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PROJETOS

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DE EMPREGO APOIADO

PROJETOS

INSTITUTO DE TECNOLOGIA SOCIAL - ITS BRASIL

Presidente: Pasqualina Jacomaci SinhorettoGerente Executiva: Suely Aparecida Ferreira

Ficha Catalográfica

D352c 100 Projetos de Emprego Apoiado. Organizadores: Delgado Garcia, Jesus Carlos e Instituto de Tecnologia Social – ITS BRASIL São Paulo: ITS BRASIL, 2017. 160, p. ; 20,5 x 30 cm.

ISBN 978-85-64537-24-8 1. Emprego Apoiado 2. Projetos de Emprego Apoiado. I. Título. II. Delgado García, Jesus Carlos. III. ITS BRASIL.

CDD: 600

Rua Rego Freitas, 454, cj. 73 | República | CEP: 01220-010 | São Paulo | SPTel./fax (11) 3151-6499 | e-mail: [email protected] | www.itsbrasil.org.brinstituto de tecnologia social

Copyright © ITS BRASIL, 2017.Permitida reprodução total ou parcial com menção expressa da fonte.Nenhuma parte desta publicação pode ser gravada,

armazenada em sistemas eletrônicos, fotocopiada, reproduzida por meios mecânicos ou outros quaisquer, sem a autorização dos autores.

OrganizadoresJesus Carlos Delgado GarciaInstituto de Tecnologia SocialIrma Rossetto PassoniJosé Ozias Siqueira

Presidente da República: Michel Temer

Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC): Gilberto Kassab

Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (SEPED): Jailson Bittencourt de Andrade

Diretora de Políticas e Programas para Inclusão Social (DEPIS): Sônia da Costa

Projeto CNPq de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia Assistiva, Linha de Ação 3: Ações deFortalecimento da Metodologia de Emprego Apoiado. Coordenação do Projeto: Jesus Carlos Delgado Garcia

Ficha Catalográfica,Edição e Revisão de textos Maria Antonieta Mendizábal Cortés

Projeto gráfico Tadeu Araújo

Imagens (meramente ilustrativas)Acervo, Beatriz Lalor, Carolina Gloeben Belfort Pinheiro, EasyPix Brasil, Pablo Ferrés e Ricardo Elias Delgado

GráficaGráfica Mundial Ltda

Equipe de Pesquisadores Carlos Henrique Ferreira Carvalho, Daniel Farias Brito Ribeiro, Edison Ferreira, Edison Luís dos Santos, Irma Rossetto Passoni, Jacileia Cadete Abreu, Jackeline Aparecida Ferreira Romio, Jesus Carlos Delgado Garcia, Lucinda Leria, Luiz Otávio de Alencar Miranda, Maria Aparecida Souza, Maria Vilma Roberto, Tereza Martins, Godinho, Vanessa Mutchnik, Yara Naí Herrero de Freitas.

Agradecimento Especial

Joe Valle, Secretário (2007 - 2010) de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (SECIS)

Glaucius Oliva, Presidente (2011 - 2015) do Conselho Nacional e Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

João Carlos Martins Neto (2003 - 2010) Assessor da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (SECIS)

São Paulo - SP - BrasilITS BRASIL

2017

DE EMPREGO APOIADO

PROJETOS

Jesus Carlos Delgado García (Org.)ITS BRASIL (Org.)

6Í N D I C E

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Projeto 24 - Contribuições do NAPNE IFRS na inclusão de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho - Daniela Medeiros. Ijuí – RS

Projeto 25 - Criação de um Blog de Emprego Apoiado - Jackeline Aparecida Ferreira Romio. São Paulo - SP

Projeto 26 - Emprego Apoiado em confecções de moda - Márcia Rodrigues da Silva . Catalão- GO Projeto 27 - Das prisões ao mercado de trabalho: uso do EA para reinserção social de detentos e egressos do sistema prisional - Ricardo Alexandre da Cruz

Projeto 28 - Inclusão de pessoas com defi ciência na JV social - Vanessa Bernardo da Silva Cezimbra. Salvador – BA

Projeto 29 - Emprego Apoiado para alunos e servidores da UFRJ - Nathalia Cavaliere do Amarante. Rio de Janeiro – RJ

Projeto 30 - Emprego apoiado como estratégia de transformação social - Angélica Maria Freire Herzog. Eunápolis – BA

Projeto 31 - O Emprego Apoiado para inserção de pessoas com defi ciência ou em situação de exclusão social em um bairro - Carla Aparecida Araújo Mota. São Paulo – SP

Projeto 32 - Disseminar a metodologia do Emprego Apoiado no Município de Esteio (RS) - Cátia Vaz. Esteio – RS

Projeto 33 - A etnografi a como método para aprofundar conhecimentos sobre as pessoas com defi ciência - Luiz Fernando de Moraes . Porto Alegre – RS

Projeto 34 - Melhoria dos processos de recrutamento para inclusão de pessoas com defi ciência em uma empresa de alimentação - Rosane Maria Blank. Vale do Taquari e do Rio Pardo – RS

Apresentação

Uma amostra da diversidade de projetos de Emprego Apoiado com potencialidade de inclusão nas políticas públicas. Jesus Carlos Delgado Garcia.

100 Projetos deEmprego Apoiado

Projeto 1 - Emprego Apoiado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá - Caio Teixeira Brandão. Macapá – AP

Projeto 2 - Emprego Apoiado em uma empresa de transporte - Andréa Costa. Porto Alegre - RS

Projeto 3 - Formação de uma rede de entidades para o atendimento a pessoas com defi ciência - Adre Silvane Rosa dos Santos. Cruz Alta – RS

Projeto 4 - Trabalhar é possível - Cleidiane da Penha Segura de Melo. Porto Velho – RO

Projeto 5 - Implementação da metodologia de Emprego Apoiado no NEAD - Andyara Dantas Leone. Rio de Janeiro – RJ

Projeto 6 - Capacitar - Francilene Rainone. Porto Alegre – RS

Projeto 7 - Convênio entre a Secretaria de Trabalho e Renda e a Secretaria da Pessoa com Defi ciência através do CAPT - Helena Cristina Velardi dos Santos. Campinas – SP

Projeto 8 - Projeto Pandora - Jaqueline Regina Pilger. Porto Alegre – RS

Projeto 9 - O trabalho em ambientes digitais para a pessoa com defi ciência visual - Magali Aparecida de Oliveira Arnais. Campinas – SP

Projeto 10 - Emprego apoiado no CIS - Marcia Aparecida Santos da Silva. Itaquaquecetuba – SP

Projeto 11 - Inclusão de pessoas com Síndrome de Down no mercado de trabalho - Mirele Cardoso do Bon� m. Salvador – BA

Projeto 12 - Emprego Apoiado em Instituto de Cegos da Paraíba - Mirna Lima Massoni . João Pessoa –PB Projeto 13 - Grupo de Trabalho de Emprego Apoiado em Abaetetuba e seis municípios da região - Norma de Nazaré Ferreira da Cruz. Abaetetuba – PA

Projeto 14 - Emprego Apoiado no INSS - Pedro Mäder Gonçalves Coutinho. Brasília - DF

Projeto 15 - Inclusão de servidores públicos na UFSM - Priscilla de Oliveira Reis Alencastro. Santa Maria - RS

Projeto 16 - Novo Amanhecer - Eu� orzina Machado da Anunciação

Projeto 17 - Palestras sobre Emprego Apoiado - Nereuda Ataide de Sousa Silva

Projeto 18 - CREIA e Emprego Apoiado - Joana d’Arc Araújo Silva. Timóteo - MG

Projeto 19 - Disseminar Emprego Apoiado no meio empresarial - Maira Soares Gomes. Curitiba – PR

Projeto 20 - Implantação do Emprego Apoiado em uma empresa de serviços - Analisa Fonseca Benites. Porto Alegre - RS

Projeto 21 - Promover a articulação do Programa BPC Trabalho e o Emprego Apoiado - Elyria Bonetti Yoshida

Projeto 22 - Exercendo a cidadania - Ivânia Maria da Costa Carvalho Silva. Caxias – MA

Projeto 23 - Implementação de Emprego Apoiado na Secretaria de Educação do município de Osasco - Andrea Ikeda Garcia. Osasco – SP

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100 Projetos de Emprego Apoiado

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Projeto 35 - Implementação da metodologia de Emprego Apoiado em um bairro - Andréa Hayasaki Vieira. Goiânia - GO

Projeto 36 - O município de São Domingos (RS) e a aplicação da metodologia do Emprego Apoiado - Glaucia Quissi dos Santos Risson. São Domingos – RS

Projeto 37 - Descobrindo o trabalho na escola - Leide Jane Costa da Silva. Simões Filho - BA

Projeto 38 - O Emprego Apoiado no atendimento de pessoas com defi ciência visual - Micheli Patrícia de Fátima Magri. São João da Boa Vista - SP Projeto 39 - Disseminação do Emprego Apoiado em setor empresarial - Cristina Galeno da Costa Pereira. Piripiri – PI

Projeto 40 - Inclusão da metodologia do Emprego Apoiado no programa “Trabalhar é legal” da FAENOL - Anali Ferreira de Jesus. Nova Lima – MG

Projeto 41- Criação de vagas para pessoas com defi ciência física - Antônia Venâncio da Silva Bezerra. Juazeiro do Norte – CE

Projeto 42 - Inclusão de funcionários com defi ciência no IFPR - Cristiane Ribeiro da Silva. Curitiba – PR

Projeto 43 - Disseminação da metodologia do Emprego Apoiado na cidade de Paulo Afonso (BA) - Edigláucia Queiroz dos Santos. Paulo Afonso – BA

Projeto 44 - Preparação de instrutores em Emprego ApoiadoFlaviane Aparecida Rezende. Belo Horizonte – MG

Projeto 45 - Promover a metodologia do Emprego Apoiado com alunos das Salas de Recursos Multifuncionais - Karina Schroer. São Leopoldo – RS

Projeto 46 - Sensibilização sobre a empregabilidade das pessoas com defi ciência - Flavia Regina França Pascoal e Sonia Maria Sá Freire. Rio das Ostras – RJ

Projeto 47 - Programa Público Nacional de Inserção de PcD no mercado de trabalho através do Emprego Apoiado - Giovana Montoro Pazzini Watfe. São Paulo – SP

Projeto 48 - O Emprego Apoiado como método de inserção de funcionários com defi ciência contratados - Jony Anderson de Oliveira. Valinhos – SP

Projeto 49 - Adequação do serviço IMO para implementação de metodologia de Emprego Apoiado a nível nacional - José Carlos Lima Pinto. Belo Horizonte – MG

Projeto 50 - Emprego Apoiado no CAPS Infantil II Vila Mariana - Liliani Souza dos Santos Ferreira. São Paulo –SP Projeto 51- Expansão da metodologia de EA no atendimento de candidatos com defi ciência que buscam a FCEE/CENET-Mercado de Trabalho - Loiva Lucia Herbert. São José – SC

Projeto 52 - Implementação de equipamento para inserção de pessoas com defi ciência no Município de Paracuru - Aline Braúna dos Santos. Paracuru – CE

Projeto 53 - Desenvolver e implementar o Emprego Apoiado como ferramenta de inclusão socialPatrícia Milena Silva Saldanha. Bragança – PA

Projeto 54 - Emprego Apoiado: Uma nova tecnologia - Anielly Costa Silva Ramos. Montes Claros – MG

Projeto 55 - Dando Vida - Maria Regina da Silva. Porto Alegre - RS

Projeto 56 - Inclusão da pessoa com defi ciência intelectual em idade laboral - Daniele Aparecida Pariz Trintinália. Ourinhos – SP

Projeto 57 - Inclusão de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho de Mairiporã - Patrícia de Siqueira. Mairiporã – SP

Projeto 58 - Emprego formal e igualdade de oportunidades. Direito de todos sem qualquer distinção - Paula Tatiana Sato. Carmo do Paranaíba – MG

Projeto 59 - Desconstruir barreirasSandra Mara Robles Domingues e Amabili Corina Canola. Itapevi – SP

Projeto 60 - Atendimento on-line a pessoas com defi ciência e suas famílias sobre Emprego Apoiado Regina Celia Gorodscy. São Paulo – SP

Projeto 61 - População em situação de rua e o Emprego Apoiado - Orlando Coelho Barbosa. Osasco –SP

Projeto 62 - Inserção de jovens e adultos com defi ciência intelectual no mercado de trabalho - Tarsila Rosa de Araújo. São Paulo – SP

Projeto 63 - Grupo de estudo sobre Emprego Apoiado - Clarinda de Vila. Araranguá - SC

Projeto 64 - Fortalecimento de políticas públicas para inserção de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho - Patrícia Jobim Santos. Juiz de Fora – MG Projeto 65 - Divulgar o Emprego Apoiado como recurso de inserção profi ssional de grupos excluídos do mundo do trabalho - Mariane Teixeira Netto Rodrigues. Porto Alegre - RS

Projeto 66 - Promover a empregabilidade de pessoas com defi ciência na área artística - Vanda Ligia Alves. São Paulo - SP

Projeto 67 - Ofi cina de orientação para alunos e pais - Cleonice Pereira do Nascimento Bittencourt. Ceilândia – DF

Projeto 68 - Fortalecer a metodologia de Emprego Apoiado no Município de Bauru - Sílvia dos Santos. Bauru - SP

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Projeto 80 - Incluir ações de Emprego Apoiado na SEASTER Mariana da Silva Mesquita. Belém – PA

Projeto 81 - Projeto de Inserção Laboral via metodologia do Emprego Apoiado - Adriana Oppel S. Nogueira. Rio de Janeiro – RJ

Projeto 82 - Discussão sobre Emprego Apoiado na comunidade local - Cledi Viana Cardinal. Bossoroca - RS

Projeto 83 - Inserção de pessoas com defi ciência da APAE no mercado de trabalho com metodologia de Emprego Apoiado - Daiane Aparecida Ribeiro Queiroz. Itapemirim - ES

Projeto 84 - Núcleo de empregabilidade com uso de metodologia do Emprego Apoiado - Gabrielle Natacha Almeida Resende. Belo Horizonte – MG

Projeto 85 - Inserção da mulher em situação de violência doméstica e/ou risco de morte no mercado de trabalho - Léa Gomes da Cruz Soares. Santo André – SP

Projeto 86 - Espaço de diálogo com instituições cíveis, públicas e privadas para aplicação do Emprego Apoiado - Reginaldo Rios de Oliveira. Foz do Iguaçu – PR

Projeto 87 - Emprego Apoiado em Instituição de Ensino SuperiorRita Zenorini

Projeto 88 - Reconhecer os direitos da pessoa com defi ciência - Sônia Casciano de Queiroz Paiva. Quixadá – CE

Projeto 89 - Emprego Apoiado na Cooperativa de Produtores Rurais de Urupês / Elisiário - Antônio Márcio Paschoal. Elisiário – SP

Projeto 90 - Emprego Apoiado para pessoas com defi ciência psicossocial - Teresa da Costa. Niterói - RJ

Projeto 91 - Reformulação do projeto “Espaço Ofi cina” para integração de usuários da APAE no mercado de trabalho - Bárbara Roberta da Silva. Sumaré - SP

Projeto 92 - Implantação da metodologia de Emprego Apoiado na SME de Lins - Fabiana de Oliveira Lima. Lins – SP

Projeto 93 - Inserção dos benefi ciários do BPC Trabalho no mercado de trabalho formal - Lilia da Silva Theodoro. Vitória - ES

Projeto 94 - Programa de Ação e promoção de empregabilidade para Pessoa com Defi ciência intelectual - Ana Maria Costa Alves. João Pessoa – PB

Projeto 95 - Inserção de pessoas com Síndrome de Down no mercado de trabalho - Miriam Schacker Machado. Porto Alegre – RS

Projeto 96Disseminação do Emprego Apoiado em empresas de AvaréPatrícia Vilse Luzetti. Avaré- SP

Projeto 97 - Implantação da metodologia de Emprego Apoiado em uma escola de Belém - Ivaldo Venâncio Salomão Souza. Belém – PA

Projeto 98 - Aplicação da metodologia de Emprego Apoiado na APAE de Santa Rita do Passa Quatro - Adriana Moda de Souza Martins. Santa Rita do Passa Quatro – SP

Projeto 99 - Emprego ApoiadoAna Maria Gouveia Colombo. Santo André – SP.

Projeto 100 - Articulação de instituições públicas e privadas para implantação de metodologia de Emprego Apoiado em Manaus - Rocilene Nogueira de Freitas. Manaus – AM

Projeto 69 - Elevar índice de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho - Edilene Mendonça. Tijucas - SC

Projeto 70 - Grupo Especial de Emprego Apoiado nas Unidades de Acolhimento de Salvador – BA Manuel Leôncio dos Santos Neto. Salvador – BA

Projeto 71 - Empregabilidade e pessoas com Síndrome de DownSilvio Luís de Carvalho. Assis – SP

Projeto 72 - Implantar Emprego Apoiado em Praia Grande - Maria Rosimar da Silva. Praia Grande - SP

Projeto 73 - Disseminar a metodologia do Emprego Apoiado - Valéria Lopes Moreno. Rio de Janeiro – RJ

Projeto 74 - Pessoas com defi ciência e mulheres em situação de violência no mercado de trabalho - Gínez Garcia. Santo André – SP

Projeto 75 - Criação de um Blog de Emprego Apoiado - Jurandir de Almeida Araújo

Projeto 76 - Integrar a metodologia de EA nos processos de contratação da Universidade São Judas Tadeu - Wilson de Jesus Bonifácio. São Paulo – SP

Projeto 77 - Impulsar uma mudança de paradigma sobre inclusão de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho - Rejane de Souza e Silva. Carmo do Paranaíba – MG Projeto 78 - Inclusão de alunos da EJA no mercado de trabalho - Eloisa Barcellos de Lima. Gravataí – RS

Projeto 79 - Profi ssionalização das pessoas com Síndrome de Down - Vera Ione Scholz Rodrigues. Porto Alegre – RS

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100 Projetos de Emprego Apoiado

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A P R E S E N T A Ç Ã O

100 Projetos de Emprego Apoiado

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações

e Comunicações (MCTIC), através da Secretaria de

Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento

(SEPED) e do Departamento de Políticas e Programas

para Inclusão Social (DEPIS), com apoio do Conselho

Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico

(CNPq) e em parceria com o Instituto de Tecnologia

Social (ITSBRASIL), tem a satisfação de apresentar o

livro 100 Projetos de Emprego Apoiado, que mostra as

potencialidades de disseminação da tecnologia social

do Emprego Apoiado no Brasil.

O Emprego Apoiado é uma tecnologia social

situada no âmbito inovador das políticas de Ciência,

Tecnologia e Inovação (CT&I), que funciona mediante a

disponibilização de todo um conjunto de apoios e ajudas

para as pessoas com defi ciência que desejem trabalhar,

possibilitando que elas não apenas tenham acesso a um

emprego formal, mas também que o mantenham e que

nele possam progredir nas mesmas condições que os

seus colegas de trabalho sem defi ciência.

O MCTIC vem realizado diversas ações de política

pública no âmbito das tecnologias sociais destinadas

à solução de problemas e difi culdades sofridas pelas

pessoas com defi ciência, como por exemplo, a Tecno-

logia Assistiva e o Emprego Apoiado.

Neste caso, a publicação, ora apresentada, recolhe

resumos de uma seleção de diversos projetos de

conclusão elaborados por alunos do Curso EaD de

Emprego Apoiado. Desta forma se concretiza uma das

linhas de ação do Projeto CNPq de Apoio à Pesquisa e

Desenvolvimento de Tecnologia Assistiva.

O Curso EaD de Emprego Apoiado foi pensado

como uma forma de disseminação da metodologia

do Emprego Apoiado, bastante desconhecida no

Brasil. A expectativa era de que seus conteúdos se

transformassem em força motivadora, despertando

o desejo de pensar e realizar projetos de Emprego

Apoiado nos alunos, ou, com maior exatidão, nas

alunas, já que elas representaram mais de 82% do

corpo discente.

Nesse sentido, é recompensador que após a con-

clusão do curso, 38,9% das alunas e alunos pretendam

intensifi car a contribuição com a empre gabilidade das

pessoas com defi ciência, 34,7% desejem multiplicar os

conteúdos aprendidos e 18,2% cogitem até trabalhar

como Técnicos de Emprego Apoiado.

Os 100 projetos, cujos resumos são aqui publicados,

foram escolhidos pela sua potencialidade de imple-

mentação e no intuito de mostrar a diversidade de

ideias, de instituições e de atores públicos e privados,

locais e profi ssionais, que podem participar da reali-

zação de projetos de Emprego Apoiado mediante a

aplicação de diversas estratégias.

Gostaríamos, em sintonia com o objetivo da inc lusão

social e da melhora das condições de vida da população

proposto nas políticas de CT&I do MCTIC, que esta

publicação pudesse se traduzir em boas práticas de

implementação de projetos de Emprego Apoiado!

Sônia da CostaDepartamento de Políticas e Programaspara Inclusão Social DEPIS/ SEPED/MCTIC

Pasqualina Jacomaci Sinhoretto Presidente do ITSBRASIL

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I N T R O D U Ç Ã O

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Jesus Carlos Delgado Garcia

O contexto institucionalEste livro apresenta uma seleção de projetos

de Emprego Apoiado (EA) elaborados pelos alunos do Curso EaD de Emprego Apoiado, passiveis de imple mentação e selecionados como amostra da enorme diversidade de ações que podem estar contempladas nas atividades da política pública de Emprego Apoiado.

O Curso EaD de Emprego Apoiado, origem dos projetos ora apresentados, fez parte do Projeto de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia Assistiva, Projeto CNPq 550974/2011-3, no âmbito das políticas públicas do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em parceria com o ITS BRASIL e mediante apoio do CNPq.

O MCTIC vem realizado diversas ações de política pública no âmbito das tecnologias sociais destinadas à solução de problemas e difi culdades sofridas pelas pessoas com defi ciência, como por exemplo, a Tecno-logia Assistiva e o Emprego Apoiado.

A entrada do Emprego Apoiado na agenda da política pública do MCTIC\

Dentro do âmbito da política pública de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), as situações proble má-ticas e injustas das pessoas com defi ciência quanto à inserção no mercado de trabalho, foram contem-pladas dentro da agenda da política pública do MCTIC, mediante as políticas destinadas à imple-mentação e disseminação da tecnologia social do Emprego Apoiado.

Resumidamente, a problemática da inserção no emprego das Pessoas com Defi ciência (PcD) des dobra-se em dois grandes temas, os que se explicam por fatores socialmente complexos e inter-relacionados: o acesso a um emprego e a retenção e/

ou progressão na carreira, após a contratação.O problema de acesso a um emprego das PcD:

Muitas pessoas com defi ciência desejam tra ba lhar e, como outros na mesma situação, enviam currículos, se inscrevem em agências de emprego, realizam cursos profi ssionalizantes e conversam com amigos e parentes, entre outras ações. No entanto, apesar de seus esforços não conseguem ter acesso a um emprego pelos métodos convencionais. Os precon-ceitos, as barreiras e as difi culdades que en con tram na forma como se estrutura o mercado de trabalho impedem que elas consigam um emprego.

O problema de retenção e/ou de progressão na carreira, após a contratação: Uma grande parte das pessoas com defi ciência que conseguem emprego pelos métodos convencionais, após um curto espaço de tempo, não conseguem manter-se ou pro gredir em seu trabalho, seja porque elas decidem deixar o emprego ou porque são desligadas. Dessa situação, derivam duas importantes consequências. Em primeiro lugar, é reforçada nas pessoas com defi ciência a interiorização do estigma de que elas não têm capacidade para o trabalho, o que diminui sua autoestima, essa energia vital e força moral que impulsiona a enfrentar a vida. Por outro lado, cresce entre responsáveis de Recursos Humanos (RH) e das gerências o mito da incapacidade das pessoas com defi ciência para o trabalho, assim como a opinião irreal de que a acessibilidade é algo de muita difi culdade.

Esses problemas da exclusão social das pessoas com defi ciência no mercado de trabalho podem ser constatados na tabela 1, elaborada a partir dos da-dos da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Censo do Instituto Brasileiro de Geografi a e Es-tatística (IBGE).

Verifi ca-se na tabela acima que, enquanto a proporção das pessoas sem defi ciência do sexo mas culino com emprego formal atinge 41,40% da População em Idade Ativa (PIA), o percentual de emprego de homens com defi ciência alcança

UMA AMOSTRA DA DIVERSIDADEDE PROJETOS DE EMPREGO APOIADOCOM POTENCIALIDADE DE INCLUSÃONAS POLÍTICAS PÚBLICAS

UMA AMOSTRA DA DIVERSIDADE DE PROJETOS...

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apenas 1,26% da PIA. Comprova-se, também, que a exclusão entre as mulheres com defi ciência é maior, pois seu per centual de emprego formal representa apenas 0,54% da PIA.

Dentre as principais causas, barreiras ou obstáculos que impedem o acesso ao trabalho das pessoas com defi ciência, podem ser identifi cados os seguintes:

Em geral, ainda existe preconceito muito esten-dido com relação às capacidades das pessoas com defi ciência, o que se refl ete no mercado de trabalho. As pessoas com defi ciência são enca-radas como objeto de caridade e de assisten-cia lismo, mas não como trabalhadores com habi li dades. Há falta de informação entre empre -gadores e profi ssionais de Recursos Humanos e de recru tamento e colo cação sobre as reais e ob-jetivas qualidades, habili dades e poten cialidades das pessoas com defi ciência.

Persiste alto descumprimento no preen chi -mento de cotas previstas na legislação brasi-leira para pessoas com deficiência (Lei Nº 8.213, de 24 de julho de 1991), sem que tenha sido possível responder adequadamente ao objetivo proposto de inserção destas pessoas no mercado de trabalho.

Não se adotam procedimentos que enfrentem a discriminação e assegurem a igualdade de condições de acesso ao trabalho para as pessoas com defi ciência. As provas de seleção de can di-datos, geralmente, não estão adaptadas para pessoas com defi ciência, constituindo já a pri-meira barreira.

Não estão disseminadas metodologias de in-ser ção no mercado de trabalho adequadas às pessoas com defi ciência, como o Trabalho com Apoio, nas variadas modalidades de Emprego Apoiado, Autônomo Apoiado, Empreendedor Apoiado e Cooperativismo Apoiado. Muitas empresas gostariam de cumprir com a Lei de Cotas, mas desconhecem estas metodologias.

Um número importante de pessoas com defi ciên cia não procuram entrar no mercado de trabalho porque temem perder o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Elas desconhecem que recuperam o benefício automaticamente, caso voltem a fi car desempregadas.

Alguns intermediários tradicionais de mão de obra desconhecem os recursos disponíveis que favorecem o acesso da pessoa ao mercado de trabalho.

Existem muitos problemas de acessibilidade para a pessoa com defi ciência se locomover e aceder ao local de trabalho.

Os serviços de atendimento e promoção do empreendedorismo e do trabalho como autô-nomos são pouco desenvolvidos, porque as pessoas com defi ciência não os procuram e vice-versa.

As adaptações razoáveis do posto de trabalho, dispostas na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Defi ciência das Nações Unidas, são escassamente realizadas.

Brasil - Total de Empregos Formais (RAIS), População em Idade Ativa(PIA - IBGE), com ou sem de� ciência, por sexo, 2015.

Empregos Formais População em Idade Ativa Relação RAIS/PIA (RAIS)1 (PIA - IBGE)2 em (%)

Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino

Pessoas com Defi ciência 259.010 144.200 20.619.233 26.676.447 1,26 0,54

Pessoas sem Defi ciência 26.802.685 20.854.912 64.735.382 61.902.738 41,40 33,69

Fonte: (1) RAIS/2015- MTE; (2) Calculado a partir das projeções populacionais - IBGE

100 Projetos de Emprego Apoiado

Tabela 1

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O Emprego Apoiado pode contribuir na resolução das difi culdades encontradas por muitas empresas que, mesmo fazendo esforços para cumprir o percen-tual de empregos disposto pela Lei Nº 8.213, não conseguem preencher a cota de pessoas com defi ciência contratadas. São frequentes, também, os casos de empresas que, na sua disposição por acatar a legislação, contratam pessoas com defi ciência, mas ao não dispor de serviços de Emprego Apoiado, essas pessoas perdem o emprego em pouco tempo. A tecnologia social de Emprego Apoiado oferece um conjunto de ajudas e apoios que possibilitam o acesso das pessoas com defi ciência a um emprego formal nas mesmas condições que trabalhadores sem defi ciência.

Características da tecnologiasocial do Emprego Apoiado

O Emprego Apoiado (BELLVER, 2012; DELGADO GARCIA, 2007 e 2011; JORDÁN DE URRÍES, 2006 e 2008; SOUSA, et al., 2005; VERDUGO e RAMIS, 2004; WEHMAN, 2012) nasceu há mais de 30 (trinta) anos nos Estados Unidos como uma metodologia para inserção de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho formal, aplicando-se, posteriormente, também, para pessoas em situação de exclusão social com especial difi culdade para encontrar um emprego.1

De modo geral, pode-se dizer que o Emprego Apoiado consiste em preparar pessoas interessadas num posto de trabalho mediante a assistência pessoal de profi ssionais especializados, denominados prepa-radores laborais, consultores ou técnicos de Emprego Apoiado. A metodologia do Emprego Apoiado analisa o potencial e o perfi l da pessoa desempregada, a fi m de compará-los com as vagas e necessidades de trabalho de uma empresa, tendo por objetivo encontrar ou criar determinada vaga que benefi cie ambos os lados.

O Emprego Apoiado não se caracteriza por critérios de tipo meramente assistencialista ou altruísta, mas pelo profi ssionalismo e o respeito à legislação trabalhista; ou seja, o empregador deve estar satisfeito com a qualidade e a produtividade do trabalho desempenhado pelo empregado e deve contratar formalmente conforme a legislação trabalhista e previdenciária, assim como a pessoa

com defi ciência deve estar satisfeita com a função exercida e as condições de trabalho, as quais deverão ocorrer em situação de igualdade com relação aos seus companheiros de trabalho.

O Emprego Apoiado abrange um conjunto de serviços e ações denominados apoios, que se encon-tram inseridos nas seguintes características da meto-dologia do Emprego Apoiado:

Inserções personalizadas no emprego mediante o trabalho e acompanhamento, assessoria e atividade educativa de um técnico de Emprego Apoiado durante todo o processo. Conforme atividade primeira da pedagogia, as tarefas do técnico de Emprego Apoiado se iniciam conhecendo muito bem a pessoa com defi ciência, suas habilidades, seus conhecimentos, seus gostos, suas potencialidades, o tipo de trabalho que gostaria de fazer, etc.;

Busca de um posto de trabalho adequado às potencialidades e habilidades da pessoa;

Contrato de trabalho formal e salário justo;

Formação e treinamento dentro do posto de trabalho, com o apoio do técnico de Emprego Apoiado. Primeiro, se realiza a inserção da pessoa no posto de trabalho, proporcionan do-lhe em seguida o conhecimento prático, isto é, o saber fazer necessário para que ela possa realizar as tarefas para as quais foi contratada. Note-se que é o processo inverso da forma de colocação con-vencional.

Desenvolvimento dos apoios necessários. O téc-nico de Emprego Apoiado desenvolve proce-dimentos, estratégias pedagógicas, recursos e ajudas (denominados apoios) que tornam mais fáceis a realização das tarefas. Seu objetivo é que o trabalhador com defi ciência possa ter as ajudas e apoios naturais necessários em seu entorno. Também procura identifi car os apoios de acessi-bilidade universal, sejam eles arqui tetônicos ou de produtos de tecnologia assistiva, essenciais.

(1) Por exemplo, pessoas com transtorno do espectro do autismo, pessoas com mobilidade reduzida, mulheres em situação de violência, pessoas em situação de liberdade assistida ou em situação de rua, migrantes em situação de risco e exclusão social, desempregados de longa duração, trabalhadores reabilitados com difi culdades de reinserção no mercado de trabalho, egressos do sistema prisional, toxi-codependentes, pessoas com epilepsia, pessoas libertadas do trabalho escravo, pessoas com diversidade de orientação sexual ou com identidades de gênero divergentes do sexo designado no nascimento, população GLBTT.

UMA AMOSTRA DA DIVERSIDADE DE PROJETOS...

17

Retirada progressiva do técnico de Emprego Apoiado até conseguir a desejável autonomia da pessoa no trabalho. Assim, é feito um acom-panhamento periódico, a fi m de que a pessoa contratada se mantenha no seu posto de traba-lho, exista qualidade da retenção e a possibili-dade de progressão profi ssional.

O Emprego Apoiado é uma metodologia cla-ramente defi nida, consolidada e institucionalizada em vários países da Europa e nos Estados Unidos, país onde nasceu. Em termos de fundamentação teórica e evidências de efi cácia, conta com estudos e pesquisas solidamente estabelecidos. Acumula mais de 30 (trinta) anos de experiência nesses países, tendo desen-volvido padrões de qualidade e criado entidades de representação, articulação e disse minação da meto-dologia. Diversos países têm estabe lecido, inclusive após vários anos de práticas, políticas públicas, uma devida regulamentação jurídica e formas estáveis de fi nanciamento. Vale lembrar que o Emprego Apoiado foi selecionado e escolhido pela Revista de Inovação de Stanford como uma das dez melhores inovações sociais do século passado (PHILLS, J. A.; DEIGLMEIER, K.; & MILLER, 2008: 40). Assim, observa-se uma valo-rização crescente do Emprego Apoiado no mundo, algo que se explica pelo conjunto de propriedades que possui sua meto dologia. O EA consegue empregar as pessoas com deficiência, superando enormes dificuldades, resis tências e precon ceitos, e possibi-litando sua auto nomia. Os empresários envolvidos nesse processo fi cam satisfeitos com os resultados e passam a reco mendar sua utilização.

Conceito de Emprego Apoiado: A tecnologia social do Emprego Apoiado é defi -

nida pela Associação Europeia de Emprego Apoiado como um:

Conjunto de ações de assessoria, orientação e acompanhamento personalizado, dentro e fora do local de trabalho, realizadas por prepa radores laborais e pro� ssionais especia-lizados, que tem por objetivo conseguir que a pessoa com de� ciência encontre e mantenha um emprego remunerado em empresas do mercado formal de trabalho, nas mesmas condições que o resto dos trabalhadores que desem-penham funções equivalentes. (EUSE, 2005).

Principais fases ou etapasdo Emprego Apoiado:

I - AÇÕES PRÉVIAS AO MOMENTO DO CONTRATO DE TRABALHO:

a) Elaboração do Plano Personalizado de Ação Laboral e do Perfi l Professional da pessoa com defi ciência, que procura tra-balho ou emprego.

b) Prospecção do mercado de trabalho: busca ativa de postos de trabalho compa-tíveis com o Perfi l Profi ssional descrito no item I.a.

c) Assessoria, orientação e informação à empresa sobre as necessidades de apoio do trabalhador, inclusive sobre os processos de adaptação do posto de trabalho, sobre a acessibilidade e sobre a tecnologia assistiva, quando sejam detectadas estas necessidades.

II - AÇÕES NO POSTO DE TRABALHO:

d) Apoio técnico ao trabalhador, incluindo formação ou treinamento no próprio local de trabalho nas atividades próprias do posto de trabalho, quando seja detec-tada essa necessidade.

e) Orientação e assessoria ao empregador e aos funcionários da empresa que te-nham responsabilidades gerenciais para com o trabalhador ou compartilhem ati-vidades com ele.

f ) Apoio ao trabalhador no desenvol vi-mento de habilidades sócio laborais e comu nitárias, de forma que possa se rela cionar no entorno laboral nas melhores condições.

III - AÇÕES DE MONITORAMENTO ATÉ O DESLIGAMENTO DO TRABALHADOR DA EMPRESA:

g) Acompanhamento do trabalhador e ava-liação do pro cesso de inserção no posto de trabalho, perio dicamente, con forme a necessidade.

100 Projetos de Emprego Apoiado

18

Princípios gerais e valoresdo Emprego Apoiado

I. Presunção de empregabilidade: Todas as pessoas, independentemente do nível ou tipo de defi ciência e do grau de exclusão social, têm a capacidade e o direito ao trabalho. Algumas delas não conseguem emprego mediante seu esforço pessoal devido aos preconceitos e às barreiras que encontram no mercado de trabalho. Nesses casos são necessários serviços de Emprego Apoiado para efetivar esse direito;

II. Emprego com contrato formal de trabalho no mercado competitivo: O emprego deve ocorrer em empresas regularizadas, mediante o contrato formal de trabalho, conforme legislação trabalhista e previdenciária;

III. Autodeterminação: O Emprego Apoiado con-tribui para que as pessoas possam desenvolver seus interesses e preferências, expressar seus gostos e defi nir um plano de trabalho, segundo suas condições pessoais e seu contexto social. Igualmente, o Emprego Apoiado fomenta os prin-cípios de autogestão entre os usuários do serviço;

IV. Escolha informada: O Emprego Apoiado ajuda às pessoas a ter plena consciência de suas opor tu-nidades, com a fi nalidade de que possam escolher de acordo com suas preferências e estejam cientes das consequências de sua escolha;

V. Salários, condições de trabalho e benefícios adequados: As pessoas com defi ciência devem ter remuneração, condições de trabalho e bene-fícios iguais aos seus colegas de trabalho que realizam as mesmas ou equivalentes funções;

VI. Foco na capacidade e nas habilidades: As pessoas com defi ciência e pessoas em situação de exclusão social devem ser consideradas em termos de suas capacidades, habilidades, forças e interesses, ao invés de suas difi culdades;

VII. Poder dos apoios: As pessoas com defi ciência e as pessoas em situação de exclusão social podem,

mediante os devidos apoios, superar as barreiras e realizar-se pessoal e socialmente. Os apoios que essas pessoas precisam para encontrar um emprego e nele se manter e progredir fazem parte dos direitos humanos, particularmente do direito a uma vida digna, à saúde, à educação e ao trabalho;

VIII. Acessibilidade: Os serviços de Emprego Apoiado são acessíveis às pessoas com defi ciência e aos demais usuários ou benefi ciados em situação de exclusão social;

IX. Mudança de concepções e práticas: As antigas concepções e práticas dos modelos de atenção à pessoa com defi ciência, anteriores ao paradigma expresso na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com De� ciência, quando baseadas na atribuição de incapacidade, dependência e tutela às pessoas com defi ciência devem ser mudadas para apoiar sua autodeterminação, autonomia e exercício de cidadania, o qual constitui aspecto central da tecnologia social do Emprego Apoiado;

X. Importância da comunidade: É de extrema impor tância que todas as pessoas possam parti -cipar das redes formais e informais de uma comu -nidade para propiciar seu desenvol vi mento pessoal e social;

XI. Confi dencialidade: O provedor de serviços de Emprego Apoiado trata de modo confi dencial os dados que recebe das pessoas que procuram emprego, as quais têm acesso à informação pessoal recebida pelo provedor e qualquer uso dela se realiza com seu devido consentimento;

XII. Flexibilidade: Dado que as necessidades dos usu-ários podem ser extremamente diversas, os ser-viços de Emprego Apoiado são fl exíveis, respon-dem às necessidades concretas de cada pessoa e podem ser ajustados a requisitos específi cos;

XIII. Importância da tecnologia assistiva e das tecno -logias de informação e comunicação: Os serviços de Emprego Apoiado orientam sobre as refe-ridas tecnologias relativas à adaptação do posto de trabalho.

UMA AMOSTRA DA DIVERSIDADE DE PROJETOS...

19

Fluxo das atividades do Emprego ApoiadoAs linhas gerais do fl uxo de Emprego Apoiado se mostram no seguinte fl uxograma:

A pessoa com-preende o que implica

trabalhar?

Não

1) A pessoa chega ao Programa ou

Serviço

2) Encontro 3) Perfi l profi ssionalSim

4) Amostra de em-pregos

NãoA pessoa tem

alguma preferênciade trabalho que se

ajusta ao seu perfi l?

5) Busca por em-pregos

SimReavalia-se a situação contactando o trabalha-

dor e aempresa. Podendo retornar à amostra

de empregos

7) Alocado no postode trabalho

6) Com participação dos empregadores:

Análise do postoprévio de colocação

Não

É correta a adequa-ção da pessoa

ao posto de trabalho?

Sim

Tem necessidade de treinamento ou apoio?

Sim

8) O preparadorlaboral aciona os

apoios adequados

Mantem-se o contato com o trabalhador

e a empresa

Colocação realizada com sucesso

Não

Preparação etreinamento no

mundo do trabalho

Análise do trabalhador:suas expectativas, capacidades e potencialidades.

Formas de relacionamento com a empresa: como entrar em contato com as empresas para oferecer-lhes trabalhadores efetivos e serviços de apoio contínuo.

Análise do trabalho: com estudo detalhado dos postosofertados, suas características, possibilidades e adequação.

Análise de tarefas: para separá-las em subtarefas e detectar problemas.Treinamento na execução das tarefas.Condutas problemáticascom os companheiros, condutas inadequadas, etc.

Acompanhamento e compromisso de reativação porparte do Programa ou Serviço sempre que necessário.

Fonte: Instituto Universitário de Integração na Comunidade - INICO, Universidade de Salamanca (Espanha).Disponível em: http://inico.usal.es/eca-cajamadrid/modelo-asumido-por-eca.aspx

100 Projetos de Emprego Apoiado

20

Justifi cativa da inserçãodo Emprego Apoiado nasPolíticas Públicas

Dada a efi cácia e efi ciência da tecnologia social do Emprego Apoiado, as ações de disseminação da mesma justifi cam-se para enfrentar o enorme contingente de pessoas com defi ciência no Brasil que desejam trabalhar, mas não conseguem devido às barreiras que encontram no mercado de trabalho e à ausência de serviços de colocação efi cazes. Barreiras essas que são neutralizadas pelo sistema de apoios desenvolvidos pela metodologia do Emprego Apoiado, principalmente pela formação realizada pelo técnico no próprio posto de trabalho.

O Emprego Apoiado, dentro das atividades das políticas públicas, justifi ca-se, especialmente, porque esse enorme contingente de homens e mulheres com defi ciência que desejam trabalhar tem também direito ao trabalho, como os demais brasileiros. Nessa perspectiva, os serviços de Emprego Apoiado devem ser compreendidos como formando parte desse di-reito fundamental. Da mesma forma que o direito à saúde se concretiza no acesso a médicos e a outros profi ssionais da saúde; de forma parecida a como compreendemos que o direito à educação implica em que as pessoas tenham acesso à escola e a profes-sores, o direito ao trabalho daquelas pessoas com defi ciência que desejam trabalhar e não conseguem emprego pelos métodos convencionais deve consi-derar acesso a serviços de Emprego Apoiado.

As políticas públicas em Emprego Apoiado encon tram base legal e exigência de implementação na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com De� ciência e seu Protocolo Facultativo, ratifi cados pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legis-lativo no 186, de 9 de julho de 2008, em conformi-dade com o procedimento previsto no  § 3o  do art. 5o da Constituição da República Federativa do Brasil, em vigor para o Brasil, no plano jurídico externo, des-de 31 de agosto de 2008, e promulgados pelo Decreto no 6.949, de 25 de agosto de 2009, data de início de sua vigência no plano interno.

O Brasil tem mostrado um compromisso exemplar com a aprovação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Defi ciência e seu Protocolo Facultativo. Ao adquirir status de emenda constitucional, a Con-

venção foi elevada à mais alta hierarquia legal, asse-gurando no nível máximo seu propósito fundamen-tal, qual seja, segundo seu Art. 1º, o de:

(...) promover, proteger e assegurar o desfrute pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais a todas as pessoas com defi ciência e promover o respeito pela sua inerente dignidade.

Assim, a maior referência de tipo conceitual e normativo para todas as políticas públicas relacionadas com a defi ciência é o conceito expresso na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Defi ciência em seu preâmbulo e em seu artigo 1°:

No preâmbulo: e) Reconhecendo que a defi ciência é um con-ceito em evolução e que a defi ciência resulta da interação entre pessoas com incapacidades e barreiras comportamentais e ambientais que impedem a sua participação plena e efetiva na sociedade em condições de igualdade com as outras pessoas. (BRASIL, 2012).

No Artigo 1°: Pessoas com defi ciência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. (BRASIL, 2012).

De acordo com essa defi nição, a defi ciência já não pode mais ser considerada um atributo ou uma carac-te rística pessoal dos indivíduos, mas uma situação injusta devida às barreiras sociais que impedem a participação das pessoas com defi ciência em todos os âmbitos da sociedade. Assim, uma “pessoa com defi ciência” (person with disability) resulta de uma interação problemática, causada por uma relação obstrutiva das barreiras físicas, compor tamentais, normativas, de comunicação, atitudinais ou ambi-entais perante os impedimentos (impairments) que as pessoas têm.2

(2) Na língua portuguesa, a palavra desabilidade, -equivalente de “disability”, em inglês, ou de “discapacidad” no espanhol-, embora exista e seja recolhida no dicionário Aurélio, apenas é usada, o qual representa às vezes alguma difi culdade para expressar o conceito de “defi ciên-cia” designando uma situação injusta e não como algo que a pessoa tenha de característica pessoal. A partir da aprovação da Convenção dos Direitos das Pessoas com Defi ciência no Brasil, na qual “disability” foi traduzida por “defi ciência” e “impairment” por impedimento, tudo indica que fi ca consagrada essa terminologia, sobre tudo na linguagem da legislação.

UMA AMOSTRA DA DIVERSIDADE DE PROJETOS...

21

Em consequência, se as causas das situações de defi ciência não se encontram na pessoa, nem nos im-pedimentos que ela possa ter (cegueira, paraplegia, síndrome de down, etc.), mas na sociedade que coloca barreiras ou obstruções para o desenvolvimento do seu projeto de vida e para a sua plena participação social, entende-se que os propósitos da eliminação e da redução das situações de defi ciência constituem uma responsabilidade social compartilhada, um compromisso de todos.

Nesse sentido, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Defi ciência possui a propriedade, e até a exigência normativa, de instaurar legalmente um novo modo de aplicação das políticas públicas: a provisão de apoios como forma de superação das barreiras, para que as pessoas com defi ciência, ao invés de ser segregadas e excluídas, possam exercer sua autonomia pessoal, isto é, o controle de suas vidas, e realizar-se em seus projetos de vida no convívio social.

A importância dada aos “apoios” adquire um des-taque tão alto que a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Defi ciência os entende como instru-mentos viabilizadores e pertencentes aos direitos da pessoa com defi ciência. No documento, as palavras “apoio” ou “apoiar”, como estratégia de superação de barreiras, aparece mencionada nada menos do que 13 vezes, dentre as quais destacamos as seguintes:

No Preâmbulo:j) Reconhecendo a necessidade de promover e proteger os direitos humanos de todas as pessoas com deficiência, inclusive daquelas que requerem maior apoio. (BRASIL, 2012: 23).

No Artigo 12:3. Os Estados Partes tomarão medidas apro-priadas para prover o acesso de pessoas com defi ciência ao apoio que necessitarem no exer-cício de sua capacidade legal. (BRASIL, 2012: 37).

No Artigo 19:b) As pessoas com defi ciência tenham acesso a uma variedade de serviços de apoio em do-micílio ou em instituições residenciais ou ou-tros serviços comunitários de apoio, inclusive os serviços de atendentes pessoais que forem necessários como apoio para que as pessoas com defi ciência vivam e sejam incluídas na co-munidade e para evitar que fi quem isoladas ou segregadas da comunidade. (BRASIL, 2012: 44).

Ao mesmo temo, as políticas públicas de Emprego Apoiado fundamentam-se e prosseguem no âmbito da inserção no mercado de trabalho da pessoa com defi ciência, o estabelecido na Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, a Lei da Inclusão ou Estatuto das Pessoas com De� ciência, que dispõe sobre a colocação competitiva da pessoa com defi ciência por meio do “trabalho com apoio”, no Art. 37.

Dessa forma, a metodologia de Trabalho com Apoio, instituída legalmente pelo Estatuto das Pessoas com Deficiência, constitui um gênero que engloba as seguintes espécies:

I Emprego Apoiado, quando os serviços de me-diação e de provisão de apoios destinam-se à ob-tenção de trabalho da pessoa com defi ciência sob a forma de relação assalariada, conforme contrato de trabalho entre empregador e empregado, se-gundo a legislação trabalhista e previdenciária;

II Autônomo Apoiado, quando os serviços de me-diação e de provisão de apoios destinam-se à ob-tenção de trabalho da pessoa com defi ciência sob a modalidade de trabalho realizado sem vínculo empregatício, por conta própria, conforme legis-lação brasileira;

III Empreendedor Apoiado, quando os serviços de mediação e de provisão de apoios destinam-se à obtenção de trabalho da pessoa com defi ciência sob a forma de atividade empresarial, conforme legislação brasileira;

IV Cooperativismo Apoiado, quando os serviços de mediação e provisão de apoios destinam-se à ob-tenção de trabalho da pessoa com defi ciência sob a forma de atividade profi ssional como associado em cooperativas, conforme legislação brasileira.

O Curso EaD de Emprego ApoiadoInteiramente gratuito, o Curso EaD de Emprego

Apoiado, com carga horária de 100 horas e cerca de dois meses e meio de duração, contemplou a obtenção de certifi cado para os alunos que aprovassem os 10 módulos do curso e realizassem a entrega do trabalho de conclusão, que consistiu na elaboração de um Plano de Trabalho de Implementação de um Projeto de Emprego Apoiado.

PÚBLICO-ALVO Profi ssionais que trabalham com colocação ou in-

termediação de pessoas com defi ciência no merca-do de trabalho, desejando conhecer ou se formar na metodologia do Emprego Apoiado.

100 Projetos de Emprego Apoiado

22

Gestores públicos que trabalham no âmbito de atenção às pessoas com defi ciência.

Pessoas com defi ciência, familiares e militantes dos movimentos sociais ligados ao segmento.

Profi ssionais de instituições que atuam no âmbito das pessoas com defi ciência.

Profi ssionais ou entidades que prestam serviços a coletivos em situação de exclusão social e que po-deriam adaptar a metodologia do Emprego Apoiado.

Profi ssionais de Recursos Humanos. Pessoas que desejam conhecer a tecnologia social

do Emprego Apoiado.

MODALIDADE EaDOn-line. Campus Virtual. Plataforma Web educati-va. Para realizar o curso, cada aluno recebeu no início uma senha de acesso individualizada, que possibi-litou acesso a todos os espaços, vinte e quatro horas por dia, sem limitações.

PRÉ-REQUISITOSRecomendou-se um micro Pentium III ou superior com um mínimo de 64Mb de RAM.

DURAÇÃO10 Semanas

CARGA HORÁRIADedicação: Foi estimada em 10 horas semanais para realização das atividades.

CERTIFICADOCertifi cado do Curso de 100 horas

PROCEDIMENTOS PEDAGÓGICOS Concepção de natureza construtivista. Atividades destinadas à compreensão e entendi-

mento, refl exão e aplicação prática, investigação e pesquisa, em trabalho individual e em grupo.

Leituras, vídeos, estudos de caso, trabalhos em gru-po virtual, exercícios individuais e de grupo, práticas, segundo o roteiro de atividades de cada módulo.

INSCRIÇÃOFicha e conhecimento, aceitação da proposta e mani-festação do compromisso com as exigências.

MÓDULOS Dez módulos, incluindo as orientações gerais iniciais e as orientações para elaboração do plano de trabalho.

Módulo I Introdução ao Emprego Apoiado

Módulo II Conceito, princípios e valores do Emprego Apoiado

Módulo III Perfi l vocacional – A descoberta

Módulo IV Desenvolvimento do emprego

Módulo V Análise da função

Módulo VI Customização e compatibilização do perfi l do candidato e do posto de trabalho

Módulo VII Formação no local de trabalho

Módulo VIII Desenvolvimento de apoios pós-colocação

Módulo IX Revisão e perfi l do técnico de Emprego Apoiado

Módulo X Qualidades dos programas e perspectivas do Emprego Apoiado no Brasil

Anexo Ferramentas para aplicação da tecnologia social do Emprego Apoiado

AVALIAÇÃOCumprir com os requisitos, realizar as atividades e os exercícios, superar as provas e elaborar o plano de trabalho.

MONITORAMENTO E SEGUIMENTOPersonalizado, mediante tutor.

UMA AMOSTRA DA DIVERSIDADE DE PROJETOS...

23

Perfi l dos inscritos no CursoEaD de Emprego Apoiado

O Curso EaD de Emprego Apoiado teve 2.202 alunos inscritos, que foram distribuídos em 12 salas monitoradas com tutor exclusivo. Como resultado de aproveitamento, 753 alunos conseguiram realizar as atividades, superar as provas de cada módulo e ter o Plano de Trabalho aprovado, com o qual foi emitido o correspondente certifi cado. A aprovação de 34,2% dos alunos inscritos é elevada para cursos gratuitos desta natureza, cujo aproveitamento não costuma ultrapassar o 10%, devido à alta taxa de abandono que apresentam.

Participaram do curso de Emprego Apoiado pessoas de outras nacionalidades, embora a maioria tenham sido cursistas brasileiros. Os estudantes estrangeiros eram do Chile, Austrália, Burkina Fasso, Bulgária, Brunei, Itália e Portugal. O curso teve ins-crições de todos os estados brasileiros, porém a maioria era do estado de São Paulo (34,7%), seguido do Rio Grande do Sul com 12,9%.

Os alunos inscritos tinham em média 30 anos. Cerca de 50% dos estudantes estavam na faixa etária de 25 a 44 anos. Os grupos mais expressivos foram os de 25 a 29 anos (15,8% dos inscritos) e de 30 a 34 anos (18,4% dos inscritos). A grande maioria eram mulheres (82,1%), enquanto os homens representaram 17,9% dos inscritos. Isto demonstra que o interesse pela especialização na metodologia do Emprego Apoiado é maior entre as mulheres. Cerca de 9% dos inscritos tinha algum tipo de defi ciência, seja ela física (4,7%), auditiva (1%), visual (2,9%), intelectual (0,2%), ou múltipla (0,2%).

Física

Auditiva

Visual

Intelectual

Múltipla

Não

NC

Gráfi co 1. É pessoa com defi ciência?

O grau de escolaridade dos inscritos era, em sua grande maioria, de nível superior. Deles, 47% possuíam pós-graduação no momento da inscrição no curso e 94% tinham ao menos o nível universitário incompleto. As áreas de formação dos inscritos eram, principalmente, serviço social, pedagogia e psicologia.

Sem curso Superior

Terapia Ocupacional

Psicologia

Serviço Social

Fisioterapia

Pedagogia

Ciências Sociais

Direito

Adm de Empresas

Engenharia

Arquitetura

Outros

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0

Gráfi co 2. Qual é o curso superior?

100 Projetos de Emprego Apoiado

24

A maior parte trabalhava em organizações da sociedade civil (44%), estavam desempregados (18,6%) ou eram trabalhadores do poder público (11,9%). Deles, 62% atendiam pessoas com defi ciência.

Gráfi co 3. Área em que trabalha o inscrito(a)

Empresa Industria

Empresa - Comércio

Empresa - Serviços

Poder Público

Entidade daSociedade Civil

Desempregado (a)

Autônomo (a)

Estudante

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0

Sobre a área de atuação profi ssional, podemos observar que a maior parte dos inscritos, 33,8%, se desempenhava na área de educação. Outros 15,6% trabalhavam na área de Serviço Social e 11,6% na área de Inserção profi ssional no mercado de trabalho (RH).

2% - Ciências Sociais 34% - Educação 8% - Reabilitação ou Saúde 16% - Serviço Social 12% - Inserção profi ssional

no mercado de trabalho (RH) 5% - Políticas Públicas 6% - Cidadania e Promoção de Direitos 2% - Acessibilidade 0% - Moradia 11% - Outra 4% - Nenhuma

Gráfi co 4. Área de Atuação

NC

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0

2% - Acessibilidade 0% - Moradia 11% - Outra 4% - Nenhuma

UMA AMOSTRA DA DIVERSIDADE DE PROJETOS...

25

100 Projetos de Emprego Apoiado

Gráfi co 5. Objetivos com o curso

Complementarminha formação

Trabalhar como Técnico / consultor de EA

Analisar a adoçãodo Emprego Apoiado

Analisar a implantação do EA nas

Ampliar minha área de atuação profi ssional

Curiosidade

Conhecer outras pessoas que militam em prol da

causa das PcD

Outro

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0

Entre os objetivos citados pelos inscritos para realizar o curso, muitos apontaram que buscavam ampliar sua área de atuação profi ssional (38,3%) ou complementar sua formação (24%).

Avaliação do Curso EaD de Emprego Apoiado Os gráfi cos abaixo mostram a avaliação dos alunos com relação ao curso.Recebemos um total de 754 avaliações e seus resultados são apresentados abaixo:

Avaliação

6,0 a 6,997,0 a 7,998,0 a 8,999,0 a 10IgnoradoN

Nos

Absolutos

17102535

981

%

2,313,571,013,0

0,1753

Tabela 2. Média das notasdos alunos do Curso EAD

84% obteve nota entre 8 e 10, o que demonstra dedicação e apro vei tamento alto do curso por parte dos alunos. Por outro lado, a grande maioria considerou a atenção dada pelo tutor de excelente (42,2%) e ótima (32,4%), como indicado na tabela 3.

Avaliação

ExcelenteÓtimoBomRazoávelRuimND

Total

Nos Absolutos

310244133

4421

1

753

%

41,232,417,7

5,82,80,1

100,0

Tabela 3. O atendimento oferecido pelo seu tutor pode ser considerado

2626

A maioria dos alunos do curso de Emprego Apoiado afi rmou sua pretensão de intensifi car suas contribuições com a empregabilidade das pessoas com defi ciência (38,9%), multiplicar os conteúdos aprendidos (34,7%) ou trabalhar como técnicos/consultor de EA (18,2%).

Nos Absolutos

293

261

137

38

23

1

753

Tabela 4. Após fazer este curso você pretende?

Cabe destacar que a quase totalidade de alunos indicaria o curso EaD de Emprego Apoiado a algum colega, como expressado na tabela 5.

Avaliação

Sim

Não

ND

Total

Nos Absolutos

749

3

1

753

%

99,5

0,4

0,1

100,0

Tabela 5. Você indicaria estecurso a algum colega?

Avaliação

10

9

8

7

6

5

2

ND

Total

Nos Absolutos

422

197

100

19

6

5

1

3

753

%

56,0

26,2

13,3

2,5

0,8

0,7

0,1

0,4

100

Tabela 6. Atribua uma nota de0 a 10 aos conteúdos do curso

Finalmente, a maioria dos estudantes avaliou o con-teúdo do curso com nota máxima: 56% deles consi-deraram o curso nota 10; 26% avaliaram com nota 9; e, 13,3% deram nota 8. Esses resultados, sem dúvida, afi rmam a excelência do curso.

Avaliação

Intensifi car contribuição com a empregabilidade das Pessoas com Defi ciência

Multiplicar os conteúdos aprendidos

Trabalhar como técnico/consultor de EA

Ainda não tive a oportunidade de pensar em divulgar/aplicar o EA

Outra

ND

Total

%

38,9

34,7

18,2

5,0

3,1

0,1

100,0

UMA AMOSTRA DA DIVERSIDADE DE PROJETOS...

2727

Conclusão

Ao apresentar diferentes projetos que poderiam ser implementados, buscou-se evidenciar que o Brasil está pronto para que possam ser pensadas diversas políticas públicas para aplicação do Emprego Apoiado como estratégia de inserção de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho. Os 100 projetos foram escolhidos no intuito de mostrar a diversidade de ideias, estratégias, locais de implementação e profi ssionais que podem participar da realização de projetos de Emprego Apoiado.

Deve ser acrescentado, também, que estudos realizados no âmbito internacional têm mostrado que o Emprego Apoiado apresenta ótima relação custo/benefício. Ele se destaca dentre as políticas ativas de empregabilidade, porque consegue empregar de forma efi ciente e, então, tornar as pessoas autônomas ou independentes e inseri-las na economia, no consumo e na geração de impostos; pessoas que com outros meios continuariam segregadas, escondidas e excluídas de uma vida digna e do convívio social. Por outro lado, comprovou-se que a metodologia do Emprego Apoiado

contribui positivamente com a melhora da qualidade de vida e da saúde das pessoas com defi ciência, sendo importante instrumento de apoio à saúde (ITSBRASIL, 2017a e 2017b).

Ações de fomento e disseminação de diversos projetos de Emprego Apoiado no Brasil, como aqueles aqui apresentados, sejam eles serviços oferecidos pelo poder público, pela iniciativa privada ou pelas organizações da sociedade civil, encontrarão um terreno fértil, abonado e preparado para produzir bons frutos, concretizados na inserção no emprego de pessoas com defi ciência. De estarem excluídas e estigmatizadas, estas pessoas passam a colaborar com o desenvolvimento produtivo do Brasil, sendo valorizadas pelo que elas são. Assim, elas têm a possibi-lidade de controlar e dirigir suas próprias vidas e realizar-se profi ssionalmente.

O Brasil não pode se permitir a exclusão no tra-balho nem o desperdício de ingente quantidade de pessoas com defi ciência, trabalhadores com inúmeros talentos, habilidades e capacidades que podem parti-cipar de forma importante da produtividade, do desen-volvimento e da criação de riqueza.

100 Projetos de Emprego Apoiado100 Projetos de Emprego Apoiado

100 PROJETOS DE EMPREGO APOIADO100 PROJETOS DE EMPREGO APOIADO

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PROJETO 01

Caio Teixeira Brandão.Psicólogo e mestrando em EducaçãoAgrícola pela UFRRJ. Macapá - AP.

IntroduçãoO Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecno-

logia do Amapá (IFAP) foi criado em 29 de dezembro de 2008, após a promulgação da Lei nº 11.892, que instituiu a Rede Federal de Educação Profi ssional, Científi ca e Tecnológica no país, com a proposta de ofertar cursos nos diferentes níveis e modalidades do ensino técnico e tecnológico, com o compromisso de viabilizar o desenvolvimento integral do cidadão trabalhador, principalmente nas regiões carentes da oferta de formação técnica.

Desde sua criação, o IFAP tem destinado uma parcela de suas vagas para pessoas em situação de exclusão social, tais como pessoas com renda fami-liar per capita abaixo de 1,5 salário mínimo, etnias so-cialmente desfavorecidas e pessoas com defi ciência (segundo Decreto Federal N°3.298/99).

O Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais (NAPNE) é o setor que atua dentro dos Institutos Federais articulando processos e pessoas para a implantação/implementação da Ação Tec Nep - Tecnologia, Educação, Cidadania e Profi ssionalização para Pessoas com Necessidades Específi cas, que visa à inserção de pessoas com necessidades específi cas nos cursos ofertados pelas instituições, nos pressupostos da inclusão social.

São classifi cados como tendo necessidades especí-fi cas os estudantes com alguma defi ciência motora ou intelectual, altas habilidades ou Transtornos Globais do Desenvolvimento. O principal objetivo do NAPNE é criar, na instituição, a cultura da “educação para a convi vência”, a percepção e aceitação da diversidade.

Atualmente, não há um projeto para o acompa-nhamento dos alunos egressos do Instituto Federal do Amapá, sendo que sua inserção no mercado de trabalho geralmente se limita ao estágio curricular e à busca individual por emprego. A metodologia de Emprego Apoiado, com o princípio de empregar para

EMPREGO APOIADO NO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAPÁ

Objetivo geralImplementar a metodologia de Emprego Apoiado no Instituto Federal do Amapá, mediando o contato entre os alunos (possíveis usuários do EA) e as empresas locais.

Objetivos especí� cos1. Estabelecer uma rede de contato entre o Ins-

tituto Federal do Amapá e as empresas, para conhecer as vagas disponíveis e a possibi-lidade de desenvolvimento de novos postos de trabalho.

2. Promover e acompanhar a inserção dos alunos, com defi ciência ou não, de forma mais efi ciente no mercado de trabalho local.

Público-alvoAlunos concluintes e egressos dos cursos de nível técnico e superior do Instituto Federal do Amapá, com defi ciência ou condições de desvantagem para a inserção no mercado de trabalho.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípio de Macapá, capital do estadodo Amapá.

depois formar, poderia constituir-se como estratégia de inserção dos alunos com defi ciência no mercado de trabalho, em especial para aqueles que necessitam de apoios ou treinamento para o desempenho da função técnica.

O projeto permitiria aos alunos agregar aos conhecimentos aprendidos durante o curso, a prática da função de seu interesse, de acordo com sua experiência e projeto de vida, pois é sabido que embora exista a legislação que prevê a contratação de pessoas com defi ciência pelas empresas, são contratados apenas aqueles com menor compro-metimento para o desempenho de funções já exis-tentes na empresa.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

Atividades do projetoO trabalho do técnico de Emprego Apoiado, um

servidor capacitado da própria instituição ou tercei-rizado, seria o principal diferencial deste projeto. Sua função seria assegurar que a metodologia de EA seja devidamente implementada, responsabilizando-se pela consecução de suas diferentes etapas.

A partir do levantamento da demanda institu-cional, tarefa realizada anualmente pelo setor respon-sável pelo registro e acompanhamento dos alunos, o técnico iniciaria o processo de triagem com aqueles alunos em fase de conclusão do curso técnico ou supe-rior (nas diversas formas e modalidades ofertadas pela instituição). Depois de verifi cada a necessidade da me-todologia do Emprego Apoiado, o técnico juntamente com o aluno, sua família e a comunidade construiriam o perfi l vocacional e profi ssional desse usuário de EA.

O técnico de EA e o Departamento de Estágio e Extensão se manteriam informados sobre as vagas disponíveis nas empresas parceiras e sobre o perfi l dos empregadores. Uma vez realizado o contato com o empregador e efetivada a colocação do aluno no mercado de trabalho competitivo, o técnico se ocu-paria de seu acompanhamento no desempenho da função, garantindo os apoios e treinamentos neces-sários para assegurar a satisfação tanto do usuário como da empresa.

Recursos, meios e necessidadesO Instituto Federal do Amapá possui infraes-

trutura e uma equipe de profi ssionais organizada para permitir a oferta de formação de nível técnico e superior de qualidade, sendo uma autarquia equi-parada às Universidades Federais. O Campus Macapá conta com instalações técnicas ímpares no municí-pio, porém a realidade do ensino técnico profi ssiona-lizante ainda é algo recente na região. É necessário capacitar os profi ssionais para atuarem no Instituto

Federal e compartilhar informações e experiências com as demais unidades da Rede Federal de Edu-cação Profi ssional, Científi ca e Tecnológica no intuito de aprimorar suas ações.

Para a execução do projeto, seria necessária a contratação de um técnico de Emprego Apoiado ou a capacitação de servidores para atuarem nos pressupostos dessa metodologia, bastante difundida nos países europeus e nos Estados Unidos, mas que ainda encontra difi culdades para sua implantação e regulamentação no Brasil, sendo aplicada princi-palmente por profi ssionais do setor privado.

A criação da Rede de Emprego Apoiado (REA) se constitui como um grande avanço na divulgação da metodologia no país e a construção e execução de um projeto de EA no Instituto Federal do Amapá é algo possível, desde que conte com os esforços conjuntos de servidores e empresas parceiras que estejam dispostas a fazer parte dessa iniciativa.

ParceriasO principal parceiro para a implantação da

metodologia de EA no Instituto Federal do Amapá seria o NAPNE, pois este setor possui conhe ci mento sobre tecnologia assistiva e realiza o acom pa nhamento dos alunos com defi ciência dentro da instituição, promovendo palestras, capacitações e treinamento para que os servidores, técnicos e professores possam participar de forma mais efi caz no processo de aprendizagem desses alunos.

O trabalho realizado por este setor, em parceria com o técnico de EA, permitiria a criação de apoios e o treinamento dos alunos usuários de EA já empregados ou em período de estágio (como forma de avaliação funcional). Ademais, as empresas par-ceiras que ofertam vagas de estágio para os cursos técnicos, seriam as principais empregadoras dos alunos egressos da instituição.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

EMPREGO APOIADO EMUMA EMPRESA DE TRANSPORTE

Andréa Costa.Psicopedagoga. Porto Alegre - RS.

IntroduçãoA Sociedade de Ônibus União Ltda (SOUL) é uma

empresa de Transportes Coletivos Metropolitanos, fundada em 9 de julho de 1951, que presta serviços na cidade de Alvorada, Região Metropolitana de Porto Alegre (RS). Nela trabalham 1.215 colabo ra dores ativos, entre motoristas, cobradores, fi scais, mecâ-nicos e administrativos.

Atualmente, a empresa contrata pessoas com de fi ciência, mas devido ao grande número de funcio-nários e às difi culdades de contratar pessoas com defi ciência ou em situação de exclusão social, seu objetivo é apenas cumprir com suas obrigações. Como consequência, as pessoas contratadas nessas condições não se adaptam ao trabalho e pedem demissão sem ao menos completar três meses de contrato.

Atividades do projetoInicialmente a metodologia do EA será apre-

sentada à empresa e também será realizado contato com as empresas de RH que fazem seleção de pessoas com defi ciência ou em situação de exclusão social. O objetivo é agendar uma palestra com essas empresas, pessoas cadastradas e seus familiares, para que conheçam o Emprego Apoiado. Em um segundo momento será realizada a triagem, elaboração, registro e compartilhamento do perfi l vocacional e profi s-sional, e os compartilhamentos metodológicos.

Recursos, meios e necessidadesA empresa possui um departamento de Recursos

Humanos (RH) bem estruturado e oferece muitas va-gas para pessoas com defi ciência. Isto, porque a lei

Objetivo geralImplantar a metodologia do Emprego Apoiado dentro da empresa para terminar com as políticas de contratação assistencialistas.

Objetivos especí� cos1. Apresentar à empresa a metodologia de

Emprego Apoiado.2. Criar os suportes necessários para a imple-

men tação desta metodologia.3. Realizar a triagem e elaboração do perfi l

vocacional e profi ssional dos candidatos.

Público-alvoPessoas com defi ciência e suas famílias, a comu-nidade e a empresa.

Âmbito geográ� co do projetoO projeto será desenvolvido na região metro-politana de Porto Alegre.

determina que as empresas devem destinar entre 2% a 5% das vagas disponíveis para essas pessoas. No caso da instituição executora, essa porcentagem corresponde a 5%, pois possui mais de 1000 colabo-radores. Existem vários departamentos na empresa que poderiam elaborar e desenvolver o perfi l voca-cional e profi ssional. Uma grande difi culdade é que as empresas de RH não conhecem o Emprego Apoiado, e seria importante para a região que alguma delas fi -zesse o cadastramento, triagem e encaminhamento desses profi ssionais para as empresas. Para isso é ne-cessário disponibilizar recursos fi nanceiros e investir nessa nova metodologia, o que facilitaria o trabalho dos técnicos do EA.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 03

Adre Silvane Rosa dos Santos.Especialista em Educação Especial.Professora da rede estadual de Educação e Particular. Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ). Cruz Alta - RS.

IntroduçãoO presente projeto será executado a partir da

formação de uma rede de entidades envolvidas no atendimento a pessoas com defi ciência ou em situação de vulnerabilidade social. As instituições consi deradas são o Instituto Estadual de Educação Professor Annes Dias, 9ª Coordenadoria Regional de Educação de Cruz Alta, Coordenação do SINE do Município, presidentes e associados das Associações das Pessoas com Defi ciência e o Conselho Municipal do Direito da Pessoa com Defi ciência. Estas insti tuições já desenvolvem ações que auxiliam na garantia dos direitos das pessoas com defi ciência ou em situação de vulnerabilidade social, nos setores de Educação, acessibilidade, saúde e emprego.

O maior desafi o do projeto será a ressignifi cação de conceitos utilizados pelas empresas sobre inclusão de pessoas com defi ciência ou em situação de vulne-rabilidade social. Muitas delas ofertam vagas apenas com o objetivo de cumprir a Lei de cotas, sem estar realmente preocupadas com a inclusão destas pessoas no mercado de trabalho.

Atividades do projeto1. Reuniões com as entidades que formarão parte

da rede para apresentação da metodologia do Emprego Apoiado.

2. Reuniões e visitações às empresas do município para explanação do projeto e da metodologia do Emprego Apoiado.

3. Levantamento do número de pessoas com deficiência ou em situação de vulnerabilidade social e número de vagas a serem preenchidas nas empresas.

FORMAÇÃO DE UMA REDE DEENTIDADES PARA O ATENDIMENTO A PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Objetivo geralGarantir o direito de inclusão das pessoas com defi ciência ou em situação de vulnerabilidade social no mercado de trabalho, utilizando a me-todologia do Emprego Apoiado.

Objetivos especí� cos1. Formar uma rede entre as entidades que tra-

balham com pessoas com defi ciência ou em situação de vulnerabilidade social.

3. Apresentar a metodologia do Emprego apoia-do às empresas do município e às entidades envolvidas na rede estabelecida.

Público-alvoPessoas com defi ciência ou em situação de vulne-rabilidade social do município de Cruz Alta.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípio de Cruz Alta e localidades do interior do município.

4. Contato com as pessoas com defi ciência ou em situação de vulnerabilidade social e suas famílias para apresentação do projeto.

Recursos, meios e necessidadesContamos com a experiência adquirida no meu

percurso profi ssional na área de educação especial e com o conhecimento das entidades que trabalham com pessoas com defi ciência ou em situação de vulnerabilidade social do Município de Cruz Alta. Será necessário formar técnicos na metodologia do EA e precisaremos de orientações dos coordenadores do curso para resolver dúvidas que possam surgir durante a execução do projeto.

Parcerias. Instituto Estadual de Educação Professor Annes Dias.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 04

Cleidiane da Penha Segura de Melo.Formada em Letras com Especialização em Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa. Técnica da Educação Especial na Secretaria Estadual de Educação. Porto Velho - RO.

IntroduçãoA Coordenação de Educação Especial é o órgão

responsável de disseminar e assegurar as políticas públicas para o atendimento especializado de estu-dantes com defi ciência, transtorno do Espectro Autista e altas habilidades/superdotação. Também atua como formadora de professores do atendimento especia-lizado. A Coordenação de Educação Especial tem desen volvido várias ações e projetos com o objetivo de minimizar a situação de exclusão dos estu dantes com defi ciência, mas ainda há muito a ser feito.

Atividades do projeto1. O ensino especializado inserido nas escolas utiliza

metodologias de ensino que possibilitam a iden-tifi cação do perfi l do estudante com defi ciência através de questionários. O uso destas ferramentas junto com a metodologia do EA para elaboração do perfi l vocacional e profi ssional, permitiria cons-truir um banco de dados na Secretaria Estadual de Educação (SEDUC).

2. Através do banco de dados seria possível um contato mais específi co com as instituições que oferecem vagas de cursos profi ssionalizantes, sendo que algumas delas já trabalham em parceria com a SEDUC, através da Coordenação de Educação Especial/GE.

TRABALHAR É POSSÍVEL

ObjetivoInserir a metodologia do Emprego Apoiado no Ensino Fundamental e Médio para estudantes com defi ciência por meio de Atendimento Es-pecializado - AEE.

Público-alvoEstudantes com defi ciência dos ensinos Fun-damental e Médio de escolas estaduais.

Âmbito geográ� co do projetoO projeto poderia alcançar 90% de extensão territorial do estado, por meio das 13 (treze)coordenações de Educação regionais distribuí-das em todo o Estado.

3. Este trabalho possibilitaria também, uma maior participação da comunidade na escola, através de ofi cinas diversas, observando o perfi l e preferência profi ssional do estudante.

Recursos, meios e necessidadesO trabalho é realizável por meio das formações

asse guradas no PPA da Educação Especial, mas precisa de parcerias com instituições e empresas para maior disseminação da proposta, bem como formação espe-cífi ca na área com exemplos de experiências exitosas.

ParceriasSecretaria de Estado da Educação e TRE.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Andyara Dantas Leone.Psicóloga com pós-graduação emPsicologia Jurídica. Rio de Janeiro – RJ.

IntroduçãoTrabalho há três anos na Secretaria de Estado de

Trabalho e Renda do Rio de Janeiro (SETRAB-RJ), com a proposição e a execução de políticas públicas estaduais de trabalho e renda, articuladas à política nacional do Sistema Nacional de Emprego-SINE/MTE e aos demais setores afi ns da administração pública do Estado.

A missão da Setrab é defi nir, formular e implementar políticas públicas de emprego, trabalho e geração de renda no Estado do Rio de Janeiro, desenvolvendo ações de apoio ao trabalhador como intermediação de mão-de-obra, qualifi cação profi ssional, carteira de trabalho, seguro desemprego e incentivo ao cooperativismo e à economia solidária.

Este projeto busca entregar soluções a situações – problema vivenciadas no setor NEAD (Núcleo Es-tadual de Atendimento ao Defi ciente/ SETRAB-RJ), gerenciado em parceria com o SINE (Sistema Nacio-nal de Emprego/MTE), com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e com administração do IBAP (Instituto Brasileiro de Administração e Apoio Universitário), no Rio de Janeiro.

O NEAD foi criado pelo Decreto Estadual 21.038/94, sendo um de seus objetivos instituir o Balcão de Emprego para as PcD. No início, o setor chamava-se BED -Balcão de Emprego dos Defi cientes, mas com o avanço e as mudanças de conceitos e paradigmas sobre as pessoas com defi ciência, essa nomenclatura não era mais condizente com as atividades do setor. Suas ações ampliadas deram origem, então, ao Núcleo Estadual de Atendimento ao Defi ciente. Cabe ressaltar que a nomenclatura anterior – BED – carregava um sentido pejorativo que contrasta com o que atualmente buscam as PcD: inclusão no mercado de trabalho com todas as adequações necessárias, um ambiente de trabalho acessível, com responsabilidades, deveres e direitos garantidos.

O NEAD possui outras metas como divulgar conhe cimentos e sensibilizar a sociedade, através de palestras educativas em escolas públicas estaduais e municipais e em empresas; orientar os candidatos em seu desenvolvimento profi ssional; participar da implementação de políticas públicas em prol das

IMPLEMENTAÇÃO DA METODOLOGIADE EMPREGO APOIADO NO NEAD

Objetivos gerais1. Apresentar aos gestores da SETRAB-RJ e IBAP

a metodologia do Emprego Apoiado como forma de solucionar muitos dos problemas que enfrentam os funcionários do NEAD.

2. Utilizar serviços de técnicos de EA para auxiliar na relação entre NEAD, candidato e empresa.

Objetivos especí� cos1. Oferecer cursos às pessoas com defi ciência

que despertem neles novas ideias e auxiliem em seu desenvolvimento pessoal.

2. Treinamento de funcionários como técnicos de EA para acompanhar na inclusão do can-didato PcD passo a passo dentro da empresa, negociar fl exibilizações quando necessárias, apresentar novos projetos às empresas.

3. Formação de uma equipe multiprofi ssional para auxiliar na implementação de novas po-líticas públicas em prol das PcDS.

Público-alvoPessoas com defi ciência, funcionários e a socie-dade. Com uma reestruturação organiza cional, o NEAD poderá atingir suas metas e assim manter a sociedade mais informada sobre as PcDs, atuando como um multiplicador de conhecimentos.

Âmbito geográ� co do projetoNEAD, postos de atendimento e empresas no Rio de Janeiro.

pessoas com defi ciência e servir como agente multi-plicador de informações.

O nosso maior desafi o é a implementação desse projeto de Emprego Apoiado (EA) na SETRAB/RJ e IBAP como resposta às ações e metas propostas pelos gestores. É preciso que esses atores ampliem suas concepções de intermediação de mão-de-obra, reco-nhe cendo a inclusão pelo trabalho, assim como é necessário implementar a metodologia do EA no NEAD com o objetivo de que o desenvolvimento operacional do setor cumpra sua fi nalidade, que é a inclusão das PcD no mercado de trabalho.

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Atualmente, existem inúmeras situações-pro blemano setor, que se arrastam ao longo dos anos, por negligência e/ou falta de conhecimento dos gestores antigos e atuais. Trata-se de um ponto de partida para as mudanças: fazê-los acreditar que com a implementação do projeto o setor ganhará mais credi bi lidade; com treinamento os funcionários se sentirão mais confi antes ao operacionalizar suas ativi dades, os candidatos serão os benefi ciários dessas transformações, e as empresas poderão oferecer mais vagas e admitir mais pessoas com defi ciência.

Sem dúvida, a atuação mais enérgica do Minis-tério do Trabalho na questão da inclusão das PcD nas empresas (ou inclui ou paga multa pela não inclusão) é um ponto positivo. Um novo “olhar” para as pessoas com defi ciência está crescendo, hoje são vistos como cidadãos de direitos e responsabilidades, sem privilé-gios por possuir limitações e usufruem das garantias trabalhistas como qualquer outro funcionário.

Ao estar fundamentado em decreto e ser geren-ciado por uma Secretaria Estadual, o NEAD é reco-nhecido no mercado de trabalho. Trata-se de um serviço prestado sem custo à população, o que impul siona ainda mais às empresas a oferecerem suas vagas para o setor.

Hoje, existem mais vagas do que candidatos devido às situações-problema mencionadas no projeto. A SETRAB possui setor de assessoria de empresa, que au-xilia na divulgação semanal de vagas, mas o veículo uti-lizado, jornais populares, não é visto pela maioria das pessoas com defi ciência. É necessário uma divulgação em mídia de massa, como a televisão, que é acessível a todos, mesmo às classes sociais menos favorecidas.

Os funcionários precisam de aperfeiçoamento, curso de Libras e outros que possam facilitar e melhorar a qualidade de atendimento às pessoas com defi ciência. Apesar do esforço de trabalhar em uma sala compartilhada pelo chefe do posto SINE - Centro e de não termos espaços reservados para realizar entrevistas privadas com os candidatos, o NEAD possui uma infraestrutura que se for reorganizada conseguiria atingir com efi cácia sua fi nalidade. Atingindo resul tados positivos, no futuro, esse projeto servirá de exemplo a outras instituições públicas engajadas com a inclusão de PcDs no mercado competitivo de trabalho.

Atividades do projeto1. Conscientização da necessidade de uma mudan-

ça na visão da gestão atual da SETRAB/NEAD/IBAP com relação à inclusão das PcDS no mer-cado formal de trabalho, mostrando que a visão atual é de empregabilidade, sem qualidade e sem resultados, pois o setor não consegue atingir a meta estabelecida por mês.

2. Divulgação do trabalho para a sociedade, através da televisão.

3. Realização de palestras pela SETRAB em parceria com o IBAP, orientadas a profi ssionais que atuam na área de recursos humanos, médicos do tra-balho e procuradores do Ministério do Trabalho, com o objetivo de que possam explicar sobre possibilidades e obstáculos enfrentados para al-cançar a inclusão das pessoas com defi ciência no mercado de trabalho.

4. Disponibilizar recursos para que os funcionários do NEAD possam executar suas tarefas com efi ciência.

5. Contratar uma equipe multiprofi ssional, que in-clua advogado e psicólogo, para representar a SETRAB em Conselhos Estaduais e Municipais de Políticas Públicas sobre Defi ciência e participar de audiências públicas realizadas na OAB/RJ pela Co-missão em prol das PcDs.

6. Qualifi car os funcionários com cursos de Libras, português, Emprego Apoiado, dentre outros. Apro- veitar os próprios funcionários treinados para atuar como técnicos de EA.

7. Resolver as questões das barreiras arquitetônicas existentes no próprio prédio, através do setor de manutenção da SETRAB, que possui engenheiro com conhecimentos técnicos sobre as Normas de Acessibilidade.

8. Reestruturação da sala do NEAD para que volte a ser somente do setor, possibilitando um atendimento de qualidade para as pessoas com defi ciência.

9. Estabelecer parcerias com Instituições como SENAI, SENAC, FIRJAN, INES e outras para qua-lifi car os candidatos de acordo com sua formação profi ssional. Os candidatos precisam de insti-tuições que possam ensinar de maneira que eles consigam entender, por isso é necessário que os professores estejam preparados.

10. Disponibilização de motoristas e carros da SETRAB para que funcionários do NEAD possam visitar empresas e ministrar palestras educativas.

Recursos, meios e necessidades1. Atualmente a Secretaria passa por um período de

recessão fi nanceira, portanto não há verba nem estrutura organizacional. O prédio utilizado pela Secretaria é cedido por outro órgão público, que o requereu de volta.

2. Recursos de pessoal e organizacionais: contratação de equipe multiprofi ssional e equiparação salarial dos funcionários do setor.

3. Reestruturação do espaço físico.

ParceriasInstituições do Sistema S - FIRJAN como SENAC,

SENAI e ainda INES, ABRH e outras que poderiam con-tribuir com conhecimentos e auxiliar na profi ssionali-zação dos candidatos e dos funcionários.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Francilene Rainone.Terapeuta ocupacional e Doutora em Educação. Secretaria Municipal da Saúde – CAPS II. Porto Alegre – RS.

Demais autores que trabalham em parceria: Carmen Vera Ferreira, Sandra Soares e Adriane Silva.

IntroduçãoO executor do projeto CAPACITAR é a Secretaria

Municipal da Saúde de Porto Alegre através do CAPS Cais mental centro e Geração POA, em parceria com a ONG Centro de Prevenção das Psicoses. Este projeto é desenvolvido desde 2008 na cidade de Porto Alegre e tem por objetivo a inclusão de pessoas com trans tornos mentais graves no mercado formal de trabalho, bem como promover discussões sobre acessibilidade e defi ciência psicossocial.

Hoje, parece indispensável refl etir sobre a in-clusão social de pessoas com transtorno mental grave. A prática no campo da atenção psicossocial demonstra que é possível implementar e sustentar um trabalho de inclusão que possa contribuir na elaboração de políticas públicas, bem como nas discussões do campo legislativo. Com esse objetivo foram construídas, através da capacitação, acompa-nhamento e estágio, diferentes estratégias para via-bilizar a inclusão social de pessoas com transtorno mental grave pela via do trabalho formal.

Atividades do projetoA metodologia de trabalho considerou a consti-

tuição de parcerias intersetoriais, encontros mensais com alunos, familiares e entidades parceiras, apoio e ofi cinas de sensibilização com professores e orien-tadores das entidades formadoras, articulação com profissionais da rede de atenção, sistematização das atividades desenvolvidas e aplicação de instru-mentos de avaliação e acompanhamento.1. Divulgação entre as equipes de saúde mental

da abertura de uma turma do projeto Capacitar, atualmente em sua 8ª versão.

2. Reunião com familiares e possíveis candidatos ao curso para informar sobre o projeto.

3. Distribuição da fi cha cadastral e da fi cha médica para entrega na data da entrevista.

4. Entrevista individual com pessoa que será acom-panhada e seu familiar.

5. Realização de oficina com inscritos para que se

CAPACITAR

Objetivos 1. Inclusão no mercado de trabalho formal de

pessoas com transtorno mental grave.2. Acompanhar e qualifi car pessoas com trans-

tornos mentais graves através da metodolo-gia do Emprego Apoiado.

3. Promover debates sobre trabalho e defi ciên-cia psicossocial.

Público-alvoPessoas atendidas na rede de saúde mental de Porto Alegre com transtornos mentais graves, que estejam sendo acompanhadas por profi s-sionais da saúde e não se encontrem em crises agudas da doença.

Âmbito geográ� co do projetoPorto Alegre – RS.

conheçam e sejam trabalhados alguns critérios para o início das atividades.

6. Início das aulas do jovem aprendiz com escola formadora (SENAC ou MURIALDO).

7. Acompanhamento mensal dos grupos de alunos e dos grupos de familiares.

8. Palestras informativas com empresas que contra-tam os alunos.

9. Interconsultas com médicos assistentes das pessoas inscritas no curso.

10. Festa de formatura e de fi nalização do ano: confra-ternizações com pessoas envolvidas no Capacitar.

11. Reuniões de equipe do Capacitar.

Recursos, meios e necessidadesO projeto conta com infraestrutura institucional.

É necessário capacitar profi ssionais na metodologia do EA.

ParceriaAção interinstitucional do Projeto Piloto Capacitar,

vem sendo desenvolvida pela Secretaria Municipal da Saúde, através dos serviços da Gerencia Distrital Centro, Caps Cais Mental Centro e Geração POA, em parceria com a Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, Centro de Prevenção e Intervenção nas Psicoses/Pro-jeto Vivendo e Reaprendendo, Superintendência Re-gional do trabalho, Senac Comunidade, empresas par-ceiras da comunidade e escola de formação Murialdo.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Helena Cristina Velardi dos Santos.Pedagoga e especialista em Psicopedagogia. Centro Público de Apoio ao Trabalhador(CPAT) – Secretaria de Trabalho e Renda. Prefeitura de Campinas - SP.

IntroduçãoA entidade central do projeto é o Centro Público

de Apoio ao Trabalhador (CPAT), criado em 2009 na cidade de Campinas. Inicialmente os objetivos deste centro eram mais assistencialistas, mas hoje é referên-cia na cidade e na região na intermediação de mão de obra e outros serviços ao trabalhador, como entrada de Seguro Desemprego, cadastro de Microempreen-dedor Individual e cadastro e organização das Feiras e Cooperativas da cidade. Em relação ao emprego formal, o CPAT atualmente tem três unidades em Campinas: região central, distrito de Campo Grande e Ouro Verde. Através de um convênio com o Minis-tério do Trabalho e Emprego, o CPAT cadastra vagas a pedido do empregador e se ocupa da intermediação mediante atendimento presencial aos trabalhadores, ações realizadas através do sistema IMO (interme-diação de mão de obra – www.maisemprego.gov.br). As vagas são oferecidas e o trabalhador é encaminha-do a uma entrevista de emprego.

Este projeto busca estabelecer um convênio entre a Secretaria de Trabalho e Renda e a Secretaria da Pessoa com Defi ciência do município de Campinas, uma vez que a primeira tem as vagas disponíveis e já cadastradas no sistema de Intermediação de Mão de Obra do MTE e a segunda tem pleno acesso a pessoa com defi ciência e às entidades que auxiliam esses indi-víduos. Dessa forma, o acesso e a inclusão de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho formal pode ser otimizado.

Atividades do projetoOs três Centros Públicos de Apoio ao Trabalhador

(CPAT) da cidade de Campinas já se ocupam do cadas-

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CONVÊNIO ENTRE A SECRETARIADE TRABALHO E RENDA E A SECRETARIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA ATRAVÉS DO CAPT

Objetivo geralPromover o acesso de pessoas com defi ciência ao mercado de trabalho formal.

Objetivo especí� coAumentar o índice de intermediação das vagas PCD’s cadastradas no sistema IMO – TEM.

Público-alvoPessoas com defi ciência que procuramuma vaga no mercado de trabalho.

Âmbito geográ� co do projetoCidade de Campinas e moradores detoda a região.

tramento e intermediação de mão de obra para diversas vagas de trabalho. A principal atividade seria cruzar as informações entre as secretarias de Trabalho e Renda e da Pessoa com Defi ciência. Se objetiva aumentar a demanda dos indivíduos com defi ciência no posto de atendimento para que haja uma maior empregabilidade, com o aumento do oferecimento das vagas já existentes e das que serão otimizadas com o tempo.

Recursos, meios e necessidadesCapacitação da equipe na metodologia do

Emprego Apoiado e divulgação dessas vagas para o público alvo, isto é, pessoas com defi ciência, uma vez que os indivíduos que estão em situação de exclusão social já são atendidos pela intermediação e muitos conseguem uma vaga no mercado de trabalho.

ParceriasSecretaria de Trabalho e Renda e Secretaria da

Pessoa com Defi ciência e Mobilidade Reduzida.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Jaqueline Regina Pilger.APAE Triunfo. Porto Alegre – RS.

IntroduçãoA Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais

de Triunfo foi fundada em 29 de abril de 1985 por iniciativa de pessoas da comunidade, representantes de um clube de mães e uma mãe de uma pessoa com defi ciência. A entidade cresceu e, atualmente, mantém uma escola especial e um centro de atendi mento educacional especializado, devidamente reco nhecidos. Atende uma clientela de 150 alunos, oferece esti mu-lação precoce, educação infantil, ensino fun damental (alfa be tização), educação de jovens e adultos, ofi cinas terapêuticas e profi ssionalizantes, aten di mentos espe-cia lizados e equoterapia. Tem por fi lo sofi a promover a inclusão da pessoa com de fi ciência na socie dade, inves tindo no seu desenvol vi mento global, ofere-cendo-lhe igualdade de opor tuni dades na forma da lei, de ma neira que tomem posse de seus direitos fundamentais como cidadãos.

Diante do previsto na Constituição Federal, nas políticas de inclusão e no Estatuto da Pessoa com Defi ciência sobre inserção desse grupo no mundo do trabalho ou incorporação no sistema produtivo, são necessárias ações que viabilizem estas leis. A proposta é reformular e ampliar o alcance do Projeto Pandora, em execução desde 2007, que já incluiu dez alunos no mercado de trabalho formal, em empresas da área privada.

Atividades do projeto1. Estimulação da autogestão e autonomia da pes-

soa com defi ciência (empoderamento).2. Sensibilização e preparação da família para parti-

cipação no processo de inclusão no mercado de trabalho através de reuniões e palestras.

3. Sensibilização da comunidade e empresários da região através de visitas e divulgação.

4. Parcerias com setores afi ns.5. Triagens.6. Construção em conjunto do perfi l vocacional e

profi ssional de cada usuário.

08

PROJETO PANDORA

ObjetivoIncluir alunos com defi ciência intelectual e/ou múltipla maiores de 18 anos no mercado de tra-balho na região.

Público-alvoAlunos da APAE Triunfo maiores de 18 anos.

Âmbito geográ� co do projetoO projeto é executado na cidade de Triunfo, região metropolitana de Porto Alegre. Limita com São Jerônimo, Montenegro, Charqueadas, General Câmara e Nova Santa Rita, e está locali-zado na margem esquerda do Rio Jacuí. Trata-se de uma região com difi culdades de mão de obra qualifi cada e que apresenta variações nas vagas de trabalho ofertadas.

7. Pesquisa de empresas – identifi cação ou customi-zação de vagas, norteando a busca de acordo com o perfi l vocacional e profi ssional de cada usuário.

8. Análise da função - cultura da empresa, apoios disponíveis, acessibilidade.

9. Compatibilização vaga-perfi l.10. Plano individual para ingresso no trabalho. 11. Negociação com a empresa.12. Treinamento e preparação de apoios.13. Acompanhamento e assessoria durante o tempo

necessário.

Recursos, meios e necessidadesOs recursos humanos são a equipe técnica da

instituição, empresas, apoiadores, alunos, familiares, comu nidade e parceiros afi ns. Este projeto vem sendo desenvolvido de forma parcial devido a difi culdades como a resistência familiar, cautela das empresas e desinformação. A maior parte do trabalho está focada na sensibilização da família, no empoderamento da pessoa com defi ciência e na aceitação do mercado de trabalho.

40

100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 09

Magali Aparecida de Oliveira Arnais. Pedagoga. Laboratório de Acessibilidade – Biblioteca Central Cesar Lattes.Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Campinas – SP.

IntroduçãoO projeto é desenvolvido pelo Laboratório de

Acessibilidade (LAB) da Biblioteca Central Cesar Lattes (BCCL) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Este desempenha atividades desde 2003 com a fi nalidade de permitir que os alunos com defi ciência da universidade possam realizar seus estudos em ambientes inclusivos de ensino e apren-dizagem. Há alguns anos o LAB/BCCL é requi sitado por usuários externos à comunidade acadêmica, principalmente pessoas com defi ciência visual (total e parcial) com a fi nalidade de aprender o manuseio de tecnologias assistivas (leitor de telas e textos e softwares específi cos) para pesquisas, localização e obtenção de informações em ambientes digitais, o que favorece a autonomia e independência desses usuários. É preciso considerar que alguns deles nunca tiveram contato com um computador, muito menos conhecem as possibilidades de navegar na internet e/ou interagir em ambientes digitais.

Atividades do projetoNoções de informática para pessoas com defi ciência

visual; o uso do teclado como ferramenta de navegação, principais teclas de comando (shortcut), atalhos, nave-gação na web, abordagem sobre acessibilidade na web, leitores de tela e texto, softwares gratuitos, vozes sintetizadoras, Tecnologias Assistivas - linha Braile, manuseio de scanners leitores, utilização de áudio de livros e gravação de voz de ledores humanos.

O TRABALHO EM AMBIENTES DIGITAIS PARA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL

Objetivo geralAmpliar o atendimento para alunos com de-fi ciência visual do ensino médio e usuários de bibliotecas públicas e escolares.

Objetivos especí� cos1. Capacitar o usuário do LAB/BCCL com de-

fi ciência visual (total ou parcial) na utilização de recursos tecnológicos de comunicação e informação, bem como tecnologias assistivas para inserção no ambiente digital.

2. Aplicar a metodologia de emprego apoiado-EA visando o mercado competitivo da web.

Público-alvoUsuários do LAB/BCCL com defi ciência visual (total ou parcial) e /ou usuários de bibliotecas públicas e escolares.

Âmbito geográ� co do projetoInicialmente os usuários da Biblioteca Central Cesar Lattes da Universidade Estadual de Cam-pinas e demais usuários de bibliotecas públicas e escolares.

Recursos, meios e necessidades1. Recursos Humanos: capacitação de instrutores

para atender demanda crescente.2. Recursos materiais para investimento: hardwares,

computadores e/ou notebooks, fones de ouvido, scanners leitores e linha Braile.

3. Utilização de softwares gratuitos como o NonVisual Desktop Access (NVDA).

4. Necessidade de ampliação do atendimento.

ParceriasAtualmente o projeto não conta com parcerias

além do apoio da universidade.

41

100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Marcia Aparecida Santos da Silva.Monitora de música. Itaquaquecetuba – SP.

IntroduçãoEm Itaquaquecetuba funcionou durante cinco

anos o Centro de Inclusão Social (C.I.S), que destina-va 70% das vagas a pessoas com defi ciência e 30% a pessoas sem defi ciência. O foco do projeto era a inserção de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho e com esse objetivo oferecia mais de dez ofi -cinas diferentes para desenvolver o convívio harmo-nioso entre os usuários. Uma dessas ofi cinas era a de musicalidade, onde exercia o cargo de monitora. Ali, a música era utilizada como forma de aprendizado do trabalho em grupo, pois toda empresa necessita de pessoas que saibam gerenciar a convivência social para um bom desempenho profi ssional.

Itaquaquecetuba é uma cidade na periferia de São Paulo, onde existem muitos problemas de em-pregabilidade. O conhecimento da metodologia do Emprego Apoiado seria de grande utilidade e per-mitiria compreender os valores que a fundamentam, assim como a busca do perfi l vocacional e profi ssio-nal, desenvolvimento do emprego, análise de função, customização e compatibilidade do perfi l do candi-dato e do posto de trabalho, formação do local de tra-balho e desenvolvimento de apoios pós-colocação. O diferencial desta metodologia é o atendimento per-sonalizado de cada candidato. Trata-se de um sistema desenvolvido para pessoas com defi ciência e pessoas em situações de exclusão social.

Atividades do projeto1. Reuniões com usuários e suas respectivas fa-

mílias para esclarecimento desta nova metodologia e suas diferentes fases.

2. Realização de uma triagem e elaboração do perfi l vocacional e profi ssional para depois desen-volver um emprego e fazer o acompanhamento e pós-colocação.

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Objetivo geral Inserir pessoas com defi ciência ou situação de exclusão social no mercado de trabalho.

Objetivos especí� cos1. Melhorar aproveitamento da capacidade de

cada usuário.2. Possibilitar uma maior permanência no

emprego.3. Incentivar uma maior participação da comu-

nidade, onde o usuário está inserido.4. Impulsar um processo de empoderamento

dos usuários.5. Promover uma maior autonomia dos usuários.6. Orientar as ações para a exclusão zero.

Público-alvoPessoas com defi ciência ou em situação de ex-clusão social.

Âmbito geográ� co do projetoA implantação do conceito pode ser imediata, tendo em vista a existência do projeto C.I.S. O Emprego Apoiado também pode ser aplicado em outras instituições, tais como Alcoólicos Anônimos, APAE e Centros de ajuda, como albergues.

EMPREGO APOIADO NO CIS

Recursos, meios e necessidadesNo extinto C.I.S estavam envolvidas a Secretaria

do estado de São Paulo e a Secretaria de Promoção Social de Itaquaquecetuba, que mantinham o projeto fi nanceiramente.

ParceriasEmpresas que se disponibilizem a ceder vagas

para esses usuários, CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e empresas que se disponibilizem a ceder vagas para esses usuários.

42

100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 11

Objetivos 1. Viabilizar empregos remunerados que per-

mitam a inclusão econômica de pessoas com Síndrome de Down no mercado competitivo.

2. Adaptar empregos às preferências, valores, recursos e habilidades dos usuários.

Público-alvoPessoas com Síndrome de Down, com idade igual ou superior a 18 anos.

Âmbito geográ� co do projetoCidade de Salvador (Ba).

Mirele Cardoso do Bonfi m.Psicóloga e Mestre em Psicologia Social edo Trabalho pela Universidade Federal da Bahia. Psicóloga do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), e Psicóloga autônoma (consultório particular e consultorias). Salvador – BA.

IntroduçãoA fi nalidade deste projeto é incluir pessoas com

Síndrome de Down no mercado de trabalho compe-titivo de Salvador (Ba), uma vez que este movimento ainda é incipiente na cidade.

Atividades do projeto

1. Informações gerais e triagema. Apresentar pressupostos, princípios, valores e

defi nição do Emprego Apoiado, explicitando o papel ativo do usuário e da família no processo, assim como a presunção de empregabilidade e a lógica de “colocar e treinar”.

b. Levantar expectativas, esclarecer dúvidas e iden-tifi car se a pessoa precisa ou não do Emprego Apoiado.

2. Elaboração do per� l vocacional e pro� ssionala. Realizar entrevistas, observações, avaliações si-

tuacionais (na empresa para avaliar necessida-des de apoio e habilidades em uma situação real de trabalho) e reuniões para conhecer o contex-to social e familiar. Investigar pontos fortes, in-teresses e necessidades de apoio, utilizando a avaliação ecológica-funcional (contextualizada no ambiente, considerando o impacto na capa-cidade e autonomia do usuário).

b. Elaborar o perfi l vocacional e profi ssional, que em-basará o plano de desenvolvimento de emprego.

3. Desenvolvimento do empregoa. Pesquisar empresas para conhecer as vagas dis-

poníveis ou customizar uma vaga que se coadune com o perfi l vocacional e profi ssional do usuário.

INCLUSÃO DE PESSOAS COM SÍNDROMEDE DOWN NO MERCADO DE TRABALHO

b. Realizar análise da função, investigando cultura da empresa, disponibilidade de apoios naturais e exigências da função.

c. Análise minuciosa das tarefas para a elaboração do plano individual de treinamento e inclusão.

4. Acompanhamento pós-colocaçãoa. Inicia-se no primeiro dia de trabalho. b. Início do treinamento no local de trabalho.c. Acompanhamento de longo prazo, em que o técni-

co atua quando a) acionado pela empresa ou pelo usuário, para resolver algo específi co; b) o usuário muda de função e precisa de novo treinamento; e c) para estimular o desenvolvimento na carreira dentro da mesma empresa ou realiza mudança para outra empresa.

Recursos, meios e necessidadesAs forças e oportunidades favoráveis são a expe-

riência da profi ssional como psicóloga coorde nadora e executora de projeto de inclusão social para pessoas com Síndrome de Down. Sua convivência de longa data com irmã com Síndrome de Down, quatro anos mais nova, amplia a compreensão da situação atual no mercado de trabalho, imersão e sensibilidade ao tema. Outro recurso favorável é sua educação formal, com mestrado em psicologia social e do trabalho.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Mirna Lima Massoni.Terapeuta Ocupacional. João Pessoa - PB.

IntroduçãoO Instituto dos Cegos da Paraíba é uma entidade

fi lantrópica sem fi ns lucrativos, fundado pela Sra. Adalgisa Cunha e inspirado no Instituto Benjamin Constant do Rio de Janeiro. Localizado em João Pessoa, Paraíba, o instituto conta com uma equipe multi dis ciplinar, que oferece a seus alunos/usuários diversos atendimentos na área de reabilitação e educação, visando o pleno exercício de sua cidadania. No entanto, seu trabalho enfrenta difi culdades na área de inclusão social e exercício pleno da cidadania das pessoas com defi ciência visual.

Atividades do projeto1. Formação de uma comissão multiprofi ssional de

Emprego Apoiado aproveitando os diversos profi s-sionais que já fazem parte do quadro do Instituto.

2. Nomeação ou contratação de um profi ssional para atuar como Técnico de Emprego Apoiado, respon-sável por garantir o funcionamento do programa.

3. Elaboração do perfi l vocacional e profi ssional de todos os alunos/usuários.

4. Busca nas empresas da região de parceiros interes-sados em participar do projeto e conhecer a oferta de vagas que correspondam aos perfi s vocacionais traçados.

5. Avaliação dos ambientes funcionais e defi nição de quais estão aptos para receber uma pessoa com defi ciência visual (com muito mais facilitadores do que obstáculos).

Objetivo Possibilitar a inclusão social dos alunos/usuários através de sua inserção no mercado de trabalho, de forma responsável e correta buscando alcançar benefícios para a pessoa com deficiência, sua família e a comunidade como um todo.

Público-alvoPessoas com defi ciência visual.

Âmbito geográ� co do projetoJoão Pessoa, PB.

EMPREGO APOIADO EMINSTITUTO DE CEGOS DA PARAÍBA

6. Depois de realizada a colocação do usuário no mercado de trabalho, a comissão fará um acom-pa nhamento regular tanto do usuário/aluno, sua família e da empresa onde trabalha. O objetivo é garantir que sejam feitas correções e ajustes neces-sários para que todos os objetivos sejam alcançados.

Recursos, meios e necessidadesA instituição já possui, em seu quadro de funcio-

nários, profi ssionais capacitados para a formação de uma comissão de Emprego Apoiado.

Recursos fi nanceiros, em pequena escala, para a possível contratação de um Técnico de Emprego Apoiado, que pode ser aproveitado da própria instituição, e para custear as visitas a empresas parceiras e acompanhamento dos usuários, famílias e empresas.

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44

PROJETO 13

Norma de Nazaré Ferreira da Cruz. Licenciada Plena em Pedagogia com Habilitação em Administração Escolar, Especialista em Docência do Ensino Superior pela Universidade Federal do Pará- UFPA, em Gestão Escolar pela Universidade Estadual do Pará- UEPA, e, em Educação Especialpela Faculdade Montenegro. Abaetetuba – PA.

IntroduçãoA Unidade Técnica de Educação Especial-UTEE

Abaetetuba, criada em 1993, desenvolve atividades de coordenação, assessoria, acompanhamento e for mação continuada junto às escolas regulares de Ensino Fundamental anos fi nais e Ensino Médio, voltadas para os alunos com defi ciência incluídos no ensino regular, além de oferecer-lhes atendimento especializado no contra turno. Esta instituição atua diretamente em escolas estaduais de seis municípios da região (Abaetetuba, Acará, Barcarena, Igarapé-Miri, Moju e Tailândia) e realiza suas ações através de um trabalho em rede, que envolve a comunicação e interação com as Secretarias Municipais de Educação, Assistência Social, Obras e Administração de cada um desses seis municípios, além de manter um trabalho integrado com outras instituições que defendem os direitos sociais básicos das pessoas com defi ciência nessa região.

A garantia de emprego legal para pessoas com defi ciência ou em situação de vulnerabilidade social está ainda muito restrita nesta região do Estado do Pará. Mudar a perspectiva sobre a inclusão no mercado de trabalho das pessoas com defi ciência representa um grande desafi o. Nesse novo olhar, o resgate de direitos, a percepção da grandeza do potencial humano que não se prende às difi culdades e limitações, acreditar que qualquer pessoa tem projetos de vida e potencial para desenvolver suas atividades profi ssionais observando condições ade q uadas e os apoios e as adaptações necessárias, indica uma quebra de paradigmas. Ainda estamos muito acomodados com o Benefício de Prestação Conti nuada (BPC) e com as antigas ideias de formar para depois trabalhar, visão conservadora da formação profi ssional que nos aprisiona há décadas, limitando o desenvolvimento do potencial humano de

Objetivo geralEstruturar coletivamente o programa de Empre-go Apoiado na região.

Objetivos especí� cos1. Organizar um Grupo de Trabalho de Empre-

go Apoiado para estudar o material sobre a metodologia EA em ciclos de debates que envolvam as instituições afi ns.

2. Realizar encontros com usuários, estudantes de escolas públicas e universidades, grupos de pais de alunos em idade de 18 a 24 anos para que possam participar dos diálogos so-bre o programa EA.

Público-alvoAlunos na faixa etária de 15 a 24 anos.

Âmbito geográ� co do projetoAbaetetuba, Acará, Barcarena, Igarapé-Miri, Moju e Tailândia. Os seis municípios contam com escolas nas sedes dos municípios e no es-paço rural (Estradas e Ilhas).

GRUPO DE TRABALHO DE EMPREGO APOIADO EM ABAETETUBA E SEIS MUNICÍPIOS DA REGIÃO

nosso público-alvo. Desmistifi car essa visão, ampliar e apurar nosso olhar tendo como perspectiva esse novo horizonte que representa a ferramenta social do Emprego Apoiado é nosso grande desafi o.

Atividades do projeto 1. Constituir um Grupo de Trabalho, onde a UTEE-

-Abaetetuba, instituição na qual atuo profi ssio-nalmente se some às demais instituições que desenvolvem atividades voltadas para garantia dos direitos das pessoas com defi ciência e/ou pessoas em situação de exclusão como a APAE--Abaetetuba, Associação de Defi cientes de Abae-tetuba(ADEMA), Setor de Educação Especial das Secretarias Municipais de Educação dos muni-cípios da região, UFPA- campus Universitário de Abaetetuba, IFPA- Campus Universitário de Abae-tetuba, UEPA- Campus Universitário de Moju.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

2. Afunilar os diálogos para que coletivamente pos-samos pensar como estruturar o programa de EA nesta região.

Recursos, meios e necessidadesO tema dos recursos é nossa maior fragilidade.

Apesar de pertencer a uma Instituição Estadual com uma abrangência ampla e compromisso com a reali-zação de suas ações, ela não conta com recursos fi nan-ceiros para desenvolver os projetos que impulsa. Os recursos humanos com os que contamos para imple-mentação deste projeto são um grupo de professores e técnicos das várias insti tuições que compõem este coletivo, mas temos muitas difi culdades para des lo-car-nos às zonas rurais (estradas e ilhas) e aos demais

municípios, pois a instituição não conta com meio de transporte próprio. Esses deslocamentos são feitos em carros particulares de colegas, são realizadas coletas para pagar o com bustível, e custeamos nossa ali mentação, pois raramente as prefeituras dos muni-cípios contribuem com essas despesas, já que não é uma obrigação das mesmas.

ParceriasAPAE-Abaetetuba, Associação dos Defi cientes de

Abaetetuba (ADEMA); UFPA-Campus Universitário de Abaetetuba; IFPA- Campus Universitário de Abaete-tuba; UEPA – Campus Moju; SEMEC (Abaetetuba, Aca-rá, Barcarena, Igarapé-Miri, Moju e Tailândia).

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 14

Pedro Mäder Gonçalves Coutinho, Ministério da Previdência Social.Brasília – DF.

IntroduçãoA Lei nº 8213/91, que dispõe sobre os planos de

benefícios da Previdência Social, prevê que o INSS deverá prestar serviço de habilitação e reabilitação profi ssional e social. Este projeto busca atualizar o conceito de integração para o de inclusão no âmbito das atividades de reabilitação profi ssional desenvol-vidas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Atividades do projetoAssinatura de Convênio de Cooperação Técnica

entre o INSS e a Rede de EA.

Recursos, meios e necessidadesA aplicação da proposta se iniciaria com a

abordagem da Diretoria de Reabilitação Profi ssional do INSS por representantes da Rede de EA. O objetivo é que as unidades locais do INSS (Gerências Executivas) tenham acesso a treinamento na metodologia do Emprego Apoiado e contato com as unidades locais das redes de EA.

EMPREGO APOIADO NO INSS

Objetivo geral Dar mais efetividade às atividades de reabilitação profi ssional desenvolvidas pelo INSS.

Objetivos especí� cos1. Adotar o uso de técnicas de Emprego Apoiado

no âmbito das atividades de reabilitação profi ssional desenvolvidas pelo INSS.

2. Reduzir as despesas da Previdência Social com benefícios de auxílio-doença, pela redução do tempo de incapacidade do segurado.

Público-alvoTrabalhadores segurados pela Previdência Social que requeiram os serviços de reabi li-tação profi ssional do INSS.

Âmbito geográ� co do projetoNacional.

ParceriasINSS e Rede de EA.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 15

Priscilla de Oliveira Reis Alencastro. Terapeuta ocupacional. Santa Maria - RS.

IntroduçãoA Universidade Federal de Santa Maria (UFSM),

instituição de ensino superior do interior do estado do Rio Grande do Sul, na cidade de Santa Maria, é a executora do projeto apresentado. Atualmente a uni-ver sidade oferece 102 cursos de graduação e 72 cursos de pós-graduação (19 doutorados, 38 mestrados e 15 especializações), conta com unidades de ensino médio, técnico e tecnológico e com um quadro de pessoal de 4.672 servidores, entre docentes do ensino superior, docentes do ensino médio, técnico e tecnológico e técnicos-administrativos em educação.

A proposta é criar dentro da UFSM, uma equipe permanente para inserção de servidores públicos que entram na instituição pela Lei de Cotas (Artigo 93 da Lei nº 8213/91) com o objetivo de potencializar suas capacidades e habilidades no processo de enquadra-mento funcional. Para isso é preciso realizar uma ava-liação dos servidores, defi nir seus perfi s vocacionais e profi ssionais e buscar dentro da universidade vagas que correspondam tanto com seus interesses e habi-lidades como com as necessidades da instituição. Por outra parte, o desenvolvimento do projeto possibili-taria mudanças nas relações humanas, na forma de encarar e aceitar uma pessoa que mesmo possuindo limitações tem condições de ser útil e desenvolver atividades laborais comuns a todos. Através da meto-dologia do Emprego Apoiado (EA) podemos propor-cionar às pessoas com defi ciência ou em situação de vulnerabilidade social, maior empoderamento diante de um mercado de trabalho cada vez mais compe-titivo. É preciso lembrar que é dever do Estado promover a igualdade de oportunidades.

Atividades do projetoAvaliação dos servidores defi nindo seus perfi s

vocacionais e profi ssionais e busca de vagas dentro da instituição que se correspondam com as suas habi-lidades e capacidades, escolhas, interesses e neces-sidades de apoio, considerando os desejo e capa-cidade individual do usuário, no intuito de possi bi litar

INCLUSÃO DE SERVIDORESPÚBLICOS NA UFSM

Objetivo geral 1. Promover a inclusão de servidores com de-

fi ciência através dos princípios do Emprego Apoiado.

Objetivos especí� cos1. Fortalecer as ações de Emprego Apoiado e

favorecer um ambiente de maior qualidade de vida para os funcionários no serviço pú-blico.

2. Impulsar iniciativas relacionadas ao acolhi-mento e inserção destes indivíduos criando um novo cenário relacionado à inclusão, seja por defi ciência ou vulnerabilidade social.

Público-alvoServidores públicos federais que ingressam pela Lei de Cotas, Artigo 93 (Lei nº 8213/91).

Âmbito geográ� co do projetoO projeto será realizado na própria instituição de ensino.

um melhor desempenho do servidor. O técnico de EA deve buscar uma vaga que potencialize as habilidades do usuário, se necessário customizar a vaga ou ainda utilizar recursos tecnológicos e adequações para um melhor desempenho das atividades. Inicialmente será realizado treinamento no local de trabalho para depois realizar acompanhamento à distância. O técnico pode ser requisitado em situações específi cas ou até mesmo verifi car a necessidade de ajustes no setor de trabalho, para um melhor desempenho ocupacional.

Recursos, meios e necessidadesA partir da implantação do EA nas instituições

públicas, será possível sua extensão às instituições privadas, de forma a tornar-se uma prática comum. Dentro da instituição temos um ambiente favorável para a realização deste projeto, pois a mesma possui um núcleo de Acessibilidade que busca melhorar as condições de ensino e trabalho.

48

PROJETO

NOVO AMANHECER

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Objetivo geralPromover ações de defesa de direitos, pre venção, orientação e prestação de serviços e apoio à fa-mília com o objetivo de melhorar a quali dade de vida dos participantes com defi ciência e de cons-truir uma sociedade mais justa e solidária.

Objetivos especí� cos1. Oferecer atendimento especializado nas áreas

de assistência social e educação.2. Conhecer e compreender a realidade do

trabalhador e da empresa contratante.3. Possibilitar a inclusão de pessoas com de-

fi ciência, por meio de atividades socioeduca-tivas e do trabalho.

Público alvoPessoas com defi ciência. Contamos com pro-fi ssionais iniciantes, em processo de qualifi ca-ção, e profi ssionais qualifi cados.

Âmbito geográ� coExecução do projeto dentro da instituição.

Eufl orzina Machado da Anunciação.Formada em Serviço Social pela Unopar,em Gestão de Pessoas pela FaculdadeOllga Metig. Funcionária pública da áreade Saúde. Facilitadora – SSA/BA oCartório de Registros de DNVs.

IntroduçãoAnalisando historicamente a inclusão de pessoas

com defi ciência no mercado de trabalho, podemos encontrar alguns confrontos sobre os sentidos que foram produzidos pela nossa sociedade e que infl uíram na maneira pela qual as pessoas com defi ciência se constituíram como sujeitos.

A história de pessoas com defi ciência está atre-lada às ideias de cada época, demonstrando que as concepções de mundo, de homem e de moralidade de uma sociedade em determinado momento histó-rico, impõem o grau de marginalização daquelas pes-soas que rompem com os padrões de normalidade. Pode-se perceber este fato pelos inúmeros vocábulos e expressões utilizados para nomear a pessoa com defi ciência na nossa sociedade.

Antes da Lei 8213/91 de 24/07/1991, conhecida como Lei de Cotas para empresas, o profi ssional com defi ciência conseguia ingressar no mercado de trabalho através de ações governamentais, tercei-ri zação por associações ou ONGs e em órgãos do governo estadual e federal. Depois da promulgação desta Lei, as empresas ofertavam vagas praticamente impossíveis de serem preenchidas, pois muitas exigiam pós-graduação e no mínimo 36 meses de experiência em determinada função. Recorriam, então, aos órgãos fi scalizadores para receber uma certidão negativa, que informava sobre a abertura e procura de um profi ssional com defi ciência e a falta de sucesso na contratação. Isto o liberava por mais 60 dias para adequar-se à lei.

Com o tempo, as pessoas com defi ciência perce-beram a necessidade de avançar em seus estudos para qualifi car-se profi ssionalmente. Nesta fase, ONGs e associações passaram a oferecer cursos profi s sio-nalizantes e de qualifi cação, enquanto o Poder Pú-blico disponi bilizou recursos para reali zação desses cursos e viabilizou novas leis, como por exemplo, a

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100 Projetos de Emprego Apoiado

Lei nº 10.098 de 19/12/2000 de Acessibilidade. Como resultado dessas políticas, o quadro se inverteu e hoje muitas empresas procuram esses profi ssionais sem exigir experiência, atitude que limita o acesso de profi ssionais qualifi cados e graduados no mercado. Aos poucos, o empresariado está se adaptando às questões de acessibilidade, mas ainda há muitas difi culdades para que as pessoas com defi ciência possam deslocar-se de sua residência ao trabalho, o que impede o preenchimento de algumas vagas.

Este projeto foi elaborado para criar uma insti tuição preocupada com o desenvolvimento de programas de formação e educação voltados à capa ci tação, com base na valo rização da mão-de-obra da pessoa com de fi ciência, que possui difi culdades para in gressar no mer cado de trabalho. Novo Amanhecer é uma insti tuição civil, assistencial, educacional e sem fi ns lucrativos. Foi iniciada com o projeto de medida alter-nativa que contempla a modalidade de colocação seletiva e/ou de colocação competitiva a partir do para-digma de suportes, ou seja, a pessoa com defi ciência está na comunidade, prestando serviço e a nossa instituição oferece suporte técnico a essas pessoas e à empresa para que ocorra sua efetiva inclusão.

Nossa Instituição desenvolve um programa de educação, capacitação e aperfeiçoamento técnico, para inserir os trabalhadores inscritos no programa. Trabalhamos com ofi cinas que buscam melhorar o desempenho do profi ssional e o respeito pela mão–de-obra. A Central de Atendimento possui instrutores graduados, voluntários que acreditam nesse projeto e

que realizam duas vezes por semana palestras, ofi cinas e pesquisas sobre empresas que precisam da mão--de-obra da pessoa com defi ciência. O candidato preenche um cadastro pessoal, participa do programa para depois ser encaminhado para triagem.

Os serviços são divulgados em encontros, fóruns e seminários. Também são produzidos textos e pes-quisas. Trata-se de um serviço gratuito para o candi-dato, por esse motivo buscamos sempre parcerias.

Atividades do projeto1. Capacitar equipe de trabalho na metodologia do

Emprego Apoiado.2. Visitar empresas interessadas em contratar pessoas

com defi ciência a través do Emprego Apoiado.3. Organização de atividades socioeducativas que

contribuam na inclusão da pessoa com defi ciência no mercado de trabalho.

Recursos, meios e necessidadesA equipe responsável está composta pela diretora,

duas assistentes sociais, uma psicóloga, duas peda-gogas, um terapeuta ocupacional, um atendente, um contador, uma pessoa de suporte técnico, duas serventes, um vigilante e um offi ce boy. São profi s-sionais voluntários, motivo pelo qual a Instituição tem tido muitas difi culdades para obter recursos que permitam dar continuidade ao projeto. Estes recursos são necessários para a locomoção de todos e para materiais de escritório e limpeza. Através de uma conta bancária recebemos depósitos.

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Nereuda Ataide de Sousa Silva.Assistente social.

IntroduçãoO projeto foi idealizado depois de observar

um grande fl uxo de atendimento de pessoas nas Unidades de Saúde da Família pelos profi ssionais da área, os que serão parceiros ativos na aplicação e realização desta proposta. O principal objetivo é obter a adesão total da família da pessoa com defi ciência no envolvimento e participação em palestras.

Atividades do projeto1. Reuniões com todos os envolvidos para elaboração

e implementação do projeto. 2. Entrega da proposta para os gestores da Prefeitura

e Unidades da Saúde.3. Envio de convites para os profi ssionais e familiares.4. Solicitar aos gestores liberação dos profi ssionais

para que participem das palestras.5. Agendamento e programação das palestras.6. Escolha de local adequado para palestras.7. Levantamento quantitativo dos profi ssionais e

pessoas com defi ciência da comunidade.

Recursos, meios e necessidadesRecursos humanos: profi ssionais da equipe da

Unidade de Saúde (médico, enfermeira, técnica de enfermagem), e equipe de apoio (assistente social, psicóloga, fi sioterapeuta, psiquiatra e nutricionista).

PALESTRAS SOBRE EMPREGO APOIADO

Objetivo geralAnalisar a importância da divulgação do Emprego Apoiado na inclusão da pessoa com defi ciência no mercado de trabalho.

Objetivos especí� cos1. Identifi car as necessidades das pessoas com

defi ciência.2. Defi nir estratégias na disseminação de infor-

mações.

Público-alvoPessoas com defi ciências e seus familiares.

Âmbito geográ� co do projetoUnidades de Saúde da Família que, por estraté-gia das Prefeituras, estão localizadas próximas às residências. Nos casos de lugares mais altos, as ruas são asfaltadas e transitam veículos, para que a comunidade tenha acesso.

Recursos materiais: panfl etos, projetor, sala para realização das palestras, copos descartáveis.

ParceriasPrefeitura Municipal, familiares, comunidade e

Estratégia Saúde da Família.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Joana d’Arc Araújo Silva.Pedagoga e professora dos anos iniciais do Ensino Fundamental na rede pública municipal. Timóteo - MG.

IntroduçãoA Prefeitura Municipal de Timóteo, por meio

da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecno logia, em consonância com os princípios fun-damentais de sua política de governo, prioriza a inclusão não só de seus educandos, mas também da popu la ção como um todo. Esta política se materializa na constituição do CREIA-Centro de Referência em Educação Inclusiva Ativa Padre Jean-Marie Lemaire, criado pela Lei Municipal 3149 de 17/04/2011. É um órgão que perpassa por todas as modalidades de ensino e atende alunos de diferentes faixas etárias.

A proposta se fundamenta na formação de um centro único que atenda não somente às necessi-dades dos alunos e de suas famílias, mas também aquelas relacionadas com a formação geral das pessoas envolvidas na educação inclusiva, além de auxiliar as instituições escolares na adaptação curri-cular, medida que se justifi ca pelo número signifi ca-tivo de escolas e alunos do município de Timóteo.

O CREIA tem por objetivo geral proporcionar ao educando com defi ciência a formação necessária para o desenvolvimento de suas potencialidades, como fator de auto realização, inserção no mercado de trabalho e exercício consciente da cidadania, através da adoção de metodologias e recursos educa cionais especiais. A questão das pessoas com defi ciência é uma realidade que passa despercebida pelo cotidiano da maioria das pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde qualquer país do Terceiro Mundo, em época de paz, possui 10% de sua população com algum tipo de defi ciência. Na realidade brasileira esse número ascende a 14,5%, segundo dados preliminares do IBGE para o último censo, o que signifi ca algo em torno de 24,5 milhões de pessoas. Nos pequenos municípios essa porcentagem atinge até 16%. Se a isso agregarmos que cada pessoa com defi ciência necessita da assistência intensiva de pelo menos uma pessoa, esse número ascende a 30% da população.

Em geral, nossa sociedade tem pouco ou nenhum contato com pessoas com defi ciência, que se encon-tram, em sua maioria, excluídas do convívio social. São cegos, surdos, mudos, usuários de cadeiras de

Objetivo geral Fortalecer a inclusão das pessoas com defi ci-ência no mercado de trabalho com o propósito de alcançar maior cobertura de atendimento.

Objetivos especí� cos 1. Assegurar a preparação dos alunos para sua

inserção no mercado de trabalho, de acordo com a Lei de Cotas.

2. Inserir as empresas da região no projeto, criando uma rede de apoio com instituições afi ns para oferecer sustentabilidade das ofi -cinas profi ssionalizantes.

3. Investir, em parceria com outras instituições regionais, na área profi ssional para atendi-mento aos educandos com defi ciência que apresentem habilidades básicas para o tra-balho, de acordo com pesquisa de mercado.

Público-alvo1. O projeto tem como foco principal introdu-

zir dentro das empresas a necessidade de trabalhar com a inclusão social, através do Emprego Apoiado.

2. Alunos com defi ciência física, intelectual e sensorial que frequentam o CREIA (surdos, cegos e baixa visão), transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/super-dotação.

Em Timóteo é possível, estatisticamente, prever uma demanda de 8.000 pessoas com defi ci-ência, considerando 10% da população de 80.000 habitantes.

Âmbito geográ� co do projetoO CREIA até ampliar gradativamente o aten-di mento a todas as pessoas com defi ciência, maiores de 16 anos de idade, que moram no município de Timóteo.

CREIA E EMPREGO APOIADO

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rodas, disléxicos graves, pessoas com síndrome de Down, com paralisia cerebral e outros que, excluídos de uma vida plena, permanecem relegados a uma existência obscura, insípida e desumana. Muitos são os fatores que contribuem para essa situação, como por exemplo, o preconceito, a falta de informação,

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educação e qualifi cação profi ssional inadequada. Desse preconceito nasce o desinteresse pela forma-ção educacional da pessoa com defi ciência, que en-frenta grandes obstáculos durante seu processo de aprendizado.

Essa situação só poderá ser mudada combatendo o preconceito e assumindo que as pessoas com de-fi ciência têm e merecem um lugar na sociedade. Essa postura os reconhece como cidadãos ativos, que agre-gam ao meio social valores tão importantes como o da diversidade, um fator que enriquece as relações humanas e quebra modelos mentais retrógrados. Uma reestruturação desse porte só acontece através de incentivo à formação educacional e profi ssional realizada por centros preparados, dotados de atitudes pedagógicas e infraestrutura coerentes e sustentá-veis, além da execução das políticas já existentes.

A Constituição de 1988 assegura ao cidadão a inclusão em todos os âmbitos, entre eles o direito de atuar no mercado de trabalho. Neste sentido, incluir não signifi ca apenas colocar a pessoa com defi ci-ência em um determinado posto, buscar resultados satis fa tórios tanto para o empregador como para o empregado, mas sim contribuir para que as pessoas empregadas se tornem produtivas e encontrem possibilidades de progredir.

Nesse contexto, programas e projetos que buscam a inserção de pessoas com defi ciência no mercado

de trabalho, com empregos de qualidade e acom-pa nhamento, interessadas no desenvolvimento de habi lidades e novas competências, se justifi cam pela importância tanto para o empregado como para o empregador. Como todo trabalhador, a pessoa com defi ciência tem o direito de competir por empregos estáveis, com bons salários, possibilidade de uma carreira funcional e de ser valorizado na equipe. No entanto, para que isso aconteça é preciso que exista apoio e uma avaliação tanto do emprego/função como das possibilidades oferecidas pelo futuro empregador. Assim, programas de qualidade para inserção de pessoas no mercado de trabalho, com condições ade-quadas, inclusive de formação continuada e promoção no trabalho, são desejáveis e possíveis.

Em 5 de junho de 2007 foi aprovado pela Organi-zação dos Estados Americanos (OEA), o Programa de Ação para a Década das Américas pelo Direito e pela Dignidade das Pessoas com Defi ciência 2006–2016, cujo tema central foi a Igualdade, Dignidade e Parti-cipação. Neste contexto, foi considerado o trabalho com “Emprego Apoiado que consiste em preparar uma pessoa com defi ciência para um posto de tra-balho mediante a assistência pessoal de um técnico de Emprego Apoiado ou preparador laboral. A meto-dologia do Emprego Apoiado analisa o potencial e o perfi l da pessoa com defi ciência desempregada e os compara com as vagas e necessidades de trabalho

P R O J E T O 1 8

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de uma empresa, facultando encontrar ou criar uma vaga que benefi cie os dois lados” (ITS Brasil - Jesus Carlos Delgado Garcia e Adriana Zangrande Vieira).

Atividades do projeto1. Oferecer o Núcleo de Ofi cinas Profi ssionalizantes

e Inserção no Mercado de Trabalho. Os objetivos destas ofi cinas são: proporcionar qualifi cação pro-fi ssional para pessoas com defi ciência auditiva e defi ciência visual, com idade acima de 16 anos; organizar um banco de dados das pessoas com defi ciência para encaminhamento profi ssional; garantir um espaço para a organização estrutural da vida da pessoa com defi ciência (emprego, in-serção produtiva, geração de renda e autonomia); oferecer cursos de capacitação para pessoas com defi ciência; oferecer palestras dirigidas a gestores e empresários sobre as possibilidades e produtivi-dade de pessoas com defi ciência; realizar acompa-nhamento e formação em serviço para empregados com defi ciência.

2. Realizar um levantamento com todos os parceiros das vagas disponíveis para pessoas com defi ciência no município.

3. Firma de parcerias para capacitação de pessoas com defi ciência nas vagas ofertadas, inclusive com a avaliação das possibilidades e limitações individuais.

4. Capacitação dos gestores para reconhecer as pos si-bi lidades dos futuros empregados com defi ciência e preparar as empresas para receber esses empregados, oferecendo todas as possibi lidades e opor tu nidades.

5. Acompanhamento de empregados e emprega-dores visando melhorias na atuação e progressão continuada.

6. Realização de avaliações em todas as etapas do desenvolvimento das ações com o objetivo de ve-rifi car necessidades.

Recursos, meios e necessidadesAtualmente, a instituição precisa ampliar os

recursos humanos, materiais e fi nanceiros, assim como rever a visão, missão e princípios da forma de atendimento que está prestando.

Para acompanhamento dos alunos que frequen-tam a entidade é necessária a ampliação da equipe multidisciplinar, a que deveria incluir terapeuta ocu-pa cional, fi sioterapeuta, fonoaudiólogo, psicó logo, psi cope dagogo, assistente social, auxiliar de enfer-magem, oftalmologista, neurologista e psiquiatra.

Estes profi ssionais prestarão os seguintes serviços: atendimento técnico para o funcionamento da entidade; suporte clínico/terapêutico; orientação aos professores para que o atendimento seja indivi-dualizado, de acordo com o problema apre sentado; preparação do educando para conviver com as difi cul-dades que pode enfrentar no processo de inclusão à comunidade; atendimento individualizado, em duplas ou grupos de acordo com a difi culdade; reali zação de triagem dos alunos encaminhados a todos os núcleos e às creches para defi nir demanda reprimida; suporte psicológico, pedagógico e legal para a família; tratamento mais real e efi caz, pois a postura do aluno no consultório difere totalmente da conduta no conjunto com os colegas.

Para desenvolver o projeto de Emprego Apoiado a entidade deverá implementar uma metodologia com planejamento individualizado e centrado na pessoa, possibilitando uma visão mais ampla de suas habilidades. O diferencial será de detectar as poten-cialidades de cada aluno, na busca dos apoios ou tecnologias para tornar as pessoas mais inde pen-dentes, articulando a rede da pessoa na comunidade e no campo empresarial.

ParceriasSindicato, Prefeitura Municipal, empresas e

instituições sociais.

100 Projetos de Emprego Apoiado

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PROJETO

Maira Soares Gomes. Psicóloga, especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho e em Gestãode Recursos Humanos. Profi ssional autônoma. Presta apoio e orientação profi ssional àpessoa com defi ciência. Curitiba – PR.

IntroduçãoA Lei 8.213/91, também conhecida como Lei de

Cotas, tem auxiliado nas contratações de pessoas com defi ciência para vagas de trabalho formal. A prática, no entanto, mostra que muitas vezes as contra-tações são feitas, mas não ocorre a efetiva inclusão da pessoa com defi ciência no ambiente corporativo, ou as pessoas são desligadas das empresas por ser consi deradas incapazes para aprender ou exercer as ativi dades laborativas. Tal situação evidencia a falta de conhecimento de profi ssionais e de empresários sobre as defi ciências e a capacidade laborativa e de apren-dizagem que as pessoas com defi ciência possuem.

Atividades do projeto1. Elaborar listagem de empresas, instituições de

ensino superior e de profi ssionais autônomos a serem visitados e/ou encaminhar material infor-mativo sobre o tema com objetivo de apresentar a metodologia do Emprego Apoiado.

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DISSEMINAR EMPREGO APOIADONO MEIO EMPRESARIAL

Objetivo geral Disseminar o conhecimento acerca do Emprego Apoiado no meio empresarial, profi ssional e acadêmico, promovendo a inclusão social da pessoa com defi ciência através do trabalho.

Objetivos especí� cos1. Disseminar e aplicar a metodologia do

Emprego Apoiado, capacitando gestores, pro-fi s sionais de empresas privadas, profi s sionais autônomos e estudantes de cursos superiores.

2. Articular encontros para discutir sobre o tema, dúvidas e sugestões para melhorar os serviços de EA.

3. Oferecer orientação e acompanhamento pro-fi s sional à pessoa com defi ciência no trabalho.

4. Promover a inclusão social da pessoa com defi ciência, através de sua inserção no mundo do trabalho.

Público-alvo1. Prospecção de empresas privadas, profis -

sio nais autônomos e centros acadêmicos.2. Alunos de cursos superiores da cidade de

Curitiba, Paraná, além dos atendimentos a pessoas com defi ciência, na faixa etária a partir de 18 anos, independente de situação socioeconômica. Apoio e orientação profi s-sional gratuitos.

Âmbito geográ� co do projetoCidade de Curitiba, Paraná, podendo estender-se à região metropolitana.

2. Elaborar calendário de treinamentos, palestras, workshops, grupos de estudos, entre outros.

3. Elaborar textos, apresentações PowerPoint e apostilas para treinamentos, workshops, seminá-rios, capacitações.

4. Criar site de internet para postagens de informa-tivos sobre o Emprego Apoiado, esclarecimento sobre defi ciências, divulgações de treinamentos, palestras, entre outros.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

5. Divulgar informativos referentes ao EA, defi ciências e outros afi ns, através de blog da autora, redes de relacionamento, mails, impressos, entre outros.

6. Apresentar a metodologia do EA a empresas pri-vadas, profi ssionais autônomos e instituições de ensino superior em encontros que possibilitem a discussão sobre o tema.

7. Promover capacitação de gestores e profi s-sionais de recursos humanos das empresas clientes, profi ssionais autônomos e acadêmicos de cursos superiores, referente à metodologia do Emprego Apoiado.

8. Buscar parcerias com instituições privadas, gover-namentais e não governamentais para obtenção de espaços de capacitação, treinamento, palestras, grupos de estudos, entre outros, visando a disse-minação da metodologia de Emprego Apoiado.

9. Criar espaço para atendimentos individuais ou pequenos grupos de pessoas com defi ciência,

profi ssionais e alunos de curso superior.10. Prestar apoio e orientação profissional à pessoa

com deficiência no ambiente de trabalho e, em atendimentos individuais, conforme demanda.

11. Elaborar planilhas de controle mensal das ativida-des realizadas.

12. Elaborar relatório anual das atividades desen-volvidas e feedback das empresas, profi ssionais, acadêmicos e pessoas com defi ciência atendidas pelo projeto.

Recursos, meios e necessidadesVeja tabela abaixo.

ParceriasEntidades privadas, governamentais e/ou não go-

vernamentais que possam auxiliar a difundir a meto-dologia do Emprego Apoiado e efetivar a inclusão so-cial da pessoa com defi ciência no mundo do trabalho.

Item

1

2

Valor

R$ 9.984,80R$ 1.500,00R$ 5.000,00R$ 3.484,80

R$ 9.722,91R$ 2.500,00R$ 1.548,00R$ 727,39R$ 385,09R$ 2.799,96R$ 1.762,47

R$ 19.707,71

RECURSOS HUMANOS

Categoria Pro� ssional

Psicóloga

Quantidade

01

Jornada de Trabalho

20h semanais

Honorários Mensais

R$ 3.600,00

Valor Total - 12 Meses

R$ 43.200,00

TOTAL GERAL: R$ 62.907,71

Especifi cação

Materiais de ConsumoMaterial de escritórioMaterial EducativoCondução – Vale Transporte Urbano

Materiais PermanentesNotebook (1)Multifuncional Xerox - Impressora a laser , copiadora e scanner (1)Armários (2)Mesa (60 cm x 120 cm)Cadeiras (4)Mini Projetor Philips

TOTAL

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 20

Analisa Fonseca Benites. Psicóloga, especialista em Gestão do Comportamento Organizacional.Porto Alegre - RS.

IntroduçãoO contingente de pessoas com defi ciência intelec-

tual e com defi ciência física, cadeirantes ou com mobi-lidade reduzida representa uma parcela menor se comparado às demais pessoas com outras defi ciências que são contratadas pela Lei de Cotas. O projeto visa favorecer a contratação de pessoas com defi ciência utilizando a metodologia do Emprego Apoiado em uma entidade do segmento de serviços. A empresa tem sede na capital do RS e Unidades de Atendimento no interior do Estado, com cerca de 4.000 empregados.

Atividades do projeto1. Apresentação do Emprego Apoiado à empresa.2. Estruturação de grupo para implantação da me-

todologia do EA, composto pelas áreas de Recur-sos Humanos, engenharia, área médica, seguran-ça do trabalho e área jurídica.

3. Capacitação do grupo na metodologia do EA, dis-ponibilizada, via curso de EaD e de algumas ações presenciais, a todos os interessados.

4. Levantamento na comunidade de pessoas com defi ciência para participação no projeto.

5. Levantamento de instituições, associações e ONGs que congregam pessoas com defi ciência.

6. Apresentação dos objetivos do projeto às pes-soas com defi ciência, familiares e parceiros.

7. Adequação de espaços, acessibilidade e ajustes nos deslocamentos para o pleno desempenho das tarefas do contratado.

8. Entrevista com os candidatos às vagas através da análise perfi l x habilidades.

9. Integração de empregados e apoiadores naturais.10. Agendamento de acompanhamento com

previsão de redução gradual das assistentes sociais e psicólogas.

11. Realização de seminário interno na empresa para apresentar vivências, resultados e identi-ficar melhorias.

12. Realização de seminário para empresas para compartilhar experiência e propor parceiras.

IMPLANTAÇÃO DO EMPREGO APOIADO EM UMA EMPRESA DE SERVIÇOS

Objetivos gerais1. Favorecer a inclusão de pessoas com defi -

ciência intelectual e física, através da meto-dologia do Emprego Apoiado (EA).

2. Contribuir com as vivências, práticas e apren-dizagens que este projeto proporcionará à sociedade e a segmentos empresariais.

Objetivos especí� cos 1. Ampliar as oportunidades de inclusão no tra-

balho para pessoas com defi ciências intelec-tual e física.

2. Desenvolver competências da equipe de RH na utilização da metodologia EA, favorecendo análise de contexto, abordagem às pessoas com defi ciência, familiares e comunidade.

3. Identifi car tecnologias assistivas, acessibili-dade, recursos de apoio para implementa-ção do projeto.

Público-alvoPessoas com defi ciência intelectual e física.

Âmbito geográ� co do projetoSede da empresa e demais fi liais.

Recursos, meios e necessidades1. A empresa conta com profi ssionais de vários seg-

mentos de atuação e formações diversas que po-derão contribuir de forma ampla com o projeto.

2. Entidades que congregam pessoas com defi ciên-cia e que já são parceiras da empresa.

3. Para implantar o projeto são necessárias pessoas especializadas, palestrantes e profi ssionais que contribuam com uma mudança de cultura.

ParceriasGoverno estadual, prefeitura, secretarias de estado e

Delegacia Regional do Trabalho e Emprego; insti tuições, associações, federações e ONGS que reúnem pessoas com defi ciência e familiares; profi s sionais atuantes no movi mento de inclusão de pessoas com de fi ciência no trabalho; universidades e escolas técnicas.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 21

Objetivo Ampliar as possibilidades de acesso das pes-soas com defi ciência, que recebem o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC), ao mundo do trabalho, por meio de par-ceria com órgãos/entidades que utilizam a me-todologia do Emprego Apoiado

Público-alvoPessoas com defi ciência que recebem o BPC, na faixa etária de 16 a 45 anos, prioritariamente.

Âmbito geográ� co do projetoAbrangência nacional com destaque a municí-pios que desenvolvem ações do Programa BPC Trabalho, em parceira com o Programa ACES-SUAS Trabalho.

Elyria Bonetti Yoshida.Psicóloga e Coordenadora Geral de Acompanhamento de Benefi ciários.

IntroduçãoO projeto busca promover a articulação do

Programa BPC Trabalho e a metodologia do Emprego Apoiado, através da Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério da Educação (MEC), Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI) e Associação Brasileira de Emprego Apoiado (ABEA).

Atividades do projeto1. Constituição de Grupo de Trabalho envolvendo

MDS, MTE, MEC, MCTI, ABEA e universidades para promover um alinhamento conceitual, articular polí ticas e organismos executores, e defi nir compe -tências e estratégias para o fi nanciamento das ações.

2. Sensibilização e capacitação dos gestores da Assis-tência Social e dos profi ssionais do SUAS para promo ver a incorporação dos princípios do Emprego Apoiado: qualidade de vida, autodeterminação, apoios, planejamento centrado na pessoa para o acompanhamento dos benefi ciários do BPC.

3. Estabelecer parcerias entre as Secretarias Municipais de Assistência Social e as organizações sociais que atendem pessoas com defi ciência, com o objetivo de estabelecer novos protocolos para contratar e fi nanciar entidades que adotem os princípios, fundamentos e metodologia do paradigma da qualidade de vida, do planejamento centrado na pessoa e do Emprego Apoiado.

Recursos, meios e necessidades1. Avaliar a possibilidade de utilização dos recursos

fi nanceiros repassados aos municípios por meio do Programa Acessuas Trabalho com vistas à articulação, mobilização e encaminhamento de pessoas em situação de vulnerabilidade e/ou

PROMOVER A ARTICULAÇÃO DOPROGRAMA BPC TRABALHO E O EMPREGO APOIADO

risco social para a inclusão no mundo do trabalho. O Programa BPC Trabalho está articulado com o Programa ACESSUAS Trabalho que tem como público prioritário pessoas com defi ciência que recebem o BPC.

2. Possibilidade de contratação ou de estabelecer parcerias com organizações sociais que atendem pessoas com defi ciência, utilizando a metodologia do Emprego Apoiado para realizar as ações do BPC Trabalho.

3. Investir na capacitação dos gestores da Assistência Social e dos profi ssionais do SUAS e demais atores para promover a incorporação dos princípios do Emprego Apoiado

ParceriasMinistério do Trabalho e Emprego (MTE), Minis-

tério da Educação (MEC), Ministério de Ciência e Tec-nologia (MCTI) e Associação Brasileira de Emprego Apoiado (ABEA).

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 22

Ivânia Maria da Costa Carvalho Silva. Licenciada Plena em Geografi a (UEMA), Bacharel em Serviço Social (UNIDERP/Anhanguera), Especialista em Gestão Pública Municipal (UFMA). Caxias – MA.

IntroduçãoA falta de conhecimento por parte dos professores

desta nova metodologia do Emprego Apoiado difi culta a descoberta das habilidades do aluno (PcD) no âmbito de trabalho. O propósito deste projeto é entregar cursos de formação às instituições de ensino, através da Secretaria Municipal de Educação de Caxias, localizada no Centro de Cultural José Sarney, na Avenida Getúlio Vargas, SN, Centro, Caxias (MA). A rede municipal de ensino fundamental conta com 281 escolas, distribuídas da seguinte forma: Sede municipal, 36 escolas com 16.519 alunos; Escolas Comunitárias, com 38.889 alunos; Classe Especial (70 alunos) e EJA (3.405 alunos). Na Zona Rural, há 209 escolas e 12.456 alunos. Entre creches, pré-escola, ensino fundamental e EJA, o município possui 629 salas permanentes e 161 salas provisórias.

EXERCENDO A CIDADANIA

Objetivo Levar conhecimentos sobre EA para instituições de ensino através de cursos de formação.

Público-alvoComunidade escolar.

Âmbito geográ� co do projetoEscolas da zona urbana da cidade de Caxias, que trabalham com a EJA.

Atividades do projetoCursos de formação, palestras, rodas de conversas,

atividades de campo, etc.

Recursos, meios e necessidadesMaterial pedagógico, recursos humanos, material

gráfi co e digital.

ParceriasEscolas da Zona Urbana que trabalham com EJA.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 23

Andrea Ikeda Garcia.Fisioterapeuta e Técnica de Emprego Apoiado.Osasco – SP.

IntroduçãoA Secretaria de Educação do Município de Osasco

(SED Osasco), Estado de São Paulo, atende alunos com defi ciência (AcD) desde a LDB de 1961, pelo prisma da Educação Especial. Em 1961, a LDB previa que os AcD estivessem inseridos na educação regular e indicava serviços especiais caso essa inserção não fosse pos-sível. A atuação e pressão de Instituições como a Sociedade Pestalozzi (década de 1930) e a APAE (década de 1950) propiciaram a inclusão das pessoas com defi ciência (nomeadas de excepcionais na LDB de 1961). As primeiras classes especiais para alunos com defi ciência intelectual (DI) foram criadas em 1965 pela SED Osasco, e funcionavam no prédio da APAE.

Chegada a década de 1970, Osasco passou a atender alunos com defi ciência na escola especial nomeada Escola para Excepcionais na Chácara Busso-caba. O número de seus alunos foi aumentando consi-deravelmente e seu modelo ajustando-se ao que de mais moderno havia no atendimento às pessoas com defi ciência. Esse atendimento contava com uma equipe de profi ssionais que foram se aperfeiçoando em cursos de especialização, e que buscavam um espaço mais adequado para a instalação da escola visando atender um maior número de alunos. Em 1973 foram criadas mais classes especiais, totali zando 4 (quatro). A Chácara Bussocaba passou a ser considerada, desde então, a 1ª Escola Municipal de Educação Especial (área de defi ciência mental). No entanto, devido à alta demanda de alunos de educação especializada, foi criada, em 1981, a segunda escola especial destinada a atender pessoas com defi ciência mental moderada.

Em 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente foi um marco importante na história educacional das crianças com defi ciência ao prever em seu artigo 53 que a criança e o adolescente têm direito à educação para seu desenvolvimento pleno, preparo para a cidadania e qualifi cação para o mercado de trabalho; e em seu artigo 54, o atendimento educacional especializado aos “portadores de defi ciência”, preferencialmente

IMPLEMENTAÇÃO DE EMPREGO APOIADO NA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE OSASCO

na rede regular de ensino. A inauguração em 1992 da Escola Municipal de Educação Especial de Osasco (EMEE Edmundo Campanhã Burjato) já contava com uma equipe multidisciplinar de professoras, fono-audiólogas, terapeutas ocupacionais, psicólogas, assis-tentes sociais e enfermagem, e, mais tarde, fi siote ra-peutas visando tanto o trabalho pedagógico como também a estimulação de psicomotricidade, ativi-dades de vida diária e 5 ofi cinas: encadernação, arte-sanato, marcenaria, perfumaria e bijuterias. Nessa época ainda havia uma visão de inserção nas escolas especiais, o que potencializava a exclusão social nas escolas regulares.

Desde 2005, a Secretaria Municipal de Educação de Osasco passou a desenvolver o Programa de Edu-cação Inclusiva (PEI) com o objetivo de alcançar uma educação pública de melhor qualidade, e algumas

Objetivo geralFavorecer a empregabilidade da pessoa com defi ciência.

Objetivos especí� cos1. Realizar o perfi l vocacional do aluno com

defi ciência (futuro trabalhador) durante a fase de escolarização, a princípio no Ensino Fun-damental e, posteriormente, no Ensino Médio.

2. Mudar o paradigma de uma educação e so-ciedade que insere PcD no mercado de tra-balho para uma educação e sociedade que inclui a PcD.

Público-alvoPessoas com defi ciência da Rede Municipal de Ensino (SED Osasco) e os alunos da DRE de Osasco.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípio do Osasco podendo expandir para as cidades próximas como Carapicuíba, Barueri, Santana de Parnaíba, Alphaville, São Paulo, Cotia; regiões estas que possuem muitas empresas.

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estratégias foram desenvolvidas com base nas legis -lações vigentes. De 2005 a 2011, os alunos da escola especial com idades entre 7 a 14 anos foram incluídos grada tivamente nas escolas regulares, sendo estas equi padas com materiais enviadas pelo MEC às salas de recursos multifuncionais (SRM). Em 2006 avançou na Formação Continuada de pro fes-sores e na acessibilidade física e tecnológica. Em 2007 foram instituídas 34 salas de Atendimento Educa cional Especializado (AEE) nas EMEFs (Escolas Municipais do Ensino Fundamental). Todas estas ações já consolidavam a proposta do MEC que, em 2008, lançou a Política Nacional de Educação Especial na Pers pectiva da Educação Inclusiva. Muitos ajustes e apri moramentos para a efetiva implantação desta política foram necessários a fi m de otimizar os serviços já existentes e proporcionar capacitação aos profi s sionais da SED Osasco.

Em 2011, a recém criada Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) contribuiu para fomentar um debate mais intenso em relação à Educação Especial e uma efetiva Educação Inclusiva. A SED Osasco passou a investir, assim como o MEC, em formações mais intensas, mate riais didáticos direcionados à inclusão da pessoa com defi ciência e a planejar a ampliação do número de escolas municipais com o AEE (salas de recursos multifuncionais).

Em 2013, Osasco aderiu ao Plano Viver sem Limite (Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Defi ciência) do Governo Federal, assumindo o compro-misso político relacionado à plena cida dania das pessoas com defi ciência (PCD) em seus 4 (quatro) eixos: acesso à educação, inclusão social, atenção à saúde e aces sibilidade. Diante desse plano da gestão pública da Prefeitura do Município, a implementação da meto dologia de Emprego Apoiado (EA) vem de encontro com uma política pública na perspectiva de uma educação inclusiva e com uma política pública gover namental. Em 2014, as salas de AEE somavam 43 e, em 2015, foram criadas mais 4.

Osasco se destaca como uma importante cidade no cenário nacional por incluir pessoas com defi ciência no mercado de trabalho com parcerias entre enti-dades sindicais, patronais e de trabalhadores, e da Gerência Regional do Trabalho (GRTE) do Minis tério

do Trabalho e Emprego (MTE). Entretanto, aprimo ra-mentos no setor da empregabilidade são neces sários para permanência, capacitação e valorização dos pro-fi s sionais com defi ciência nas empresas. O EA é uma metodologia que engloba um “conjunto de ações de assessoria, orientação e acompanhamento perso-nalizado dentro e fora do local de trabalho, realizadas por profi ssionais denominados de técnicos em EA”.

Segundo dados estatísticos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), órgão que faz levan ta-mento estatístico CAGED/RAIS, pode-se perceber alguns avanços inclusivos do município na área de educação e no perfi l de Empregabilidade das Pessoas com Defi ciência. A estratégia de uma parceria entre Secretaria de Educação de Osasco (SED Osasco), Diretoria Regional de Ensino do Município de Osasco (DRE Osasco), e Secretaria do Desenvolvimento, Tra-balho e Inclusão (SDTI) acarretaria na efetiva in clusão da pessoa com defi ciência na sociedade. Logo, a articulação entre as diversas Secretarias Municipais e a Diretoria Regional representa o grande desafi o.

Atividades do projeto1. Levantamento de todos os alunos com defi ciên-

cia matriculados na rede municipal de Osasco (GED/PRODESP).

2. Sensibilização da família e do aluno no 2º semes-tre do 5º ano para a perspectiva de inclusão no mercado de trabalho após conclusão do ensino médio. Caso seja aluno da EMEE Edmundo Cam-panha Burjato, a sensibilização da família inicia-se a partir de 2014, ou caso seja da EJA, inicia-se no 2º semestre do último ano escolar. Essa sensibili-zação será feita pelo técnico de EA.

3. Parceria entre SED Osasco e Diretoria Regional de Ensino da região de Osasco (DRE) com a fi nalidade de concretizar a avaliação do perfi l vocacional do futuro trabalhador.

4. Acompanhamento do término da vida escolar destes alunos com defi ciência nas escolas do Estado da cidade de Osasco (GDAE/PRODESP).

5. Parceria entre empresas da região de Osasco, a técnica de EA e a SDTI. Esse profi ssional avalia a compatibilidade entre perfi l da vaga de emprego e perfi l vocacional do futuro trabalhador. Durante esta avaliação, a técnica de EA realizará um

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trabalho com a família e a comunidade. Seria impor tante que no 2º semestre do 9º ano seja iniciado este trabalho com o aluno, família, comu-nidade e futura empresa, pois, desta forma, ele sairia empregado do ensino médio. Finalizado o perfi l vocacional, iniciar a procura de emprego de acordo com as motivações dos usuários de EA.

6. Estabelecer parcerias com as Secretarias: a) de Saúde para viabilizar atendimentos médico e tera-pêuticos necessários; b) de Transporte para viabi-lizar a condução residência - trabalho; c) de Cultura para viabilizar o acesso ao lazer; d) de Esporte para viabilizar o acesso a alguma prática esportiva de interesse deste futuro trabalhador.

7. Estabelecer parceria entre Prefeitura de Osasco/SED e universidades, faculdades e Ensino Téc-nico Profi ssionalizante visando a evolução pro fi s -sional e posterior inclusão do aluno no mercado de trabalho.

8. Acompanhamento da técnica de EA antes, durante e no período pós colocação do trabalhador com defi ciência no mercado formal de trabalho. Essa meto dologia poderá servir de instrumento para pesquisas científi cas em parceria com univer-sidades locais (ex. UNIFIEO, Faculdade Anha n-guera, e futura UNIFESP de Osasco) em prol de um aperfeiçoamento da metodologia de EA e do profi ssional.

9. Iniciativa de atuação e comprometimento do município em fortalecer a inclusão da pessoa com defi ciência, de forma legítima, propondo a criação de uma lei municipal de apoio à inclusão da pessoa com defi ciência no mercado formal de

trabalho, que deverá ser aprovada pela Câmara Municipal de Osasco.

10. Cobrar a fi scalização da Lei de cotas do órgão de direito (MTE X SDTI).

Recursos, meios e necessidades Todas estas propostas explanadas na metodologia

vêm de encontro à construção de uma política pública municipal, em consonância com a adesão do Município de Osasco ao Programa do Governo Viver sem Limite, cujo enfoque estratégico chama-se Emprego Apoiado. Este projeto não envolve nenhum custo adicional à Secretaria de Educação do Município de Osasco, uma vez que a autora deste projeto já é funcionária da Prefeitura com curso de Emprego Apoiado, ou seja, já é uma técnica de EA, certifi cada pelo Instituto de Tecnologia Social (ITS Brasil) em parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Inclusão Social (SECIS) como parte de uma política pública do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT). Esta formação é ofe recida gratuitamente pelo ITS Brasil podendo ser ampliada para outros profi ssionais da SED que tenham interesse nesta área de atuação.

Parcerias SED Osasco, DRE Osasco, SDTI, Secretaria da

Saúde, Secretaria de Esporte, Secretaria de Cultura, empresas de transporte municipal e intermunicipal, e empresas de Osasco e regiões próximas.

Autorizado pela Secretária de Educação do Muni-cípio de Osasco, Sra. Régia Maria Gouveia Sarmento, a publicação deste projeto em nome da autora e da Instituição (SED Osasco).

100 Projetos de Emprego Apoiado

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PROJETO

Daniela Medeiros.Graduada em Educação Especial; Graduada em Pedagogia. Graduação em andamento em Letras Libras. Doutoranda em Educação nas Ciências. Docente e intérprete de Libras. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Ijuí - RS.

IntroduçãoO projeto foi elaborado durante o período em que

atuei como docente temporária de Libras no Instituto Federal do Rio Grande do Sul, campus Ibirubá. Assim, o projeto foi construído para ser desenvolvido nesta Instituição a partir das ações desenvolvidas pelo Núcleo de Apoio à Pessoa Com Necessidade Específi ca (NAPNE), que é o órgão responsável pela coordenação das atividades ligadas à inclusão.

O IFRS/campus Ibirubá assumiu efetivamente suas atividades em 1º de fevereiro de 2010 e, atual-mente, possui mais de mil e duzentos alunos nos diversos cursos e programas que possui. São eles: técnicos – modalidade integrado (Agropecuária, Infor-mática, Me câ nica); técnicos – modalidade subsequen-te (Eletro técnica, Mecânica); superiores (Agronomia, Engenharia Mecânica, Licenciatura em Matemática, Tecnologia em Produção de Grãos); e programas (PRONATEC - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego Programa Mulheres Mil). O Cam-pus Ibirubá está localizado na Rua Nelsi Ribas Fritsch, nº 1111, no Bairro Esperança, na cidade de Ibirubá/RS.

No município de Ibirubá e região o processo de inclusão, em geral, ainda é percebido por alguns com resistência e discursos excludentes, de forma que a perspectiva integracionista ainda caracteriza boa parte das práticas vivenciadas. A partir disso, do espaço e representatividade do IFRS (Campus Ibi-rubá) junto ao município e região, vale questionar: Em que medida as ações do NAPNE IFRS/Campus Ibirubá podem potencializar o movimento de inclu-são no mercado de trabalho em Ibirubá e região?

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CONTRIBUIÇÕES DO NAPNE IFRS NA INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO

Objetivo geralPossibilitar uma maior inclusão das pessoas com defi ciência no mercado de trabalho, esti-mulando e orientando as empresas envolvidas neste processo.

Objetivos especí� cos1. Identifi car e localizar as pessoas com de-

fi ciência no município de Ibirubá/RS e região que estejam fora do mercado de trabalho e/ou de instituições escolares.

2. Identifi car as empresas e instituições do muni-cípio de Ibirubá/RS e região que pos suem interesse na contratação de pessoas com de-fi ciência, estimulando e orientando, também, aquelas que não apresentam tal interesse.

3. Possibilitar (por meio de entrevistas, enca-mi nhamentos e acompanhamentos) a colo-cação destes sujeitos nas referidas empresas.

Público-alvoPessoas com defi ciência do município de Ibiru-bá e região.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípio de Ibirubá e região. Por municípios da região compreendem-se aqueles que já possuem vínculos, parcerias ou mesmo convê nios de outras instâncias com Ibirubá e, por isso, uma proxi midade que nos aparece como ponto facilitador.

Atividades do projeto1. Apresentação do projeto junto ao IFRS, aguardan-

do o retorno positivo para iniciar suas atividades.2. Incluir o projeto “Emprego Apoiado” nas ações já

desenvolvidas pelo NAPNE, com o auxílio de alunas bolsistas e profi ssionais que compõem o Núcleo.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

3. Realizar contato com a Prefeitura Municipal/Se-cretaria Municipal de Educação do município (Ibi-rubá/RS) e região e meios de comunicação dispo-níveis, a fi m de divulgar o projeto proposto.

4. Realizar entrevistas e reuniões com sujeitos com necessidades específi cas e seus familiares a fi m de construir um mapeamento dos sujeitos existentes e interessados. Também consiste na descoberta dos pontos fortes, interesses e necessidades de apoio da pessoa.

5. Estabelecer contato com as empresas e os empre-gadores a fi m de explicar sobre o projeto, conseguir parcerias com as mesmas e verifi car as demandas apresentadas.

6. Verifi car a compatibilidade entre os perfi s das pes-soas com necessidades específi cas cadastradas e o perfi l das vagas disponibilizadas pelas empresas.

7. Acompanhar a inserção destes sujeitos e auxiliar nas adaptações necessárias para o desenvolvi-mento de suas funções.

Recursos, meios e necessidadesJunto à parceria com a Prefeitura Municipal/Secre -

taria de Educação do município, buscar-se-á di vulgar a existência do projeto a partir dos meios de comu-nicação disponíveis. São eles: rádio local, jornais locais, sites da prefeitura e do IFRS e visitas nas empresas interessadas e escolas especiais.

ParceriasA fi m de otimizar o processo de identifi cação das

pessoas com defi ciência, pretende-se utilizar as alunas bolsistas e os contatos/parcerias já existentes entre IFRS e Prefeitura Municipal/Secretaria de Educação, como facilitadores na identifi cação destes sujeitos.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 25

Objetivos 1. Criação de blog para interface entre empresas

com vagas para pessoas com defi ciência, pre-paradores laborais e candidatos a emprego.

2. Criar sistema de alerta para cruzamento de dados que permitam alinhar currículos e perfi l de emprego, toda vez que as compa-tibilidades alcançarem o total de 70%.

3. Criar currículo fl exível com informações pes soais que os currículos formais não consideram, para identifi car potencialidades nos gostos e hábitos de vida dos candidatos.

4. Criar cadastramento de vagas voltado às ati-vidades desempenhadas na função, mais do que nas qualifi cações requeridas.

Público-alvoEmpresas com vagas para pessoas com de-fi ciência; pessoas com defi ciência que buscam trabalho; preparadores laborais; interes sados no tema.

Âmbito geográ� co do projetoBrasil.

Jackeline Aparecida Ferreira Romio.Mestre em Demografi a. Unicamp/ ITS Brasil. São Paulo - SP.

IntroduçãoTrabalhar como preparador laboral para a in serção

de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho formal é um grande desafi o. Alinhar as expec tativas das pessoas com defi ciência com as empresas que podem, poten cialmente, receber estes traba lhadores, requer compreender o acesso e permanência no trabalho formal como um direito. O preparador laboral mexe com sonhos e expectativas, o que o leva a desenvolver uma maior sensibilidade e disponi-bilidade para escutar e interpretar, muito mais do que falar e ensinar. Isto ocorre tanto na interface com o candidato ao trabalho como com os empregadores que às vezes precisam compreender que empregar pessoas com defi ciência não é um ato de caridade, mas sim estar de acordo com a constituição brasileira que assegura direitos iguais para todos/as.

Pessoas com defi ciência enfrentam cotidia-namente situações de violações de seus direitos. Este ambiente de violências produz muitas vezes insegu-ranças sobre suas habilidades, sonhos e projetos de vida. Um técnico de emprego apoiado deve saber lidar com essa realidade e ampliar seu olhar além do cur rículo con vencional da pessoa, conhecendo e inte-ra gindo com os outros ciclos sociais da pessoa, como a família e a comu nidade na qual ele está inserido.

Os blogs costumam ser um ambiente digital mais acolhedor e familiar, espaço livre de formalidades como as que existem nos grandes sites de busca de emprego. Este é o tema do projeto, que tem como instituição executora o ITS Brasil. Espera-se que o blog seja um ambiente virtual ideal para que traba-lhadores com defi ciência encontrem emprego e que as empresas se sintam seguras em escolher o método para a colocação profi ssional dos seus funcionários. Também se espera que o blog sirva de meio para criar redes de trabalho e contatos para disseminação de informação de qualidade sobre acesso igualitário ao mercado de trabalho.

CRIAÇÃO DE UM BLOGDE EMPREGO APOIADO

Atividades do projeto1. Subir o Blog, procurar empresas parceiras, divulgar

as vagas, localizar treinadores laborais, cadastra-mento de todas as informações nas seguintes pá-ginas do blog.

2. Organização do blog em 5 páginas com informações sobre: o perfi l do candidato; perfi l e vagas das empresas; a metodologia do EA; Fórum; e treinadores laborais, que podem ser acionados quando a empresa os solicite para acompanhamento nos postos de trabalho.

Recursos, meios e necessidades.Captação de empresas com vagas para pessoas

com defi ciência, treinadores laborais e manutenção do blog.

Parcerias Com empresas.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 26

Márcia Rodrigues da Silva.Formada em Pedagogia, Mestre emEducação (UFG). Professora Efetiva darede pública municipal. Catalão- GO.

IntroduçãoA discriminação e o preconceito negam às pes-

soas com defi ciência o direito de contribuir com o crescimento econômico do país. O presente projeto propõe a construção de um programa institucional para implementar a metodologia do Emprego Apoiado nas con fecções de moda íntima do sudeste goiano. A entidade escolhida para execução do projeto é uma Confecção de moda íntima com uma história de mais de 16 anos no mercado da confecção. Instalada em um bairro nobre da cidade, atende o mercado interno e o de exportação.

Atividades do projeto

1ª Etapa- Contatos iniciais1. Enviar ofício para os representantes do setor

agendando uma apresentação da proposta de empregabilidade das pessoas com defi ciência ou em situação de exclusão social através da metodologia do Emprego Apoiado.

2. Mediante o aceite, agendamento de dia e hora para apreciação da proposta.

2ª Etapa - Apresentação e execução do programa 1. Apresentação e detalhamento da proposta

ao corpo administrativo e aos funcionários da empresa.

2. Garantir a acessibilidade física e arquitetônica dentro da empresa.

3. Elaborar um programa de formação e qualifi -cação para as pessoas com defi ciência dentro da empresa.

4. Montar um programa de customização de vagas.

3ª Etapa – Resultados relevantes1. Igualdade de oportunidades.2. Profi ssionalização das pessoas com defi ciência.3. Empregabilidade e autonomia dos trabalhadores

do Emprego Apoiado.

EMPREGO APOIADO EMCONFECÇÕES DE MODA

Objetivo geral Construir programa institucional para discutir a implementação do Emprego Apoiado nas con-fecções de moda íntima no sudeste goiano.

Objetivos especí� cos:1. Propor que abram vagas em todos os seto-

res da confecção: corte, enfesto, modelagem, ampliação e redução, moulage, risco, marca-ções, costura, sistema de alimentação, linha de montagem, revisão, acabamento (arrema-te e embalagem).

2. Acompanhar todo o processo de implemen-tação da metodologia do Emprego Apoiado.

Público-alvoPessoas com defi ciência ou em situação de ex-clusão social, com as mesmas condições de tra-balho e salário do trabalhador sem defi ciência.

Âmbito geográ� co do projetoA região sudeste de Goiás se constitui como polo de confecção de moda íntima, por esse motivo procuraremos uma das empresas com maior representatividade na região para apresentar a proposta de implementação da metodologia do Emprego Apoiado.

4ª Etapa – Mudanças com aplicação do projeto1. Eliminação das barreiras arquitetônicas e atitu-

dinais. 2. Consolidação do desenvolvimento profi ssional

a partir do Emprego Apoiado.3. Estabelecimento de inter-relações com os

diversos setores sócias.

Recursos, meios e necessidadesRecursos humanos necessários para implementar

o projeto.

ParceriasEmpresas de confecção de moda íntima.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 27

Ricardo Alexandre da Cruz.Doutor e Pós-Doutor em Educação. Professor efetivo da Universidade Federal do Acre.

IntroduçãoA educação é um dos principais instrumentos

para a democratização da sociedade, embora existam outras possibilidades que têm se constituído como mecanismos efi cazes para obter equidade social. Uma delas é a metodologia do Emprego Apoiado, uma forte alternativa para a superação dos problemas sociais gerados pela exclusão social em suas várias dimensões.

A principal meta do Emprego Apoiado é promover a inserção de pessoas ou grupos em situação de vulnerabilidade social no mercado de trabalho. Esta metodologia se destaca por fundamentar-se no pressuposto de que todo ser humano tem condições, desde que conte com os apoios neces sários, para desem penhar com qua lidade funções exis tentes no mer cado de trabalho. É importante frisar que o pro-cesso de inserção de pessoas que advém do Emprego Apoiado nas empresas e instituições resulta tanto em ganhos para a empresa como para o funcio nário que contou com o suporte de um técnico/consultor de EA.

A fi nalidade do projeto é a inserção no mercado de trabalho de ex-detentos. É de conhecimento público que essa população encontra imensas difi cul dades para inserir-se no mercado de trabalho, devido ao estigma que carregam. Existe, portanto, uma neces-sidade urgente de trabalhar com esse segmento. Várias são as instituições que podem atuar como realizadoras do projeto: entidades públicas, ligadas à promoção do desenvolvimento social, e entidades privadas que, geralmente motivadas por incentivos fi scais, oferecem apoio a projetos orientados à pro-moção, resgate e manutenção da cidadania. De acordo com a metodologia do EA, o processo de iden ti fi cação e abordagem das entidades (públicas ou privadas) que podem realizar o projeto é feita pelo técnico/consultor.

DAS PRISÕES AO MERCADODE TRABALHO: USO DO EA PARA REINSERÇÃO SOCIAL DE DETENTOS E EGRESSOS DO SISTEMA PRISIONAL

Objetivo Inserir no mercado de trabalho ex-detentos de uma instituição prisional de Minas Gerais.

Público-alvoDetentos e, principalmente, ex-detentos em uma instituição prisional de Minas Gerais.

Âmbito geográ� co do projetoInstituição prisional de Minas Gerais

Atividades do projeto1. Realizar levantamento dos ex-detentos que já ten-

taram ou que manifestam o desejo de entrar no mercado de trabalho e não conseguiram. Importa mapear o potencial e habilidades dos mesmos.

2. Identifi car e aproximar-se daquelas empresas e instituições que podem receber essas pessoas em seu quadro de pessoal.

3. Disponibilização de informações sobre profi ssões para os ex-detentos e sobre suas capacidades e potencial para as empresas.

Recursos, meios e necessidades Todos aqueles que passaram pelo curso de for-

mação em Emprego Apoiado podem fornecer impor-tantes contribuições no desenvolvimento do projeto, particularmente os organizadores e outros que traba-lham a temática há algum tempo.

A realização do projeto demandará recursos fi nan-ceiros, assistência técnica, etc. No entanto, somente em uma situação concreta é possível avaliar os recursos materiais necessários para a sua realização.

ParceriasInstituto de Tecnologia Social (ITS Brasil) e enti-

dades e instituições que trabalham com a Metodo-logia do Emprego Apoiado.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 28

Vanessa Bernardo da Silva Cezimbra, Assistente Social. Salvador – BA.

IntroduçãoA entidade utilizada para a elaboração deste

projeto é uma empresa fi ctícia. No entanto, o projeto foi pensado de acordo com um ambiente e caracte-rísticas específi cas.

A JV social é uma organização com 75 anos de existência, localizada na cidade Salvador Bahia. Possui um total de 3.000 colaboradores e suas atividades estão voltadas para apoio às indústrias em diversos segmentos, como saúde, segurança no trabalho, meio am biente, cursos de qualifi cação, e educação níveis básico e superior. Para atender seus clientes, a empresa possui unidades distribuídas em todo o estado, de maneira que parte importante do seu trabalho se desenvolve na área administrativa. Neste sentido, o risco é baixo para inclusão de pessoas com defi ciência.

A situação problema levantada para o projeto foi o cumprimento da cota de pessoas com defi ciência, acessibilidade da organização, os diversos tipos de de-fi ciência, qualifi cação profi ssional e responsabilidade social da organização.

Atividades do projeto1. Construção de banco de currículos: estabelecer par-

ceiras com associações para oportunizar pessoas com defi ciência e estabelecer perfi l vocacional.

2. Sensibilização: lançar o projeto, capacitar gestores e colaboradores para inclusão de pessoas com de-fi ciência, estabelecer processos de acolhimento, capacitar apoios requeridos.

3. Diagnóstico Ergonômico: Contratar consultoria, relatórios de postos de trabalho e áreas comuns, revisão das políticas de saúde e segurança, elabo-ração de plano de melhoria e inclusão.

4. Acessibilidade: Relatório de acessibilidade, rela-tório de adaptações de áreas comuns, proposição de acessibilidade de ganhos rápidos.

5. Desenvolvimento do emprego: seleção de PcD

INCLUSÃO DE PESSOAS COMDEFICIÊNCIA NA JV SOCIAL

Objetivo geralReconhecer e desenvolver as potencialidades das pessoas com defi ciência, a fi m de aproveitá--las nas diversas áreas da organização.

Objetivos especí� cos1. Identificar a potencialidade das pessoas

com deficiência, através da qualificação profissional.

2. Proporcionar a inclusão social através da me-todologia do Emprego Apoiado.

Público-alvoPessoas com defi ciência sem oportunidades de emprego ou qualifi cação e colaboradores da or-ganização JV Social.

Âmbito geográ� co do projetoSalvador e cidades do interior doestado da Bahia.

no banco de cadastro, customização do posto de trabalho, treinamentos.

6. Desenvolvimento e apoio: Acompanhamento da in-clusão, capacitação de apoio na comunidade, capa-citação de apoio na família, revisão das políticas de gestão de pessoas, manual de convivência para PcD.

Recursos, meios e necessidadesInstituição que forneça qualifi cação; recurso de

pessoal para seleção e acompanhamento social das pessoas com defi ciência; empresa de consultoria para análise ergonômica, acessibilidade e posto de traba-lho; recurso fi nanceiro para questão de acessibilidade.

ParceriasAssociações e organizações de apoio a pessoas

com defi ciência na cidade de Salvador – Bahia. SENAI – Bahia.

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PROJETO

Nathalia Cavaliere do Amarante.Assistente Social (UFRJ). Mestranda em Direito e pesquisadora da UFRJ. Rio de Janeiro – RJ.

IntroduçãoO presente projeto se insere no Núcleo Inter-

disciplinar de Estudo, Pesquisa e Extensão de Educação em Direitos Humanos (NEDH), criado em 2011 a partir de um ato administrativo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), fruto de um edital da Secre taria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), através da Subsecretaria Nacional de Pro-moção e Defesa dos Direitos Humanos, represen-tando uma preocupação da Pró-Reitoria de Extensão por consolidar ações no campo da Educação em Direitos Humanos, em consonância com o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (2007) e o Programa Nacional de Direitos Humanos III (2009). O objetivo do NEDH é implementar ações de ensino, pesquisa e extensão visando à formação e promoção de políticas e projetos acadêmicos no campo da Educação em Direitos Humanos na Universidade.

A metodologia do Emprego Apoiado, ainda recente no Brasil, de Jesus Carlos Delgado e Adriana Zangrande, consiste em preparar pessoas com de-fi ciência interessadas em um determinado posto de trabalho, mediante assistência individual de um consultor ou técnico a fi m de potencializar as habili-dades da pessoa com defi ciência. Paralelamente, o técnico dedica-se a selecionar a melhor vaga dentre as disponíveis, o local de trabalho ideal e a melhor instituição empregadora, tendo em vista as neces-sidades e potencialidades da pessoa com defi ciência e os interesses da própria empresa, evitando uma dinâmica assistencialista. A metodologia do Emprego Apoiado também considera a adaptação da vaga de trabalho em vista de potencializar o sujeito e atender as suas necessidades, é o que se chama “customização da vaga”.

A legislação referente às pessoas com defi ciência no Brasil e no âmbito internacional é extensa. O Brasil aparece como vanguarda no processo de luta e ga-rantia de direitos da pessoa com defi ciência, o que nem sempre se confi gura em termos de efetivação desses direitos.

Em 2000, o censo do Instituto Brasileiro de Geo-grafi a e Estatística (IBGE) identifi cou 24,6 milhões de

pessoas com defi ciência no Brasil, através da autode-clararão, o que representa 14,5% da população brasi-leira. No censo de 2010, essa cifra foi de 45,6 milhões de pessoas com defi ciência na sociedade brasileira, o equivalente a 23,9% da população.

O signifi cativo aumento de pessoas com de-fi ciência no Brasil esteve acompanhado de um crescimento no número de pessoas com defi ciência que ingressaram no ensino superior entre 2000 e 2010, segundo dados divulgados pelo MEC. O aumento foi calculado em 933,6% em um período de 10 anos, considerando que em 2000 havia 2.173 pessoas com defi ciência frequentando a educação superior e em 2010 o número de alunos com defi ciência no ensino superior cresceu para 20.287.

No entanto, nas universidades as pessoas com defi ciência recebem escassa atenção enquanto servi-dores pú blicos ou alunos. Assim, aos servidores pú-blicos que se tor naram pessoas com defi ciência, apenas lhes é dada a opção de aposentar-se por inva-lidez, trans formando-os em sujeitos impro dutivos do ponto de vista social e laboral, entendendo aqui o tra balho como constitutivo do sujeito social. Isto é, há uma ausência de política interna da universidade em relação à reabilitação. A proposta desse projeto é

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Objetivo geralIncluir as pessoas com defi ciência na universi-dade, respeitando suas habilidades e potencia-lidades.

Objetivos especí� cos1. Avaliar as habilidades e as potencialidades

de servidores públicos e alunos com de-fi ciência ou em situação de exclusão social, de acordo com a vaga e/ou curso aos que são destinados.

2. Adaptar as vagas para os servidores públi-cos com defi ciência.

Público-alvoServidores públicos e alunos com defi ciência.

Âmbito geográ� co do projetoUniversidade Federal do Rio de Janeiro.

EMPREGO APOIADO PARAALUNOS E SERVIDORES DA UFRJ

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100 Projetos de Emprego Apoiado

apresentar a possibilidade de adaptação da vaga para esse servidor, entendendo suas novas habili dades e possibilidades e analisando as opções de perma nência no mesmo cargo ou transferência de função. No caso do servidor que se tornou pessoa com defi ciência e já não consegue mais executar a função que lhe era cabida, é possível transferi-lo para um cargo de gerência dessa mesma função, o que não só garante o conhecimento minucioso do exercício profi ssional, mas também a segurança e o prazer de continuar na mesma área.

Na admissão de servidores públicos com defi ciência ou em situação de exclusão social, uma análise de seu perfi l profi ssional, através do mapea-mento de suas habilidades e potencialidades, junto com um levantamento das vagas disponíveis na univer sidade, diminui o risco dessa pessoa ser suba-proveitada por conta de sua defi ciência. Feito o cru-za mento das informações, o servidor poderá ser encaminhado para a vaga que melhor atenda às suas necessidades e que possibilite a potencialização de suas habilidades. Se for necessário, é possível custo mizar/adaptar a vaga já existente para melhor enqua dramento da pessoa com defi ciência, aten-dendo também às necessidades do cargo.

A proposta possibilita a transposição da metodo-logia do Emprego Apoiado para a inclusão de alunos com defi ciência – que ingressaram na universidade como pessoas com defi ciência ou que se tornaram depois - nos cursos da universidade, mapeando suas habilidades e necessidades e avaliando o apoio que a universidade precisará dispor, em termos arquitetô-nicos ou comunicacionais.

Atividades do projeto1. Organizar um cadastramento único anual de todas

as pessoas com defi ciência ou em situação de exclusão social que formam parte da universidade (servidores públicos e alunos).

2. Triagem inicial da pessoa com defi ciência para in-gresso na universidade.

3. Realizar perícia médica para ingresso da pessoa com defi ciência na universidade.

4. Mapear o perfi l das pessoas com defi ciência (alunos e servidores), bem como os setores/cursos que estão lotados.

5. Fazer um levantamento de quais vagas de trabalho estão em aberto e quais habilidades cada vaga exige para exercício da função.

6. Avaliar as adequações arquitetônicas necessárias em cada campus para atender as necessidades dos alunos em cada curso.

7. Acompanhar as pessoas com defi ciência na univer-sidade.

8. Realizar atividades de pesquisa e extensão sobre a temática.

Recursos, meios e necessidadesO projeto exige uma equipe multidisciplinar com-

posta por dois psicólogos, dois médicos do trabalho, dois profi ssionais do serviço social e um intérprete de Libras, além de estagiários, bolsistas de todas as áreas e pesquisadores. Essa equipe trabalhará em regime de plantão todos os dias, em relação direta com o Depar-tamento de Pessoal da universidade e a administração dos campus e prédios.

As atividades do projeto acontecerão em um espaço físico adaptado, próximo ao Departamento de Pessoal da universidade, com sala de entrevista individual e coletiva e sala de pesquisa. Todas as salas devem ter computador (com software de leitor de voz), internet e impressora. Além de material básico de escritório, como folha, caneta, grampeador e clipes. Todos os materiais devem estar disponíveis em versão digital e em Braile.

ParceriasO presente projeto contará com a parceria das

divisões já existentes na universidade que inter-mediam a relação entre o servidor público e a UFRJ. Também estreitará a parceria com as faculdades de psicologia, medicina e serviço social, a fi m de promover atividades de pesquisa e extensão na universidade sobre a temática.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 30

Angélica Maria Freire Herzog,Bacharelanda em Serviço Social. Especialista em Libras e em Língua Inglesa. Psicanalista e Licenciada em Letras Vernáculas. Atua na Coordenação de atividades referenteà educação do trânsito. Eunápolis – BA.

IntroduçãoInserção de pessoas com defi ciência no mercado

de trabalho formal para posteriormente aplicar o pro-jeto com pessoas em situação de exclusão social com especial difi culdade em encontrar emprego. A enti-dade executora do projeto é a Prefeitura Municipal de Eunápolis - BA através de uma de suas secretarias.

Atividades do projeto1. Divulgação por meios midiáticos da metodologia

EA, tendo em vista o poder formador de opinião deste canal.

2. Exploração do tema em seminários, cursos de formação, conferências e palestras, de maneira que se torne um método conhecido e reconheci-damente viável.

Recursos, meios e necessidadesA Prefeitura Municipal de Eunápolis tem disponível

espaço físico, profi ssionais e tecnologia, entretanto, possui necessidade de treinamento para mudança de paradigma, além da questão de recursos para investimento no projeto de forma efetiva, portanto, a busca de parcerias é o mais viável.

ParceriasNo momento não há. Espera-se que atuem como

parceiros a Prefeitura Municipal de Eunápolis/BA, em-presas, ONGs, instituições religiosas, associações e sin-dicatos, bem como a sociedade.

EMPREGO APOIADO COMO ESTRATÉGIA DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

Objetivo Aplicar a metodologia de Emprego Apoiado como estratégia de transformação social por meio da emancipação profi ssional, elevando a outro patamar minorias estigmatizadas, com o intuito de:

a. Provocar uma mudança de olhar/para-digma da sociedade sobre as pessoas com defi ciência.

b. Promover/criar novas vagas de emprego.c. Impulsar um processo de emancipação, ci-

dadania e empoderamento desta parcela da população.

Público-alvoDesempregados de longa duração, traba-lhadores reabilitados com difi culdades de rein-serção no mercado de trabalho, pessoas em situação de liberdade assistida ou em situação de rua, egressos do sistema prisional, tóxico dependentes, pessoas libertadas do trabalho escravo, população LGBTT, pessoas com diver-sidade de orientação sexual ou com identidades de gênero divergentes do sexo designado no nascimento, mulheres em situação de violência, migrantes em situação de risco e exclusão social, pessoas com epilepsia, pessoas com trans tornos do espectro autismo, pessoas com mobi li dade reduzida, de maneira geral pessoas com de fi ciência física, sensorial e mental com po tencial para a vida laboral.

Âmbito geográ� co do projetoEunápolis – BA.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 31

Carla Aparecida de Araújo Mota.Psicóloga, Pós-Graduada em Administração de Recursos Humanos. São Paulo - SP.

IntroduçãoNo bairro onde possuo um consultório de psico-

logia, observo pessoas e moradores do bairro com defi ciência que estão sem uma ocupação e sem remu-neração. De outro lado, observo empresas (comércio, prestadores de serviços, etc.) com vagas em aberto que poderiam ser preenchidas por tais pessoas. Acredito que falta um vínculo entre as pessoas e as empresas, para satisfazer ambos os lados.

Este projeto vai atuar no âmbito psicológico, pes-soal, familiar e profi ssional da pessoa com defi ciência ou em situação de exclusão. O maior desafi o será a conscientização tanto da família, quanto de parceiros profi ssionais, sobre o potencial a ser explorado e a possibilidade de inserção no mercado de trabalho e no convívio social.

Atividades do projeto1. Realizar um levantamento de empresas, comércios

e instituições do bairro no entorno do consultório, que ofereçam condições de empregabilidade.

2. Divulgação do EA, através da área de Recursos Humanos, em empresas, comércios, instituições e escolas do bairro. Interessa explicar as vantagens de utilizar esta metodologia, uma importante ferramenta para a inclusão social e econômica da pessoa com defi ciência ou em situação de exclusão social. Também busca-se expor sobre a legislação pertinente como a Lei de Cotas e Incentivos Fiscais, os indicadores de qualidade e resultados da metodologia.

3. Realizar a divulgação através de anúncios em jor-nais, revistas, internet, grupos de Recursos Huma-nos e contatos profi ssionais.

O EMPREGO APOIADO PARA INSERÇÃO DEPESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU EM SITUAÇÃODE EXCLUSÃO SOCIAL EM UM BAIRRO

Objetivos1. Contribuir para que pessoas com defi ciência

e em situação de exclusão social sejam incluídas na comunidade, na vida social e obtenham um trabalho remunerado.

2. Sensibilizar empresas, comércios, e a comu-nidade para uma mudança de paradigma que considere a pessoa em sua totalidade e explore seu potencial e os apoios de que necessita.

3. Conscientizar a família da pessoa com de-fi ciência sobre a importância do trabalho, de ter voz e alertar sobre a superproteção.

Público-alvoMoradores do bairro, ou pessoas que o frequentem.

Âmbito geográ� co do projetoBairro de São Paulo.

Recursos, meios e necessidadesO espaço físico para realizar as entrevistas será o

consultório. Existem necessidades de apoio fi nanceiro para divulgação em jornais do bairro, uma forma de que as pessoas com defi ciência e em situação de exclusão conheçam o trabalho realizado pela consultora de Emprego Apoiado, tornando o mesmo um local de referência e de apoio.

ParceriasO próprio usuário, sua família, a comunidade,

empresas e instituições, e a própria REA, Rede de Emprego Apoiado. Outras: AAPSA (Associação Paulista de Recursos Humanos, GPD (Grupo de Gestão de Pessoas com Defi ciência), AMA e Instituto Nosso Lar.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 32

Cátia Vaz.Educadora, fonoaudióloga e psicopedagoga. Especialização em Psicopedagogia e Projetos Sociais e Culturais (Escola Aberta). Professora da Sala de Recursos Multifuncionais em Atendimento Educacional Especializado no Centro Municipal de Educação Básica Oswaldo Aranha. Atendimento Clínico nas áreas de fonoaudiologia e Psicopedagogiano Espaço Terapêutico. Esteio – RS.

IntroduçãoProponho contribuir com a disseminação da

meto do logia de Emprego Apoiado junto ao Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Defi ciência no município de Esteio. O objetivo é possi-bilitar que a pessoa com defi ciência possa ingressar, permanecer e crescer em um emprego formal.

Em um espaço solicitado junto ao Conselho Muni cipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com De-fi ciência, o projeto propõe apresentar a meto do logia do Emprego Apoiado possibilitando a cons trução de ações que fortaleçam os objetivos referidos no artigo 2° da Lei Municipal n° 4.946, de 27 de agosto de 2009, que indica: “O Conselho Municipal da Defesa dos Direitos da Pessoa com Defi ciência é um órgão permanente, sendo política, fi nanceira e adminis-trati vamente autô nomo, de caráter pro po sitivo, deli-bera tivo, mobilizador, normativo, con sultivo e fi sca-lizador relativo à sua área de atuação, incum bido de atuar na defesa intransigente do direito da pessoa com defi ciência”.

Atividades do projeto 1. Solicitar um espaço na reunião ordinária do

Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Defi ciência na intenção de apresentar a metodologia do Emprego Apoiado.

Objetivo geral Apresentar a metodologia de Emprego apoi-ado ao Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Defi ciência

Objetivo especí� coElaborar um projeto a ser apresentado aos poderes executivo e/ou legislativo para implan-tação da metodologia do Emprego Apoiado junto às empresas e comércio local.

Público alvo Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Defi ciência – COMPEDE/Esteio.

Âmbito geográ� co do projeto Município de Esteio.

DISSEMINAR A METODOLOGIA DO EMPREGO APOIADO NO MUNICÍPIO DE ESTEIO (RS)

2. Propor a composição de uma comissão especial para construir o projeto a ser apresentado aos poderes executivo e/ou legislativo.

3. Implantar a metodologia do EA em todos os setores laborais da cidade de Esteio.

Recursos, meios e necessidades Data Show; folhas de ofício; impressora e

Notebook.

ParceriasConselho Municipal de Defesa dos Direitos da

Pessoa com Defi ciência – COMPEDE/Esteio, Prefei-tura Municipal de Esteio, CDL, SESI, empresas e comércio local.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 33

Luiz Fernando de Moraes,Administrador de Empresas com ênfase em análise de sistemas (PUC-RS). Porto Alegre – RS.

IntroduçãoSe os problemas com as sequelas da defi ciência

e a falta de oportunidade em virtude das políticas públicas ou da falta delas, não permitem o acesso das pessoas com defi ciência ao conhecimento, não seria o caso de levar o conhecimento até eles através da tecnologia? E, através do conhecimento, alcançar empregos?

Minha proposta neste projeto é me posicionar como antropólogo e usar a etnografi a como método de coleta de dados. Resolvi aproveitar minha condição de pessoa com defi ciência para investigar tal popu-lação, seus problemas e suas difi culdades. Acabei por descobrir que a etnografi a considera o signifi cado e perspectivas dos atores sociais e que a abordagem de maior interesse se dá com as pessoas diferentes, quer como informantes ou participantes. A experiência vivida desde 1984 me permitiu conviver com pessoas com defi ciências múltiplas.

Atividades do projetoAtendendo aos requisitos etnográfi cos, pretendo

realizar uma pesquisa baseada em técnicas criadas em conformidade com a realidade do trabalho de campo. Desta forma, é possível reestruturar o processo quando necessário. Além disto, busco compreender e entender os comportamentos das pessoas com defi ciência, através da convivência, observação e demais métodos e instrumentos de pesquisa. O objetivo é gerar conhecimento e, talvez, a aplicação prática por parte das pessoas com defi ciência.

Recursos, meios e necessidadesUtilizarei recursos como computadores, tablets e

redes Wi Fi. A seguir, pretendo estabelecer uma estru-tura adequada para qualifi car pessoas com defi ciên-cia, respeitando suas necessidades e sempre tendo como facilitador a tecnologia.

A ETNOGRAFIA COMO MÉTODO PARA APROFUNDAR CONHECIMENTOS SOBRE AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Objetivo geralIdentifi car e analisar as causas da não ocupação de vagas para pessoas com defi ciências no mer-cado de trabalho.

Objetivos especí� cos1. Identifi car as condições de acessibilidade

disponíveis para permitir a qualifi cação edu-cacional e inserção profi ssional das pessoas com defi ciência.

2. Verifi car as barreiras arquitetônicas como rampas de acesso, tamanho de passagens de portas, vão de acesso, banheiros não adap-tados, mesas inacessíveis em restaurantes e transporte público inadequado.

3. Compreender como a sociedade lida e convive com a diferença, especialmente os dis cursos dos empregadores públicos e pri-vados quando deixam de admitir pessoas com deficiência.

Público-alvoPessoas com qualquer tipo de defi ciência.

Âmbito geográ� co do projetoCidade de Porto Alegre e região metropolitana, sem excluir ampliação para o resto do país com uso da tecnologia.

ParceriasA pesquisa que pretendo dispensa parcerias,

pois o projeto foi construído em aulas na academia. Para o momento da qualifi cação, tenho empresa estruturada contatada para cumprir objetivos do projeto. Também, seria um prazer estabelecer parceria com o ITS, ser um braço do órgão em Porto Alegre, já que aqui a quantidade de pessoas com defi ciência necessitadas é enorme.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 34

Rosane Maria Blank.Analista de Recursos Humanos. Vale do Taquari e do Rio Pardo – RS.

Introdução Com mais de 20 anos de atuação no mercado, a

empresa de Alimentação e Facilities, localizada no vale do Taquari e do Rio Pardo, presta serviços de ali men -tação corporativa para empresas localizadas em vários estados do Brasil. Este projeto busca faci litar a inserção de pessoas com defi ciência no trabalho da empresa, reconhecendo que, como profi ssionais, pre cisam de inde pendência fi nanceira, auto nomia pessoal, sentir-se auto realizados e incluídos na socie dade.

Nosso programa recruta e seleciona pessoas com defi ciência para atuar nas áreas operacionais (por exemplo, cozinhas nos restaurantes dos clientes) e nas áreas administrativas.

Atividades do projeto1. Realizar reuniões periódicas com o contratado e

seus familiares. 2. Oferecer treinamentos específi cos a todos os fun cio -

nários da empresa para que compreendam melhor como funciona todo o processo.

3. Implementação de estratégias de treinamento e inclusão social, avaliadas de forma periódica e que podem gerar mudanças no planejamento inicial.

Recursos, meios e necessidadesUtilizamos os apoios naturais disponíveis na

empresa, através de treinamentos específicos.

MELHORIA DOS PROCESSOS DE RECRUTAMENTO PARA INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA EM UMA EMPRESA DE ALIMENTAÇÃO

Objetivos1. Ultrapassar as barreiras para a inclusão de

pessoas com defi ciência no mercado de tra-balho, reforçando um dos valores da empresa sobre o respeito à diversidade.

2. Melhorar o processo de contratação no mo-mento da entrevista.

3. Fazer entrevistas com os familiares e outras pessoas que conheçam a pessoa com de fi ciência para conhecer seus pontos fortes, interesses e necessidades de apoio.

4. Elaborar um perfi l vocacional e profi ssional que favoreça uma colocação mais adequada na empresa.

5. Avaliar necessidades de apoio, habilidades e competências do usuário em uma situação real de trabalho.

Público-alvoA empresa, os funcionários, a pessoa com de fi ciência e seus familiares.

Âmbito geográ� co do projetoEmpresa localizada no vale do Taquari e do Rio Pardo.

ParceriasTemos parcerias com as seguintes instituições: CIEE,

SENAC, APAE, Universidade local e diversas escolas.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 35

Andréa Hayasaki Vieira.Pedagoga e Fonoaudióloga.Goiânia - GO.

IntroduçãoA falta de conhecimento sobre a metodologia

do Emprego Apoiado não permite que mais pessoas com defi ciência sejam empregadas, pois elas estão excluídas do mercado de trabalho. Esta proposta busca divulgar a metodologia do EA em empresas do bairro, que seriam escolhidas de acordo com o perfi l das pessoas com defi ciência que buscam trabalho. O projeto considera divulgação nas empresas sobre esta metodologia, através de folders e demonstrações, com a fi nalidade de conscientizar sobre a importância e capacidade de todas as pessoas para executar um trabalho que esteja de acordo com suas habilidades.

Atividades do projeto1. Construção de folder com explicações sobre a

meto dologia de Emprego Apoiado.2. Pesquisas sobre o bairro em que poderia ser ini-

ciado o projeto.3. Localização das pessoas com defi ciência.4. Agendamento de encontros com as pessoas que

participarão do projeto para conhecer suas capaci-dades e habilidades.

5. Agendamento de reuniões com empresas da região para divulgar a metodologia do Emprego Apoiado e conhecer as possibilidades de inserção no trabalho das pessoas com defi ciência que participam do projeto.

IMPLEMENTAÇÃO DA METODOLOGIA DE EMPREGO APOIADO EM UM BAIRRO

Objetivo geralDivulgar o projeto em empresas, conscienti-zando os gestores sobre a capacidade das pes-soas com defi ciência para executar um trabalho com competência.

Objetivos especí� cos1. Aumentar o número de pessoas com de-

fi ciência no mercado de trabalho.2. Mostrar que as pessoas com defi ciência

conseguem ser produtivas de acordo com suas capacidades.

Público-alvoPessoas com defi ciência ou com outras difi cul-dades, excluídas do mercado de trabalho de um bairro escolhido para executar o projeto.

Âmbito geográ� co do projetoO projeto seria executado em um bairro com grande concentração de pessoas com defi ciência e empresas, onde possa ser feita a divulgação.

6. Acompanhamento e monitoria do empregado no ambiente de trabalho.

Recursos, meios e necessidadesPara executar este projeto são necessários recursos

fi nanceiros e formação de pessoas na metodologia do EA como forma de contribuir na divulgação e acompanhamento/monitoria dos usuários.

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PROJETOPROJETOPROJETO

Glaucia Quissi dos Santos Risson.Formada em Serviço Social. Assessora Técnica do Estado da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado do Rio Grande do Sul no Departamento de Assistência Social. São Domingos – RS.

IntroduçãoA Secretaria Municipal de Assistência Social de

São Domingos (RS) foi criada em janeiro de 2013 por meio de lei municipal. Antes, era um departamento dentro da Secretaria de Educação e Cultura. A Assis-tência Social desenvolve seu trabalho, no território, de forma interdisciplinar com a contribuição da rede de serviços. Suas ações estão focadas no atendi-mento às famílias e à comunidade, pautadas na Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS e na Política Nacional de Assistência Social – PNAS, regidas pelos princípios democráticos.

O objetivo deste projeto é apresentar a meto-dologia do Emprego Apoiado para a Secretaria de Assis tência Social do município e, posteriormente, às pessoas com defi ciência e suas famílias. Destacamos que o município conta com uma rede de serviços, programas, projetos, entidades não governamentais e órgãos governamentais para o atendimento às demandas de idosos, crianças e adolescentes, família, pessoas com defi ciência, dependência química, e capa citação profi ssional para jovens e adultos.

Identifi co que para desenvolver o Emprego Apoiado no âmbito profi ssional é necessário plane jamento

O MUNICÍPIO DE SÃO DOMINGOS (RS)E A APLICAÇÃO DA METODOLOGIADO EMPREGO APOIADO

Objetivo geralInterligar o trabalho da política pública social de Assistência Social com as diretrizes do Emprego Apoiado, visando a inclusão de pessoas com defi ciência ou em situação de exclusão social para a consolidação de empregos que se adaptem às preferências, recursos e habilidades dos usuários e das empresas.

Objetivo especí� coInstigar uma tomada de decisão dos usuários e suas famílias em todo o processo, fortalecendo a autonomia e protagonismo por meio de planos individuais.

Público-alvoO público inicial serão três jovens para depois ampliar o projeto a aproximadamente sete pessoas com defi ciência do município de São Do mingos do Sul e suas famílias, que se encontrem em situação de exclusão social.

Âmbito geográ� co do projetoAs ações estão dirigidas a pessoas com de-fi ciência ou em situação de exclusão social do município. No entanto, parcerias com empresas dos municípios e região até 20 km de distância abrem possibilidades diferenciadas para o pú-blico atendido.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

estra tégico e divul gação, pois trata-se de uma meto do-logia pouco conhecida. Ela não só possibilita um rompi-mento de para digmas e precon ceitos esta be le cidos, senão também proporciona às pessoas com de fi ciência ou em situação de exclusão social e seus fami liares, possi bilidades de inserção profi ssional no mercado de trabalho, fortalecendo sua autonomia e pro movendo seu protagonismo com ações quali fi cadas.

Atividades do projeto1. Realizar visita a três jovens e suas famílias para

iniciar a metodologia do Emprego Apoiado, divi-dida em quatro eixos importantes: Informações gerais e triagem; descoberta e perfi l vocacional; desen volvimento de emprego; acompanha mento pós-colocação.

2. Análise dos indivíduos, com foco no planejamento centrado na pessoa, e da empresa, buscando aliar os interesses de ambos. Com esse objetivo, será realizada uma avaliação ecológica-funcional para contextualizar o ambiente do indivíduo e uma ava-liação situacional que levantará suas experiências de trabalho, focando em suas habilidades e com-petências.

3. Verifi car a compatibilidade entre o perfi l da pessoa com o perfi l da vaga, analisando a função e potencialidades dos apoios naturais. Uma vez efetuada a colocação no mercado de trabalho, é importante proporcionar suporte, treinamento no local de trabalho e acompanhamento de longo prazo ao usuário.

4. Realização de um plano de atendimento familiar pela equipe de referência do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), que proporcione aten di mento, orientações e encaminhamentos aos serviços, programas e benefícios para as famílias

que se encontram em situação de vulne rabilidade social. Busca-se também estimular o for tale-cimento dos vínculos familiares e comunitários.

5. Socializar a proposta na comunidade com os grupos de famílias que o Serviço de Proteção e Aten dimento Integral à Família atende no muni-cípio, e com os Conselhos Municipais. O objetivo é facilitar o entendimento e disseminar conhe-cimento a partir das experiências das famílias atendidas. É uma forma de romper com velhos paradigmas pela falta de compreensão do que é a metodologia do Emprego Apoiado.

Recursos, meios e necessidadesEste projeto busca aplicar os conhecimentos

adquiridos durante o curso na vida profi ssional, pois a Política de Assistência Social do município de São Domingos do Sul/ RS também está focada na promoção e busca de autonomia do indivíduo.

Para desenvolver o projeto será necessário buscar parcerias para sua execução, formação de consul-tores de Emprego Apoiado e transporte para téc-nicos, usuários e seus familiares de acordo com as intervenções e encaminhamento ao mercado de tra-balho. É importante relevar que o município de São Domingos abrange um território amplo e não existe transporte coletivo.

Também é preciso considerar disponibilidade de recursos fi nanceiros para custeio de eventuais neces-sidades durante o percurso do projeto.

ParceriasSecretarias Municipais da Educação e Cultura,

Saúde, Obras, Administração; Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE); Promotoria; Minis-tério Público; empresários do município e região.

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PROJETO

Leide Jane Costa da Silva.Graduada em Letras e Tecnóloga em Gestão Ambiental, com especializações em Mídias da Educação, em PROEJA e Gestão Ambientalem Municípios. Professora da rede estadual de ensino da Bahia. Simões Filho - BA.

IntroduçãoO Colégio estadual Manoel de Jesus (CEMJ) está

loca lizado na Praça Noêmia Meireles, no centro do muni cípio de Simões Filho, na Bahia. Oferece curso de Ensino Médio nas moda lidades de curso regular e na Edu cação de Jovens e Adultos (EJA). De acordo com registros e documentações internas, o CEMJ foi fundado na gestão do prefeito Edson Almeida, em 2000, e pelo então governador do estado, Paulo Ganem Souto. É um colégio da rede pública de ensino, man tido pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia.

A situação da profi ssionalização de pessoas com defi ciência no município de Simões Filho é difícil e precária. Há um grande desinteresse por parte das autoridades em investir na área educacional e na qualifi cação profi ssional de jovens e adultos. Para transformar este quadro, sociedade civil e governo deverão estimular a inserção das pessoas com defi ciência no mercado de trabalho.

O projeto “Descobrindo o trabalho na escola”, do Colégio estadual Manoel de Jesus, visa promover es-

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DESCOBRINDO O TRABALHO NA ESCOLA

Objetivo geral 1. Promover espaços de difusão e reflexão

sobre a metodologia do EA. 2. Tornar-se uma refe rência para a sociedade

na implan tação de um novo modelo de colo cação no mercado na modalidade do Emprego Apoiado.

Objetivos especí� cos1. Apoiar o processo de implementação e con-

solidação do programa de Emprego Apoiado.2. Sensibilizar profi ssionais do ambiente escolar

sobre barreiras arquitetônicas, psicológicas, sociais e culturais que enfrentam as pessoas com deficiência ou em situação de exclusão social para conseguir uma colocação profissional.

3. Buscar soluções alternativas que favoreçam a inclusão das pessoas com defi ciência ou em situação de exclusão social no mercado de trabalho.

4. Ampliar possibilidades de inclusão econômi-ca de pessoas com defi ciência intelectual.

Público-alvoAlunos do Ensino Médio e comunidade escolar do colégio estadual Manoel de Jesus.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípio de Simões Filho – BA.Âmbito geográ� co do projetoMunicípio de Simões Filho – BA.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

RECURSOS / MATERIAIS VALOR

3 Microfones 270,00

1 Data show 1.915,00

1 Notebook 1.900,00

1 Caixa amplifi cadora 800,00

10 Resmas de papel 1.200,00

2 Caixa de canetas 15,00

1 Caixa de Pasta com Elástico 400.00

Materiais Diversos 300,00

Total: 6.800,00

paços de refl exão e difusão sobre a metodologia do Emprego Apoiado, em busca de soluções alternativas que favoreçam a inclusão das pessoas com defi ciên-cia ou em situação de exclusão social no mercado de trabalho. Através desta metodologia busca-se inserir alguns educandos em instituições ou empresas inclu-sivas. A principal motivação é o cumprimento da Lei de Cotas. Em geral, as instituições apontam como di-fi culdades para a colocação dos alunos com defi ciên-cia no mercado de trabalho, a falta de entendimento do empregador sobre a legislação, estigma e mitos culturais sobre capacidade laboral e baixa escolarida-de das pessoas com defi ciência, entre outras.

Atividades do projeto: 1. Informar e divulgar sobre a metodologia do Em-

prego Apoiado.2. Desenvolver trabalho de sensibilização na escola

através de palestras e seminários sobre temas rela-tivos à inclusão profi ssional com foco na gestão da política inclusiva.

3. Desenvolver um programa de profi ssionalização para pessoas com defi ciência.

4. Promover ofi cinas para pessoas com defi ciência ou em situação de exclusão social no mercado de trabalho (Ofi cinas sobre trabalho e cidadania, informática, alfabetização, empacotador, jardina-

gem, preparação de alimentos, horticultura, arte-sanato, prática de escritório, confeitaria, iniciação para o trabalho, entre outras).

5. Informar sobre estágios, programas de treinamento e cursos de qualifi cação em empresas ou instituições.

6. Orientar a família sobre a importância de seu apoio no processo de inclusão.

7. Oportunizar a visita e coleta de dados com profi s-sionais de instituições que realizam ações de pro-fi ssionalização com pessoas com defi ciência.

Recursos, meios e necessidades Professores e Profi ssionais de Saúde Profi ssionais especializados (preparadores laborais

ou técnicos de Emprego Apoiado) e outros apoios, ajudas técnicas ou produtos de tecnologia assistiva.

Palestras, seminários, orientações, divulgação e orientação do projeto.

Recursos materiais (ver box abaixo)

ParceriasAssociação de Defi cientes de Simões Filho

(ADESF); Secretaria de Educação e Cultura do Estado da Bahia (SEC/BA); Secretaria da Educação do Muni-cípio de Simões Filho (SEMED); Secretaria da Saúde do Município de Simões Filho; Instituto de Tecnolo-gia Social (ITS BRASIL).

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PROJETO 38

Objetivos1. Sensibilizar a equipe terapêutica para des-

pertar nos reabilitando a vontade de inserir-se no mercado de trabalho, desen volvendo práticas do Emprego Apoiado, através de parcerias nos municípios de origem dos pacientes.

2. Traçar e cruzar o perfi l de interesse da pessoa com defi ciência, as necessidades da empresa e as expectativas da família, pensando a pessoa com defi ciência de uma forma holística.

3. Incentivar a pessoa com defi ciência a ser pro-tagonista de sua história, mostrando que há recursos antes de que a aposentadoria por invalidez seja concedida.

Público-alvoPessoas com defi ciência visual (cegos ou com baixa visão) que estão inseridos no programa de reabilitação visual e que já desenvolveram o plano terapêutico individual.

Âmbito geográ� co do projetoFazem parte do Consórcio de Desenvolvimento da Região de São João da Boa Vista (CONDERG) os seguintes municípios: Aguaí, Águas da Prata, Caconde, Casa Branca, Divinolândia, Itobi, Espí-rito Santo do Pinhal, Mococa, Santo Antônio do Jardim, Santa Cruz das Palmeiras, São Sebastião da Grama, São José do Rio Pardo, São João da Boa Vista, Tambaú, Tapiratiba e Vargem Grande do Sul. Também atende a Baixa Mogina: Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Estiva Gerbi e Itapira.

Micheli Patrícia de Fátima Magri.Enfermeira, Mestre em Gerontologia, Especialista em Gestão Hospitalar.São João da Boa Vista - SP.

IntroduçãoO Hospital Regional de Divinolândia, adminis-

trado pelo Consórcio de Desenvolvimento da Região de São João da Boa Vista (CONDERG), em parceria com o Governo do Estado, atende os 16 municípios da região de São João da Boa Vista e quatro da Baixa Mogiana. Possui 198 leitos ativados e a totalidade dos aten di mentos são feitos através do SUS. O quadro de fun cio nários atualmente é de 425, entre enfer magem, serviços de apoio, adminis tração, equipe técnica e médicos.

O centro de Reabilitação Visual, um dos setores da instituição, foi credenciado em 2010, com o objetivo de prestar assistência ao paciente com cegueira ou baixa visão em reabilitação através do plano tera-pêutico individual, de forma holística, sistematizada, multi profi ssional e com segurança.

O EMPREGO APOIADO NO ATENDIMENTO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

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100 Projetos de Emprego Apoiado

O trabalho de reabilitação visual exige dos profi s-sionais um comprometimento com sua capacitação e exercício da socialização para que a inclusão social possa acontecer de maneira a garantir a integralidade da pessoa com defi ciência.

Enquanto enfermeira gestora de um centro de reabi litação visual, a prática do Emprego Apoiado garante que o plano terapêutico indi vidualizado seja fi na lizado com uma ação concreta, devolvendo à pessoa com de fi ciência condições essenciais para que possa exercer seu papel social, retornando ao mer cado de trabalho.

O Emprego Apoiado é a ferramenta e o direcio-namento que faltava em nossa atuação profi ssional. Através da realização do curso, conseguimos que uma jovem de 21 anos com baixa visão em ambos os olhos, devido a uma retinose pigmentar, voltasse a ser empregada em uma agência dos Correios. O apoio e a monitorização das funções possibilitaram uma parceria que trouxe benefícios a todas as partes.

Atividades do projeto1. Discussões de casos para que a equipe terapêutica

descubra e indique as habilidades desenvolvidas durante a execução do plano terapêutico individua-lizado, apontando para o assistente social (também capacitado no curso de EA) as melhores escolhas de função na busca ativa do Emprego Apoiado. Essa metodologia será aplicada através das ferramentas

disponíveis no curso, juntamente com a Classifi -cação Internacional de Funcionalidade (CIF).

2. Captação de pessoas com defi ciência visual que irão passar pelo processo de Reabilitação visual, desen volvendo questões como orientação e mobi -li dade, uso do Braile, aceitação da patologia, acom-pa nhamento oftal mológico e execução de prá ti cas de AVDs e AVPs.

3. Acompanhamento e adaptação às práticas labo-rais durante um tempo determinado.

4. Assistência para os profi ssionais da instituição en-volvidos no projeto.

Recursos, meios e necessidadesOs recursos iniciais são o desenvolvimento de

uma rede de contatos nos municípios e divulgação do trabalho realizado. O objetivo é estabelecer um trabalho de cooperação na indicação de pessoas com defi ciência visual que possam passar pelo pro-cesso reabilitação.

O Hospital Regional apoia a execução do projeto oferecendo espaço físico, transporte e profi ssionais. A capacitação na metodologia do Emprego Apoiado ocorreu através do curso EaD, o que facilitou o acesso e compartilhamento das informações aprendidas através do material disponibilizado.

ParceriasMinistério do trabalho e Previdência Social Regional.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 39

Cristina Galeno da Costa Pereira.Psicóloga, especialista em Psicologia Clínica. Especialista em Docência do Ensino Superior. Formação em Tanatologia. Piripiri – PI.

IntroduçãoO projeto apresentado foi elaborado pelo Servi-

ço de Psicologia do Instituto Federal do Piauí (IFPI), Campus Piripiri, com o objetivo de inserir no merca-do de trabalho pessoas com defi ciência que fi zeram os cursos técnicos do instituto, assim como impulsar uma abertura do mercado por parte dos empresários locais para receber pessoas com defi ciência, mesmo estando elas capacitadas.

Os Institutos Federais oferecem aos alunos uma ampla estrutura física, biblioteca, refeitório, labora-tório, recursos áudios-visuais, assim como profi ssionais qualifi cados para acompanhamento didático-peda-gógico, médico, psicológico e odontológico. O conheci mento desses benefícios é de suma impor-tância para a acessibilidade e inclusão dos alunos da região e microrregião de Piripiri. Buscam promover uma educação de excelência, direcionada às demandas sociais, através da preservação da autonomia do ensino público gratuito e de qualidade, com uma gestão que imprima tais objetivos, para que sejam formados cidadãos críticos, responsáveis e competentes em suas respectivas áreas de atuação.

O Instituto Federal do Piauí, Campus Piripiri, iniciou suas atividades em 2010 e oferece à população da re-gião de Piripiri: cursos técnicos integrados ao médio, em administração e vestuário; cursos técnicos de nível médio na modalidade concomitante/subsequente em administração e vestuário; e uma licenciatura plena em matemática, atendendo assim a uma das fi nalidades da criação dos Institutos Federais, que é formar licen-ciados para suprir a grande carência de docentes na área de exatas no país. O instituto localiza-se na Ave-nida Rio dos Matos, s/n. Bairro Germano, em Piripiri- PI.

ObjetivoExplicar aos empresários da cidade que a con-tratação de pessoas com defi ciência é possível, desde que estejam devidamente orientados e assessorados para realizar essa inserção, aprovei-tando o potencial e habilidades já adquiridas pe-los alunos nos cursos técnicos de administração e vestuário. Para isso devem criar um ambiente favorável para as pessoas com defi ciência, que podem ser acompanhadas por um Técnico de EA, capaz de propor adequações de acordo com as necessidades do colaborador e da empresa.

Público-alvoPessoas com defi ciência que fi zeram os cursos técnicos de administração e vestuário, e empre-sários locais.

Âmbito geográ� co do projetoPiripiri - PI.

DISSEMINAÇÃO DO EMPREGO APOIADOEM SETOR EMPRESARIAL

Atividades do projeto1. Apresentar os cursos oferecidos no IFPI e o perfi l

dos alunos formados, destacando suas potenciali-dades, aos empresários locais.

2. Apresentar a proposta de inserção no mercado de trabalho aos empresários locais, pontuando as ativi-dades que podem ser realizadas pelos alunos.

3. Inserção dos alunos nos postos de trabalho mediante orientação do técnico de EA.

4. Acompanhar o processo de adaptação às atividades e coleta de feedback com os empresários locais.

Recursos, meios e necessidadesOferecer uma formação aos professores na meto-

dologia do EA e discutir adaptações nos cursos que permitam atender às necessidades dos alunos com defi ciência.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 40

Anali Ferreira de Jesus.Psicóloga. Coordenadora do Programa “Trabalhar é Legal”. FAENOL – Fundação de Atendimento Especializado. Nova Lima – MG.

IntroduçãoHá 31 anos a Fundação de Atendimento Espe-

cializado de Nova Lima (FAENOL), instituição público-privada, atende pessoas com defi ciência intelec-tual e síndromes associadas; pessoas com autismo e pessoas em reabi litação por sequelas de AVE (Acidente vascular encefálico), TCE (Traumatismo crânio encefálico) e outras em que há prejuízo na área inte lectual. Este trabalho é desenvolvido também nos municípios de Raposos e Rio Acima.

A fundação oferece atendimento clínico a crianças desde os 0 anos, adolescentes e adultos. No caso de bebês e crianças que apresentem ADNPM (Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor), síndromes, de-fi ciência intelectual e em casos de pre ma turidade, ges tações geme lares, entre outros, é feito um tra balho de esti mulação precoce. As equipes de trabalho são formadas por profi s sionais da psicologia, fono au dio-logia, terapia ocu pa cional, fi sio terapia, medicina (clí-nica, neu ro logia e psi quiatria), edu cadores e equipe pedagógica.

O projeto visa melhorar o processo de inclusão no mercado de trabalho de adultos e jovens que fazem parte do programa “Trabalhar é Legal”, aumentando a capacidade de ação inclusiva para as pessoas com de-fi ciência intelectual, doença mental e reabilitadas com sequelas na habilidade intelectual.

Atividades do projeto1. Adotar procedimentos e processos da metodolo-

gia do EA para atualizar procedimentos.2. Elaboração de material informativo para apoiar no

processo de identifi cação da nova metodologia, por exemplo, cartilhas ou folders explicativos.

3. Realizar reuniões com usuários e suas famílias para esclarecer dúvidas sobre a metodologia do EA.

4. Realizar reuniões com empresas parceiras para apresentar a nova metodologia, destacando seus diferenciais e suas vantagens.

5. Atualização das pessoas que participam do programa “Trabalhar é Legal”.

Objetivo geralUtilizar a metodologia do Emprego Apoiado para embasar e sistematizar o programa de in-clusão da fundação, o “Trabalhar é Legal”.

Objetivos especí� cos1. Aperfeiçoar o processo de inclusão laboral

adotado atualmente na instituição.2. Possibilitar que mais pessoas com defi ciência e

reabilitadas sejam incluídas no mercado de tra-balho, de forma competitiva, atendendo a suas necessidades, através do “Trabalhar é Legal”.

Público-alvoPessoas com defi ciência intelectual, autismo e síndromes, além daquelas que estiverem em processo de reabilitação, atendidas na Fundação de Atendimento Especializado de Nova Lima.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípios de Nova Lima, Raposos e Rio Acima (MG), onde a maioria das empresas são de mineração, com grandes difi culdades para incluir pessoas com defi ciência.

INCLUSÃO DA METODOLOGIA DOEMPREGO APOIADO NO PROGRAMA “TRABALHAR É LEGAL” DA FAENOL

6. Aplicação do método com os novos integrantes do programa.

7. Inclusão das pessoas com defi ciência, interessadas em trabalhar, nas empresas locais, de acordo com seus gostos e interesses.

8. Divulgação do EA em empresas de grande porte, explicando seu potencial inclusivo e apresentando pessoas que poderiam ser inseridas.

Recursos, meios e necessidadesO ponto forte da instituição é o know-how no aten -

dimento a pessoas com defi ciência e a serie dade com que atua nos muni cípios atendidos. Precisamos trei nar pro fi s sionais na metodologia do EA, já que muitas pessoas nos pro curam em busca de inclusão no trabalho.

ParceriasSomos credenciados pela SRTE/MG como parceira

na inclusão de pessoas com defi ciência.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 41

Antônia Venâncio da Silva Bezerra.Assistente Social, Especialista em Saúde Pública e da Família. Juazeiro do Norte – CE.

IntroduçãoO projeto busca conscientizar e sensibilizar

empresas para contratação de pessoas com defi ciência física (PDF). Muitos empregadores acreditam que essas pessoas não são capazes de atender às exigências de um trabalho e de que precisam de mais tempo para aprender suas tarefas. Embora esta não seja uma realidade de todas as PDF, é preciso consi derar os casos em que essa necessidade existe. Nessas si tuações é fundamental um tempo maior de apren dizado, que permita realizar ajustes ou redirecionar o trabalho.

O apoio do Técnico de Emprego Apoiado (TEA) e da equipe que forma parte da empresa facilita o aprendizado da pessoa com defi ciência física, permite que ela ganhe confi ança em seu trabalho e se integre aos programas institucionais. Uma percepção positi-va sobre a importância e utilidade que seu trabalho representa para o desenvolvimento e crescimento da empresa, encoraja a que PDF possam vencer suas limitações e contribuem no fortalecimento de sua au-toestima. O envolvimento de todos no processo de inclusão de PDF no âmbito do trabalho favorece uma mudança de vida com oportunidades reais e possibi-lidades de melhorar, independentemente da Lei de Cotas (Lei 8213/91).

É fundamental que todos os membros de uma empresa vejam e tratem as PDF de forma igualitária, sem preconceitos nem rejeições. São pessoas que têm os mesmos direitos civis e sociais. São cidadãos que merecem respeito e oportunidades de viver e so-nhar um futuro melhor.

O projeto será executado pela Associação de Habi-tação Social Força da Mulher, localizada no Bairro Pedri-nhas, na Cidade de Juazeiro do Norte, Ceará. A AHSFM atua no desenvolvimento sócio educativo, contribuin-do na geração de renda familiar através de cursos, capacitações e do bem-estar da comunidade local.

Atividades do projeto1. Listar pessoas com defi ciência física interessadas

em participar do projeto.2. Capacitar os participantes para desenvolver ativi-

dades específi cas segundo as exigências da vaga ofertada.

Objetivo GeralCriar vagas para pessoas com defi ciência física ou difi culdades para inserir-se no mercado de trabalho formal que considerem um período maior de aprendizado.

Objetivos especí� cos1. Capacitar e qualifi car pessoas com de fi ciência

física em seus postos de trabalho com profi s-sionais habilitados, conforme exi gên cias do cargo.

2. Acompanhar o trabalhador, avaliando periodi-camente seu processo de inserção até que ele seja autônomo para desenvolver suas tarefas.

Público-alvoPessoas com defi ciência física e pessoas com difi culdade para desenvolver atividades no mercado de trabalho formal.

Âmbito geográ� co do projetoBairro Pedrinhas na Cidade de Juazeiro do Norte, Ceará.

3. Acompanhar o desenvolvimento da PDF no posto de trabalho e sua produtividade por tempo indeterminado.

4. Alcançada a autonomia da pessoa com defi ciência em seu trabalho, reavaliar o projeto para identifi -car se os objetivos foram cumpridos.

Recursos, meios e necessidadesPara executar o projeto, a AHSFM precisa de um

ambiente apropriado (uma sede) para atender o pú-blico alvo, como também de recursos para con tra-tação de profi ssionais habilitados para desenvolver capa citações. Necessita também de assistência téc-nica, com pu tadores, impres soras, venti ladores, mesas, cadeiras, carteiras, armário de aço, arquivos, resma de papel A4, grampeadores, perfuradores, prate leiras de aço, dentre outros materiais.

ParceriasAté o momento não contamos com parceiros.

CRIAÇÃO DE VAGAS PARAPESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 42

Cristiane Ribeiro da Silva.Pedagoga e mestre em Educação. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR). Curitiba – PR.

IntroduçãoO Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecno-

logia do Paraná (IFPR) é uma instituição que oferece cursos de educação profi ssional e de difusão da ciência por meio de programas e projetos específi cos. Tem como missão promover uma educação de qualidade e de formação da cidadania, considerando a inclusão social. É ao mesmo tempo um multicampus e tem sedes em 20 cidades do Estado do Paraná. Sua atuação em diversas cidades, nem sempre em grandes centros urbanos, faz parte do plano federal de expansão da educação profi ssional, na perspectiva da democratização do acesso.

O IFPR conta com professores e técnicos-administrativos em seu grupo de servidores, contra-tados, em sua maioria, via concurso público. Nesses concursos há vagas específi cas para pessoas com defi ciência. Em 2012, por exemplo, foram contratadas seis pessoas com defi ciência, por meio de concurso público. Elas foram alocadas considerando seus perfi s. Porém, um ano depois algumas dessas pessoas tro-caram de postos de trabalho, evidenciando os pro-blemas de acessibilidade arquitetônica, ou, ainda, a falta de intérprete de Libras. É interessante ressaltar que, de acordo com a legislação, o IFPR cumpre sua tarefa quanto à oferta da vagas específi cas e postos de trabalho para pessoas com defi ciência. Entende-se que a metodologia de EA poderia incrementar essa ocupação atuando de forma mais intensiva no perfi l do candidato e da vaga. Por exigência legal o cargo é defi nido a priori, mas isso não impossibilita considerar o perfi l e o local de atuação do candidato.

Atividades do projetoPretende-se atuar em parceria com a unidade de

gestão de pessoas do IFPR.1. Realizar entrevistas com os servidores com de-

fi ciência e seus familiares.

Objetivos1. Acompanhar a inserção dos novos candidatos

selecionados para as vagas específi cas de pessoas com defi ciência, considerando a meto dologia do EA.

2. Elaborar um plano de acompanhamento indi vidualizado e reconhecido, que observe e avalie de forma sistemática esses novos ser-vidores considerando suas peculiaridades.

3. Melhorar e aperfeiçoar a inclusão de pessoas com defi ciência no instituto, com resultados que sejam satisfatórios para o candidato e a instituição.

Público-alvoServidores do quadro próprio do IFPR.

Âmbito geográ� co do projetoUnidades do IFPR localizadas em Curitiba e Região Metropolitana.

INCLUSÃO DE FUNCIONÁRIOSCOM DEFICIÊNCIA NO IFPR

2. Entrevistar os gestores dos locais de trabalho onde o perfi l dos servidores seja compatível com as vagas ofertadas.

3. Observação e levantamento detalhado das ativi-dades a serem realizadas.

4. Elaborar um plano de desenvolvimento que com-partilhe de comum acordo as necessidades do usuário de EA e da vaga de trabalho.

5. Acompanhamento desse processo para avaliar a efi cácia da metodologia do Emprego Apoiado para os funcionários e para a instituição.

Recursos, meios e necessidades1. É importante o apoio sistemático da unidade de Ges-

tão de Pessoas da Instituição para visitar os entrevis-tados e acompanhar os servidores com defi ciência.

2. Disponibilizar estrutura da instituição para atuar como rede colaborativa no atendimento das ne-cessidades identifi cadas.

3. Apoio com o deslocamento para as entrevistas e acompanhamento com a utilização de veículo ofi -cial da instituição.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 43

Edigláucia Queiroz dos Santos,Assistente Social. Paulo Afonso – BA.

IntroduçãoPaulo Afonso é uma das cidades mais violentas

da Bahia, o que difi culta o acesso a algumas escolas e comunidades. O presente projeto busca divulgar e propagar a metodologia do Emprego Apoiado para que pessoas com defi ciência possam ser inseridas no mercado formal de trabalho.

ObjetivosDivulgação e propagação da metodologia de Emprego Apoiado na cidade de Paulo Afonso.

Público-alvoPessoas com defi ciência e seus familiares.

Âmbito geográ� co do projetoA cidade de Paulo Afonso e cidades circun-vizinhas.

DISSEMINAÇÃO DA METODOLOGIADO EMPREGO APOIADO NA CIDADEDE PAULO AFONSO (BA)

Atividades do projeto1. Visitas às instituições, como escolas, rádios, facul-

dades e ONGS, para apresentação da metodologia de EA.

2. Capacitação de profi ssionais. 3. Palestra para a comunidade. 4. Distribuição de material de divulgação.

Recursos, meios e necessidadesPara execução do projeto são necessários

recursos para capacitar profi ssionais e para produzir e distribuir material de divulgação.

ParceriasAPAE; IBGE; ONG’s da região; rádios Bahia Nordeste,

Cultura de Paulo Afonso, Betel; Escolas municipais e estaduais; Escolas particulares; Faculdades.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 44

Flaviane Aparecida Rezende.Psicóloga e arteterapeuta, Contagem/MG. Consultório de psicologia/CESAM-MG.Belo Horizonte – MG.

IntroduçãoO Centro Salesiano do Menor Aprendiz (CESAM

- MG) atende adolescentes acima de 15 anos, preparando-os para o mercado de trabalho a partir do primeiro emprego como menor aprendiz. O obje-tivo da instituição, que é fi lantrópica, é dar oport-unidades a jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade social para fazer novas escolhas, a partir de sua capacitação profi ssional e sua prática em empresas renomadas do estado. O CESAM atua no mercado de Belo Horizonte e RMBH há mais de 41 anos. Está localizado na rua Josué Menezes, 240 – Gameleira, Belo Horizonte-MG, CEP: 30.510-110.

O objetivo deste projeto é preparar os instrutores em um novo método de ensino, que considere escutar o candidato para trabalhar suas demandas e necessidades de preparação para o mercado. Atualmente, atende-se o mercado e os adolescentes são preparados como auxiliares administrativos. Nosso propósito é trabalhar com uma equipe bem formada, que auxilie as pessoas com defi ciência a se encontrarem profi ssionalmente.

Atividades do projeto1. Preparação didática do conteúdo do Curso de

Emprego Apoiado para repassar para os instrutores.2. Encontros quinzenais para trabalhar e repassar o

conteúdo do curso de Emprego Apoiado.3. Esclarecimento de dúvidas e discussões para a cons-

trução de um método de trabalho que possibilite atender as demandas das pessoas com defi ciência.

PREPARAÇÃO DE INSTRUTORESEM EMPREGO APOIADO

Objetivo geralCapacitar instrutores e empresas parceiras para atuarem com efi ciência e foco nas pessoas com defi ciência.

Objetivos especí� cos1. Construir um novo saber focado na pessoa

com defi ciência e seu perfi l.2. Escutar a demanda de cada pessoa com

defi ciência para que se sinta segura no de-sempenho das tarefas com as quais já tem afi nidades.

3. Sensibilizar as empresas para parcerias nes-te processo de implantação do Emprego Apoiado, atuando assim como facilitadores.

Público-alvoInstrutores do CESAM-MG e empresas parceiras

Âmbito geográ� co do projetoInstituições localizadas em Belo Horizonte e RMBH, além do CESAM-MG.

Recursos, meios e necessidadesRecursos multimídia, material impresso para

acompanhamento e disponibilidade dos educadores.

ParceriasEmpresas que já são parceiras do CESAM-MG e

novas que possam fazer parte desta nova proposta.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 45

Karina Schroer.Pós-graduada em Psicopedagogia Institucional e em Educação Especial - Defi ciência Visual. Professora da rede municipal e estadual.São Leopoldo – RS.

IntroduçãoEste projeto tem como proposta promover um

maior conhecimento e utilização da metodologia do Emprego Apoiado, para sua possível aplicação na cidade ou região onde trabalho.

A proposta é promover, durante a rotina onde trabalho, principalmente com jovens e adultos, alunos já maiores, uma refl exão sobre a importância de trabalhar e exercer uma cidadania efetiva, com a utili-zação da metodologia do Emprego Apoiado quando necessário. Este trabalho será implementado em parceria com as Salas de Recursos Multifuncionais (SEM) – Mantenedoras do município ou do estado e com entidades parceiras do Emprego Apoiado.

Atividades do projeto1. Observar os alunos nos atendimentos da Sala de

Recursos, procurando suas possibilidades e suas potencialidades.

Objetivo geralPromover uma mudança de paradigma e uma mudança efetiva na vida das pessoas com de-fi ciência para criar possibilidades de trabalho bem estruturado, que permitam sua participação ativa, consciente e verdadeira.

Objetivos especí� cos1. Observar os alunos com defi ciência aten-

didos nas Salas de Recursos, localizadas nas escolas, verifi cando suas potencialidades e possibilidades, e conversar com a família.

2. Refl etir com os alunos sobre a importância de trabalhar e fazer parte da sociedade onde vivemos.

Público-alvoAlunos de inclusão, frequentadores da Sala de Recursos Multifuncional, jovens e adultos.

Âmbito geográ� co do projetoCidade ou região onde trabalho.

PROMOVER A METODOLOGIA DO EMPREGO APOIADO COM ALUNOS DAS SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS

2. Fortalecer as parcerias, tanto da Mantenedora como de outras existentes na cidade. Neste momento é importante iniciar a divulgação do EA, conside-rando sua importância e o desconhecimento que existe sobre ele por parte de alguns setores.

3. Divulgar a proposta do EA, sempre que surgirem possibilidades.

Recursos, meios e necessidadesNecessidade de parcerias para que a proposta do

Emprego Apoiado comece a ser utilizada na nossa re-gião. Formação de rede do Emprego Apoiado, através de curso EaD, promovido pelo instituto, para todos os setores participantes do projeto.

ParceriasMantenedora/SRM com entidades que promovam

inclusão de pessoas no mercado de trabalho, como Senai, Apae, Senac, etc.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 46

Objetivos1. Refl etir acerca da autonomia, qualifi cação e in-

serção das pessoas com defi ciência no mundo do trabalho no Município de Rio das Ostras/RJ.

2. Desenvolver atividades de qualifi cação atra-vés de ofi cinas para pessoa com defi ciência e futura inserção no mundo do trabalho, sensi-bilizando as famílias para a atual realidade.

3. Identifi car as pessoas com defi ciência do Muni cípio e realizar parcerias com insti tui ções públicas e privadas para a inserção de pessoas com defi ciência no mundo do trabalho.

Público-alvoPessoas excluídas (adolescentes, jovens e adultos) do mundo do trabalho que não conseguem obter empregos pelos processos regu lares de seleção.

Âmbito geográ� co do projetoCISPRO, localizado no Centro de Cidadania, Bairro Âncora (Rio das Ostras - RJ).

Flavia Regina França Pascoal.Graduada em Pedagogia (FAFIMA – Faculdade de Filosofi a de Macaé). Pós-Graduação em Psicopedagogia (UCAM – Universidade Cândido Mendes). Pós Graduação em Educação Inclusiva (UCB – Universidade Castelo Branco). Professora Especialista em Educação Especial/DA pela PMRO e Supervisora Escolar pela PMCF.Rio das Ostras – RJ.

Sonia Maria Sá Freire.Graduada em Pedagogia (FAFIMA – Faculdade de Filosofi a de Macaé). Pós-Graduação em Educação Inclusiva (UCB – Universidade Castelo Branco). Supervisora de Ensino pela PMRO e Inspetora Escolar pela PMCF.Rio das Ostras – RJ.

IntroduçãoO Centro de Inclusão Social e Profi ssional (CISPRO),

lançado em 2013, foi proposto e criado no ano ibero-americano para inclusão de pessoas com defi ciência no mundo do trabalho. Este centro é coordenado pela Prefeitura Municipal de Rio das Ostras, através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação –SECTI. De acordo com o princípio da igualdade de opor tu-nidades, o centro insere adolescentes, jovens e adultos com defi ciência no mundo do trabalho, através de parcerias com empresas nacionais e multinacionais.

Um dos maiores desafi os do projeto é conscientizar sobre a importância da Empregabilidade da Pessoa com Defi ciência tanto em órgãos do Poder Público, como em instituições privadas e familiares. Interessa realizar um trabalho de sensibilização sobre a Lei de Cotas nº 8.213 (24/07/91). Um segundo desafi o é possibilitar a permanência das pessoas com defi ciência no mercado de trabalho, o que exige maior tempo para o acompanhamento desse grupo.

Atividades do projeto1. Sensibilização através de panfl etagem em insti-

tuições e empresas nacionais e multinacionais.2. Atendimento às pessoas que visitam as instalações

do CISPRO no Centro de Cidadania (pessoas com ou sem defi ciência).

3. Sensibilização através de dias festivos (Dia Mundial de Conscientização do Autismo, Dia Internacional da Pessoa com Defi ciência) e eventos (Sábado da Cidadania).

SENSIBILIZAÇÃO SOBRE A EMPREGABILIDADE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

4. Entrevistas com as famílias para verifi car os anseios sobre a empregabilidade da pessoa com defi ciência.

5. Cadastro de pessoas com defi ciência (Banco de Dados com Currículos).

6. Cadastro de empresas e instituições.7. Inserção e acompanhamento da pessoa com

defi ciência no mundo do trabalho.8. Acompanhamento periódico da pessoa com

defi ciência no mundo do trabalho.

Recursos, meios e necessidadesO CISPRO conta com um espaço cedido pela

SECTI/PMRO no Centro de Cidadania e dispõe de recursos humanos para atendimento do público alvo e acompanhamento nas empresas parceiras e demais instituições. Seria necessário contar com um espaço maior para o desenvolvimento das atividades, assim como de um transporte acessível para o acompanhamento das pessoas com defi ciência.

ParceriasVínculo com a SECTI/PMRO e empresas nacionais

e multinacionais.

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PROJETO

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Objetivo geralCriar um programa público nacional de inser-ção de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho, utilizando o Emprego Apoiado como principal metodologia.

Objetivos especí� cos1. Inserir pessoas com defi ciência no mercado

de trabalho de modo qualifi cado, incenti-vando a participação destas pessoas, bem como sua autonomia e independência nos diversos âmbitos da vida.

2. Reconhecer o EA como ferramenta de suma importância na inserção das pessoas com defi ciência no mercado de trabalho, visando ampliar a notoriedade e a expressividade

desta metodologia no Brasil.

Público-alvoPessoas com Defi ciência (PcD), acima de 16 anos, que queiram/necessitem inserir-se no mercado de trabalho. Não há limitação para o tipo de defi ciência (o projeto visa benefi ciar a todos, sem distinção) e nem condição social (todos podem participar).

Âmbito geográ� co do projetoCidade de São Paulo para estender-se mais tar-de ao âmbito nacional.

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Giovana Montoro Pazzini Watfe,Terapeuta ocupacional. São Paulo – SP.

IntroduçãoA Áthina Assessoria, fundada em 2014, na cidade

de São Paulo, utiliza o Emprego Apoiado como meto-dologia para inserção qualifi cada de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho. Trata-se de uma microempresa que oferece assessoria a empresas e pessoas com defi ciência na busca por empregos apropriados. Este projeto propõe que o EA seja incor-porado aos programas de Saúde Pública para mais tarde ser implementado como programa de governo.

PROGRAMA PÚBLICO NACIONAL DE INSERÇÃO DE PcD NO MERCADO DE TRABALHO ATRAVÉS DO EMPREGO APOIADO

Os desafi os a serem enfrentados neste projeto estão ligados à falta de regulamentação do EA no Brasil e à difi culdade em reconhecer esta metodo-logia como fundamental para a inserção de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho. Creio que o diálogo com as autoridades não é de fácil acesso, assim como a burocracia existente para a aprovação do projeto. Outro desafi o a superar é encontrar pes-soas com defi ciência que buscam inserir-se no mer-cado de trabalho, especialmente devido às barreiras que suas famílias impõem (em geral, não acreditam em sua capacidade para o trabalho), aos Benefícios de Prestação Continuada (BPC) que já recebem, e às

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100 Projetos de Emprego Apoiado

barreiras arquitetônicas que difi cultam seu desloca-mento na cidade.

Atividades do projetoAs atividades a serem realizadas serão de buscar/

encontrar pessoas com defi ciência em territórios de abrangência divididos por equipes de profi ssionais, responsáveis por executar as ações deste projeto. O segundo passo será ouvir as pessoas e suas famílias que buscam inserção no mercado de trabalho, levantando seus desejos, demandas e expectativas. Segue o processo de busca por postos de trabalho qualifi cados, negociando a permanência da equipe juntamente com a PcD por período determinado, a fi m de auxiliar na adaptação da pessoa e dos profi ssionais que a receberão no cotidiano do trabalho. Com essa fi nalidade, a equipe estará presente em todo o processo, acompanhando desde a residência da pessoa atendida até o local de trabalho. Atingidos os objetivos propostos para com a PcD, a equipe de EA encerra sua participação. Fica aberta a possibilidade de receber novamente a PcD no projeto, caso surjam outras demandas no futuro.

Recursos, meios e necessidadesApoio governamental para possibilitar o diálogo

com os diversos órgãos de Saúde Pública existentes no território. Financeiramente, é preciso que os profi s-sionais sejam pagos mensalmente. Estes profi ssionais devem ter formação universitária para conformação de Equipe Técnica, e profi ssionais de nível médio para integrar o grupo dos Apoiadores. Os profi ssionais da equipe técnica devem supervisionar e orientar

os apoiadores. Para que haja melhor qualidade do trabalho, há neces sidade de formação básica em Emprego Apoiado (custo baixo). Os profi s sionais que podem compor a Equipe Técnica podem ser tera peutas ocupa cionais e psicólogos. É necessário destinar uma pequena verba para deslocamento diário dos profi s-sionais entre o domicílio da pessoa atendida e seu posto de trabalho.

É preciso um local de encontro (sede) para cada equipe, onde possam realizar discussões semanais sobre as pessoas atendidas, a fi m de aliar as condutas em relação ao seu acompanhamento para inserção no trabalho. Este local/sede pode ser alguma unidade pública já existente (posto de saúde, centro de reabilitação, posto da assistência social, etc.). Assim, não há custos em relação ao novo espaço para o programa. Também pode-se dividir um espaço já existente com outros profi ssionais do setor público.

Um facilitador para a execução deste projeto é minha experiência na área da Saúde Pública e no tra-balho com pessoas com defi ciência, utilizando o EA como recurso para inseri-las no mercado de trabalho. Poderia oferecer capacitação e assistência técnica sobre o EA para as primeiras equipes, bem como escrever as diretrizes, parâmetros e organização do projeto.

ParceriasO projeto não conta com parcerias, mas creio que

para sua execução é importante buscar parcerias com órgãos governamentais. Caso o setor privado tenha interesse em oferecer parceria, penso que deve ser considerado. Contudo, os objetivos iniciais devem ser mantidos, sem privilegiar interesses privados.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Objetivo geralPromover a inclusão profi ssional de pessoas com defi ciência do Município de Valinhos por meio da metodologia do Emprego Apoiado.

Objetivos especí� cos 1. Promover a inclusão socioeconômica das

pessoas com defi ciência.2. Realizar a inclusão social das pessoas com

defi ciência por meio do emprego.3. Incluir a Anhanguera Educacional S.A. dentro

do modelo do Emprego Apoiado.4. Preparar a Anhanguera Educacional S.A. para

inclusão e acessibilidade.

Público-alvo Pessoas com defi ciência do município de Valinhos, São Paulo.

Âmbito geográ� coCidade de Valinhos.

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Jony Anderson de Oliveira.Formado em Administração e Comércio Exterior, Pedagogo, Pós-graduado em Psicopedagogia e Pós-graduando em Designer Instrucional. Analista de Projetos Acadêmicos na kroton Educacional. Valinhos – SP.

IntroduçãoO projeto busca promover a contratação de pessoas

com defi ciência para o quadro de colaboradores da Anhanguera Educacional S/A, por meio da metodo-logia de Emprego Apoiado. Atualmente, estas contra -tações são muito difíceis, pois muitas vezes as pessoas são incor poradas com o único obje tivo de cumprir com a lei. A Anhan guera Edu ca cional é uma insti -tuição loca lizada na cidade de Valinhos, São Paulo. Fundada em 1994, atua na área do ensino superior, forma parte do grupo Kroton Edu cacional, a maior insti tuição de ensino do mundo. Sua missão é levar ensino de qualidade à população, formando cidadãos e respeitando a diversidade.

Atividades do projeto 1. Levantamento do público-alvo na Prefeitura mu-

nicipal, instituições sociais e Fundo Social. 2. Cadastramento do público-alvo no Departamento

responsável pela inclusão na IES. 3. Visita do técnico de EA aos possíveis candidatos. 4. Entrevista com a família e levantamento do perfi l

do candidato, realizada pelo técnico de EA.5. Levantamento dos cargos que se enquadram nos

perfi s dos candidatos.6. Entrevista com o candidato na empresa.7. Acompanhamento e treinamento do contratado.8. Avaliação do trabalho.

Recursos, meios e necessidadesOs recursos necessários são a criação de um grupo

de trabalho com três consultores de EA que já atuam na instituição, um colaborador do departamento de RH, um do departamento de pessoal e, posteri-ormente, gestores dos departamentos em que as

O EMPREGO APOIADO COMOMÉTODO DE INSERÇÃO DEFUNCIONÁRIOS COM DEFICIÊNCIA

vagas forem verifi cadas. São necessários recursos externos para transporte

dos candidatos, que serão incluídos nos aportes dos departamentos de RH e de Inclusão e Acessibilidade. A instituição dispõe de fretamento para traslado dos colaboradores e demais recursos materiais.

A instituição pode não somente promover a in-clusão profi ssional das pessoas com defi ciência, mas também criar novos valores na medida em que os futuros contratados poderão realizar cursos de gra-duação e pós-graduação nas unidades da instituição, promovendo assim seu crescimento biopsicossocial.

Um dos grandes desafi os é localizar as pessoas com defi ciência, pois muitas vezes elas estão confi -nadas em suas residências. Há ainda a difi culdade de locomoção, já que algumas regiões da cidade são de difícil acesso por tratar-se de zonas rurais.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

José Carlos Lima Pinto.Analista de TI. Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social – DATAPREV.Belo Horizonte – MG.

IntroduçãoO Governo Federal, por meio do Ministério do

Trabalho e Emprego (MTE), realiza a intermediação de mão de obra através do programa IMO (Intermediação de Mão de Obra) que utiliza profi ssionais quali fi cados e possui como ferramenta um sistema de informações de abrangência nacional. São usuários do serviço pessoas desempregadas, em busca do primeiro emprego ou de nova ocupação; empregadores da iniciativa privada ou pública; idosos e pessoas com defi ciência. Este serviço pode ser complementado com uma metodologia para colocação de pessoas com defi ciência e marginalizadas no mercado de trabalho, melhorando ainda mais suas intervenções para superação da exclusão social.

O IMO cruza informações de trabalhadores e vagas abertas por empresas. Uma vez que há corres-pondência entre o perfi l de um trabalhador e o perfi l de uma vaga, o candidato é encaminhado para a empresa ou passa por uma pré-seleção no posto de aten dimento, caso isto seja solicitado pelo empre-gador. Este atendimento é realizado por profi ssionais qualifi cados e especializados.

Atualmente, não se utiliza nenhuma metodologia para a contratação de uma pessoa com defi ciência. Apenas se verifi ca se a vaga requer trabalhador com defi ciência e se esta se encaixa no perfi l solicitado. Assim, defi ciências graves que precisariam do Emprego Apoiado são excluídas.

A proposta apresentada pode ser implementada com a inclusão no sistema de informação sobre o interesse do empregador em contar com a colaboração de profi ssional de EA. As funções deste seriam seme-lhantes às do pré-selecionador, realizando o cruza-mento do perfi l das vagas ofertadas com o perfi l de usuários de EA. Sua atuação se focaria nos casos em que a metodologia de EA se aplica. Estas informações permitiriam a criação de uma rede pública de contatos profi ssionais para busca ou adequação de postos de trabalho para pessoas com defi ciência.

ObjetivosInclusão das técnicas de EA no Serviço de In-termediação de Mão de Obra (IMO), oferecido pelo Governo Federal.

Público-alvoPessoas defi cientes e, progressivamente, ou-tras que se encontrem também marginalizadas do mercado de trabalho.

Âmbito geográ� co do projetoNacional, mas introduzido progressivamente, ini-ciando com os municípios mais bem estruturados.

ADEQUAÇÃO DO SERVIÇO IMO PARA IMPLEMENTAÇÃO DE METODOLOGIA DE EMPREGO APOIADO A NÍVEL NACIONAL

Os profi ssionais de EA, alocados nos postos de atendimento, acompanhariam todo o processo (tria gem, descoberta de perfi l, desenvolvimento de emprego e acompanhamento pós-colocação) e po-deriam usar o serviço como base para suas buscas, contatos e colocações.

Atividades do projeto1. Adequação do serviço IMO para incluir informações

sobre os perfi s de candidatos com defi ciência e de empresas interessadas em receber serviços de Emprego Apoiado.

2. Contratação de profi ssionais de EA nos postos de atendimento do serviço IMO.

3. Cruzamento de perfis de candidatos com de-ficiência e vagas ofertadas.

4. Acompanhamento e aplicação da metodologia de EA com candidatos selecionados para as vagas ofertadas pelo sistema.

Recursos, meios e necessidadesO governo possui infraestrutura (serviço IMO)

que pode ser adaptada para utilização das técnicas de EA. No entanto, caberia adequar o sistema para contemplar novas informações, assim como capacitar profi ssionais nesta metodologia.

ParceriasUnidades da Federação.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 50

Liliani Souza dos Santos Ferreira.Psicóloga. CAPS Infantil IIVila Maria – Vila Guilherme. São Paulo – SP.

IntroduçãoO Centro de Atenção Infantil Vila Maria Vila

Guilherme (CAPSi II Vila Maria Vila Guilherme) é um equipamento público de saúde mental, administrado em parceria pela prefeitura de SP e a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM). Este CAPSi funciona há 4 anos e 5 meses e está localizado na Vila Maria Alta, em prédio da sede administradora. Atende pacientes de 0 a 17 anos e 11 meses, portadores de variados transtornos mentais e/ou abuso de subs-tâncias psicoativas, com grau de perturbação de média ou alta comple xidade. Este tipo de atendimento exige uma equipe interdisciplinar que se articule com a rede de assistência da criança/adolescente e da família. São realizadas terapias individuais, grupais e, quando necessário, medicamentosas. Também é feito um trabalho com a família e instituições variadas da comunidade para trabalhar a inserção e adaptação (dele e do meio) da criança/adolescente na sociedade, objetivo fi nal.

Contudo, ainda é preciso trabalhar no empode-ramento das pessoas atendidas para que os pais possam reconhecer as capacidades de seus fi lhos. Também existe uma rigidez da agenda (disponibilidade dos técnicos), que difi culta o processo e falta sensibilizar as instituições empregadoras.

Atividades do projetoRealizar visitas domiciliares e semanais nas casas

de cada participante para triagem, coleta de dados, elaboração do perfi l vocacional, avaliação ecológica e avaliação situacional. Estas visitas seriam realizadas no período do matriciamento,1 assim como durante todo o processo de inserção e treinamento dos pacientes nas empresas ou em seus serviços.

Objetivos1. Através do método do EA, inserir um grupo

composto de quatro jovens, com idades en-tre 16 a 20 anos, pacientes do CAPSi, no mer-cado de trabalho.

2. Apresentar o EA como nova ferramenta aos profi ssionais atuantes nos equipamentos pú-blicos de Saúde Mental, em especial o CAPS.

3. Impulsar uma discussão sobre esta ferra-menta/tecnologia social como premissa de trabalho para inserção na lista de tarefas que norteiam o CAPS.

Público-alvoJovens e adolescentes, na faixa entre 16 a 20 anos, pacientes do CAPS infantil que estão em condições de assumir compromissos profi ssio-nalizantes, considerando apenas a estabiliza-ção e organização psíquica dos mesmos.

Âmbito geográ� co do projetoCapsi Vl Maria Vl Guilherme e casas dos pacientes para toda área da microrregião do subdistrito Vila Maria Vila Guilherme, arredores e centro de SP. Trata-se de áreas vulneráveis com alto índice de violência urbana.

EMPREGO APOIADO NOCAPS INFANTIL II VILA MARIA

(1) Matriciamento ou apoio matricial é um novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, em um processo de construção compartilhada, criam uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica (ampliando-se ao território e disponibilizando tempo nas agendas dos técnicos).

Recursos, meios e necessidadesO CAPSi é um equipamento público com conceito

difundido de trabalho com crianças e adolescentes com defi ciência. Devido à sua credibilidade tem facili-dades para chegar ao público-alvo e efetivar parcerias. No entanto, há necessidade de formar técnicos na ferramenta EA; fi nanciar seu deslocamento às casas, empresas e outros; e de assistência técnica e supervisão dos trabalhos quando executados.

ParceriasUBS´s da microrregião Vila Maria Vila Guilherme

(Unidade Básica de Saúde).

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 51

Objetivos1. Promover a expansão da metodologia EA no

atendimento de candidatos com defi ciência que buscam a FCEE/CENET-Mercado de Tra-balho para procura de vagas.

2. Capacitar a equipe do setor, visando qualifi car ainda mais o serviço de inserção profi ssional oferecido pelo CENET/ FCEE às pessoas com defi ciência ou em situação de exclusão social.

Público-alvoPessoas com defi ciência que buscam a FCEE/CENET-Mercado de Trabalho para procura de vagas.

Âmbito geográ� coA abrangência desta proposta atenderá os ser-viços prestados às pessoas com defi ciência da grande Florianópolis.

Loiva Lucia Herbert.Graduada em psicologia pela UNISINOS, Mestre em Educação da UFRGS.Psicóloga na Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE).São José – SC.

IntroduçãoA Fundação Catarinense de Educação Especial

(FCEE) é uma instituição de caráter benefi cente, ins-trutivo e científi co, dotada de personalidade jurídica de direito público, sem fi ns lucrativos, vinculada à Se-cretaria de Estado da Educação. Foi criada em maio de 1968 e está localizada no município de São José. Como órgão coordenador e executor da política de educação especial do Estado, suas estratégias de sus-tentabilidade estão fundamentadas em seus objeti-vos sociais e na responsabilidade que tem de defi nir os rumos da educação especial em Santa Catarina.

Para concretizar seus objetivos, a FCEE conta com dez Centros de Atendimento Especializados, que são espaços de estudos, discussões e pesquisas em suas respectivas áreas de atuação. A clientela dos centros é composta por pessoas com defi ciência (visual, auditi-va, mental, motora e múltipla), transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

Os conhecimentos da proposta EA na Fundação Catarinense de Educação Especial, instituição que tem como missão fomentar, produzir e difundir o conhecimento científi co e tecnológico referente à educação especial, coordenando a defi nição e im-plantação da política dessa área no Estado de Santa Catarina, torna-se uma modalidade de grande impor-tância na colocação de pessoas com defi ciência ou em situação de exclusão social, no mercado de traba-lho competitivo ou seletivo.

Na estrutura organizacional da FCEE, o Centro de Educação e Trabalho / CENET, através do setor Merca-

EXPANSÃO DA METODOLOGIA DE EA NO ATENDIMENTO DE CANDIDATOS COM DEFICIÊNCIA QUE BUSCAM A FCEE/CENET-MERCADO DE TRABALHO

do de Trabalho, aplica metodologias de inclusão das pessoas com defi ciência. Assim, utilizar o referencial do EA nas práticas cotidianas do CENET-Mercado de Trabalho/FCEE, torna a práxis mais consoante e com-prometida com as políticas públicas de inclusão.

Atividades do projetoA capacitação aos servidores da equipe do

mercado de trabalho e do CENET/FCEE ocorrerá através da replicação dos conteúdos do curso EAD/EA do Its Brasil.

Recursos, meios e necessidadesProvisão de horas do turno de trabalho dos ser-

vidores da equipe e dos materiais pré-gravados em formato digital.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 52

Aline Braúna dos Santos.Assistente Social. Residente daEscola de Saúde Pública. Paracuru – CE.

IntroduçãoA Escola Maria Albuquerque Lima, instituição

pertencente à rede municipal, sediada na rua São João Evangelista na sede de Paracuru, iniciou em 1 de junho atividades com pessoas com defi ciência (auditiva, visual e intelectual), transformando-se em uma refe-rência dentro do município por trabalhar com a inclusão. O núcleo atende as pessoas com de fi ciência e seus pais. Ensina-se Libras, Braile e as pessoas com de fi ciência são acompanhadas por psicólogos e fonoau diólogos. Os profi ssionais também trabalham com os pais para que eles possam dar autonomia a seus fi lhos. Este projeto busca descobrir as potencialidades das pessoas com defi ciência para que possam ser inseridas no mercado de trabalho.

Atividades do projeto1. Capacitar os profi ssionais da saúde.2. Realizar ações educativas nas escolas para que

haja uma maior inclusão.3. Capacitar os trabalhadores das empresas sobre

o emprego apoiado para que possam identifi car as necessidades e as potencialidades das pessoas com defi ciência.

4. Orientar e acompanhar as famílias.

Recursos, meios e necessidades

01 Computador R$ 1.20001 projetor R$ 2.00002 profi ssionais do nível superior R$ 2.500 (ao mês)Materiais de expediente (cartolina,papel oficio, pincéis, fita gomada, etc.). R$ 1.200

TOTAL 9.400

IMPLEMENTAÇÃO DE EQUIPAMENTO PARA INSERÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO MUNICÍPIO DE PARACURU

Objetivo geralImplantação de um equipamento que trabalhe a inserção das pessoas com defi ciência no mer-cado de trabalho no município de Paracuru.

Objetivos especí� cos1. Prestar um amplo serviço às pessoas com de-

fi ciência e suas famílias.2. Realizar ações nas escolas e empresas para

apresentar a metodologia de Em prego Apoiado. 3. Capacitar os funcionários do município para

trabalhar com pessoas com defi ciência.4. Capacitar as equipes do Programa Saúde da

Família (PSF) na metodologia do EA.5. Orientar e acompanhar as famílias na com-

preensão do que é o Emprego Apoiado, mos-trando que pessoa com defi ciência pode exer-cer um cargo dentro de uma empresa.

6. Sensibilizar e articular setores da sociedade civil organizada na inserção de pessoas com defi ciência em cursos profi ssionalizantes e no mercado de trabalho.

7. Proporcionar capacitação e reciclagem contínua.

Público-alvoPessoas com defi ciência.

Âmbito geográ� co do projetoEscolas e empresas do município.

ParceriasMinistério da Ciência e Tecnologia, Prefeitura

Muni cipal de Paracuru, Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Albuquerque Lima, Secretária Muni cipal de Saúde de Paracuru.

97

100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 53

Objetivo geralDesenvolver e implementar o Emprego Apoiado como ferramenta de inclusão social.

Objetivos especí� cos1. Realizar ações e capacitação em Emprego

Apoiado para servidores e toda a comunida-de acadêmica.

2. Desenvolver parcerias com órgãos muni-cipais/regionais para o fortalecimento do usuário (discente) no mundo trabalho.

Público-alvoAlunos com defi ciência.

Âmbito geográ� co do projetoO projeto se desenvolverá através do NAPNE (Núcleo de Apoio a pessoas com necessidades Educacionais Específi cas).

Patrícia Milena Silva Saldanha.Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará. Campus Bragança. Bragança – PA.

IntroduçãoCom uma trajetória de 100 anos, o Instituto Fede-

ral de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA) é uma instituição de educação profi ssional pública, gratuita e de qualidade, que se consolidou no Pará e no Brasil. A educação profi ssionalizante se iniciou no Pará com a criação da Escola de Aprendizes Artifi cies do Pará em 1909, transformada em Liceu Industrial em 1930 e em Escola Industrial de Belém em 1942. Na década de 1960 passou a ser uma autarquia federal e começou a atuar com cursos profi ssionalizantes. Foi chamada Escola Industrial e posteriormente Escola Técnica Federal do Pará. Em 1997 foi nomeada Centro Federal de Educação Tecnologia e, fi nalmente, em 29 de dezembro de 2008 transformou-se no Instituto Fe-deral de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará.

Com o plano do governo federal de ampliação e expansão dos IF´s para o interior, surge no nordeste do Pará, o Campus Bragança, em 2008. Este campus localiza-se na Rua do trilho S/N, Bairro Vila Sinhá, e atende atualmente aproximadamente 1.200 alunos, em três turnos com oferta de cursos nas modalidades integrado (informática, hospedagem, agropecuária, petróleo e gás, edifi cações, pesca e aquicultura), sub-sequente (aquicultura, pesca, edifi cações, agrope-cuária e Petróleo e gás) e superior (gestão ambien-tal, agroecologia e Licenciatura em Física).Tem como missão promover a educação profi ssional e tecnoló-gica em todos os níveis de ensino para o desenvol-vimento sustentável , valorizando a diversidade e a integração dos saberes e levando em conta a função social da educação no nordeste do Pará.

Atividades do projeto1. Capacitar e informar servidores e comunidade

acadêmica sobre a importância do Emprego Apoiado como ferramenta de inclusão para o Napne.

2. Realizar levantamento e traçar o perfi l dos discen-tes com defi ciência, incluindo suas potencialida-des, habilidades e vocações.

DESENVOLVER E IMPLEMENTAR O EMPREGO APOIADO COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO SOCIAL

3. Firmar parcerias com órgãos governamentais no município, APAE e Centro de Educação Especial.

4. Planejamento de ações relacionadas ao Emprego Apoiado no NAPNE.

5. Desenvolver formas de atendimento para os discen-tes com defi ciência, bem como acompanhamento e avaliação pelo Técnico de Emprego Apoiado.

Recursos, meios e necessidadesO Campus Bragança possui infraestrutura com

acessibilidade a todos os locais e servidores com ca-pacitação e com especialidade em educação especial e inclusão.

Precisaríamos de auxílio fi nanceiro para constru-ção de sala com recursos adaptados à pessoa com de-fi ciência, equipamentos e materiais para essa cliente-la. Nesta sala (NAPNE) funcionaria o atendimento do Emprego Apoiado. Ressaltamos a importância de for-mação na perspectiva EA.

ParceriasGoverno Federal, órgãos municipais, Centro de Re-

ferência em educação Especial e APAE Bragança-Pará.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 54

Objetivo geralDifundir a metodologia do Emprego Apoiando no norte de Minas Gerais.

Objetivos especí� cos1. Criar interlocução entre estruturas do Estado

para inserção da pessoa com defi ciência no mercado de trabalho.

2. Capacitar os gerentes dos SINEs, da região norte de Minas Gerais, na metodologia do Emprego Apoiado.

Público-alvoGerentes dos postos do SINE das cidades do norte de Minas Gerais.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípios da região norte de Minas Gerais, onde funcionam os postos de atendimento do Sine.

Anielly Costa Silva Ramos.Assistente Social. Especialista em Gestãode Políticas Públicas e Sociais (Faculdades Santo Agostinho). Montes Claros – MG.

IntroduçãoO Emprego Apoiado nasceu dentro dos movi-

mentos sociais que contribuíram no mundo todo para o surgimento de grandes mudanças quanto à atenção às pessoas com defi ciência. Uma dessas mudanças de conceito se concretizou na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Defi ciência, ado-tada pela ONU em 13 de dezembro de 2006, ratifi -cada pelo Brasil por meio do Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008.

Apesar de que no Brasil existe uma legislação so-bre as pessoas com defi ciência, ainda não é visível a inserção dessas pessoas no mercado formal de traba-lho, ora por desconhecimento da lei ou pelo fato de que não existem profi ssionais com capacitação técni-ca para fazer essa interlocução.

De acordo com o exposto, é necessário criar na regional da Secretaria de Estado de Trabalho e Desen volvimento Social de Minas Gerais, em Montes Claros, um curso de capacitação EaD em Emprego Apoiado para os gerentes do Sistema Nacional de Emprego (SINE) da região norte de Minas. O objetivo é implementar a metodologia do EA como forma de garantir a excelência na oferta de políticas públicas de trabalho e emprego, por meio do desenvolvimento de metodologias de gerenciamento.

Atividades do projetoEfetivação do curso EaD de Emprego Apoiado

através do ITS Brasil na regional norte da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social de Minas Gerais, em Montes Claros, para os gerentes do Sistema Nacional de Emprego – SINE.

EMPREGO APOIADO:UMA NOVA TECNOLOGIA

Recursos, Meios e NecessidadesPara efetivação do projeto será necessária a oferta

do curso EaD de Emprego Apoiado através do ITS. Para monitoramento será necessária a contratação de dois profi ssionais da área social (assistente social e socióloga). Também será necessário auxílio fi nanceiro para hospe dagem, transporte e ali mentação dos pro-fi s sionais con tratados para moni to ramento nas regio-nais dos SINEs no norte de Minas Gerais.

ParceriasInstituto de Tecnologia Social (ITS Brasil), Secretaria

de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (SEDESE), Prefeituras e Centros de Referência em Assis-tência Social (CRAS).

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 55

Maria Regina da Silva.Assistente Social. Associação Servosda Caridade-Escola São Luiz Guanella.Porto Alegre - RS.

IntroduçãoA missão da Escola São Luís Guanella é educar e

evangelizar a pessoa humana, através dos princípios da pedagogia do amor providente e preventivo, pro-movendo-os em todas as dimensões, segundo as poten cialidades do indivíduo. Como visão de futuro busca "ser referência de insti tuição de ensino, perpe-tuando sua missão na sociedade, visando a promoção humana em sua plenitude". Seguindo o modelo do nosso fundador, Pe. Guanella, trabalhamos com os valores humanos cristãos que norteiam as insti tuições Guanellianas no Brasil e no mundo. A escola está situada na Avenida Benno Mentz, 1560, Bairro Vila Ipiranga, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Nosso objetivo é cadastrar pessoas com defi ciência como Jovem Aprendiz para que ingressem no mercado de trabalho. As principais barreiras e difi culdades para implementar a metodologia do Emprego Apoiado são as altas expectativas das famílias em relação às pessoas com defi ciência, a falta de profi ssionais especializados e a baixa carga horária. Precisamos todos ter muita sensibilidade e interesse nas etapas do EA. O entrosamento da equipe, o apoio da família e a coesão e organização da equipe são fundamentais para superar qualquer obstáculo. É importante manter um diálogo aberto para juntos direcionar o processo, garantindo que a pessoa com defi ciência seja apoiada como qualquer trabalhador e respeitada em suas limitações.

Atividades do projeto1. Instruir a equipe multidisciplinar de trabalho com

a Cartilha do EA.2. Organizar reuniões, seminários e palestras sobre a

Tecnologia Social do Emprego Apoiado, suas prin-cipais fases e etapas.

3. Identifi car alunos com defi ciência e possíveis va-gas em empresas que adiram ao projeto.

4. Análises dos professores sobre aptidões, gostos e

DANDO VIDA

Objetivo geralCadastrar alunos com defi ciência como Jovem Aprendiz, implantando a metodologia do Emprego Apoiado para seu ingresso no mercado de trabalho.

Objetivos especí� cos1. Mobilizar e interagir com os recursos dispo-

níveis e a disponibilizar.2. Manter uma dinâmica em que todos os pro-

fessores, técnicos da comunidade escolar local e pais se envolvam, mobilizados e res-ponsabilizados.

Público-alvoPessoas com defi ciência, pessoas excluídas de qualquer natureza, e suas famílias. Âmbito geográ� co do projetoAlunos da Escola São Luís Guanella.

sensibilidades dos alunos para incentivá-lo, pois precisamos de informações para desenvolver suas habilidades profi ssionais.

4. Reuniões com as famílias e visitas domiciliares que podem ser aproveitadas para explicar a metodolo-gia do EA.

5. Uso do manual de EA pelos funcionários contra-tados e divulgação da metodologia em reuniões de equipe.

6. Trazer para a sala de aula refl exões sobre o tema da inclusão e da integração para depois apresentar a metodologia do Emprego Apoiado como nova proposta.

Recursos, meios e necessidadesA Associação Servos da Caridade (mantenedora)

é de cunho fi lantrópico. A Escola São Luís Guanella, onde será implantado o projeto Dando Vida, é uma de suas fi liais e atualmente mantêm 480 alunos. A escola tem acessibilidade, conta com banheiros e elevador, mas ainda está se adequando.

100

100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Objetivo geralRealizar a inclusão da pessoa com defi ciência intelectual em idade laboral, matriculada para esse fi m ou egressa dos serviços de educação.

Objetivos especí� cos1. Promover uma mudança de olhar sobre as

capacidades das pessoas com defi ciência intelectual que buscam ingressar no mundo do trabalho.

2. Melhorar a renda familiar, bem como o pro-tagonismo da pessoa com defi ciência através de sua inclusão no trabalho.

Público-alvoPessoas com defi ciência intelectual, múltipla ou autismo em idade legal para trabalhar.

Âmbito geográ� co do projetoO projeto atende somente a cidade de Ourinhos, porém a APAE recebe pessoas de outras cidades da região, como Chavantes e Canitar.

Daniele Aparecida Pariz Trintinália.Graduada em Serviço Social pela UniversidadeEstadual de Londrina (PR) e Pós-Graduadaem Trabalho Social com Família pela FECEAAssociação de Pais e Amigos dos Excepcionais. Ourinhos – SP.

IntroduçãoA APAE de Ourinhos atende pessoas com defi ciência

intelectual, múltipla defi ciência e autismo e presta assessoria e serviços às suas famílias. Inaugurada em 1968, hoje conta com 370 pessoas matriculadas em seus serviços de educação, saúde e assistência social. Cada área possui projetos específi cos, sendo na área da Assistência Social onde se inscreve o serviço de Inclusão no Mercado de Trabalho, que funciona desde 2007.

Em geral, as pessoas atendidas pela APAE de Ourinhos procuram a instituição para ingressar na Escola de Educação Especial, que possui a modalidade de educação especial para o trabalho. Ali, os alunos acima de 16 anos são preparados para o trabalho considerando suas habilidades e interesses. Até hoje foram realizadas 57 inclusões formais.

O método utilizado foi construído com base nas diretrizes de educação especial e da prática do projeto de colocação. A formação no curso de Emprego Apoiado nos permitiu reconhecer as semelhanças de nossa prática com suas orientações. Foi assim que nos propusemos adequar nosso projeto a essa metodologia. O curso ampliou nosso olhar para as possibilidades de inclusão da pessoa com defi ciência no mundo do trabalho, tendo em vista que a colocação é realizada respeitando suas habilidades e de que a defi ciência não se entende como uma incapacidade para seu ingresso numa empresa.

A APAE possui uma escola de educação especial e treina seus alunos para ser independentes e autô-nomos. Realizar a inclusão no mundo do trabalho completa o objetivo do nosso trabalho. A inclusão de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho, através da metodologia de Emprego Apoiado garante sua permanência no emprego.

Atividades do projeto1. Os atendidos em idade laboral serão avaliados

através do perfi l vocacional.

INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL EM IDADE LABORAL

2. São necessários novos postos de trabalho que contemplem uma maior inclusão e diversidade de vagas.

3. Construir uma rede de apoio na empresa e na co-munidade.

4. Destinar técnico de EA para acompanhamento em todas as fases da inclusão.

5. Sensibilizar as famílias dos atendidos, comu nidade e empresários com experiências de Emprego Apoiado.

6. Realizar parcerias com CRAS, entidades sócio assis-tenciais e empresas.

Recursos, meios e necessidadesA APAE conta com infraestrutura própria e alguns

profi ssionais da equipe jà realizaram o curso de EA.

ParceriasO serviço é co-fi nanciado por subvenção munici-

pal e através de recursos próprios da APAE.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Objetivo geralInclusão de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho da região.

Objetivos especí� cosIndependência fi nanceira e reconhecimento como trabalhadores.

Público-alvoAlunos entre 18 e 25 anos, atendidos pelas oficinas.

Âmbito geográ� co do projetoDistrito de Terra Preta, a região que mais cresce em Mairiporã, com aproximadamente 100 mil habitantes. O distrito fi ca às margens da rodovia Fernão Dias, já fora da área de mananciais da Cantareira, entre Mairiporã e Atibaia. Terra Preta conta hoje com várias indústrias e comércios que movimentam a economia local.

Patrícia de Siqueira.APAE de Mairiporã – SP.

IntroduçãoA APAE Mairiporã - SP. executa serviço de proteção

social especial de média complexidade para pessoas com defi ciência. Funciona na Rua Fernão Lopes, 11, Jardim Oliveira, Mairiporã-SP. A proposta de levar o método de EA para a APAE de Mairiporã busca solu-cionar um problema que é constante: a vontade de alguns alunos em trabalhar e poder ganhar assim seu próprio dinheiro. Muitos deles têm benefícios, mas não os consideram como fruto de seu esforço.

Atividades do projeto1. Apresentação da metodologia do EA na APAE,

através de cartilhas, para funcionários e familiares. 2. Apresentação da metodologia do EA nas organi-

zações da indústria para orientar e tirar as dúvidas sobre o assunto.

3. Muitas empresas da região procuram emprega-dos como o perfi l dos alunos da APAE. Através de entrevistas com os candidatos e seus familiares e depois com os empregadores, poderíamos facili-tar a ligação.

4. Encaminhamento do aluno para a empresa, acom-panhado de um funcionário da instituição, prepa-rado para trabalhar com o método de EA.

5. Acompanhamento constante para verifi car desen-volvimento do empregado em sua função e avaliar a necessidade de fazer modifi cações.

INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO DE MAIRIPORÃ

Recursos, meios e necessidadesOs recursos seriam facilitados pelas indústrias

locais, que encontram difi culdades para o preenchi-mento de vagas. É uma região escassa de mão de obra. A maior difi culdade é o transporte para os alunos, pois muitos não estão acostumados a sair sozinhos.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 58

Paula Tatiana Sato.Graduada em Secretariado Executivo (UNIPAM).Especialista em Gestão de Pessoas (SESPA). Liderança e Gestão de Equipes (FINOM) e em Gestão Pública (UFU). Curso de Extensão em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça (UFMG), e de Aperfeiçoamento em Educação em Direitos Humanos (UFMG) e em Educação Ambiental (UFMG). Carmo do Paranaíba – MG.

IntroduçãoO projeto é uma iniciativa particular e foi sugerido

a entidades que possam apoiar e coloca-lo em prática, como a Prefeitura Municipal e CDL. Estas instituições podem estimular as contratações de pessoas com defi ciência e assim combinar esforços entre o Poder Público e sociedade civil, através da conscientização, sensibilização e efetivação das ações propostas.

Como as empresas viabilizam a inserção da pessoa com defi ciência no mercado de trabalho, valorizam o seu potencial e auxiliam na sua adaptação, integração e crescimento profi ssional?

Atividades do projeto1. Cadastramento de pessoas com defi ciência inte-

ressadas em trabalhar.2. Levantamento de vagas para pessoas com defi ciência.3. Reunião com o setor de RH das empresas para ana-

lisar as vagas oferecidas, as instalações físicas do local e para determinar quais os tipos de defi ciên-cias que melhor irão se adequar a cada uma das funções existentes.

4. Acompanhamento e monitoramento para identifi -car o nível de satisfação e adequação do candidato na empresa e conhecer avaliação do gestor.

5. Oferecer formação e treinamento de acordo com a vaga a ser preenchida para facilitar a execução das tarefas.

ObjetivosDivulgar um programa de apoio ao emprego e qualifi cação no âmbito da reabilitação profi s-sional, que integre diversas modalidades de apoio destinadas às pessoas com defi ciência, que apresentam difi culdades no acesso, manu-tenção e progressão no emprego, fomentando oportunidades, sem discriminação e tornando as empresas mais inclusivas e acessíveis.

Público-alvoPessoas com defi ciência e em situação de ex-clusão social e com especial difi culdade para encontrar um emprego formal.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípio de Carmo do Paranaíba, podendo estender-se às localidades mais próximas que tenham empresas com vagas disponíveis e can-didatos aptos para ocupá-las.

EMPREGO FORMAL E IGUALDADEDE OPORTUNIDADES. DIREITO DE TODOS SEM QUALQUER DISTINÇÃO

Recursos, meios e necessidadesEquipamentos e materiais pedagógicos espe ciais

para educação, capacitação e formação da pessoa com defi ciência; tradutor de Libras e Braile; profi s-sionais especializados para realizar palestras moti-vacionais; ferramentas e dispositivos para facilitar a comunicação, a informação e a sinalização para o funcionário com defi ciência; e, equipamentos para treinamento na área de informática, atendimento ao cliente, vendas e atendimento telefônico.

ParceriasA APAE para auxiliar no recrutamento de candida-

tos e identifi car suas habilidades.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 59

Objetivo geralDesconstruir as barreiras rompendo defi niti-vamente o preconceito, possibilitando o acesso ao emprego formal em condições de igualdade.

Objetivos especí� cos1. Sensibilizar as empresas em relação às

pessoas com deficiência.2. Incentivar a permanência da pessoa com de-

fi ciência em sua colocação profi ssional.

Público-alvoPessoas com defi ciência ou em situação de vulne rabilidade social.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípio de Itapevi e municípios vizinhos (Barueri, Jandira, Santana de Parnaíba, devido à localização da Zona Industrial).

Sandra Mara Robles Domingues.Pedagoga e Pós-Graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional, Educação Especial, Atendimento Educacional Especializado. Professora Especialista do Grupo de Apoio à Inclusão (GAI) da Secretaria da Educação. Itapevi – SP.

Amabili Corina Canola.Terapeuta Ocupacional e Pós-Graduadaem Terapia da Mão. Coordenadora doGrupo de Apoio à Inclusão (GAI) daSecretaria da Educação.Itapevi – SP.

IntroduçãoO Grupo de Apoio à Inclusão (GAI) é um setor

esta belecido dentro da Secretaria de Educação do Município de Itapevi e tem como objetivo há 8 anos dar apoio e suporte aos alunos com defi ciência, vi-sando diminuir as barreiras de acesso e garantir sua permanência na Rede Regular de Ensino.

O GAI possui uma equipe multiprofi ssional composta por terapeuta ocupacional, fonoaudiólogos, psicólogo, psicopedagogo e pedagogos especialistas em defi ciência visual, intelectual, física e TEA (Trans-torno do Espectro Autista). São realizadas visitas peri ó dicas, suporte para profes sores e gestores das escolas. Contamos também com 21 professores de Aten di mento Edu ca cional Indi vidualizado (AEE), que realizam atendimentos individuais pedagógicos, promo vem suporte e apoio nas escolas polos.

No município de Itapevi há um baixo índice de inserção profi ssional de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho, difi culdades da pessoa com defi ciência para manter-se empregada e desconhe-cimento dos empregadores sobre a metodologia do Emprego Apoiado.

Atividades do projeto1. Cursos para empregadores. 2. Palestras junto com a Secretaria de Desenvolvi-

mento e Trabalho.

DESCONSTRUIR BARREIRAS

3. Divulgação da metodologia através da confecção de uma cartilha orientadora sobre a metodologia do Emprego Apoiado.

4. Padronizar modelo de criação de vagas utilizando network regional privado e público.

5. Criar modelo de banco de dados contendo o perfi l das pessoas com defi ciência.

6. Marketing de divulgação sobre o que é o EA e como funciona (cartilha).

Recursos, meios e necessidadesEquipe de profi ssionais qualifi cados para imple-

mentação do EA; recursos fi nanceiros para produção e divulgação da Cartilha sobre o Emprego Apoiado.

ParceriasAssociação de Emprego Apoiado (ABEA), Asso-

ciação do Defi ciente do Município de Itapevi, Conselho Municipal do Defi ciente de Itapevi, Secretaria de Assis-tência Social e Cidadania de Itapevi, Secretaria do Desenvolvimento e Trabalho de Itapevi.

104

PROJETO32PROJETOPROJETOPROJETOPROJETO

Objetivo geralNosso objetivo é sensibilizar e preparar fami-liares. O Emprego Apoiado é uma ferramenta de inclusão e permanência das pessoas com defi ciência e daquelas com reais difi culdades de colocação no mercado de trabalho. Esse modo de inclusão é uma maneira de atender aos princípios que regem a Declaração Univer-sal dos Direitos Humanos, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Defi ciência, a “Lei de Cotas” e outras exigências legais.

Público AlvoFamiliares de pessoas com defi ciência (visual, auditiva, motora).

Âmbito geográ� co do projetoAtendimento on-line à grande São Paulo para depois ser ampliado a outros participantes.

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Regina Celia Gorodscy.Psicóloga. Doutora em Psicologia Clínicapela USP. São Paulo – SP.

IntroduçãoEm minha experiência profi ssional como psicó-

loga e professora, o trabalho com pessoas com de-fi ciência e suas famílias em atendimento multi profi s-sional na clínica Ana Maria Poppovic, no Serviço de Atendimento a Pessoas com Defi ciência do Hospital do Servidor Público Estadual e na Clínica da PUCSP, foi fundamental para valorizar a sensibilização e o preparo dos familiares e da equipe de saúde para “novos olhares” voltados à "pessoa" e não à de fi ciência. Conhecemos as difi culdades de deslocamento de nossos clientes e de sua família. A possibilidade de atendimento on-line está se democratizando e pode se constituir em estratégia de trabalho com pessoas com defi ciência e seus familiares.

O Emprego Apoiado inverte a lógica existente em que prevalece a noção de que “primeiro se treina para

ATENDIMENTO ON-LINE A PESSOASCOM DEFICIÊNCIA E SUAS FAMÍLIASSOBRE EMPREGO APOIADO

105

100 Projetos de Emprego Apoiado

depois colocar a pessoa no mercado de trabalho”. A prioridade do EA é colocar a pessoa no mercado de trabalho de acordo com suas capacidades e habilidades para treiná-la no próprio local de trabalho. É feita uma customização com o intuito de compatibilizar o perfi l vocacional da pessoa com defi ciência e a vaga oferecida, mediante apoio personalizado do técnico/consultor de Emprego Apoiado.

O acompanhamento pós-colocação permite ao técnico/consultor conhecer os diferentes passos para a realização da tarefa para a qual foi contratado o usuário de EA. Nesse momento o usuário necessita de mais apoio para depois avaliar se pode desenvol-ver seu trabalho de forma autônoma. O consultor/técnico de EA colabora na mediação desse processo entre as expectativas da família, as necessidades do empregador e os recursos da comunidade. Em nosso curso a distância de EA, pudemos perceber a impor-tância do trabalho do técnico/consultor de EA com as famílias das pessoas com defi ciência para que as mesmas participem do processo. A família é impor-tante para observar, avaliar e desenvolver estratégias que possam favorecer a colocação e a customização do EA, assim como o perfi l vocacional da pessoa, seus desejos, planos e habilidades.

Atividades do projeto1. Focalizar as questões que a pessoa com defi ciência

e seus pais colocam em relação à orientação voca-cional e à vida independente.

2. Aberta a possibilidade de diálogo e manifesto o interesse, a intenção é informar as pessoas com defi ciência e seus familiares sobre a metodologia do Emprego Apoiado.

3. Defi nir estratégias diferenciadas que ajudem e conduzam a família como facilitadora do processo. Essas estratégias ajudam na percepção das habi-

lidades e potencial da pessoa com defi ciência quando dispõe dos apoios necessários, e devolve o direito de participar. A intenção é fazer com que as famílias ouçam os sonhos e desejos da pessoa com defi ciência; permitam sua participação nos afazeres domésticos, maior independência e auto-nomia, por exemplo, para fazer pequenas compras na vizinhança.

4. Discutir com as famílias questões sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A Lei 12.470/2011 determina a suspensão do BPC por dois anos, garan tido à pessoa com defi ciência o exercício de atividades profi ssionais, sem ter que realizar nova perícia para voltar a recebe-la no caso de perda de emprego. Isso representa um progresso na busca de igualdade e respeito às diferenças das pessoas diante das superações de barreiras existentes para o acesso ao trabalho e qualifi cação profi ssional. É importante que as famílias discutam essas ques-tões e procurem subsídios jurídicos e políticas pú-blicas que não prejudiquem os benefi ciários que optarem por trabalhar em empregos formais.

Recursos, meios e necessidadesProfi ssionais e psicólogos com condições de aten-

dimento psicológico on-line e conhecimento da me-todologia do Emprego Apoiado, sobre pessoas com defi ciência e sobre orientação familiar.

ParceriasEstamos encaminhando proposta de parceria

com o Núcleo de Pesquisas da Psicologia em infor-mática da PUCSP, sob orientação da Prof. Rosa Maria Farah -www.pucsp.br/nppi. Procuramos parceria com a Associação Brasileira de Emprego Apoiado (ABEA), mediante a difusão de seus princípios, valores, proce-dimentos, instrumentos e metodologias.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 61

Objetivos 1. Introduzir a metodologia de Emprego Apoia-

do nos Centros de Convivência e equipa-mentos públicos ou privados, voltados para o atendimento da população em situação de rua, por meio de sensibilizações aos profi s-sionais que neles atuam e aos atores sociais de seu entorno.

2. Adequação dos atuais projetos coletivos emer -genciais de emprego (Frentes de Tra balho) em direção a pro jetos indi viduais de EA, que garantam uma maior per manência e empre-gabilidade, respeitando a complexi dade e hete ro geneidade deste segmento social.

Público-alvoProfi ssionais e participantes de projetos sociais voltados para o atendimento à população adulta em situação de rua.

Âmbito geográ� co do projetoNacional.

Orlando Coelho Barbosa.Psicopedagogo e mestrando emPsicologia Educacional. Osasco – SP

IntroduçãoEste projeto foi desenvolvido tendo como refe-

rência um Centro Pop voltado para a População em Situação de Rua, onde o pesquisador desenvolveu atividades durante cinco anos, e as difi culdades de reinserção no mercado de trabalho enfrentadas por esses grupos. Conforme dados de pesquisas, atualmente existem entre 13.000 e 14.000 pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo, e entre 28.000 e 50.000 indivíduos em situação similar no Brasil. A diversidade e imprecisão dos números é somente um aspecto das difi culdades de construção de uma polí tica de inclusão deste segmento da sociedade. Um dos maiores desafi os, no que se refere a políticas públicas de trabalho e emprego, está em garantir uma formação adequada, empregabilidade e perma nência de adultos que estão em situação de rua.

A Política Nacional para a População em Situação de Rua prevê que se criem ações e projetos que garantam emprego e empregabilidade para este segmento social. Porém, entendemos a necessidade de implantar este projeto piloto em local, a ser defi nido, para a partir dessa experiência produzir novos materiais que possibilitem a sua implantação nacionalmente. O desafi o é enorme. Existem poucos profi ssionais que conhecem a metodologia de EA e normalmente ela é vinculada somente às pessoas com defi ciência.

Atividades do projeto1. Mapeamento das entidades que atuam com a

população de rua.2. Mapeamento dos atores sociais parceiros.3. Apresentação da proposta de EA– cartilhas.4. Sensibilização dos profissionais participantes do

projeto.5. Sensibilização e elaboração de perfi l dos partici-

pantes atendidos nas Casas de Convivência que participarão do projeto.

6. Cruzamento dos perfi s com os dados do mapea-mento.

POPULAÇÃO EM SITUAÇÃODE RUA E O EMPREGO APOIADO

7. Implantação do projeto de EA em conjunto com profi ssionais das entidades parcerias.

8. Acompanhamento do projeto.

Recursos, meios e necessidadesOs custos estão essencialmente relacionados ao

deslocamento do consultor e a formação e sensibi-lização dos profi ssionais que atuam, ou começariam a atuar, com esse segmento social. Em praticamente todos os estados e cidades brasileiras existem equi-pamentos para o atendimento deste grupo social, dispensando-se assim custos de infraestrutura.

ParceriasPor tratar-se de projeto piloto, não existem enti-

dades parceiras. Entre os possíveis parceiros que se espera conseguir após publicação do projeto estão: Prefeituras, estados e entidades da sociedade civil que desenvolvam projetos voltados para a população em situação de rua.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 62

Tarsila Rosa de Araújo. Graduada em Serviço Social.APABB. São Paulo - SP.

IntroduçãoA Associação de Pais, Amigos e Pessoas com

Defi ciência dos Funcionários do Banco do Brasil e da Comu nidade (APABB) é uma instituição sem fi ns lucra-tivos, fundada em 8 de agosto de 1987, com a missão de realizar ações em prol das pessoas com defi ciência e de suas famílias. Trabalha na defesa dos seus direitos, contribuindo para a inclusão social e melhoria na qualidade de vida. Suas principais atividades estão ligadas ao lazer e ao esporte e são adaptadas para a pessoa com defi ciência. O Serviço Social trabalha com as famílias com o objetivo de fortalecer os vínculos e afi rmar a capacidade das pessoas com defi ciência para desenvolver deter minadas atividades, rompendo assim com a super proteção dos pais. A APABB é composta por Núcleos Regionais, localizados no Distrito Federal e em treze estados (Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo).

Vivemos em uma sociedade excludente, que afasta as pessoas com defi ciência. Durante muito tempo as construções sociais, históricas, legais e culturais reafi r maram que se tratava de pessoas doentes e incapazes de socializar segundo o tipo de patologia. Ainda hoje existem barreiras que excluem as pessoas com defi ciência do coti diano: falta de acessibi lidade física para cadei rantes; au sência de áudio des crição, piso tátil e acei tação de cão-guia em todos os espaços so ciais; ausência da univer salidade de legendas e da Língua Brasi leira de Sinais (Libras); des preparo das em presas e ausência de capacitação e formação para acolher os profi s sionais com defi ciência; superpro-teção dos pais ou respon sáveis que por medo, acabam restrin gindo a partici pação das pessoas com de fi ciência em deter minadas ativi dades, limitando e reduzindo seu potencial.

Atividades do projetoCapacitação em dois módulos: a) Formação em

cida dania; b) Qualifi cação profi ssional. Organização de duas turmas com 10 alunos cada, nos horários matu-

Objetivo geralCapacitar, possibilitar e acompanhar a inserção de jovens e adultos com defi ciência intelectual leve e/ou moderada no mercado de trabalho.

Objetivos especí� cos1. Proporcionar capacitação profi ssional atra-

vés de experiências práticas.2. Encaminhar e acompanhar a inserção dos

alunos no mercado de trabalho.3. Trabalhar com as famílias sobre a autonomia,

capacidade e potencialidades dos alunos.4. Promover a sensibilização das empresas e de

seus funcionários.

Público-alvoVinte jovens com idades a partir de 16 anos. São jovens e adultos com defi ciência intelectual leve ou moderada, em processo de alfabetização. Também são favorecidos os familiares ao conhe-cer a capacidade dos alunos.

Âmbito geográ� co do projetoProjeto desenvolvido na Zona Leste de São Paulo Capital, no espaço disponibilizado pelo Lar das Crianças – Casa do Caminho. É um lugar com ótima localização na região e infraestrutura com acessibilidade.

INSERÇÃO DE JOVENS E ADULTOSCOM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO MERCADO DE TRABALHO

tino e vespertino. A duração será de três meses com encontros de 3 horas aula, duas vezes por semana.

Recursos, meios e necessidadesEquipe multidisciplinar composta por assistente

social, psicóloga, consultor em Emprego Apoiado, pedagoga e auxiliar de classe. Recebemos apoio fi nan-ceiro de alguns parceiros. A maior necessidade é en-contrar empresas interessadas nesta tecnologia social.

ParceriasLar das Crianças/Casa do Caminho, Associação

Danyann Aprender e Evoluar, Instituto Cooperforte, Comitê Verbo Divino.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Clarinda de Vila.Pedagoga com especialização em Psicopedagogia. APAE. Araranguá – SC.

IntroduçãoA Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais

(APAE) foi fundada em 1º de março de 1971, com o objetivo de promover atendimento na área de pre-venção, orientação e reabilitação da pessoa com de fi ciência, nos municípios do vale do Araranguá e no Estado do Rio Grande do Sul. Realiza trabalho de cons cien tização com as famílias dos edu candos e a comu nidade, favorecendo o desen vol vimento de suas poten cialidades e inte gração no meio social. Atualmente, a escola atende 169 alunos, agrupados conforme idade e grau de defi ciência, que par ticipam dos dife rentes pro gramas ofe recidos pela instituição.

Este projeto propõe organizar um grupo de estudo sobre a metodologia do Emprego Apoiado com profes-sores e assistentes sociais da APAE. Estes profi ssionais são responsáveis pelo encaminhamento dos alunos no mercado de trabalho. O objetivo é possi bilitar uma melhor compreensão do EA e analisar sua imple-mentação. Acreditamos que desta forma a margem de fracasso na inclusão de alunos no mercado de trabalho será menor. O EA pode proporcionar subsídios para responder de melhor forma aos anseios e interesses dos alunos e de seus familiares, ao mesmo tempo em que auxilia na busca de empregos e oportunidades de acordo com os perfi s dos usuários. Muitas empresas procuram a APAE para cumprir com a Lei de Cotas, mas nem sempre julgamos junto com a família que os jovens estejam “preparados”. Com o EA, o aluno terá a oportunidade de aprender sua função no emprego, apoiado pelo técnico de EA, enquanto a empresa será orientada sobre as adequações necessárias para que o usuário consiga realizar suas tarefas.

Pensar na inclusão, colocação e permanência de pessoas com defi ciência ou em situação de exclusão social no mercado de trabalho, nos leva a rever va-lores, crenças e mitos. Implica reconhecer as capaci-dades e as possibilidades da pessoa com defi ciência, que, na maioria das vezes, não são consideradas. Com o EA, abrem-se novas possibilidades para direcionar a procura por um trabalho condizente com o perfi l da

GRUPO DE ESTUDO SOBREEMPREGO APOIADO

pessoa. O sucesso de tal empreendimento torna-se compromisso de todos os envolvidos, e não apenas da pessoa com defi ciência.

Atividades do projeto1. Capacitação dos professores das ofi cinas da insti-

tuição e das assistentes sociais.2. Aplicação da metodologia conforme demanda de

pessoas a serem incluídas no mercado de trabalho.

Recursos, meios e necessidadesO instituto disponibilizou material e incluiu esta

proposta no curso de capacitação para os funcioná-rios desta APAE.

ParceriasSupermercados e empresas da cidade.

Objetivo geralDivulgar e apresentar a metodologia do EA na APAE de Araranguá aos professores das ofi cinas e assistentes sociais.

Objetivos especí� cos 1. Capacitar professores e as assistentes sociais

na metodologia do EA.2. Aplicar a metodologia do EA para colocação

e acompanhamento dos alunos no mercado de trabalho.

3. Reconhecer capacidades e possibilidades dos alunos.

4. Proporcionar subsídios para responder me-lhor aos anseios e interesses dos alunos e de seus familiares.

5. Buscar empregos e oportunidades de acordo com o perfi l dos alunos.

Público-alvoProfessores das ofi cinas, assistentes sociais e alunos a serem incluídos no mercado de trabalho.

Âmbito geográ� co do projetoOfi cinas da APAE de Araranguá.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Patrícia Jobim Santos.Assistente social. Associação Restituir.Juiz de Fora – MG.

IntroduçãoA Associação Benefi cente Cristã Restituir está

localizada na Rua Catarina de Castro, n° 85, Morro da Glória. Foi fundada em 24 de abril de 2004 com o obje-tivo de formalizar as ações sociais executadas pela Primeira Igreja Batista de Juiz de Fora. Seu objetivo é prestar assistência social aos usuários dos serviços oferecidos. Desenvolve programas de atendimento à população de/na rua, à terceira idade, às pessoas com defi ciência, às famílias em situação de vulnerabilidade social (Projeto SER - Sonho, Esperança, Restauração), além do atendimento ambulatorial Restituir e in-clusão digital. Esta associação busca ser referência na qualidade dos serviços assistenciais prestados, promovendo o bem-estar do homem na sociedade, pela prática do amor em ação.

Devido à falta de políticas públicas voltadas para a temática do Emprego Apoiado, é fundamental a imple mentação de projetos que incentivem sua prática seja no âmbito do público ou do privado. Dessa forma, é possível viabilizar a inclusão econômica de pessoas com defi ciência ou em situação de vulnerabi-lidade social. Nesse sentido torna-se necessário o investi mento em ações que possibilitem o acesso das pessoas com de fi ciência a serviços públicos de Emprego Apoiado no Brasil.

Atividades do projetoDivulgação, treinamentos específi cos, contato com

empresas, etc.

ParceriasAMAC, empresas privadas, ONGs,

associações, etc.

FORTALECIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA INSERÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO

Objetivos gerais1. Aplicar os conhecimentos obtidos no curso

de EA a fi m de fortalecer a luta em prol de políticas públicas que favoreçam as pessoas com defi ciência e sua inserção no mercado de trabalho.

2. Apresentar a proposta do EA na entidade e no município em que atuamos.

Objetivos especí� cos1. Promover o acesso e usufruto de direitos,

contribuindo na melhoria da qualidade de vida dos usuários dos serviços.

2. Garantir acesso dos usuários à rede sócio assis tencial e aos serviços das demais polí-ticas públicas e de defesa de direitos.

3. Contribuir para restaurar e preservar a inte-gridade e autonomia desses usuários.

4. Contribuir na construção de novos projetos de vida, respeitando as escolhas e especifi ci-dades dos usuários.

Público-alvoFamílias atendidas pela entidade que tenham em seu quadro familiar pessoas com algum tipo de defi ciência.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípio de Juiz de Fora.

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PROJETO

Mariane Teixeira Netto Rodrigues.TN&S – Inserção e Qualifi cação Profi ssional. Porto Alegre - RS.

IntroduçãoA TN&S é uma empresa privada que tem por

missão desenvolver, produzir e comercializar produtos e serviços diferenciados, voltados para a Inserção e qualifi cação profi ssional, com ética, experiência e respeito às dife renças, visando à satisfação de seus clientes, através do desenvolvimento de uma cultura inclusiva. Fundada em 2011 pela psicóloga Mariane Rodrigues, trabalha a partir de projetos customizados,

Objetivo geral Divulgar o EA como recurso de inserção profi s-sional de grupos que se encontram à margem do mundo do trabalho.

Objetivos especí� cos1. Capacitar profi ssionais com experiência no

trabalho com público em situação de exclu-são social, para o desenvolvimento do servi-ço de Emprego Apoiado.

2. Organizar rede de contatos da TN&S com usuários e empresas para divulgação dos serviços de EA.

Público-alvoProfi ssionais da TN&S que já realizam ações de inserção profi ssional, podendo ser ampliado para outros profi ssionais que busquem desen-volver-se no trabalho com os temas da Inclusão Social Profi ssional.

Âmbito geográ� co do projetoDiferentes regiões.

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EMPREGO APOIADO COMO RECURSO DE INSERÇÃO PROFISSIONAL DE GRUPOS EXCLUÍDOS NO MUNDO DO TRABALHO

com equipe constituída por profi ssionais especia li-zados, aptos para atender com qualidade e efi ciência as diferentes demandas apresentadas, oferecendo soluções inovadoras com a competência e agilidade exigidas pelas empresas clientes. Com sede em Porto Alegre atende diferentes regiões e estados.

Apesar das fi scalizações dos auditores do trabalho nas empresas pelo cumprimento da Lei de Cotas e das mobilizações de algumas empresas no trabalho de Inclusão de Profi ssionais com Defi ciência, ainda

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100 Projetos de Emprego Apoiado

existem muitas resistências e barreiras a serem enfren-tadas. Este projeto busca atender a quatro grupos especí fi cos: profi ssionais que trabalham com a inclusão, pessoas com defi ciência, seus familiares e orga ni-zações empre sariais. A TN&S, enquanto profi ssional da inclusão, trabalha visando à tríade pessoas com de fi ciência, familiares e organizações, pois entende que os humanos só se organizam como sujeitos a partir de uma primeira trian gulação, sendo o papel do profi ssional em inclusão facilitar essas relações. Este projeto busca qualifi car os próprios profi ssionais, oferecendo-lhes além das informações teóricas sobre a meto dologia do Emprego Apoiado (EA), a especial ferramenta de sucesso em treinamentos: o acompa-nhamento sistemático e presencial.

O projeto busca “capacitar para seguir capaci-tando”. Será no desenvolvimento de técnicos identi-fi cados com o tema que promoveremos a inclusão profi s sional das pessoas com defi ciência. O projeto visa sistematizar o processo de ensino, propor cio-nando acompanhamento/supervisão aos técnicos em seus processos de treinamento teórico/prático. Como os profi ssionais poderão estar em diferentes regiões, haverá necessidade de oferecer ferramentas tecnológicas para seu aprendizado e execução do trabalho, além de garantir momentos presenciais de acompanhamento/supervisão.

Atividades do projeto1. Utilização piloto do projeto para testar o novo ser-

viço e realizar, posteriormente, os ajustes necessários.

2. Divulgação e capacitação da equipe multiprofi s-sional da TN&S e profi ssionais interessados no tema, através de curso formal de aprendizagem.

3. Utilização de momentos de recrutamento da TN&S (con tatos diretos com grupos, instituições, asso ciações) para divulgar o serviço de Emprego Apoiado.

4. Verifi cação da possibilidade de inclusão, através de adaptações, das ferramentas utilizadas no Emprego Apoiado à linguagem e demais instrumentos já utilizados nas Organizações Empresariais.

Recursos, meios e necessidadesA viabilidade para execução do projeto se dá a

partir da existência inicial de profi ssionais parceiros da TN&S interessados e da existência da própria empresa, já estruturada com sede e recursos materiais necessários para organização, divulgação e apoio, além de empresas clientes abertas à experiência.

Por tratar-se de atividade que demanda trabalho externo ao ambiente direto de aprendizagem, seria importante que a TN&S pudesse oferecer ferramenta de apoio (notebook ou tablets) para que o profi ssional do Emprego Apoiado pudesse manter-se em contato com supervisor da TN&S, além dos representantes das empresas onde exercerá suas atividades.

ParceriasPara que o projeto obtenha maior alcance e reco-

nhecimento, seria importante contar com apoio e parceria do Instituto de Tecnologia Social (ITS BRASIL).

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Vanda Ligia Alves.Graduada em Educação Física. Pós-graduada em Psicomotricidade e Teologia. APAE.São Paulo – SP

IntroduçãoFundada em 1961, a APAE de São Paulo é uma

Orga nização da Sociedade Civil, sem fi ns lucrativos, com a missão de promover a prevenção e a inclusão da pessoa com defi ciência intelectual, produzindo e difundindo conhecimento, com atendimento integral do nascimento à velhice.

Atividades do projetoDiscussões e pesquisas com jovens acerca da

impor tância do trabalho para o ser humano; apre-sentação para familiares, jovens e profi ssionais envol vidos na área artís tica sobre a metodo logia do

PROMOVER A EMPREGABILIDADEDE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NAÁREA ARTÍSTICA

Objetivo geralPromover a empregabilidade de pessoas com defi ciência na área artística, através da música, teatro e dança.

Objetivos especí� cos1. Conscientizar os jovens, suas famílias e pro-

fi ssionais ligados à arte sobre os valores e princípios do EA.

2. Discutir sobre a importância do emprego para a autoestima, independência e realiza-ção profi ssional e pessoal do ser humano.

Público-alvoJovens com defi ciência intelectual acima de 14 anos.

Âmbito geográ� co do projetoA APAE está localizada na região daVila Mariana, lugar onde há teatros eescolas de dança.

Emprego Apoiado; ava liação em con junto com a fa-mília acerca das po ten cialidades e prefe rências dos jovens; ofi ci nas artís ticas a serem reali zadas com mú sica, teatro e dança.

Recursos, meios e necessidadesNecessidade de recursos fi nanceiros.

ParceriasEm processo de parceria com o Ballet Stagium.

O desafi o é conseguir estabelecer parcerias com os teatros e escolas de dança de Vila Mariana para incluir pessoas com defi ciência na área artística.

PROJETO 66

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 67

Objetivos1. Realizar ofi cina de orientação e apoio aos

pais e alunos (18 a 25 anos) do Centro de Ensino Especial 02, buscando uma possível colocação no mercado de trabalho.

2. Orientar professores e outros profi ssionais sobre a participação dos alunos no mercado de trabalho.

3. Desenvolver documento orientador para pais, profi ssionais a educação e demais pro-fi ssionais que irão receber o estudante com defi ciência no mercado de trabalho.

Público-alvoPais, estudantes, professores e profi ssionais re-crutadores.

Âmbito geográ� co do projetoDistrito Federal e entorno.

Cleonice Pereira do Nascimento Bittencourt. Professora da SEEDF. Mestre em Educação pela Universidade de Brasília. Tutora doCurso de Pedagogia a distância daFaculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB). Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal.Ceilândia – DF.

IntroduçãoO Centro de Ensino Especial 02 de Ceilândia

é uma escola da rede pública do Distrito Federal, localizada na QNO 12 - Setor O - Ceilândia - DF. Oferece Atendimento Educacional Especializado à estudantes com deficiência intelectual, deficiência física, deficiências múltiplas, deficiência sensorial (auditiva, visual, surdo cegueira) e com transtornos Globais do Desenvolvimento (Transtorno do Espectro Autista - TEA, Síndrome de Asperger, Síndrome de Kanner, Síndrome de Rett, psicoses infantis como o transtorno desintegrativo da infância e transtorno invasivo do desenvolvimento).

O Atendimento Educacional Especializado é ofer-tado também a crianças de 0 a 3 anos no Programa de Educação Precoce, realizando atendimento a bebês e crianças que nasceram com risco para o desen -vol vimento e outras de fi ciências (múl tipla, audi tiva, visual, mental, física e Trans tornos globais no desen -volvi mento, que envolve sín dromes de qua dros psico -ló gicos, neu ro ló gicos ou psi quiá tricos e super do ta-ção, dentre outras).

Em minha atuação como professora do Atendi-mento Educacional Especializado há 17 anos, é per-ceptível o interesse dos estudantes com defi ciência por ingressar no mercado de trabalho, porém essa in-serção se torna difícil por falta de esclarecimento das famílias e do próprio estudante.

Atividades do projeto1. Buscar em empresas locais vagas disponíveis para

pessoas com defi ciência.2. Realizar contato com técnicos da Secretaria do Trabalho.3. Realizar contato com empresários.

OFICINA DE ORIENTAÇÃOPARA ALUNOS E PAIS

4. Realizar atividade pedagógica convidando alunos e pais a participarem de ofi cinas de orientação e alocação de alguns alunos em vagas disponíveis.

5. Elaborar plano de trabalho para os alunos sele-cionados.

6. Conversar com o empregador e o aluno com de-fi ciência e seus familiares, ajustando a situação dos alunos à vaga ofertada.

7. Elaboração de Documento Orientador. 8. Realizar conversa com os profi ssionais que lidarão

diretamente com o aluno com defi ciência alocado na empresa.

9. Acompanhar, supervisionar e sugerir adequação da situação de trabalho.

Recursos, Meios e Necessidades.Data show, sala, folhas, etc.

ParceriasSecretaria de Trabalho, escola e empresas.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Objetivo geralFortalecer e multiplicar a fi losofi a e metodolo-gia do Emprego Apoiado entre os profi s sionais, usuários, familiares e empresas do município de Bauru.

Objetivos especí� cos1. Realizar estudos sobre a metodologia do

Emprego Apoiado.2. Pesquisar entre usuários, familiares, profi ssio-

nais e empresas os pontos positivos e nega-tivos no processo de inclusão profi ssional da pessoa com defi ciência.

3. Melhorar a sistematização da documentação utilizada.

Público-alvoPessoas com defi ciência intelectual e/ou trans-tornos globais do desenvolvimento associados, entre 16 a 55 anos de idade, sem exigência de grau de escolaridade.

Âmbito geográ� co do projetoInstituição, residências das pessoas com defi -ciência e empresas do município de Bauru.

Sílvia dos Santos.Pedagoga. Professora da Divisão de Educação Especial da Secretaria de Educação e Professora – coordenadora do Programa de Educação Profi ssional da APAE. Bauru – SP.

IntroduçãoCom 50 anos de existência, a Associação de Pais e

Amigos dos Excepcionais (APAE) Bauru é uma entidade benefi cente sem fi ns econômicos. Sua missão é promover e articular ações de defesa de direitos, pre-ven ção, prestação de serviços e apoio à família de pessoas com defi ciência, necessidades educacionais especiais e em situação de vulnerabilidade social, visando sua inclusão na sociedade. Reconhecida pela sua atuação na área de educação, é considerada modelo na habi li tação e reabilitação de pessoas com de fi ciência e transtornos globais do desenvolvimento. Possui um programa de Educação Profi ssional, con-veniado com a Secretaria Municipal de Educação, que capacita e encaminha pessoas com defi ciência inte-lectual. Desde 2002 incluiu 325 pessoas no mercado de trabalho por meio do Emprego Apoiado.

A APAE atende atualmente mais de mil pessoas com defi ciência intelectual, física, múltipla, autismo, necessidades educacionais especiais, bebês de alto risco e pessoas em situação de vulnerabilidade social. Todas as ações desenvolvidas pela insti tuição são em prol da emancipação e inclusão das pessoas na edu-cação, no trabalho e na vida. Devido à expe riência ad quirida, somada a sua fi losofi a inclusiva e trans for-madora, a APAE é reconhecida também pelo seu tra-balho na área de desenvolvimento de tecnologias, principalmente tecnologia social e apoio à in clusão escolar. Atualmente, existe a necessidade de uma maior com preensão e disse minação da metodologia do Emprego Apoiado individual e em grupo para me lho ria e for ta lecimento das ações e efetivação do direito da pessoa com defi ciência intelectual ao trabalho.

Atividades do projeto1. Pesquisas bibliográfi cas em livros, sites, periódicos,

teses de mestrado e doutorado.

FORTALECER A METODOLOGIADO EMPREGO APOIADO NOMUNICÍPIO DE BAURU

2. Pesquisa de campo em empresas e domicílios com profi ssionais, usuários e famílias.

3. Grupos de discussões.4. Palestras e dinâmicas sobre Emprego Apoiado.

Recursos, meios e necessidadesContamos com a estrutura da instituição em par-

ceria com a Secretaria Municipal de Educação para inclusão e acompanhamento das pessoas com de-fi ciência intelectual no mercado de trabalho.

ParceriasContatos/parcerias com empresas que contratam

pessoas com defi ciência e que solicitam e aceitam as orientações da APAE.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 69

Edilene Mendonça.Secretaria Municipal de Educação.Tijucas – SC.

IntroduçãoO Sistema Nacional de Emprego (SINE) oferece

uma série de ações para beneficiar a população na intermediação de mão de obra qualificada, qua-lificação profissional e pedido de seguro desem-prego. Opera com um sistema informatizado do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o SIGAE (Sistema de Gestão das Ações de Emprego), onde são cadastradas todas as informações de emprega-dores e de trabalhadores a procura de emprego, in-cluindo um histórico e sua pretensão profissional.

No município de Tijucas (SC), assim como na maioria das cidades, há uma carência muito grande de pessoas habilitadas em educação especial. Assim, surge a oportunidade de capacitação que bene fi ciará tanto à pessoa com defi ciência como às empresas. O objetivo é formar uma equipe apta para au xiliar a pessoa com defi ciência na busca de um trabalho. Desta forma, estaremos oferecendo um serviço de qua lidade, que inclui a participação dos benefi ciários e a promoção dos direitos dos desfavorecidos. Os colaboradores atuariam em dife ren tes níveis. A empresa, por sua parte, poderá contar com a cola-bo ração dos fun cionários do SINE que, em parceria com seus depar tamentos, poderão procurar por pessoas ade quadas para ocupar as vagas existentes. Atualmente, existe no município uma procura signifi -cativa das empresas por contratar pessoas com de-fi ciência, com o único objetivo de atender a Lei de Cotas. A implementação do Emprego Apoiado per-mitirá que as empresas respeitem as diferenças e ga rantam efeti vamente o direito da pessoa com de-fi ciência ou em situação de vulnerabilidade social a trabalhar dignamente.

Constantemente presenciamos um carro de som anunciando vagas para pessoas com defi ciência em uma empresa de grande porte instalada no município. No entanto não há adaptações necessárias para que as pessoas possam desempenhar suas funções. Como conse quência, as pessoas se desinteressam, pois só as

empresas se benefi ciam com o cumprimento da lei, sem que exista qualquer preocupação com a satis-fação do empregado.

Atividades do projeto1. Inicialmente agendar uma reunião com os profi s-

sionais do SINE para apresentar a proposta.2. Realizar as inscrições no curso de EA de todos os

profi ssionais que atuam na área.3. Disseminar a ideia com os setores responsáveis

pela contratação de pessoas com defi ciência das grandes empresas instaladas no município, com a presença da ACIT, Associação Comercial e Indus-trial de Tijucas.

4. Divulgação dos trabalhos a fi m de intensifi car a procura de vagas de emprego para as pessoas que participam do projeto.

Recursos, meios e necessidadesContamos com a participação de funcionários do SINE.

ParceriasSINE e ACIT.

ELEVAR ÍNDICE DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO

Objetivo geralElevar o índice de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho.

Objetivos especí� cos1. Incentivar os colaboradores do SINE a realizar

o curso de Emprego Apoiado.2. Propor a disseminação do Curso de Emprego

Apoiado.3. Conduzir a realização das inscrições dos fun -

cio nários do SINE.

Público-alvoPessoas com defi ciência e colaboradores do SINE.

Âmbito geográ� co do projetoVale do Rio Tijucas e Costa Esmeralda.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Objetivo geralIncluir no mercado competitivo de trabalho pessoas com defi ciência ou em situação de exclusão social, respeitando e reconhecendo suas escolhas, interesses, pontos fortes e neces-sidades de apoio.

Objetivos especí� cos1. Buscar uma nova visão sobre a pessoa com

defi ciência, livre de preconceitos e estigmas, proporcionando condições de resgate da dignidade dessas pessoas, por vezes aniqui-ladas pelo tratamento dispensando e pela própria visão reducionista.

2. Impulsar a manutenção e ascensão da pessoa com defi ciência no mercado de trabalho.

Público-alvoPessoas com vínculos familiares rompidos ou fragilizados, tendo como público alvo principal pessoas em situação de rua e desabrigo, pes-soas com defi ciência e em situação de extrema vulnerabilidade social.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípio de Salvador, Bahia.

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Manuel Leôncio dos Santos Neto,Bacharel em Direito e Agente Administrativo Municipal. Secretária Municipal de Promoção Social, Esporte e Combate à Pobreza - SEMPS. Prefeitura Municipal. Salvador – BA.

IntroduçãoA Secretaria Municipal de Promoção Social,

Esporte e Combate à Pobreza – SEMPS, gestora da política pública de assistência social no município de Sal vador oferece serviços destinados a pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade social e risco social/pessoal, especialmente na instalação, gestão e controle das Unidades de Acolhimento Institucional, destinadas a pessoas e famílias com laços rompidos ou fragilizados, a fi m de garantir proteção integral.

O público alvo destes Centros de Acolhimento são pessoas em situação de rua e desabrigados por abandono, migração e ausência de residência, onde é notória a presença de pessoas com defi ciência.

A criação e implantação do Grupo Especial de Emprego Apoiado nas Unidades de Acolhimento de Salvador assume papel de suma relevância, haja vista a ausência de suporte e projetos nesta área, embora exista grande demanda. Isso, porque as unidades que acolhem pessoas com defi ciência não dispõem de subsídios para explorar seus interesses e habilidades, nem dos apoios necessários.

Atividades do projeto1. Capacitar a equipe técnica das referidas unidades

(assistentes sociais, psicólogos, pedagogos e educadores) para que possam ser agentes multipli-cadores do conhecimento.

2. Coletar dados e analisar a qualidade do serviço de-sempenhado, visando o aperfeiçoamento coletivo.

3. Realização de encontros, palestras, seminários, cursos e atividades educativas.

4. Disponibilização de recursos humanos, materiais e tecnológicos.

GRUPO ESPECIAL DE EMPREGOAPOIADO NAS UNIDADES DE ACOLHIMENTO DE SALVADOR (BA)

Recursos, meios e necessidadesComo se trata de entidade governamental, é

neces sário fazer convênios técnicos com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Secretaria Municipal de Educação, Ministério Público e Defensoria Pública. Os recursos materiais e humanos encontram-se à dispo-sição da entidade.

ParceriasIndica-se a apresentação do projeto a empresas

privadas, como Oi, Telemar, Bom Preço, C&A para esta-belecer parcerias.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 71

Silvio Luís de Carvalho.Bacharel em Administração, Licenciadoem Pedagogia. Pós-Graduado em PIGEAD eMídias na Educação. Coordenador pedagógico.Assis – SP.

IntroduçãoNosso propósito é quebrar paradigmas sobre a

capacidade de produzir da pessoa com defi ciência e sua condição de dependência permanente. Ou seja, provar que pessoas com Síndrome de Down (que são nosso alvo) podem agir com autonomia e que o Emprego Apoiado não é caridade.

Ainda não existe uma entidade executora e o pro-jeto se desenvolve atualmente em Chance à Paz, uma instituição de cultura de paz e não-violência. Nela, se realiza um projeto de ações voluntárias, criado em 2006, que pode ser conhecido através do blog Chance à Paz (http://chanceapaz.blogspot.com).

Atividades do projeto1. Promover palestras sobre o Emprego Apoiado.2. Convencer o empresariado sobre a necessidade

de que suas empresas se tornem socialmente responsáveis.

3. Atuar junto aos funcionários das empresas para que recebam bem o provável novo companheiro de trabalho.

4. Ações de acessibilidade.5. Treinar supervisores e chefes sobre como orientar

o provável novo empregado para que ele possa contribuir no desenvolvimento da empresa.

6. Apontar e levantar as potencialidades e habilida-des de pessoas com Síndrome de Down.

7. Atuar junto às famílias e instituições que recebem pessoas com Síndrome de Down para que com-

ObjetivoPromover a acessibilidade, a empregabilidade e buscar oportunidades de emprego e renda para pessoas com Síndrome de Down.

Público-alvoEmpresários (empregadores), pessoas com Síndrome de Down (mão-de-obra) e seus fa-miliares.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípio de Assis/SP, podendo ser estendido para outros municípios da região.

EMPREGABILIDADE E PESSOASCOM SÍNDROME DE DOWN

preendam que defi ciência não é sinônimo de ine-fi ciência e de incapacidade.

Recursos, meios e necessidadesSão necessários recursos humanos e fi nan ceiros

para equipamentos (veículo, mobiliário, compu ta-dores e material para produção, edição, projeção e repro dução de vídeo e áudio), remuneração dos profi s sionais e sustentação da instituição mante-ne dora e executora do projeto. Como em muitas áreas de atuação, os profi ssionais que trabalharão no desenvolvimento do projeto necessitam de formação continuada.

ParceriasAinda não há parcerias fi rmadas, sendo neces-

sário contato com a Associação Comercial e Industrial de Assis (ACIA) e APAE e SIM, entidades que atendem pessoas com Síndrome de Down.

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PROJETO

Maria Rosimar da Silva.Pedagoga e. Pós-graduada em Defi ciência Mental (intelectual). Consultora em Inclusão Social – Emprego Apoiado. Fundação Educacional e Cultural de Praia Grande – SP.

IntroduçãoEmbora as pessoas com defi ciência (PcD) es-

te jam legalmente contempladas na legislação na-cional e internacional, a sociedade tem avançado vagarosamente em relação à concretização do direto de todas elas de serem incluídas no mercado de trabalho formal. A realidade nos mostra que a maior parte da população com defi ciência intelectual e outras com maior comprometimento, permanecem segregadas em instituições especializadas ou lar ga das no interior de suas casas. Elas continuam sendo impe-didas em seus direitos, não somente pela sociedade, mas também pelos familiares e responsáveis legais

Objetivo geralImplantar o Emprego Apoiado em Praia Grande.

Objetivos especí� cos 1. Formar e capacitar, in loco, técnicos de EA e,

simultaneamente, empregar usuários de EA no mercado de trabalho formal.

2. Implantar o Núcleo de Emprego Apoiado na Fundação Educacional e Cultural de Praia Grande.

Público-alvoPessoas com defi ciência intelectual e defi ciência física, a partir de 18 anos.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípio de Praia Grande.

IMPLANTAR EMPREGO APOIADOEM PRAIA GRANDE

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100 Projetos de Emprego Apoiado

que são, ainda, as pessoas que decidem sobre sua vida. Existem diversas justifi cativas como a falta de capacitação, crença na incapacidade, medo excessivo pela segurança dessa pessoa e, em alguns casos, consideram mais vantajoso receber o Benefício de Prestação Continuada.

O Emprego Apoiado vem ao encontro das neces-sidades do público citado, uma vez que é uma meto-dologia consagrada em 19 países, que auxilia no acesso e manutenção da pessoa com defi ciência no mundo do trabalho. Para isso é preciso disponibilizar e garantir os apoios específi cos (TA e TS) que cada pessoa com defi ciência necessita para a execução de uma atividade laboral, com apoio do Técnico ou Consultor de EA.

Em Praia Grande, o município e as instituições ainda se mantêm resistentes à ideia de promover, de fato, a empregabilidade da população com de-fi ciência. Estas são mantidas meio período em insti-tuições especializadas e no contra turno, fi cam ociosas em suas casas. De outro lado, o empresariado, que deve cumprir a Lei de Cotas 8.213, em vigor desde 1991, alega não saber lidar com esse público e se resiste em integra-lo a seu quadro de colaboradores, salvo algumas exceções.

Atividades do projeto1. Campanha para informar, sensibilizar e articular

rede de atores do setor empresarial e da sociedade civil para implantação do EA.

2. Criação de banco de dados de candidatos com defi ciência, atendidos pelo programa de Empre-go Apoiado.

3. Formação de dois técnicos na metodologia do EA para atuar internamente (FECPG – Sala 07)1 e externamente, acompanhando os usuários de EA em todo o processo da metodologia; priorizando e valorizando os desejos deles e, promovendo suas habilidades laborativas, com empenho e ética.

4. Avaliação contínua do programa de EA através de entrevistas individuais, coletivas, relatórios e ob-servações.

5. Organizar Grupo Operativo de Usuários EA: Atra-vés da orientação e do apoio de profi ssionais, promover a autodeterminação do usuário de EA; fortalecendo ações positivas como trabalhar com registro pela CLT, ser produtivo, ter uma remunera-ção compatível, poder ser promovido, fazer novas amizades, etc. Incentivar a pontualidade e assidui-dade, posturas adequadas, relações interpessoais, refl exões em relação às próprias difi culdades, as-sim como identifi car quando estiver sendo asse-diado ou discriminado.

6. Organizar Grupo Operativo de Familiares de Usuários de EA: Fortalecer e apoiar a família com orientações e informações sobre direitos e deve-res da família, dos usuários de EA e das empresas.

Recursos, meios e necessidadesO projeto só pode ser executado se houver cap-

tação de recursos governamentais ou empresariais.

Parcerias Considero vital efetivar novas parceria e manter as

já existentes:

UNIFESP-Campus Baixada Santista. Apoios para divulgação e disseminação do EA na sociedade e no meio acadêmico.

Fundação Educacional e Cultural de Praia Grande, criada com a missão de propugnar pela saúde física, moral, cívica, cultural, educativa e religiosa do povo brasileiro. Está localizada na OCIAN Praia Grande, conta com amplo espaço físico para realizar atendimentos e dispõe de jornal e rádio.

Instituto de Tecnologia Social (ITS Brasil), detentor da tecnologia social do Emprego Apoiado, que pode implantar a metodologia do EA e certifi car os cursos com qualidade internacional.

Vereador Karan de Praia Grande, que tem trazido recursos e vários cursos (SENAI, SEBRAE, etc.) oferecidos nos espaços da Fundação Educa-cional de Praia Grande desde a fundação do prédio em 2012.

(1) Espaços denominados de Grupos Operativos: Atendimentos na Sala 07 – FECPG.

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PROJETO

Objetivo geralDisseminar a metodologia do Emprego Apoiado, promovendo uma inclusão mais justa e humana.

Objetivos especí� cos1. Conscientizar sobre o papel de cada um no

processo de inclusão das pessoas com de-fi ciência por meio de palestras, seminários, ofi cinas, eventos sobre a metodologia do Emprego Apoiado.

2. Sensibilizar as empresas para a contratação de pessoas com defi ciência moderada e se-vera, e apresentar a metodologia do Empre-go Apoiado como grande aliada para a inclu-são no mundo do trabalho de maneira justa e humana.

Público-alvoEmpresas parceiras e pessoas com defi ciência.

Âmbito geográ� co do projetoO projeto poderá atuar em diversos municípios do Estado do Rio de Janeiro, visto que possuí-mos unidades de atendimento em diferentes regiões. Inicialmente o foco principal de atua-ção do projeto será a capital, pois nossa sede se encontra no Centro do Rio de Janeiro.

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Valéria Lopes Moreno.Psicóloga e Coordenadora de Programas Especiais. Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE Rio. Rio de Janeiro – RJ.

IntroduçãoO Centro de Integração Empresa-Escola do Estado

do Rio de Janeiro (CIEE Rio) é uma associação civil de direito privado, sem fi ns lucrativos e fi ns não econômicos, reconhecida de utilidade pública, de assistência social, criado por prazo indeterminado. Há mais de 50 anos desenvolve programas voltados para a assistência social, visando à qualifi cação e à inserção de adolescentes, jovens e adultos no mundo do trabalho. Apresenta-se como uma Insti-tuição cre den ciada para a proposição de serviços que possam atender às demandas sociais, educacionais e profi ssionais, tais como: orientação profi s sional, plane jamento de carreira, programas de estágio, de apren dizagem e pessoa com defi ciência, cursos de desenvolvimento pessoal e profi ssional, ofi cinas cul turais e artísticas, palestras, seminários, projetos sócio assis ten ciais, inclusão digital e outros, de cunho espe cífi co, por solicitação de parceiros. Para reali-zação de suas ativi dades conta com uma rede de par-cerias de órgãos públicos, instituições de ensino das redes pública e privada, empresas e organizações do Terceiro Setor.

Desenvolve programas de estágio para a in-serção de estudantes de nível médio ou superior no mundo do trabalho; de Aprendiz Legal voltado para a preparação e inserção de jovens no mundo do tra -balho; e pro gramas especiais para pessoas com de-fi ciência com o objetivo de orientar, estimular e quali-fi car adolescentes, jovens e adultos para a gestão da vida e da carreira profi s sional, por meio de ações para a promoção da cida dania plena e justa. Seus ser viços incluem cursos, palestras, oficinas, cine-de bate, ações sociais e projetos sócio assistenciais de curta, média e longa duração. Os serviços orientados a pessoas com defi ciência consideram recrutamento e seleção, sensibilização, qualifi cação profi ssional, inserção em vagas de estágio, aprendiz ou CLT, e acompanhamento, avaliação e intervenção.

O CIEE Rio apresenta os programas para empresas de diversos segmentos, sensibilizando-as sobre o papel de cada um para o desenvolvimento da mão de

DISSEMINAR A METODOLOGIADO EMPREGO APOIADO

obra qualifi cada no país. São realizadas também ações em instituições de ensino para cadastrar pessoas interessadas em vagas de estágio, de aprendiz ou em participar de projetos sociais.

Atualmente, a instituição conta com um ca dastro de 15.300 empresas públicas e privadas, que ofe recem vagas para estágio e aprendiz; 1.600 instituições de ensino; e, 150.000 estu dantes no banco de dados. Para o desen vol vimento dos projetos sócio assis-tenciais, o CIEE Rio possui parceria com diversas insti-tuições gover na mentais como a Secretaria Estadual de Assis tência Social e Direitos Humanos (SEASDH), a Secretaria Esta dual de Educação (SEEDUC), o Centro de Refe rência de Assis tência Social (CRAS), a Secre taria Muni cipal de Assis tência Social (SMAS), a Secre taria de Estado do Ambi ente (SEA) e o Conselho Muni cipal

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100 Projetos de Emprego Apoiado

de Direto da Criança e do Ado les cente (CMDCA’s). Outras insti tuições par ceiras do Terceiro Setor são o Cinema Nosso, Ins ti tuto Synthesis, Asso ciação Ser Cidadão, Co mitê para Demo cra tização da Informática e Asso ciação Frente Força Pavuna Anchieta.

O cenário brasileiro permanece como uma das sociedades mais desiguais do mundo. Devemos, portanto, dedicar todos os esforços para trazer os direitos humanos ao mesmo patamar da economia. A promoção da diversidade e da equidade é um passo decisivo nesse sentido.

O contexto econômico contemporâneo apresenta forte demanda não só por produtividade e compe-titividade, mas também em relação ao caráter ético e legal da atuação das empresas. Diante da ten dência de disponibilidade cada vez maior de recursos tec-nológicos, a vantagem competitiva de uma empresa será determinada em grande medida pela qualidade da relação que ela mantém com as pessoas, interna e externamente. E essa qualidade está diretamente relacionada ao problema da inclusão ou exclusão de diferentes grupos sociais.

A diversidade é associada mais frequentemente, ao gênero e à raça, mas as empresas vêm ampliando esse conceito, considerando questões como condição socioeconômica dos empregados, idade, estado civil, nacionalidade, orientação sexual, defi ciências, estilo de trabalho e visão de mundo, entre outras diferenças.

Partindo dessa realidade, considero o Emprego Apoiado como uma estratégia de inclusão efi ciente que amplia a visão de toda a sociedade sobre o po-tencial de pessoas com defi ciência, em situação de exclusão social ou com difi culdades particulares para encontrar emprego. Além da inserção, a meto dologia também possibilita a permanência e o alcance de postos de trabalho mais elevados, pois realiza o acom-panhamento e ajustes necessários para a adequação das tarefas ao usuário de EA. Dessa forma contribuímos para a construção de um caminho efetivo de redução das desi gualdades, não apenas no mercado de tra-balho, mas em toda a sociedade.

Acredito que a partir da implementação desse projeto contribuirá para a quebra de barreiras, prin-cipalmente atitudinais, e disseminação de outras for-

mas de inclusão no mundo de trabalho. Essas ações promovem mudanças que se iniciam de maneira “discreta”, mas que aos poucos atingirão um número maior de pessoas, empresas, famílias e instituições, promovendo uma mudança na sociedade como um todo, pois toda revolução se inicia do micro para o macro. Segundo Foucault, devemos defender ações pulverizadas, em escala micro, inspirando e agindo em prol de mudanças mais amplas no futuro.

Atividades do projeto1. Apresentação da metodologia do Emprego

Apoiado dentro da instituição onde atuo. 2. Divulgação da metodologia do Emprego Apoiado

em empresas e instituições parceiras. 3. Sensibilização nas empresas e instituições par-

ceiras a fi m de engajar principalmente os gestores no acolhimento do usuário de EA.

4. Implementar a metodologia em uma empresa para, a partir dessa experiência, avaliar melhorias com o objetivo de oferecer os serviços para outras empresas.

Recursos, meios e necessidadesO CIEE Rio é uma instituição muito reconhecida

e respeitada, o que se constitui como nossa grande força. É um trabalho realizado há mais de cinquenta anos. Por sermos uma organização do terceiro setor e de assistência social, estamos sempre em busca de novas parcerias para o provimento de recursos fi nan-ceiros, necessários para a realização das atividades. Como o EA é uma metodologia nova e pouco conhe-cida pelas empresas do estado do Rio de Janeiro, é fundamental um grande investimento não só fi nan-ceiro, mas de força de trabalho para a divulgação des-sa forma de inclusão no mundo do trabalho.

ParceriasInstituto Benjamin Constant (defi ciência visual),

Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), Insti-tuto Nacional de Trau matologia e Orto pedia (INTO), Pesta lozzi, Escola de Gente, empresas públicas e pri-vadas, instituições de ensino e outras instituições do segmento.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Gínez Garcia.Assessor de Políticas na Área da Defi ciência. Prefeitura de Santo André – SP.

IntroduçãoAtualmente há uma inadequação ou inexistência

de ações/políticas de inserção de pessoas com ele-vadas vulnerabilidades pessoais e sociais no mercado formal de trabalho. A entidade executora deste pro-jeto é a Prefeitura de Santo André: Centro Público de Emprego, Trabalho e Renda (CPETR), com apoio téc-nico/conceitual da Assessoria de Políticas na Área da Defi ciência (APAD) e público demandado pelo Centro de Referência da Pessoa com Defi ciência (CRPD) e pelo "Vem Maria" - Centro de Apoio à Mulher em Situação de Violência.

Atividades do projeto1. Curso básico de Emprego Apoiado, ministrado

pelo Instituto de Tecnologia Social (ITS-Brasil) para a equipe de profi ssionais do CPETR.

2. Seleção e treinamento de um coordenador e de seis Técnicos de EA no CPETR.

3. Seminários e palestras sobre EA para empre-gadores e interessados.

4. Disponibilização de material sobre EA na página da internet do CPETR.

5. Avaliação periódica dos resultados, principalmen-te sobre as mudanças de paradigmas e da amplia-ção da colocação de pessoas com defi ciência e de mulheres em situação de violência.

Recursos, meios e necessidadesProfi ssionais, recursos fi nanceiros e infraestrutura

da Prefeitura de Santo André.

ParceriaInstituto de Tecnologia Social (ITS-Brasil).

Objetivos geralAmpliar a colocação de pessoas com defi ciência e de mulheres em situação de violência no mercado de trabalho, respeitando e reconhe-cendo suas particularidades, necessidades de apoio e potencialidades.

Objetivos especí� cos1. Preparar pessoas com defi ciência e mulheres

em situação de violência para uma vaga de trabalho, com a assistência de um técnico que analise o potencial e o perfi l do candidato e os compare com as oportunidades e necessi-dades de empregadores.

2. Abranger um conjunto de apoios (serviços e ações) para que as pessoas com defi ciência e mulheres em situação de violência acessem o emprego formal no mercado competitivo, bem como tenham as mesmas condições de trabalho e salário dos demais trabalhadores.

3. Avaliar as funções disponíveis e as caracterís-ticas dos empregadores, buscando os ajustes mais adequados nos postos de trabalho.

4. Diluir gradativamente os preconceitos dos empregadores, qualifi car as relações inter-pessoais nos locais de trabalho e ampliar as oportunidades de colocação profi ssional para essas parcelas da população.

Público-alvoPessoas com defi ciências diversas e baixo grau de autonomia pessoal/social; mulheres com se-quelas emocionais e sociais decorrentes de vio-lência doméstica.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípio de Santo André, estado de São Paulo, Brasil.

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PESSOAS COM DEFICIÊNCIA EMULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIANO MERCADO DE TRABALHO

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Jurandir de Almeida Araújo.Mestre em Educação e Contemporaneidade pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Professor Formador do Curso de Pedagogia EaD/UNEB. Membro do Grupo de Pesquisa Educação, Desigualdade e Diversidade e da Associação Brasileira de Pesquisadores (as) pela Justiça Social (ABRAPPS).

IntroduçãoPara incluir as pessoas com defi ciência no mer-

cado de trabalho precisamos primeiro nos despir do preconceito de que não são capazes de exer cer funções laborais profi s sionalmente. Preci samos co nhecer suas ne ces sidades e exer citar suas poten cia lidades. O de bate começa a ser aberto e as possi bi lidades de em-pre ga bilidade dessas pessoas au men tam, mas pre ci -samos saber como lidar com o outro dife rente, e per -ceber que os ditos “nor mais” tam bém têm limi tações.

Incluir não é apenas facilitar ou tornar possível o acesso de sujeitos que se encontram excluídos de determinados espaços (social, econômico, político, cultural, religioso e outros); incluir pressupõe uma relação de troca, de interação, de respeito às dife-renças, sejam estas físicas, mentais, sexuais, de gêne-ro, cor, classe, religiosa, entre outras. Requer que to-dos sejam vistos e respeitados na sua singularidade, em seu jeito de ser, de estar e de viver; em suas limi-tações e superações; nos seus direitos civis, assegura-dos pela Constituição Federal e outros documentos nacionais e internacionais.

Permitir e facilitar o acesso de pessoas com algu-ma limitação física ou mental ao mercado de traba-lho, não é nenhum favor se realmente nos propomos realizar a inclusão desses sujeitos de forma que sejam produtivos, efi cientes e capazes de exercer suas fun-ções de acordo com as expectativas do empregado e empregador.

Nesta perspectiva, proporcionar meios e espaços que tratem do tema do Emprego Apoiado (EA), con-tribuirá para desconstruir visões equivocadas acerca de pessoas com defi ciência física ou mental. Trata-se de concepções errôneas sobre sua capacidade para exercer funções laborais profi ssionais. Quanto mais informações e discussões forem suscitadas, maiores serão as chances das pessoas com defi ciência ingres-sarem no mercado de trabalho. Contudo, a discussão

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Objetivo geralContribuir n o debate sobre Emprego Apoiado no Brasil.

Objetivos especí� cos1. Informar sobre a inclusão de pessoas com

defi ciência no mercado de trabalho.2. Criar espaço de informação e debate sobre

EA no país e no mundo.3. Criar fórum de discussão.

Público-alvoPessoas com defi ciência física ou mental que buscam informações sobre EA, bem como fami-liares, amigos e outros interessados na temática.

Âmbito geográ� co do projetoTrata-se de um projeto que visa a construção de um Blog com informações, artigos e links de empresas e instituições que atuam com o EA no Brasil e no mundo, portanto, terá uma abran-gência internacional.

CRIAÇÃO DE UM BLOGDE EMPREGO APOIADO

sobre o EA ainda é recente no Brasil, faltam informa-ções e contatos que facilitem o ingresso destas pes-soas no mercado de trabalho. Assim, a criação de um Blog informativo sobre EA, empresas e instituições parceiras certamente contribuirá para a discussão e inclusão de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho. Compreender que mudar comportamentos e/ou atitudes preconceituosas não é uma tarefa fácil, mas quando nos empenhamos e acreditamos no que fazemos tudo é possível.

Atividades do projeto1. Informar sobre EA no Brasil e no mundo.2. Manter o blog atualizado sobre informações

referentes ao EA.3. Alimentar a discussão acerca da temática EA

no fórum de discussão.

Recursos, meios e necessidadesComputador e internet.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Objetivo geralAtender a demanda da instituição, que precisa cumprir com a Lei de Cotas (Lei 8.213/91).

Objetivos especí� cos1. Análise detalhada de currículos dos candi-

datos para as vagas, traçando seu perfi l voca-cional e considerando suas especifi cidades, preferências e habilidades. Esse perfi l poderá ser enquadrado com os requerimentos da vaga. O Técnico/Consultor de EA realizará essa análise.

2. Acompanhamento e intermediação do Téc-nico/Consultor de EA no processo de inser-ção do usuário de EA no posto de trabalho: incorporação ao departamento, treinamento e trabalho com os gestores. O objetivo é rea-lizar este acompanhamento até que o funcio-nário contratado seja autônomo.

Público-alvoPessoas com defi ciência ou em situação de exclusão social de instituições especializadas, como a Federação Nacional de Educação e Inte-gração dos Surdos (FENEIS), a Fundação Dorina Nowill para Cegos, o Centro de Apoio ao Tra-balhador / Ministério do Trabalho (CAT – MT). O propósito é selecionar currículos e começar as entrevistas individualmente para elaborar o perfi l vocacional do futuro usuário do EA.

Âmbito geográ� co do projetoRegião leste da cidade de São Paulo.

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Wilson de Jesus Bonifácio.Fisioterapeuta e Professor universitário. Universidade São Judas Tadeu. São Paulo – SP.

IntroduçãoA história do Complexo Educacional São Judas

Tadeu teve início em 1947. A Universidade São Judas Tadeu foi ofi cialmente reconhecida pela Portaria Ministerial n° 264, de 4 de maio de 1989. Mantida pela AMC - Serviços Educacionais Ltda., oferece 30 cursos de graduação e 9 cursos de formação específi ca nas mais variadas áreas, além de 2 cursos superiores de tecnologia. Seu corpo docente é reconhecido como um dos mais efi cientes do país, e a estrutura física de sua unidade inclui 91 laboratórios didáticos, 174 salas de aula, 37 laboratórios de preparação, 7 ofi -cinas didáticas, 18 salas para ateliê e desenho, biblio-teca, 3 anfi teatros, 1 teatro, quadras e ginásio polies-portivo, quadra de tênis, piscina e variada rede de serviços. Em uma unidade com aproximadamente 80 mil metros quadrados de área, convivem cerca de 20 mil alunos, 610 professores e 490 funcionários. Calcada na consolidada excelência de seu projeto educacional e baseada em resultados de cuidadosos planejamentos, a USJT decidiu, no ano de 2007, inaugurar a unidade Butantã no intuito de oferecer uma alternativa de ensino superior de qualidade a uma região com poucas opções de instituições particulares. A unidade Butantã se localiza na Av. Vital Brasil, 1000.

Para cumprir a Lei 8.213/91, a instituição precisa manter em seus quadros 4 % de colaboradores com defi ciência, porém, não existe uma compatibilização das vagas existentes com o perfi l dos candidatos que se apresentam, o que impede que, quando contra-tados, os profi ssionais se desenvolvam dentro da em-presa. Como resultado há uma grande rotatividade e estagnação profi ssional.

Atividades do projeto1. Captação de futuros candidatos em instituições

especializadas.2. Elaboração do perfi l da vaga junto ao RH da insti-

tuição.3. Inserção do candidato na vaga.4. Treinamento dentro do departamento.

INTEGRAR A METODOLOGIA DE EA NOS PROCESSOS DE CONTRATAÇÃO DA UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

Recursos, meios e necessidadesEntre os recursos podemos considerar a locali-

zação privilegiada da instituição por sua proximidade ao metrô e cercania com uma região de grande densi-dade populacional, além de um pacote de benefícios diferenciado que inclui bolsa de estudo integral.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 77

ObjetivoConscientizar diretores, técnicos e educadores da APAE e Escola Estadual Sizenando Amaral de Educação Especial, da cidade de Carmo do Para-naíba, sobre a importância de buscar e apro-priar-se de conhecimentos sobre a Tecnologia Social do Emprego Apoiado.

Público-alvoFuncionários e servidores da APAE e da Escola Estadual Sizenando Amaral de Educação Especial. De forma indireta serão benefi ciados todos os atendidos/alunos dessas duas entidades e a população do município que aumen tará sua capacidade de inclusão através desta ferramenta social.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípio de Carmo do Paranaíba, que possui a maior oferta de postos de emprego na zona rural, nas atividades de cultura do café e pecuária. No espaço urbano praticamente não há atividades industriais e os postos de trabalho estão restritos aos estabelecimentos comerciais, à construção civil e ao serviço público.

Rejane de Souza e Silva.Escola Estadual Sizenando Amaral de Educação Especial e APAE. Carmo do Paranaíba – MG.

IntroduçãoA Escola Estadual Sizenando Amaral de Educação

Especial está estabelecida junto à APAE de Carmo do Paranaíba. Estas duas entidades têm a missão de ofertar educação e atividades que visem à inclusão social de jovens e de adultos com defi ciência.

Nesta instituição as ações de inclusão da pessoa com defi ciência no mercado de trabalho acontecem pela via tradicional, isto é, treinar e capacitar para depois buscar a vaga no mercado de trabalho. Como na maioria das cidades pequenas, a oferta de postos de trabalho é escassa. A instituição conta com ofi cinas de aprendizagem de pintura em tela e em tecidos, artesanatos e bordados, e cozinha para apren di-zagem das tarefas domésticas. As lutas são intensas e os resul tados muito discretos. As exigências das vagas de trabalho encontradas são maiores que as habilidades desenvolvidas pelos assistidos/alunos.

Atividades do projetoRealizar um encontro informal para “conversar”

sobre o Emprego Apoiado e a possibilidade de utili-zação desta tecnologia, que inverte a lógica praticada na instituição, de capacitar para empregar. Deverá ser usado como procedimento a apresentação das vantagens de utilização do Emprego Apoiado e um resumo sobre suas fases, tudo isso conforme os ensi-na mentos apresentados no Curso Emprego Apoiado ofertado pelo ITS BRASIL.

Recursos, meios e necessidadesA entidade já conta com o principal recurso para

realização deste projeto, uma equipe de profi ssionais

IMPULSAR UMA MUDANÇA DE PARADIGMA SOBRE A INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO

de diversas áreas engajados no cumprimento da mis-são e dos objetivos da mesma. Há necessidade de formação/capacitação sobre a metodologia do Em-prego Apoiado.

ParceriasAlunos que já realizaram o Curso Emprego

Apoiado para a realização deste projeto. Sua função será apresentar a tecnologia do Emprego Apoiado aos servidores das duas entidades.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Objetivos1. Promover a inclusão dos jovens com de-

fi ciência no mercado de trabalho com quali-dade, dignidade e satisfação pessoal.

2. Fazer o levantamento da clientela.3. Realizar pesquisa na comunidade familiar e

em comércios e serviços existentes na comu-nidade e arredores.

4. Analisar o perfi l do candidato, comparando--o com possíveis vagas.

5. Negociar com as empresas disponíveis e acordar a vaga.

6. Compor o plano individual de trabalho.7. Iniciar a inclusão, propondo as adequações

necessárias.8. Acompanhar o funcionário no processo, desde

sua inserção até sua completa autonomia.

Público-alvoAlunos da Educação de Jovens e Adultos com Defi ciência.

Âmbito geográ� co do projetoO âmbito de abordagem do projeto inicia pela própria comunidade, onde os alunos residem, expandindo-se aos arredores e outras regiões da cidade, mediante as oportunidades ofere-cidas, habilidades dos candidatos e autonomia para deslocamento e localização em espaços mais distantes de seu bairro/Vila.

Eloisa Barcellos de Lima.Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Gravataí – RS.

IntroduçãoO Emprego Apoiado visa a qualidade na inclusão

das pessoas com defi ciência no mercado de trabalho. Prima pela satisfação pessoal e dignidade do traba-lhador, bem como pela sua inclusão na comunidade interna e externa da empresa.

Proponho a inclusão dos alunos da EJA, do mu-nicípio de Gravataí (RS), especifi camente Bairro Nova Conquista, no mercado de trabalho, garantindo o apoio necessário à sua evolução e felicidade, exer-cendo seus direitos de igualdade e cidadania. Há uma necessidade dos jovens da região de exercer uma função remunerada e prazerosa, minimizando sua adesão ao mundo do ócio, da discriminação e das drogas, um problema cotidiano na Vila.

O trabalho será realizado na sala de recursos mul-tifuncionais da escola, com participação das famílias e professores. A comunidade possui comércios e possibilidades de prestação de serviços em diversas áreas, o que facilita a inserção e criação do serviço de EA na Vila, assim como o deslocamento e a comunica-ção. Será realizado um levantamento dos interesses dos alunos e uma análise do mercado e das neces-sidades da comunidade. O maior desafi o é a forma-ção de uma rede que apoie seus objetivos, porém, no nosso caso, contamos com a iniciativa e parceria da Secretaria de Educação.

Atividades do projeto1. Levantamento da clientela entre os alunos da EJA,

através de inscrições pessoais ou indicações por parte de professores e da comunidade.

2. Pesquisa de mercado no interior da Vila e arredores.3. Entrevistas, observações e análise do funciona-

mento das relações de trabalho e necessidades da comunidade.

4. Início do processo de inclusão das pessoas com defi ciência no mercado de trabalho, com apoio inicial e a longo prazo para treinamento em serviço e acompanhamento do processo de inclusão e continuidade no trabalho.

5. Estabelecer parcerias com outras instituições de ensino da cidade como APAE, SENAI e SENAC para instituir um convênio de ocupação de vagas em

INCLUSÃO DE ALUNOS DA EJANO MERCADO DE TRABALHO

empresas da cidade, que oferecem cursos e treina-mento em serviço para o menor aprendiz.

Recursos, meios e necessidadesÉ preciso que a equipe gestora disponibilize

espaços e recursos para supervisão e orientação edu-ca cional, além de acompanhar e dinamizar discussões sobre a importância do trabalho para a dignidade humana. É necessário apoio da comunidade e da Prefeitura, por intermédio da Secretaria Municipal de Educação, para abertura de cursos profi ssionali-zantes e estágios.

ParceriasSENAI, SENAC, cursos livres.

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127

100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

ObjetivoEstimular e orientar as famílias e as pessoas com Síndrome de Down a investirem na profi ssiona-lização.

Público-alvoPessoas com Síndrome de Down e suas famílias.

Âmbito geográ� co do projetoRegião metropolitana de Porto Alegre.

Recursos, Meios e Necessidades.Como recurso, dispomos da sala da AFAD e

profissionais voluntários. Temos necessidade de contratar profi ssionais ou empresas que já atuam com o Emprego Apoiado e recursos para despesas de loco moção (diárias e passagens), assim como para aqui sição de equipamentos e materiais.

ParceriasProcurar estabelecer parcerias e convênios.

Vera Ione Scholz Rodrigues.AFAD – Associação dos Familiares eAmigos do Down. Porto Alegre – RS.

IntroduçãoA AFADPOA/RS é uma ONG, sem fi ns lucrativos,

que busca congregar familiares, amigos e pessoas com Síndrome de Down, colaborando na inclusão fa-miliar e lutando pelo direito à inclusão escolar, social e ao mercado de trabalho. Existe a necessidade de oportunizar as pessoas com defi ciência intelectual, sua inclusão e permanência no mercado de trabalho.

Atividades do projetoOfi cinas e palestras para pais, pessoas com sín-

drome de Down e empresas; avaliação do indivíduo na família, na comunidade; visitas à família e à comu-nidade; busca de empresas e postos de trabalho.

PROFISSIONALIZAÇÃO DASPESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN

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128

PROJETO

ObjetivoIncluir ações de Emprego Apoiado na SEASTER, complementado dessa forma a política de in-clusão das pessoas com defi ciência no mundo do trabalho.

Público-alvoPessoas com defi ciência severa (física – cadei-rantes e muletantes -, visuais, intelectuais e múltiplas) e difi culdade de acesso ao mercado de trabalho

Âmbito geográ� co do projetoCapital do estado e região metropolitana, que engloba 5 municípios.

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Mariana da Silva Mesquita.Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda – SEASTER.Belém – PA.

IntroduçãoA Secretaria de Estado de Assistência Social,

Trabalho, Emprego e Renda (SEASTER) foi criada recen-temente, em 1º de janeiro de 2015, através da Lei 8.096, que dispõe sobre a estrutura da administração pública do Poder Executivo Estadual. Este órgão resultou da fusão entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Assistência Social (SEAS) e a Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda (SETER).

As ações da área do Trabalho e Emprego são executadas através dos postos e balcões de empregos localizados em 53 municípios do Estado, que realizam as ações do Sistema Nacional de Emprego (SINE), programa do Governo Federal com atuação em todo o território nacional, coordenado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) As principais atividades exe-cutadas estão relacionadas com o seguro-desemprego; intermediação da mão-de-obra para o mercado de trabalho formal e informal; captação de vagas junto a empresas e qualifi cação profi ssional.

A atual etapa de desenvolvimento do modo de produção capitalista está fundamentada no processo de reestruturação produtiva, que fomenta o uso de novas tecnologias para incremento do setor produtivo. Como resultado desse processo surge o desemprego estrutural, a precarização e desregulamentação do tra balho com elevadas taxas de desemprego e subemprego e ainda a informalidade do trabalho.

Ao trabalhador lhe é exigido maior conhecimento, mais habilidades, mais qualifi cação e mais versatili-dade para responder às exigências do mundo do tra balho. Segundo Pereira (apud RAMOS, 2002), a nova confi guração do mundo do trabalho exige um “super” trabalhador, haja vista que para ser inserido ou mantido no posto de trabalho é necessário que o mesmo detenha várias habilidades. Ele é obrigado a en frentar desafi os, pois precisa acompanhar as mu-danças do dia-a-dia do mercado de trabalho, adap-tando-se às novas tecnologias. A competição por vagas de trabalho torna-se presente e ameaçadora, ge r ando tensões nas relações interpessoais.

Percebe-se, pelo cenário acima exposto, que o

INCLUIR AÇÕES DE EMPREGOAPOIADO NA SEASTER

modo de produção capitalista provoca em larga escala o aumento da desigualdade, da pobreza e da exclusão social, principalmente em países pobres ou em vias de desenvolvimento, como o Brasil. Desse breve comentário podemos aferir que se o sis tema capitalista é nefasto para o trabalhador sem de-fi ciência, o que resta então para o trabalhador com defi ciência? Certamente, aumentam suas difi cul dades para acessar o mercado de trabalho, seja pela baixa escolarização e qualifi cação profi ssional, ou pela re-jei ção das empresas que ao visarem apenas o lucro, não enxergam e nem acreditam no potencial que esses trabalhadores têm.

No Brasil, a despeito da legislação criada para a in-clusão de pessoas com defi ciência em setores como educação, saúde, previdência, essas pessoas conti-nuam sofrendo com o preconceito e a discriminação e enfrentam ainda muitas difi culdades para usufruir dos direitos de cidadania, como o direito ao trabalho, espe-cialmente nos casos em que a defi ciência apresenta maior grau de difi culdade para a produção laboral.

O Posto do SINE/CIIC (Centro Integrado de In-clusão e Cidadania) funciona desde 2004 em Belém, sendo o único em todo o estado do Pará que atua na intermediação da mão de obra da pessoa com de fi ciência. Neste posto estão cadastrados cerca de 2.195 candidatos com diversos tipos de defi ciências, especialmente física.

As defi ciências com maior difi culdade de inserção

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100 Projetos de Emprego Apoiado

no mercado de trabalho são as físicas (cadeirantes/muletantes), visuais (total), intelectuais e múltiplas. Essa difi culdade está relacionada principalmente com a ausência de acessibilidade nas empresas, ou seja, elas ainda não se encontram preparadas para assimilar essa mão de obra de acordo com o grau de difi culdade física que elas apresentam. Ao contrário, as pessoas com defi ciência auditiva (total) que não necessitam de mudanças estruturais na empresa para o acesso ao trabalho, são colocadas no mercado de trabalho com relativa facilidade.

De outro lado, ainda temos um grande défi cit de vagas disponibilizadas e quantidade de pessoas colo-cadas no mercado de trabalho. De acordo com os dados estatísticos do SINE/CIIC, em 2014 a quantidade de vagas disponibilizadas pelas empresas foram 583, mas foram colocadas somente 323 pessoas. Assim, o EA é uma estratégia importante para redução desse défi cit, embora esse problema esteja relacionado a vários fatores como ausência de acessibilidade nas empresas, preferência das empresas por defi ciências menos severas, preconceitos, discriminações, etc.

Pelos dados da RAIS de 2000/MTE, depois do início da política de Cotas, foram geradas 1.055 milhões de vagas nas empresas com mais de 100 funcio nários, ou seja, o problema da colocação das pessoas com defi ciência no mercado de trabalho não está na falta de vagas. Não basta apenas as empresas abrirem vagas, o desafi o é quebrar as barreiras que difi cultam o acesso dessas pessoas ao trabalho. É imprescindível identifi car as variantes que emperram o processo de inclusão desse segmento no mercado de trabalho e planejar ações positivas que facilitem sua inclusão.

Atividades do projeto1. Visitar, no mínimo, uma Organização (Ong’s) com

prática na metodologia do EA, por exemplo a APAE-São Paulo, Carpe Diem, ADID (Associação para o Desenvolvimento Integral do Down) e a Sociedade Pestalozzi de São Paulo que já utilizam essa metodologia para a inclusão qualitativa das pessoas com defi ciência.

2. Elaborar diagnóstico para estudo e avaliação da si-tuação das pessoas com defi ciência severa e com difi culdade de acesso ao trabalho, residentes da região metropolitana.

3. Elaborar plano de trabalho.

4. Realizar encontros com as famílias das pessoas com defi ciência para disseminar a metodologia e fi rmar os apoios necessários como ponte para o mercado de trabalho.

5. Qualifi car, treinar e organizar equipes de servi-dores da Secretaria na metodologia do Emprego Apoiado.

6. Realizar encontros com as empresas para disse-minar a metodologia do Emprego Apoiado no es-tado, sensibilizando-as quanto à necessidade de melhorias na acessibilidade e disponibilidade de vagas para o segmento.

7. Discutir com as empresas a Lei de Acessibilidade (Decreto lei 5296), a fi m de viabilizar a contratação de pessoas com defi ciência.

8. Realizar parcerias com outros atores como o Minis-tério Público do Trabalho, a Superintendência Re-gional do Trabalho, Ministério Público, Conselhos da Pessoa com Defi ciência e Associações de pessoas com defi ciência para apoios.

Recursos, meios e necessidadesPara implementar este projeto será necessário

organizar equipes técnico/administrativas para de-senvolver o trabalho. Também é preciso destinar recursos mensais para suporte das ações. São neces-sários veículos, materiais didáticos, CPU, Data Show. As equipes devem manter-se atualizadas através de cursos, palestras e leituras.

Importante citar que podemos contar com a es-trutura física da Secretaria para implementar a ação, utilizando de forma imediata os postos e balcões de emprego da área metropolitana de Belém, onde exis-tem 7 (sete) postos/balcão de emprego, inclusive o do SINE/CIIC.

Outro importante suporte para a implementação da metodologia do Emprego Apoiado é a adesão do estado do Pará ao Plano Viver sem Limites do Governo Federal. Criado em 2012, esse plano já é uma política em execução no estado, coordenada pela SEASTER, que considera metas no eixo Trabalho.

ParceriasNecessitamos realizar parcerias com os seguintes

órgãos: SEDUC, Ministério Público do Trabalho, Su-perintendência regional do Trabalho, SESPA, SESMA, IDEFLOR, AVAPE, UFPa, UFRA, Prefeituras Municipais, FUNPAPA e empresas privadas.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 81

Objetivo geralImplementar a metodologia do Emprego Apoiado no programa PcD do CIEE Rio.

Objetivo especí� coCapacitar equipe comercial para contato com as empresas.

Público-alvoPessoas com defi ciência, empresas que contra-tarão profi ssionais com defi ciência e equipe co-mercial e do Programa PcD do CIEE Rio.

Âmbito geográ� co do projetoRio de Janeiro capital, localização geográfi ca do Programa PcD do CIEE Rio.

Adriana Oppel S. Nogueira.Psicóloga. Rio de Janeiro – RJ.

IntroduçãoO Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) é uma

instituição fi lantrópica, mantida pelo empresariado nacional, de assistência social, sem fi nalidades lucra-tivas, que trabalha em prol da juventude estudantil brasileira. Os principais programas desenvolvidos pela instituição são os Programas de Aprendizagem – Programa de Estágio e Programa Aprendiz Legal, que atendem aos jovens complementando sua formação e favorecendo sua inserção no mercado de trabalho.

Com o surgimento da Lei de Cotas (nº 8.213/91), o CIEE criou o Programa PcD para auxiliar as empre-sas no cumprimento da sua responsabilidade legal e aos jovens com defi ciência na conquista de opor-tunidades de desenvolvimento profi ssional. O CIEE ainda vem promovendo a inserção das pessoas com defi ciência no mundo do trabalho, via capacitação prévia à colocação, o que, desde a ótica da meto-dologia do Emprego Apoiado, não resulta na real inserção e conquista do direito à inclusão laboral das pessoas com defi ciência; e, ainda, pode estar in-fl uenciando a não fi xação dessas pessoas nos postos de trabalho em que são colocadas, uma vez que se observa um alto índice de evasão das pessoas com defi ciência dos trabalhos em que foram colocados.

Sendo assim, a utilização da metodologia do EA no programa PcD do CIEE Rio representa a possibili-dade de realizar um trabalho mais efetivo e condizen-te com a missão institucional.

Atividades do projeto1. Capacitar equipe comercial do CIEE Rio para sua

ação junto a empresas. Fazê-los conhecer profun-damente a metodologia EA para informar as em-presas e fechar contratos.

2. Utilização da metodologia do EA na inserção das pessoas com defi ciência em substituição dos cursos de capacitação realizados até o momento.

PROJETO DE INSERÇÃO LABORAL VIA METODOLOGIA DO EMPREGO APOIADO

Recursos, meios e necessidades Recursos: a) Oito profi ssionais da equipe PcD do

CIEE Rio fi zeram a formação a distância da meto-dologia EA e, portanto, podem dar início à imple-mentação da mesma no programa. b) O CIEE Rio é uma instituição antiga e muito conhecida pelo empresariado fl uminense, o que lhe confere credi-bilidade e grande alcance em suas ações.

Meios: Capacitação da equipe comercial através da multiplicação do conhecimento adquirido na formação dos oito colaboradores da equipe PcD acerca da metodologia de EA; ou seja, os colabo-radores que fi zeram o curso farão a capacitação da equipe comercial.

Necessidade: Por tratar-se de uma metodologia nova, é necessário criar um canal de apoio para elucidar possíveis dúvidas ao longo de sua exe-cução. Tutores ou orientadores a quem a equipe pudesse se reportar em caso de necessidade.

ParceriasITS Brasil - Possível parceiro no fornecimento de

orientação especializada para implementação da me-todologia EA pelo CIEE Rio.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 82

Cledi Viana Cardinal.Professora e Vereadora. Associação Culturalde Bossoroca. Bossoroca – RS.

IntroduçãoA Associação Cultural de Bossoroca (ACB), fundada

em 1994, é uma entidade civil sem fi ns lucrativos e tem como objetivos principais a integração da comunidade em todos os seus segmentos, congregando as mani-fes tações culturais, promovendo o estudo, a difusão e divulgação das expressões artísticas, através de en-contros, palestras, mostras, e apresentação de grupos que tenham referência com a cultura das di versas regiões do estado e do país, estimulando desta forma a trans formação da comunidade em um centro de inte gração e desenvolvimento, através do incentivo à expressão artística e cultural brasileira. Atualmente a diretoria está preocupada em construir um alicerce forte para um trabalho que alcance principalmente crianças e jovens, principais vítimas do aculturamento.

Será realizada uma pesquisa de campo prévia junto às escolas e às comunidades, buscando apoio dos Agentes Comunitários de Saúde. O objetivo é trabalhar a situação da pessoa com defi ciência e em situação de exclusão social com os CRAS, NASF e NAAB do município, fazendo um mapeamento dos principais focos.

Acredito que é possível incluir as pessoas com defi ciência, desde que sejam observadas suas habi-lidades e seus desejos, no mercado de trabalho com igualdade de condições e de remuneração.

Atividades do projeto1. Realizar uma boa motivação junto às unidades

de ensino, com a participação de associações, do comércio e da iniciativa privada a fi m de que todos se apro priem do conhecimento e da importância de realizar um trabalho de inclusão social, com geração de trabalho e renda.

2. Formar parcerias com escolas e universidades, pois uma mudança só é possível como resultado de uma construção planejada e elaborada pela comunidade.

3. Tornar o EA uma política pública.4. Realizar cursos, seminários e palestras sobre capa-

citação de técnicas de EA.5. Criar um modelo de solidariedade, por exemplo,

um site para unir pessoas com vontade de ajudar (inspiração em modelos crowdfunding). Funciona

DISCUSSÃO SOBRE EMPREGO APOIADO NA COMUNIDADE LOCAL

Objetivos1. Rever conceitos e valores com a comunidade

local e regional sobre pessoas com defi ciência ou em situação de exclusão social.

2. Documentar a iniciativa e trabalho realizado por pessoas com defi ciência, que desejam apenas apoio e oportunidades para realizar as tarefas que se propõem.

3. Preparar um registro de pessoas com de-fi ciência que buscam inserir-se no mercado de trabalho, de acordo com suas capacida-des e habilidades e considerando a oferta exis tente e treinamento no local de trabalho.

4. Organizar seminários para discutir o assunto e propor ações norteadoras para pautar a si-tuação do município.

Público-alvoPessoas com defi ciência e população em geral.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípio de Bossoroca – Local, perímetro urbano, suburbano e rural.

como uma rede interligada entre usuários que requerem ajuda e pessoas que querem ajudar.

6. Trabalho com as famílias que, na maioria das vezes, não aceitam a pessoa com defi ciência e preferem protegê-la. A família tem que estar convencida do seu projeto de vida, pois mesmo com limitações, essa pessoa pode trabalhar, ser feliz e receber uma remu-neração. O trabalho deve ser realizado por equipe bem treinada, com planejamento e metas a atingir.

Recursos, Meios e NecessidadesSerá necessário aporte fi nanceiro em torno de

R$ 15.000,00 para divulgar e promover eventos, tais como seminários e palestras. Os recursos humanos serão os profi ssionais que atuam nos programas do município, como NAAB, NASF e outros. Também parti ciparão integrantes da ACB, da Câmara de Verea-dores, da Associação Comercial e das Igrejas.

ParceriasCâmara de Vereadores, diretorias de Igrejas, Asso-

ciação da Indústria e Comercio, APAE e Poder Público.

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PROJETOPROJETO

Objetivo geral:Contribuir para a inserção das pessoas com de-fi ciência atendidas pela APAE de Cachoeiro de Itapemirim no mercado de trabalho, na pers-pectiva da metodologia do Emprego Apoiado.

Objetivos especí� cos1. Oferecer capacitações aos profi ssionais que

atuam na APAE sobre o EA.2. Fazer levantamento das pessoas com de-

fi ciência atendidas pela APAE que tenham mais de 16 anos, e identifi car suas potenciali-dades e habilidades.

3. Realizar parcerias com instituições e empre-sas locais para inserção das pessoas com de-fi ciência.

Público-alvoPessoas com defi ciência atendidas pela APAE de Cachoeiro de Itapemirim.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípio de Cachoeiro de Itapemirim, localiza-do no sul do estado do Espírito Santo.

Daiane Aparecida Ribeiro Queiroz. Assistente Social. Itapemirim - ES.

IntroduçãoO projeto apresentado foi proposto para ser

desen volvido pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Cachoeiro de Itapemirim (ES). A APAE – Cachoeiro de Itapemirim foi fundada em 28 de agosto de 1969 e tem como principal objetivo a atenção integral à pessoa com defi ciência. Sua missão é promover e articular ações de defesa de direitos, prevenção, orientações, prestação de serviços e apoio à família, direcionadas à melhoria da qualidade de vida da pessoa com defi ciência e à construção de uma sociedade justa e solidária (Art. 2, §1º do Estatuto da APAE de Cachoeiro de Itapemirim).

A Instituição atende crianças, jovens e adultos com defi ciência e busca atuar dando suporte físico, mental e estrutural aos alunos que estudam ou frequentam as atividades desenvolvidas na instituição: ecoterapia, clínica médica, ginásio de esportes, dança artística, futebol de salão, entre outras. Suas atividades visam contribuir com a melhoria na qualidade de vida e inclusão das pessoas com defi ciência através da oferta de serviços nas áreas de saúde e educação.

INSERÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA DA APAE NO MERCADO DE TRABALHO COM METODOLOGIA DE EMPREGO APOIADO

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100 Projetos de Emprego Apoiado

Parte do público atendido pela instituição tem potencial para ser inserido no mercado de trabalho com base na metodologia do Emprego Apoiado. Por esse motivo foi proposto este projeto, pois reconhece-se a função social da APAE e o potencial que ela tem na inclusão social de pessoas com defi ciência. Essa provavelmente será a primeira experiência da APAE na inserção de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho, e a primeira experiência de trabalho para muitos dos que frequentam a instituição. A meto-dologia do Emprego Apoiado possibilita entender que a pessoa com defi ciência, através de apoios, pode ser inserida no mercado de trabalho, assim como qualquer outra pessoa, em iguais condições de trabalho e salário.

Atividades do projeto1. Capacitação de funcionários da instituição em

Emprego Apoiado. Na APAE não há profi ssionais qua li fi cados em EA. Assim, será necessário rea-lizar cursos e capacitações periódicas para os funcio nários res ponsáveis pelo desenvolvimento do pro grama.

2. Levantamento de informação de alunos com 16 anos ou mais para iniciar os trabalhos após a qualifi cação.

3. Elaboração do perfi l dos alunos (habilidades, co-nhecimentos, potencialidades), conforme levanta-mento realizado anteriormente.

4. Identifi cação de postos de trabalho adequados às potencialidades e habilidades das pessoas com defi ciência. Essa atividade deverá ser realizada de forma concomitante à elaboração do perfi l.

5. Formação e treinamento no posto de trabalho. Uma

das premissas do EA é “primeiro empregar, depois formar”. Assim, depois de realizada a colocação no posto de trabalho, o profi ssional deverá dar suporte ao aluno na execução das atividades práticas.

6. Desenvolvimento de apoios necessários. Durante a inserção do aluno no mercado de trabalho, o profi ssional deverá identifi car os apoios neces-sários para o desenvolvimento das atividades pro -postas. Estes podem estar relacionados ao aumento de sua ca pa cidade/competência; modi fi cação do am biente físico, dos serviços de atenção e aten-dimento; e, apoio tecnológico, entre outros. Estes apoios podem estar presentes no próprio indivíduo, em outras pessoas, em tecnologias ou em serviços especializados. Essa atividade deverá ter início após a inserção do aluno no mercado de trabalho.

7. Retirada progressiva do profi ssional. Ao fi nalizar o treinamento, o profi ssional deverá realizar acom-panhamento periódico ao aluno empregado até que o mesmo tenha autonomia no trabalho. Essa atividade será realizada após o treinamento do estudante.

Recursos, meios e necessidadesNeste projeto participarão funcionários da APAE.

Deverão ser realizadas capacitações periódicas e, para tanto, é necessário elaborar material gráfi co (como cartilhas) e se requer a colaboração de profi s-sionais qualifi cados.

ParceriasPara a execução deste projeto é primordial a par-

ceria com instituições locais, pequenas empresas, Prefeitura, escolas, dentre outras.

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PROJETO

Gabrielle Natacha Almeida Resende. Pedagoga, atua como Designer Instrucional. Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac. Belo Horizonte – MG.

IntroduçãoO projeto foi idealizado estimando a implantação

no contexto da entidade na qual atuo como Designer Instrucional. Esta instituição é referência em educação profi ssional, atuando há mais de 50 anos na capacitação para as áreas de comércio de bens, serviços e turismo. Sua sede está localizada na região central de Belo Horizonte e as demais unidades estão espalhadas por todo o estado de Minas Gerais, em oito grandes regionais, somando quase 50 escolas. Historicamente, o Senac contribui com a superação dos problemas sociais e econômicos do estado, por meio da educação profi ssional.

Objetivo geralCriar um Núcleo de Empregabilidade, embasa-do na metodologia de Emprego Apoiado para inserção de jovens aprendizes com defi ciência em empresas do mercado competitivo.

Objetivos especí� cos1. Empregar jovens com defi ciência matricula-

dos nos cursos de aprendizagem, após o tér-mino do programa, fazendo uma interseção entre a formação no próprio posto de tra-balho e a adquirida em sala de aula, a partir da aplicação da metodologia de EA.

2. Promover a parceria dos segmentos de mercado e a instituição de formação pro-

fi ssional na aplicação da metodologia de EA.3. Aplicar a metodologia de EA diretamente na

própria empresa, quando da criação de va-gas futuras.

4. Reformular o banco de empregos de forma a contemplar a metodologia do EA na cap-tação de vagas.

Público-alvoAlunos aprendizes com defi ciência, empresas do mercado competitivo e instituição de edu-cação profi ssional.

Âmbito geográ� co do projetoEste projeto pode ser implementado tomando como referência a gestão de núcleos em rede, cuja perspectiva é a de proporcionar o geren-ciamento regionalizado com vistas ao monito-ramento efetivo. Considerando a presença da instituição de educação profi ssional em todo o estado e a grande representatividade do Programa de Aprendizagem, torna-se desafi ador a implantação simultânea em todas as regionais estaduais com monitoramento contínuo e efi caz. Assim, a gestão de núcleos em rede, partindo das empresas de cada regional e da gestão educacional regionalizada permite que haja maior efi cácia na implantação e monitoramento da metodologia.

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NÚCLEO DE EMPREGABILIDADECOM USO DE METODOLOGIA DO EA

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100 Projetos de Emprego Apoiado

Atualmente, os Programas de Aprendizagem enfrentam o desafi o de cumprir com o propósito de con tra tação dos aprendizes depois de fi nalizada sua quali fi cação. Mesmo após terem passado pela capaci tação e pela experiência prevista na empresa parceira durante toda a Aprendizagem, ainda existem difi culdades na efetivação dessas contratações, espe-cial mente quando há algum tipo de defi ciência.

Assim, a qualifi cação profi ssional, mesmo ocor-rida concomitante à atuação na empresa, carece de melhor sistematização com vista à inserção efetiva no mercado de trabalho depois de fi nalizado o contrato de Aprendizagem, tornando o egresso um funcio-nário do quadro efetivo.

Esta proposta se questiona sobre como contribuir com a contratação das pessoas com defi ciência nas empresas após a passagem pelo Programa de Aprendizagem. Este projeto tem como executor o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac Minas Gerais, mas salienta-se que a implan-tação desta proposta ainda não foi executada na instituição em pauta.

Atividades do projeto1. Difundir a metodologia de EA na instituição de

educação profi ssional e na empresa contratante,

em parceria com o setor de Recursos Humanos.2. Capacitar novas pessoas para o exercício da função

de consultor de EA.

Recursos, meios e necessidadesAtualmente a instituição conta com uma coorde-

nação própria do Programa de Aprendi zagem que se responsabiliza pela execução e opera cionalização da oferta dos cursos, além de um núcleo de serviços de colocação no mercado de trabalho que orienta alunos e ex-alunos nos aspectos relacionados à sua empre gabilidade, além de captar empresas que tenham como objetivo inicial cumprir a Lei de cotas.

Para a implementação da metodologia de EA seria necessária a formação dos profi ssionais das referidas frentes de trabalho, elegendo possíveis consultores para o acompanhamento das colocações e multipli-cação da metodologia nas empresas.

ParceriasEste projeto prevê a realização de parcerias com

as empresas que terão jovens aprendizes com de-fi ciência inseridos no Programa de Aprendizagem da instituição de educação profi ssional.

O Ministério do Trabalho, por meio das Superinten-dências Regionais, também é um potencial parceiro.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Objetivo geralRealizar a inserção da mulher em situação de violência doméstica e/ou risco de morte no mercado de trabalho por meio de parcerias com empresas públicas e privadas.

Objetivos especí� cos1. Alcançar o fortalecimento e autonomia das

mulheres em situação de violência domés-tica e/ou com risco de morte.

2. Romper com o ciclo da violência doméstica e garantir a cidadania para as mulheres que estão em situação de violência doméstica.

Público-alvoMulheres em situação de violência doméstica atendidas no Centro de Atendimento Especia-lizado à Mulher em Situação de Violência Doméstica – “Vem Maria” ou que são acolhidas na Casa Abrigo Regional Grande ABC por risco de morte.

Âmbito geográ� co do projetoCidade de Santo André – SP.

Léa Gomes da Cruz Soares.Assistente Social. Secretaria de Políticaspara as Mulheres – SPM - da Prefeitura deSanto André – SP.

IntroduçãoEste projeto será desenvolvido por meio do Ser-

viço Social da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), criada em 2014 com o objetivo de trabalhar políticas de Equidade de Gênero e Enfrentamento à Violência Contra a Mulher. Entre os projetos em anda-mento estão o Centro Especializado de Atendimento à Mulher em Situação de Violência Doméstica - Vem Maria; o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher; as Casas Abrigo Regional; o projeto Gênero, Saúde e Meio Ambiente; os Pontos de Gênero; E Agora José; e, Se Liga na Parada, entre muitos outros.

O projeto de Emprego Apoiado funciona como fi o condutor para enfrentar a violência contra a mulher e sua inserção no mercado de trabalho. O projeto en-frenta desafi os em dois âmbitos: a inserção e perma-nência dessas mulheres em postos de trabalho, por um lado, e o estabelecimento de parcerias efetivas com as empresas, por outro.

Atividades do projeto1. Criação do Banco de Currículos.2. Busca Ativa de parcerias empresariais.3. Busca Ativa das mulheres que já passaram pelo

serviço e encontram-se desempregadas por diversos motivos como baixa escolarização, falta de formação profi ssional, ausência de uma profi ssão, baixa estima, desmotivação, dentre outras coisas.

4. Efetivação de parceiras, convênios, acordos, etc. 5. Acompanhamento das mulheres no ambiente

de trabalho de forma efetiva junto à empresa com a fi nalidade de que ambas as partes fi quem satisfeitas com os resultados.

Recursos, meios e necessidadesOs recursos humanos e materiais necessários

serão aqueles que já existem na Secretaria: profi s-sionais, materiais de informática, veículos, telefone,

INSERÇÃO DA MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E/OU RISCO DE MORTE NO MERCADO DE TRABALHO

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material áudio visual, etc. Buscaremos parceiros ex-ternos para fortalecer o projeto no que tange à parte de recursos fi nanceiros.

ParceriasO Projeto de Emprego Apoiado para as Mulheres

em Situação de Violência Doméstica de Santo André estabeleceu uma primeira parceria com a empresa COOP. Como o projeto será implantado nesta cidade, bus caremos parcerias com empresas da região do Grande ABCDMRR. Isto representa um grande de-safi o, mas implica um avanço em políticas públicas inovadoras em relação à empregabilidade das mu-lheres em situação de violência doméstica.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Reginaldo Rios de Oliveira.Formado em Ciências Sociais com Tecnologias Sociais para a Inclusão Socioeconômica, a Democratização Política e o Desenvolvimento Local. Cursando Ciência Política e Sociologia. Sociólogo e Cientista Social. Primeira Igreja Batista em Foz do Iguaçu, Universidade Federal da Integração Latino-Americana.Foz do Iguaçu – PR.

IntroduçãoEmbora haja instituições que realizem atividades

para inserir no mercado de trabalho pessoas com de-fi ciência e excluídas de suas atividades profi ssionais, percebe-se a ausência de uma política de assistência ou assessoramento personalizado, capaz de desco-brir o potencial e capacitar estas pessoas para uma vaga no mercado de trabalho. O desafi o do projeto é descobrir, capacitar e inserir pessoas em uma vaga no mercado de trabalho.

Atividades do projeto1. Estabelecer ações conjuntas com instituições cíveis,

públicas e privadas com o objetivo de construir e estabelecer um espaço para capacitação.

2. Reuniões com representantes das instituições en-volvidas para planejamento das ações e execução do projeto.

Recursos, meios e necessidadesInvestir na aproximação com instituições que

estejam trabalhando em projetos de inserção de pessoas no mercado de trabalho. Dessa forma há um maior aproveitamento e são facilitados os ajustes na execução do projeto. Por exemplo, temos na cidade instituições que trabalham com capacitação profi ssional e inserção de pessoas com defi ciência e excluídas do mercado de trabalho.

Objetivo geralCriar e articular ações que possibilitem o esta-belecimento de um espaço de diálogo com ins-tituições cíveis, públicas e privadas para apre-sentação, conhecimento e aplicação do projeto de Emprego Apoiado.

Objetivo especi� coCriar e estabelecer um espaço de capaci-tação para formação de técnico/consultor de Emprego Apoiado, com o objetivo de descobrir e capacitar pessoas com defi ciência e excluídas de suas atividades profi ssionais em uma vaga no mercado de trabalho.

Público-alvoO projeto contempla pessoas entre 16 anos como menor a prediz e 35 anos.

Âmbito geográ� co do projetoFoz do Iguaçu, Paraná.

ESPAÇO DE DIÁLOGO COM INSTITUIÇÕES CÍVEIS, PÚBLICAS E PRIVADAS PARA APLICAÇÃO DO EMPREGO APOIADO

Para execução do projeto será necessária uma equipe de assistência técnica para formação dos téc-nicos/consultores de Emprego Apoiado, e recursos fi nanceiros para a logística do projeto.

ParceriasA princípio não há parcerias, mas a possibili dade

de uma articulação com as instituições da cidade para que estas associações possam existir. O maior desafi o para execução do projeto será estabelecer uma relação de cooperação com possíveis instituições colaboradoras, tendo em vista a lógica que se esta-belece nas relações que envolvem custos.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 87

Rita Zenorini

IntroduçãoA difi culdade das pessoas com defi ciência ou

em situação de exclusão social para inserir-se no mercado de trabalho está relacionada, muitas vezes, à falta de conhecimento das instituições em relação à capacidade de trabalho dessas pessoas. São questões que podem ser trabalhadas pela metodologia do Emprego Apoiado (EA).

Este projeto propõe a implementação da meto-dologia de EA para realizar a contratação e acompa-nhamento de pessoas com defi ciência ou em si tuação de exclusão social em uma instituição de ensino superior de grande porte. Esta entidade inclui pesquisa e extensão, com unidades localizadas em diferentes cidades e estados brasileiros e grande número de cola-boradores. Oferece cursos presenciais e a distância, pós–graduação, Ensino Técnico, cursos não regulados (livres e preparatórios) e Educação Básica.

Atividades do projeto1. Apresentar a metodologia do EA aos membros da

Diretoria de Recursos Humanos da Instituição.2. Capacitar os colaboradores que representam o Nú-

cleo de Acessibilidade e Inclusão das unidades de ensino, polos de educação a distância e escritórios corporativos para trabalhar com a metodologia de Emprego Apoiado.

3. Levantar nas cidades onde existem as unidades de ensino, polos de educação a distância e escritórios corporativos, instituições (prefeituras e ONGs, entre outros) que tenham cadastradas pessoas com de fi ciência e/ou em situação de exclusão social, e que queiram fazer parte do quadro de colaboradores.

4. Realizar contato com os interessados para criar um banco de dados, que incluirá informações pessoais da pessoa interessada, suas habilidades, desejos, preferências e a entrevista com os familiares. Esse contato será feito por um representante do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão de cada unidade.

5. Análise do perfi l dos candidatos e das vagas disponíveis, de modo a avaliar a possibilidade de contratação.

EMPREGO APOIADO EMINSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

Objetivo geralPropor à Instituição de Ensino Superior que a oferta de vagas de trabalho, a contratação e o acompanhamento de pessoas com defi ciência ou em situação de exclusão social, seja realizada com base na metodologia do EA.

Objetivo especí� coCapacitar os colaboradores das unidades de ensino, polos de educação a distância e escri-tórios corporativos, para atuarem com a meto-dologia do Emprego Apoiado.

Público-alvoPessoa com defi ciência ou em situação de exclusão social que ocupará o posto de trabalho e os colaboradores com os quais ela irá se relacionar.

Âmbito geográ� co do projetoO projeto será desenvolvido nas unidades de ensino, polos de educação a distância e escri-tórios corporativos distribuídos em todo o ter-ritório brasileiro.

6. A equipe do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão localizada na Mantenedora será responsável pela supervisão do processo e apoiará o responsável pelo acompanhamento das ações desenvolvidas pelos colaboradores nas unidades de ensino, polos de EaD e escritórios corporativos.

Recursos, meios e necessidadesFormação à distância na metodologia de

Emprego Apoiado para os representantes do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão de cada unidade. A elaboração do material para a formação e supervisão das atividades desenvolvidas será conduzida pela equipe do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão localizada na mantenedora da instituição.

ParceriasPrefeituras e ONGs, entre outros, que tenham

cadas tradas pessoas com defi ciência e/ou em situa-ção de exclusão social.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 88

Sônia Casciano de Queiroz Paiva.Bacharel em Direito. Advogada. Servidora Pública. Instituto Federal do Ceará.Campus Quixadá – CE.

IntroduçãoEmbora existam normas que aparam a pessoa

com defi ciência, a sociedade ignora a possibilidade de utilizar esta mão de obra. A percepção de que estas pessoas podem exercer atividades laborais sem assis tencialismo, estimulou a produção deste trabalho. Entretanto, para acolher pessoas com de-fi ciência é necessário que haja esclarecimento sobre suas limitações e suas possibilidades. Para que isso aconteça a coletividade deve ser atraída a eventos que aproximem a pessoa com defi ciência de pos síveis empregadores e da própria sociedade. Confi guram-se, então, os dois desafi os deste projeto: a) convencer a pessoa com defi ciência de que o mercado a quer; e, b) mostrar ao mercado que a disponibilidade da mão de obra da pessoa com defi ciência se sobrepõe às suas limitações, e por isso o mercado pode contar com ela.

O projeto apresentado ainda não é executado por nenhuma entidade, mas a autora do projeto é servido-ra pública de instituição de ensino técnico e superior, interessada em contribuir com sua realização.

Atividades do projeto1. Realização de feira no dia 21 de setembro (Dia na-

cional da luta das pessoas com defi ciência) ou 3 de dezembro (Dia internacional das pessoas com defi ciência), na praça central, com foco na pes-soa com defi ciência e na promoção do Emprego Apoiado. Uso de folhetos explicativos, utilizando mão de obra de pessoas com defi ciência.

2. Realização de palestras durante a feira sobre as diversas defi ciências, suas limitações, emprega-bilidade do profi ssional com defi ciência, direitos da pessoa com defi ciência, etc. Durante o inter-valo das palestras seriam expostos em data show depoi mentos de empregados com defi ciência e de seus empregadores.

3. Exposição na praça central de stands com produtos de empresas que já adotam o Emprego Apoiado a nível local e nacional.

4. Realização de minicursos para pessoas com defi -

Objetivo geral Propiciar à pessoa com defi ciência seu reco-nhecimento como ser social, com todos os di-reitos inerentes à dignidade da pessoa humana, inclusive direito ao trabalho.

Objetivos especí� cos1. Promover a pessoa com defi ciência como

parte da coletividade.2. Mostrar à sociedade que a pessoa com de-

fi ciência pode ser produtiva, objetivando sua inserção no mercado de trabalho.

Público-alvoPessoas com defi ciência e a comunidade em geral.

Âmbito geográ� co do projetoA aplicação inicial do projeto seria em âmbito local, convidando a participar distritos e cidades adjacentes.

RECONHECER OS DIREITOSDA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

ciência sobre os conhecimentos necessários para o exercício de atividades laborais.

Recursos, meios e necessidadesParte dos recursos humanos são funcionários do

IFCE, Campus Quixadá, interessados em participar deste projeto. A instituição dispõe de auditório com capacidade para 200 pessoas, que pode ser utilizado para realização de palestras, minicursos e cursos de formação. Dispõe de um setor de comunicação social para divulgar o evento em sites. Também seriam necessários recursos fi nanceiros para confecção de materiais diversos (propaganda, aluguel de stands, montagem e desmontagem do evento, blusas para os participantes, etc.). Para implantação do projeto, as pessoas envolvidas em sua execução precisam de cursos de formação.

ParceriasIFCE Campus Quixadá, SINE, SEBRAE, Governo do

estado, Prefeitura Municipal de Quixadá e empre-sários locais.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 89

Objetivo geral Substituir a política assistencialista da Coope-rativa de produtores rurais de Urupês/Elisiário por uma política de Emprego Apoiado.

Objetivos especí� cos1. Melhorar, através de trocas e treinamentos,

a relação entre funções e satisfação pessoal de funcionários insatisfeitos com suas colo-cações.

2. Criar vagas específi cas para pessoas em si-tuação de exclusão, através da determinação, criação e adequação de postos de trabalho que exijam condições especiais (baixa mobi-lidade, extrema atenção aos detalhes, etc.).

Público-alvoEm primeiro lugar, funcionários da cooperativa para depois ampliar as atividades aos acompa-nhantes, compradores e fornecedores. Depois da implantação local do projeto, a intenção é expandir o conceito a vizinhos comerciais e domésticos.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípio de Urupês, interior paulista.

Antônio Marcio Paschoal.Bacharel em Ciência da Computação.Analista de sistemas. Faculdades Integradas Padre Albino – FIPA. Urupês / Elisiário – SP.

IntroduçãoA Cooperativa de produtores rurais de Urupês/Eli-

siário teve uma sobrevida de aproximadamente cinco anos, até ser absorvida por cooperativas maiores, tor-nando-se membro de um grande grupo gerenciado por associações de cana e produtoras de cítricos. A cooperativa surgiu pela união de alguns produtores rurais, que se viam dependentes de atravessadores e produtores de grande porte com melhores possi-bilidades de negociação no mercado. Foi assim que um grupo de produtores de laranja, limão e café se reuniram e através da divisão dos recursos e produtos conseguiram melhores condições de negociação.

Existia dentro da cooperativa uma ideia de assis-tencialismo, recebendo parentes ou conhecidos de seus cooperados, e colocando-os como ajudantes ao lado de outros profi ssionais. Isto nem sempre surtia efeito, pois em alguns casos a pessoa que re-cebia o “ajudante” sentia-se constrangida imaginan-do que o seu trabalho não era sufi ciente ou algo do gênero. Por outro lado, a pessoa que era “encaixada” nem sempre tinha o perfi l ideal para tal colocação.

Atividades do projeto1. Promover treinamentos e palestras de conscienti-

zação sobre Emprego Apoiado. 2. Promover um estudo sobre a satisfação pessoal

dos funcionários. 3. Realizar um levantamento sobre a possibilidade

de criação de novos postos de trabalho. 4. Promover uma conscientização interna e expandir

para a comunidade. 5. Colocar e depois capacitar as pessoas nas vagas

criadas e/ou remanejadas. 6. Promover novos estudos e novas readequações a

EMPREGO APOIADO NACOOPERATIVA DE PRODUTORESRURAIS DE URUPÊS / ELISIÁRIO

fi m de gerar um ciclo virtuoso, fortifi cando o con-ceito e ampliando o Emprego Apoiado.

Recursos, meios e necessidadesO projeto pode ganhar força graças ao grande nú-

mero de pessoas que frequentam a cooperativa. Os recursos necessários serão levantados dentro do pró-prio âmbito da cooperativa. Espera-se que depois da implantação do projeto, novas oportunidades surjam e mais pessoas e instituições sejam “contagiadas”.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Teresa da Costa.Psicanalista, Doutoranda do Programa dePós-Graduação em Sociologia e Direito. Membro da Escola Letra Freudiana, (RJ). Universidade Federal Fluminense. Niterói - RJ.

IntroduçãoEm sua origem o saber psiquiátrico concebeu os

transtornos mentais como doenças que, por afetarem a razão de modo intenso, permanente ou cíclico, prejudicam seriamente o indivíduo, desviam sua conduta e seu caráter e difi cultam o aprendizado e o acatamento de normas sociais indispensáveis ao bom convívio. Este saber baseou sua intervenção nos pressupostos de normalização e controle do doente/desviado para evitar a contaminação do tecido social. Como o doente mental não aquiescesse assim tão facil mente aos pro pósitos adap tativos e de controle da psi qui a tria, estaria jus ti fi cado o trata mento pres-crito: afastamento do trabalho e das tarefas coti dianas, isolamento, submissão inques tio nável a rí gidos pa-drões de dis ciplina e severas punições em caso de des cum primento do estabelecido. Assim, quase sem perceber, perdeu-se o tênue limite entre o ‘tra ta mento moral’ de inspiração pineliana e francos maus tratos, sobre tudo pela baixa qualifi cação dos cui da dores de pessoas com defi ciência. Sem que fosse esta sua meta explícita, o olhar psiquiátrico acabou por redo-brar a exclusão simbólica, inerente à doença mental, através da reclusão em instituições totais, situadas na periferia sob o pretexto de poupar tanto o doente da agitação urbana, como as cidades de mais esse desviante. Apesar da reforma psi quiá trica iniciada no Brasil em 1978, ainda hoje nem sempre os dis posi-tivos substitutivos de cuidados con seguem es capar da dinâmica de funcionamento do modelo tradi cional que condenam.

O projeto de Emprego Apoiado para Pessoas com Defi ciência Psicossocial, elaborado para a conclusão do curso de consultor de EA (MCTI/ITS Brasil), visa realizar a inclusão social pelo trabalho das PcDPsi, através de sua contratação no mercado formal de trabalho e emprego. Cabe, no entanto, ressaltar a particularidade e o caráter artesanal deste projeto, uma vez que nem toda PcDPsi se interessa por traba-lhar, nem toda PcDPsi inventa para si ou se apropria de uma ocupação que venha a determinar ou, pelo

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EMPREGO APOIADO PARA PESSOASCOM DEFICIÊNCIA PSICOSSOCIAL

menos, contribuir para efeitos estabilizadores de seu quadro psicopatológico. Por outro lado, a PcDPsi que trabalha pode requerer de alguma pré-condição, o que justifi ca a utilização do Emprego Apoiado como tecnologia social de excelência.

Trata-se de uma iniciativa a ser implementada junto a um segmento populacional pouco conhecido tanto por suas características próprias, como em vir tude: da anexação relativamente recente dos cha mados trans-tornos mentais ao campo das de fi ciências, conforme estabelecido na Convenção sobre os Di reitos das Pessoas com De fi ciência e seu Pro to colo Facul tativo (Nova York, 2007), assinada pelo Brasil com status de Emenda à Cons ti tuição Federal (1988) e re gula -mentado pelo decreto no 6.949 (Bra sília, 25/08/2009); do temor an cestral da loucura; e do grande pre conceito que paira em nossa cultura acerca da con cep ção, da abor dagem e do tratamento das ques tões psí quicas e subje tivas ine rentes aos diversos trans tor nos mentais.

Este projeto pode ser implementado em institui-ções públicas ou privadas, de qualquer localidade, onde atue uma equipe multiprofi ssional (médico, psicólogos, assistente social, terapeuta ocupacional, estagiários, pessoal de apoio administrativo), com dedicação exclusiva às atividades do projeto.

Objetivo geralLegitimar a relevância da construção e da sustentação dos laços sociais possíveis para a PcDPsi a partir de suas experiências laborativas.

Objetivos especí� cos 1. Verifi car os efeitos das experiências laborati-

vas da PcDPsi na dinâmica familiar.2. Promover o exercício da responsabilidade

social nas empresas e instituições junto a uma parcela da população tradicionalmente excluída.

Público-alvoPessoas com defi ciências psicossociais.

Âmbito geográ� co do projetoDepende de onde será realizado o projeto.

142

O número de membros da equipe de EA e as avaliações da funcionalidade e do quadro clínico de cada PcDPsi são os dois elementos que servirão de parâmetro para determinar o número de pessoas atendidas no projeto. A função de consultor de EA pode ser desempenhada por qualquer membro da equipe, principalmente pelos estagiários e residentes da instituição que abriga o projeto, que tenham inte-resse e qualifi cação, disponham de tempo e sejam esco lhidos pela PcDPsi para acompanhá-la. Cada consultor de EA deverá apoiar um número máximo de cinco PcDPsi.

A inscrição no Projeto de Emprego Apoiado que proponho tem como pré-requisitos:

1. Interesse da PcDPsi por ingressar e/ou retornar ao mercado formal de trabalho.

2. Atendimento psiquiátrico e psicoterápico regular da PcDPsi, vinculado ou não à instituição pública ou à iniciativa privada em que funciona o projeto.

3. Realização de tarefas/atividades que assumam o caráter de trabalho uma vez que são compatíveis com os talentos e, sobretudo, com os sintomas psí-quicos apresentados pela PcDPsi. Estas atividades são úteis e devem ser legitimadas pela comuni-dade, esse reconhecimento pode ocorrer através de remuneração fi nanceira à PcDPsi.

4. Interlocução permanente entre a equipe do Pro-jeto de Emprego Apoiado para PcDPsi e os profi s-sionais que realizam os atendimentos psiquiá-tricos e psicoterápicos de cada PcDPsi.

Atividades do projeto1. Divulgação do projeto na instituição em que será

implementado e no território em que se situa a insti tuição para a sensibilização sobre sua impor-tância social; construção de parcerias com empre-sas, instituições e locais de trabalho que recebam a PcDPsi e apresentação da equipe de EA.

2. Ofi cinas de EA Alfa, realizadas semanalmente com PcDPsi que manifestem interesse em trabalhar. Destinadas à divulgação da metodologia e apre-sen tação da equipe de EA; início da avaliação do inte resse por trabalhar e da funcionalidade da PcDPsi. As ofi cinas serão fi nalizadas com atendi-mentos individuais para a construção do perfi l vo-ca cional da PcDPsi; preparação para o trabalho (ex-pec tativas, temores, ansiedades/angústia, culpa,

sepa ração); e escolha do con sultor de EA pela PcDPsi a partir da parti cipação nestas ofi cinas

3. Ofi cinas de EA Beta, realizadas com PcDPsi já empre-gadas. Destinadas à troca de experiências labo -rativas; criação de estratégias singulares de per ma-nência no emprego; afas tamento do emprego; risco, imi nência e demissão consumada. Podem ser reali-zados aten dimentos individuais quando necessário.

4. Ofi cinas de EA Gama, realizadas com familiares de PcDPsi. Destinadas à divulgação da metodologia e apresentação da equipe de EA; orientações sobre resultados da avaliação (funcionalidade e perfi l voca cional); expectativas, temores, ansiedades/an-gústia, culpa, separação; a importância da família como apoio à PcDPsi no trabalho; estratégias de apoio variáveis segundo o tipo de trabalho, acesso e características do local de trabalho; afastamento do emprego; risco, iminência e demissão consumada. Podem ser realizados atendimentos individuais quando necessário.

5. Consultoria à empresa, instituição ou iniciativa de trabalho que emprega PcDPsi: criação e/ou cus-to mização de vagas; apresentação da PcDPsi aos colegas e ao ambiente de trabalho; visitas regulares para suporte e avaliação; detecção de sinais de crise da PcDPsi, orientações acerca do manejo de situações de crise; afastamento do emprego; risco, iminência e demissão consumada.

6. Reuniões da equipe de EA para realizar o estudo dos casos e necessárias alterações de manejo do caso e de rota do projeto (semanal).

7. Reuniões entre equipe de EA e equipe de cui-dados para as alterações no manejo de cada caso (periodicidade sob demanda).

8. Reuniões entre equipe de EA e a família de deter-minada PcDPsi (periodicidade sob demanda).

9. Supervisão dos estagiários da equipe de EA reali-zada pelos técnicos da equipe de EA (semanal).

10. Supervisão da equipe de EA (periodicidade sob demanda com supervisor externo à equipe).

Recursos, meios e necessidadesSão recursos necessários para aimplementação deste projeto:1. Vontade política e o arrojo da direção da insti tuição

que abriga o projeto para mantê-lo em funciona-mento, considerando a carência de uma formação especifi ca regular dos profi ssionais da equipe de

P R O J E T O 9 0

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EA, a rotatividade no emprego dos profi ssionais das equipes de EA devido à precarização atual do trabalho e aos preconceitos quanto às defi ciências psicossociais.

2. Designação de uma equipe específi ca para imple-mentar este projeto em virtude de sua com ple-xidade.

3. Participação de estagiários de cada uma das cate-gorias funcionais que compõem a equipe multi-profi ssional para contribuir na formação das novas gerações de profi ssionais e, pouco a pouco, esta-belecer outra mentalidade acerca das defi ciências psicossociais.

4. Escolha de um supervisor pela da equipe de EA, que conheça a metodologia EA e psicopatologia.

5. Articulação entre a PcDPsi, sua família ou grupo so-cial, o técnico de referência do projeto terapêutico, o consultor de EA, empresa/instituição ou local de trabalho contratante da PcDPsi e universidades que encaminham estagiários.

6. Disponibilidade pessoal do gestor da empresa/insti tuição ou local de trabalho que lidará direta-mente com a PcDPsi.

As forças favoráveis à implementaçãodeste projeto consistem: 1. Estabelecimento de políticas públicas de inclusão

social pelo trabalho de PcDPsi pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

2. Inserção desta temática nos conteúdos progra-máticos de cursos universitários, de modo a fazer vigorar este aspecto da educação inclusiva, para legitimar os direitos da PcDPsi em sua particulari-dade e singularidade.

3. Realização de cursos de EA para capacitar profi s-sionais que desejem atuar na área da inclusão da PcDPsi.No caso da implementação deste projeto por

instituições públicas, o custeio da equipe, estagiários

e supervisor estará a cargo do Estado. No caso da implementação deste projeto por instituições da iniciativa privada, o custeio da equipe, de estagiários e supervisor estará a cargo da empresa contratante. A observância da lógica territorial de funcionamento do projeto de geração de trabalho, emprego e renda que proponho implica no compromisso social de uma comunidade para com seus integrantes e também em racionalizar os custos de deslocamento do consultor de EA, que deve visitar empresas/instituições e locais de trabalho contratantes de PcDPsi.

A replicação deste projeto em diversas empre-sas, instituições e locais de trabalho ensejará a reali-zação de estudos e pesquisas que as universidades deverão acolher e legitimar enquanto atividades de extensão. Ressalto ainda a necessidade de produzir e publicar literatura específi ca sobre a temática das oportunidades de trabalho e das experiências labo-rativas de PcDPsi conforme a metodologia do EA.

ParceriasA implementação deste projeto certamente

será melhor sucedida se contar com parcerias do Minis tério Público do Trabalho; das Secretarias Muni-cipais de Trabalho e de Saúde que podem abrigar pro gramas espe cífi cos para PcDPsi; do Instituto Nacional de Seguridade Social de forma a agilizar a con cessão e/ou a suspensão de auxílio-doença para PcDPsi conforme seu estado de saúde e condições labo rativas; da Ordem dos Advogados do Brasil; dos setores de recursos humanos, jurídicos e contábeis; de medicina do tra balho que realiza os exames de saúde admissional/demissional das empresas, insti-tuições e locais de tra balho que contratam PcDPsi; dos movimentos sociais de apoio à PcDPsi; de Ofi -cinas de Trabalho Protegido para ocasiões em que o estado de saúde mental da PcDPsi permita exercer alguma função laborativa, mas requeira um acom-panhamento clínico próximo e espe cífi co.

100 Projetos de Emprego Apoiado

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 91

Bárbara Roberta da Silva.Psicóloga. Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Sumaré (APAE). Sumaré - SP.

IntroduçãoA APAE de Sumaré é uma associação civil, bene-

fi cente, com atuação nas áreas de assistência social, educação, saúde, prevenção, trabalho, profi ssionali-zação, defesa e garantia de direitos, esporte, cultura, lazer, estudo, pesquisa e outros, sem fi ns lucrativos ou fi ns não econômicos, com duração indeterminada, tendo sede e foro na cidade de Sumaré no Estado de São Paulo. Desenvolve principalmente atividades de associações de defesa de direitos sociais e, de forma secundária, atividades de organizações associativas ligadas à Cultura e às Artes; assim como outras ativi-dades associativas não especifi cadas anteriormente.

O presente projeto propõe a reformulação do “Espaço Ofi cina” para promoção da integração dos usuários da APAE de Sumaré no mercado de tra balho. Com a fi nalidade de obter um melhor resultado, a aplicação será realizada junto com a terapeuta ocupa-cional. Pretendemos expor o trabalho desenvolvido e socializar estes conhecimentos com outros membros da equipe, empresas parceiras e empresas que nos procuram. O importante é dar visibilidade ao poten-cial do usuário e inseri-lo da melhor maneira para que possa ser contratado e ter sua cidadania resgatada.

Atividades do projetoEstimulação da autogestão e autonomia; sensibi-

lização e preparação da família para participação no processo de inclusão no mercado de trabalho através de reuniões e palestras; sensibilização da comunida-de e empresários da região através de visitas e divul-gação; parcerias com setores afi ns; triagens; constru-

REFORMULAÇÃO DO PROJETO “ESPAÇO OFICINA” PARA INTEGRAÇÃO DE USUÁRIOS DA APAE NO MERCADO DE TRABALHO

Objetivo geralInclusão de usuários da assistência, maiores de 18 anos, com defi ciência intelectual e/ou com múltiplas defi ciências no mercado de trabalho da cidade e região via Lei de Cotas através da técnica do Emprego Apoiado.

Público-alvoUsuários da assistência da APAE e Sumaré, maiores de 18 anos, com defi ciência intelectual ou com múltiplas defi ciências.

Âmbito geográ� co do projetoCidade de Sumaré e região.

ção em conjunto do perfi l vocacional e profi ssional de cada usuário; pesquisa de empresas – identifi cação ou customização de vagas na região, norteando a busca de emprego com base no perfi l vocacional e profi s-sional de cada usuário; análise da função – cultura da empresa, apoios disponíveis, acessibilidade; compa-tibilização vaga-perfi l; plano individualizado para ingresso no trabalho; negociação com a empresa; trei-namento e preparação de apoios e acompanhamento e assessoria quando necessário.

Recursos, meios e necessidadesMaterial impresso sobre a técnica do Emprego

Apoiado e profi ssionais capacitados (psicóloga e te-rapeuta ocupacional).

ParceriasEquipe da assistência da entidade e empresas par-

ceiras da cidade e região.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 92

Objetivo geralImplantar a metodologia do Emprego Apoiado no município de Lins - SP, proporcionando opor-tunidade de inserção a jovens e adultos com de-fi ciência no mercado de trabalho competitivo.

Objetivos especí� cos:1. Realizar capacitações aos profi ssionais da

SME, preparando-os para a implantação e implementação da metodologia do Empre-go Apoiado junto aos alunos da EJA.

2. Estabelecer parcerias que auxiliem na execu-ção do projeto, implantando e implementan-do o mesmo.

Público-alvoProfi ssionais da educação: supervisores de ensi-no, diretor de escola, coordenador pedagógico e professores que atuam com os alunos jovens e adultos com defi ciência.

Âmbito geográ� co do projetoSME de Lins/ SP.

Fabiana de Oliveira Lima.Supervisora de Ensino. Pedagoga.Mestre em Educação. Lins – SP.

IntroduçãoO presente projeto foi elaborado pensando nos

alunos jovens e adultos com defi ciência atendidos por uma escola de EJA do município. A SME seria a mais indicada para a execução do projeto, pois desen-volve uma política de educação inclusiva muito bem difundida. O município foi indicado como Polo Re-gional da Educação Inclusiva pelo MEC. Desde 2008 realiza capacitações para toda sua equipe e profi s-sionais das Unidades Escolares sobre Educação Inclu-siva e, a partir de 2010, mantém um Núcleo de Apoio Integrado ao Atendimento Educacional Especializado, com uma equipe multiprofi ssional que atende todos os alunos com defi ciência da Rede Municipal de Ensino.

Cada vez mais jovens e adultos com defi ciência procuram a escola de EJA para matricular-se. Seus grandes anseios são inserir-se no mercado de trabalho como qualquer outro cidadão, ter sua própria fonte de renda, autonomia e independência fi nanceira. No entanto, a difi culdade para ser aceito no mercado de trabalho, o despreparo do ambiente de trabalho para receber estas pessoas e até mesmo a falta de emprego na cidade, que possui poucas indústrias, são grandes empecilhos para a concretização destes sonhos.

Atividades do projetoSerão realizados estudos da metodologia do

Emprego Apoiado, junto com atividades teóricas, simu lações de prática, discussões em grupo e trocas de experiências, em encontros semanais com duração de 04 horas durante três meses (em torno de 12 encontros = 48 h). Serão utilizadas apostilas, vídeos, jogos de sensibilização, entre outros.

Além dos profi ssionais já citados, o curso poderá ser oferecido também a membros das empresas inte-ressadas, na tentativa de sensibiliza-los e melhorar a recepção da pessoa com defi ciência no espaço do mer-cado competitivo. Estas empresas deverão entrar ainda como parceiras nos custos do curso de capacitação.

IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA DE EMPREGO APOIADO NA SME DE LINS

Recursos, meios e necessidades1. Formadores e especialistas na metodologia do

Emprego Apoiado (a contratar). 2. Apostilas e material de apoio para os cursistas (a

elaborar ou adquirir). 3. Local, equipamentos de multimídia, estrutura físi-

ca para a realização do curso (a cargo da SME). 4. Recursos fi nanceiros para custear as despesas de

realização do curso (a combinar, entre SME, parcei-ros e outros meios).

ParceriasAs parcerias serão propostas às empresas pri vadas da

cidade, à Associação Comercial, ao Posto de Aten di-mento ao Trabalhador, à Incubadora de Empresas, etc.

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PROJETOPROJETOPROJETO 93

Objetivos1. Inserção dos benefi ciários do BPC Trabalho

no mercado de trabalho formal.2. Garantir igualdade de condições com as

demais pessoas no âmbito do trabalho.3. Proporcionar as tecnologias assistivas neces-

sárias para desenvolvimento das atividades laborais, de acordo com a especifi cidade de cada pessoa com defi ciência.

Público-alvoBenefi ciários do BPC Trabalho, com idades entre 16 e 45 anos, conforme estabelecem os guias orientadores do programa.

Âmbito geográ� co do projetoEste projeto será desenvolvido na capital do Espirito Santo, Vitória. Apesar de que contamos com profi ssionais que debatem sobre a inserção das pessoas com defi ciência no mercado de trabalho, estes encontram grandes difi culdades para superar a visão de que as pessoas com de-fi ciência são incapazes.

Lilia da Silva Theodoro. Bacharel em Serviço Social, graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia e Especialista em Terapia Familiar e Políticas Públicas de Atenção à Família. Vitória - ES.

IntroduçãoO projeto será realizado via Secretaria Municipal

de Assistência Social do Município de Vitória, através da coordenação técnica dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), sua equipe técnica de BPC e da equipe do Programa de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho – Acesso ao Trabalho.

A proposta será desenvolvida por meio do Programa do Governo Federal, Benefício de Prestação

INSERÇÃO DOS BENEFICIÁRIOSDO BPC TRABALHO NO MERCADODE TRABALHO FORMAL

Conti nuada - BPC Trabalho, e deve envolver toda a rede sócio assistencial do município. Esse programa já é executado pelos municípios através de dire-trizes do Governo Federal, no entanto, a inserção das pessoas com defi ciência no mercado de trabalho ainda é um desafi o.

Os CRAS são as portas de entrada da assistência social. São os locais onde são ofertados atendimentos

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100 Projetos de Emprego Apoiado

especializados e benefícios assistenciais. Ali se realiza um trabalho de proteção social básico nas famílias, no intuito de prevenir situações de risco e de forta-lecer os vínculos familiares e comunitários, visando a garantia de direitos. Em Vitória temos doze CRAS que atendem todas as regiões do município. Através destes equipamentos são identifi cados, visitados e acompanhados os benefi ciários do BPC.

O BPC é um direito garantido pela Constituição Federal de 1988. Consiste no pagamento de um salário mínimo mensal a pessoas com 65 anos de idade ou mais e a pessoas com defi ciência, de qualquer idade. Entende-se por pessoa com defi ciência aquela que apresenta “impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial que, em interação com diversas barreiras, podem limitar sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”. Para concessão do benefício, em ambos os casos, a renda mensal familiar per capita deve ser inferior a ¼ do salário mínimo vigente.

O BPC também permite a inserção das pessoas com defi ciência no mercado de trabalho sem que seu benefício seja suspenso, mas sim bloqueado. Caso a pessoa com defi ciência não se adapte ao trabalho, ele pode ser desbloqueado sem danos para o benefi ciário.

O Programa BPC Trabalho tem como objetivo promover o protagonismo e a participação social dos bene fi ciários com defi ciência do BPC, por meio da superação de barreiras, fortalecimento da autonomia e acesso à rede sócio assistencial, à qualifi cação profi s-

sional e ao mundo do trabalho.Este programa do Governo Federal está em fase de

implementação, no entanto já foi diagnosticado que seus maiores desafi os são a qualifi cação profi ssional dos benefi ciários com defi ciência, devido à sua baixa escolaridade, e sua inserção no mercado de trabalho em igualdade condições com os demais, uma vez que as famílias e a sociedade compreendem que estas pessoas são incapazes para as atividades laborais.

Atividades do projeto 1. Formar os profi ssionais que atuarão no apoio às

pessoas com defi ciência benefi ciárias do BPC.2. Conhecer instituições regionais que trabalhem ou

se interessem na implementação da metodo logia do EA.

3. Realizar o levantamento do perfi l vocacional de cada assistido e das empresas parceiras.

4. Iniciar a inserção da pessoa com defi ciência nas empresas, de acordo com a metodologia do EA e observando suas necessidades de apoio e adap tação para desenvolver as atividades com auto nomia e em igualdade de condições com as demais pessoas.

Recursos, meios e necessidadesSerão necessários recursos humanos, formações,

veículos para locomoção, tecnologias assistivas e computadores.

ParceriasToda rede sócio assistencial do município de Vitória.

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PROJETO 94

Objetivo geralPromover a inclusão de PcD intelectual no mer-cado de trabalho

Objetivos especí� cos1. Favorecer, por meio de cursos, ofi cinas e

ativi dades, o desempenho de aptidões, ha-bilidades, atitudes e hábitos pertinentes à empregabilidade e ao mercado de trabalho para PcD intelectual.

2. Conscientizar a sociedade, empresas e empre -gadores, sobre a importância do acesso destas pessoas aos postos de trabalho em igualdade de condições.

3. Oferecer apoio técnico.

Público-alvoPessoas com defi ciência intelectual, com ida-de igual ou superior a 16 anos, cadastradas na APAE-JP.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípio de João Pessoa e cidades circunvizi-nhas, tendo como referência a sede da APAE-JP.

Ana Maria Costa Alves. Fonoaudióloga. Belo Horizonte - MG e Campina Grande, João Pessoa - PB.

IntroduçãoA Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais

de João Pessoa (APAE-JP), fundada em 23 de março de 1957, norteia-se pela visão, missão, princípios bá-sicos e diretrizes do Movimento Apaeano Nacional, procurando garantir exce lência na pres tação de ser -viços de assis tência social, saúde e educação às pessoas com de fi ciência (PcD) inte lectual, múltipla e com au -tismo e aos seus fami liares. Ao longo de mais de cinco décadas, a APAE-JP tem procurado incorporar as novas con cepções produzidas pelas legislações e aná lises teó ricas, cuja referência primordial é a inclusão social como mecanismo de garantia dos direitos das PcD. Para tanto, mantém equipe multi disciplinar que prio riza em suas ações o desen volvimento das poten-cia li dades dos usuários. Seu trabalho se foca na indivi-duali dade e neces sidades particulares das PcD, de forma a valoriza-las como pessoas e indivíduos ativos e pen santes, que ocupam diversos espaços na socie-dade, inclu sive no mercado de trabalho.

As limitações da PcD Intelectual sempre foram usadas pelos empregadores e pela sociedade em geral, como fatores impeditivos para a aprendizagem de conteúdos mais complexos e que exigem maior capaci dade de raciocínio. Dessa forma, o processo de inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho e, consequentemente, na sociedade era desfavorecido. Ao ratifi car o Brasil a Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos da PcD, houve uma mudança de paradigma na temática. De acordo com o organismo internacional, o meio deve se adaptar à PcD intelectual, reconhecendo que ela possui outras inteligências – não apenas a lógica-matemática, mas inteligências múltiplas – e que ela deve ser aceita e reconhecida pela sociedade. A convenção da ONU foi ratifi cada pelo decreto presidencial 6.949 de 2009, veio aperfeiçoar o decreto de 2004 e já faz parte de nosso ordenamento jurídico. Mesmo com a legislação em vigor e a Lei de Cotas (artigo 93 da Lei 8.213 da Previ-dência Social, que obriga a empresas do setor pri vado, com 100 ou mais empregados, a destinar 2% a 5% de

suas vagas a pessoas com defi ciência), as empresas justifi cavam a não contratação alegando que essas pessoas não tinham qualifi cação profi s sional. Entre-tanto, observam-se mudanças nas ati tudes de empre-gadores, que ocorreram princi palmente a partir do diálogo com estes por iniciativa de associações como as APAES, que criaram programas e ações específi cas para efetivar a lei de cotas segundo os princípios da inclusão social. Contudo, ainda há muitas barreiras a ser enfrentadas para que a PcD intelectual possa realizar-se com dignidade e inteireza em sua iden tidade como pessoa trabalhadora. A APAE-JP, em cum pri-mento com um dos seus objetivos, a defesa e ga rantia de direitos da PcD, atua na promoção da in clusão destas pessoas na sociedade. Nessa tarefa a inclusão via mercado de trabalho tem sido utilizada sis tema-ticamente e com resultados satisfatórios, mas neces-sita de apoio das esferas governamentais.

PROGRAMA DE AÇÃO E PROMOÇÃO DE EMPREGABILIDADE PARA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

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100 Projetos de Emprego Apoiado

A resistência das famílias de PcD para a inserção do benefi ciário no BPC Trabalho (Benefício de Prestação Continuada) é outro grande desafi o a ser enfrentado. Há um grande receio sobre a perda do benefício que muitas vezes constitui parte importante da fonte de renda das famílias das PcD intelectual. Por esse motivo elas não conseguem visualizar vantagens, mesmo sabendo que o BPC é suspenso apenas enquanto dura a atividade remunerada, podendo ser reativado caso a pessoa deixe de exercer essa atividade.

Em geral, os benefi ciários na faixa etária de vida produtiva são jovens adultos que não realizam ativi-dades fora de casa, com poucos contatos sociais, e, em sua maioria, dependente de familiares para atividades sociais. São pessoas que não foram alfabetizadas por falta de confi ança em suas competências por parte dos fami liares, pela falta de acessibilidade e/ou per ma-nência nas escolas, bem como devido a sua capacidade neurológica que necessita de atenção específi ca. O presente projeto busca garantir os direitos e a igualdade de oportunidades das PcD intelectual com as demais pessoas, assim como o exercício da cidadania e uma melhoria na qualidade de vida do usuário e sua família. A inserção, permanência e sucesso no trabalho das PcD Intelectual repercutem na qualidade de vida em geral, possibilitando a utilização por todos dos bens e serviços da comunidade, viabilizando uma sociedade mais fl exível e aberta às diferenças e concretizando o princípio da igualdade de oportunidades para todos.

Atividades do projeto1. Constituição e planejamento da equipe (assis-

tente social, médico, psicóloga, terapeuta ocupa-cional, pedagoga e fonoaudióloga).

2. Triagem (assistente social, médico neurologista e psicóloga) e cadastramento.

3. Levantamento e análise do perfi l do candidato por meio do Plano de Desenvolvimento Indivi-dual (PDI) – Coleta de dados e discussão do caso (equipe, usuário, família).

4. Visita a empresas e levantamento de possíveis postos de trabalho na área geográfi ca contem-plada pelo projeto.

5. Informações e orientações (reuniões, palestras, cartilhas) para as empresas empregadoras sobre temáticas pertinentes, tais como legislação (Lei de Cotas), responsabilidade social e especifi cidades da pessoa com defi ciência intelectual.

6. Elaborar procedimentos sistemáticos e acom pa-nha mento de usu ários em ro tinas fun da men tais para a empre ga bi lidade e inserção no mer cado de tra balho (ofi cinas plane jadas para desen vol -

vimento e/ou apri mo ra mento de habili dades cog -ni tivas e meta cog nitivas; habili dades inter pes soais e afe tivas; habi lidades motoras e psico mo toras; habi li dades comu nica cionais; habi li da des básicas de segu rança, higi ene, saúde no tra balho, noções de organização, apre sen tação pessoal, legis la ção tra ba lhista, iden ti fi cação do di nheiro e sua impor-tância; identi fi cação de docu mentos essenciais, bem como enca minhamento para aqui sição destes documentos); informações básicas de português, mate mática e infor mática (ati vi dades práticas); noções de trânsito e sistema de transporte urbano; noções de direitos e deveres como tra balha dores; outros que se fi zerem necessários.

7. Divulgação do po tencial de trabalho das PcD inte -le c tual nos di versos setores que podem ser consi -de rados pos síveis empre gadores dessa mão de obra.

8. Orientar as famílias de PcD para transformá-las em ponto de apoio e incentivo.

9. Incentivar a participação da equipe, usuários e fami liares em congressos, seminários e cursos que tratem da temática da Inclusão Social.

10. Desenvolver programas de capacitação para PcD intelectual em ofi cinas pedagógicas e estabe-lecer convênios com organizações governamen-tais (SESC, SENAC, SENAI, etc.).

11. Acompanhar o desempenho da PcD intelectual contratada até onde for necessário.

12. Analisar a opinião das PcD intelectual, familiares e empregadores (entrevista e questionário estrutu-rado) acerca do processo de profi ssionalização no qual estão inseridos ou pelo qual passaram.

13. Elaboração de relatórios.

Recursos, meios e necessidades1. Recursos fi nanceiros são extremamente neces-

sários e fundamentais para a execução do proje-to, uma vez que os usuários do projeto não terão nenhum custo. A equipe precisa ser remunerada, assim como são necessários recursos para as des-pesas com materiais e serviços.

2. A formação da equipe na metodologia do Emprego Apoiado será transmitida pela autora do presente projeto.

3. Em contrapartida, a APAE-JP possui sede própria bem estruturada e recursos humanos (mantêm profi ssionais das áreas de Assistência Social, Saú-de e Educação, capacitados e com larga expe-riência na prestação de serviços às pessoas com defi ciência intelectual, além de funcionários da administração).

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PROJETO

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Objetivos 1. Contribuir para inclusão e permanência das

pessoas com defi ciência intelectual no mer-cado formal de trabalho de maneira produ-tiva e satisfatória tanto para o empregador quanto para o empregado.

2. Incentivar as famílias para a colocação das pessoas com defi ciência no mercado de tra-balho, através da metodologia do EA.

3. Facilitar, aproximar, desenvolver e promover a relação de três núcleos essenciais para a inclusão de pessoas com defi ciência no mer-cado formal de trabalho (família, empresa e profi ssionais de EA).

Público-alvoPessoas com defi ciência intelectual, especifi -camente pessoas com Síndrome de Down.

Âmbito geográ� co do projetoCidade de Porto Alegre - RS, podendo ser estendido para outras cidades da região sul e do Brasil.

Miriam Schacker Machado.Administradora de empresa com ênfase em Análise de Sistema. Pós-graduada em Informática e membro atuante da Comissão de Inclusão no Mercado de Trabalho da Associação dos Familiares e Amigos das Pessoas com Síndrome de Down.Porto Alegre – RS.

IntroduçãoA AFAD é uma associação de caráter assistencial,

sem fi ns lucrativos, não governamental e possui os títulos de Utilidade Pública Estadual e Utilidade Pública Municipal. A associação foi criada ofi cialmente em 17 de novembro de 1992. Sua missão é buscar o desen volvimento, a formação da cidadania e a me-lhoria da qualidade de vida das pessoas com Sín-drome de Down. Seu principal objetivo é con gregar fami liares e amigos que desejam colaborar com a inclusão e com o desenvolvimento das pessoas com Síndrome de Down.

INSERÇÃO DE PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN NO MERCADO DE TRABALHO

Atividades do projetoO projeto visa facilitar a implantação e o desenvol-

vimento da metodologia do EA na AFAD-Poa atuando no desenvolvimento e na integração de três núcleos: família, empresas do mercado formal e profi ssionais de EA (consultor/técnico em EA).

1. Atuação junto às famílias: Sensibilização das famílias. Divulgação da metodologia do EA às famílias. Levantamento dos profi ssionais de áreas afi ns que

trabalham com a família e com a pessoa com de-fi ciência.

Levantamento do mercado de trabalho.

2. Atuação junto às empresas: Divulgação da metodologia do EA. Esclarecimento legal. Estabelecimento de parcerias.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

3. Atuação junto aos pro� ssionais do EA: Divulgação da metodologia do EA e das

ferramentas disponíveis para o processo. Esclarecimento legal. Estabelecimento de parcerias.

4. Atividades especí� cas da AFAD: Promover as etapas descritas nos diversos núcleos. Estabelecer um portfólio de empresas e de pro-

fi ssionais de EA e parcerias que estejam dispostas a participar da metodologia de EA. Este procedi-mento facilitará a procura de oportunidades de trabalho que atendam às pessoas com defi ciência.

Na medida do possível ajudar no desenvolvimento das habilidades dos associados com defi ciência.

Organizar um banco de informações de seus asso-ciados contendo as habilidades, desejos, sonhos e necessidades de recursos, a fi m de facilitar futuras solicitações e possibilidades. Se for o caso montar um banco de dados com o perfi l vocacional.

Acompanhar os resultados obtidos com o objetivo de aprimorar o programa de EA e garantir tanto a satisfação do empregado (associado) como do empregador.

Incentivar e colaborar no desenvolvimento de po-líticas públicas necessárias para a inclusão de todos

os cidadãos no mercado de trabalho, visando o bem estar do indivíduo, o desenvolvimento das empresas e da economia como um todo.

Recursos, meios e necessidadesEsta proposta considera o percurso da associação

junto a muitas famílias e seu conhecimento sobre boas e más experiências de inclusão. A associação conhece os medos e frustrações destas famílias, assim como as conquistas e benefícios de muitos pro-cessos de inclusão e a importância dos apoios. Tam-bém é considerada a experiência e participação da asso ciação em processos de inclusão ao longo destes anos, e o acompanhamento no desenvolvimento da inclusão no Brasil e em outros países.

Os recursos para a implantação deste projeto de-pendem muito das condições dos parceiros (recursos e formação). Especifi camente são necessárias forma-ção e assistência para alguns membros da associação e, talvez, para alguns parceiros, além de computador e secretária.

ParceriasPessoas com síndrome de down e suas famílias. Pro-

fi s sionais que trabalham com estas pessoas (psicó logos, terapeutas ocupacionais, psicope da gogos e outros).

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO 96

Objetivos1. Possibilitar a disseminação do Emprego

Apoiado entre as empresas.2. Permitir a articulação entre gestores públicos

e privados sobre este tipo de trabalho. 3. Proporcionar acesso ao conhecimento às

pessoas com de fi ciência intelectual e seus fa-mi liares sobre as leis que asseguram o re torno do be ne fício caso o funcionário com de fi ciência pare de trabalhar e seja de baixa renda.

Público-alvoVisita a 30 empresas na cidade de Avaré em par-ceria com a Secretaria da Pessoa com Defi ciên-cia com objetivo de divulgar o trabalho apoiado e captar possíveis empregadores.

Âmbito geográ� co do projetoEmpresas na cidade de Avaré que se pre-disporem a conhecer a metodologia do Emprego Apoiado.

Patrícia Vilse Luzetti.Terapeuta ocupacional. Prefeitura daEstância Turística de Avaré. Avaré- SP.

IntroduçãoA proposta do trabalho apoiado é importante

porque é uma forma de inclusão das pessoas que vivem em situação de exclusão social devido à defi ciência. Entre os pacientes que recebem o BPC, observamos que alguns deles demonstram vontade de trabalhar. A terapeuta ocupacional e demais profi ssionais, como psicólogas ou assistentes sociais, que queiram en-volver-se nesta proposta poderão articular contatos com empresas interessadas em conhecer o tra balho apoiado para possível contratação destas pessoas por meio de vagas existentes ou vagas customizadas.

Atividades do projetoO Emprego Apoiado é uma metodologia dife-

renciada que permite primeiro empregar e depois treinar o funcionário no próprio posto de trabalho. Facilita a aprendizagem da pessoa com defi ciência e permite identifi car, através da análise de tarefas, a necessidade de recursos/ estratégias de tecnologia assistiva ou de apoio que possam contribuir numa realização mais efetiva do trabalho.

Recursos, meios e necessidadesRecursos fi nanceiros para custear os desloca-

mentos dos profi ssionais de sua residência e/ou local de trabalho até as empresas interessadas em conhe-cer a metodologia do Emprego Apoiado. R$500,00 de combustível.

ParceriasSecretaria da Pessoa com Defi ciência da Prefeitura

da Estância Turística de Varé.

DISSEMINAÇÃO DO EMPREGO APOIADO EM EMPRESAS DE AVARÉ (SP)

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100 Projetos de Emprego Apoiado

32PROJETO

Ivaldo Venâncio Salomão Souza.Licenciado em Educação profi ssional, instrutor do Ensino Profi ssionalizante. SENAI. Belém - PA.

IntroduçãoA “Beta Sociedade Civil» é uma empresa privada

da área de educação profi ssional, de âmbito nacional, que forma mão de obra especializada para a indústria brasileira. Há 15 anos que esta empresa capacita profi ssionais em Belém para as diversas áreas de atividades industriais. Está presente em todos os estados da federação e no Distrito federal onde se localiza a sede nacional.

Atividades do projeto1. Criar um grupo de trabalho dentro da Escola que

funcione inicialmente como Consultoria Técnica na área de refrigeração e climatização.

2. Acompanhar os candidatos a través da construção e análise de seu perfi l, focando em suas habili-dades, conhecimentos e potencialidades.

3. Iniciar busca de vagas e colocação no mercado de trabalho formal, assim como o acompanhamento e a assistência pessoal de um Consultor Técnico ou preparador laboral – membro da equipe, através de treinamentos no posto de trabalho e apoios de

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Objetivo geralIncluir pessoas com deficiência e pessoas excluídas no mercado de trabalho formal.

Público-alvoPessoas com defi ciência e pessoas excluídas soci almente que buscam colocação no merca-do de trabalho formal.

Âmbito geográ� co do projetoBelém - Capital do Estado do Pará.

IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIADO EMPREGO APOIADO EM UMAESCOLA DE BELÉM

acessibilidade até a retirada – progressiva deste consultor, buscando o benefício de ambos os la-dos, empregados e empregadores.

Recursos, meios e necessidadesA Lei de Cotas nº 8213/1991 será o ponto de

partida para busca de parcerias em supermercados e empresas do setor de climatização/refrigeração.

ParceriasOs recursos financeiros serão solicitados aos

fu turos parceiros.

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PROJETO 98

Objetivo geralPromover competências necessárias, de acordo com o perfi l e habilidades de cada sujeito, para inclusão e manutenção de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho formal, de modo a atender as necessidades do trabalhador e do empregador.

Público-alvoUsuários da Instituição acima de 15 anos que podem participar de processos seletivos para aprendiz. .

Âmbito geográ� co do projetoAPAE de Santa Rita do Passa Quatro e empresas do município ou cidades vizinhas, onde seja viá-vel locomoção ou descolamento/mudança.

Adriana Moda de Souza Martins.Psicóloga. APAE. Santa Rita do Passa Quatro - SP

IntroduçãoA Associação de Pais e Amigos dos Excepcio-

nais (APAE) de Santa Rita do Passa Quatro - Escola de Educação Especial “Lúcia Carvalho de Souza” - foi fundada em 1972 por um grupo de mães de pes-soas com defi ciência. Iniciou suas atividades com 12 alunos matriculados. Durante um ano funcionou de forma provisória em uma garagem cedida por uma pessoa simpatizante do movimento. Depois passou a ocupar um imóvel alugado e, dois anos mais tarde, um prédio cedido pela Prefeitura Municipal em re-gime de comodato. Finalmente, em 1984 mudou-se para sede própria, construída em terreno doado por pessoa da comunidade. É uma associação civil bene-fi cente, com sede em Belenzinho, no município de Santa Rita do Passa Quatro, SP.

APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DE EMPREGO APOIADO NA APAE DESANTA RITA DO PASSA QUATRO

Atualmente atende 104 alunos do município, zona rural e distrito de Santa Cruz da Estrela, com atuação em Edu cação, Saúde e Assistência Social. Além das salas de aula de Educação Especial, conta com Ofi cinas sócio educacionais em Marcenaria, Tem pero e Sabo-nete líquido, Mosaico e Tapeçaria. A equipe multi-disciplinar se compõe de uma assistente social, duas fi sioterapeutas, uma fonoaudióloga e uma psicóloga.

De acordo com o potencial e a crescente neces-sidade dos usuários da instituição, é preciso elaborar um programa voltado à inserção no mercado de trabalho formal. O trabalho tem importante reper-cussão na vida de todos os indivíduos e é apontado como atividade fundamental para a realização pessoal, desenvolvimento da autoestima, interação social, sentimento de pertinência e capacidade, bem como construção de identidade e autonomia.

A instituição vem se adequando às novas diretri-zes da FENAPAES (Federação Nacional das APAES), com projetos e programas que buscam promover competências necessárias para inclusão social de for-ma geral, sobretudo em relação à autonomia e auto-gestão, dando ênfase ao Programa de Autodefenso-ria e a este Projeto em Emprego Apoiado.

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100 Projetos de Emprego Apoiado

Atividades do projeto1. Identifi car perfi l vocacional e profi ssional do usuá-

rio que deseja trabalhar, envolvendo as escolhas, in-teresses, pontos fortes e necessidades de apoio do indivíduo e considerando o contexto real onde vive.

2. Orientar gestores e equipes de empresas públicas e privadas quanto à importância da inclusão das pessoas com defi ciência no trabalho para o cum-primento da Lei n° 8213/91(Plano de Benefícios da Previdência Social- art.93), conhecida como Lei de Cotas e por sua importância para a inclusão social.

3. Procurar vagas no mercado de trabalho competitivo com base no perfi l vocacional do usuário, levando em consideração as necessidades da empresa e expectativas do usuário.

4. Promover ações de assessoria, orientação e acom-panhamento personalizado, dentro e fora do local de trabalho.

5. Encontrar e promover a manutenção do emprego remunerado em empresas do mercado formal de trabalho nas mesmas condições dos trabalhadores que desempenham funções equivalentes.

6. Promover competências necessárias para atuar no mercado de trabalho, através de programas e projetos que prezem pela autonomia e funciona-

lidade dos usuários da instituição desde a idade escolar através de intervenções multidisciplinares em grupo e atendimentos individuais.

Recursos, meios e necessidades1. Assistente Social para atuar no acompanha mento

familiar. 2. Psicóloga – de preferência com experiência/for-

mação em necessidades especiais e recursos hu-manos - para atuação no recrutamento, seleção e orientação do candidato e da família.

3. Terapeuta Ocupacional para atuar na manutenção e adaptação do posto de trabalho.

4. Sensibilização e conscientização das empresas sobre os potenciais da pessoa com defi ciência.

5. Participação ativa do Grupo de Auto Defensoria na promoção e viabilização de executar papéis de cidadania.

ParceriasASSEJ (Associação Educacional da Juventude de

Santa Rita do Passa Quatro), que realiza contratação de jovens e adultos para mercado local; Prefeitura Municipal e empresas privadas.

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PROJETO 99

Objetivos1. Formar na metodologia do Emprego Apoiado

todas as pessoas que já realizam alguma ação com pessoas com defi ciência.

2. Localizar por meio de uma pesquisa e uma formação em minha instituição, quais são as pessoas e famílias interessadas nessa meto-dologia.

3. Realizar um levantamento das empresas do município interessadas em fazer parte desse trabalho ou convidá-las para conhecer todo o processo.

4. Envolver o Centro Público de Emprego, Tra-balho e Renda do município para que conheça essa metodologia e possa ser organizado um coletivo em prol desse trabalho.

Público-alvoPessoas com defi ciência e suas famílias, profi s-sionais da área e empresas do município.

Âmbito geográ� co do projetoInstituição e município.

Ana Maria Gouveia ColomboPedagoga. Santo André – SP.

IntroduçãoO Emprego Apoiado é uma metodologia de

inclusão de pessoas com defi ciência ou em situação de vulnerabilidade social no mercado de trabalho formal. Tem o objetivo de preparar pessoas interessadas num emprego, de maneira que possam ingressar no mercado com assistência pessoal de um consultor ou técnico. Primeiro empregar, depois formar, essa é a premissa. Essa metodologia nasceu dentro dos movimentos sociais que lutam por mudanças na atenção às pessoas com defi ciência.

Apesar de ter assistência pessoal, o Emprego Apoiado não se caracteriza por assistencialismo, pelo contrário, o objetivo é que a pessoa apoiada se torne autônoma à medida que aprende suas funções e possa ser um trabalhador ou trabalhadora como os outros dentro da empresa.

A metodologia do Emprego Apoiado se inicia com a análise do perfi l da pessoa interessada, suas poten-cialidades e suas capacidades. Dessa forma se verifi ca qual a vaga que mais se relaciona com seu perfi l. Esta pode já existir ou até mesmo ser criada. Por sua parte, a empresa recebe apoio e orientação para com-preensão de todo o processo. São consultores téc nicos os encarregados de aplicar a metodologia e identifi car os apoios necessários para a inclusão da pessoa com defi ciência no posto de trabalho, sejam eles estruturais, de acessibilidade ou humanos. A meto dologia só se efetiva se há parcerias com empresas interessadas na contratação de pessoas com defi ciência, pois isso garante uma melhoria em sua qualidade de vida.

O EA é institucionalizado em vários países da Europa e nos Estados Unidos, no entanto, aqui no Brasil, ainda precisa ser mais difundido, a fi m de que

EMPREGO APOIADO NO CENTROPÚBLICO DE EMPREGO, TRABALHOE RENDA DE SANTO ANDRÉ

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100 Projetos de Emprego Apoiado

as empresas e as pessoas com defi ciência possam compreender os benefícios que pode trazer para suas vidas e para a sociedade. O sucesso do EA depende da implementação de políticas públicas que garantam sua efetividade, mediante a articulação de diferentes segmentos da sociedade na conscientização e com-preensão de que esse trabalho é fundamental para a qualidade de vida de uma população que nunca teve acesso ao mercado de trabalho, um direito básico de todo cidadão.

Para alcançar a inclusão de todos e todas é pre-ciso considerar o âmbito do trabalho, um direito fun da mental da vida de todo ser humano. Esta pro posta tem como objetivo divulgar e difundir a possibi lidade de um país diferente, em que todos e todas possam ter igualdade de oportunidades. O Emprego Apoiado permite um novo olhar da socie-dade sobre pessoas que sempre foram excluídas de maneira cruel de nossa sociedade. Muitas delas têm potencialidades que fazem a diferença nos locais onde estão. Essa metodologia levanta essas poten-cialidades e as coloca num lugar de respeito, que é o trabalho, a essência do ser humano.

No entanto, é necessária uma política pública para que o Emprego Apoiado se efetive, porque o capitalismo desenfreado nos leva a uma individua-lidade que impede olhar o outro e enxergar as poten-cialidades de uma pessoa com defi ciência.

O trabalho está na essência de todo ser humano. É encantador conhecer uma proposta que busca incluir

pessoas com defi ciência no mundo e no mercado do trabalho formal. Gosto de saber que posso fazer parte de uma mudança tão signifi cativa na vida dessas pes-soas e na história do meu país.

“Somos, sem dúvidas, homens e mulheres cheios de esperança, pois temos que ter esperança do

verbo esperançar, porque há outros que têm esperança do verbo esperar, não é esperança, é espera: eu espero que dê certo, espero que fun-

cione, espero que resolva… Esperançar é ir atrás, é juntar, é não desistir.”

Paulo FreireAtividades do projeto1. Divulgar esta proposta para instituições que rea-

lizam algum trabalho com as pessoas com de-fi ciência. A ideia é conscientizar e formar na meto-dologia do Emprego Apoiado.

2. Divulgar a proposta nas empresas, por meio dos sin-dicatos e do Centro Público de Emprego, Trabalho e Renda do município, com a fi nalidade de que elas possam vislumbrar um país mais justo e igualitário.

3. Levantar as pessoas e famílias interessadas, expli-citando todo o trabalho de apoio à inserção das pessoas no mercado de trabalho formal.

Recursos, meios e necessidadesInvestir na formação de todos os profi ssionais que

trabalham com pessoas com defi ciência e divulgar essa metodologia pelo país.

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Objetivo geralPossibilitar o acesso das pessoas com de-fi ciência ou em situação de exclusão social no mercado aberto de trabalho, através de planos individuais de suporte que considerem suas poten cialidades, interesses e necessidades.

Objetivos especí� cos1. Promover o empoderamento das pessoas

com defi ciência ou em situação de exclusão social, através de seu envolvimento e sua participação na defi nição, implementação e avaliação do projeto.

2. Formar redes sociais de cooperação entre enti dades públicas e privadas para possibi-litar a inclusão social e profi ssional

do público-alvo.3. Estudar junto à comunidade, empresas e

sindi catos, estratégias de integração profi s -sional que combinem fl exibilidade, segu-rança e estabilidade no emprego.

4. Garantir um sistema de promoção e suporte para a manutenção no emprego, mediante um trabalho coordenado com serviços so-ciais de apoio.

5. Desenvolver as competências de organi-zações e de seus recursos humanos na meto-dologia do EA.

6. Promover a avaliação e divulgação dos resul-tados e a generalização do Modelo de Emprego Apoiado.

Público-alvoPessoas com deficiência e em situação de exclusão social.

Âmbito geográ� co do projetoMunicípio de Manaus.

Rocilene Nogueira de Freitas.Manaus - AM.

IntroduçãoO Emprego Apoiado (EA) começou nos EUA no

fi nal dos anos 1980. Iniciou com projetos pilotos de universidades americanas que buscavam alternativas para a inclusão no mercado de trabalho de pessoas com defi ciência intelectual mais severa. Essas pessoas eram atendidas pelas ofi cinas protegidas de trabalho e raramente eram incluídas no mercado competitivo, pois nunca se considerava que estavam preparadas. Com o objetivo de mudar essa situação, os programas de Emprego Apoiado propuseram o treinamento no local de trabalho e a disponibilização de apoios como forma de possibilitar a inclusão dessas pessoas. Nas décadas seguintes, o EA se desenvolveu e passou a ser uma alternativa nos 50 estados americanos, não só para as pessoas com defi ciência intelectual, mas para vários outros tipos de defi ciência.

No Brasil, o número de movimentos relacio nados à demanda por trabalho vem crescendo graças ao esforço de organizações, familiares, pessoas com defi ciência e profi ssionais. A metodologia do EA está presente no país desde meados da década de 1990, mas só a partir de 2000 ela se tornou mais conhecida com sua implantação em algumas organizações e com a realização de eventos relacionados à temática. No caso do estado do Amazonas, não há evidências da utilização desta metodologia, o que confere um caráter pioneiro ao projeto que aqui se apresenta.

A inclusão da pessoa com defi ciência no mer cado de trabalho é um direito, independentemente do tipo de defi ciência e do grau de comprometimento. Diferentes leis garantem esse direito, como a Lei nº 7.853/89, que prevê a adoção de legislação especí fi ca para disciplinar reserva de mercado de trabalho às pessoas com defi ciência física, e o Decreto nº 914/93, que instituiu a Política Nacional para a Integração da Pessoa portadora de Defi ciência.

A defi ciência é uma condição imposta pela socie-dade, de forma que é necessário eliminar barreiras

PROJETO 100

ARTICULAÇÃO DE INSTITUIÇÕESPÚBLICAS E PRIVADAS PARA IMPLANTAÇÃO DE METODOLOGIADE EMPREGO APOIADO EM MANAUS

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apresentado à Câmara dos Vereadores de Manaus (CMM) e outras instituições.

Com esta proposta busca-se envolver órgãos gover namentais e/ou instituições do estado do Ama-zonas na criação de uma politica de acesso e na reali-zação de uma campanha de informação que permita alcançar à pessoa com defi ciência. Interessa chamar a atenção sobre o art. 28 da Lei 7853, que dispõe sobre a Politica Nacional para a Integração da Pessoa com Necessidades Especiais. De acordo com essa norma-tiva, o aluno com defi ciência matriculado ou egresso do ensino fundamental ou médio, de instituições pú-blicas ou privadas, tem acesso à educação profi ssional com o objetivo de acessar o mercado de trabalho. Da mesma forma, a lei da empregabilidade do PNE esta-belece incentivos do governo federal às empresas que ofertem emprego. Também determina que 5% das vagas concursadas publicamente sejam reservadas a pessoas com defi ciência. O processo de inclusão da pessoa com defi ciência no mercado de trabalho pre-cisa da interação da família, empresas e PNE.

Conforme dados do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE), a inclusão das pessoas com defi ciência no mercado de trabalho vem crescendo cada ano. Em 2009, dos 41,2 milhões de empregos ativos, 288,6 mil

100 Projetos de Emprego Apoiado

físicas, programáticas e atitudinais que impedem às pessoas com defi ciência ter acesso a serviços e bens necessários para seu desenvolvimento social, educa-cional e profi ssional. A sociedade precisa adequar-se às necessidades de seus membros.

O Emprego Apoiado reconhece e valoriza a auto-determinação das pessoas com defi ciência na con-dução dos seus projetos de vida. É uma metodologia individualizada, centrada na pessoa e com foco nas capacidades. Mediante a disponibilização de apoios, a pessoa com defi ciência pode participar da comu-nidade, sendo valorizada e reconhecida em todas as áreas da vida.

De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente existem cerca de 610 milhões de pessoas com algum tipo de defi ciência, das quais cerca de 390 milhões (63,3%) formam parte da população economicamente ativa. No Brasil, segundo dados do Censo de 2000, há cerca de 24,6 milhões de pessoas com defi ciência (visual, auditiva, física ou múltipla), o que representa cerca de 15% da população, uma porcentagem signifi cativa. O presente projeto propõe viabilizar a implantação da metodologia do EA no município de Manaus e no estado do Amazonas. Com essa fi nalidade, ele será

Estimativa de demanda por empregos formais para Pessoascom Defi ciência de acordo com a Lei de Cotas - Manaus, 2015

Tamanho Demanda(nº de empregados)* Vínculos Cota PcD

(1) De 100 a 200 63.800 2% 1.276(2) De 201 a 500 58.186 3% 1.746(3) De 501 a 1000 57.205 4% 2.288

(4) 1001 ou Mais 163.968 5% 8.198

Total 13.508

*Faixas aproximadas de acordo com divisão disponível na base online da RAIS/MTE (1) de 100 a 249; (2) de 250 a 499; (3) de 500 a 999; (4) 1000 ou mais. Fonte: Elaboração a partir de dados da RAIS/MTE.

160foram declarados como pessoas com defi ciência, o que representa 0,7% do total. Em 2010, esse percentual se manteve (44,1 milhões de vínculos ativos, 306 mil de pessoas com defi ciência), mas verifi cou-se um aumento de 6% no número de pessoas com defi ciência física contratadas em empregos formais. O objetivo desta proposta é contribuir numa mudança social signifi cativa que deixe em evidência a importância da inclusão de pessoas com defi ciência no mercado de trabalho, seja este como emprego domiciliar, atividade ocupacional no lar, trabalho autônomo, rural ou em cooperativa.

No caso de Manaus, contabilizaram-se em 2015, 13.508 vagas de cumprimento da lei de cotas para pessoas com defi ciência, das quais somente 8.714 foram preenchidas, como pode ser observado nas tabelas acima. Em consequência, existe um défi cit de cumprimento da lei de cotas, estimado em 4.794 postos de trabalho que deveriam ser ocupados por pessoas com defi ciência. Destes números pode-se concluir sobre a enorme necessidade de serviços de Emprego Apoiado no município e no país.

Atividades do projeto1. Confeccionar os seguintes instrumentos: Instrumento de identifi cação de competências. Instrumento de evidências – portfolio. Instrumento de aconselhamento para técnicos

de Emprego Apoiado.

Instrumento para formação de domínios que se identifi quem com necessidade de formação complementar.

Folder, formulários em formato impresso e mídias diversas, produção de guia prático e criação de um blog, entre outros.

2. Capacitação de equipe de profi ssionais na meto-dologia do Emprego Apoiado.

3. Articulação de instituições públicas e privadas, assim como de serviços sociais de apoio à pessoa com defi ciência ou em situação de exclusão social.

Recursos, meios e necessidadesOs recursos necessários para a realização da pro-

posta apresentada serão solicitados a órgãos muni-cipais e estaduais. Para sua efetivação é necessária a formação de uma equipe de profi ssionais capacitados na metodologia do Emprego Apoiado, assim como re-cursos para a produção de material impresso e digital.

ParceriasSecretaria de Ação Social do estado e do município,

Secretaria de Estado da Pessoa com Defi ciência (SEPED/Am), Sistema Nacional de Emprego/Sine-Manaus, empresas do Polo Industrial de Manaus, ONGs, SESC, Senac, Comercio de Manaus e usuários do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), entre outros parceiros.

Trabalhadores com defi ciência com vínculo empregatício formal em Manaus , 2015

Tipo de de� ciência Masculino Feminino Total

Física 3.231 1.698 4.929Auditiva 1.024 618 1.642Visual 667 401 1.068Mental 173 99 272Múltipla 65 38 103Reabilitado 478 222 700

Total 5.638 3.076 8.714

Fonte: RAIS/MTE

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Este livro foi produzido com as tipologias: Myriad Pro, Montserrat e HP Simplified.Impresso em papel couchê fosco 115g (miolo) e couche fosco 220g (capa).