do mal e a imtanci;i do remedio. E unisww e con- a meu intento ' longas di ssertações. Em assumpto tão estu- 1penas, deixe ainda no seu rasto a perpetuidade da prisão forme o sentimento geral. É conhecido o estado das nossas dado fôra ocioso reproduzir rasõ,is e idéas que andam de cellular. A p <11·petuidader das penas suppõe a ioporrigibili­cadeias. Estranha aIJ.thitese da nossa cí vilisação fl. au-ran te ha muito na circulação publica. Quero apenas fundamentar dade dos· <lei inquentes. E a condemna~âo · irrevogavel. E á des,mentido dos progressos da sciencia criminal ~ do~ sen- o que proponho. . luz dos princípios que hoje dominam a penalidade; as penas timentoª de humanidade que devem sua visar a austeridade Em meu pensar a pena de morte serill, legit.ima se a' jus- · . devem tender não só a punir o mal perpetrado, senão 'tamc das leis, mal podem satisfazer ao seu fim as. actuaes pri- tificasse a lei da proporcionalidade da pena ao delicto, e , bem !l, corrigir e reformar o criminoso. sõe~, construid~s em ~puchas remota~, en~ que as penas ex- iudeclinavelmente a reclamasse ·a necessi dad e social. O pri Assim é; mas ao eliminar da leg islação a pena de morte clumdo do castigo a 1déa moral e christã da regewr.içào meiro direito da sociepade é o da sua conservação. Se, pa.ra · impoFtava assegurar a soçüedade contra os crimes de mais lenta e progressiva do delinquente, fiavam a sua effi.cacia o assegurar, carecesse d'aquella extrema pena.lidade, não Levantada gravidade, e oppor na perpetuidade da pena in­dos terrores da intimidação, que procurava .responde r ao poderia conte\',tar-lh'a o di reito, nem recusar-lh'a a ci vi lisa- verJ.civel obstaculo á repetição d'elles. ~a~ com o mal, punindo r.,ais para vingar do que pai-a cor- ção e a moral.

1 A natur'eza dos crimes a que era applicada aquella pena

~1g1r, an_tes_ sob a lugubre impressão do crime, dtl que á Oode 'a estatistica criminal accusa a frequencia progres- · e a necessidade de garàntias sociaes explicam e defendem 1u~-~uav1ss1rna da espe1·ança de emenda e rehabilitação do siva de crimes de subida gravidade, onde não bastam as esta excepçâo aos indicados princípios. E demais n'um ·paiz ·Cnmmoso. diJigencias da pre-:ençãQ e a severidade das penas que n.ão constitucionalmente regido, póde sempre o alvedrio da pre-·

Outras são hoje felizmente as normas da penalidade. Co- atacam a vida , onde a instrucção, a .m oralidade, a brandtl roga.tiva rPal temperar o rigor da punição e 1.Dodificar a ie­mo todas ~s. ~cie~cias sociaes, o direito penal tem acornpa- ra dos costumes, não alcança.O) dispenaar o rigor d~ supre- veridad e das leis. Essa é a mais .,.enerosa attribuição do nhado a c1vd1saçao nos seus . progressos e a s1,c1·edaci nas 1·d d ·d d · l b t l · · d a· d p 11

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f b d d ma pena I a e, a necess1 a e soCia as a a eg1t1mar nos po er mo era or. or e a nunca se ec a ao con erona o suas successi vas tqi.nsformações . O criminoso deixou de, ser poderes publicos o direito. de applicar a pena de · moJ>te a porta da rehabilitação, nem se perde a e~perança do per-' reputado irreconciliavel ioimio-o da sociedade e das leis. A quand? ella não offenda a JUsta proporção entre o castigo dão ou comruutação das penas. ,Expiad0 o delicto e mani-cadeia, c_om· ser instrumento de punição, não de,·e ser es- e o crime f t d ~ d d 1· ~ á 1 d . · . . . . es a a a regeueraçao o e mquente, nao se esquecer a 'C0 a e 1mmoralidade, onde os instinctos do bem esmore- Dolorosa necessidade. Cáe o homem, a soc1erl.ade cam1- clemencia regia de levar á mansã,o dos infelizes as consola-çam,. e as_ ruins ~r?pensões s.e dilatem e apurem na triste nha, Cus~a ás vez~s lagrimas ? progresso. Impõe soffrimen- ções da liberdade ou da reducção das penas. Assim a per-

•convivenc1a do v1c10 e do crime. tos a 1ust1ça. É lei ~a humam~ade. . . . _ . petuidade do castigo perde no uso do direito de agraciar . A p>!nição 9ue no estado selvagem tinha por principio a Com o desenvolv1m.into porem da c1v1h~açao dilata-se a grande parte dos inconven,ientes que se lhe attribuem.

vrngança particular, o talião legal na civilisa<;ão do orien- força ,dos ~ovemos, armam-se de n_ovas . fac_tJ.ldades os ~o- Tambem pela proposta de lei, a que .estou alladindo, fica te, que na civilisação germa~ica se prestava ao resgate das deres pubhcos, derraq:ia-se_ ~ moralidade, d1ffunde-se a m- suppri~_ida ·a pena de trabalhos puhlicos. Não reun~ e_sta penas por multas, que se inspirou da escola stoica no mun- t ·- 1 bl d d t l t · · d

\9 rucçao, a arga-se a pu 1?1 a e, e por a ar _e cresce, e as condições requeridas hoi"e pela sciencia para consegmr .º o greco_-rom_an_o, to_ mou nos témpos modernos a feição ~e lev ta o d d d d t h d 1 fi J S · lh ªº .Pº er ª s~CI~ ª. P.,~ que parecena e~ ~an a up..1.0 m da intimidação e moralisação do culpado. UJ:I·

que e impprmu_ a 1?éa da cari~ade christã, pela qual se fraq~eza declinar para a J_unsd1cç~o do alg?z a dec1sao do tando-o ao desprezo publico e abatendo-o a seus proprios comprebende, se JUSt1fi.ca e se exige que o delinquente, ao c?n:fücto tra,vado entre_.,ª mnocenc1a e o crime. Que _a so- olhos, extingue n'elle todos os sentimentos de pudor e to· fecharem-se s_ o_b re elle as portas do carcere, possa ainda d d f d é d d d f d h 1 h b I me a. e se ae en a rasao '. m!s que. po en o : en er-se l .e completam_ ente. a sua regeneração. Não se aprovei~am v? ver re a 11taào á eoc.iedade, regenerado pelo arrepe..n- ~em 1mmolar á sua _conservaçao a vida dos delmquentes, os s.eu.s bons mstinctos. Fomenta-se-lhe a reacção contra a d1mento e remido pelo casti,,.o. h d d

D' ,., 1mpon a esnecessariamente a pena e morte, não o expli- pena e privando-o do ince f d f como que se

. . estas generosas e beneficas idéas se deixou in•pirar 0 f ·1 t · · l d d. ' n .ivo

0 re orma, di ~ ca .ac1 m_en fl a. smenc1a pena os no_ssos ias. lhe imprime e radica no espírito O amor do crime e o odio

reito penal. Da sciencia não podiam ellas deixar de tras- E aqm assoma se a voz da humamdade e do sentimento á r,ociedade. lada~-se para as _leis. Devem ser estas o reflexo d'aquella, a confirmar os qictames da sciencia e as tendencias da ci- Tambem se não póde ar · t . lidades eco· Modificada ª. legislação de accord.o com a scienoia, foria é vilisação. Levantam-se as assembléas legislativas contra 0 ncimicas d'esta pena gumen .ª

1 com as q?a · qual a

9.ue as cadeias accommodadas á anterior legislação sejam carrasco, instrumento brutal nas mã.os da lei, que 0 obriga esterilidad'> do trabalh~ofque densma abextpednenm;. nidade igualmente alteradas e reformadas. De outro modo haveri·a t . . . f .· a· . , orça o, que a a en o a 1g

h . d a ma ar ~~m consmencia, a eur sem o 10, ,ª pumr sem do homem extingue n'elle a espontan.ei·dade das faculdades

anac romsmo e e,accordo. Ou não seria cumprida a. le1· b l d d t d d d . . fi l , responsa 1 1 a e, a ver er sangue on e po era erramar iudividuaes e ni·vela co d t b lho SNa·o ou sena m e mente e:1;:ecutada. b 1 1. ·N 1 . m o o escravo o seu ra a ·

S h a sarno a re 1giao, e ancar ra1zes o remorso. conhecidos estes result a· d t b l ·rnentos

e_n __ ores, as cad_ eias que ora possuímos não têem as O t d. t d • 1 . . 1 . a os nos gran es es a e em di .. d d d s argumen os 1c a os pe a ,sc1encia e pe o sentimento 'penaes estrangeiros p d d . d t . quelle c~n . ço:s e ca~ac1 a e, salubridade e segurança que lhe.s são corroborados pelo testemunho dos factos. A estatística tim Entre nós esta' repara os e m us ,na p~da .ª sem sab md1spensaveis. Alguns e 1·mportantes melhoramentos se · t d t · . . ' · pena cumpre-se ou nas ca 01as reg1s o os acon ec1mentos sociaes, mcumbe-se de do·cu- trabalho ou nas ob br ' · · D re-hão _nos ultim?s annos introduzido n'este ramo d,e serviço mentar com o testemunho insuspeito dos algarismos a des- suita que nem ao U:eªs pu tªs 1 e m~mc~pads .. / ~;e ão publico . Merecidos louvores cabem por isso aos me~\; ante- necessidade da pena de morte no estado actual da socieda- que terp. porvent n?s ;a.e p~ a e cacia a m Ill?l aç !

~essores e ás differentes auctoridades que n'esse utilissimo de. · Onde 'os costumes dispensaram por inutil aquelle meio A p. ena de tr.,ubralhn ou rbols. pa1zées. b . 'd 1 de p1·1· -empenho se hão d 0 svelado. F1·aco e dei,ecti·vo remedio era d N N • .. a os pu 1cos su st1tm a pe a

" 1' e repressao, nao se acrescentou a criminalidade nem ba- são maior cellul ·d d d d · Porém esse para ta-o cresc1·dos males. d bl" b b ' ar segui a e egre o quearam os po eres pu ic@s asso er ados pela audacia do Para não cont ' . · · · · f. d · d ve

Convencidos. da urgenc1·a de uma r.erorma de mai·s dila- · l · · ·d d d ·d d rariar o prmc1p10 re orma or que e 1 ' cnme e pe a msegun a e a v1 a e a propriedade antes ser -consultado n · N ~ ' • • • •

~do alcance, alguns dos meus antecessores sujeitaram á com a moralisação dos costumes, com o derramam;nto da noso a possibil1·dadpumçao, e que sduppoe sedmpre no dp_mrn1e· discussão do parlamento differentes propostas com 0 ·intuito · t N d 1 · t d bl. . a e e a esperança e emen a enten 1 qu d lh

ms rucçao, com o esenvo v1men o a pu 1mdade com o nenhuma d'aqu ll d · ' d 1· ~ me . Ol""r e_ -reformar as actuaes pr-1· "O~es. . i, • d did ' e as penas e veria ser perpetua e g'"ª ue ,.. ,, apeneiçoarnento as me · as· preventivas e repre.ssivas e a. sija duração d · · 1 ' a· + Í , segun o o.s crnn.es a <!ue pe o co. 1go petia

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era applicavel a _Pena de trab~lhos pub~icos perpetuos e a' reram até descobrir os formosos dias da sua infancia, e de traba1hos publrcos temporarios. E mais longa a pena no volve depois á fria contemplação do seu infortunio, agitan­primeiro caso, é menor ~o _s~gundo. do-se-lhe sempre o espirita no mesmo doloroso pensamento,

De ~c,:ordo com os pr~c~pios ~xpostos proponho ta~ ~em na ~esma_ excruciante agonia; que muito é que um dia a a aboliçao d~ yena ~e prisao mawr perp~t~a ~ da d1stmc- Prov1denc1a, condoendo-se do infeliz, lhe apague para sem­ção entre prisao mawr com trab~l~o e p_nsao Simples, sub- pre a luz da rasão, matando-lhe a consciencia e tornando-o stituindo aquella pena pela de pr1sao ma10r cellular por seis insensível ao soffrimento ! ' annos e d~z N de de~redo, e ª de pris~o m~ior temporaria Evita estes inconvenientes o systema que preferi, o qual pela de pr1sao 1;11a1or cellular de dois a 01_to annos, que tendo por fundamento a completa separação de preso a preso, igualmente substituo á de degredo temp?ra_r10. . com trabalho, não exclue as relações indispensaveis com os

A p~na de degredo perpetuo é substitmda pela de pn- empreg~dos das cadeias, nem as communicações com paren­~ão ma10r cel!ular seguida de degredo pelo tempo que se tes, amigos ~ associações de caridade e instrucção, quando Julgar convement~. . o seu procedimento ou outro plausível motivo justificar essa

. Por onde _se ve que das quatro penas ma1or~s estab_ele- equitativa excepção á severidade do castigo .. cidas no cod1go penal, de morte, trabalhos publicos, prisão Assim o condemnado isolado na sua cella furtado ao °;lai_or com trab~l~o ou ~imples e de~redo, fic~uN apen~s sub- co_ntagio do vicio pela ~ompleta separação do; outros cri­sistmdo a de pr1sao, maior, convertida em prisao ma10r cel- mmosos, obrigado pela solidão a contemplar o passado, es­lular e perpetua num só caso; e a de degredo, sempre crayo do infortunio que r;,. todos os momentos se lbe refle­temporaria, e como complemento_ d'~quella. cte imp)acavel na triste recordação do delicto e alliviado

Não desconheço que esta ultim~ pe~a não pó~e ~a~il- a espaços no soffrimento pelo natural desafo~o das rela­mente defender-se em face dos mais adiantados prmc1p10s ções que se lhe permittem mais tarde ou mais cedo com ~e direito penal; mas pelo mo_do :orno na proposta é man- os espinhos do remorso e 'com as lagrimas do arre~endi­t1da e pela ~órma da sua apphcaçao clara:11ente se compre- mento, sentirá alvorecer no coração a luz, a principio in­hende o 1:3otivo e o fim da sua_ co12_ser~aça_o. d~ciaa e tímida, depois esplendida e radiosa, da conscien-

Como 1°:str~m~~t? de colomsaçao d~ffic1lmente nos será eia regenerada para o bem, redimida pela expiação e re­dado prescmd1r a elia; procura-se porem na proposta pre- suscita-da para a moralidade e para Deus. parar n~ sua applicação os possíveis el~mentos de reforma E nas horas do extremo desalento, quando o espírito ex­para evitar que os réus, ~uando se nao regRnerem com- tenuado estiver prestes a succumbir na luta com a des­pletamente, não vão affi1~1'. e _perturbar as colonias com a graça, vfrão as consolações de parentes e amigos, e os amo­ferocidade n_a~iva de seus mstmct?s, exacerbada pela cor- raveis conselhos da religião e da caridade segurar a espe­rupção adquinda na estrada do crime. rança no coração ermo de crenças, reanimar-lbe as forças

Por outro lado, não seria consentaneo ás boas regras de abatidas, inspirar-lhe a firmeza dos proposi~os e a coragem economia que nos impõe o estado da fazenda publica, dei- dos sacrificios. xar só a pena de prisão maior ce\lular para substituir to- A punição será effica.z, mas não cruel. Castigará a jus­das as penas maiores estabelecidas actualmente no codigo tiça, mas a religião, a familia e a amisade associadas no penal; pois que assim fôra indispensavel despender avulta- mesmo intuito de salutar redempção, porão o b.alsamo ao díssimas sommas na construcção de prisões com a capaci- pé da ferida, ajudarão a perigosa convalescença do enfer­dade necessaria para ahi se cumprirem todas as sentenças. mo, e entregando o delicto á expi ição, salv.arão a alma pa-

Da alteração da legislação p"nal que fica exp-osta, natu- ra a virtud,e, e o hQ,mem para a sociedade. ralmente se deduzia a ·necessidade de regular em harmonia Saudavel effeit0 das penas racionavelmente applicadas. com o novo systema a applicação das penas, quando occor- Ra ainda ouitro systema, a que se p6àe chamar mixto, rem circumstancias aggravantes ou attenuantes, e nos ca- praticado em alguns paizes, qu.e obriga os condemnados a sos de reíncidencia, crime frustrado e t,entativa, E pois que, cumprirem as penais com prisã0 e -isolamento durante certo pelo systema proposto, a pena de priaão maior cellular fica ' tempo, fazendo-os depois trabalbar em commum. Assim é sendo immedíatamente superior á prisão correccional, para que na cadeia cellular de Bruchsol, no grau-ducado de Ba­manter a necessaria próporcionalidade e harmonia-, julguei de, não póde o isolamento exceder o periodo de seis annos, conveniente reduzir esta ao maximo de dois annos, altere.o- salvo ·se o condemnado pedir a sua prolongação. Passado do n'esta parte o codigo penal que a eleva a tres annos. ·aquelle período Juntam-nos em pequenas divisões, obri-

Estabelecidas estas, e mais algumas disposições comple- gandQ-os a trabalbar em commum. mentares do pensamento principal da proposta, occupa-se Na cadeia de Pentonville, em Inglaterr.a, cop.servavam­esta da reforma das cadeias, d~terminando que a pena de se os presos a principio isolados por anno e meio até dois prisão maior cellular seja cumprida em prisões penitencia- annos. Depois o periodo ele is0lamento foi re<1uzido a quin­rias construidas para esse fim, devendo haver uma no dis- ze mezes, e mais tarde a um anno, indo por fim os con­tricto da relação de Lisboa, outra no do Porto, com quinhen- demnados trabalhar em outras cadeias 0u nos pontões, d'on­tas cellas cada uma, ambas para condemnados do sexo mas- de embarcavam para ser emprega.dos nos trabalhos das co -culino; e outra no districto d'esta ultima relação para con- lonias. . demnados do sexo feminino, com duzentas cellas. Parece me que por es~e systema s.e arrisca i rege,neração

Para a construcção d'estas cadeias propõe.se que desde dos condemnados, que pela communicação com os outros já se inclua no orçamento uma verba de 200:000aooo réis. criminosos, e pelo contagio da corrupção, facilJI)ente des-

Adoptou-se na proposta o regimen da prisão eellular com caírão no precipicio de que baviam começado a levantar-se, absoluta separação de preso a preso, de dia e de noite, com e perderão quaesqu•êr elementos de reforma que bouv,essem trabalho obrigatorio nas cellas, permittindo-se com as pre- aproveiliado no prjmeiro perio·do do cumprimento da pena. cisas cautelas, alem das relações necessarias com os empre- Confirmam os factos esta asserçã@, pois que segundo gados, visitas de parentes, de amigos e de associações de- o testemunho de Bucpetieux, em BruchsoJ, existiam em votadas á instrucção e moralisação dos presos. 1853 por crime de roubo em terceira reincidencia 131 cri-

Este foi um dos assumptos que mais especialmente attra- minosos, que haviam so:ffrido já a .prisão com isolamento. hiu a minha attenção. Ra longo tempo que o estudo dos O mesmo succede na prisão de Pentonvill.e, onde, segundo sys~emas penitenciarias preoccupa as meditações. dos crimi- o testemunho de Burt, capellão d'esta cadeia, a reducção ~ahstas, e convida os governos a serias e profundas inves- feita no periodo do isolamento tinha quasi completamente tigações. Trabalhos -e inqueritos conscienciosos hão illustra- annullado a efficacia da punição. do ~ questão, alumiando com a sciencia e com os factos o Senhores, é longa e diffieil a regeneração moral do cri­cammho das reformas. Não quero reproduzir aqui doutrinas minoso. Onde. a corrupção tem profundado as suas ra.izes e argumentos geralmente conhecidos. Basta-me explicar e absorvido todos os bons e generosos sen timentos, só pouco summariamente as idéas que vão inseridas na proposta. e pouco, com mão firme e vagarosa, com severidade no . São geralmente conhecidos os dois systemas penitencia- castigo e paciencia no moralisar e corrigir, com a. pena a

r10s ~e Auburn e Philadelphia. A prisão com isolamento, avivar sempre a lembra~ça ~o mal, e_ com Na relig;i.~o pro­de n01te, e trabalho em commum e em silencio durante O phetisando esperanças e msp1rand o resignaçao e bum1ldade, dia_, _é o fun?~mento d'aquelle. Este, na s11a pri:Oitiva aus- só assim, só com todos estes auxili~s se póde acabar f~liz ­tendade, SUJeita o condemnado a completo isolamento de mente tão ardua tarefa. Po-la em risco antes de concluida, dia e de noite, sem trabalbo, pcis que só mais tarde foi se não é temeridade grande, fôra pelo menos grave impru-suavisado aquelle rigor pela permissãe do trabalho. derreia.

~em discutir estes systemas, limito-me a dizer que não D'aqui já antevejo que com o ~ug1°:ento de despeza q~e ace1t? nem um nem outw. O de Auburn, pondo em com- necessita a construcção de novas cadeias, e com a penur1a mumcação de dia os condemnados, proporciona-lhes reJa- do thesouro publico, se ha de argumentar contra o systema ções, n_aturalmente derivadas da convivencia, que não s'ó que proponho. Difficuldade é, não o nego, ~as com s.e-lo contrariam os effeitos do isolamento nocturno perturbando não deve ter-se por tão ponderosa que lhe nao prevaleça 0

a m~ditaç?io e o _recolhimento interior, mas q~e mais tarde, necessario, o justo, o instantíssimo interesse da moralidade d~po!s de cumpridas as penas, attrahem frequentemente os publica. . . . N

cr1n:imosos para a estrada do crime que. haviam deixado. Não se resume a c1v1h~açao nos 1:3elhoramen~os mate­Assm:~ ª ~~a reforma torna~se quasi impossível ou pelo me- riaes que transformam a vida e?onomICa ~as naçoes. A _es­nos d1fficihma. cola onde se educa a intelligencia, a cadeia onde se castiga

· A impossibilidade de manter O silencio e a incommuni- 0 crime se regenera o delinquente e se defende a sociedade cabilidade,_ sem o auxilio de medidas violentas e crueis, pelo ex;mplo do castigo, não sã.o, _n~? pojem considerar-se conco:re amda para repellir este systema. menos valiosos subsídios p~ra a c1v1hsaçao, do que os o~-

0 1sola~ento abs?luto, que é a base do segundo, pela tros me:h?ramentos que criam commo_dos, desenvolve1;11 ri­sua d~~as1ada severidade exagera de tal modo os rigores queza e ÍOlI!ental:'1 o progresso material nas suas variadas da pumção, que longe de alcançar a reforma dos condem- manifestações. . . nados, acaba muitas vezes por lhes turbar a rasão, remiu- O que conve~ é averig~ar ba~ a ex1stenci~ do mal. Vem do-os da escravid~o da pena pela loucura, e sepultando nas depois a neeess1dade e a, mstanc13: do remed10. A despeza trevas da demenc1a o sentimento do infortunio e a conscien- severamente regulada pela economia não póde tolher o passo eia da responsabilidade. é. reforma. .

Quando no ermo da sua cella, sem uma consolação para E largamente reproductiva será. ella, pois que ~m paz, a dor~ sem amigos, sem um echo sequer da sociedade em em ordem, em se~~rança da.11 ~essoas e das prop~1edades, que viveu, condemnado só absorvido na contemplação do no socego das fam1has e na qmetação geral fruct1ficará o passado, evocando em

1

cada cnlpa um espectro, em cada capital assim despendido. . _ saudade um remorso, vae descendo pelos annos que decor- E depois como o estado .a.ctual das nossas pr1soes requer

595 prompto e inadiavel remedio, ou se ha de aceitar o que proponho ou teremos, de cruzar os braços diante do mal sem esperança de o atalhar, pois que seria gravíssimo des­acerto querer melhorar simplesmente as cadeias actuaes, in­teiramente inuteis para a applicação racional das penas, despendendo SQmmas avultadas na reparação de estabeleci­mentos que mais tarde teriam de ser abandonados.

A economia ahi seria prodigalidade e desperdicio. Deve ainda attender-se a que a despeza necessaria para

a construcção dos estabelecimentos penitenciarios será dis­tribuída por alguns annos, o que attenua o encargo actual, e a que segundo as disposições transitarias da proposta po­derá funccionar qualquer dos referidos estabelecimentos logo que esteja concluído, o que não só offerece grande vanta­gem pelo lado moral mas ainda pelo economico, pois orga­nisado devidamente o trabalho dos presos poderá com a. parte do producto d'esse trabalho pert.encente ao estado reduzir-se a importancia d'aquellas despezas.

E finalmente não deve esquecer-se que por um lado a ef­ficacia da punição ha de necessariamente diminuir o nume­ro dos delinquentes, e por outro lado que este systema com­bina tão racionalmente a intimidação e a moralisação, que a duração das penas por elle é muito menor do que E1,egun­do o codigo penal que hoje vigora.

Se a tudo se acrescentar que construidas as cadeias que proponho só pesarão sobre o estado as destinadas ao cum­primento de penas maiores e que para o custeio d'ellas con­correrá uma parte do trabalho obrigatorio dos presos, eu creio firmemente, senhores, que independentemente das con­siderações moraes, se poderá su~tentar que similhante des­peza é verdadeiramente 1•eproductiva.

Não me demoro na exposição de outras disposições da proposta que servem a desenvolver os seus princípios essen­ciaes por me parecerem de facil apreciação e por não alon­gar demasiadamente este trabalho.

Depois das prisões penitenciarias, em que deve ser cum­prid:a a pena de prisão maior cellular, cumpria regular a execução da pena de prisão correccional.

Adaptei tambem em relação a esta pena o systema cel­lular e completa separação de preso a preso, modificado apenas em relação ás communicações exteriore~ e ao tra­balho, e dividi a duração da pena em dõis periodos, deter­minand0-se q.ue sendo de ma.is de tres mezes fosse cumpri­da em cadeias districtaes, ,construidas de novo ou accom­modadas a esse fim, e em cadeias comarcãs quando fosse de menor duração.

Com relação á prisão preventiva dos réus apenas pro­nunciados e dos já &entenciados, mas não definitivamente· condemnados, dispõe a proposta que estejam presos nas ca­.deias comarcãs, com inteira separação, pelas mesmas rasões que aconselharam a applicação d'este syetema aos já defi-nit.ivamente condemnados. '

fünalmente nas disposições transitarias fixaram-se as re­gras necessarias para faoilit.ar a transição do systema actual para o outro. E assim se determinou que emquanto não es­tivesse em plena execução a reforma penal, por se não acha­rem construidas a& no v.as cadeias, os juízes nas sentenças conderonatorias impozessem alternativamente aos réus as penas correspontlentes aos seus crimes tanto pelo codigo penal como pela nova lei, com a exclu ão da pena de morte.

D'este modo se torna exequível o novo systema para um certo numero de réus logo que esteja concluída qualquer cadeia, sem que de desigualdade possam queixar se os que por falta de cadeias convenientemente construidas hajam de cumprir as penas nas prisões actuaes.

Senh-0res, pelo que deixo exposto, facilmente podeis apre­ciar os intuitos da reforma que proponho, e as vantagens que da sua approv:aição devem, auferir-se. A extiocção da pena de morte e trabalbos publicas, a correia tiva attenuação das outras penas, sem corntu'.lo se deixar a sociedade des­armada dos meios indispensaveis de defeza, a punição _ra­cional l'! os delinq uentes a par da llUa lenta e progressiva regeneração , o melhorament? e ~ra~sfor~ação das cade~aii e applicação do systema pemtenciar10 mais ?ºn_fo,rme ás m­dicações da sciencia penal: taes são os pr10cip1os funda­mentaes da proposta n. 0 3.

Expo-los o mesmo é que declarar a importancia da re­forma, e empenbar na sua discussão e exame todos os des­velos da vossa attenção.

Outras reformas na legislação penal estavam ainda eoli­citando a minha attenção. D'essas pareceu-me mais urgente, alem das que deixo indicadas, a que tem por fim ampliar e acrescentar as disposições do artigo 27. 0 do codigo penal, no que toca á punição dos crimes praticados por portugue­zes em paiz estrangeiro contra as leis d'esse paiz.

Segundo as disposições do artigo 27 .0 do codigo penal, que correspondem ás dos artigos 862.0 e 863.0 da novíssi­ma reforma judicial, e ás dos artigos 5.0

, 6. 0 e 7 .0 do co­digo franccz de instrucção criminal, não são alcançados pe­las penas legaes senão os nacionaes que em paiz estrangeiro commetterem crimes contra a segurança interior ou exte­rior do estado, falsificação de sellos publicas, de moedas portuguezas, de papeis de credito publico ou de notas de quaesquer bancos portnguezes auctorisados por lei; os que em paiz estrangeiro commetterem algum crime conlra ?u­tro portuguez, sendo achados n'este reino, e não tendo s~do punidos no paiz onde se commetteu o crime, se o offendido querelar; os que commetterem algum crime contra outro portuguez a bord,J de navio portuguez surto em porto_ es­trangeiro; e finalmente os que commetterem algum crime a bordo de navio estrangeiro surto em porto portug1;1ez, excepto se esse crime for commettido por pessoas da tripu­lação contra outras da mesma tripulação.

Por onde se vê que os portugue~es que C?mm~tterem qualquer crime dos não comp_rehendtdos na d1spos1ção <l:o mencionado artigo 27.º, refugiando-se em Portugal, depois

Page 4: DE · Santa Catharina ..... 250 69 246 65 4 4 S. Tbiag,, ..•..... 342 33 3H ... Angra. Secretaria d'estado dos negócios ecclesiasticos e de jus

596 do commettimento do crime, não ficam sujeitos a nenhuma punição. E não póde racionavelmente defender-se tal isenção, nem á luz doa mais justos principios de direito criminal, nem em face das boas relações de amisade que devem exis­tir entre povos civilisados.

Senhores, a extradição doa estrangeiros que têem com­mettido algum crime no seu paiz, e que vem procurar a impunidade á sombra das nossas leis, é um principio ge·

' ralmente aceito por t odas as nações cultas. Não depende o crime do Jogar em qu e é commettido.

Não deve haver fronteiras para a penalidade. O crime n~o se transforma em virtude, porque o não alcanç~m. a~ l:,1s do paiz em que foi perpetrado. Onde acaba a 3ur1Sd1 cçao d'essas leis, começa a do direito, da ci vilisação e ?ª ?on­sciencia universal. Não ha, não deve haver asylos mv1?la­veis para aquelles que a um tempo offendem a humamda­de e as leis .

F ôra porém incompleta a ex trad ição dos estrangeiro~ que ve'jll procurar refu"' io no nosso territorio- cont1·a as leis do seu paiz, se não fissern punidos pela leg!slação portugue -za, os nacionaes que em paiz estrangeiro com~etterem qualquer crime contra estrangeiros, ou contra as leis de _ou­tra nação. Assim entregariamos á p~nição os es~rangeiros que commettessem a lgum crime punido pelas leis do se_u paiz, e deixe.riamos impunes os p~rtugueze~ que em ter'.1-torio estrangeiro cornmet}essem c~·1rnes punidos pela leg1s lação d'esse paiz, mas não prevemd?s pela nossa des~e que podessem evadir-se á. acçã?. dos tnbunaes estran~eiros, e procurar asylo na in v10lab1ndade do nosso terr1tor1 0.

A similhante omissão vem acudir a proposta n. 0 4, que assim completa o principio da _ extradição consignado nos tratados e suppre uma lacuna importante na no_ssa legisla-' - / ção penal. .·

Alem cl'esta disposição fundamental, contém a mesma proposta algumas res tricções que me pareceram acertadas, e gue facilmente se justificam . Assim é que se e~ige para se tornar effectiva a punição, que os réus sejam encontra­dos em .Portugal, que os actos por elles praticados sejam qualificados crimes não só l)elas nossas leis, senão, tambem pelas da nação em que forem commettidos, e que não te­nham sido julgados e punidos nos tribunaes, e segundo as leis d'essa nação.

Igualmente se dispoz que nos crimes de menor gravida­~e, a que só correspondem penas c.orreccionaes, interviesse o rninisterio publico quando a parte offendida se queixasse, ou houvesse participação official da respectiva auctoriclade do paiz em que o crime tivesse sido commettido.

Tal é, senhores, o conjunct0 das reforll}as que hoje su­jeito ao vosso exame, e que constituem a primeira serie das propostas ele lei que na presente sessão legislativa tenciono .apre~entar-vos. Alenta-me a esperança de que não serão inteiramente infructuosos os meus trabalhos, nem mal apre­ciada a modesta iniciativa com que intento corrigir e aper­feiçoar a administração ela justiça. Pertepce á vossa illus- · tração e solicitude pelos interesses publicos o corrigir de­feitos e supprir lacunas. Se não é ousado o emprehendi­mento, é sincera e generosa a intenção .

Secretaria cl'estado dos negocios ecclesiasticos e ele jus­tiça, em 2ti de fevereiro de 1867. = Augusto Cesa1· Barjona de Freitas.

PROPOSTA DE LEI

Artigo 1.° Fica extincto o tribunal da rela·ção dos Aço­res.

Art. 2. 0 As comarcas que constituíam o districto jud,icial da relação dos Açores, fi cam · encorporndas para todos os effeitos no districto judicial da relação de Lisboa. ·

Art. 3.° Fica ig ualmente extincto o tribunal commercial de 2." instancia. ' ,

Art. 4. 0 As causas que até agora eram da competencia do tribunal commercial de 2.ª instancia, fü;mm competindo ás relações ·de Lisboa e Porto nos seu11 respectivos distri­ctos.

Art. 5. ° Ficam competindo nos districtos ,das respectivas relações, aos presidentes d'ellas as attribuições que nos ter­mos do codigo commercial competiam ao supremo magis ­trndo do commercio, e pelo artigo 2. 0 do decreto com força de lei de 30 de setembro de 1836 passaram para o presi­dente do tribunal commercial de 2." instancia.

§ 1.0 Para a execução dos n.0ª 2.0 e 4.~ do artigo 1:011.0

do codigo comrnercial, os presidentes das relações de Lis­boa e Porto procurarão áccordar-se qúanto á solução ' das duvidas que se derem, e quando o não possam fazer con­sultarão o governo, que, ouvido o procui;ador geral da co­rôa, resolverá o que dever fazer-se.

§ 2.° Fica revogado o artigo 1:013.0 do codigo commer~ eia!. A substituição dos presidentes das relações éontinuará para todos os effeitos a fazer-se pelo mo'do estabelecido na legislação civil. ,

Art. 6. 0 As attribuições. que pelo codigo commercial e citado decreto pertencem ao secretario do tribunal com­mercial de 2." instancia, competirão aos guarda m6res das relações de Lisboa e Porto, sal.o no que diz respeito á dis­tr~buição dos processos, que competirá ao respectivo distri­btiido1·.

Art. 7. 0 No julgamento das causas commerciaes., conti­nuarão a observar-se as dispo.sições dos artigos 1 :015. 0 e seguintes do codigo commercial, com as seguintes modifi­cações:

§ 1.0 A disti·ibuição a que se refere o artigo 1:016.0 cor­- rerá por todos os juizes da relação respectiva.

§ 2.0 Os adjuntos a que se refere o artigo 1:017.0 serão em numero de quatro.

§ 3. 0 Para o vencimento serão necessarios trea votos con­formes.

Quando no numero dos cinco juízes a quem é commetti-

)

do O julgamento não ,houv~r. trea votos c?nforníes, sorteay­se-hão successivamente os 3mzes necessar1os para que haJa vencimento. Ficam por esta fóima substituidos os artigos 1:018. 0 e 1:019.0 do codigo commercial.

Art. 8.° Ficam supprimidas as secções nas relaçl5es de Lisboa e Porto . _

Pa r& o julgamento dos processos civéis e criminaes que subirem á 2. ª instancia, e não deverem ser julgados pelo tribunal pleno, observar-se-hão as seguintes disposiçl5es:

Art. 9. 0 Todos os processos serão distribuídos por turno e á sorte, de modo que a nenhum juiz pertença um proces­so da mesma classe sem que tenha pertencido um a todos os outros juizes em serviço.

§ unico. Para este effeito consideram-se os processos cujo julgamento pertence ás relações, como divididos em duas-classes: ·

1.ª Dos que são julgados em confer,encia; 2 .ª Dos, que são julgados por tenções. j\.rt. 10. 0 Em todos os recursos que pela legislação vi­

gente deverem ser julgados em conferencia, depois de sor teado o relator serão sorteados mais quatro juizes aàjgn­tos.

Art . 11.0• O relator e adjuntos são, n'es tes recursos, com·

petentes pa ra a decisão fin al d'elles, quer na mesma seseão, quer em ou trà. , , • Art. 12. 0 Sendo o recnrs'o d'aq uelles que pela legislação vigente devem ser julgados por tenções, a competencia do relator e dos adjuntos cessa logo que o feito esteja prepa-­rado para começar a tencionar; e será tirado á sorte o pri­meiro juiz a quem os aut.os hão de ir éonclusoa para tal fim . , ·

Art. 13. 0 O juiz qu,e houver tencionado trará -o feito ao tribunal para rn proceder ao sorteio do seg uinte j,uiz a quem os autos serão, entregues sem ser vista a tenção do juiz an­teri<?r; e ~ssim successivam ente até haver vencimento, '

Art. 14.0 Se, depois de haver alguma tenção nos autos, for necessario proceder a qualquer diligencia, , o juiz que a propozer trará os autos a conferencia, na qual tomarão parte cinco juizes , sendo um o quç propozer a diligencia, e pre­

' enchendo-se o numero dos qua'tro restantes _çom os que já houverem tencionado, se alguns houver, · e com d mais que forem necessarios ürados á sorte de entre os que já ti ve­rem conhecido do' preparatorio do feito nos termos do ar-tigos 2. 0

§ unico. N'este caso servirá ele relator o' juiz que pro-pozer a diligencia. ·

Art. 15. 0 O disposto no artigo precedente observar-se-ha em todos os casos em que seja necessario levar a conferen­cia qualquer feito já concluso para tencionar, ou com ten­çães já lavradas.

Art. 16. 0 Se o recurso for ele embargos, pertencerá oco­nhecimento d'elles aos juízes que tencionaram no feito; e faltando alguns, serão tirados á sorte os que forem nec.es-sa1;ios para os sübstituir. -

Art. 17 .0 Quando algum feito houver de se1· julgado cfe J.?-OVO por virtude de concessão de revista, serão exc~ui~os elo sorteio os juízes que houverer:µ tornado parte no prnnev·o julgamento.

Art. 18.0 Se depois ele clistribuiclo algum process9 o re­lator, ou alguns dos adjuntos ou' o juiz ~m mão de quem os autos estiverem conclusos para tencionar, fallecer, ou por outro mo'do deixar de pei;tencer· ao tribunal, ou ce,ssar de servir por tempo ele trinta dias, ou mais,, a sqa falta será supprida tirando-se á sorte outro juiz que o substitua.

§ unico. O mesmo se observará logo que algum juiz ob-te.l'lha licenç'a. pôr sessenta dias ou ínais. .

Art. 19.0 E nullo o accordão que não for fundamentado nos• termos da ordenação, livro 3:~, titulo 66. 0

, § 7. 0, quer

tal accordão dê provimento ao recurso sobre que é profe­rida, quer o negue.

§ 1. 0 Sendo tal accordão proferido em causa que caiba na alçada do tribunal que o ,proferiu, a nullidacle póde ser opposta por meio ele embargos.

§ 2. 0 A contravenção ao disposto n'este artigo é havida para toclos os effeitos como erro de officio imputavel ,a to­dos os juízes signatarios do accordão.

A:i;t. 20. 0 As relações terão tres sessões por semana, ás quaes elevem concorrer todos os juiz_es em s'erviço.

Art. 21. 0 0 disposto nos artigos precedentes, .8. 0, ~-º, 10,º,

11.º, 16.0, 18.0 e 19.º, observar-se-ha igualmente com re~

lação ao supremo tribunal de justiça, com a seguinte .decla­ração: quando o feito houver de correr vistos os juizes que escreverem o seu visto, passarão os ,autos aos- inmediatos na ,ordem do sorteio até que o feito haja de voltar aq rela-tor. ,

Art. ?2, 0 Os juizes dos tribunaes supprimidos por esta lei ficarão aggregados ás relações ele Lis_boa e Porto con­forme as conveniencias elo serviço publico, sendo todavia considerados como fazendo parte do quadro elas mesmas re­lações, em relação ao serviço e ao vencimento.

Art. 23.0 Os empregados dos tribunaes extinctos que pertencerem ao quadro da , magistratura judicial, ficarão n'elle com o respectivo vencimento, até que se dê vacatura que lhes permitta entrar para a effectividade. Os que per­tencerem tão sómente ao ministerio publico .poderão ser ad­dictos corno supranumerarios, com o seu actual vencim'ento~ a alguma clp.s relações subsistentes, ou ser apôsentados nos termos da legislação em vigor. 1

§ u~ico. ' Os empregados do~s tribunaes extinctos que não pertencerem a nenhuma das categorias mencionadas n'est~ artigo e que tiverem vencimento pago pelo estado, serão clistribuiclos como supranumerarios pelas relações de Lisboa e Porto, conservando os seus vencimentos actuaes até que sejam definitivamente collocados em empregos d!;l que aufi­ram vencimento correspondente. Os qu_e não se acharem em circumstancias de poder continuar a s'ervir serão aposenta-

dos. Os que não tiverem vencimento pago pelo estado se­rão, se assim o requererem, empregados de preferencia a quaesquer outros, nos primeiros officios que vagarem de categoria igual ou inferior á dos que actualmente servem.

Art. 24. ° Fica o governo auctorisado para fazer todos os regulamentos que para a execução d'esta lei forem ne-. . cessanos.

Art. 25.° Fica revogada a legislação em contrario. Secretaria d'estado dos negocios ecclesiasticos e de jus­

tiça em 28 de fevereiro de 1867. = .Augusto Cesar Earjonv de Ereitas.

PROPOSTA DE LEI

·Artigo 1. 0 Em todos os casos de aposentação de magis­trados j udiciaes ou do ministerio publico, de que tratam as leis de 9 de julho de 1849 e 21 de julho de 1855 0 su­premo tribunal de justiça é considerado como jury 'para a apreciação dos factos sobre que tiver de consultar. _ Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario.

Secretaria d'estado dos negocios ecclesiasticos e de jus­tiça, em 28 de fe vereiro de 1867. = Au.gusto Cesar Ba?jo­na de Freitas.

PROPOSTA DE LEI

Artigo 1. 0 É a pprovada a reforma penal e de prisões que vae junta a esta lei, e que d'ella faz parte.

Art. 2.° Fica -revogada a legislação em contrario. Secretaria d'estado dos negocios eccl esiasticos e da jus­

tiça, em 28 de fevereiro de 1867. = Augusto Cesar Ba1·­jona de Freitas.

TITULO I

Da abolição da pena de morte e de trabaíhos publicos, e da substituição de uma e o~tra d'estas penas

_Artig~ ~-º Fiça abolid!!- a pena de morte em todos os crimes CIVIS,

Art. 2.° Fica tambem abolida a pena pe trabalhos pu­blicos.

Art. 3.0 Aos crimes a que pelo codigo pend era appli­cavel a pena de morte, será applicada a pena de prisão maior cell ular •perpetua . .

Art. 4.0 Aos cri,mes a que pel~ mesmo codigo era appli­cavel a pena de trabalhos publicos perpetuos, será igual­menté applicada a pena de oito annos de prisão maior cel­lular, seguida de degredo em Africa por tempo de doze annos. -

§ unico. Compete ao g@verno designar a possessão e o logar d'esta ~m que a ultima das referidas penas ha de ser cumprida. '

Art. f:>. 0 Aos crimes a que pela legislação anterior era applicavel a pena de trabalhos publicas temporarios, será applicada a pena de prisão maior cellular por tres annos, seguida de degredo em Africa por tempo de tres até dez annos, nos termos do § unico do arti_go antecedente. '

TITULO II Das penas de prisão maior e de degredo, e da applicação

- -das mesmas penas _ _ Art. 6. 0 A p 2na de prisão maior perpetua fica abolida. Art. 7.

01 Aos crimes a que· pelo codigo penal era appli­

cavel a pena de prisão maior perpetua, será applic,ada a peJ?-a de ' prisão maior - cêllular por seis annos, seguida de q.ez de oegredo, nos ter:mos do § uniéo do artigo 4. 0

Art. 8. 0 Aos crimes a que pelo codigo penal era' appli­cavel a pena, de prisão m,,ior temporaria, será applicada a pena de dois a oito ~nnos de prisão maipr c~llular. ·

§ unico. A m~sma pena será applicada aos crimes, à que pel? dito codigo era applicavel a pena de degredo tempo­ra1·10.

Ái-t. 9. 0 Aos crimes a que pelo codigo penal era appli­cavel a pena de degredo perpetuo, será applicada a ele de­gredo por oito annos, precedida da pena de prisão maior cellular por quatro.' - .

Art. _10. 0 Na sent~nça em que for imposta a qualquer réu a pena de degredo nos- termos do artigo anterior, de­clarar-se-ha simplesmente, se o degredo é para a Africa ou para a India, , segundo _o que determina o codigo penal, sendo, quanto- ao degredo para a Africa, applicavel o que se 'acha disposto no§ unico do artigo 4. 0

, e competindo ao -governo, quanto ao degredo para a India, a designação do logar em que ali deve ser c1,1mprida essa pe~a.

TITULO III , Da applicação das penas de prisão maior cellular e de degredo

nos casos em que concorrem· circumstancias aggravantes ou attenuantes · ,Art. 11.0 Se nos casos em que forem :qiplicaveis as pe·

nas de que tratam os artigos 4.0 , 7. 0 e 9.0, concorrerem

circumstancias aggravantes ou attenuarites nos termos dos artigos 77.0 e 81.0 do codigo penal, a aggravação ou atte­nuação só terá logar quanto á duração ela prisão maior cel­lular, que poderá ser augmentada com mais dois, ou redu-zida a menos dois annos. -· Art. 12.0 Se _nos crimes, a que pelo artigo 5.0 é applica­

vel a pena de prisão maior cellular pór tres annos seguida de degrE;ldo por tem.po de tres· até dez annos, occorrerem as cir?umstancias aggravantes ou attenuantes, indicadas_ no artigo antecedente, a pena de prisão mafor cellular será, no primeiro caso, aggravada quanto á duração, que não po­derá comtudo ser augmentada com mais de outro anno, e no segundo caso, attenuada tambem quanto á duração, que todavia' não poderá ser reduzida a menos de dois an· nos.

Ar~. 13.º A pena estabelecida no artigo 8.0 e § ~nico será aggravada e attenuada dentro do maximo e mínimo.

§ unico. , Poderão todavia os juizes, considerando o nu­mero e importancia das circumstancias attenuantea, reduzir .a um anno ~ mencionada pena.

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