“de impossíveis me sustento” espetáculo de encerramento · nos do coro johann sebastian bach)...

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SUPLEMENTO DO AÇORIANO ORIENTAL JULHO DE 2012 n 10 COORDENAÇÃO: GRAÇA BORGES DE SOUSA MENESES MARGARIDA FREIRE DE ANDRADE Era assim em 1: uma escola que, nascida sob o signo da inovação, abria confiantemente os olhos para o por- vir. Na harmoniosa solidez arquitetónica desse novo es- paço pedagógico ancorava o sonho de ensinar, de dei- xar marcas indeléveis em quantos nele perfizessem o seu percurso académico. Aurora do claro dia a haver. Claro dia, sim, pois a ESLaranjeiras é hoje um caminho inequivocamente seguro, passagem obrigatória para quem deseje assentar o futuro em bases sólidas, assim se precavendo contra a imprevisibilidade do amanhã. Encruzilhada de saberes múltiplos, plasmados na diver- sidade dos conteúdos programáticos e na pluralidade temática das ações da sua oferta extracurricular, a esco- la tem-se afirmado não só como fator imprescindível ao despertar de vocações, mas também como energia po- sitiva capaz de fomentar os sonhos dos seus alunos. Acolhe. Inclui. Forma. Instituição de referência na formação em áreas de que a Região era carente, com ela os Açores cresceram. Passados anos, constrangimentos legais desvirtuam a sua matriz identitária. Ao retirar os cursos tecnológi- cos da oferta formativa do secundário, o Ministério da Educação cavou mais fundo a ferida que a tutela abrira, ao limitar a oferta formativa das escolas. A capacidade de sonhar é, contudo, traço inalienável da identidade forjada nessa hora primeira, bússola que guia quantos diariamente lhe dão vida. Partimos. Vamos. Somos: lição de Sebastião da Gama, substância do nosso agir. Editorial anos depois... Do sonho de ser à certeza de o ser Destaque Feira do Livro: fazer do livro uma companhia página página Destaque Alunos de “Artes Visuais” intervêm na escola página “De impossíveis me sustento” Espetáculo de Encerramento Comemorações do .º aniversário da ESLaranjeiras Destaque ESLaranjeiras na Assembleia da República A Comissão das Comemorações do 25.º aniversário da ESLaranjeiras so- nhou inscrever o ano de 2011/2012 na história desta instituição, envidando esforços para que a memória de quan- to nele foi realizado se perpetuasse. "De impossíveis me sustento", paráfra- se de um verso de Nemésio adotado como mote do espetáculo que oficial- mente marcou o encerramento das co- memorações, remeteu os espetadores para a importância do sonho, de cuja energia positiva dependeu a concretiza- ção das múltiplas iniciativas levadas a cabo neste ano ímpar da vida da escola. Porque figura incontornável de um processo civilizacional a cuja evolução presidiu o sonho, o espetáculo decor- reu sob o signo da mulher. Alunos e professores (entre eles, os antigos alu- nos do coro Johann Sebastian Bach) interpretaram textos que veiculam di- ferentes olhares sobre o feminino. O convite de Zeca Afonso à participa- ção na construção do futuro (Traz um amigo também!) pôs termo ao espetá- culo de som, dança e drama. Prata na fase nacional das Olimpíadas de Física No dia 9 de junho de 2012 realizou-se no Museu da Eletricidade, em Lisboa, a «etapa nacional» das Olimpíadas de Física, evento organizado pela Socie- dade Portuguesa de Física, entidade responsável pela elaboração das provas das diferentes etapas. Os concorrentes a esse concurso en- contram-se divididos em dois esca- lões: o A, destinado a alunos do 9º ano de escolaridade; o B, a alunos dos En- sinos Básico e Secundário. Para al- cançar a etapa nacional das Olimpía- das de Física, os participantes têm de iniciar o seu percurso na «etapa esco- lar», realizada nas escolas, na qual são apurados os participantes na «etapa regional», que decorreu no dia 28 de abril na Universidade dos Açores. Nesta fase do concurso, os alunos do escalão A da ESLaranjeiras obtiveram a medalha de ouro, o que lhes garan- tiu a participação na etapa nacional. António Fernandes (9.ºA), Diana Tei- xeira (9.ºD) e Sara Goulart (9.ºD), na fase final desta edição das Olimpíadas de Física, voltaram a destacar-se, ten- do conquistado um honroso 2.º lu- gar (medalha de prata), prémio do seu percurso exemplar.

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ENTA

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JULHO DE 2012

n 10

COORDENAÇÃO: GRAÇA BORGES DE SOUSA MENESES MARGARIDA FREIRE DE ANDRADE

Era assim em 1: uma escola que, nascida sob o signo da inovação, abria confiantemente os olhos para o por-vir. Na harmoniosa solidez arquitetónica desse novo es-paço pedagógico ancorava o sonho de ensinar, de dei-xar marcas indeléveis em quantos nele perfizessem o seu percurso académico. Aurora do claro dia a haver. Claro dia, sim, pois a ESLaranjeiras é hoje um caminho inequivocamente seguro, passagem obrigatória para quem deseje assentar o futuro em bases sólidas, assim se precavendo contra a imprevisibilidade do amanhã. Encruzilhada de saberes múltiplos, plasmados na diver-sidade dos conteúdos programáticos e na pluralidade temática das ações da sua oferta extracurricular, a esco-la tem-se afirmado não só como fator imprescindível ao despertar de vocações, mas também como energia po-sitiva capaz de fomentar os sonhos dos seus alunos. Acolhe. Inclui. Forma. Instituição de referência na formação em áreas de que a Região era carente, com ela os Açores cresceram. Passados anos, constrangimentos legais desvirtuam a sua matriz identitária. Ao retirar os cursos tecnológi-cos da oferta formativa do secundário, o Ministério da Educação cavou mais fundo a ferida que a tutela abrira, ao limitar a oferta formativa das escolas. A capacidade de sonhar é, contudo, traço inalienável da identidade forjada nessa hora primeira, bússola que guia quantos diariamente lhe dão vida. Partimos. Vamos. Somos: lição de Sebastião da Gama, substância do nosso agir.

Editorial anos depois... Do sonho de ser à certeza de o ser

Destaque Feira do Livro: fazer do livro uma companhia

página página

Destaque Alunos de “Artes Visuais” intervêm na escola

página

“De impossíveis me sustento” Espetáculo de Encerramento

Comemorações do .º aniversário da ESLaranjeiras

Destaque ESLaranjeiras na Assembleia da República

A Comissão das Comemorações do 25.º aniversário da ESLaranjeiras so-nhou inscrever o ano de 2011/2012 na história desta instituição, envidando esforços para que a memória de quan-to nele foi realizado se perpetuasse. "De impossíveis me sustento", paráfra-se de um verso de Nemésio adotado como mote do espetáculo que oficial-

mente marcou o encerramento das co-memorações, remeteu os espetadores para a importância do sonho, de cuja energia positiva dependeu a concretiza-ção das múltiplas iniciativas levadas a cabo neste ano ímpar da vida da escola. Porque figura incontornável de um processo civilizacional a cuja evolução presidiu o sonho, o espetáculo decor-

reu sob o signo da mulher. Alunos e professores (entre eles, os antigos alu-nos do coro Johann Sebastian Bach) interpretaram textos que veiculam di-ferentes olhares sobre o feminino. O convite de Zeca Afonso à participa-ção na construção do futuro (Traz um amigo também!) pôs termo ao espetá-culo de som, dança e drama.

Prata na fase nacional das Olimpíadas de FísicaNo dia 9 de junho de 2012 realizou-se no Museu da Eletricidade, em Lisboa, a «etapa nacional» das Olimpíadas de Física, evento organizado pela Socie-dade Portuguesa de Física, entidade responsável pela elaboração das provas das diferentes etapas. Os concorrentes a esse concurso en-contram-se divididos em dois esca-lões: o A, destinado a alunos do 9º ano de escolaridade; o B, a alunos dos En-sinos Básico e Secundário. Para al-cançar a etapa nacional das Olimpía-das de Física, os participantes têm de iniciar o seu percurso na «etapa esco-

lar», realizada nas escolas, na qual são apurados os participantes na «etapa regional», que decorreu no dia 28 de abril na Universidade dos Açores. Nesta fase do concurso, os alunos do escalão A da ESLaranjeiras obtiveram a medalha de ouro, o que lhes garan-tiu a participação na etapa nacional. António Fernandes (9.ºA), Diana Tei-xeira (9.ºD) e Sara Goulart (9.ºD), na fase final desta edição das Olimpíadas de Física, voltaram a destacar-se, ten-do conquistado um honroso 2.º lu-gar (medalha de prata), prémio do seu percurso exemplar.

02 JULHO DE 2012

Jovens deputados aprovam medidas contra a discriminaçãoA Assembleia da República desen volve, desde 2004, o proje-to Parlamento dos Jovens com o objetivo de fomentar a participa-ção dos alunos dos ensinos bási-co e secundário na atividade po-lítica do nosso país, desenvol-vendo o gosto pela democracia e pela cidadania ativa. Este ano letivo, participaram 130 deputados eleitos em esco-las de todos os distritos de Por-tugal, das Regiões Autónomas e de fora da Europa (Escola Por-tuguesa de Macau), que deba-teram o tema "Redes Socias: Combate à Discriminação". Esta temática levou um grupo de alunas da ESLaranjeiras à Assembleia da República, onde puderam apresentar e debater com os outros deputados as suas propostas. No final, as medidas aprovadas foram as seguintes: 1. criação de uma entidade, re-presentada por um provedor, cujo atuação se centraria no ob-jetivo de sensibilizar as pessoas para o problema da discrimina-ção; 2. formação de núcleos regionais e locais anti-discriminação, dire-tamente dependentes de uma comissão paritária, sediada nas escolas aderentes; 3. criação da plataforma "Gera-ção Virtual", que será divulgada nas redes sociais. Todas as esco-las do País devem incentivar os

seus alunos a participar nela, fo-mentando, assim, a integração das minorias; 4. introdução de medidas efeti-vas de promoção do respeito pela diversidade, a fim de lutar contra políticas e práticas dis-criminatórias. Nesse sentido, propomos a criação de um por-tal on-line, gerido por um psi-cólogo, com as seguintes valên-cias: partilha de opiniões, troca

de experiências, fórum aberto a debates; 5. criação de um site ou blog que promova o combate à discrimina-ção, cujo conteúdo será publicita-do num canal público televisivo; 6. realização, pelos alunos, de fil-mes e de dramatizações sobre a discriminação. Estes vídeos se-riam posteriormente postados nas redes sociais e projetados nas escolas;

7. introdução, no 1.º ciclo do en-sino básico, de orientações curri-culares, conteúdos, metodolo-gias e práticas claras que ensi-nem as crianças a lidar com os estereótipos que inconsciente-mente as levam a assumir atitu-des discriminatórias em adultos; 8. combate aos preconceitos que estão na base da discrimi-nação, promovendo a celebra-ção, nas instituições de ensino,

do Dia Nacional da Diversidade; 9. alargamento do período de atendimento da linha SOS já exis-tente para 24 horas de atendi-mento, para que os alunos vítimas de discriminação se sintam mais protegidos, podendo apresentar queixa e pedir aconselhamento. Votada e aprovada a recomenda-ção, foi encerrada a sessão pelo Vice-Presidente da Assembleia da República.

A ESLaranjeiras na Assembleia da República

Realizou-se, nos dias 15 e 16 de Maio de 2012, a 17ª Super-Taça Escolar. Esta iniciativa,organi-zada pelo departamento de Edu-cação Física e Desporto, envol-veu 345 pessoas, entre alunos, árbitros, professores acompa-nhantes e elementos da organi-zação, com especial destaque para os alunos do Curso Tecno-lógico de Desporto. Para além da ESLaranjeiras, participaram também as Esco-las Secundárias Domingos Re-belo e Antero de Quental. Este evento incluiu modalidades que fazem parte do programa de Educação Física, nomeadamen-te Basquetebol, Futebol, Volei-bol (modalidades colectivas), Ginástica e Atletismo (modali-dades individuais).

Esta prova, que se transformou há muito num marco do despor-to escolar em Ponta Delgada, vi-sou, no momento da sua génese, colmatar a inexistência de qual-quer tipo de competição formal no âmbito do desporto escolar para o ensino secundário. Ao longo dos últimos 17 anos, destacam-se duas situações: o facto de a Câmara Municipal de Ponta Delgada se ter assumido como patrocinadora exclusiva da Super Taça e a alteração dos re-gulamentos, permitindo o acesso dos alunos do 3º ciclo a todas as competições. Na edição de 2012, para além do 1.º lugar no voleibol maculino, a Escola Secundária das Laranjei-ras obteve o 2.º lugar na classifi-cação final (masculinos).

1.ª Super-Taça Escolar: uma iniciativa de ESLaranjeiras

Desporto Escolar

03JULHO DE 2012

Escrevendo com...

II Ciclo de Cinema “Artistas e Professores” A Equipa Educativa da Biblio-teca da Escola Secundária das Laranjeiras apresentou, nos dias 6, 8 e 11 de junho, no âmbi-to do II Ciclo de Cinema, filmes subordinados à temática "Ar-tistas e Professores". Os filmes escolhidos, por se en-quadrarem no tema do ciclo de cinema foram: Moulin Rouge - Amor em Vermelho, filme no-meado para os prémios da Aca-demia Americana em 2002, protagonizado por Nicole Kidman e Ewan Mcgregor e realizado por Baz Luhman; Ra-pariga com brinco de pérola, fil-me de 2003, nomeado para os Óscares de 2004, realizado por Peter Webber, tendo Colin Firth a desempenhar o papel de Johannes Vermeer, pintor dos Países Baixos; e Uma Mente Brilhante, de 2001, e vencedor do Óscar para melhor filme em 2002, realizado por Ron Ho-ward e protagonizado por Rus-sell Crowe. As duas primeiras películas em cartaz abordavam aspetos da vida de artistas. Henri de Tou-louse-Lautrec, pintor francês pós-impressionista, é persona-gem significante na trama do filme Moulin Rouge - Amor em Vermelho; Johannes Vermeer, famoso pintor da idade de ouro

do barroco holandês, do século XVII, é a personagem principal do filme Rapariga com brinco de pérola, baseado na obra ho-mónima da escritora norte-

americana Tracy Chevalier. Uma mente brilhante foi o fil-me biográfico escolhido pela equipa educativa da biblioteca escolar, para retratar a vida de

Educação pela Arte

Este ano letivo, a feira do Livro da ESLaranjeiras, "Na compa-nhia dos Livros", teve como mote "Fazer do livro uma companhia que preencha vazios e aconche-gue a alma ". A Feira do Livro decorreu entre a última semana do mês de maio e a primeira do mês de junho, tendo sido patrocinada pelo Continente. As obras, que se encontravam à venda a um preço mais convida-tivo, abrangiam um largo espe-tro temático. Todavia, foi pro-pósito da equipa privilegiar obras de autores premiados, muitos dos quais com o prémio

Nobel da Literatura. A necessidade de ofe-recer aos discentes um conjunto de obras cati-vantes a ler no âmbito da rubrica programáti-ca "leitura recreativa" levou a que uma grande parte das obras que se encontravam em feira fosse de literatura in-fanto-juvenil. A feira decorreu no es-paço da biblioteca no seu horário de funciona-mento. A sua divulgação também foi feita no sítio da internet .

Feira do Livro Fazer do livro uma companhia

Escola e comunidade

NOME: Henrique Fonseca IDADE: 1 ANOS PROFISSÃO: aluno do 1.º A

O nosso problema é pensarmos que os problemas [dos outros] não nos dizem respeito.

José Luís Peixoto

O ser humano sempre teve a necessidade de viver em gru-po. Com o passar dos séculos, os grupos que se foram for-mando aumentaram de ta-manho, transformando-se em tribos, aldeias, cidades e países. Os elementos destas sociedades desempenhavam uma função específica, de-pendendo uns dos outros. Nas sociedades modernas, há muito quem já tenha perdido essa noção de dependência. Com a era industrial, a popu-lação das cidades aumentou de uma forma gigantesca. Contudo, as pessoas que aí vi-vem isolam-se cada vez mais de quem as rodeia. Este "não

querer saber" tem dado oca-sião a situações arrepiantes. São exemplo disso os nume-rosos idosos encontrados mortos nos seus domicílios, ignorados por familiares e vi-zinhos. O mundo ocidental tem há já vários séculos uma atitude de superioridade relativa-mente aos outros povos. É um facto que os países oci-dentais exercem grande do-mínio económico e militar sobre quem lhes interessa. A sua ganância pode criar si-tuações idênticas à que acor-reu no Afeganistão, que rece-beu toneladas de armas en-quanto foi útil ao Ocidente, mas, acabada a guerra contra os soviéticos, foi deixado "aos bichos". Dessa anarquia sur-giram os talibãs, que tanto mal causaram e causam, e tudo porque ignoramos quem não nos interessa. É preciso reaprender a viver em sociedade.

COMPANHIA DOS LIVROS

professores, mais concreta-mente a do docente norte-ame-ricano John Forbes Nash, pré-mio Nobel da Economia de 1994. Este professor do Insti-tuto Tecnológico do Massachu-setts e da Universidade de Prin-ceton, apesar de padecer de es-quizofrenia paranóica e de depressão, associada a uma bai-xa autoestima, foi uma mente brilhante. O público dos filmes em cartaz foi constituído por alunos do ensino secundário. Foi dada preferência, para a visualização das películas sobre os artistas, às duas turmas do curso de Ar-tes Visuais, dos 10.º e 11.º anos. O filme sobre a vida do mate-mático John Forbes Nash foi visualizado por alunos das tur-mas do curso de Ciências e Tecnologias, do ensino secun-dário. O Ciclo de Cinema "Artistas e Professores" foi, à semelhança da sua primeira edição, realiza-da no ano letivo transato, mui-to bem recebido pelos alunos, que demonstraram uma enor-me atenção durante a visualiza-ção dos filmes, expressando-se emotivamente sobre eles. Sem dúvida, esta é uma ativida-de a repetir nos anos letivos vindouros.

04 JULHO DE 2012

Os trabalhos produzidos em Desenho A Intervir esteticamente no espaço escolarA existência do curso de "Ar-tes Visuais" na Escola Secun-dária das Laranjeiras remete-nos para o ano letivo de 2006/2007. A partir de então, a escola tem vindo a formar alunos para o ingresso no en-sino superior em áreas como a Arquitetura, Design, Artes Plásticas, entre outras. De entre as disciplinas específi-cas do curso, destacamos a de Desenho A (trienal), por se tratar de uma disciplina "nuclear". Nela são transmitidos conheci-

mentos/conteúdos, técnicas e atitudes que servirão de base à entrada dos discentes no "mun-do" das artes visuais. Na disciplina de Desenho A, têm vindo a ser desenvolvidos, em contexto escolar, individual-mente ou em grupo, diversos projetos. A comunidade escolar tem oportunidade de contatar com o seu produto final, seja por intermédio de exposições paten-tes em espaços nobres da escola, seja através de visitas , realizadas por qualquer elemento da co-

munidade educativa à sala de aula/ atelier. Os trabalhos produzidos pelos alunos de "Artes" não se desti-nam apenas à fruição estética, pois, em alguns casos, têm ser-vido o propósito de intervir no espaço escolar, melhorando a sua qualidade visual. É no âmbito deste tipo de inter-venção que se enquadra a ela-boração dos painéis temáticos (com 2mx2,5m), projetados e produzidos por uma turma do 11.º ano de escolaridade com o

intuito de enobrecer o espaço do refeitório, criando uma atmosfe-ra acolhedora e esteticamente apelativa. Em Desenho A, são produzidos trabalhos em duas ou em três dimensões. O recurso às novas tecnologias permite a criação de suportes dinâmicos, como filme de animação, assim se passando do plano bidimensio-nal do papel para o tridimen-sional do ecrã. A edição do fil-me é também realizada pelos alunos do curso.

Curso de Artes Visuais

As turmas da Unidade Especiali-zada com Currículo Adaptado (UNECA), nas aulas de Expres-são Plástica, e as do Projeto Cur-ricular Adaptado, nas de Edu-cação Visual e Tecnológica, sob a orientação dos docentes Isabel Pimenta e Ricardo Baptista, co-laboraram, com empenho e de-dicação, na realização de coroas do Espírito Santo, decalcando, em cartolinas prateadas, os mol-des elaborados pelos docentes, tendo ainda ajudado na sua montagem e decoração.

Esses trabalhos foram expostos no dia 30 de maio no altar do Es-pírito Santo, iniciativa das do-centes Aida Martins e Maria João Sousa, do Núcleo de Educa-ção Especial. A equitação terapêutica, orienta-da pelo docente Ricardo Baptis-ta, foi outro projeto desenvolvido com os alunos da UNECA, com grandes vantagens para o seu equilíbrio física e emocional. Esperemos que, no próximo ano, haja a possibilidade de dar conti-nuidade a esse projeto.

O desafio da inclusão: vencendo constrangimentos com dedicação e perseverança

O reconhecimento da excelência

Desde 2004/2005 que o Formador Ricardo Vieira ministra, na ESLaranjeiras, os módulos teórico-práticos respeitantes ao curso de Co-zinha, nível II, do PROFIJ nível II, que integra alunos do 8.º e 9.º anos. Enquanto no 8.º ano a abor-dagem tem um caráter mais teórico, no 9.º ano, os alunos começam a sentir-se verda-deiros chefs, pois aprendem múltiplas receitas, desde "En-tradas", "Fondues", "Con-sommés", passando por pra-tos sofisticados de carne, pei-xe e marisco e por deliciosas sobremesas, ou fruta artisti-camente disposta. Dada a reconhecida qualida-de do Formador e dos seus formandos, os serviços deste Curso têm sido requisitados pela escola em grandes oca-siões, como almoços com conferencistas ou outras in-dividualidades que nos visi-tam, Jantar de Gala dos 25 Anos da ESLaranjeiras. Par-ticiparam ainda nas "Jorna-das da Adolescência", pre-parando sumos naturais e saladas. Fora da escola, o Curso de Co-zinha também marcou pre-sença na " Cidade Saudável", iniciativa que decorreu no Coliseu Micaelense em junho e durante a qual foram elo-giados os sumos naturais e os cortes de fruta apresentados no evento.

FICHA TÉCNICA: Equipa Editorial: Graça Meneses e Margarida Freire de Andrade. Colaboraram neste número: André Moura, Bruno Duarte, Isabel Pimenta, João Pedro Vaz de Medeiros, Jorge Marques, Luís Paulo Vieira, Ricardo Baptista, Ricardo Vieira e Verónica Janeiro

PROFIJ

Educação Especial