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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5079 • Quarta-feira, 07 de Setembro de 2016 10 PATACAS 25 0 C/29 0 C • HOJE Fonte SMG De Dilminha à destituição DOSSIER • Centrais FOTO ARQUIVO Assinado protocolo sobre defesa do consumidor Portugal e China assinaram ontem um protocolo de coo- peração com a China sobre se- gurança alimentar, defesa do consumidor e supervisão, para assegurar condições justas de concorrência entre os operado- res económicos dos dois países. O protocolo de cooperação bila- teral foi assinado pelo secretário de Estado Adjunto e do Comér- cio, Paulo Alexandre Ferreira, em nome do Estado português, e o vice-ministro chinês, Ma Zhengqi, que tutela a Admi- nistração para a Indústria e o Comércio - entidade homóloga da Autoridade para a Segu- rança Alimentar e Económica (ASAE). Durante a celebração do protocolo, o vice-ministro chinês, Ma Zhengqi, sublinhou que “é preciso olhar para o fu- turo no sentido de reforçar a cooperação” com Portugal em áreas como a da energia, tecno- logias de informação, agricultu- ra, turismo e segurança alimen- tar. Paulo Alexandre Ferreira reiterou, sem mais pormenores: “Confirmo que há uma vontade de ambas as partes em aprofun- dar o relacionamento entre Por- tugal e a China, no que diz res- peito à cooperação económica. CONFERÊNCIA MINISTERIAL A 11 E 12 DE OUTUBRO Líderes da China e lusofonia querem consolidar relações Previstos mais apoios para tornar Macau “uma cidade inteligente” Pág. 4 É já nos próximos dias 11 e 12 de Outubro que o território volta a ser palco de conferência ministerial do Fórum Ma- cau, que entra assim na sua quinta edição. O lema deste en- contro trienal é a consolidação das relações e união de esfor- ços para construir a Plataforma. Pretende-se assim apostar na promoção das relações económicas e comerciais e parale- lamente potenciar Macau como plataforma de serviços para esses países. Pág. 2 Funcionários do IACM obrigados a avaliação que outros serviços não fazem Pág. 7 Cadeia norte- americana rescindiu contrato com a Casa Amarela Última Festa da Lusofonia pouco sabe oficialmente Remodelação do Museu do GP não inclui privados Pág. 6 CTM baixa tarifas da net e banda larga até 46 por cento Pág. 5 Pág. 3

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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5079 • Quarta-feira, 07 de Setembro de 2016 10 PATACAS

250C/290C• • • HOJE

Fonte SMG

De Dilminha à destituiçãoDOSSIER • Centrais

FOTO

ARQ

UIVO Assinado protocolo

sobre defesado consumidorPortugal e China assinaram ontem um protocolo de coo-peração com a China sobre se-gurança alimentar, defesa do consumidor e supervisão, para assegurar condições justas de concorrência entre os operado-res económicos dos dois países. O protocolo de cooperação bila-teral foi assinado pelo secretário de Estado Adjunto e do Comér-cio, Paulo Alexandre Ferreira, em nome do Estado português, e o vice-ministro chinês, Ma Zhengqi, que tutela a Admi-nistração para a Indústria e o Comércio - entidade homóloga da Autoridade para a Segu-rança Alimentar e Económica (ASAE). Durante a celebração do protocolo, o vice-ministro chinês, Ma Zhengqi, sublinhou que “é preciso olhar para o fu-turo no sentido de reforçar a cooperação” com Portugal em áreas como a da energia, tecno-logias de informação, agricultu-ra, turismo e segurança alimen-tar. Paulo Alexandre Ferreira reiterou, sem mais pormenores: “Confirmo que há uma vontade de ambas as partes em aprofun-dar o relacionamento entre Por-tugal e a China, no que diz res-peito à cooperação económica.

CONFERÊNCIA MINISTERIAL A 11 E 12 DE OUTUBRO

Líderes da China e lusofoniaquerem consolidar relações

Previstos mais apoiospara tornar Macau“uma cidade inteligente” Pág. 4

É já nos próximos dias 11 e 12 de Outubro que o território volta a ser palco de conferência ministerial do Fórum Ma-cau, que entra assim na sua quinta edição. O lema deste en-contro trienal é a consolidação das relações e união de esfor-

ços para construir a Plataforma. Pretende-se assim apostar na promoção das relações económicas e comerciais e parale-lamente potenciar Macau como plataforma de serviços para esses países. Pág. 2

Funcionários do IACMobrigados a avaliação que outros serviços não fazem Pág. 7

Cadeia norte- americanarescindiu contrato com a Casa Amarela Última

Festa da Lusofoniapouco sabe oficialmente

Remodelaçãodo Museu do GP

não inclui privadosPág. 6

CTM baixa tarifasda net e banda largaaté 46 por cento Pág. 5

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Quarta-feira, 07 de Setembro de 201602 JTM | LOCAL

JORNAL TRIBUNA DE MACAU

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Diniz • Director: Sérgio Terra • Redacção: Catarina Almeida, Inês Almeida, Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Fátima Almeida, Helder Fernando, Raquel Carvalho, Pedro André Santos e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Suzana Tôrres • Secretário da Redacção : Alexsandro Sampaio • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

É já nos próximos dias 11 e 12 de Outubro que o território volta a ser palco de conferência ministerial do Fórum Macau, que entra assim na sua quinta edição. O lema deste encontro trienal é a consolidação das relações e união de esforços para construir a Plataforma

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Foi finalmente oficiali-zada a data da 5ª Con-ferência Ministerial do

Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Lín-gua Portuguesa. O evento vai acontecer nos dias 11 e 12 de Outubro, estando confirmada a presença de delegações da China e de sete Países de Lín-gua Portuguesa (PLP).

O lema desta quinta edi-ção é “Rumo à Consolidação das Relações Económicas e Comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa: Unir Esforços para a Coope-ração, Construir em Conjunto a Plataforma, Partilhar os Be-nefícios do Desenvolvimen-to”, tendo como base a inicia-tiva “Uma Faixa, Uma Rota”.

Pretende-se assim apos-tar na promoção das relações económicas e comerciais e pa-ralelamente potenciar Macau como plataforma de serviços para esses países.

Nos dois dias de activida-des, além da conferência mi-

Liane Ferreira

LÍDERES DA CHINA E LUSOFONIA REÚNEM-SE PARA DISCUTIR A CONSOLIDAÇÃO DAS RELAÇÕES

Conferência Ministerial com data marcada

nisterial em si, está também prevista a realização de um jantar e cerimónia de boas--vindas. Além disso, será as-sinado o Plano de Acção para a Cooperação Económica e Comercial 2017-2019 onde estarão definidas as áreas de acção e desenvolvimento da cooperação entre os partici-pantes para os próximos três anos.

Com uma componente complementar, será realizado o Encontro dos Empresários desse grupo de países.

Na nota oficial, é destaca-do que a conferência “intro-duzirá novo dinamismo para aprofundar a cooperação mutuamente benéfica” entre a China e os PLP e “forne-cerá novas oportunidades a Macau para consolidar o seu estatuto como Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial” com a Lusofonia, “contribuindo adequadamen-te para a diversificação da sua economia”.

Esta será a primeira reu-nião ministerial da nova se-cretária-geral do Fórum Ma-cau, Xu Yingzhen, que tomou

posse a 11 de Agosto, depois da saída de Cheng Hexi. Anti-ga conselheira comercial para a América Latina do Ministé-rio do Comércio da China, a nova representante é fluente em espanhol.

Segundo notícias anterior-mente avançadas pela Rádio Macau, a 5ª Conferência Mi-nisterial irá contar com a pre-sença dos Primeiros-Minis-tros da China e Portugal, Li Keqiang e António Costa, no entanto a vinda deste último governante à RAEM poderá não se concretizar, segundo sabe o JORNAL TRIBUNA DE MACAU. Em causa, esta-rá a situação actual do país e da Europa.

Apoio com empréstimose bolsas

Na última reunião de alto nível, realizada em Novem-bro de 2013, o antigo vice-pri-meiro-ministro, Paulo Portas, liderou a comitiva portugue-sa que incluiu o secretário de Estado da Inovação, Investi-mento e Competitividade, Pe-dro Gonçalves, e o presidente da AICEP. O vice-primeiro-

-ministro chinês, Wang Yang, veio representar o país no evento.

Nessa data, o Governo chinês anunciou um conjunto de oito medidas para incenti-var a cooperação, incluindo a atribuição de empréstimos com condições favoráveis no valor de 1.800 milhões de renminbis aos países da Lu-sofonia para construção de infra-estruturas. Além disso, incentivava a criação de zo-nas de cooperação económica e comercial, semelhantes às zonas económicas especiais chinesas.

Em termos de educação, comprometeu-se a oferecer 1.800 bolsas de estudos a es-tudantes dos PLP, bem como a convidar 2.000 pós-graduados para outros projectos de for-mação. Por outro lado, preten-dia destacar 210 médicos chi-neses para esses países.

À plataforma de Macau foi atribuída a função de ser pon-to de partilha de informação, de intercâmbio de bilingues qualificados e promoção de cooperação empresarial.

No plano de acção assi-

nado em 2013, o papel de Macau como plataforma está estipulado no ponto 15 do documento oficial, onde é in-dicado que os ministros mos-traram apreço pelo dado por Macau em várias componen-tes, como a “garantia finan-ceira”.

Os mesmos representantes reconheceram a importância de Macau e acordaram es-tudar o estabelecimento em Macau do centro de serviços comerciais para as Pequenas e Médias Empresas, do centro de convenções e exposições para a cooperação económi-ca e comercial e do centro de distribuição dos produtos ali-mentares dos Países de Lín-gua Portuguesa.

Este centro saiu do papel, ocupando a Casa de Vidro de Tap Seac. As valências “lin-guística, jurídica, de audito-ria, financeira e de atestado de credibilidade” de Macau foram ratificadas pelos go-vernos dos oito países pre-sentes (China, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e Ti-mor-Leste).

A última reunião de alto nível aconteceu em 2013

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Quarta-feira, 07 de Setembro de 2016 JTM | LOCAL 03

A data para o Festival da Lusofonia está marcada no calendário de eventos dos Serviços de Turismo, mas, o IACM e o IC ainda não se reuniram com as associações participantes para tratar dos preparativos. Algumas comunidades que já estão habituadas a estas demoras, já vão adiantando os preparativos, embora admitindo que este ano está tudo muito atrasado em termos oficiais o que afecta alguns aspectos dos seus trabalhos

Na página oficial da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) cons-ta que o Festival da Lusofonia

este ano irá decorrer nos dias 21, 22 e 23 de Outubro. Ao contrário dos outros anos, contudo, ainda não houve uma reu-nião entre a organização e as associações dos países de língua portuguesa partici-pantes no evento. Desde o ano passado, que a organização passou a incluir o Ins-tituto Cultural (IC), além da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) e do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM). Surpreendido pela falta de in-formações, o JORNAL TRIBUNA DE MACAU falou com as associações para saber como estão a correr os preparativos da 19ª edição do festival.

“Não tivemos qualquer reunião de trabalho com a organização. Sabemos que há, foi marcada a data, mas está um boca-do atrasado por parte da organização do IC”, disse Helena Brandão, presidente da Associação dos Amigos de Moçambique, acrescentando que ainda não pode adian-tar muitos pormenores. “Como todos os anos, vamos ter artesanato e algumas iguarias tradicionais. Vamos tentar repre-sentar Moçambique da melhor maneira possível e com algum custo, porque está tudo muito atrasado, mas não da nossa parte”, referiu.

Salientando que não espera novida-des de maior em relação às associações, Helena Brandão destaca que apesar de ter em vista dois temas para a barraca tudo vai depender do momento em que a verba for entregue à associação. “Se che-gar tarde utilizaremos o material que já temos, mas se chegar em Setembro pode ser que consigamos fazer uma coisa dife-rente”, frisou.

Ao contrário do Festival da Luso-fonia, já foi realizada uma reunião de preparação para a Semana Cultural do Fórum Macau. Para este evento, a asso-ciação moçambicana vai apenas trazer um artesão porque os chefes de cozinha são rotativos, cinco profissionais a cada ano.

“Ele já esteve cá há três anos e como correu tudo muito bem e ele trabalha muito bem a madeira resolvemos trazer o mesmo. Aliás, a Associação de Artesãos de Moçambique é que indicou o nome e por acaso tinha sido um que Macau já co-nhecia”, afirmou.

Brasil já encomendoua “cachaça”

No mesmo sentido, Jane Martins, presidente da Casa do Brasil, disse que ainda não houve reunião com a organi-zação. “Só sabemos das datas, por isso já começamos a preparar”, declarou, notan-do que é o 19º ano em que participa no fim-de-semana, por isso já sabe o que é necessário.

“Começamos a preparar tudo com antecedência para não haver correrias”, declarou a presidente brasileira, revelan-do que vão ser disponibilizados petiscos, como o cachorro quente brasileiro e já co-meçaram a fazer os “salgadinhos” para congelar, porque são precisos em grandes quantidades.

Liane Ferreira

ASSOCIAÇÕES PREPARAM-SE MESMO SEM CONTACTO OFICIAL

Festa da Lusofonia envolta em segredo

“Também já encomendamos a cacha-ça e desenhamos a barraca. No ano pas-sado, tínhamos frutas em homenagem à Cármen Miranda, mas este ano o tema vai andar em redor das árvores típicas do Brasil. Está tudo a ser pintado à mão, vai ser muito colorida”, garantiu.

Por outro lado, avançou que para a Semana Cultural o chefe convidado é o Chefe Lúcio do Sul do Brasil e o artesão é do Rio de Janeiro. “Não posso dar por-menores, a não ser que as mulheres vão adorar o artesanato”, acrescentou Jane Martins.

Barraca de Portugalserá arrojada

No lado da Casa de Portugal, Diana Soeiro, porta-voz da Casa de Portugal (CPM) assegurou também que já estão a ser feitos preparativos, mas é necessário segredo.

“As pessoas ficam sempre na expec-

tativa sobre o que é que vamos construir e as tendinhas, mas é surpresa. Só posso dizer que é arrojada, não é algo tão óbvio. Já tínhamos tido essa ideia há algum tem-po e vamos tentar concretizar agora. Não nos queremos focar no óbvio, como o Galo de Barcelos ou o pastel de nata, nem Lisboa por isso vamos focar-nos noutras zonas de Portugal”, adiantou.

Como em “equipa vencedora não se mexe”, a CPM vai voltar a ter espectácu-los de música com os artistas que normal-mente colaboram com a Casa no Largo do Carmo. O artesão também já foi selec-cionado e vem de Portugal de propósito.

No que diz respeito à Associação de Amizade Macau-Cabo Verde, o presiden-te Daniel Pinto conta que ainda nada está a ser feito. “Não temos nada em concreto. Ainda vamos reunir para delinear a es-tratégia para levar o festival a bom porto. Mas é quase uma questão rotineira, por-que estamos habituados”, afirmou.

O Festival da Lusofonia de 2015 cus-tou foi orçado em 2,4 milhões de patacas, menos 400 mil do que em 2014.

Contactado pelo JORNAL TRIBUNA DE MACAU, o Secretariado Permanente do Fórum Macau garantiu que os prepa-rativos para a Semana Cultural já estão a decorrer e a instituição está repleta de trabalho. Isto porque também tem a seu cargo a organização da 5ª Conferência Ministerial a realizar-se no território a 11 e 12 de Outubro, tornando este mês efec-tivamente o mês das relações entre a Chi-na e a Lusofonia.

Até lá, o IC também garantiu que as obras de remodelação da Casas-Museu estarão concluídas. Com a renovação o ambiente envolvente das casas será melhorado, graças à pintura das facha-das e reparação de janelas, mas também devido à optimização da iluminação. O orçamento das obras foi de cerca de 6,4 milhões.

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A edição de 2015 foi marcada pelo limite horário devido ao barulho

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Quarta-feira, 07 de Setembro de 201604 JTM | LOCAL

A aposta do Fundo para o Desen-volvimento das Ciências e Tec-nologia na concepção de Macau

enquanto cidade inteligente vai passar, para já, pelo sector dos transportes.

Nesse sentido, foi criada uma comis-são inteiramente responsável pelo projec-to de cidade inteligente que acompanha-rá toda a fase de desenvolvimento. “O Conselho de Administração do Fundo tem recebido muitos pedidos de inves-tigação para várias áreas”, disse o presi-dente do Conselho de Administração do Fundo.

Ma Chi Ngai referiu ainda que em re-lação à cidade inteligente foi aplicado o “método de investigação temática, isto é, convidámos várias instituições e, neste momento, estamos a estudar o transporte inteligente”.

Em Novembro, o Conselho irá emi-tir diversos requisitos de investigação e, através de programas de subsídio, vai convidar diversas instituições de pesqui-sa e académicas para participar. “Vamos também ter um conselho de consultores para escolher os pedidos que mais se ade-quam ao nosso desenvolvimento. Duran-te um ano vamos fazer esse relatório”, notou Ma Chi Ngai.

Numa próxima fase, serão escolhidas as “mobilidades inteligentes” mais apro-priadas financiando essas empresas para que desenvolvam os projectos no telemó-vel ou outros diapositivos.

Além disso, vincou, já “realizámos visitas, convidámos representantes de zonas mais avançadas nesta área, como Barcelona. Temos coordenado com vários serviços públicos. Assistência médica, tu-rismo, deslocação e transporte, entre ou-

APOIO DO GOVERNO ÀS TECNOLOGIAS ENTRA EM “NOVA FASE”

Transporte inteligente é o próximo passoO Conselho de Ciência e Tecnologia vai seleccionar, em Novembro, o projecto de “mobilidade inteligente” mais apropriado para cumprir a meta que visa tornar Macau numa cidade inteligente. Além disso, foi criada uma comissão coordenada pelo vice-reitor da UM, Rui Martins, que marcará uma “nova fase” dos apoios do Governo às áreas da ciência e tecnologia a partir da exploração dos projectos já desenvolvidos pelas universidades

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JTMCatarina Almeida

tros, são as áreas ligadas ao projecto de cidade inteligente”, indicou.

Uma “nova fase”para a investigação

Por sua vez, foi também criada uma comissão na área da universidade, indús-tria e colaboração em termos de investi-gação cuja coordenação ficará a cargo de Rui Martins, vice-reitor da Universidade de Macau (UM).

“A ideia é também que esta comissão tenha a participação de membros do Go-verno e organismos que poderão estar envolvidos nessa área, como a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego ou o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais”, acrescentou o responsável.

Aos jornalistas, Rui Martins expli-cou que os apoios do Governo às áreas da ciência e tecnologia vão entrar numa

“nova fase”. “Com o desenvolvimento que foi efec-

tuado nas universidades ao longo deste tempo, [vamos] ver quais são os projectos desenvolvidos e que levaram, no caso da Universidade de Macau (UM) e da Uni-versidade de Ciência e Tecnologia, à cria-ção de algumas patentes internacionais, que se poderão explorar comercialmen-te”, anunciou.

Sendo áreas que poderão fazer a di-ferença em Macau, Rui Martins explicou ainda que há outras também “potenciais” e que estão a ser desenvolvidas pelas duas instituições académicas. “O nosso objectivo principal é identificar algumas áreas que tenham capacidade para serem desenvolvidas comercialmente”, indicou o responsável.

Na UM destacam-se os projectos de-senvolvidos pelos Laboratórios de Refe-

rência do Estado na medicina chinesa e electrónica. “Estamos numa fase em que temos cerca de 30 patentes aprovadas” o que numa fase posterior pode levar à criação de empresas com os alunos que trabalharam nesses projectos.

Noutro prisma Rui Martins explicou que o conceito de cidade inteligente com-preende a aplicação de algumas tecno-logias que existem ao serviço da RAEM, uma vez que ainda não há nada de mui-to definido. “Por exemplo, falou-se do passe electrónico de Hong Kong que dá para circular por todos os transportes e isso poderá ser uma possibilidade”, disse à margem da 14ª Reunião Ordinária do Conselho de Ciência e Tecnologia.

No fundo, o que se pretende imple-mentar é a “organização de uma cidade em termos inteligentes”.

“Por exemplo, informação àcerca dos transportes, movimento de autocarros, de trânsito, relação com parques de esta-cionamento, onde há mais tráfego, etc”, disse.

De acordo com Rui Martins, a própria UM já elaborou projectos nesta linha, tais como o mapa electrónico da cidade dis-ponibilizado pelos Serviços de Turismo ou ainda o “smart campus” que ainda está em fase de desenvolvimento.

“Estamos a tentar desenvolver o smart campus só na Ilha de Hengqin e essa implementação poderá ser um dos primeiros passos”, anunciou.

Com o “smart campus” pretende-se que “os alunos e professores, do ponto de vista electrónico, possam fazer tudo, deslocarem-se no campus, terem acesso a toda a informação da biblioteca (...). É tentar usar tudo o que é electrónica, tele-fones móveis ou cartões inteligentes para gerir tudo o que é vida universitária nor-mal”, concluiu o vice-reitor da UM.

Conceito de cidade inteligente vai passar pelo sector dos transportes

Aviso de reboque de veículos

Os veículos, abaixo indicados, são rebocados por violação de estacionamento, devendo os seus proprietários dirigirem rapidamente ao Comissariado de Trânsito do Corpo de Polícia de Segurança Pública para procederem ao pagamen-to para o levantamento dos veículos. Os veículos que não forem reclamados dentro do prazo de 90 dias, a contar do dia da publicação do presente aviso, serão considerados abandonados, e serão encaminhados para a entidade competente.

Matrícula dos veículos: ML -35-64, MH-28-02, MI-90-56, MI-27-57,MQ-71-85, MJ-74-21, MH-33-34, MG-62-79,MQ-82-63, MS-91-63, MH-99-92

Para mais informações, contacte: 28715596

Sociedade de Administração de Parques Foieng, Limitada

2016-09-07

“JTM” - 7 de Setembto de 2016

Cunmpriemnto de Obrigações Pecuniárias nº PC1-16-0190-COP Juízo de Pequenas Causas Cíveis

Autor: BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A., com a morada em Macau, na Avenida Almeida Ribeiro, nº 22.Réu/Ré: GARY PHILIP TAYLOR, última residência conhecida em Macau, na Rua de Bragança, edifício Jardim de Wa Bao, Bloco 4, 1º andar “W”, Taipa, Macau, ora ausente em parte incerta.

FAZ-SE SABER que pelo Juízo de Pequenas Causas Cíveis do Tribunal Judicial de Base da RAEM, correm éditos de TRINTA (30) DIAS, contados da data da publicação do anúncio, para citar o(a) Réu/Ré GARY PHILIP TAYLOR, querendo, no prazo de QUINZE (15) DIAS, findo o dos éditos, contestar a acção supra identificada, na qual pede que se julgue procedente e provada e em consequência condena o(a) Réu/Ré a pagar as dívidas, as despesas e os juros de mora na quantia de MOP$1.271,63 (Mil, Duzentas e Setenta e Uma Patacas e Sessenta e Três Avos), a que acrescem os juros que se forem vencendo, à taxa de juros convencionais, após a propositura da acção e até integral pagamento, o respectivo imposto de selo que sobre os mesmos incide e, ainda, as custas e condigna procuradoria, sob pena de não o fazendo no referido prazo, seguir o processo os ulteriores termos até final à sua revelia.

Tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial, que se encontra nesta Secretaria do Juízo de Pequenas Causas Cíveis, poderão ser levantados nas horas normais de expedintes.

Fica advertido(a) de que não é obrigatório(a) a constituição de mandatário judicial.

RAEM, 01 de Setembro de 2016.

A Juiz,Lap Hong Lou Silva

O Escrivão Judicial Auxiliar,Ng Pui Hong

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO DE PEQUENAS CAUSAS CÍVEIS

ANÚNCIO

1ª Vez “JTM” - 7 de Setembto de 2016

Proc. Ordinário de Execução nº CV3-15-0106-CEO 3º Juízo Cível

Exequente: BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A., sede em Macau, na Avenida Almeida Ribeiro, nº 22. Executado: JOEL EVANGELISTA SIMBULAN, ausente em parte incerta, com última residência conhecida em Macau, Avenida Dr. Sun Yat Sen, Edifício Pou Long Garden, Bloco 3, 4º andar AB.

O Mm. Juiz do 3º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Base da R.A.E.M..FAZ SABER que, pelo Tribunal, Juízo e processo acima referidos, correm

éditos de trinta (30) dias, a contar da segunda e última publicação do anúncio, citando o executado JOEL EVANGELISTA SIMBULAN, acima identi-ficado, para no prazo de vinte (20) dias, decorrido que seja o dos éditos, pagar aos exequentes a quantia de MOP$12.365.62 (Doze Mil, Trezentas e Sessenta e Cinco Patacas e Sessenta e Dois Avos) e legais acréscimos, ou no mesmo prazo, deduzir oposição por embargos ou nomear bens à penhora, sob pena de, não o fazendo, ser devolvido ao exequente o direito de nomeação de bens à penhora, seguindo o processo os ulteriores termos até final à sua revelia.

Tudo conforme melhor consta do duplicado da petição inicial que neste 3º Juízo Cível se encontra à sua disposição e que poderá ser levantado nesta Secretaria Judicial nas horas normais de expediente.

E ainda que é obrigatória a constituição de advogado caso sejam opostos embargos ou tenha lugar a qualquer outro procedimento que siga os termos do processo declarativo.

Macau, aos 26 de Julho de 2016.

O Juiz, Carlos Armando Carvalho

O Escrivão Judicial Auxiliar,Choi Chon Fong

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

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Quarta-feira, 07 de Setembro de 2016 JTM | LOCAL 05

A Companhia de Serviços de Rá-dio Táxi Macau venceu o con-curso público para a atribuição

de 100 licenças para rádio-táxi, por ter apresentado “o conteúdo mais privi-legiado” como a disponibilização de acesso à internet sem fios, sistema de diagnóstico a bordo e centro de servi-ços de reserva, informaram os Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT).

Todavia, o resultado acabou por ser inesperado para o empresário David Chow que viu negada a sua proposta até porque, em Janeiro, a “Lai Ou” ficou a ser a única concorrente do concurso depois dos restantes dois candidatos - inclusive a vencedora - terem sido ex-cluídos do processo, ao incluírem nas propostas um documento que não reu-nia os requisitos.

Porém, e sem qualquer explicação pública, em Março a Companhia de Serviços de Rádio Táxi Macau acabou por ser readmitida.

Ao JORNAL TRIBUNA DE MA-CAU, David Chow garantiu que ainda não tinha sido notificado sobre o resul-

A empresa de David Chow ficou fora do concurso público de atribuição de 100 licenças para rádio-táxis. Ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, David Chow admite que vai analisar a justificação das autoridades para terem negado a proposta. Segundo o Governo, a concessão foi entregue à Companhia de Serviços de Rádio Táxi Macau por ter apresentado o “conteúdo mais privilegiado”

tado. “Sinceramente, não sei a razão pelo qual não fui aceite”, afirmou o em-presário que, no entanto, destacou que “o mais importante é que Macau tenha este serviço”.

Por agora, o empresário admite que vai aguardar uma justificação por par-te do Governo para clarificar o motivo que levou à exclusão da “Lai Ou” do concurso. “Eu e os meus sócios estamos à espera. Se o Governo tiver razão, va-mos aceitar mas, para já, reservo o meu direito de recurso”, sublinhou.

Entre os dois concorrentes aceites pelas Comissão de Abertura de Propos-tas, a Companhia de Serviços de Rádio Táxi Macau propõe cinco patacas por

EMPRESA “LAI OU” FORA DA CORRIDA PARA AS LICENÇAS DE RÁDIO-TÁXIS

David Chow reserva direito de recurso

chamada, além de não cobrar nada por reservas ou cancelamentos.

Por outro lado, a empresa de David Chow pretendia cobrar aos passageiros, incluindo uma taxa de chamada e uma taxa de hora marcada, de 15 patacas cada e ainda cinco patacas em caso de ausência de passageiros.

Em conformidade com as estipula-ções do contrato, a concessão à Compa-nhia de Serviços de Rádio Táxi Macau tem um prazo de oito anos.

O início da prestação de serviços está previsto para o primeiro semestre de 2017, em que darão entrada 50 novos táxis. A circulação dos restantes entra em vigor “no prazo de um ano após a data do início da operação”, explicou a DSAT.

Além disso, a concessionária terá de pagar anualmente à RAEM uma retri-buição, sendo que cada alvará tem um valor de seis mil patacas.

No contrato de concessão foram também estabelecidos os padrões de serviço do “número mínimo de veícu-los em operação” e o “rácio de atendi-mento das chamadas telefónicas”. Se a empresa não conseguir cumprir com os requisitos pré-estabelecidos fica sujeita

Viviana Chan

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OU

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ao pagamento de multas ou inclusive à cessação do contrato.

Chamar táxis via “WeChat”Após a divulgação do resultado do

concurso público, o director executivo da Companhia de Serviços de Rádio Táxi Macau, Cheong Chi Man, revelou que a companhia está a trabalhar na sua própria aplicação de telemóvel, via “WeChat”, através da qual se poderá chamar táxis.

Segundo o jornal “Ou Mun”, a com-panhia planeia introduzir ainda um sistema de pagamento electrónico nos seus táxis.

Cheong Chi Man já tinha referido que a companhia vai investir entre 70 a 80 milhões de patacas neste projecto, com vista a cobrar uma tarifa mais re-duzida de modo a atrair mais clientes.

Além disso, afirmou que a compa-nhia vai disponibilizar táxis do mode-lo “Alphard Toyota” com capacidade para sete passageiros permitindo redu-zir o número de carros em circulação.

De salientar que dos 100 rádio-táxis, cinco vão ter instalações para o transporte de deficientes e 10 terão capacidade para transportar bagagens de grande porte.

A partir de 1 de Outubro, a Companhia de Telecomunicações de Macau vai reduzir os preços da internet e banda larga até 46% e aumentar as velocidades para responder às necessidades da população

CTM vai reduzir tarifas até 46%

A Companhia de Teleco-municações de Macau (CTM) vai colocar em

prática uma redução das tarifas de internet e banda larga, já a partir do próximo mês.

De acordo com uma nota de imprensa, “a partir de 1 de

Outubro de 2016 as tarifas de internet serão significativamen-te reduzidas até ao máximo de 46% com uma descida média de 24%”. Estas novas tarifas apli-cam-se à banda larga residen-cial e comercial, bem como ao serviço de fibra. A redução para

mensalidades de fibra domésti-ca atinge os 37%.

Com as novas tarifas, todos os serviços de internet residen-cial e comercial irão beneficiar de uma melhoria na velocida-de. Assim, serviços de internet com velocidades de 25M e 10M foram uniformizados para 50M. Para as Pequenas e Médias Em-presas a velocidade máxima será de 550M.

Citado pela Rádio Macau, Vandy Poon, CEO da empresa, disse que não é a primeira vez

que é feita uma redução, não es-tando esta ligada às críticas dos deputados. “Na verdade, faze-mos revisões regulares com o Governo e desde o início do ano, independentemente das opi-niões da Assembleia Legislativa, já começámos o trabalho para a revisão dos preços”, afirmou, acrescentando que a operado-ra “recebe sugestões de várias fontes” e não tem “uma atitude passiva”.

O presidente rejeitou tam-bém acusações de que a CTM

impede outras empresas de entrar no mercado local, salien-tando que tem “colaborado, incluído e criado as condições para que as operadoras entrem no mercado sem qualquer resis-tência.”

O CEO prevê que as receitas anuais dos serviços de banda larga diminuam 20%, situando--se actualmente nos 300 milhões de patacas. Desde 2015 que a co-bertura de fibra óptica da CTM no território é de 100% e excede os 52 milhões de metros.

TaxiGo concorreu mas foi excluída

A companhia TaxiGo, com o mesmo nome da aplicação de telemóvel, apresen-tou-se a concurso público para a concessão de licenças especiais mas viu a sua proposta recusada pelo facto dos documentos não reunirem os requisitos. Ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, o director de estratégia da TaxiGo, Kyle Ho, afirmou que começou a trabalhar na empresa depois do concurso público. Desse modo, neste momento a estratégia “é diferente”.

A vencedora do concurso público apresentou inicialmente este modelo de carrinha

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Quarta-feira, 07 de Setembro de 201606 JTM | LOCAL

Os Serviços de Turismo garantiram que vão gerir o projecto de remodelação do Museu Grande Prémio de Macau sem recorrer a fundos privados, depois do deputado Si Ka Lon ter apresentado as vantagens em avançar com uma parceria público-privada. Não obstante, o Governo tenciona cooperar com entidades privadas nas actividades de promoção e projectos especiais após as obras

As autoridades da RAEM preten-dem remodelar o actual Museu do Grande Prémio de Macau

com um orçamento de 300 milhões de patacas, o que pode envolver o eventual “desperdício” dos fundos públicos, la-mentou o deputado Si Ka Lon sugerindo ao Governo que a execução do projecto seja feita no âmbito de uma parceria pú-blico-privada.

Para o deputado, a parceria entre o Governo e entidades privadas pode per-mitir, para além de poupar a despesas avultadas, incentivar à criatividade de toda a sociedade civil, no sentido de ga-rantir um efeito positivo de investimento.

Em resposta, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) garantiu que não vai cooperar com outras companhias ou enti-dades privadas na remodelação do novo Museu Temático do Grande Prémio, su-blinhando que o museu esteve sempre sob a alçada do Governo nas últimas duas décadas.

Embora seja afastado o modelo da parceria público-privada que, segundo o deputado, tem sido adoptado em teatros e museus de vários países ocidentais, a DST mostrou-se aberta a colaborar com diferentes entidades, associações ou em-presas privadas em termos de divulga-ção, após a remodelação do museu e os projectos especiais.

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DST CONFIANTE NO PROJECTO DE 300 MILHÕES

Privados fora da remodelação do Museu do Grande Prémio

Por outro lado, Si Ka Lon falou ainda sobre os receios dos cidadãos que, refe-re, têm sérias dúvidas se a remodelação merece de facto um investimento de 300 milhões.

Sobre este ponto, a DST dizimou qual-quer dúvida evidenciando o papel único e importante do Grande Prémio, que vai entrar na 65ª edição, para a imagem de Macau enquanto “Centro Mundial de Turismo e Lazer” e o peso que representa para o desenvolvimento da cidade a lon-go prazo.

Por outro lado, face às necessidades actuais e futuras do mercado, a remode-lação do espaço que funciona actualmen-te como Museu do Grande Prémio é ade-quada e necessária pois são instalações com mais de 20 anos.

Recorde-se que a remodelação do Museu Temático do Grande Prémio vai consistir na expansão, seis vezes superior à actual área de exposição, para 16 mil metros quadrados.

O interior do museu terá uma zona de exibição de carros de corrida, zona de cinema, estátuas de cera, zona cultural e criativa e ainda um espaço direcciona-do para as famílias com simuladores do Grande Prémio.

Segundo a DST, a remodelação do Museu vai permitir aumentar o número de visitantes. R.C.

NOTIFICAÇÃO N.º 005/CM-GJN/2016(Decisões administrativas sancionatórias)

1 - Face a ausência ou insuficiênca da morada fornecida pelos interessados e pelo facto não se revelar ser possível notificá-los, pessoalmente, por ofício ou outra forma, tendo em vista ao cumprimento do regime e procedimento nos respectivos processos administrativos em curso, ao abrigo do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 52/99/M, de 4 de Outubro, do artigo 68.º e do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo (CPA), o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do CPA, notifica aos interesados abaixo discriminados, do conteúdo das respectivas decisões administrativas sancionatórias.

www.iacm.gov.mo

N.º de ordem

1455777889910121212

13

14

Nome

Yambao, Venus FernandezLegaspina, Mary Ann BurlazaAnyayahan, Rona LabayCollado, Marieta CruzMischelle Delmendo PalacayJulie Corpin FuentesMargarita Dalida AnabanZhang Zhiqian ( 张 志钱 )Chen, Hong Bang (陈 洪邦 )Li, Mingshun (李明順 先生 台啟)Aguelo, Francisca CabarrubiasCastro, Emma FuentesZuo Yonghui (左永會)Cui Ying (崔瑩)

Yao Libing (姚立兵)

Jessica Bayutas Ortega

Lin Jing (林婧)

N.º PassaporteXX5583xxxEA0005xxxXX5088xxxXX3892xxxEB0260xxxXX2410xxxXX4466xxxW42382xxxG31843xxxG48950xxxEB1013xxxEB0294xxxW46096xxxW59962xxx

W66228xxx

XX4480xxx

W94496xxx

Origem

FilipinasFilipinasFilipinasFilipinasFilipinasFilipinasFilipinas

R. P. ChinaR. P. ChinaR. P. China

FilipinasFilipinas

R. P. ChinaR. P. China

R. P. China

Filipinas

R. P. China

Auto de Notícia n.º

194/2013/C109/2011/C2/PPAP

147/2011/CT147/2011/CT224/2010/C3224/2010/C3224/2010/C3351/2010/C3351/2010/C3270/2011/C3230/2011/C2504/2013/C324/2013/C124/2013/C1

23/2013/C1115/2009/CT e 362/2009/CT

97/2015/C2

Data da infracção

15/09/201312/04/201102/09/201102/09/201110/07/201010/07/201010/07/201003/11/201003/11/201028/10/201116/10/201124/12/201317/01/201317/01/2013

17/01/2013

16/10/2009

17/04/2015

Data da decisão

14/01/201422/06/201101/12/201101/12/201113/09/201013/09/201013/09/201027/04/201127/04/201110/04/201210/04/201223/01/201416/08/201316/08/2013

16/08/2013

07/04/2010

16/09/2015

2 – Versa sobre os interessados, terem sidos interceptados a efectuar peditórios em espaços públicos sem a devida autorização administrativa, facto que viola o disposto no artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 47/98/M, de 26 de Outubro.

3 – Assim, por terem violado aquela disposição legal, foi-lhes aplicada a multa de MOP15.000,00 (quinze mil patacas), isto de acordo com a alínea c) do artigo 46.º do Decreto-Lei n.º 47/98/M, de 26/10/1998, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 10/2003.

4 – Contra decisões, os infractores, querendo, podem ao abrigo do artigo 153.º e seguintes do CPA, no prazo de 30 (trinta) dias contados a partir do dia seguinte ao da publicação da presente notificação, interpôr recurso hierárquico necessário para o Conselho de Administração do IACM e/ou, no mesmo prazo, recorrer contenciosamente para o Tribunal (TA) da RAEM.

5 – Findo o prazo sem que haja impugnação, os respectivos processos serão para efeitos de cobrança coerciva, remetidos para Repartição das Ex-ecuções Fiscais.

O Presidente do Conselho de Administração do IACM,

José Maria da Fonseca Tavares

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Quarta-feira, 07 de Setembro de 2016 JTM | LOCAL 07

RESTANTES SERVIÇOS PÚBLICOS ESTÃO ISENTOS

Funcionários do IACM não escapam à avaliaçãoOs funcionários do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais vão continuar a estar sujeitos a uma avaliação geral de competências, apesar dos restantes serviços públicos estarem isentos da medida. Os Serviços de Administração e Função Pública não voltam com a palavra atrás mas admitem espaço para ajustamentos

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UIVOA deputada Kwan Tsui

Hang considera injusto o facto dos funcionários

do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) serem obrigados a sujeitaram-se a uma avaliação geral, já que os restantes serviços públicos estão isentos dessa restrição.

A vigorar desde Junho, o “Regime de recrutamento, se-lecção e formação para efeitos de acesso dos trabalhadores dos serviços públicos”, prevê que to-dos os candidatos sejam obriga-dos a participar no concurso de gestão uniformizada, segmenta-do em duas etapas, sendo a pri-meira a avaliação geral de com-petências integradas promovida pelos Serviços de Administra-ção e Função Pública (SAFP).

Numa segunda fase, os qua-lificados serão submetidos à avaliação das suas competências profissionais ou funcionais, or-ganizada pelos departamentos que tenham vagas de trabalho.

No entanto, o mesmo regime permite a dispensa da primeira etapa para os funcionários pú-blicos que estão no posto, entre os quais os trabalhadores que foram recrutados ao abrigo de

estatutos privados, incluindo os do IACM.

Em resposta à deputada, os SAFP fizeram questão de man-ter esta distinção, salientando que estão isentos da avaliação

todos os funcionários que de-sempenham funções específicas e reguladas por diploma pró-prio, consultores ou trabalhado-res que exerçam funções técnicas especializadas.

Deste modo, a avaliação con-tinuará a ser uma obrigatorieda-de para os funcionários da Fun-dação Macau (FM), do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM),

a Autoridade de Aviação Civil (AACM), a Autoridade Monetá-ria (AMCM), a Universidade de Macau (UM) e Instituto Politéc-nico (IPM), afirmaram os SAFP.

O mesmo Serviço reconhe-ceu, porém, que há diferenças entre o Regime das carreiras dos trabalhadores dos serviços públicos e o Estatuto dos traba-lhadores do IACM e face às dis-paridades encontradas, os SAFP garantiram que serão efectua-dos estudos para ajustar e uni-formizar os dois regimes.

Por outro lado, Kwan apon-tou o dedo à segunda etapa do concurso de gestão uniformiza-da, nomeadamente à avaliação de competências profissionais que, na sua perspectiva, pode abrir portas para uma selecção “desleal” entre os diferentes candidatos.

Sobre esta questão, os SAFP garantem que os candidatos que têm capacidades para passar à segunda fase são depois con-frontados com novos métodos e critérios de selecção. Além dis-so, foi reiterado que existe um sistema de queixas, caso o can-didato se sinta injustiçado.

R.C.

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Quarta-feira, 07 de Setembro de 201608 JTM | LOCAL

O reconhecido festival de cinema KINO vai estrear-se no território na Cinemateca Paixão entre 8 e 16 de Outubro. Em cartaz, estarão oito filmes alemães desde clássicos e curtas metragens originais, destacando-se duas obras de Wim Wenders e a presença da realizadora Doris Dörrie

Entre 8 e 16 de Outubro a Cine-mateca Paixão vai receber o Festival Internacional de Cine-

ma KINO, que pela primeira vez traz uma mostra ao território.

O programa oficial incluiu oito fil-mes germânicos e uma conversa sobre cinema, com o crítico local Leong I On.

Este evento, organizado pela Asso-ciação Audio Visual Cut e o Instituto Goethe de Hong Kong, tem como ca-beça de cartaz duas obras do concei-tuado realizador Wim Wenders, “Pa-ris, Texas” e “Asas do Desejo”. Visto como uma das maiores figuras do movimento do novo cinema alemão e com uma criatividade incessante, Wim Wenders ganhou um estatuto de relevo quando apresentou o do-cumentário em 3D sobre a coreógrafa Pina Bausch e um outro filme no mes-mo formato, sobre fotografia, o qual recebeu boas críticas.

No dia 9 de Setembro, a realizadora Doris Dörrie, vencedora da categoria de melhor filme nos Prémios de Cinema alemães, toma as rédeas ao programa com o filme “Fukushima Mon Amour”. Este filme retrata a viagem de uma jovem alemã pela zona proibida de Fukushima e a amizade com uma antiga gueixa. Com imagens a preto e branco subtis, a película tem uma voz muito própria so-bre os pontos de vista da personagem. A realizadora estará no território para uma troca de impressões com o público após a apresentação do filme.

O programa inclui ainda “Babai” e os “Detectives da Massa” numa com-ponente mais direccionada para as fa-mílias. O primeiro filme, duplamente premiado no Festival de Cinema de Munique, conta a história de um jo-vem rapaz que embarca numa viagem a partir do Kosovo pré-guerra até à Alemanha para encontrar o pai.

Já os “Detectives da Massa” tam-bém ganhou o prémio de Melhor Filme para Crianças e Jovens no Festival de Cinema Alemão por seguir a hilariante

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OITO PELÍCULAS PARA ENCHER O OLHO

Cinemateca recebe festival alemão KINO

aventura de um rapaz que pensa que o amigo foi raptado e o tenta salvar.

Ainda no género de comédia, o pú-blico poderá ver “Bornholmer Straße” baseado numa história real que acon-teceu na noite e 9 de Novembro de 1989, no “checkpoint” entre as duas “Alemanhas”, depois de Günter Scha-

bowski ter anunciado que os cidadãos da República Democrática Alemã po-diam sair do país quando desejassem.

Já o filme “Quatro Reis” é uma “es-preitadela” ao mundo de quatro ado-lescentes numa unidade de urgência psiquiátrica no dia de Natal.

O festival vai ainda incluir 10 curtas

metragens do “Short Export 2016” ex-plorando diversos temas como os di-reitos dos animais em formatos como ficção, documentário ou animação.

Os bilhetes foram ontem colocados à venda na Cinemateca Paixão, Livra-ria Pin-to e no website da easyticket.

L.F.

Dúvida/Esperança” é a primeira exposição do fotógrafo Wilson Caldeira no território numa mostra representativa da transição da sua vida

de Portugal para Macau. “ ‘Dúvida’ é a primeira parte da exposição compos-

ta por fotografias tiradas em Portugal nos sete meses anteriores à vinda para Macau, um género de adeus. Já o capítulo ‘Esperança’ é sobre Macau e o novo mundo que tenho pela frente e os resultas que esta cultura me pode trazer”, disse Wilson Caldeira em comunicado de imprensa.

Para o artista, “o Mundo está a mudar e Macau tam-bém. Dos dois lados do oceano os portugueses e ma-caenses devem partilhar experiências artísticas, apren-der uns sobre os outros e contribuir para enriquecer esta lindíssima miscelândia de culturas e história”.

Segundo explica, o seu trabalho explora os locais

onde vive, a família e amigos, detalhes da sua vida diária, sem regras, deixando o trabalho seguir o seu ca-minho até que encontra “imagens correctas para criar as narrativas”. A sua inspiração vem da literatura, mú-sica e cinema, confessa.

“Na cultura visual de hoje, somos constantemente bombardeados por milhões de imagens todos os dias e a fotografia nunca foi tão democrática quanto hoje, com todos os equipamentos, telemóveis e máquinas fo-tográficas digitais baratas”, afirma, acrescentando que as suas preocupações não estão ligadas a uma questão tecnológica. “O meu objectivo é explorar a fotografia como canal de comunicação, onde podemos expressar--nos e questionar o mundo em que vivemos”, lê-se na nota de imprensa.

O fotógrafo considera que se deve “abraçar o conceito de globalização e tomar partido das diferentes culturas”.

Uma mostra fotográfica do “adeus” a PortugalO fotógrafo Wilson Caldeira vai apresentar durante oito dias uma exposição, que retrata o “adeus” a Portugal antes de vir para Macau e as suas experiências nesta região que o acolheu. Na sua opinião, portugueses e macaenses devem partilhar arte para enriquecer ainda mais a mistura de culturas local FO

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“Dúvida/Esperança” vai estar patente no Macau Design Center entre os dias 10 e 18 de Setembro.

Fukushima Mon Amour” da realizadora Doris Dörrie

“Detectives da Massa” é uma história sobre amizadeEm “Babai” um rapaz parte à procura do pai

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Quarta-feira, 07 de Setembro de 2016 JTM | LOCAL 09

Chan Chong Hei, Un Lok I e Cheong Kit Pan são três jovens artistas locais com formas de expressão artística muito diferentes, mas que partilham a vontade de divulgar a cultura tradicional chinesa. As obras dos três vencedores do Prémio Novos Talentos estão patentes na Galeria Ho Yin, do Clube Militar

Com apenas nove anos de ida-de, Chan Chong Hei começou a aprender pintura chinesa e com

o evoluir do tempo as paisagens torna-ram-se nas figuras centrais de todas as suas obras, mas sempre com um toque especial chinês.

“Gosto de desenhar as paisagens porque, hoje em dia, os jovens vivem num mundo cada vez mais informati-zado e, com a minha forma de pintar, quero mostrar que é importante ter um contacto directo com a natureza, com o que é real”, explicou ao JORNAL TRI-BUNA DE MACAU.

Além da obra que lhe mereceu um lugar no pódio do Prémio Novos Ta-lentos, Chan Chong Hei apresenta também outras obras da mesma linha. “Quando as pessoas vêem a minha pin-tura, se gostarem, quase de certeza que querem ir ao sítio que estou a retratar. Isso é bom”, destacou o artista.

Vencedor pela segunda vez no con-curso promovido pelo Instituto Cultu-ral, Chan Chong Hei encara a distinção como uma forma de “encorajamento”.

O caso de Un Lok I é ligeiramente diferente. A artista foi distinguida pela técnica de desenho com caneta, con-tudo, é naquilo que desenha que está a diferença. “Normalmente recorro ao corpo humano para expressar o que pretendo divulgar”, referiu.

Catarina Almeida

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A cooperação “bem su-cedida” entre a MGM China e 145 Pequenas e

Médias Empresas (PME’s) locais totalizaram mais de 55 milhões de patacas, desde Novembro, aquando da criação da primeira sessão de negócios, informou a operadora.

A quarta sessão trimestral, realizada no início do mês, con-tou com a participação da Asso-ciação de Jovens Empresários de Macau (MYEA, na sigla inglesa) a fim de explorar oportunidades de negócio.

De acordo com Kevin Ho, presidente da MYEA, a asso-ciação teve acesso a “melhores conhecimentos” sobre os pro-dutos, serviços e capacidades de cooperação para aplicar em projectos futuros.

“A geração mais jovem está

PARCERIAS COM PME’S LOCAIS ULTRAPASSARAM 55 MILHÕES DE PATACAS

MGM e Jovens Empresários exploram sinergiasA Associação de Jovens Empresários de Macau está a explorar oportunidades de negócio e de cooperação com a MGM China. O encontro realizou-se no âmbito do programa de acordos entre operadora de jogo e as Pequenas e Médias Empresas (PME’s) locais, iniciativa que já ascendeu os 55 milhões de patacas

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ansiosa para crescer como em-presários. No entanto, os jovens podem não ter a certeza sobre como explorar as oportunidades de negócio ou como começar parcerias com grandes corpora-ções”, sublinhou.

No encontro, participaram também membros do departa-mento de Recurso Humanos e Tecnológicos da operadora de jogo. Além disso, Kevin Ho en-fatizou que se “abriu uma porta para que se possam aprender os procedimentos e critérios de adjudicação e discuti-los com a equipa da MGM, criando assim uma base positiva para a futura cooperação”.

Melco Crown maispróxima das PME’s

A operadora Melco Crown também está a apostar nas siner-

gias com as PME’s locais, uma estratégia que se materializou numa visita guiada da Asso-ciação Comercial do Design de Interiores de Macau ao “City of Dreams”.

Segundo a Melco Crown, a visita permitiu providenciar à associação uma “imagem clara” sobre os processos de aquisição da empresa, e ainda informações sobre as oportunidades de negó-cio que surgirão.

Ted Chan, director de opera-ções da Melco Crown, reiterou

que a empresa se “comprome-teu” a apoiar as PME’s locais. “Estamos muito interessados em trabalhar passo-a-passo com as associações locais fornecendo--lhes mais oportunidades de ne-gócio”, destacou Ted Chan.

“Acreditamos que a visita guiada é uma ferramenta pode-rosa para que as PME’s possam conhecer as nossas necessidades de aquisição. É também um ca-nal de comunicação eficaz para facilitar uma cooperação estrei-ta”, acrescentou o responsável.

Por sua vez, Michael Ho, pre-sidente da Associação Comer-cial do Design de Interiores de Macau evidenciou que a expe-riência da visita guiada significa o primeiro contacto entre as duas partes. “Forneceu-nos informa-ções úteis sobre os procedimen-tos de aquisição da Melco Crown e projectos futuros. Acreditamos que esta visita seja um exemplo para as grandes empresas que procuram oferecer oportunida-des semelhantes às PME’s lo-cais”, concluiu.

MOSTRA DE ARTISTAS LOCAIS NO CLUBE MILITAR

Divulgar a cultura chinesa através da arte

Aficionada pelos livros sobre estru-turas musculares, Un Lok I admite que vai buscar a inspiração de variadas for-

mas. “Depende também do meu estado de espírito. Se, porventura, cruzar-me com uma paisagem ou algo que me des-

perte felicidade recorro a essas imagens e transponho-as nas telas”, começou por explicar. “[A inspiração] pode tam-bém nascer de algum lugar por onde tenha passado e, depois disso, trans-mito as minhas sensações nos quadros. Depende muito de quando estou a pin-tar”, disse.

A mostra patente na Galeria Ho Yin, do Clube Militar, engloba também uma série de trabalhos de caligrafia chinesa concebidos por Cheong Kit Pan.

Esta forma de expressão artística entrou na vida do jovem quando tinha apenas seis anos, algo que já é partilha-do por outros familiares. “O meu irmão também pratica caligrafia chinesa mas o seu trabalho é muito diferente do meu até porque sou muito mais dedica-do a este tipo de trabalhos do que ele”, apontou Cheong Kit Pan.

O também vencedor do Prémio No-vos Talentos sublinha a importância da sociedade contemporânea perceber que é preciso ir mais-além, e dar impor-tância ao que é tradicional. “Devemos perceber que o lado mais tradicional e até mesmo rural, de certa forma, é igualmente bonito e interessante”, dis-se alertando que “os jovens estão mui-to viciados nas tecnologias e não dão muita importância ao que é tradicional, mesmo em termos artísticos”, concluiu.

A mostra “Obras Premiados dos Novos Talentos” ficará patente no Clu-be Militar até 28 de Setembro, com en-trada livre.

Para a Associação de Jovens Empresários o encontro ajudou a criar uma “base positiva” para futuras cooperações

Chan Chong Hei, Un Lok I e Cheong Kit Pan foram os vencedores do Prémio Novos Talentos

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10 JTM | DOSSIER Quarta-feira, 07 de Setembro de 2016

No Brasil foi o segundo Presidente a ser destituído (o primeiro foi Fernando Collor de Mello) todos conhecem as razões do processo de impeachment de Dilma Roussef,. Mas quem era verdadeiramente a “Presidenta”? Com as opiniões dos amigos e dos opositores traçamos aqui o retrato de uma mulher que nasceu em família de classe média tornou-se rebelde e opositora à ditadura militar que governou o Brasil por mais de duas décadas, e que chegou ao mais alto cargo do país com a fama de “gerentona” até ser destituída

Em 2008, estava diante dos senadores para negar acusações de que um dossiê contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

havia sido ilicitamente preparado dentro do Pa-lácio do Planalto. Na ocasião, arrancou aplausos até mesmo de quem agora é contra ela ao contar as mentiras que contou sob tortura para proteger companheiros durante a ditadura.

“Qualquer comparação entre ditadura e de-mocracia só pode partir de quem não dá valor à democracia brasileira. Eu tinha 19 anos e fiquei três anos na cadeia. Fui barbaramente tortura-da. Qualquer pessoa que ousa dizer a verdade para seus interrogadores compromete a vida dos companheiros, entrega-os para serem mortas. Eu tenho orgulho de ter mentido. Mentir na tortura não é fácil. (...) e isso faz parte da minha biogra-fia”, disse, em resposta ao senador oposicionista José Agripino Maia (DEM-RN), que quis saber se ela falaria a verdade naquele Maio de 2008.

Oito anos depois, Dilma voltou ao Senado novamente para se defender, ainda que numa si-tuação diferente. Durante cerca de 13 horas, a ex--presidente respondeu perguntas dos senadores sobre as acusações de ter manobrado as contas públicas para cobrir um déficit orçamentário - as tais “pedaladas” que fundamentaram o processo de impeachment.

Numa quarta-feira, dois dias após enfrentar os seus julgadores, a primeira mulher eleita e reelei-ta presidente do Brasil foi afastada definitivamen-te do cargo. Votaram pelo impeachment de Dilma 61 senadores, enquanto outros 20 se posiciona-ram contra. O presidente interino Michel Temer ocupou o cargo; Dilma anunciou que vai recorrer e milhares de pessoas, em São Paulo vieram para a rua apoiá-la.

‘As muitas Dilmas’Nascida em 14 de Dezembro de 1947 numa

família de classe média alta em Belo Horizonte, Dilma Vana Rousseff defendeu a luta armada para derrubar a ditadura, foi presa e torturada, formou-se em economia e ocupou cargos nos go-vernos do PDT e do PT no Rio Grande do Sul.

Ministra de Minas e Energia e, depois, da Casa Civil, ganhou espaço no governo Lula quando membros históricos do PT (chamados no Brasil de petistas) foram acusados de corrupção. Foi eleita e reeleita presidente do Brasil no rastro da popularidade do ex-presidente, sem ter disputa-do nenhum outro cargo electivo.

“Ela sempre foi uma figura mais técnica que uma líder pública. Mas há muitas Dilmas numa só”, observa o deputado federal Chico Alencar, que fez oposição ao governo da petista, mas foi contra o impeachment.

Segundo o deputado, há a “Dilma da resistên-cia, dona de uma coragem rara”; há aquela “que não confirmou a fama de boa administradora”; há ainda a «gerentona” (pessoa dura), às vezes irascível, que se apega a detalhes, centraliza as ta-refas do dia a dia e distribui críticas em público, até mesmo diante de câmaras.

Quem a conhece mais de perto, contudo, diz que ela não faz jus à fama de líder dura. Segun-do a amiga e ex-ministra Eleonora Menicucci, a ex-presidente é solidária, dona de um humor sarcástico e adora distribuir apelidos. Ainda em 2008, o então líder do PMDB Henrique Eduardo Alves pediu-lhe para melhorar o “jogo de cintu-ra” fapelando a que Dilma deixasse de ser uma chefe “dura cercada por homens meigos”.

‘Dilminha’ e a verdadeira Dilma Quando criança, Dilma pensava em ser bai-

laria ou do Corpo de Bombeiros. Ser presidente nunca esteve nos seus planos infantis, conta o jornalista Ricardo Batista Amaral no livro “A vida quer é coragem” (ed. Primeira Pessoa, 2011).

Dilma passou a infância e a adolescência em Belo Horizonte. Foi baptizada com o mesmo nome da mãe e ganhou Vana como segundo nome, uma homenagem à irmã do pai, o búlgaro Pedro Rousseff.

Por isso, logo depois de ser eleita, em 2010, a mãe da Presidente esclareceu em entrevista ao jornal O Globo: “A verdadeira Dilma Rousseff sou eu, a Dilminha é a Dilma Vana”.

Dilminha era a segunda filha do casal Dilma e Pedro. Igor nasceu 11 meses antes de Dilma e ganhou fama de “hippie” por ter optado por vi-ver numa pacata vila no interior de Minas. Anos depois, veio Zana Lívia, a irmã mais nova, que morreu em 1977.

O pai de Dilma, Petar Rusev, tinha 29 anos quando fugiu da Bulgária, deixando para trás a mulher grávida - Dilma chegou a corresponder-se com esse irmão, mandou-lhe dinheiro, mas nunca o conheceu pessoalmente.

O pai de Dilma passou pela França, onde mu-dou a grafia do próprio nome, e pela Argentina antes de se estabelecer no Brasil. Quando se casou com a mãe de Dilma, uma professora primária nascida na serra fluminense e criada em Uberaba, no Triângulo Mineiro, Pedro tinha 46 anos, 20 a mais que a esposa.

Construíram a vida na zona sul da capital mi-neira e ofereceram aos filhos uma vida com luxos de classe média alta. Dilma e os irmãos frequen-tavam o Minas Tênis Clube, onde aprenderam a nadar, jogar voleibol e ténis, passavam as férias na praia, em Guarapari, e tinham aulas de piano em casa.

Com o pai, Dilma costumava viajar para as-sistir a peças de teatro e óperas, tomando gosto pelas artes clássicas. Não raro encontrava tempo nas viagens internacionais para ir a museus ou a apresentações de ópera.

Estudou num tradicional colégio católico para moças, o Sion, que depois passou a chamar-se Santa Doroteia. Não quis ser professora como a mãe e preparou-se para estudar no Estadual Cen-tral, colégio público onde estudaram notáveis como os ex-presidentes Getúlio Vargas e Artur Bernardes.

No acervo do Estadual Central está a pasta de Dilma com seus boletins, atestados médicos e his-tóricos de transferência. O acesso é restrito e a es-cola informa que só abre a pasta com autorização da ex-aluna. Em 2012, contudo, o jornal Estado de Minas teve acesso aos documentos e publicou que em 1963, quando estudava no Sion, a melhor nota de Dilma foi 9,9 em trabalhos manuais. Tirou 8,2 em matemática e 7,45 em latim.

Já na nova escola, quando se formou, em 1965, a matemática foi sua pior nota: 5,83. Pediu ao di-rector da escola a chance de fazer uma nova pro-va, já que tinha perdido o exame porque estava doente.

Rebelde, militante e prisioneiraAmigos de infância contam que ainda crian-

ça por vezes faltava à missa ou fugia às aulas. Os mais fortes traços de rebeldia, contudo, vieram mais tarde, em meados de 1965, quando passou a frequentar a Pensão da Odete, reduto de militan-tes e revolucionários contra a ditadura.

Terá sido ali que Dilma conheceu Cláudio Ga-leno Linhares, que já tinha uma passagem pela prisão por actividades subversivas e era um dos líderes da organização Polop (Política Operária). O namoro começou numa sessão de cinema, pas-sou a militar com Galeno, ajudando a fundar o Colina (Comando de Libertação Nacional) e, em 1967, casaram-se no civil.

A mãe emprestou-lhes um amplo apartamen-to, no centro de Belo Horizonte, para morarem. Depressa se transformou no ponto de encontro para preparar acções contra o regime militar.

Depois da assinatura do Ato Institucional número 5, o AI-5, que abriu a perseguição aos oposicionistas, Dilma e Galeno viram-se obrigados a viver na clandestinidade. Ela abandonou faculdade de eco-nomia e os dois fugiram para o Rio onde, inicialmente, fica-ram na casa de uma tia de Dilma.

A Colina se uniu à Vanguarda Popular Re-volucionária e mudou de nome. Virou VAR--Palmares, depois houve discórdias. Galeno e Dilma separaram-se. Ela ficou no Rio e de-pois seguiu para São Paulo. Galeno foi para o Rio Gran-de do Sul, onde se-questrou um avião que conseguiu aterrar em Cuba.

Dilma conheceu ou-tro militante, Carlos Araújo (Max), e houve casamento cele-brado num esconderijo.

Na clandestinidade Dilma pas-sou a ser Estela, Wanda e Luiza. Aprendeu a montar e desmontar uma espingarda de olhos fechados, mas não há notícia de se ter envolvido nas acções armadas das organizações em que militou.

Esteve sempre directamente ligada à mobi-lização estudantil e operária. Ainda assim foi de-finida por alguns dos seus algozes como “a Joana D’Arc da subversão”.

Em São Paulo, Dilma acabou presa. Foi parar na sede Organização Bandeirantes (Oban), que reunia as polícias civis e os serviços secretos das Forças Armadas e onde havia sessões de choques, palmatórias, chu-tes e socos e onde es-teve 30 dias.

As várias faces de Dilma Roussef

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Quarta-feira, 07 de Setembro de 2016 JTM | DOSSIER 11

No Brasil foi o segundo Presidente a ser destituído (o primeiro foi Fernando Collor de Mello) todos conhecem as razões do processo de impeachment de Dilma Roussef,. Mas quem era verdadeiramente a “Presidenta”? Com as opiniões dos amigos e dos opositores traçamos aqui o retrato de uma mulher que nasceu em família de classe média tornou-se rebelde e opositora à ditadura militar que governou o Brasil por mais de duas décadas, e que chegou ao mais alto cargo do país com a fama de “gerentona” até ser destituída

As várias faces de Dilma RoussefDepois do período de “interrogatório”, Dilma

foi levada para a chamada “torre das donzelas”, local onde ficavam as presas políticas no presí-dio Tiradentes. Lá ficou presa preventivamente e aguardou o julgamento - aquele em que foi foto-grafada sentada numa cadeira, enquanto os que a condenaram tapavam o rosto.

A jornalista Rose Nogueira já estava no Tira-dentes quando Dilma chegou. Conheceram-se na prisão, e diz que Dilma “estudava sem parar. Era superdisciplinada. Gostava de economia e his-tória”. Os cerca de três meses que conviveu com Dilma no Tiradentes foram suficientes para a jor-nalista guardar muitos elogios e se emocionar ao falar do processo de impeachment. Nogueira es-tava no Palácio do Alvorada com Dilma e outras amigas no último jantar dela como presidente em exercício, antes do afastamento em maio. Conta que riram, recordaram histórias do passado e se lembraram dos apelidos que Dilma dava às ami-gas.

A socióloga Eleonora Menicucci também se lembra bem do dia em que chegou a Tiradentes e avistou Dilma, que conhecera em Belo Horizonte. O rosto familiar e a convivência com uma conhe-cida ajudou-a a suportar os dissabores atrás das grades. A mãe de Dilma visitava-a semanalmen-te, levava-lhe livros e queijo e encomendas para Menicucci.

Dos tempos de prisão, esta conta que Dilma era uma amiga solidária, mas uma péssima cozi-nheira. “Cozinhar não era o nosso forte, a nossa intenção era fazer a revolução, mas Dilma era um terror na cozinha e no dia dela de cozinhar a gen-te quase passava fome”, conta.

Depois da prisão, Menicucci foi para a Paraí-ba e Dilma, para o Rio Grande do Sul. A primeira ajudou a fundar o PT, a outra entrou para o PDT. “Mas nós nunca perdemos o contacto. Quando ela me convidou para ser ministra (das Mulheres, depois de eleita Presidente), hesitei. Ela disse-me que sobre esta matéria não tinha querer”.

Menicucci tem passado os dias no Alvorada, assim como outros ministros, dando apoio e

ajudando na defesa de Dilma. “Estar ao lado dela significa mostrar a minha

lealdade e a minha indignação com a in-

justiça”, argumenta.

A tecnocrata de laptopDepois de dois anos e sete meses presa, Dilma

escolheu viver no Rio Grande do Sul para ficar perto do segundo marido, Carlos Araújo, que cumpria pena na Ilha das Flores. Voltou a estudar, teve uma filha, Paula, com Araújo, e construiu a sua carreira no Sul. Formou-se em economia e militava no PDT.

O ex-governador do Rio Grande do Sul, Olí-vio Dutra, conta que se lembra de Dilma assesso-rando o sindicato da indústria do vestuário.

Nos anos 1980, Dilma foi secretária de Fazen-da na gestão de Alceu Collares na prefeitura de Porto Alegre. Anos depois, foi secretária de Mi-nas e Energia também de Collares no governo do RS. Foi chamada para o mesmo cargo na gestão de Olívio Dutra no governo gaúcho, graças a uma aliança entre o PT e o PDT.

Dutra lembra que, no final dos anos 1990, Dil-ma era uma das poucas a andar com um laptop a tiracolo. “Tinha uma base enorme de informa-ções”, recorda o petista que classifica a actuação de Dilma no seu governo como “eficiente”. Gos-tou tanto do seu trabalho que não aceitou a pres-são de Leonel Brizola para substituí-la, por causa de uma disputa interna no PDT.

A ditadura militar no Brasil durou de 1964 a 1985, sendo aprovada em 1988 uma Constituição que trouxe o país de volta à democracia e deu no-vas oportunidades aos anteriores oposicionistas.

Dilma e outros colegas acabaram por entrar no PT. No final de 2002, já tinha a fama de ter poupado o Sul ao racionamento de energia elé-trica obrigatório em todo território nacional. Foi, então, chamada a ajudar a formular o plano de governo de Lula para a área de energia e, em se-guida, a compor a equipa de transição.

Teria ganho o cargo de ministra de Minas e Energia justamente por abrir seu laptop numa reunião com o presidente e oferecer números e dados com vigor. Na mesma reunião, teria aler-tado Lula sobre previsões da equipe económica que considerava pouco precisas. Ganhou de vez a confiança do presidente recém-eleito.

‘Gerentona’Foi nomeada ministra de Minas e Energia e,

depois do escândalo do mensalão, subiu a chefe da Casa Civil. Ali, viu a fama de “gerentona” cor-rer pela Esplanada dos Ministérios. Nessa época, também era conhecida por se referir às pessoas como “querida(o)”, “minha filha (filho)”, ou “santa(o)” - expressões que foram, aos pou-cos, sendo usadas com menos frequência.

Virou a “Mãe do Programa de Aceleração do Crescimento”, o PAC e, assim, foi apre-sentada aos eleitores por Lula, que tentava construir sua sucessão. Era considerada por muitos “um poste”, pois nunca havia disputado cargo electivo, mas um poste com luminosidade: economista gradua-da, com história partidária e política.

Na Casa Civil, Dilma chegou a apa-recer no site do governo federal que tinha cursado mestrado e feito douto-ramento na Unicamp. Em 2009, a uni-versidade não reconheceu os títulos, dizendo que ela foi aluna dos progra-mas na Unicamp, mas não concluiu a elaboração da tese nem a defendeu. A então pré-candidata acabou por ad-mitir o erro no currículo e a informa-ção corrigida.

Outro episódio que Dilma nunca registou na sua biografia oficial foi a experiência como microempresária em Porto Alegre. Em sociedade com o marido, a cunhada e um sobrinho, abriu uma loja para vender bugigangas importadas do Panamá, principalmen-te bonecos de uma série de animação.

‘Presidenta’Quem escolheu Dilma para concorrer

ao Planalto foi Lula, ainda em 2009. Olívio Du-tra conta que foi o primeiro a conhecer a decisão. “Fiquei honrado por ser informado em primeira mão. Ele não me consultou, mas disse-me que a indicaria ao partido.

Apesar de ser filiada no PT, Dilma nunca es-tivera diretamente envolvida com as questões no interior do e por isso, muitos aceitaram a candi-datura com reservas, sem publicamente questio-narem a decisão de Lula.

Chico Alencar, ex-integrante da Comissão Na-cional do PT conta que não se lembra de Dilma nas reuniões do partido, mas Dutra contestou dizendo que “Dilma não é uma mera tecnocrata, sempre esteve envolvida com política. Ela não é de sorriso fácil nem de pancadinhas nas costas”.

A estratégia de Lula deu certo e Dilma der-rotou Serra na segunda volta em 2010. Nunca escondeu a preferência para que a chamassem de «Presidenta” e, ainda que a primeira leva de ministros tenha sido escolhida em parceria com Lula, Dilma passou a tentar impor sua marca.

Dos tempos da ditadura, guardou a aversão às fugas de informação. Até a sua agenda de viagens era difícil saber com antecedência. Os funcioná-rios temiam represálias se dessem qualquer tipo de informação.

Muitos também queixam-se que Dilma seria lenta a tomar decisões, por causa da personalida-de centralizadora e que se preocupava demasia-do com detalhes.

Eram frequentes as críticas públicas a assesso-res e ministros às vezes diante das câmaras. Há relatos de que levou ministros, assessores e fun-cionários do baixo escalão às lágrimas.

Numa ocasião, em 2013, Dilma concedia no Planalto uma longa conferência de Imprensa. A ministra da secretaria de comunicação à época, Helena Chagas, tentou encerrar a conversa. Dil-ma olhou para trás e disse que era ela quem de-cidia quando parava de falar e continuou a falar.

Aversão a improvisosDilma, ao contrário de Lula, nunca foi adepta

de discursos de improviso. Muitas vezes errou o nome e o partido de autoridades locais em via-gens pelo enorme Brasil. Quando tentava impro-visar, perdia-se no discurso, deixando as ideias iniciais e tornando partes do discurso sem senti-do. Isto, claro, foi motivo de chacota na internet.

Muitas vezes Dilma parecia mesmo deslo-cada do mundo fora dos palácios presidenciais. No primeiro mandato, parou de fazer reuniões de coordenação com os principais assessores e ministros. Deixou de dialogar directamente com movimentos sociais. Também não tinha paciência para ligar ou receber deputados e senadores com frequência.

Em 2013, milhares de pessoas foram às ruas protestar contra o aumento das tarifas de trans-porte público, e os protestos passaram a dirigir--se a Dilma cuja popularidade foi por aí abaixo. Como reacção, lançou os programas Mais Médi-cos e Ciência Sem Fronteiras e aprovou leis anti-corrupção. Conseguiu reeleger-se em 2014, numa disputada campanha que pareceu não ter fim.

Nos primeiros meses de segundo mandato en-frentou novos protestos, dessa vez directamente contra o seu governo e o PT, já na senda da Ope-ração Lava Jato. Na Câmara, membros de sua coaligação começaram a alinhar contra ela, e o vice-presidente Michel Temer também conspirou.

No momento em que mais precisou do Con-gresso, para legitimar um governo atacado em di-versas frentes, a Presidente não teve apoio. “Dilma tem um génio forte e nunca teve uma boa convi-vência com o Parlamento. Ela nunca foi parlamen-tar, o Legislativo tem uma lógica própria”, obser-va o deputado federal petista Devanir Ribeiro.

Dilma e osseus aliados chamam o impeach-ment de “golpe parlamentar”, “golpe branco” ou “golpe sexista”. Alguns admitem, no entanto, que na equação do impeachment há diferentes variá-veis, entre elas o «factor Dilma”.

“Tudo isto também tem que ver com a sua fal-ta de traquejo”, diz Chico Alencar.

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Quarta-feira, 07 de Setembro de 201612 JTM | ACTUAL

GABÃO

Um afro-chinês reclama PresidênciaFILIPINAS

“No problem”com os EUAO Governo das Filipinas disse hoje “não ter qualquer proble-ma com os Estados Unidos”, depois de o Presidente Rodri-go Duterte ter insultado Barack Obama, o que levou o chefe de Estado norte-americano a can-celar um encontro entre os dois. Duterte insultou Obama na noi-te de segunda-feira depois de o Presidente dos Estados Unidos ter criticado a sua ‘guerra’ con-tra as drogas que já causou a morte de 2.500 pessoas, antes de viajar para o Laos onde os dois líderes participam na cimeira da Associação de Nações do Su-deste Asiático (ASEAN). Após o incidente, Obama cancelou uma reunião bilateral que os dois ti-nham agendado. Num entrevis-ta à emissora filipina Duterte, o secretário executivo da Presi-dência das Filipinas, Salvador Medialdea, tentou desvalorizar a situação. “O Presidente Du-terte simplesmente queria di-zer que temos o nosso próprio território, por isso deixem-nos lidar com os nossos problemas à nossa maneira”, disse. “Es-peramos que discussões deste tipo possam ser evitadas, já que realmente não temos qualquer problema com os Estados Uni-dos”, afirmou. Minutos antes de partir para o Laos, Duterte re-jeitou qualquer intromissão de outros países na sua campanha antidroga, que considera um as-sunto interno. “Deve ser respei-toso, não me faça perguntas. Fi-lho da p…, vou insultá-lo nesse fórum”, afirmou sobre Obama. “Já não somos uma colónia dos Estados Unidos. Quem é este homem? O meu único dono é o povo filipino”, acrescentou.

JTM/Lusa

O presidente sou eu”, declarou Jean Ping no fim de semana, depois de andar a contestar os resultados ofi-

ciais das eleições presidenciais no Gabão. Estes dão a vitória a Ali Bongo, o actual che-fe do Estado no poder desde 2009. Sucedeu ao pai, Omar Bongo, que durante 42 anos liderou os destinos deste Estado da África Central.

Mas desde a semana passada que o país mergulhou no caos, quando a Comissão Eleitoral anunciou que Bongo venceu Ping, com 49,8% dos votos contra 48,23%. E os apelos à verificação independente dos re-sultados não têm parado por parte da opo-sição e da comunidade internacional. Mas quem é o político afro-chinês que agora, aos 73 anos, resolveu desafiar a família Bongo no Gabão?

Jean Ping nasceu em Ombué, cidade da lagoa Fernand Vaz, que fica situada a sul de Porto-Gentil. O seu pai, Cheng Zhiping, era um chinês oriundo de Wenzhou, que chegou a França nos anos 1930 trabalhando numa fábrica de bicicletas, seguindo depois para o Gabão, onde começou a trabalhar na área da exploração florestal. Aí casou-se com a gabonesa Germaine Anina.

Da união nasceu Jean Ping em 1942. En-corajado pela mãe, fez os seus estudos em França, sendo doutorado em Ciências Eco-nómicas pela conceituada Universidade da Sorbonne. Foi em solo francês que iniciou a sua carreira internacional como funcionário da UNESCO em Paris, tendo sido, entre os anos 1978 e 1984, delegado permanente do Gabão, antes de regressar ao seu país natal.

Apesar de hoje se opor a um membro do clã Bongo, a verdade é que Jean Ping ser-viu, muitos anos, essa mesma família e até chegou a fazer parte dela. Nos anos 1990 foi casado com Pascaline Bongo, a filha mais

Foi cunhado de Ali Bongo, ministro do pai deste, Omar, mas rompeu com o clã e alega ser ele o vencedor das presidenciais

velha de Omar Bongo. O casal teve dois fi-lhos. Ping casou-se ainda mais duas vezes, primeiro com Marie-Madeleine Liane e depois com Jeanne-Thérése, tendo ao todo oito filhos.

Entre 1990 e 2008 foi ministro de Omar Bongo nas mais diversas pastas, das Tele-comunicações à Energia, passando pelos Negócios Estrangeiros. Em 2004 foi escolhi-do para 59.º presidente da Assembleia Ge-ral da ONU e, quatro anos depois, eleito à primeira volta presidente da Comissão da União Africana. Durante os anos em que ocupou o cargo, até Outubro de 2012, foi o interlocutor de Durão Barroso quando este era presidente da Comissão Europeia.

Ao serviço da União Africana mediou, por exemplo, a crise que irrompeu na Costa do Marfim em Novembro de 2010, quando os dois candidatos às presidenciais, Lau-rent Gbagbo e Alassane Ouattara, se pro-clamaram vencedores. Tal como acontece agora no Gabão. No caso da Costa do Mar-fim, Gbagbo acabou preso em 2011 e envia-do nesse ano para o Tribunal Penal Inter-nacional de Haia. No caso do Gabão, ainda está para se ver como tudo vai terminar.

Numa altura em que acusa Ali Bongo de fraude eleitoral e manipulação, Ping vê-se constrangido com a divulgação de conver-sas telefónicas entre si e um assessor do pre-sidente da Costa do Marfim, em que o acon-

selha a recorrer a piratas informáticos para difundir falsos rumores e a provocar a de-missão dos membros da Comissão Eleitoral.

No momento presente não parece dis-posto a abandonar as suas acusações contra Ali Bongo, na esperança de poder contar com o apoio da França (a antiga potência colonial), mas também da UE e dos EUA, que já pediram a verificação e publicação dos resultados das eleições presidenciais. Do lado africano, porém, há silêncio, com excepção da União Africana, que apelou à calma e à estabilidade do país.

O Gabão tem cerca de dois milhões de habitantes e é rico em petróleo, mas a queda do preço explica, em parte, o descontenta-mento da população em relação ao regime de Ali Bongo. Desde o dia em que foram anunciados os resultados, o Parlamento do Gabão foi incendiado por opositores de Bongo, a sede de campanha de Ping foi to-mada de assalto pelas forças de segurança gabonesas, vários apoiantes da oposição foram detidos, houve pilhagens de lojas, episódios de violência e sete mortos.

Ping recorda: “A oposição ganha sem-pre as eleições mas nunca chega ao poder por causa dos mesmos procedimentos que são usados pela família que há 50 anos con-fisca o poder.”

Resta saber quem acabará por sair ven-cedor desta disputa e como. JTM/DN

Patrícia Viegas

Director da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes

EDITAL

Audiência relativa à notificação de reparação de prédio em mau estado de conservaçãoEdital n.º : 33/E-AR/2016Processo n.º : 37/AR/2014/F Local : Prédio situado no Pátio do Socorro n.º 13, Macau.

Li Canfeng, Director da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, faz saber que ficam notificados os proprietário (Companhia de Fomento Predial Hua Li, Limitada), inquilinos ou demais ocupantes do edifício acima indicado, do seguinte:

Em conformidade com o Auto de Vistoria da Comissão de Vistoria constante do processo em curso nesta Direcção de Serviços, o prédio acima indicado encontra-se em mau estado de conservação, pelo que, nos termos do n.º 2 do artigo 54.º do Decreto-Lei n.º 79/85/M (Regulamento Geral da Construção Urbana) de 21 de Agosto, foi instaurado um procedimento administrativo relativo à notificação da sua reparação.

No uso das competências delegadas pela alínea 12) do n.º 2 do Despacho n.º 11/SOTDIR/2016, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) n.º 21, II Série, de 25 de Maio de 2016 e por despacho de 10 de Junho de 2016 do Chefe do Departamento de Urbanização da DSSOPT, Lai Weng Leong, foi homologado o Auto de Vistoria acima indicado.

Notificam-se os interessados que no prazo de 10 (dez) dias a contar a partir da data da publicação do presente edital, devem dar cumprimento à ordem emanada no Auto de Vistoria, ou apresentar no mesmo prazo, conforme o disposto no artigo 94.º do Código do Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, as alegações escritas relativas à decisão do procedimento de reparação do edifício acima indicado, podendo requerer diligências complementares acompanhadas de documentos.

Se findo o prazo acima referido os interessados não derem cumprimento à respectiva ordem nem apresentarem quaisquer alegações escritas, tal não afecta a decisão tomada por esta Direcção de Serviços.

Além disso, caso necessário, esta Direcção de Serviços pode aplicar aos infractores a multa estabelecida nos artigos 66.º e 67.º do citado diploma legal.

Os interessados podem consultar o processo durante as horas normais de expediente nas instalações da Divisão de Fiscalização do Departamento de Urbanização desta DSSOPT, situadas na Estrada de D. Maria II, n.º 33, 15.º andar, em Macau.

RAEM, 31 de Agosto de 2016

O Director dos ServiçoLi Canfeng

Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas

AVISO

Faz-se saber que, em relação ao concurso público para «Empreitada de Construção da Habitação Social de Mong Há – Fase 2 e de Reconstrução do Pavilhão Desportivo de Mong Há», publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 33, II Série, de 17 de Agosto de 2016, foram prestados esclarecimentos, nos termos do artigo 2.2 do programa do concurso, e foi feita aclaração complementar conforme necessidades, pela entidade que realiza o concurso e juntos ao processo do concurso.

Os referidos esclarecimentos e aclaração complementar encontram-se disponíveis para consulta, durante o horário de expediente, no Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, sito na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10º andar, Macau.

Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, aos 31 de Agosto de 2016.

O Coordenador do GabineteChau Vai Man

Governo da Região Administrativa Especial de MacauServiços de Saúde

ANÚNCIO

Concurso Público Nº 42/P/16

Faz-se público que, por despacho do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 29 de Agosto de 2016, se encontra aberto o Concurso Público para «Fornecimento de Refeições Confeccionadas aos Serviços de Saúde», cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 7 de Setembro de 2016, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício da Administração dos Serviços de Saúde, 1.º andar, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de MOP36,00 (trinta e seis patacas), a título de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria dos Serviços de Saúde) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet no website dos S.S. (www.ssm.gov.mo).

As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17,30 horas do dia 7 de Outubro de 2016.

O acto público deste concurso terá lugar no dia 11 de Outubro de 2016, pelas 10,00 horas, na “Sala Multifuncional” do Antigo Gabinete para a Prevenção e Controlo do Tabagismo dos Serviços de Saúde, sita no r/c, da Estrada de S. Francisco, n.º 5, Macau.

A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de MOP452 000,00 (quatrocentas e cinquenta e duas mil patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente.

Serviços de Saúde, aos 1 de Setembro de 2016

O Director dos Serviços, SubstitutoCheang Seng Ip

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Quarta-feira, 07 de Setembro de 2016 JTM | ACTUAL 13

Rui Pedro Antunes

CHINA

Reafirmada total “oposição” à independência de Hong KongA China reafirmou ontem a sua “resoluta oposição” a qualquer tipo de movimentações que visem a “independência de Hong Kong”, após oito elementos pró independência terem ganho, pela primeira vez, espaço no parlamento da antiga colónia britânica

CUBAO governo comunista de Cuba está a filtrar mensagens de texto de telemóveis por palavras-cha-ves como “democracia”, “direitos humanos”, greve de fome”, além dos nomes de alguns dissidentes de forma a bloquear as mensa-gens, acusaram dissidentes nesta segunda-feira.

IRLANDAO ex-presidente do Comité Olímpi-co Irlandês Patrick Hickey e o dire-tcor da empresa THG Kevin Mallon vão ser indiciados pelos crimes de cambismo, marketing de embosca-da e associação criminosa sobre um esquema de venda ilegal de bilhe-tes nos Jogos Olímpicos de 2016. “Temos vasta prova documental que mostram o envolvimento deles no esquema” disse a polícias.

TAILÂNDIAA explosão de uma bomba, escon-dida no depósito de combustível de uma mota estacionada, à porta de uma escola no bairro Tak Bai, na província de Narathiwat no sul da Tailândia, matou duas pessoas, incluindo uma menina de quatro anos, anunciaram ontem as auto-ridades.

COSTA RICANuma operação de rotina, as auto-ridades da Costa Rica encontraram uma carga de 494 quilos de cocaína que ocultos entre o gelo e tubarões nos frigoríficos de uma embarca-ção de pesca que navegava pelo Pacífico, informou uma fonte oficial.

VENEZUELAUm jornalista e advogado proemi-nente da ilha venezuelana de Mar-garita foi acusado de lavagem de dinheiro e irá permanecer atrás das grades, depois de ter sido detido por divulgar um protesto contra o presidente da Nicolás Maduro. Mais de 30 pessoas foram detidas breve-mente, no que a oposição classifica como uma grande repressão do governo diante dos clamores por um referendo revogatório contra Maduro.

REINO UNIDOParlamentares britânicos debate-ram na segunda-feira uma petição assinada por mais de 4,1 milhões de pessoas que exigem um segun-do referendo sobre a permanência na União Europeia. A primeira-mi-nistra britânica, Theresa May, que não apoiou a saída, disse que Bre-xit significa Brexit e que a votação será respeitada.

UZBESQUISTÃOO presidente da Rússia, Vladimir Putin, rendeu ontem homena-gem à memória do falecido líder do Uzbequistão, Islam Karimov, na cidade de Samarkanda, onde o primeiro-ministro e possível su-cessor lhe afirmou que o país vai continuar a ser um aliado estra-tégico da Rússia. “Especialmente nos últimos anos, desenvolvemos relações pessoais muito próximas e de confiança, e para mim esta é uma grande perda, um momento muito difícil”, afirmou Putin.

VOLTA AOMUND

Após atropelos e arrufos no arran-que do ano político, PSD e CDS esvaziam o balão do caso da sobre-

posição de discursos de Passos e Cristas, que criou mal-estar à direita. E vão fazê-lo no sítio onde habitualmente se dão me-lhor: no Parlamento. O acerto vai voltar já no Orçamento do Estado para 2017, em que os partidos – mesmo com estratégias diferentes – vão trocar informações privile-giadas sobre o assunto.

O líder parlamentar do CDS afirmou ao DN que as “relações com o PSD têm sido boas e vão continuar a ser na próxi-ma sessão legislativa”. Nuno Magalhães explica que “apesar de já não estarmos co-ligados, por uma questão de lealdade, há troca de informação e transparência entre os dois grupos”.

Nuno Magalhães diz mesmo que os dois partidos “têm de valorizar o que os aproxima” e lembra que também há de-sentendimentos pontuais “nas relações pessoais e nas famílias”.

Um vice-presidente da bancada do PSD destaca que “não vale a pena criar um caso” e acrescenta que “a relação que existe com o CDS é muito boa e vai continuar a ser”.

O líder da bancada centrista admite que “já não é tudo planeado ao milíme-tro como quando estávamos no governo”, mas ambos os partidos sabem sempre o que um e outro vão votar no plenário e nas comissões parlamentares.

O mesmo vai acontecer em questões como o Orçamento do Estado para 2017 – que marca o arranque do ano político. É certo que os partidos têm estratégias dife-rentes: o CDS já anunciou propostas para o Orçamento, o PSD não abre o jogo, mas não quer ser “responsabilizado” por nada. Apesar disso, as bancadas da direita sabe-

Em comunicado, o Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado lembra que a “indepen-dência de Hong Kong é contra a Constituição da China, a

Lei Básica de Hong Kong e leis relevantes da Região Administra-tiva Especial (RAE)”.

Na maior votação desde que os protestos pró-democracia de 2014 falharam em conseguir as reformas políticas desejadas, os partidos que exigem maior autonomia em relação a Pequim con-seguiram 30 assentos de 70, contra os 40 da ala conservadora. Esta foi também a primeira vez que defensores assumidos da indepen-dência de Hong Kong conquistaram espaço dentro do Conselho Legislativo (LegCo).

Para Pequim, o resultado “ameaça a soberania e segurança da China, prejudica a prosperidade e estabilidade de Hong Kong e vai contra os interesses fundamentais dos cidadãos” da região. “Apoiamos firmemente o governo da RAE de Hong Kong a defi-nir penalizações, de acordo coma lei”, conclui o comunicado.

Um número recorde de 2,2 milhões de pessoas votou nestas eleições, numa altura de grande tensão e receio, devido ao cres-cente ‘cerco’ de Pequim a Hong Kong e às liberdades conferidas pelo seu estatuto semi-autónomo.

PORTUGAL

PSD e CDS fazem as pazes para cerrar fileiras contra CostaRentrée afastou-os, mas reaproximação será consumada no arranque da sessão legislativa. Vai haver troca de informação privilegiada no Orçamento. Caso é desvalorizado: “Desentendimento pontual como nas famílias”

rão sempre antes da esquerda como a outra vai votar ou que propostas vão apresentar.

O que importa é desgastar ao máximo o governo de António Costa e ambos os par-tidos perceberam que juntos fazem-no com mais eficácia.

As primeiras páginas dos jornais privi-legiaram ontem o facto de PSD e CDS se terem desentendido quanto à hora dos dis-cursos. O ataque ao governo e o que ambos queriam destacar ficou longe dos títulos e o caso do desentendimento roubou minutos nas televisões e nas rádios. Ou seja: não foi bom para Passos Coelho nem para Assun-ção Cristas.

Ao perceberem que nada têm a ganhar com – como disse um dirigente do PSD ou-vido pelo DN – “casos e casinhos”, os dois partidos vão continuar a tentar concertar a intervenção política. Há que evitar a ro-tura que o líder parlamentar do PS, Carlos César, chamou de “caranguejola”, em res-posta ao rótulo de “geringonça” colado à esquerda.

Um vice-presidente da bancada PSD diz mesmo que “não vale a pena entrar em guerras: temos agendas políticas muito parecidas e temos mais a ganhar em enten-

dermo-nos do que o contrário”.Uma outra fonte próxima da direção

nacional do partido destaca que “numa al-tura em que é impossível conversar com o PS, torna-se importante que as coisas não fiquem crispadas com o CDS. Ter um ami-go no Parlamento é melhor do que não ter nenhum”.

Outra fonte tenta desvalorizar ainda mais o caso, dizendo que “as agendas dos dois líderes vão continuar a ser concerta-das. É do interesse dos dois”.

Os dois líderes mantêm uma óptima relação e não só falam várias vezes ao tele-fone como trocam mensagens e se reúnem com frequência.

A relação ainda é mais próxima entre os líderes parlamentares. Nuno Magalhães é claro a dizer que não tem “nenhuma ra-zão de queixa de Luís Montenegro” e que só não têm falado no último mês porque estiveram ambos de férias.

A pressão para o apoio a Assunção Cristas numa eventual candidatura à Câ-mara de Lisboa e o desacerto de domingo deixaram as coisas tremidas, mas a ordem agora é para que ambos continuem a ser “parceiros privilegiados”.

A liderar a nova ‘vaga’ no LegCo está Nathan Law, de 23 anos, líder do ‘Movimento dos Guarda Chuvas’ de 2014, que conquis-tou mais de 50 mil votos e se tornou o membro mais jovem do parlamento.

Nathan liderou os protestos que culminaram no lançamento do movimento de desobediência civil Occupy Central, que duran-te mais de dois meses agitou Hong Kong.

De acordo com a fórmula “um país, dois sistemas”, adotada em Hong Kong e Macau, as políticas socialistas em vigor no resto da China, não são aplicadas naquelas regiões.

Excepto nas áreas da Defesa e Relações Externas, que são da competência exclusiva de Pequim, a antiga colónia britânica goza de “um alto grau de autonomia”, é “governada por pessoas de Hong Kong”, mantém a sua moeda (o HK Dólar) e não paga im-postos ao governo central chinês.

Em 2014, a Assembleia Nacional Popular chinesa concor-dou que, o Chefe Executivo de Hong Kong seja eleito por sufrá-gio directo, a partir de 2017, pela primeira vez, mas impôs que haja apenas “dois ou três” candidatos, previamente aprovados por um Comité de Nomeação, numa decisão que desencadeou os protestos.

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Quarta-feira, 07 de Setembro de 201614 JTM | DESPORTO

Os espanhóis golearam o Liechtenstein e os italianos conquistaram os três pontos em Israel. Estando ambos no Grupo G que também integra a Albânia e a Macedonia, ambas as equipas procuram o primeiro lugar no grupo

A Itália alcançou ontem uma pre-ciosa vitória por 3-1, em Haifa, frente a Israel, que confirma o

previsível mano a mano com a selec-ção espanhola pelo apuramento para o Mundial 2018. É que à mesma hora a equipa de Julen Lopetegui despachou, como era previsível, o modesto Lie-chtenstein por 8-0.

O triunfo italiano pareceu fácil, pois à meia hora já vencia por 2-0 graças a Graziano Pellè e a um penálti trans-formado por Antonio Candreva. Con-tudo, os israelitas reduziram por Tal Ben Chaim e mantiveram a incerteza no jogo, que se acentuou após o inter-valo quando o central Giorgio Chiellini foi expulso. Só que a Itália, agora trei-nada por Giampiero Ventura, fez valer a a sua capacidade de bem defender e acabou com as esperanças dos israeli-tas quando a sete minutos do fim Ciro Immobile, acabado de saltar do banco, fez o terceiro golo que segurou os três pontos.

Em León, a surpresa era a Espanha estar a vencer o Liechtenstein por ape-nas 1-0 ao intervalo, com golo de Diego Costa. O segundo tempo foi um pesa-delo para os não profissionais do pe-queno país, e a goleada foi normal.

O outro jogo do grupo G foi inter-rompido aos 71 minutos devido à tem-pestade que se abateu sobre a cidade de Shkodra, onde a Albânia e a Macedónia

MUNDIAL RÚSSIA 2018

Espanha e Itália lutam pela liderança do grupo

empatavam 1-1.Em grande forma continua o País de

Gales, que depois do sensacional Euro 2016 promete ser um grande candidato ao primeiro lugar no grupo D. A equipa de Chris Coleman recebeu, em Cardiff, a Moldávia e venceu por esclarecedores 4-0. Sam Vokes e Joe Allen levaram os galeses a vencer para o intervalo, ten-

do depois aparecido o génio de Gareth Bale, que completou a goleada com um bis.

Em Belgrado, a Sérvia voltou a de-siludir, depois de falhada a presença no Europeu. Desta vez, não foi além do em-pate 2-2 com a Rep. Irlanda. Os britâni-cos colocaram-se a vencer logo aos três minutos por Jeff Hendrick, mas a reação

sérvia permitiu a reviravolta com golos de Kostic e Dusan Tadic. Só que a alma irlandesa ainda deu para o empate gra-ças a um golo de Daryl Murphy.

No outro jogo deste grupo, a Áus-tria foi à Geórgia vencer por 2-1, com Hinteregger e o ex-portista Janko a da-rem expressão ao triunfo austríaco.

Já quanto ao grupo I foi marcado pelos empates 1-1. A maior desilusão foi a Croácia, que, em Zagreb, esteve a vencer a Turquia graças a um penálti de Rakitic, mas viu o adversário chegar ao empate na jogada seguinte (45’) por Hakan Çalhanoglu. De nada valeu a pressão croata nos últimos minutos.

A sensacional Islândia do Euro 2016 arrancou um precioso empate na Ucrâ-nia. Os nórdicos colocaram-se na frente por Finnbogasson, tendo Yarmolenko estabelecido o resultado final ainda antes do intervalo. Finalmente, em Helsínquia, a Finlândia não conseguiu vencer a estreante seleção do Kosovo, que teve como herói Valon Berisha, que até à bem pouco tempo representava a selecção da Noruega.

Já antes, outro dos crónicos favori-tos, a Inglaterra foi vencer a Eslováquia no último minuto,, enquanto que para o mesmo grupo a Lituânia e a Eslové-nia empataram a duas bolas e a Escócia foi a Malta vencer por 5-0.

JTM com agências internacionais

AVISOCOBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL

1. Faço saber que, o prazo de concessão por arrendamento dos terrenos da RAEM abaixo indicados, chegou ao seu término, e, que de acordo com o artigo 53º da Lei nº 10/2013 «Lei de Terras», de 2 de Setembro, conjugado com os artigos 2º e 4º da Portaria nº 219/93/M, de 2 de Agosto, foi o mesmo automaticamente renovado por um período de dez anos a contar da data do seu termo, pelo que devem os interessados proceder ao pagamento da contribuição especial liquidada pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.Localização dos terrenos:– Estrada de Sete Tanques, nºs 1441 a 1441D, (Edifícios Edelweiss, Fragrant, Pine e Cypress Courts), na Ilha da Taipa;– Estrada de Sete Tanques, nºs 1441 a 1441F, (Edifícios Machilus e Birch Courts), na Ilha da Taipa;– Avenida dos Jardins do Oceano, nºs 966 a 1036, (Edifício Jardins do Oceano, Ocean Club), na Ilha da Taipa;– Avenida dos Jardins do Oceano, nºs 880A a 982B, (Edifícios Koon e Beng Courts), na Ilha da Taipa;– Avenida dos Jardins do Oceano, nºs 726A a 810G, (Edifícios Peach e Plum Courts), na Ilha da Taipa;– Avenida dos Jardins do Oceano, nºs 610A a 710B, (Edifício Poplar Court), na Ilha da Taipa;– Avenida dos Jardins do Oceano, nºs 480A a 568G, (Edifícios Elm e Laurel Courts), na Ilha da Taipa;– Avenida dos Jardins do Oceano, nº 370, (Edifício Ocean Tower), na Ilha da Taipa;– Estrada de Sete Tanques, nºs 515 a 725V, (Edifício Villa Delle Rose), na Ilha da Taipa;– Rua Um dos Jardins do Oceano, nºs 151A a 221 e Avenida dos Jardins do Oceano, nºs 791 a 813,

(Edifícios Begonia e Orchid Courts), na Ilha da Taipa;– Avenida dos Jardins do Oceano, nºs 699 a 721D, Rua Dois dos Jardins do Oceano, nºs 18 a 58 e

Rua do Jardim, nºs 195 e 223, (Edifício Peony Court), na Ilha da Taipa;– Rua Um dos Jardins do Oceano, nºs 90 a 150, Rua Dois dos Jardins do Oceano, nºs 25 a 89, Rua Três dos Jardins do Oceano,

nºs 8 a 94 e Rua do Jardim, nºs 153 a 177, (Edifícios Hibiscus e Apricot Courts), na Ilha da Taipa;– Rua Um dos Jardins do Oceano, nºs 91 a 141, (Edifício Lotus Court), na Ilha da Taipa;– Rua Um dos Jardins do Oceano, nºs 9 a 79, (Edifício Rose Court), na Ilha da Taipa;– Avenida dos Jardins do Oceano, nºs 465 a 571 e

Rua do Jardim, nºs 6 a 200, (Edifícios Violet, Bauhinia e Azalea Courts), na Ilha da Taipa;– Rua Seis dos Jardins do Oceano, nºs 16 a 36, Rua Cinco dos Jardins do Oceano, nºs 2 a 154 e

Avenida dos Jardins do Oceano, nºs 303 a 415, (Edifícios Syringa, Cherry e Kapok Courts), na Ilha da Taipa;– Rua Seis dos Jardins do Oceano, nº 170, Rua Cinco dos Jardins do Oceano, nºs 65 a 161, Rua do Jardim, nºs 73 a 85 e

Rua Quarto dos Jardins do Oceano, nºs 30 a 86, (Edifícios Dahlia e Carnation Courts), na Ilha da Taipa;– Rua Seis dos Jardins do Oceano, nºs 179A a 263, (Edifício Sakura Court), na Ilha da Taipa;– Rua Seis dos Jardins do Oceano, nºs 125A a 163, (Edifício Lily Court), na Ilha da Taipa;– Avenida dos Jardins do Oceano, nºs 181A a 255 e

Rua Seis dos Jardins do Oceano, nºs 3 a 43, (Edifícios Cattleya e Magnolia Courts);– Rua Seis dos Jardins do Oceano, nºs 63 a 121C e

Avenida dos Jogos da Ásia Oriental, nº 1542, (Edifícios Aster e Bamboo Courts);2. Agradece-se aos contribuintes que, no prazo de 30 dias subsequentes à data da notificação, se dirijam à Recebedoria destes

serviços, situada no rés-do-chão do Edifício “Finanças”, ao Centro de Serviços da RAEM, ou, ao Centro de Atendimento Taipa, para os efeitos do respectivo pagamento.

3. Na falta de pagamento da contribuição no prazo estipulado, procede-se à cobrança coerciva da dívida, de acordo com o disposto no artigo 6º da Portaria acima mencionada.

Aos, 11 de Agosto de 2016.

O Director da Serviços de Finanças,Iong Kong Leong

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Quarta-feira, 07 de Setembro de 2016 JTM | DESPORTO 15

Costa Santos Sr*Especial para o JTM

AS CONFISSÕES DE JORGE JESUS

“Ainda só dei uma pincelada neste Sporting”Sem “papas na língua”, sem medos de ferir susceptibilidades, sem ter receios do futuro não trazer o que pensa ser possível, Jorge Jesus deu uma entrevista ao diário desportivo “Record” onde escalpelizou tudo o que ao Sporting diz respeito. Não se escondeu em respostas evasivas. Foi igual a si próprio

Numa altura em que no cenário desportivo português, o jogo de

qualificação da selecção nacio-nal, na Suíça, mereceu honras de todas as atenções, Jorge Je-sus aproveitou esta paragem da Liga para responder às questões que lhe foram colocadas por dois jornalistas de “Record”. Uma entrevista oportuna e com muito “sumo” para ser avalia-do durante as trinta jornadas que faltam disputar na Liga.

Desassombrado – como é seu timbre - sem procurar fra-ses bonitas para adornar os seus pensamentos, Jorge Jesus foi sempre directo às questões. E quando lhe perguntaram se os jogadores contratados eram os que “tinha debaixo de olho” ou os que se enquadravam nas capacidades financeiras do Sporting, Jorge Jesus disparou: “Estou sempre preparado para a eventualidade de perder um jogador. O meu trabalho é esse. Tenho nos meus dossiês as solu-ções para esse tipo de questão. Em função do que acontecer, sei muito bem aquilo que que-ro. Posso é não ter a capacida-de financeira para os ir buscar, mas o presidente esteve sempre em cima do acontecimento. Ele sabia bem o que eu queria e para os lugares que os queria. A partir daí, a responsabilidade foi dele e as coisas tornaram-se fáceis!”

Fácil e... difícil. Isso: difícil, muito difícil, foi o primeiro mês de trabalho em Alvalade. A tal ponto que “ao fim de um mês de estar em Alvalade, quis ir embora! Olhei para o que tinha e pensei: mas o que é isto? Mas

pronto, como ele (presidente) acreditava em mim, deu-me força, disse-me que as coisas iam resolver-se a pouco e pou-co e a verdade é que as tem re-solvido comigo”

Agora, até parece que há “petróleo em Alvalade”…

“Mas não há. Não temos po-ços de petróleo. Para tudo isto acontecer algo de diferente teve de surgir. Hoje fala-se muito no plantel que o Sporting con-seguiu construir e o facto de termos trazido o jogador mais caro da história do clube” con-tinuou, para a seguir salientar que “não é por aí que as coisas começam. O início de tudo tem a ver com o facto de termos valorizado os jogadores que cá estavam. O início de tudo tem a ver com as transferências que o Sporting conseguiu fazer!”

E em jeito de conclusão: “os orçamentos do Benfica e do FC do Porto são muito mais altos do que o nosso. Gastaram mui-to mais dinheiro do que o Spor-ting. Só um jogador do Benfica (Jimenez, 22 milhões) custou quase mais do que os nossos todos juntos! Se acham que o Spporting foi dos três grandes o que se reforçou melhor, isso deve-se à qualidade de quem escolheu!”!

Três favoritosao título

Será o Sporting, esta época, mais candidato do que foi na época passada?

“No ano passado disse que o Sporting era um dos candida-tos ao título”- lembrou, acen-tuando que “este ano digo que é mais do que isso”.

“Se ficámos em 2º lugar na temporada passada, esta queremos fazer melhor. O ano passado existiam dois favoritos

ao título e o Sporting queria in-trometer-se na luta. Esta época existem três favoritos ao título”.

O “ano de ganhar tudo”. Será este?

“No ano passado eu já que-ria fazer isso, só que não con-segui. Estive quase a ganhar o campeonato. A taça da Liga não a coloquei como prioridade, é um facto. Mas este ano vamos avançar com esse objectivo. O Sporting a isso nos obriga.”

Árbitros e arbitragens. Uma relação má…

“Há razões para isso. Hoje em dia há jogadores que são uns autênticos artistas da men-

tira. Tocam-lhe com uma unha e parece que lhe deram com um pau, para tirarem proveito de situações normais de jogo. E há árbitros que são demasia-do teóricos. Mas isso é um pro-blema da nossa sociedade, em Portugal: muita teoria e pouca prática.

E já na despedida, Jorge Je-sus ao seu melhor estilo:

“A partir da minha chegada ao clube, o Sporting passou a ser um problema muto grande para Benfica e FC do Porto. Va-mos estar preparados, pois sa-bemos que as pessoas ligadas à comunicação dos nossos rivais

irão tentar, todos os dias, desva-lorizar o Sporting, o treinador do Sporting, o presidente, os jogadores. Mas depois há uma componente que as pessoas não irão poder esconder: aquilo que o Sporting fizer dentro de cam-po, e isso é que conta”.

Naturalmente que, deste “respigo” breve de uma longa entrevista, o leitor já terá perce-bido o estado de alma de Jorge Jesus. E não o escondeu. Muito pelo contrário: abriu-se e mos-trou-se como nunca, até agora!

*Jornalista profissionalespecializado em desporto

A decisão do julgamento está prevista para este mês, mas, ao DN, o Benfica garantiu ainda não ter sido notificado de qualquer

decisão.Recorde-se que o defesa central argentino che-

gou à Luz em 2011 vindo do Real Madrid, mas em 2014 foi vendido por seis milhões de euros, um va-lor que os espanhóis contestam

Como os merengues eram detentores de metade do passe do jogador receberam três milhões, mas o presidente do Real Madrid, questionou o valor de-

clarado, pois alguns clubes europeus estavam dis-postos a pagar mais, entre eles o Bayern Munique, que terá oferecido 15 milhões.

Por isso, o Real apresentou queixa dos encarna-dos junto do Tribunal Arbitral do Desporto.

Segundo agora revela o DN, o julgamento foi em Maio, com ambas as partes a apresentarem os seus argumentos sustentados em relatórios de especialis-tas na avaliação de jogadores. Os peritos arrolados pelo Real sustentaram que o passe do jogador nunca valeria menos de 10 a 12 milhões e os especialistas

chamados pelo Benfica apontaram para metade o valor do mercado do internacional argentino, jus-tificando assim a venda por seis milhões de euros.

Entretanto, Ezequiel Garay acabou por deixar São Petersburgo e mudou-se para o Valência, a tro-co de 20 milhões, segundo a imprensa espanhola e russa. Uma informação que está mais de acordo com a argumentação merengue, mas que já não terá re-levância para a decisão dos juízes do TAS, já que as partes apresentaram argumentos em Maio e a deci-são está prevista para este mês.

Venda de Garay ao Zenit leva a queixa do RealClube merengue questionou o baixo valor da venda do argentino aos russos. O caso foi julgado em Maio e aguarda decisão do Tribunal Arbitral do Desporto. Relações entre os clubes esfriaram e não fazem negócios desde então, revelou ontem o Diário de Notícias

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Quarta-feira, 07 de Setembro de 201616 JTM | OPINIÃO

PAULOBALDAIA*

Hoje, Costa encontra-se com Temer. Este, para o deputado José Soei-

ro, do BE, é corrupto e com governo golpista. Daí, Soeiro, apoiante do governo de Cos-ta, dizer desse encontro: “(...) envergonha-me.”

Pois, eu, não sei... Deixem-me recapitular.

Portugal reconheceu a inde-pendência do Brasil em 1825, mas o imperador Pedro I po-deria não aceitar relações com o seu pai, D. João VI, colonia-lista contumaz. Já em 1869, tendo abolido a escravatura, era altura de o rei Luís de Portugal não querer relações com o seu tio brasileiro Pedro II, escravocrata até 1888.

A República Velha brasi-leira teve presidentes, como marechal Hermes da Fonseca, defendendo chibatadas aos

Portugal deve boicotar Temer?

marinheiros, até Washington Luís, para quem “a questão social era uma questão de polícia” - haveria razão para boicotar o Brasil.

E o recíproco, também: os nossos chefes de governo mo-nárquicos ou da I República eram ditadores (João Franco, Sidónio...) ou colonialistas (todos), indignos de serem saudados. Depois, vieram o fascista Salazar e o Getúlio pró-nazi. Nos anos 60 (Brasil, até 1985), ditadores dos dois lados.

Aceitando susceptibilida-des várias, à esquerda e à di-reita, só durante os mandatos de F.H. Cardoso e Sampaio coincidiram chefias de Estado de ambos os lados com míni-mos decentes.

Resumindo, em 200 anos, só houve meia dúzia de anos em que José Soeiro não se envergonharia de apertos de mão ao mais alto nível. Apli-cada, a vergonha dele teria sido um desastre para ambos os países.

JTM/DN

FERREIRAFERNANDES*

Muitos dos problemas de saúde das sociedades modernas relacionam--se com o tipo de alimentação. Não

vale a pena perdermos muito tempo com os números, sabemos que há cada vez mais crianças e adultos com excesso de peso e sa-bemos igualmente que estes números têm tendência para aumentar. Há, no entanto, dois números que vale a pena reter. A Co-missão Europeia salienta que, em média, do orçamento para a saúde, 3% vão para a prevenção e 97% para a intervenção no tra-tamento das doenças.

Hoje, no DN, voltamos ao tema. Qual a razão por que nas escolas e, supremo sacri-légio, nos hospitais ainda é possível vender nas máquinas e nas cantinas alimentos que prejudicam gravemente a saúde? Pelo me-nos desde o início do século que leio notí-cias sobre a intenção de o Estado proibir a venda de refrigerantes, alimentos altamente calóricos ou com excesso de açúcar e sal em escolas e hospitais. Duas décadas depois, a discussão mantém-se atual. Esta é a preven-ção que não custa dinheiro ao orçamento da saúde. Devia ser proibido. Ponto.

Sei, como sabem todos, que o excesso de consumo de açúcar pode potenciar diabetes e o excesso de consumo de sal problemas

Tolerância zero

cardiovasculares. Assim como o tabaco, que provoca nove em cada dez cancros do pul-mão mas que não se vende - poderia lá ser de outra maneira - em escolas e hospitais.

Andámos há muito tempo a discutir com paninhos quentes uma decisão que deveria ser de tolerância zero. Não é de crer que esta inércia governamental esteja ligada a inte-resses económicos. É mais a lógica dos avós a lidar com os netinhos, incapazes de contra-riar a vontade das criancinhas. Está na hora de o Ministério da Saúde assumir a sua força política. A proibição de alimentos não sau-dáveis em escolas e hospitais resultará numa poupança significativa no orçamento da saú-de. Pelo efeito multiplicador que terá nos há-bitos alimentares dos portugueses, a médio e a longo prazo, essa poupança poderá ser de muitas centenas de milhões de euros. Estão à espera de quê?

*Director do Diário de NotíciasJTM/DN

A proibição dealimentos não

saudáveis em escolas e hospitais resultará

numa poupançasignificativa no

orçamento da saúde

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Quarta-feira, 07 de Setembro de 2016 JTM | OPINIÃO 17

Dito

“Não foi há muito tempo que as mu-lheres chinesas começaram a moda do facekini, uma visão bem mais assus-tadora (tipo, Jason do Sexta-feira 13 a ir à praia) com o simples propósito de proteger a pele facial do tão indesejável sol. Totalmente legítimo, mas ainda bem que nenhuma desgraçada teve a feliz ideia de usá-lo nestas praias patru-lhadas a favor da exposição solar!”

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

07/09/1996

ASSALTOS A RESIDÊNCIASO PÃO NOSSO DE CADA DIAO grupo dos crimes contra a proprie-dade e, em particular, os delitos de fur-to e roubo, contribuíram, nos últimos meses, de uma forma significativa, para o agravamento da taxa de crimi-nalidade no Território. A sua incidência foi notória em edifícios de elevado nú-mero de pisos, o que levou o Gabinete Coordenador de Segurança a realizar, em 19 de Dezembro de 1995, um semi-nário sobre segurança em grandes edi-fícios, com a participação de oficiais do Departamento de Prevenção do Crime da Polícia de Hong Kong. A realização daquele seminário teve como princi-pal objectivo a sensibilização das em-presas de gestão de propriedades, das administrações de condomínios e das Associações de Moradores, em parti-cular, e dos residentes, em geral, sobre as medidas preventivas básicas a adop-tar e a importância da sua colaboração com as Polícias, no intuito de reduzir o número de furtos e roubos registados recentemente. No prosseguimento des-sa acção no campo da prevenção, teve início ontem dia 6 de Setembro, uma campanha de segurança a ser executa-da pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública, com a finalidade de reforçar a acção de sensibilização, anteriormente realizada, através de uma “CARTA AO CIDADÃO”, na qual se recomenda algumas importante medidas a serem adoptadas ao nível de cada residência, e de cada “Autocolante” indicativo de que as portas dos prédios devem man-ter-se fechadas, realizando-se a abertu-ra de forma controlada.

ENCONTRO ASIÁTICODE SALESIANOS15 dirigentes da Federação dos Antigos Alunos Salesianos de Macau partici-pam, nos dias 7 a 11 de Setembro, no 6º Congresso Asiático dos Antigos Alu-nos Salesianos, que se realiza em Seul, no Parque Olímpico, tendo como tema “No Limiar do Ano 2000 – Uma Nova Identidade”. O Secretário-Adjunto para Administração, Educação e Ju-ventude, Jorge Rangel, recebeu há dias os dirigentes desta Federação de Ma-cau, que congrega antigos alunos das escolas salesianas do Território, que agradeceram os apoios da Adminis-tração e reiteraram o seu propósito de colaborarem activamente na constru-ção do futuro de Macau. Além daque-les dirigentes, participam também no Congresso, que reunirá mais de 4000 representantes de federações e Asso-ciações Salesianas, quatro estudantes de Macau, dois do Colégio Yuet Wah e dois do Instituto Salesiano.

Tânia dos Santos in “Hoje Macau”

Quem tem medoda UBER?

No sábado passado, depois de ter ligado ininterruptamen-te mais de uma hora para os

três números de telefone que conhe-ço para chamar taxis, lembrei-me de ligar para a UBER. Imediatamente atendido, a resposta foi – “quatro minutos”. O carro apareceu pon-tualmente. Novo, bem arranjado por dentro e conduzido por um motorista corretamente vestido e atencioso.

É claro que eu preferia não ter cha-mado a UBER. Preferia até que não houvesse UBER em Macau – já temos multi-nacionais de sobra. Mas, como disse há dias o Presidente da Assem-bleia Legislativa, “o serviço de táxis não é bem prestado pelo que utilizar a UBER, apesar de ilegal, é cómodo”.

Cómodo, prático, barato e sobre-tudo útil. Por isso está a funcionar em toda a parte incluindo Portugal e, na RPC, com um engenhosa asso-ciação com uma empresa de táxis. E é esse serviço que supre a ineficácia dos táxis que vai ser agora obrigado a terminar? Porquê? Por ser ilegal?

Claro que ninguém gosta de ser cúm-plice de actos ilegais mas serão legais as muitas desonestidades cometidas pelos taxistas?

Então porque não fiscalizar mais intensamente os táxis e deixar-se em paz a UBER? Será que não deverá an-tes perguntar-se “Quem tem medo dos taxistas”?

Isto do mau funcionamento do serviço de táxis é uma história já an-tiga. Todos nos lembramos de que no mandato do anterior Secretário com a tutela dos Transportes e do primei-ro Director dos Assuntos de Tráfego nem valia a pena falar nisso. Porquê? Que me lembre, a única decisão to-mada nesse tempo, foi a retirada do mercado da Reolian e dos táxis ama-relos, por coincidência as melhores companhias de transportes públicos em Macau. Depois…

Sabe-se que a maior parte dos car-ros é propriedade de dois ou três gru-pos – chamemos-lhes grupos – mais ou menos intocáveis. Será por isso?

O actual Secretário já deu provas de eficácia na área das Obras Públi-cas. Quando se resolverá atacar de frente os problemas dos Transportes Públicos? Até hoje, a única informa-ção oficial divulgada foi que lá para o fim do ano serão postas em circulação mais algumas centenas de táxis. Por-

quê, então, pôr-se o carro à frente dos bois? Ninguém entende.

Como ninguém entende porque os taxistas, em lugar de aproveitarem o “empurrão” da UBER para melhora-rem o serviço medíocre que prestam, seguros como antes da sua impunida-des, preferem mobilizar a DSAT e a polícia para perseguirem a UBER.

Só em dois ou três dias algumas dezenas de milhares de pessoas assi-naram uma petição ao Governo ape-lando para que não proíba a activida-de dessa empresa e, neste domingo, saiu à rua uma manifestação nesse sentido. Não valerão ambas com uma consulta à população?

Entretanto apareceu agora outra empresa do género que diz ir operar com táxis licenciados. Ainda não per-cebi ao certo como será o seu funcio-namento. Vou esperar para ver.

Repito – preferia não ter de re-correr à UBER e preferia mesmo que não houvesse UBER em Macau para ninguém ter de cometer as tais ilega-lidades e, sobretudo, por ser sinal de que os táxis, bem fiscalizados e com os seus motoristas exemplarmente punidos, passaram finalmente a bem servir a população. Mas, até lá…

*Docente.Anterior presidentedo Instituto Politécnico de Macau.

Do nosso leitor Flávio Antunes recebemos esta carta ao director que pelo seu interesse público transcrevemos na íntegra:

Li algures num dos jornais de Macau que a DSSOPT é uma entidade que se limita a fazer licenciamento de projectos e os supervisiona mas infelizmente não

tem a capacidade nem o brio e ainda nem o treino para executar projectos.

Se é como se afirma e concordo plenamente com o au-tor em relação a tudo o que foi dito, teremos de admitir que tal facto se deve atribuir a que os Serviços de Obras Públicas estão à mingua de pessoal qualificado mormente de engenheiros e arquitectos com capacidade para pro-ceder à elaboração de estudos e projectos de maior en-vergadura ao invés de entregar e incumbir tais tarefas a organismos e empresas privadas desbaratando perdula-riamente somas astronómicas com resultados nulos e de nenhum efeito prático.

Perante esta triste realidade seria da maior conveniên-cia e oportunidade que se procedesse quanto antes a uma profunda reestruturação dos Serviços de Obras Publicas ampliando o seu quadro de pessoal técnico com uma equipa de engenheiros especializados e arquitectos em numero suficiente de modo a possibilitar a levar a efeito todos os planeamentos, projectos e fiscalizações necessá-rias sem a tal dependência de estranhos.

Se existem Departamentos da Administração do terri-

Sobre DSSOPTe arrendamentos

tório que merecem possuir um grande numero de pessoal estes serão, sem dúvida, os Serviços de Finanças, de Saú-de e das Obras Publicas em contestação com o Instituto Cultural onde prolifera um enorme batalhão de pessoal absolutamente inútil e desnecessário.

Agora outro irei abordar outro assunto que merece um ligeiro comentário.

Perante os milhares de milhões que já foram gastos para suportar os encargos com os arrendamentos de nu-merosos imóveis privados ocupados pelos Serviços Publi-cos e Tribunais, tal dissipação contribuiu de certa forma para que muitas pessoas achassem absolutamente ridícula

a rescisão do contrato de arrendamento do Cartório Notarial sito no rés-do-chão do Edifício da Santa Casa da Misericórdia de Macau.

Não resta a menor das dúvidas de que houve maldade e manifesta má vontade por parte das autoridades compe-tentes como bem frizou o seu Provedor.

Por outro lado é digno salientar as diversas anomalias apontadas pelo Comissariado de Auditoria em relação ao andamento de alguns Serviços Públicos e Organismos com a apresentação de algumas medidas e sugestões ten-dentes a debelar os males mas sucede que as ditas auto-ridades sempre fizeram orelhas moucas e limitaram-se a assobiar para o lado!

Enfim o Zé Povinho espera que doravante haja mais prudência, contenção, seriedade e menos leviandade nos gastos públicos.

Com os melhores cumprimentos e antecipados agrade-cimentos pela publicação.

Flavio da Silva Antunes

LUIZOLIVEIRA DIAS *

POSTAIS DAS ILHAS

CARTAAO DIRECTOR

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Quarta-feira, 07 de Setembro de 201618 JTM | LAZER

• • • CIÊNCIA

Vida na Terra existiu 220 milhões de anos antes do que se pensava A vida na Terra origi-

nou-se 220 milhões de anos antes do que se

pensava até agora, indicaram cientistas australianos num estudo publicado na última semana na revista Nature, que revela a existência de fós-seis que datam de pelo menos 3,7 bilhões de anos.

Estas pequenas estruturas, chamadas de estromatólitos, foram encontradas na Groen-lândia e emergiram à super-fície após o degelo de uma placa no maciço de Isuea, no sudoeste desta grande ilha. Essas estruturas fossilizadas “de origem biológica”, de 1 a 4 centímetros - demonstram que a vida emergiu pouco de-pois da formação da Terra (há 4,5 bilhões de anos), destaca o pesquisador Allen Nutman da Universidade de Wollongong.

O cientista acrescenta que isso aumenta a esperança de que uma forma muito básica de vida pode, em algum mo-mento, ter existido no Planeta Marte. “Esta descoberta re-presenta um novo ponto de referência sobre a mais antiga prova de vida na Terra”, afir-ma o professor Martin Julian Van Kranendonk, especialista em geologia da Universidade de Nova Gales do Sul e um dos co-autores do estudo.

A estrutura e a geoquímica da rocha na qual os estromató-litos foram encontrados forne-ceram pistas de uma origem biológica para os microfós-seis, o que “aponta para um rápido aparecimento da vida na Terra”, disse o especialista.

Os estromatólitos são for-mados quando microorga-nismos, como determinados

tipos de bactérias, agrupam pedaços de sedimentos em forma de camadas. Estas ca-madas acumulam-se ao longo do tempo, formando rochas sólidas. Estas rochas em si nunca estiveram vivas, mas a sua existência sugere que os organismos muito simples unicelulares que as criaram estavam presentes na Terra centenas de milhões de anos antes do que se pensava, dis-se a equipa.

Estruturas parecidas com estromatólitos podem formar--se sem a presença de qual-quer organismo vivo, afirmou Abigail Allwood, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, num comentário sobre o es-tudo.

“A interpretação das estru-turas similares aos estromató-litos tem sido notoriamente difícil nas rochas mais antigas da Terra”, escreveu Allwood, afirmando que os resultados do estudo vão “gerar contro-vérsia”. “A conjectura para uma origem biológica das estruturas da Gronelândia é limitada pela informação dis-ponível no pequeno aflora-mento”, argumentou.

Vickie Bennett, da Univer-sidade Nacional Australiana, que também trabalhou no es-tudo, defendeu-se assinalan-do que os resultados da inves-tigação “viram o estudo da habitabilidade planetária do avesso”. “Em vez de especu-lar sobre possíveis ambientes primitivos, pela primeira vez temos rochas que sabemos que registaram as condições e ambientes que sustentaram o início da vida”, acrescentou.

Esta descoberta pode aju-

dar na busca de vida em Mar-te, considerado o planeta do sistema solar mais propício para a existência de formas de vida microbianas.

Acredita-se que o Planeta Vermelho em alguma época teve água e uma atmosfera, que, juntamente com o calor, poderiam fornecer as condi-ções adequadas para a vida bacteriana.

“Há 3,7 bilhões de anos,

Marte provavelmente ainda era húmido e provavelmente até ainda tinha oceanos”, ex-plica Allen Nutman, à agência France Press.

“Se a vida se desenvolveu tão rapidamente na Terra, permitindo a formação des-te estromatólitos, poderá ser mais fácil detectar sinais de vida em Marte”, poruqe, se-gundo frisa “em vez de estu-dar unicamente a ‘assinatura’

química do planeta, talvez possamos ver coisas como os estromatólitos nas imagens de Marte”, explica.

Até hoje, a mais antiga prova de vida na Terra fora descoberta em 2006 por pes-quisadores australianos e canadianos, nas rochas de Strelley Pool Chert, na região Pilbara na Austrália. Tinha 3,5 biliões de anos.JTM com agências internacionais

• • • ROTEIRO

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• • •CINEMA

Uma vida de grande êxito, que atinge sem renunciar às suas ori-gens em Veracruz, onde ainda é

recordada como aquela jovem brincalho-na que fugia do colégio para comer tacos.

“A rebeldia para ela era poder escapar (do colégio) para uma bebida ou alguns taquinhos”, contou à agência Efe Mer-cedes Ortega, professora da Escola Mar-garita Oliveira Lara, onde Hayek cursou grande parte do ensino primário e médio.

A professora, que aos 75 anos conti-nua empregada neste centro educativo como funcionária administrativa, rec-corda Hayek como uma menina “alegre, uma excelente ginasta e não menos ex-celente dançarina” que, além disso, era “muito boa companheira” e “carinhosa”.

Oriunda de Coatzacoalcos, um porto do estado de Veracruz, no Golfo do Méxi-co, Salma Hayek provém de uma família de classe média e de origem libanesa por parte de seu pai, um homem de negócios e político, e a actriz. Sempre teve uma in-clinação natural para a arte o que deverá ter tida a influência da sua mãe, cantora de ópera de ascendência espanhola.

Salma viveu grande parte de sua infância e juventude nesta cidade que, naquela época, não chegava aos 100 mil habitantes, apesar de aos 12 anos ter pas-sado uma temporada num colégio reli-gioso da Louisiana, onde aperfeiçoou o inglês.

No regresso, e após completar os estu-

• • • E AINDA

A mexicana Salma Hayek completou 50 anos na última sexta-feira considerada como a maior referência latina do cinema internacional graças ao seu trabalho de actriz, produtora e empresária

dos no Margarita Oliveira Lara, começou uma carreira universitária que em breve deixaria, para concentrar-se nas artes.

Hayek fez um curso no Centro de Educação Artística (CEA) da poderosa emissora mexicana “Televisa” e, após al-guns papéis secundários, conquistou o pequeno écran na novela “Teresa” (1989), seu primeiro e único papel principal na televisão.

Tão baixa (1,57 metros) quanto atrevi-da, no início da década de 9, Salma Hayek desembarcou em Hollywood teve dois papéis iniciais e em 1995 rumou à fama internacional com “Desperado” (1995), filme de acção no qual interpretou o inte-resse amoroso de Antonio Banderas.

A este filme seguiu “ From Dusk till Dawn” (1996), com roteiro de Quentin Ta-rantino e no qual Hayek, como em outros papéis do início da sua carreira, explorou

a sua sensualidade curvilínea.“Wild Wild West” (1999), com Will

Smith e Kevin Kline que constituiu um enorme êxito comercial em todo o mun-do tornaram-na conhecida em todo o mundo, mas os sectores intelectuais não esquecem é a sua interpretação da pin-tora Frida Kahio. Em “Frida” (2002), em que também se iniciou na produção, Sal-ma Hayek obteve uma nomeação para o Oscar de Melhor Actriz, bem como vários outros galardões. Nesse Ano o Oscar foi para Nicole Kidman em “The Hours”

“Bandidas” (2006), no qual actuou junto com Penélope Cruz, e “ Savages “ (2012), de Oliver Stone, são também al-guns dos seus filmes mais lembrados.

Além de sua extensa filmografia, de 50 longas-metragens e na qual realizouum filme, “El Milagro de Maldonado” (2002), com a passagem dos anos Hayek despon-

Salma Hayek é referência latina

Sharon Stone vivemomentos aterradoresO site TMZ noticia a actriz Sharon Stone pediu uma ordem de restrição contra o indivíduo, que lhe tem enviado cartas nos últimos cinco anos, mesmo estando preso durante a maioria desse tempo. Nos papéis judiciais, Stone incluiu cartas do fã obcecado, que são, no mínimo, bizarras. “Tenho 11 mulheres escolhidas e teria cerca de 18 filhos (...) e tu estarias sentada na outra ponta da mesa de jantar”. Noutra carta, de Dezembro de 2014, Barnes pede à estrela que lhe leve “dois sacos cheios de diamantes, os meus dois distintivos da CIA, cheques do Departamento do Tesouro [dos EUA] no valor de 20 mil milhões de dólares e o silenciador da minha pistola”. Sharon diz que Philip Barnes lhe escreveu recentemente para dizer que está apto para uma avaliação e que poderá ter alta dentro de quatro meses. Daí a sua urgência em obter a ordem de restrição. E não é a primeira vez que isto acontece.

Irina Shayk magníficana Glamour russaIrina Shayk está deslumbrante no número de Outubro da Glamour da Rússia, onde possui uma enorme multidãoo de fãs que seguem o seu trabalho no dia a dia. A modelo russa de 30 anos posou para o fotógrafo Jonas Bresnan.

Drake e Rihanna assumem relação

A relação de Rihanna e Drake acabou de se tornar ainda mais ternurenta. Como? Além de terem dado o primeiro beijo em público, agora têm inscrito na pele um símbolo da sua história de amor. Tudo começou num concerto do rapper em Miami, depois dos VMAs, em que a cantora de Barbados se juntou em palco para cantarem o êxito ‘Work’. No final da actuação, deram um beijo (super rápido) e, como seria de se esperar, o público enlouqueceu com aquilo que parece a oficialização do romance. Na noite seguinte, Rihanna tatuou um tubarão no tornozelo. O desenho pode parecer aleatório, mas na verdade simboliza um presente que recebeu de Drake no início de Agosto. Os dois terão ido juntos um Oceanário em Toronto, e no final ele ter-lhe-á oferecido um tubarão em peluche. Se depender da vontade dos fãs, vai dar casamento.

tou na indústria como produtora.Foi a responsável por séries de televi-

são como “Ugly Betty” (um enorme êxito internacional) e pelo filme de animação “O Profeta”, que colheu boas críticas e com o qual parece ter-se querido aproxi-mar das suas origens libanesas.

Na última década, já casada com o empresário francês de marcas de luxo François-Henri Pinault, Hayek lançou a linha de cosméticos Nuance, anos depois de ter participado em campanhas de pu-blicidade de marcas de moda e beleza, e de ser considerada uma das celebridades mais bem vestidas do mundo.

A esta faceta empreendedora soma--se o seu trabalho como activista, por meio do qual se encontrou com a paquis-tanesa Malala Yousafzai, a pessoa mais jovem a receber o Nobel da Paz, e visitou campos de refugiados sírios.

Mais recentemente, a actriz também participou de programas televisivos de máxima audiência nos EUA para de-fender o papel dos mexicanos e criticar, com a graça que lhe caracteriza, o candi-dato republicano à presidência, Donald Trump e dedicou-se à educação da sua filha Valentina Paloma, nascida em 2007.

Num mundo tão complicado como o de Hollywood, especialmente cruel com as mulheres à medida que passam os anos, Hayek soube usar com sabedoria o seu talento transformando-se numa das mais influentes mulheres latinas A re-vista “Forbes” deu-se conta disso e, em 2015 considerou-a a quarta mais impor-tante mulher no México.

“Em Hollywood não se pode ser uma mulher de mais de 40 anos. Além disso, tenho sotaque, sou disléxica, baixinha e um pouco forte. Mas, mesmo assim, aqui estou”, declarou a actriz há alguns anos numa entrevista à revista “Harper’s Ba-zaar”.

JTM com agências internacionais

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20 JTM | ÚLTIMA Quarta-feira, 07 de Setembro de 2016 • Fecho da Edição • 23:20 horas

Diz um ditado português que “não há fome que não dê em fartura”.

Em Macau e depois de uns anos de total anarquia do sector dos táxis, estão agora na rua, com mais ou menos multas, os táxis tradicio-nais, os que respondem à aplicação Uber, os da aplicação TaxiGo, e ontem foi anunciado pelo Executivo o vencedor do serviço de radiotelefo-nes, que naturalmente também acabará por ter uma aplicação.

Uma fartura, que se deve ao estado de de-gradação de muitas viaturas, e à gula e ilega-lidades praticadas por muitos motoristas de táxis, que durante anos exploraram de forma ignóbil os incautos clientes. Péssimos proprie-tários e/ou maus profissionais, com a conivên-cia, é bom não esquecer, das Associações do sector, tanto quiseram ganhar que já começam a perder.

Começa a fazer-se justiça e bom será que esta lição seja aprendida e adoptada pelos ser-viços que agora entram na “praça pública”. E também pelo Governo, para que não premeie com aumentos de tarifas, serviços que são uma vergonha para Macau.

ENPASSANTJosé Rocha Diniz

A fome e a fartura...

Festival de Gastronomia vai contar com 120 restaurantesO coordenador do Festival de Gastronomia de Macau, , prevê a participação de 120 a 130 restaurantes no festival deste ano, reve-lando que o Governo reduziu o valor dos subsídios em 8%. Esta diminuição representa um corte de 800 mil patacas, face ao ano anterior. De acordo com o Ou Mun Tin Toi, a responsável pelo restaurante Wong considera que o número de visitantes nos festi-vais tem diminuído nos últimos anos, mas como a oferta continua a ter mercado, acredita que participar no festival vai ajudar a ganhar popularidade. O dono do restaurante “Au” revelou que as receitas aumentaram 20% na edição de 2015, em comparação com 2014. O empresário disse ainda que vai continuar a encorajar os restaurantes a usar utensílios amigos do ambiente.

62 cães passaram no teste do uso de açaimeO Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) re-velou que, até ao dia cinco, 62 cães com peso igual ou superior a 23 quilos ficaram isentos de usar açaime no espaço público, depois de terem sido submetidos à avaliação prevista na Lei de Protecção dos Animais, a vigorar desde o início deste mês. Ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, o IACM referiu que, até ao dia cinco, os fiscais enviados para as zonas públicas ainda não tinham passado qualquer multa. O organismo tem apelado aos donos de animais para algumas regras vigentes no diploma, tais como o uso obrigatório de trela. Em caso de infracção, os donos ficam sujeitos ao pagamento de duas mil patacas, relem-brou o IACM. Quanto ao uso de açaime, o Instituto recordou que desde a entrada em vigor da lei, os donos têm 90 dias para pedir a avaliação dos cães. Caso contrário, arriscam-se ao pagamento de multas entre as quatro mil e as 20 mil patacas. O IACM já treinou 21 fiscais para acompanhar o cumprimento da Lei, além dos fiscais que têm circulado à paisana pela cidade. V.C.

Reforço dos serviços financeiros e internacionalização do renminbi No seminário “Serviços financeiros, estímulo e coo-peração entre a China e os Países de Língua Portu-guesa, com a RAEM como plataforma”, que decorreu em Lisboa, o presidente da Autoridade Monetária de Macau (AMCM), Anselmo Teng, disse que o ter-ritório, pela sua relação privilegiada com Portugal, deverá reforçar o seu papel de plataforma de servi-ços comerciais entre o mercado chinês e os Países de Língua portuguesa, em especial nos serviços finan-ceiros e na maior internacionalização do renmimbi especialmente nos negócios entre a China e Portu-gal. “Com base no volume de importações e exporta-ções entre a China e os países de língua portuguesa, ascendendo a 98,5 biliões de dólares em 2015 (…), pode-se verificar que o espaço de desenvolvimento associado ao uso transfronteiriço do RMB nas relações comerciais a desenvolver pela China e pelos países de língua portuguesa será muito amplo”, disse o presidente da AMCM. Além disso, indicou que a China está interessada em fazer mais investimentos e aquisições em Portugal no sector financeiro e que as que já aconteceram são o início de uma tendência que será reforçada.

Loja de vestuário "Forever 21" rescindiu contratoe sai no final de Outubro da Casa AmarelaChan Chak Mo, proprietário da Casa Amarela junto às Ruí-nas de São Paulo, confirmou ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU que a cadeia norte--americana de roupa e aces-sórios “Forever 21” vai sair do espaço no final deste mês e para atrair um novo inqui-lino vai baixar a renda. “Em toda a Macau, as rendas estão a baixar”, disse o empresário, acrescentando que desconhece a razão da loja de roupa “Forever 21” dei-xar o espaço. Ainda assim, confirmou que o contrato de arrendamento foi alvo de rescisão antecipada, pois só deveria terminar em 2018. Chan Chak Mo revelou que já tem entidades interessadas em ocupar o espa-ço, mas rejeitou revelar qualquer nome, garantindo que será divulgado mais tarde. A “Forever 21” pagava uma renda mensal de 2,5 milhões de patacas e foi ocupar o lugar do restaurante Lvsitanos em 2013, que aban-donou o local devido à elevada renda.

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Argentinos em beijos demorados por café ter discriminado lésbicasDezenas de pessoas reuniram-se em frente a um tradicional café da cidade de Buenos Aires para protestar com um beijo demorado” contra a dis-criminação sofrida ali por um casal de lésbicas dias atrás. Apesar do frio e da chuva, activistas LGBT reuniram-se frente a La Biela, uma confei-taria localizada no tradicional bairro de Recole-ta, na capital argentina. O objectivo foi repudiar com beijos o suposto episódio de discriminação no qual se viu envolvida Belém Arena, uma jo-

vem de 25 anos, com outra jovem. “Que o amor prevaleça”, gritavam alguns, enquanto um gru-po de lésbicas cantava “Somos a guerrilha da subversão sexual”. A jovem Arena, que já de-nunciou este tipo de situação noutros lugares da cidade, afirmou que espera que alguém do café lhe peça «desculpas públicas», mas que mante-rá o processo até vencê-lo “para que fique uma jurisprudência” de que a discriminação “é um crime e não pode ser cometido”.