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1 CADERNO DE RESUMOS _________________________________________________

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VII Jornada Latino-Americana de Estudos Teatrais Blumenau | Santa Catarina | Brasil

18 e 19 de julho de 2014

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Sumário

ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO 6 A DIREÇÃO DE UM ATOR AUTISTA 6 A PERFORMANCE COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA COM TRANSGÊNEROS 7 A RODA DA CAPOEIRA ANGOLA: RELAÇÕES POSSÍVEIS COM O TRABALHO DO ATOR 8 CORPO IN-DISCIPLINADO 9 QUAL O ESPAÇO DO ENSINO DO TEATRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL? 10 CAMINHOS PARA UM TRABALHO TEATRAL COM ADOLESCENTES NA ESCOLA - O EXPERIMENTO MP3 11 ANÁLISE INTERSECCIONAL ENTRE AS CONCEPÇÕES DIRETORIAIS DE PETER BROOK E AS PRÁTICAS TEATRAIS NA ESCOLA 12 REFLEXÕES PEDAGÓGICAS SOBRE A FORMAÇÃO ARTÍSTICAS ATRAVÉS DA ILUMINAÇÃO CÊNICA 13 EXATAMENTE SEMELHANTE E INFINITAMENTE ESTRANHO: A EXPERIÊNCIA DE LABORATÓRIOS TEATRAIS EM RUAS LATINO-AMERICANAS E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO EM ARTES CÊNICAS 14 TEATRO E EDUCAÇÃO DIALÓGICA: ESTUDO DAS REALIDADES, PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E FORMAÇÃO CIDADÃ 15 A EXPERIMENTAÇÃO CORPORAL DO ESPAÇO NA FORMAÇÃO EM CENOGRAFIA 16 TEATRO-EDUCAÇÃO E ANÁLISE DIALÓGICA DO DISCURSO: PERSPECTIVAS TEÓRICO-METODOLÓGICAS 17 ENSINAR E APRENDER TEATRO: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS NO CARIRI. 18 POÉTICA(S) DO EFÊMERO: A EXPERIÊNCIA COMO PROCESSO INVESTIGATIVO NA PEDAGOGIA DA CENA 19 TEATRO DE ANIMAÇÃO NA PEDAGOGIA DO TEATRO: PERSPECTIVA DO CONCRETO 20 PAULO FREIRE ENTRE PARES 21 A REPETIÇÃO E A REPRODUÇÃO COMO PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA DANÇA 22 O QUE SE APRENDE COM LEO BASSI? 23 E AÍ, GIROU? UMA EXPERIÊNCIA EM PEDAGOGIA DO TEATRO INSPIRADA PELO BRINQUEDO POPULAR DO PIÃO 24 O VÍNCULO DO TEATRO COM A COMUNIDADE 25 PARA QUE COMEÇAR DO CHÃO? 26 OS DIFERENTES CAMINHOS PARA A CRIAÇÃO CÊNICA: APONTAMENTOS SOBRE O PAPEL DO MOVIMENTO NO TRABALHO DO ALUNO/ATOR 27 VIGOTSKI E O FAZER TEATRAL NA ESCOLA: ALÉM DA ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL 28 PALHAÇARIA EM AÇÃO: UMA BRINCADEIRA SÉRIA 29 O ESTUDO TEATRAL COMO ESPAÇO DE GOZO 30 EDUCAÇÃO SOMÁTICA COMO AGENTE PARA A CRIAÇÃO 31 A IDEIA É LEGAL, MAS TEM MUITA COISA PARA MELHORAR - DIÁLOGOS SOBRE O CURSO DE TECNOLOGIA EM PRODUÇÃO CÊNICA DA UFPR 32

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HABITAR: UM ENTRE (OBSERVAR E AGIR) 33 O QUE FICOU EM MIM? SENTIDOS SOBRE CORPO E IDENTIDADES NA PRODUÇÃO DE PROTOCOLOS TEATRAIS VERBO-VISUAIS. 34 ESPAÇO E CORPOREIDADES: EXPERIÊNCIAS EDUCATIVAS NO CUCA BARRA EM FORTALEZA 35 ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA CULTURA E ARTE: EXPERIÊNCIAS COM OS JOGOS TEATRAIS EM UM CENTRO DE APOIO PSICOSSOCIAL 36 ABORDAGENS ESTÉTICAS NA FORMAÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS ESPECTADORES 37 A INSERÇÃO DA TRAJETÓRIA DA CENSURA TEATRAL NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA DO TEATRO BRASILEIRO 38 A EXPERIÊNCIA DO ESPETÁCULO "CLOWN BAR" NOS FESTIVAIS UNIVERSITÁRIOS DE TEATRO. 39 TRANCEACTING – O USO DA MUSICA NO TRABALHO DO ATOR 40 A MÁSCARA, FORMAÇÃO E CRIAÇÃO TEATRAL VOLTADAS PARA A INFÂNCIA E JUVENTUDE 41 NÃO DESLIGUEM OS CELULARES, A AULA JÁ COMEÇOU 42

OS ESPAÇOS DAS RECEPÇÕES: CRÍTICA E HISTÓRIA 43 A CRÍTICA TEATRAL E O GOSTO - APONTAMENTOS SOBRE A RECEPÇÃO DAS MODISTAS NA OBRA DE JOAQUIM MANOEL DE MACEDO 43 O PODER DA TEATRALIZAÇÃO E A TEATRALIZAÇÃO DO PODER: QUE REI SOU EU? E A HISTÓRIA DO PASSADO COMO ALEGORIA DO PRESENTE E DO FUTURO DO BRASIL NA TELEDRAMATURGIA BRASILEIRA 44 TEATRO COMO REVOLUÇÃO - A ESTÉTICA MARXISTA NO TEATRO DE BRECHT 45 WORDS IN PROGRESS: ENTRE TEXTO E LEITURA. REFLEXÕES PARA UMA LEITURA PERFORMATIVA DE TEXTOS TEATRAIS 46 AS IMAGENS DAS IDEIAS E AS IDEIAS DAS IMAGENS. 47 A CIDADE COMO CENA: CRIAÇÃO DE ESPACIALIDADES E RECEPÇÕES NO TRABALHO CÊNICO PRICE WORLD OU SOCIEDADE A PREÇO DE BANANA 48 O TEATRO OPRESSIVO DE ANCHIETA NO BRASIL COLONIAL: UMA ANÁLISE RESIDUAL OPRESSIVA MEDIEVAL CATÓLICA NA OBRA "AUTO DA PREGAÇÃO UNIVERSAL". 49 O ESPECTADOR EM CENA: A FORMAÇÃO DE CORPOS INDÓCEIS NA PLATEIA, ATRAVÉS DA DESTERRITORIALIZAÇÃO DO ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO TEATRAL. 50 NOSSA SENHORA DAS NUVENS: TERRITÓRIO DE REMINISCÊNCIAS E QUIMERAS 51 PARSIFAL: EM BUSCA DA CENA 52 CORPO, NOME E PERFORMANCE: REFLEXÕES ACERCA DOS DESDOBRAMENTOS DA OBRA DE MARINA ABRAMOVIC 53 COM A FORÇA DO MACHO E A GRAÇA DA FÊMEA: OLHAR SOBRE OS TRABALHOS TEATRAIS PRODUZIDOS PELO GRUPO DZI CROQUETTES NO CONTEXTO DA DÉCADA DE SETENTA NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO 54 APROXIMAÇÕES ENTRE WILHELM MEISTER E OS ESTUDOS TEATRAIS 55 ENSAIOS SOBRE AS PLANTAS: NATUREZA E CULTURA NA CENA CONTEMPORÂNEA 56

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E SE SOMENTE VÍSSEMOS O PRETO INFINITO DA CAIXA CÊNICA NO LUGAR DAS CORES E FORMAS DOS CENÁRIOS PARA O REI DA VELA? ENTRE A TRADIÇÃO DA CAIXA CÊNICA ITALIANA E O NEO-HUMANISMO 57 PROGRAMA DE TEATRO: DISCURSO PARA RECEPÇÃO TEATRAL 58

TEATRALIDADE E PRODUÇÕES DE ESPACIALIDADES 59 PISCINA [...]: MERGULHO NUM ESPAÇO DAS ARTES VISUAIS 59 ESPACIALIDADES E FRONTEIRAS DA CENA EM PROCESSOS DE DRAMA 60 ÓPERA CRUA E A POIESIS DA HOSPITALIDADE 61 APROXIMAÇÕES ENTRE O CONCEITO DE ANÁLISE ATIVA E ASPECTOS DE CRIAÇÃO DO ESPETÁCULO "GAIVOTA - TEMA PARA UM CONTO CURTO" 62 URBANIDADE CONTAMINADA: A DILUIÇÃO DE FRONTEIRAS NA CENA TEATRAL CONTEMPORÂNEA 63 ESPAÇOS À MARGEM DO (I)MATERIAL NAS PERFORMANCES DE GUILLERMO GÓMEZ-PEÑA 64 POÉTICAS EM CENA: UMA APROXIMAÇÃO ENTRE ANTONIN ARTAUD E SAMUEL BECKETT 65 PERFORMANCE PIC NIC 66 A CENOGRAFIA DE ESPETÁCULOS PARA CRIANÇA NO ESPAÇO ESCOLAR 67 A DRAMATURGIA DO ESPAÇO EM QUANDO TODOS OS ACIDENTES ACONTECEM 68 CONSTRUÇÃO DE ESPACIALIDADE NO PRETO-À-PORTER DO COLETIVO NEGA 69 ILUMINANDO O DEFUNTO 70 A REESCRITURA MÍTICO-ESPACIAL DE ÉDIPO REI POR GIANFRANCESCO GUARNIERI E FERNANDO PEIXOTO 71 O TEXTO DRAMÁTICO COMO SUPORTE NA CRIAÇÃO DA MAQUIAGEM TEATRAL - O CASO DE MONTAGEM DA PEÇA FIM DE PARTIDA, DE SAMUEL BECKETT 72 A CENA EXPANDIDA 73 A RECONTRUÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO NA AÇÃO DE DESNUDAR-SE: NA PERFORMANCE E NO PROTESTO 74 A ELASTICIDADE DA PRESENÇA CÊNICA: UM DIÁLOGO ENTRE O MATERIAL E O IMATERIAL NA ORGANIZAÇÃO DA CENA 75 MODOS DE PRODUÇÃO DA ARTE: ENTRE O CINEMA E O TEATRO 76 ESPAÇO E IMAGINAÇÃO NA TEATRALIDADE DE ROBERT LEPAGE 77 CARTOGRAFIAS DA CONDUÇÃO DE UM PROCESSO CRIATIVO NA RUA: REFLEXÕES DO TRABALHO DE AMIR HADDAD E PETER BROOK 78 AUTOMÁKINA - UNIVERSO DESLIZANTE 79 A IRRUPÇÃO DO REAL NO ESPETÁCULO “OS PEQUENOS BURGUESES” 80 A DRAMATURGIA NA COMMEDIA DELL’ARTE: TEXTOS, CANOVACCI OU SCENARI 81 PERFORMACIDADE NO USO DO ESPAÇO DA PEÇA TEATRAL PISCINA 82 A PERFORMANCE E A CIDADE NA CULTURA DIGITAL 83 IMAGEM E REPRESENTAÇÃO NO TEATRO DE RUA: AÇÃO COMUNICATIVA E SUBJETIVIDADE NO ESPAÇO PÚBLICO. 84 PRESENÇAS QUE SE SUSTENTAM NOS AFETOS: CONFIGURAÇÕES E RECONFIGURAÇÕES DO (NO) ESPAÇO DO ENCONTRO 85 O PROCESSO DE CRIAÇÃO DA CENOGRAFIA DO ESPETÁCULO BABEL 86

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JOHAN HUIZINGA: JOGO CULTURAL RELAÇÕES COM OS ESTUDOS DAS PERFORMANCES CULTURAIS 87 DA PENA DE SHAKESPEARE AO ‘ROMEU E JULIETA’ DO GALPÃO: UMA EXPERIÊNCIA DO NOVO LUGAR DA DRAMATURGIA CLÁSSICA 88 ESPAÇO OUTRO: CONSTRUINDO RELAÇÕES 89 ENCENAÇÃO DESTERRITORIALIZADA: A PERFORMATIVIDADE COMO GERADORA DE ESPAÇOS NÃO IDENTIFICÁVEIS NA CENA CONTEMPORÂNEA 90 SENTIR A VOZ, OUVIR O GESTO: POÉTICA E TEATRALIDADE DA PERFORMANCE NARRATIVA NO VALE DO JEQUITINHONHA. 91 AS MANIFESTAÇÕES POPULARES BRASILEIRAS COMO ESTÍMULO CRIADOR: INTERSECÇÕES E DESAFIOS ENTRE O TEATRO E A CULTURA POPULAR 92 PERSONA EX MACHINA – O TEATRO DIALOGANDO COM A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL 93 REFLEXÕES A PARTIR DA INTERFACE ENTRE PATRIMÔNIO CULTURAL E ESPACIALIDADE TEATRAL: A EXPERIÊNCIA DO PROJETO NEGRAS MEMÓRIAS 94 \\ 95 TEATRO E ALTERIDADE: UM ESTUDO SOBRE A DRAMATURGIA DE JEAN-LUC LAGARCE 96 PIETÁ EM PRETO & BRANCO - ESTUDO DE UMA IMAGEM HISTÓRICA NA REPRESENTAÇÃO DO TEATRO DE SOMBRAS 97 “TROCAS CULTURAIS E CRIAÇÃO CÊNICA NAS OBRAS DE ARIANE MNOUCHKINE E PETER BROOK ” 98 O MÁSCARA DE PALHAÇO ENTRE MÁSCARAS EXPRESSIVAS DA COMMEDIA DELL ARTE 99 CINEMA E TEATRALIDADE: DESLOCAMENTO MÍTICO E RESSIGNIFICAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL NA MINISSÉRIE A PEDRA DO REINO 100 ESTRATÉGIA COMO CAMPO POTENCIA PARA O JOGO E MIGRAÇÃO DE AFECTO NO ESPAÇO DA CIDADE 101

TRABALHO DO ATOR E O ESPAÇO 102 INTERVENÇÕES DA MÁSCARA NA RELAÇÃO ENTRE ATOR E ESPAÇO CÊNICO 102 TEATRO COMUNITÁRIO NA AMÉRICA LATINA – UMA INVESTIGAÇÃO ICONOGRÁFICA 103 A DESREGRADA VIDA DO MOLEQUE TIÃO E OS DESAFIOS DE SER GRANDE OTELO 104 ESPAÇO RÍTMICO: PROVOCAÇÕES DA ESCUTA 105 SALA DE ENSAIO:A COLABORAÇÃO EM CARTAS PARA LÚCIA. 106 OS PEQUENOS BURGUESES: O ESPAÇO NÃO CONVENCIONAL COMO PRECURSOR DO JOGO EM CENA. 107 MARCHA SOBRE O CORPO: A PRIMEIRA RELAÇÃO ESPACIAL DO TREINAMENTO DOS ATORES-DANÇARINOS DA COMPAGNIE DOS À DEUX 108 ATRIBULAÇÕES DE VIRGINIA. O REFLEXO DO TRABALHO EM UM PESQUISADOR INCIANTE 109 PARTITURAS CORPÓREAS: VERBOS DE AÇÃO NO ESPAÇO CÊNICO 110 A TRANSFORMAÇÃO DO ATOR EM PERFORMER 111 CALÇANDO UM SAPATO APERTADO: OS CAMINHOS E O PERCURSO DE UMA EXPERIÊNCIA IMPROVISACIONAL 112

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F(R)ICÇÃO ARTE-VIDA NA CONSTRUÇÃO DE UMA CENA HÍBRIDA 113 O TRABALHO DO ATOR DEBAIXO DA LONA: ASPECTOS DA ESPACIALIDADE CIRCENSE E DA INTERPRETAÇÃO NO CIRCO-TEATRO. 114 ATELANAS, MIMUS, JOGULATORES E BUFÕES. IL NONI – OS PRECURSORES DOS CÔMICOS DELL´ARTE: 115 O ESPAÇO ONÍRICO: IMERSÃO NA "PSICOLOGIA DAS PROFUNDEZAS" DE UM ATOR PARA A CRIAÇÃO CÊNICA 116 DISCUSSÕES SOBRE O CONCEITO DE UNIPERSONAL 117 O ESPAÇO VAZIO NA FORMAÇÃO DO ATOR/DANÇARINO NO BUTOH 118 FORMAÇÃO ATORAL ATRAVÉS DO ESPETÁCULO "OS PEQUENOS BURGUESES" 119 AÇÕES FÍSICAS: ENTRE A TÉCNICA E A ORGANICIDADE 120 DRAMÁTICO, CÊNICO E IMAGINATIVO – OS DIFERENTES ESPAÇOS EM O MENSAGEIRO DO REI 121 ESTADO DE JOGO: REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DO CORPO NA BUSCA DO ATRITO 122 A VOZ E O SAGRADO:POÉTICAS DO CANTO EM DOIS CONTEXTOS 123 GESTOS COMO RUIDOS, ESPACIALIDADE COMO MEIO DE COMUNICACAO. 124 DESENVOLVIMENTO DA POÉTICA PESSOAL: UMA EXPERIÊNCIA COM ARTISTAS DO TEATRO DE ANIMAÇÃO 125 "MASCARAMENTO ESPACIAL: UM PROCESSO CRIATIVO ENVOLVENDO A ESPACIALIDADE CORPORAL DO ATOR" 126 O MIMO CORPORAL NO TREINAMENTO DE ATORES NEGROS 127 LINHA DE FUGA EM MEYERHOLD E LECOQ 128 TRABALHO DO ATOR/ATRIZ EM MOTION CAPTURE: UM OLHAR SOBRE A INTERPRETAÇÃO 129 CORPO, CIDADE E DISCURSIVIDADE - LABIRINTO URBANO ESTRATÉGIAS PARA SE PERDER 130 O ESPAÇO NA CENA, OS ESPAÇOS DA CENA. 131 O POLÍTICO NA RELAÇÃO ARTISTA-ESPAÇO 132 NAVEGANDO COM MARINHEIROS PARA A CENA TEATRAL. 133 PERCEPÇÃO E ESCUTA NA IMPROVISAÇÃO E ESPETACULARIDADE 134 A FISICALIZAÇÄO DAS FIGURAS: UMA INTERTEXTUALIDADE CÊNICA 135

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

A DIREÇÃO DE UM ATOR AUTISTA Adriano Moraes de Oliveira; UFPEL O presente texto resulta do trabalho de direção teatral que empreendi com um ator com síndrome de Asperger (um dos transtornos do espectro autista) entre os anos de 2012 e 2013. Nesse período desenvolvemos cinco processos criativos a partir da noção de experimento poético como metodologia de criação teatral. Dirigi-lo foi uma aprendizagem constante para o grupo, pois o ator em questão possui como principais características a dificuldade de interação verbal e uma inteligência matemática muito acima da média. O que apresento nessa reflexão se constitui na descrição de procedimentos que adotei para poder estabelecer com esse ator um laço de afetividade que possibilitasse a sua presença em cena usando, inclusive, uma abundância de falas e o controle do olhar. Cabe ressaltar que a síndrome de Asperger não provoca atrasos significativos na linguagem, mas a presença desse ator autista no trabalho de pesquisa contribuiu de modo muito significativo ao trabalho dos demais envolvidos em função, principalmente, de a comunicação entre os integrantes ser pautada pela objetividade por conta de uma demanda de manter os acordos bem compreendidos por todos. Apoio: CNPq

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

A PERFORMANCE COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA COM TRANSGÊNEROS

André Luiz Silva Rodovalho; Orientador: Mara Lúcia Leal; Universidade Federal de Uberlândia Esta é uma pesquisa de mestrado em andamento que consiste em investigar as potencialidades da Performance como pedagogia numa oficina com transgêneros. O desejo de trabalhar com a vertente performática surgiu de uma disciplina que cursei ministrada pela Profª. Drª. Mara Leal, no meu último semestre de graduação no curso de Teatro da Universidade Federal de Uberlândia. Nesta disciplina experimentei cenicamente a transgressão e a crítica que a performance proporciona a quem performa e a quem assiste. Por seu caráter autobiográfico a performance tem uma potencialidade cênica muito forte e verdadeira, importante para o ator em formação como defende Eleonora Fabião (2011). Meu objetivo é investigar essa vertente com um público específico que não esteja necessariamente ligado ao meio teatral ou acadêmico. Escolhi travestis e transexuais como público alvo por estas serem pessoas muito discriminadas e excluídas da sociedade em geral. Em sua maioria, ao assumirem suas verdadeiras identidades sexuais, são rejeitadas pelas famílias, enfrentam dificuldade e preconceito nas escolas e acabam acolhidas pela prostituição por não serem aceitas em outros tipos de emprego. A partir dessa cruel realidade, suas memórias afetivas servirão como material para a oficina que visa à criação de performances individuais e/ou coletivas, que ao serem programadas poderão transitar por ambientes culturais, escolares e acadêmicos da cidade de Uberlândia, Minas Gerais.

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

A RODA DA CAPOEIRA ANGOLA: RELAÇÕES POSSÍVEIS COM O TRABALHO DO ATOR

César Paulo Silva (PIBID;PIBID); Orientador: Maria Clara Thomas Machado ; Universidade Federal de Uberlândia A prática da Capoeira Angola está inserida dentro do curso de Teatro da Universidade Federal de Uberlândia-MG na disciplina de tópicos Especiais em Técnicas Artísticas possibilitando o contato dos alunos com a cultura afro-brasileira, com o jogo/dança/luta e com movimentos corporais específicos dessa linguagem, além de permitir, aos licenciandos, uma reflexão sobre a lei 10.639/03 que estabelece diretrizes quanto à obrigatoriedade da temática História da África e a Cultura Afro-brasileira na Educação Básica nacional. Por esse princípio, a Capoeira Angola favorece um diálogo com a educação e formação de futuros artistas na medida em que comunicam essas duas linguagens. Na roda de capoeira um palco é estabelecido, onde o improviso e um estado de presença e prontidão são necessários para que o jogo aconteça. Desse modo é possível esboçar uma definição dos elementos caracterizadores do evento teatral e os elementos da capoeira. O trabalho investigará as possibilidades de aproximação entre o corpo do capoeirista e o corpo do ator, a influência da apropriação dessa linguagem no trabalho do ator a partir da disciplina citada.

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

CORPO IN-DISCIPLINADO Debora Frota; Orientador: Pablo Assumpção; UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Este trabalho é resultado de 3 meses de investigação a fim de pesquisar relações de corpo, espaço e tempo no Colégio da Polícia Militar General Edgar Facó. Pautada no conceito de Corpos Dóceis (Foucault), onde a disciplina como forma geral de dominação fabrica corpos submissos e exercitados, Corpo in-disciplinado é um jogo cênico onde o foco está na movimentação dos corpos moldados ao regime educacional-militar, alinhados em uma estrutura dura, sequencial e uniforme. Na cena, o corpo-aluno-militar posiciona-se sempre em filas, identificada como “formação”. Um jogador assume a frente como “comandante da tropa” e inicia uma sequencia aleatória de ordens, baseadas em comandos militares como “Sentido!” e “Apresentar armas!”, fazendo com que todos repitam os movimentos sem questionar. As regras definidas para sistematizar o jogo cênico, trazem ao jogador que errar o dever de acusar-se, “errei”, e de sair da formação; uma penalidade deve ser aplicada ao que não cumprir sistematicamente as ordens, como por exemplo, dez voltas de joelho ao redor da tropa; quem deserdar, deve sair da formação e ficar permanentemente em uma área definida como “prisão”, onde passará pela tortura da humilhação até a finalização ou a interrupção do jogo. Corpo in-disciplinado retrata de forma crítica e exagerada a realidade diária de movimentação de um grupo de adolescentes, trazendo para a cena um modelo de corpos dóceis e úteis. Apoio: COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR GENERAL EDGARD FACÓ

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

QUAL O ESPAÇO DO ENSINO DO TEATRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL? Diego de Medeiros Pereira (CAPES;Doutorado); Orientador: Beatriz Ângela Vieira Cabral; Universidade do Estado de Santa Catarina Sabe-se da inexistência do profissional específico da linguagem teatral no espaço da Educação Infantil, ainda que as propostas curriculares para esse segmento de ensino explicitem a necessidade do trabalho com as diversas linguagens artísticas no processo de formação da criança. A lei de Diretrizes e Bases de 1996, entretanto, define a Educação Básica como composta por Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio além de institui a oferta do Ensino de Artes como obrigatória em todos os segmentos da Educação Básica. Por que, então, as linguagens da Arte – e, consequentemente, do teatro – não se encontram como conteúdos obrigatórios neste lugar primordial de construção das primeiras experiências do ser? Este texto pretende discutir o espaço destinado ao teatro na Educação Infantil a partir dos documentos oficiais destinados a esse segmento de ensino, assim como retratar um trabalho de formação de profissionais da Educação Infantil para o trabalho com a linguagem teatral que tem sido desenvolvido desde 2010 no município de Florianópolis.

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

CAMINHOS PARA UM TRABALHO TEATRAL COM ADOLESCENTES NA ESCOLA - O EXPERIMENTO MP3

Dimitri Steckel Camorlinga; Orientador: Diego de Medeiros Pereira; UDESC Esse artigo analisa uma experiência realizada no primeiro ano de ensino médio regular do Instituto Estadual de Educação em Florianópolis, durante as aulas de Artes, como parte do Estágio Curricular do curso de Teatro da UDESC. A experiência se pautou inicialmente no contato com os alunos pela Internet, através do Facebook, e mais adiante se desenvolveu a partir da ideia de construção de um “Experimento mp3”, baseado no trabalho do coletivo Nova Iorquino Improv Everywhere. Nesse processo foram levantados diferentes aspectos sobre o trabalho com adolescentes em uma escola pública, as possibilidades de trabalho a partir da visão de uma construção coletiva de performance, suas relações com o teatro “tradicional” e o diálogo com dinâmicas e jogos teatrais comuns a metodologias reconhecidas na área da Pedagogia do Teatro.

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

ANÁLISE INTERSECCIONAL ENTRE AS CONCEPÇÕES DIRETORIAIS DE PETER BROOK E AS PRÁTICAS TEATRAIS NA ESCOLA

Fernando Freitas dos Santos; Orientador: Márcia Pompeo Nogueira; Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC A noção do espaço vazio, a aproximação entre ator e espectador e a exploração do imaginário são alguns dos motes das pesquisas de Peter Brook no campo teatral. No decurso das produções de espetáculos, o diretor inglês refuta concepções diretoriais rígidas e inflexíveis a fim de priorizar uma relação dialógica com sua equipe de trabalho. As pesquisas de Brook não têm pretensões de formação pedagógica, no entanto seus princípios metodológicos são passíveis de aproximações com práticas de trabalho com linguagem teatral no contexto educativo. Deste modo, o presente estudo tem por objetivo analisar os princípios norteadores do trabalho de direção de Peter Brook a fim de dialogar e estabelecer conjecturas interseccionais com práticas teatrais no ambiente escolar.

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

REFLEXÕES PEDAGÓGICAS SOBRE A FORMAÇÃO ARTÍSTICAS ATRAVÉS DA ILUMINAÇÃO CÊNICA

Giovanna Caroline Dominical Parra, Tamara dos Anjos Garcia; Orientador: Camila Barbosa Tiago; Universidade Federal de Uberlândia Esse trabalho pretende contextualizar sobre a curta trajetória de duas alunas do curso de teatro dentro do grupo de estudo em iluminação - Cênica Luz - da Universidade Federal de Uberlândia e a colaboração desta inserção para a formação artística das mesmas. Elas ingressaram no curso no segundo semestre de 2013 e logo no início já começaram a frequentar o grupo. Este foi criado em 2011 pela diretora de iluminação Camila Tiago com a proposta de pesquisar o envolvimento da iluminação nos trabalhos cênicos que acontecem não só dentro da instituição como também em todo o Brasil. Atualmente o grupo é composto por dez integrantes, alunos e graduados dos cursos de teatro e dança da UFU. O grupo oferece apoio aos eventos do Instituto de Artes, no qual seus integrantes são responsáveis pelas concepções/criações, montagens e/ou operações da iluminação nos trabalhos desenvolvidos. A experiência com essa pratica proporciona a percepção da composição do todo na cena teatral ou coreográfica. Portanto tentamos aqui ressaltar a importância de tal formação não apenas para um trabalho técnico, mas para o entendimento da complexidade da junção dos vários elementos (iluminação, maquiagem, figurino e cenografia) para a constituição do trabalho cênico. Apoio: Grupo Cênica Luz

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

EXATAMENTE SEMELHANTE E INFINITAMENTE ESTRANHO: A EXPERIÊNCIA DE LABORATÓRIOS TEATRAIS EM RUAS LATINO-

AMERICANAS E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO EM ARTES CÊNICAS

Gláucio Machado Santos, Maria Fernanda Sarmiento Bonilla (CAPES;Mestrado - PROEX); Orientador: Gláucio Machado Santos; Universidade Federal da Bahia Esta comunicação discorre sobre aspectos da formação do ator a partir de uma perspectiva específica: a realização de práticas laboratoriais nas ruas de cidades latino-americanas. Os exercícios foram desenvolvidos no âmbito de uma pesquisa de Mestrado cujo objetivo era estimular e explorar a relação ator/público através da utilização do corpo em sua totalidade expressiva. Tais laboratórios foram desenvolvidos nas cidades de Bogotá, Colômbia, e Salvador, Brasil. É necessário frisar que a citada investigação não visou a preparação específica para o teatro de rua, mas, sim, uma possível contribuição para a formação geral do intérprete em artes cênicas. A fim de estabelecer a base conceitual de discussão, Tadeusz Kantor e Augusto Boal são tomados como referência principal de raciocínio sobre o ofício do ator. Em complemento, José Martí e Boaventura de Sousa Santos são acionados de modo a encaminhar uma apreciação dos espaços públicos de Bogotá e Salvador sob o ponto de vista das especificidades que oferece a cultura latino-americana. Com isso, procura-se salientar como essas mesmas características têm potencial para incrementar uma proposta pedagógica para as artes cênicas, com o intuito de aprimorar os recursos dos intérpretes para a elaboração e a execução da cena teatral.

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

TEATRO E EDUCAÇÃO DIALÓGICA: ESTUDO DAS REALIDADES, PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E FORMAÇÃO CIDADÃ

Ildisnei Medeiros da Silva (CAPES;Bolsa de Mestrado CAPES); Orientador: José Sávio Oliveira de Araújo; Universidade Federal do Rio Grande do Norte Compreendendo a sala de aula como laboratório de pesquisa do professor, tomamos nossa prática do PIBID-Teatro/UFRN junto à escola como objeto de pesquisa. Questionando o Ensino de Teatro que está posto e como ele se efetiva na relação com os sujeitos, decidimos iniciar a elaboração de um planejamento pedagógico de Teatro para o Ensino Fundamental I que tivesse a Educação Dialógica como foco. Através da pesquisa teórica para efetivar essa prática e da caracterização do ambiente escolar percebemos o quão necessário se faz pensar, principalmente, em três eixos: Estudo das Realidades, Práticas Pedagógicas e Formação Cidadã. Estudo das Realidades é o momento em que vemos descontinuidades e permanências na escola, e reconhecemos a realidade social dos sujeitos. Quanto às práticas pedagógicas tornou-se claro que devem estar diretamente relacionadas aos objetivos a serem alcançados e com a realidade dos alunos. Partindo da premissa de que todas as áreas que compõem o fazer teatral (História do Teatro, Atuação, Encenação, Dramaturgia, Cenografia e Tecnologias da Cena) devem ser problematizadas ao longo dos 5 anos deste nível escolar - usando procedimentos metodológicos que atendam às demandas – faz-se necessário articular todos os saberes para contribuir no processo de formação de um sujeito crítico. Este deve ser capaz de pensar e modificar a realidade em que vive, enquanto pensa no bem-estar individual e coletivo.

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

A EXPERIMENTAÇÃO CORPORAL DO ESPAÇO NA FORMAÇÃO EM CENOGRAFIA

Ismael Scheffler; Universidade Tecnológica Federal do Paraná A partir da segunda metade do século XX, diversas produções teatrais têm sido realizadas em lugares distintos das salas de espetáculo tradicionais, experimentando configurações espaciais diferentes da oposição frontal palco-plateia. Muitos criadores têm proposto espetáculos que consideram as relações entre atores e espectadores assim como o entorno físico (seja uma arquitetura específica ou um recorte da cidade). Neste sentido, o pensamento cenográfico tem sido ampliado e as dinâmicas espaciais de quem faz e de quem vê têm sido problematizadas inferindo discursos teatrais bem como tem sido considerada a carga dramática inscrita no espaço urbano ou arquitetônico como elemento espetacular. Assim, a compreensão da cenografia se estende para além do palco e o cenógrafo passa a articular além de elementos visuais, o espaço de maneira mais ampla. Uma forma de aprender e apreender o espaço e as relações humanas é pela vivência corporal do próprio espaço. O artigo abordará algumas experimentações de formação em cenografia que consideram a experimentação empírica do espaço em uma compreensão abrangente de cenografia. Serão observadas algumas atividades realizadas na Universidade Tecnológica Federal do Paraná que, por sua vez, tem como referência algumas proposições do Laboratório de Estudo do Movimento, da Escola Internacional de Teatro Jacques Lecoq, na França.

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

TEATRO-EDUCAÇÃO E ANÁLISE DIALÓGICA DO DISCURSO: PERSPECTIVAS TEÓRICO-METODOLÓGICAS

JEAN CARLOS GONÇALVES (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq);Pós-doutorado Júnior); Orientador: BETH BRAIT; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ O estudo, vinculado a um projeto de pós-doutorado, apresenta propostas de aproximação entre a pesquisa em teatro-educação e a análise dialógica do discurso (ADD). O texto aborda a problematização das relações entre o teatro, a educação e os estudos de linguagem propostos por Bakhtin e o Círculo, e suas implicações para o ensino em diferentes contextos, considerando discursos e práticas na contemporaneidade e a análise de processos e procedimentos cênicos em experiências educacionais. Como resultado da investigação, considera-se que a análise da produção de sentidos no campo do teatro-educação implica um olhar para a significação e para as subjetividades constitutivas dos espaços de pedagogia da cena, nos quais as vozes do teatro e da educação dialogam e se complementam. Apoio: SEPT/UFPR (Afastamento integral para pós-doutorado)

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ENSINAR E APRENDER TEATRO: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS NO CARIRI.

José Cleber Barbosa de Lima; Universidade Regional do Cariri Este trabalho tem como objetivo discutir a importância do teatro nos ambientes de aprendizagens na educação básica. São apontados, neste estudo, alguns procedimentos metodológicos para o ensino de teatro na contemporaneidade numa perspectiva da dicotomia mediação-aprendizagem. Com a presente pesquisa, apresentamos um breve panorama das práticas de observação a partir da disciplina: Pesquisa e Prática Pedagógica em Artes II, realizada na Universidade Regional do Cariri, com estudantes do Curso de Licenciatura em Teatro. Por meio dessa breve contextualização histórica, é possível compreender como o ensino de teatro vem sendo desenvolvido no Cariri ao longo do tempo. Nessa ótica, apontamos para a Lei 9394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), na qual divide as expressões: artes visuais, dança, teatro e música. Essa divisão que a Lei propõe, são confrontadas com a polivalência predominante na educação nas escolas do Cariri.

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POÉTICA(S) DO EFÊMERO: A EXPERIÊNCIA COMO PROCESSO INVESTIGATIVO NA PEDAGOGIA DA CENA

José Raphael Brito dos Santos (CAPES;); Orientador: Narciso Larangeira Telles da Silva; Universidade Federal de Uberlândia O trabalho discute sobre a experiência e o saber da experiência como fundamentação e construção do discurso cênico. Apresenta possibilidades de experiências cênicas, colocando como proposta três eventos/acontecimentos (processos de criação, recepção teatral e diálogo reflexivo), como modos de vivência e travessia nas artes cênicas. Analisa, em específico, a efemeridade do processo de criação (composição e decomposição da cena) e a suas indagações na investigação da cena teatral. O que move o teor da pesquisa são questões referentes à produção do conhecimento em teatro, colocando a experiência e sua efemeridade como ponto de partida, e ao mesmo tempo, como problemática, para a investigação na pedagogia da cena. Apoio: Programa de Pós-Graduação em Artes/Mestrado - Instituto de Artes

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TEATRO DE ANIMAÇÃO NA PEDAGOGIA DO TEATRO: PERSPECTIVA DO CONCRETO

Kaise Helena Teixeira Ribeiro; Universidade de Brasília Este artigo versa acerca do Teatro de Animação aplicado a turmas do Ensino Fundamental de Anos Finais e suas implicações para o ensino-aprendizagem dos elementos formais do Teatro na formação do estudante da escolaridade básica, incluindo o trabalho de ator. A experiência do ensino do Teatro com a animação de objetos, a construção e a encenação com bonecos de diferentes técnicas oferece ao aluno da educação básica uma compreensão concreta do personagem, dos elementos de encenação, marcação de cena, perspectiva do espectador e efetiva construção da cena, por etapas. O roteiro de ação pertinente a encenação com bonecos coloca o aluno-aprendiz na posição de ator, autor e encenador e, a partir dessa experiência, ele apreende os conceitos e elementos que permeiam a arte do Teatro.

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PAULO FREIRE ENTRE PARES Katia Reinisch (Capes;Bolsa mestrado); Orientador: Marcia Pompeo Nogueira; UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Este artigo aborda as coincidências entre o pensamento de Paulo Freire com as ideias de Bertold Brecht e Walter Benjamin, que remetem à matriz: Karl Marx. Paulo Freire, cujos pressupostos pedagógicos norteiam minha busca no campo teatral voltada a práticas junto a comunidades, como todo pensador, embora tenha trazido contribuições originais, principalmente no campo da educação, “não é uma ilha isolada”. Neste trabalho, faço uma análise comparativa entre as ideias de Paulo Freire com as ideias desses outros dois pensadores que erigiram o povo oprimido como objeto e sujeito de suas práxis: Brecht e Benjamin; e verificar como os três levam à mesma fonte: Karl Marx. Apoio: Ppgt

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A REPETIÇÃO E A REPRODUÇÃO COMO PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA DANÇA

Luana Leite; Universidade do Estado de Santa Catarina A partir deste artigo buscarei discutir a influencia e o resultado da repetição e da reprodução de coreografias no processo de ensino-aprendizagem do corpo do ator/bailarino no teatro/dança. Utilizarei da relação entre o processo prático da disciplina de Montagem Teatral – que resultou no espetáculo Assemblage – e o material teórico da disciplina de Técnicas de Dança II, ambas as disciplinas são obrigatórias no currículo de Licenciatura e Bacharelado em Teatro na UDESC e foram cursadas no ano de 2013. Também serão utilizados, como material de pesquisa, relatos de alguns participantes do processo de montagem teatral, que em grande parte se deu em cima da repetição e reprodução, e de pessoas que assistiram ao espetáculo. Através desses relatos foi possível observar coreografias já consagradas sendo (re)criadas em novos corpos, que reproduziam mimeticamente seus passos, mas davam nova vida a dança antiga. Logo, sobram alguns questionamentos que direcionam o artigo, como por exemplo: O processo de ensino foi eficaz para alcançar os objetivos da disciplina e do espetáculo como um todo? De que forma a repetição modifica, ou acumula material criativo no corpo/mente de um interprete?

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O QUE SE APRENDE COM LEO BASSI? Luciane de Campos Olendzki; Orientador: Verônica Fabrini; Universidade Estadual de Campinas Este artigo apresenta uma análise de algumas atividades e experiências que fizeram parte da turnê de Leo Bassi em novembro/dezembro de 2013 pelo Brasil, no encontro internacional de palhaços Anjos do Picadeiro 12 (RJ) e no III Palhaçada: outros estados do riso (SESC/SP), em que autora esteve presente como pesquisadora e assessora direta de produção. Leo Bassi é palhaço e bufão, conhecido mundialmente por suas apresentações e performances provocativas, jogador de um humor crítico e mordaz, aborda questões políticas e religiosas do contexto atual. Neste texto, enfatizaremos determinadas atividades, realizadas por Bassi, que tiveram algum enfoque diretamente formativo e pedagógico, tais como: a) montagem de sua performance em intercâmbio com artistas locais e workshop no Anjos do Picadeiro (RJ) e b) aula-espetáculo (SESC/SP). Deste modo, também pretendemos abordar os festivais, as oficinas, workshops e a fruição de espetáculos do âmbito de produção artística e cultural, como espaços e experiências fundamentais de pedagogia e formação do artista da cena, neste caso, especificamente, do palhaço.

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E AÍ, GIROU? UMA EXPERIÊNCIA EM PEDAGOGIA DO TEATRO INSPIRADA PELO BRINQUEDO POPULAR DO PIÃO

Luis Augusto da Veiga Pessoa Reis ; UFPE Este artigo relata uma experiência criativa, vivida durante o segundo semestre letivo de 2012, com alunos do curso de Licenciatura em Teatro, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Na disciplina Metodologia do Ensino do Teatro II, cujo enfoque recai sobre as abordagens mais recorrentes no ensino de teatro para crianças e pré-adolescentes, o brinquedo popular do pião foi usado como eixo central dos trabalhos desenvolvidos. Verificou-se, nessa investigação, o grande potencial do pião quando aplicado à Pedagogia do Teatro, não somente como instrumento de treinamento do ator e de consolidação do grupo, mas também como deflagrador da própria criação poética, tanto na dramaturgia quanto na construção da cena.

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O VÍNCULO DO TEATRO COM A COMUNIDADE Marcia Pompeo Nogueira; UDESC O teatro na comunidade se define a partir das relações que estabelece com a comunidade, tanto em termos do conteúdo que aborda quanto em termos formais. Este vínculo tem, portanto, um significado estrutural para este tipo de teatro. Há a necessidade de estabelecer canais de comunicação, para isto é importante o comprometimento do artista, já que a qualidade da interação interfere na qualidade do trabalho. Neste sentido, é importante fugir da hierarquia do teatro profissional para buscar uma colaboração baseada numa relação de reciprocidade. Este artigo reflete sobre as implicações deste vínculo em termos políticos, sociais e educacionais e sobre a finalidade deste tipo de teatro.

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PARA QUE COMEÇAR DO CHÃO? Márcia Souza Oliveira (não possui;); Orientador: Renata Bittencourt Meira; Universidade Federal de Uberlândia Este artigo se pauta no processo experimental que foi travessia para uma pesquisa de mestrado. Acontece no espaço acadêmico da Universidade Federal de Uberlândia, tem como foco o trabalho docente de Renata Bittencourt Meira, nas disciplinas de consciência e expressão corporal. A pesquisa de experimentação e observação é o corpo sensível e somático "em constante (re) construção, pois é dependente das experiências dos sujeitos envolvidos" (Meira,2010). O Recorte na espacialidade cênica pensa a não acomodação do artista, a percepção corporal do atuante seus processos individuais de movimento expressivo e internos das impressões, a percepção da tridimensionalidade, o olhar de outro ângulo, a potência de dimensões múltiplas.

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OS DIFERENTES CAMINHOS PARA A CRIAÇÃO CÊNICA: APONTAMENTOS SOBRE O PAPEL DO MOVIMENTO NO TRABALHO DO

ALUNO/ATOR Marcio Dias Pereira; Orientador: Nasciso Telles; Universidade Federal de Uberlândia A partir das minhas pesquisas em campo com alunos do ensino fundamental e com alunos em processo de formação de ator, inseridos tanto, em uma escola de graduação, quanto em grupos de teatro, pretendo abordar os métodos de ensino, apreendidos por mim, do diretor Gilles Gwizdek. O campo a ser investigado são as práticas de condução no processo de criação cênica. A observação se dará a partir dos impactos ocorridos pela utilização do método nos dois diferentes grupos estudados. Também busco identificar e descrever o processo de trabalho do encenador Gilles Gwizdek sobre a utilização do movimento na cena dentro das experiências realizadas nos diferentes grupos de alunos. Como referencia teórica será abordada a teoria de Constantin Stanislavski e Meyerhold, revisada por Eugênio Barba sobre suas experiências práticas e conceituais de movimento. A partir dessas análises será proposta uma inter-relação entre o trabalho teórico e prático, realizado pela leitura feita por Eugênio Barba sobre movimento e Gilles Gwizdek em seu processo de trabalho a partir de minhas experiências com os diferentes grupos de alunos. A pesquisa propõe que a partir do movimento o aluno possa chegar à construção autônoma de uma personagem através de partituras corporais. Aumentando a relação palco e plateia e consequentemente causando um possível estado de “sedução” do espectador para com o espetáculo.

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VIGOTSKI E O FAZER TEATRAL NA ESCOLA: ALÉM DA ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL

MATHEUS VINÍCIUS DE SOUSA FERNANDES (CAPES;MESTRADO); Orientador: BEATRIZ ANGELA VIEIRA CABRAL; UDESC Lev S. Vigotski (1896-1936) dedicou-se a escrever sobre e ao fazer teatral em toda sua trajetória, paralelamente ou conjuntamente às pesquisas acerca da linguagem, psicologia, medicina, educação, dentre outras. Professor de estética, ator, diretor e crítico teatral, o autor é recorrentemente lembrado por suas contribuições na área da psicologia, medicina e pedagogia no Brasil e também por sua teoria histórico-cultural. Este trabalho em andamento tem por finalidade propor possíveis relações dos escritos do autor bielo-russo para com processos teatrais nas escolas atualmente, conjuntamente e coerentemente aos seus princípios teóricos, de maneira não estrutural, fomentando uma ampliação do repertório do artista-educador. Para tanto, se apresentará dados referentes à sua biografia, escritos, pesquisas em arte em geral, estética e educação, contrastando com estudos contemporâneos nas áreas da educação, teatro, pedagogia do teatro, psicologia e arte. Apoio: CAPES

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PALHAÇARIA EM AÇÃO: UMA BRINCADEIRA SÉRIA Monik Aparecida Araujo Gomes; Orientador: Flavia Janiaski; UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Este artigo tem como objetivo analisar a importância do teatro como prática pedagógica para o Ensino Fundamental I e como o mesmo ajuda no desenvolvimento da criança. Para a realização da pesquisa foi desenvolvido um trabalho de observação e aplicabilidade de jogos teatrais e Contação de História, na escola da rede municipal de ensino Franklin Luiz Azambuja da cidade de Dourados/MS, localizada na periferia da cidade. Os alunos escolhidos para o desenvolvimento deste trabalho, foram alunos participantes do Projeto Federal Mais Educação e a turma do Segundo ano. Nos últimos anos o processo de ensino-aprendizagem no Ensino Fundamental I tem destacado a importância de práticas pedagógicas utilizando a ludicidade com o objetivo de ensinar os alunos a aprenderem se divertindo. Diante isso, um dos destaques importantes desse trabalho está direcionado à utilização da ludicidade como forma de ensinar a história do teatro e apresentar aos alunos a leitura de uma maneira divertida e interessante, para que futuramente possam se tornar leitores assíduos em suas práticas estudantis e pessoais. Apoio: Rodrigo Bento

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O ESTUDO TEATRAL COMO ESPAÇO DE GOZO Olívia Camboim Romano; Orientador: Gláucio Machado Santos; Universidade Regional de Blumenau (FURB) e Universidade Federal da Bahia (UFBA) Esta comunicação, fruto da pesquisa de doutorado em andamento: "Escola de Espectadores" em Buenos Aires (EEBA) e Porto Alegre (EEPA): uma investigação etnográfica", busca problematizar o fundamento EEBA referente ao estudo teatral não como uma matéria de educação formal, mas como ambiente de gozo, à luz dos escritos de Bourdieu sobre educação e arte. A EEBA, inaugurada em 2001 por Jorge Dubatti, é um espaço de discussão sobre os espetáculos em cartaz na cidade, sob a coordenação de um especialista e com a participação de artistas envolvidos nos trabalhos debatidos. Ela é aberta para qualquer interessado, sem exigência de pré-requisitos para participação, e seu programa contempla ainda reflexões históricas, teóricas e estéticas sobre as artes cênicas. Desde o seu surgimento, a A EEBA serve de modelo para iniciativas semelhantes em diversos países, como México, Uruguai, Chile e Brasil. Na presente análise, pressuponho que, embora as Escolas de Espectadores cumpram importante papel de mediação teatral, estimulando a frequência em temporadas e, possivelmente, qualificando o encontro dos espectadores com a intimidade do espetáculo, a defesa do teatro apenas como matéria informal simplifica a carpintaria das artes cênicas e restringe a referência metodológica de formação de espectadores, na medida em que a maior parte das crianças toma contato com o teatro por meio da escola e, nesse local, a disciplina Artes necessita de rigor próprio e exclusivo. Apoio: Universidade Regional de Blumenau (FURB)

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EDUCAÇÃO SOMÁTICA COMO AGENTE PARA A CRIAÇÃO Paloma Bianchi; Orientador: Sandra Meyer Nunes; Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC A educação somática vem conquistando cada vez mais espaço nas pesquisas das artes presencias tanto por possibilitar distintas maneiras de se aproximar do corpo e suas corporeidades, como por fomentar novos dispositivos para a criação. No entanto, ainda persiste a convenção de que as abordagens somáticas contribuem somente na preparação do corpo e no desenvolvimento da consciência corporal, negligenciando seu potencial como agente propositor e criador; assim essas abordagens desempenham um papel apenas complementar nas práticas criativas das artes presenciais. A fim de estreitar a relação entre práticas pedagógicas e práticas criativas, bem como, ampliar e adensar o entendimento sobre as abordagens somáticas, propõe-se, nesse trabalho, um diálogo entre os teóricos Sylvie Fortin e Michel Bernard, que servirá de alicerce à reflexão sobre a prática do coletivo Mapas e Hipertextos, no qual o uso de uma abordagem somática específica, a Coordenação Motora de Béziers e Piret, se articula intrinsicamente com as práticas criativas.

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A IDEIA É LEGAL, MAS TEM MUITA COISA PARA MELHORAR - DIÁLOGOS SOBRE O CURSO DE TECNOLOGIA EM PRODUÇÃO CÊNICA

DA UFPR PATRICIA BUENO PLUSCHKAT (CAPES;CAPES); Orientador: JEAN CARLOS GONÇALVES; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA O propósito do presente artigo é compreender os sentidos do Curso Superior de Tecnologia em Produção Cênica para os estudantes da área, considerando que essa formação é recente na esfera universitária e sendo a Universidade Federal do Paraná a primeira instituição pública a instaurá-lo. A pesquisa aponta perspectivas acerca das relações entre o espaço do produtor cênico e sua constituição no espaço educacional. O objetivo do curso é a formação de um profissional que atenda às demandas tecnológicas e estéticas de espetáculos cênicos e que esteja apto a realizar projetos culturais. Como metodologia optei pela análise enunciativa de uma publicação na página da rede social Facebook, postada por um estudante do curso, onde ele expõe suas considerações a respeito do que é ser produtor cênico tal como suas expectativas no espaço universitário, sendo este um lugar de vivência, memórias e descobertas. Por compreender que as palavras e a língua estão interligadas pela história, optei como aporte teórico da pesquisa a perspectiva de Bakhtin e o Círculo. Na fundamentação utilizo-me dos conceitos da teoria da enunciação na busca da compreensão dos diálogos produzidos no enunciado do estudante com seus interlocutores e recorro à concepção de gêneros discursivos para refletir sobre as publicações da rede social Facebook e suas relações dialógicas.

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HABITAR: UM ENTRE (OBSERVAR E AGIR) Paulo Victor Chagas Aires; Orientador: Renata Kelly da Silva; Universidade Federal do Ceará - UFC Uma colagem. Entrelaçamento de discursos. Um entre: observar e agir. Experiência, ensino, disciplina, punição, instituição se entrelaçam no inventar dessa escrita. Um diálogo de textos coletados em atividades, um programa político pedagógico e Vigiar e Punir. Inventar nessa escrita uma percepção de ensino. Esse artigo se desenha a partir de um relato de experiência a partir de um estágio realizado pela Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza (SME) Na Escola Municipal Monsenhor Linhares, durante o ano de 2012. Escola a qual retorno hoje em 2014 para o Estágio I (Observação). Aqui correlaciono aquela experiência atravessado pela conversa com Foucaut hoje. Experimento a construção de um discurso através da colagem de textos. Para, assim, nessa criação discutir ensino e instituição escolar.

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

O QUE FICOU EM MIM? SENTIDOS SOBRE CORPO E IDENTIDADES NA PRODUÇÃO DE PROTOCOLOS TEATRAIS VERBO-VISUAIS.

Reinaldo Kovalski de Araujo (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES);); Orientador: Jean Carlos Gonçalves ; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) Esse artigo apresenta resultados de minha pesquisa de mestrado, e propõe reflexões acerca da produção de sentidos para corpo e identidades, a partir da materialidade discursiva que integra protocolos teatrais, os quais foram produzidos ao final de uma montagem de espetáculo resultante de um processo de formação continuada com professoras de arte licenciadas em teatro, realizada na Faculdade de Artes do Paraná. A formação teve por objetivo discutir cenicamente as questões relativas a corpo, gênero, sexualidade e identidades. Para essa pesquisa busquei a experiência de trabalhar os protocolos para além uma escrita verbal, convidando as participantes a explorarem possibilidades discursivas verbo-visuais. A partir do enunciado “o que ficou em mim desse processo cênico?” os participantes criaram protocolos nas mais diversas linguagens, utilizando o corpo, a voz, a imagem e a escrita como forma expressão. Foi produzida uma variedade de protocolos teatrais verbo-visuais, conforme metodologia proposta por Gonçalves (2013), indicando possibilidades de registro de vivencias cênicas que transcendeu o protocolo escrito. O estudo ancora-se na Análise de Discurso de linha francesa, apoiando-se em Orlandi, Pêcheux e Foucault, e os primeiros resultados apontam para diferentes formações imaginárias dos sujeitos no que tange aos sentidos de corpo e identidades, em um jogo interdiscursivo constituído nas próprias condições de produção do jogo cênico.

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

ESPAÇO E CORPOREIDADES: EXPERIÊNCIAS EDUCATIVAS NO CUCA BARRA EM FORTALEZA

Roberta Bernardo da Silva (PIBID Teatro;Iniciação à Docência); Orientador: Abimaelson Santos; Universidade Federal do Ceará Este estudo apresenta uma experiência vivenciada por alguns jovens em um curso de iniciação teatral, explorando o corpo e o espaço cênico no CUCA Barra. Com o objetivo de descobrir e experienciar outras corporeidades educativas, o curso ocorreu, metodologicamente, em quatro etapas. Na primeira os estudantes reconheceram os espaços múltiplos possíveis para intervenções corporais e cênicas, seguido de debates sobre como o corpo é estimulado em ambientes distintos de atuação. Na segunda etapa ocorreu um diagnóstico perceptivo do corpo e das suas tendências individuais através de improvisações. Na Terceira, em subgrupos, a partir das afetações despertadas nas etapas anteriores, o exercício foi deixar o corpo à deriva, experimentar composições de partituras, estabelecer relações do corpo com as estruturas geométricas do Instituto CUCA. E por último, trabalhou-se a partir das seguintes questões: quais outros modos de reocupar um espaço? Este diálogo parte do corpo ou da relação deste com o espaço? O trabalho resultou em três intervenções artísticas, em espaços diferentes que proporcionaram aos estudantes uma experiência estética de extrema importância, no que diz respeito aos aspectos políticos e estéticos de uma obra de arte, considerando e reconsiderando, desta maneira, como o corpo ocupa um espaço.

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA CULTURA E ARTE: EXPERIÊNCIAS COM OS JOGOS TEATRAIS EM UM CENTRO DE APOIO PSICOSSOCIAL

Rochele Resende Porto; Universidade Federal do Rio Grande do Sul Resumo: Este texto tem como proposta refletir sobre o processo pedagógico de experimentação teatral em um Centro de Apoio Psicossocial (CAPS II) na cidade de Porto Alegre. O trabalho foi desenvolvido a partir da criação do grupo “Espaço de Convivência Cultura e Arte”. Sua formação era constituída por usuários do serviço de saúde mental, duas psicólogas e uma professora de teatro, no período de um ano. A principal metodologia de ensino utilizada foram os Jogos Teatrais da diretora Viola Spolin (1906-1994). A relevância deste diálogo está diretamente relacionada às transformações ocasionadas pela Reforma Psiquiátrica e a inserção da arte como potencializadora no desenvolvimento da autonomia dos usuários, a qual leva a abertura de um novo espaço pedagógico ainda pouco registrado e pesquisado, mas creio que fundamental para a formação do professor de teatro.

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

ABORDAGENS ESTÉTICAS NA FORMAÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS ESPECTADORES

RONAN CARLOS DE FREITAS VAZ RODRIGUES; Orientador: PROFa. Dra. VILMA CAMPOS LEITE; UNIVERSIDADE FEDERAL DE uBERLÂNDIA O grupo de teatro brasileiro Trupe de Truões se dedica a realizar com excelência programas e projetos culturais para diversas faixas etárias, associando a pesquisa cênica à investigação de linguagens. Com relação à produção de espetáculos para crianças e jovens, os processos criativos dos espetáculos são conduzidos com ênfase nas relações com o espectador. Atualmente a escola se configura como interlocutora nesse processo de formação da criança espectadora, contudo, essa aproximação com o espaço escolar evidenciou as fragilidades dos professores em conduzir práticas de mediação teatrais, ocasionadas pela carência na formação artística. “Simbá, o marujo” é um dos espetáculos do repertório infantojuvenil encenados pela Trupe e têm sido um dos principais trabalhos apresentados nos projetos de formação de espectadores no espaço escolar. Este trabalho pretende analisar uma experiência realizada no projeto de formação continuada de professores com uma escola de educação infantil na cidade de Uberlândia (Minas Gerais / Brasil), investigando os elementos de composição cênica do espetáculo – Iluminação, cenografia, figurinos, sonoplastia e maquiagem – observados na fruição e recepção do espetáculo pelos alunos em seu processo de formação como espectadores e as possibilidades de intervenção teatral performática na escola.

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

A INSERÇÃO DA TRAJETÓRIA DA CENSURA TEATRAL NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA DO TEATRO BRASILEIRO

Rosa Maria Carlos e Silva (pesquisa custeada com recursos próprios;); Orientador: Professora Doutora Lúcia Guerra; UFPB A Constituição Federal de 1988 colocou fim a uma arbitrariedade que persistiu por quase cinco séculos no Brasil: a censura teatral. Esta era uma violação ao direito de expressão que mutilava duplamente o trabalho do artista, pois interferia na dramaturgia e, também, na encenação e no processo criativo dos atores e técnicos. Os atores brasileiros, que iniciaram suas atividades após o ano de 1988, desconhecem o que é fazer teatro em regimes autoritários. Não passaram pelos burocráticos trâmites para a encenação de um texto e a fiscalização da censura prévia exercida por agentes da polícia federal; e, também, pela sociedade civil como o Comando de Caça aos Comunistas - CCC. Os atores e professores de teatro, em formação nos cursos de bacharelado e licenciatura em teatro das universidades brasileiras, que nasceram sob os novos ares da democracia, necessitam conhecer, pesquisar e estudar o que se passou com os artistas nos anos em que o teatro esteve “sob pressão” e o “palco amordaçado”, usando as expressões do teatrólogo Yan Michaski. Por isso, propõe-se a inserção do tema \"censura teatral\\\" nas disciplinas de história do teatro brasileiro dos cursos de bacharelado e licenciatura em teatro .

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

A EXPERIÊNCIA DO ESPETÁCULO "CLOWN BAR" NOS FESTIVAIS UNIVERSITÁRIOS DE TEATRO.

Sávio Farias; Orientador: José Tonezzi; Universidade Federal da Paraíba - UFPB Este trabalho tem como principal objetivo refletir sobre a experiência do espetáculo "Clown Bar", do grupo Bufões de Olavo, oriundo do curso de Teatro da UFPB, em diversos festivais universitários de teatro ocorridos no Brasil e no exterior. O entendimento desses festivais como espaços que proporcionam a extensão da formação (para além das salas de aula e ensaios) dos atores que deles participam é um dos pontos centrais da pesquisa. Enquanto lugares de formação continuada, tais eventos, por meio de apresentações artísticas, intercâmbios, oficinas e análises de espetáculos, contribuíram de maneira significativa tanto para o crescimento do espetáculo em questão, quanto para os atores que nele atuam. Por meio desta discussão pretende-se ainda traçar um breve panorama dos festivais que a peça foi apresentada, como a V Semana de Cênicas da UFPE (2011), o 25º Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau -FITUB (2012), o 30º Encontro Internacional do Teatro Universitário - RITU 30 (Bélgica/2013) e o X Festival Internacional de Teatro Universitário de Manizales (Colômbia/2013), dentre outros.

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

TRANCEACTING – O USO DA MUSICA NO TRABALHO DO ATOR Sotiris Karamesinis; CAL- Casa das Artes de Laranejiras Método tranceacting, desenvolvido pelo o diretor grego Sotiris Karamesinis ao longo de sua carreira. Esse artigo é uma apresentação de um método original de interpretação, que consiste em um sistema completo que conduz o ator a encontrar a organicidade, a expressividade e o estado psicofísico em cena, através do treinamento com a música. Foi criado ao longo de sua carreira como professor pesquisador no trabalho do ator, a partir da sua formação como musico, que é inspirado pela função fundamental da música na arte da interpretação na tragédia grega. Tranceacting é uma alternativa dos sistemas existentes, podendo ser aplicado em todas as fases da interpretação, desde a preparação, na estrutura de monólogos, diálogos, improvisação, até criar uma cena completa. Esse artigo revela como as duas artes, o teatro e a música, se encontram no trabalho do ator, numa união dinâmica e criativa para reencontrar o universo de comunicação, para ampliar a percepção, para reencontrar a verdadeira presença cênica consciente. Através desse treinamento com a música, o ator cria a sua própria estrutura dinâmica e viva, e desenvolve os meios expressivos dele com uma maneira natural e surpreendedora. Assim consegue ativar o centro das emoções, as sensações, o ser psicofísico do artista, fazendo a interpretação vibrante e colorida. O resultado do método aplicado sempre é um trabalho artístico de ator, completo e claro.

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

A MÁSCARA, FORMAÇÃO E CRIAÇÃO TEATRAL VOLTADAS PARA A INFÂNCIA E JUVENTUDE

Thaísea Mazza, Emanuelle Anne, Lucas Lascher (FAPEMIG;Aprimoramento Discente); Orientador: Vilma Campos dos Santos Leite; Universidade Federal de Uberlândia Este trabalho objetiva apresentar a dinâmica do processo de trabalho intitulado “O pastelão e a torta”, realizado no curso de graduação em Teatro da UFU, financiado pela FAPEMIG. O trabalho consistia em pesquisar a linguagem da máscara no gênero Commédia Dell’arte adequando à linguagem infanto-juvenil no espaço escolar. Assim foram montadas cenas iniciais do texto “O Pastelão e a Torta” de autor anônimo, explorando a linguagem da máscara e as formas de teatro infanto-juvenil. O trabalho com máscara já se desenvolvia a partir de um grupo de pesquisa de máscaras, e dessa forma, agregou-se a estes os mesmos estudos de máscara oferecidos pela professora Vilma Leite – metodologias de Tiche Vianna, e Claudia Contin que somados a direção de Lucas Lascher, resultou nas cenas apresentadas, gerando diferentes reações ao publico escolhido. Todo o processo – de direção e também do trabalho do ator (em que eu e Emanuelle Anne atuamos) – foi acompanhado de muitos questionamentos em relação ao espaço que buscávamos apresentar – salas de aula – além das formas de acesso às máscaras, assim como o entendimento do contexto passado pelas máscaras usadas – tanto o contexto usado no texto do “pastelão e a torta” quanto o discernimento das máscaras, que para nós pesquisadores era claro, mas para alunos de ensino básico, que julgávamos não ter contato com o universo da commédia dell’arte, poderia ser entendido de várias formas.

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ESPAÇOS DE PEDAGOGIA E FORMAÇÃO

NÃO DESLIGUEM OS CELULARES, A AULA JÁ COMEÇOU WELLINGTON MENEGAZ DE PAULA; Orientador: Profª Drª Beatriz Ângela Vieira Cabral; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Este artigo analisa possíveis relações entre ensino do teatro, para adolescentes, e a internet, mais especificamente a que está presente em dispositivos móveis de comunicação - os celulares. Pensar a internet e a utilização de celulares, enquanto realidade presente no cotidiano de muitos adolescentes. Refletir sobre o papel dos celulares na atualidade - ao contrário dos primeiros dispositivos que tinham basicamente duas funções, transmissão de voz e mensagens de textos, hoje esses aparelhos oferecem uma gama de possibilidades, como por exemplo, postar, acessar e produzir conteúdos. O conceito “nativos digitais” elaborado pelo pesquisador Marc Prensky no artigo Digital Natives, Digital Immigrantes (2001), abordado nesse estudo através de paralelos com o ensino do teatro. A análise das contribuições que os pesquisadores David Cameron e John Carrol trouxeram para esse campo de investigação, em especial um estudo de caso descrito no artigo Drama, digital pre-text and social media (2009). Todos esses questionamentos, abordados nesse artigo, deram suporte para problematizar a relação entre educação e comunicação, aqui estabelecida pela utilização de mídia digital móvel, e possibilitaram pensar na seguinte questão: É possível assimilar o celular durante uma aula de teatro na educação básica e termos uma experiência artística? Apoio: CAPES, CNPq e PROMOP UDESC

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OS ESPAÇOS DAS RECEPÇÕES: CRÍTICA E HISTÓRIA

A CRÍTICA TEATRAL E O GOSTO - APONTAMENTOS SOBRE A RECEPÇÃO DAS MODISTAS NA OBRA DE JOAQUIM MANOEL DE MACEDO

Bezerra, João Cícero (CAPES ;DOUTORADO); Orientador: Ronaldo Brito Fernandes ; PUC- PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA/ RJ O artigo pretende discutir sobre a relação de gosto existente entre a Moda e o Teatro, conforme construída por Joaquim Manoel de Macedo em seu célebre livro Memórias da Rua do Ouvidor. A investigação pretende abarcar o debate do gosto teatral brasileiro oitocentista, sua formatação moral, percebendo em sua escrita crítica uma tensão com o fenômeno moderno da Moda - promotor de uma nova cultura do gosto e do espetáculo. O texto de Joaquim Manoel de Macedo será lido em confronto direto com o clássico ensaio de Charles Baudelaire, O pintor da Vida Moderna, no qual o poeta e ensaísta francês se dedica a analisar este fenômeno. Deste enfrentamento, pretendemos construir um breve painel crítico no qual a compreensão teórica sobre esta práxis moderna esclarecerá posições estéticas teatrais no Brasil do século XIX (Martins Pena, Joaquim Manoel de Macedo, França Júnior, Machado de Assis, Artur Azevedo, entre outros.).

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OS ESPAÇOS DAS RECEPÇÕES: CRÍTICA E HISTÓRIA

O PODER DA TEATRALIZAÇÃO E A TEATRALIZAÇÃO DO PODER: QUE REI SOU EU? E A HISTÓRIA DO PASSADO COMO ALEGORIA DO PRESENTE E DO FUTURO DO BRASIL NA TELEDRAMATURGIA

BRASILEIRA Bruno Filippo; Orientador: Prof. Dra. Fátima Costa de Lima; Universidade do Estado de Santa Catarina A telenovela Que rei sou eu?, exibida pela Rede Globo de Televisão no fim dos anos 80, é um marco na história da teledramaturgia brasileira por romper-lhe os cânones tradicionais: o melodrama folhetinesco cede espaço à conscientização de problemas sociais e políticos, numa hibridização dos signos reais e ficcionais que gerou tensão no universo da realidade política e social; e o recurso à sátira e à alegoria aumenta a distância entre significante e significado ao retratar a realidade brasileira da Nova República por meio de um reino europeu do século XVIII. Essas características realçam o poder da teatralização do mais importante produto da indústria cultural brasileira. Porém a tensão entre ficção e realidade acabou por servir de contraponto à politização da estética, ao possibilitar a articulação de um discurso de ênfase na estetização de práticas políticas.

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OS ESPAÇOS DAS RECEPÇÕES: CRÍTICA E HISTÓRIA

TEATRO COMO REVOLUÇÃO - A ESTÉTICA MARXISTA NO TEATRO DE BRECHT

Camila Harger Barbosa (Bolsa de Pesquisa;CNPQ); Orientador: Fátima Costa de Lima e Geraldo Pereira Barbosa; UDESC Neste trabalho procuro evidenciar a importância da formação política no Teatro de Bertolt Brecht. Desde jovem, Brecht absorve elementos (no início, esquemáticos) da concepção marxista de mundo, contudo, aos poucos foi se refinando e aprofundando, o que se entrelaça com o processo de sua maturação como artista criador e teórico da arte. No presente artigo, dou enfase a influência teórico-prática, que houve nos anos seguintes à polêmica entre este dramaturgo e teórico do teatro e o filósofo e crítico de arte, György Lukács. Sua principal crítica ao jovem Brecht se dirigia a aspectos de sua obra que continham forte influência do expressionismo abstrato, do formalismo das vanguardas artísticas do início do século XX e a questões referentes aos problemas do realismo. Procuro esclarecer também que as críticas que o filósofo húngaro direcionou ao dramaturgo alemão não geraram rivalidade e raxa no interior das concepções marxistas de Arte, pelo contrário, os autores respeitavam-se muito e, no decorrer de sua discussão estética, desenvolveram uma bonita amizade e amadurecimento de suas receptivas concepções a cerca da Teoria Estética Marxista.

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OS ESPAÇOS DAS RECEPÇÕES: CRÍTICA E HISTÓRIA

WORDS IN PROGRESS: ENTRE TEXTO E LEITURA. REFLEXÕES PARA UMA LEITURA PERFORMATIVA DE TEXTOS TEATRAIS

Cícero Alberto de Andrade Oliveira; Universidade de São Paulo - USP Na tradição ocidental, o texto adquiriu um papel central na arte teatral, a tal ponto que, por vezes, texto e teatro se confundem. Ambivalente por princípio – palavra escrita por um lado e devir-gesto (ação) por outro – o texto dramático tem suas próprias leis, que orientam sua leitura, sua encenação, sua escuta. É preciso, então, que o leitor-ator-encenador-público, encontre seu \"tempo\" específico, que ditará seu ritmo, atualizando essas palavras que são, antes, words in progress: palavras em movimento em progressão contínua, que ocupam espaços tão distintos - uma folha, a voz, o olhar, o palco. \"A condição necessária à emergência de uma teatralidade performancial\", segundo Zumthor (2007, p. 53), \"é a identificação, pelo espectador-ouvinte, de um outro espaço; a percepção de uma alteridade espacial marcando o texto\". Para que esse \"outro espaço\" seja identificado, é preciso uma leitura que chamaremos aqui performativa. Ao leitor-performer se abre a possibilidade de uma outra experiência de leitura, o que pode lhe permitir também ter uma outra perspectiva de uma encenação.

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OS ESPAÇOS DAS RECEPÇÕES: CRÍTICA E HISTÓRIA

AS IMAGENS DAS IDEIAS E AS IDEIAS DAS IMAGENS. Deusimar Gonzaga (CAPES;Demanda Social ); Orientador: Prof. Dr. Robson Correa de Camargo ; Universidade Federal de Goiás As imagens das ideias e as ideias das imagens. A ação simbólica se destaca como uma característica fundamental da linguagem e comportamento humanos. Este trabalho apresenta e discute as correspondências entre os conceitos de ideia e imagem na perspectiva proposta pelo dramatismo - método de análise de linguagem criado pelo filósofo norte americano Kenneth Burke (1897-1993). A ação simbólica é fundamental para a compreensão do ser humano em ação e carrega uma constituição retórica relevante, portanto os termos persuasão e identificação são centrais para a sua investigação e interpretação. . Burke analisa o processo de escolha, organização e uso que fazemos de ideias e imagens (princípios organizacionais) para interpretar a simbolização explícita e implícita nas relações humanas - como representamos o que sentimos. Ainda, segundo Burke, uma imagem transmite uma ideia do que não vemos e não tocamos, em termos de coisas visíveis e tangíveis. A busca por perfeição e a consciência das limitações do que percebemos nas ideias e imagens nos motiva a agir, ao invés de apenas sermos movidos ou afetados pelo mundo. Apoio: CAPES - Bolsa Demanda Social

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OS ESPAÇOS DAS RECEPÇÕES: CRÍTICA E HISTÓRIA

A CIDADE COMO CENA: CRIAÇÃO DE ESPACIALIDADES E RECEPÇÕES NO TRABALHO CÊNICO PRICE WORLD OU SOCIEDADE A PREÇO DE

BANANA Eduardo Bruno Fernandes Freitas; UECE A utilização de espaços não convencionais, da cidade, como ambiente da encenação, parece ser uma pratica bastante recorrente da cena contemporânea. Tal proposta utiliza das potencialidades do espaço, como elemento de dramaturgia, para criar um borramento entre as fronteiras da ficção e da realidade e, assim, modificar a relação do espectador com a obra. Partindo deste princípio o espetáculo Price World ou Sociedade a Preço de Banana, realizado pelo EmFoco Grupo de Teatro–Fortaleza/CE, tem como principal elemento de encenação a utilização de um ônibus, que circula por diversos espaços da cidade, realizando cenas dentro e fora do automóvel. Com o objetivo de discutir a referida obra é que o presente trabalho faz uso das pesquisas de Antônio Araújo, André Carreira, Renato Cohen, Sílvia Fernandes e Ileana Carvalho, para problematizar as noções de espaço e cidade. Percebendo, assim, de que modo a utilização da cidade como local e tema da encenação pode modificar os modos de recepção da obra.

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OS ESPAÇOS DAS RECEPÇÕES: CRÍTICA E HISTÓRIA

O TEATRO OPRESSIVO DE ANCHIETA NO BRASIL COLONIAL: UMA ANÁLISE RESIDUAL OPRESSIVA MEDIEVAL CATÓLICA NA OBRA "AUTO

DA PREGAÇÃO UNIVERSAL". Francisco Wellington Rodrigues Lima; Universidade Regional do Cariri Durante a Idade Média, a Europa viveu uma forte influência da Igreja Católica e dos seus dogmas. Com a criação da Companhia de Jesus, os ditames religiosos da igreja católica medieval atravessou o Atlântico e outros lugares do mundo. Contudo, no teatro anchietano, em especial no Auto da Pregação Universal, é possível encontrarmos resíduos opressivos da mentalidade cristã religiosa criada no medievo adaptados ao contexto que cá se formava à crença popular, em pleno século XVI, introduzindo em nossa mente a representação do pecado, da salvação, do Diabo, de Deus, Inferno, Paraíso, Anjos, Santos, demônios; o certo e o errado; obrigando os índios, diante desse processo de criação/encenação/representação, desprezar sua cultura e aceitar as “Leis de Deus”, a sua grandeza, sua fama, de forma, claro imposta, opressiva. Portanto, o objetivo do nosso trabalho é analisar esses resíduos opressivos que adentram/formam a dramaturgia do Padre José de Anchieta durante o Brasil Colonial.

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OS ESPAÇOS DAS RECEPÇÕES: CRÍTICA E HISTÓRIA

O ESPECTADOR EM CENA: A FORMAÇÃO DE CORPOS INDÓCEIS NA PLATEIA, ATRAVÉS DA DESTERRITORIALIZAÇÃO DO ESPAÇO DE

REPRESENTAÇÃO TEATRAL. Getsêmane de Oliveira Machado; Orientador: Profa. Ma. Renata Kely da Silva; Universidade Federal do Ceará Violar o espaço de representação teatral em que se configura uma distância entre palco e plateia é pensar outras possibilidades criativas e de construção poética, estética e, principalmente, política na encenação. Nesse sentido, colocar o espectador em cena juntamente com os atores em um ambiente desterritorializado, sem dono, é, além de promover a mistura física, espacial e sensorial entre eles, (res)significar a própria obra em questão de maneira ativa e que nela não se configura a existência de uma hierarquia social, muito comum, por exemplo, quando da representação acontecida em palco italiano, por vezes, geradora de relações estáticas e passivas para o espectador. Sendo assim, ao se diminuir distâncias entre teatro (ficção) e vida (realidade) intervindo diretamente no modus operandi até então comumente entendido como sendo do espectador, elabora-se um fazer teatral onde seus resultados são voltados para processos inesperados, onde iniciativas e soluções de se fazer e compreender o objeto artístico são oriundos de todas as partes envolvidas. Nesse “informe” lócus de representação, onde todos tornam-se personagens ativos de uma mesma história, e de sua própria existência dentro dela, a encenação pode vir a adquirir caráter de instrumento para formação de corpos indóceis, geradores de potência de vida através de um processo artístico latente de ensino-aprendizagem, criticidade e fruição para quem dele participa. Apoio: Curso de Licenciatura em Teatro da Univ. Federal do Ceará

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OS ESPAÇOS DAS RECEPÇÕES: CRÍTICA E HISTÓRIA

NOSSA SENHORA DAS NUVENS: TERRITÓRIO DE REMINISCÊNCIAS E QUIMERAS

Humberto Hugo Villavicencio Garcia, Hugo Villavicenzio; Orientador: Alexandre Mate; Escola Superior de Artes Célia Helena Nossa Senhora das Nuvens: território de reminiscências e quimeras “Agachada sobre suas ruínas, uma mulher procura alguma coisa que não tenha sido destruída.” Eduardo Galeano Nossa Senhora das Nuvens, a peça de Aristides Vargas escrita no ano 2000 como resultado de uma estreita e fidelíssima colaboração entre o dramaturgo argentino e o Teatro Malayerba do Equador, apresenta uma fabulosa e sarcástica recriação do processo de exílio experimentado em passado recente por hordas de latino-americanos despejados tanto para além de seus territórios nativos como para o interior de si mesmos. Os muros de contenção geralmente existentes entre realidade e fantasia caem por terra devido ao poder transformador atribuído às reminiscências dos expatriados; seus diálogos conseguem transbordar nossa imaginação no ato de recriar o suposto país natal. Território pátrio,esse, localizado no por demais conhecido continente do inverossímil, vale dizer em algum lugarejo perdido da América do Sul. Superadas as fronteiras, sejam estas físicas ou abstratas, geográficas ou memorialísticas, materializam-se de forma nítida as ruínas de um país que um dia foi nosso.

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PARSIFAL: EM BUSCA DA CENA João Martins de Mesquita Junior; Orientador: Héctor Andrés Briones Vásquez; Universidade federal do Ceará Pretende-se com esse trabalho verificar as influências que as inovações modernistas tiveram e/ou podem ter ainda sobre a cena atual, no contexto de um modernismo tardio, para utilizar um termo de Stuart Hall. Para tanto, proponho uma análise de duas imagens que referenciam a ópera Parsifal, de Richard Wagner. A primeira imagem corresponde à ópera feita pelo próprio, em Bayreuth, em 1882 e a segunda imagem, é um esboço de cena para esta obra de Wagner, elaborado pelo arquiteto e cenógrafo suíço Adolphe Appia, em 1896. A análise será feita a partir destas duas imagens, obtidas via internet, exercitando um olhar crítico sobre elas, a partir de suas diferenças, no contexto poético da obra de arte total (Gesamtkunswerk) wagneriana. Identificando o que elas nos mostram, dando a perceber com isto o que estaria como pano de fundo, as mentalidades presentes, o entre. A saber, também o que os teóricos citados construíram na cena a partir de suas pesquisas. Após destacar estas diferenças pretende-se descobrir como elas chegaram até essa modernidade tardia, se puramente, ou se reprocessadas pelos indivíduos que a compõem. Que tipo de indivíduo é esse, como ele influência e é influenciado pelo teatro? E como o teatro seria um meio que desvela esse ser construído historicamente? Para tanto serão utiliza das referências das atuais tendências teatrais e de alguns encenadores no intuito de verificar essas questões da cena na modernidade tardia.

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CORPO, NOME E PERFORMANCE: REFLEXÕES ACERCA DOS DESDOBRAMENTOS DA OBRA DE MARINA ABRAMOVIC

José Ricardo Goulart (Programa de Bolsas de Monitoria de Pós-Graduação;Monitoria); Orientador: Prof.ª Dr.ª Fátima Costa de Lima; Universidade do Estado de Santa Catarina Esta pesquisa pretende problematizar a obra da artista performática Marina Abramovic em relação à sua assinatura estabelecendo um diálogo com a noção de aura, descrita por Walter Benjamim no ensaio “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica” (1955), aliando ainda uma breve revisão dos principais conceitos que constituem as teorias que embasam a Arte da Performance e a utilização do corpo como obra de arte, com base em estudos de Josette Féral, Marvin Carlson e Roselee Goldberg. A problemática a ser explorada neste trabalho surgiu a partir de minhas reflexões ao assistir ao documentário The Artist is Present (2012), de Matthew Akers e Jeff Dupre. Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizarei como base fatos expostos no referido documentário e na biografia When Marina Abramovic Dies (2010), de James Westcott, além do Manifesto sobre a vida do artista (2007), no qual Abramovic expõe suas ideias acerca do papel e posicionamento do artista na sociedade e na relação com seu trabalho.

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COM A FORÇA DO MACHO E A GRAÇA DA FÊMEA: OLHAR SOBRE OS TRABALHOS TEATRAIS PRODUZIDOS PELO GRUPO DZI CROQUETTES

NO CONTEXTO DA DÉCADA DE SETENTA NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

Jurandir Eduardo Pereira Junior; Orientador: Edélcio Mostaço ; Universidade do Estado de Santa Catarina O grupo Dzi Croquettes surgiu no século XX, no inicio da década de 70 sob as coreografias do bailarino norte americano Lennie Dale e a dramaturgia de Wagner Ribeiro na cidade do Rio de Janeiro, através do espetáculo “Gente computado igual a você”. O presente artigo propõem um olhar sobre as produções teatrais apresentadas pelo grupo no contexto da década de setenta, extraindo deles aspectos pioneiros e subversivos no que tange o fazer teatral desenvolvido no contexto da cidade do Rio de Janeiro, assim como apresenta olhares sobre a recepção para os referidos trabalhos. O artigo tem como ponto de partida o vídeo documentário Dzi croquettes produzidos pela Tatyana Issa e o Rafael Alvarez, assim como matérias de jornais que retrataram o desbude produzido pelo grupo no contexto teatral carioca. Tendo um caráter historiográfico, o presente trabalho tende a contribuir com a visibilidade do grupo nas pesquisas no campo do teatro, tendo em vista que o grupo e seus respectivos trabalhos encontram-se invisíveis na historia oficial do teatro brasileiro. Mesmo propondo um dialogo expressivo e significativo das relações de gênero em um campo histórico estritamente limitado como foi o período da ditadura militar, o grupo Dzi Croquettes não teve a validação do seu desbunde no campo do teatro,demostrando assim a importância da continuidade das discussões a respeito do grupo no âmbito teatral. Palavras chaves: Teatro;Gênero;Contracultura; Performance;

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APROXIMAÇÕES ENTRE WILHELM MEISTER E OS ESTUDOS TEATRAIS Luiz Gustavo Bieberbach Engroff; Orientador: Cláudio Celso Alano da Cruz; UFSC O objetivo principal deste estudo é encontrar pontos comuns entre o contexto da vida teatral do personagem Wilhelm Meister presente no romance de Goethe Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister e os estudos da teoria teatral que irão surgir aproximadamente um século depois. Apresentarei breves referências sobre o autor, sua obra e a recepção que esta teve quando descoberta, para posteriormente problematiza-la com os estudos em questão. A obra referida de Goethe é apontada pela maioria dos críticos literários como um dos um dos cânones do Bildungsroman (Romance de formação) e refletiam as pesquisas do estudioso alemão na época. Segundo as palavras de George Lukács: (1964 apud GOETHE, 2009, p. 581) “O Wilhelm Meister de Goethe é o mais significativo produto da literatura romanesca entre os séculos XVII e XIX.” Como base para as reflexões, tomarei, além do romance em questão e os estudos literários acerca deste, a pesquisa teatral a partir das obras de Odette Aslan, Jean-Jacques Roubine, Margot Berthold e Marvin Carlson. Apoio: PPGL - Programa de pós-graduação em literatura

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ENSAIOS SOBRE AS PLANTAS: NATUREZA E CULTURA NA CENA CONTEMPORÂNEA

Manoel Silvestre Friques; Orientador: Marcelo Jasmin; UNIRIO | PUC-Rio A presença recorrente de vasos de plantas em alguns espetáculos teatrais cariocas dos últimos anos é o ponto de partida para a indagação a respeito das metáforas decorrentes da utilização deste objeto como recurso teatral, gerando diversos sentidos sobre a relação entre a natureza e a humanidade. A razão de tal movimento reflexivo talvez se dê pelo campo fértil que tal vínculo institui, tendo por base uma oposição conceitual que pode, inclusive, minar a si mesma (afinal de contas, o homem não faz parte da natureza?). Tomando caminho alternativo ao nivelamento tautológico entre tais condições, supõe-se aqui uma “antítese dissimétrica”, tal como se refere Barthes, como a condição formal de toda cultura. Toma-se aqui a sugestão do autor de encarar a lógica binária que caracteriza qualquer divisão como um procedimento reflexivo necessário para tornar uma dada cultura inteligível. Os espetáculos que servem de estímulo a este artigo são: “A Gaivota - Tema para conto curto”, “Maravilhoso Museu da Caça e da Natureza”, “Philodendrus: uma conferência imaginária”, “Síndrome de Chipanzé”, “À primeira vista”, “Otro” e “Mundo Maravilha”. Três dos espetáculos possuem direção de Enrique Diaz, sendo um deste em parceria com Cristina Moura, que também assina um individualmente. Renato Linhares e Alex Cassal assinam os outros, sendo o último integrante do coletivo responsável pela criação luso-brasileira.

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E SE SOMENTE VÍSSEMOS O PRETO INFINITO DA CAIXA CÊNICA NO LUGAR DAS CORES E FORMAS DOS CENÁRIOS PARA O REI DA VELA?

ENTRE A TRADIÇÃO DA CAIXA CÊNICA ITALIANA E O NEO-HUMANISMO

Regilan Deusamar Barbosa Pereira; Orientador: Evelyn Furquim Werneck Lima; UNIRIO A encenação da peça O rei da vela, promovida pelo Teatro Oficina em 1967, comprovou a singular conjunção entre as teorias e técnicas próprias da tradicional caixa cênica italiana e a sistemática filosófica humanística, característica da poética do cenógrafo Helio Eichbauer. Esta reunião resultou na produção de análise crítica da realidade artística e nacional, que infligia ao espectador grandes telões pintados como releitura dos cenários coloridos do Teatro de Revista do Brasil nos anos de 1930, porém de cunho tão mordaz que infectava o espectador, conforme os termos de Didi-Huberman em Diante da imagem, atingindo-o nos seus sentidos e nos seus valores como uma imagem vertiginosa. De acordo com o manifesto do Oficina, o intuito desta produção foi o de evidenciar o estado de apatia em que se encontravam as artes e a sociedade brasileira de então por intermédio destes irreverentes telões, de figurinos e máscaras como metáforas sociais criadas por Eichbauer, imagens-símbolo de uma sociedade estagnada e servil. A partir destas análises cenográficas, o objetivo é tratar das contribuições legadas pela encenação de O rei da vela, como estudos de ética e estética que promovam ferramentas de pensamento e construção de um espaço cênico crítico das artes e da sociedade brasileira.

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PROGRAMA DE TEATRO: DISCURSO PARA RECEPÇÃO TEATRAL Walter Lima Torres Neto; UFPR Estas pequenas publicações deixam de ser, simplesmente, um produto de divulgação, de caráter informativo ou publicitário, para se transformarem numa peça chave para os estudos sobre os propósitos da cena teatral: um objeto de reflexão sobre o ato criativo; o processo de elaboração da obra e a sugestão de pistas ao ato de fruição de uma encenação teatral. O programa pode ser considerado assim como uma fonte primária, que ao ser interrogada pode nos revelar importantes elementos para contextualização histórica dos espetáculos, bem como as ambições artísticas e ideológicas dos coletivos artísticos, sem perder de vista a relação que se quer estabelecer entre agentes criativos e seu público Nossos estudos mais recentes sobre o programa de teatro nos levaram a perceber quatro ênfases distintas entre si presentes nos discursos dessas publicações: didascálica; histórica; estética e genética. Um aspecto difícil de ser definido neste tipo de estudo sobre esse gênero de publicação é a questão da autoria do projeto editorial dos programas. Nesse sentido, nosso artigo apresenta estudo de caso de programas, numa perspectiva que problematiza o discurso contido nos programas em relação com a linguagem do espetáculo e uma potencial recepção destes mesmos espetáculos.

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TEATRALIDADE E PRODUÇÕES DE ESPACIALIDADES

PISCINA [...]: MERGULHO NUM ESPAÇO DAS ARTES VISUAIS Alvaro Bittencourt; PUCPR - FAP/UNESPAR Este artigo abordará o processo de criação e execução da peça \"piscina […]\" de Mark Ravenhill, dirigida e traduzida por Alvaro Bittencourt e produzida por Zétola Atelier de Artes. O espetáculo estreou no dia 07 de maio de 2014 e está em temporada no Museu Oscar Niemeyer em Curitiba. Considerando que o local de apresentação é um espaço expositivo característico das artes visuais e que este é o mais conhecido museu da cidade de Curitiba, esse artigo pretende investigar as seguintes questões ligadas ao processo de montagem: Em que medida o espaço físico influenciou a elaboração do espetáculo? Como o espaço conceitual colaborou com a concepção do espetáculo? Qual foi a influência do espaço na busca por soluções técnicas da montagem como iluminação, posicionamento da plateia, sonoplastia, projeções? De que forma o espaço influenciou o trabalho dos atores? Como se deu a apropriação das características do conceito de instalação artística na estética da montagem? Em que medida a montagem, bem como a apresentação de um espetáculo teatral pode influenciar a rotina e a vocação de um espaço? Levando em conta que esta peça teatral está ainda em cartaz, essas reflexões poderão ser esclarecedoras para a equipe de trabalho, no sentido favorecer a descoberta de soluções para a circulação do espetáculo e, principalmente, no sentido de colaborar no processo de seleção de outros possíveis espaços de apresentação.

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TEATRALIDADE E PRODUÇÕES DE ESPACIALIDADES

ESPACIALIDADES E FRONTEIRAS DA CENA EM PROCESSOS DE DRAMA Biange Cabral; UDESC O conceito de espacialidade, em drama, se relaciona com a navegabilidade espacial de seu ambiente artístico, o qual inclui criação de lugares, aplicações gráficas, inclusão de mapas, pinturas, modelos tridimensionais, além da função comunicativa da associação de lugares geograficamente distintos. A espacialidade em drama será examinada, em primeiro lugar, a partir de seu processo interativo, o qual decorre de seu poder de transformar o espaço e moldá-lo de acordo com a necessidade dramática de um argumento. Em segundo lugar, será focalizada a mediação das interações de acordo com convenções que permitem cruzar tempo, espaço e presença a fim de criar sentido, estruturar o processo dramático e introduzir o prazer da imersão no ambiente ficcional, o qual relaciona-se com o prazer de navegar, de encontrar o novo, o diferente. Para tanto, se partirá do ‘desejo de suspensão da descrença’ (Coleridge), da criação de espaços imersivos que estimulam os sentidos e provocam a ilusão de outra realidade; do choque relacionado com deslocamentos da percepção e estranhamentos (Benjamin); do relativo caos decorrente das experiências sensoriais (Vattimo), que juntos constituem a experiência artística; da intertextualidade estimulada pela introdução de fragmentos de textos distintos.

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ÓPERA CRUA E A POIESIS DA HOSPITALIDADE Carlos Cézar Mascarenhas de Souza; Universidade Federal de Sergipe (UFS) - Campus Laranjeiras Ópera Crua e a poiesis da hospitalidade Diante dos diversos aspectos normalmente implicados na complexidade do jogo social e que se refletem nas construções do campo da cultura, é que convocamos, no espaço simbólico do universo teatral, o desafio de se pensar a questão da hospitalidade não apenas a título de figura temática, mas, principalmente, enquanto proposição conceitual na perspectiva de uma poiesis. Todavia, a fim de que não nos contentemos ao plano da conjectura, o propósito do nosso trabalho consiste em apresentar e dialogar acerca do procedimento ou fazer criador (poiesis) a partir da “Ópera Crua”. Esta obra, de caráter experimental registrada em um filme de 12 minutos, resultou de um trabalho de pesquisa, cujo projeto foi premiado na seleção do 47º. Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, na categoria de “Artista pesquisador”. A obra registra a encenação de um encontro entre Músicos Eruditos da Orquestra Sinfônica com os Vendedores Ambulantes que habitualmente circulam em certos locais da cidade, entoando seus pregões para oferecer seus produtos e serviços. A Ópera Crua procura encenar, enfim, a possibilidade de fazer dialogar no agenciamento em que se cruzam linguagens distintas e, por vezes, contrastantes, os planos do erudito e do popular, tendo como elo narrativo a relação entre a vida, o trabalho e a arte.

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APROXIMAÇÕES ENTRE O CONCEITO DE ANÁLISE ATIVA E ASPECTOS DE CRIAÇÃO DO ESPETÁCULO "GAIVOTA - TEMA PARA UM CONTO

CURTO" Carolina Martins Delduque (FAPESP;Doutorado); Orientador: Larissa de O. Neves; Unicamp O artigo é resultado parcial da pesquisa de Doutorado em andamento: “Tchekhov e a cena brasileira – do subtexto à interpretação do texto”, que pretende analisar um conjunto de encenações brasileiras sobre algumas das principais obras dramáticas de Anton Tchekhov. O recorte utilizado será uma questão que se coloca na análise da encenação “Gaivota – tema para um conto curto”, realizada pela Cia dos Atores, com direção de Henrique Dias, que faz parte do corpus da pesquisa. Neste espetáculo, assistimos a uma desconstrução cênica da obra “A Gaivota”, de Tchekhov, a partir de procedimentos de criação que muito se assemelham ao procedimento de análise ativa do texto. Nesse sentido, o presente artigo pretende fazer uma exposição da teoria sobre análise ativa e seu desenvolvimento em alguns aspectos, a partir da articulação de diferentes referências: Eugênio Kusnet, Maria Knebel, Michael Tchekhov e Nair Dagostini. Após essa elucidação, será tecida uma aproximação entre o que se conceituou e o que ocorreu enquanto procedimentos de criação e resultado cênico na encenação assinada por Dias. Neste caso, não há apenas a utilização da análise ativa enquanto procedimento de trabalho do ator e diretor, como também este elemento de base do processo de criação transborda e transforma-se na própria linguagem de encenação da obra.

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URBANIDADE CONTAMINADA: A DILUIÇÃO DE FRONTEIRAS NA CENA TEATRAL CONTEMPORÂNEA

Cecília Lauritzen Jácome Campos (CAPES-FAPESC;Doutorado); Orientador: Beatriz Ângela Vieira Cabral; Universidade do Estado de Santa Catarina O artigo problematiza a situação do espectador na cena contemporânea, partindo da noção de “contaminação” cujos efeitos afetam âmbitos distintos, porém correlacionados da criação teatral. Em tempos de discussão recorrente sobre as fronteiras do teatro com outras artes da cena, bem como entre o real e o ficcional/virtual, é válido questionar-se a respeito do espaço da recepção. Num meio de produção onde os limites são tênues, a formação do público e a construção de diálogos diversificados com o espaço /geram questionamentos sobre a relação do teatro frente à criação de espacialidades. No âmbito da estética da cena contemporânea, a noção de contaminação é pertinente e permite uma problematização das fronteiras. Como meio de questionar dentro da prática tais discussões, o artigo aponta dois espetáculos: Bivouac do grupo Generik Vapeur (França) e Das Saborosas Aventuras de Dom Quixote do grupo Teatro que Roda (Goiás). A “itinerância”, recurso que propõe certa extrapolação da fronteira da cena entre ator e espectador vigora em ambos espetáculos e representa um mecanismo que exemplifica a contaminação na cena. Por fim, partindo de tais provocações, o artigo coloca em questão a noção de “urbanidade”, levando em consideração as interferências que as artes cênicas contemporâneas geram no espectador (cidadão) e suas possíveis reverberações na criação de novas relações com o espaço urbano. Apoio: CAPES-FAPESC

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ESPAÇOS À MARGEM DO (I)MATERIAL NAS PERFORMANCES DE GUILLERMO GÓMEZ-PEÑA

Cláudia Simone Oliveira do Nascimento (CAPES;Pesquisa); Orientador: Stephan Arnulf Baumgärte; Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC Este ensaio pretende abordar violência e neocolonialismo como espaços que se abrem nas performances do mexicano Guillermo Gómez-Peña, e de seu coletivo La Pocha Nostra. Sua condição (i)material consiste em considerar o espaço não apenas como um ‘topos’ geográfico, territorializado, embora o entrelaçamento ‘com’ este se coloque como ponte para discutir a imaterialidade das relações da arte com as estruturas de poder, e os vários desafios de gênero, raça e etnia. Nesse sentido, a margem (aqui) estabelece uma relação fronteiriça entre materialidade e imaterialidade. A teatralidade é abordada de forma expandida, relacionada à questões de performatividade, inerentes às ações de performance, no entrecruzamento arte e vida. Apoio: PPGT - Programa de Pós-Graduação em Teatro

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POÉTICAS EM CENA: UMA APROXIMAÇÃO ENTRE ANTONIN ARTAUD E SAMUEL BECKETT

Dario Ferreira de Albuquerque; Orientador: Hector Briones; universidade federal do Ceará - UFC Este artigo tem como propósito é falar sobre poéticas cênicas a partir de Antonin Artaud e Samuel Beckett, achando assim, pontos de convergência entre os dois nos modos de conceberem seus pensamentos no que se refere a encenação teatral, não farei por tanto analises sobre obras cênicas produzidas por esses criadores, por me interessa mais as questões e maneiras que levam o dois a criarem suas poéticas. Com isso pretendo fazer um apontamento das possibilidades cênicas que esses dois pensadores abrem ao teatro depois de colocarem os seus modos de operação cênica na época em que viviam e de que forma as questões que eles colocam para o teatro chegam aos tempos atuais.

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PERFORMANCE PIC NIC Eduarda Pereira; Orientador: Mara Leal; Universidade Federal de Uberlândia Uma mesa, uma academia em frente, um menina amarrada. Na mesa sanduíches, balas, melancia, leite condensado, cerveja, refrigerante, biscoitos, salgadinhos. Uma outra mulher, sentada, em frente a que estava amarrada, publico em volta, uma tensão. A performance pic nic foi criada no ano de 2011, na disciplina de interpretação v ministrada pela professora Mara leal, no curso de teatro. Nesse período todos ao meu redor estavam passando por crises com seus corpos e seu peso , a maioria das pessoas que eu conhecia estavam se submetendo a uma dieta, não uma dieta saudável , mas uma que levava a pessoa ao limite do corpo. Todos passavam dias sem comer, ou comendo muito pouco. Um desconforto com essa situação levou a criação da performance, performance essa que tira o meu corpo dessa zona limitada colocando -o a revelar o desejo de todos que passam por essas dietas milagrosas.

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TEATRALIDADE E PRODUÇÕES DE ESPACIALIDADES

A CENOGRAFIA DE ESPETÁCULOS PARA CRIANÇA NO ESPAÇO ESCOLAR

Elcio Levi Brandão Diniz; Orientador: Ismael Scheffler; UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná Pretende-se com este artigo, refletir sobre aspectos das montagens profissionais de espetáculos teatrais para crianças, apresentados no espaço escolar. A maioria das escolas públicas não possui um local destinado especificamente a apresentações culturais. Frequentemente, são utilizadas salas de aula, refeitórios, pátios, quadras e ginásios de esporte, procurando-se, na maioria das vezes, um local amplo que permita boa visibilidade e audição. É recorrente também uma disposição alinhada da plateia, com grande tendência à relação frontal do teatro, isto é, com a separação de uma área para o público e outra para a cena. Deste modo, as cenografias propostas são geralmente desenvolvidas de modo a ocupar uma área semelhante à que ocupariam em um palco. Muitas vezes estes cenários, mesmo que sejam funcionais, acabam sendo \\\"engolidos\\\" pelo ambiente da escola, com seus ruídos, deficiências acústicas, dimensões e luminosidades. Percebe-se também, na organização destes espetáculos, uma modo que repete certo controle social, semelhante ao proposto pelo ambiente escolar. O artigo se propõe, então, a problematizar questões estéticas, técnicas, bem como sociais dos espetáculos levados às escolas, pretendendo refletir sobre o potencial de uso cênico do espaço escolar, considerando a apropriação destes ambientes em montagens. O artigo refletirá também sobre o papel do cenógrafo em realizações cênicas desta natureza.

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TEATRALIDADE E PRODUÇÕES DE ESPACIALIDADES

A DRAMATURGIA DO ESPAÇO EM QUANDO TODOS OS ACIDENTES ACONTECEM

Emanuele Weber Mattiello (Grupo de Pesquisa Imagens Políticas - Ceart/Udesc;Iniciação Científica); Orientador: Profa. Dra. Fátima Costa de Lima; Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC Quando todos os acidentes acontecem é um espetáculo criado a partir dos livros do autor Manoel Ricardo de Lima. Com direção de Emanuele Mattiello, é resultado do Curso de Teatro da Udesc e integra a pesquisa do Grupo Imagens Políticas. Este artigo tece um diálogo sobre a dramaturgia do espaço nesta proposta. O espaço aqui, está em uma série de imagens e alegorias incompletas, quase soltas, criadas por um conjunto de elementos que compõem e jogam com a cena, onde cabe aos atuadores dessa experiência amarrar as lacunas dessa dramaturgia. O espaço teatral se dá na experiência do que acontece em cena. Assim, ele é um processo e não um elemento dado a priori. Este artigo propõe-se a analisar a relação do espaço como um vetor dramatúrgico desta peça, baseando-se em conceitos de Walter Benjamin e Paul Virilio. Apoio: Cnpq

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CONSTRUÇÃO DE ESPACIALIDADE NO PRETO-À-PORTER DO COLETIVO NEGA

Fátima Costa de Lima; UDESC O Coletivo NEGA é um grupo teatral fundado em Florianópolis, em 2011. O grupo se dedica a encenar espetáculos e performances que coloquem em cena temas de interesse da população afrobrasileira, dentre elas o racismo, a desigualdade socioeconômica historicamente construída e a discriminação cultural. As apresentações de sua última performance, denominada Preto-à-Porter (2013), tem levantado questões sobre a visualidade e a espacialidade criada pelo grupo a partir da assunção de uma teatralidade contemporânea cujas fontes expressivas são as manifestações culturais de origem africana. Da cor da pele (o elenco de Preto-à-Porter é formado por sete atores/atrizes negros(as) e um ator branco) aos figurinos, do desenho de cena à iluminação, as apresentações da performance colocam em questão o diálogo entre o projeto estético e o projeto político no interior do espaço de criação (ensaios) e atuação (apresentações) do Coletivo NEGA.

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ILUMINANDO O DEFUNTO Felipe Braccialli; Orientador: Mário Piragibe; Universidade Federal de Uberlândia Esse artigo teve como objetivo analisar o processo de concepção de luz na montagem de “O Defunto”, de Renné de Obaldia, pelo Grupo Galhofas – MG (Uberlândia) e a transformação espacial que os efeitos luminosos foram capazes de criar em cena, modificando o espaço teatral. A criação da cena deve acontecer simultaneamente com a da iluminação, como um processo coevolutivo, possibilitando assim, um espetáculo completo e homogêneo. Os resultados do estudo indicaram que essa forma de criação gera novas possibilidades de soluções para as cenas e a desconstrução do espaço, proporcionando a sensação de que o palco era maior ou menor do tamanho real, revelando ou escondendo o cenário proposto pelo cenógrafo. Dessa maneira, a análise da concepção revelou, não só a técnica da iluminação, como também as sensações e sentimentos pensados para o espetáculo pelo iluminador do grupo. Apoio financeiro FAPEMIG. Apoio: FAPEMIG

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A REESCRITURA MÍTICO-ESPACIAL DE ÉDIPO REI POR GIANFRANCESCO GUARNIERI E FERNANDO PEIXOTO

Jerônimo Vieira de Lima Silva, Yuri de Andrade Magalhães; Universidade Regional do Cariri Este estudo tem como eixo principal uma análise dos aspectos míticos e espaciais na adaptação empreendida por Gianfrancesco Guarnieri e Fernando Peixoto na tragédia de Sófocles intitulada Édipo Rei. Em Guarnieri e Peixoto podemos perceber que há um redirecionamento do mito para outros aspectos de cunho político-social e cultural. Guarnieri e Peixoto utilizam-se do arquétipo de Édipo para traçar uma análise do comportamento autoritário de latifundiários em um Brasil profundamente marcado pela cultura coronelista. Da mesma forma que Sófocles imprime uma discussão de ordem filosófica na polis grega por meio do teatro, Guarnieri e Peixoto objetam também levantar discussões que visem, não a catarse, mas a criticidade por meio do “distanciamento” ocasionado pela epicização do texto. Diferentemente do mito grego que atribui o infortúnio, como a peste, a desígnios dos deuses, Guarnieri e Peixoto mostram através da adaptação que os infortúnios como a peste, a miséria, a seca, e tudo que delas decorre, são frutos da negligência política dentro de um regime capitalista que é potencializada pela resignação e conformismo de um povo religioso dotado de pouca instrução. Buscamos através da analogia entre esses espaços representacionais (Grécia e nordeste brasileiro) viabilizar uma reflexão sobre como a potencialidade crítica da tragédia clássica sofocliana, todavia reverbera em nosso contexto.

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O TEXTO DRAMÁTICO COMO SUPORTE NA CRIAÇÃO DA MAQUIAGEM TEATRAL - O CASO DE MONTAGEM DA PEÇA FIM DE PARTIDA, DE

SAMUEL BECKETT JOSE ROBERTO SANTOS SAMPAIO; Orientador: Profª Drª Catarina Santanna; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE Uma análise do papel da dramaturgia, como fonte de informações para a concepção da maquiagem para a peça Fim de partida, de Samuel Beckett, pela Companhia de teatro da Universidade Federal da Bahia em 2011, com direção de Ewald Hackler. O artigo pretende abordar os aspectos de transposição espacial da dramaturgia, com o objetivo de encontrar soluções criativas de possibilidades de colaboração na encenação, com a Maquiagem, como plano das conjecturas e preposições que partem de uma obra dramática, nas quais o autor mostra caminhos para a caracterização externa das personagens, através das didascálias e nas falas do texto. A abordagem do artigo pretende enfocar as potencialidades do texto dramático para a realização de uma encenação coesa com a proposta do autor e da concepção do encenador.

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A CENA EXPANDIDA Kleriston Christy Vital Santos; Universidade Federal de Campina Grande - UFCG Os elementos essenciais para a formação do teatro, segundo alguns teóricos são o ator, o público e o texto, essa relação está conectada diretamente com a presença cênica e a retroalimentação proporcionada pela troca entre ator e plateia. Porém como pensar essas novas relações em um campo no qual os níveis de presença e suas leituras são modificados, permitindo assim que o espaço cênico não se restrinja somente ao presencial, mas sim, as virtualidades espaciais que as tecnologias digitais permitem. Nesse estudo, a partir de experiências já constituídas visualizaremos recursos e experimentações que possibilitam essa expansão dos espaços da cena e como através de recursos digitais podemos criar espaços que excedam os limites físicos do palco.

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A RECONTRUÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO NA AÇÃO DE DESNUDAR-SE: NA PERFORMANCE E NO PROTESTO

LARA TATIANE DE MATOS (CAPES;DOUTORADO); Orientador: ANDRÉ LUIZ ANTUNES NETTO CARREIRA; UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC Este artigo discute a nudez em espaços públicos como elemento de manifestações políticas e artísticas. O corpo nu, explorado como mercadoria em diversos meios, aparece cada vez mais como instrumento de protestos e performances. De qualquer forma persistem fortes resistências na sociedade a imagem do corpo nu na rua. É no entanto, na ação de desnudar-se que as forças políticas e a percepção do espaço urbano entram em confronto com o privado que está atrelado ao corpo nú. Neste texto busco trabalhar a ação da nudez como momento de integração do pensar ideológico e o encontro com o espaço ao redor e suas implicações na cena, no ato. Analiso a ação de tirar a roupa em público a partir duas diferentes situações e intenções, o protesto e a performance artística, e assim busco estabelecer diferenças na abordagem da nudez a partir do ato primeiro: o desnudar-se. Apoio: CAPES

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A ELASTICIDADE DA PRESENÇA CÊNICA: UM DIÁLOGO ENTRE O MATERIAL E O IMATERIAL NA ORGANIZAÇÃO DA CENA

Lau Santos (Laudemir Pereira dos Santos) (CAPES;CAPES); Orientador: André Carreira; Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC Neste artigo o objetivo é problematizar o conceito de presença cênica e sua expansão através de dispositivos audiovisuais. As relações espaçotempo e corpomovimento serão analisadas com intuito de detectar um possível diálogo entre a materialidade e a imaterialidade de tais relações mediadas por dispositivos audiovisuais. O conceito de dispositivo usado neste texto tem como referência a noção proposta por Giorgio Agamben. Como estes dispositivos potencializariam a presença do performer em resposta as situações propostas pela organização da cena? Como a noção de espacialidade seria dilatada a partir da utilização de tais dispositivos? Para desenvolver tais reflexões sobre a possível expansão da presença do performer em cena será analisado o espetáculo “Sobre expectativas e Promessas” criado, dirigido e performado por Alejando Ahmed do Grupo Cena 11. Palavras-chave: Presença-Expandida; Performer; Dispositivos, espaçotempo, corpomovimento. Apoio: CAPES

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MODOS DE PRODUÇÃO DA ARTE: ENTRE O CINEMA E O TEATRO LEANDRO VIEIRA LUNELLI; Orientador: PROFESSORA DOUTORA FÁTIMA COSTA DE LIMA; UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA Esse artigo propõe abrir discussões, entre o processo de organização utilizado no cinema e no teatro, dos modos de produção enquanto direção de arte. A direção de arte é posta aqui como aquela instância responsável pela construção da plasticidade e da visualidade da cena. Enquanto artes coletivas, no cinema e no teatro, a ideia do trabalho em equipe e seus organogramas de desenvolvimento interferem no processo criativo da construção da obra de arte. Desta forma, pondo-se em discussão teóricos da linguagem teatral e cinematográfica, pode-se analisar o processo da construção da imagem como uma relação de divisão de funções e tarefas; uma responsabilização dentro dos modos de produção.

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ESPAÇO E IMAGINAÇÃO NA TEATRALIDADE DE ROBERT LEPAGE Luciana Paula Castilho Barone; UNESPAR O presente trabalho enfoca a relação entre espaço e imaginação na teatralidade do encenador canadense Robert Lepage. O texto tece uma análise de como se configuram os espaços representados ou sugeridos e as projeções da imaginação dos personagens, por meio da cenografia arquitetônica ou virtual ou por meio do jogo que a cena estabelece com os objetos. A partir dos modos de relação que a concepção espacial de Lepage provoca, busca-se apontar também como sua poética suscita o imaginário do espectador. Para tanto, lança-se um olhar sobre algumas de suas produções, como "Vinci" (1986), "Trilogia dos Dragões" (1985-1987), "Agulhas e Ópio" (1991), e, já junto a sua atual companhia (Ex Machina), "Elsinore" (1995), "Os Sete Afluentes do Rio Ota" (1994-1996) e "A Face oculta da Lua" (2000), estabelecendo-se um diálogo com a abordagem de Ludovic Fouquet (2006) sobre a configuração das imagens cênicas lepagianas, bem como com proposições de Gaston Bachelard (2008) sobre a poética do espaço. Procura-se, assim, delinear como como se dá a produção de espacialidades na poética híbrida que caracteriza o fazer teatral de Robert Lepage.

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CARTOGRAFIAS DA CONDUÇÃO DE UM PROCESSO CRIATIVO NA RUA: REFLEXÕES DO TRABALHO DE AMIR HADDAD E PETER BROOK

LUIZ EDUARDO RODRIGUES GASPERIN; Orientador: NARCISO LARANJEIRA TELLLES DA SILVA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA/UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS O escrito inicia um processo de cartografar os procedimentos e métodos de se conduzir um processo criativo para a rua. Ao começar o estudo um personagem surgi na escrita, o alterbiografico seu João-Coveiro, ele será o responsável por desenterrar os estudos de alguns encenadores, para traçar as primeiras pistas e construir hipóteses de um encenador em criação cênica para o espaço rua, as relações que este estabelece com a cidade e as formas de guiar seus atuadores. Neste em especifico, pretendo realizar um estudo do trabalho cênico de rua, dirigidos por Amir Haddad, diretor do grupo Tá na rua, através de seus escritos e relatos de direção de atores. Atravessado a ele, os estudos de direção do encenador Peter Brook, suas inquietações e seus escritos para a encenação. Problematizando a intuição amorfa e os métodos utilizados nos ensaios abertos, deixando que os atores tragam os materiais para dar início ao processo criativo.

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AUTOMÁKINA - UNIVERSO DESLIZANTE Márcio Silveira dos Santos; UDESC Automákina - Universo Deslizante. Márcio Silveira dos Santos. Aluno especial, doutorado em teatro. UDESC-SC A presente pesquisa consiste na análise sobre a reverberação do espetáculo “Automákina - Universo Deslizante”, do Grupo De Pernas pro Ar (Canoas - RS), durante a realização de uma apresentação no Largo Glênio Peres, na cidade de Porto Alegre - RS, dentro do Projeto “De Porto em Porto” contemplado com o Prêmio Funarte Myriam Muniz, no presente ano. Bem como um estudo inicial sobre a relação da recepção entre espetáculo-ator-plateia e o espaço da rua. Levando em consideração diferentes contextos da sociedade atual e a ocupação do espaço da rua com espetáculos teatrais. Como base bibliográfica, aplicam-se publicações a cerca da teatralidade, teatro de rua, e a cidade como espaço de interação social, além de outros conceitos, cênicos ou não, que possam elucidar as questões surgidas no bojo desta pesquisa.

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A IRRUPÇÃO DO REAL NO ESPETÁCULO “OS PEQUENOS BURGUESES” Marco Antonio de Oliveira (CNPQ;Iniciação Científica); Orientador: André Carreira; Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC O presente artigo propõe uma reflexão acerca da irrupção de elementos reais no espetáculo “Os Pequenos Burgueses”, de Máximo Gorki, encenado pelo grupo de pesquisa ÁQIS – Núcleo de pesquisas sobre processos de criação artística, do qual faço parte, coordenado pelo professor André Carreira. Primeiramente, delimito o conceito de real e irrupção do real na cena teatral, e faço um breve levantamento da discussão teórica sobre o tema e sua utilização no meio teatral. Após, apresento uma descrição do espetáculo, e, através da análise de seu procedimento específico de criação e interpretação a partir de estados anímicos, aliados a concepções estéticas do espetáculo, como a cenografia, relação com a audiência e proposição de jogo em cena, me proponho a analisar quais elementos do real irrompem à cena, e investigo também seus efeitos gerados para a encenação. Apoio: CAPES

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A DRAMATURGIA NA COMMEDIA DELL’ARTE: TEXTOS, CANOVACCI OU SCENARI

Marcus Villa Góis; Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul Trata-se da distinção entre texto e cenário na Commedia dell’Arte. A primeira vista de fácil compreensão, complica-se quando se percebe que no italiano as palavras canovaccio e scenario podem significar a mesma coisa. Apresentam-se os principais textos dramáticos e a localização dos canovacci originais. Analisam-se dois trechos de scenari de Flaminio Scala. Relaciona-se a Commedia dell’Arte à Commedia Ridicolosa. Apresenta-se um roteiro de Biancolelli, arlequim famoso na França. Concluindo-se com a descrição de parte do projeto “Festival de Uma Cia Só”. Artigo criado a partir da pesquisa de doutorado no PPGAC/UFBA defendida em dezembro de 2012, intitulada “Festival de Uma Cia Só: A Dramaturgia do Ator em Improvisações Inspiradas na Commedia dell’Arte”, sob a orientação de Catarina Sant’Anna e Armindo Bião. Hoje a pesquisa localiza-se na UEMS sob o título: A Teatralidade como Recurso Cênico.

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PERFORMACIDADE NO USO DO ESPAÇO DA PEÇA TEATRAL PISCINA Maria Solange Pereira Rodrigues; Orientador: Iridio Magaldi Johansen de Moura; Pontifícia Universidade Católica do Paraná Este artigo analisa o uso do espaço utilizado, para a montagem teatral de Piscina de Mark Ravenhill, traduzida e dirigida por Alvaro Bittencourt, com temporada de maio a junho de 2014. O espaço é a Sala Araucária, uma sala de exposição do Museu Oscar Niemeyer, localizado na cidade de Curitiba. Analisa a performatividade considerando o papel do ambiente, para tal irá fazer uma comparação entre os conceitos perfomance e perfomatividade. Realiza uma reflexão analítica sobre novas propostas de uso do espaço não convencionais, com uma sociedade cada vez mais imediatista e tecnológica é preciso pensar em novas possibilidades de fazer teatral. Não temos o intuito de esgotar o assunto, mas uma tentativa de elucidar algumas questões que envolve o tema.

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A PERFORMANCE E A CIDADE NA CULTURA DIGITAL MICHELE LOUISE SCHIOCCHET (capes;); Orientador: Andre Carreira; UDESC Se relacionarmos o surgimento da performance e da site-especificidade com formas de resistência ao universo institucional, poderíamos pensar que o modo como estas se estruturaram formalmente, foi sendo definido à partir de como os artistas buscavam interagir com o contexto onde se inseriam. Embora o termo tenha sido cunhado reatroativamente à partir de atributos observados em obras artísticas a partir do início do século XX, defini-la a partir destes atributos fixos, seria negligenciar sua natureza relacional. Podemos pensar na relação entre estruturação formal e contexto, buscando avaliar transformações nas formas de proceder de artistas a partir das transformações nas percepções e relações entre corpo, objeto e espaço-tempo, trazidas com o desenvolvimento da cultura digital. Este estudo trata de como poéticas e estratégias utilizadas por artistas ligados a performance e a site especificidade para questionar as relações urbanas e sociais, vem se transformando com o desenvolvimento da cultura digital. Mais do que estabelecer métodos ou tecnica estáticas, esta pesquisa busca evidenciar o caracter relacional da performance, sugerindo a partir da analise de algumas obras artísticas, que a performance somente pode ser definida pela relação que ela estabelece com o contexto com o qual esta dialoga, sendo necessário repensar poéticas e formas de procedimento constantemente em função das também constantes transformações sociais.

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IMAGEM E REPRESENTAÇÃO NO TEATRO DE RUA: AÇÃO COMUNICATIVA E SUBJETIVIDADE NO ESPAÇO PÚBLICO.

Michelle Nascimento Cabral; Universidade Federal do Maranhão - UFMA Resumo: O presente artigo busca refletir sobre imagem e representação no contexto de um espetáculo teatral de rua. Pela especificidade desta manifestação artística, destacaremos a ação comunicativa com o público e as inter-relações no âmbito da cidade ressaltando a mediação, a interação e o aspecto político desta intervenção. Entenderemos imagem, não do ponto de vista da iconografia, mas como figuração no sentido de objeto representado ou ainda como signo representativo de algo ou de sua ausência. Assim, utilizaremos o uso da imagem no teatro de rua como figurabilidade, conceito proposto por Didi- Huberman. Para pensar imagem e representação no contexto híbrido e polifônico da rua, usaremos como objeto direto de análise o espetáculo A cena é pública do grupo de teatro de rua Teatro de Operações do Rio de Janeiro. Palavras chaves: imagem, representação, teatro e comunicação.

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PRESENÇAS QUE SE SUSTENTAM NOS AFETOS: CONFIGURAÇÕES E RECONFIGURAÇÕES DO (NO) ESPAÇO DO ENCONTRO

Milene Lopes Duenha (CAPES;Doutorado); Orientador: Sandra Meyer Nunes; Universidade do Estado de Santa Catarina Que elementos determinariam a potência dos encontros nas artes da presença? O trabalho que pretendo expor lança um olhar sobre a presença do artista em relação à configuração e reconfiguração do corpo, e do espaço no aqui-agora do encontro nas artes presenciais contemporâneas. Nesta apresentação procuro identificar algumas possibilidades de emergência de acontecimento diante da abertura aos dados do ambiente, partindo da noção de embodiment, e investindo na possibilidade de criação de um espaço dialógico, ao expor uma abordagem da presença do artista e sua proposição estética não somente como interferência no espaço, mas em composição com ele. Escuta e disponibilidade são palavras recorrentes neste texto que, ao tatear noções de presença em relação, observa possibilidades de uma proposição artística partilhável, na qual se assume a interdependência entre produção de espacialidade e produção de presença. Referências de autores como Bento Espinosa, Jacques Rancière, Erika Fischer-Lichte e Maria Beatriz de Medeiros serão a base para os argumentos aqui expostos.

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O PROCESSO DE CRIAÇÃO DA CENOGRAFIA DO ESPETÁCULO BABEL Natália de Oliveira Martins, Mariana Garcia da Silva; Orientador: Prof. Dr. Ismael Scheffler; UTFPR O presente estudo apresenta o processo de criação da cenografia do espetáculo “Babel” desenvolvido como projeto de extensão universitária na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em Curitiba, no ano de 2013. O espetáculo foi resultado do trabalho de dois grupos de extensão: o TUT (Grupo de Teatro da UTFPR) , e o GDC (Grupo de Desenvolvimento Cenográfico), responsável pela produção, ambos grupos coordenados pelo professor Ismael Scheffler, autor do texto e diretor do espetáculo. Inicialmente, contextualiza-se os grupos, a composição multidisciplinar e o funcionamento do GDC. Após, são pontuados aspectos do texto teatral, propostas da encenação e condições de produção. A seguir, são relatadas diferentes etapas da criação da cenografia: pesquisas de referência, definições conceituais, croquis de estudos, definição da forma e dos materiais, detalhamento do projeto técnico, acompanhamento da confecção e montagem. Com seis metros de altura, composta por três torres treliçadas metálicas retorcidas, a cenografia era uma espécie de torre-máquina. Com influência das cenografias do construtivismo russo, ela estimulava amplamente a movimentação corporal. O espetáculo realizado em um espaço alternativo, incorporou aspectos do ambiente, e estimulou o diálogo com a iluminação cênica. O artigo finaliza com considerações de avaliação do processo criativo do ponto de vista pedagógico e artístico.

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JOHAN HUIZINGA: JOGO CULTURAL RELAÇÕES COM OS ESTUDOS DAS PERFORMANCES CULTURAIS

Onira de Ávila Pinheiro Tancrede; Orientador: Eduardo José Reinato; Universidade Federal de Goiás No presente artigo investigo de que forma essas manifestações culturais apresentadas através das características do jogo cultural por Huizinga apresentam-se no contexto artístico, social e cultural e de que forma se relacionam com os estudos das performances culturais. Embora não acredite em uma prática sem teoria, ou em uma teoria que não se aplique a alguma prática, busco na pesquisa do meu projeto um trabalho teórico a luz da minha experiência com a prática tanto em sala de aula, com as aulas de jogos teatrais, como também em outras vivências educativas, mas também em outros lugares, do contexto cultural. A pesquisa irá contemplar de forma interdisciplinar as relações metodológicas a que compete uma pesquisa teórica, colaborando com os estudos pretendidos durante a pesquisa. Com essa pesquisa, poderei fazer algumas considerações sobre a importância que os processos desenvolvidos pelos jogos desenvolvem em uma determinada cultura e compreender o sentido lúdico dos jogos culturais considerando minhas experiências práticas no ensino aprendizagem. O que exige a compreensão da arte como fenômeno da cultura, como objeto estético com características próprias e como forma de abordagem relacionada à construção do conhecimento. Assim, o estudo em questão me permitirá, não somente, refletir sobre minha experiência com jogos teatrais como também, trará benefício e contribuições para a área quanto ao tema investigado.

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TEATRALIDADE E PRODUÇÕES DE ESPACIALIDADES

DA PENA DE SHAKESPEARE AO ‘ROMEU E JULIETA’ DO GALPÃO: UMA EXPERIÊNCIA DO NOVO LUGAR DA DRAMATURGIA CLÁSSICA

Paula Mathenhauer Guerreiro (Fapesp;Bolsa de Mestrado); Orientador: Isa Kopelman; Unicamp O artigo parte da análise da encenação de ‘Romeu e Julieta’ (direção de Gabriel Villela), com o grupo Galpão, para explorar o terreno acidentado do século da experimentação, em que a pluralidade formal da prática desafia formulações teóricas. Embora Shakespeare, conforme disse Peter Brook, seja como um carvão, cuja real qualidade só se contempla diante do fogo ateado pela cena, este estudo volta-se sempre à apreciação artística, buscando um discurso, como armadura do pensamento, correspondente à efervescência da cena contemporânea. Na experiência do grupo Galpão, a mais famosa história de amor da literatura dramática é levada à cena em um Chevrolet Veraneio, com roupagem da cultura popular brasileira, ao se inspirar em Guimarães Rosa e no sertão mineiro. É, ainda assim, Shakespeare: o Bardo inglês de Belo Horizonte, para um público do fim do século XX, carregando as tensões inerentes a esse novo lugar da dramaturgia clássica no processo de criação do teatro do nosso tempo. A investigação é feita à luz do embate entre a perspectiva de Hans-Thies Lehmann – que defende, em sua Teoria do Teatro Pós-Dramático, o total rompimento entre o drama e a cena – e a de Jean-Pierre Sarrazac, para quem, ao contrário, essa relação não está extinta, mas em constante reinvenção.

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TEATRALIDADE E PRODUÇÕES DE ESPACIALIDADES

ESPAÇO OUTRO: CONSTRUINDO RELAÇÕES Paulo Eduardo Pinheiro Rosa (CAPES;Mestrado); Orientador: Sandra Meyer Nunes; UDESC A busca de uma nova percepção do público quanto à obra – historicamente – levou à alterações no espaço de encenação, disposição do público, propostas de novos locais, etc. Os encenadores, a partir de questionamentos acerca dos mecanismos de recepção dos espaços tradicionais, passaram à experimentação em espaços não convencionais - como igrejas, manicômios e outros - mas sem deixar de configurar uma experiência teatral. A escolha de um espaço não convencional para uma manifestação artística implica em algumas questões; entre elas, como tornar esse espaço outro em um espaço cênico consoante com a proposta dramatúrgica. Quais são as relações existentes no próprio espaço que podem ser geradoras de sentido, signos e mesmo presença? Quais as influências do espaço no próprio processo de criação? Apenas algumas questões que pretende levantar esse artigo.

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TEATRALIDADE E PRODUÇÕES DE ESPACIALIDADES

ENCENAÇÃO DESTERRITORIALIZADA: A PERFORMATIVIDADE COMO GERADORA DE ESPAÇOS NÃO IDENTIFICÁVEIS NA CENA

CONTEMPORÂNEA Paulo Ricardo Maffei de Araujo (CAPES;Mestrado); Orientador: Elvina Maria Caentano Pereira ; Universidade Federal de Ouro Preto Encenação desterritorializada: a performatividade como geradora de espaços não identificáveis na cena contemporânea Ao empreendermos um estudo acerca das relações e tensões entre teatro e performance, pensando a performatividade como um elemento desterritorializador na encenação contemporânea, buscaremos aqui, lançar apontamentos acerca da produção de espacialidades a partir da presença do elemento performativo na encenação contemporânea. A partir da proposta de leitura do teatro contemporâneo apresentada pela pesquisadora Jossette Féral intitulada teatro performativo, na qual a pesquisadora aponta que em um espetáculo contemporâneo podemos enxergar um jogo entre teatralidade e performatividade, evidenciaremos como este jogo presente no território da encenação teatral geram espaços não identificáveis, ou ainda, metafóricos, proporcionando associações múltiplas para o espectador, causando linhas de fuga no território da encenação contemporânea.

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SENTIR A VOZ, OUVIR O GESTO: POÉTICA E TEATRALIDADE DA PERFORMANCE NARRATIVA NO VALE DO JEQUITINHONHA.

Rafael Lorran (CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior;PROAP - Programa de Apoio a Pós-graduação - Mestrado); Orientador: Maria do Perpétuo Socorro Calixto Marques; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - UFU RESUMO: O Vale do Jequitinhonha, porção territorial nordeste do estado de Minas Gerais, para além de seu reconhecimento nacional a partir das políticas públicas de desenvolvimento social, constitui-se um rico espaço de interações cotidianas de caráter simbólico, sustentadas pela valorização da memória, tradição e oralidade. O presente artigo reflete o caráter poético experienciado na performance narrativa de feirantes rurais do Vale do Jequitinhonha. Na primeira sessão, valendo-nos dos estudos de Paul Zumtor, Walter Benjamim, Richard Schechner, discorremos sobre a experiência da oralidade e performance do narrador, corpo, gesto e voz. Na segunda, vertemos um olhar poético sobre o evento narrativo a partir da pesquisa de campo e fundamentado pelas assertivas de Armindo Bião, Jean-Marie Pradier, e Luciana Hartmann considerando a performance dos narradores sobre a ótica da teatralidade. Nosso intuito é propiciar uma relação entre os estudos culturais e o campo das artes, numa perspectiva transdisciplinar e multirreferencial que possa reconhecer nas manifestações de caráter popular, campo e subsídio para construção do conhecimento em teatro. PALAVRAS-CHAVE: Jequitinhonha, Performance Narrativa, Teatralidade, Poética. Pesquisa Patrocinada pela CAPES. Apoio: CAPES

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AS MANIFESTAÇÕES POPULARES BRASILEIRAS COMO ESTÍMULO CRIADOR: INTERSECÇÕES E DESAFIOS ENTRE O TEATRO E A CULTURA

POPULAR Rosiane Aparecida Nogueira Martins (PIBIC;PIBIC); Orientador: Renata Bittencourt Meira; Universidade Federal de Uberlândia Quando pensamos em Cultura Popular logo nos vem a imagem do Boi-Bumbá, do Congado, das Folias de Reis, dos folguedos, das feiras, dos shows de Axé, do Carnaval, do Funk. O termo ganhou tamanha amplitude de significados que acabou se esvaziando de sentido se resumindo, no nosso entendimento, a cores, comida e rezas. É claro que essas imagens também fazem parte desse universo, mas nos esquecemos de outros elementos, signos e símbolos que tais manifestações carregam como o ritual, o jogo e a carnavalização (BAKHTIN, 1997). São esses elementos que aproximam essas manifestações da cena teatral e é sobre essa aproximação entre o Teatro e a Cultura Popular que esse trabalho será pautado. Quando trazemos elementos específicos da cultura popular para o palco não precisamos nos deter a uma simples reprodução dos signos presentes nas manifestações, então quais seriam as possibilidades de criação a partir desses signos? O trabalho tentará investigar as relações que existem/surgem naturalmente entre esses dois mundos e as escolhas que fazemos na tentativa de aproxima-los ainda mais.

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PERSONA EX MACHINA – O TEATRO DIALOGANDO COM A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Saulo Popov Zambiasi, Patricia Leandra Barrufi Pinheiro; UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina Vários elementos compõem uma peça teatral (música, luz, cenário, etc). Como qualquer outra tecnologia utilizada na construção destes, novas tecnologias são inseridas para o auxílio no enriquecimento dos sentidos, tais como tecnologias computacionais. Vendo o uso das tecnologias como algo comum nas artes, torna-se natural visualizar uma cena composta por robôs, virtuais ou mecatrônicos, com um certo nível de Inteligência Artificial (IA), interagindo com atores. Um exemplo disso é o que define-se como Persona Ex Machina, ou PEM. Esta é uma proposta de IA com enfoque no uso em espetáculos teatrais. Esta é baseada em certos princípios: autonomia: age por si, não controlada por humanos; percepção: percebe seu ambiente via sensores; ação: age em seu ambiente; interação: interage com os demais atores; roteiro: segue roteiro estipulado para o espetáculo teatral; improvisação: pode improvisar, se necessário; interpretação: pode seguir as mudanças de humor de seu personagem conforme o roteiro. Uma PEM não precisa ser um robô humanoide, contanto que siga os princípios supracitados. No cenário atual da robótica, diversos projetos já existentes podem se encaixar nos princípios citados e serem utilizados em um espetáculo teatral tal como uma PEM. Com o intuito de dialogar sobre a perspectiva da interação humano-computador na arte, o presente trabalho apresenta a proposta de um Espetáculo Teatral Laboratório com a utilização de uma PEM. Apoio: Subverse - Grupo de Pesquisa em Ciberarte

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REFLEXÕES A PARTIR DA INTERFACE ENTRE PATRIMÔNIO CULTURAL E ESPACIALIDADE TEATRAL: A EXPERIÊNCIA DO PROJETO NEGRAS

MEMÓRIAS Stênio José Paulino Soares; Orientador: Maria Thaís Lima Santos; Universidade de São Paulo Quando os bens culturais têm sua importância reconhecida por sua comunidade, eles já são em-si patrimônios dela. A questão do patrimônio cultural no Brasil é mais complexa e tange igualmente questões de direito. No entanto, no presente trabalho, objetivamos tratar de algumas questões que cercam a ideia do patrimônio cultural, propriamente no que concerne sua relação com a memória como faculdade de lembrar experiências vividas. O recorte para essa reflexão são os dados da nossa experiência, resultado de uma investigação de linguagem teatral durante uma residência artística realizada em Cuiabá, Mato Grosso, ao longo do ano de 2012. O imaginário cultural e as narrativas históricas foram as duas agulhas que teceram a construção da teatralidade da ação performática \\\"Negras Memórias\\\", apresentada durante o festival \\\"I Cuiabá em Cena\\\", em 2012. Pretendemos refletir a espacialidade da ação performática mencionada, diante da tensão entre os discursos percebidos e da dinâmica do próprio processo poético em curso.

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TEATRALIDADE E PRODUÇÕES DE ESPACIALIDADES

\\ Stephan Baumgartel; UDESC O presente artigo discute a relação problemática entre os conceitos de “encenação” e “instalação”. Essa diferenciação foi proposta por Achim Stricker, baseado em reflexões de Hans-Thies Lehmann, perante uma cena teatral que conjuga a tensão entre o supostamente ficcional e o supostamente real, possibilitando diferentes enfoques no trabalho com espaços concretos e abstratos. A montagem d’O Teatro de Ouvidos da Cia. Pequeno Gesto, dirigido por Antonio Guedes, se coloca nessa fronteira entre o cênico e o visual-plástico, quando foi chamada pelo grupo uma performance plástico-poética com texto de Valére Novarina. A partir da montagem reflito sobre a noção de “instalação teatral”? Quais são as consequências desse conceito de instalação para o tratamento de outros elementos formativos de uma apresentação teatral, tais como personagem/locutor; mundo ficcional/imaginário; comunicação intraficcional/palco-platéia? Em que sentido um texto teatral pode propor procedimentos para uma instalação?

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TEATRO E ALTERIDADE: UM ESTUDO SOBRE A DRAMATURGIA DE JEAN-LUC LAGARCE

Tiago Luz (CAPES;); Orientador: Prof. Dr. Luiz Fernando Ramos; Universidade de São Paulo Teatro, originalmente, é o ‘lugar de onde se vê’. Se há um lugar de onde se vê, há um lugar que é visto. Dessa forma, é possível refletir sobre o teatro enquanto experiência espacial. O teatro contemporâneo, em grande parte da sua produção, desloca o foco do evento teatral da narrativa para o encontro entre pessoas – público/atores, público/público. Tal deslocamento, no teatro do dramaturgo francês Jean-Luc Lagarce (1957-1995), nos permite pensar numa experiência de Alteridade, que pretendemos aqui organizá-la enquanto prática sensível do evento teatral. Pensar o Teatro e a Alteridade como um exercício de (des)construção do lugar do outro, seja na relação ator-personagem, seja ator/personagem-público, destacando o texto como base dessa experiência. Uma análise do seu texto “História de amor (últimos capítulos)”, bem como a leitura cênica realizada pelo Teatro da Vertigem, nos permitirá meditar sobre o trabalho do ator num ‘teatro da escuta’, fundado na palavra, de encontro no tempo e no espaço presente, conferindo camadas de Alteridade.

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PIETÁ EM PRETO & BRANCO - ESTUDO DE UMA IMAGEM HISTÓRICA NA REPRESENTAÇÃO DO TEATRO DE SOMBRAS

Tuany Fagundes Rausch (Brecht em Benjamin: Teatro Político e Teoria Crítica;Pesquisa); Orientador: Fátima Costa de Lima; UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina O presente artigo consiste na análise da imagem em preto e branco do livro "Persépolis", de Marjane Sartrapi, em que a personagem principal reinterpreta a "Pietá", de Michelangelo. Na história, Maria aparece vestida com um chador e o Jesus está fardado. Tendo como base o conceito de "imagem dialética" - que o crítico alemão Walter Benjamin (1892-1940) entende como encontro entre imagem, mito e história -, farei uma reflexão sobre o diálogo da análise histórica dessa imagem e o estudo de imagem no teatro de sombras, com foco na fronteira entre ficção e realidade dentro deste gênero teatral. O estudo envolve também questões técnicas e estéticas que, no teatro de sombras, transitam entre o teatro e as artes gráficas.

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“TROCAS CULTURAIS E CRIAÇÃO CÊNICA NAS OBRAS DE ARIANE MNOUCHKINE E PETER BROOK ”

Vanessa Cristina Petrongari (FAPESP;Iniciação Científica); Orientador: Eduardo Okamoto; UNICAMP As relações entre processos de trocas culturais e teatro não constituem um fenômeno recente, mas, a partir da segunda metade do século XX, o teatro se tem valido de diferentes culturas de forma mais afirmativa e consciente (sobretudo algumas figuras como Eugênio Barba, Peter Brook e Ariane Mnouchkine), criando espetáculos e o seu paralelo teórico. Neste contexto, o presente trabalho propõe um levantamento de quatro conceitos importantes para este campo de estudos (a saber: “multiculturalismo”, “interculturalidade”, “transculturalidade” e “intraculturalidade”) nos discurso de Peter Brook e Ariane Mnouchkine. Esses diretores tornaram-se conhecidos, entre outras realizações, por dirigir coletivos multiculturais na produção teatral europeia, tendo grandes inspirações em manifestações culturais orientais, africanas e árabes. Valendo-se de tradições, ritos e formas espetaculares de culturas não-europeias, eles montam espetáculos com atores de diversas nacionalidades, hibridizando tais tradições para a construção de um discurso cênico multicultural.

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O MÁSCARA DE PALHAÇO ENTRE MÁSCARAS EXPRESSIVAS DA COMMEDIA DELL ARTE

Vilma Campos dos Santos Leite; Universidade Federal de Uberlândia A presente comunicação está inserida no contexto da pesquisa docente \"Tecendo Fios: Narrativa, Memória e máscara na formação e na criação teatral e tem como intuito refletir sobre a inserção de uma máscara de palhaço em um espetáculo no espaço da rua com a utilização de máscaras expressivas da Commedia dell´Arte. Trata-se do processo de criação de Os três reis Magos, texto de de Luiz Carlos Leite com direção de Ana Carneiro realizado em 2013 na Universidade Federal de Uberlândia. Ao compartilhar as dificuldades e as descobertas encontradas no processo, busco similitudes e distinções entre os dois tipos de máscaras e repensar o processo de formação nessa linguagem.

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CINEMA E TEATRALIDADE: DESLOCAMENTO MÍTICO E RESSIGNIFICAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL NA MINISSÉRIE A PEDRA DO

REINO Yuri de Andrade Magalhães, Jerônimo Vieira de Lima Silva, Francisco Wellington Rodrigues Lima ; Universidade Regional do Cariri O presente artigo tem como objetivo analisar a utilização teatral do espaço-tempo na minissérie A Pedra do Reino, transmitida pela Rede Globo de Televisão em 2007, sob direção de Luiz Fernando Carvalho. Em sua adaptação do Romance d’A Pedra do Reino e o Principe do Sangue do Vai-e-Volta, de Ariano Suassuna, podemos observar que o diretor da minissérie se utiliza frequentemente de elementos simbólicos para a recriação da espacialidade nordestina, deixando-a transparecer sua teatralidade por meio de soluções cênicas a fim de representar a transição de tempo, uma vez que a estrutura textual in media res da obra original de Ariano Suassuna sugere uma fragmentação do tempo. A utilização desses elementos se dá através de uma intencional apropriação de diferentes matrizes estéticas, a saber: a nordestina, a árabe, e a europeia medieval. Essa apropriação espacial também se estende para o campo da narrativa, pois podemos perceber citações indiretas a tragédias e epopeias clássicas que, mescladas com a lenda do rei Dom Sebastião e o ideal de um reino encantado da poesia, viabilizam esse deslocamento mítico de várias vertentes para o sertão do nordeste brasileiro.

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ESTRATÉGIA COMO CAMPO POTENCIA PARA O JOGO E MIGRAÇÃO DE AFECTO NO ESPAÇO DA CIDADE

Zilá Muniz, , Nastaja Brehsan, Mayana Marengo, Milene Duenda, Claudia Oliveira; Orientador: Prof. Dr.André carreira; UDESC Este artigo faz uma reflexão a partir do conceito de campo potencia como possibilidades de emergência co-compositivas do coletivo Estratégia no espaço da cidade e o jogo como principio de agenciamento disparador das ações executadas em tempo real. Análise de aspectos da improvisação na relação entre indivíduo e coletivo, entre performer e espectador como fenômeno de articulação da criação do evento. O campo de experiência viva como nó de relações e como ecologia que ativamente compõe-se também na migração de afecto e que dá ao evento intensidade duracional. Estratégia articula a partir do movimento relacional e cria conexões e estabelece relações a partir da improvisação como técnica de co-composição do evento emergente. Pensar sobre os modos de percepção e de reconhecimento das forças virtuais do campo de ação para que se desencadeie o procedimento de criar cada vez algo novo. O jogo como ativador do movimento relacional para habilitar restrições na improvisação. Apoio: Ronda Grupo

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INTERVENÇÕES DA MÁSCARA NA RELAÇÃO ENTRE ATOR E ESPAÇO CÊNICO

Alex de Souza (CAPES/FAPESC;CAPES); Orientador: Prof. Dr. Valmor Beltrame; Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC Por meio deste artigo pretende-se refletir sobre as relações construídas entre ator e espaço cênico, especificamente quando há o uso de máscaras. Partindo do pressuposto que tais relações se dão através das percepções do corpo do ator com relação ao espaço que ocupa, nota-se que o uso de máscaras alteram consideravelmente o modo do ator perceber seu entorno. Conforme o tipo de máscara utilizada, há alterações na propriocepção do ator no que concerne aos sentidos extrospectivos (percepção do mundo externo, como por exemplo afetação da visão, audição e olfato) e aos sentidos introspectivos (dilatação das percepções internas ao corpo do ator). Estas alterações na percepção do ator propiciariam assim uma forma diferente de relacionar-se com o espaço, se comparado à mesma situação sem o uso de máscaras. Durante o século XX a máscara volta à tona no teatro, inicialmente como uma forma de combater a “naturalidade” do corpo do ator (Guy FREIXE, 2010), mas a partir das experimentações de Jacques Copeau e seus subsequentes desenvolvimentos, passa a ser uma ferramenta preciosa na formação dos artistas. Mesmo não colocada em cena, a capacidade da máscara em dilatar as percepções do ator é o ponto de interesse desta reflexão.

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TRABALHO DO ATOR E O ESPAÇO

TEATRO COMUNITÁRIO NA AMÉRICA LATINA – UMA INVESTIGAÇÃO ICONOGRÁFICA

Ana Carneiro; FEDERAL DE UBERLÂNDIA - UFU O teatro comunitário presente na América Latina é o foco de meu projeto docente atual. O campo a ser estudado deverá abordar principalmente três núcleos onde, na minha perspectiva, o teatro comunitário sul-americano tem se expressado de forma coletiva muito ampla: o “teatro de vecinos” desenvolvido pelo Grupo Catalinas Sur, de Buenos Aires (AR), o Movimento ESCAMBO Livre de Teatro (NE/BR) e o ENTEPOLA, Festival de Teatro Comunitário que ocorre anualmente no Chile. O objetivo é desenvolver uma reflexão sobre pontos convergentes e divergentes entre os trabalhos de teatro comunitário que ocorrem nesses três núcleos, tendo como fonte documental material iconográfico – fotografia e vídeos - que será coletado, visando principalmente os espaços de atuação utilizados, as propostas cênicas e o jogo do ator. No momento, ainda são poucas as pesquisas sobre o teatro comunitário, no Brasil, fator que colabora para a pouca bibliografia existente em nosso país. Destaco, nesse contexto, os estudos realizados pela Professora Doutora Marcia Pompeo (UDESC). De modo bastante divergente, na Argentina são diversos os pesquisadores que, como Lola Proaño Gomes e Marcela Bidegain, investigam o Grupo Catalinas Sur e o chamado “teatro de vecinos”. Nesse bojo destaco, inclusive, investigações feitas por pesquisadores brasileiros, como o Professor Juliano Borba (doutorado em andamento) e José (Zeca) Nosé (mestrado concluído - 2014), ambos da UDESC. Apoio: UFU/PROPP

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TRABALHO DO ATOR E O ESPAÇO

A DESREGRADA VIDA DO MOLEQUE TIÃO E OS DESAFIOS DE SER GRANDE OTELO

ANA MARIA RODRIGUES (Não tenho;); Orientador: LUIZ HUMBERTO ARANTES; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE ARTES PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO: MESTRADO EM ARTES Mestranda: ANA MARIA RODRIGUES Orientador: Professor Doutor Luiz Humberto Arantes A desregrada vida do pequeno Moleque Tião e os desafios de ser Grande Otelo Uma reflexão sobre o espetáculo “Moleque tão Grande Otelo” e as questões étnico-raciais que envolvem a peça e permearam a vida do artista. O artigo fala de como os acontecimentos da vida do ator Grande Otelo tiveram implicações em sua arte, os fatos que marcaram sua carreira e que são mostrados no espetáculo, “misturam” arte, vida, fantasia e realidade. Com o intuito de desvendar o ator, a autora também faz referência a sua própria história enquanto atriz e a similaridade de suas raízes com as de Sebastião Bernardes de Souza Prata que se tornou para o mundo o Grande Otelo.

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TRABALHO DO ATOR E O ESPAÇO

ESPAÇO RÍTMICO: PROVOCAÇÕES DA ESCUTA Andreia Paris (Capes;Pós-graduação); Orientador: Prof. Dr. Milton de Andrade Leal Junior; Universidade do Estado de Santa Catarina O presente trabalho pretende abordar o conceito de espaço rítmico, idealizado por Adolphe Appia (1862-1928) no início do século XX. Appia propõe o espaço rítmico para expandir a presença do ator, quebrando a imobilidade do palco e ritmando o espaço cênico a partir da utilização de plataformas, cubos, blocos. Procurando meios para ampliar a proposta de Appia, encontrou-se no conceito de “escuta” e de “ritmanalista” do filósofo Henry Lefebvre (1901-191) uma possibilidade de problematizar e dilatar este conceito. Artistas como John Cage (1912-1992) e Anne Bogart (1951) vêm explorando o conceito de escuta como uma postura, um estado em que todos os sentidos são valorizados e usados tanto para apreciar uma peça como para compô-la. Lefebvre também vai nesse sentido quando pensa o “ritmanalista” como um cientista que fica imerso numa profusão de ritmos e se permite ser atravessado por todos eles para ouvir o mundo a partir de seus ruídos, murmúrios e silêncios. A partir de um estado de escuta, de percepção dilatada, de uma sensibilidade aguçada, o ator pode perceber o espaço, mesmo vazio, como um lugar que habita os mais diferentes ritmos, assim como pode explorar com mais propriedade provocações cenográficas como as de Appia.

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SALA DE ENSAIO:A COLABORAÇÃO EM CARTAS PARA LÚCIA. Barbara Leite Matis, Cleber Lima, João Victor Meneses Duarte, Maria Teresa Melo (PIBID- Programa institucional de bolsas de iniciação a docência.;Iniciação a docência.); Orientador: Cleber Lima.; (URCA) Universidade Regional do Cariri Este artigo tem por objetivo refletir sobre a sala de ensaio enquanto um espaço colaborativo, onde os participantes pensam a construção do experimento cênico a partir de suas experiências. Para tal reflexão, trago a experiência vivida no processo Cartas para Lúcia, livremente inspirado na obra de "LUCÍOLA", do escritor brasileiro José de Alencar (1862). Nesse trabalho foi dado um enfoque especial a dois nomes do Teatro : Antonio Araújo e Michael Chekchov em paralelo com as abordagens pedagógicas de Paulo Freire. Esta análise mostrou que existe um dialogo pertinente entre esses autores e as relações na sala de ensaio, podendo aflorar o processo a partir da relação dos envolvidos nessa construção cênica que acontece na sala de ensaio, através da disponibilidade, paciência e competência dos participantes. Por fim, se faz uma reflexão sobre, a importância da colaboração dentro da sala de ensaio, colocando em questão a capacidade do processo e não o resultado. Apoio: Centro de Artes Reitora Violeta Arraes de Alencar Gervaiseau.

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OS PEQUENOS BURGUESES: O ESPAÇO NÃO CONVENCIONAL COMO PRECURSOR DO JOGO EM CENA.

Beatriz Cripaldi de Souza, Patricia Leandra Barrufi Pinheiro; Orientador: André Luiz Antunes Netto Carreira; Udesc- Universidade do Estado de Santa Cataria O presente artigo procura analisar a relação entre jogo de cena e o espaço não convencional na encenação Os pequenos Burgueses de Gorki do grupo Áqis- Núcleo de pesquisa sobre processos de criações artisticas. Tais associações acontecem a partir do processo desenvolvido com a peça. Esse procedimento experimental de modificação espacial influenciam diretamente no jogo cênico uma vez que, segundo Schechner todo espaço pode ser utilizado tanto pelo performer, quanto pela plateia, destruindo assim o posicionamento distante da cena em um local visto como inalcançável para os espectadores. Reconhecendo o espaço teatral como construção de uma realidade contemporânea, estabelece-se aqui uma experiência prática a partir da criação interpretativa advindas dos “estados” desenvolvida pela pesquisa do grupo Áqis.

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MARCHA SOBRE O CORPO: A PRIMEIRA RELAÇÃO ESPACIAL DO TREINAMENTO DOS ATORES-DANÇARINOS DA COMPAGNIE DOS À

DEUX Carolina Figner (CAPES;Mestrado); Orientador: Maria Brígida de Miranda; Universidade do Estado de Santa Catarina O artigo apresenta a estrutura inicial do processo de treinamento dos atores-dançarinos da Compagnie Dos à Deux, companhia de teatro gestual franco-brasileira reconhecida e premiada mundialmente ao longo dos seus quinze anos de existência. A marcha sobre o corpo, técnica de treinamento utilizada pelos diretores e atores-dançarinos da Dos à Deux, André Curti e Artur Ribeiro, no ano de 1997, não só preparou e organizou os seus corpos para a sua primeira peça como direcionou e determinou a maneira como todos os demais espetáculos seriam criados posteriormente. A relação espacial que surgiu entre os artistas a partir da execução da técnica definiu não só o nome do primeiro espetáculo como o nome da companhia. O primeiro grande ato do ser humano na posição ortostática teve e tem importância singular em sua construção gestual teatral. O presente estudo procura demonstrar como o exercício constante de caminhar sobre o corpo do outro potencializou o acionamento das musculaturas profundas, a tonicidade dos microgestos e a percepção dos espaços interno e externo dos atores-dançarinos da Dos à Deux, tornando-os mais capazes para recepcionar e gerar diferentes qualidades de movimento. Apoio: CAPES

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ATRIBULAÇÕES DE VIRGÍNIA. O REFLEXO DO TRABALHO EM UM PESQUISADOR INICIANTE

Célio Alberto de Ávila Freitas (PIVIC;Volutária); Orientador: Mario Ferreira Piragibe; Universidade Federal de Uberlândia Um simples modo de voz, um espaço para poucas pessoas, somado a objetos vivos, iluminados em um ambiente de sensibilidade e atenção, trazem uma emocionante história de amor entre Virgínia com seu sonho de ser bailarina e Valentim, seu amado. Este artigo mostra a apreciação do trabalho de ator feito por Jomi Oligor (Cia Hnos. Oligor) no espetáculo “As atribulações de Virgínia”, bem como as percepções sobre manipulação de objetos e luz e sua constituição no espaço cênico do espetáculo. Além disso, falar como a apreciação destes elementos e do próprio espetáculo como um todo levou o interesse do autor a ingressar no curso de teatro na Universidade Federal de Uberlândia com desejo de estudar o teatro de formas animadas e em especial o trabalho com objetos nesta linguagem durante seus primeiros anos de graduação. Apoio: Cênica Luz

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PARTITURAS CORPÓREAS: VERBOS DE AÇÃO NO ESPAÇO CÊNICO Clara Monteiro Brito; Orientador: Renata Kely da Silva; Universidade Federal do Ceará Partituras corpóreas: Verbos de ação no espaço cênico Executar uma ação. Logo, pensar em como executá-la. Então, imprimir significado a ela. Ter como premissa um verbo de ação – empurrar, puxar, acenar, etc. – e a partir daí deslocar o corpo de modo que uma ação cotidiana transite para um lugar não habitual, dotado de outro fluxo de energia. Este artigo reflete em torno do processo de criação do ator a partir do trabalho com partituras de ação e seus desdobramentos na apropriação do espaço cênico. Inserida no contexto de montagem do espetáculo Calígula, da obra de Albert Camus, esta escrita traz questionamentos a respeito do processo de criação de um grupo de atores da cidade de Fortaleza através da construção de partituras corporais engendradas por verbos de ação que sofrem interferência das qualidades e significados presentes no espaço cênico. Palavras-chaves: Ator, partituras de ação, espaço cênico. Apoio: Instituto de Cultura e Arte - UFC

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A TRANSFORMAÇÃO DO ATOR EM PERFORMER Cristina Sanches Ribeiro; Orientador: Edélcio Mostaço; Universidade do Estado de Santa Catarina O estudo da arte do ator parece estar cada vez mais no centro das pesquisas teatrais. Grandes teóricos como Stanislavski, Diderot, Brecht, Artaud, Grotowski – entre outros – colocaram-se no desafio de pesquisar uma das artes de mais difícil detecção, pela característica impalpável do teatro, que acontece no momento presente, mas, mesmo assim, tem sua história. Nos estudos da performance, também há este estudo, mas ele é mais recente, como por exemplo por Schechner, Feral e Bonfito. Qual seria a história do performer? E de que forma essa história se distancia da história do ator? Esse trabalho pretende abordar basicamente as diferenças e semelhanças entre o ator e o performer, através de sua história, função e recepção no teatro contemporâneo. Em relação a visão de performance, trata-se daquela concebida como forma artística (performance art), também concebida como ferramenta teórica dos conceitos do fenômeno teatral, conceitualizada por Richard Schechner nos Estados Unidos nos Estudos da Performance. Em que ponto o ator se torna um performer e vice-versa? Qual a parcela da história e do ofício eles dividem? A partir destes questionamentos, este artigo pretende analisar diversas vozes sobre o assunto, e propor uma reflexão em relação a esse tópico na contemporaneidade. PALAVRAS CHAVE: Ator, Performance, Performer, Teatro Contemporâneo

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CALÇANDO UM SAPATO APERTADO: OS CAMINHOS E O PERCURSO DE UMA EXPERIÊNCIA IMPROVISACIONAL

Cristóvão de Oliveira; Universidade Estadual do Paraná - Campus II Faculdade de Artes do Paraná Através de um sobrevoo sobre o vocabulário teórico e prático do “Grupo Tosco de Improvisação e Espetacularidade”, da Universidade Estadual do Paraná, este trabalho perpassará alguns conceitos que definem suas estratégias e seus procedimentos de criação sob a perspectiva do corpo. Entendendo o corpo como espaço físico de ideias através do qual as ocorrências subjetivas do ator estabelecem um território de ação onde se fundam as experiências improvisacionais, o desenvolvimento desta pesquisa se dará em uma dimensão processual que considera a dinâmica dos corpos no espaço, a geração de mapas e imagens, os discursos narrativos que engendram as células poéticas que fazem surgir a cena e a determinação espacial criada pelos dispositivos de jogo através dos quais é possível perceber um panorama metodológico do grupo em seus princípios de trabalho na conformação de um léxico improvisacional singular. No “Grupo Tosco de Improvisação e Espetacularidade”, o andamento da experiência é pontuado pelas dinâmicas corporais; neste sentido, cada ator estabelece um território de ação que é permeado pelo espaço do outro, configurando uma topologia que não está claramente demarcada já que tais espaços são permeados pela contaminação. Deste modo, os territórios de ação se tornam espaços abertos onde um preenche a fissura do outro, como quem calça um sapato que não lhe serve mas, ainda assim, segue caminhando.

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F(R)ICÇÃO ARTE-VIDA NA CONSTRUÇÃO DE UMA CENA HÍBRIDA Daniel Santos Costa (CAPES;); Orientador: Profa. Dra. Grácia Maria Navarro; Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Este texto prevê a reflexão sobre o trabalho de ator construção do espetáculo Ô de Casa? Ô de Fora! ou a história do homem que pediu uma Folia a Pombagira Cigana. Fruto de pesquisa empírica o espetáculo resultou em uma escritura de linguagem híbrida, um espetáculo de dança-teatro, instigante e misterioso, que tem o jogo entre ficção e realidade como eixo transversal da sua dramaturgia. Nesse jogo-encruzilhada entre a realidade e a ficção, narramos a história de um homem que pediu uma Folia a Pomba Gira Cigana e sua aventura na espera e no pagamento do pedido prometido. Em Ô de casa? Ô de fora!..., a Umbanda e a Folia de Reis são parte do contexto cultural do personagem central da peça e aliam-se a história de vida do autor. A Umbanda, além de fazer parte da gênese da personagem central, sua linguagem influencia a peça estruturalmente. A dinâmica de incorporação e desincorporação, é recriada no espetáculo, demarcando a troca de personagens que se desdobram do personagem central na condução da ação narrativa. A Folia de Reis trás a vida pessoal do autor, amalgamando com afeto o binômio vida/arte. Dessa fricção extraímos, então, uma dramaturgia ficcional, comprometida com a percepção estética e com o jogo cênico-espacial, limitada a um ponto de vista dentre a multiplicidade de possibilidades que tais materiais certamente suscitam. Apoio: Funfo de Investimentos Culturais de Campinas - FICC 2012/2013

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O TRABALHO DO ATOR DEBAIXO DA LONA: ASPECTOS DA ESPACIALIDADE CIRCENSE E DA INTERPRETAÇÃO NO CIRCO-TEATRO.

Fernanda Jannuzzelli (Fapesp;Mestrado (M2)); Orientador: Prof. Dr. Mario Santana; Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Este estudo visa investigar as características encontradas nas encenações de peças de circo-teatro no espaço cênico específico dos circos de lona. Afirmaremos que o espaço cênico da lona exerce influência determinante sob o modo como se dá a configuração estética desta vertente da teatralidade circense denominada “circo-teatro”. Demonstraremos que, apesar do espaço cênico utilizado ser o tradicional palco italiano, o fato deste estar armado debaixo de uma lona itinerante faz com que especificidades surjam, modificando a relação dos intérpretes com o espaço da cena e com os espectadores. Analisaremos, dessa forma, o modo como os elementos relacionados ao trabalho do ator – entre eles a preparação e uso do aparelho vocal, a preparação corporal e o uso da tipologia – são determinados por questões intrínsecas a este tipo de espaço cênico.

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ATELANAS, MIMUS, JOGULATORES E BUFÕES. IL NONI – OS PRECURSORES DOS CÔMICOS DELL´ARTE:

Frederick Magalhães Hunzicker (CAPES ;Doutorado Sandwich); Orientador: Neyde Veneziano ; UNICAMP A Commedia dell´arte foi uma escola teatral que teve suas origens nos tipos da Farsa Atelena, nos Mimos romanos, nos mimos cristológicos, nos mimos de Bizâncio, na pantomima e nos saltimbancos da Idade Média. No Séc. II A.C., os atores da farsa popular de Atella (antiga cidade na região de Campânia-Itália) haviam migrado em bando ao norte na direção de Roma. A Fabulae atelanae ou farsa atelana era uma espécie rústica de teatro vinda da cidade de Osca. Essa rusticidade era patente em suas máscaras grotescas e no vigoroso atrevimento de seus diálogos improvisados. Estudaremos quarto tipos Oscan que Diomedes classificou como sendo os mais característicos desse tipo de teatro: Bucco, Dossennus, Maccus, Pappus e Ciccirrus. Mimus porque eram imitadores que usavam falsos rostos ou máscaras. No baixo alemão a palavra Mumme significa máscara e momar (mimar). O discurso, o texto e a fala eram acessórias do espetáculo dos mimos. Eles eram chamados de sanniones pelos romanos um apelido que parece ter sobrevivido nos Zanni da Commedia dell´arte.Enquanto que no circus maximus bem próximo ao templo da deusa Flora, bodes e lebres eram incitados em vez de feras e, os mimos honravam a deusa de sua forma com bufonarias fálicas e grotescas e com o encanto feminino.As máscaras certamente eram usadas pelos performers para mudanças de personagem num mundo de paixões simples e de pronta cobiça aonde não nascia obra de preocupação intelectual.

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O ESPAÇO ONÍRICO: IMERSÃO NA "PSICOLOGIA DAS PROFUNDEZAS" DE UM ATOR PARA A CRIAÇÃO CÊNICA

Guilherme Conrado Pereira Ríspolli; Orientador: Narciso Laranjeira Telles da Silva; Universidade Federal de Uberlândia Até a última sílaba do tempo é a última experimentação prática de uma pesquisa, cujo anseio é investigar os sonhos enquanto estímulo de improvisação e de composição, segundo os conceitos dos viewpoints desenvolvidos por Anne Bogart. Esse experimento partiu de um sonho, cuja metodologia de trabalho escolhida foi resgatar as sensações que ele me causou e buscar uma interpretação plausível, feita e refeita por mim mesmo, das metáforas presentes nele. Sonho nº44: Uberlândia, sonho de 23 para 24 de Maio de 2013. Sei lá, é como se fosse a fumaça... Só isso... A partir dessa temática, no Ateliê de Criação, espaço metodológico de pesquisa, improvisamos e levantamos algumas imagens/ações, onde pudemos organizar uma seqüência de ações; ou seja, estruturamos uma composição de seis minutos. No sonho em questão eu me encontrava em um cômodo quadrado. Uma sala completamente branca e vazia que logo se encheu de fumaça, pois eu fumava desesperadamente. Um cigarro após o outro. Mas, que espaço é este? Qual(is) a(s) relação(ões) do espaço descrito acima com meu inconsciente? Freud parte do princípio de que todo sonho tem um significado, embora oculto, da realização de desejos. Interpretar um sonho significa conferir-lhe um sentido, isto é, ajustá-lo à cadeia de nossas faculdades mentais. Sendo assim, qual(is) o(s) meu(s) desejo(s) oculto(s)? Qual(is) o(s) significado(s) presentes? Apoio: CNPq; GEAC/UFU; IARTE/UFU

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DISCUSSÕES SOBRE O CONCEITO DE UNIPERSONAL Jennifer Jacomini de Jesus (Programa de Bolsas de Monitoria de Pós-Graduação - PROMOP;Monitoria de Mestrado); Orientador: Dra. Fátima Costa de Lima; Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC O artigo empreende uma análise do conceito de unipersonal. O unipersonal tem origem no idioma espanhol e foi um formato vastamente utilizado na Argentina a partir da década de 80. Refere-se a uma forma cênica realizada por um único ator/atriz que assume outras funções teatrais (dramaturgia/direção) e cujo texto cênico mescla representação de personagens a instâncias narrativas. Propõe um fazer teatral que resgate na solidão, e por meio dela, o restabelecimento da comunicação com o espectador. Para tanto, são consideradas as circunstâncias espaciais e temporais do surgimento do termo e investigados aspectos desta modalidade cênica em relação a formas criativas com as quais têm características comuns (solo, monólogo, stand up comedy), bem como àquelas às quais se opõe, a fim de identificar as peculiaridades e especificidades do unipersonal. Por último, são discutidas questões relacionadas à interpretação e ressignificação na tradução cultural do conceito. Apoio: Centro de Artes - CEART/UDESC

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O ESPAÇO VAZIO NA FORMAÇÃO DO ATOR/DANÇARINO NO BUTOH Kysy Amarante Fischer (CAPES;mestrado); Orientador: Maria Brígida de Miranda; Universidade do Estado de Santa Catarina Neste trabalho busco uma reflexão a partir da experiência que tive na disciplina Entre o ator e o performer ministrada pelo Prof. Dr. Matteo Bonfitto. Através dos questionamentos surgidos da experiência prática e das leituras nessa disciplina, retomo as memórias do workshop O visível e o invisível no trabalho do ator-dançarino ministrado por Carlos Simioni e Tadashi Endo, do qual participei em 2011, para refletir o papel do mestre ou do condutor de um treinamento. Deste modo, buscarei extrair dessas experiências reflexões acerca de duas formas de treinamento para o ator-dançarino identificadas por Bonfitto – o treinamento como práxis e como poiesis. No Butoh, toda a ideia de corpo é subvertida, tornando impossível a concepção de um treinamento fixo e proporcionando a concepção de um “espaço vazio” de formação do artista. Os inúmeros treinamentos possíveis para o Butoh podem se enquadrar na ideia de treinamento como poiesis, pois o objetivo principal é criar condições para que materiais expressivos para o artista apareçam. Além disso, utilizo como chave de leitura a noção de mestre ignorante apresentada por Jacques Rancière.

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FORMAÇÃO ATORAL ATRAVÉS DO ESPETÁCULO "OS PEQUENOS BURGUESES"

Laura Manuella da Rosa Chaves, Marco Antonio Oliveira (Pesquisa;); Orientador: André Carreira; UDESC O artigo ao qual faço menção busca abranger a ideia de que um ator principiante encontre em si uma formação atoral. Através das referências do grupo de pesquisa ÁQIS – Núcleo de pesquisas sobre processos de criação artísticas, coordenado pelo professor André Carreira, do qual faço parte, com a montagem do espetáculo “Os Pequenos Burgueses”, de Máximo Gorki, realizado pelo mesmo grupo, traz a reflexões de que o ator é responsável pela sua técnica de atuação sendo assim métodos que ele se propõem a pesquisar em si, resultando um trabalho de atuação mais ativa, e em constante produção, criando assim seu repertorio de ações. Passo então a analisar a construção de cena, a relação de jogo que surge através da pesquisa pessoal.

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AÇÕES FÍSICAS: ENTRE A TÉCNICA E A ORGANICIDADE Leandro Sousa Alves (PIBIC;PIBIC); Orientador: José Eduardo de Paula; Universidade Federal de Uberlândia A ação é o princípio da criação cênica. O ator cria, recria e compõe por meio de “ações físicas” (STANISLAVSKI, 2004; GROTOWSKI, 1999; BONFITO, 2006). Este trabalho reconhece o espaço de criação do ator como um processo autoral para promover uma discussão sobre o caminho obscuro da técnica à “organicidade” (BARBA, 1994; RICHARDS, 2005). O que define a qualidade do trabalho de um ator? Como compreendemos treinamento expressivo enquanto ferramenta de aperfeiçoamento artístico? O que é presença, energia, ação? Estas questões alimentam e norteiam a pesquisa que segue a partir de relatos de processos de Constantin Stanislavski, Jerzy Grotowski e Eugênio Barba - “os pais mestres do ator-criador” (FERRACINI, 1999). Estudar a ação física como procedimento de criação e prática de estudo da cena, é uma forma de refletir sobre o espaço de criação do ator e apurar o olhar para a cena teatral contemporânea. Apoio: FAPEMIG

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DRAMÁTICO, CÊNICO E IMAGINATIVO – OS DIFERENTES ESPAÇOS EM O MENSAGEIRO DO REI

Lucas de Carvalho Larcher Pinto; Orientador: Prof.ª Dr.ª Vilma Campos dos Santos Leite; Universidade Federal de Uberlândia A presente comunicação tem como objetivo compartilhar algumas reflexões preliminares da pesquisa de mestrado “A linguagem cênica no Teatro Infantojuvenil: O Mensageiro do Rei como objeto de análise” (PPGA – UFU), através do estudo sobre a presença de diferentes espaços no espetáculo citado acima, construído com base no texto homônimo de Rabindranath Tagore. Ou seja: o espaço dramático – espaço dramatúrgico e ficcional, no qual o texto indica ocorrer a ação dramática - , o espaço cênico – espaço concreto que se configura como área de atuação dos atores - , e o espaço imaginativo – aquele evocado pelas falas dos personagens, e que não pode ser caracterizado como dramático ou cênico. Para isso, nos apoiaremos em estudos sobre a noção de espaço nas artes, com ênfase no contexto teatral, assim como em obras referentes ao Teatro Infantojuvenil brasileiro. Deste modo, poderemos estabelecer as relações entre os diferentes espaços presentes na montagem aqui utilizada como suporte de estudo, e apontar a ludicidade como recurso cênico recorrente em espetáculos voltados para crianças e jovens no contexto atual de nosso país.

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ESTADO DE JOGO: REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DO CORPO NA BUSCA DO ATRITO

Lucas Heymanns (CNPQ - PIBIC;Iniciação Científica); Orientador: André Carreira; UDESC O presente artigo relaciona pesquisas em técnicas de atuação com estudos contemporâneos acerca do corpo e do movimento. Partindo de investigações de importantes estudiosos da arte do ator, como Stanislavski e Grotowski, busca-se compreender como o entendimento da relação corpo-mente pode servir para pensarmos práticas atorais que privilegiem uma atuação apoiada na noção de jogo. O artigo relaciona tais pesquisas com o trabalho de atuação através de estados desenvolvido pelo ÁQIS (Núcleo de Estudos Sobre Processos de Criação Artística, coordenado pelo professor André Carreira/UDESC), que desde 2009 pesquisa os estados enquanto procedimento de criação de atrito entre a atuação e o material dramatúrgico. Apoio: CNPQ

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TRABALHO DO ATOR E O ESPAÇO

A VOZ E O SAGRADO:POÉTICAS DO CANTO EM DOIS CONTEXTOS Maria Cláudia S. Lopes; Orientador: Prof. Fernando Aleixo; UFU Através desta pesquisa pretendo me debruçar sobre o tema voz/canto e “espiritualidade” - entendo aqui a espiritualidade como espaço de investigação e trabalho sobre si, conectado ao alargamento da percepção de si e do mundo, de que fala Grotowski. Para tanto, pretendo realizar pesquisa de campo em dois contextos distintos. Um deles é o trabalho realizado por Cecília Valentim (práticas de canto com a finalidade de cura), e o trabalho feito por Maria Thaís, da companhia Balagan em São Paulo, no espetáculo recente: Recusa, Pretendo estabelecer uma reflexão sobre o tema considerando as diferenças de contextos e intenções tanto quanto semelhanças ou atravessamentos no que concerne a potencialidade de trazer e praticar cantos de outras culturas nos dois contextos de pesquisa. Apoio: pós-graduação do instituto de artes da UFU

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GESTOS COMO RUIDOS, ESPACIALIDADE COMO MEIO DE COMUNICACAO.

Marli Fernandes Magalhaes (DS/CAPES - Mestrado; Remunerada); Orientador: Fernando Aleixo; Universidade Federal dde Uberlandia Este trabalho tem por objetivo relatar interesses e descobertas dentro de um processo de investigação sobre o trabalho do ator. Momentos vividos durante a execução do projeto de mestrado (em andamento), no Curso de Teatro da Universidade Federal de Uberlândia. Trabalho realizado junto à aluna Lorenna Karla do Curso de Teatro da UFU, no qual o objetivo é observar a disponibilidade natural com a qual a aluna surda utiliza dos ressonadores em prol da comunicação e do trabalho do ator, trabalho este que faz compreender uma necessidade real de aprofundamento no universo do surdo. O texto apontará indagações que estão presentes nesta trajetória de investigação, questões que surgiram ao pensar a composição vocal, a construção do personagem no contexto de pessoas surdas. A apropriação de informações em benefício da pesquisa. O estudo de pensamento de autores voltado ao fazer teatral, que mesmo sem mencionar a questão da surdez, certamente é uma forte ferramenta para atingir o objetivo da investigação. Conhecimentos que serão peça chave para possibilitar a execução de um projeto serão compartilhados neste texto. Se não para responder, para questionar. Apoio: FAPEMIG

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DESENVOLVIMENTO DA POÉTICA PESSOAL: UMA EXPERIÊNCIA COM ARTISTAS DO TEATRO DE ANIMAÇÃO

Maysa Carvalho Gonçalves (Programa de Iniciação Científica;Iniciação Científica); Orientador: Kaise Helena Teixeira Ribeiro e Izabela Costa Brochado; Universidade de Brasília O presente artigo aborda a experiência de três artistas nascidos e/ou residentes no Distrito Federal que trabalham com a linguagem do Teatro de Animação. Por meio de duas entrevistas realizadas exclusivamente para este estudo, eles apresentaram seu percurso artístico desde a infância até o momento de escolha da profissão e permanência nela. Ao refletir sobre o percurso artístico, foi possível compreender as principais influências e motivações para o desejo e fortalecimento da profissão. A partir da análise dos relatos, evidenciou-se o desenvolvimento da poética pessoal relacionada aos processos culturais e formativos vivenciados pelos artistas, assim como, reconhece a criação artística como a expressão da poética. Palavras-chave: Poética. Trajetória artística. Teatro de Animação. Criação Artística.

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"MASCARAMENTO ESPACIAL: UM PROCESSO CRIATIVO ENVOLVENDO A ESPACIALIDADE CORPORAL DO ATOR"

Me. Ipojucan Pereira da Silva (CAPES;Doutorado); Orientador: Prof. Dr. Felisberto Sabino da Costa; USP Tradicionalmente, a máscara é usada para recobrir o rosto e transformar a expressividade de seu portador, provocando um exercício rigoroso sobre a forma e movimento, bem como uma modificação na percepção e na relação com o ambiente. Desde o início do séc. XX, o teatro vem alargando esse conceito de máscara por meio de mascaramentos corporais ou de espaço, ou pelo emprego de codificações gestuais com maior enfoque na literalidade da ação. A pesquisa de doutorado “Mascaramento Espacial: um processo criativo envolvendo a espacialidade corporal do ator” – em andamento – tem como ponto de partida a exploração do processo de criação em que o aparato psicofísico do atuante tenha a materialidade espacial como forma de mascaramento. Assim, como o emprego da máscara tem a função primordial de fomentar a exploração do campo da alteridade, as investigações teóricas e práticas conduzidas pela pesquisa trabalham com a proposta de que as projeções do espaço cênico sobre o corpo instaurem a ideia de ambiência, responsável por uma qualidade diferenciada na resposta psicofísica no ator. Dessa forma, a busca tem sido orientada na maneira como esse ambiente conduz a uma práxis baseada na espacialidade corporal, abrangendo tanto a criação de ações físicas – elemento básico de todo o fenômeno teatral –, quanto na organização dessas ações em partituras que auxiliem o ator no desenvolvimento do seu discurso cênico.

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O MIMO CORPORAL NO TREINAMENTO DE ATORES NEGROS Mhirley Mansur Gonzaga Miliauskis (CAPES;Mestrado); Orientador: Maria Brígida de Miranda; UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA Este artigo trata de considerações acerca do trabalho de preparação corporal do grupo teatral Coletivo NEGA, apoiado pelo Programa de Extensão homônimo do Departamento de Artes Cênicas do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). O Coletivo NEGA trata das questões de negritude e o trabalho de formação dos atores tem como base a técnica desenvolvida por Étienne Decroux durante o século XX: o mimo corporal. O artigo se propõe a investigar a eficácia da aplicação da técnica de Decroux na formação para atuação de um elenco com perfil afro-brasileiro que se dedica a criar e apresentar espetáculos e performances cujas fontes e focos temáticos e expressivos são as manifestações culturais afro-brasileiras e africanas. Trabalhar uma técnica desenvolvida na França por um homem branco não tem se mostrado uma grande dificuldade: por um lado, a pesquisa teatral brasileira sofre grande influência do pensamento europeu ocidental; e, por outro, o mimo corporal parece adaptar-se às demandas do grupo, mediando seu desenvolvimento físico, emocional, estético, expressivo e interpessoal a partir da análise do movimento por intermédio da geometria do corpo. O artigo mostra que o mimo corporal, quando utilizado como ferramenta para o trabalho pré-expressivo de atores e atrizes, tem se mostrado um caminho para o estudo e a criação de um corpo cênico ao sensibilizá-los, independentemente de sua origem étnica.

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LINHA DE FUGA EM MEYERHOLD E LECOQ MONCZAK, C. F. S. S.; Orientador: Sueli Cristina dos Santos Araujo; Universidade Estadual do Paraná Campus de Curitiba II - FAP Este artigo pretende trabalhar a noção de Linha de Fuga, proposta pelo filósofo Gilles Deleuze, em relação aos teatros de Jacques Lecoq e Vsiévolod Meyerhold. Observar quais eram seus territórios de estratificação (molar) e seus territórios de resistência (molecular). Meyerhold e Lecoq, assim como outros, mostraram resistências aos processos Stanislavskianos, de modo diferente, dado os contextos em que cada um viveu e desenvolveu seu trabalho, ao mesmo tempo em que caminhavam em direção à estratificação, à institucionalização, do próprio modo de fazer. A linha de fuga é sempre em relação a uma estratificação, a uma iluminação do estado, que ilumina por que quer capturar, mas no que ele ilumina aparecem novas possibilidades de fuga. Apoio: Bolsa

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TRABALHO DO ATOR/ATRIZ EM MOTION CAPTURE: UM OLHAR SOBRE A INTERPRETAÇÃO

Patricia Leandra Barrufi Pinheiro, André Luiz Antunes Netto Carreira (Fapesc;Doutorado); Orientador: André Luiz Antunes Netto Carreira; UDESC Os limites e as definições, principalmente nas artes, têm-se tornado tênues à cada dia que passa. Em nosso momento presente existem diferentes termos para designar as novas artes: performance, arte e tecnologia, videodança, web art, internet art, midia arte, cibernética, ciberator, ator virtual, dançarino virtual, entre outros. Tendo isso em vista, pensar no trabalho dos atores/atrizes na contemporaneidade abre margem para diversas reflexões acerca da noção de atuação. Na atualidade, a profissão de ator pode ser direcionada para diferentes mídias como teatro, televisão, cinema, internet, jogos digitais, entre outros. O presente artigo apresenta um estudo da utilização de novas tecnologias que podem ser aliadas ao trabalho de ator, gerando uma nova concepção de atuação. Com ênfase no trabalho direcionado ao cinema e aos jogos digitais (games) por meio de Motion Capture (captura de movimentos) ou Perfomance Capture. Este estudo busca o entendimento do tipo de processo criativo necessário para esse meio e a compreensão do chamado “ator virtual”. Também são apontadas possíveis distinções de qualidade de presença deste ator dando margem a discussões conceituais, desenvolvidas por Hans Ulrich Gumbrecht, Jean Baudrillard entre outros teóricos.

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CORPO, CIDADE E DISCURSIVIDADE - LABIRINTO URBANO ESTRATÉGIAS PARA SE PERDER

Patricia Leonardelli, Flávio Rabelo e Roberto Rezende (CAPES;Pós-doutorado); Orientador: Prof. Dr. Matteo Bonfitto (supervisor); UNICAMP O artigo analisa a experiência de construção de corporalidades e discursividades proposta pelo coletivo de performadores Cambar a partir do programa performativo desenvolvido pelo grupo intitulado \"Labirinto Urbano - estratégias para se perder\". Neste processo, os participantes desenvolvem práticas de co-construção entre espaço social (urbano e não-urbano) e corpo pessoal em que os limites inter-corpóreos e inter-subjetivos são provocados, e pelas quais se afirma a possibilidade de intervenção artística permanente do cidadão-performador na paisagem coletiva em que está inserido. Entre os objetivos do programa, está o estudo da apropriação pelos corpos criadores do espaço coletivo como campo de ressignificação da paisagem, pelas quais a assinatura dos cidadãos pode ser negociada no mapa político revelado pelas estruturas paisagísticas já construídas, ou seja, a possibilidade da ação performativa efetivamente transformar o ambiente não somente como ação estética, mas como ação assumidamente política de recriação ambiental e urbana. Apoio: CAPES

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O ESPAÇO NA CENA, OS ESPAÇOS DA CENA. Prof. Dr. Daves Otani; Escola Superior de Artes Célia Helena O espaço pode ser pensado em três instâncias: espaço externo, espaço imaginário e espaço interior. A cena se dá em um espaço externo (1), é o espaço físico, referente às condições do lugar enquanto arquitetura e que torna possível a posição das coisas palpáveis. Registrá-lo é olhar para a composição coletiva, coreográfica, e relaciona-se a uma memória seletiva espacial, que seria uma memória coletiva que “arquiva” percursos. O espaço imaginário (2) é onde acontece a circunstancia ficcional. Dessa forma, é um elemento que deriva da fábula, o lugar em que está o ser ficcional na circunstância fictícia. O espaço imaginário não é um espaço permanente de referência para o ator no momento da atuação, mas por dizer respeito à circunstância, pode gerar elementos que alimentam a imaginação e pode servir como recurso de concentração e prontidão. O espaço interior (3) é onde se processa a ação interior, guarda certa subjetividade, mas é também um espaço fisiológico, marcado pela biologia do ator, é sangue, veias, fluidos, é um espaço psicofísico onde se processam as memórias pessoais, as lembranças, a poesis de cada um, lugar da carne e do espírito do ator. O espaço interior é o lugar da potência íntima, é onde se dá a manifestação única do indivíduo, espaço da imaginação do ator, onde ele processa sua pessoalidade. Por meio destas três instâncias é possível investigar as relações entre o conceito de espaço e sua repercussão na cena.

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O POLÍTICO NA RELAÇÃO ARTISTA-ESPAÇO Raquel Purper (Capes;Pós-Graduação); Orientador: Prof. Dr. Edélcio Mostaço; Universidade Estadual de Santa Catarina O processo contemporâneo de criação artística suscita questões que dizem respeito ao artista, ao seu contexto político-social e a todos os outros fatores que, combinados, compõem a sua maneira de posicionar-se no mundo. Rancière (2005) argumenta que, para que se pense a paisagem artística contemporânea, é preciso rever o que se entende por estético e político hoje. A arte não é política por transmitir mensagens políticas ou representar estruturas sociais e políticas. A arte consiste na configuração de um espaço como político. O autor se refere a uma “política da estética”, a qual determina que as práticas artísticas recomponham a rede de relações entre espaços e tempos, sujeitos e objetos, o comum e o singular. A proposta desse artigo é refletir sobre a prática artística que entende a relação do artista com o espaço e o próprio espaço como político. Palavras-chave: espaço; político; relação

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NAVEGANDO COM MARINHEIROS PARA A CENA TEATRAL. Renata Barroso Paixão (Projeto Institucional de Bolsa de Iniciação Científica;Pesquisa ); Orientador: Mara Lúcia Leal; Universidade Federal de Uberlândia Na tentativa de descobrir um pouco mais sobre a Congada de Uberlândia, o Projeto Institucional de Bolsa de Iniciação Científica – PIBIC me proporciona dar continuidade numa pesquisa que começou em 2011. A curiosidade e o querer entender mais a fundo essa manifestação popular, me leva a acompanhar os ternos de Moçambiques, Congos, Catupés e entre outros, porém, foi o Terno de Congado Marinheiro de São Benedito que me deu abertura e acolhimento para adentrar e estar anualmente pesquisando e registrando a partir de escritas, fotografias e filmagens todo o processo que os dançantes dos ternos passam até o dia da festa. Depois de passar anos vivenciando essa manifestação no espaço da rua para os leilões nas casas dos devotos a São Benedito, no espaço do Terreiro de Umbanda aonde o terno vai para adquirir força e dançando como um membro do mesmo no dia da festa, junto-me a professora Drª. Mara Lucia Leal para entender o significado de memória individual, uma memória minha, da minha vivência, minha experiência, meu lugar de pesquisadora e de membro do terno e a memória coletiva do todo, do grupo na tentativa de transformar o conhecimento adquirido para o espaço da cena teatral. Com a pesquisa ainda em andamento, finalizo com muitas dúvidas e questões. Como me utilizar da experiência para levá-la pra cena? De que forma fotos e filmagens me ajudaria para a construção da mesma? Como não cair no campo de reprodução do visto, do vivenciado?

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PERCEPÇÃO E ESCUTA NA IMPROVISAÇÃO E ESPETACULARIDADE Ricardo Miguel Branco de Azevedo; Orientador: Ana Cristina Fabricio; UNESPAR - FAP O texto aqui desenvolvido surgiu de vários questionamentos que emergiram de experiências vivenciadas no grupo TOSCO: Improvisação e Espetacularidade, da UNESPAR – FAP. Considerando um trabalho em grupo, que se propõe chegar à cena através de jogos e exercícios improvisacionais, como se daria a percepção? Partindo desta pergunta, que engloba uma série de outros questionamentos, pretende-se refletir sobre o corpo do ator que percebe o todo em torno de si e tem que dar conta das demandas do grupo, do individuo, da cena. Ou seja, supri-las de acordo com a relevância que o ator identifica em jogo no momento presente. O objetivo maior é encontrar, nesta reflexão aspectos que ajudem a entender a escuta e a percepção, conceitos a princípio muito semelhantes, porém entendendo a escuta como uma ação consciente, uma escolha do ator, e a percepção, mais abrangente, num nível involuntário.

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A FISICALIZAÇÄO DAS FIGURAS: UMA INTERTEXTUALIDADE CÊNICA Sílvia Maria de Moraes Monteiro; PUCPR Este trabalho sobre a “fisicalização da figura” é uma oportunidade para compartilhar a minha necessidade de dar nome e de entender de forma racional algumas experiências práticas. Essa necessidade e as inquietações como atriz, me levaram a querer explicar as técnicas de um processo de Interpretação que iniciei em 1999 com o espetáculo O SOFÁ. Durante aquele período eu ouvia com frequência que a peça tratava-se de teatro físico, ou era dança-teatro, ou era uma instalação. Então, algumas perguntas deram início a pesquisa que orientaria minhas atividades como atriz, diretora e professora de teatro, entre elas: Não é todo teatro que é físico? Não é toda a cena, um modo de instalação? De lá para cá, muitos temas e conceitos diferentes me influenciaram e circulam, certamente, na noção de fisicalização das figuras, entre eles, o próprio termo “Teatro Físico”, o Gestus, brechtiano, O Método das Ações Fisiscas, de Stanislawski e a Fisicalização de Viola Spolin. A partir destas inquietações e experiências, procedo aqui algumas considerações acerca de três conceitos centrais que se evidenciaram como norteadores do percurso artístico que eu vivenciei e apresentar trechos de alguns trabalhos para mostrar de que modo neles se costurou uma intertextualidade: o conceito stanislavskiano ação física, o conceito spoliniano de fisicalização e o conceito brechtiano de gestus.