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Publicado em 1.11.2011
EDIÇÃO No 45
Setembro/2011
SUMÁRIO Destaques 2
Biodiesel 10
Produção e Capacidade 10
Atos Normativos 10
Localização de Unidades Produtoras
11
Preços e Margens 11
Entregas dos Leilões 13
Preço das Matérias‐Primas 13
Participação das Matérias‐Primas
16
Produção Regional 17
Não Conformidades no Diesel B
17
Consumo Internacional 17
Etanol 18
Produção e Consumo 18
Exportação 19
Frota Flex‐Fluel 19
Atos Normativos 19
Preços e Margens 20
Paridade de Preços 21
Preços do Açúcar 22
Não Conformidades 22
Consumo Internacional 23
APRESENTAÇÃONesta edição, apresentamos informações e dados
sobre produção e preços de biocombustíveis. Como destaques principais do mês, temos:
um estudo sobre a evolução do consumo de etanol no Brasil;
a aprovação de empréstimo‐ponte pelo BNDES para a logística de transporte de etanol;
um estudo sobre a demanda de biodiesel e a capacidade produtiva instalada;
a aprovação, pelos EUA, de matérias‐primas canadenses para a produção de biocombustíveis;
o início de voos regulares com bioquerosene por companhia aérea mexicana;
a realização do primeiro voo espanhol utilizando bioquerosene;
a realização de voo comercial com bioquerosene por empresa francesa;
a geração, pelo Brasil, de energia elétrica a partir do etanol na Antártida;
a assinatura de termo de cooperação para o desenvolvimento da cadeia de biodiesel no Nordeste entre a SUDENE e o CETENE;
o crescimento do número de iniciativas de uso de biocombustíveis no transporte público;
a previsão de queda da produção em 2011 pela indústria de biodiesel europeia;
a concessão de patente de método de medição de percentual de mistura de biodiesel à empresa pública brasileira;
a utilização do B5 na Tailândia para redução do excesso de óleo de palma;
a seleção, pelo MDA, de entidade para atuação na cultura da macaúba; e
os resultados do Releilão referente ao 23º Leilão de Biodiesel.
O Boletim é parte do esforço contínuo do Departamento de Combustíveis Renováveis (DCR) em tornar transparentes as informações sobre biocombustíveis, divulgando‐as de forma consolidada a agentes do setor, órgãos públicos, universidades, associações, imprensa e público em geral.
O Boletim é distribuído gratuitamente por e‐mail e está disponível para consulta no endereço virtual www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html.
Muito obrigado,
A Equipe do DCR
Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis
BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS
BOLET IM MENSAL DOS COMBUST ÍVE I S RENOVÁVE I S NO 45 SETEMBRO/2011
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DESTAQUES
Evolução do consumo de etanol no Brasil O consumo de etanol hidratado no País, desde a introdução dos veículos flex‐fuel (em 2003), tem apresentado um crescimento espetacular, várias vezes superior ao aumento do Produto Interno Bruto (PIB). O ano de 2005 foi o de menor crescimento, com 3,4% em relação ao ano anterior e contra um PIB de 3,2%, como mostra o gráfico abaixo. O desempenho deste biocombustível, inclusive, não guardou relação com o comportamento dos demais combustíveis. Historicamente, por exemplo, o consumo da Gasolina C (Gasolina A + Etanol Anidro) e do Diesel acompanham, de forma muito próxima, o crescimento do PIB.
Esse desempenho do etanol fica mais evidenciado quando mostrado na forma de crescimento acumulado no período (próximo gráfico). Em comparação aos níveis de 2003, quando começaram as vendas dos veículos flex‐fuel, o ápice do consumo de etanol hidratado foi em 2009, com crescimento de 408% no período, ou 16,4 milhões de m³ demandados apenas nesse ano. No mesmo período, o crescimento do consumo de gasolina e diesel foi de cerca de 20%, no acumulado.
Entretanto, desde então, o consumo de etanol tem caído. Projeta‐se, para 2011, uma queda em torno de 25% no ano, superando a redução de 8,5% observada em 2010. Diversos fatores contribuíram para que houvesse queda na oferta de etanol no País, dentre os quais podemos mencionar: chuvas excessivas na safra 2009/2010; seca na safra 2010/2011; queda na produtividade por falta de renovação dos canaviais; aumento dos custos de produção associados à diminuição da competitividade com a gasolina inibiram novos investimentos; etc.
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O gráfico a seguir mostra a variação do consumo acumulado de etanol hidratado e a paridade de preços do etanol ao consumidor. Nos anos de 2007, 2008 e 2009, o preço do etanol na bomba estava mais favorável ao consumidor quando comparado ao preço da gasolina. No entanto, desde 2010, o preço da gasolina está mais atraente para o consumidor.
Considerando‐se os volumes comercializados mensalmente no País e a paridade média de preços ponderada pelos mercados de cada estado, podemos obter a curva de consumo de etanol hidratado pela frota flex‐fuel.O percentual de utilização de hidratado em veículos flex‐fuel reflete, no agregado, a paridade de preços. Até novembro/2009, este consumo foi sempre superior a 75%. Em fevereiro de 2010, este valor caiu para 46% e atingiu seu menor valor no mês de abril de 2010, quando foi registrado que apenas 17% dos proprietários de veículos flex‐fuel no país abasteceram seus veículos com hidratado. Na próxima edição do boletim, faremos a apresentação da metodologia adotada para se estimar o consumo de etanol hidratado pelos veículos flex‐fuel em todos os estados.
BNDES aprova empréstimo‐ponte de R$ 1,7 bi para logística de transporte de etanol
O BNDES aprovou empréstimo‐ponte no valor de R$ 1,7 bilhão à Lógum Logística. Os recursos serão utilizados na implantação de um duto para o transporte de etanol e na instalação de centros coletores do produto. O sistema logístico de transporte de etanol a ser implantado faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e contempla 1.330 km de dutos, com capacidade de transporte de 20,8 milhões de metros cúbicos por ano e dez terminais de armazenamento de etanol.
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O sistema ligará as principais regiões produtoras de etanol (São Paulo, Goiás, Triângulo Mineiro, sul e sudeste de Mato Grosso do Sul e norte do Paraná) aos centros consumidores da Grande São Paulo e do Rio de Janeiro, bem como aos terminais marítimos de Ilha D’Água (RJ) e Caraguatatuba (SP), para exportação e/ou cabotagem do etanol para os demais centros consumidores do País.
O empréstimo‐ponte financiará a primeira etapa do projeto, que abrange os trechos de Ribeirão Preto‐Paulínia, Uberaba‐Ribeirão Preto e Anhembi‐Paulínia, e os terminais de Ribeirão Preto, Uberaba, Anhembi e Araçatuba. O investimento proporcionará um meio de transporte mais rápido e confiável, de menor custo e menos poluente se comparado ao modal rodoviário, atualmente preponderante.
Além disso, a otimização de fluxo e de armazenagem do produto em regiões mais próximas aos centros consumidores contribuirá para reduzir a volatilidade do mercado, ao proporcionar maior regularidade de oferta e estabilidade de preços. O projeto contribuirá ainda para a consolidação do Brasil no mercado internacional de produção e comercialização de etanol.
Fonte: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ‐ BNDES (www.bndes.gov.br)
Crescimento da demanda de biodiesel no Brasil não reduz ociosidade das usinas Desde o início do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), a demanda de biodiesel no Brasil vem crescendo ano a ano, principalmente com o obrigatoriedade da mistura obrigatória em 2008 (B2), momento em que se iniciaram os Leilões de Biodiesel promovidos pela ANP. A taxa média de ociosidade da capacidade instalada durante o período da mistura obrigatória é de 52%. Apesar de a demanda vir crescendo continuamente desde o início da mistura obrigatória, a ociosidade da capacidade produtiva instalada continua, conforme pode ser observado no gráfico a seguir.
Estados Unidos aprovam matérias‐primas canadenses para a produção de biocombustíveis
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (U.S. Environmental Protection Agency ‐ EPA) aprovou o requerimento do governo canadense sobre a utilização da abordagem agregada para utilização de matérias‐primas para a produção de biodiesel nos Estados Unidos. A decisão significa que os biocombustíveis produzidos por usinas canadenses que utilizem matérias‐primas como a canola e o milho, por exemplo, poderão ser vendidos nos EUA. Além disso, também significa que os biocombustíveis produzidos nos EUA a partir de matérias‐primas canadenses poderão ser comercializados nos EUA.
Essa questão surgiu em fevereiro de 2010 quando a EPA introduziu diretrizes para atingir as metas do Padrão de Combustíveis Renováveis (Renewable Fuel Standards ‐ RFS2). Em dezembro de 2010, a EPA publicou um regulamento fornecendo uma metodologia agregada de uso da terra para observância por matérias‐primas estrangeiras.
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Para avaliar o pedido canadense, a EPA utilizou diversos fatores como auxílio para a decisão. Umas das principais considerações foram os dados fornecidos pelo governo canadense mostrando que a área total disponível para produzir matérias‐primas era equivalente, porém não maior do que o programa norte‐americano de conservação de terras de 2007 (U.S. Conservation Reserve Program). A EPA utilizou uma combinação de imagens de satélite, fotografias aéreas, dados de censos, pesquisas agrícolas e modelagem econômica para determinar a qualificação de 123 milhões de acres.
Dessa forma, o Canadá se torna o primeiro país além dos EUA a receber a aprovação da EPA. A designação pela EPA dos produtos agrícolas canadenses como biomassa renovável permitirá que os produtores americanos de biocombustível recebam incentivos tributários.
Fonte: Canola Council of Canada (www.canolacouncil.org); Reuters (www.reuters.com) e Biodiesel Magazine (www.biodieselmagazine.com)
Companhia aérea mexicana inicia voos regulares com bioquerosene
A companhia AeroMéxico, a maior do país, anunciou o início dos seus voos verdes, que serão realizados todas as terças‐feiras entre a cidade do México e San José, na Costa Rica, utilizando aviões Boeing 737. As aeronaves utilizarão uma mistura de QAV (querosene de aviação) convencional, de origem fóssil, com bioquerosene. A mistura será de 25% de bioquerosene produzido a partir de óleos de plantas cultivadas em áreas marginais ou desérticas com 75% de QAV fóssil.
A indústria de aviação mexicana espera que os biocombustíveis sejam responsáveis por 1% do consumo total de combustíveis em 2015 e tenham a participação de 15% em 2020.
Fonte: FOX News (http://latino.foxnews.com/index.html)
Realizado o primeiro voo espanhol utilizando bioquerosene
A companhia aérea Iberia realizou o primeiro voo utilizando bioquerosene em território espanhol. O Airbus A320 utilizou uma mistura de QAV (querosene de aviação) convencional e bioquerosene à base de camelina na proporção de 75% fóssil e 25% biocombustível. A rota selecionada para a realização do voo foi a ponte aérea Madrid/Barcelona. A aeronave percorreu com sucesso o trajeto e, durante o voo, foram consumidos 2.600 kg da mistura, o que permitiu uma redução nas emissões de 1.500 kg de CO2. O bioquerosene parafínico sintetizado, avaliado e acreditado pela Repsol em seu centro de tecnologia, permite uma redução de emissões de gases do efeito estufa em cerca de 20%.
Fonte: Repsol (www.repsol.com) e El País (www.elpais.com)
Empresa francesa realiza voo comercial com bioquerosene
A companhia Air France realizou voo comercial entre Toulouse e Paris, na França. O voo de 80 minutos (570 km) foi apresentado como o voo com a menor emissão de gases poluentes do mundo. O trajeto foi feito por um Airbus A321 abastecido por bioquerosene obtido a partir de óleo de fritura misturado na proporção de 50% com querosene de aviação convencional (QAV).
Além disso, o voo comercial combinou, pela primeira vez, o uso de biocombustível com gerenciamento otimizado de tráfego aéreo. A combinação dessas tecnologias contribuiu para a redução das emissões de CO2 pela metade (para 54 gramas por passageiro e quilômetro, o que equivale a uma eficiência de 2,2 litros de combustível por passageiro e 100 km).
Fonte: Globo (http://g1.globo.com) e Airbus (www.airbus.com)
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Brasil irá gerar energia elétrica com etanol na Antártida
O Brasil será o primeiro país a ter energia elétrica gerada tendo como matéria‐prima o etanol no continente antártico. A partir de novembro, a estação de pesquisa Antártica Comandante Ferraz ‐ EACF (inaugurada em 1984) irá substituir o diesel mineral por etanol hidratado na produção de eletricidade. A iniciativa conta com investimentos de R$ 2,5 milhões vindos de parceria entre a Petrobras Biocombustível, Vale Soluções em Energia (VSE) e Marinha do Brasil.
A partir de novembro, será realizado um teste de duração de um ano para análise da utilização de etanol sob condições climáticas extremas. O teste deverá consumir 350 mil litros de etanol hidratado. Foram desenvolvidos tanques especiais sobre trenós para o transporte do etanol, de forma que estes deslizem sobre o gelo.
No próximo ano, a presença brasileira na Antártida completará 30 anos. O início do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) aconteceu em 1982. Por meio desse programa, gerenciado pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), o Brasil realiza estudos sobre os impactos do aumento da concentração de gases de efeito estufa no planeta, além de pesquisas científicas sobre os fenômenos que ocorrem no continente.
A Antártida possui um papel essencial nos sistemas naturais globais. É o principal regulador térmico do Planeta, controla as circulações atmosféricas e oceânicas, influenciando o clima e as condições de vida na Terra. Além disso, é detentora das maiores reservas de gelo (90%) e água doce (70%) do Planeta e de recursos minerais e energéticos incalculáveis.
Fonte: Globo (http://g1.globo.com); Estadão (www.estadao.com.br) e Marinha do Brasil (http://www.mar.mil.br)
SUDENE e CETENE assinam termo de cooperação para desenvolvimento da cadeia de biodiesel no Nordeste
A SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) e o CETENE (Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste) assinaram, no dia 5 de outubro, em Recife, um termo de cooperação para viabilizar as ações do projeto “Desenvolvimento Integrado da Cadeia Produtiva de Biodiesel no Nordeste Brasileiro: Quantidade, Qualidade, Sustentabilidade”. O objetivo do projeto é abrir novas possibilidades de diversificação da matriz energética do Nordeste.
Os estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia serão contemplados com R$ 7 milhões, que serão aplicados em plantios experimentais, aquisição de equipamentos e na Plataforma Qualidade Biodiesel, além de outras ações. A ideia é integrar todos os elos da cadeia produtiva com ações que promovam a inserção de tecnologias que tragam benefícios ao agronegócio e à agricultura familiar, a agregação de valor a subprodutos da agricultura e da indústria de biodiesel; e a geração de energia aliada ao reflorestamento.
Juntamente à SUDENE e ao CETENE, executarão o projeto a Universidade Federal de Pernambuco – UFPE; a Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE; a Universidade Federal da Paraíba UFPB; a Universidade Federal de Campina Grande UFCG; a Universidade Federal do Ceará ‐ UFC, o Instituto de Tecnologia e Pesquisa – ITP; a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia – SECTI; o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA; e a Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico ‐ SEPLANDE/AL.
Fonte: Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste ‐ SUDENE (www.sudene.gov.br)
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Cresce o número de iniciativas de uso de biocombustíveis no transporte público
A cada dia que passa, aumenta o número de iniciativas de uso de biocombustíveis no transporte público. O setor produtivo e os governos locais já iniciaram a viabilização do uso de biocombustíveis no transporte público urbano em frotas cativas ou testes experimentais com misturas contendo teores diferentes daqueles previstos na legislação.
No entanto, apesar de o número dessas iniciativas estar aumentando, ainda é preciso que haja uma maior articulação entre as empresas produtoras de biocombustíveis e as grandes empresas de viação, de forma a maximizar as externalidades positivas trazidas pelo uso de biocombustíveis. Além do benefício ambiental de redução das emissões e consequente melhoria da qualidade do ar nas cidades, as empresas produtoras de biocombustíveis podem aproveitar essas iniciativas para expandir suas vendas e maximizar suas receitas.
Um exemplo disso é a possibilidade que as empresas de biodiesel têm de fornecer seu produto diretamente às empresas de transporte público fora dos Leilões de Biodiesel promovidos pela ANP. De acordo com dados da própria ANP, o consumo autorizado para o uso experimental e para o uso específico em ônibus ultrapassa 43 mil m³ de biodiesel por ano.
Para o uso experimental ou em frotas cativas, é necessário que as empresas obtenham autorização da ANP. A Resolução ANP nº 2/2008 disciplina o uso específico de biodiesel ou de sua mistura com óleo diesel B em teor diverso do autorizado por legislação, em frota cativa ou equipamento industrial. Já a Resolução nº 18/2007 regulamenta o uso experimental do biodiesel.
No Brasil, merecem destaque iniciativas nas cidades de Curitiba e São Paulo. Em Curitiba, ônibus de transporte coletivo utilizam o B100 (100% de biodiesel). O projeto da URBS – Urbanização de Curitiba de uso do B100 começou em agosto de 2009 com uma frota de seis ônibus circulando na Linha Verde. Devido aos bons resultados das reduções das emissões de poluentes, espera‐se que a frota seja expandida para 150 ônibus até 2012.
Já em São Paulo, o Programa Ecofrota, lançado pela Prefeitura de São Paulo em fevereiro de 2011, visa reduzir progressivamente a utilização de combustíveis fósseis na cidade de São Paulo. Com o início do Programa, todos os ônibus movidos por algum tipo de tecnologia limpa como o biodiesel, o etanol e a energia elétrica, serão identificados por um selo com a marca Ecofrota e o tipo de combustível utilizado. Além dos 50 ônibus movidos com 100% de etanol, outros 1.200 ônibus movidos com a mistura B20 (80% de diesel S50 e 20% de biodiesel) já circulam na cidade desde fevereiro. A SPTrans também realiza testes com ônibus abastecidos com diesel de cana‐de‐açúcar e com os ônibus híbridos (motores a diesel e elétrico).
A legislação ambiental da capital paulista prevê que todos os ônibus destinados ao transporte público na cidade sejam movidos a combustíveis renováveis até 2018, de acordo com as determinações da Política Municipal de Mudanças do Clima, instituída pela Lei nº 14.933, de 5 de junho de 2009.
A utilização do B20 nesses ônibus deve reduzir a emissão de material particulado, de monóxido de carbono e de hidrocarbonetos despejados na atmosfera da capital, além de atingir 15% da meta anual de redução de combustíveis fósseis no sistema de transporte público, prevista na Lei de Mudanças do Clima.
Fonte: Prefeitura de São Paulo (www.capital.sp.gov.br), SPTrans (www.sptrans.com.br) e ANP (www.anp.gov.br). Elaboração: Ministério de Minas e Energia – MME
Indústria de biodiesel europeia prevê queda da produção em 2011
O European Biodiesel Board – EBB estima que, pela primeira vez, a produção europeia total de biodiesel se reduzirá em relação ao ano anterior. Contribuíram para uma menor produção as crescentes importações de terceiros países como a Argentina e a Indonésia, bem como medidas de evasão da América do Norte. No ano de 2010, a União Europeia – EU importou 2,1 milhões de m³ de biodiesel e produziu cerca de 10,7 milhões de m³. A previsão é de que a produção de 2011 fique abaixo de 9 milhões de m³.
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Em julho de 2011, a capacidade de produção de biodiesel europeia alcançou 24,7 milhões de m³, sendo que a indústria utiliza 44% do total. Dados de julho mostram que o número de unidades produtoras é de 254. Essa base industrial é resultado de investimentos planejados antes de 2007 em função dos objetivos ambiciosos das autoridades da União Europeia de consumo de biocombustíveis.
Em 2011, a Alemanha continuará sendo o maior produtor de biodiesel, seguido da França. Espera‐se que a Itália ultrapasse a Espanha e se torne o 3º maior produtor europeu. O EBB é uma organização não lucrativa criada em 1997 e visa promover o uso do biodiesel na UE, representando os maiores produtores de biodiesel daquele continente.
Fonte: European Biodiesel Board – EBB (www.ebb‐eu.org)
Patente de método de medição de percentual de mistura de biodiesel é concedida à empresa pública brasileira
O USPTO – United States Patent and Trademark Office (órgão do Department of Commerce do Governo Norte‐Americano) concedeu ao TECPAR – Instituto de Tecnologia do Paraná a primeira patente de um método que permite verificar o percentual de biodiesel no diesel. O método foi desenvolvido por pesquisadores do TECPAR e dois professores do Departamento de Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O resultado do pedido de patente junto ao órgão norte‐americano durou dois anos. Um pedido de exame prioritário já foi feito junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual – INPI.
As principais vantagens desse método, que basicamente consiste na análise das variações decorrentes da emissão de radiação infravermelha no combustível, são sua simplicidade e a possibilidade de ser utilizado em equipamentos portáteis, facilitando o trabalho de fiscalização nos postos de revenda de combustíveis.
O TECPAR procura parcerias no Brasil e nos exterior para desenvolver um equipamento portátil de medição de mistura de biodiesel utilizando esse método e pretende licenciar a patente no Brasil, nos EUA e em outros países.
O TECPAR, uma empresa pública, vinculada à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, atua em pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação.
Fonte: Núcleo de Inovação Tecnológica do Paraná ‐ NITPAR (http://nitpar.pr.gov.br/) e Instituto de Tecnologia do Paraná ‐ TECPAR (http://portal.tecpar.br/)
Tailândia utilizará apenas o B5 para reduzir excesso de óleo de palma
O Ministério de Energia da Tailândia determinou que os postos de combustíveis do país vendam, temporariamente, apenas um tipo de mistura de biodiesel com diesel fóssil como parte dos esforços do governo em reduzir o excesso de oferta de óleo de palma.
Apenas o B5 (5% de biodiesel de óleo de palma e 95% de diesel) estará disponível entre 21 de outubro e 31 de dezembro de 2011. Normalmente, os postos de combustíveis tailandeses são autorizados a vender as misturas B5 e B4. Espera‐se que, com a limitação temporária nas vendas do B4, o consumo de óleo de palma aumente em 5 mil toneladas por mês.
Fonte: Palm Oil HQ (www.palmoilhq.com)
MDA seleciona entidade para atuar na cultura da macaúba
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), por meio da Coordenação Geral de Biocombustíveis da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), lançou Chamamento Público para a seleção de um projeto de entidade privada sem fins lucrativos para atuar na cultura da macaúba. O chamamento foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) do dia 19 de outubro.
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O objetivo do projeto é a implantação de unidades técnicas de observação em sistemas de produção agroflorestal da oleaginosa para a cadeia do biodiesel e planejamento para uso e manejo das populações nativas da macaúba no Pontal do Paranapanema (SP), no âmbito da agricultura familiar.
Serão contempladas, no chamamento, as comunidades rurais dos municípios de Teodoro Sampaio, Mirante do Paranapanema, Presidente Epitácio e Caiuá. Na região, existem, aproximadamente, 5 mil hectares de área plantada nativa da macaúba com potencial de manejo imediato.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA (www.mda.gov.br)
Divulgação do Releilão de Biodiesel referente ao 23º Leilão de Biodiesel
Seguindo as diretrizes dadas pela Portaria MME nº 274/2011, foi divulgado, pela Agência Nacional do Petroleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, em seu sítio na Internet, o resultado da comercialização de biodiesel pelos produtores de diesel referente ao 23º Leilão de Biodiesel promovido pela ANP, com entregas no 4º trimestre de 2011. No quadro a seguir, são apresentados os dados divulgados.
Volume
Comercializado
Preço Médio
de Venda
(m³) (R$ / m³)
PETROBRAS ADM Rondonópolis MT 16.050 2.440
PETROBRAS Amazonbio Ji Paraná RO 1.350 2.479
PETROBRAS Barralcool Barra dos Bugres MT 6.800 2.427
PETROBRAS Binatural Formosa GO 20.900 2.476
PETROBRAS Biocamp Campo Verde MT 11.060 2.410
PETROBRAS Biocapital Charqueada SP 6.959 2.510
PETROBRAS Biocar Dourados MS 1.500 2.390
PETROBRAS Bionasa Porangatu GO 22.550 2.444
PETROBRAS Biopar MT Nova Marilândia MT 2.300 2.375
PETROBRAS Biopar PR Rolândia PR 5.000 2.410
PETROBRAS Biosep Três Pontas MG 2.350 2.496
PETROBRAS Biotins Paraíso do Tocantins TO 4.050 2.653
PETROBRAS Bioverde Taubaté SP 20.500 2.532
PETROBRAS Brasil Ecodiesel BA Iraquara BA 10.258 2.715
PETROBRAS Brasil Ecodiesel TO Porto Nacional TO 24.911 2.665
PETROBRAS BSBios Passo Fundo RS 27.100 2.390
PETROBRAS BSBios Marialva Marialva PR 23.200 2.437
PETROBRAS Caibiense Rondonópolis MT 1.919 2.410
PETROBRAS Camera Ijuí RS 28.600 2.370
PETROBRAS Caramuru‐Ipameri Ipameri GO 26.200 2.506
PETROBRAS Caramuru‐São Simão São Simão GO 39.800 2.494
PETROBRAS Cooperbio‐Cuiabá Cuiabá MT 11.194 2.414
PETROBRAS Delta Rio Brilhante MS 10.982 2.416
PETROBRAS Fiagril Lucas do Rio Verde MT 38.800 2.375
PETROBRAS Granol GO Anápolis GO 38.100 2.471
PETROBRAS Granol RS Cachoeira do Sul RS 38.700 2.356
PETROBRAS Grupal Sorriso MT 5.650 2.361
PETROBRAS JBS Lins SP 18.280 2.485
PETROBRAS Minerva Palmeiras de Goiás GO 1.000 2.387
PETROBRAS Oleoplan Veranópolis RS 54.230 2.379
PETROBRAS Olfar Erechim RS 32.685 2.380
PETROBRAS PBio BA Candeias BA 31.950 2.744
PETROBRAS PBio CE Quixadá CE 10.000 2.793
PETROBRAS PBio MG Montes Claros MG 21.600 2.490
PETROBRAS SP Bio Sumaré SP 1.000 2.490
617.528 2.467TOTAL
Produtor de
Diesel
Unidade Produtora
de BiodieselMunicípio UF
Fonte: ANP (www.anp.gov.br > Biocombustíveis > Biodiesel)
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BIODIESEL
Biodiesel: Evolução da Produção e da Capacidade Produtiva Mensais
Em setembro de 2011, dados preliminares, com base nas entregas dos leilões promovidos pela ANP, mostram que a produção estimada no mês foi de 243 mil m³. No acumulado do ano, acrescido da estimativa para setembro, a produção atingiu 1.955 mil m³, um aumento médio de 9% em relação ao mesmo período de 2010 (1.790 mil m³).
A capacidade instalada, em agosto de 2011, ficou em 6.007 mil m³/ano (500 mil m³/mês). Dessa capacidade, 79% são referentes às empresas detentoras do Selo Combustível Social.
Biodiesel: Atos Normativos e Autorizações de Produtores em Setembro
Atos Normativos Resolução ANP no 46/2011, que estabelece os requisitos para cadastramento de laboratórios
interessados em realizar ensaios de biodiesel destinado à comercialização no território nacional; e Avisos de Adjudicação e Homologação do Leilão 035/2011 ‐ ANP – referente à aquisição de biodiesel
para o 4º trimestre 2011;
Produtores Autorização de Ampliação da Produção no 400/2011 (Amazombio‐RO – capacidade de 90 m³/d); e
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Despacho do Diretor Geral ANP nos 1.161/2011 (cancela as Autorizações ANP nos 165/2005 e 73/2009 – Biolix – Rolândia‐PR) e 1.162/2011 (cancela as Autorizações ANP nos 180/2008 e 121/2009 – B100 – Araxá‐MG).
Testes e Usos Específicos
Autorizações ANP nos 401/2011 (Viação Cidade de Dutra ‐ uso específico de B20 – São Paulo‐SP), 402/2011 (Viação Santa Brígida ‐ uso experimental de combustível não especificado – 85% de diesel A S50, 5% de biodiesel e 10% de óleo diesel de cana‐de‐açúcar – São Paulo‐SP), 427/2011 (Aggreko Energia Locação de Geradores ‐ uso específico de B20 – “Rock in Rio” Rio de Janeiro‐RJ).
Biodiesel: Localização das Unidades Produtoras
Biodiesel: Evolução de Preços e Margens
O gráfico a seguir apresenta a evolução de preços de biodiesel (B100) e de diesel no produtor, na mesma base de comparação (com PIS/COFINS e CIDE, sem ICMS). Os demais gráficos mostram os preços de venda da mistura obrigatória ao consumidor e ao posto revendedor final. Mostra‐se, também, o comportamento das margens de revenda.
Região nº usinasCapacidade Instalada
mil m3/ano %
N 6 193 3%
NE 6 741 12%
CO 25 2.395 40%
SE 13 1.144 19%
S 8 1.534 26%
Total 58 6.007 100% OBS: contempla apenas usinas com Autorização de Comercialização na ANP e Registro Especial na RFB/MF. Posição em 30/09/2011
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No mês de setembro, o preço médio de venda da mistura B5 ao consumidor apresentou acréscimo de 0,7%, na média nacional, em relação ao mês anterior. No preço intermediário (venda pelas distribuidoras aos postos revendedores), houve 1,5% de acréscimo.
A margem bruta de revenda da mistura B5, por sua vez, apresentou um decréscimo de 4,5%. É importante lembrar que esta margem é calculada pela diferença entre o preço de venda ao consumidor final e o preço de aquisição do produto pelo posto revendedor. Representa, em tese, a lucratividade bruta do posto revendedor por cada litro de combustível comercializado.
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Biodiesel: Evolução das Entregas nos Leilões e Demanda Estimada
O gráfico abaixo apresenta as entregas nos leilões promovidos pela ANP e nos leilões de estoque. Mostra‐se, também, a demanda de biodiesel estimada.
O desempenho médio das entregas nos leilões públicos promovidos pela ANP é mostrado no gráfico a seguir. Contratualmente, a faixa de variação das entregas permitida é entre 90% e 110% na média trimestral. Em setembro, terceiro mês das entregas do 22º Leilão, a performance média ficou em 104%.
Biodiesel: Evolução dos Preços das Matérias‐Primas
O gráfico abaixo apresenta a evolução histórica do preço da soja em grão em São Paulo, Bahia e Mato Grosso.
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Na continuação, apresentamos as séries históricas do preço do óleo de soja em São Paulo, em Rosário (Argentina) e na Bolsa de Chicago (Estados Unidos), estas últimas convertidas para Real (R$) por litro.
No gráfico a seguir, apresentamos as cotações internacionais de outras matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel. Posteriormente, apresentamos as cotações do sebo bovino.
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No próximo gráfico, é mostrada a variação acumulada do óleo e do grão de soja.
No próximo gráfico, apresentamos as cotações dos preços de exportação e importação brasileiras de matérias‐primas que podem ser utilizadas na produção de biodiesel. Na sequência, apresentamos uma comparação entre os preços do óleo de soja em São Paulo e os preços do óleo de soja nas exportações brasileiras.
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O gráfico abaixo apresenta a evolução de preços do biodiesel nos leilões promovidos pela ANP, comparados a outras commodities. Todos os valores foram convertidos para uma mesma base (US$/BBL), sem tributos.
As cotações de insumos alcoólicos utilizados na produção de biodiesel são apresentadas na continuação.
Biodiesel: Evolução da Participação das Matérias‐Primas
O gráfico a seguir apresenta a evolução da participação das matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel. No mês de agosto, a participação das três principais matérias‐primas foi: 86,3% (soja), 9,0% (gordura bovina) e 2,8% (algodão).
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Biodiesel: Evolução da Distribuição Regional da Produção
A produção regional, em agosto de 2011, apresentou a seguinte disribuição: 37,1% (Centro‐Oeste), 36,9% (Sul), 17,1% (Sudeste), 5,3% (Nordeste) e 3,5% (Norte).
Biodiesel: Não Conformidades no Óleo Diesel (B5)
A ANP analisou 7.381 amostras da mistura B5 comercializada no mês de setembro. O teor de biodiesel fora das especificações representou 41,5% do total de não conformidades identificadas. Em agosto, o teor de biodiesel representou 36,8% do total de não conformidades.
Biodiesel: Evolução do Consumo em Países Selecionados
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ETANOL
Etanol: Evolução da Produção e Consumo Mensais
A produção de etanol anidro está em alta expressiva na Safra 2011/2012. Até setembro, foram produzidos 6,73 milhões de m3. Enquanto o acumulado da produção de anidro cresceu 19% em relação à safra anterior, a produção de hidratado caiu 27,8% no período. O acumulado da produção de açúcar também teve queda de 13%.
De acordo com os produtores, mantido o ritmo de moagem quinzenal de 40 milhões de toneladas de cana, a safra deverá ser encerrada em meados de novembro em grande parte das unidades produtoras da região Centro‐Sul.
Em setembro, o consumo de etanol carburante aumentou 6% em relação ao mês anteior. O principal responsável pelo aumento foi o anidro, que apresentou aumento de 22%. A redução da demanda de hidratado foi de 3%, acançando o patamar de 1.077 mil m3. A partir de outubro, é esperada uma queda no consumo de etanol anidro devido à alteração do percentual de mistura para 20%, que deverá situar‐se em torno de 500 mil m³.
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Etanol: Evolução das Exportações
Em setembro, as exportações brasileiras de etanol foram de 174,3 mil m3. O preço médio (FOB), em setembro, teve um aumento de 11,3% em relação ao mês anterior, atingindo o valor de US$ 0,80/litro. Os principais destinos, em setembro, foram EUA (55,5 mil m3), Coreia do Sul (21,4 mil m3) e Turquia (20,6 mil m3).
De janeiro a setembro, foram exportados 1.176 mil m3 de etanol, uma queda de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações para o mercado norte‐americano, neste ano, de forma direta e indireta (via CBI – CAFTA), totalizaram 534,3 mil m3, 84% superior ao mesmo período do ano anterior.
As importações brasileiras de etanol, em setembro, somaram 81 m3 de etanol. O pequeno volume importado neste último mês não configura aparentemente uma importação de etanol combustível. O preço médio (FOB) dessas importações foi de US$ 2,8/litro. As importações de etanol totalizam 592mil m3 até setembro deste ano, com um preço médio de US$ 0,7321/litro.
Etanol: Evolução da Frota Flex‐Fuel
O número de licenciamento de veículos leves em setembro de 2011 foi de 293,6 mil, apresentando um aumento de 0,7% em relação a setembro de 2010. Desse total, os carros flex‐fuel representaram 82%. Em setembro, o setor automotivo alcançou a marca de 14,6 milhões de veículos flex‐fuel licenciados desde 2003 e a participação estimada na frota total de veículos leves é de 46%. No entanto, ressalta‐se o aumento da participação dos veículos à gasolina, devido ao aumento significativo, nos últimos meses, do licenciamento de veículos importados.
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Etanol: Evolução dos Preços do Etanol Hidratado
Etanol: Evolução das Margens de Comercialização do Etanol Hidratado
Etanol: Evolução de Preços de Anidro e Hidratado no Produtor (Centro‐Sul)
Mesmo no perído da safra, o preço do etanol anidro voltou a aumentar diante da perspectiva de uma oferta de etanol reduzida. O preço do anidro no produtor, em setembro, teve uma alta de 1,2% em relação a agosto, atingindo o valor médio de R$ 1,38/litro. O etanol hidratado também teve uma alta de 0,6%, atingindo o valor médio de R$ 1,20/litro. Comparado aos preços de agosto de 2010, em 2011, o anidro está 31% maior e o hidratado 35% maior.
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Etanol: Evolução Histórica da Paridade de Preços – Média Mensal
Etanol: Paridade de Preço – Semana de 09.10.2011 a 15.10.2011
Diante de uma perpectiva de restrição na oferta de etanol, a paridade de preços, na segunda semana de outubro de 2011, não favoreceu o consumo de etanol hidratado em veículos flex‐fuel nas capitais das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul. Destaque para as cidades de São Paulo, Palmas, Cuiabá e Goiânia, que tiveram paridade abaixo de 70% e a cidade de Boa Vista que teve paridade acima de 87%. São Paulo e Palmas apresentam paridade próxima ao limite de 70%. Na média das capitais, todas as regiões do país apresentam paridades superiores a 70%.
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Etanol: Evolução de Preços do Açúcar e do Petróleo em Relação ao Etanol
Em setembro, o preço do açúcar apresentou aumento de 7,7%, alcançando o valor aproximado de US$ 692/ton. O preço do açúcar está 60% maior que o praticado em setembro de 2010. Já o preço do anidro se mantém em patamar bem superior ao da gasolina na refinaria, cerca de 29% em relação a gasolina. O Petróleo tipo Brent apresentou pequena redução e permanece desde fevereiro de 2011 em um patamar superior ao da gasolina nas refinarias brasileiras.
Etanol: Não Conformidades na Gasolina C
A ANP analisou 8.033 amostras de gasolina C no mês de setembro. A não conformidade (NC) teor de etanol, correspondeu a 22,2% do total das não conformidades. Em agosto, esta NC representou 23,7%.
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Etanol: Não Conformidades no Etanol Hidratado
A ANP analisou 3.987 amostras de etanol hidratado no mês de setembro, das quais 106 apresentaram não conformidades, representando 2,66%. A maioria das não conformidades se refere ao teor alcoólico fora das especificações da ANP.
Ressalva do Editor A reprodução de textos, figuras e informações deste Boletim não é permitida para fins comerciais. Para outros usos, a reprodução é permitida, desde que citada a fonte.
Distr ibuição do Boletim A distribuição do Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis é feita gratuitamente por e‐mail. Aqueles interessados em receber mensalmente essa publicação, favor solicitar cadastramento na lista de distribuição, mediante envio de mensagem para o endereço [email protected]. O Boletim também está disponível para download no sítio http://www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html
Equipe do Departamento de Combustíveis Renováveis Ricardo de Gusmão Dornelles (Diretor), Poliana Ferreira de Souza, Henrique Soares Vieira Magalhães, Luciano Costa de Carvalho, Marlon Arraes Jardim Leal, Paulo Roberto M. F. Costa, Raphael Ehlers dos Santos e Ricardo Borges Gomide.