de mãos dadas - 163 - outubro/2010

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Nº163•Outubro•2010

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Periódico de publicação mensal do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba, Paraná, Brasil

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Nº163•Outubro•2010

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Conae 2010

SisSisSisSisSistema Ntema Ntema Ntema Ntema Nacional Aracional Aracional Aracional Aracional Articulado de Educaçãoticulado de Educaçãoticulado de Educaçãoticulado de Educaçãoticulado de EducaçãoA partir de um documento base foi feito amplo e democrático processo de debate, com mais de mil propostas apreciadas

Marta Vanelli

A luta pela construçãodo Sistema Nacional de Edu-cação é histórica dos traba-lhadores em educação e dediversas entidades que tam-bém lutam por uma escolapública de qualidade social.

As atuações mais recen-tes neste sentido foram noprocesso constituinte de1988, pela LDBEN de 1996 epelo PNE (2001). A Consti-tuição de 88 criou um siste-ma para cada ente federado,mas não criou um sistemanacional. Em todos os pro-cessos as “desculpas” porparte de quem não queriaconstituir um Sistema Na-cional eram as mesmas. Esubstituíram o Sistema Na-cional por Regime de Cola-boração, que ainda não foiregulamentado.

Não foi regulamentadode propósito, pois assim osgestores conceituaram, denorte a sul do país, de muni-cipalização da educação eeste conceito ainda persisteem quase todos os estados.

As consequências destapolítica são vistas o olho nu:temos o pior índice educacio-nal entre os países de ter-ceiro mundo; alto índice deanalfabetismo; desigualda-des regionais; sistemas compouquíssima ou nenhumaarticulação; desarticulaçãocurricular e estabelecimen-to de ação concorrencial en-tre os entes federados. Con-tribuiu para isso o fato dogoverno central nunca ter seresponsabilizado com o fi-nanciamento da educação bá-sica, a educação da maioriada população.

Pensar a construção deum sistema nacional não étarefa fácil, é necessário re-fletir e elaborar sobre:

a) Qual a melhor formade colaboração?

b) Qual o plano de edu-cação?

c) Que diretrizes, metas,estratégias, governabilidade,controle, avaliação?

d) Quais os programascomuns?

e) Qual conjunto norma-tivo?

f) Quais órgãos de ges-tão democrática?

g) Quais ferramentas devalorização Profissional?

h) Com que meios téc-nicos, financeiros, materiais?

A etapa mais difícil paraconstruir o Sistema Nacio-nal de Educação na educa-ção básica já foi vencida como Fundeb. Ele é o verdadei-ro regime de colaboraçãoentre Estados e Municípios.É preciso avançar e superaroutros desafios, respeitandoa autonomia dos entesfederados.

A Conferência Nacionalde Educação – Conae, con-vocada pelo Ministério daEducação, com o tema Cons-truindo o Sistema NacionalArticulado de Educação foium importante processo dediscussão e elaboração. Par-ticiparam milhares de pesso-as entre educadores, estu-dantes, pais, conselhos deeducação e entidades da so-ciedade civil, todos com o in-tuito de discutir e elaborarsobre o tema.

A partir de um docu-mento base, com o tema di-vidido em seis eixos, foi fei-to amplo e democrático pro-cesso de debate, muito rico,onde mais de mil propostasforam apreciadas pelos de-legados na Conferência Na-cional.

Eixo IO Papel do Estado na Garantia doDireito à Educação de Qualidade:

Organização e Regulação daEducação Nacional

Aqui se discutiu que seeducação é direito público, épreciso pensar como o públi-co vai contribuir na elabora-ção das políticas educacio-nais de Estado. A definição

das políticas educacionaisnão podem mais ser de res-ponsabilidade exclusiva doMinistro e Secretários deEducação. Que espaços de-mocráticos serão construídospara a participação do públi-co, como o Fórum Nacional,estadual e Municipal de edu-cação e os Conselhos de Edu-cação. Precisamos pensarqual sua composição e atri-buições.

Eixo IIQualidade da Educação, Gestão

Democrática e AvaliaçãoDebater a qualidade re-

mete à apreensão de um con-junto de variáveis que inter-fere no âmbito das relaçõessociais mais amplas, envol-vendo questões macroestru-turais, como concentraçãode renda, desigualdade soci-al, garantia do direito à edu-cação, bem como ao proces-so de organização e gestãodo trabalho educativo, queimplica condição de trabalho,processos de gestão educa-cional, dinâmica curricular,formação e profissionaliza-

ção. A Avaliação deve ser en-tendida como processo con-tínuo e que contribua para odesenvolvimento dos siste-mas de ensino, e não para omero ranqueamento e clas-sificação. No Brasil não háavaliação institucional daeducação.

Eixo IIIDemocratização do Acesso,

Permanência e Sucesso EscolarO acesso é a porta inici-

al para a democratização,mas é necessário garantirque todos os que ingressamna escola tenham condiçõesde nela permanecer, com su-cesso. Alguns desafios pre-cisam ser superados como auniversalização do atendi-mento de 4 a 17 anos comqualidade, o ensino funda-mental de 9 anos e Escola emtempo Integral

Eixo IVFormação e Valorização dosProfissionais da Educação

A formação dos profis-sionais da educação deve serentendida na perspectiva so-

cial e alçada ao nível da polí-tica pública, tratada comodireito e superando o está-gio das iniciativas individu-ais para aperfeiçoamentopróprio.

Desafios: que a forma-ção inicial e continuada sejapreferencialmente presenci-al, realizar uma reestrutura-ção curricular de todos oscursos de licenciatura, con-cepção de educação inclusi-va, respeito às diferenças eno reconhecimento e valori-zação à diversidade, forma-ção para funcionários de es-colas e /ou profissionais ad-ministrativos através doProfuncionário, a formaçãocontinuada deverá estar ar-ticulada com o PPP da esco-la/rede, elaborar proposta deformação de professores queatuam no EJA, na Educaçãodo Campo, Indígenas. Gêne-ro, Étnico-Racial, NovasTecnologias, etc.

Em relação a Valoriza-ção Profissional consolidou oDireito a Carreira, para issodefiniu alguns elementos: In-gresso somente por concur-

Marta Vanelli participou da etapa de abril/2010 da Pré-Conferência de Educação, do Sismmac

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Seu direito

PMC rompe acordo sobrecrescimentos na carreiraso; manter quadro de profes-

sores para substituição emcaso de falta; Jornada Inte-gral (30 ou 40h); Dedicaçãoexclusiva na escola; O au-mento do tempo destinadopara Hora atividade; Licen-ças prêmio e sabática; Con-dições de Trabalho: materi-al pedagógico, nº de alunospor sala, Saúde; Salário –não pode ser inferior aoPSPN como vencimento ini-cial na carreira (R$ 1.312,85)e paridade entre ativos eaposentados.

Eixo VFinanciamento da Educação

e Controle SocialÉ um dos temas mais

importantes, pois hoje a dis-tribuição tributária dá-se daseguinte maneira: 58% dosrecursos ficam com a União,26% com os estados e 16%com os Municípios.

As propostas aprovadaspara melhorar a educaçãonacional foram:

1) Ampliar o investimen-to em educação pública emrelação ao PIB, na propor-ção de 1% ao ano, de formaa atingir, no mínimo, 7% doPIB até 2011 e, no mínimo,10% do PIB até 2014;

2) Revincular a DRUpara todas as áreas sociais,não somente educação e des-vincular os recursos da edu-cação de qualquer contingen-ciamento;

3) Destinar 50% dos re-cursos do Fundo social doPré-Sal para a educação bá-sica;

4) Aumentar a vincula-ção da União de 18 para 25%e de 25 para 30% Estados eMunicipios;

5) Vinculação dos recur-sos da educação sobre as Ta-xas e Contribuições Sociais;

6) Efetivar a responsa-bilização administrativa e fis-cal dos gestores que não exe-cutem a integralidade dosrecursos orçamentários des-tinados à educação e a per-

da do mandato nos termosda legislação em vigor.

Para a educação Profis-sional é necessário ampliare consolidar as políticas definanciamento e expansão daeducação profissional, comênfase no ensino médio in-tegrado, na educação tecno-lógica, na formação de pro-fessores e no desenvolvimen-to da pesquisa e da inovação,considerando as necessida-des produtivas, sociais e deinserção profissional

Para o ensino Superior:1) Estabelecer parâme-

tros para a distribuição dosrecursos entre as institui-ções públicas federais;

2) Garantir recursospara projetos de pesquisa;

3) Programas de apoioa permanência de estudan-tes.

Eixo VIJustiça Social, Educação e

Trabalho: Inclusão, Diversidade eIgualdade

Um eixo amplo mas im-portante por tratar de temase de setores da sociedadeque historicamente foram ex-cluídos do processo educaci-onal do país como educaçãodas relações étnico-raciais,educação quilombola, indíge-na, a educação do campo,para pessoas com deficiên-cia, gênero e a orientaçãosexual.

O maior desafio paraconstruir o Sistema Nacio-nal Articulado de Educaçãoé o entendimento sobre re-pública federativa, sobre aautonomia das esferas públi-cas e sobre as “liberdades”nas esferas privadas. Quan-do estes entendimento fo-rem superados, com certezateremos o Sistema Nacionalde Educação.

Marta Vanelli é professo-ra da rede pública estadualde Santa Catarina, diretorada CNTE e coordenadora daConae em SC.

Prefeitura atrasa processo e quer empurrar reajuste somente para 2011Em reunião realizada

em setembro com o Sism-mac, a PMC concordou eminiciar o cronograma dosprocedimentos de cresci-mentos para 22 de setem-bro e o pagamento dos mes-mos para 01 de dezembro de2010. No entanto, sem apre-sentar qualquer justificati-va, adiou processo de cres-cimentos e lançou decreto

propondo o pagamento dosreajustes somente a partirde janeiro de 2011.

Essa mudança das re-gras, rompéndo acordo fir-mado, implica em perda sa-larial no mês de dezembropor parte dos professores,visto que em todos os anosanteriores o pagamento jáera efetuado no mesmo ano.

O Sismmac está pau-

tando a PMC para reuniãosobre esse ponto onde pro-curará encaminhar a manu-tenção do texto que previao pagamento em dezembro.Ou, em último caso, que opagamento seja efetuado deforma retroativa no mês dejaneiro. Pois, se a PMC pre-tende fazer economia, quenão seja em nosso salário jádefasado.

Material do sindicato no lixo?Material do sindicato no lixo?Material do sindicato no lixo?Material do sindicato no lixo?Material do sindicato no lixo?Recebemos inúmeras re-

clamações de que vários ma-teriais do sindicato não che-

gam nos locais de trabalho.Porém, no mínimo mensal-mente, ele é enviado para to-

das as escolas, CMAEs eCMEIs, com registro e ca-rimbo de recebimento porparte das unidades de edu-cação. As perguntas que de-vemos fazer é: onde vai pa-rar esse material? Quemestá violando o seu direito aoacesso à informação de seuinteresse?

Começaremos a regis-trar as denúncias por escolae a questionar as direçõesdas unidades sobre o desti-no dado ao material, produ-zido pelo sindicato com acontribuição de seus associa-dos, e que deveria estar à dis-posição de toda a categoria.Cobre também de sua dire-ção seu direito ao acesso àinformação.

Qualquer dúvida sobre oassunto ou denúncia mandemensagem para o [email protected] telefone para (41) 3225-6729.

Acesso à informação éseu direito, faça-o valer!

O Sismmac é o magistério unidona luta por seus direitos

SINDICALIZE-SE!SINDICALIZE-SE!

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PME

O que queremos com o Plano Municipal de EducaçãoO PME é parte imprescindível da organização das ações do poder público e deve envolver todas as redes de ensino

2006Aprovada a lei 12.090

que estabeleceu o prazo,para Secretaria Municipalde Educação (SME), de umano e meio para realizaçãoda 1ª Conferência Municipalde Educação.

2008O Conselho Municipal

de Educação, ignorando alei e a necessidade da cons-trução do Plano Municipalde Educação (PME), ampliaem mais um ano o prazopara realização da 1ª Con-ferência.

2009Com mais de um ano de

atraso, pela primeira vez aSME sinaliza a intenção derealizar a conferência. Po-rém, com a pandemia dagripe H1N1, essa intençãofica adiada com a promes-

sa de ser realizada no anoseguinte.

2009Em agosto e setembro,

o Sismmac realiza pré-con-ferências de Educação, qua-lificando representantesdas escolas para a discus-são e traçando propostas dacategoria para o PME.

2010Entre março e abril é

realizada a Conferência Na-cional de Educação (Conae),que estabeleceu diretrizespara o Sistema Nacional Ar-ticulado de Educação e parao Plano Nacional de Educa-ção que deverá ser imple-mentado nos próximos dezanos.

2010Em abril, o Sismmac re-

aliza a 3ª pré-conferência de

educação, utilizando o docu-mento aprovado na Conae,cujo documento deverá serreferência para o PME, ins-trumentalizando mais umavez os representantes dasescolas.

2010Em julho, a SME esta-

belece que os dias destina-dos à Semana Pedagógicadeveriam ser dedicados aodebate do PME. Foi de for-ma apressada e sem plane-jamento consistente, pois osprofessores foram avisadosem pleno recesso escolar.

Apesar de todo o esfor-ço dos professores nas es-colas, o pouco tempo dadopara a fundamentação e de-bate (mais de 20 textos co-locados a disposição somen-te na última semana do re-cesso), a fragmentação dosdebates, a falta de clareza

da continuidade do proces-so comprometem a qualida-de do que poderia ter sidoo primeiro momento de en-volvimento de toda a cate-goria na construção do Pla-no Municipal de Educação.

2010Nesse mesmo período, o

Sismmac envia às escolasorientações sobre as discus-sões da Semana Pedagógicasobre o PME, encaminhan-do as propostas aprovadaspelos representantes das es-colas nas três pré-conferên-cias, para que a categoriapudesse garantir a presençadas mesmas nos documentosaprovados nas escolas.

2010Em 25 de outubro, o

Sismmac realizará o 6º Se-minário dos Trabalhadoresda Educação com o tema a

Cmec e o PME, instrumen-talizando mais uma vez os re-presentantes das escolaspara a continuidade do de-bate.

2010Estamos no final do

ano, dois a nos e meio de-pois de esgotado o prazo dalei para a realização da 1ªConferência Municipal deEducação (Cmec). A SME eo Conselho Municipal deEducação ainda não estabe-leceram como será feita aconferência. Não definiramqual será a representativi-dade de cada segmento. Istoé importante porque, se ostrabalhadores da educaçãonão estiverem representa-dos de acordo com a sua im-portância, a conferênciaperderá legitimidade suasdecisões estarão compro-metidas.

Cronologia da luta pela Conferência Municipal de Educação

O Plano Municipal deEducação é um instrumentode sistematização das pro-postas de ação na área deeducação, no município, parao período de uma década edeve ser estabelecido naConferência Municipal deEducação.

Não é um plano de go-verno, mas de Estado.Abrange pelo menos trêsgestões da administraçãopública. O plano não é meraexigência burocrática. Éparte imprescindível da or-ganização das ações do po-der público.

O PME deve:• traçar um diagnóstico

da realidade (não há açãopossível sem conhecer o pon-to de partida);

• fixar objetivos parauma intervenção intencionale integrada sobre essa reali-

dade (a consciência sobre osobjetivos direciona o hori-zonte a ser alcançado);

• apresentar previsãode prazos, metas e, sobretu-do, recursos financeiros (aorganização dos meios é fun-damental para alcançar osfins).

A expressão municipalnão se refere à rede munici-pal de ensino. Inclui todas asdemais redes instaladas nacidade. Portanto, o projetodeve ser articulado com osplanos estadual e federalpara envolver os estabeleci-mentos de ensino dessas es-feras e da rede privada.Deve atender tanto aos es-tudantes que mudam de es-colas de redes diferentes,como os professores que atu-am nelas; em especial aque-les de escolas municipaliza-das, ou cedidos de uma rede

à outra.Plano de Educação não

trata de salário, tamanho deescola ou da jornada de pro-

Os debates para as propostas do magistério começaram em 26 de agosto de 2009

fessor. Isto diz respeito à po-lítica de governo. Ele deve re-velar o que queremos paraos nossos alunos e indicar o

destino para isso, não o ca-minho. O caminho é feito nodia a dia, na relação com ogoverno.

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PME

Pontos fundamentais para a discussão do planoConheça as principais propostas debatidas e aprovadas nas pré-conferências de Educação, do Sismmac

As propostas debatidase aprovados pelos represen-tantes das escolas nas trêspré-conferências realizadasno Sismmac.

Para ter acesso a todasas propostas deliberadasacesse o site do Sismmacwww.sismmac.org.br eclique no ambiente Arqui-vos para Baixar.

Financiamento

• Investir progressiva-mente em educação percen-tuais crescentes até atingirno mínimo 30% dos impos-tos municipais (próprios etransferências), e mantereste nível de investimentoenquanto não forem supera-dos os déficits educacionais.

Gestão Democrática da Educação

• Tornar o ConselhoMunicipal de Educação de-mocrático e tripartite, comrepresentação de mantene-dores, trabalhadores e usu-ários do sistema de ensino,com função normativa, deli-berativa e fiscalizadora, comautonomia frente ao poderexecutivo.

• As políticas de avalia-ção institucional devem tercaráter participativo, funda-mentado em princípios éti-cos, democráticos, autôno-

mos e coletivos e não devemestabelecer ranking entre asinstituições educativas, nemum sistema de incentivos,prêmios e punições.

Eleições CMEI: a SMEgarantirá a escolha das dire-ções dos CMEI, por meio deeleições diretas, da formacomo já ocorre nas escolas,para profissionais com habi-litação em educação.

Valorização profissional eCondições de Trabalho

(Educação Infantil /Ensino Fundamental)

• Adotar a Lei do PisoSalarial Profissional Nacio-nal (PSPN) 11.738/08 em suaversão sancionada em 16 dejulho de 2008, estabelecendo:

a) um terço1/3 (33,33%)da carga horária para hora-atividade ainda para o ano de2010, como proposto na lei;

b) ampliar para 40% dacarga horária a hora-ativida-de para o início do ano letivoseguinte, sendo 20% para or-ganização do trabalho peda-gógico e 20% para processode formação continuada.

c) atingir a meta de 50%da carga horária para hora-atividade, defendida pelaConfederação Nacional dosTrabalhadores de Educação(CNTE), até o final de 2012.

• Garantir o limite má-ximo de alunos por sala, con-comitante à ampliação pro-porcional do número de sa-las e professores, conformeindicativo do Fórum Parana-ense em Defesa da EscolaPública, obedecendo à se-guinte proporção:a) creche (0 a 3 anos), 6 alunos;b) pré-escola (4 a 5 anos), 15alunos.c) 1º ao 3° ano, 20 alunos;d) 4º e 5° anos, 25 alunos;e) 6º ao 9º ano, 30 alunos;

• Garantir profissionaisdo magistério habilitados emtodas as áreas do conheci-mento, em quantidade sufi-ciente, em todas as unidadesde ensino, inclusive para a re-cuperação paralela em tur-no contrário, em espaço físi-co adequado, de modo a ga-

rantir a oferta de carga ho-rária que corresponda ao fi-xado pelas portarias do CEE.

• Garantia de profissio-nais do magistério, sem a uti-lização de estagiários, emnúmero suficiente, nas esco-las que possuem EducaçãoInfantil, respeitada a seguin-te proporção:

- Pré I (4/4 anos e 11meses) e

- Pré II (5/5 anos e 11meses) dois professores emcada turma, por turno.

• Implantar a hora-aulapara os profissionais queatuam nos anos finais doEnsino Fundamental consi-derando: 15 h/aula (em salade aula concentradas) e ahora-atividade conformeproposta anterior.

• Pedagogo/a: com oobjetivo de respeitar a natu-reza do trabalho das peda-gogas, é preciso definir suafunção de organização dotrabalho pedagógico nas es-colas e nos CMEI, tendocomo base as propostas con-tidas no documento propos-to e debatido pelo ColetivoPedagógico do Sismmac eaprovado em assembléia emsetembro de 2010.

• Respeito às Resolu-ções SESA 318/2002 e 162/05 que resolve a metragemdas salas de aulas, conformeo número de alunos, inclusi-

ve nos espaços de contratur-no dos CEI.

• Terminar com a polí-tica de terceirizações dos tra-balhadores da educação, bemcomo reverter com as que fo-ram implementadas.

Educação Especial

• Construir unidades es-colares para atender alu-nos com condutas típicas ealtas habilidades.

• Criar programa alter-nativo em todas as regionaispara atender alunos egres-sos das escolas especializa-das que atingiram a termi-nalidade específica, previstona LDB.

• Garantir a continuida-de do atendimento dos alu-nos nas escolas especializa-das, classes especiais e sa-las de recurso.

• Agilizar com qualidadeo atendimento às escolaspara educandos que necessi-tem de materiais adaptados.

• Garantir profissionaisdo Magistério para atuaremcomo corregentes em tur-mas em que a especialidadedo aluno incluso necessite deatendimento individualizado.

• Ampliar o número deprofissionais (psicólogos,profissionais do magistério efonoaudiólogos) por concur-so público nos CMAES.

Em 23 de setembro, Alda M. Sampaio falou sobre o Fundeb em Curitiba

Janeslei Albuquerque explicou a importância do PME para a rede estadualAna Lorena Bruel relatou os debates sobre o PME no Conselho de Educação

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Nos meses que restamem 2010, a SME deve movi-mentar-se no sentido de ten-tar implementar, sem discu-tir com categoria a viabilida-de da mesma e a possívelconstrução de outras alter-nativas, a famigerada quin-ta na hora nas séries iniciaisdo Ensino Fundamental.

A SME vem se nagandoa realizar a audiência públi-ca reivindicada pelo Sism-mac desde o início do ano.Nem o pedido feito ao Con-selho Municipal de Educaçãosurtiu efeito. A Secretariaprefere o caminho da deci-são unilateral e autoritáriapara estender a jornada diá-ria dos professores.

Cabe agora a categoriadar uma resposta negativa amais uma quebra de seus di-reitos proposta pela adminis-tração. Não é possível am-pliar o turno escolar e man-ter o mesmo quadro de pro-fissionais. Aumenta e inten-sifica a carga de trabalho,seja pela implementação da

quinta para todos ou atravésde projetos.

Projetos que, se foremapresentados por parte dosprofessores, se darão so-mente pela necessidade decomplementar a renda, jáque a defasagem salarialacumulada pelos servidoresé de no mínimo 14%. Estaalternativa custará aindamais caro para o conjunto dacategoria, pois, com a sobre-carga, esses profissionaistendem a adoecer mais, com-prometendo a curto e médioprazo o trabalho de toda aescola.

Dizer não a essa tenta-tiva da SME de resolver aampliação do atendimento àcriança à custa da saúde eda desvalorização dos profes-sores é a forma de resistir-mos para depois avançarmosem nossa pauta de reivindi-cações. Aceitar mais essaquebra de direito, seja qualfor a forma a ser implemen-tada, é aceitarmos nossadesvalorização.

A comissão que elaborao calendário escolar pratica-mente definiu os critériospara 2011. Duas importantesreivindicações dos professoresforam atendidas.

Uma delas é coincidir ocalendário da rede municipalcom o calendário da rede es-tadual. As duas redes estarãojuntas em recesso durantedoze dias, de 9 a 20 de julho.

Outra reivindicação acei-ta é a volta das reuniões inte-gradas das escolas integraise com anexos. Serão quatrono ano.

Escolas Ensino Fundamental• 210 dias de atividades nasescolas, sendo 200 com alu-nos.• O ano letivo começa no dia8 de fevereiro, com reuniãopedagógica-administrativa.• No dia 9 iniciam as ativi-dades com os alunos.• O primeiro semestre ter-mina no dia 7 de julho.• O recesso será de 8 a 24de julho. No Estado, será dodia 9 a 20.• As atividades do segundosemestre começam em 25 dejulho, com a Semana de Es-tudos Pedagógicos.• No dia 28 iniciam as aulascom alunos.• O ano letivo termina em16 de dezembro, para alunose professores.• Reuniões pedagógicas mar-cadas para os sábados pode-rão ser alteradas para diasde semana à noite. É neces-sário aprovar no Conselhode Escola e comunicar ofi-cialmente o Núcleo de Edu-cação.• Professor/a com dois pa-drões em escolas diferentes,quando coincidirem as reu-niões pedagógicas, poderácomparecer numa escola e

Confira as normas básicasapresentar declaração naoutra, alternando as escolas.• No mesmo caso, se a pro-fessora tem padrão no muni-cípio e em outra rede, ou queparticipe de curso em supe-rior, poderá apresentar de-claração, alternando as par-ticipações.• Nas escolas que integremo programa Comunidade-Es-cola e tiverem reuniões aossábados, os professores doprograma devem priorizar asatividades do calendário es-colar.• Haverá quatro reuniões in-tegradas das escolas inte-grais e com anexos, no ano.

CMEI• Serão 193 dias letivos noano, sendo 100 no primeirosemestre e 93, no segundo.• O ano letivo começa em 8de fevereiro, com reunião pe-dagógica e de organização.• No dia 9 iniciam as ativi-dades com os alunos.• O semestre termina no dia7 de julho.• No dia 25 de julho começaa Semana de Estudos Peda-gógicos.• Nos dias 28 e 29 haveráreunião pedagógica de orga-

nização.• Dia 1º de agosto recome-çam as atividades com alu-nos• Em 16 de dezembro ter-mina o ano letivo.

CMAE• Serão 210 dias de ativida-des, sendo 195 dias de aten-dimento para os alunos e osdemais para reuniões peda-gógicas, administrativas ecom pais e Semana de Estu-dos Pedagógicos• O ano letivo começa em 8de fevereiro, com reunião deorganização.• No dia 9 iniciam os atendi-mentos aos alunos.• O semestre termina no dia7 de julho• No dia 25 de julho começaa Semana de Estudos Peda-gógicos• No dia 28 são retomadosos trabalhos com alunos• As atividades se encerramem 16 de dezembro• Reuniões com pais marca-das para os sábados poderãoser alteradas para dias de se-mana à noite, medianteaprovação do Conselho Es-colar e comunicado ao Nú-cleo de Educação.

Estão definidas as principais diretrizes

Passos fundamentais para resistira esse despropósito da SME

Ampliação da jornada diáriasó é possível depois que

- debater o tema na es-cola. Se for necessário, entrarem contato com a direção doSismmac e solicitar visita;

- difundir na comunida-de escolar a posição da cate-goria, usando informações domaterial já elaborado pelo sin-

dicato e aprovado nos Conse-lhos de Representantes;

- trabalhar junto aosmembros do Conselho de Es-cola a não aprovação de qual-quer alteração do turno es-colar enquanto a SME ofere-cer as condições necessárias.

- for ampliado o quadrode professores e de funcio-nários,

- for ampliada a hora-atividade,

- houver valorização (pelotempo de serviço e recupera-

da a defasagem salarial),- tivermos um plano

concreto para diminuir o nú-mero de alunos por sala,

- a educação e seus tra-balhadores forem realmenteprioridade.

5 horas

SME deve tentar impor a medida sem discussãoAdministração municipal nega-se adebater ampliação do turno eda jornada diária em audiência pública

Calendário 2011

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Salas lotadas

Conheça o projeto de leique limita o número dealunos por salaUma nova redação ao projeto foi propostapela vereadora professora Josete (PT)

contra a ANS. A justiça re-conhece o ICS como opera-dora, o que era visto que ge-raria problemas para o ICS.

2006O Sismmac e o Sismuc

propõem e é formada comis-são para estudar alternati-vas para o ICS. Além dos sin-dicatos, participaram re-presentantes da PMC, doICS e da Procuradoria Ge-ral do Município. São pen-sados vários e cenários eapresentadas propostas al-ternativas.

2006O prefeito Beto Richa

não encaminha nenhuma so-lução para o problema que seforma e apenas suspende orepasse de recursos para ocusteio, agravando o proble-ma do ICS.

2008O Sismmac e o Sismuc

denunciam que a falta de ini-ciativa para solucionar osproblemas do ICS podem le-var o instituto ao fechamen-to. Realizam seminário e as-

ICS

A crônica de uma morte anunciadaSó a luta dos servidores pode tirar o instituto da UTI

1999É criado o ICS, para

prestar assistência à saúde.O Sismmac e o Sismuc de-fendem o modelo de autar-quia e questionam a falta dedemocracia. Em plebiscito,os servidores decidem indi-car o único representante noConselho de Administraçãoe um para o Conselho Fis-cal. Entendem que ele aomenos pode ser um canalpara se saber o que ocorreinternamente, apesar da fal-ta de transparência.

2000O ICS é notificado e

multado por não estar regis-trado na Agência Nacionalde Saúde. A PMC entra comação judical contestando aANS.

2005O Ministério Público Es-

tadual ingressa com ação ci-vil pública questionando aforma de financiamento e acontribuição obrigatória.

2006A PMC perde a ação

sembléias e elaboram proje-to de lei e apresentam suaproposta à Câmara Munici-pal.

2008Candidato à reeleição,

Richa escondeu o problemae disse que o objetivo dos sin-dicatos era apenas eleitoral.Aliada do prefeito, a direçãodo legislativo engaveta o pro-jeto dos servidores. Alegavício de origem, mas tam-bém não se propõe a deba-ter as propostas.

2009A ANS emite a Nota 3l4/

2009/GEAOP/GGAME solici-tando garantia de liquidez.

2010Em julho, a ANS coloca

um diretor fiscal para acom-panhar o instituto e dá pra-zo até junho de 2011 paraajustar o ICS às regras dosplanos de saúde.

2010Em outubro, a Prefeitu-

ra Municipal ainda não sabeo que fazer com o ICS.

feitura assuma o ICS comoum benefício de assistênciaà saúde dos servidores. Paratanto, teria apenas que as-sumir a parcela de contribui-ção dos servidores.

O montante a ser pagoa mais corresponde a 3,14%da folha de pagamento, ou0,97% (menos de1%) da des-pesa corrente líquida. Assim,todos teriam acesso aos ser-viços.

Gestão paritáriaOs servidores querem

alterar a composição dosConselhos Fiscal e de Admi-nistração. O objetivo é asse-

gurar maior participação dosservidores e transparênciana gestão dos recursos doICS, adotando a gestão pa-ritária, com um representan-te do governo para cada re-presentante dos servidores.

AutarquiaForma jurídica: que seja

transformado em autarquia.Tem autonomia gerencial,mas continua a ser um ser-viço público. Por este moti-vo, obriga-se a realizar con-curso para admitir pessoal ea promover licitações paracontratar serviços ou com-prar materiais

FinanciamentoOs sindicatos defendem

que a prefeitura deve garan-tir ao ICS todos os repassespevistos atualmente em lei.Não é o servidor que tem quepagar esta conta que os pre-feitos deixaram para o ICS.

A administração munici-pal admite que não podemanter a cobrança compul-sória. Mas se muitos servi-dores se descredenciaram oinstituto, o ICS não vai con-seguir manter os seus servi-ços. Pode ser deficitário eser fechado.

Por este motivo, os sin-dicatos propõem que a Pre-

Conheça em detalhesConheça em detalhesConheça em detalhesConheça em detalhesConheça em detalhesas pras pras pras pras proposoposoposoposopostttttas dos seras dos seras dos seras dos seras dos servidoresvidoresvidoresvidoresvidores

Substitutivo Geral a Proposição nº 005.00037.2006, queDispõe sobre o limite máximo de alunos por sala de aula noâmbito da Rede Municipal de Ensino de Curitiba e dá outrasprovidências

Substitua-se o Projeto de Lei que “Dispõe sobre o limitemáximo de alunos por sala de aula no âmbito da RedeMunicipalde Ensino de Curitiba e dá outras providências” pelo seguin-te:

Art. 1º O número máximo de alunos por sala de aula naRede Municipal de Ensino de Curitiba obedece ao dispostonesta lei.

Art. 2º O limite máximo de alunos por sala de aula nosestabelecimentos da Rede Municipal de Ensino de Curitiba,observa o espaço mínimo de:

I - 4,5 m² ao professor;II - 1,5 m² ao aluno de educação infantil;III - 1,2 m² ao aluno de ensino fundamental.

Art. 3º O número máximo de estudantes por sala de aulanos estabelecimentos da Rede Municipal de Ensino de Curiti-ba, é de:

I - Até 20 (vinte) estudantes no Ensino Fundamental ,anos iniciais , do 1º ao 5º ano;

II - Até 25 (vinte e cinco) estudantes no Ensino Funda-mental, anos finais, do 6º ao 9º ano.

Art. 4º O número máximo de alunos na Educação Infan-til é de:

I - Até 05 (cinco) crianças por professor(a ) para turmasde crianças de 0 a 3

(zero a três) anos;II - Até 10(dez) crianças por professor (a ) para turmas

de crianças de 4 a 5 (quatro a cinco) anos;

Art. 5º O limite máximo de estudantes por sala de aulaserá implementado gradualmente , no prazo de 5(cinco) anosa partir da aprovação desta Lei.

I - No ano de 2011, mínimo de 20% (vinte por cento) daRede Municipal de Ensino de Curitiba;

II - No ano de 2012, mínimo de 40% (quarenta por cento)da Rede Municipal de Ensino de Curitiba;

III - No ano de 2013, mínimo de 60% (sessenta por cen-to) da Rede Municipal de Ensino de Curitiba;

IV - No ano de 2014, no mínimo 80% (oitenta por cento)da Rede Municipal de Ensino de Curitiba.

V - A partir de 2015, 100% ( cem por cento) da RedeMunicipal de Ensino de Curitiba estará dentro dos limitesestabelecidos nesta lei.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação

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Cerca de 500 servidoresmunicipais participaram damanifestação em defesa doICS. A manifestação ocorreuna tarde de 20 de outubro,na frente da Prefeitura Mu-nicipal.

O resultado concreto damobilização foi o compromis-so da administração munici-pal de negociar com o Sism-mac e o Sismuc um novomodelo para o ICS. Na se-gunda semana de novembrodeverá ser estabelecida aagenda para as conversações.

No início de neovembroocorrerão assembleias doSismuc e do Sismmac paradebater a situação do insti-tuto e definir as estratégiasde ação para os trabalhado-res.

Em reunião que começouàs 16h30, dirigentes sindicaise servidores da base da ca-tegoria falaram pelo funcio-nalismo com os representan-tes da Prefeitura Municipale da direção do ICS.

Mostraram a eles aapreensão dos servidorescom relação ao futuro doICS. Defenderam a elabo-ração de um projeto com-pleto para remodelar oinstituto. “Não queremosque as discussões sejamfeitas por partes, comoocorreu com esse projetoenviado ao legislativo”,questionou a presidentedo Sismmac Siméri RibasCalisto.

O projeto de lei apre-sentado à Câmara de Vere-adores acaba com a contri-buição compulsória para oinstituto. Se for aprovado,continuarão pagando o ICSapenas os servidores quequiserem utilizar seus ser-viços.

A direção do ICS justifi-ca que o projeto é devido àsações que correm na justiçacontra a cobrança obrigató-ria, que pode gerar um gran-de passivo ao instituto. Tam-

ICS

Mobilização em defesa do ICS teve grande adesãoApesar da PMC se comprometer a negociar com sindicatos novo modelo para o instituto, a mobilização será necessária

bém estima que a desistên-cia deve abranger 20% dofuncionalismo municipal. Ossindicatos alertam que a que-da na arrecadação compro-meta os serviços.

AutarquiaExiste entre as partes o

consenso de transformar oICS em autarquia. Esta éuma reivindicação dos servi-dores que deve ser atendi-da. Até junho do próximoano o ICS deverá estar fun-cionando neste modelo.

No entanto, não adian-

ta a autarquia, sem que o ins-tituto seja gerido de formademocrática e transparente.Isto só será possível commuita mobilização.

O principal nó para serdesatado refere-se ao finan-ciamento do ICS. A princí-pio, a direção do instituto nãodeverá alterar a alíquota decontribuição. Pelo que se pro-mete, a Prefeitura Municipaldeverá continuar a repassara parcela patronal de contri-buição referente a todos osservidores, inclusive aquelesque se descredenciarem.

Mas o repasse de recur-sos ao ICS deve ser muitobem estudado, porque a leiproíbe o uso de recursosdos contribuintes em pla-nos de saúde para públicorestrito.

Acima professoras aposentadas compareceram na mobilização.Abaixo, a mesa de negociações

Balões pretos e apitaço auxiliaram a agitação dos servidores