de quem é a culpa

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Delinquência infanto-juvenil Milhões de analfabetos Cortiços, favelas e mocambos Menores abandonados Desemprego Aumentam os impostos Sonegação Corrupção Ainda é grande a mortalidade infantil Absurda polarização FHC/Lula Miséria, fome Brasil, um dos últimos países pelo índice IDH DE QUEM É A CULPA? Estradas intransitáveis Faltam escolas e falta Educação Um povo sem cultura Políticos incompetentes, incultos, sem ética, sem visão política e sem formação Abandonaram as ferrovias Programas sociais Ministérios por todos os lados Empreguismo público X X X

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Page 1: De quem é a culpa

Delinquência infanto-juvenil

Milhões de analfabetos

Cortiços, favelas e mocambos

Menores abandonados

Desemprego

Aumentam os impostos

Sonegação

Corrupção

Ainda é grande a mortalidade infantil

Absurda polarização FHC/Lula

Miséria, fome

Brasil, um dos últimos países pelo índice IDH

DE QUEM É A CULPA?

Estradas intransitáveis

Faltam escolas e falta Educação

Um povo sem cultura

Políticos incompetentes, incultos, sem ética, sem visão política e sem formação

Abandonaram as ferrovias

Programas sociais

Ministérios por todos os lados

Empreguismo público

X X X

À exceção de um, todos esses problemas foram apontados pelo PDC nos anos 50. Observe que nenhum deles foi resolvido. Alguns até pioraram, como, por exemplo, a Educação; outros surgiram, passados mais de 60 anos, como os programas sociais

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inventados pelo Lula, como a proliferação dos ministérios e como o abandono das ferrovias. DE QUEM É A CULPA?

Mas agora este site chegou ao seu conhecimento. Como?

Talvez um amigo lhe tenha falado sobre ele porque sabe que você também está desiludido da Política. Se esse seu amigo viu este site e se interessou por ele, é porque lhe resta um fio de esperança. E tem a impressão que você ainda espera por alguma coisa, que há de salvar a Política brasileira.

Já que você visitou este site, veja-o bem, começando por essas palavras, não importa quão grande seja a sua desilusão. Nós sabemos muito bem o que você sente: a sua repulsa profunda contra a politicalha, os homens públicos ladrões, interesseiros, mentirosos. Nós também sentimos a mesma coisa. Já falamos mal de tudo isso, embora antes não soubéssemos bem de quem reclamar, a quem culpar. Um dia, porém, descobrimos quem era o responsável, quem era o grande culpado.

Você certamente quer saber da nossa descoberta. Pois aí está ela, com todas as letras: nós mesmos.

É incrível, dirá você.

Nós também achávamos, a princípio. Porém, logo nos convencemos. Pois não éramos nós que elegíamos os políticos, mas não nos interessávamos pela vida político-partidária? Então compreendemos que se era assim, estava em nós endireitar tudo. E pusemos mãos à obra.

Agora chegou a sua vez de pensar seriamente no assunto. Afinal, numa Democracia não é o povo que elege os seus governantes? E para escolher bem, para dizer aos eleitos o que queremos que eles façam e, depois da eleição, fiscalizar se eles estão fazendo isso bem e honestamente, não é por isso que existem os partidos políticos? Nem todos pensam nessa finalidade dos partidos.

O Partido Político tem, pois, três finalidades: eleger os governantes: dar-lhes um programa de ação; fiscalizar a sua gestão.

Mas o que é que temos feito no Brasil? Em primeiro lugar, achamos que não devemos pertencer a Partido Político algum. Depois, votamos nos homens que, nas vésperas das eleições, vão para as praças públicas, para os jornais, para as emissoras de Rádio e de Televisão dizer uma porção de coisas, fazer-nos uma porção de promessas bonitas, dizer o que eles querem fazer e não aquilo que nós queremos que façam. Enfim, prometer, prometer, mentir, mentir.

Quase nunca conhecemos bem esses homens e não conhecemos ninguém que nos possam informar sobre eles. Escolhemos este ou aquele, sem lhes ditar um

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programa, sem os conhecer, sem saber o que vão fazer. Uma vez eleitos, não podemos fiscalizar a sua gestão por não estarmos organizados em partidos políticos. Diante da desilusão que eles quase sempre nos provocam, resolvemos então xingar o governo nas rodinhas de amigos, parentes e companheiros de trabalho. E, na próxima eleição, votamos no inimigo do político que elegemos, só para desabafar. Ora, o que é que isso adianta? O que é que isso vai resolver? E tem mais. Raramente conseguimos associar o candidato a um partido e também não conhecemos os ideais políticos, nem do candidato e nem do partido.

Em vez de criticar tudo e a todos, nas rodas de conversas, por que não nos organizamos nós, os homens comuns, que vivemos do nosso trabalho honesto, juntamente com parentes, amigos e companheiros de trabalho, num núcleo político? Esse núcleo político, filiando-se ao diretório distrital de um Partido de bem, terá mais força. Esses diretórios distritais, reunidos em diretórios municipais, de zona e de região, fazem, no estado, uma forte organização política de homens de bem para dar um programa aos políticos, escolhê-los bem e, depois de eleitos, fiscalizá-los, levando-lhes as nossas críticas e sugestões.

Criticar numa rodinha de nada vale. Organizar-se em partidos políticos decentes é que é a solução.

Já imaginamos também o que você nos dirá dos partidos políticos. Que são desonestos, que não ligam para programas, que só aparecem em vésperas de eleições para eleger os “donos” desses partidos; enfim, que não prestam.

Já dissemos também tudo isso. Porém, verificamos que a solução não é falar, é agir. Agrupemo-nos num Partido Político que seja honesto, que tenha uma doutrina, que tenha um programa, que exista igualmente fora do período das eleições para controlar os governantes e, especialmente, num Partido Político que não tenha dono, que seja nosso.

Leia, pois, este site. Não esperamos que você vá acreditar no que escrevemos aqui, só porque fomos nós que escrevemos. Leia, medite, indague. Informe-se sobre a linha política do PDC no seu estado. Se há políticos pedecistas em sua cidade, comprove pela sua conduta a honestidade e a sinceridade deles. Se, por qualquer motivo, achar que o PDC não vai bem na sua localidade, escreva-nos, enviando suas sugestões. Assim, você participará, efetivamente, da vida do Partido e poderá contribuir para melhorá-lo cada vez mais. Enfim, estude o PDC e verá que ele é esse Partido Político que corresponde ao que você pensa e deseja.

O QUE É O PARTIDO DEMOCRATA CRISTÃO?

É melhor dizer antes o que o PDC não é.

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O PDC foi fundado em 1945. Apesar de ter nascido na época em que só se falava em comunismo e em capitalismo, o PDC não é comunista e nem capitalista. O PDC não é a favor dos trustes ou monopólios, mas também não é a favor de entregar tudo nas mãos do Estado. O PDC não é contra a propriedade particular, mas também não é a favor da propriedade para pouca gente. O PDC não é um partido de oposição sistemática, um “partido do contra”. O PDC não é um partido de ladrões públicos e nem de políticos profissionais. O PDC não tem dinheiro escuso, para gastar e comprar votos. O PDC não tem dono, não pertence a um político de proa, etc. O PDC não é uma legenda de aluguel. O PDC não é uma panela de malandros apenas interessados em cargos públicos.

Tendo visto o que o PDC não é, fica mais fácil ver o que ele é.

O Partido Democrata Cristão é um partido que se baseia na Democracia Cristã. Será ele um partido pertencente à Igreja católica, a alguma igreja evangélica, à igreja presbiteriana, à adventista do sétimo dia ou a qualquer outra igreja cristã? Não, não é isso. Vamos explicar bem.

Antigamente, quando se falava em Democracia, dizia-se tudo, isto é, um governo do povo e eleito pelo povo, na sua definição mais simples, que vem da própria palavra Democracia (Grego). Mas como essa ideia era, e continua sendo, muito boa, agradava a todos, e continua agradando a todos, surgiram as mistificações. De um lado, a Democracia liberal, ligada ao capitalismo. Na Democracia liberal, o povo elege, mas os donos do dinheiro controlam o governo. Do outro lado, existem as tais democracias ditas “populares”, uma invenção comunista, feita para proveito deles. Aí a coisa é diferente. O povo vota nos candidatos previamente escolhidos pelos comunistas, naturalmente dentro das conveniências daqueles que controlam o Poder. Resultado: mistificação total do significado de Democracia; na realidade, regime de escravidão.

Como todos se dizem democratas, é necessário esclarecer convenientemente o seu significado. Por isso, cunhou-se a expressão “Democracia cristã” O que significa?

Democracia quer dizer governo do povo, eleito pelo povo para o bem comum, isto é, de todos. Cristã, porque quer que ela esteja dentro dos ideais cristãos de liberdade do homem, respeito à pessoa humana, predomínio dos interesses da pessoa humana sobre os do Capital, do Estado, do Partido, etc.

O Partido Democrata Cristão não tem ligação com a Igreja católica ou com qualquer outra religião

A Democracia Cristã orienta-se pelos princípios sociais – dignidade humana, fraternidade entre todos os homens, Justiça social, defesa da família – princípios esses

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que podem ser seguidos e praticados por todos os cristãos e pelos que não o são, por todos os que querem realmente servir ao seu país e ao bem comum do povo.

A semelhança entre a atuação social da Igreja católica e o PDC, que se baseia na Democracia Cristã, explica-se porque ambos se orientam pelo mesmo repositório magnífico de princípios e normas de ação social que são as grandes encíclicas sociais, como a “Rerum novaram” e a “Quadragésimo ano”.

O QUE PRETENDE O PDC?

O PDC tem um extenso e completo programa politico perfeitamente definido, deduzido da aplicação prática dos princípios da Democracia Cristã e aplicado aos problemas concretos do nosso povo e da nossa época. Para seu conhecimento, aqui estão alguns postulados da ação política que o PDC pretende levar a efeito:

1- Formar um partido realmente democrata, no qual os líderes sejam eleitos de baixo para cima, escolhidos, portanto, pelos próprios membros do Partido. A quase totalidade dos partidos políticos brasileiros tem dono, isto é, são partidos controlados por um figurão de proa, cujos objetivos são sempre pessoais. 2- Ir crescendo pelo Brasil inteiro, até obter maioria para governar este país através de homens de bem. 3- Trabalhar para implantar no Brasil um governo honesto, sincero, capaz, eficiente, interessado de fato no bem comum e na prosperidade do povo brasileiro, e não no bem privado e na riqueza particular dos políticos eleitos. 4- Trabalhar pela difusão da propriedade privada, para que os pobres sejam menos pobres e para que todo homem tenha tranquilidade nos seus dias futuros. O lema comunista era “nenhum proprietário”. O capitalista é “poucos proprietários”. O democrata cristão é “todos proprietários”, isto é, assegurar a todos a possibilidade efetiva de serem proprietários. 5- Trabalhar para que os impostos e os encargos públicos sejam mais bem distribuídos, incidindo mais sobre quem pode pagar mais. Combater a sonegação de impostos, que é um dos cancros do Brasil de hoje, como sempre foi, para que o contribuinte honesto não tenha que pagar mais por causa dos desonestos. 6- Trabalhar pelo fortalecimento da agricultura e da pecuária brasileira, para que haja melhor equilíbrio entre a cidade e o campo, entre as capitais e o interior. 7- Trabalhar por um regime de melhor aproveitamento do funcionalismo público, para que ele ganhe condignamente, trabalhando com aplicação e eficiência como servidor do bem comum. Combater o empreguismo e o protecionismo. A nação precisa deixar de ser uma porca sonolenta, em cujas tetas mamam vadios e preguiçosos. Essa é uma tese e uma prática do PT. 8- Trabalhar pela defesa e integridade da família brasileira, assegurando efetivamente os seus direitos de ordem econômica, educacional e moral. 9- Trabalhar pela difusão da educação e da cultura a todas as classes sociais. 10- Lutar pelo contínuo fortalecimento do trabalho e pela crescente integração dos trabalhadores na vida, nas responsabilidades e nos resultados da empresa, dentro da prosperidade de todo o país. 11- Lutar com todas as suas forças pela descentralização das atividades

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econômicas, políticas, educacionais, governamentais, etc, a fim de que o homem não se sinta desamparado, impotente, esquecido e às vezes até esmagado pelas gigantescas instituições de qualquer natureza.

UM POUCO DA HISTÓRIA DO PDC

Os precursores. Frederico Ozanam foi dos primeiros a falar em democracia cristã como uma orientação econômica e social em favor das classes trabalhadoras e como estrutura política da sociedade. Foi ele quem primeiro teve a intuição do futuro da Democracia Cristã e da sua significação para o mundo. Por isso, pode ser chamado o “primeiro líder democrata cristão”. “Creio na possibilidade da Democracia Cristã e não creio em outra coisa em matéria política”, escreveu Ozanam, o magnífico fundador das Conferências Vicentinas. As ideias e as pregações de Ozanam, Lacordaire e Le Play, na França, Ketteler, na Alemanha, Manning, na Inglaterra, Cardeal Mercier, na Bélgica, Toniolo, na Itália, e muitos outros, que, em nome dos princípios cristãos de fraternidade e justiça, tomaram corajosamente partido ao lado dos trabalhadores esmagados pelo capitalismo nascente e tiveram estrondosa confirmação e apoio na encíclica Rerum novarum, publicada pelo papa Leão XIII em 15 de maio de 1891. Todos esses senhores podem ser considerados precursores da Democracia Cristã.

Os fundadores. Mas a Democracia Cristã só foi conscientemente lançada como atividade política de grande envergadura depois da Segunda Guerra Mundial. De Gaspari e Amintore Fanfani, na Itália, fundam o Partido Democrata Cristão; Adenauer, na Alemanha, lança a União Democrata Cristã; Schryver, na Bélgica, o Partido Social Cristão; Bidaut e Schumann, na França, o Movimento Republicano Popular; Julius Raab e Figi, na Áustria, o Partido Popular Austríaco. Os nomes dos partidos eram diferentes, mas todos eles, de inspiração cristã, estavam baseados na Democracia Cristã. A experiência democrata cristã, apesar da rapidez com que alcançou o Poder e da gravidade dos problemas que enfrentou, demonstrou ser, no mundo moderno, a grande força capaz de superar o capitalismo, sem cair no comunismo. Por uma feliz coincidência – o nome da encíclica de Leão XIII, que impulsionou a Democracia Cristã, significa “coisas novas” – o mundo do pós-guerra, diante do dualismo capitalismo/comunismo, estava precisando de ideias novas. Como essa ideia nova era a Democracia Cristã e como tinha uma preciosa substância, foi aceita de imediato. A Itália e a Alemanha, destruídas, foram reorganizadas pelos seus partidos democrata-cristãos. Os partidos democrata-cristãos da Itália, França, Alemanha, Bélgica, Holanda e Áustria salvaram a Europa Ocidental do comunismo e da anarquia.

Extensão do movimento. Já na metade do século passado, o movimento democrata -cristão se estendeu vitoriosamente a todos os continentes, especialmente Europa, Ásia e América do Sul. Convém notar duas coisas. Os nomes dos partidos variavam, como lembrei acima, mas utilizando-se em geral as expressões “democrata-cristão” ou “social-cristão”. Porém, os princípios eram sempre os mesmos, isto é, os da

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Democracia Cristã. A outra coisa a notar é também importante. Embora espalhada por todo o mundo, a Democracia Cristã não era um partido internacional, dominado pelo imperialismo de um país, como era o caso do Partido Comunista. Não era também um partido de uma classe, como é o caso dos partidos conservadores, que defendem todos os interesses das classes mais ricas, detentoras do capital, e seguem, mais ou menos conscientemente, o caminho traçado pelos partidos conservadores norte-americanos e ingleses. Por volta de 1950, já existiam dezenas de partidos de inspiração cristã na Europa, na América, na Ásia e na África.

O Partido Democrata Cristão no Brasil. Após a queda da ditadura de Getúlio Vargas, em 1945, fundaram-se vários partidos políticos no Brasil, com as mais variadas tendências, desde a UDN até o PC, passando pelo PTB. (Se você tiver interesse em saber mais sobre esses partidos, de 1945 a 2013, sugerimos que leia o capítulo 28 do livro “Aqueles de Brasília”, de Rubens Ferneda). Entre eles, surgiu também o PDC, na aurora do novo período de liberdade e Democracia no Brasil. Ao lado dos antigos partidos que reapareceram e dos novos, surgia o PDC também como uma força nova. O PDC foi fundado em São Paulo, por inciativa de um grupo de brasileiros idealistas, lutadores e sinceros, tendo à frente o dr. Cesarino Júnior, professor da Faculdade de Direito de São Paulo. Alceu de Amoroso Lima (Tristão de Atayde), grande escritor e líder social brasileiro, deu a esta instituição política o nome que ostenta e a sua declaração de princípios. Após um esforço inicial digno de todos os elogios, o PDC brasileiro atravessou momentos difíceis, quando se viu, durante algum tempo, infestado por “picaretas” e homens públicos mal-intencionados. Estes, por algum tempo, prejudicaram o bom nome do Partido, além de não terem qualquer respeito pelo seu programa. E também, é claro, não tomavam conhecimento da sua doutrina. Em 1949, outro grupo de brasileiros, agora tendo à frente André Franco Montoro, Antônio Queiroz Filho, Plínio de Arruda Sampaio e outros, voltando de um encontro sul-americano da Democracia Cristã, fundaram a Vanguarda Democrática, uma organização preparatória que visava preparar a entrada, no campo político, de inúmeros grupos isolados de homens e mulheres idealistas, honestos, patriotas e desinteressados, que se preocupavam seriamente com os rumos da política brasileira. Dos entendimentos havidos dentro da Vanguarda Democrática, surgiu a sua adesão ao PDC, expurgando-se este dos seus maus elementos. Desde aquela época, na metade do Século XX, já vinha o PDC prestando grandes serviços ao Brasil, especialmente a São Paulo, onde estava mais bem organizado e onde já havia conquistado ótima situação entre os demais partidos políticos. Durante os anos 50, foi a segunda força política da capital paulista e uma das maiores do estado de São Paulo. O PDC existiu até 27 de outubro de 1965, quando a Revolução Militar extinguiu todos os partidos políticos, pelo AI-2. Tentou se reorganizar na metade dos anos 80. Contudo, vários fatores impediram que ele voltasse a ser igual àquele que existiu de 1945 a 1958. O principal desses fatores foi falta de lideranças autênticas. Fundiu-se com o PDS, para depois caminhar rapidamente para o ostracismo, sem rumo certo e definido.

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Expansão do PDC. Mas voltemos àquela primeira fase, que durou 20 anos, aos seus dias de glória. Havia chegado a hora da sua grande expansão pelo Brasil. Para isso, estavam sendo convocados os brasileiros de boa vontade. O PDC queria expandir-se por todos os Estados da Federação. Queria fazer essa expansão, mas não estava interessado em atrair para os seus quadros os “políticos profissionais”. Queria o apoio dos homens de bem, de todos aqueles que estivessem cansados do tipo de Política que existia (observe você que estávamos nos anos 50 e a atividade política no Brasil já havia apodrecido), queria atrair homens que achavam que era preciso, e que era possível, fazer alguma coisa para endireitar os governos do Brasil. O PDC tinha interesse em crescer, mas não apenas em quantidade; antes disso buscava qualidade. Os dirigentes do PDC daquela época já tinham clara consciência sobre o que deve fazer uma pessoa de bem, interessada em ingressar no PDC. Havia, como há ainda hoje, três possibilidades. a- Quando o Partido já está organizado e funcionando no seu bairro ou na sua cidade. b- Quando o Partido já está organizado, porém não está funcionando bem. C- Quando o Partido ainda não está organizado no seu bairro ou na sua cidade. O que se deve fazer em cada um desses casos? No primeiro, você deve dirigir-se à sede e inscrever-se, informando-se sobre como você pode dar a sua colaboração prática e decidindo qual poderá ser a sua contribuição pecuniária. É bom lembrar sempre de que o PDC, não tendo dono, pertence a todos e de que precisa de todos para existir. O PDC precisa ser sempre NOSSO. No segundo caso, se a unidade local do Partido não está funcionando bem, é sinal que ele não está em boas mãos, em boas cabeças, pessoas que, no mínimo, são negligentes ou preguiçosas. Entre em contato com a sede regional, ou estadual, se for o caso, comunique o fato e discuta o que fazer. É certo que irá receber toda a orientação necessária. No terceiro caso, você deve procurar a sede do PDC ou algum dos seus membros para se inscrever e estudar com os dirigentes o que você poderá fazer como um novo pedecista. Será também útil você acompanhar o trabalho dos nossos mandatários. Enfim, como filiado, você terá o campo aberto pela frente, podendo chegar até onde quiser ou até onde os seus conhecimentos e o seu preparo permitirem. Não se esqueça dos cursos que o PDC ministra e que estão sempre à sua disposição. Basta você se adequar ao planejamento do Partido sobre os cursos. Era assim que tudo funcionava nos primórdios do PDC. E assim será nesse novo Partido que está sendo organizado agora. Sim, novo, mas antigo na sua doutrina, nos seus princípios, que não podem mudar.

Como deve funcionar o PDC. Como militante, você estará se informando sobre a estrutura do nosso Partido e também irá se encaixando na sua organização, desenvolvendo o seu trabalho naquele setor para o qual tiver mais gosto e maior aptidão. Em linhas gerais, a estrutura do PDC compõe-se de: 1- Núcleos de fábricas, de escolas, de profissões, etc. 2- Diretórios de bairro, subdistrito ou distrito. 3- Diretórios municipais. 4- Comissões de zona. 5- Diretórios regionais (estaduais). 6- Diretório nacional. As atividades dependem sempre do nível no qual se atue, no bairro, no município, no estado ou na esfera federal. São praticados dois tipos de atividade: a-

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estudo. b- ação. No primeiro caso, nós, do PDC, estudamos duas séries de assuntos: pontos doutrinários, ou seja, a Doutrina Social Cristã, e também os princípios do PDC, e os pontos do programa relativos ao nível em que se encontram os militantes. No segundo caso, voltamo-nos para a ação. Temos a ação permanente e a ação eleitoral. Entendemos como ação permanente: conquista de novos adeptos, organização de novos núcleos e de novos diretórios, distribuição de material de propaganda, realização de reuniões, estruturação e programação de cursos, levantamento e solução das dificuldades encontradas, convenções. A rigor, a atividade eleitoral desenvolve-se constantemente, e não apenas nos períodos eleitorais. A atividade eleitoral compreende tudo aquilo que envolve uma eleição.

Como se funda o PDC num estado, num município? Isso já foi esclarecido linhas acima, mas, basicamente, para isso os interessados devem entrar em contato com a direção do PDC, da qual receberão todas as instruções necessárias.

POR QUÊ? - À esta altura, imaginamos que você tenha uma pergunta já engatilhada para nos fazer. Contudo, antecipamo-nos à sua dúvida e temos a resposta que vai esclarecer essa dúvida. A sua pergunta: Por que o PDC brasileiro, que cresceu tanto e que experimentou aquele incomum sucesso no mundo político, naqueles 20 anos iniciais, não conseguiu se firmar definitivamente como um grande partido e não conseguiu eleger o presidente da República, como fizeram outros países, inclusive o Chile, que elegeu o pedecista Eduardo Frei? A nossa resposta: Faltaram-nos grandes líderes, como outros países tiveram. Ou os nossos líderes eram bem mais políticos do que cristãos, ou eram bem mais cristãos do que políticos. Sempre faltou aquele equilíbrio que seria necessário. Nem mesmo Franco Montoro, o nosso maior líder, conseguiu esse equilíbrio. Se você tiver interesse em conhecer mais sobre isso, sugerimos que leia o capítulo 12 do livro “Politicismo, uma doutrina política”, escrito por Rubens Ferneda. São só 14 páginas. O ideal seria que lesse todo o capítulo, mas insistimos para que leia pelo menos as suas últimas três páginas.

CONCLUSÃO

Chegamos ao fim da nossa exposição. Em poucas palavras, dissemos o essencial que lhe tínhamos a dizer. Esclarecemos o que é o PDC, falamos sobre as nossas intenções, descrevemos como deve funcionar o PDC. Contamos a história da Democracia Cristã e a história do PDC no Brasil, desde a sua fundação, em 1945, até outubro de 1965, quando todos os partidos foram extintos. Falamos algumas coisas sobre as dificuldades que lhe advieram depois. Enfim, apresentamos o nosso Partido a você. Essa parte da nossa tarefa terminou. E começa a sua. Acreditamos que você vai refletir por alguns dias sobre o que dissemos. Esperamos que você compare o PDC com os outros partidos. Esperamos que você verifique se o nosso Partido corresponde às suas expectativas, às suas crenças, às suas concepções políticas, doutrinárias e até filosóficas. E vai consultar o seu íntimo para verificar se é do seu dever fazer alguma

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coisa para endireitar esses governos que temos tido. Também vai refletir para concluir sobre se o PDC é, realmente, a solução. Nessa tarefa de grande responsabilidade, que é a sua reflexão íntima para uma tomada de orientação pessoal, ninguém deve intervir; é um assunto só seu. É uma coisa para cada um fazer sozinho. Se resolver lutar conosco, nós o esperamos. Você saberá como nos encontrar.

O LOGOTIPO Estas são apenas algumas notas explicativas, que não fazem parte, portanto, do texto que aparece acima. De início, o logotipo que vier a ser aprovado deve aparecer na primeira página do site, no interior da bandeira ou fora dela. Mas deverá aparecer também em todos os lugares adequados e em todas as ocasiões nas quais se justifique a sua visualização, como, por exemplo, nas convenções do PDC. Precisei adaptar o logotipo original quanto aos seus dizeres para adequá-lo à realidade política brasileira e internacional atual. Evitei as palavras “comunismo” e “capitalismo” na forma como aparecem no logotipo original, principalmente “comunismo”, por ser uma palavra evitada até pelos socialistas.

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