de combustíveis renováveis boletim mensal dos …...a geração, pelo brasil, de energia elétrica...

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Publicado em 1.11.2011 EDIÇÃO N o 45 Setembro/2011 S UMÁRIO Destaques 2 Biodiesel 10 Produção e Capacidade 10 Atos Normativos 10 Localização de Unidades Produtoras 11 Preços e Margens 11 Entregas dos Leilões 13 Preço das MatériasPrimas 13 Participação das MatériasPrimas 16 Produção Regional 17 Não Conformidades no Diesel B 17 Consumo Internacional 17 Etanol 18 Produção e Consumo 18 Exportação 19 Frota FlexFluel 19 Atos Normativos 19 Preços e Margens 20 Paridade de Preços 21 Preços do Açúcar 22 Não Conformidades 22 Consumo Internacional 23 A PRESENTAÇÃO Nesta edição, apresentamos informações e dados sobre produção e preços de biocombustíveis. Como destaques principais do mês, temos: um estudo sobre a evolução do consumo de etanol no Brasil; a aprovação de empréstimoponte pelo BNDES para a logística de transporte de etanol; um estudo sobre a demanda de biodiesel e a capacidade produtiva instalada; a aprovação, pelos EUA, de matériasprimas canadenses para a produção de biocombustíveis; o início de voos regulares com bioquerosene por companhia aérea mexicana; a realização do primeiro voo espanhol utilizando bioquerosene; a realização de voo comercial com bioquerosene por empresa francesa; a geração, pelo Brasil, de energia elétrica a partir do etanol na Antártida; a assinatura de termo de cooperação para o desenvolvimento da cadeia de biodiesel no Nordeste entre a SUDENE e o CETENE; o crescimento do número de iniciativas de uso de biocombustíveis no transporte público; a previsão de queda da produção em 2011 pela indústria de biodiesel europeia; a concessão de patente de método de medição de percentual de mistura de biodiesel à empresa pública brasileira; a utilização do B5 na Tailândia para redução do excesso de óleo de palma; a seleção, pelo MDA, de entidade para atuação na cultura da macaúba; e os resultados do Releilão referente ao 23º Leilão de Biodiesel. O Boletim é parte do esforço contínuo do Departamento de Combustíveis Renováveis (DCR) em tornar transparentes as informações sobre biocombustíveis, divulgandoas de forma consolidada a agentes do setor, órgãos públicos, universidades, associações, imprensa e público em geral. O Boletim é distribuído gratuitamente por email e está disponível para consulta no endereço virtual www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html. Muito obrigado, A Equipe do DCR Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS

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   Publicado em 1.11.2011

                                  

 

 

 

 

 

 

 

EDIÇÃO No 45 

Setembro/2011 

SUMÁRIO Destaques  2 

Biodiesel  10 

  Produção e Capacidade  10 

  Atos Normativos  10 

 Localização de Unidades Produtoras 

11 

  Preços e Margens  11 

  Entregas dos Leilões  13 

  Preço das Matérias‐Primas  13 

 Participação das Matérias‐Primas 

16 

  Produção Regional  17 

 Não Conformidades no Diesel B 

17 

  Consumo Internacional   17 

Etanol  18 

  Produção e Consumo  18 

  Exportação  19 

  Frota Flex‐Fluel  19 

  Atos Normativos  19 

  Preços e Margens  20 

  Paridade de Preços  21 

  Preços do Açúcar  22 

  Não Conformidades  22 

  Consumo Internacional  23 

 

APRESENTAÇÃONesta  edição,  apresentamos  informações  e  dados 

sobre  produção  e  preços  de  biocombustíveis.  Como destaques principais do mês, temos: 

um estudo sobre a evolução do consumo de etanol no Brasil; 

a aprovação de empréstimo‐ponte pelo BNDES para  a logística de transporte de etanol; 

um  estudo  sobre  a  demanda  de  biodiesel  e  a capacidade produtiva instalada; 

a  aprovação,  pelos  EUA,  de  matérias‐primas canadenses para a produção de biocombustíveis; 

o  início  de  voos  regulares  com  bioquerosene  por companhia aérea mexicana; 

a  realização  do  primeiro  voo  espanhol  utilizando bioquerosene; 

a realização de voo comercial com bioquerosene por empresa francesa; 

a geração, pelo Brasil, de energia elétrica a partir do etanol na Antártida; 

a  assinatura  de  termo  de  cooperação  para  o desenvolvimento  da  cadeia  de  biodiesel  no Nordeste entre a SUDENE e o CETENE; 

o  crescimento  do  número  de  iniciativas  de  uso  de biocombustíveis no transporte público; 

a  previsão  de  queda  da  produção  em  2011  pela indústria de biodiesel europeia; 

a  concessão de patente de método de medição de percentual  de  mistura  de  biodiesel  à  empresa pública brasileira; 

a  utilização  do  B5  na  Tailândia  para  redução  do excesso de óleo de palma; 

a  seleção, pelo MDA, de entidade para atuação na cultura da macaúba; e 

os resultados do Releilão referente ao 23º Leilão de Biodiesel. 

O  Boletim  é  parte  do  esforço  contínuo  do Departamento de Combustíveis Renováveis (DCR) em tornar transparentes  as  informações  sobre  biocombustíveis, divulgando‐as  de  forma  consolidada  a  agentes  do  setor, órgãos  públicos,  universidades,  associações,  imprensa  e público em geral.  

O Boletim é distribuído gratuitamente por e‐mail e está  disponível  para  consulta  no  endereço  virtual www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html. 

Muito obrigado, 

A Equipe do DCR 

Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis

BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS 

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BOLET IM  MENSAL  DOS  COMBUST ÍVE I S  RENOVÁVE I S                                                                                                                         NO 45 SETEMBRO/2011 

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DESTAQUES 

Evolução do consumo de etanol no Brasil  O  consumo  de  etanol  hidratado  no  País,  desde  a  introdução  dos  veículos  flex‐fuel  (em  2003),  tem apresentado  um  crescimento  espetacular,  várias  vezes  superior  ao  aumento  do  Produto  Interno  Bruto (PIB). O ano de 2005 foi o de menor crescimento, com 3,4% em relação ao ano anterior e contra um PIB de 3,2%, como mostra o gráfico abaixo. O desempenho deste biocombustível,  inclusive, não guardou relação com o comportamento dos demais combustíveis. Historicamente, por exemplo, o consumo da Gasolina C (Gasolina A + Etanol Anidro) e do Diesel acompanham, de forma muito próxima, o crescimento do PIB.  

  Esse desempenho do etanol fica mais evidenciado quando mostrado na forma de crescimento acumulado no  período  (próximo  gráfico).  Em  comparação  aos  níveis  de  2003,  quando  começaram  as  vendas  dos veículos  flex‐fuel,  o  ápice  do  consumo  de  etanol  hidratado  foi  em  2009,  com  crescimento  de  408%  no período, ou  16,4 milhões de m³  demandados  apenas nesse  ano. No mesmo período, o  crescimento do consumo de gasolina e diesel foi de cerca de 20%, no acumulado.  

  Entretanto, desde então, o consumo de etanol tem caído. Projeta‐se, para 2011, uma queda em torno de 25% no ano,  superando a  redução de 8,5% observada em 2010. Diversos  fatores  contribuíram para que houvesse   queda na oferta de etanol no País, dentre os quais podemos mencionar: chuvas excessivas na safra 2009/2010; seca na safra 2010/2011; queda na produtividade por falta de renovação dos canaviais; aumento dos  custos de produção  associados  à diminuição da  competitividade    com  a  gasolina  inibiram novos investimentos; etc. 

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O gráfico a seguir mostra a variação do consumo acumulado de etanol hidratado e a paridade de preços do etanol ao consumidor. Nos anos de 2007, 2008 e 2009, o preço do etanol na bomba estava mais favorável ao consumidor quando comparado ao preço da gasolina. No entanto, desde 2010, o preço da gasolina está mais atraente para o consumidor.   

Considerando‐se  os  volumes  comercializados  mensalmente  no  País  e  a  paridade  média  de  preços ponderada pelos mercados de cada estado, podemos obter a curva de consumo de etanol hidratado pela frota flex‐fuel.O percentual de utilização de hidratado em veículos flex‐fuel reflete, no agregado, a paridade de preços. Até novembro/2009, este consumo foi sempre superior a 75%. Em fevereiro de 2010, este valor caiu para 46% e atingiu seu menor valor no mês de abril de 2010, quando foi registrado que apenas 17% dos proprietários de veículos flex‐fuel no país abasteceram seus veículos com hidratado. Na próxima edição do  boletim,  faremos  a  apresentação  da  metodologia  adotada  para  se  estimar  o  consumo  de  etanol hidratado pelos veículos flex‐fuel em todos os estados.   

   BNDES aprova empréstimo‐ponte de R$ 1,7 bi para logística de transporte de etanol  

O  BNDES  aprovou  empréstimo‐ponte  no  valor  de  R$  1,7  bilhão  à  Lógum  Logística.  Os  recursos  serão utilizados na implantação de um duto para o transporte de etanol e na instalação de centros coletores do produto. O sistema logístico de transporte de etanol a ser implantado faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e contempla 1.330 km de dutos, com capacidade de transporte de 20,8 milhões de metros cúbicos por ano e dez terminais de armazenamento de etanol.  

 

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O  sistema  ligará  as  principais  regiões  produtoras  de  etanol  (São  Paulo, Goiás,  Triângulo Mineiro,  sul  e sudeste de Mato Grosso do Sul e norte do Paraná) aos centros consumidores da Grande São Paulo e do Rio de Janeiro, bem como aos terminais marítimos de Ilha D’Água (RJ) e Caraguatatuba (SP), para exportação e/ou cabotagem do etanol para os demais centros consumidores do País. 

O empréstimo‐ponte  financiará a primeira etapa do projeto, que abrange os  trechos de Ribeirão Preto‐Paulínia, Uberaba‐Ribeirão Preto e Anhembi‐Paulínia, e os terminais de Ribeirão Preto, Uberaba, Anhembi e Araçatuba. O investimento proporcionará um meio de transporte mais rápido e confiável, de menor custo e menos poluente se comparado ao modal rodoviário, atualmente preponderante. 

Além disso, a otimização de  fluxo e de armazenagem do produto em  regiões mais próximas aos centros consumidores contribuirá para reduzir a volatilidade do mercado, ao proporcionar maior regularidade de oferta  e  estabilidade  de  preços. O  projeto  contribuirá  ainda  para  a  consolidação  do  Brasil  no mercado internacional de produção e comercialização de etanol. 

Fonte: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ‐ BNDES (www.bndes.gov.br) 

Crescimento da demanda de biodiesel no Brasil não reduz ociosidade das usinas  Desde o  início do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), a demanda de biodiesel no Brasil vem  crescendo ano a ano, principalmente  com o obrigatoriedade da mistura obrigatória em 2008 (B2),  momento  em  que  se  iniciaram  os  Leilões  de  Biodiesel  promovidos  pela  ANP.  A  taxa  média  de ociosidade  da  capacidade  instalada  durante  o  período  da mistura  obrigatória  é  de  52%.  Apesar  de  a demanda vir crescendo continuamente desde o  início da mistura obrigatória, a ociosidade da capacidade produtiva instalada continua, conforme pode ser observado no gráfico a seguir. 

 

  

Estados Unidos aprovam matérias‐primas canadenses para a produção de biocombustíveis 

A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (U.S. Environmental Protection Agency ‐ EPA) aprovou o  requerimento  do  governo  canadense  sobre  a  utilização  da  abordagem  agregada  para  utilização  de matérias‐primas  para  a  produção  de  biodiesel  nos  Estados  Unidos.  A  decisão  significa  que  os biocombustíveis produzidos por usinas canadenses que utilizem matérias‐primas como a canola e o milho, por  exemplo,  poderão  ser  vendidos  nos  EUA.  Além  disso,  também  significa  que  os  biocombustíveis produzidos nos EUA a partir de matérias‐primas canadenses poderão ser comercializados nos EUA. 

Essa  questão  surgiu  em  fevereiro  de  2010  quando  a  EPA  introduziu  diretrizes  para  atingir  as metas  do Padrão  de  Combustíveis  Renováveis  (Renewable  Fuel  Standards  ‐  RFS2).  Em  dezembro  de  2010,  a  EPA publicou um  regulamento  fornecendo uma metodologia agregada de uso da  terra para observância por matérias‐primas estrangeiras. 

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Para avaliar o pedido  canadense, a EPA utilizou diversos  fatores  como auxílio para a decisão. Umas das principais considerações  foram os dados  fornecidos pelo governo canadense mostrando que a área  total disponível  para  produzir matérias‐primas  era  equivalente,  porém  não maior  do  que  o  programa  norte‐americano  de  conservação  de  terras  de  2007  (U.S.  Conservation  Reserve  Program). A  EPA  utilizou  uma combinação de imagens de satélite, fotografias aéreas, dados de censos, pesquisas agrícolas e modelagem econômica para determinar a qualificação de 123 milhões de acres. 

Dessa forma, o Canadá se torna o primeiro país além dos EUA a receber a aprovação da EPA. A designação pela  EPA  dos  produtos  agrícolas  canadenses  como  biomassa  renovável  permitirá  que  os  produtores americanos de biocombustível recebam incentivos tributários. 

Fonte:  Canola  Council  of  Canada  (www.canolacouncil.org);  Reuters  (www.reuters.com)  e  Biodiesel Magazine (www.biodieselmagazine.com) 

Companhia aérea mexicana inicia voos regulares com bioquerosene 

A companhia AeroMéxico, a maior do país, anunciou o  início dos seus voos verdes, que serão  realizados todas as terças‐feiras entre a cidade do México e San José, na Costa Rica, utilizando aviões Boeing 737. As aeronaves  utilizarão  uma mistura  de QAV  (querosene  de  aviação)  convencional,  de  origem  fóssil,  com bioquerosene. A mistura será de 25% de bioquerosene produzido a partir de óleos de plantas cultivadas em áreas marginais ou desérticas com 75% de QAV fóssil.  

A  indústria de aviação mexicana espera que os biocombustíveis  sejam  responsáveis por 1% do consumo total de combustíveis em 2015 e tenham a participação de 15% em 2020. 

Fonte: FOX News (http://latino.foxnews.com/index.html) 

Realizado o primeiro voo espanhol utilizando bioquerosene 

A companhia aérea Iberia realizou o primeiro voo utilizando bioquerosene em território espanhol. O Airbus A320 utilizou uma mistura de QAV (querosene de aviação) convencional e bioquerosene à base de camelina na proporção de 75% fóssil e 25% biocombustível. A rota selecionada para a realização do voo foi a ponte aérea Madrid/Barcelona. A aeronave percorreu com sucesso o trajeto e, durante o voo, foram consumidos 2.600  kg  da mistura,  o  que  permitiu  uma  redução  nas  emissões  de  1.500  kg  de  CO2. O  bioquerosene parafínico  sintetizado,  avaliado  e  acreditado  pela  Repsol  em  seu  centro  de  tecnologia,  permite  uma redução de emissões de gases do efeito estufa em cerca de 20%. 

Fonte: Repsol (www.repsol.com) e El País (www.elpais.com) 

Empresa francesa realiza voo comercial com bioquerosene 

A companhia Air France realizou voo comercial entre Toulouse e Paris, na França. O voo de 80 minutos (570 km) foi apresentado como o voo com a menor emissão de gases poluentes do mundo. O trajeto foi feito por um Airbus A321 abastecido por bioquerosene obtido a partir de óleo de fritura misturado na proporção de 50% com querosene de aviação convencional (QAV). 

Além disso, o  voo  comercial  combinou, pela primeira  vez, o uso de biocombustível  com  gerenciamento otimizado de tráfego aéreo. A combinação dessas tecnologias contribuiu para a redução das emissões de CO2 pela metade (para 54 gramas por passageiro e quilômetro, o que equivale a uma eficiência de 2,2 litros de combustível por passageiro e 100 km). 

Fonte: Globo (http://g1.globo.com) e Airbus (www.airbus.com) 

  

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BOLET IM  MENSAL  DOS  COMBUST ÍVE I S  RENOVÁVE I S                                                                                                                         NO 45 SETEMBRO/2011 

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Brasil irá gerar energia elétrica com etanol na Antártida 

O Brasil será o primeiro país a ter energia elétrica gerada tendo como matéria‐prima o etanol no continente antártico. A partir de novembro, a estação de pesquisa Antártica Comandante Ferraz  ‐ EACF  (inaugurada em 1984) irá substituir o diesel mineral por etanol hidratado na produção de eletricidade. A iniciativa conta com  investimentos de R$ 2,5 milhões vindos de parceria entre a Petrobras Biocombustível, Vale Soluções em Energia (VSE) e Marinha do Brasil. 

A partir de novembro, será realizado um teste de duração de um ano para análise da utilização de etanol sob  condições  climáticas  extremas. O  teste  deverá  consumir  350 mil  litros  de  etanol  hidratado.  Foram desenvolvidos  tanques especiais  sobre  trenós para o  transporte do etanol, de  forma que estes deslizem sobre o gelo. 

No próximo ano, a presença brasileira na Antártida completará 30 anos. O  início do Programa Antártico Brasileiro  (PROANTAR)  aconteceu  em  1982.  Por  meio  desse  programa,  gerenciado  pela  Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), o Brasil realiza estudos sobre os impactos do aumento da concentração de gases de efeito estufa no planeta, além de pesquisas científicas sobre os fenômenos que ocorrem no continente. 

A Antártida possui um papel essencial nos  sistemas naturais globais. É o principal  regulador  térmico do Planeta, controla as circulações atmosféricas e oceânicas,  influenciando o clima e as condições de vida na Terra. Além  disso,  é detentora das maiores  reservas de  gelo  (90%)  e  água  doce  (70%)  do  Planeta  e de recursos minerais e energéticos incalculáveis.   

Fonte:  Globo  (http://g1.globo.com);  Estadão  (www.estadao.com.br)  e  Marinha  do  Brasil (http://www.mar.mil.br)  

SUDENE e CETENE assinam termo de cooperação para desenvolvimento da cadeia de biodiesel no Nordeste 

A  SUDENE  (Superintendência  do  Desenvolvimento  do  Nordeste)  e  o  CETENE  (Centro  de  Tecnologias Estratégicas  do  Nordeste)  assinaram,  no  dia  5  de  outubro,  em  Recife,  um  termo  de  cooperação  para viabilizar as ações do projeto “Desenvolvimento  Integrado da Cadeia Produtiva de Biodiesel no Nordeste Brasileiro: Quantidade, Qualidade, Sustentabilidade”. O objetivo do projeto é abrir novas possibilidades de diversificação da matriz energética do Nordeste. 

Os  estados  do  Ceará,  Paraíba,  Pernambuco,  Alagoas,  Sergipe  e  Bahia  serão  contemplados  com  R$  7 milhões,  que  serão  aplicados  em  plantios  experimentais,  aquisição  de  equipamentos  e  na  Plataforma Qualidade Biodiesel, além de outras ações. A ideia é integrar todos os elos da cadeia produtiva com ações que promovam a  inserção de tecnologias que tragam benefícios ao agronegócio e à agricultura familiar, a agregação de valor a subprodutos da agricultura e da indústria de biodiesel; e a geração de energia aliada ao reflorestamento. 

Juntamente à SUDENE e ao CETENE, executarão o projeto a Universidade Federal de Pernambuco – UFPE; a Universidade  Federal  Rural  de  Pernambuco  –  UFRPE;  a  Universidade  Federal  da  Paraíba  UFPB;  a Universidade  Federal  de  Campina Grande UFCG;  a Universidade  Federal  do  Ceará  ‐ UFC,  o  Instituto  de Tecnologia e Pesquisa –  ITP; a Secretaria de Ciência, Tecnologia e  Inovação da Bahia – SECTI; o  Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA; e a Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico ‐ SEPLANDE/AL. 

Fonte: Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste ‐ SUDENE (www.sudene.gov.br) 

 

 

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BOLET IM  MENSAL  DOS  COMBUST ÍVE I S  RENOVÁVE I S                                                                                                                         NO 45 SETEMBRO/2011 

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Cresce o número de iniciativas de uso de biocombustíveis no transporte público 

A cada dia que passa, aumenta o número de iniciativas de uso de biocombustíveis no transporte público. O setor produtivo e os governos  locais  já  iniciaram a viabilização do uso de biocombustíveis no  transporte público  urbano  em  frotas  cativas  ou  testes  experimentais  com  misturas  contendo  teores  diferentes daqueles previstos na legislação. 

No entanto, apesar de o número dessas iniciativas estar aumentando, ainda é preciso que haja uma maior articulação entre as empresas produtoras de biocombustíveis e as grandes empresas de viação, de forma a maximizar as externalidades positivas trazidas pelo uso de biocombustíveis. Além do benefício ambiental de redução das emissões e consequente melhoria da qualidade do ar nas cidades, as empresas produtoras de biocombustíveis podem aproveitar essas iniciativas para expandir suas vendas e maximizar suas receitas.  

Um  exemplo  disso  é  a  possibilidade  que  as  empresas  de  biodiesel  têm  de  fornecer  seu  produto diretamente  às  empresas de  transporte público  fora dos  Leilões de Biodiesel promovidos pela ANP. De acordo com dados da própria ANP, o consumo autorizado para o uso experimental e para o uso específico em ônibus ultrapassa 43 mil m³ de biodiesel por ano. 

Para o uso experimental ou em frotas cativas, é necessário que as empresas obtenham autorização da ANP. A Resolução ANP nº 2/2008 disciplina o uso específico de biodiesel ou de sua mistura com óleo diesel B em teor diverso do autorizado por  legislação, em  frota  cativa ou equipamento  industrial.  Já  a Resolução nº 18/2007 regulamenta o uso experimental do biodiesel. 

No  Brasil, merecem  destaque  iniciativas  nas  cidades  de  Curitiba  e  São  Paulo.  Em  Curitiba,  ônibus  de transporte coletivo utilizam o B100  (100% de biodiesel). O projeto da URBS – Urbanização de Curitiba de uso do B100 começou em agosto de 2009 com uma frota de seis ônibus circulando na Linha Verde. Devido aos bons  resultados das  reduções das emissões de poluentes, espera‐se que a  frota seja expandida para 150 ônibus até 2012. 

Já em São Paulo, o Programa Ecofrota,  lançado pela Prefeitura de São Paulo em  fevereiro de 2011, visa reduzir  progressivamente  a  utilização  de  combustíveis  fósseis  na  cidade  de  São  Paulo.  Com  o  início  do Programa,  todos os ônibus movidos por  algum  tipo de  tecnologia  limpa  como o biodiesel, o etanol  e  a energia elétrica, serão  identificados por um selo com a marca Ecofrota e o tipo de combustível utilizado. Além dos 50 ônibus movidos com 100% de etanol, outros 1.200 ônibus movidos com a mistura B20 (80% de diesel S50 e 20% de biodiesel) já circulam na cidade desde fevereiro. A SPTrans também realiza testes com ônibus abastecidos com diesel de cana‐de‐açúcar e com os ônibus híbridos (motores a diesel e elétrico).  

A  legislação ambiental da capital paulista prevê que todos os ônibus destinados ao transporte público na cidade  sejam movidos a  combustíveis  renováveis até 2018, de acordo  com as determinações da Política Municipal de Mudanças do Clima, instituída pela Lei nº 14.933, de 5 de junho de 2009. 

A utilização do B20 nesses ônibus deve reduzir a emissão de material particulado, de monóxido de carbono e de hidrocarbonetos despejados na atmosfera da capital, além de atingir 15% da meta anual de redução de combustíveis fósseis no sistema de transporte público, prevista na Lei de Mudanças do Clima. 

Fonte:  Prefeitura  de  São  Paulo  (www.capital.sp.gov.br),  SPTrans  (www.sptrans.com.br)  e  ANP (www.anp.gov.br). Elaboração: Ministério de Minas e Energia – MME 

Indústria de biodiesel europeia prevê queda da produção em 2011 

O European Biodiesel Board – EBB estima que, pela primeira vez, a produção europeia total de biodiesel se reduzirá em relação ao ano anterior. Contribuíram para uma menor produção as crescentes importações de terceiros países como a Argentina e a  Indonésia, bem como medidas de evasão da América do Norte. No ano de 2010, a União Europeia – EU  importou 2,1 milhões de m³ de biodiesel e produziu cerca de 10,7 milhões de m³. A previsão é de que a produção de 2011 fique abaixo de 9 milhões de m³. 

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Em julho de 2011, a capacidade de produção de biodiesel europeia alcançou 24,7 milhões de m³, sendo que a indústria utiliza 44% do total. Dados de julho mostram que o número de unidades produtoras é de 254. Essa  base  industrial  é  resultado  de  investimentos  planejados  antes  de  2007  em  função  dos  objetivos ambiciosos das autoridades da União Europeia de consumo de biocombustíveis. 

Em 2011, a Alemanha continuará sendo o maior produtor de biodiesel, seguido da França. Espera‐se que a Itália ultrapasse a Espanha e se torne o 3º maior produtor europeu. O EBB é uma organização não lucrativa criada  em  1997  e  visa  promover  o  uso  do  biodiesel  na  UE,  representando  os maiores  produtores  de biodiesel daquele continente. 

Fonte: European Biodiesel Board – EBB (www.ebb‐eu.org) 

Patente de método de medição de percentual de mistura de biodiesel é concedida à empresa pública brasileira 

O USPTO – United States Patent and Trademark Office  (órgão do Department of Commerce do Governo Norte‐Americano)  concedeu  ao  TECPAR  –  Instituto  de  Tecnologia  do  Paraná  a  primeira  patente  de  um método  que  permite  verificar  o  percentual  de  biodiesel  no  diesel.  O  método  foi  desenvolvido  por pesquisadores do TECPAR e dois professores do Departamento de Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O resultado do pedido de patente junto ao órgão norte‐americano durou dois anos. Um pedido de exame prioritário já foi feito junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual – INPI. 

As principais vantagens desse método, que basicamente consiste na análise das variações decorrentes da emissão de radiação  infravermelha no combustível, são sua simplicidade e a possibilidade de ser utilizado em equipamentos portáteis, facilitando o trabalho de fiscalização nos postos de revenda de combustíveis. 

O TECPAR procura parcerias no Brasil e nos exterior para desenvolver um equipamento portátil de medição de mistura de biodiesel utilizando esse método e pretende  licenciar a patente no Brasil, nos EUA e em outros países. 

O TECPAR, uma empresa pública, vinculada à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, atua em pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação. 

Fonte:  Núcleo  de  Inovação  Tecnológica  do  Paraná  ‐  NITPAR  (http://nitpar.pr.gov.br/)  e  Instituto  de Tecnologia do Paraná ‐ TECPAR (http://portal.tecpar.br/) 

Tailândia utilizará apenas o B5 para reduzir excesso de óleo de palma 

O  Ministério  de  Energia  da  Tailândia  determinou  que  os  postos  de  combustíveis  do  país  vendam, temporariamente, apenas um  tipo de mistura de biodiesel com diesel  fóssil como parte dos esforços do governo em reduzir o excesso de oferta de óleo de palma. 

Apenas o B5 (5% de biodiesel de óleo de palma e 95% de diesel) estará disponível entre 21 de outubro e 31 de dezembro de 2011. Normalmente, os postos de combustíveis tailandeses são autorizados a vender as misturas B5 e B4. Espera‐se que,  com a  limitação  temporária nas vendas do B4, o  consumo de óleo de palma aumente em 5 mil toneladas por mês. 

Fonte: Palm Oil HQ (www.palmoilhq.com) 

MDA seleciona entidade para atuar na cultura da macaúba 

O Ministério do Desenvolvimento Agrário  (MDA), por meio da Coordenação Geral de Biocombustíveis da Secretaria  da  Agricultura  Familiar  (SAF),  lançou  Chamamento  Público  para  a  seleção  de  um  projeto  de entidade privada sem  fins  lucrativos para atuar na cultura da macaúba. O chamamento  foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) do dia 19 de outubro.  

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O  objetivo  do  projeto  é  a  implantação  de  unidades  técnicas  de  observação  em  sistemas  de  produção agroflorestal da oleaginosa para a cadeia do biodiesel e planejamento para uso e manejo das populações nativas da macaúba no Pontal do Paranapanema (SP), no âmbito da agricultura familiar.  

Serão contempladas, no chamamento, as comunidades rurais dos municípios de Teodoro Sampaio, Mirante do Paranapanema, Presidente Epitácio e Caiuá. Na  região, existem, aproximadamente, 5 mil hectares de área plantada nativa da macaúba com potencial de manejo imediato.  

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA (www.mda.gov.br) 

Divulgação do Releilão de Biodiesel referente ao  23º Leilão de Biodiesel 

Seguindo  as  diretrizes  dadas  pela  Portaria MME  nº  274/2011,  foi  divulgado,  pela  Agência  Nacional  do Petroleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, em seu sítio na Internet, o resultado da comercialização de biodiesel  pelos  produtores  de  diesel  referente  ao  23º  Leilão  de  Biodiesel  promovido  pela  ANP,  com entregas no 4º trimestre de 2011. No quadro a seguir, são apresentados os dados divulgados. 

Volume 

Comercializado

Preço Médio 

de Venda

(m³) (R$ / m³)

PETROBRAS ADM Rondonópolis MT 16.050 2.440

PETROBRAS Amazonbio Ji Paraná RO 1.350 2.479

PETROBRAS Barralcool Barra dos Bugres MT 6.800 2.427

PETROBRAS Binatural Formosa GO 20.900 2.476

PETROBRAS Biocamp Campo Verde MT 11.060 2.410

PETROBRAS Biocapital Charqueada SP 6.959 2.510

PETROBRAS Biocar Dourados MS 1.500 2.390

PETROBRAS Bionasa Porangatu GO 22.550 2.444

PETROBRAS Biopar MT Nova Marilândia MT 2.300 2.375

PETROBRAS Biopar PR Rolândia PR 5.000 2.410

PETROBRAS Biosep Três Pontas MG 2.350 2.496

PETROBRAS Biotins Paraíso do Tocantins TO 4.050 2.653

PETROBRAS Bioverde Taubaté SP 20.500 2.532

PETROBRAS Brasil Ecodiesel BA Iraquara BA 10.258 2.715

PETROBRAS Brasil Ecodiesel TO Porto Nacional TO 24.911 2.665

PETROBRAS BSBios Passo Fundo RS 27.100 2.390

PETROBRAS BSBios Marialva Marialva PR 23.200 2.437

PETROBRAS Caibiense Rondonópolis MT 1.919 2.410

PETROBRAS Camera Ijuí RS 28.600 2.370

PETROBRAS Caramuru‐Ipameri Ipameri GO 26.200 2.506

PETROBRAS Caramuru‐São Simão São Simão GO 39.800 2.494

PETROBRAS Cooperbio‐Cuiabá Cuiabá MT 11.194 2.414

PETROBRAS Delta Rio Brilhante MS 10.982 2.416

PETROBRAS Fiagril Lucas do Rio Verde MT 38.800 2.375

PETROBRAS Granol GO Anápolis GO 38.100 2.471

PETROBRAS Granol RS Cachoeira do Sul RS 38.700 2.356

PETROBRAS Grupal Sorriso MT 5.650 2.361

PETROBRAS JBS Lins SP 18.280 2.485

PETROBRAS Minerva Palmeiras de Goiás GO 1.000 2.387

PETROBRAS Oleoplan Veranópolis RS 54.230 2.379

PETROBRAS Olfar Erechim RS 32.685 2.380

PETROBRAS PBio BA Candeias BA 31.950 2.744

PETROBRAS PBio CE Quixadá CE 10.000 2.793

PETROBRAS PBio MG Montes Claros MG 21.600 2.490

PETROBRAS SP Bio Sumaré SP 1.000 2.490

617.528 2.467TOTAL

Produtor de 

Diesel

Unidade Produtora 

de BiodieselMunicípio UF

 

Fonte:  ANP (www.anp.gov.br > Biocombustíveis > Biodiesel) 

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BIODIESEL 

Biodiesel:  Evolução  da  Produção  e  da  Capacidade  Produtiva  Mensais  

Em  setembro  de  2011,  dados  preliminares,  com  base  nas  entregas  dos  leilões  promovidos  pela  ANP, mostram  que  a  produção  estimada  no  mês  foi  de  243  mil  m³.  No  acumulado  do  ano,  acrescido  da estimativa  para  setembro,  a  produção  atingiu  1.955 mil m³,  um  aumento médio  de  9%  em  relação  ao mesmo período de 2010 (1.790 mil m³).  

 A  capacidade  instalada,  em  agosto  de  2011,  ficou  em  6.007  mil  m³/ano  (500  mil  m³/mês).  Dessa capacidade, 79% são referentes às empresas detentoras do Selo Combustível Social.  

   Biodiesel:  Atos  Normativos  e  Autorizações  de  Produtores  em  Setembro  

Atos Normativos   Resolução  ANP  no  46/2011,  que  estabelece  os  requisitos  para  cadastramento  de  laboratórios 

interessados em realizar ensaios de biodiesel destinado à comercialização no território nacional; e  Avisos de Adjudicação e Homologação do Leilão 035/2011 ‐ ANP – referente à aquisição de biodiesel 

para o 4º trimestre 2011; 

Produtores  Autorização de Ampliação da Produção no 400/2011 (Amazombio‐RO – capacidade de 90 m³/d); e 

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Despacho  do  Diretor  Geral  ANP  nos  1.161/2011  (cancela  as  Autorizações  ANP  nos  165/2005  e 73/2009 – Biolix – Rolândia‐PR) e 1.162/2011 (cancela as Autorizações ANP nos 180/2008 e 121/2009 – B100 – Araxá‐MG).  

Testes e Usos Específicos 

Autorizações ANP nos 401/2011  (Viação Cidade de Dutra  ‐ uso específico de B20 – São Paulo‐SP), 402/2011 (Viação Santa Brígida ‐ uso experimental de combustível não especificado – 85% de diesel A S50, 5% de biodiesel e 10% de óleo diesel de cana‐de‐açúcar – São Paulo‐SP), 427/2011 (Aggreko Energia Locação de Geradores ‐ uso específico de B20 – “Rock in Rio” Rio de Janeiro‐RJ).  

Biodiesel:  Localização  das  Unidades  Produtoras    

 

Biodiesel:  Evolução  de  Preços  e  Margens  

O gráfico a seguir apresenta a evolução de preços de biodiesel (B100) e de diesel no produtor, na mesma base de comparação (com PIS/COFINS e CIDE, sem ICMS). Os demais gráficos mostram os preços de venda da mistura obrigatória ao consumidor e ao posto revendedor final. Mostra‐se, também, o comportamento das margens de revenda. 

 

Região nº usinasCapacidade Instalada

mil m3/ano %

N 6 193 3%

NE 6 741 12%

CO 25 2.395 40%

SE 13 1.144 19%

S 8 1.534 26%

Total 58 6.007 100% OBS: contempla apenas usinas com Autorização de Comercialização na ANP e Registro Especial na RFB/MF. Posição em 30/09/2011

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No mês de  setembro, o preço médio de  venda da mistura B5  ao  consumidor  apresentou  acréscimo de 0,7%, na média nacional, em relação ao mês anterior. No preço  intermediário (venda pelas distribuidoras aos postos revendedores), houve 1,5% de acréscimo. 

A margem bruta de revenda da mistura B5, por sua vez, apresentou um decréscimo de 4,5%. É importante lembrar que esta margem é calculada pela diferença entre o preço de venda ao consumidor final e o preço de  aquisição  do  produto  pelo  posto  revendedor.  Representa,  em  tese,  a  lucratividade  bruta  do  posto revendedor por cada litro de combustível comercializado.  

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Biodiesel:  Evolução  das  Entregas  nos  Leilões  e  Demanda  Estimada  

O gráfico abaixo apresenta as entregas nos leilões promovidos pela ANP e nos leilões de estoque. Mostra‐se, também, a demanda de biodiesel estimada. 

O  desempenho médio  das  entregas  nos  leilões  públicos  promovidos  pela ANP  é mostrado  no  gráfico  a seguir.  Contratualmente,  a  faixa  de  variação  das  entregas  permitida  é  entre  90%  e  110%  na  média trimestral. Em setembro, terceiro mês das entregas do 22º Leilão, a performance média ficou em 104%. 

Biodiesel:  Evolução  dos  Preços  das  Matérias‐Primas  

O gráfico abaixo apresenta a evolução histórica do preço da  soja em grão em  São Paulo, Bahia e Mato Grosso. 

 

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Na  continuação,  apresentamos  as  séries históricas do preço do óleo de  soja  em  São Paulo,  em Rosário (Argentina) e na Bolsa de Chicago (Estados Unidos), estas últimas convertidas para Real (R$) por litro.  

No  gráfico  a  seguir,  apresentamos  as  cotações  internacionais  de  outras matérias‐primas  utilizadas  na produção de biodiesel. Posteriormente, apresentamos as cotações do sebo bovino.  

     

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No próximo gráfico, é mostrada a variação acumulada do óleo e do grão de soja.   

No  próximo  gráfico,  apresentamos  as  cotações  dos  preços  de  exportação  e  importação  brasileiras  de matérias‐primas  que  podem  ser  utilizadas  na  produção  de  biodiesel. Na  sequência,  apresentamos  uma comparação entre os preços do óleo de soja em São Paulo e os preços do óleo de soja nas exportações brasileiras. 

 

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BOLET IM  MENSAL  DOS  COMBUST ÍVE I S  RENOVÁVE I S                                                                                                                         NO 45 SETEMBRO/2011 

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O  gráfico  abaixo  apresenta  a  evolução  de  preços  do  biodiesel  nos  leilões  promovidos  pela  ANP, comparados  a outras commodities. Todos os valores foram convertidos para uma mesma base (US$/BBL), sem tributos. 

As cotações de insumos alcoólicos utilizados na produção de biodiesel são apresentadas na continuação. 

Biodiesel:  Evolução  da  Participação  das  Matérias‐Primas  

O  gráfico  a  seguir  apresenta  a  evolução  da  participação  das matérias‐primas  utilizadas  na  produção  de biodiesel. No mês  de  agosto,  a  participação  das  três  principais matérias‐primas  foi:  86,3%  (soja),  9,0% (gordura bovina) e 2,8% (algodão).  

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Biodiesel:  Evolução  da  Distribuição  Regional  da  Produção  

A produção regional, em agosto de 2011, apresentou a seguinte disribuição: 37,1% (Centro‐Oeste), 36,9% (Sul), 17,1% (Sudeste), 5,3% (Nordeste) e 3,5% (Norte).  

 

Biodiesel:  Não  Conformidades  no  Óleo  Diesel  (B5)  

A ANP analisou 7.381 amostras da mistura B5 comercializada no mês de setembro. O teor de biodiesel fora das especificações representou 41,5% do total de não conformidades  identificadas. Em agosto, o teor de biodiesel representou 36,8% do total de não conformidades. 

 

Biodiesel:  Evolução  do  Consumo  em  Países  Selecionados  

 

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ETANOL 

Etanol:  Evolução  da  Produção  e  Consumo  Mensais      

A produção de etanol anidro está em alta expressiva na Safra 2011/2012. Até setembro, foram produzidos 6,73 milhões  de m3.  Enquanto  o  acumulado  da  produção  de  anidro  cresceu  19%  em  relação  à  safra anterior, a produção de hidratado caiu 27,8% no período. O acumulado da produção de açúcar  também teve queda  de 13%.  

De acordo com os produtores, mantido o ritmo de moagem quinzenal de 40 milhões de toneladas de cana, a safra deverá ser encerrada em meados de novembro em grande parte das unidades produtoras da região Centro‐Sul.   

 

 

Em  setembro,  o  consumo  de  etanol  carburante  aumentou  6%  em  relação  ao mês  anteior. O  principal responsável  pelo  aumento  foi  o  anidro,  que  apresentou  aumento  de  22%.  A  redução  da  demanda  de hidratado foi de 3%, acançando o patamar de 1.077 mil m3. A partir de outubro, é esperada uma queda no consumo de etanol anidro devido à alteração do percentual de mistura para 20%, que deverá situar‐se em torno de 500 mil m³.       

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Etanol:  Evolução  das  Exportações    

Em  setembro,  as  exportações  brasileiras  de  etanol  foram  de  174,3 mil m3.  O  preço médio  (FOB),  em setembro, teve um aumento de 11,3% em relação ao mês anterior, atingindo o valor de US$ 0,80/litro. Os principais destinos, em setembro, foram EUA (55,5 mil m3), Coreia do Sul  (21,4 mil m3) e Turquia (20,6 mil m3).  

De janeiro a setembro, foram exportados 1.176 mil m3 de etanol, uma queda de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações para o mercado norte‐americano, neste ano, de  forma direta e indireta (via CBI – CAFTA), totalizaram 534,3 mil m3, 84% superior ao mesmo período do ano anterior. 

As  importações  brasileiras  de  etanol,  em  setembro,  somaram  81  m3  de  etanol.  O  pequeno  volume importado neste último mês não configura aparentemente uma importação de etanol combustível. O preço médio  (FOB) dessas  importações  foi de US$ 2,8/litro. As  importações de etanol  totalizam 592mil m3 até setembro deste ano, com um preço médio de US$ 0,7321/litro.  

Etanol:  Evolução  da  Frota  Flex‐Fuel  

O número de  licenciamento de veículos  leves em  setembro de 2011  foi de 293,6 mil, apresentando um aumento de 0,7% em relação a setembro de 2010. Desse total, os carros flex‐fuel representaram 82%. Em setembro, o  setor  automotivo  alcançou  a marca de 14,6 milhões de  veículos  flex‐fuel  licenciados desde 2003 e a participação estimada na frota total de veículos leves é de 46%. No entanto, ressalta‐se o aumento da  participação  dos  veículos  à  gasolina,  devido  ao  aumento  significativo,  nos  últimos  meses,  do licenciamento de veículos importados.

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Etanol:  Evolução  dos  Preços  do  Etanol  Hidratado  

Etanol:  Evolução  das  Margens  de  Comercialização  do  Etanol  Hidratado  

Etanol:  Evolução  de  Preços  de  Anidro  e  Hidratado  no  Produtor  (Centro‐Sul)  

Mesmo no perído da  safra, o preço do  etanol  anidro  voltou  a  aumentar diante da perspectiva de uma oferta de etanol reduzida. O preço do anidro no produtor, em setembro, teve uma alta de 1,2% em relação a agosto, atingindo o  valor médio de R$ 1,38/litro. O etanol hidratado  também  teve uma alta de 0,6%, atingindo o valor médio de R$ 1,20/litro. Comparado aos preços de agosto de 2010, em 2011, o anidro está 31% maior e o hidratado 35% maior. 

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Etanol:  Evolução  Histórica  da  Paridade  de  Preços  –  Média  Mensal  

  Etanol:  Paridade  de  Preço  –  Semana  de  09.10.2011  a  15.10.2011  

Diante de uma perpectiva de restrição na oferta de etanol, a paridade de preços, na segunda semana de outubro  de  2011,  não  favoreceu  o  consumo  de  etanol  hidratado  em  veículos  flex‐fuel  nas  capitais  das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul. Destaque para as cidades de São Paulo, Palmas, Cuiabá e Goiânia, que tiveram paridade abaixo  de  70% e a cidade de Boa Vista que teve paridade acima de 87%. São Paulo e Palmas apresentam paridade próxima ao  limite de 70%.   Na média das capitais,  todas as regiões do país apresentam paridades superiores a 70%. 

 

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Etanol:  Evolução  de  Preços  do  Açúcar  e  do  Petróleo  em  Relação  ao  Etanol  

Em  setembro, o preço do açúcar apresentou aumento de 7,7%, alcançando o  valor aproximado de US$ 692/ton. O preço do açúcar está 60% maior que o praticado em setembro de 2010. Já o preço do anidro se mantém  em  patamar bem  superior  ao da  gasolina na  refinaria,  cerca de  29%  em  relação  a  gasolina. O Petróleo  tipo Brent apresentou pequena redução e permanece desde  fevereiro de 2011 em um patamar superior ao da gasolina nas refinarias brasileiras. 

 

Etanol:  Não  Conformidades  na  Gasolina  C  

A ANP analisou 8.033 amostras de gasolina C no mês de setembro. A não conformidade (NC) teor de etanol, correspondeu a 22,2% do total das não conformidades. Em agosto, esta NC representou 23,7%. 

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Etanol:  Não  Conformidades  no  Etanol  Hidratado  

A ANP analisou 3.987 amostras de etanol hidratado no mês de setembro, das quais 106 apresentaram não conformidades, representando 2,66%. A maioria das não conformidades se refere ao teor alcoólico fora das especificações da ANP. 

 

Ressalva  do  Editor  A reprodução de textos, figuras e informações deste Boletim não é permitida para fins comerciais. Para outros usos, a reprodução é permitida, desde que citada a fonte. 

 

Distr ibuição  do  Boletim  A distribuição do Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis é feita gratuitamente por e‐mail. Aqueles interessados em receber mensalmente essa publicação, favor solicitar cadastramento na  lista de distribuição, mediante envio de mensagem para o endereço [email protected].  O Boletim também está disponível para download no sítio http://www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html 

 

Equipe  do  Departamento  de  Combustíveis  Renováveis  Ricardo  de  Gusmão  Dornelles  (Diretor),  Poliana  Ferreira  de  Souza,  Henrique  Soares  Vieira  Magalhães,                  Luciano  Costa  de  Carvalho, Marlon  Arraes  Jardim  Leal,  Paulo  Roberto M.  F.  Costa,  Raphael  Ehlers  dos  Santos  e             Ricardo Borges Gomide.