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Plano . MuniciPal de . eMergência de. Proteção. civil 2014 alenquer

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Plano.MuniciPal d e . e M e r g ê n c i a de.Proteção.civil

2014alenquer

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

INDÍCE

PARTE I – Enquadramento Geral do Plano Pág.

1. Introdução 1 2. Âmbito de aplicação 2 3. Objetivos gerais 3 4. Enquadramento geral

4.1. Lei de Bases de Proteção Civil 4 4.2. Sistema Integrado de Operações de Socorro – SIOPS 4 4.3. Enquadramento Institucional e Operacional da Proteção Civil

no âmbito municipal 5 4.3.1. Diretiva anexa à Resolução da Comissão Nacional de

Proteção Civil n.º 25/2008, de 18 de julho 6 5. Antecedentes do processo de planeamento 6 6. Articulação com instrumentos de planeamento e ordenamento do território 8 7. Ativação do Plano 8 7.1. Competência para ativação do plano 9 7.2. Critérios para ativação do plano 9 8. Programa de exercícios 10 9. Documentos em anexo

PARTE II – Organização da Resposta

1. Conceito de atuação 11 1.1 Comissões de Proteção Civil 18

2. Execução do Plano 20 2.1. Fase de Prevenção 20

2.2. Fase de Emergência 20 2.3. Fase de Reabilitação 23

3. Articulação e atuação de Agentes, Organismos e Entidades 23 3.1. Missão dos Agentes de Proteção Civil 24

3.1.1. Fase de Emergência 24 3.1.2. Fase de Reabilitação 27

3.2. Missão dos Organismos e Entidades de Apoio 29 3.2.1. Fase de Emergência 29

3.2.2. Fase de Reabilitação 30

PARTE III – Áreas de Intervenção

1. Administração de meios e recursos 32 2. Logística 37

2.1. Apoio logístico às forças de intervenção 39 2.2. Apoio logístico às populações 40

3. Comunicações 42 3.1. Meios de comunicação – via rádio do Município de Alenquer 44

3.2. Meios de comunicação – VCOC 45

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

INDÍCE

4. Gestão de Informação 45

4.1. Gestão da informação entre as entidades atuantes nas operações 45 4.1.1. Pontos de situação e perspetivas de evolução futura 45 4.1.2. Dados ambientais e sociais 48 4.1.3. Outras informações 48

4.2. Gestão da informação às entidades intervenientes do plano, nomeadamente entidades de apoio 49

4.3. Informação pública 50 4.3.1. Informação periódica aos órgãos de comunicação social 50 4.3.2. Avisos e informação pública por via sonora 51 4.3.3. Sinais de aviso na fase de emergência 52

5. Procedimentos de evacuação 52

6. Manutenção da ordem pública 55

7. Serviços médicos e transporte de vítimas 55

8. Socorro e salvamento 56

9. Serviços mortuários 58

10. Protocolos 59

PARTE IV – Informação complementar

Secção I 1. Organização geral da Proteção Civil em Portugal 60

1.1. Estrutura da Proteção Civil 61 1.2. Estrutura das Operações 64

2. Mecanismos da estrutura de Proteção Civil 67 2.1. Composição, convocação e competências da Comissão de

Proteção Civil 67 2.2. Critérios e âmbito para a declaração das situações de alerta,

Contingência ou calamidade 69 2.3. Sistema de monitorização, alerta e aviso 71

Secção II

1. Caraterização geral 73

1.1. Inserção regional do Concelho de Alenquer 73 1.2. Enquadramento Geográfico e Divisão Administrativa do Município 77

2. Caraterização física 79

2.1. Hipsometria 79 2.2. Declives 81 2.3. Exposições 83 2.4. Hidrografia 85 2.5. Caraterização climática 87

2.5.1. Rede climatológica 87 2.5.2. Temperatura 88 2.5.3. Precipitação e Humidade relativa 89 2.5.4. Classificação Climática 91 2.5.5. Ventos Dominantes 93

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer

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INDÍCE

2.6. Caraterização Sismológica 95 2.7. Caraterização do uso do solo 98

2.7.1. Ocupação do solo 98 2.7.2. Povoamentos florestais 101

2.8. Zonas especiais 103 2.8.1. Áreas protegidas, Rede Natura 2000 e Regime florestal 103 2.8.2. Instrumentos de gestão florestal 109

3. Caraterização socioeconómica 110 3.1. População ativa por setor de atividade 116 3.2. Dinâmica Demográfica 119

3.2.1. Caraterização demográfica Regional 119 3.2.2. Evolução demográfica Concelhia e densidade populacional 124 3.2.3. Estrutura etária e envelhecimento da população 134 3.2.4. Grau de instrução da população 144

4. Caraterização das infraestruturas 149 4.1. Rede rodoviária e ferroviária 149 4.2. Rede de combustíveis 150 4.3. Rede elétrica 151 4.4. Rede abastecimento de água 152 4.5. Agentes de Proteção Civil 153

5. Caraterização dos riscos 155 5.1. Análise do risco 155 5.2. Análise da vulnerabilidade 198 5.3. Estratégias de mitigação de riscos 205

6. Cenários 208 6.1. Cenários de Risco Sísmico 208 6.2. Cenários de Incêndio Florestal 217 6.3. Cenários de Cheias 220 6.4. Cenário de Acidente Industrial 224

7. Índice Cartografia 225 Anexo I – Quadros 226 Secção III 1. Inventário de Meios e Recursos – Quadros 231 2. Lista de contactos 255

Quadro Geral de Contatos CMPC 256 Quadro Geral de Contatos CMPC para efeitos Correspondência 257 Quadro Geral de Contatos 258

3. Modelos de relatórios e requisições 259 Modelo relatório 260 Relatório imediato de situação 261 Modelo requisição 262

4. Modelos de comunicados 263 5. Lista de controlo de atualizações do Plano 264 6. Lista de registo de exercícios do Plano 265

Lista registo de exercícios do Plano Municipal de Proteção Civil 266 7. Lista de distribuição do Plano 267 8. Legislação 268 9. Bibliografia 269 10. Glossário 270

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I . EnquadramEnto GEral.do.Plano d E . E m E r G ê n c I a

vila verde dos francos

Uf abrigadacabanas de torres

otaventosa

olhalvo

meca

Uf aldeia galegaaldeia gavinha

Uf ribafriapereiro

carnota

Uf carregadocadafais

Uf santo estêvãotriana

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 1

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

PARTE I – Enquadramento geral do Plano de Emergência

1. Introdução

Tipo de plano: Este Plano de Emergência é de âmbito Municipal e abrange todo o concelho de Alenquer com as suas 11 Freguesias, designadas por: União das freguesias de Alenquer (Triana e Santo Estêvão); União das freguesias de Abrigada e Cabanas de Torres; União das freguesias de Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha; União das freguesias de Carregado e Cadafais; União das freguesias de Ribafria e Pereiro de Palhacana; Freguesia de Meca; Freguesia Olhalvo; Freguesia de Ota; Freguesia de Carnota; Freguesia de Ventosa; Freguesia de Vila Verde dos Francos. Diretor do plano e seu substituto: Tem como Diretor o Senhor Presidente da Câmara Municipal e como substituto o Senhor Vice-Presidente. Razões para a revisão: Dado que o Plano existente em vigor foi aprovado no ano de 2009, e por necessitar de ajustes em conformidade com a atual realidade do concelho, verificou-se ser oportuno a presente Revisão para melhor servir a população deste município, bem como, prestar ajuda a outros municípios quando necessário, em conformidade com a Lei de Bases da Proteção Civil conjugada com a Diretiva constante da Resolução n.º 25/2008. O Serviço Municipal de Proteção Civil de Alenquer tem como objetivos fundamentais:

Prevenir os riscos coletivos e a ocorrência de acidente grave ou catástrofe dele resultante; Socorrer e assistir no território municipal, as pessoas e outros seres vivos em perigo, e proteger bens e valores ambientais e de elevado interesse público; Apoiar a reposição da normalidade da vida das pessoas afetadas por acidente grave ou catástrofe.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 2

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

O Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Alenquer (PME) tem ainda por objetivo, ser uma ferramenta que permita à Câmara Municipal aumentar os níveis de proteção dos cidadãos e do património, garantir a resposta oportuna no âmbito da proteção e socorro, ou seja, deve definir de que maneira as pessoas, os bens e o ambiente devem ser protegidos no caso de catástrofe ou acidente grave. No que respeita à identificação dos riscos, este Plano obteve o contributo do Plano Operacional Municipal (POM) e do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI), nomeadamente em toda a sua cartografia de risco de incêndio e rede viária de apoio ao combate. Outros riscos são identificados e trabalhados neste Plano, de modo que em termos operacionais se possa agir com celeridade e eficácia perante qualquer acidente. Cabe ao Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) articular com os outros serviços da Câmara Municipal, bem como, com os outros agentes de proteção civil e ainda outras entidades e organizações de apoio, todos os mecanismos e opções que este plano estabelece, no que diz respeito à missão, atuação e às atribuições de cada interveniente, nas fases de prevenção e preparação bem como nas fases de emergência e reabilitação. Assim sendo, face ao acionamento deste Plano, devem todos os intervenientes assumir as suas funções e agir tal como está definido e estabelecido em termos operacionais neste plano de emergência. Este Plano Municipal vai ser testado e atualizado sempre que se verifique necessário, dado que se pretende que esteja sempre de acordo com a realidade do concelho e com os meios disponíveis para o efeito.

2. Âmbito de aplicação

Este Plano de Emergência é de âmbito municipal. O SMPC elaborou o presente Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de acordo com a Resolução n.º 25/2008, emanada pela Comissão Nacional de Proteção Civil, que publicou a diretiva relativa aos critérios e normas técnicas para a elaboração e operacionalização de Planos de Emergência de Proteção Civil. Tendo em vista o planeamento de soluções de emergência, visando, a busca, o salvamento, a prestação de socorro e de assistência, bem como a evacuação, o alojamento e o abastecimento das populações do Concelho de Alenquer, os Planos de Emergência de Proteção Civil são documentos formais nos quais as autoridades de proteção civil definem as orientações relativamente ao modo de atuação dos vários organismos, serviços e estruturas a empenhar em operações de proteção civil.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 3

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Este plano pretende ser um instrumento para colmatar, prevenir e resolver situações decorrentes dos riscos analisados para o concelho de Alenquer, nomeadamente:

Risco sísmico;

Risco de cheias e inundações;

Risco de acidente industrial;

Riscos acidentes rodoviários;

Risco de colapso de estruturas;

Risco de deslizamentos;

Risco de Incêndios urbanos;

Risco de transporte mercadorias perigosas;

Risco de seca;

Este plano foi elaborado pelo SMPC, serviço municipal de protecção civil de Alenquer e coadjuvado pelo GTF, e será submetido à aprovação da CNPC.

3. Objetivos gerais

O Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do concelho de Alenquer, é uma ferramenta de trabalho organizacional e operacional quer para a Câmara Municipal quer para a CMPC e outros organismos de possível intervenção em caso de acidente grave ou catástrofe, tendo em vista minimizar os prejuízos e as perdas de vidas. O objetivo primordial do PME deste concelho consiste no seguinte:

Providenciar, através de uma resposta concertada, as condições e os meios indispensáveis à minimização dos efeitos adversos de um acidente grave ou catástrofe;

Coordenar as orientações relativamente ao modo de atuação dos vários organismos, serviços e estruturas a empenhar em operações de Proteção Civil;

Definir a unidade de direção, coordenação e comando das ações a desenvolver;

Dirigir e sistematizar as ações de apoio, promovendo uma maior eficácia e celeridade de intervenção das entidades intervenientes;

Inventariar os meios e recursos disponíveis para ocorrer a um acidente grave ou catástrofe;

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 4

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Minimizar a perda de vidas e bens, atenuar ou limitar os efeitos de acidentes graves ou catástrofes e restabelecer o mais rapidamente possível as condições mínimas de normalidade;

Assegurar a criação de condições favoráveis ao empenhamento rápido, eficiente e coordenado de todos os meios e recursos disponíveis num determinado território, sempre que a gravidade e dimensão das ocorrências assim o justifique;

Habilitar as entidades envolvidas no Plano a desenvolver o grau de preparação e prontidão necessária à gestão de acidentes graves ou catástrofes;

Promover a informação das populações através de ações de sensibilização, objetivando a sua preparação e interiorização de uma cultura de autoproteção e o envolvimento na estrutura de resposta à emergência.

4. Enquadramento legal

Os Planos de Emergência devem ser elaborados de acordo com a Resolução da Comissão Nacional de Protecção Civil n.º 25/2008 de 18 de julho, que estabelece as diretivas relacionadas com a definição dos critérios e normas técnicas sobre a elaboração e operacionalização de Planos de Emergência de Proteção Civil. O enquadramento legal deste plano foi definido pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, tendo por base a compilação legislativa da Proteção Civil 1ª edição 2008, destacando-se as mais relevantes:

4.1. Lei de Bases de Proteção Civil

Lei n.º 27/2006, de 3 de julho Em conformidade com o art.º 4 1 São objetivos fundamentais da Proteção Civil: a) Prevenir os riscos coletivos e a ocorrência de acidente grave ou de

catástrofe deles resultantes; b) Atenuar os riscos coletivos e limitar os seus efeitos no caso das ocorrências

descritas na alínea anterior; c) Socorrer e assistir as pessoas e outros seres vivos em perigo proteger bens

e valores culturais, ambientais e de elevado interesse público; d) Apoiar a reposição da normalidade da vida das pessoas em áreas afetadas

por acidente grave.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 5

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Em conformidade com o art.º 35 1- Compete ao Presidente da Câmara Municipal, no exercício de funções de responsável municipal da política de proteção civil, desencadear, na iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe, as ações de proteção civil de

prevenção, socorro, assistência e reabilitação adequadas em cada caso.

2- O presidente da Câmara Municipal é apoiado pelo serviço municipal civil e pelos restantes agentes de proteção civil de âmbito municipal.

4.2. Sistema Integrado de Operações de Socorro - SIOPS

Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de julho Determina o art.º 1 que: 1 - O Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro é o conjunto de estruturas, normas e procedimentos que asseguram que todos os agentes de proteção civil atuem, no plano operacional, articuladamente sob um comando único, sem prejuízo da respetiva dependência hierárquica e funcional.

2 - O SIOPS visa responder a situações de iminência ou de ocorrência de acidente grave ou catástrofe. 3 - O princípio do comando único assenta nas duas dimensões do sistema, o da coordenação institucional e a do comando operacional.

4.3. Enquadramento institucional e operacional da proteção civil no

âmbito municipal

Lei n.º 65/2007, de 12 de novembro Em consonância com o art.º 1 A presente lei define o enquadramento institucional e operacional da proteção civil no âmbito municipal, estabelece a organização dos serviços municipais de proteção civil e determina as competências do comandante operacional municipal em desenvolvimento da lei n.º 27/2006 de 03 de julho.

Estatui ainda o art.º 3 que: 1 – Em cada município existe uma Comissão Municipal de Proteção Civil assegura que todas as entidades e instituições de âmbito municipal imprescindíveis às operações de proteção e socorro, emergência e assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou catástrofe se articulem entre si, garantindo os meios considerados adequados à gestão da ocorrência em cada caso concreto.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 6

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Nesta conformidade estabelece o n.º 3 a) São competências das Comissões Municipais de Proteção Civil acionar a

elaboração do Plano Municipal de Emergência, remetê-lo para aprovação pela Comissão Nacional de Proteção Civil e acompanhar a sua execução;

c) Determinar o acionamento dos planos, quando tal se justifique; d) Garantir que as entidades e instituições que integram a CMPC acionem, ao

nível municipal, no âmbito da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios necessários ao desenvolvimento das ações de proteção civil.

e) Difundir comunicados e avisos às populações e às entidades e instituições, incluindo os órgãos de comunicação social.

4.3.1 Diretiva anexa à Resolução da Comissão Nacional de

Proteção Civil n.º 25/2008, de 18 de julho

Em conformidade com o previsto na alínea h) do n.º2 do artigo 36º. e no n.º1 do artigo 50º, ambos da Lei de Bases de Protecção Civil, compete à Comissão Nacional de Protecção Civil emanar as diretivas relativas à definição dos critérios e normas técnicas sobre a elaboração de Planos de Emergência.

Deste modo a Diretiva relativa aos critérios e normas técnicas para a elaboração e operacionalização de planos de Emergência de Proteção Civil, define como se devem elaborar os Planos Municipais de Emergência.

5. Antecedentes do processo de planeamento

O Plano Municipal de Emergência da Câmara Municipal de Alenquer, foi Revisto e Atualizado no ano de 2009, tendo aprovação da CNPC, em 14 de outubro de 2009. (cópia em anexo do ofício da ANPC comprovativo da Aprovação do Plano) O Plano de 2009 foi ativado na vertente da execução de exercício LIVEX em maio de 2014, por iniciativa do SMPC de Alenquer que permitiu testar as comunicações e triangulações dos vários Agentes de Proteção Civil do Município. Para a elaboração deste Plano, efetivou-se um conjunto de procedimentos e recolha de informação de variadíssimas vertentes. Numa primeira fase avaliou-se os riscos possíveis inerentes a acidentes graves ou catástrofes, dado o enquadramento geomorfológico, bem como o seu desenvolvimento em termos tecnológicos e demográficos.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Concluída essa avaliação, elaborou-se um inquérito destinado às juntas de freguesia do concelho de Alenquer, com múltiplas questões relacionadas com os diferentes tipos de riscos a determinar, nomeadamente riscos naturais, tecnológicos, ambientais assim como inventariar os vários meios, que em caso de acidente grave ou catástrofe poderão ter que ser acionados. Também neste inquérito procurámos avaliar os prováveis equipamentos para alojamento e realojamento, como instalações das juntas de freguesia, coletividades, sociedades, lares, IPSS, quarteis de bombeiros e recintos desportivos. Para além destes equipamentos inquirimos sobre áreas de abastecimento de água, nomeadamente, reservatórios, cisternas, charcos, e-tares, lagoas e piscinas. No que respeita aos géneros alimentares e medicamentos, solicitou este inquérito que fossem indicados locais, tais como: supermercados, minimercados, churrasqueiras, restaurantes, pronto-a-comer, cooperativas, talhos, peixarias, panificadoras, farmácias e para-farmácias. Foi igualmente efetuado um levantamento dos meios de socorro e suas acessibilidades, bem como os contatos a efetuar em caso de necessidade destes, relativamente a centros de saúde, clinicas privadas, médicos, psicólogos, enfermeiros, veterinários, corpos de bombeiros e cruz vermelha do Carregado. Analisados que foram os dados recolhidos das 11 juntas de freguesia, que atualmente compõem o município, elaboraram-se quadros sintetizados que reuniram toda a informação. Posteriormente identificadas as entidades definidas no art.º 39 da Lei n.º 27/2006 de 03 de julho, pertencentes à CMPC foram ainda convidadas outras instituições que se acharam pertinentes para efetivarem um apoio direto em caso de necessidade. O SMPC conta ainda com a colaboração do Gabinete Técnico Florestal (GTF), nos referidos planos que foram elaborados tendo por base o levantamento de meios e de estruturas que suportam a sua operacionalidade, bem como com o contributo prestado pelo Plano Diretor Municipal (PDM), relativamente à caracterização de toda a tipologia de solos de toda a área territorial do município, assim como toda a informação atualizada relativa aos censos realizados neste concelho no ano de 2011. Ainda como contributos bastante válidos, contou este Plano com a informação facultada pelos Planos PMDFCI e POM, nomeadamente nas seguintes cartas: Cartografia de base; Rede viária; Rede viária florestal; Rede hidrográfica, com as lagoas de acesso terrestre ou misto; Cartas do histórico de incêndios entre 2003 e 2013;

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Carta de declives; Carta de apoio ao combate; Carta de prioridades de defesa; Carta de vigilância e bacias de visão; Carta de vigilância móvel; Carta de setores de defesa; Carta dos pontos de água; Carta de perigosidade; Carta de 1ª intervenção; Carta de prioridades de defesa. No entanto, algumas destas cartas não se enquadram nos conteúdos exigidos para este PME, tendo-se optado por elaborar outras cartas necessárias, nomeadamente as referentes aos riscos.

De notar que o PME, esteve em discussão pública durante 30 dias, (de … de ……..de a …. de …. de 2014), nos termos da Lei ……… , fazendo o respetivo relatório parte integrante do presente Plano, tendo tido posteriormente parecer favorável da CMPC e da ANPC, do qual se anexa o referido parecer.

Aprovado que seja o referido Plano, em bom rigor, serão distribuídos em formato digital, a todos os agentes, organismos e entidades nele mencionados, assim como a entidades integrantes da CMPC a nível territorial, e ainda às autoridades de proteção civil das unidades administrativas adjacentes de nível similar. E logicamente à autoridade de proteção civil de nível territorial imediatamente superior e à ANPC.

6. Articulação com instrumentos de planeamento e

ordenamento do território

Na elaboração do presente Plano foi considerado bastante relevante a articulação dos referidos instrumentos (PMDFCI e POM (informação de natureza operacional)) e a revisão do PDM (informação técnica relativa à caraterização de riscos de deslizamento, e risco de cheia), tendo em conta a concentração populacional suscetível de serem afetadas pelos referidos riscos.

7. Ativação do Plano

Os PME’s são documentos formais de orientação relativamente ao modo de atuação dos vários organismos, serviços e estruturas, a empenhar em operações de proteção civil nos seus diversos níveis, sendo ativados mediante decisão da CMPC, desde que se verifique os prossupostos contextualizados de acidente grave ou catástrofe que ponham em risco pessoas, bens ou o ambiente.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 9

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

7.1. Competência para a ativação do Plano

Nos termos do n.º 2 do artigo 40º, conjugado com o n.º 2 do artigo 38º, da Lei de Bases de Protecção Civil, e tal como disposto no n.º 3 do artigo 3º da Lei n.º 65/2007, a competência para ativação do PME é da respetiva da CMPC. No entanto, dado que em situação de acidente grave ou catástrofe poderá ser difícil reunir em tempo útil o plenário da referida Comissão, nesta conformidade o presente Plano contempla a possibilidade desta comissão ser mais reduzida, podendo ser apenas constituída pelo COM, GNR e Comandantes dos Bombeiros, de forma a poder celerizar a ativação do Plano, tornando-o assim, mais eficaz e eficiente na vertente da minimização dos danos sofridos. Neste contexto estas comissões reúnem com o Senhor Presidente da Câmara e determinarão os procedimentos a seguir. Para ativar o PME, basta que, o senhor Presidente da Câmara reúna com o COM, GNR e os Comandantes dos Bombeiros, em representação da CMPC. Serão chamados a intervir os membros da CMPC que se verifiquem necessários, de acordo com o tipo de acidente ou risco em análise. O COM tendo conhecimento da situação de acidente e face ao tipo de risco, deve avaliar se a gravidade do mesmo é suscetível de atingir as pessoas e outros seres vivos, os bens ou o ambiente e de imediato informar o Senhor Presidente da Câmara e aconselhá-lo a reunir a CMPC. No entanto, imediatamente a seguir ao acionamento do mesmo, devem ser contatados os restantes delegados da CMPC que se considerem necessários de acordo com a tipologia do acidente em análise. (Através dos contatos definidos no Quadro de contatos em IV-III.2). A publicitação da ativação da CMPC ,será de imediato comunicada à rádio local (Rádio Voz de Alenquer), que colaborará na efetivação da convocatória de todos os membros e informará a população do motivo do acionamento do mesmo, da mesma forma, a referida rádio vai comunicando o ponto de situação do acidente grave ou catástrofe, bem como da desativação do mesmo quando pertinente.

7.2. Critérios para a ativação do plano

Alguns critérios:

Sismo com magnitude igual ou superior a 6,1 na escala de Richter ou de grau VIII na escala de Mercalli, dependendo da percentagem da área territorial afetada pelo acidente grave ou catástrofe;

Efeitos na população (número de mortos igual ou superior a 10, número de feridos superior a 20, bem como a existência de desalojados, desaparecidos ou isolados, etc.);

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Danos em bens e património (número de habitações danificadas superior a 4, edifícios indispensáveis às operações de proteção civil afetados, afetação de monumentos nacionais, etc.);

Cheia ou inundação que provoque danos em habitações e que obrigue à evacuação da população;

Danos nos serviços de infra-estruturas (suspensão do fornecimento de água superior a 1 dia, energia ou telecomunicações durante um período de tempo superior a 1 dia, etc.);

Incêndio florestal que coloque em perigo populações e habitações;

Acidente rodoviário com transporte de matérias perigosas que coloque em risco o trânsito e o ambiente, que obrigue ao corte de vias e a medidas preventivas de proteção do ambiente (descargas de matérias perigosas em aquíferos ou no solo, destruição de zonas florestais, libertação de matérias perigosas para a atmosfera, etc.);

Incêndio industrial que coloque em risco o ambiente, bem como a evacuação de pessoas, dependendo da localização da indústria, e da sua proximidade a aglomerados urbanos.

Esta tipificação de critérios não impede que a PME possa ser ativada em outras circunstâncias, de acordo com a ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe.

8. Programa de exercícios

Com a finalidade de testar a eficácia / eficiência da execução do presente Plano, perspetiva-se efetuar os seguintes exercícios que se enquadram na seguinte calendarização:

Maio de 2014 - simulacro de acidente rodoviário (objeto de sensibilizar a população e treino operacional dos vários Agentes de Proteção Civil) Novembro de 2014 - simulacro de sismo (local a definir) Março de 2015 - simulacro de incêndio urbano / industrial em instalações da Câmara Municipal de Alenquer (teste do Plano de Emergência interno)

Junho de 2015 - simulacro de cheias na aldeia da Merceana (evacuação e alojamento de populações, assim como corte de estradas e percursos alternativos).

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Plano Municipal de Emergência de Protecção civil do Concelho de Alenquer 1

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

9 – Documentos em

Anexo

Ofício da ANPC, ref.ª OF/11452/NPE/2012, de 25 de maio 2012

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I I .orGanIzação d a . r E s P o s t a

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 11

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

PARTE II – Organização da Resposta

1. Conceito de atuação

Em caso de acidente grave ou catástrofe a comunicação de perigo ou alerta é efetuada através do n.º 112 ou 117. Nesse caso, são os Bombeiros os primeiros a intervir e consoante a gravidade do acidente o COM, informa o Presidente da Câmara que convoca a CMPC na sua forma mais reduzida (Bombeiros, GNR) e decidem se ativam o PME. Em caso do alerta ser dado pela organização quer a nível distrital ou nacional é ativada a seguinte estrutura:

a) Esquema de organização e de atuação

CNOS - Comando Nacional Operacional de Socorro CDOS - Comando Distrital Operacional de Socorro CCOD - Centro de Coordenação Operacional Distrital CMPC - Comissão Municipal de Proteção Civil COM - Comandante Operacional Municipal SMPC - Serviço Municipal de Protecção Civil AHBV - Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários GNR - Guarda Nacional Republicana CFMTFA - Centro de Formação Militar e Treino da Força Aérea

CNOS

CDOS

CMPC Ativa o Plano de Emergência

Presidente, COM, Bombeiros, GNR

COM (SMPC)

A.H.B.V. Alenquer

A.H.B.V. Merceana

CFMTFA GNR

Outras entidades de apoio

CCOD

Agentes de Proteção Civil

CCON

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 12

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

b) Organização no teatro de operações – TO

Adjuntos do Comandante: Graduados, preferencialmente de comando, responsáveis por atividades que embora sendo importantes, não fazem parte da linha hierárquica da organização.

Comandante das Operações

de Socorro

Comandante de Planeamento

(célula Planeamento)

Comandante de Combate

(célula combate)

Comandante da Logística

(célula logística)

Meios e Recursos

Ponto da situação

Documentação

Desmobilização

Técnicos Especialistas

Zonas de Apoio

Setores (até 5)

Transportes Manutenção de

Equipamentos

Instalações

Abastecimentos

Alimentação

Combustíveis

Comunicações Rádio

ZCR

Adjunto Relações Públicas

Adjunto Segurança

Adjunto para a Ligação

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 13

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

b.1.) Funções dos intervenientes no teatro de operações - TO

Comandante Operações de Socorro o É o responsável pela operação. o Deve nomear os graduados de topo até à base.

(Só existe um COS em cada T.O)

Adjunto de Relações Públicas o Desenvolve um sistema preciso e completo de recolha de

informações sobre as causas da ocorrência, proporções, situação corrente, meios empenhados e todas as demais temáticas relacionadas.

o Contata a comunicação social e as entidades oficiais que solicitem informações em direto do TO.

Adjunto para a Segurança o Avalia os perigos e as situações de risco, tomando as

medidas necessárias à segurança individual dos bombeiros no TO.

o Detém autoridade para em caso de emergência, ordenar a paragem dos trabalhos, de modo a prevenir atos inseguros.

o Avalia as necessidades em apoio sanitário e recuperação física do pessoal, em conjunto com os técnicos especialistas de saúde.

Adjunto para a ligação o Desenvolve os contatos com os representantes de outras

entidades, incluindo, os técnicos destacados para apoio ao TO.

Comandante de Planeamento - Célula de Planeamento o Responsável:

Recolha, avaliação, processamento e difusão das informações;

Transmissão imediata das informações mais criticas; Com base nas informações tratadas deve prever o

possível sentido do desenvolvimento do acidente e identificar as necessidades envolvidas, bem como os meios e recursos necessários;

A gestão das informações é uma tarefa que se processa a tempo inteiro.

o Funções: Avaliar a estratégia em curso e planear as

operações; Manter as informações sobre a situação dos meios e

pessoal; Reavaliar e propor as alterações ao Plano de

Estratégico de Ação; Prever a necessidade de mais meios;

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 14

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Avaliar a organização do TO e a manutenção da capacidade de controlo;

Avaliar as prioridades táticas, fatores críticos específicos e a segurança individual;

Prever a necessidade de técnicos especializados; Planear a desmobilização dos meios; Manter todos os registos e documentos da operação.

Comandante de Combate - Célula de Combate o Responsável:

Pela gestão direta das atividades e prioridades táticas;

Pela segurança e bem-estar do pessoal diretamente ligado ao objetivo principal: “A supressão da ocorrência”

o Funções: Gerir as atividades táticas; Implementar o Plano Estratégico de Ação (PEA):

Colocar os meios no nível tático, com base nos objetivos e prioridades definidas;

Distribuir os objetivos táticos. Controlar as zonas de Apoio (ZA) Providenciar em relação à segurança individual; Determinar necessidades e requerer meios

adicionais.

Comandante de Logística - Célula para a Logística o Responsável:

Criação do quadro de meios ((na secção III da parte IV)-Quadro de meios no TO).

Apoia a organização no TO, nomeadamente no que respeita a:

Transportes

Instalações

Abastecimentos

Alimentação

Manutenção de equipamentos

Combustíveis

Comunicações via rádio

Apoio Sanitário

Zona de Concentração e Reserva (ZCR)

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 15

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

o Funções: Providenciar e gerir todas as necessidades em:

Abastecimentos e equipamentos;

Alimentação e abastecimentos similares;

Combustíveis e apoio Mecânico;

Apoio sanitário ao pessoal, incluindo, o necessário à sua recuperação física;

Obtenção de equipamento especializado e especialistas para o Posto de Comando Operacional de Bombeiros (PCOB).

C) Estratégia

Criar um Posto de Comando de Operações, definir a hierarquia para o T.O e elaborar um Plano de Ação.

Conduta de uma Operação

Tática

Ações Manobra - criação de grupos de manobra

Plano de Ação

Análise

Reconhecimento dos Cenários

Ponto de Situação

Estratégia

Resultados

Síntese

Objetivos

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 16

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Para se poder traçar um Plano de ação, é necessário fazer-se uma análise do acidente estabelecendo uma estratégia em face do ponto de situação detetado. Quer a nível de estratégia, quer a nível tático e de manobra, serão assegurados pelas respetivas células e comandantes logo que nomeados pelo COM.

A estratégia a adoptar deve ser delineada perante os diferentes TO e segundo os meios disponíveis em cada momento. Se os meios existentes não forem suficientes, deve ser comunicado ao CODIS e solicitar meios necessários.

Logo que estes meios cheguem ao Posto de Comando (PC) devem ser criados os setores com os respetivos comandantes, assim como grupos de manobra com os respetivos chefes.

Ainda nesta fase de estratégia deve o COM definir o Plano de Ação.

Para simplificar a ação e garantir o reconhecimento dos intervenientes num TO, é importante definir onde fica situado o PC, zona de sinistro, apoio, concentração e reserva, receção de reforços que são chamadas zonas de Intervenção.

Zonas de Intervenção ou de Emergência são:

Áreas circulares de amplitude variável;

Adaptadas às circunstâncias e à configuração do terreno;

Englobam zonas diferenciadas: Zonas do Sinistro; Zonas de Apoio; Zonas de Concentração e Reserva; Zonas de Receção de Reforços.

Zonas de Sinistro o Considerada como zona 0, é a superfície na qual se

desenvolve o acidente; o É a superfície onde se encontram exclusivamente os

meios necessários à intervenção direta; o Sob responsabilidade exclusiva do COS.

Zonas de Apoio o Considerada como zona 1, é uma zona adjacente à zona

do sinistro, de acesso condicionado; o Local onde se concentram os meios de apoio e logístico

estritamente necessários ao suporte dos meios de intervenção;

o Localização temporária de meios de intervenção para resposta imediata.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Zonas de Concentração e Reserva (ZCR) o Considerada como zona 2, é o local onde se localizam

meios e recursos disponíveis, sem missão imediata; o Local onde se mantém um sistema de apoio logístico e

assistência pré-hospitalar; o Concentrações e trocas de recursos solicitados pelo PO.

Zonas de Receção e Reforços (ZRR) o Local de controlo e apoio logístico, sob responsabilidade

do CODIS da área onde se desenvolve o sinistro; o Local para onde se dirigem os reforços, antes de entrarem

no TO; o Local onde se efetuam as rendições.

Uma vez definidas estas zonas, deve o COM assegurar-se de que todas tenham um elemento de ligação para comunicar com o PC, informando o ponto de situação sempre que solicitado. Esse ponto de situação deve ser feito momento a momento indicando:

nº de feridos ligeiros e graves

nº de mortos

Veículos que chegaram à ZCR

Quais os reforços a chegarem à ZRR

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

1.1 Comissões de Proteção Civil

Numa operação de emergência de proteção civil existem vários agentes que têm missões tarefas e responsabilidades específicas. Em caso de acidente grave ou catástrofe ao nível do município, cabe à CMPC mobilizar os agentes que a constitui, no sentido de cada um exercer a sua missão em articulação. Os membros da CMPC em caso de acidente grave ou catástrofe serão ativados, para o PO, de acordo com a tipologia do acidente.

A CMPC reunir-se-á nas instalações do SME, localizadas na Câmara Municipal de Alenquer, no Complexo do Barnabé, onde se encontram reunidas condições de espaço e de comunicações necessárias ao desempenho das suas funções. Em caso alternativo, e na eventualidade de um sismo, segundo os cenários previstos, a zona sul do concelho incluindo a vila de Alenquer será afetada, deste modo a CMPC terá de se reunir no quartel dos Bombeiros de Abrigada.

A CMPC de Alenquer tem as seguintes competências:

a) Acionar a elaboração, acompanhar a execução e remeter para aprovação

pela Comissão Nacional os Planos Municipais de Emergência;

b) Acompanhar as políticas diretamente ligadas ao sistema de proteção civil

que sejam desenvolvidas por agentes públicos;

c) Promover a realização de exercícios, simulacros ou treinos operacionais que

contribuam para a eficácia de todos os serviços intervenientes em ações de

proteção civil;

d) Determinar o acionamento dos Planos, quando tal se justifique.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 20

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

2. Execução do Plano

A organização geral das operações da proteção civil em caso de alerta de acidente grave ou de catástrofe decorre do tipo de acidente, do local em que ocorre e de quem dá o alerta.

2.1. Fase de Prevenção

Promover a sensibilização e informação das populações, de modo a que tenham conhecimento das medidas adotadas para prevenir ou minimizar os efeitos de acidente grave ou de catástrofe, bem como, em caso de se verificar uma ocorrência, a necessidade de acatar as ordens, instruções e conselhos das autoridades;

Proceder à inventariação dos meios e recursos disponíveis para fazer face às emergências, criando procedimentos para a sua rápida mobilização;

Promover as medidas preventivas destinadas à evacuação das populações que venham a necessitar, bem como às eventuais carências no que respeita a alojamento, alimentação e agasalho;

Realização de exercícios e simulacros, no âmbito da articulação e preparação dos agentes, entidades e organizações de apoio que intervêm no Plano Municipal de Emergência.

2.2 Fase de Emergência

Nesta fase temos como objetivos principais:

Identificar a intensidade do acidente, bem como a zona afetada

Saber o número inicial de feridos e mortos para determinar a ativação do PME, se necessário

Socorrer os feridos

Orientar os desalojados

Orientar o trânsito, criando faixas para as viaturas de socorro

Recolher os mortos

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 21

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Para qualquer situação poderemos descrever alguns pontos a desencadear em termos operacionais imediatamente logo após a ocorrência.

1. Identificar o tipo de risco do acidente; 2. Identificar a zona do sinistro; 3. Saber a intensidade da ocorrência; 4. Perspetivar o número de danos, quer ao nível da população quer em termos materiais; 5. Avaliar o meio que se possui ao nível do concelho; 6. Verificar se é necessário solicitar a colaboração de meios exteriores ao CODIS; 7. Criar um Posto de Comando de Operações, 8. Fazer o ponto de situação para saber se é necessário mais meios e informar o CODIS; 9. Informar o Presidente e a CMPC (COM, Bombeiros e GNR)

a. Ativar o PME 10. Solicitar VCOC para o local de sinistro 11. Definir a hierarquia para o TO 12. Nomear os três comandos principais e facultativamente dois adjuntos

a. Comandante Planeamento b. Comandante Combate c. Comandante Logística

13. Elaborar rapidamente um Plano de Ação em conjunto com esses comandos. 14. Definir setores segundo os TO’s 15. Definir grupos de manobra 16. Definir zonas de intervenção 17. Fazer o ponto de situação, sempre que se considere necessário para saber

se são necessários mais meios e informar CODIS.

Plano de Ação em termos operacionais Em caso de acidente grave ou de catástrofe a seguinte estrutura dos meios operacionais deve ser imediatamente ativada:

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 22

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

A cada entidade cabe uma determinada função já previamente estabelecida em exercícios de simulacro existentes. Face a um determinado acidente cabe ao COM definir as seguintes zonas e delinear uma estratégia de emergência

2. Definir Zona de Posto de Comando (ver carta de Postos de Comando na secção II parte

IV)

3. Definir Zona de Sinistro, ZS 4. Definir Zonas de Apoio, ZA 5. Definir Zonas de Concentração e Reserva, ZCR 6. Definir Zonas de Recepção de Reforços, ZRR 7. Definir Zonas de Intervenção, ZI 8. Definir Zona de Concentração e Apoio à População, ZCAP

COM

(Rodolfo Batista)

Convocar GNR

para Posto Comando

Comandante Combate

Deve criar os setores de acordo com as

ocorrências

Adjunto para a ligação

Setores Grupos de manobra

Setores Grupos de manobra

Setores Grupos de manobra

Definir ZCR e colocar lá VCOC

Receber dados da ZCR e do PCDIS,

registá-los e informar COM

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 23

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

2.3 Na fase de Reabilitação

Adotar as medidas de reabilitação necessárias à urgente normalização da vida das populações atingidas, procedendo ao rápido restabelecimento dos serviços públicos essenciais, nomeadamente o abastecimento de água, energia eléctrica e comunicações;

Promover a reunião das famílias atingidas e o regresso das populações, bens e animais deslocados à normalidade;

Promover a desobstrução e remoção dos destroços e obstáculos, de modo a restabelecer-se a circulação e evitar o perigo de desmoronamento;

Proceder à avaliação e quantificação dos danos pessoais e materiais e elaborar os respectivos relatórios, de acordo com a legislação aplicável.

3 Articulação e Atuação de Agentes, Organismos e Entidades

A articulação dos Agentes de Proteção Civil é importantíssima, na medida em que, uma boa comunicação entre os intervenientes numa fase de emergência, acelera todas as ações. Em termos operacionais a CMPC reduzida (COM, Representante dos Bombeiros e Representante da GNR) será a responsável pela articulação dos Agentes de Proteção Civil, no Posto Comando. No entanto, em função do tipo de ocorrência poderão ser ativadas outras entidades necessárias.

Presidente da Câmara

Missão, tarefas e responsabilidades

Presidir à CMPC

O SMPC depende exclusivamente deste.

É de sua responsabilidade declarar a situação de alerta de âmbito municipal e convocar a CMPC.

o O ato de declaração de alerta menciona expressamente:

A natureza do acontecimento que originou a situação declarada;

O âmbito temporal e territorial; A estrutura de coordenação e controlo de meios e

recursos a disponibilizar.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 24

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

COM - Comandante Operacional Municipal

Missão, tarefas e responsabilidades

Acompanhar permanentemente as operações de protecção e socorro que ocorram na área do concelho;

Promover a elaboração dos Planos prévios de intervenção com vista à articulação de meios face a cenários previsíveis;

Calendarizar reuniões periódicas de trabalho, sobre matérias de âmbito exclusivamente operacional, com os comandantes dos corpos de bombeiros;

Dar parecer sobre o material mais adequado à intervenção operacional;

Comparecer no local do sinistro sempre que as circunstâncias o aconselhem;

Assumir a coordenação das operações de socorro de âmbito municipal, nas situações previstas no PME, bem como quando a dimensão do sinistro requeira o emprego de meios de mais de um corpo de bombeiros.

3.1 Missão dos agentes de proteção civil

3.1.1 Fase de Emergência

1. Bombeiros Voluntários

Missão, tarefas e responsabilidades

o Prevenção e combate de incêndios; o O socorro às populações em caso de incêndios, inundações,

desabamentos e em todos os acidentes, assim como uma pronta ajuda de transporte de acidentados e doentes, incluindo a urgência pré-hospitalar, no âmbito do sistema integrado de emergência médica;

o Informar o COM dos sinistros e ocorrências, de acordo com o artº14 da Lei n.º 65/2007 de 12 de Novembro.

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2. GNR – Guarda Nacional Republicana

Missão, tarefas e responsabilidades (Lei n.º 63/2007, de 6 de novembro)

o Proteger, socorrer e auxiliar os cidadãos, defender e preservar os bens que se encontrem em situações de perigo, por causas provenientes da ação humana ou da natureza; o Isolamento de áreas; o Controle de tráfego rodoviário e restrições de circulação; o Deteção, investigação e prevenção das atividades criminosas; o Operações de segurança no teatro de operações e aberturas de corredores de emergência/evacuação.

3. CFMTFA - Centro de Formação Militar e Técnico da Força Aérea

Missão, tarefas e responsabilidades (Decreto Regulamentar n.º 18/93 e Decreto-Lei n.º 51/93 de 26 de fevereiro de 1993)

o Em caso de acidente grave, catástrofe ou calamidade a colaboração das forças armadas deve ser solicitada pelo Presidente da Câmara Municipal, diretamente ao Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, em conformidade com o delineado com o disposto na Lei de Bases da Protecção Civil onde se define que, a solicitação direta de colaboração ao comandante das unidades militares implantadas na área só poderá ser realizada “em caso de manifesta urgência”.

Formas de colaboração

o Estão disponíveis para colaborar em termos de alojamento, quer nas camaratas, quer pela montagem de tendas. o Através de apoio em pessoal não especializado, designadamente para o rescaldo de incêndios e a organização e montagem de acampamentos de emergência; o Através de apoio em pessoal especializado para reforço do pessoal civil, nomeadamente no campo da saúde; o Participando em ações de busca e de salvamento de pessoas e bens; o Mediante a disponibilização de meios de transporte; o Cooperando na reabilitação de infra estruturas danificadas;

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

o Através do fornecimento de alimentação, géneros alimentares, abastecimento de água e alojamento de emergência;

o Prestando auxílio no domínio da saúde, nomeadamente na hospitalização e evacuação de feridos e doentes;

o Efetuando reconhecimentos terrestres, aéreos e marítimos; o Prestando apoio em telecomunicações; o Cooperando em ações de salubridade das áreas de catástrofe; o Colaborando nos Planos de emergência elaborados aos diferentes

níveis, quer Nacional, Regional, Distrital e Municipal; o Colaborando na realização de exercício de simulação nos termos da

lei.

4. INEM - Instituto Nacional de Emergência Médica

Missão, tarefas e responsabilidades (Decreto-Lei n.º167/2003, de 29 de julho)

o Ordenar a atuação coordenada dos agentes de saúde nas situações de catástrofe ou calamidade, integrando a organização definida em Planos de emergência / catástrofe, nomeadamente na fase de emergência, de acordo com o definido também neste PME.

o Fazer a triagem e o encaminhamento de todos os feridos. o Essa triagem pode ser feita no PMA (posto médico avançado) e nos T.O.

5. Autoridade de saúde do município

Missão, tarefas e responsabilidades

o Ao delegado de saúde compete o encaminhamento dos mortos,

identificação e respetiva elaboração de listagem. o Gerir a instalação provisória dos mortos em instalações adequadas à

situação e ao número que se prevê.

6. Dirigente máximo da unidade de saúde local

Missão, tarefas e responsabilidades

o Ações de controlo ambiental, doenças, assim como a verificação da qualidade dos bens essenciais.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

7. Presidente da Sociedade Gestora do Estabelecimento Hospitalar Vila Franca de Xira

Missão, tarefas e responsabilidades

o Ativar e coordenar os meios médicos e os serviços de urgência de que

dispõem.

8. Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação do Carregado

Missão, tarefas e responsabilidades (Lei n.º 281/2007, de 7 de agosto)

o Busca e salvamento; o Colaboração na evacuação; o Socorro, assistência sanitária e social; o Montagem de tendas para Zonas de triagem, primeiros socorros e mortos; o Apoio na instalação de alojamentos temporários, bem como na montagem de postos de triagem; o Transporte de desalojados e ilesos; o Levantamento de feridos e cadáveres; o Apoio psicossocial o Distribuição de roupas, cobertores e alimentos às populações evacuadas.

3.1.2 Fase de Reabilitação

1. Cruz Vermelha Portuguesa - Carregado

Missão, tarefas e responsabilidades (Lei n.º 281/2007, de 7 de agosto)

o Apoio psicossocial o Distribuição de roupas, cobertores e alimentos às populações evacuadas.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

2. Autoridade de saúde do município

Missão, tarefas e responsabilidades

o Compete ao Delegado de Saúde o encaminhamento dos mortos, identificação e respetiva elaboração de listagem. o Gerir a instalação provisória dos mortos em instalações adequadas à situação e ao número que se prevê.

3. GNR – Guarda Nacional Republicana

Missão, tarefas e responsabilidades (Lei n.º 63/2007, de 6 de novembro)

o Proteger, socorrer e auxiliar os cidadãos, defender e preservar os bens que se encontrem em situações de perigo, por causas provenientes da

ação humana ou da natureza; o Controle de tráfego rodoviário e restrições de circulação; o Deteção, investigação e prevenção das atividades criminosas;

4. CFMTFA - Centro de Formação Militar e Técnico da Força Aérea

Missão, tarefas e responsabilidades (Decreto Regulamentar n.º 18/93 e Decreto-Lei n.º 51/93, de 26 de fevereiro de 1993)

o Operações de reabilitação de áreas afetadas por catástrofe ou calamidade, nomeadamente nas infra estruturas danificadas; o Intervêm no abastecimento de água às populações e no reforço das redes de comunicação.

Formas de colaboração

o Através do apoio em pessoal não especializado, designadamente para o rescaldo de incêndios e a organização e montagem de acampamentos de emergência; o Através do apoio em pessoal especializado para reforço do pessoal civil, nomeadamente no campo da saúde; o Participando em ações de busca e de salvamento de pessoas e bens; o Mediante a disponibilização de meios de transporte; o Cooperando na reabilitação de infra-estrutura danificadas; o Através do fornecimento de alimentação, géneros alimentares, abastecimento de água e alojamento de emergência;

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o Prestando auxílio no domínio da saúde, nomeadamente na hospitalização e evacuação de feridos e doentes; o Efetuando reconhecimentos terrestres, aéreos e marítimos; o Prestando apoio em telecomunicações; o Cooperando em ações de salubridade das áreas de catástrofes; o Colaborando nos Planos de emergência elaborados aos diferentes níveis, Nacional, Regional, Distrital e Municipal; o Colaborando na realização de exercício de simulação nos termos da lei.

3.2 Missão dos Organismos e Entidades de Apoio

3.2.1 Fase de Emergência

Serviço Municipal de Proteção Civil

o Avalia permanentemente os riscos e as vulnerabilidades; o Assegura a informação e a sensibilização das populações; o Promove as medidas preventivas de mitigação dos riscos; o Elabora e atualiza o PME; o Realiza exercícios com vista à preparação dos serviços, agentes de

proteção civil e demais entidades e organizações de apoio; o Assegura a coordenação de administração e logística; o Apoia a avaliação de dados e disponibiliza a informação sobre a

caraterização da situação.

Serviços de Segurança Social e Solidariedade

Missão, tarefas e responsabilidades

o Podem assegurar o alojamento.

Santa Casa da Misericórdia de Alenquer

Missão, tarefas e responsabilidades

o Assistência sanitária e social.

Santa Casa da Misericórdia de Aldeia Galega da Merceana

Missão, tarefas e responsabilidades

o Assistência sanitária e social.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 30

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Cooperativa Antena Rádio Local Voz de Alenquer

Missão, tarefas e responsabilidades

o Informa a população da situação de alerta, dado pelo Presidente da Câmara Municipal que é também o presidente da CMPC;

o Informa acerca das medidas de segurança a seguir pela população; o Servir de elo de informação para todos os comunicados que o SMPC

considerar necessários emitir. Esta Cooperativa dispõe de 3 geradores, que lhe permite assegurar a permanência no ar com a sua emissão, apesar de eventuais quebras de energia.

(Quadro de Geradores – referenciados no Inventário de Meios e Recursos)

3.2.2 Fase de Reabilitação

Cooperativa Antena Rádio Local Voz de Alenquer

Missão, tarefas e responsabilidades

o Informar a população que a Fase de Emergência se encontra concluída, passando à fase de Reabilitação;

o Informa acerca das medidas de segurança a seguir pela população; o Servir de elo de informação para todos os comunicados que o SMPC

considerar necessários emitir.

Águas de Alenquer, Águas do Oeste e EPAL

Missão, tarefas e responsabilidades

o Reabilitação do abastecimento de água, no que respeita à recuperação da rede de abastecimento, bem como o encerramento de válvulas, no caso de existirem ruturas na rede.

EDP - Eletricidade de Portugal

Missão, tarefas e responsabilidades

o Reabilitação da rede elétrica.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil

Missão, tarefas e responsabilidades o Análise de estruturas e vias danificadas, quanto à consolidação das

edificações afetadas ou atingidas.

Santa Casa da Misericórdia de Alenquer

Missão, tarefas e responsabilidades

o Assistência sanitária e social.

Santa Casa da Misericórdia de Aldeia Galega da Merceana

Missão, tarefas e responsabilidades o Assistência sanitária e social.

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I I I . á r E a sdE.IntErvEnção

vila verde dos francos

Uf abrigadacabanas de torres

otaventosa

olhalvo

meca

Uf aldeia galegaaldeia gavinha

Uf ribafriapereiro

carnota

Uf carregadocadafais

Uf santo estêvãotriana

b. v. merceanab. v. alenqUer

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 32

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

PARTE III – Áreas de Intervenção

1 . Administração de Meios e Recursos

Estrutura de coordenação:

O diagrama configurado delineia a estrutura de coordenação por parte do Sr. Presidente da Câmara Municipal, que tem a competência de convocar a CMPC, bem como os elementos da Autarquia cujas funções são determinantes, em termos de disponibilização dos meios necessários nas Fases de Emergência e Reabilitação. O COM tem as suas competências bem definidas no que respeita ao TO e à coordenação de todos os agentes de proteção civil.

Todo o pessoal do Serviço de Ação Social Coordena as

tarefas na ZCAP

CMPC Todos os

Delegados devem atuar de acordo

com as suas competências

SMPC (deve

coordenar a célula da Logística)

Interlocutor das Juntas de

Freguesias (Sr. José Honrado)

Convoca os Presidentes

Juntas

Chefe de Divisão de Contratação

Pública, em regime de

substituição (Dr.ª Ana Maria

Pereira)

Diretora do Departamento Administrativo

Financeiro (Dr.ª Ana Isabel

Brázia)

Diretor Do Departamento

Operativo (Dr. Joaquim

António) convoca:

COM (Rodolfo Batista) coordena todas

as operações dos agentes de

Proteção Civil

Presidente

da Câmara convoca:

Encarregado Geral Operacional (Sr. José Carlos)

Encarregado Operacional (Sr. José Artur)

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O Diretor do Departamento Operativo, Dr. Joaquim António, tem a função de convocar e coordenar os chefes da estrutura operacional, nomeadamente o Encarregado Geral Operacional, afeto à área de limpeza urbana, assim como o Encarregado Operacional, afeto ao setor dos transportes e motoristas. O SMPC, deve estabelecer a célula de logística com todos os elementos que a compõem, tal como está descrito nas páginas seguintes. Os delegados da CMPC, devem entrar em funções de imediato ativando todos os meios disponíveis em face da ocorrência em análise. A Cooperativa Antena Rádio Local Voz de Alenquer integra a CMPC, permitindo a possibilidade de emissão de uma comunicação tanto oportuna como imediata pertinente às necessidades e orientações consideradas relevantes, facultadas inicialmente de meia em meia hora, na Fase de Emergência, passando posteriormente de hora a hora, no início dos noticiários. Os trabalhadores afetos ao Serviço de Ação Social, desta Autarquia deve dar apoio na ZCAP, designadamente na avaliação dos bens necessários e solicitá-los à célula de logística. As Divisões de Aprovisionamento / Compras e Contabilidade, serão ativadas para integrarem a equipa de Logística, e coordenarem a gestão de bens e serviços que tenham que ser adquiridos a empresas ou que sejam doados. O interlocutor das Juntas de Freguesia, Sr. José Honrado, deve contatar os Presidentes das Juntas de Freguesia afetadas pelo acidente grave ou catástrofe, bem como os Presidentes das Juntas que podem colaborar com a disponibilização de meios e recursos, assim como entidades particulares que de alguma forma possam contribuir para menorizar os danos envolvidos. Entidades Intervenientes:

A Câmara Municipal compromete-se a ativar todos os meios de que dispõe, através da convocação de todos os colaboradores referidos anteriormente.

As Juntas de Freguesia, por intermédio dos respetivos Presidentes, comprometem-se a disponibilizar meios e recursos. (Quadro dos meios das Juntas de Freguesia)

Entidades Particulares previamente contatadas, compromissadas no âmbito deste projeto a envolverem-se no TO quando requisitadas para iniciativas de socorrismo, disponibilizando pessoas, meios e recursos de que dispõem afetos às suas estruturas.

(Quadro dos meios particulares na Parte IV, Secção III, com os custos/hora e respetivos contatos).

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Prioridades de Ação:

a) Determinada a área do acidente grave ou catástrofe, o número inicial de feridos e de mortos, e ativado o PME, o COM deve coordenar o TO, segundo o organograma da Parte II.

b) Executar a PME, segundo o que está definido para a Fase de Emergência (na Parte II.2 - Execução do Plano), nomeadamente definir as ZS, ZCR, ZCAP, ZA, ZI.

c) Criada a PMA do INEM, após a triagem, os feridos serão encaminhados para aos hospitais ou são socorridos logo no local, com a colaboração da Cruz Vermelha Portuguesa, em exercício na área do concelho.

d) Mapiadas as necessidades pelo COM e adjuntos de operações, o Presidente da Câmara convoca os elementos que se encontram no diagrama de coordenação acima descrito e convocam-se os motoristas e trabalhadores operacionais, dando o seu contributo quer no manuseamento de máquinas e outros meios de transporte, quer na remoção de destroços ou desimpedimento de vias, bem como no transporte de geradores e outras tarefas relacionadas.

e) Em caso de necessidade de alojamento, os mesmos deverão ser inventariados pela Cruz Vermelha Portuguesa, encaminhando-os e transportando-os para a ZCAP.

f) Na ZCAP o pessoal do serviço de ação social da Câmara deve providenciar todo o apoio necessário, nomeadamente solicitar à célula logística bens de primeira necessidade tais como, agasalhos, alimentos, água e outros que se julguem pertinentes.

g) As equipas E, F e G da célula de logística devem fazer chegar os bens solicitados.

h) Criadas as áreas da célula logística, o SMPC desencadeará contatos com os trabalhadores afetos à Divisão de Contabilidade, Aprovisionamento e Compras, de forma a controlarem todos os meios necessários quer por via de requisições ou donativos.

i) No caso dos equipamentos pertencentes ao património desta Autarquia não serem os suficientes, dever-se-á consultar os Quadros referentes aos equipamentos disponibilizáveis por entidades particulares e solicita-los, sendo os mesmos inventariados pela Divisão de Contabilidade, a fim de serem contabilizados os custos inerentes aos mesmos.

j) Os mortos serão colocados em áreas definidas pelo Delegado de Saúde, para o efeito.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Pessoal envolvido

o Os trabalhadores requisitados pertencentes aos quadros da Administração Pública serão remunerados pelos organismos a que pertencem.

o Os trabalhadores de outras Entidades e Organismos previstos na PME são remunerados por essas mesmas Entidades e Organismos.

o Os voluntários deverão, apresentar-se nos quarteis dos Bombeiros e nos locais de apoio da Cruz Vermelha Portuguesa, a fim de serem recenseados.

Finanças o A aquisição de bens e serviços será feita nos termos legais por

requisição da CMPC assim como a sua liquidação será efetuada pelo SMPC, de acordo com o estabelecido na Divisão de Contabilidade da Câmara Municipal de Alenquer.

o As despesas realizadas em operações de proteção civil são da responsabilidade das Entidades e Organismos envolvidos. Eventuais comparticipações serão determinadas de acordo com o que vier a ser estabelecido superiormente.

o Os subsídios e donativos, recebidos em numerário, com destino às Operações de Emergência, são canalizados para o SMPC que os enviará à Divisão de Contabilidade.

o As despesas resultantes da ativação do PME, no que respeita ao apoio às populações em risco, serão suportadas pela Autarquia, a qual poderá, através da CMPC solicitar o apoio da conta especial de emergência administrada pela ANPC.

o No caso de determinada área do Município ser declarada situação de calamidade, os auxílios serão concedidos de acordo com a legislação em vigor.

o Os bombeiros voluntários não assalariados pelos corpos de Bombeiros, poderão ser ressarcidos de alimentação durante o período em que estejam a prestar serviço, assim como indemnizados relativamente aos salários não auferidos por parte das entidades patronais, até ao montante igual caso assim o entendam, nos termos da legislação em vigor.

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Logística Alimentação, Alojamento, Agasalhos e medicamentos

o Alimentação e alojamento das Entidades e do pessoal dos Organismos intervenientes nas operações, estarão a cargo do SMPC.

o Alimentação, abrigos provisórios e agasalhos das populações evacuadas, quando necessário, serão da responsabilidade do SMPC, através das verbas disponibilizadas superiormente para o efeito.

o O grupo de Abastecimento e Armazém estabelecerá as normas de mobilização dos meios e recursos.

o A célula de logística constituída pelas várias equipas, procederá à receção e distribuição dos referidos itens supra mencionados.

Combustíveis e Lubrificantes

o Podem ser adquiridos em locais designados pelo SMPC ou em entidades e organismos intervenientes no mercado local, através de guia de fornecimento a liquidar, posteriormente, se necessário, mediante coordenação e controle do SMPC, promovendo a sua liquidação no caso em que não possam ser liquidadas por outras Entidades ou por verbas especialmente consagradas para o efeito.

o A equipa G – Gestão Combustíveis da Célula de Logística, estabelecerá os procedimentos para o abastecimento dos mesmos.

Manutenção e reparação de material

o As despesas efetuadas na manutenção e reparação de material ficarão a cargo dos utentes. Em caso de surgir despesas extraordinárias estas serão liquidadas pelo SMPC, através de verbas destinadas para o efeito.

Transportes

o Na Célula de Logística, a Equipa H – Gestão de Transportes requisita os meios necessários e estabelece as normas de mobilização.

Material Sanitário

o Material desta natureza será disponibilizado pelas entidades e organismos próprios intervenientes em acidentes graves ou catástrofes, podendo ainda ser constituídas nas instalações dos Centros de Saúde e das Forças de Socorro, postos de fornecimento de material sanitário através de requisições, devendo os pedidos dar entrada na CMPC.

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Serviços Técnicos o Serão estabelecidos programas de atuação dos serviços

técnicos no âmbito da reabilitação dos serviços mínimos essenciais.

2. Logística

Em caso de acidentes graves ou catástrofes que requeiram a ativação do PME, a célula de logística deve definir os meios que serão necessários para desencadear as tarefas mais prementes. Neste contexto encontram-se disponíveis os contactos e meios quer de entidades privadas, das Juntas de Freguesia ou do próprio município, mencionados no IV-III-1 e IV-III-2 – Quadros 2.1.1, 2.1.2 e 2.1.3. Para a requisição de bens e serviços, usar-se-á um documento adequado para o efeito (Parte IV, secção III - Modelos de relatórios e requisições), o original para a Contabilidade, o duplicado para o fornecedor e um triplicado na célula de logística para que posteriormente se possa analisar os custos inerentes.

Estrutura de coordenação da Célula Logística

Equipa – I

Gestão

Materiais

operacionais

(geradores,

etc)

Equipa - H

Gestão

Meios

Transportes

Equipa - G

Gestão

combustíveis

Equipa - D

Receção

e distribuição

medicamentosEquipa - F

Distribuição

de agasalhos

e vestuário

Equipa - E

Receção

de agasalhos

e vestuário

Equipa - A

Receção

de bens

alimentares

Equipa - B

distribuição

de bens

Intervenientes

no socorro

Equipa - C

Distribuição

bens

alimentares

população

Responsável

pela

Documentação

(requisições

e faturas)

Célula

Logística

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 38

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Célula Logística

Equipa – A Receção de bens alimentares Tem por tarefa a receção de bens alimentares e organizá-los em termos de armazenagem.

Equipa – B Distribuição de bens intervenientes no socorro Distribuir os bens alimentares às equipas intervenientes nas operações de socorro.

Equipa – C Distribuição de bens alimentares às populações Tem como tarefa a distribuição de bens alimentares às populações evacuadas e que se encontram nas zonas de alojamento.

Equipa – D Receção e distribuição de medicamentos Recebe e distribui os medicamentos. Será uma equipa especializada, provavelmente da Cruz Vermelha Portuguesa em exercício no concelho, voluntários de enfermagem ou da área da saúde.

Equipa – E Receção de agasalhos e vestuário Recolhe e armazena de forma organizada os agasalhos e vestuários que forem doados por instituições como, Cruz Vermelha Portuguesa, Caritas, Misericórdias, exército e outras entidades.

Equipa – F Distribuição de agasalhos Labora em parceria com a equipa E, de forma a poder distribuir os agasalhos e vestuários às populações afetadas que se encontrem nas zonas de alojamento e/ou nas zonas de primeiros socorros.

Equipa – G Gestão de combustíveis Elabora em documento próprio a requisição de combustível (da secção III da Parte IV), e conduz os meios para a zona de abastecimento (instalações da CMA, situadas no Complexo do Barnabé).

Equipa – H Gestão de meios de transportes Deve contatar os meios necessários, nomeadamente os da Câmara Municipal, Juntas de Freguesia e das entidades particulares, para transporte de evacuados e ou outros meios que sejam solicitados pelo PC. (Anexo I – Quadros)

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Equipa – I Gestão de materiais operacionais Requisita meios materiais operacionais, como geradores, bombas de extração de água, ou outros equipamentos que sejam solicitados pelo PCO. (Quadros 2.1.4.1 e 2.1.4.2 - Parte IV, secção III).

Responsável pela documentação Dr.ª Ana Isabel Brázia – Departamento Administrativo e Financeiro

Organiza o desempenho de outras duas pessoas que irão tratar de toda a burocracia do processo, no que respeita às requisições e receção de faturas, mesmo na fase de reabilitação. Findo o período de emergência e de reabilitação, estes documentos devem constituir um processo e ser entregues à Câmara Municipal de Alenquer bem como à ANPC, de modo a que se avaliem os custos e os encargos a ser suportados quer pela autarquia, quer pelo Estado.

2.1. Apoio logístico às forças de intervenção

Estrutura de coordenação:

Enquadrados nesta estrutura os agentes de proteção civil, serão coordenados pelo COM e seus adjuntos.

Numa primeira fase serão conduzidos à ZCR e posteriormente enviados para os vários cenários segundo o acidente grave ou catástrofe.

Fase de Emergência As forças de intervenção nomeadamente os agentes de proteção civil e outras entidades que venham a comparecer no TO, têm assegurado as questões de bens alimentares pela equipa de distribuição de bens aos intervenientes. (Quadro 2.1.7 - Parte IV, secção III)

Quanto aos combustíveis, manutenção e reparação de equipamentos, transportes, material sanitário, material de mortuária e outros artigos essenciais à prossecução das missões de socorro, salvamento e assistência, a Câmara Municipal assume a responsabilidade dos custos, bem como o fornecimento dos bens que possua. Caso esta Autarquia não tenha capacidade para o fornecimento dos supra mencionados, recorrer-se-á aos meios privados. (Quadro 2.1.3 - Parte IV, secção III).

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 40

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Fase de Reabilitação È da responsabilidade da Câmara Municipal dar apoio logístico ao pessoal das redes e serviços técnicos essenciais, nomeadamente energia elétrica, gás, água, telefones e saneamento básico, de forma a que todos estes serviços fiquem restabelecidos o mais célere possível (Quadro 2.1.9 - Parte IV, secção III).

Prioridades de ação:

O PMA sendo a Zona prioritária para onde convergem os feridos, deve ser abastecida de medicamentos e material de socorro, sendo responsabilidade da equipa D.

O pessoal do PMA, Bombeiros, Forças de Segurança e GNR receberão alimentação no horário compreendido entre 12h00-14h00 e das 19h00-21h00, providenciando-se reforçado às 3h00, 8h00 e 17h00.

2.2. Apoio logístico às populações

O presente Plano contempla os locais definidos para alojar temporariamente em caso de calamidade consoante as áreas afetadas por acidentes: Numa primeira fase, em matéria de alojamento são os quartéis dos bombeiros deste concelho sitos em Alenquer, Olhalvo, Abrigada, Merceana, os centros de acolhimento pelo fato de possuírem pavilhões de grandes dimensões equipados com WC’s, duches e espaços de parqueamento para viaturas de resgate. Possui ainda SMPC a possibilidade de utilizar as instalações da Câmara Municipal de Alenquer, situadas no Complexo do Barnabé, por reunir condições de logística relacionadas com a receção de mercadorias.

Os quartéis dos bombeiros, reúnem condições para a realização de reuniões de controlo dos residentes para efetuar despistes de eventuais desaparecidos.

Adicionalmente no âmbito do acolhimento, dispõem ainda o SMPC as edificações afetas às coletividades do município, caraterizadas com a possibilidade de dormidas, alimentação e higiene pessoal, assim como pavilhões desportivos equipados com duches e Wc’s, e alguns campos de futebol com a possibilidade de montagem de tendas e aterragem de meios aéreos. (Quadro 2.1.5 – Alojamentos).

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Na fase de emergência, o alojamento da população desalojada estará a cargo das forças militares e dos meios de socorro e salvamento, sendo da responsabilidade da Cruz Vermelha trabalhar em conjunto com as equipas A, B, C, D, F e E descritas na célula de logística.

Na vertente de apoio médico sanitário estão definidos os contatos dos centros de saúde, médicos, enfermeiros e entidades privadas que poderão dar o seu contributo como meio de salvamento e prestação de primeiros socorros. (Quadro 2.1.8 - parte IV, secção III I)

Estrutura de coordenação:

Na célula de Logística, caraterizada pelas equipas A, B, C e D, recebem os bens para apoio às populações, e a equipa D e F promove a distribuição para as ZCAP.

A distribuição destes, será efetuada pelos motoristas e os respetivos transportes serão assegurados pela Câmara ou mesmo pelas entidades que disponibilizem os bens.

Em caso de interrupção do fornecimento de água, os autotanques dos bombeiros asseguram o seu abastecimento.

Entidades intervenientes:

O serviço de ação social da Câmara Municipal de Alenquer terá a função de coordenar os meios que são necessários na ZCAP.

Particulares que disponibilizam bens alimentares, como supermercados, mercearias, talhos, padarias, etc.

Prioridades de ação:

Crianças e idosos, bem como os equipamentos onde estes dois grupos etários se inserem, nomeadamente infantários, escolas, lares e centros de dia, tendo a especial preocupação com a alimentação, roupas, agasalhos e medicamentos, bem como as condições sanitárias.

Em matéria de logística deve-se providenciar não só a alimentação em que se privilegia a inclusão de leite e papas, assim como fraldas quer para crianças, quer para adultos e outros bens de primeira necessidade.

No âmbito dos agasalhos, cobertores e colchões, devem ser supridos e enviados para a ZCAP.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 42

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

3. Comunicações

Estrutura de coordenação:

Em caso de acidente grave ou catástrofe, é da responsabilidade do adjunto de relações públicas nomeado pelo COM no PC, cabendo-lhe informar o Presidente da Câmara do decorrer da evolução da situação, e reunir com os órgãos de informação para que os comunicados possam ser emitidos.

Entidades intervenientes:

No processo de comunicações, a rádio local tem um papel determinante, porque através dos meios que dispõem, lhes é permitido informar a população em tempo útil e no local do sinistro.

As Juntas de Freguesias, por intermédio dos seus Presidentes e utilizando viaturas com megafones, informaram a população das ocorrências

A comunicação social ao nível Nacional, serão informadas dos vários comunicados emitidos pelo CDOS.

Prioridades de Acão:

Na eventualidade da ocorrência ser em período diurno, a prioridade é informar os responsáveis das entidades que albergam crianças e idosos, nomeadamente os agrupamentos de escolas, infantários e lares.

Seguidamente informar toda a população, através de comunicados, dos locais para onde se devem dirigir para serem socorridos e alojados.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 43

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

O sistema de comunicações de instrução e de coordenação respeitam um circuito que está definido no plano de comunicações que se segue:

Plano de comunicações:

CMA - canal municipal

1

MA - meios aéreos - canal

nacional

2

4

CMA - canal municipal

M - canais

de manobra M –

canais de

manobra - carros bra - carros

M - canais

de manobra - carros

M - canais

de manobra - carros

M - canais

de manobra - carros

PC - canal nacional

M - canais

de manobra - carros

1 2 3 5 6

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 44

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Plano de frequências da Proteção Civil:

Estação

Repetidor

Canal

Frequência (MHz)

TX

RX

CDOS Lisboa

Montejunto 114 1688875 1734875

3.1. Meios de comunicação - via Rádio do Município de Alenquer

Entidade

Número rádios

Banda Alta

Base

Portátil

Móveis

CMA

2

2

3

AHBV - Alenquer

1

10

4

AHBV - Merceana

2

8

5

Cruz Vermelha

1

2

----

É competência do Comandante das operações de socorro estabelecer o plano de comunicações para cada TO. E de acordo com os carros de comando operacional que sejam disponibilizados pela ANPC e pelo CDOS.

Assim, dependendo do tipo de sinistro e do local do mesmo, ter-se-á um plano de comunicação para cada situação e definir-se-á uma zona de sinistro, de apoio e de concentração e reserva.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 45

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3.2 Meios de comunicação - VCOC

Os carros VCOC são o veículo comando operacional de comunicações e podem prestar ajuda ao nosso concelho permitindo a criação de PC. Existem 3 VCOC: B.V. Torres Vedras, B.V. Mafra e o VCOC da ANPC, todos equipados com os meios de comunicação essenciais para um acidente grave ou catástrofe.

O sistema de comunicações do PME utiliza os meios de comunicação das redes telefónicas, serviço de Fax e radiocomunicações do Sistema Nacional de Telecomunicações de Proteção Civil. Utilizar-se-á a rede fixa da Portugal Telecom, redes móveis da Vodafone, TMN ou Optimus bem como a rede rádio da SMPC, Corpo de Bombeiros e canais privados. As forças intervenientes utilizam os meios próprios de telecomunicações.

4. Gestão da Informação

4.1. Gestão de informação entre as entidades atuantes nas operações

Em caso de acidente grave o esquema de informação a implementar é coordenado pelo Adjunto de comunicação, que deve proporcionar uma comunicação rápida e eficiente entre os agentes de proteção civil e o COM. Todos os intervenientes no TO na fase de emergência serão contatados pelos respetivos canais de comunicação (esquema das páginas anteriores) e/ou pelos contatos telefónicos. (Quadro de Contatos - Parte IV - secção III)

4.1.1. Pontos de situação e perspetivas de evolução futura

No TO e de acordo com o local e tipo de sinistro é montado um PC com um veículo de comunicações equipado para o efeito, sendo da sua competência acompanhar ao detalhe a ocorrência e perspetivar cenários futuros em face das condições e variáveis em análise. É também o PC que informa os agentes de Proteção Civil e que lhes dá diretrizes para onde se devem deslocar, segundo a evolução da situação. Para tal os comandos de todas as forças intervenientes devem estar no PC junto do COM e do Adjunto de comunicação.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 46

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Deve-se informar os agentes de Proteção Civil atuantes dos seguintes pontos:

a) Área afetada b) Estradas intransitáveis e alternativas c) Estimativa de número de pessoas afetadas d) Tipo de população afetada em termos etários, se existem lares,

infantários e escolas ou equipamentos desportivos e/ou culturais e) Meteorologia: intensidade do vento e sua direção, temperatura e

previsões para as próximas horas f) Quais os hospitais que vão receber os feridos g) Zonas de alojamento temporário de população desalojada ZCAP h) Zonas de colocação dos mortos i) Zonas de montagens de tendas para primeiros socorros - PMA j) Zonas de aterragem de meios aéreos k) ZCR - Zona de Concentração e Reserva l) ZA - Zona de Apoio

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 47

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Instruções de coordenação

Procedimentos

Instruções de coordenação

Destinatários

Chamar CDOS

COM Alenquer chama CDOS

Informa coordenadas Posto Comando e ZCR

Solicita VPCC

CDOS

Coordenar ação GNR

Interdita área de sinistro

Coloca meios no TO……

Interdita a via……………..

Protege a área de intervenção

Baliza Posto de Comando

Baliza PMA

Condiciona vias de acesso à ZS apenas a meios de socorro.

GNR

Coordenar ação

GNR/GIPS

Coloca equipa binómio deteção no TO…..

Intervém no TO

GNR/GIPS

Coordenação ação do

INEM

Apresenta comando no PC

Monta PMA em ………..

Coloca uma equipa em cada TO

Reporta feridos ao PC

INEM

Coordenação ação Cruz Vermelha Portuguesa

Apresenta comando no PC

Monta PMA em ……..

Reporta feridos ao INEM e PC

Cruz Vermelha Portuguesa

Coordenação da ZCR

Todos os comandantes dos meios exteriores apresentam-se no PC

Informa meios que tem

Envia (veículo……) para TO

ZCR

Coordenação ação membros SMPC

Conduz esta equipa ao TO….

Aponta todas as comunicações do COM

Verifica se a logística já enviou alimentação

Distribui ração de combate pelos agentes, nos TO e nas ZI

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 48

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Entidades intervenientes:

A gestão de toda esta informação é feita com a coordenação do adjunto de comunicação e com a colaboração de um membro do SMPC, que poderão fazer o elo de ligação entre o PC (adjunto de comunicação) e as entidades exteriores intervenientes, nomeadamente as rádios e jornais, bem como com entidades privadas que precisem ser contatadas.

4.1.2. Dados ambientais e sociais

Em termos ambientais existem fatores que podem ser decisivos para o ponto de situação e para perspetivas de evolução futura. As entidades atuantes nas operações devem ter acesso a informação relativa:

o Estado do tempo – meteorologia (http://www.meteo.pt/pt) o Estado e direção do vento o Medidas dos caudais dos rios através do sistema de medição

do SNIRH – www.snirh.pt o O estado das marés

Socialmente as entidades atuantes nas operações devem ser informadas de quais os grupos etários que se encontram nas zonas atingidas pelo acidente grave ou catástrofe.

o Equipamentos sociais com idosos o Equipamentos escolares/creches com crianças o Equipamentos desportivos (pavilhões, piscinas, campos

desportivos ou outros) o Equipamentos culturais (cinema, teatro, etc…) o Se existem pessoas com dificuldades de locomoção

4.1.3. Outras informações

Poderão surgir informações de outra abrangência que sejam importantes e relevantes para as entidades atuantes, tais como

o Saber se os concelhos limítrofes também estão a ser atingidos o Quais as outras entidades congéneres que estão no terreno das

operações

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 49

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

4.2. Gestão da informação às entidades intervenientes do Plano, nomeadamente entidades de apoio

Na fase de reabilitação após a fase de emergência, outras entidades entram em ação no TO, tais como a Cruz Vermelha Portuguesa, Forças Armadas, EDP, REN, operadores de Tele comunicações, abastecimento de águas, EP- Estradas de Portugal e outras que se julguem pertinentes, em dar o seu contributo para o restabelecimento das condições mínimas a recuperar estando estas em contato constante com o PC. Por esta razão estas entidades devem ser informadas pelo PC, acerca de algumas questões que podem ser vitais na sua atuação:

Ponto de situação de acordo com o incidente que tenha ocorrido, se existe área de restrição

Zona definida para realojamento ZCAP

Zona definida para primeiros socorros - PMA

Quais as entidades que fornecem bens alimentares (Quadro 2.1.7 - Parte IV, secção III)

Zona definida para recolha de alimentos e agasalhos

Locais de abastecimento de água (Quadro 2.1.6 - Parte IV, secção III)

Estradas intransitáveis para limpar os destroços

Estradas a reconstruir pela sua importância

Áreas habitacionais sem abastecimento de água

Restabelecer a Luz - EDP

Restabelecer o saneamento

Restabelecer comunicações telefónicas

Instruções de coordenação:

Procedimentos

Instruções de coordenação

Destinatários

Coordenar Segurança Social

Informar superiormente o n.º … de desalojados

Intervir na ZCAP

Segurança Social

Coordenar Abastecimento de água

Verificar a existência de roturas na área de sinistro

ADA-Águas de Alenquer, EPAL e/ou Águas do

Oeste

Coordenar ação entre EDP e REN

Verificar as áreas afetadas com interrupção de energia São: …………….

EDP e REN

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 50

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

4.3. Informação Pública

Nesta vertente a população deverá ser informada de imediato em caso de acidente grave ou catástrofe, e consoante o tipo de acidente, de modo a que possa agir em conformidade com as diretrizes delineadas pelas autoridades, bem como conhecerem as medidas mais eficazes de autoproteção convenientes em face do cenário detetado. Inicialmente a informação deverá ser facultada de meia em meia hora, de modo a evitar o caos, sendo que gradualmente e em face do posicionamento dos meios enquadrados na fase de emergência será facultada informação hora a hora no início dos noticiários.

4.3.1. Informação periódica aos órgãos de comunicação social 1ª FASE É a Célula de Comunicação que coordena toda a informação, em qualquer tipologia de acidente veiculando a mesma através da rádio local, rádios nacionais e TV, caraterizando os mesmos relativamente aos seguintes fatores:

Tipo de acidente

Grau de gravidade

Intensidade

Quais as zonas abrangidas

Pedir às populações para não entrarem em pânico e tranquilizando-as informando que com a celeridade possível será dada toda a informação pertinente de acordo com o desenrolar dos vários cenários

2ª FASE Os órgãos de informação deverão ser informados pelo PC relativamente às seguintes indicações:

Ponto de situação

Perspetivas a considerar nomeadamente quanto a possíveis réplicas, indicadores da probabilidade do índice caudal, coordenadas dos ventos, etc.

Indicações específicas à população relativamente ao seu comportamento:

o Zonas definidas para realojamento temporário o Zonas a evacuar o Zonas definidas para prestar primeiros socorros em feridos

ligeiros o Estradas intransitáveis e suas alternativas o Medidas de autoproteção que devem seguir

Esta informação deverá continuamente atualizada em face do surgimento de novos dados, de forma que a população possa sensibilizada para as indicações que gradualmente forem fornecidas.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 51

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

3ª FASE Na Fase de reabilitação são os órgãos de comunicação social que divulgarão procedimentos adequados ao cenário constatável:

o Zonas de abastecimento de bens alimentares o Zonas de abastecimento de água o Zonas de apoio da Cruz Vermelha Portuguesa o Locais de logística onde podem procurar familiares referenciados, assim como consulta de listas. o Estradas recuperadas e transitáveis

4.3.2. Avisos e informação pública via sonora Os avisos sonoros devem ser emitidos por carros munidos de megafones das Forças Armadas, Bombeiros e GNR. Em caso de Acidentes industriais

o Medidas de autoproteção o Cumprimento de regras de segurança interna o Não saírem para a via pública e encerrarem janelas e portas o Em caso de sintomas nomeadamente, vómitos, irritação ocular ou

dificuldade respiratória, ligar para a emergência médica n.º 112 o Ligarem os rádios e ouvirem as indicações das autoridades o Manterem-se calmas e serenas

Em caso de Sismo

o Desligar a eletricidade e gás o Afastar das janelas, móveis, colocando-se debaixo de mesas ou

vãos de portas o Munirem-se do Kit emergência (lanterna, rádio com pilhas, alguns

cereais, água, velas e isqueiro) e dirijam-se a um abrigo o Indicação de zonas de abrigo ou acolhimento, com indicações

dos mesmos mantendo a calma possível o Afastamento de prédios altos o Zonas de realojamento o Zonas de prestação de primeiros socorros o Zonas de abastecimento

Em caso de Incêndio

o Desligar a eletricidade e gás o Fechar janelas e portas o Evacuação da área e locais de refugio o Estradas intransitáveis e respetivas alternativas

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 52

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

4.3.3. Sinais de aviso na fase de emergência

Frequência da Cooperativa Antena Rádio Local Voz de Alenquer emite os comunicados difundidos pelo CCO, os alertas e apelos que a célula de comunicação mande divulgar.

Na fase de emergência os avisos à população serão feitos através dos meios de comunicação social, tal como definido anteriormente.

5. Procedimentos de evacuação

Face a um acidente grave ou catástrofe o COM, uma vez identificada a área do sinistro deve reunir com os agentes de proteção civil responsáveis pela segurança e ordem, coordenando os procedimentos a serem realizados. Em geral, a evacuação é proposta pelo COM e validada pela autoridade política de Proteção Civil. A tarefa de orientação, evacuação e a movimentação das populações, quer seja de áreas, de localidades ou de edificações, deve ser da responsabilidade das forças de segurança. A evacuação será feita para as ZCAP, que são as Zonas de Concentração e Apoio à População, que segundo o risco e cada cenário, têm posições diversas. Assim, temos:

Em caso de Risco Sísmico, como os estudos apontam para a probabilidade de uma maior área afetada nas seguintes freguesias: União das freguesias de Alenquer (Santo Estêvão e Triana) e União das freguesias de Carregado e Cadafais, prevê-se que a evacuação será feita para a ZCAP situada no Centro de Formação Militar Técnico da Força Aérea da Ota.

Declarado o cenário de Cheias temos o seguinte quadro com as ZCAP’s, em função da área afetada:

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 53

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Mapa de Localidades que poderão ser afetadas pelas zonas inundáveis

Freguesia Localidades ZCAP

União das Freguesias de Abrigada e Cabanas de Torres

Eiras

Estribeiros

S.F.U.P.A. - Abrigada

Centro Mariápolis da Cidadela Arco-Irís em Abrigada

Quartel dos Bombeiros 3.ª seção - Abrigada

Sport Clube do Estribeiro

Etc…

União das Freguesias de Aldeia Galega Merceana e

Aldeia Gavinha

Merceana

Arneiro

Barbas

Aldeia Galega

Montegil

Aldeia Gavinha

Quartel dos Bombeiros Voluntários da Merceana

Centro Cultural Recreativo da Coletividade do Paiol

Centro Recreativo da Coletividade de Montegil

Etc…

Freguesia de Meca

Bogarréus

Casais da Ribeira

Casais da Ramalheira

Estalagem

Espiçandeira

Instalações da Junta de Freguesia de Meca

Freguesia de Olhalvo

Olhalvo

Cruzeiro

Pousa

Sociedade Filarmónica Olhalvense

Centro Cultural e Desportivo de Penafirme da Mata

Quartel dos Bombeiros 2.ª seção – Olhalvo

Etc…

Freguesia de Ota

Ota

Paços

Instalações da Junta de Freguesia de Ota

Centro Social Recreativo e Desportivo da Ota

Futebol Clube da Ota

CFMTFA em Ota

União das Freguesias de Alenquer (Santo Estêvão e

Triana)

Alenquer

Camarnal

Quartel dos Bombeiros Voluntário de Alenquer

Sporting Club de Alenquer

Sport Alenquer e Benfica

Sociedade Recreativa do Camarnal

S.U.M.A.

Etc…

União das Freguesias de Ribafria e Pereiro de

Palhacana

Mato

Espinçadeira

Azenha das Machadas

Ribafria

Instalações da Junta de Freguesia em Ribafria e delegação em Pereiro de Palhacana

Sociedade Recreativa e Desportiva de Palaios

Grupo Recreativo e

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 54

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Cultural de Ribafria

Etc…

Freguesia de Ventosa

Cortegana

Freixial de Cima

Centro Social Paroquial de Nossa Senhora das Virtudes

U.R.D.A. Penafirme da Ventosa

União Desportiva e Recreativa da Atalaía

Associação Recreativa Freixial de Cima

Relativamente a outras tipologias de riscos suscetíveis de afetar o concelho de Alenquer, as ZCAP’s estão disponíveis em quaisquer das zonas supra referenciadas, tendo em conta a sua utilidade em relação à zona de ocorrência afetada. A evacuação das populações será efetuada para locais de concentração das ZCAP’s, definidos nos vários cenários. O regresso das populações às áreas anteriormente evacuadas deve ser controlado pelos agentes da GNR, tendo em vista a manutenção das condições de tráfego. (Parte IV deste Plano de Emergência) Os agentes envolvidos nas operações de evacuação têm as seguintes funções:

o GNR – competências: Abertura de corredores de circulação de emergência Controlo de acesso às áreas afetadas Controlo do tráfego através de circuitos alternativos às vias

intransitáveis Controlo do tráfego rodoviário em redor do TO de modo a que a

circulação das populações não interfira com a mobilidade das forças de intervenção.

o Forças Armadas – Competências:

Coordenar a movimentação das pessoas criando barreiras de encaminhamento de tráfego e pontos de controlo.

Dar indicações às pessoas dos locais de refugio providenciados a titulo provisório

Encaminhar os feridos para as áreas de primeiros socorros Orientar as pessoas em estado apático ou em choque Encaminhar pessoas para as zonas de concentração local

previamente definidas Orientar o trânsito mantendo a ordem Na fase da reabilitação proteger os bens nas zonas do sinistro,

nomeadamente as casas, os comércios, as indústrias e outros.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 55

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

6. Manutenção da ordem pública

Tendo em vista a manutenção da ordem pública a GNR que mantém a segurança para além de controlarem os processos de evacuação têm a responsabilidade de:

o Limitar o acesso às zonas de sinistro e de apoio, de modo a que as forças de intervenção possam atuar sem constrangimentos. Devendo criar barreiras e outros meios de controlo.

o Se for decretado o recolher obrigatório compete à GNR e às forças militares fazer o patrulhamento nas zonas evacuadas, com vista a impedir roubos e pilhagens, incluindo a possibilidade de detenção de todos os indivíduos aí encontrados.

o As zonas de apoio, nomeadamente as zonas de realojamento, zonas de abastecimento e zonas de apoio devem ser controladas pelas forças de segurança.

o Para a segurança dos estabelecimentos industriais e comerciais deve recorrer-se a empresas de segurança privadas, cujos vigilantes devem apresentar-se uniformizados e que serão da responsabilidade dos empresários.

7. Serviços médicos e transporte de vítimas

Face a um acidente que provoque um elevado número de vítimas as atividades de saúde e evacuação secundária ficam à responsabilidade do INEM segundo as suas atribuições. No entanto, as primeiras equipas a prestar socorro tem a tarefa de evacuação primária para os postos de triagem que forem estabelecidos. Compete ao COS identificar e informar o COM relativamente à quantidade previsível de meios complementares necessários para triagem, assistência hospitalar e evacuação secundária das vítimas. A direção do plano tem a competência de identificar ao meios a solicitar e coordenar com o INEM o estabelecimento da ligação aos hospitais de evacuação.

Hospitais de Evacuação e Tratamento o Serão utilizadas as estruturas hospitalares públicas e

privadas disponíveis, reforçadas com hospitais de campanha montados pelo INEM e CVP.

Postos de Triagem e de Socorros

o Serão montados Postos de Triagem e de Socorros em

estruturas fixas ou temporais, pelos Centros de Saúde, pelos Bombeiros, INEM e CVP.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 56

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Cabe ao INEM coordenar:

o A triagem dos feridos em tendas grandes montadas para o efeito, consoante o local da ocorrência, PMA. Serão locais amplos com espaço para a movimentação de ambulâncias. Por exemplo, em Alenquer o parque de estacionamento da estação rodoviária. Na Merceana o campo da feira. Na Ota seria na Base da Ota. Em Abrigada preferencialmente no parque da EBI de Abrigada.

o Avisar os hospitais de Vila Franca de Xira, de Torres Vedras, Santarém e Leiria do número de vítimas que vão ter que socorrer, de modo a poderem distribuir as vítimas pelos vários hospitais.

o Prestar a assistência pré-hospitalar aos P1, P2 e P3 (feridos muito graves, graves e ligeiros, respetivamente).

o O encaminhamento dos feridos graves P1 e P2 para os hospitais de Vila Franca de Xira, de Torres Vedras, ou ainda de Santarém e Leiria.

o O encaminhamento dos feridos ligeiros P3 para a zona de dos feridos ligeiros com vista a receberem os primeiros socorros e cuidados.

o A orientação de médicos e enfermeiros voluntários que possam acorrer ou serem chamados (ver quadro de meios de socorro – Anexo I – Quadro 2.1.8).

o A recolha e distribuição de materiais e equipamentos médicos de primeiros socorros, fica a cargo da Cruz Vermelha que os deve entregar na zona de triagem e na zona de primeiros socorros.

É responsabilidade da Autoridade Concelhia de Saúde

o Direção das ações de controlo ambiental, de doenças e da qualidade dos bens essenciais

8. Socorro e salvamento

As operações de salvamento e socorro estão a cargo dos bombeiros e das equipas do INEM, podendo ser solicitados os serviços da Cruz Vermelha do Carregado. Esta coordenação é responsabilidade do COM. Face a um acidente grave ou catástrofe cabe às forças mais próximas do local da ocorrência ou que apresentem missão especifica mais adequada. De acordo com a legislação, o chefe da primeira equipa de intervenção assume a função de comandante das operações de socorro.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Consoante o tipo de acidente as equipas de salvamento e socorro para além de procederem às ações de busca e salvamento, podem ainda incluir a extinção de incêndios, o escoramento de estruturas, o resgate ou desencarceramento de pessoas, a contenção de fugas e derrames de produtos perigosos entre outras necessidades. Assim o comandante de operações deve dividir as equipas de intervenção em grupos de ação de acordo com o acidente em questão. Em caso de Acidente industrial –

Equipa de intervenção junto do acidente deve ajudar no controlo da situação no interior das instalações onde se deu o acidente.

Equipa para intervir no exterior tomando as medidas necessárias ao condicionamento do acidente.

Equipa para prestar socorro às pessoas envolvidas no acidente

Equipa para prestar socorro às populações atingidas na zona do acidente.

Em caso de Sismo –

Equipas de salvamento e socorro na área do sinistro

Equipa de extinção de incêndios que possam ocorrer

Equipa de escoramento de estruturas

Equipa de resgate

Equipa de desencarceramento de pessoas

Equipa de contenção de fugas e derrames de produtos perigosos.

Equipa de deteção de seres vivos

Em caso de Incêndio florestal –

Equipas de combate ao incêndio

Equipa de socorro a populações

Equipa de evacuação da população

Equipa de prevenção e segurança.

Em caso de Cheia –

Equipas com motobombas o (dos BVA, BVM ou das Águas de Alenquer, veja-se quadro 2.1.11

– Máquinas de aspiração de água, no Inventário de Meios e Recursos)

Equipa de socorro a populações

Equipa de evacuação da população

Equipa de prevenção e segurança.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Quando o COM decide que está terminada a fase de emergência, inicia-se a fase de reabilitação. Nesta fase devem-se desmobilizar os meios de salvamento e socorro, entrando em Acão os meios que têm funções no âmbito da reabilitação.

De notar que sempre que exista transferência de comando deverá ocorrer um briefing para o próximo Comandante e uma notificação a todo o pessoal informando que uma mudança de comando está a acontecer.

9. Serviços mortuários

O adjunto de segurança deve ativar os serviços mortuários e coordenar a instalação provisória dos mortos. Em caso de elevado número de vítimas, a recolha e o depósito de cadáveres são tarefas muito sensíveis que devem estar sujeitas a rigorosos procedimentos, devido aos aspetos que se relacionam com a investigação forense, caso haja necessidade de a realizar. Neste caso deverá ser ativada a GNR, que em caso de necessidade chamará a polícia judiciária. É competência do Delegado de Saúde definir o local mais indicado para a reunião de vítimas mortais e de morgues provisórias.

Locais de reunião de mortos e morgues

o Serão estabelecidos locais de reunião de mortos e

morgues com base em estruturas fixas e temporárias das Casas Mortuárias (de acordo com o limite suportado por cada uma delas).

O espaço escolhido deve ter algumas características, nomeadamente:

As instalações devem ser planas e fáceis de limpar e com câmaras de frio

Com boa drenagem

Boa ventilação natural

Água corrente

Energia elétrica

Deve-se ter atenção às acessibilidades, às comunicações e às facilidades de segurança.

Normalmente escolhem-se hangares, terminais de camionagem, parques de estacionamento cobertos, armazéns e edifícios similares. Depende do local do incidente e da área afetada a escolha deste espaço. O Instituto de medicina legal trata da identificação dos mortos e da sua entrega para serem sepultados.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 59

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014

Os locais mais apropriados para a recolha de mortos são as casas mortuárias e pavilhões, tipo as instalações da Romeira, em Alenquer.

10. Protocolos

Algumas instituições, nomeadamente a CFMTFA e a IPSS-Mariápolis disponibilizaram o seu apoio logístico, (caso seja ativado o Plano Municipal de Emergência) razão pela qual, não sentimos necessidade de estabelecer protocolos.

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Iv . Informação c o m P l E m E n ta r

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 67

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

PARTE IV – Informação complementar

SEÇÃO I

1. Organização Geral da Proteção Civil em Portugal

De acordo com a Lei de Bases da Proteção Civil n.º 27/2006, de 3 de Julho, define a Proteção Civil como a atividade desenvolvida pelo Estado, Regiões Autónomas e Autarquias Locais, pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privadas, e tem por finalidade a prevenção de riscos coletivos inerentes a situações de acidentes graves ou catástrofes, e de atenuar os seus efeitos, proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo em caso de calamidades.

A atividade de Proteção Civil tem carácter permanente, multidisciplinar e plurissectorial, cabendo a todos os órgãos e departamentos da Administração Pública promover as condições indispensáveis à sua execução, de forma descentralizada, sem prejuízo do apoio mútuo entre organismos e entidades do mesmo nível ou proveniente de níveis superiores. Os objetivos fundamentais e domínios da proteção civil municipal são:

Objetivos, definidos no n.º1, do art.º 2º da Lei n.º 65/2007

Prevenir riscos coletivos e ocorrência de acidentes graves ou de catástrofes deles resultantes;

Atenuar os riscos coletivos e limitar os seus efeitos;

Socorrer e assistir as pessoas e outros seres vivos em perigo;

Proteger bens e valores culturais, ambientais e de elevado interesse público;

Apoiar a reposição da normalidade da vida das pessoas em áreas afetadas por acidentes graves ou catástrofe.

Domínios de Atuação, contemplados no n.º2 do art.º 2º da Lei n.º 65/2007

Previsão, levantamento, avaliação e prevenção dos riscos coletivos;

Análise permanente das vulnerabilidades perante situações de risco;

Informação e formação das populações, visando a sua sensibilização em matéria de auto proteção e colaboração com as autoridades;

Planeamento de soluções de emergência, visando a busca, salvamento e a prestação do socorro e de assistência, bem como a evacuação, alojamento e abastecimento das populações;

Inventariação dos recursos e meios disponíveis e dos mais facilmente mobilizáveis, a nível local, regional e nacional;

Estudo e divulgação de formas adequadas de proteção de edifícios, monumentos e outros bens culturais, infra estruturas, património arquivístico instalações de serviços essenciais, bem como do ambiente e recursos naturais;

Previsão e planeamento de ações atinentes à eventualidade de isolamento de áreas afetadas por riscos.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 68

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Com a entrada em vigor da Lei n.º 27/2006, de 3 de julho, que aprovou a Lei de Bases de Proteção Civil, e com as alterações introduzidas pela Lei Orgânica n.º 1/2011 de 30 de novembro, foi redefinido o sistema de Proteção Civil, assumindo a ANPC um papel fundamental no âmbito do planeamento, coordenação e execução da política de Proteção Civil. O Decreto-Lei n.º 72/2013, de 31 de maio, que procedeu à 2ª alteração do Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 114/2011, de 30 de novembro que institui o Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS), passo nuclear reformador das funções de socorro, definindo-se a organização operacional suportada na caraterização do território nacional e nas caraterísticas estruturantes dos agentes de proteção civil.

ANPC integra quatro direções nacionais:

Direção Nacional de Planeamento de Emergência; Direção Nacional de Bombeiros; Direção Nacional de Recursos de Proteção Civil; Direção Nacional de Auditoria e Fiscalização.

1.1. Estrutura da Proteção Civil Está organizada a nível municipal da seguinte forma:

Serviço Municipal de Proteção Civil

O SMPC de Alenquer funciona nas instalações da Câmara Municipal, situadas no Complexo do Barnabé, e é constituído por três elementos, o COM, 2 Técnicos Administrativos / Operacionais e um técnico do (GTF).

Tem como objetivos:

Assegurar o funcionamento de todos os organismos municipais de Proteção Civil, bem como centralizar, tratar e divulgar toda a Informação recebida;

Elaborar, Rever e Atualizar o PME;

Realizar simulacros e exercícios que permitam testar quer o Plano, quer a comunicação e articulação dos agentes e demais entidades e organismos envolvidos em prováveis acidentes;

Inventariar e atualizar permanentemente os registos dos meios e dos recursos existentes no concelho, com interesse para o SMPC;

Planear o apoio logístico a prestar às vítimas e às forças de socorro e situação de emergência;

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 69

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Levantar, organizar e gerir os centros de alojamento a acionar em situação de emergência;

Manter a informação atualizada sobre acidentes graves ou catástrofes ocorridas no concelho, bem como, relativamente às condições de ocorrência dos mesmos, e ainda as medidas adotadas para fazer face às respetivas consequências e conclusões sobre o êxito ou insucesso das ações empreendidas em cada caso.

COM (Comandante Operacional Municipal)

Missão, tarefas e responsabilidades:

Acompanhar permanentemente as operações de socorro que ocorram na área do concelho;

Promover a elaboração dos Planos prévios de intervenção com vista à articulação de meios face a cenários previsíveis;

Promover reuniões periódicas de trabalho sobre matérias de âmbito exclusivamente operacional, com os comandantes dos corpos de bombeiros;

Dar parecer sobre o material mais adequado à intervenção operacional;

Comparecer no local do sinistro sempre que as circunstâncias o aconselhem;

Assumir a coordenação das operações de socorro de âmbito municipal, nas situações previstas no PME, bem como quando a dimensão do sinistro requeira o emprego de meios de mais de um corpo de bombeiros.

Comissão Municipal de Proteção Civil A Comissão Municipal de Proteção Civil de Alenquer foi instituída a 26 de junho de 2008, de harmonia com a Lei n.º 65/2007, de 12 de novembro. Em caso de acidentes graves ou catástrofes, e em necessidade de ativação do Plano, a CMPC reunirá numa forma mais reduzida, nomeadamente sob a direção do Presidente da Câmara, o COM, os Bombeiros e a GNR de modo a permitir uma ação mais célere e eficaz, sendo todos os outros delegados ativados de acordo com a tipologia de acidente e sua gravidade.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 70

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Emergência de Proteção

Civil - 2014

Agentes de Proteção Civil

No exercício da execução das suas atribuições:

a) Associações humanitárias de bombeiros voluntários:

Alenquer, seções de Olhalvo, Abrigada e Merceana

b) Forças de segurança - GNR

c) CFMTFA

d) INEM e demais serviços de saúde

A Cruz Vermelha Portuguesa, na sua delegação do Carregado exerce, em cooperação com os demais agentes e de harmonia com seu estatuto próprio, funções de proteção civil nos domínios da intervenção, apoio, socorro e assistência sanitária e social.

Ainda as seguintes instituições têm especial dever de cooperação com os agentes de proteção civil acima mencionados:

a) Instituições de segurança social

b) Instituições com fins de socorro e de solidariedade

c) Organismo responsável pela floresta, conservação da natureza, indústria e

energia, transportes, comunicações, recursos hídricos e ambiente

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 71

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

1.2. Estrutura das Operações

De harmonia com a Lei n.º 65/2007 conjugado com o Decreto-Lei n.º 134/2006, a Estrutura das Operações obedece a um esquema com três níveis: Nível Nacional, Distrital e Municipal.

Um sistema de gestão de operações tem 4 princípios:

Unidade de comando

Obrigatoriedade da função de COS

Manutenção da capacidade de controlo

Manutenção das comunicações

CNOS

CDOS

CMPC Ativa o Plano de Emergência Presidente, COM, Bombeiros,

GNR

COM (SMPC)

A.H.B.V. Alenquer

A.H.B.V. Merceana

CFMTFA GNR

Outras entidades de apoio

CCOD

Agentes de

Proteção Civil

CCON

Nível Nacional

Nível Distrital

Nível Municipal

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 72

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Estrutura hierárquica do SGO (Sistema de Gestão de Operações)

COS

O

Oper

ações Adjuntos do Oficial OS

Oficial da célula do PCO (Posto Comando Operacional)

Oficiais dos Setores (responsáveis por uma área geográfica do

TO)

Chefes dos Grupos de Combate (responsáveis por um grupo de veículos ou de equipas,

com funções comuns – caráter funcional)

Chefe veículo ou Chefe Equipa (responsável por um meio técnico de socorro do tipo VCI, VTT, etc. e

respetiva equipa)

Comandante

Operações de Socorro

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 73

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

A. Objetivos:

Face a um acidente grave, o primeiro comandante ao chegar ao local do sinistro assume o comando das operações delineando um Plano Estratégico de Ação que é a base do desenvolvimento da organização no TO, onde se determina a localização dos meios e se estabelece os objetivos táticos.

A.1 - Configuração do SGO – Níveis de Atuação

Nível Estratégico

É da responsabilidade do Comandante das Operações de Socorro;

Determina a estratégia apropriada;

Estabelece os objetivos estratégicos da operação;

Define as prioridades;

Fixa os objetivos específicos para o nível tático;

Distribui os meios adicionais;

Prevê os resultados.

Desenvolve o Plano Estratégico de Ação (PEA)

O PEA é a base do desenvolvimento da organização no TO, que determina a localização dos meios, e estabelece os objetivos táticos.

Nível Tático

Dirige as atividades operacionais tendo em conta objetivos táticos específicos, que deverão corresponder à estratégia definida no PEA.

Graduados responsáveis pelo nível Tático:

o Comandantes de setor o Chefes de Grupo de Combate, que coordenam os agrupamentos de meios disponíveis.

Nível Manobra

Corresponde às tarefas que são realizadas pelos veículos de combate ou por equipas específicas

Responsáveis pelo nível de Manobra:

o Chefes de veículo ou de Equipa, os resultados alcançados deverão corresponder aos objetivos táticos.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 74

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

2. Mecanismos da Estrutura da Proteção Civil

A Lei n.º 65/2007 de 12 de novembro define o enquadramento legal institucional e operacional da proteção civil, a organização dos serviços municipais de proteção civil e determina as competências do COM.

A CMPC aprova o PME, acompanha a sua elaboração e aprova o seu conteúdo. Para além destas funções tem outras competências que a seguir se inúmera:

2.1. Composição, convocação e competências da Comissão de Proteção Civil

A CMPC é o órgão de coordenação em matéria de proteção civil no município.

Esta Comissão tem a composição que se descreve a seguir, mas em caso de acidente grave ou catástrofe, ficou definido que para a ativação do PME basta que o Sr. Presidente da Câmara ou o seu substituto reúna com o COM, com o representante dos Bombeiros e da GNR, solicitar-se-á a presença de outros membros tendo em conta a tipologia da ocorrência em análise.

Está Comissão reunir-se-á nas instalações do SMPC, situadas nas instalações do Complexo do Barnabé, considerando o espaço favorável, bem como à facilidade de estacionamento e comunicações, serão estes contatados via telefone. (Quadro de contatos da CMPC - parte IV - secção III).

Na eventualidade das referidas instalações ficarem inoperantes, decidiu esta Comissão que se reunirá nas instalações dos Bombeiros, 3.ª Seção em Abrigada., considerando que este quartel se localiza a norte do concelho e reúne todas as condições necessárias para o desenvolvimento dos trabalhos necessários. No caso do acidente grave ou catástrofe ser um sismo, e de acordo com estudos realizados, considera-se a probabilidade de ser a zona menos afetada do concelho em contraste com a união das freguesias de Carregado e Cadafais e União das freguesias de Alenquer (Santo Estêvão e Triana), consideradas as zonas mais afetadas.

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Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

A Comissão Municipal de Proteção Civil é presidida pelo Presidente da Câmara Municipal de Alenquer.

Competências

a) Colaborar na elaboração de Planos de Emergência; b) Apreciar os Planos de âmbito Municipal; c) Proceder ao reconhecimento dos critérios e normas técnicas sobre a

organização do inventário de recursos e meios públicos e privados, mobilizáveis ao nível local, em caso de acidentes graves ou catástrofes;

d) Definir as prioridades e objetivos a estabelecer com vista ao escalonamento de esforços dos organismos e estruturas com responsabilidades no domínio da proteção civil, relativamente à sua preparação e participação em tarefas comuns de proteção civil;

e) Aprovar e acompanhar as iniciativas públicas tendentes à divulgação das finalidades da proteção civil e à sensibilização dos cidadãos para a auto proteção e para a colaboração a prestar aos organismos e agentes que exercem aquela atividade.

f) Apreciar e aprovar as formas de cooperação externa que os organismos e estruturas do sistema de proteção civil desenvolvem nos domínios das suas atribuições e competências específicas.

2.2. Critérios e âmbito para a declaração das situações de alerta, contingência ou calamidade

A situação de alerta pode ser declarada quando, face à ocorrência ou iminência de ocorrência de algum ou alguns dos acontecimentos onde seja reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou medidas especiais de reação.

De acordo com o artigo 3.º, da Lei de Bases da Proteção Civil, (Lei n.º27/2006), os fenómenos que podem motivar a declaração de situação de alerta são:

Acidente grave É um acontecimento inusitado com efeitos relativamente limitados no tempo e no espaço, suscetível de atingir as pessoas e outros seres vivos, os bens ou o ambiente. Catástrofe É o acidente grave ou a série de acidentes graves suscetíveis de provocarem elevados prejuízos materiais e, eventualmente, vítimas, afetando intensamente as condições de vida e o tecido sócio económico em áreas ou na totalidade do território nacional.

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Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Os poderes para declarar a situação de alerta encontram-se circunscritos pelo âmbito territorial de competência dos respetivos órgãos (artigo 8º). Assim, cabe ao Presidente da Câmara Municipal de Alenquer declarar a situação de alerta de âmbito municipal (artigo 13º), face à ocorrência ou iminência de ocorrência de algum acidente grave onde é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e/ou medidas especiais de reação.

A declaração de Situação de Alerta deve mencionar:

a) A natureza do acontecimento que originou a situação declarada. b) O âmbito temporal e territorial c) A estrutura de coordenação e controlo dos meios e recursos a disponibilizar.

A declaração de Situação de Alerta obriga:

a) A obrigatoriedade da convocação da CMPC; b) Ao estabelecimento de procedimentos adequados à coordenação técnica e

operacional dos serviços e agentes de proteção civil, bem como dos recursos a utilizar;

c) Ao estabelecimento das orientações relativas aos procedimentos de coordenação da intervenção das forças e serviços de segurança;

d) À adoção de medidas preventivas adequadas à ocorrência; e) Colaboração dos meios de comunicação social, em particular das rádios e das

televisões, com a estrutura de coordenação, visando a divulgação das informações relevantes relativas à situação.

No que respeita aos riscos previstos para o este Concelho, a situação de Alerta deverá estar subjacente à constatação de serem considerados acidentes graves ou catástrofes, de acordo com a matriz de risco para o concelho de Alenquer, podemos referir que se declara a situação de Alerta quando constatado que sejam as seguintes características:

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Civil - 2014

Incêndio Florestal - A situação de Alerta pode ser considerada se o índice de risco de incêndio for máximo (indicação facultada do Instituto de Meteorologia), caso as condições atmosféricas indiquem que o incêndio em deflagração, pode colocar em risco as populações, habitações ou ainda se houver possibilidade de atingir alvos potencialmente perigosos e/ou explosivos.

Cheias - Pode ser declarada a situação de Alerta (indicação facultada através das estações do Sistema de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos do INAG), ou ainda perante a possibilidade de com alguma antecedência prever-se inundações. No entanto, as cheias provocadas por um período de chuva intensa, podem levar a uma situação de Alerta no caso de haver populações em risco.

Sismos - A situação de Alerta em caso de sismo será definido em função da área afetada e dos danos que se verifiquem, segundo a intensidade do abalo (informação facultada pelo Instituto de Meteorologia) sendo posteriormente comunicado pelo CDOS.

2.3. Sistema de monitorização, alerta e aviso

Sistemas de monitorização

O sistema de monitorização, alerta e aviso destina-se a assegurar que na iminência ou ocorrência de um acidente grave ou catástrofe tanto as entidades intervenientes no PMEPC como as populações expostas tenham a capacidade de agir de modo a salvaguardar vidas e a proteger bens, nomeadamente:

Eficaz vigilância do risco, através da recolha e informação pelos sistemas de monitorização;

Rápido alerta (mecanismo interno do sistema de proteção civil) aos agentes de proteção civil e entidades envolvidas no PMEPCA;

Adequado aviso à população.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 79

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

2.3.1.Sistema de monitorização

Os sistemas de monitorização são compostos por um conjunto organizado de recursos humanos e de meios técnicos, que permitem a observação, medição e avaliação contínua do desenvolvimento de um processo ou fenómeno, visando garantir respostas adequadas e oportunas.

A avaliação periódica dos riscos, nomeadamente os riscos de origem natural, tem por base a informação disponibilizada pelos respetivos sistemas de monitorização, permitindo definir o nível de alerta a ser adotado a nível Municipal, Distrital ou Regional e, consequentemente, as medidas de prevenção e de atuação a implementar.

Em função destes Avisos serão divulgadas normas de procedimento a adotar pela população face a situações de perigo e mantida informada, a população da área eventualmente afetada, da iminência, ocorrência ou evolução de uma situação de perigo.

Existem vários tipos de sistemas de monitorização consoante os riscos.

Em caso de incêndios florestais o sistema de Avisos Meteorológicos do Instituto de Meteorologia, avisando de ventos adversos ou de outros parâmetros suscetíveis de influenciar o combate do incêndio, bem como os parâmetros relativos à humidade relativa do ar e temperatura. No concelho de Alenquer existem estações meteorológicas nos seguintes locais: Alenquer, Penedos de Alenquer e em Vila Chã.

No caso de cheias dispomos do Sistema de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos do

Instituto da Água, que no concelho de Alenquer tem estações de monitorização dispersas

instaladas na ponte e ainda ao longo do curso do rio de Alenquer (Barnabé e Stª Catarina),

em Penedos de Alenquer, no rio Grande da Pipa (ponte da Couraça) bem como no rio da

Ota.

No caso de acidente tecnológico o Sistema de Vigilância de Emergências Radiológicas da Agência Portuguesa do Ambiente pode fornecer os elementos necessários.

No caso de sismo, o Instituto de Meteorologia no capítulo da sismologia dará todas as

indicações necessárias em relação a sismos que vão ocorrendo e as respetivas

intensidades, bem como a possibilidade de virem a ocorrer outros nas próximas horas.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 80

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Existem diferentes tipologias de risco:

Sistema de Avisos Meteorológicos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) – Situações meteorológicas adversas;

Sistema de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos do INAG (integrado na Agência

Portuguesa do Ambiente – APA) – Cheias; Índice Ícaro, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA)

– Ondas de calor;

Rede Nacional de Alerta de Radioatividade no Ambiente, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) – Radioatividade do ar;

Monitorização da Atividade Sísmica (Instituto Português do Mar e da Atmosfera – IPMA) – Sismos;

Monitorização e Vigilância de Incêndios Florestais (PMDFCI de Alenquer) – incêndios florestais.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) mantém e desenvolve sistemas de monitorização, informação e vigilância meteorológica, sismológica e da composição da atmosfera, relativos a situações meteorológicas adversas, através do Sistema de Avisos Meteorológicos, possuindo a exclusividade de emissão de avisos de mau tempo de carácter meteorológico às entidades públicas e privadas, dispondo para o efeito de uma rede de estações meteorológicas e de postos udométricos para monitorização climatológica.

O Sistema de Avisos Meteorológicos tem por objetivo emitir avisos meteorológicos à Autoridade Nacional de Proteção Civil, à Direcção-Geral da Saúde e à população em geral, sempre que, se preveja ou se observe a ocorrência de fenómenos meteorológicos adversos, que nas próximas 24 horas possam causar danos ou prejuízos a diferentes níveis, dependendo da sua intensidade.

Os avisos são emitidos à escala distrital para diferentes parâmetros meteorológicos, segundo uma tabela de cores, que reflete o grau de intensidade do fenómeno.

As cores dos avisos meteorológicos devem ser interpretadas da seguinte forma:

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Plano Municipal de

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Civil - 2014

Avisos emitidos pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera

COR DO AVISO CONSIDERAÇÕES CONSOANTE A COR DO AVISO

VERDE Não se prevê nenhuma situação meteorológica de risco.

AMARELO Situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica. Acompanhar a evolução das condições meteorológicas.

LARANJA Situação meteorológica de risco moderado a elevado. Manter-se ao corrente da evolução das condições meteorológicas e seguir as orientações da ANPC.

VERMELHO Situação meteorológica de risco extremo. Manter-se regularmente ao corrente da evolução das condições meteorológicas e seguir as orientações da ANPC.

No que se refere ao índice meteorológico de risco de incêndio, o IPMA utiliza o sistema canadiano FWI (Fire Weather Index). O índice final FWI é distribuído segundo a escala Distrital de risco de incêndio por um conjunto de cinco classes:

Reduzido, Moderado, Elevado, Muito Elevado e Máximo.

2.3.2. Sistemas de alerta

De acordo com os dados disponibilizados pelos sistemas de monitorização, encontram-se previstos procedimentos de alerta que permitem notificar as autoridades, entidades e organismos da iminência ou ocorrência de acontecimentos suscetíveis de provocar danos em pessoas e bens, estando previstos níveis de alerta correlacionados com os dados monitorizados.

A priorização do alerta encontra-se criteriosamente definida e pode variar consoante a probabilidade e gravidade da ocorrência.

Neste contexto a Diretiva Operacional Nacional n.º 1/ANPC/2007, de 16 de Maio, estabelece as regras de referência para a ativação do estado de alerta especial para o Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS), sendo aplicável às organizações integrantes daquele sistema.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 82

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

No âmbito da monitorização e gestão do risco e da emergência, a organização do SIOPS é flexível e diferenciada, face à tipologia dos sinistros, intensidade das consequências destes, bem como do grau necessário de prontidão e mobilização das estruturas, forças e unidades de proteção e socorro.

O SIOPS organiza-se e funciona de forma distinta, em conformidade com o estado de alerta ativado:

Estado Normal ou Estado de Alerta Especial.

Estados de Alerta do SIOPS

No Estado Normal, que inclui o nível Verde, as atividades desenvolvidas pelo SIOPS são de rotina e de monitorização da situação, a nível local, municipal, distrital e nacional, em matéria de riscos e vulnerabilidades que possam afetar a segurança das pessoas, património e ambiente.

CENTRO DE COORDENAÇÃO OPERACIONAL

Estado de Alerta

NORMAL

Estado de Alerta

ESPECIAL

Nível Azul

Nível Amarelo

Nível Laranja

Nível Vermelho

Nível Verde

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 83

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

No Estado de Alerta Especial, as atividades desenvolvidas pelo SIOPS são de reforço da monitorização da situação, de intensificação das ações preparatórias para as tarefas de supressão ou mitigação dos sinistros, colocando meios humanos e materiais de prevenção em relação ao período de tempo e à área geográfica em que se preveja especial incidência de condições de risco ou emergência, e inclui os níveis Azul, Amarelo, Laranja e Vermelho, progressivos, em conformidade com a matriz de risco associada (grau de gravidade e probabilidade) e com os graus de prontidão e mobilização que a situação exige.

Embora os Estados de Alerta Especial do SIOPS sejam desenvolvidos com base em estruturas de coordenação de âmbito nacional ou distrital, estes assumem grande importância ao nível do PMPCA uma vez que:

1. Permitem o alerta das entidades que operam a nível municipal (agentes de proteção civil e CMA) nas situações em que o CCON preveja a possibilidade de virem a ocorrer perturbações no normal funcionamento do concelho. Este aspeto torna-se ainda mais importante quando se atenta no facto que o concelho se encontra fortemente dependente de mecanismo de monitorização de nível nacional;

2. Permite que automaticamente os agentes de proteção civil do concelho se

encontrem em estado de prontidão nas situações em que o CCON preveja ou em que se tenha verificado a ocorrência de perturbações no normal funcionamento d concelho;

3. Garante que em caso de necessidade de se ativarem meios municipais ou

supramunicipais, os mesmos sejam rapidamente disponibilizados pelas entidades coordenadas ao nível do CDOS/CCOD, uma vez que já se encontravam (em parte ou totalmente) em estado de prontidão.

Em síntese, face aos dados disponibilizados pelos diversos sistemas de monitorização, a ANPC através do CNOS, notifica imediatamente as Autoridades de Proteção Civil a nível Nacional, os Agentes de Proteção Civil e o CDOS.

O CDOS notifica de imediato o SMPC e os Agentes de Proteção Civil a nível Distrital por sua vez o SMPC notifica de imediato os Agentes de Proteção a nível Municipal e as diversas entidades de apoio, através de telefone e/ou rádio.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 84

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

2.3.3.Sistemas de aviso

Os sistemas de aviso à população referem-se a procedimentos e mecanismos de informação e formação, com vista à sensibilização em matéria de autoproteção das populações e de colaboração com as autoridades.

Sempre que, recebida ou detetada informação de proteção civil pertinente no Gabinete de Proteção Civil, esta deve ser divulgada, com a celeridade verificada para cada caso, essencialmente via correio eletrónico, fax e através de notas à imprensa para os órgãos de comunicação social, em sistema redundante para garantia da fiabilidade da comunicação, em caso de falha de uma das vias.

Os procedimentos relativos ao aviso às populações serão efetuados em duas fases distintas:

Pré-emergência - mecanismos de informação e formação, com vista à sensibilização em matéria de autoproteção e de colaboração com as autoridades.

Emergência - em consequência da extensão e gravidade da ocorrência gravosa. Neste caso, as comunidades locais devem ser informadas sobre as zonas potencialmente afetadas, os itinerários de evacuação, os locais de abrigo onde se devem dirigir e o que devem levar consigo e medidas acrescidas de autoproteção.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 85

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

De salientar que, de uma forma genérica, os avisos contemplam a seguinte informação às comunidades locais:

As zonas potencialmente afetadas; Os itinerários de evacuação; Os locais de abrigo para onde se devem dirigir e do que se devem fazer acompanhar; Outras medidas de proteção para segurança pessoal e bens; No que se refere aos sistemas de aviso, existem diversos meios para o efeito,

nomeadamente: telefones, telemóveis e internet; Uso de megafones, o qual deverá ser feito através da utilização de viaturas para auxiliar

a cobertura de maiores áreas num menor espaço de tempo; Órgão de comunicação social, nomeadamente estações de rádio locais e regionais, ou

mesmo televisões, para uma rápida difusão do aviso uma vez que se trata de meios de comunicação mais abrangente.

A decisão do sistema de aviso a adotar em caso de situação de acidente grave ou catástrofe será baseada:

Na extensão da zona afetada No tipo, dimensão e dispersão geográfica da população a avisar (pequenas povoações

rurais, grandes aglomerados urbanos, quintas e habitações dispersas); Nos períodos do dia e da semana, ou seja, se ocorre durante o dia útil de trabalho, à

noite ou durante os fins de semana, devido à variação da localização da população; Na proximidade geográfica dos agentes de proteção civil e nos meios e recursos

disponíveis.

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Plano Municipal de

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Civil - 2014

De acordo com a extensão da zona afetada assim se adaptará um dispositivo de aviso.

Em caso de acidente noturno, as populações mais isoladas ou mais distantes deverão ser alertadas por via megafone (da responsabilidade da GNR)

Existe também a possibilidade de recorrer à Cooperativa Antena Rádio Local Voz de Alenquer (que dispõe de um gerador fixo e outro num carro móvel), quer seja de dia ou de noite, através de comunicados de alerta e de instruções à população, nomeadamente:

o Locais de refugio o Procedimentos o Quais os possíveis bens a salvar o Quais as vias utilizáveis para as Zonas de Apoio o Quais os meios de transporte utilizáveis

Os diferentes canais de TV devem ser informados da declaração de alerta e receber as instruções de como o devem propagar. Estas funções são do PC, mais propriamente a Célula de Comunicação.

Deve-se avisar os delegados da CMPC, bem como os Presidentes das Juntas de Freguesia via telefone (Quadro - Lista de Contatos), caso não haja contato via telefone, serão convocados por intermedio da radio local, para que possam dar o alerta às pessoas que se tem conhecimento que não ouvem rádio, nem vêm TV, por qualquer tipo de dificuldade.

Dado que o aviso à população é uma ação crucial para minorar o número de vítimas, e que é difícil que qualquer dos meios selecionados abranja toda a população potencialmente afetada, está prevista a redundância de meios de aviso.

Esta secção de avisos e alertas à população encontra-se mais desenvolvida na Parte III – Áreas de Intervenção, no capítulo 4 – Gestão de Informação.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 87

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

SEÇÂO II

1. Caraterização Geral

1.1. Inserção Regional do Concelho de Alenquer

Este concelho com uma área de 304,22 km2, localiza-se na margem direita da seção terminal da bacia hidrográfica do rio Tejo, integrando-se no setor setentrional do Distrito de Lisboa. Em termos de enquadramento sub-regional, Alenquer insere-se na NUTS III do Oeste, a qual confina a Sul com a Grande Lisboa, a Este com a Lezíria do Tejo e, a Norte, com o Pinhal Litora.

A sub-região Oeste tem demonstrado sinais de mudança, por um lado, no sentido de uma urbanização e industrialização difusas, complementada por uma diversidade produtiva (Ligar Europa e o Atlântico – Competitividade e Solidariedade, 1999). No que respeita ao sistema territorial, os principais centros urbanos do Oeste – Caldas da Rainha e Torres Vedras – estruturam a sub-região. O primeiro relaciona-se mais fortemente com Santarém e a região Centro, enquanto o segundo, com a AML Norte.

Destaca-se ainda, um conjunto de subsistemas urbanos locais complementares uma vez que funcionam de um modo mais autónomo: Alenquer, Carregado, Sobral de Monte Agraço, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Nazaré, Alcobaça, Peniche e Lourinhã.

Este sistema provém da conjugação de vários fatores associados com as suas caraterísticas internas ou com a sua localização, e que resulta num nível de coesão territorial insuficiente. Deste modo, os processos difusos de urbanização e de industrialização acarretam constrangimentos ao desenvolvimento e à afirmação de polos que estruturando de forma mais clara o território contribuiriam para lhe conferir uma maior unidade funcional.

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Por outro lado, a afirmação do meio urbano neste espaço é, de modo geral, concorrente com a atividade agrícola produtiva. De fato, a ocupação do espaço para atividades agrícolas na região Oeste tem-se especializado face às necessidades do mercado da Área Metropolitana de Lisboa, ao mesmo tempo que a procura de solo para usos urbanos (entre estes o turístico, o industrial e o de logística) se tem intensificado.

Estas caraterísticas genéricas refletem-se igualmente neste Concelho de Alenquer, onde se verificam complexas inter-relações que confrontam a ruralidade ainda marcada da área envolvente à Serra de Montejunto e a influência metropolitana que irradia a partir da cidade de Lisboa.

A localização do Concelho em relação ao principal corredor logístico e de transporte do país (A1 e linha do Norte), a par da proximidade relativa à capital, constituem assim fatores que têm vindo a motivar a sua progressiva integração na bacia económica da AML, circunstâncias que serão potenciadas no médio prazo com a realização de novas infraestruturas de transportes (por exemplo, a A10)

Assim, e do ponto de vista da organização do sistema urbano regional, o Concelho de Alenquer apresenta uma situação de charneira entre a AML e os subsistemas urbanos do Oeste e da Lezíria do Tejo, beneficiando da já referida proximidade ao corredor constituído pelo A1/Linha do Norte.

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Fonte: COMISSÃO DE COORDENAÇÃO DA REGIÃO DE LISBOA E VALE DO TEJO, Ordenamento do Território e Política de Cidades, in Sistema Urbano Nacional – Cidades Médias e Dinâmicas

Territoriais, vol. 3, Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, Lisboa, 1999, p. 61.

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Esta localização configura um apreciável potencial de atração de pessoas e atividades, sendo especialmente influenciada pelos referidos movimentos de reorganização espacial e funcional em curso na AML. A vocação industrial/logística que tem caracterizado a dinâmica recente desta área, a par do seu crescimento demográfico e habitacional, com a aposta no triângulo Carregado/Azambuja/Ota (com apoio de Alenquer em termos de equipamentos e serviços) enquanto nó de articulação da AML com o exterior. A manutenção e/ou afirmação desta tendência constitui um fator que induzirá importantes transformações ao nível da base socioeconómica local, da pressão sobre o recurso solo e da articulação funcional com a envolvente, devendo por isso ser ativamente gerida em função das opções estratégicas que vierem a ser delineadas. Como podemos induzir, o posicionamento do Concelho de Alenquer na sua envolvente regional tem sido um processo bastante dinâmico que se pauta por um conjunto de inter-relações complexas que, de modo algum, se restringem ao binómio “espaço rural periférico” versus “periferia desqualificada da AML”. O Concelho tem-se afirmado claramente como um espaço plurifuncional cada vez mais atrativo para pessoas e atividades e alguns processos em curso, como, por exemplo, a desejada melhoria das ligações com o Oeste e o Vale do Tejo, constituem, a este nível, um fator que reforçará a importância da plataforma logística do Carregado/Ota/Azambuja como nó de intermediação regional, potenciando condições de centralidade funcional que poderão induzir dinâmicas positivas ao nível da atividade económica e da criação de emprego. Neste sentido, a qualificação urbanística e ambiental deste nó revestir-se-á de especial importância enquanto elemento-chave na sua atratividade, sob pena de se assistir a uma mera expansão das características dominantes no eixo de Sacavém/ Vila Franca de Xira.

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1.2. Enquadramento Geográfico e Divisão Administrativa do Município

O Município de Alenquer confina a Norte com Cadaval, a Este/Nordeste com Azambuja, a Oeste com Torres Vedras, Sudoeste com Sobral de Monte Agraço, a Sul com Arruda dos Vinhos e Vila Franca de Xira (este último concelho abrange também o quadrante Sudeste).

Internamente, o concelho subdivide-se administrativamente em 11 freguesias: União das freguesias de Abrigada e Cabanas de Torres, União das freguesias de Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha, União das freguesias de Alenquer (Triana e Santo Estêvão), União das freguesias de (Carregado e Cadafais), União das freguesias de Ribafria e Pereiro de Palhacana, freguesia de Carnota, freguesia de Meca, freguesia de Olhalvo, freguesia de Ota, freguesia de Ventosa e freguesia de Vila Verde de Francos, apresentando-se no quadro 11 as respetivas áreas.

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Mapa 1: Enquadramento Territorial do Município de Alenquer

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Quadro 11 – Área das Freguesias do Concelho de Alenquer

Freguesias Área

Km2

%

Freguesia de Carnota 18,09 5,9

Freguesia de Meca 14,12 4,6

Freguesia de Olhalvo 8,30 2,7

Freguesia de Ota 46,32 15,2

Freguesia de Ventosa 22,21 7,3

Freguesia de Vila Verde dos Francos

28,13 9,2

União das freguesias de Abrigada e Cabanas de Torres

46,15 15,2

União das freguesias de Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha

27,95 9,2

União das freguesias de Alenquer (Santo Estêvão e Triana)

50,08 16,5

União das freguesias de Carregado e Cadafais

24,52 8,1

União das freguesias de Ribafria e Pereiro de Palhacana

18,34 6,0

Total de Concelho 304,22 100

Fonte: DGT (CAOP 2013)

Da análise do quadro 11 constata-se que a freguesia com maior área é a de união das freguesias de Alenquer (Santo Estevão e Triana), que corresponde a 50,08% da área total do concelho, seguida da freguesia de Ota (46,32%) e união das freguesias de Abrigada e Cabanas de Torres (46,15%). Na posição contrária encontram-se a freguesia de Olhalvo (8,30%), freguesia de Meca (14,12%) e freguesia de Carnota (18,09%).

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2. CARATERIZAÇÃO FÍSICA

2.1. Hipsometria

O território municipal é na sua maioria, caraterizado por um relevo acidentado, atingindo a sua máxima expressão na parte norte – Serra de Montejunto – que atinge os 666 metros de altitude.

Analisando o Mapa hipsométrico é possível caracterizar a paisagem de Alenquer em três unidades distintas:

A Norte localiza-se a Serra de Montejunto, que se eleva a 666 metros de altitude

e se prolonga a Sudoeste pela Serra Galega, constituída por calcários numa estrutura

anticlinal;

A segunda unidade corresponde ao conjunto de relevos calcários que se

estendem no sentido SW-NE desde o Monte Redondo (Ota) até à Serra de Santana

da Carnota. Esta unidade compreende, ainda, vestígios de vulcanismo, mais

concretamente um cone vulcânico de atividade extinta (Cabeço de Meca) na freguesia

de Meca;

A última unidade é a planície aluvial situada no sector sul - sudeste do concelho

e que integra a bacia cenozoica do Tejo.

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Mapa 2: Esboço Hipsométrico do Município de Alenquer

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2.2. Declives

Os declives que são essenciais na identificação de fatores limitantes ou condicionantes à ocupação humana do território (sendo geralmente apontados como um dos fatores não antrópicos com maior contribuição para os diferentes riscos naturais), apresentam-se como decisivos em termos de acessibilidades e povoamento no concelho de Alenquer. Ao interpretar o Mapa de Declives do Concelho (Mapa 3) verifica-se que existe uma consonância com as unidades topográficas descritas anteriormente e que no geral expressam um declive mais acidentado na zona norte do concelho (Serra de Montejunto) e mais aplanada na parte sul e sudeste. Deste modo, na parte nascente do território que se desenvolve até ao limite de concelho e progride para sul o relevo apresenta-se ondulado suave até ondulado muito suave (entre os 0 -10%).

Na área do maciço calcário entre a Ota e Alenquer, e nos vales do Rio de Alenquer, do Rio da Ota, da Ribeira da Espiçandeira e da Ribeira de Santana da Carnota, encontram-se alguns declives superiores a 30 %. Contudo, estes são mais significativos na área das formações geológicas das Camadas Corálicas de Amaral e Camadas de Abadia, tornando-se dominantes no afloramento Calcário da Serra de Montejunto.

Para além da Serra de Montejunto, surge bem evidenciado o declive acidentado da Serra de Ota (com declives superiores a 40%) que se ergue para Noroeste da localidade da Ota até Sul da de Abrigada. Também a parte central do concelho é marcada por um relevo irregular, fato que advém essencialmente da ação erosiva da escorrência superficial, em especial do Rio de Alenquer.

Assim, estas áreas do concelho, que apresentam declives acentuados, conjugado com as características do material rochoso da vertente e a quantidade de água presente no interior da massa, representam as áreas com maior risco de deslizamento de terras/instabilidade de vertentes.

A configuração do relevo condiciona alguns fatores climáticos, em particular o vento, o que será mais detalhado no capítulo da Caracterização Climática.

O concelho de Alenquer apresenta uma orografia acidentada, o que tem implicações diretas na defesa da floresta contra incêndios, nomeadamente nas acessibilidades, na propagação do incêndio e consequentemente na dificuldade de extinção.

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O território do concelho apresenta áreas contínuas de espaços florestais, nas freguesias de Ota, Abrigada e Cabanas de Torres, Carnota, Alenquer, Vila Verde dos Francos e Ventosa. Nestes espaços dominam os povoamentos de eucalipto, matos e terrenos agrícolas abandonados, encontrando-se por vezes em encostas de acentuado declive, como ocorre nas Serras de Ota, Montejunto e Galega. A continuidade de combustível associada ao declive acentua a dificuldade de extinção destes incêndios, com elevada velocidade de propagação e frentes de grandes dimensões.

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Mapa 3: Declives no Município de Alenquer

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2.3. Exposições

Como foi referido anteriormente, outro fator que influencia o risco e a propagação dos incêndios é a exposição das encostas, já que a quantidade de radiação solar recebida varia conforme a exposição. Ao analisar a Carta de Exposições (Mapa 4) verifica-se que em grande parte da Serra de Montejunto prevalecem as zonas voltadas a Sul, sendo por isso esta área muito sensível á propagação de grandes incêndios. Para além desta zona Norte do concelho é, também facilmente identificável um conjunto de situações dispersas pelo território onde predomina uma exposição do quadrante sul. Contudo, numa parte significativa do concelho encontram-se preferencialmente zonas planas e voltadas a Este, proporcionando um risco menos elevado.

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Mapa 4: Exposição das Encostas no Município de Alenquer

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2.4. Hidrografia

O regime hidrológico encontra-se em estreita dependência do regime pluviométrico e da geomorfologia.

Em termos de limites hidrográficos administrativos, o concelho de Alenquer é marcada pela presença de sub-bacias tem a maior parte do seu território integrado na Bacia Hidrográfica do Rio Tejo, sendo que uma pequena parte da extremidade noroeste (que coincide com parte da freguesia de Vila Verde dos Francos) se insere na Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste.

O rio de Alenquer é a maior sub-bacia hidrográfica presente no concelho e nasce a sul da Serra Galega até desaguar no Rio Tejo. O rio de Ota nasce a sul da Serra de Montejunto atravessando a Serra de Ota, para desaguar no Tejo. Ambos os cursos de água têm uma orientação NO-SE e apresentam bacias perfeitamente individualizadas no que respeita a níveis de escoamento e caudais, estando representados na Fig. 7, com um azul mais forte.

Uma análise pormenorizada destas bacias permite distinguir cinco bacias a nível local, nomeadamente as bacias do Rio de Alenquer, Rio da Ota, Rio Grande da Pipa e Estuário, integradas na Bacia Hidrográfica do Rio Tejo, e as bacias do Rio Arnoia e Rio Alcabrichel, integradas na Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste. Destacam-se as bacias hidrográficas dos rios de Alenquer e Ota, com uma grande extensão, abrangendo no seu conjunto, cerca de 80% do território concelhio.

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Figura 7: Bacias hidrográficas do Concelho de Alenquer

Fonte: Relatório de Caracterização Biofísica, CMA

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Da análise do Mapa 5, que representa a distribuição das linhas de água no município, conclui-se que a rede hidrográfica é relativamente densa em todo o seu território. Contudo grande parte das linhas de águas representadas tem um carácter temporário.

Contudo, no que se refere ao risco de incêndio florestal, o facto da maioria dos cursos de água serem temporários, leva a que apresentem potencial para funcionar mais como corredores de propagação de fogos do que como locais de contenção da frente de chamas. Isto fica a dever-se à ocorrência de condições propícias para o desenvolvimento de vegetação ao longo das margens, dos cursos de água durante o Outono e Primavera, vegetação essa que no Verão se encontra com reduzido teor de humidade.

Verifica-se que as diferentes linhas de água existentes, pela sua pequena dimensão e pela inexistência de cordões ripícolas, em particular quando estas atravessam os principais espaços florestais do concelho, não constituem barreiras naturais significativas à progressão do fogo. Esta situação também se verifica em relação aos pontos de água (charcas e albufeiras).

De facto, as únicas linhas de água permanentes são o Rio de Alenquer, o Rio de Ota, a Vala de Archino e o Rio Grande de Pipa, e mesmo nestas, não são observáveis caudais em toda a sua extensão em determinados períodos do ano. (estio). Esta situação também se verifica em relação aos pontos de água (charcas e albufeiras).

Por outro lado, e também devido ao facto dos cursos de água apresentarem uma natureza não permanente, poderão facilitar processos de acumulação de resíduos no seu curso, resíduos estes que em caso de ocorrência de precipitações muito intensas poderão propiciar inundações e cheias.

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Mapa 5: Rede Hidrográfica do Município de Alenquer

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2.5. Caraterização Climática

O Clima é um elemento do meio natural sobre o qual o homem não tem controlo, sobretudo quando estão em causa áreas extensivas. Assim funciona como uma imposição, uma variável exógena relativamente aos sistemas florestais. A floresta é composta por plantas vivas que, tal como todos os seres vivos estão adaptadas a determinadas condições climáticas para se desenvolverem e subsistirem. Deste modo, terá de existir um equilíbrio entre a gama de variação de elementos climáticos suportada por cada espécie, e as condições que esta encontra no ambiente que a rodeia, para que o seu desenvolvimento se processe com o mínimo de sobressaltos e se possam atingir os melhores desempenhos produtivos. Por um lado deveremos considerar uma ação direta do clima sobre a floresta - a ação do clima sobre os processos vitais das plantas. Mas, por outro lado, também deveremos considerar a sua ação indireta sobre a floresta, que resulta do clima influenciar: os processos de erosão dos solos, a ocorrência de incêndios e também o regime hidrológico das áreas florestais, três aspetos fortemente relacionados com as funções dos sistemas florestais. A influência das caraterísticas climáticas nos incêndios florestais, pode ser vista em termos indiretos, na medida em que afeta o crescimento e acumulação de carga combustível e, também em termos de influência direta no início e propagação de um incêndio. Temos assim que o clima afeta duas arestas do célebre “triângulo de comportamento do fogo” o qual é composto por três arestas: meteorologia, topografia e combustível.

2.5.1. Rede Climatológica

A caracterização do clima do concelho de Alenquer que aqui se apresenta, tendo por base as informações recolhidas em duas fontes distintas:

i. As Normais Climatológicas do período 1961-1990, do Instituto de Meteorologia, referentes aos dados recolhidos na Estação Climatológica e Udométrica da Ota / Base Aérea (Lat: 390 07’N, Long: 080 59’W, Alt: 40m);

ii. A cartografia do Atlas do Ambiente Digital, elaborada pelo Instituto do

Ambiente, adaptada de cartas à escala 1/1 000 000, referentes ao período 1931-1960.

Nota: Os fatores meteorológicos a ter em conta neste âmbito são: Temperatura, Humidade, Precipitação,Velocidade e Direção dos Ventos.

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2.5.2. Temperatura

Os valores registados na Estação Climatológica e Udométrica da Ota / Base Aérea, permitem constatar que o concelho de Alenquer apresenta uma amplitude térmica anual pouco significativa, uma vez que as temperaturas médias mensais variam entre os 10,1ºC, em Janeiro, e os 22,5ºC, em Agosto.

Gráfico 1 – Valores mensais da temperatura média, média das máximas e valores máximos no concelho de Alenquer

(1961-1990)

Observando o gráfico acima exposto, constata-se que as temperaturas médias mensais mais reduzidas registam-se, como seria de esperar, nos meses de Inverno (Dezembro, Janeiro e Fevereiro), e as mais elevadas nos meses de Julho, Agosto e Setembro.

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

ºC

Média Mensal 10,1 11,0 12,8 14,4 16,9 20,0 22,4 22,5 21,4 17,8 13,4 10,7

Média das Máximas 14,7 15,7 17,7 19,2 22,0 25,6 28,4 28,7 27,4 23,1 18,0 15,1

Valores Máximos 21,6 24,5 27,3 29,4 36,5 43,5 40,5 40,9 39,8 33,6 29,4 22,8

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

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Relativamente às temperaturas mínimas e máximas mensais verifica-se que as médias mensais podem chegar a valores próximos dos 10,70C no Inverno (janeiro) e dos 290C no Verão. Deste modo, e uma vez que o aumento da temperatura leva à perda de humidade dos combustíveis florestais, os meses mais propícios para ocorrência de incêndios são os de julho e agosto.

O aumento da temperatura atmosférica tende a elevar a probabilidade de ignição. Ao subir a temperatura do ar, os combustíveis, especialmente os finos e mortos, tendem a perder humidade para alcançar o equilíbrio higroscópio com o ar que os rodeia, o que os deixa em condições mais favoráveis para que se inicie e se propague um incêndio. O território do concelho de Alenquer encontra-se distribuído entre o Rio Tejo e os relevos das Serras de Montejunto e Galega. Assim, verifica-se que a temperatura média aumenta à medida que nos aproximamos do Vale do Tejo, devido ao efeito de barreira exercido pelos relevos acima referidos em relação à entrada das massas de ar marítimas.

Deste modo, uma área considerável do concelho (zona Este) que se estende desde o sopé da Serra de Montejunto até ao Tejo apresenta valores da temperatura média superiores aos verificados na parte Oeste do concelho. Acresce ainda que nesta zona os povoamentos florestais, essencialmente de eucalipto, encontram-se instalados em solos arenosos, cuja capacidade de retenção de água é diminuta, o que vem contribuir para uma rápida dessecação dos combustíveis finos (gramíneas). Esta situação pode potenciar, como se verificou em 2003, incêndios florestais violentos e com grande velocidade de propagação, particularmente quando os ventos são de sueste.

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Figura 8 - Temperatura - Valores Médios Anuais (graus centigrados), no período 1931-1960

Fonte: Atlas do Ambiente Digital, Instituto do Ambiente

Embora a temperatura se evidencia relativamente amena, destaca-se o facto da estação quente

atingir temperaturas bastantes altas. Estas características poderão favorecer a ocorrência de

fenómenos meteorológicos extremos, originando riscos graves, nomeadamente:

No que respeita aos episódios de temperaturas altas extremas (ondas de calor), para além das

consequências diretas do calor extremo na saúde população, em especial nos grupos de risco,

relativamente a desidratações, problemas cardiorrespiratórios, entre outros, também merece

algum destaque o facto de o calor favorecer a proliferação de doenças transmitidas pela água

(contaminação da rede pública de abastecimento de água) e pelos alimentos;

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As temperaturas elevadas poderão contribuir para a diminuição das reservas hídricas,

contribuindo para a ocorrência de situações de seca;

O facto das temperaturas médias, assim como os valores máximos de temperatura, poderem

atingir valores elevados, contribuíra para uma redução da humidade dos combustíveis e para um

maior risco de ignição, aumentando assim o risco de incêndio florestal;

Quanto a episódios de temperaturas baixas extremas (vagas de frio) e apesar de no concelho, o

Inverno ser relativamente ameno, há que considerar as implicações críticas para a população,

quer por efeito direto na saúde, nomeadamente no que se refere a situações de hipotermia

(especialmente nos grupos de risco, como são exemplo as crianças, os idosos e os doentes),

quer no que se refere ao aumento da probabilidade de formação de geada, que poderão ter

consequências para a população e que dizem diretamente respeito à atividade de Proteção Civil

(acumulação de gelo nas estradas, ocorrência de acidentes, etc).

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2.5.3. Precipitação

A precipitação é fundamental para recarregar a reserva hídrica do solo e assim possibilitar o crescimento das plantas. Mas se essa precipitação se verificar com uma intensidade superior à capacidade de infiltração, verifica-se o escorrimento superficial, e surge a erosão hídrica do solo. No concelho de Alenquer, o regime pluviométrico tem um comportamento oposto ao da temperatura, isto porque os maiores valores de pluviosidade registam-se entre os meses de outubro a fevereiro antagonicamente, os meses mais secos são os de verão (julho e agosto).

Gráfico 2 – Precipitação Mensal no Concelho de Alenquer, Média e Máxima diária (1961/1990)

Fonte: Normais Climatológicas, Período 1961-1990, Instituto de Meteorologia

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

mm

Média 84,6 88,7 61,8 56,7 44,1 20,9 4,5 5,7 23,2 74,1 103,6 89,2

Max imo 60,2 39,6 79,9 37,9 61 43,2 30 36,9 43,5 48 163 60

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 111

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Em conformidade com o Gráfico 2, a precipitação média mais baixa ocorre nos meses de estio, destacando-se o mês de julho no qual a precipitação média é de apenas 4,5 mm, antagonicamente, como é natural, os meses de maior volume de precipitação correspondem às estações do outono e inverno, cabendo a maior média mensal de precipitação ao mês de novembro.

Provando a irregularidade sazonal na precipitação, características do clima em Portugal, verifica-se que existiu no período analisado uma grande variabilidade mensal na pluviosidade, facto que se verifica pelos picos constatados em alguns dias.

Os referidos indicadores, demonstram que no mês de novembro ocorreram dias com precipitações de magnitude próximas de 160mm, que poderão levar à ocorrência de cheias e inundações nos locais de acumulação de escoamento superficial ou em cursos de água que se encontrem obstruídos e poderão provocar deslizamentos de terra por saturação hídrica dos solos. Relativamente a episódios prolongados de falta de precipitação, pode ser expectável a ocorrência de fenómenos críticos, como secas, que poderão estar na base da falta de água para colmatar necessidades existentes, bem como, incêndios florestais, por haver menor teor de humidade da vegetação durante o verão, o que pode provocar a ocorrência de ignições. A figura 9, configura a distribuição da precipitação no concelho de Alenquer, apresenta uma acentuada assimetria com valores mínimos anuais de cerca de 550 mm na Ota, e valores máximos anuais de cerca de 1000 mm em Montejunto. Os reduzidos valores de precipitação registados na parte Este do concelho, associado a solos arenosos, contribui para uma rápida dessecação dos combustíveis, o que potencia a ocorrência de incêndios de grande intensidade.

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Emergência de Proteção

Civil - 2014

Figura 9: Precipitação Total - Valores Médios Anuais (mm), no período 1931-1960

Fonte: Atlas do Ambiente Digital, Instituto do Ambiente

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Emergência de Proteção

Civil - 2014

2.5.4.Humidade Relativa

Quanto à humidade relativa do ar é outro fator de grande importância, e o seu aumento faz diminuir a possibilidade de início de incêndio, e dificulta a sua propagação, já que a atmosfera cede humidade aos combustíveis dificultando assim a sua combustão.

Neste Concelho, esta variável do clima apresenta uma oscilação diária normal, uma vez que, os valores mais elevados verificam-se no decorrer da noite e primeiras horas da manhã, tornando-se mais moderada até às primeiras horas da tarde (15 horas), para daí em diante começar a aumentar progressivamente até ao início da noite.

Analisando a variação da humidade relativa ao longo dos meses do ano, verifica-se uma vez mais a distinção entre Inverno e Verão. Nos meses de Inverno o ar é mais húmido, especialmente no período da manhã, enquanto que nos meses de Verão o ar apresenta-se mais seco.

Conforme foi anteriormente referido, o concelho de Alenquer apresenta uma acentuada assimetria climática entre a zona oeste, mais exposta às massas de ar marítimo, e a zona este mais protegida desta influência.

Assim, os valores da humidade relativa do ar são mais elevados na parte oeste do concelho, sobretudo durante a noite e manhã. Esta situação deve ser tida em conta nas ações de vigilância, combate, rescaldo e vigilância pós-rescaldo.

No entanto, na presença de ventos do quadrante leste, esta situação tende a atenuar-se.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 114

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Emergência de Proteção

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Gráfico 3: Humidade Relativa Mensal no Concelho de Alenquer, às 9.00 horas e às 15.00 horas (1961/1990)

Fonte: Normais Climatológicas, Período 1961-1990, Instituto de Meteorologia

Os teores de humidade relativa do ar bastante reduzidos associados a temperaturas elevadas, deverão constituir razões para alerta das forças de prevenção e combate a incêndios, uma vez que aumenta o risco de ignição e a facilidade de propagação das chamas (risco de incêndio florestal).

Conforme foi anteriormente referido, o concelho de Alenquer apresenta uma acentuada assimetria climática entre a zona oeste, mais exposta às massas de ar marítimo, e a zona este mais protegida desta influência. Deste modo, os valores da humidade relativa do ar são mais elevados na parte oeste do concelho, sobretudo durante a noite e manhã, situação que deve ser tida em consideração nas ações de vigilância, combate, rescaldo e vigilância pós-rescaldo. No entanto, na presença de ventos do quadrante leste, esta situação tende a atenuar-se.

A Figura 10 permite constatar que os valores médios anuais da humidade do ar variam entre 75 e 80%, com exceção da área a sudeste, cujo valor varia entre 70 e 75%.

0

20

40

60

80

100

%

9.00 h 88 86 79 74 70 69 67 67 74 81 86 88

15.00 h 69 66 59 58 54 53 48 47 50 58 66 70

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

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Figura 10: Humidade do Ar - Valores Médios Anuais (%), no período 1931-1960

Fonte: Atlas do Ambiente Digital, Instituto do Ambiente

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2.5.5.Vento

No que respeita ao padrão dos ventos no concelho de Alenquer, verifica-se que os ventos dominantes (mais frequentes) provêm de Norte e Noroeste, em especial de abril a outubro. Os menos frequentes provêm de Sul e Sudeste, entre outubro e abril.

Nos meses de Maio a Agosto, os ventos de velocidade média mais elevados são os de Norte, enquanto que, nos restantes meses são os de Noroeste e Sudoeste. A velocidade média dos ventos de oeste tem uma certa importância nos meses de Dezembro a Abril.

No entanto, durante o Verão, sobretudo durante épocas particularmente quentes, os ventos são predominantes são de Este e Sudeste, secos e por vezes de grande intensidade. No entanto, na maioria destes dias esta situação altera-se durante a tarde com a entrada da Nortada. Assim este facto deve ser considerado, particularmente durante as ações de combate aos incêndios e vigilância pós-rescaldo, pois como ocorreu em 2003, esta alteração da direção do vento pode ser revelar-se bastante problemática.

O gráfico seguinte representa as frequências e velocidades médias para cada rumo.

Gráfico 4: Velocidades e frequências médias na estação climatológica Ota/Base Aérea

Fonte: Normais Climatológicas, Período 1961-1990, Instituto de Meteorologia

0

10

20

30

40N

NE

E

SE

S

SW

W

NW

Frequência (%)

Velocidade(Km/h)

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Quadro 12: Médias mensais da frequência e velocidade do vento no Concelho de Alenquer

F = FREQUÊNCIA (%) E V = VELOCIDADE DO VENTO (KM/H)

Fonte: Normais Climatológicas, Período 1961-1990, Instituto de Meteorologia

Embora os episódios de ventos fortes, tornados e ciclones violentos, causadores de danos avultados sejam relativamente raros nesta região, estes poderão ocorrer, surgindo assim riscos ao nível da saúde pública e dos danos em veículos e edifícios. A sua ocorrência condicionará o assegurar de condições mínimas de normalidade, em especial, o acesso a escolas, a serviços de saúde e a bens alimentares, em consequência dos acidentes de viação e da obstrução de vias. Outro aspeto que merece especial atenção prende-se com a integridade das redes de telecomunicações e de distribuição de energia elétrica, o que poderá limitar a facilidade de comunicações entre os agentes de proteção civil. Por último, de salientar que o comportamento dos ventos provenientes de leste, que tendem a ser bastante quentes e secos, o que favorece a ocorrência de incêndios florestais.

O vento aumenta a velocidade de propagação dos incêndios, já que fornece oxigénio de combustão, transporta ar quente, seca os combustíveis e dispersa as partículas em ignição. Por outro lado, os ventos fortes limitam a produtividade florestal; ou por diminuírem a taxa de crescimento anual, ou por poderem provocar o derrube de árvores.

Mês N NE E SE S SW W NW C

F V F V F V F V F V F V F V F V F

Jan. 23,8 13,2 8,6 10,7 5,2 11,2 4,6 11,7 9,1 12,2 5 16,3 7,6 15,9 7,9 18,2 28

Fev. 25,5 14,7 8,4 11,5 6 12 5,3 11,4 10,3 15,8 5,1 18,3 7,4 17,8 9,9 18 22

Mar 28,4 17,1 8,4 11,5 6,7 13,3 6,3 13,9 9,2 14,6 5,1 16,8 8,4 17,1 10,8 17,5 16,7

Abr. 31,8 18,8 7,3 11,5 5,7 13,5 4,9 12,7 8,1 15 5,2 16,1 10,6 17,7 13,9 19,2 12,7

Mai. 36,2 19,3 6,9 14,2 3,4 13,1 2,7 10,6 7,2 14,2 6,1 16,8 12,2 15,4 16,4 17,6 8,8

Jun. 35,2 18,3 7,1 11,3 3,3 10,9 3,6 10,3 6,4 13,3 4,8 14,2 12,9 15,8 15,8 17 11

Jul. 39,9 19,4 6,4 11,9 2,8 9,6 2 10,4 4,1 10,4 2,5 11,2 13 10,2 19 18 10,3

Ago. 46,2 20,3 6,8 12 2 11,2 2,3 11,1 4,2 11,7 1,9 14,4 9,9 14,5 15,8 18,3 10,9

Set. 32,6 16,5 6,5 10,9 3,4 9,2 4,4 10,6 8,9 14,2 5 15,4 8,5 14,1 13,2 16,5 17,3

Out. 30,5 14,6 8 10,9 4,6 11,5 6,5 12,2 10,2 14,8 4 14,5 7,9 16,2 9,2 18,1 19,2

Nov. 28,7 13,1 8,4 11,2 5,5 9,8 5,7 12,2 8,5 13,2 3,5 16,7 5,8 15,5 9,8 17,4 24,1

Dez. 26,9 13,4 11,2 10,9 5,4 10,3 5,3 11,6 7,8 12,2 3,7 15,2 6,4 18,1 7,5 16,7 25,8

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2.5.6. Classificação Climática

O Clima, no concelho de Alenquer, é caraterizado pela existência de temperaturas amenas ao longo de todo o ano. A temperatura média anual é de 16,1 0C e a amplitude térmica é moderada (12,40C).

Gráfico 5: Gráfico Termo pluviométrico do Concelho de Alenquer (1961/1990)

Analisando o gráfico Termo pluviométrico constata-se que aos meses mais quentes correspondem os mínimos de pluviosidade, ou seja os meses de junho a setembro consideram-se como meses secos, uma vez que a precipitação média mensal é inferior ao dobro da temperatura registada nesse mesmo período. Mesmo nos meses de Inverno os valores de precipitação são moderados.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Precipitação 84,6 88,7 61,8 56,7 44,1 20,9 4,5 5,7 23,2 74,1 103,6 89,2

Temperatura 10,1 11,2 12,8 14,4 16,9 20 22,4 22,5 21,4 17,8 13,4 10,7

0

20

40

60

80

100

120

0

5

10

15

20

25

mm

ºC

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De salientar que a Serra de Montejunto constitui uma barreira que promove a ocorrência de chuvas orográficas com maiores valores de precipitação na vertente N e NE, que na vertente S e SW. Estas chuvas ocorrem, quando os ventos húmidos provenientes do Oceano Atlântico embatem no maciço e ascendem; ao ascender, o ar arrefece, levando à condensação da água e consequente precipitação. Por conseguinte, após atravessar a cumeada do maciço, a massa de ar que era proveniente do oceano é já seca, levando à ocorrência do efeito de Föhn, que faz com que a área do concelho de Alenquer seja mais seca, uma vez que está a sotavento da barreira.

Assim, com base nos dados disponíveis, pode-se assim incluir o clima do concelho de Alenquer no tipo Csa da classificação de KOPPEN – Clima Temperado com Inverno chuvoso e Verão seco e quente:

Temperatura média do ar dos três meses mais frios compreendida entre 3ºC e 18ºC;

Verão quente, temperatura média do ar no mês mais quente igual ou superior a 22ºC;

Chuvas de inverno.

Contudo, qualquer que seja a classificação climática adotada pode-se concluir que o clima de Alenquer caracteriza-se pela sua temperatura amena e irregularidade sazonal da precipitação.

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2.6. Caraterização Sismológica

A sismicidade de Portugal Continental é caraterizada pela ocorrência, mais ou menos contínua, de sismos de magnitude fraca a média (inferiores a 5.0) e, esporadicamente, de um sismo de magnitude moderada a forte (superior a 6.0). A sismicidade concentra-se, sobretudo, na região do Algarve (incluindo a zona marítima adjacente) e na região de Lisboa e Vale do Tejo, em particular junto à cidade de Lisboa e à vila de Benavente. A atividade sísmica do território português resulta de fenómenos localizados na falha Açores-Gibraltar – fronteira entre as placas euro-asiática e africana (sismicidade intraplaca) e de fenómenos localizados no interior da placa euro-asiática (sismicidade intraplaca). Os epicentros de vários sismos históricos que afetaram Portugal Continental situaram-se perto do Banco de Gorringe, localizado aproximadamente a 200 km a sudoeste do Cabo de S. Vicente, nomeadamente o sismo de 1 de Novembro de 1755, que foi seguido de um grande maremoto na costa oeste e sul da Península Ibérica (estimou-se a sua magnitude em 8.75). Também a Falha do Vale Inferior do Tejo tem uma enorme importância na medida em que já foi responsável por alguns sismos de intensidade significativa. A falha do Vale Inferior do Tejo, com direção aproximada NE-SW, corresponde a uma fonte sismogénica em que se têm verificado vários eventos catastróficos (p. ex.: 1344, 1531, 1909), que atingem, por vezes com grande violência, a cidade de Lisboa. Foi nesta falha, provavelmente nas proximidades de Vila Franca de Xira, que ocorreu o sismo de 26 de Janeiro de 1531 (um dos mais energéticos com epicentro em terra), e que destruiu muitas aldeias no Vale de Santarém. Foi também nesta falha que se gerou o sismo de Benavente, em 23 de Abril de 1909 (que destruiu por completo esta vila e várias aldeias próximas, causando, também, danos em Lisboa), cuja magnitude está estimada entre 6 e 7,6, e que é considerado o sismo mais destruidor, em Portugal Continental, no século XX. O concelho de Alenquer segundo um estudo de 2004 da ANPC, na altura o SNBPC, está sujeito a ser afetado de uma forma considerável quer o epicentro do sismo seja em Lisboa, em Benavente ou em Setúbal. Na secção II, ponto 6. Cenários, analisaremos mais pormenorizadamente este aspeto.

O IPMA apresenta uma carta de isossistas de intensidade máxima para o continente português no qual toda a região de Lisboa e Vale do Tejo apresenta intensidades máximas elevadas. De facto, a distribuição espacial das intensidades sísmicas máximas, com base na sismicidade histórica, mostra que o concelho de Alenquer se situa nas zonas de intensidade de IX a VII, ou seja, uma das mais elevadas do território português.

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Figura 11: Intensidade Macrossisimica

Fonte: Atlas do Ambiente Digital, IM (adaptado CMA)

Repare-se que a intensidade máxima sentida no concelho decresce do sector sudeste para o sector noroeste. Sendo que é no sector sudeste do município que se concentra a maior parte da população e consequentemente o maior número de edifícios. Por essa razão houve uma enorme preocupação em colocar os Postos de Comando e as ZCAP nas freguesias localizadas no setor norte do concelho.

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2.7. Caraterização do Uso do Solo

2.7.1. Ocupação do Solo

A carta de ocupação do solo foi realizada a partir da COS 2007 – Carta de Ocupação do Solo disponibilizada pelo IGP - Instituto Geográfico Português, referente ao ano de 2007, nível 2.

Da análise do Mapa 6 e Quadro 13 podemos concluir que uma parte significativa do concelho de Alenquer apresenta ocupação agrícola (50,6%, cerca de 15.400 ha), sendo a vinha a cultura dominante, nomeadamente nas freguesias de Ventosa, UF de Aldeia Gavinha e Aldeia Galega da Merceana, UF de Ribafria e Pereiro de Palhacana e Olhalvo.

O espaço florestal ocupa também uma área considerável com cerca de 12.150 ha (39,9%), repartindo-se pelas freguesias de Ota, UF de Alenquer, UF de Abrigada e Cabanas de Torres e Vila Verde dos Francos. Parte significativa deste espaço florestal corresponde a áreas agrícolas abandonadas e a matagais esclerófitos, nomeadamente na Serra de Montejunto.

As áreas sociais (territórios artificializados) abrangem cerca de 2.700 ha (8,9%), sendo de destacar a UF de Alenquer e a UF de Carregado e Cadafais.

No concelho de Alenquer verifica-se um aumento de áreas agrícolas abandonadas (vinhas), sobretudo em zonas de declive acentuado e minifúndio. Estas pequenas parcelas formam no seu conjunto extensas áreas, por vezes na periferia de povoamentos florestais, aglomerados urbanos e zonas industriais.

Estes espaços evoluem para matos, com intensa regeneração natural de Sobreiro Quercus suber e Carvalho Quercus faginea. Assim, nestes espaços será necessário executar faixas de gestão de combustível, que salvaguardem as zonas edificadas e espaços florestais confinantes. A entrada em vigor do Decreto-lei 96/2013 de 19 de julho, vem facilitar a arborização destas pequenas parcelas, sendo a espécie mais utilizada o eucalipto.

Esta tendência de abandono agrícola associada a novos povoamentos florestais sem quaisquer infraestruturas de DFCI (Defesa da Floresta Contra Incêndios) irá criar dar lugar a um maior desordenamento florestal e a sérios conflitos de vizinhança, o que potenciará um aumento de incêndios nestas áreas, com um número significativo de ocorrências e o risco de danos para as zonas edificadas e povoamentos florestais.

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Na freguesia de Vila Verde dos Francos e na área envolvente a Cabanas de Torres surgem espaços agrícolas abandonados associados a zonas de pastagens naturais onde o número de ocorrências é elevado, sendo que muitas destas ocorrem já fora do período crítico (pastagens). Esta situação é particularmente preocupante visto que estes espaços localizam-se nas encostas da Serra de Montejunto, podendo estes incêndios propagarem-se para o interior do Perímetro Florestal, dando origem a incêndios de grande dimensão devido à dificuldade de extinção (declive e tipo de vegetação).

Nos relevos calcários (Serras de Ota, Montejunto e Monte Redondo) pelas suas características naturais (declive, tipo de vegetação, falta de acessos, carga e continuidade de combustível) a dificuldade de extinção é sempre elevada, pelo que serão expectáveis incêndios de grandes dimensões.

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Mapa 6: Uso / Ocupação do Solo do Município de Alenquer

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Quadro 13: Uso / Ocupação do Solo do Município de Alenquer, por freguesia

Nível 1 Nível 2

Freguesias (hectares)

UF Abrigada

e Cabanas de Torres

UF Aldeia Galega e

Aldeia Gavinha

UF de Alenquer

UF Carregado e Cadafais

Carnota Meca Olhalvo Ota

UF Ribafria e Pereiro

de Palhacana

Ventosa

Vila Verde dos

Francos

1. Territórios

artificializados

1.1 Tecido urbano 187,53 134,48 281,08 173,95 66,66 67,5 72,55 40,66 81,14 111,64 67,45

1.2 Industria, comércio e transportes

59,92 25,74 119,81 318,59 1,33 0 7,57 216,74 4,54 12,86 6,67

1.3

Áreas de extração de inertes, de deposição de resíduos e estaleiros de construção

83,34 17,17 314,84 26,19 1,39 111,44 5,07 33,3 0 4,7 5,67

1.4

Espaços verdes urbanos, equipamentos desportivos, culturais e de lazer e zonas históricas

2,8 2,5 14,92 7,46 1,05 1,29 2,2 4,47 0 3,27 0

2. Áreas

agrícolas e agroflorestais

2.1 Culturas temporárias 749,17 636,41 990,44 652,57 326,24 130,69 84,79 543,85 371,64 533,18 335,91

2.2 Culturas permanentes 472,66 1149,85 666,19 440,42 488,04 395,64 313,85 337,17 774,11 915,44 658,08

2.3 Pastagens permanentes 229,8 56,57 205,86 57,19 22,47 3,59 0 67,15 0 84,21 286,51

2.4 Áreas agrícolas heterogéneas

218,03 178,98 562,25 139,89 241,33 161,79 119,94 202,08 182,66 188,74 192,16

3. Florestas e

meios naturais e semi-naturais

3.1 Florestas 1015,42 330,8 545,17 64,96 166,27 48,15 62,65 1907,41 49,22 139,68 683,68

3.2 Florestas abertas e vegetação arbustiva e herbácea

1378,57 251,86 1214,67 435,01 494,16 487,92 158,89 1226,86 370,72 224,03 464,14

3.3 Zonas descobertas e com pouca vegetação

213,92 7,02 57,38 19,51 0 0 1,08 24,2 0 0 119,99

4. Zonas húmidas 4.1 Zonas húmidas interiores 1,2 3,28 29,59 1,98 0 3,65 0,79 19,55 0 0 0

5. Corpos de

água 5.1 Águas interiores 2,34 2,33 4,51 113,89 0 1,08 0 9,15 0 3,3 1,02

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Civil - 2014

2.7.2.Povoamentos Florestais

Segundo a definição referida na alínea f) do nº1 do art.º 3º do Decreto-Lei n.º124/2006, os terrenos ocupados com floresta, matos e pastagens ou outras formações vegetais espontâneas são considerados Espaços florestais encontrando-se os mesmos representados no mapa seguinte.

Os povoamentos de eucalipto distribuem-se pela UF de Abrigada e Cabanas de Torres, Ota e Vila Verde dos Francos, em manchas de grande dimensão, sendo a espécie florestal com maior expressão no concelho de Alenquer.

As resinosas, nomeadamente o Pinheiro-bravo e o Pinheiro de Alepo, sofreram uma redução acentuada nas suas áreas em particular na Serra de Montejunto, devido aos incêndios de 2003. No entanto, no Perímetro Florestal da Serra de Ota existe ainda uma área de resinosas, a qual apresenta em alguns locais uma elevada carga combustível. Tal situação, associada ao facto de se tratar de uma região com declives acentuados, configura uma situação de elevado risco de incêndio. A execução da faixa de contenção sanitária do PROLUNP, em 2007 veio reduzir significativamente a área com resinosas nas freguesias de Ota, UF de Abrigada Cabanas de Torres e Olhalvo.

Os povoamentos de quercíneas, nomeadamente de Sobreiro ocupam áreas pouco significativas, em particular nas freguesias de Ota e UF de Alenquer (St.º Estevão e Triana).

Existem ainda bosquetes de Carvalho-português dispersos pelo concelho, nomeadamente na freguesia de Carnota, mas que na sua totalidade ocupam uma área reduzida.

Nas freguesias de Ota e UF de Abrigada e Cabanas de Torres encontram-se instalados extensos povoamentos de eucalipto, em zonas de declive suave. No entanto, algumas destas parcelas apresentam elevada carga combustível e uma deficiente rede viária florestal. Assim, face a esta situação e também à continuidade destes povoamentos, encontram-se reunidas condições para a ocorrência de incêndios florestais de grandes dimensões, pelo que são locais onde as ações de prevenção e vigilância devem ser reforçadas.

Na freguesia de Vila Verde dos Francos (Serra Galega) ocorrem também extensos povoamentos de eucalipto em zonas de forte declive e mau acesso, o que dificulta bastante combate. Acresce ainda que estes povoamentos se prolongam para o concelho de Torres Vedras, ocupando na sua totalidade uma vasta área florestal.

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Quadro 14: Povoamentos Florestais por freguesia

Tipos de povoamento

Abrigada/Cabanas de Torres

Ota Alenquer Carregado/ Cadafais

Carnota Ribafria/ Pereiro

A. Galega/ A. Gavinha

Olhalvo Meca Ventosa Vila Verde

dos Francos

Área (ha)

Eucalipto 1013,8 1465,4 262,2 0,0 54,0 36,1 245,8 46,2 0,0 130,0 786,9 4040,4

Sobreiro 21,3 339,4 54,7 15,0 0 0 0 0 0 0 0 430,4

Misto Resinosas 95,9 180,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,4 0,3 6,2 286,0

Pinheiro manso 5,2 161,1 69,2 5,4 11,9 0,9 0,0 0,0 7,9 0,0 8,5 270,1

Pinheiro manso e sobreiro

0,0 239,1 15,3 3,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 257,8

Montado de Sobro 0,5 131,6 101,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 234,0

Misto Quercíneas e Resinosas

0,0 17,0 44,5 0,0 0,0 0,5 13,2 0,0 0,0 0,0 0,0 75,2

Quercíneas 12,7 0,0 17,5 2,5 0,7 16,8 0,2 0,0 3,0 5,8 9,2 68,4

Vegetação Ripícola 8,9 19,0 20,3 6,3 0,0 2,3 2,3 0,0 0,0 6,1 0,0 65,1

Povoamento misto 0,0 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0 13,5 0,0 0,0 6,4 5,7 27,0

Folhosas 8,3 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 3,5 0,0 2,4 3,3 1,4 19,2

Total 1166,7 2554,5 585,7 32,5 66,6 56,6 278,4 46,2 16,8 151,9 817,8 5773,6

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2.7.3. Zonas Especiais (Área Protegida, Rede Natura 2000 e Regime Florestal) O concelho de Alenquer engloba no seu território parte da área da Paisagem Protegida da Serra de Montejunto (PPSM). Esta área protegida foi criada pelo Decreto – Regulamentar nº 11/99, de 22 de julho, uma vez, que segundo o respetivo diploma “a serra de Montejunto constitui um repositório de vegetação natural de importância nacional, para além do interesse de ordem geológica, traduzido nos afloramentos rochosos, que proporcionam aspetos de grande interesse paisagístico, encenando panorâmicas de grande beleza natural”. Sem prejuízo do disposto no artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 19/93, de 23 de janeiro, constitui objetivo específico da Paisagem Protegida: A conservação da Natureza e a valorização do património natural da serra de Montejunto como pressuposto de um desenvolvimento sustentável; A promoção do repouso e do recreio ao ar livre em equilíbrio com os valores naturais salvaguardados.

A Paisagem Protegida tem uma dimensão territorial de 4847ha e está inserida nos concelhos do Cadaval e de Alenquer. Em termos administrativos abrange parcialmente quatro freguesias (duas em cada concelho). O quadro seguinte identifica as áreas de cada freguesia dentro do limite da área protegida, e a sua comparação com a área total da freguesia.

Quadro 15 – Área da Paisagem Protegida da Serra de Montejunto por freguesia

CONCELHO FREGUESIAS

ÁREA (HA)

INSERIDA NA

PPSM

ÁREA TOTAL

DA

FREGUESIA

% FREG.

INSERIDA

NA PPSM

Cadaval União das Freguesias de Lamas e Cercal 2615 5779 45,3%

Freguesia do Vilar 740 1685 43,9%

Alenquer

União das Freguesias de Abrigada e

Cabanas de Torres 836 4602 18,2%

Freguesia de Vila Verde dos Francos 657 2802 23,4%

Total 4848 14868 32,6 %

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A expressão territorial de cada freguesia na Paisagem Protegida em relação à sua área total varia entre um mínimo de 18,2% na U.F. de Abrigada e Cabanas de Torres e um máximo de 45,3% na U.F. de Lamas e Cercal.

Grande parte da área da PPSM corresponde a um sítio da Rede Natura 2000, designado de Sitio da

Serra de Montejunto (PTCON0048).

Figura 12: Sobreposição do Sítio da Serra de Montejunto com a Paisagem Protegida da Serra do Montejunto

Fonte: ICNB (elaboração própria)

O Sitio da Serra de Montejunto tem uma área total de 3830ha, mas apenas 26% desta área se insere o Concelho de Alenquer, estando a restante em território do Concelho do Cadaval.

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Quadro 16: Distribuição da Área do Sítio da Serra de Montejunto

CONCELHO AREA (ha) % DO CONCELHO

CLASSIFICADO

% DO SÍTIO NO

CONCELHO

ALENQUER 1012 3 26

CADAVAL 2814 16 74

De acordo com o relatório do Plano Sectorial Rede Natura 2000, a Serra de Montejunto está englobada no maciço calcário estremenho. Estes calcários apresentam formações cársicas características, originadas pela erosão. As escarpas que caracterizam a paisagem são os biótopos mais importantes da serra.

Para além de um carvalhal “relíquia” e de endemismos próprios dos calcários do Centro de Portugal, existem taxas endémicas ou raras em Portugal que aqui se encontram localizados, havendo outros que, na sua limitada distribuição geográfica, têm aqui uma boa representação.

Em termos faunísticos, em particular no que diz respeito aos Quirópteros, trata-se de uma zona de grande importância, não só de hibernação como também de reprodução. Este Sítio é constituído essencialmente por um abrigo muito importante na época de criação para uma colónia de morcego-rato-grande -Myotis myotis. Abrigo satélite importante para morcego-de-peluche -Miniopterus schreibersi. É também importante durante o resto do ano.

Durante a época de criação é um abrigo satélite importante para machos e fêmeas não reprodutores de várias espécies de morcegos com estatuto de ameaça. A área envolvente constituída por montados assume um papel importante como zona de alimentação.

Segundo o mesmo documento, os principais fatores de vulnerabilidade/ameaça neste Sítio, para além dos incêndios, são a florestação com eucaliptos e outras alóctones, a extração de inertes e a edificação e colocação de antenas no cimo da serra.

As orientações de gestão identificadas para o Sitio da Serra de Montejunto decorrem da transposição direta das orientações associadas ao conjunto de valores naturais que motivaram a classificação deste Sítio.

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A vertente sul da Serra de Montejunto apresenta declives acentuados (superiores a 40%) , com uma área contínua de matos com cerca de 800 ha, onde domina o Carrasco Quercus coccifera. Assim, esta zona apresenta uma elevada dificuldade de extinção, devido ao difícil combate, rescaldo e à elevada probabilidade de reacendimentos.

Em relação ao Regime Florestal, no caso do concelho de Alenquer, existem duas zonas com regime florestal parcial, um localiza-se na Serra de Montejunto e o outro na Serra de Ota. O regime florestal parcial aplica-se em áreas não pertencentes ao domínio do Estado, em que a existência da floresta é subordinada a determinados fins de utilidade pública.

Figura 13: Regime Florestal em Portugal Continental (Perímetros e Matas Florestais)

Fonte: AFN

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O Regime Florestal, segundo o decreto de 1901, é "...o conjunto de disposições destinadas não só à criação, exploração e conservação da riqueza silvícola, sob o ponto de vista da economia nacional, mas também o revestimento florestal dos terrenos cuja arborização seja de utilidade pública, e conveniente ou necessária para o bom regime das águas e defesa das várzeas, para a valorização das planícies áridas e benefício do clima, ou para a fixação e conservação do solo, nas montanhas, e das areias no litoral marítimo."

O perímetro florestal da Serra de Ota ocupa cerca de 311 ha e abrange somente a freguesia da Ota. Relativamente ao perímetro florestal da Serra de Montejunto, o mesmo sobrepõem-se, em parte, à área da PPSM e ao Sitio da Serra de Montejunto da Rede Natura 2000. Tem uma área total de aproximadamente 1520 ha, embora, apenas 522,8 ha coincidam com o território concelhio, estando a restante área no domínio territorial do Concelho do Cadaval.

Neste sentido, estas duas áreas do território concelhio estão sujeitas a Plano de Gestão Florestal.

Existe ainda uma Zona de Intervenção Florestal (ZIF) que abrange também os concelhos vizinhos de Azambuja e Cadaval, onde predominam os povoamentos de eucalipto.

Nesta área com cerca de 8000 ha, onde as empresas de celulose são os principais proprietários/arrendatários, existem uma boa rede viária florestal e vários pontos de água para meios aéreos (ligeiros e pesados).

No entanto, a existência de parcelas com deficiente gestão florestal e a continuidade destes povoamentos, constituem motivos de risco acrescido para aquela ZIF.

No âmbito das candidaturas ao PRODER foram elaborados vários Planos de Gestão Florestal (PGF), nomeadamente na parte norte do concelho.

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Mapa 7: Zonas Especiais no Município de Alenquer

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3. Caraterização Socioeconómica

3.1. Dinâmica Económica

3.1.1. Estrutura Económica

A evolução do concelho de Alenquer tem vindo a ser particularmente condicionada pelo seu posicionamento territorial em relação à Área Metropolitana de Lisboa (AML), principal centro de produção e consumo do País. Esta circunstância, muito ligada à proximidade geográfica e à crescente dotação em matéria de infraestruturas de transporte, conferiu a Alenquer (nomeadamente às zonas do Concelho melhor servidas neste domínio) uma significativa vantagem competitiva com efeitos na criação de importantes dinâmicas de desenvolvimento.

A sua localização privilegiada confere a Alenquer as características de um espaço de transição, sujeito a transformações estruturais de grande intensidade.

Na análise da evolução do tecido económico e empresarial do concelho detetam-se importantes transformações, constituindo um dos domínios em que tanto as condições de acessibilidade à AML como o posicionamento privilegiado enquanto plataforma logística de articulação com outras áreas do país mais têm feito sentir os seus efeitos. A capitalização de vantagens locativas decorrentes do atravessamento do concelho pela IC2/EN1 (induzindo processos de industrialização difusa) e da proximidade a importantes vias de âmbito metropolitano/ regional e nacional tem tido como principal resultado a atração de iniciativas empresariais exógenas (frequentemente de capitais estrangeiros).

Este aumento da atratividade do concelho de Alenquer não pode desprezar igualmente o esforço de disponibilização de espaços infraestruturados para localização empresarial, nomeadamente no Carregado, por força da sua proximidade às vias de comunicação rodoferroviárias e ao Pólo Industrial de Azambuja. O Carregado apresenta-se, por isso, como um dos principais Polos de localização de atividades industriais e de logística a nível sub-regional, configurando um triângulo estratégico conjuntamente com os nós de Azambuja e Ota. Não obstante, deve ser referida a existência de importantes constrangimentos que derivam quer da deficiente estruturação das implantações de unidades empresariais, de onde relevam a sua interpenetração com espaços urbanos, bem como da crescente incapacidade de resposta à procura existente de locação de unidades empresariais.

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Em termos de potencial de recursos humanos, a dinâmica de crescimento populacional traduziu-se num aumento quantitativo que posiciona Alenquer enquanto parte relevante da bacia económica da AML, bem como, a nível qualitativo, numa tendência para a melhoria dos níveis de habilitações e qualificações detidas pela população empregada (não obstante persistirem carências a este nível). A diversificação da estrutura de atividades produtivas localizadas no concelho e, em concreto, a expressividade da indústria transformadora e das atividades de logística são evidências que refletem o dinamismo da atividade económica, às quais acresce a maior abertura ao exterior propiciada pela internacionalização das empresas quer por via do capital social das empresas instaladas, quer através das trocas externas (particularmente das importações). A indústria extrativa assume-se com um vetor estratégico e de especialização económica concelhia face ao seu enquadramento regional. No entanto, importa evitar que o desenvolvimento da atividade extrativa venha a revelar-se como fator de desvalorização do território, conduzindo ao seu uso desqualificado, com a definição de medidas de salvaguarda e recuperação ambiental, por forma a não condicionar a imagem e o processo de desenvolvimento concelhio. No que respeita ao chamado terciário económico, a situação presente encontra-se ainda marcada pelo incipiente desenvolvimento de atividades como os serviços prestados às empresas, fato que não pode ser dissociado da geografia económica do espaço metropolitano de Lisboa, caraterizada por uma forte concentração dos segmentos mais qualificados e intensivos em conhecimento e competências específicas nas áreas dotadas de maior centralidade (nomeadamente na própria capital), dispersando os restantes segundo um padrão espacial menos centralizado (vocacionado para dar resposta a procuras essencialmente locais). Importa salientar que, o concelho de Alenquer registou um acréscimo relativamente significativo da população residente entre 2001 e 2011 (10,4%), e superior ao registado na NUTS III de inserção concelhia (-7,8%), o Oeste1. Em termos de população ativa, a evolução registada em Alenquer foi ainda mais relevante (11,1%), o que se traduziu numa taxa de atividade concelhia, em 2011, de aproximadamente 50%.

1 A interpretação destes dados deve ter em consideração que, durante o período intercensitário 2001/2011 a configuração territorial da NUT III

do Oeste sofreu alterações deixando de contemplar o Concelho de Mafra, que passou a integrar a NUT III da Grande Lisboa.

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Esta trajetória evolutiva parece derivar, principalmente, de duas situações complementares: i) por um lado, do aumento da população concelhia residente, com um grande peso de migrações de população em idade ativa, ii) e por outro, do incremento da taxa de atividade feminina, aliás, situação que é comum a todo o território nacional.

Gráfico 6 – Taxa de atividade no Oeste e Alenquer

Fonte: Censos 2001 e 2011, INE

Em comparação com a sub-região Oeste verifica-se, que o concelho de Alenquer consegue ter uma taxa de atividade superior ao conjunto de municípios da sub-região.

0

10

20

30

40

50

60

70

HM H M HM H M

2001 2011

%

Anos

Oeste

Alenquer

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Civil - 2014

Quadro 17 – Evolução da população residente e da população ativa (2001-2011)

Alenquer Oeste

2001 2011 Var. % 2001 2011 Var. %

População Residente

HM 39.180 43.267 10,4 393.069 362.540 -7,8

H 19.285 21.066 9,2 192.717 175.117 -9,1

M 19.895 22.201 11,6 200.352 187.423 -6,5

População Ativa

HM 19.425 21.583 11,1 189.218 171.676 -9,3

H 11.169 11.517 3,1 107.595 90.631 -15,8

M 8.256 10.066 21,9 81.623 79.604 -2,5

População Inativa

HM 19.755 21.864 10,7 203.851 190.864 -6,4

H 8.116 9.549 17,7 85.122 84.486 -0,7

M 11.639 12.135 4,3 118.729 106.378 -10,4

Taxa de Atividade

HM 49,58% 49,88% 0,6 48,14% 47.35% -1,6

H 57,92% 54,67% -5,6 55,83% 51,75% -7,3

M 41,50% 45,34% 9,3 40,74% 43,24% 6,1

Fonte: Censos 2001 e 2011, INE

Em termos de população ativa em sentido lato, verificamos que em 2001 esta é quase exclusivamente composta por indivíduos empregados (94,6%), assumindo os desempregados um peso residual (5,4%). Contudo, este panorama altera-se significativamente em 2011, com um acréscimo significativo do peso dos desempregados na população ativa (10,9%).

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Civil - 2014

Quadro 18 – Decomposição da população ativa por situação face ao emprego (empregada e desempregada)

em 2001 e 2011

Alenquer 2001 2011

Total % Total %

População Ativa - Total Geral 19.425 100,0 21.583 100,0

População Empregada

Total 18.379 94,6 19.230 89,1

Empregador 1.796 9,2 1.784 8,3

Trabalhador por Conta Própria 1.159 6,0 1.132 5,2

Trabalhador Familiar não Remunerado 77 0,4 69 0,3

Trabalhador por Conta de Outrem 15.220 78,4 16.081 74,5

Membro Ativo de Cooperativa 5 0,0 6 0,03

Outra Situação 122 0,6 158 0,7

População Desempregada

Total 1.046 5,4 2.353 10,9

Procura 1º Emprego 182 0,9 375 1,7

Procura Novo Emprego 864 4,4 1.978 9,2

Fonte: Censos 2001 e 2011, INE

Assim, no que se refere ao desemprego, em 2011, existiam no concelho de Alenquer 2.353 residentes desempregados, correspondendo a uma taxa de desemprego de 10,9%. Este valor, embora elevado, é inferior ao registado no mesmo ano na sub-região (11,4%) e região (11%), e ainda mais se compararmos com a média nacional que é de 13,2%. Ainda segundo os valores do quadro seguinte, verifica-se que a taxa de desemprego feminina assume um peso relativamente superior.

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Quadro 19 – Decomposição da população ativa residente desempregada em 2011

Portugal Centro Oeste Alenquer

Taxa de Desemprego

HM 13,2 11,0 11,4 10,9

H 12,6 10,0 10,5 9,8

M 13,8 12,1 12,2 12,2

Total de Desempregados

HM 662.180 116.014 19.504 2.353

H 327.600 55.259 9.501 1.125

M 334.580 60.755 10.003 1.228

Fonte: Censos 2011, INE

Gráfico 7 – Taxa de Desemprego no Oeste e Alenquer (2001/2011)

Fonte: Censos 2001 e 2011, INE

0 2 4 6 8 10 12 14

HM

H

M

HM

H

M

20

01

20

11

%

An

os

Alenquer

Oeste

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Civil - 2014

Ao nível da freguesia regista-se que é a freguesia do Carregado a mais afetada por esta problemática no ano de 2011, com 38,2% do total do desemprego verificado no concelho (881 desempregados), no entanto, é também a freguesia que possui o maior número de residentes. A freguesia de Cabanas de Torres foi a que viu variar de uma forma mais acentuada a taxa de desemprego entre os anos em análise (variação de 706,3%), seguida de Vila Verde dos Francos (variação de 345,5%).

3.1.2. População Ativa por Setor de Atividade

Em termos de distribuição do emprego por sectores de atividade, o sector terciário é o mais representativo com cerca de 69% da população empregada – superior à média da sub-região Oeste (66,7%) –, seguido de sector secundário (28%) e por último o sector primário (3%).

Gráfico 8 – Distribuição da População Ativa por Setor de Atividade no Concelho (2011)

Fonte: Censos 2011, INE

3%

28%

69%

Primário

Secundário

Terciário

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 141

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Tendo em conta a distribuição da população segundo o setor de atividade económica verifica-se, diferenças significativas entre freguesias (ver mapa seguinte). Na união das freguesias de Alenquer (Triana e Santo Estêvão) e união das freguesias do Carregado e Cadafais, o setor primário apresenta valores inferiores a 2%, logo seguido do sector secundário com cerca de 25%, sendo o terciário o sector com mais expressão com valores superiores a 70%, o que decorre da concentração dos serviços.

Nas restantes freguesias, e apesar do setor terciário continuar a ter grande representação, o setor secundário apresentam valores muito expressivos, sobretudo na união das freguesias de Abrigada e Cabanas de Torres, Meca e Vila Verde dos Francos. A freguesia de Vila Verde dos Francos é a que apresenta uma maior percentagem de população empregada no setor primário, seguida da união de freguesias de Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha.

Gráfico 9 – Distribuição da População Ativa por Setor de Atividade nas freguesias do Concelho (2011)

Fonte: Censos 2011, INE

Resumindo, os dados apresentados permitem concluir que o concelho de Alenquer segue a tendência geral para a terciarização da economia.

0 20 40 60 80 100

Abrigada e Cabanas de Torres

Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha

Carregado e Cadafais

Alenquer (Sto Estêvão e Triana)

Carnota

Meca

Olhalvo

Ota

Ventosa

Vila Verde dos Francos

Ribafria e Pereiro de Palhacana

%

Primário

Secundário

Terciário

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Emergência de Proteção

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Figura 14 – População por Sector de Atividade do Concelho de Alenquer (2011)

Fonte: Censos 2011, INE

1,1

26,2

72,7

7,8

31,7 60,4

7,9

29,0 63,1

10,2

34,7

55,1

3,0

29,1

67,9

3,4

24,7

72,0

5,2

30,8

63,9

2,4

34,0

63,6

9,8

26,3 63,9

1,3

25,0

73,7

4,8

34,9 60,3

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3.2. Dinâmica Demográfica

3.2.1. Caraterização Demográfica Regional

A análise da situação sociodemográfica é aqui entendida enquanto elemento relevante relacionado com a evolução recente dos movimentos de reestruturação territorial e económica em curso no espaço regional de Lisboa e Vale do Tejo, onde se insere o Concelho de Alenquer, os quais traduzem dinâmicas complexas configuradoras de um novo quadro de vocações e de necessidades específicas que interessa aqui ponderar. Neste contexto, e tendo já presentes os dados recolhidos no âmbito dos Censos 2011, constata-se que a Região de Lisboa e Vale do Tejo apresentou, ao longo da década de 90, um ritmo de crescimento demográfico superior ao registado para a década anterior, ascendendo atualmente a perto de 3,6 milhões de habitantes.

Gráfico 10 – Evolução Relativa da População Residente (1991/2011)

Fonte: Censos 1991, 2001 e 2011, INE

90

100

110

120

130

1991 2001 2011

199

1=

100

Oeste*

Grande Lisboa

Península de Setúbal

Médio Tejo

Lezíria do Tejo

Lisboa e Vale do Tejo

*no período intercensitário

2001/2011 a NUT III do Oeste não integra os dados referentes ao Concelho de Mafra, encontrando-se os mesmos incluídos na NUT III da Grande Lisboa.

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A análise do gráfico permite constatar que, no período intercensitário 1991/2001, as sub-regiões da Península de Setúbal e do Oeste são as principais áreas de captação de população, aspeto que não pode ser dissociado quer da sua crescente integração na esfera de influência da AML. Alargada para anéis ou eixos cada vez mais distantes de Lisboa, processo no qual se integra o concelho de Alenquer através da sua localização no corredor do A1/ Linha do Norte.

Quanto ao último período considerado (2001/2011), verifica-se que as sub-regiões registaram taxas de crescimento diferenciadas, salientando-se com taxas positivas a Península de Setúbal, a Grande Lisboa e a Lezíria do Tejo. Quanto às sub-regiões do Médio Tejo e do Oeste, verifica-se um decréscimo da população residente. Contudo, no caso da sub-região Oeste (onde se integra Alenquer), esta situação deve-se ao facto dos dados relativos ao concelho de Mafra se encontrarem integrados na sub-região da Grande Lisboa, de acordo com as matrizes de delimitação geográfica das NUTS para fins estatísticos estabelecidas no Decreto-Lei n.º244/2002, de 5 de Novembro.

Quadro 20 – Evolução da população residente por componentes de crescimento (2001/2010)

Região Crescimento natural

(%) Crescimento migratório

(%) Crescimento efetivo

(%)

2001 2010 2001 2010 2001 2010

Oeste -0,13 -0,21 1,16 0,64 1,03 0,43

Grande Lisboa 0,21 0,23 0,53 -0,11 0,74 0,12

Lezíria do Tejo -0,24 -0,32 0,82 0,37 0,58 0,05

Médio Tejo -0,33 -0,39 0,76 0,19 0,43 -0,20

Península de Setúbal 0,26 0,20 1,23 0,62 1,49 0,82

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

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Assim, segundo os dados disponíveis, a análise desta dinâmica segundo o contributo das diferentes componentes de crescimento demográfico efetivo2 (crescimento natural3 e crescimento migratório4) mostra uma progressiva diminuição da capacidade endógena de substituição geracional, conferindo à intensidade e sentidos dos movimentos migratórios um papel primordial nesse processo. A tradução destas microdinâmicas tem tido como consequência a alimentação por via exógena dos escalões correspondentes aos efetivos em idade ativa, o que tem permitido uma relativa estabilidade dos respetivos índices de dependência total. Não obstante, regista-se uma tendência para o progressivo envelhecimento da base demográfica regional, a qual se deve ao aumento da proporção de idosos nesse conjunto (envelhecimento no topo) e à redução da proporção de jovens em função das baixas taxas de natalidade (envelhecimento na base).

2 Crescimento efetivo = crescimento natural + crescimento migratório.

3 Crescimento natural = nados vivos - óbitos.

4 Crescimento migratório = crescimento efetivo - crescimento natural

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Figura 15 – Representação cartográfica do crescimento natural, crescimento migratório e crescimento

efetivo da população, por sub-região de Lisboa e Vale do Tejo em 2010

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Oeste

Grande

Lisboa

Península

de Setúbal

Lezíria

do Tejo

Médio

Tejo

Oeste

Grande

Lisboa

Península

de Setúbal

Lezíria

do Tejo

Médio

Tejo

Oeste

Grande

Lisboa

Península

de Setúbal

Lezíria

do Tejo

Médio

Tejo

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Embora esta tendência se generalize a todas as subunidades territoriais em estudo, é importante referir situações bastante distintas no que respeita à intensidade do fenómeno, traduzindo assim diferentes níveis de vitalidade demográfica. Assim, a região do Médio Tejo é aquela onde a relação idosos-jovens regista um maior desequilíbrio em favor dos primeiros, revelando-se problemática a capacidade de reposição geracional num quadro de médio/longo prazo; deve, mais uma vez, salientar-se o papel que as migrações têm assumido na preservação de alguns equilíbrios na estrutura etária da população. Do ponto de vista das perspetivas, parece claro que a evolução que vier a ser registada pela componente migratória do crescimento demográfico regional constitui o principal fator de incerteza num contexto de médio prazo. A intensificação do processo de envelhecimento demográfico, por via das baixas taxas de natalidade e do aumento proporcional de idosos, assume-se igualmente como tendência que poderá vir a manifestar-se nesse horizonte, daí decorrendo necessidades sociais específicas que terão de ser devidamente ponderadas na formulação das estratégias de desenvolvimento local e regional. Em termos espaciais, retomando o que já anteriormente foi referido, é expectável a manutenção de processos de reorganização no seio da AML, especialmente incidentes nas componentes habitação e emprego, os quais tenderão a aumentar a pressão da procura em áreas periféricas ao seu núcleo central.

Quadro 21 – Índices - resumo da evolução da estrutura etária da população (2001/2011)

Região

Índice de Envelhecimento

Demográfico

Índice de Dependência Total

Índice de Dependência dos

Jovens

Índice de Dependência dos

Idosos

2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011

Oeste 112,3 133,5 49,6 54,8 23,4 23,5 26,2 31,3

Grande Lisboa 107,7 120,0 43,8 51,1 21,1 23,3 22,7 27,9

Lezíria do Tejo 139,8 151,2 51,3 58,3 21,4 23,2 29,9 35,1

Médio Tejo 142,8 174,8 55,1 60,5 22,7 22,0 32,4 38,5

Península de Setúbal 93,4 114,1 42,2 51,5 21,8 24,1 20,4 27,5

LISBOA E VALE DO TEJO 109,6 124,1 45,3 52,2 21,6 23,3 23,7 28,9

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Censos 2001 e 2011

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Assim, a nível sociodemográfico, deve destacar-se que o crescimento populacional ocorrido em toda a envolvente regional do concelho de Alenquer se encontra fundamentalmente ancorado na dinâmica migratória, o que reflete o potencial atrativo que esta região ainda apresenta na atualidade. Esta realidade, a par de uma diversificação sociocultural que decorre do afluxo de imigrantes estrangeiros que, provavelmente se intensificou nesse período, deve ser entendida enquanto fonte geradora de novas necessidades sociais, nomeadamente nos planos habitacional e de acesso a equipamentos e serviços de natureza coletiva (saúde, educação), bem como de oferta de emprego e apoio ao processo de envelhecimento demográfico em curso.

3.2.2. Evolução Demográfica Concelhia e Densidade Populacional

A dinâmica demográfica do concelho de Alenquer ao longo do século XX revela duas fases distintas: a primeira, até aos anos 60, caracterizou-se por um crescimento contínuo, se bem que moderado, sendo a segunda, compreendida entre essa data e 1991, marcada por uma evolução irregular, embora globalmente no sentido descendente. Como consequência, residiam no concelho de Alenquer em 1991 cerca de 34 mil habitantes, o que correspondia a aproximadamente menos 1000 habitantes que aqueles que aí residiam em 1960, valor ainda assim bastante superior ao existente no início do século XX (menos de 25 mil habitantes). Contudo, a evolução recente aponta claramente para um considerável crescimento do efetivo populacional, tendo-se verificado um aumento do mesmo em +14,9% entre 1991 e 2001, equivalente a um acréscimo de 5082 habitantes, alcançando o concelho 39180 habitantes em 2001. Comparativamente a outros referenciais geográficos em que Alenquer se insere, este crescimento relativo revelou-se bastante superior (mais de 9 pontos percentuais que os registados em Portugal e na região de Lisboa e Vale do Tejo e + 5 p.p. que a sub-região Oeste, onde surge posicionado logo a seguir a Mafra e a Sobral de Monte Agraço no ranking de crescimento). Segundo os resultados definitivos dos Censos 2011, no período intercensitário 2001-2011, o concelho de Alenquer registou um aumento populacional de cerca de 4087 habitantes (10,4%), encontrando-se, à data, com 43267 habitantes.

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Gráfico 11 – Evolução da população residente no concelho de Alenquer (1950/2011)

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Acompanhando as dinâmicas demográficas nacionais, a década de 60 foi, também no concelho de Alenquer, caracterizada pelo início de uma quebra populacional acentuada, motivada quer pela guerra colonial, quer pelas migrações externas (para o estrangeiro) e internas, destacando-se, nestas últimas, as que tiveram como destino o mercado de trabalho da Grande Lisboa. Ao carácter massivo que tomou a saída de população do concelho, assumindo contornos de êxodo rural, não terão sido estranhas as características do respetivo tecido produtivo, através da não disponibilização de oportunidades de emprego satisfatórias para uma fatia considerável dos ativos residentes.

1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011

Pop. Residente 34477 34998 32490 34575 34098 39180 43267

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

45000

de

Ha

bit

an

tes

Recenseamentos

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A conjugação destes fatores assumiu consequências na estrutura do efetivo populacional, condicionando fortemente as dinâmicas evolutivas subsequentes. De facto, ao atingirem maioritariamente as classes mais jovens e em idade fértil, estas saídas vieram a condicionar durante décadas a evolução demográfica natural ao afetarem decisivamente a sua capacidade de reprodução endógena, sendo o duplo envelhecimento da população, traduzido no aumento da população idosa (envelhecimento no topo) e na diminuição da população jovem (envelhecimento na base), a face mais visível desse processo.

A década de 70 caracterizou-se por um retomar do crescimento demográfico generalizado no Continente, não constituindo Alenquer uma exceção. O regresso da população residente nas antigas colónias, a diminuição da intensidade do movimento emigratório e o aumento das condições de vida da população contribuíram indubitavelmente para esse aumento do efetivo populacional, o qual não foi, no entanto, suficiente para ultrapassar os valores de 1960. Terminado o período de retorno das antigas colónias, fator externo e conjuntural que contribuiu para o crescimento demográfico nacional e concelhio, mantendo-se no essencial as características predominantemente rurais do concelho, os anos 80 marcaram um novo período de quebra demográfica (-1,4% entre 1981 e 1991), ao que não terá sido alheio o incremento das migrações para a AML, atrativa em diversas esferas, por oposição ao que acontece em Alenquer.

O recente dinamismo concelhio em termos económicos e a sua maior integração na AML justificam uma nova inversão da tendência demográfica, apontando os dados dos Censos 2001 para um crescimento na ordem dos 15% face a 1991, ultrapassando, em cerca de 4000 indivíduos, os valores da população residente em 1960. É importante realçar que o crescimento demográfico observado superou as perspetivas traçadas pelo PDM agora em revisão em cerca de 3000 habitantes.

Também a última década (2001/2011) ficou pautada pelo incremento da população residente. De acordo com os dados definitivos dos Censos 2011, a população do concelho ultrapassa já os 43000 habitantes (passou de 39180 habitantes em 2001, para 43267 habitantes em 2011, uma variação de +10,4%). Apesar do concelho de Alenquer ter vindo a registar nas últimas décadas significativos aumentos populacionais, reforçando, inclusive, o seu peso relativo face aos outros concelhos da sub-região Oeste, é importante salientar o abrandamento desse ritmo nos últimos anos.

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À semelhança de outros concelhos periféricos em que a função residencial tem apresentado um comportamento explosivo, os ritmos de crescimento efetivo que Alenquer observou devem-se, sobretudo, aos efeitos de suburbanização, derivados de intensos movimentos migratórios, principalmente de população jovem e com menores rendimentos, que encontra no concelho fatores favoráveis para a aquisição de habitação, designadamente no que se refere ao custo das casas. A leitura desta evolução segundo o contributo real das diferentes componentes de crescimento demográfico efetivo5 (crescimento natural6 e crescimento migratório7) reflete uma diminuição da capacidade endógena de substituição geracional, conferindo à intensidade e sentido dos fluxos migratórios um papel determinante nesse processo. Tomando como referência os anos 2001 e 2010, constata-se uma diminuição da taxa de crescimento efetivo, motivada pelo decréscimo da componente migratória na última década, apesar do ligeiro aumento do crescimento natural.

5 Crescimento efetivo = crescimento natural + crescimento migratório.

6 Crescimento natural = nados vivos - óbitos.

7 Crescimento migratório = crescimento efetivo - crescimento natural

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Gráfico 12 – Taxas de crescimento efetivo, natural e migratório no concelho de Alenquer (2001/2010)

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Desta análise, ressalta a ideia central da importância da componente migratória no processo de crescimento demográfico concelhio, apesar da sua diminuição, uma vez que reflete as condições específicas que têm influenciado o grau de atratividade/repulsividade do concelho; quanto ao crescimento natural, o seu ligeiro aumento foi promovido pela conjugação entre as taxas de natalidade8 e de mortalidade9, apesar do seu decréscimo em relação ao ano de 2001.

8 Taxa de natalidade = nados-vivos/ população residente x 1000. O volume da população residente foi calculado através da aplicação da taxa de

crescimento médio anual nos períodos intercensitários 1981/ 1991 e 1991/ 2001.

9 Taxa de mortalidade = óbitos/ população residente x 1000. O volume da população residente foi calculado através da aplicação da taxa de

crescimento médio anual nos períodos intercensitários 1981/ 1991 e 1991/ 2001.

Crescimento efetivo Crescimento naturalCrescimento

migratório

2001 2,16 -0,01 2,17

2010 1,64 0,02 1,62

-0,5

0

0,5

1

1,5

2

2,5

(%)

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Gráfico 13 - Taxas de mortalidade e de natalidade no concelho de Alenquer em 1991, 2001 e 2010

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Assim, pode concluir-se, que a mutação dos mecanismos de crescimento demográfico observada nas últimas décadas está intimamente relacionada com a envolvente externa do concelho, caracterizada pelas múltiplas formas e impactes que assumiu (e continua a assumir) localmente. No presente, o grau de sustentabilidade do efetivo demográfico do Concelho de Alenquer revela-se especialmente dependente do sentido e intensidade dos fluxos migratórios. A distribuição espacial da população no território concelhio apresenta um padrão disperso, apoiado em núcleos de pequena dimensão, situação que traduz uma rede urbana relativamente débil. Marcada por um acentuado contraste interno, a organização espacial do Concelho de Alenquer encontra-se estruturado urbanisticamente no eixo Carregado/Alenquer/Ota, com inflexão da Abrigada, traduzindo o papel das acessibilidades nesse contexto, sendo ainda atualmente visível a matriz rural de uma significativa porção do seu território.

0

2

4

6

8

10

12

14

Taxa de natalidade Taxa de mortalidade

pe

rmil

ag

em

1991

2001

2010

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Em termos de dinâmica demográfica das freguesias a evolução recente tem sido caraterizada pelo acentuar das assimetrias intraconcelhias, as quais se têm apoiado em dois mecanismos distintos mas complementarem nesse processo: (i) Concentração dos ganhos populacionais nas freguesias a sudeste, melhor servidas por acessibilidades rodoviárias, nomeadamente o IC2/EN1 e a IP1/A1, e com maior dinamismo económico (com reflexos na criação de emprego). Neste contexto, verifica-se que a união das freguesias do Carregado e Cadafais, regista um valor de densidade populacional de 548,2 hab/km2, significativamente mais elevado que aquele que se regista nas restantes freguesias do Concelho. (ii) Perdas demográficas nas freguesias essencialmente localizadas no Oeste e Noroeste do Concelho e enquadradas pela Serra de Montejunto, o que lhes confere e acentua um caráter de isolamento e distância face às principais acessibilidades do Concelho. Atentos ao mapa que se segue, que representa a variação populacional por freguesia no último período intercensitário, conclui-se que: Mantem-se a tendência de clara dicotomia no crescimento e concentração populacional nas freguesias do concelho com melhores acessibilidades a Lisboa, sensivelmente a Sul/Sudeste do concelho – união das freguesias do Carregado e Cadafais e união de freguesias de Alenquer (Santo Estêvão e Triana); Uma segunda freguesia, Ota, que apresenta um crescimento populacional menos acentuado, mas que se destaca das restantes freguesias, já que todas as outras perdem população; A restante área do concelho regista uma diminuição no efetivo populacional, tornando clara a conjugação de fatores que não permitem manter a população aí residente. As freguesias de Vila Verde dos Francos (-11%), Meca (-5,2%) e Olhalvo (-5,2%), são as que apresentam uma diminuição da população mais acentuada.

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Figura 16 – Evolução da população residente nas freguesias do concelho de Alenquer (2001/2011)

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Censos 2001 e 2011

Em função da dimensão do concelho, poder-se-á considerar a densidade populacional como relativamente elevada, registando em 2011 um valor médio de 142,2 hab/km2. Contudo, apresenta um valor ligeiramente inferior à média da sub-região Oeste (163,3 hab/km2). A figura seguinte expressa a densidade populacional por freguesia e como seria de esperar, a densidade populacional é substancialmente mais elevada na união das freguesia do Carregado e Cadafais (548,2 hab/km2). A freguesia de Ota apresenta a menor densidade populacional do concelho com apenas 27,8 hab/km2.

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Figura 17 – Densidade Populacional no Concelho de Alenquer (2011)

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Censos 2011

Ao nível de freguesia e considerando a relação entre o número de habitantes e a área de superfície regista-se um conjunto interessante de factos:

As freguesias que registam menor densidade populacional encontram- se parcialmente abrangidas por áreas fortemente condicionadas por restrições de utilidade pública: Vila Verde dos Francos pelo Parque Natural da Serra de Montejunto e a Ota por regime florestal e pela área de servidão da Base Aérea da Ota (embora nesta freguesia, também se verifica a existência de grandes propriedades de cariz florestal de produção);

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Apesar de se encontrar entre as freguesias que perderam população, Olhalvo apresenta uma densidade populacional muito superior à média do concelho, facto que advém de ser a freguesia do concelho que apresenta menor superfície;

Quadro 22 – População e Densidades Populacionais por Freguesia (2001)

Freguesias Área População

Residente Densidade

Populacional Km

2 %

Freguesia de Carnota 18,09 5,9 1678 92,8

Freguesia de Meca 14,12 4,6 1719 121,7

Freguesia de Olhalvo 8,3 2,7 1907 229,8

Freguesia de Ota 46,32 15,2 1289 27,8

Freguesia de Ventosa 22,21 7,3 2173 97,8

Freguesia de Vila Verde dos Francos 28,13 9,2 1162 41,3

União de Freguesias de Abrigada e Cabanas de Torres

46,15 15,2 4309 93,4

União das Freguesias de Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha

27,95 9,2 3221 115,2

União das Freguesias de Alenquer 50,08 16,5 10821 216,1

União das Freguesias de Carregado e Cadafais

24,52 8,1 13441 548,2

União das Freguesias de Ribafria e Pereiro de Palhacana

18,34 6 1547 84,4

Total do Concelho 304,22 100 43267 142,2

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Censos 2011

Resumindo e atentos aos valores de densidade populacional por freguesia acima inscritos, verifica-se que as freguesias mais densamente povoadas correspondem à união das freguesias do Carregado e Cadafais, e união das freguesias de Alenquer (Triana e Sto. Estêvão), Olhalvo. As freguesias de Ota, Vila Verde dos Francos e união das freguesias de Ribafria e Pereiro de Palhacana são as de menor densidade.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 158

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Para além das explicações apresentadas anteriormente (influência da Serra de Montejunto e servidões da Base Aérea da Ota), é nestas freguesias que se tem registado um maior abandono da agricultura, o que implica um acumular de carga combustível e consequentemente, maior risco de incêndio.

3.2.3. Estrutura Etária e Envelhecimento da População

A estrutura etária da população constitui um indicador de caraterização da massa demográfica de um determinado território, fornecendo informações relevantes sobre a sua composição e sobre as necessidades sociais que configura; ao mesmo tempo, a sua análise permite aferir o respetivo grau de sustentabilidade num horizonte temporal de médio prazo, nomeadamente no que respeita à sua capacidade endógena de reposição geracional e ao potencial de recursos humanos. Pretende-se assim, caraterizar mais detalhadamente o perfil da estrutura etária e problematizar o seu significado. Assim, a dinâmica específica dos mecanismos de crescimento demográfico no Concelho de Alenquer tem sido marcada pelo sentido e intensidade assumida pelos movimentos migratórios, aspeto que se tem refletido na composição etária do seu efetivo populacional e, consequentemente, sobre a respetiva capacidade endógena de substituição geracional. O principal dado que decorre da análise da informação censitária disponível (1960 e 2011), prende-se inequivocamente com a tendência para o progressivo envelhecimento da população residente no Concelho, sendo de realçar o contexto de relativa estabilidade do efetivo populacional em que tais mudanças ocorreram.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 159

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Gráfico 14 – Evolução do Índice de Envelhecimento no Concelho de Alenquer (1960/2011)

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

A existência de situações de sub-representação de efetivos nos escalões etários compreendidos entre os 35 e os 49 anos (classes ocas), especialmente visíveis em 1991, reflete a intensidade local do fenómeno migratório que ocorreu na década de 60, o qual contribuiu para uma considerável erosão da expressão relativa das classes mais jovens que ainda no início da década de 2000 se fazia sentir. Paralelamente a esta dinâmica, muito ligada a circunstâncias externas que se revelaram adversas à fixação de jovens no Concelho nas décadas anteriores a 1990, importa referir novamente que o comportamento da natalidade contribuiu para o agravamento dos desequilíbrios da sua pirâmide etária. De fato, se a redução da proporção de indivíduos em idade de procriação influenciou o volume de nascimentos, não é desprezar a trajetória descendente apresentada pela variável relativa à fecundidade, traduzindo ela própria importantes mutações sociais e, naturalmente, de ordem económica - No entanto, os dados relativos aos últimos anos (1998-2004) apontam nitidamente para um incremento dos nascimentos, registando-se mesmo um crescimento natural positivo no último triénio.

0

20

40

60

80

100

120

1960 1970 1981 1991 2001 2011

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 160

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

012345678910

0 a 4

5 a 9

10 a 14

15 a 19

20 a 24

25 a 29

30 a 34

35 a 39

40 a 44

45 a 49

50 a 54

55 a 59

60 a 64

65 a 69

70 a 74

75 a 79

80 a 84

85 ou +

%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

%

012345678910

0 a 45 a 910 a 1415 a 1920 a 2425 a 2930 a 3435 a 3940 a 4445 a 4950 a 5455 a 5960 a 6465 a 6970 a 7475 a 7980 a 8485 a 8990 a 9495 a 99100 ou +

%

Este fenómeno está correlacionado, antes de mais, com a entrada no concelho de população em idade reprodutora, principalmente na década de 90, e com o consequente reforço destas classes etárias no total da população (a população entre os 20 e os 39 anos registou um incremento de 3.000 indivíduos entre 91 e 2001 e o seu peso na população cresceu de 26% para 31%, apesar de entre 2001 e 2011 registar apenas um aumento de 335 indivíduos).

Gráfico 15 - Estrutura etária da população residente no concelho de Alenquer (1991/2001/2011)

1991

2001

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 161

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

012345678910

0 a 4

5 a 9

10 a 14

15 a 19

20 a 24

25 a 29

30 a 34

35 a 39

40 a 44

45 a 49

50 a 54

55 a 59

60 a 64

65 a 69

70 a 74

75 a 79

80 a 84

85 a 89

90 ou +

%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

%

2011

Fonte: Instituto Nacional Estatístico

Como vemos, a década de 90 corresponde a um período de visível crescimento demográfico, crescimento este, acompanhado por uma falta de capacidade endógena de substituição geracional, deslocando para a atração de população externa ao concelho o principal motor de expansão e renovação do efetivo aí residente. Do ponto de vista da estrutura etária, constata-se o agravamento do processo de envelhecimento demográfico a nível local, persistindo assim (ainda que com menor intensidade) a redução da proporção de jovens em favor do aumento da representatividade dos idosos. De acordo com os dados definitivos dos Censos de 2011, existe uma similitude percentual da população com idades entre os 15 e 24 anos, na sub-região Oeste e no concelho de Alenquer, 10,3% e 10,2%, respetivamente. No entanto, a média da população idosa no concelho de Alenquer é significativamente inferior à média da região Centro e das sub-regiões do Oeste e da Grande Lisboa, o que revela, ainda assim, uma população menos envelhecida no município de Alenquer. Já no caso da população em idade ativa (25 aos 64 anos), o peso é ligeiramente superior no concelho de Alenquer (55,8%), face à média da sub-região Oeste (54,4%) e da região Centro (53,6%), embora seja igual à média da sub-região da Grande Lisboa (55,8%).

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 162

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Gráfico 16 – Distribuição da população residente por grupos etários (em %), por concelho e região, em 2011

Fonte: Instituto Nacional Estatístico, Censos 2011

Observando o gráfico seguinte, que contém os dados referentes a 2001 e 2011 para o concelho de Alenquer, verifica-se que houve um acréscimo de cerca de 2% da população em idade ativa. O grupo etário mais jovem (0 aos 14 anos) também registou um acréscimo, embora menos significativo (mais 0,7%). Já o grupo etário dos 15 aos 24 anos sofreu uma perda de 3%. O grupo da população com mais de 65 anos, sofreu, no mesmo período, um ligeiro aumento de 0,2%.

16,5

10,2

55,8

17,5

0

10

20

30

40

50

60

Grande Lisboa Centro Oeste Alenquer

0 - 14 anos

15 - 24 anos

25 - 64 anos

65 e mais anos

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 163

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

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Gráfico 17 – Distribuição da população residente por grupos etários (em %), no concelho de Alenquer, em 2001 e 2011

Fonte: Instituto Nacional Estatístico, Censos 2001 e 2011

A manutenção destas tendências num horizonte de médio prazo permite configurar um quadro marcado pelo progressivo envelhecimento da população ativa e do crescimento proporcional dos indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos, o que, a confirmar-se, preconizará um quadro de novas problemáticas que derivam de um contingente populacional pontuado por desequilíbrios crescentes na respetiva estrutura etária. Em termos socioeconómicos, a manutenção deste cenário de relativo envelhecimento da população na década atual será igualmente portadora de transformações relevantes no domínio dos recursos humanos em idade ativa, uma vez que se assistirá ao seu progressivo envelhecimento e, tendencialmente, a uma evolução menos dinâmica do seu perfil de qualificações e competências socioprofissionais.

15,8

13,2

53,7

17,3

16,5

10,2

55,8

17,5

0 10 20 30 40 50 60

0-14

15-24

25-64

65 e +

2011

2001

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 164

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Embora, pela sua complexidade, este conjunto de relações não se possa estabelecer de modo automático, será relativamente expetável a manutenção do volume e das caraterísticas do potencial de recursos humanos residente no espaço concelhio, reduzindo a sua margem de atratividade e competitividade de novas atividades geradoras de emprego qualificado.

À escala intraconcelhias, tendo em consideração a informação estatística de 2011, é possível verificar que a união de freguesias de Carregado e Cadafais é aquela em que o grupo que representa a população em idade ativa tem maior peso (70,1%), seguida da freguesia de Ota (67%). Em posição contrária encontra-se a freguesia de Ventosa, ao apresentar a menor percentagem de população residente em idade ativa (60%). Já a freguesia de Ventosa e Vila Verde dos Francos destacam-se por serem as que têm maior percentagem de população com idade acima dos 65 anos, 27,3% e 26,4%, respetivamente, sendo a média do concelho de 17,5%. Na situação inversa, encontra-se a freguesia do Carregado, uma vez que apenas, 8,8% dos seus residentes tem mais de 65 anos. Em termos da freguesia com mais população dos 0 aos 14 anos, e como seria expetável, surge a freguesia do Carregado com 19,7%, percentagem muito superior à média concelhia (16,5%).

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 165

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Quadro 23 – Estrutura Etária da População Residente nas Freguesias do Concelho de Alenquer (2001/2011)

Freguesias 2001 2011

0-14 15-64 65 e + 0-14 15-64 65 e +

Carnota 210 1090 395 227 1063 388

Meca 264 1224 321 241 1115 363

Olhalvo 259 1301 446 253 1168 486

Ota 190 824 184 196 863 230

Ventosa 253 1395 569 277 1303 593

Vila Verde dos Francos 186 804 300 138 717 307

U.F. de Abrigada e Cabanas de Torres

666 2885 878 581 2794 934

U.F. de Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha

466 2098 784 436 1988 797

U.F. de Alenquer 1381 6034 1455 1917 7145 1759

U.F. de Carregado e Cadafais 2100 7594 1059 2644 9428 1369

U.F. de Ribafria e Pereiro de Palhacana

215 978 372 227 969 351

Fonte: Instituto Nacional Estatístico

Em suma, a análise da estrutura etária por freguesia revela-nos que, apesar de não ser homogénea, a situação vivida por estas unidades em 2011 não apresenta casos extremos de envelhecimento. Contudo, e à exceção da união de freguesias do Carregado e Cadafais e da união de freguesias de Alenquer, todas as restantes freguesias ostentavam um número de indivíduos com mais de 65 anos superior ao número de jovens (0 aos 14 anos). Entre estas freguesias podemos, mesmo assim, destrinçar dois grandes grupos: (i) o sector ocidental, com as freguesias mais envelhecidas (Ventosa, Vila Verde dos Francos, união de freguesias de Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha, Olhalvo e união de freguesias de Ribafria e Pereiro de Palhacana; (ii) o eixo central, com unidades ligeiramente menos envelhecidas (Ota, união de freguesias de Abrigada e Cabanas de Torres, Meca e Carnota).

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Emergência de Proteção

Civil - 2014

Nesta matéria, a verdadeira exceção no cenário concelhio é a freguesia do Carregado, uma vez que possuía em 2011 uma população bastante jovem, valores estes que podemos considerar mesmo bastante invulgares no contexto nacional. Em termos de variação entre 2001 e 2011 assistimos, como é lógico, a um processo de reforço da população com mais de 65 anos na maioria das freguesias. Em termos de variação entre 2001 e 2011 assistimos, como é lógico, a um processo de reforço da população com mais de 65 anos em todas as freguesias à exceção do referido caso do Carregado. Por fim, e de acordo com o quadro seguinte, analisa-se o índice de envelhecimento (número de idosos por cada 100 jovens até aos 14 anos), o índice de dependência de idosos (número de idosos por cada 100 adultos em idade ativa dos 15-64 anos), o índice de dependência de jovens (número de jovens até aos 14 anos por cada 100 adultos em idade ativa dos 15-64 anos), o índice de dependência total (número de jovens e idosos por cada 100 adultos em idade ativa dos 15-64 anos) e o índice sustentabilidade potencial (relação entre a população em idade ativa e a população idosa).

Quadro 24 – Índices-Resumo da Evolução da Estrutura Etária (1981/2001)

Indicador 1981 1991 2001 2011

Índice de Envelhecimento Demográfico10 61 90 109 106,9

Índice de Dependência Total11 53 51 49 51,8

Índice de Dependência dos Jovens12 33 27 24 25,1

Índice de Dependência dos Idosos13 20 24 26 26,8

Fonte: Instituto Nacional Estatístico

Segundo os dados definitivos dos Censos de 2011, o índice de envelhecimento no concelho de Alenquer é de 106,9 idosos por cada 100 jovens até aos 14 anos, valor substancialmente inferior à média das unidades geográficas em análise: Oeste – 133,5; Centro – 164,3; Grande Lisboa – 120. Comparativamente a 2001, o índice de envelhecimento diminuiu ligeiramente no concelho de Alenquer, em cerca de 2,3 idosos por cada 100 jovens.

10 Índice de Envelhecimento Demográfico = População com 65 e mais anos / População com 0 a 14 anos X 100.

11 Índice de Dependência Total = (População com 0 a 14 anos + População com 65 e mais anos) / População com 15 a 64 anos X 100.

12 Índice de Dependência dos Jovens = População com 0 a 14 anos / População com 15 a 64 anos X 100.

13 Índice de Dependência dos Idosos = População com 65 e mais anos / População com 15 a 64 anos X 100.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 167

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Este comportamento foi inverso ao verificado quer nas sub-regiões Oeste e Grande Lisboa, quer na região Centro, uma vez que registaram um aumento significativo do índice de envelhecimento. Quanto ao índice de dependência de idosos, este é mais baixo, em 2011, no concelho de Alenquer (26,8) face à média das sub-regiões Oeste (31,3) e Grande Lisboa (27,9), e face à média da região Centro (35,3). Em relação a 2001, o índice de dependência de idosos aumentou ligeiramente (1,1%), o que resulta não só do ténue aumento da população idosa, como também da relativa diminuição de população ativa dos 15 aos 64 anos. Pelo contrário, e como seria espetável perante os dados apresentados, o índice de dependência de jovens é relativamente superior no concelho de Alenquer (25,1) e face a 2001 registou um aumento de 1,5%, em consequência do aumento da população jovem dos 0 aos 14 anos registado na última década. No que respeita ao índice de dependência total, em 2011, constata-se que no concelho existem 51,8 efetivos não ativos (efetivos dos 0 aos 4 mais os efetivos com mais de 65 anos) por cada 100 adultos em idade ativa (15 aos 64 anos), valor ligeiramente inferior à média da sub-região Oeste (54,8) e região Centro (56,9), e equivalente à média da sub-região da Grande Lisboa (51,1). Por último, o índice de sustentabilidade potencial no concelho de Alenquer é de 3,7 adultos em idade ativa (15-64) por cada idoso, valor superior à média das unidades geográficas consideradas para esta análise comparativa: Oeste – 3,2; Centro – 2,8; Grande Lisboa – 3,6. Analisando agora os mesmos indicadores à escala intraconcelhias, verifica-se que, ao nível do índice de envelhecimento, as freguesias apresentam valores muito díspares, sendo os valores mais baixo registados na união de freguesias do Carregado e Cadafais (51,8), união de freguesias de Alenquer (91,8) e Ota (117,3), e os valores mais altos nas freguesias de Vila Verde dos Francos (222,5) e Ventosa (21412), cujos valores superam, largamente, a média da região Centro (164,3). Como se pode observar através do mapa seguinte, a geografia parece influenciar o índice de envelhecimento, sendo que as freguesias que se encontram numa posição menos favorável localizam-se no setor noroeste do concelho e relativamente distantes dos dois principais núcleos urbanos do concelho (Carregado e Alenquer) e das sedes de concelho dos municípios vizinhos.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 168

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Figura 18 – Índice de Envelhecimento do Concelho de Alenquer (2011)

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Censos 2011

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 169

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

3.2.4. Grau de Instrução da População

A análise do grau de instrução da população revela-se fundamental na definição nas estratégias de sensibilização. De acordo com a informação estatística, aproximadamente 6,1% dos residentes do concelho de Alenquer são analfabetos, valor que se enquadra nos valores da sub-região Oeste (6,1%) e região Centro (6,4%). Contudo, o concelho apresenta um valor substancialmente superior ao registado na Grande Lisboa (3%).

Gráfico 18 – Taxa de analfabetismo, em 2011

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Censos de 2011

De fato, a taxa de analfabetismo no concelho diminuiu consideravelmente passando de valores na ordem dos 28% em 1981, para se fixar nos 6,1% em 2001. No entanto, e descendo a análise ao nível da freguesia verifica-se algumas assimetrias, uma vez que subsistem freguesias com taxas de analfabetismo muito significativas (superiores a 10%).

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

Grande Lisboa Centro Oeste Alenquer

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Plano Municipal de

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Civil - 2014

Gráfico 19 – Evolução da Taxa de analfabetismo (1981/2011)

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Censos de 2011

Este fenómeno tem maior incidência nas freguesias de Vila Verde dos Francos (13,8%), Carnota (12%), união das freguesias de Ribafria e Pereiro de Palhacana (11,5%) e união das freguesias de Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha (11,4%), como é possível verificar no mapa seguinte. Por oposição, a união das freguesias do Carregado e Cadafais (3%) apresenta as taxas de analfabetismo mais baixas. De salientar, que também a união das freguesias de Alenquer (4,2%) e Ota (4,5%) registam taxas de analfabetismo inferiores à média concelhia.

Constata-se assim, que são as freguesias do quadrante Este-Sudeste que apresentam valores mais reduzidos de taxa de analfabetismo. Este fator é explicado pelo cariz mais urbano das freguesias nesse quadrante, assim como, o facto de possuírem uma população mais jovem.

0

5

10

15

20

25

30

1981 1991 2001 2011

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Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Figura 19 – Taxa de Analfabetismo do Concelho de Alenquer (2011)

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Censos de 2011

Alenquer apresenta, do ponto de vista do ensino, um comportamento semelhante ao verificado na generalidade dos concelhos a nível nacional, comportamento esse que se caracteriza por uma maior preponderância de população residente cujo grau de ensino concluído, não ultrapassa o 3º ciclo do ensino básico (o ensino obrigatório correspondia até recentemente ao 9º ano de escolaridade).

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Plano Municipal de

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Civil - 2014

Gráfico 20 – Grau de Instrução da População Residente (2011)

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Censos de 2011

Deste modo, em 2011, no concelho de Alenquer, cerca de 24102 residentes (56%) possuíam o ensino básico, sendo que destes, 11000 (26%) apenas completaram o 1º ciclo do ensino básico; 6013 residentes (14%) possuíam ensino secundário e apenas 3379 (7,69%) possuíam ensino superior.

Percebe-se que em todas as freguesias do concelho se regista uma diferença nítida entre os residentes que concluíram o 3.º ciclo do ensino básico e os que concluíram o ensino secundário, indiciando algum abandono escolar precoce nesta transição.

21%

26%

13%

17%

14%

1% 8%

Nenhum

Básico 1º ciclo

Básico 2º ciclo

Básico 3º ciclo

Secundário

Pós-secundário

Superior

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Plano Municipal de

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Quadro 25 – Grau de Instrução da População Residente por freguesia (2011)

Freguesias

Nível de ensino

Nenhum Básico 1º ciclo

Básico 2º ciclo

Básico 3º ciclo

Secundário Pós-

secundário Superior

Carnota 462 504 194 247 173 8 90

Meca 374 573 280 236 171 12 73

Olhalvo 398 618 244 317 201 22 107

Ota 263 315 189 212 185 19 106

Ventosa 562 724 270 319 196 14 88

Vila Verde dos Francos 323 435 154 128 74 8 40

U.F. de Abrigada e Cabanas de Torres

903 1380 630 659 450 38 249

U.F. de Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha

797 960 429 443 364 34 194

U.F. de Alenquer 2118 2399 1292 1860 1742 152 1258

U.F. de Carregado e Cadafais

2629 2587 1922 2648 2312 226 1117

U.F. de Ribafria e Pereiro de Palhacana

400 505 192 237 145 11 57

Concelho 9229 11000 5796 7306 6013 544 3379

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Censos de 2011

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3.2.5. Edifícios e Alojamentos

O quadro seguinte caracteriza os edifícios existentes em 2011 no concelho de Alenquer, no que respeita ao ano de construção e estado de conservação, segundo os Censos 2011. Em termos de época de construção constata-se que 28,2% foram construídos entre 1961-1980 e que cerca de 30% foram edificados entre 1981-2000. Ao nível das freguesias, constata-se que U.F. de Alenquer, U.F. de Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha, U.F. de Abrigada e Cabanas de Torres, são aquelas onde se localizam mais edifícios (em valor absoluto), com data de construção anterior a 1961. Entre 1961 – 1980, as freguesias que se destacam são as mesmas do período anterior, com exceção da U.F. de Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha. Destaque ainda para a U.F. de Carregado e Cadafais que neste espaço temporal (1961-1980) ganha substancialmente mais edifícios. Deste modo, e face ao exposto anteriormente, conclui-se que estas são áreas sensíveis e com maior risco de colapso de edifícios, caso ocorra fenómenos sísmicos ou intempéries, uma vez que a legislação que comtempla a utilização de materiais e técnicas construtivas antissísmicas, só teve inicio na década de 80.

No que respeita ao estado de conservação dos edifícios, segundo as épocas de construção, verifica-se que em 2011, no concelho de Alenquer, 73,4% não tinham necessidade de reparação, 24,2% tinham necessidade de reparação e 2,4% estavam muito degradados. Outra análise que se pode inferir, é que dos edifícios construídos antes de 1961, 51,3% necessitavam de obras de reparação e 8,5% encontravam-se muito degradados. Constata-se igualmente que os edifícios muito degradados construídos depois de 1961, são particamente inexistente. Ao nível da freguesia, verifica-se que a U.F. de Alenquer, é aquela que apresenta um maior número de edifícios muito degradados no conjunto dos construídos antes de 1961.

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Quadro 26:

Número de edifícios por época de construção e estado de conservação no concelho de Alenquer

UNIDADE ADMINISTRATIVA

ÉPOCA DE CONSTRUÇÃO E ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS EDIFÍCIOS

Anterior a 1961 1961 - 1980 1981 - 2000 2001 - 2011

TOTAL

Total SNR CNR MT Total SNR CNR MT Total SNR CNR MT Total SNR CNR MT

Carnota 324 138 144 42 229 150 78 1 236 190 46 0 132 128 4 0 921

Meca 272 127 131 14 226 190 35 1 298 294 4 0 115 112 3 0 911

Olhalvo 189 67 114 8 371 317 53 1 334 320 14 0 81 80 1 0 975

Ota 124 11 93 20 136 44 88 4 207 115 91 1 57 49 8 0 524

Ventosa 426 190 166 70 484 314 169 1 352 331 20 1 148 132 12 4 1410

Vila Verde dos Francos

278 138 124 16 264 216 48 0 107 107 0 0 45 44 1 0 694

Abrigada e Cabanas Torres

597 337 226 34 761 641 119 1 741 728 13 0 390 386 4 0 2489

Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha

719 278 390 51 437 338 99 0 365 331 34 0 189 186 3 0 1710

Alenquer 837 293 466 78 811 615 194 2 1145 1047 98 0 703 692 11 0 3496

Carregado e Cadafais

349 114 228 7 643 428 214 1 830 714 114 2 340 333 7 0 2162

Ribafria e Pereiro de Palhacana

353 107 208 38 238 180 58 0 262 248 14 0 187 186 1 0 1040

Alenquer (concelho)

4468 1800 2290 378 4600 3433 1155 12 4877 4425 448 4 2387 2328 55 4 16332

SNR – sem necessidade de reparação; CNR – com necessidade de reparação; MT – muito degradado

Fonte: Censos 2011, INE

No que concerne aos alojamentos, à data dos Censos 2011, existiam no concelho de Alenquer, 23.530 alojamentos familiares (alojamentos familiares clássicos segundo a forma de ocupação), sendo que destes, 69,5% são alojamentos de residência habitual. A residência secundária ocupa 13,6 %, enquanto os alojamentos vagos representam 16,9%. Em termos absolutos, as freguesias que detêm uma maior proporção de alojamentos de residência habitual são U.F. de Alenquer e U.F. de Carregado e Cadafais.

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Quadro 27:

Número de alojamentos segundo a forma de ocupação no concelho de Alenquer, por freguesia, em 2011

UNIDADE ADMINISTRATIVA

ALOJAMENTOS FAMILIARES (N.º)

TOTAL

Residência Habitual Residência Secundária Vagos

Carnota 638 168 130 936

Meca 647 102 190 939

Olhalvo 707 232 53 992

Ota 472 78 97 647

Ventosa 863 345 258 1466

Vila Verde dos Francos 441 179 77 697

Abrigada e Cabanas Torres 1646 511 408 2565

Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha

1253 320 306 1879

Alenquer 4156 499 1197 5852

Carregado e Cadafais 4910 541 1046 6497

Ribafria e Pereiro de Palhacana 617 217 226 1060

Alenquer (concelho) 16350 3192 3988 23530

Fonte: Censos 2011, INE

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4. Caraterização das infraestruturas

4.1. Rede Rodoviária e Ferroviária

Em termos de infra estruturas o concelho de Alenquer é atravessado por várias redes nomeadamente rede rodoviária, gasoduto, ferroviária, rede elétrica muito alta, alta, média tensão. Tem a base da Ota como infraestrutura aérea com funções militares. No que respeita à rede viária é de salientar a autoestrada A1, a A10 e o nó rodoviário do Carregado que liga a A1 à A10 e à CREL. Também o IC2 atravessa grande parte do concelho de Alenquer tendo um tráfego bastante acentuado. De notar que a linha ferroviária passa no concelho de Alenquer, na união da freguesia do Carregado apenas num pequeno troço, que é atravessado por caminhos municipais.

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Mapa 8: Rede Viária e Ferroviária do Município de Alenquer

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4.2. Rede Combustíveis

No concelho de Alenquer existem dois troços de gasoduto principais, um que atravessa o território de Sul para Norte ao longo da união das Freguesias de Carregado e Cadafais, União das freguesias de Alenquer (Triana e Alenquer), Ota, União das freguesias de Abrigada e Cabanas de Torres, e outro, que se expande de Este para Oeste nas freguesias a Norte do concelho nomeadamente Ota, União das Abrigada e Cabanas de Torres e Vila Verde dos Francos. Estes dois ramais têm duas estações, uma nas Marés na freguesia de Abrigada e outra no Carregado perto da central termoelétrica. Em caso de acidente a atuação no gasoduto é sempre da responsabilidade da REN Gasodutos havendo em caso de necessidade, a intervenção de agentes de Proteção Civil, para implementarem medidas de proteção às populações ou estrições de circulação.

A localização dos postos de abastecimento de combustíveis existentes no concelho, a rede de gasodutos, bem como a rede de gás natural, encontra-se no Mapa 9 infra.

No que se refere à rede de gás, a empresa Lisboa Gás é a concessionária para a distribuição de gás natural no concelho de Alenquer, sendo que a rede de distribuição de gás para consumo doméstico cobre a Vila de Alenquer, Paredes, Casais Novos, Carregado e Casais da Marmeleira, ou seja, o eixo urbano Carregado/Alenquer. Também algumas ruas da localidade de Abrigada são servidas de gás natural. A restante população do concelho é abastecida através de botijas de gás, comercializadas em diversos locais.

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Mapa 9: Rede de Distribuição de Combustível do Município de Alenquer

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4.3. Rede Elétrica

O concelho de Alenquer alberga no seu território, na União das freguesias do Carregado e Cadafais um empreendimento com duas centrais termoelétricas. Portanto é normal que a rede elétrica nessa freguesia seja bastante densa. A rede de muito alta tensão tem 6 linhas que atravessam este concelho. No que se refere à rede de abastecimento doméstico, a de média tensão está distribuída de uma forma homogénea em todo o território como se pode verificar no mapa seguinte. De notar que as centrais termoelétricas têm planos de emergência interno.

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Mapa 10: Rede Elétrica do Município de Alenquer

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4.4. Rede de Abastecimento de Água

No concelho de Alenquer a rede de abastecimento de água comporta um conjunto de estações elevatórias, reservatórios e cisternas. As estações elevatórias são 48 enquanto os reservatórios são 110. As 4 cisternas estão referenciadas como pontos de abastecimento em caso de incêndio. Em caso de acidente grave ou catástrofe deve-se recorrer aos reservatórios de água para abastecer os carros de abastecimento de água, quer dos bombeiros quer os da Câmara ou de meios privados, como é o caso da empresa de Águas de Alenquer ou da empresa Águas do Oeste.

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Mapa 11: Rede de Abastecimento de Água do Município de Alenquer

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4.5. Rede de Telecomunicações

Verifica-se que o concelho de Alenquer apresenta uma cobertura a 100% pelas redes de comunicações móveis dos diversos operadores, tendo igualmente uma cobertura bastante satisfatória no que respeita ao acesso telefónico da rede fixa.

Relativamente à disponibilidade do serviço de TV por cabo, verifica-se que o mesmo, apenas está presente na Vila de Alenquer e no Carregado, tendo o restante município acesso por satélite.

Segundo a informação disponível a rede de fibra ótica ainda é insipiente no concelho, uma vez que apenas uma parte da freguesia do Carregado dispõe deste tipo de infraestrutura. Aliás, a rede de fibra ótica está instalada ao longo da EN 1 e EN 3, o que demonstra que os potenciais utilizadores são maioritariamente as empresas e serviços aí instalados.

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4.6. Agentes de Proteção Civil, outras entidades e organismos de apoio

As infraestruturas dos agentes de proteção e das entidades e organismos de apoio são de grande importância em termos de resposta de emergência. Em caso de ocorrência de acidente grave ou catástrofe deverá proceder-se à análise de danos sofridos pelas mesmas de modo a determinar-se até que ponto os meios operacionais disponíveis no concelho foram afetados. As infraestruturas dos agentes de proteção civil e das entidades e organismos de apoio com atuação no concelho, apresentam-se identificadas geograficamente no Mapa 12, nomeadamente:

Agentes de Proteção Civil

Corpo de Bombeiros Voluntários de Alenquer (sede em Alenquer);

Corpo de Bombeiros Voluntários de Alenquer (secção de Abrigada);

Corpo de Bombeiros Voluntários de Alenquer (secção de Olhalvo);

Corpo de Bombeiros Voluntários da Merceana (sede em Merceana);

GNR (posto de Alenquer e posto da Merceana);

CFMTFA (na base aérea da Ota);

INEM.

Serviço de Proteção Civil

Câmara Municipal de Alenquer;

Serviço Municipal de Proteção Civil.

Organismos e Entidades de Apoio

Cruz Vermelha Portuguesa (delegação do Carregado);

Centro de Saúde de Alenquer e respetivas extensões;

Santa Casa da Misericórdia de Alenquer;

Santa Casa da Misericórdia de Aldeia Galega da Merceana;

Centro Social e Paroquial do Carregado;

Associação de Apoio a Idosos e Jovens da Freguesia de Meca;

Centro Social e Paroquial de Nossa Sr.º das Virtudes de Ventosa;

Cooperativa Antena Rádio Voz de Alenquer;

Serviços Públicos/Equipamentos Administrativos.

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Mapa 12: Agentes de Proteção Civil do Município de Alenquer

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5. Caracterização do risco

5.1. Análise do risco

O processo de caracterização do risco tem como objetivo aumentar o conhecimento dos fatores de risco que afetam o território, identificando a sua localização, gravidade dos danos potenciais e probabilidade de ocorrência. No âmbito do planeamento de emergência de proteção civil, risco é definido como a probabilidade de ocorrência de um processo (ou ação) perigoso e respetiva estimativa das suas consequências sobre pessoas, bens e ambiente. Os riscos podem ser agrupados em 3 grupos:

Riscos Naturais, os que resultam do funcionamento dos sistemas naturais (e.g., sismos, movimentos de massa em vertentes, erosão do litoral, cheias e inundações);

Riscos Tecnológicos, os que resultam de acidentes, frequentemente súbitos e não planeados, decorrentes da atividade humana (e.g., cheias e inundações por rutura de barragens, acidentes no transporte de mercadorias perigosas, emergências radiológicas);

Riscos Mistos, os que resultam da combinação de ações continuadas da atividade

humana com o funcionamento dos sistemas naturais (e.g., incêndios florestais). Para uma melhor perceção, tratamento e análise do risco é fundamental ter a plena noção dos conceitos subjacentes. Neste contexto, reportam-se as seguintes definições: Risco – é o produto da perigosidade pelo dano potencial, ou de forma mais particular, o produto da Probabilidade (perigosidade) x Suscetibilidade x Vulnerabilidade. O risco pode definir-se por probabilidade de uma perda, o que depende de três fatores: Perigosidade, Vulnerabilidade e Exposição. Perigosidade – é o produto da Probabilidade e da Suscetibilidade. A perigosidade é “a probabilidade de ocorrência, num determinado intervalo de tempo e dentro de uma determinada área, de um fenómeno potencialmente danoso” (Varnes, 1984), ou “um evento físico potencialmente danoso ou atividade humana que possa causar perda de vidas ou ferimentos, danos em bens, interferência social e económica ou degradação ambiental” (UN/ISDR, 2004). Vulnerabilidade – expressa o grau de perda a que um determinado elemento em risco está sujeito. Elemento em risco é uma designação genérica para populações, bens, atividades económicas, ambiente e património, expostos à perigosidade. A vulnerabilidade destes elementos designa a sua capacidade de resistência ao fenómeno e de recuperação após a ocorrência do mesmo.

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Suscetibilidade – é a incidência espacial do perigo. Representa a propensão para uma área ser afetada por um determinado perigo, em tempo indeterminado, sendo avaliado através dos fatores de predisposição para a ocorrência dos processos ou ações, não contemplando o seu período de retorno ou a probabilidade de ocorrência. A identificação dos perigos que afetam uma determinada comunidade é um processo contínuo que nunca está completamente finalizado. Os resultados da análise das vulnerabilidades do território carecem de uma atualização face a novas indústrias, urbanizações, vias de acesso e à melhoria dos conhecimentos científicos relativos às várias tipologias de riscos. A mera existência de um perigo não coloca, por si só, a comunidade em risco, neste sentido é fulcral identificar a população, o ambiente, a propriedade e os sectores económicos vulneráveis a cada um dos perigos. Neste domínio, os perigos suscetíveis de afetarem o Município de Alenquer são os seguintes:

PERIGOS SUSCEPTÍVEIS DE AFETAREM O MUNICÍPIO DE ALENQUER

RISCOS NATURAIS

Condições meteorológicas adversas:

ondas de calor, vagas de frio, situações

de temporal – vento forte;

Hidrologia: cheias e inundações, e secas;

Geologia: sismos e movimentos de

massa em vertentes.

Transportes: acidentes graves de

trafego rodoviários e acidentes

no transporte de matérias

perigosas;

Vias de comunicação e

infraestruturas: colapso de

pontes e outras infraestruturas,

e acidentes em condutas de

transporte de substâncias

perigosas;

Atividade industrial: acidentes

industriais;

Áreas urbanas: incêndios

urbanos e colapso de edifícios.

RISCOS TECNOLÓGICOS

Incêndios Florestais.

RISCOS MISTOS

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Considerando a definição do conceito de vulnerabilidade, identificam-se no quadro seguinte, os grupos mais vulneráveis do Município de Alenquer face à iminência de acidentes graves ou catástrofes:

GRUPOS ELEMENTOS

POPULAÇÃO

População idosa (> = 65 anos);

População jovem (0-14 anos);

População cuja incapacidade física requeira cuidados especiais.

EDIFICAÇÕES E PROPRIEDADES

Edificações comerciais, de serviços e indústria;

Edificações religiosas;

Estabelecimentos escolares;

Edificações de cultura, desporto e recreio;

Creches, jardins-de-infância, lares de terceira idade;

Centro histórico de Alenquer (Vila Alta);

Património Arquitetónico;

Espaços e edificações ligadas à prática agrícola.

INFRAESTRUTURAS

Rede rodoviária;

Rede elétrica;

Rede de abastecimento de água;

Rede de Saneamento básico;

Comunicações.

INSTALAÇÕES VITAIS

Câmara Municipal de Alenquer (Edifício dos Paços de Concelho);

Complexo Municipal da Barnabé;

Quartel dos Bombeiros Voluntários de Alenquer;

Quartel dos Bombeiros Voluntários da Merceana;

Posto da Guarda Nacional Republicana de Alenquer;

Posto da Guarda Nacional Republicana da Merceana;

Instalações do Centro de Saúde de Alenquer e suas extensões.

A matriz de avaliação de risco tem como base a Diretiva Operacional Nacional n.º 1/ANPC/2007, resultante da declaração da CNPC nº 97/2007, de 16 de Maio de 2007, que determina o Estado de Alerta Especial para as organizações integrantes do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS), tendo sido adaptada segundo o Caderno Técnico PROCIV 9 – Guia para a Caracterização de Risco no Âmbito da Elaboração de Planos de Emergência de Proteção Civil de Setembro de 2009. Sendo o risco a combinação entre a probabilidade de ocorrência de um evento não desejável e a magnitude ou severidade das consequências deles resultantes, deve ser encontrado na seguinte tabela o grau de probabilidade:

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PROBABILIDADE DESCRIÇÃO

ELEVADA

É expectável que ocorra em quase todas as circunstâncias;

E/ou nível elevado de incidentes registados;

E/ou fortes evidências;

E/ou forte probabilidade de ocorrência do evento;

E/ou fortes razões para ocorrer;

Pode ocorrer uma vez por ano ou mais.

MÉDIA - ALTA

Irá provavelmente ocorrer em quase todas as circunstâncias;

E/ou registos regulares de incidentes e razões fortes para ocorrer;

Pode ocorrer uma vez em cada cinco anos.

MÉDIA

Poderá ocorrer em algum momento;

E/ou com uma periodicidade incerta, aleatória e com fracas razões para ocorrer;

Pode ocorrer uma vez em cada vinte anos.

MÉDIA - BAIXA

Não é provável que ocorra;

Não há registos ou razões que levem a estimar que ocorram;

Pode ocorrer uma vez em cada cem anos.

BAIXA Poderá ocorrer apenas em circunstâncias excecionais;

Pode ocorrer uma vez em cada quinhentos anos ou mais.

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Civil - 2014

Quanto à magnitude ou severidade das consequências dele resultante, deve ser encontrado no quadro seguinte o grau de gravidade:

GRAVIDADE DESCRIÇÃO

RESIDUAL

População - Não há feridos nem vítimas mortais. Não há mudança/retirada de pessoas ou

apenas em número restrito, por um período curto (até 12 horas). Pouco ou nenhum pessoal

de apoio necessário (não há suporte ao nível monetário, nem material). Danos sem

significado.

Ambiente - Não há impacto no ambiente.

Socioeconómica - Não há ou há um nível reduzido de constrangimentos na comunidade.

Não há perda financeira.

REDUZIDA

População - Pequeno número de feridos, mas sem vítimas mortais. Algumas

hospitalizações e retirada de pessoas por um período inferior a 24 horas. Algum pessoal de

apoio e reforço necessário. Alguns danos.

Ambiente - Pequeno impacto no ambiente sem efeitos duradouros.

Socioeconómica - Disrupção inferior a 24 horas. Alguma perda financeira.

MODERADA

População - Tratamento médico necessário, mas sem vítimas mortais. Algumas

hospitalizações. Retirada de pessoas por um período de 24 horas. Algum pessoal técnico

necessário. Alguns danos.

Ambiente - Pequeno impacto no ambiente sem efeitos duradouros.

Socioeconómica - Alguma disrupção na comunidade (menos de 24 horas). Alguma perda

financeira

ACENTUADA

População - Número elevado de feridos e de hospitalizações. Número elevado de retirada

de pessoas por um período superior a 24 horas. Vítimas mortais. Recursos externos

exigidos para suporte ao pessoal de apoio. Danos significativos que exigem recursos

externos.

Ambiente - Alguns impactos na comunidade com efeitos a longo prazo.

Socioeconómica - Funcionamento parcial da comunidade com alguns serviços

indisponíveis. Perda financeira significativa e assistência financeira necessária.

CRÍTICA

População - Grande número de feridos e de hospitalizações. Retirada em grande escala de

pessoas por uma duração longa. Significativo número de vítimas mortais. Pessoal de apoio

e reforço necessário.

Ambiente - Impacto ambiental significativo e/ou danos permanentes.

Socioeconómica - A comunidade deixa de conseguir funcionar sem suporte significativo.

Após a identificação da perigosidade que afeta o Município de Alenquer, será necessário efetuar a análise dos riscos significativos e para cada um dos que forem considerados, dimensionar a respetiva mitigação, identificar os níveis aceitáveis e as medidas de prevenção e proteção, bem como as medidas de avaliação.

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Plano Municipal de

Emergência de Proteção

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Tendo por base os dados disponíveis, a caracterização dos perigos e fatores de risco associados são quantificados na forma de uma matriz de PROBABILIDADE (elevada, média-alta, média, média-baixa, baixa) e de GRAVIDADE (crítica, acentuada, moderada, reduzida e residual), permitindo pois encontrar a prioridade no que respeita à intervenção (População, Ambiente e Socioeconómica). A combinação resultante deve ser encontrada na MATRIZ DE RISCO seguinte: Figura 20: Matriz de Risco – Grau de Risco

Fonte: ANPC, Caderno Técnico PROCIV n.º 9, 2009

Mesmo que as estratégias de tratamento não se justifiquem, apresentamos o risco, assim como a informação acerca das consequências, probabilidade e nível de risco. Á posteriori este deve ser monitorizado e revisto para ter a certeza que a decisão de não o tratar foi apropriada e correta. Neste sentido, apresentamos os riscos que pela sua génese natural, tecnológica ou associada ao comportamento humano, são suscetíveis de causar ou de criar um impacto negativo considerável na comunidade. Os graus de risco correspondentes aos perigos que podem afetar o Município de Alenquer estão representados no quadro seguinte, tendo-se adotado a nomenclatura de cores preconizada no Caderno Técnico PROCIV n.º 9.

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GRUPO CATEGORIA DESIGNAÇÃO GRAVIDADE

PROBABILIDADE RISCO

POP AMB SOC

Riscos

Naturais

Condições

meteorológicas

adversas

Ondas de calor Reduzida Reduzida Reduzida Média Moderado

Vagas de frio Reduzida Reduzida Reduzida Média-Baixa Baixo

Ventos fortes Reduzida Reduzida Moderada Média Moderado

Hidrologia

Cheias e

inundações Acentuada Reduzida Moderada Média-Alta Elevado

Secas Residual Reduzida Reduzida Média-Baixa Baixo

Geologia

Sismos Critica Reduzida Acentuada Baixa Elevado

Movimentos de

massa em

vertentes

Moderada Reduzida Moderada Elevada Elevado

Riscos

Tecnológicos

Transporte

(acidentes

graves)

Rodoviário Moderada Residual Reduzida Média-Alta Elevado

Ferroviário Moderada Residual Reduzida Baixa Moderado

Aéreo Acentuada Reduzida Reduzida Baixa Moderado

Matérias

perigosas Moderada Moderada Moderada Baixa Moderado

Vias de

comunicação e

infraestruturas

Colapso de

pontes e

outras

infraestruturas

Moderada Reduzida Acentuada Baixa Moderado

Acidente em

infraestruturas

de transporte

de substâncias

perigosas

Moderada Moderada Moderada Baixa Moderado

Atividade

industrial

Acidentes em

áreas

industriais

Moderada Moderada Acentuada Média-Alta Elevado

Áreas Urbanas

Incêndios em

edifícios Moderada Reduzida Moderada Média Moderado

Colapso de

edifícios Reduzida Residual Moderada Média-Baixa Moderado

Riscos

Mistos Incêndios Florestais Acentuada Crítica Acentuada Elevada Extremo

POP – População; AMB – Ambiente; SOC – Socioeconómica.

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A classificação de risco reportada no quadro anterior baseia-se na identificação e caraterização dos graus de probabilidade e gravidade (população, ambiente e socioeconómica) atribuídos aos perigos que potencialmente incidam no concelho de Alenquer. Esta análise teve por base um levantamento das áreas e grupos de população vulneráveis, características físicas e uso do solo, histórico de ocorrências, infraestruturas/instalações vitais, património arquitetónico, histórico e natural, assim como o contributo de diversas entidades para um melhor entendimento da realidade local. Para identificar o grau de risco utiliza-se a matriz de risco relacionando sempre o grau mais elevado de gravidade com a probabilidade.

5.2. Análise dos Riscos de Origem Natural

Os riscos de origem natural são todos os fenómenos suscetíveis de dar origem a acidentes graves ou catástrofes, sobre os quais o homem tem pouca ou nenhuma influência. Embora alguns eventos, como cheias e inundações, dependam fortemente de fenómenos naturais, o facto é que poderão encontrar-se igualmente associados, de forma mais ou menos indireta, à atividade humana (ex.: impermeabilização dos solos resultante de edificações e infraestruturas viárias). No entanto, uma vez que dependem de forma fundamental de eventos naturais, considera-se que deverão ser separados de outro tipo de fenómenos que compreendem necessariamente a atividade humana e, como tal, incluí-los nos riscos de origem natural. Os riscos de origem natural analisados no PMEPCA são: Ondas de calor; Vagas de frio; Ventos fortes; Cheias e inundações; Secas; Sismos; Movimentos de massa em vertentes.

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5.2.1.Ondas de Calor Segundo a definição da WMO (Organização Meteorológica Mundial) ocorre uma onda de calor quando num período de 6 dias consecutivos, a temperatura máxima do ar é superior em 5°C ao valor médio das temperaturas máximas diárias no período de referência (1961-1990). De realçar, no entanto, que esta definição está mais relacionada com o estudo e análise da variabilidade climática (em termos de tendências) do que propriamente com os impactos na saúde pública de temperaturas extremas que possam observar-se num período mais curto. Por exemplo, a ocorrência de 3 dias em que a temperatura seja 10 °C acima da média terá certamente mais impacto na saúde que 7 dias com temperatura 5 °C acima da média. As ondas de calor, que podem ocorrer em qualquer altura do ano, são mais notórias e sentidas pelos seus impactos quando ocorrem nos meses de verão (junho, julho e agosto). De referir ainda que, segundo o IPMA, junho é o mês de verão em que as ondas de calor ocorrem com maior frequência em Portugal Continental, sendo que os registos de temperatura efetuados desde 1941 indicam que o fenómeno se intensificou ao longo da década de 80 e 90. Em 2003 ocorreu a onda de calor mais longa de que há registo (entre 16 e 17 dias na região Norte, Centro e parte da região Sul), tendo durado cerca de 8/9 dias. Estes episódios geotérmicos encontram-se intimamente relacionados com a expansão de massas de ar, muitas vezes associados às massas de ar quente continentais, destacando-se as provenientes do Norte de África, podendo causar efeitos nocivos sobre as pessoas e provocando o agravamento de certas doenças, com o aumento potencial dos óbitos, assim como consequências nefastas sobre as culturas agrícolas, com perdas económicas sobre o ambiente, como é a proliferação e o favorecimento de grandes incêndios florestais. Trata-se de um fenómeno meteorológico esporádico mas recorrentes, caraterizadas por períodos de calor intenso, com duração de vários dias, podendo ainda contribuir para um aumento da morbilidade e da mortalidade. A principal causa de morte diretamente atribuída ao calor está relacionada com uma exposição intensa do corpo a temperaturas altas e humidade relativa baixa por um período significativo de tempo, sendo que uma onda de calor terá consequências mais dramáticas sobre população mais suscetível, como é o caso de idosos ou indivíduos com historial clínico do foro cardiovascular e respiratório. As ondas de calor quando ocorrem atingem uma ampla extensão territorial.

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Desta forma, considera-se que aquando de uma vaga de calor em Portugal Continental, os seus efeitos sentem-se na generalidade do seu território. Contudo, a intensidade com que estas ondas de calor ocorrem não é idêntica em todas as regiões. Regra geral as regiões costeiras beneficiam do efeito amenizador do mar em relação à temperatura, sendo que nestas regiões os extremos térmicos tendem a ser atenuados, não se atingindo por isso temperaturas tão elevadas como as atingidas nas zonas interior. No caso do concelho de Alenquer, a relativa proximidade ao mar contribui para que o território do município esteja menos exposto, contribuindo por um lado, para que a probabilidade de ocorrência de ondas de calor seja menor e, por outro, para que a intensidade com que estas ocorrem seja menos severa. No entanto, atendendo a que nos últimos anos se tem assistido a um acréscimo destas situações a nível nacional, torna-se espectável que possa ocorrer em algum momento. A Direção Geral de Saúde publica anualmente o Plano de Contingência para Ondas de Calor onde estão previstas as ações a tomar em caso de onda de calor pelas populações, pelos Agentes de Proteção Civil e pelas entidades de saúde responsáveis.

Quadro 31: Classificação descritiva do Risco de Onda de Calor para o Município de Alenquer

DESIGNAÇÃO GRAVIDADE

PROBABILIDADE RISCO

POPULAÇÃO AMBIENTE SOCIOECONOMIA

Ondas de calor Reduzida Reduzida Reduzida Média Moderado

Do exposto, considera-se que a classe de probabilidade para ocorrência de uma onda de calor no município de Alenquer é Média. Entre os grupos de população para os quais os perigos associados a uma onda de calor são maiores, estão sobretudo os idosos, mas também os recém-nascidos e as crianças, pelo que os lares de idosos, creches, jardins-de-infância e escolas básicas do 1º ciclo, podem constituir locais críticos que, dependendo da duração e intensidade da onda de calor, poderão ser alvo de medidas extraordinárias (ex.: deslocação de idosos e encerramentos de equipamentos que concentram crianças, em especial do grupo etário dos 0 aos 4 anos).

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Neste sentido, a gravidade na população entende-se aqui como Reduzida, considerando-se a possibilidade da necessidade de tratamento médico, principalmente na população mais idosa mas não se perspetivando vítimas mortais, no máximo algumas hospitalizações e retirada de pessoas por um período máximo de 24 horas. Considerando os aglomerados populacionais do concelho, Alenquer e Carregado, são aqueles que apresentam um maior número de pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, 932 e 592, respetivamente. Num segundo patamar estão os aglomerados de Cabanas do Chão (191) e Ota (175), que apesar de não terem tantos idosos como os acima mencionados, também apresentam um número significativo que os distingue dos restantes aglomerados. Contudo, deverá ser dada uma atenção especial às povoações isoladas. Relativamente ao outro grupo etário mais vulnerável (0-4 anos), voltam a ser os maiores aglomerados populacionais do concelho, a deter o maior número de crianças até aos 4 anos de idade (Carregado com 574 e Alenquer com 379). Num segundo patamar estão os aglomerados da Guizanderia (100) e Casal do Sarra (98), que apesar de não possuírem tantos crianças nesta faixa etária, como os acima mencionados, também apresentam um número significativo, que os distingue dos restantes aglomerados. No ambiente apenas se perspetivam pequenos impactos sem efeitos duradouros, logo considera-se a gravidade ao nível de impacte ambiental como Reduzida, sendo que ao nível da socioeconómica poderão perspetivar-se algumas perdas a nível financeiro, considerando-se a gravidade Reduzida. Deste modo, o grau de risco de ocorrência de uma Onda de Calor no concelho de Alenquer apresenta-se como MODERADO.

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5.2.2. Vagas de Frio Uma vaga de frio consiste numa descida anómala, e por vezes súbita, da temperatura do ar, face aos valores esperados para o período do ano em que ocorrem. Segundo a definição da WMO (Organização Meteorológica Mundial), uma vaga de frio ocorre quando, num período de 6 dias consecutivos a temperatura mínima do ar é inferior a 50C ao valor médio das temperaturas mínimas diárias no período de referência. Uma vaga de frio é produzida por uma massa de ar frio e geralmente seco que se desenvolve sobre uma área continental. Durante estes fenómenos ocorrem reduções significativas, por vezes repentinas, das temperaturas diárias, podendo descer os valores mínimos abaixo dos 00C. Estas situações estão frequentes associadas a ventos moderados ou fortes, que ampliam os efeitos do frio. Em Portugal, a ocorrência de vagas de frio encontra-se geralmente associada ao posicionamento do anticiclone dos Açores muito para Sul ou de anticiclones quer junto à Europa do Norte, quer em plena Península Ibérica (térmicos). Em função da situação meteorológica que lhes dá origem, as vagas de frio têm características muito diferentes podendo ser húmidas quando associadas a quedas de neve abundantes ou secas quando associadas a geada. O risco associado à ocorrência de uma vaga de frio é significativamente mais alto durante o período de Outono e Inverno, em que as temperaturas médias já são naturalmente baixas e em que uma redução anómala da temperatura do ar pode originar situações de frio extremo. Adicionalmente, se a vaga de frio for acompanhada por ventos fortes, os efeitos provocados pela exposição do corpo humano ao frio são ainda mais prejudiciais, atingindo-se mais rapidamente situações de hipotermia. As vagas de frio são fenómenos que geralmente atingem uma ampla extensão territorial. Deste modo, considera-se que quando ocorre uma vaga de frio em Portugal Continental, os seus efeitos sentem-se na generalidade do território. No entanto, a intensidade com que estas vagas de frio ocorrem não é idêntica em todas as regiões. Regra geral, as regiões costeiras beneficiam do efeito amenizador do mar em relação à temperatura, sendo que, nestas regiões os extremos térmicos são atenuados, não se atingindo por isso temperaturas tão baixas como as atingidas nas regiões interiores. Face ao exposto, conclui-se que o município de Alenquer, devido à relativa proximidade da costa, terá menor propensão a sofrer vagas de frio do que outros locais mais distantes do mar.

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Quadro 32: Classificação descritiva do Risco de Vaga de Frio para o Município de Alenquer

DESIGNAÇÃO GRAVIDADE

PROBABILIDADE RISCO

POPULAÇÃO AMBIENTE SOCIOECONOMIA

Vaga de Frio Reduzida Reduzida Reduzida Média-Baixa Baixo

Tendo em consideração o exposto e o histórico de ondas de frio a nível nacional e no concelho de Alenquer, observa-se que o território municipal apresenta uma baixa suscetibilidade a ondas de frio quando comparado com o restante território continental, pelo que a probabilidade de ocorrência de vagas de frio se considera Média-Baixa. Entre os grupos de população para os quais os perigos associados a uma vaga de frio são maiores, estão os idosos, os recém-nascidos, as crianças e os sem-abrigo, pelo que os lares de idosos, creches, jardins-de-infância e escolas básicas do 1º ciclo, podem constituir locais críticos que, dependendo da duração e intensidade da vaga de frio, poderão ser alvo de medidas extraordinárias. No caso de este fenómeno atmosférico se verificar, a gravidade é considerada Reduzida para a população, isto porque apesar do número de residentes com idade igual ou superior a 65 anos ter registado um aumento, estrutura etária municipal é relativamente jovem. De salientar que a média da população idosa no concelho de Alenquer é significativamente inferior à média da região Centro e das sub-regiões do Oeste e da Grande Lisboa. Quanto ao ambiente, apenas se perspetivam pequenos impactos sem efeitos duradouros, logo considera-se a gravidade ao nível de impacte ambiental como Reduzida A gravidade na socioeconómica identifica-se também como Reduzida, uma vez que, embora possam ocorrer perturbações, nomeadamente a formação de gelo nas estradas, em especial nos troços com exposições a Norte, ou cortes na energia elétrica provocados pela sobrecarga do sistema, não se perspetivam que estes efeitos se prolonguem por mais de 24 horas. Neste contexto, o grau de risco de ocorrência de uma Vaga de frio no concelho de Alenquer apresenta-se como BAIXO.

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5.2.3.Ventos Fortes

Por ventos fortes, entendem-se episódios de vento com velocidades suficiente para provocar danos e perturbar a normal atividade humana. O IMPA tem definidos três níveis de aviso para ventos fortes de acordo com as velocidades médias e máximas previstas. O quadro seguinte indica o modo como estes níveis de aviso estão definidos.

Quadro 33: Níveis de avisos meteorológicos para ventos fortes utilizados pelo IPMA

PARÂMETRO

AVISO METEOROLÓGICO

UNIDADES

AMARELO LARANJA VERMELHO

Rajada Máxima do Vento 70 - 90 90 - 130 >130 Km/h

Fonte: IPMA, 2012

Os ventos fortes são eventos que para além de serem um perigo potenciam riscos, nomeadamente colapso ou danos de estruturas, queda de árvores ou painéis publicitários.

Em casos de ventos extremamente fortes estes podem mesmo provocar danos em estruturas mais sólidas como edifícios levando a derrocada de fachadas ou chaminés que podem igualmente causar danos em bens e nas populações.

Quadro 34: Classificação descritiva do Risco de Ventos Fortes para o Município de Alenquer

DESIGNAÇÃO GRAVIDADE

PROBABILIDADE RISCO

POPULAÇÃO AMBIENTE SOCIOECONOMIA

Ventos fortes Reduzida Reduzida Moderada Média Moderado

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O histórico destes fenómenos no concelho de Alenquer evidencia uma probabilidade de ocorrência Média, sendo que o ultimo episódio de vento forte reporta-se a dezembro de 2009. Recorde-se que no dia 23 de dezembro de 2009 a região Oeste foi atingida por uma tempestade extratropical com ventos muito fortes (rajadas superiores a 140km/h, que derrubaram torres de alta tensão (provocando cortes no abastecimento de energia) e árvores. O evento foi ainda marcado pela variação brusca da direção do vento num curto espaço de tempo, passando da direção de SE para Oeste em apenas três horas. Por exemplo, na estação de Pragança (concelho do Cadaval) onde se verificou a intensidade máxima horária, a passagem rápida do núcleo depressionário impôs uma mudança de rumos em apenas duas horas. De acordo com os registos existentes e as formações divulgadas nos órgãos de comunicação social, os concelhos do Oeste mais afetados foram os de Alenquer, Azambuja, Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras, onde o mau tempo causou prejuízos na ordem dos 63 milhões de euros, segundo as estimativas dos municípios atingidos, sendo de salientar que, no início da noite de 24 de dezembro mais de 40 mil pessoas estavam ainda sem energia elétrica como consequência de queda de 22 torres de alta tensão. Relativamente à gravidade, esta apresenta-se Reduzida, para a população e ambiente já que se espera um pequeno número de feridos e pequeno impacte ambiental. Já na socioeconomia a gravidade é considerada Moderada pois caso alguma estrada seja cortada, quer por colapso de árvores ou edifícios, pode levar a uma disrupção na comunidade, assim como os danos na rede elétrica. Neste âmbito, o grau de risco de ocorrência de Ventos Fortes no concelho de Alenquer considera-se MODERADO.

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5.2.4.Cheias e inundações A cheia é o fenómeno de alagamento natural, resultante da elevação do nível médio das águas nos cursos naturais, com o consequente extravasamento. A inundação é o fenómeno de alagamento por outras causas, nomeadamente a incapacidade de escoamento das águas pluviais. Deste modo, as cheias e inundações são fenómenos naturais extremos e temporários, provocados por precipitações moderadas e permanentes ou por precipitações repentinas e de elevada intensidade. Este excesso de precipitação faz aumentar o caudal dos cursos de água, originando o transbordo do leito normal e a inundação das margens e áreas adjacentes. Segundo a WMO (Organização Meteorológica Mundial), os desastres provocados por cheias têm vindo a aumentar, como consequência da expansão urbana em planícies aluviais. De facto, a intervenção humana é um dos fatores que mais tem contribuído para o aumento dos efeitos das cheias e inundações, sobretudo ao nível da impermeabilização do solo nas áreas urbanas, visto que potenciam o escoamento superficial das águas pluviais ao invés da infiltração. Historicamente existem vários registos de cheia no concelho de Alenquer, nomeadamente na Vila de Alenquer. A figura seguinte ilustra as cotas máximas registadas nas principais cheias que fustigaram a Vila Baixa de Alenquer. Considerando o histórico e a configuração topográfica das suas bacias hidrográficas considera-se que o grau de probabilidade de ocorrência de cheias e inundações no concelho de Alenquer é Média-Alta.

Quadro 35: Classificação descritiva do Risco de Cheias e Inundações para o Município de Alenquer

DESIGNAÇÃO GRAVIDADE

PROBABILIDADE RISCO

POPULAÇÃO AMBIENTE SOCIOECONOMIA

Cheias e inundações Acentuada Reduzida Moderada Média-Alta Elevado

Apesar de estar sujeito às cheias consecutivas e progressivas do Rio Tejo, são as cheias rápidas que mais afeta o território municipal e que maior risco acarreta para as populações.

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As cheias rápidas são características sobretudo das pequenas bacias, uma vez que estas apresentam um reduzido tempo de concentração e podem ser devastadoras, em especial nas áreas densamente urbanizadas e com ocupação dos leitos de cheia, como é o caso do Rio de Alenquer e afluentes. Este tipo de cheias ocorre de forma repentina, despoletadas por episódios de precipitação muito intensa e concentrada em algumas horas, pelo que se torna difícil prevê-las. Neste sentido, é particularmente importante o correto ordenamento das áreas ribeirinhas, no sentido de minimizar o grau de risco a elas associado.

Contudo, é muito preocupante o quantitativo de casas de habitação e de outras construções edificadas em terrenos férteis de várzea, húmidos, encharcáveis e inundáveis, o que configura sérios problemas de segurança quando há a ocorrência de grandes quantitativos pluviométricos. As áreas inundáveis mais significativas e recorrentes sãos as que resultam da subida do caudal do Rio de Alenquer, Rio de Ota, Rio Grande da Pipa, Ribeira da Espiçandeira e Ribeira de Santana da Carnota. No caso de este fenómeno se verificar, a gravidade é considerada Acentuada para a população, isto porque pode afetar um número considerável de povoações e implicar a retirada de um número significativo de pessoas por um período superior a 24 horas, para além de poderem ocorrer vítimas mortais, à semelhança do sucedido nas cheias de novembro de 1967. A gravidade na socioeconomia considera-se como Moderada, reconhecendo-se danos em infraestruturas e equipamentos localizados nas áreas mais vulneráveis. No ambiente a gravidade é entendida como Reduzida, uma vez que o impacte não terá efeitos duradouros. Neste contexto, o grau de risco de Cheia e Inundação, no concelho de Alenquer, considera-se ELEVADO. No Mapa 13 estão representadas as Zonas Ameaçadas pelas Cheias, cuja delimitação teve por base diferentes documentos, desde as orientações estratégicas de âmbito nacional e regional da Reserva Ecológica Nacional (RCM n.º 81/2012, de 3 outubro), vários estudos existentes sobre esta temática (entre os quais destaca-se o estudo do INAG - “Reconhecimento dos Leitos de Cheia dos Pequenos Cursos de Água da Região de Lisboa”), e a Carta de Reserva Ecológica Nacional em vigor. O trabalho de campo realizado após as intempéries de março de 2010 e janeiro/fevereiro de 2011 permitiu identificar uma série de pontos críticos, que se encontra assinalados a vermelho. Foi ainda realizada a análise do escoamento e níveis hidrométricos dos principais rios do concelho, e sua relação com a precipitação, através dos dados disponíveis no SNIRH - Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos. Neste mesmo mapa encontram-se assinalados os Postos de Comando e as Zonas de Concentração e Apoio (ZCAP) para cada uma das áreas afetadas. O CMTFA encontra-se evidenciado por se tratar da ZCAP preferencial em caso de cheias.

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Plano Municipal de

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Mapa 13: Risco de Cheias e Inundações no Município de Alenquer

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A ETAR de Atouguia encontra-se identificada no mapa, uma vez que a mesma situa-se a montante de uma nascente (furos de captação da EPAL em Ota) e numa zona ameaçada pelas cheias, sendo que em caso de ocorrência deste fenómeno, pode sofrer uma rutura e contaminar as águas, face à sua localização.

Figura 23: Localização da ETAR de Atouguia e enquadramento envolvente

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5.2.5. Secas

Os episódios de seca são uma condição física transitória caraterizada pela escassez de água, associada a períodos extremos de reduzida precipitação mais ou menos longos, com repercussões negativas no ambiente e nas atividades socioeconómicas. Em termos gerais, uma situação de seca ocorre quando num determinado período de tempo se verificam constrangimentos ao nível da disponibilidade de água para a agricultura ou para uso urbano, privando as populações do normal abastecimento domestico e industrial, ou para necessidades de cariz ambiental. A situação geográfica do território de Portugal Continental é favorável à ocorrência de episódios de seca, quase sempre associados a situações meteorológicas de bloqueio em que anticiclone subtropical do Atlântico Norte se mantém numa posição que impede que as perturbações da frente polar atinjam a Península Ibérica. Deste modo, as situações de seca são frequentes em Portugal Continental, com consequências gravosas particularmente na agricultura e na pecuária, nos recursos hídricos e no bem-estar das populações, sendo de destacar, nos últimos 65 anos, sete episódios de seca com maior severidade: 1943/46, 1965, 1976, 1980/81, 1991/92, 1994/95 e 1998/99 e 2004/06. As regiões a sul do Tejo são as mais vulneráveis, e as que têm sido mais afetadas. Das secas referidas, as mais graves foram:

Seca 1943-46 – a mais longa ocorrida nos últimos 65 anos, 1990-92 a 2ª mais longa, 2004-06 e 1980-81 foram as terceiras mais longas;

Seca de 2004-06 – a de maior extensão territorial (100% do território afetado) e a mais intensa (tendo em conta os meses consecutivos em seca severa e extrema). Importa realçar que os estudos relacionados com as alterações climáticas apontam no sentido de que a ocorrência de períodos mais ou menos longos sem precipitação poderá vir a intensificar-se no futuro.

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Civil - 2014

Figura 24: Representação espacial do número de meses consecutivos em seca meteorológica severa e

extrema entre outubro de 2004 e setembro de 2005

Fonte: IPMA, Boletim Climatológico de 2005

Considerando o registo das principais ocorrências registadas a nível nacional e na região onde se insere o concelho de Alenquer (Oeste e Vale do Tejo) considera-se que a probabilidade de ocorrência de uma seca que afete significativamente o concelho é Média-Baixa, a qual poderá ocorrer apenas em circunstâncias excecionais, mas com um impacto diminuto em termos de abastecimento doméstico. De facto, o concelho não apresenta geralmente problemas significativos de abastecimento doméstico em situação de seca.

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Quadro 36: Classificação descritiva do Risco de Seca para o Município de Alenquer

DESIGNAÇÃO GRAVIDADE

PROBABILIDADE RISCO

POPULAÇÃO AMBIENTE SOCIOECONOMIA

Secas Residual Reduzida Reduzida Média-Baixa Baixo

Em relação ao nível de gravidade na população esta considera-se Residual, não se perspetivando impactos significativos a este nível, sendo que apenas em situação extrema se poderia justificar algum pessoal de apoio às povoações mais isoladas, pelo que os efeitos poderão ser mais significativos na socioeconomia, com alguma perda económica associada à afetação da normal atividade das indústrias, estabelecimentos comerciais, explorações agrícolas e agropecuárias. Contudo, considera-se que o nível de gravidade na socioeconómica é, ainda assim, Reduzida. Relativamente ao ambiente a gravidade é, igualmente Reduzida, não provocando efeitos duradouros, embora potencia a erosão dos solos, a degradação da qualidade da água e a morte precoce de algumas culturas anuais. Assim, o grau de risco face há ocorrência de uma Seca no concelho de Alenquer é considerado BAIXO.

5.2.6. Sismos Entende-se por sismo a libertação súbita de energia acumulada por rutura dos materiais na crosta terrestre, especialmente em zonas tectónicas, que se manifestam através da propagação de ondas sísmicas, provocando movimentos vibratórios no solo que poderão causar danos avultados em edifícios e infraestruturas. A grandeza de um sismo pode ser medida de duas formas:

Pela magnitude, através da amplitude das ondas sísmicas registadas nos sismogramas, a qual está relacionada com a quantidade de energia libertada no foco. Trata-se de uma forma quantitativa de medir o sismo. A escala mais utilizada é a Escala de Richter, composta por nove graus.

Pela intensidade, através da avaliação dos efeitos produzidos em termos de danos nas estruturas edificadas e no modo como as vibrações são sentidas pela população. Os efeitos são escalonados em níveis, segundo uma escala de intensidades de natureza qualitativa.

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A mais conhecida é a escala de intensidades de Mercalli Modificada, constituída por doze graus. O território do continente, assente na placa euro-asiática, caracteriza-se por uma sismicidade de nível intermédio em termos globais, quer em termos de magnitude, quer em termos de frequência. Anualmente, largas centenas de sismos são registados no território de Portugal Continental. Porém a grande maioria são impercetíveis ao Homem. A maior parte dos sismos acorrem na zona sul do Algarve, mas principalmente a sudoeste do cabo de São Vicente. Nos últimos 40 anos existe alguma aglomeração sísmica na zona de Évora, na zona litoral entre Santarém e Coimbra e a este da Costa Vicentina. No restante território a sismicidade tem sido dispersa. A carta de intensidades máximas representa o maior grau de intensidades sentido em cada região de Portugal, tendo em consideração os sismos ocorridos até à atualidade. Da análise desta carta, conclui-se que o concelho de Alenquer situa-se numa das áreas que sofreu maior intensidade sísmica (intensidade de IX a VII, ou seja, uma das mais elevadas do território português). O Plano de Emergência para o Risco Sísmico da cidade de Lisboa, publicado em 2002, mostra três cenários possíveis com diferentes magnitudes, como se pode observar nas figuras abaixo. Como se pode constatar pela observação dos diferentes cenários presentes no estudo, qualquer um deles apresentam consequências gravosas para o concelho, em especial o cenário 2 e 3. Analisando em particular o cenário 3, verifica-se que o mesmo apresentaria, no território concelhio intensidades de IX – Desastroso, VIII - Ruinoso e VII – Muito forte, expresso na escala de Mercalli Modificada. Esta classificação pressupõe, entre outras consequências, a destruição de alvenaria ou colapso total das mesmas, deslocação da estrutura dos edifícios, fraturas consideráveis no solo e possível colapso de infraestruturas viárias.

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Figura 25: Intensidade Sísmica em diferentes cenários

Cenário 3 Epicentro – Histórico 1531 (Lisboa)

Magnitude – 7

Fonte: Plano de Emergência para o Risco Sísmico, CM Lisboa, 2002

Em função do índice histórico de eventos sísmicos na região de Lisboa e Vale do Tejo, a probabilidade de ocorrência de um sismo de intensidade igual ou superior a VI é Baixa, podendo ocorrer em situações excecionais.

Cenário 1 Epicentro - Falha da Rib. Coina (Setúbal) Magnitude – 6,4

Cenário 2 Epicentro – Histórico 1909 (Santarém) Magnitude – 6

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Quadro 37: Classificação descritiva do Risco de Sismo para o Município de Alenquer

DESIGNAÇÃO GRAVIDADE

PROBABILIDADE RISCO

POPULAÇÃO AMBIENTE SOCIOECONOMIA

Sismos Crítica Reduzida Acentuada Baixa Elevado

Embora os sismos sejam fenómenos raros apresentam um elevado potencial para provocar danos avultados em extensas áreas do território. Dos vários danos que poderão estar associados à ocorrência de um sismo destacam-se os seguintes:

Mortos e feridos; Danos em edifícios; Danos na rede rodoviária; Danos na rede elétrica e em poste de eletricidade; Danos na rede de saneamento e abastecimento de água; Queda de árvores; Danos na rede e em antenas de telecomunicações.

Neste sentido, ao nível de gravidade na população, caso ocorre um sismo com intensidade igual ao superior a VI, esta considera-se Crítica, perspetivando-se um grande número de feridos e de hospitalizações, bem como um número significativo de vítimas mortais. São também esperadas a deslocação, em grande escala, de pessoas por uma duração longa e a mobilização de pessoal de apoio. No que respeita à socioeconomia, considera-se a gravidade como Acentuada, uma vez que poderão surgir perdas financeiras significativas, bem como, perturbações no normal funcionamento da comunidade com serviços indisponíveis. No ambiente a gravidade é considerada Reduzida, uma vez que os impactes que poderão surgir de um sismo não perspetivam danos no ambiente com efeitos duradouros. Deste modo, o grau de risco face há ocorrência de uma Sismo no concelho de Alenquer é considerado ELEVADO.

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Mapa 14: Intensidade Sísmica no Município de Alenquer

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O Mapa 14 identifica a intensidade sísmica (zonas de intensidade máxima – escala internacional) no município de Alenquer. Trata-se de um extrato do Atlas do Ambiente produzido pela Agência Portuguesa do Ambiente. Como é percetível, e considerando uma escala de 1 a 10, constata-se, uma vez mais, que o concelho de Alenquer, embora não se situe sobre nível máximo, encontra-se nas zonas de intensidade máxima seguintes (entre 9 e 7). Por esta razão têm sido elaborados alguns estudos e exercícios que permitam prever os danos que possam ocorrer. Em 2004, o Serviço Nacional de Proteção Civil elaborou um estudo sobre o risco sísmico, onde se criaram dois cenários com epicentros localizados em sítios diferentes, mais propriamente em Setúbal (epicentro Setúbal na falha de Ribeira de Coina), Lisboa (epicentro Lisboa histórico de 1531) e Santarém (epicentro histórico de 1909). Um dos cenários foi criado para o Distrito de Lisboa e outro para o Distrito de Santarém. Segundo estes cenários o concelho de Alenquer seria severamente atingido se o epicentro fosse em Lisboa ou em Santarém. A união das freguesias do Carregado e Cadafais e a união das freguesias de Alenquer (Triana e Santo Estêvão) seriam atingidas com intensidade de grau VIII, enquanto, Meca e Ota sofreriam a intensidade de grau VII, as restantes freguesias seriam atingidas pelo grau VI, exceto Vila Verde dos Francos. Da análise desses cenários verificou-se tanto no cenário em que o epicentro seria em Santarém como em Lisboa, que os danos neste concelho seriam avultados e graves, pelo que se deve trabalhar na mitigação deste risco. Estes estudos revelam que em caso de sismo grave o concelho de Alenquer será gravemente afetado. O mapa de intensidade sísmica mostra ainda que o Carregado e a zona da Lezíria do Tejo envolvente apresentam uma escala maior, o que deixa antever, que em caso de ocorrência de um sismo será o setor sudeste do concelho a sofrer maiores danos. Para além de ser a freguesia (Carregado e Cadafais) que geograficamente se encontra mais perto dos epicentros previstos, ao ser atingida por uma intensidade elevada, não só sofrerá os maiores danos, como apresenta uma série de riscos acrescidos em função da: Maior concentração de indústrias; Maior concentração populacional; Maior concentração de prédios altos com elevado número de

condóminos; Rede de gás densa com estações de compressão; Rede elétrica muito alta tensão; Localização da Central Termoelétrica do Ribatejo.

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No caso de o epicentro ser em Lisboa os danos previstos serão ainda maiores do que se fosse em Setúbal ou Santarém. Sendo o epicentro em Lisboa, o concelho de Alenquer será atingido com uma intensidade muito elevada: Os danos nos edifícios serão de maior gravidade nas localidades de

Alenquer, Carregado e Cadafais, prevendo-se que haja colapso de edifícios na Vila de Alenquer;

A população mais afetada serão os residentes do Carregado, mais precisamente na urbanização da Barrada, devido aos edifícios de elevada cércea (11 andares);

A população da vila de Alenquer, mais propriamente a vila alta será também afetada devido aos desabamentos;

Na rede viária haverá danos moderados na IC2 e a A1 sofrerá colapsos; A rede de abastecimento de água será danificada numa maior extensão na

freguesia da Ota; A rede de combustíveis (gasoduto) será sujeita a algumas reparações, mas

em pequenas extensões, a cargo da REN Gasodutos; A rede elétrica terá avarias em Alenquer, na freguesia de Ota e em Abrigada; A sede da união das Freguesias do Carregado e Cadafais sofrerá danos

moderados; Por se localizar no interior da urbanização da Barrada, a Cruz Vermelha pode

sofrer danos significativos. Face aos danos potenciais e perante os resultados dos exercícios realizados neste âmbito, o concelho de Alenquer, é de facto, muito vulnerável perante a ocorrência de um sismo de elevada magnitude, sendo fundamental a coordenação do CDOS e dos CCO em caso de acidente.

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5.2.7. Movimentos de massa em vertentes Um movimento de massa define-se como todo o deslocamento de massas instabilizadas de rocha ou solos devido à ocorrência de rutura. Estes movimentos são fortemente condicionados pela força da gravidade e características geológicas (tipo e disposição das rochas no terreno, grau de alteração e fracturação) e geomorfológicas (dependendo do declive e conjugação com a gravidade), sendo desencadeados pela precipitação, pela ação do Homem ou por forças extremas, geralmente associadas a sismos ou tempestades. Os movimentos de massa ocorrem quando a estabilidade de uma determinada vertente sofre alterações de tal ordem que passa a ser caracterizada como instável, podendo resultar em prejuízos materiais e humanos significativos ao afetar zonas habitacionais, zonas agrícolas, zonas ecológicas e vias de comunicação. Este fenómeno surge também associado à destruição do coberto vegetal pelos incêndios florestais, e pela consequente perda de sustentabilidade deste, sendo que dentro da tipologia de movimentos em massa, o concelho de Alenquer é essencialmente afetado pelos deslizamentos. É amplamente conhecido o facto do concelho de Alenquer se localizar numa região do País, que pelas suas características climáticas, litológicas, geomorfológicas e de utilização do solo, proporcionam condições necessárias e favoráveis à ocorrência de deslizamentos, que na maioria das vezes provocam prejuízos materiais e afetam a vida das populações. Neste sentido e com base no reconhecimento de campo, a probabilidade de manifestação deste risco no Município considera-se Elevada.

Quadro 38: Classificação descritiva do Risco de Movimento de Massa em Vertentes para o Município de

Alenquer

DESIGNAÇÃO GRAVIDADE

PROBABILIDADE RISCO

POPULAÇÃO AMBIENTE SOCIOECONOMIA

Movimentos de

massa em vertentes Moderada Reduzida Moderada Elevada Elevado

Tabela formatada

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A gravidade na socioeconomia considera-se Moderada, pelo facto de existir a possibilidade de constrangimentos ao nível do tráfego durante um período de tempo alongado, bem como, alguma perda financeira. Em relação à gravidade de afetação da população, esta avalia-se também como Moderada, sendo este impacto significativo em duas situações. A primeira está relacionada com a possibilidade, embora remota, de afetação de pessoas a circular numa rodovia aquando uma ocorrência de deslizamento; estando a segunda relacionada com a possibilidade de atingir diretamente habitações, pelo facto de existirem povoações com construções imediatamente localizadas na proximidade de vertentes acentuadas ou ao longo da vertente. A gravidade no ambiente é Reduzida, uma vez que este fenómeno é caracterizado como uma evolução natural da vertente, não destruindo espécies biológicas. Assim, o grau de risco para Movimentos em Massa no concelho de Alenquer apresenta-se como ELEVADO. No mapa seguinte encontram-se identificadas as áreas de instabilidade de vertentes, delimitadas segundo as orientações estratégicas de âmbito nacional e regional da REN, pelo que baseia-se na avaliação da suscetibilidade à ocorrência de movimentos de massa em vertentes. Serviram de base à sua demarcação a seguinte informação: Inventário de movimentos de massa em vertentes; Ortofotomapas digitais a cores (2012), da DGT; Carta de Declives, Exposição e Curvatura das Vertentes, elaboradas com

base no Modelo Numérico de Elevação (MNE). Informação de base - Altimetria. Escala original 1:10 000 (curvas de nível com equidistância de 5m e pontos cotados com precisão centesimal). A matriz foi gerada com uma dimensão de pixel de 5m;

Cartas Geológicas de Portugal 30-B Bombarral e 30-D Alenquer, à escala 1:50 000, dos Serviços Geológicos de Portugal/Direcção-Geral de Minas e Serviços Geológicos (1965/1966), assim como as respetivas noticias explicativas;

Carta de solos, à escala 1:25 000, série SROA/CNROA, assim como a nota explicativa da Carta de Solos de Portugal apresentada pela Direcção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR);

Carta de padrões de ocupação do solo do Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo (PROT-OVT), produzida em 2008 pela CCDRLVT, com base em interpretação de fotografia aérea à escala 1/5000 produzidas pelo IGP, resultantes de voos realizados durante o período de 2005/2006, e atualizações/correções com base no voo realizados em 2007. A metodologia definida para a delimitação das áreas de instabilidade de vertentes passou por três procedimentos:

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Inventariação, determinação da tipologia e análise dos movimentos de vertentes já verificados no território;

Identificação e cartografia dos fatores de pré-disposição (condicionantes) responsáveis pelo aparecimento ou aceleração dos movimentos;

Interpretação dos fatores com recurso a um modelo estatístico de relação espacial.

A inventariação dos movimentos de vertentes já verificados no território concelhio permitiu a realização de uma base de dados, com toda a informação necessária para se avaliar a suscetibilidade à ocorrência de movimentos de vertentes. Para tal, procedeu-se à análise de fotografia aérea e ortofotomapas, mas sobretudo à realização de trabalho de campo, o qual ocorreu nos dias 07/04/2011, 28/04/2011, 07/10/2011, 20/03/2014 e 25/03/2014, para validação e identificação destes movimentos. Deste modo, foi possível fazer um levantamento concreto da sua localização, para além das suas características ao nível da tipologia, geologia do substrato, formações superficiais, coberto vegetal e uso do solo, morfologia da vertente, características do movimento, causas prováveis, e descrição dos danos. O trabalho de campo realizado permitiu localizar cerca de 118 áreas com movimentos de vertente, o que corresponde a um total de área deslizada de cerca de 203,8 ha. Estas áreas encontram-se identificadas a vermelho, no Mapa 15. Os movimentos observados correspondem, quanto à sua tipologia, a deslizamentos. Uns pelas características que apresentam podem ser considerados recentes, mas os vestígios de antigos movimentos, cicatrizes e perfis muito irregular das vertentes, predominam na maioria das vertentes dos relevos do concelho de Alenquer.

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Mapa 15: Risco de movimentos de massa em vertente no Município de Alenquer

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Neste contexto, consistem em locais a ser seguidos no futuro, sobretudo, porque o desencadear de novos movimentos pode trazer consequências para as populações (perdas de bens e possibilidade de vitimas), mas nomeadamente devido aos gastos inerentes à manutenção/reparação de infraestruturas por parte da entidade gestora, nomeadamente as infraestruturas rodoviárias, com destaque para a EN115, EN115-3, EN9 e EN9-3 (pelo registo de ocorrências).

5.3. Análise dos Riscos de Origem Tecnológica (Humana) Os riscos de origem humana são todos aqueles que se encontram associados a infraestruturas artificiais de origem antrópica ou a atividade humana. Assim como sucede com acidentes de origem natural, também os acidentes de origem humana podem não depender exclusivamente da atividade do homem. De facto, as condições meteorológicas adversas, por exemplo, podem dar origem a acidentes viários, a colapso de edifícios, entre outros. No entanto, dado que dependem em última análise da atividade humana encontram-se englobados nesta categoria. Os riscos de origem humana analisados no presente plano são os seguintes: Acidentes graves de tráfego rodoviário; Acidentes graves de transporte ferroviário; Acidentes no transporte de matérias perigosas; Colapso de pontes e outras infraestruturas; Acidentes em infraestruturas de transporte de substâncias perigosas; Acidentes em áreas industriais; Incêndios em edifícios; Colapso de edifícios.

5.3.1. Acidentes graves de tráfego rodoviário A ocorrência de acidentes rodoviários num determinado local, para além dos fatores relacionados com comportamento dos condutores e peões, está relacionada com a intensidade de tráfego, com as condições meteorológicas que aí ocorrem e com o estado de manutenção das vias e dos veículos que nela circulam. De uma forma geral, quanto maior for a intensidade de tráfego de uma via, maior é a probabilidade de ocorrência de acidentes rodoviários. Condições meteorológicas adversas, como chuva intensa, gelo, granizo e nevoeiro, tendem igualmente a provocar um maior número de acidentes. O mau estado de conservação das entradas, assim como o mau estado dos veículos que nelas circulam, constituem também fatores propícios à ocorrência de acidentes.

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Um acidente rodoviário ocorrer quando um veículo colide com outro, quando colidem vários veículos, quando há a colisão de um veículo com peões, quando há a colisão com outros objetos, ou mesmo por despiste, resultando do evento danos materiais mais ou menos avultados, feridos ou possíveis vítimas mortais.

As consequências mais significativas que podem resultar de acidentes viários são: Vitimas mortais; Feridos graves e feridos ligeiros; Destruição de veículos; Destruição de bens e equipamentos atingidos.

O quadro seguinte apresenta as estatísticas de sinistralidade relacionada com acidentes rodoviários do concelho de Alenquer, da NUT III Oeste e de Portugal Continental, para o período de 5 anos mais recentes para o qual existem dados completos (2009 a 2013). No quinquénio analisado, ocorreram em média cerca de 151 acidentes por ano com vítimas no concelho de Alenquer, dos quais, cerca de quatro por ano provocou vítimas mortais. O índice de gravidade (número de mortos por cada 100 acidentes com vitimas) no concelho é superior ao de Portugal Continental e ao do Oeste. De facto, para o quinquénio em análise, por cada 100 acidentes com vítimas resultaram em média 3,6 vítimas mortais no concelho, sendo superior ao valor de Portugal Continental (2,4) e Oeste (2,8).

Quadro 39: Estatísticas de Acidentes Rodoviários

Região Ano/Período Acidentes

com Vítimas

Acidentes com Vítimas

Mortais

Número de Mortos

Número de Feridos Graves

Número de Feridos Ligeiros

Índice de Gravidade

Concelho de Alenquer

2009 170 4 5 14 220 2,9

2010 165 3 7 24 213 4,2

2011 147 3 6 10 182 4,1

2012 136 5 5 14 167 3,7

2013 135 4 4 12 167 3,0

Média Anual 2009-2013

151 4 5 15 190 3,6

NUT III - Oeste Média Anual 2009-2013

1309 28 36 97 1598 2,8

Portugal Continental

Média Anual 2009-2013

32731 635 784 2250 40069 2,4

Fonte: Anuários Estatísticos (INE)

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Paralelamente à informação disponibilizada pelo INE, no SMPC estão cartografados os locais onde ocorrem mais acidentes, segundo um registo realizado pela GNR e cujo estudo nos foi facultado pela ANSR – Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. Foram disponibilizados os dados gerais, relativamente a acidentes rodoviários e vitimas para o período entre 2003 e 2012, e informação pormenorizados referentes ao ano de 2012.

Quadro 40: Acidentes com vítimas no período compreendido entre 01/01/2003 e 31/12/2012

Acidentes c/ vítimas

Vitimas Mortais

Feridos Graves

Feridos Leves

Total de Vitimas

Índice de Gravidade

Ano 2003 212 8 20 282 310 3,8

Ano 2004 153 5 9 205 219 3,3

Ano 2005 161 9 28 198 235 5,6

Ano 2006 175 6 21 225 252 3,4

Ano 2007 173 7 20 223 250 4,0

Ano 2008 152 6 13 202 221 3,9

Ano 2009 170 5 14 220 239 2,9

Ano 2010 165 7 24 213 244 4,2

Ano 2011 147 6 10 182 198 4,1

Ano 2012 136 5 14 167 186 3,7

Fonte: ANSR

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Quadro 41: Acidentes com vítimas por freguesia no ano de 2012

Acidentes c/ Vítimas

Vitimas Mortais

Feridos Graves

Feridos Leves

Total de Vitimas

Índice de Gravidade

Freguesia de Abrigada 4 0 0 6 6 0,0

Freguesia de Aldeia Galega da Merceana 5 0 0 5 5 0,0

Freguesia de Aldeia Gavinha 6 0 0 7 7 0,0

Freguesia de Alenquer (Santo Estêvão) 13 0 0 15 15 0,0

Freguesia de Alenquer (Triana) 12 0 4 19 23 0,0

Freguesia de Cabanas de Torres 1 0 0 1 1 0,0

Freguesia de Cadafais 10 3 2 12 17 30,0

Freguesia de Carnota 3 0 0 5 5 0,0

Freguesia de Carregado 54 2 5 59 66 3,7

Freguesia de Meca 5 0 0 8 8 0,0

Freguesia de Olhalvo 6 0 0 6 6 0,0

Freguesia de Ota 12 0 0 19 19 0,0

Freguesia de Pereiro de Palhacana 0 0 0 0 0 0,0

Freguesia de Ribafria 0 0 0 0 0 0,0

Freguesia de Ventosa 3 0 3 3 6 0,0

Freguesia de Vila Verde dos Francos 1 0 0 1 1 0,0

Não Definido 1 0 0 1 1 0,0

Fonte: ANSR

O quadro 42 revela que a ocorrência de acidentes ao longo do ano não é uniforme. Dezembro foi o mês do ano de 2012 que registou um maior número de acidentes com vítimas no concelho e, consequentemente um maior número de vitimas mortais (duas). Este maior número de acidentes no mês de dezembro pode ser justificado pelo aumento de tráfego nesta época festiva. Contudo, não é possível perceber nenhuma tendência sazonal muito marcante, uma que os dados em análise cingem-se ao ano de 2012.

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Quadro 42: Acidentes com vítimas por mês no ano de 2012

Acidentes c/ Vítimas

Vitimas Mortais

Feridos Graves

Feridos Leves

Total de Vitimas

Índice de Gravidade

janeiro 8 1 3 11 15 12,5

fevereiro 10 0 4 9 13 0,0

março 10 0 1 11 12 0,0

abril 7 0 0 9 9 0,0

maio 9 0 0 13 13 0,0

junho 11 0 0 13 13 0,0

julho 13 1 0 14 15 7,7

agosto 7 0 0 9 9 0,0

setembro 16 1 0 25 26 6,3

outubro 10 0 2 12 14 0,0

novembro 10 0 2 12 14 0,0

dezembro 25 2 2 29 33 8,0

Fonte: ANSR

Quadro 43: Acidentes com vítimas por dia da semana no ano de 2012

Acidentes c/ Vítimas

Vitimas Mortais

Feridos Graves

Feridos Leves

Total de Vitimas

Índice de Gravidade

Domingo 24 1 4 39 44 4,2

segunda-feira 10 0 0 13 13 0,0

terça-feira 25 0 4 28 32 0,0

quarta-feira 23 1 1 24 26 4,3

quinta-feira 17 2 1 23 26 11,8

sexta-feira 20 1 1 24 26 5,0

Sábado 17 0 3 16 19 0,0

Fonte: ANSR

Quadro 44: Acidentes com vítimas segundo as condições de luminosidade no ano de 2012

Acidentes c/ Vítimas

Vitimas Mortais

Feridos Graves

Feridos Leves

Total de Vitimas

Índice de Gravidade

Não Definido 0 0 0 0 0 0,0

Em pleno dia 92 3 10 118 131 3,3

Sol escande ante 1 0 0 1 1 0,0

Aurora ou crepúsculo 5 0 0 6 6 0,0

Noite - sem iluminação 19 2 2 19 23 10,5

Noite -com iluminação 19 0 2 23 25 0,0

Fonte: ANSR

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 225

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Embora as condições climatéricas adversas como a chuva e o nevoeiro aumentem a probabilidade de ocorrência de acidentes, sobretudo em função da diminuição da visibilidade e a formação de lençóis de água, o facto é que a grande maioria dos acidentes com vítimas registados em 2012 no município, ocorreram enquanto se verificava com bom tempo. No entanto, o índice de gravidade é superior em casos de nevoeiro ou chuva.

Quadro 45: Acidentes com vítimas segundo os fatores atmosféricos no ano de 2012

Acidentes c/ vítimas

Vitimas Mortais

Feridos Graves

Feridos Leves

Total de Vitimas

Índice de Gravidade

Bom tempo 105 3 10 132 145 2,9

Chuva 28 1 4 33 38 3,6

Nevoeiro 3 1 0 2 3 33,3

Fonte: ANSR

Quadro 46: Acidentes com vítimas segundo o tipo de via no ano de 2012

Acidentes c/ Vítimas

Vitimas Mortais

Feridos Graves

Feridos Leves

Total de Vítimas

Índice de Gravidade

Não Definido 0 0 0 0 0 0,0

EM (Estrada Municipal) 4 0 1 5 6 0,0

EN (Estrada Nacional) 38 3 3 46 52 7,9

AE (Auto Estrada) 18 1 0 24 25 5,6

IC (Itinerário Complementar) 34 0 4 50 54 0,0

IP (Itinerário Principal) 0 0 0 0 0 0,0

Arruamento 40 1 6 39 46 2,5

EF (Estrada Florestal) 0 0 0 0 0 0,0

Outra Via 1 0 0 2 2 0,0

VAR (Variante) 1 0 0 1 1 0,0

PNT (Ponte) 0 0 0 0 0 0,0

ER (Estrada Regional) 0 0 0 0 0 0,0

Fonte: ANSR

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 226

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Quadro 47: Acidentes com vítimas segundo a natureza do acidente no ano de 2012

Acidentes c/ vítimas

Vitimas Mortais

Feridos Graves

Feridos Leves

Total de Vitimas

Índice de Gravidade

Não Definido 0 0 0 0 0 0,0

Despiste simples 18 0 0 26 26 0,0

Despiste c/dispositivo de retenção 4 0 0 7 7 0,0

Despiste s/dispositivo de retenção 5 0 0 7 7 0,0

Despiste c/transposição do dispositivo de retenção lateral 4 0 0 4 4 0,0

Despiste com capotamento 11 0 2 10 12 0,0

Despiste c/colisão c/ veículo imobilizado/obstáculo 4 0 0 4 4 0,0

Despiste c/ fuga 0 0 0 0 0

Colisão frontal 18 1 7 32 40 5,6

Colisão traseira c/ veículo em movimento 21 2 0 20 22 9,5

Colisão lateral c/outro veículo movimento 19 1 0 26 27 5,3

Colisão com veículo ou obstáculo na Faixa Rodagem 5 0 2 6 8 0,0

Colisão choque em cadeia 1 0 0 1 1 0,0

Colisão c/ fuga 1 0 0 1 1 0,0

Colisão c/ outras situações 1 0 0 2 2 0,0

Atropelamento de peões 22 1 2 20 23 4,5

Atropelamento de animais 0 0 0 0 0

Atropelamento c/ fuga 2 0 1 1 2 0,0

Fonte: ANSR

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 227

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Quadro 48: Acidentes com vítimas por categoria de utentes no ano de 2012

Vítimas Mortais Feridos Graves Feridos Leves

Condutores 3 9 96

Passageiros 1 2 51

Peões 1 3 20

Fonte: ANSR

Quadro 49: Acidentes com vítimas por categoria de veículo no ano de 2012

Vítimas Mortais Feridos Graves Feridos Leves

Peões 1 3 20

Não Definido 0 0 0

Velocípede 1 0 3

Velocípede c/motor 0 0 1

Ciclomotor 0 0 5

Triciclo 0 0 0

Motociclo c/cilindrada <= 125cc 0 0 0

Motociclo c/cilindrada > 125cc 0 0 0

Automóvel ligeiro 2 8 123

Automóvel pesado 1 0 3

Veículo agrícola 0 2 2

Máquina industrial 0 0 0

Veículo sobre carris 0 0 0

Veículo de tração animal 0 0 0

Quadriciclo 0 0 0

Desconhecido 0 0 0

Motociclos 0 1 10

Fonte: ANSR

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 228

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Quadro 50: Acidentes com vítimas por grupo etário no ano de 2012

Vítimas Mortais Feridos Graves Feridos Leves

Igual ou inferior a 14 anos 0 2 12

15-19 anos 0 0 7

20-24 anos 0 1 18

25-29 anos 1 1 17

30-34 anos 0 3 18

35-39 anos 1 2 12

40-44 anos 0 1 10

45-49 anos 1 2 14

50-54 anos 0 1 10

55-59 anos 0 0 10

60-64 anos 0 0 12

65-69 anos 0 1 10

70-74 anos 1 0 7

Igual ou superior a 75 anos 0 0 10

Não definido 1 0 0

Fonte: ANSR

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 229

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Quadro 51: Acidentes caraterizado em várias vertentes no ano de 2012

Localidades Data/Hora M* FG* FL* Km Via Natureza

Abrigada

2012-08-26 15:15 0 0 3 48,950 IC2 Colisão frontal

2012-07-28 08:00 0 0 1 46,700 IC2 Despiste simples

2012-03-14 18:30 0 0 1 Av.ª Luís de Camões, 11 Atropelamento de peões

2012-02-26 13:15 0 0 1 47,900 IC2 Despiste simples

Aldeia Galega da Merceana

2012-06-09 18:00 0 0 1 80,600 EN9 Despiste simples

2012-09-23 08:45 0 0 1 46,400 EN115 Despiste c/capotamento

2012-12-25 20:30 0 0 1 82,000 EN9 Desp.c/colisão c/veículo imobil./obstáculo

2012-06-27 20:30 0 0 1 R. das Fontainhas Colisão frontal

2012-12-11 11:00 0 0 1 80,640 EN9 Colisão lateral c/veículo em movimento

Aldeia Gavinha

2012-04-10 11:00 0 0 1 R. Martins, 22 Desp.c/colisão c/veículo imobil./obstáculo

2012-05-27 15:40 0 0 1 84,550 EN9 Desp.c/colisão c/veículo imobil./obstáculo

2012-07-10 12:00 0 0 1 VAR - Variante Despiste simples

2012-12-21 15:40 0 0 2 86,050 EN9 Colisão com outras situações

2012-11-25 12:45 0 0 1 86,600 EN9 Despiste c/capotamento

2012-10-29 18:40 0 0 1 87,100 EN9 Despiste c/transp.dispositivo retenção lateral

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 230

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Localidades Data/Hora M* FG* FL* Km Via Natureza

Alenquer (Santo Estêvão)

2012-12-18 18:50 0 0 1 R. Gago Coutinho Atropelamento de peões

2012-12-03 18:20 0 0 2 34,600 IC2 Atropelamento de peões

2012-12-01 17:00 0 0 1 R. Gago Coutinho Atropelamento de peões

2012-11-21 18:00 0 0 1 R. Principal Atropelamento de peões

2012-11-29 19:00 0 0 1 34,900 EN1 Atropelamento de peões

2012-12-14 18:05 0 0 1 EM - Estrada Municipal Atropelamento de peões

2012-08-09 09:00 0 0 1 33,820 IC2 Colisão traseira c/veículo em movimento

2012-07-21 04:35 0 0 1 35,000 IC2 Despiste s/dispositivo de retenção

2012-06-05 15:25 0 0 1 Qt.ª do Bravo, 62 Colisão lateral com veículo em movimento

2012-01-07 01:10 0 0 1 96,520 EN9 Colisão c/veiculo ou obstáculo na f.rodagem

2012-03-28 22:50 0 0 1 34,500 EN1 Colisão frontal

2012-05-15 08:55 0 0 1 33,900 IC2 Colisão traseira c/veículo em movimento

2012-09-22 16:15 0 0 2 35,200 EN1 Colisão lateral c/ veículo em movimento

Alenquer (Triana)

2012-04-25 21:53 0 0 1 38,200 IC2 Despiste com capotamento

2012-12-04 03:00 0 0 1 38,300 IC2 Colisão frontal

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 231

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Localidades Data/Hora M* FG* FL* Km Via Natureza

Alenquer (Triana)

2012-08-11 17:20 0 0 1 R. da Juventude Despiste simples

2012-10-12 10:15 0 0 1 R. 25 de Abril Colisão lateral c/veículo em movimento

2012-01-29 15:00 0 0 3 40,650 IC2 Despiste simples

2012-10-29 15:45 0 0 1 EN9 Despiste com capotamento

2012-06-13 11:20 0 0 1 34,700 IC2 Colisão lateral c/veículo em movimento

2012-06-26 11:40 0 0 1 Calçada da Portela Despiste com capotamento

2012-07-11 14:45 0 0 1 95,500 EN9 Colisão traseira c/veículo em movimento

2012-09-23 12:30 0 0 5 34,150 IC2 Colisão frontal

2012-10-10 10:29 0 1 1 IC2 Colisão frontal

2012-01-15 09:35 0 3 2 36,100 IC2 Colisão frontal

Cabanas de Torres 2012-12-09 13:40 0 0 1 R. da Fonte Despiste simples

Cadafais

2012-08-31 09:00 0 0 1 18,350 EN115-4 Colisão lateral c/veículo em movimento

2012-12-16 16:45 0 0 1 R. da Grécia Despiste com capotamento

2012-12-06 08:10 1 1 1 19,700 EN115-4 Colisão frontal

2012-09-23 21:30 1 0 0 20,600 EN115-4 Colisão traseira c/veículo em movimento

Page 235: de. eMergência · Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014 INDÍCE

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 232

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Localidades Data/Hora M* FG* FL* Km Via Natureza

Cadafais

2012-12-16 08:00 0 0 3 R. Calouste Gulbenkian Colisão lateral c/veículo em movimento

2012-07-26 19:20 0 0 3 15,850 EN115-4 Colisão frontal

2012-05-09 17:45 0 0 1 16,100 EN115-4 Colisão frontal

2012-03-14 17:25 0 0 1 14,500 A10 Colisão traseira c/veículo em movimento

2012-03-17 10:45 0 1 0 EM - Estrada Municipal Atropelamento de peões

2012-01-20 19:30 1 0 1 19,825 EN115-4 Colisão lateral c/veículo em movimento

Carnota

2012-09-23 22:20 0 0 3 EM1121 Colisão frontal

2012-08-24 00:15 0 0 1 13,650 EN115-3 Despiste simples

2012-02-07 22:00 0 0 1 3,100 EN115-4 Despiste com capotamento

Carregado

2012-10-30 08:10 0 0 1 Avª das Descobertas Atropelamento de peões

2012-12-13 07:40 1 0 0 Estrada C. Termoeléctrica Atropelamento de peões

2012-11-25 14:35 0 0 1 17,300 A10 Despiste simples

2012-05-19 18:15 0 0 1 29,700 A1 Colisão traseira c/veículo em movimento

2012-05-29 21:15 0 0 1 3,050 EN3 Colisão lateral c/veículo em movimento

2012-06-23 18:00 0 0 1 Pcta. Gaspar Corte Real, 62 Atropelamento de peões

Page 236: de. eMergência · Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014 INDÍCE

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 233

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Localidades Data/Hora M* FG* FL* Km Via Natureza

Carregado

2012-07-09 20:20 0 0 1 Avª Vale Monteiro Atropelamento de peões

2012-07-12 09:40 0 0 1 Pcta. Gaspar Corte Real Atropelamento de peões

2012-07-13 15:15 0 0 1 0,400 EN3 Atropelamento de peões

2012-07-07 13:10 0 0 1 34,400 A1 Despiste com dispositivo de retenção

2012-07-18 07:00 1 0 0 31,300 A1 Colisão traseira c/veículo em movimento

2012-12-12 18:35 0 0 1 A1 Colisão traseira c/veículo em movimento

2012-02-11 05:20 0 1 0 R. Vaz Monteiro Atropelamento com fuga

2012-02-14 20:00 0 2 1 Estrada C. Termoeléctrica Colisão frontal

2012-02-17 17:50 0 1 0 Av.ª das Descobertas, 33 Atropelamento de peões

2012-02-11 17:20 0 0 1 34,700 IC2 Colisão traseira c/veículo em movimento

2012-02-09 12:55 0 0 1 31,700 IC2 Colisão lateral c/veículo em movimento

2012-02-20 15:40 0 0 1 32,200 IC2 Colisão traseira c/veículo em movimento

2012-02-29 15:45 0 0 1 Estrada C. Termoeléctrica Colisão frontal

2012-03-11 14:08 0 0 1 32,200 IC2 Colisão c/veiculo ou obstáculo na f.rodagem

2012-03-30 14:45 0 0 2 0,500 EN3 Colisão c/veiculo ou obstáculo na f.rodagem

Page 237: de. eMergência · Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014 INDÍCE

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 234

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Localidades Data/Hora M* FG* FL* Km Via Natureza

Carregado

2012-04-10 16:25 0 0 1 0,200 EN3 Colisão traseira c/veículo em movimento

2012-04-19 11:00 0 0 1 2,888 EN3 Colisão traseira c/veículo em movimento

2012-05-15 12:55 0 0 2 2,363 EN3 Colisão traseira c/veículo em movimento

2012-06-07 01:25 0 0 3 30,000 A1 Despiste simples

2012-06-08 10:10 0 0 1 R. das Rosas, 7 Despiste sem dispositivo de retenção

2012-06-29 20:20 0 0 1 31,900 IC2 Colisão com fuga

2012-12-13 06:50 0 0 1 1,350 EN3 Colisão lateral c/veículo em movimento

2012-12-03 19:00 0 0 2 Lg. Moisés Silva-O.Novas Colisão lateral c/veículo em movimento

2012-12-11 15:15 0 0 1 Pcta.Gaspar Corte Real, Lt.62 Colisão lateral c/veículo em movimento

2012-12-13 21:55 0 0 1 Estrada C. Termoeléctrica Colisão traseira c/veículo em movimento

2012-12-14 07:10 0 0 1 R. Vaz Monteiro, 5 Atropelamento com fuga

2012-12-21 18:45 0 0 1 R. da Liberdade Colisão traseira c/veículo em movimento

2012-12-22 04:50 0 0 1 31,000 A1 Despiste c/transp.dispositivo retenção lateral

2012-11-13 20:40 0 0 1 30,500 A1 Colisão choque em cadeia

2012-10-06 07:30 0 1 0 Estrada da Meirinha Despiste com capotamento

Page 238: de. eMergência · Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014 INDÍCE

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 235

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Localidades Data/Hora M* FG* FL* Km Via Natureza

Carregado

2012-10-07 17:20 0 0 1 0,100 EN3 Atropelamento de peões

2012-09-07 17:50 0 0 1 31,800 A1 Despiste simples

2012-09-09 14:45 0 0 1 31,600 A1 Colisão lateral c/veículo em movimento

2012-09-14 21:15 0 0 1 31,600 IC2 Colisão traseira c/veículo em movimento

2012-10-17 13:30 0 0 1 30,000 A1 Despiste c/transp.dispositivo retenção lateral

2012-11-26 15:30 0 0 1 31,800 IC2 Colisão c/veiculo ou obstáculo na f.rodagem

2012-11-22 18:00 0 0 1 EM - Estrada Municipal Atropelamento de peões

2012-12-12 12:30 0 0 1 31,100 IC2 Atropelamento de peões

2012-07-25 07:35 0 0 1 31,524 IC2 Colisão lateral c/veículo em movimento

2012-05-02 12:50 0 0 3 19,680 A10 Despiste simples

2012-07-16 12:00 0 0 1 19,400 A10 Colisão traseira c/ veículo em movimento

2012-09-22 17:00 0 0 1 Pcta. Tristão Vaz Teixeira Atropelamento de peões

2012-09-16 11:40 0 0 3 32,970 A1 Despiste com dispositivo de retenção

2012-09-22 08:50 0 0 2 31,000 A1 Despiste com dispositivo de retenção

2012-09-25 20:45 0 0 1 0,150 EN3 Atropelamento de peões

Page 239: de. eMergência · Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014 INDÍCE

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 236

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Localidades Data/Hora M* FG* FL* Km Via Natureza

Carregado

2012-09-27 15:30 0 0 1 31,628 IC2 Colisão traseira c/veículo em movimento

2012-09-05 10:35 0 0 1 31,700 IC2 Colisão lateral c/veículo em movimento

2012-09-25 19:00 0 0 1 30,000 A1 Despiste simples

Meca

2012-08-08 23:45 0 0 1 EN9-3 Despiste sem dispositivo de retenção

2012-05-29 17:30 0 0 2 R. da CRUZ Colisão frontal

2012-06-14 07:45 0 0 1 R. luis de Camões Colisão frontal

2012-04-01 20:30 0 0 2 91,640 EN9 Colisão frontal

2012-02-05 17:15 0 0 2 91,000 EN9 Despiste simples

Não Definida 2012-11-02 14:20 0 0 1 38,400 IC2 Despiste simples

Olhalvo

2012-09-07 11:50 0 0 1 R. Fidalgo da Laje, 59 Despiste com capotamento

2012-03-30 12:45 0 0 1 87,000 EN9 Colisão frontal

2012-01-04 18:50 0 0 1 R. da GUINE, 13 Atropelamento de peões

2012-03-04 12:20 0 0 1 90,255 EN9 Despiste com dispositivo de retenção

2012-10-03 17:50 0 0 1 R.Dr.Joaq.M.L.Pereira Abreu, 91 Atropelamento de peões

2012-08-21 17:55 0 0 1 R. Combatentes Grande Guerra Colisão lateral c/veículo em movimento

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Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Localidades Data/Hora M* FG* FL* Km Via Natureza

Ota

2012-07-10 15:10 0 0 1 43,950 IC2 Colisão traseira c/veículo em movimento

2012-12-19 00:15 0 0 1 R. da Vila Despiste c/colisão veículo imobil/obstáculo

2012-11-01 11:20 0 0 3 43,800 IC2 Despiste sem dispositivo de retenção

2012-10-05 18:20 0 0 4 41,100 IC2 Colisão lateral c/veículo em movimento

2012-04-10 22:15 0 0 1 43,800 IC2 Colisão traseira c/veículo em movimento

2012-06-01 13:25 0 0 1 41,400 IC2 Colisão lateral c/veículo em movimento

2012-04-09 16:25 0 0 2 Outra Via Despiste simples

2012-01-11 13:30 0 0 1 43,850 IC2 Despiste c/transp.dispositivo retenção lateral

2012-01-16 09:30 0 0 1 35,956 A1 Colisão traseira c/veículo em movimento

2012-01-29 22:55 0 0 1 R. da Aldeia Despiste simples

2012-03-08 17:15 0 0 1 40,700 IC2 Despiste simples

2012-03-29 13:30 0 0 2 44,700 IC2 Despiste com capotamento

Ventosa

2012-12-04 17:35 0 0 2 11,500 EN1-4 Colisão frontal

2012-12-23 17:30 0 1 0 Casal Pinheiro Despiste com capotamento

2012-11-27 15:15 0 2 1 8,000 EN1-4 Colisão c/veiculo ou obstáculo na f.rodagem

Vila Verde dos Francos 2012-05-20 20:20 0 0 1 Casal S. Miguel Despiste sem dispositivo de retenção

*M=Mortos; FG=Feridos Graves; FL=Feridos Ligeiros

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 238

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Emergência de Proteção

Civil - 2014

Para mitigação deste risco, a prevenção rodoviária é considerado uma dos principais meios para diminuir o número de acidentes. Considera-se de primordial importância a colocação de placares de índole informativo, sensibilizando os condutores a cumprirem as normas de segurança afetos ao ato de condução, nomeadamente a redução do consumo de álcool, o respeito pelos limites de velocidade, assim como respeitar a sinalização de trânsito existente nas vias. Como se pode verificar neste concelho apenas há a lamentar um registo de colisão em cadeia. Contudo constata-se que existem vias com mais tráfego rodoviário, onde é notório o elevado número de colisões, nomeadamente no IC2, EN3, EN9 e a EN115. Sublinha-se ainda que o concelho de Alenquer é atravessado pela A1 no Carregado onde também se encontra o nó de acesso à A10, porém nestas vias não se verificou uma grande incidência de acidentes rodoviários. Em face do índice de sinistralidade supramencionado, sugere-se, um estudo e análise detalhado dos fatores que envolveram os mesmos, perspetivando-se ações de prevenção com vista à minimização de futuros acidentes. Com base neste estudo cartografou-se os locais de maior incidência, como se pode verificar na carta que se segue:

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Mapa 16: Risco de acidente grave de tráfego rodoviário no Município de Alenquer

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5.3.2. Acidentes rodoviários no transporte de matérias perigosas

Segundo a legislação portuguesa em vigor consideram-se mercadorias perigosas as substâncias ou preparações que devido à sua inflamabilidade, ecotoxicidade, corrosividade ou radioatividade, por meio de derrame, emissão, incêndio ou explosão possam provocar situações com efeitos negativos para o Homem e para o Ambiente. Os acidentes associados ao transporte de mercadorias perigosas, pelas consequências que podem originar, ao nível da segurança, da saúde e do bem estar das populações, bem como da qualidade ambiental em geral, necessitam de atenção especial e está sujeito a regulação específica. Os acessos locais às áreas industriais do concelho, nomeadamente do Carregado e de Alenquer / Cheganças, representam pontos de maior suscetibilidade. No mapa 17, infra representado, definem-se os aglomerados habitacionais que são atravessados por rodovias com tráfego de mercadorias perigosas, designadamente Carregado, Casal Pinheiro, Alenquer, Cheganças, Ota, Marés, Porto da Luz, Estalagem, Mata, Aldeia Gavinha, Merceana, Arneiro, Paiol, Atalaia, Vila Verde dos Francos, entre outros. Face ao panorama atual e ao histórico de ocorrências deste tipo de acidentes no concelho (não existe qualquer registo recente) considera-se que a probabilidade da ocorrência deste risco é baixa. No caso de ocorrência de um acidente no transporte de matérias perigosas, a gravidade quer a nível populacional, quer ambiental é considerada Moderada, podendo numa situação mais gravosa verificar-se algumas hospitalizações, sendo que nas vias de circulação anteriormente mencionadas, estes veículos não atravessam zonas espaciais de conservação da natureza. A gravidade na socio-economia na possibilidade de um acidente desta natureza é entendida como Moderada, uma vez que ao afetar importantes artérias rodoviárias do município, nomeadamente EN3 e EN1/IC2, pode provocar constrangimentos para a vertente económica e consequentes e consequentes perdas financeiras. Neste âmbito, o grau de risco de acidentes no transporte rodoviário de matérias perigosas no concelho de Alenquer, é considerado Moderado.

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Mapa 17: Risco de acidente no transporte rodoviário de mercadorias perigosas no Município de Alenquer

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5.3.3. Colapso de pontes e outras infraestruturas

Embora o colapso ou rutura de pontes não ser um fenómeno frequente, a análise da sua manifestação não deve ser descurada, pois está associada a dois fatores: por um lado a idade e consequente estado de conservação; por outro o escoamento das águas fluviais que arrastam os sedimentos que fixam os pilares de uma ponte. No concelho de Alenquer faz-se especial enfoque à ponte da Couraça situada sobre o Rio Grande da Pipa (Vala do Carregado) mais concretamente na EN1, que em caso de rutura obrigaria ao recurso de vias alternativas no sentido de manter a ligação com a EN10, rodovia fundamental nas ligações ao concelho vizinho de Vila Franca de Xira e à Capital. Também a ponte da Estalagem sobre o rio de Alenquer, mais especificamente no início da EN9-3, provocará constrangimentos significativos em caso de rutura, uma vez que esta via estabelece a ligação entre a EN9 e a EN115 e é fundamental no acesso a uma série de aglomerados, nomeadamente Espiçandeira, Azedia, Mato e Ribafria. Quanto ao colapso de outras infraestruturas, e considerando que o concelho de Alenquer não tem barragens, destaca-se a rutura nas condutas de transporte de água, uma vez que também podem ser responsáveis por inundações súbitas. Embora a escala e magnitude dos seus efeitos seja muito menor relativamente às inundações que podem advir de ruturas em barragens, o facto de ocorrerem predominantemente no espaço urbano faz com que as consequências possam ser graves. Sendo expectável que o colapso ou rutura de uma ponte ocorra apenas em circunstâncias muito excecionais, considera-se que a probabilidade de ocorrência deste risco é Baixa.

Quadro 55: Classificação descritiva do risco de Colapso de Pontes e outras infraestruturas no município de Alenquer

DESIGNAÇÃO GRAVIDADE

PROBABILIDADE RISCO

POPULAÇÃO AMBIENTE SOCIOECONOMIA

Colapso de pontes e outras

infraestruturas Moderada Reduzida Acentuada Baixa Moderado

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5.3.4. Acidentes em infra estruturas fixas (condutas) de transporte de

substâncias perigosas

O transporte de produtos perigosos em infraestruturas fixas é realizado em grande escala/pressão através de gasodutos e oleodutos. Um acidente numa destas condutas pode ocorrer devido a explosões e incêndios, derrames tóxicos e libertação de gases tóxicos. No concelho de Alenquer o transporte de produtos perigosos em infraestruturas fixas a grande escala/pressão é realizado através de gasoduto. Refira-se que este tipo de transporte está regulamentado através dos seguintes diplomas:

Rede de distribuição de gases combustíveis – regulamento técnico relativo ao projeto, construção, exploração e manutenção de redes de distribuição de gases combustíveis, aprovado pela Portaria n.º 386/94, de 16 de junho, alterada pela Portaria n.º 690/2001, de 10 de junho;

Gasodutos de transporte – regulamento técnico relativo ao projeto, construção, exploração e manutenção de gasodutos de transporte de gases combustíveis, aprovado pela Portaria n.º 390/94, de 17 de junho;

Postos de redução de pressão – regulamento técnico relativo à instalação,

exploração e ensaio dos postos de redução de pressão a instalar nos gasodutos de transporte e nas redes de distribuição de gases combustíveis, aprovado pela Portaria n.º 367/94, de 14 de junho. A não existência de registos de acidentes graves no transporte de produtos perigosos no concelho de Alenquer, não permite no entanto considerar, o risco de ocorrência de um acidente grave como nulo. De facto a existência no território do concelho de aproximadamente 56 km de condutas de gasoduto da Rede Nacional de Transporte de Gás Natural resulta na existência de um risco potencial de acidente grave.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 244

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Mapa 18: Risco de acidente no em infraestruturas de transporte de substâncias perigosas

no Município de Alenquer

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5.3.5. Acidentes em áreas indústrias

Um acidente grave associado à atividade industrial geralmente é um acontecimento que envolve emissão de substâncias, incêndios ou explosões de grandes proporções, resultante de desenvolvimentos incontrolados ocorridos durante o funcionamento de um estabelecimento industrial. Saliente-se que estes eventos perigosos podem constituir uma ameaça imediata ou retardada para a saúde pública (consequências graves ao longo do tempo, nomeadamente no que concerne ao período de latência de doenças nas pessoas com maior exposição ao risco) e para o meio ambiente, sobretudo quando ocorrem descargas acidentais de poluentes para linhas de água ou derrames de matérias perigosas, por escorrência ou infiltração, contaminando as linhas de água, tanto superficiais como subterrâneas.

ESPAÇO INDUSTRIAL ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL ATIVIDADE

Alto da Borralha Rifisol Embalagem de produtos inflamáveis (diluentes)

Cheganças Linde Sogás Produção e comercialização de gases industriais, medicinais e farmacêuticos

Carregado Dura Automotive Systems Componentes automóveis

Aposento Central Termoelétrica do Ribatejo Produção de energia elétrica

Trombeta BP Lubrificantes Armazenamento e comércio de lubrificantes

Trombeta TAF Transportadora de produtos inflamáveis

Carregado (Torre) Galme Galvanizações a quente

Trombeta Frigicoll Equipamentos de refrigeração e ar condicionado

Arrocásia (Alenquer) Ibertejo Comércio e indústria de produtos alimentares (produtos da pesca)

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Assim sendo, o risco de acidentes industriais está maioritariamente associado às áreas dos polos industriais, destacando-se a Zona Industrial do Carregado e Alenquer. Não obstante, no conjunto assumem-se também como zonas industriais, as de Cheganças, Ota e Alto da Borralha Os riscos daqui resultantes estão associados, sobretudo, ao processo de laboração da respetiva atividade e às instalações onde se desenvolve, mas também associados à armazenagem e ao abastecimento de substâncias perigosas. Podem igualmente desencadear o chamado “Efeito Dominó” em que o acidente verificado pode danificar instalações de outras indústrias próximas, e assim sucessivamente. Neste município, há registos de acidentes industriais, sendo o mais recente um incêndio que deflagrou nas instalações de uma fábrica de componentes de automóveis (Dura Automotive) no Carregado, em setembro de 2014. Tendo em conta o histórico de acidentes industriais e o grande número de unidades industriais que se localizam no território municipal e que manejam produtores indutores de risco, considera-se que a probabilidade de ocorrência de acidentes industriais graves no concelho é Média-Alta. No Mapa 19 estão identificadas as principais áreas industriais do concelho bem como as unidades industriais que face aos produtos utilizados ou ao processo de fabrico apresentam uma maior probabilidade de ocorrência de acidentes industriais, nomeadamente no que diz respeito a incêndios. Paralelamente, está também identificada uma área industrial no concelho de Azambuja, junto à EM552 (que estabelece, neste local, a divisão administrativa entre os concelhos de Alenquer e Azambuja) e ao aglomerado do Casal Pinheiro. Neste espaço localiza-se uma unidade de grandes dimensões de reciclagem de sucatas – Batistas, Reciclagem de Sucatas, SA – que já foi alvo de uma serie de incêndios, sendo os mais recentes, o de junho de 2008 e o de agosto de 2014. Optou-se ainda por identificar os aglomerados populacionais que se localizam na envolvente destas unidades e os postos de abastecimento inseridos nas área industriais do concelho de Alenquer.

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Mapa 19: Risco de acidente em áreas industriais no Município de Alenquer

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Realça-se ainda que neste concelho, é na união das freguesias do Carregado e Cadafais, que se concentra um maior número de indústrias, nomeadamente indústrias poluidoras, representando a zona de maior risco.

Existem também as adegas, as sucatas e as pedreiras, dado que são indústrias que igualmente poluem e são consideradas de risco.

As medidas de mitigação passam por se verificar se existem planos de emergência internos e se os planos de segurança estão devidamente implementados nessas indústrias.

5.3.6. Incêndios urbanos (em edifícios) Os efeitos dos incêndios urbanos variam de acordo com as características dos edifícios afetados, tipo de materiais e infraestruturas que se encontram na sua proximidade e acessos ao local. Os incêndios em zonas com uma grande contiguidade de edifícios de construção antiga apresentam um elevado potencial para provocar danos avultados. Para além dos materiais de construção utilizados nas habitações destas zonas serem mais vulneráveis ao fogo, os seus difíceis acessos (ruas estreitas e sinuosas) constituem uma dificuldade acrescida para as forças de combate aos mesmos, podendo resultar no alastramento rápido para os edifícios contíguos. Os incêndios em edifícios altos também apresentam um elevado potencial para provocar elevados danos. No concelho de Alenquer, os edifícios com maior volumetria localizam-se no Carregado, e em especial na urbanização da Barrada, com edificações até 12 pisos. Analisando a distribuição do número de edifícios por época de construção nos diversos aglomerados populacionais do concelho, constata-se que Alenquer e Labrugeira, são os aglomerados urbanos que apresentam maior número de edifícios antigos, construções essas antes de 1919. Os aglomerados populacionais de Aldeia Gavinha, Aldeia Galega, Camarnal e Arneiro, não se equivalem à antiguidade dos já ainda referidos, mas também apresentam um número significativo de edificações antigas que os distingue dos restantes aglomerados.

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Mapa 20: Risco de incêndio em edifícios no Município de Alenquer

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5.3.7. Colapso de edifícios

O Gabinete de Proteção Civil, considera o colapso de edifícios e a ocorrência de incidentes que provoquem estragos avultados suficientes para comprometer a estabilidade e habitabilidade dos mesmos, e que normalmente estão sempre, ou quase sempre relacionados com o seu elevado estado de degradação. Segundo os dados do INE (Censos de 2011), as freguesias de Alenquer e de Ventosa destacam-se como sendo aquelas que apresentam maior número de edifícios muito degradados, 80 e 76 respetivamente. Num segundo escalão de suscetibilidade estão as freguesias de Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha (51), Carnota (43) e Ribafria e Pereiro de Palhacana (38). No Mapa 21 encontram-se identificados os núcleos urbanos antigos, as zonas de provável desabamento em caso de sismos, bem como a urbanização da Barrada no Carregado, pela concentração de edifícios com volumetrias muito altas (12 pisos). Então ainda assinalados, os edifícios que, segundo o inquérito realizado às juntas de freguesias, encontram-se em elevado estado de degradação, no entanto, até ao momento só foram cartografados os dados referentes ao Carregado e parte da união das freguesias de Alenquer.

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Mapa 21: Risco de colapso de edifícios no Município de Alenquer

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5.4. Análise dos Riscos Mistos

5.4.1. Incêndios Florestais

Um incêndio florestal é um fogo não controlado no tempo e no espaço que se desenvolve em espaços florestais. Os incêndios florestais podem desenvolver-se por grandes extensões, dependendo da sua capacidade de propagação, que é função das condições meteorológicas (direção e intensidade do vento, humidade relativa do ar, temperatura), do grau de secura e do tipo de coberto vegetal, orografia do terreno, acessibilidades ao local do incêndio, rapidez de intervenção (tempo entre a ignição e a primeira intervenção no ataque ao fogo), etc. As causas dos incêndios podem ser naturais ou humanas (e por isso está classificado como um risco de origem mista), sendo que estas últimas representam a larga maioria dos casos em Portugal. Entre as causas naturais, a mais frequente é a ignição devido à ocorrência de trovoadas secas. Já as ignições com origem humana são de natureza variada, podendo dar-se devido à produção de fábricas de faíscas em cabos de alta tensão, a queimadas para a renovação de pastagens, a lançamento de foguetes, a comportamentos de negligência, a fogo posto, etc. No que se refere ao concelho de Alenquer, o estudo relativo ao histórico de incêndios florestais encontra-se devidamente descrito no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) de Alenquer, cuja componente operacional é atualizada anualmente através do Plano Operacional Municipal (POM). A análise apresentada neste ponto encontra-se em conformidade com o PMDFCI e o POM, sendo por isso baseada na análise da cartografia produzida, nomeadamente a carta de risco de incêndio, a carta de perigosidade e a carta de prioridades de defesa da floresta contra incêndios florestais.

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5.4.1.1. Histórico de Ocorrências

No período compreendido entre 2003 e 2013 as freguesias mais atingidas pelos incêndios florestais são Vila Verde dos Francos, Abrigada e Cabanas de Torres, Carnota, Ota e de Alenquer. Se nas freguesias situadas na parte norte do concelho esta situação decorre dos grandes incêndios de 2003 e 2012, a sul os incêndios ocorreram recentemente, entre 2009 e 2013. Ao analisar a dinâmica dos incêndios entre 2003 e 2013 constata-se que nesse espaço de tempo o número de ocorrências foi significativo, embora com uma forte variação anual, tendo-se verificado uma decréscimo das áreas ardidas entre 2004 e 2010, tendo o período entre 2011 e 2013 apresentado um aumento dos valores da área ardida (Gráfico 21).

Gráfico 21: Área ardida e número de ocorrências entre 2003 e 2013

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Nº de Ocorrências 216 178 202 103 331 187 169 118 319 234 120

Área Ardida Total 2.339,8 174,0 150,0 133,2 178,3 120,0 89,7 66,1 167,9 247,2 354,0

0

500

1000

1500

2000

2500

0

50

100

150

200

250

300

350

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 254

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O ano de 2003 é aquele que durante este período temporal, apresenta a área ardida mais elevada (2339,3ha). Salienta-se que esse ano ficou marcado por condições atmosféricas excecionais, com temperaturas elevadas, humidades relativas muito baixas e ventos predominantes do quadrante leste, originando as condições propícias para a deflagração de incêndios. Da análise espacial podemos verificar que existem vários locais, onde ocorre reincidência e ou onde as ignições dão normalmente lugares a incêndios violentos, como a Serra de Montejunto e a Serra de Ota, destacando-se as áreas de Vila Verde dos Francos – Cabanas de Torres, Carnota, Atouguia, Ribafria e Cabeços. Esta dinâmica do comportamento dos incêndios pode ser explicada pelos seguintes fatores: Existência de zonas declivosas com vertentes expostas a sul, e com

elevada continuidade de combustível; Abandono das áreas agrícolas e consequente acumulação de carga

combustível nessas parcelas;

Necessidade de limpar os terrenos, recorrendo para tal ao fogo durante

o período crítico. Relativamente ao número de ocorrências as freguesias de Abrigada e Cabanas de Torres, Carnota e, Vila Verde dos Francos apresentam médias elevadas. Em suma, de acordo com os dados disponibilizados pelo PMDFCI, no quinquénio 2009-2013 ocorreram em média no concelho de Alenquer 192 incêndios/ocorrências por ano, os quais resultam numa área ardida média anual de aproximadamente 185ha, o que corresponde a cerca de 0,6% da área total do concelho. Em 2013, ano em que se registou a maior área ardida (2339,8ha), a percentagem da área do concelho afetada por incêndios florestais atingiu os 7,7%.

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Estes valores evidenciam a necessidade de se seguirem as medidas propostas no PMDFCI de forma a reduzir a incidência de fogos florestais no concelho. Ao nível dos danos humanos, não existe registo de vítimas mortais, encontrando-se os feridos associados às forças de combate, essencialmente devido a pequenas escoriações e intoxicações. Ao nível dos danos materiais, os incêndios para além de destruírem zonas de floresta (incluindo áreas inseridas em Rede Natura e Paisagem Protegida), têm afetado zonas de mato e campos agrícolas.

5.4.1.2. Análise da cartografia de risco de incêndio

produzida no PMDFCI

A cartografia de risco produzida no âmbito do PMDFCI contempla 3 cartas: Carta de Perigosidade de Incêndio Florestal; Carta de Prioridades de Defesa contra Incêndios Florestais;

Carta de risco de Incêndio Florestal.

O Mapa de Perigosidade de Incêndio Florestal (Mapa 22) resulta da combinação da probabilidade com a suscetibilidade apresentando o potencial de um território para a ocorrência do incêndio. Este mapa é particularmente indicado para ações de prevenção uma vez que estão claramente definidas as áreas do território com potencial para a ocorrência de incêndios florestais. As variáveis que mais contribuem para o aumento do risco de incêndio são: o tipo de vegetação (principalmente o estrato arbustivo e florestas contínuas da mesma espécie), os declives acima de 30%, a proximidade da rede viária e os locais ocultos à rede de postos de vigia. Mediante a observação do mapa de perigosidade, abaixo exposto, é facilmente percetível que as manchas que apresentam uma maior perigosidade correspondem à área da Serra de Montejunto e sua envolvente assim como à zona da Serra de Ota e Serra Galega, e parte dos vales do rio de Alenquer e da ribeira de Santana da Carnota.

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Mapa 22: Perigosidade de incêndio florestal no Município de Alenquer

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A Carta de Prioridades de Defesa Contra Incêndios Florestais do PMDFCI (Mapa 23) permite identificar as prioridades de defesa contra incêndios florestais do concelho de Alenquer definidas no respetivo plano. Esta carta constitui uma importante ferramenta de apoio no delineamento de estratégias de mitigação e na definição da estratégia de combate a incêndios que ocorram no concelho. As prioridades de defesa localizam-se em áreas definidas como de risco alto e muito alto de incêndio florestal. Deste modo, estão identificados uma série de “valores” ecológicos, sociais e histórico-culturais posteriormente sobrepostos sobre as manchas de risco elevado identificadas no mapa de risco de incêndio. Desta sobreposição resultaram três elementos de defesa prioritária em caso de incêndio florestal: A Paisagem Protegida da Serra de Montejunto; O Perímetro florestal da Serra de Ota; A Mata do Areal. Por último a carta de Risco de Incêndio Florestal combina as componentes da Carta de Perigosidade com as componentes de dano potencial (vulnerabilidade e valor) para indicar qual o potencial de perda em face do fenómeno. Quando o fenómeno passa de uma hipótese a uma realidade, o mapa de risco informa o leitor acerca do potencial de perda de cada lugar cartografado, respondendo à questão “onde tenho condições para perder mais?”.Esta Carta é particularmente indicada para ações de prevenção quando lido em conjunto com o mapa de perigosidade, e para planeamento de ações de supressão.

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Civil - 2014

Importa referir que a carta de risco de incêndio não representa

uma probabilidade de ocorrência de incêndio mais sim um potencial de perda, caso se verifique tal incidente. Ou seja, no caso de um incêndio florestal, a carta de risco informa onde há maior potencial para a perda de dado económico.

Neste sentido, a carta de risco de incêndio apresenta-se como um

auxiliar no combate, assim como um importante instrumento de decisão, em virtude de demonstrar o que defender primeiro em função do seu valor.

Esta carta volta a evidenciar a Serra de Montejunto como a área

de maior potencial de perda em caso de ocorrência de um incêndio florestal.

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Mapa 23: Prioridades de defesa contra incêndios florestais no Município de Alenquer

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Mapa 24: Risco de incêndio florestal no Município de Alenquer

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5.4.1.3. Análise do Risco de Incêndio Florestal

As zonas mais suscetíveis a incêndios florestais são as que se encontram inseridas em áreas de floresta contendo elevada carga de combustíveis (essencialmente matos altos). Estes locais serão aqueles onde poderão ocorrer incêndios de grandes dimensões e intensidades, dificultando a atuação dos bombeiros, levando a potenciais impactos materiais, humanos e ambientais. Considerando o histórico de ocorrências e o facto do espaço florestal ocupar uma área considerável do território municipal (39,9%) considera-se que a probabilidade de ocorrência de incêndios florestais no concelho de Alenquer é Elevada sendo expectável que se verifiquem todos os anos, nomeadamente no período estival.

Quadro 60: Classificação descritiva do Risco de Incêndios Florestais no Município de Alenquer

DESIGNAÇÃO GRAVIDADE PROBABILIDADE RISCO

POPULAÇÃO AMBIENTE SOCIOECONOMIA

Incêndios Florestais Acentuada Crítico Acentuada Elevada Extremo

No que respeita à gravidade da sua manifestação, esta é considerada Acentuada quando incide sobre a socio-economia (pelo peso relativo que as atividades ligadas ao sector florestal têm no Município, possibilidade de haver estradas cortadas, destruição de alguns edifícios e evacuação de povoações) e sobre a população (pela possibilidade de este perigo afetar um número significativo de pessoas incluindo pessoal de apoio ao combate). A gravidade é avaliada como Crítica no ambiente devido à possibilidade de um impacte ambiental gravíssimo no território municipal, nomeadamente na fauna e flora, inclusive na área da Rede Natura 2000, danos estes que se alongam no espaço e no tempo. A este facto acresce a degradação da qualidade da água nos aquíferos e a ocorrência de processos de erosão do solo das zonas consecutivamente afetadas. Neste contexto, o grau de risco de incêndio florestal para concelho de Alenquer considera-se EXTREMO, destacando-se relativamente aos restantes pela sua probabilidade de ocorrência e gravidade.

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5.5. Análise da vulnerabilidade

Tipo Risco

Afetados

Populações das localidades:

Número de pessoas afetadas

O quê

Acidentes industriais

Carregado, Casais Novos, Torre, Qtª do Alconchel, Qtª dos Cónegos, Trombeta, Casais da Carambacha, Qtª da Ferraguda, Qtª Stª Teresa, Qtª das Sete Pedras, Casal Porém, Cheganças, Casal Mimoso e Marés.

As indústrias adjacentes (não perigosas) e as habitações envolventes

Cheias

Eiras, Estribeiros, Merceana, Arneiro, Barbas, Aldeia Galega, Montegil, Aldeia Gavinha, Casais da Ribeira, Casais da Ramalheira, Estalagem, Espiçandeira, Cruzeiro, Ota, Paços, Soeiro Cunhado, Alenquer, Camarnal, Ribafria, Mato, Azedia, Cortegana, Freixial de Cima e Pousoa.

(Ver cenários de cheias)

Habitações e populações

Colapso estrutura

Qtª da Barrada - 8 prédios com 12 andares sendo que têm 2 habitações por piso - correspondem a cerca de 768 pessoas se considerarmos agregados

familiares de 4 pessoas.

Cerca de 768 pessoas Carregado (8 edifícios de 12 andares) – Qt.ª da Barrada

Incêndios florestais

Caso o incêndio seja em Montejunto ou na Serra de Ota, as populações afetadas serão: Casais da Pedreira, Cabanas de Torres e Marés.

Casais da Pedreira – cerca de 15 pessoas Cabanas de Torres – cerca de 100 pessoas

Áreas florestais, e algumas habitações

Sismos

Cenário com epicentro em Santarém Cenário com epicentro em Lisboa Cenário com epicentro em

Santarém Cenário com epicentro em Lisboa

Carregado e Alenquer 3-5 feridos ligeiros - (período noturno)

0-40 Feridos ligeiros - período noturno 2 Edifícios perdidos 29-56 Edifícios perdidos

Carregado e Alenquer

3-4 feridos ligeiros - (período diurno) 0-35 Feridos ligeiros - período diurno 9-16 Edifícios com danos severos

53-104 Edifícios com danos severos

Carregado e Alenquer 0-52 desalojados 0-7 Feridos graves - período noturno

Alguns danos na rede de combustível Danos na rede de água

0-7 Feridos graves - período diurno Sem danos na rede rodoviária Danos na rede de combustível

0-17 Vítimas mortais - período diurno Alguns danos na rede elétrica

0-20 Vítimas mortais - período noturno

0-504 Desalojados

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De notar que no risco sísmico temos a considerar que na zona da vila de Alenquer e na vila do Carregado existem alguns edifícios cuja interrupção do normal funcionamento teria impacto significativo na sociedade e que requerem maiores cuidados na prestação do socorro. No quadro seguinte referimos esses edifícios e foram elaboradas duas cartas de “Edifícios suscetíveis de sofrerem danos, segundo a carta de intensidades sísmicas de Portugal”, uma para a vila de Alenquer e outra para a vila do Carregado.

Edifícios suscetíveis de sofrerem danos

Alenquer

Carregado

Câmara Municipal de Alenquer

EBI Carregado

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alenquer

EB1 Carregado

EB 2,3 de Alenquer

Associação Desportiva do Carregado

EB1 de Alenquer

Junta de Freguesia do Carregado

EB1 das Paredes e Complexo Desportivo

IPSS – Lar Idosos

Tribunal

Urbanização da Barrada Edifícios com 12 pisos

GNR de Alenquer

Cruz Vermelha Portuguesa (Delegação Carregado, instalações Urbanização da Barrada)

IPSS – Infantário da Misericórdia

IPSS – Lar de Idosos da Misericórdia

Escuteiros / Escoteiros

Pavilhão do Sporting

No caso de um acidente grave ser de dia e atingir estas zonas, segundo o que está previsto nos cenários de sismo, estes edifícios são prioritários nas operações de socorro, dados os grupos etários que envolvem.

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Figura 27: Edifícios suscetíveis de sofrerem danos graves na Vila de Alenquer

Data:2014

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Figura 28: Edifícios suscetíveis de sofrerem danos graves na Vila de Carregado

Em temos de risco de cheias temos a realçar duas zonas mais vulneráveis:

Merceana

Vila de Alenquer

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Figura 29: Zona ameaçada pelas cheias da localidade da Merceana

Zona Ameaçada pelas Cheias

Nesta zona da Merceana têm sido registadas algumas situações de cheias e pequenas inundações. No troço urbano da Merceana foram efetuadas obras de limpeza de modo a evitar a repetição das situações ocorridas recentemente.

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Figura 30: Zona ameaçada pelas cheias da Vila de Alenquer

Zona Ameaçada pelas Cheias

Ao longo dos anos e segundo o registo de cheias de há 100 anos, vários foram as situações de cheias a atingir a Vila de Alenquer, devido ao transbordo do Rio de Alenquer. Em 2007 foram realizadas obras de regularização do Rio de Alenquer, no sentido de evitar a situação de cheia. No entanto, não podemos descorar este risco e devemos estar atentos.

No entanto, existe um conjunto de outras localidades com risco de cheia e que já têm registo de ocorrência deste tipo de acidente.

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Quadro 62: Localidades mais suscetíveis ao risco de cheias

Freguesia

Localidades ZCAP

União das freguesias de Abrigada e Cabanas de

Torres

Eiras

Estribeiros

Mariapolis - Abrigada

União das freguesias de

Aldeia Galega Merceana e Aldeia Gavinha

Merceana

Arneiro

Barbas

Aldeia Galega

Montegil

Aldeia Gavinha

B.V. Merceana

Coletividade de Paiol

Coletividade de Montegil

Meca

Casais da Ribeira

Casais da Ramalheira

Estalagem

Espiçandeira

Colectividade de Bogarréus - Meca

Olhalvo

Cruzeiro

Pousoa

Colectividade de Olhalvo

Ota Ota

Paços

CFMTFA de Ota

União das freguesias Alenquer (Santo Estevão

e Triana)

Alenquer

Camarnal

B. V. Alenquer

CFMTFA de Ota

União das freguesias de

Ribafria e Pereiro de Palhacana

Ribafria

Mato

Azedia

Espiçandeira

Coletividade de Silveira do Pinto

Coletividade de Santana da Carnota

Ventosa Cortegana

Freixial de Cima

Coletividade de Freixial de Cima

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As ZCAP são locais de acolhimento de população desalojada devido a cheias. Em relação a estas localidades já estão a ser tomadas medidas de mitigação, através da limpeza dos rios que as atravessam. Foi elaborada uma carta de cheias (ver anexo cartografia) com as localidades que poderão ser afetadas, bem como as ZCAP, zonas de alojamento de populações afetadas.

5.6. Estratégia para Mitigação de Riscos

Segundo a matriz de risco apresentada na pág. 112, os riscos com maior probabilidade de acontecer são os incêndios florestais, as cheias e os sismos. Portanto é sobre estes que vamos analisar a estratégia de mitigação dos riscos. No caso dos incêndios florestais como já referimos anteriormente, temos o PMDFCI e o POM, que são os planos estratégicos anuais que abordam a gestão dos riscos de incêndio florestal, assim como a mitigação dos mesmos. As medidas de mitigação para evitar os incêndios florestais estão contempladas no PMDFCI 2008. Neste plano estão previstas medidas de sensibilização com distribuição de folhetos e de cartazes promovendo a proteção da floresta, bem como medidas ao nível da criação de FGC (faixas de gestão de combustível) quer para as linhas da EDP, quer para o gasoduto e rede viária. Nesta altura as FGC da EDP e da rede viária já foram executadas de acordo com a planificação para 2008. No entanto, essas FGC serão criadas ao longo dos anos até 2010 em diferentes zonas do concelho. Foram também organizados sistemas de fiscalização e de vigilância da floresta com vários intervenientes que possibilitam uma diminuição do número de ocorrências. Este ano de 2008 verificou-se de fato, uma diminuição significativa do número de ocorrências e de área ardida. Relativamente ao Risco de Cheias, foram identificados os troços de rios e ribeiras que necessitavam de limpeza. Deste modo, com uma ação concertada de limpeza que envolve meios das Juntas de Freguesia e da Câmara Municipal consegue-se evitar o transbordo de alguns rios que podem provocar pequenas cheias e causar danos ligeiros. No que respeita ao Risco de Sismos as estratégias para mitigação deste risco passa pela criação de cenários e exercícios que permitam avaliar os meios, os recursos, as comunicações e todos os outros fatores que devam ser contemplados, no sentido de se mitigar ao máximo os danos quer nas populações quer materiais.

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O planeamento das operações e o sistema de comunicações entre os diferentes intervenientes no teatro de operações é de extrema importância para minimizar os tempos de socorro e salvamento. Para a mitigação deste risco realizou-se um exercício PROCIV III no âmbito do risco sísmico em Maio de 2008, tendo por objetivo o teste das comunicações entre as entidades intervenientes num cenário de sismo. No dia 21 de Novembro realizou-se mais um exercício prático PROCIV IV, tendo como objetivo testar o relacionamento entre as instituições e as comunicações envolvidas em caso de acidente grave. Para além dos exercícios o que se pode fazer reside na sensibilização das populações ensinando os procedimentos que devem seguir em caso de sismo, com distribuição de folhetos da ANPC, nas Juntas de Freguesia e nas Escolas. O Serviço Municipal de Proteção Civil deve assegurar-se de que nas zonas de maior risco se tomam algumas medidas para minimizar os danos, nomeadamente:

Verificar se escolas e equipamentos desportivos têm planos de emergência;

Verificar quais os edifícios em risco de desabamento (este estudo já foi realizado, com a colaboração da Juntas de Freguesia e os edifícios encontram-se cartografados);

Verificar se as indústrias suscetíveis de risco têm plano de emergência interno;

No que respeita aos incêndios florestais de notar que existem espaços que evoluem para matos com regeneração natural de Sobreiro Quercus suber e Carvalho Quercus faginea. Assim, nestes espaços será necessário executar faixas de gestão de combustível, que salvaguardem as zonas edificadas e espaços florestais confinantes. Uma das técnicas a utilizar será o fogo controlado, que permitirá a gestão de combustível e a sobrevivência das espécies referidas, pois estas apresentam uma boa resistência à passagem de fogos de baixa intensidade.

Esta tendência de abandono agrícola irá criar condições para um aumento de incêndios nestas áreas, com um número significativo de ocorrências e o risco de danos para as zonas edificadas e os espaços florestais. Nas freguesias de Vila Verde dos Francos e na união das freguesias de Abrigada e Cabanas de Torres, surgem espaços agrícolas abandonados associados a zonas de pastagens naturais onde o número de ocorrências é elevado, sendo que muitas destas ocorrem já fora do período crítico (pastagens).

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Esta situação é particularmente preocupante visto que estes espaços se localizam nas encostas da Serra de Montejunto, podendo estes incêndios propagarem-se para o interior do Perímetro Florestal, dando origem a incêndios de grande dimensão devido à dificuldade de extinção (declive e tipo de vegetação).

Nos relevos calcários (Serras de Ota, Montejunto e Monte Redondo) pelas suas características naturais (declive, tipo de vegetação, falta de acessos, carga e continuidade de combustível) a dificuldade de extinção é sempre elevada, pelo que serão expectáveis incêndios de grandes dimensões.

De salientar que este Plano tem potencial para ser utilizado como reforço do relacionamento com as políticas de ordenamento e planeamento territorial, no sentido de poder facultar a caracterização de áreas com determinadas características para fins de apoio à emergência (zonas de concentração e reserva, campos de desalojados, hospitais de campanha, áreas cemiteriais, etc.) para o PDM e para outros instrumentos de ordenamento territorial, mesmo que a escala diferente da municipal.

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6. Cenários

6.1. Cenários de Risco Sísmico

Se o acidente ou catástrofe for um sismo segundo a localização do epicentro, assim será a zona afetada pelo sinistro. De acordo com essa zona será montado um cenário onde serão definidas:

Zona de colocação dos postos de comando; Definição de zonas de receção dos meios de socorro vindos do exterior

o Parques para receção de veículos dos bombeiros o Zona de aterragem dos meios aéreos

Diagnóstico das vias intransitáveis; As vias transitáveis param salvamento dos feridos por parte dos agentes

de salvamento e socorro; Solicitação dos meios definidos nos quadros de meios das juntas (veja-

se Parte IV, secção III - Quadros) e dos meios privados (veja-se Parte IV, secção III - Quadros) para remoção de escombros e abertura de caminhos;

Alerta aos hospitais para receção dos feridos; Definição de áreas de:

o Área de evacuação o Área de alojamento dos desalojados o Área de primeiros socorros provisória

Zona de receção de mortos; Área de recolha de bens alimentares; Área de recolha de agasalhos e cobertores.

Cabe aos postos de comando estabelecer as comunicações com todos os agentes e informar todas as entidades atuantes nas operações. Os contatos das entidades atuantes nas operações encontram-se no Quadro de contactos (Parte IV, secção III - Quadros).

Neste ponto vamos referirmo-nos ao exercício criado pelo SNPC em 2004, que consistiu na criação de 3 cenários com epicentros diferentes onde se previram os danos materiais e os danos pessoais.

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Cenário A – Epicentro em Benavente

Intensidade do Sismo – Áreas afetadas

Como se pode verificar neste cenário o concelho de Alenquer seria afetado na sua maioria com graus elevados da escala de mercalli. As Freguesias de Carregado e Triana são atingidas com grau VIII, enquanto Ota, Meca, Ribafria, União das freguesias de Alenquer (Triana e St. Estêvão), união das freguesias de carregado e Cadafais e Carnota sofreriam grau VII. Das restantes Freguesias apenas Vila Verde dos Francos seria afetada por uma intensidade de grau V.

Segundo este cenário teríamos os seguintes danos:

Danos Materiais População Afetada

2 Edifícios perdidos 3-5 Feridos ligeiros (diurno)

9-6 Edifícios c/ danos severos 3-5 Feridos ligeiros (noturno)

0-2 Vitimas mortais

53-105 Desalojados – Carregado 0-52 desalojados – no resto do concelho

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Cenário B – Epicentro em Lisboa – Vale do Tejo

Intensidade do Sismo – Áreas afetadas

Como se pode verificar neste cenário o concelho de Alenquer seria afetado na sua maioria com graus elevados da escala de mercalli. A união das freguesias de Carregado e Cadafais e união das freguesias de Alenquer (Triana e Santo Estêvão) são atingidas com grau IX, enquanto Ota, Meca, união das freguesias de Ribafria e Pereiro de Palhacana), e Carnota sofreriam grau VIII. Todas as outras Freguesias seriam afetadas por uma intensidade de grau VII.

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Segundo este cenário teríamos os seguintes danos:

Danos Materiais População Afetada

0-28 Edifícios perdidos – em todas as outras Freguesias 29-56 Edifícios perdidos – em Alenquer

0-35 Feridos ligeiros (diurno)

53-104 Edifícios c/ danos severos – Carregado, Triana, Cadafais

0-40 Feridos ligeiros (noturno)

0-52 Em todas as outras Freguesias 0-7 Feridos graves

0-20 Vitimas mortais

0-504 Desalojados – Carregado 0-52 Desalojados – no resto do concelho

No caso dos cenários A e B se verificarem tratar-se-ia de um acidente grave que obrigaria a ativar o plano de emergência e aplicar as orientações descritas na Parte II – Organização da resposta, Ponto 2.- Execução do Plano.

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Assim sendo, temos como prioridades de ação:

COM

(Rodolfo Batista)

Convocar GNR

para Posto Comando

Comandante

Combate

Deve criar os sectores de acordo com as ocorrências

Sectores

Grupos de manobra

Sectores

Grupos de manobra

Sectores

Grupos de manobra

Adjunto para a ligação

Receber dados da ZCR e do PCDIS, registá-los e informar

COM

Definir ZCR e colocar lá VCOT

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Plano Municipal de

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Ou seja:

1. Comunicar CDOS

2. Avisar o Presidente

i. Ativar membros da CMPC (ver Lista Contatos no anexo I – Quadros) – GNR, INEM, Cruz Vermelha Portuguesa

3. Solicitar meios ao CDOS

4. Criar um Posto de Comando de Operações

5. Definir a hierarquia para o TO

6. Nomear os três comandos principais e dois adjuntos i. Comandante Planeamento ii. Comandante Combate iii. Comandante Logística

7. Elaborar rapidamente um Plano de Ação em conjunto com esses comandos.

8. Solicitar VCOT – BALL - base de apoio logístico da Lourinhã ou VCOT de

Torres Vedras.

9. Definir setores segundo os TOs

10. Definir Grupos de Manobra

11. Definir Zonas de Intervenção

12. Fazer ponto de situação para saber se são necessários mais meios e informar CODIS

As responsabilidades e atribuições de cada interveniente estão definidas na Parte II, Ponto 2. Execução do plano.

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Cenário C – Epicentro em Setúbal

Intensidade do Sismo – Áreas afetadas

Como se pode verificar neste cenário o concelho de Alenquer seria afetado na sua maioria com graus não muito elevados da escala Mercalli. As Freguesias de Carregado e Triana são atingidas com grau VI, enquanto todas as outras freguesias sofreriam grau V.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 279

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Segundo este cenário teríamos os seguintes danos:

Danos Materiais População Afetada

0-3 Edifícios perdidos – em todas as outras Freguesias

0 Feridos ligeiros (diurno)

0 Feridos ligeiros (noturno)

0 Feridos graves

0 Vitimas mortais

0-68 Desalojados

Neste cenário C deve-se considerar o número de desalojados que é significativo. Para uma situação deste tipo a ZCAP seria criada na CFMTFA, devido à proximidade com as Freguesias afetadas e por reunir as condições mais adequadas a este número de desalojados.

6.2. Cenários de Risco de Incêndio Em caso de Risco de Incêndio, criaram-se três cenários e em cada uma das situações analisou-se qual seria a melhor posição para o posto de comando. Assim sendo, marcámos dois ou mais postos de comando alternativos sendo que para cada um dos cenários só existe um Posto Comando.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 280

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Cenário A – Montejunto

Cenário de risco de incêndio - Montejunto – Postos de Comando

Na figura acima estão assinalados três postos de comando tendo em conta que não sabemos onde será o ponto de início, nem como estarão as condições atmosféricas, nomeadamente o vento.

Posto Comando PC1 – Situado em Casal do Bom Santo,

Localização: -9:01:47.034; 39:10:33.226 Posto Comando PC2 – Situado nas antenas de Montejunto

Localização: -9:03:36.052; 39:10:24.518 Posto Comando PC3 – Situado no campo de futebol de Cabanas de Torres

Localização: -9:04:21.286; 39:09:17.584

Neste cenário as populações que poderão ser afetadas são as de Casais da Pedreira, sendo que cerca de 15 pessoas e Cabanas de Torres com cerca de 100 pessoas que poderão ter que ser evacuadas. Verificando-se esta situação estas pessoas serão temporariamente alojadas nos Bombeiros de Abrigada.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 281

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Cenário B – Charneca da Serra de Ota

Cenário de risco de incêndio – Serra de Ota e Charneca – Postos de Comando

Neste cenário da Charneca da Serra de Ota, a amarelo, temos uma vasta área florestal que pode arder cerca de 4200 ha, ocupando parte da Freguesia de Ota e da união das freguesias de Abrigada e Cabanas de Torres. Criámos quatro postos de comando para o risco de incêndio desta zona, PC1, PC2, PC3 e PC4. Neste cenário não há populações em perigo, mas existe a possibilidade de afetar uma zona industrial, no alto da Borralha que tem uma indústria de móveis e outra de produtos inflamáveis, nomeadamente a Iriso. Considerámos ainda a possibilidade de esta vasta zona poder vir a “colar” com as áreas da Serra de Ota (assinalada a vermelho), razão pela qual estão os dois cenários na mesma carta.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 282

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Posto Comando PC1 – Situado em Peteira, Localização: -9:01:06.617; 39:10:23.999

Posto Comando PC2 – Situado em Ajoujo Localização: -8:58:21.365; 39:09:44.397 Posto Comando PC3 – Situado na Quinta do Ajoujo Localização: -8:58:25.859; 39:08:43.380 Posto Comando PC4 – Situado em Chã Alta Localização: -8:57:57.224; 39:07:36.502

Cenário C – Serra de Ota

Este cenário da Serra de Ota encontra-se assinalado a vermelho, na figura da página anterior. Marcámos duas áreas neste cenário, a Serra de Ota e a envolvente à Base da Ota, e para cada uma destas zonas temos os seguintes postos de comando:

Posto Comando PC5 – Situado na Pedreira da Atouguia, Localização: -8:59:50.352; 39:07:38.331 Posto Comando PC6 – Situado no cemitério de Ota Localização: -8:59:39.881; 39:06:25.284 Posto Comando PC7 – Situado no Bairro Localização: -9:01:09.597; 39:06:36.130 Posto Comando PC8 – Situado no cruzamento da Serra de Ota Localização: -9:01:03.077; 39:06:01.621

De notar que a zona envolvente ao CFMTFA está assinalada porque o fogo pode eventualmente passar da zona da Charneca para esta área, de acordo com a seta indicativa. Por esta razão foi criado o posto de comando PC6 que permitirá a observação e o controle em caso de incêndio.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 283

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

6.3. Cenários de Risco de Cheias

No concelho de Alenquer o risco de cheia tem se verificado ao longo dos anos. Neste contexto, considerámos três cenários de cheias, embora estejam identificadas várias zonas que podem ser afetadas por uma cheia ou inundação. No anexo da cartografia está uma carta de cheias onde estão identificadas todas as zonas de risco, os postos de comando bem como as ZCAP definidas para cada uma das situações.

Cenário A – Merceana

População Afetada Posto de Comando (localização) ZCAP (local de alojamento de população evacuada)

Cerca de 120 pessoas Quinta da Charnequinha -9:06:36.137; 39:05:53.396

B. V. Merceana

Coletividade do Paiol

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 284

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Cenário B – Ribafria

População Afetada Posto de Comando

(localização) ZCAP (local de alojamento de

população evacuada)

Cerca de 80 pessoas Silveira do Pinto

-9:04:05.831; 39:04:05.890 Coletividade de Casais da

Marinela

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 285

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Emergência de Proteção

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Cenário C – Alenquer (Vila)

População Afetada Posto de Comando

(localização) ZCAP (local de alojamento de população evacuada)

Cerca de 200 pessoas B.V. Alenquer -9:00:20.644; 39:02:50.412

B. V. Alenquer

CFMTFA de Ota

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 286

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Cenário D – Atouguia

População Afetada Posto de Comando

(localização) ZCAP (local de alojamento de população evacuada)

Cerca de 80 pessoas Pedreira de Atouguia -9:00:21.942; 39:07:32.631

Mariapolis – Abrigada, via estrada do Bairro e Serra de Ota.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 287

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

6.4. Cenário de acidente industrial

Tratando-se de um acidente industrial o problema principal após a evacuação das pessoas do local do acidente, é circunscrever a área que pode ser afetada em termos ambientais e a proteção da população. A informação aos agentes que condicionam o trânsito e a circulação de pessoas é fundamental. Os diversos tipos de acidentes graves a considerar podem produzir fenómenos perigosos (para as pessoas, ambiente e bens materiais). Eles podem ser:

o Mecânicos: ondas de pressão e projéteis

o Térmicos: radiação térmica

o Químicos: nuvem tóxica ou contaminação da envolvente provocada por

fuga ou derrame não controlado de substâncias perigosas. Segundo o grau de gravidade e de vulnerabilidade, assim se deverá definir as zonas de emergência de acordo com os danos sobre a saúde das pessoas:

a) Zona de efeitos Letais b) Zona de efeitos Irreversíveis c) Zona de efeitos Transientes

Os agentes de salvamento e socorro terão que estar munidos dos equipamentos necessários a uma intervenção deste tipo e apenas eles podem circular na área de intervenção.

Serviço Municipal de Proteção Civil deve comunicar as informações necessárias

ao público e aos serviços ou autoridades territorialmente competentes.

Prestar ao público informações específicas relacionadas com o incidente e a conduta, incluindo as medidas de auto proteção, que deverá adotar nessas circunstâncias. Por exemplo:

a) Abrigo em casa b) A evacuação c) Medidas de autoproteção

Esta informação será prestada às populações por via de carros dos bombeiros ou de outras entidades munidos de megafones, comunicados na rádio local, nas rádios nacionais e na TV.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 288

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

7 - Cartografia

A informação geográfica referente aos mapas que integram este documento encontra-se disponível em formato shapefile, no sentido de garantir a integração desta informação em bancos de dados comuns.

Índice da Cartografia:

Mapa 1 – Enquadramento Territorial do Município de Alenquer

Mapa 2 – Mapa Hipsométrico do Município de Alenquer

Mapa 3 – Declives no Município de Alenquer

Mapa 4 – Exposições das Encostas no Município de Alenquer

Mapa 5 – Rede Hidrográfica do Município de Alenquer

Mapa 6 – Uso/Ocupação do Solo do Município de Alenquer

Mapa 7 – Zonas Especiais no Município de Alenquer

Mapa 8 – Rede Viária e Ferroviária do Município de Alenquer

Mapa 9 – Rede de Distribuição de Combustível no Município de Alenquer

Mapa 10 – Rede Elétrica do Município de Alenquer

Mapa 11 – Rede de Abastecimento de Água do Município de Alenquer

Mapa 12 – Agentes de Proteção civil do Município de Alenquer

Mapa 13 – Risco de Cheias e Inundação no Município de Alenquer

Mapa 14 – Intensidade Sísmica no Município de Alenquer

Mapa 15 – Risco de Movimentos de Massa em Vertentes no Município de

Alenquer

Mapa 16 – Risco de Acidente Grave Rodoviário no Município de Alenquer

Mapa 17 – Risco de Acidente no Transporte Rodoviário de Mercadorias

Perigosas no Município de Alenquer

Mapa 18 – Risco de Acidente em Infraestruturas de Transporte de Substâncias

Perigosas no Município de Alenquer

Mapa 19 – Risco de Acidentes em Áreas Industriais no Município de Alenquer

Mapa 20 – Risco de Incêndios Edifícios no Município de Alenquer

Mapa 21 – Risco de Colapso de Edifícios no Município de Alenquer

Mapa 22 _ Perigosidade de Incêndio Florestal no Município de Alenquer

Mapa 23 – Prioridades de Defesa Contra Incêndios Florestais no Município de

Alenquer

Mapa 24 – Risco de Incêndio no Município de Alenquer

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 289

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Anexo I

Quadros

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 290

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Missão destas entidades do organograma, segundo a Lei de Bases da Proteção Civil, Lei n.º27/2006 e Lei n.º 65/2007

Entidade

Missão

Composição

Atribuições

CCON

Centro de Coordenação

Operacional Nacional assegura que todas as entidades e

instituições de âmbito nacional imprescindíveis às operações de proteção e socorro, emergência e

assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou catástrofe se articulam entre si,

garantindo os meios considerados adequados à gestão da ocorrência

em cada caso concreto

Autoridade Nacional de Proteção Civil;

Guarda Nacional Republicana;

Polícia de Segurança Pública;

Instituto Nacional de Emergência Médica;

Instituto de Meteorologia;

Direção-Geral dos Recursos Florestais;

Outras entidades que cada ocorrência em concreto venha

a justificar.

(pode ainda integrar) um elemento das Forças Armadas

desde que estejam empenhados nas operações de

proteção e socorro, emergência e assistência meios

humanos e materiais a estas solicitados.

a) Integrar, monitorizar e avaliar toda a atividade operacional quando em situação de acidente grave ou catástrofe;

b) Assegurar a ligação operacional e a articulação nacional com os agentes de proteção civil e outras estruturas operacionais no âmbito do planeamento, assistência, intervenção e apoio técnico ou científico nas áreas do socorro e emergência;

c) Garantir que as entidades e instituições integrantes do CCON acionam, no âmbito da sua estrutura hierárquica, os meios necessários ao desenvolvimento das operações bem como os meios de reforço;

d) Assegurar o fluxo permanente da informação estratégica com os serviços de proteção civil das Regiões Autónomas, nomeadamente na iminência ou em caso de acidente grave ou catástrofe;

e) Difundir comunicados e avisos às populações e às entidades e instituições, incluindo os órgãos de comunicação social;

f) Avaliar a situação e propor à Comissão Nacional de Proteção Civil que formule junto do Governo pedidos de auxílio a outros países e às organizações internacionais através dos órgãos competentes;

g) Assegurar o desencadeamento das ações consequentes às declarações das situações de alerta, de contingência e de calamidade.

CCOD

Centros de Coordenação Operacional Distrital asseguram

que todas as entidades e instituições de âmbito distrital

imprescindíveis às operações de proteção e socorro, emergência e

assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou

catástrofe se articulam entre si garantindo os meios considerados adequados à gestão da ocorrência

em cada caso concreto.

Autoridade Nacional de Proteção Civil;

Guarda Nacional Republicana;

Polícia de Segurança Pública;

Instituto Nacional de Emergência Médica

Direção-Geral dos Recursos Florestais;

Demais entidades que cada ocorrência em concreto venha

a justificar;

(Podem ainda integrar) um elemento das Forças Armadas

desde que estejam empenhados nas operações de

proteção e socorro, emergência e assistência meios

humanos e materiais a estas solicitados.

a) Integrar, monitorizar e avaliar toda a atividade operacional quando em situação de acidente grave ou catástrofe;

b) Assegurar a ligação operacional e a articulação distrital com os agentes de proteção civil e outras estruturas operacionais no âmbito do planeamento, assistência, intervenção e apoio técnico ou científico nas áreas do socorro e emergência;

c) Garantir que as entidades e instituições integrantes do CCOD acionam, no âmbito da sua estrutura hierárquica e ao nível do escalão distrital, os meios necessários ao desenvolvimento das ações;

d) Difundir comunicados e avisos às populações e às entidades e instituições, incluindo os órgãos de comunicação social;

e) Avaliar a situação e propor à ANPC do distrito medidas no âmbito da solicitação de ajuda nacional.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 291

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Entidade

Missão

Composição

Atribuições

CNOS

Comando Nacional de Operações de Socorro competindo-lhe, nos

termos da lei, assegurar o comando operacional das

operações de socorro e ainda o comando operacional integrado de todos os corpos de bombeiros de acordo com o previsto no regime

jurídico dos bombeiros portugueses

Comando Nacional de Operações de Socorro é constituído pelo comandante operacional nacional, pelo 2.o comandante operacional nacional e por três adjuntos de operações e compreende a célula de planeamento, operações e informações e a célula de logística.

O CNOS pode ainda dispor, conjunturalmente, de células de gestão de meios aéreos e de comunicações

a) Garantir o funcionamento, a operatividade e a articulação com todos os agentes de proteção civil integrantes do sistema de proteção e socorro;

b) Coordenar operacionalmente os comandos distritais de operações de socorro;

c) Assegurar o comando e controlo das situações que pela sua natureza, gravidade, extensão e meios envolvidos ou a envolver requeiram a sua intervenção;

d) Promover a análise das ocorrências e determinar as ações e os meios adequados à sua gestão;

e) Assegurar a coordenação e a direção estratégica das operações de socorro;

f) Acompanhar em permanência a situação operacional no domínio das entidades integrantes do SIOPS;

g) Apoiar técnica e operacionalmente o Governo;

h) Preparar diretivas e normas operacionais e difundi-las aos escalões inferiores para planeamento ou execução;

i) Propor os dispositivos nacionais, os planos de afetação de meios, as políticas de gestão de recursos humanos e as ordens de operações.

CMPC

Este organismo assegura que

todas as entidades e instituições de âmbito municipal

imprescindíveis às operações de proteção e socorro, emergência e

assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou catástrofe se articulam entre si,

garantindo os meios considerados adequados à gestão da ocorrência

em cada caso concreto.

A composição desta Comissão está descrita em

organograma nas páginas seguintes.

a) Acionar a elaboração, acompanhar a execução e remeter para aprovação pela Comissão Nacional dos

planos municipais de emergência;

b) Acompanhar as políticas diretamente ligadas ao sistema de proteção civil que sejam desenvolvidas por

agentes públicos;

c) Promover a realização de exercícios. Simulacros ou treinos operacionais que contribuam para a eficácia de

todos os serviços intervenientes em ações de proteção civil;

d) Determinar o acionamento dos planos, quando tal se justifique.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 292

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Entidade

Missão

Composição

Atribuições

COM

Sem prejuízo da dependência hierárquica e funcional do presidente da câmara, o COM mantém permanente ligação de articulação operacional com o comandante operacional distrital. Excecionalmente, quando justificado pela amplitude e urgência de socorro, o comandante operacional nacional pode articular-se operacionalmente com o COM, sem prejuízo do disposto no número anterior.

Comandante da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Merceana

a) Acompanhar permanentemente as operações de proteção e socorro que ocorram na área do concelho

b) Promover a elaboração dos planos prévios de intervenção com vista à articulação de meios face a cenários previsíveis

c) Promover reuniões periódicas de trabalho sobre matérias de âmbito exclusivamente operacional, com os comandantes dos corpos de bombeiros;

d) Dar parecer sobre o material mais adequado à intervenção operacional no respetivo município; e) Comparecer no local do sinistro sempre que as circunstâncias o aconselhem; f) Assumir a coordenação das operações de socorro de âmbito municipal, nas situações previstas no plano

de emergência municipal, bem como quando dimensão do sinistro requeira o emprego de meios de mais de um corpo de bombeiros.

SMPC

Exercer a função de proteção e socorro, de acordo com as caraterísticas da população e dos riscos existentes no município. Centralizar, tratar e divulgar toda a informação recebida relativa à proteção civil municipal. Acompanhar a elaboração e atualizar o plano municipal de emergência e os planos especiais quando estes existam.

Rodolfo António Carmo Conceição Batista (COM)

Paulo Jorge Duarte Matos (Dr.)

Ana Maria Ramalho de Resende Luís (Assistente Técnica)

Paulo Jorge Cardoso Marques (Eng.º - GTF)

a) Planear o apoio logístico a prestar às vítimas e às forças de socorro em situação de emergência; b) Levantar, organizar e gerir os centros de alojamento a acionar em situação de emergência; c) Elaborar planos prévios de intervenção e preparar e propor a execução de exercícios e simulacros que

contribuam para uma atuação eficaz de todas as entidades intervenientes nas ações de proteção civil; d) Manter informação atualizada sobre acidentes graves e catástrofes ocorridas no município, bem como

sobre elementos relativos às condições de ocorrência, às medidas adotadas para fazer face às respetivas consequências e às conclusões sobre o êxito ou insucesso das ações empreendidas em cada caso.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 319

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

SEÇÃO III

Informação retirada por pertencer a Entidades Privadas

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 320

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

3 - Modelos de Relatórios e Requisições

Modelo de Relatório

Solicitado Saída Previsto Chegada Empenhamento Número de Observações

Meio Às Às Às Situação Hora Situação Hora Situação Hora Situação Hora Veículos Homens

: : : : : : :

: : : : : : :

: : : : : : :

: : : : : : :

: : : : : : :

: : : : : : :

: : : : : : :

: : : : : : :

: : : : : : :

: : : : : : :

: : : : : : :

: : : : : : :

: : : : : : :

: : : : : : :

Totais gerais

Contador Bombeiros GNR DGRF Afocelca INEM Forças Armadas Nº

Veículos

Homens

Vitimas

Danos Edifícios

Danos em vias

Danos infra-estruturas

Disponibilidades de transportes

Outros

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 321

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Relatório imediato de situação

Informações Célula de Combate

Nº ordem

Hora Origem Destino Síntese

1 :

2 :

3 :

4 :

5 :

6 :

7 :

8 :

9 :

10 :

11 :

12 :

13 :

14 :

15 :

16 :

17 :

18 :

19 :

20 :

21 :

22 :

Nº Ocorrência: _________________ Pág. Nº ____/____

Page 299: de. eMergência · Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014 INDÍCE

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 322

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Modelo requisição Câmara Municipal de Alenquer

Praça Luís de Camões 2580-318 Alenquer

NIF: 501305734

Requisição Externa Original (fornecedor)

Serviço Requisitante Data Hora

Pedido nº:

V/ orçamento:

Prazo:

Local de Entrega:

Bem ou serviço:

Descrição:

Fornecedor

Nome:

Morada

Código-postal:

Código Designação UN. IVA Desc. Quant. Preço Unit.

Total

Sub-Total:________

IVA:_____________

Total:____________

O Responsável: _______________________________

Page 300: de. eMergência · Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014 INDÍCE

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 323

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

4 – Modelos de Comunicados

Modelo comunicado

Câmara Municipal de Alenquer Praça Luís de Camões

2580-318 Alenquer

Data:_________________ Hora:______________

Natureza da Ocorrência

Efeitos da Ocorrência

Meios empenhados no terreno

Orientações à População

Previsão de evolução da situação

Próximo Comunicado:

Data:

Hora:

O Responsável: ______________________

Page 301: de. eMergência · Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014 INDÍCE

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 324

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

5 – Lista de Controlo de Atualizações do Plano

Câmara Municipal de Alenquer Praça Luís de Camões 2580-318 Alenquer

Nº versão

Identificação da alteração

Data de alteração

Data de aprovação

nova versão

Quem aprovou (CMPC, CNPC)

Data: ____________ O Responsável: _________________

Page 302: de. eMergência · Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014 INDÍCE

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 325

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

6 – Lista de Registo de Exercícios do Plano

No âmbito da operacionalidade do Plano de Emergência em vigor até à apresente data, concretizou-se a realização de exercícios em Estabelecimentos de Ensino Escolar e Pré-Escolar, assim como aos funcionários deste município, nas vertentes da sensibilização, socorrismo e prevenção. Considerou-se ainda ser relevante a continuidade da realização dos mesmos, no sentido de haver uma interiorização nomeadamente nas fachas etárias mais jovens da população.

Page 303: de. eMergência · Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014 INDÍCE

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 325

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Lista registo de exercícios do Plano Municipal de Proteção Civil

Tipo

Exercício

Data

Local

Cenário

Agentes, organismos e entidades envolvidas

Meios e recursos

envolvidos

Ensinamentos recolhidos para

futuras revisões do Plano

Data: ______________ O Responsável: ____________________________

Page 304: de. eMergência · Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014 INDÍCE

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 326

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

7 – Lista de Distribuição do Plano

A distribuição do Plano Municipal de Emergência de Alenquer foi feita em formato digital às seguintes entidades:

ANPC

CDOS Lisboa

Membros da Comissão Municipal de Proteção Civil:

o Corpo de Bombeiros Voluntários de Alenquer o Corpo de Bombeiros Voluntários de Merceana o Destacamento Territorial da GNR de Alenquer o CFMTFA (Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea) o Cruz Vermelha Portuguesa (delegação do Carregado) o Representante da Autoridade de Saúde do Município o Representante do Dirigente Máximo da Unidade de Saúde Local o Presidente da Sociedade Gestora do Estabelecimento do

Hospital Vila Franca de.Xira o Serviços Segurança Social e Solidariedade o Santa Casa da Misericórdia de Alenquer o Santa Casa da Misericórdia de Aldeia Galega da Merceana o Centro Social Paroquial do Carregado o Associação Apoio Idosos Jovens Freguesia de Meca o União de Freguesias de Alenquer (Santo Estêvão e Triana) o Centro Social Paroquial Nossa Sr.ª das Virtudes Ventosa o Cooperativa Antena Rádio Local – Rádio Voz de Alenquer

Câmara Municipal do Cadaval

Câmara Municipal de Vila Franca de Xira

Câmara Municipal de Azambuja

Câmara Municipal de Torres Vedras

Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço

Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos

Juntas de Freguesia

Page 305: de. eMergência · Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil - 2014 INDÍCE

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 327

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

8 – Legislação

Legislação específica da Proteção Civil

Legislação estruturante Lei nº 27/2006, de 3 de Julho – Lei de Bases da Proteção Civil Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro – Enquadramento institucional e operacional

da proteção civil no âmbito municipal, organização dos serviços municipais de proteção civil e competências do comandante operacional municipal.

Lei nº 134/2006, de 25 de Julho – Sistema integrado de operações de proteção e socorro (SIOPS).

Decreto-Lei nº 112/2008, de 1 de Julho – Conta Emergência.

Legislação Orgânica Decreto-Lei nº 22/2006, de 2 de Fevereiro – Lei Orgânica do Serviço de

Proteção Civil da Natureza e do Ambiente e do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro, da Guarda Nacional Republicana.

Decreto-Lei nº75/2007, de 29 de Março – Lei Orgânica da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

Despacho do Secretário de Estado da Proteção Civil nº 22396/2007, de 26 de Setembro – Força Especial de Bombeiros.

Legislação Técnico-Operacional Resolução da Comissão Nacional de Proteção Civil nº 25/2008, de 18 de Julho –

Critérios e normas técnicas para a elaboração e operacionalização de planos de emergência de proteção civil.

Declaração da Comissão Nacional de Proteção Civil nº 97/2007, de 16 de Maio – Estado de alerta especial para o Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS).

Legislação Concorrente Lei nº 44/86, de 30 de Setembro – Lei do regime do Estado de Sitio e do Estado

de Emergência. Decreto Regulamentar nº 13/93, de 28 de Junho – Exercício de funções de

Proteção civil pelas Forças Armadas. Decreto Regulamentar nº 18/93, de 28 de Junho – Exercício de funções de

Proteção Civil pelas Forças Armadas.

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 328

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

Legislação diversa o Agentes de Proteção Civil

Decreto-Lei nº 220/2007, de 29 de Maio – Aprova a orgânica do INEM e a portaria nº 647/2007, de 30 de Maio – aprova os estatutos do INEM.

Decreto-Lei nº 281/2007, de 7 de Agosto – Aprova o regime Jurídico da Cruz Vermelha Portuguesa e os respetivos Estatutos.

o Defesa da Floresta Contra Incêndios Decreto-Lei nº 124/2006, de 28 de Junho – Aprova o Sistema Nacional de

Defesa da Floresta Contra Incêndios. Portaria nº 1139/2006, de 25 de Outubro – Define a estrutura tipo do conteúdo

dos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI).

o Risco de Inundações

Resolução da Assembleia da Republica nº15/2008, de 21 de Abril – Recomendação relativa à avaliação e gestão dos riscos de inundações.

o Riscos Industriais Decreto-Lei nº 254/2007, de 12 de Julho – Estabelece o regime de prevenção de

acidentes graves que envolvam substâncias perigosas e de limitação das suas consequências para o homem e o ambiente (Diretiva Seveso).

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 329

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

9 – Bibliografia

Para a elaboração deste Plano Municipal de Emergência fizemos várias pesquisas na Internet em sites relacionados com Proteção Civil e Bombeiros.

ANPC - http://www.prociv.pt

Escola Nacional de Bombeiros – http://www.enb.pt

INAG - http://www.inag.pt

http://snirh.pt/

ANSR - Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

Agência Portuguesa do Ambiente - http://www.iambiente.pt/atlas/

Diretiva INSPIRE - http://inspire.jrc.ec.europa.eu/

Instituto Meteorologia - http://www.meteo.pt/pt/

PROT-OVT – Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo

PDM – Plano Diretor Municipal de Alenquer

PMDFCI – Plano Municipal Defesa da Floresta Contra Incêndios de Alenquer

POM – Plano Operacional Municipal de Alenquer

Caderno Técnico PROCIV3

INE – Instituto Nacional de Estatística

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Alenquer 330

Plano Municipal de

Emergência de Proteção

Civil - 2014

10 – Glossário

Neste Plano de Emergência usámos as nomenclaturas usadas no glossário da ANPC. Para além dessas, utilizámos algumas ao longo deste trabalho, que passamos a descrever:

AHBV – Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários

ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e Florestas

CMPC – Comissão Municipal de Proteção Civil

COM – Comandante Operacional Municipal

CFMTFA – Centro de Formação Militar e Treino da Força Aérea

COS – Comandante de Operações de Socorro

INAG – Instituto Nacional da Água I.P.

ANSR – Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

PCO ou PC – Posto de Comando Operacional ou Posto Comando

PEA – Plano Estratégico de Ação

PMA – Posto Médico Avançado

SMPC – Serviço Municipal de Proteção Civil

TO – Teatro de Operações

VCOC – Veículo Comando Operacional de Comunicações

VCOT – Veículo Comando Operacional Tático

ZA – Zona de Apoio

ZCR – Zona de Concentração e Reserva

ZCAP –Zona de Concentração e Apoio à População

ZI – Zona de Intervenção

ZRR – Zona de Receção e Reforços

ZS – Zona de Sinistro

FGC – Faixa de Gestão de Combustível