david mourão ferreira
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Poetas do século XX
DAVID MOURÃO-FERREIRA
Português 10º ano Nuno Filipe Gonçalves Couto
David Mourão-Ferreira nasce a 24 de fevereiro de 1927, na capital portuguesa, Lisboa.
Após frequentar o Colégio Moderno, licencia-se, em 1951, em Filologia Romântica, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
A partir do ano de 1957, começa a destacar-se como um dos mais talentosos poetas do século XX.
Entre 1963 e 1973 é secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Autores. Após o 25 de Abril, é director do jornal A Capital.
Do primeiro casamento, com Maria Eulália, sobrinha de Valentim de Carvalho, tem dois filhos, David João e Adelaide Constança, que lhe dão 11 netos e netas.
No governo, desempenha o cargo de Secretário de Estado da Cultura. É por ele assinado, em 1977, o despacho que cria a Companhia Nacional de Bailado.
É autor de alguns programas de televisão, destacando-se Imagens da Poesia Europeia, para a RTP.
A 13 de julho de 1981 é condecorado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada. Em 1996 recebe o Prémio de Carreira da Sociedade Portuguesa de
Autores e, no mesmo ano, a 3 de Junho, é elevado a Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago da Espada.
Falece a 16 de junho de 1996, em Lisboa.
A SUA VIDA
«David Mourão-Ferreira nasceu para a literatura em 1945»
Foi neste ano que o autor lisboeta lançou a sua primeira obra, a qual foi
publicada na revista Seara Nova.
SEARA NOVA
Duas das capas da revista Seara Nova.
No entanto, foi apenas em 1950 que David Mourão-Ferreira publicou a sua
primeira obra de literatura de seu nome A Secreta Viagem. No mesmo ano,
numa parceria com António Viana e Luiz de Macedo, lança aquele que foi o
seu primeiro trabalho a nível de poesia – Távola Redonda, na qual o poeta exigia
aos outros poetas autenticidade e um mínimo de consciência técnica, a criação em
liberdade e, também, a diligência e capacidade de admirar, criticamente, os grandes poetas
portugueses de gerações anteriores a 1950. Sem reservas ideológicas ou preconceitos de ordem
estética" .
O PRIMEIRO LIVRO
Nos seus poemas, o tema predominante era o amor. Daí se destaca a influência camoniana
na escrita do poeta lisboeta. Apesar disso, no seu poema Dos Anos Quarenta, David relaciona
o seu tema mais com a lembrança de leituras dessa etapa de iniciação poética: Proust,
Thomas Mann, Rilke, Apollinaire, Álvaro de Campos, bem como as circunstâncias que
rodearam essa descoberta, como o "despertar do deus Eros", a guerra, a queda dos
fascismos e a perseverança da ditadura salazarista.
Da sua obra poética, cuja poesia se distingue pelo lirismo culto, depurado e subtil,
destacam-se os seguintes livros: Do Tempo ao Coração, Cancioneiro do Natal, Matura Idade e Ode
à Música.
O AMOR
O trabalho de David Mourão-Ferreira foi inúmeras vezes reconhecido com
prémios literários. Por exemplo, recebeu o Prémio de Poesia Delfim
Guimarães em 1954, pelo poema Tempestade de Verão, o Prémio Ricardo
Malheiros em 1960, graças a Gaivotas em Terra, Prémio Nacional de Poesia,
1971, por Cancioneiro de Natal, Prémio da Crítica da Associação
Internacional dos Críticos Literários pela obra As Quatro Estações, e, para Um
Amor Feliz , os prémios de Narrativa do Clube Português, D. Dinis, de Ficção
do Município de Lisboa e o Grande Prémio de Romance e Novela da
Associação Portuguesa de Escritores. Ao autor foi ainda atribuído, em 1996, o
Prémio de Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores.
PRÉMIOS
Escultura de
homenagem a
David Mourão-
Ferreia no
Parque dos
Poetas, em
Lisboa.
Mais do que um sonho: comoção!
Sinto-me tonto, enternecido,
quando, de noite, as minhas mãos
são o teu único vestido.
E recompões com essa veste,
que eu, sem saber, tinha tecido,
todo o pudor que desfizeste
como uma teia sem sentido;
todo o pudor que desfizeste
a meu pedido.
Mas nesse manto que desfias,
e que depois voltas a pôr,
eu reconheço os melhores dias
do nosso amor.
PENÉLOPE
1950 - A Viagem;
1958 - Os Quatro Cantos do Tempo;
1962 - In Meae;
1962 - A Arte de Amar;
1966 - Do Tempo ao Coração;
1967 - A Arte de Amar;
1969 - Lira de Bolso;
1973 - Matura Idade;
1974 - Sonetos do Cativo;
1976 - As Lições do Fogo;
1980 - Obra Poética;
1985 - Os Ramos e os Remos;
1988 - Obra Poética;
1994 - Música de Cama.
OUTRAS OBRAS
Wikipédia
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal)
Infopédia (http://www.infopedia.pt/)
Parque dos Poetas (http://parquedospoetas.cm-oeiras.pt/ )
BIBLIOGRAFIA
FIM