Bem me quer Projeto de instalao desenvolvido pelos alunos do Programa de Ps-Graduao em Jornalismo Cientfico da Unicamp

Mal meCincia e Contemporaneidade

Davi Santaella Flvia Dourado Enio Rodrigo Hrcules Menezes Luiz Juttel Murilo Alves

Clulas-tronco, transgnicos, reproduo assistida, DNA, biocombustveis, terapia gnica, biodiversidade, clonagem... Afinal, a biotecnologia vai nos ajudar a sobreviver ao sculo XXI? Ser que ela fornecer todas as respostas? Resolver todos os nossos problemas? Ou criar outros?

A nossa cultura marcada pela hegemonia dos conhecimentos cientficos e pelo conflito de imagens dicotmicas da cincia ora vista como panacia para todos os males, ora como a principal responsvel por mazelas que afligem a humanidade. Essas representaes polarizadas e estereotipadas povoam o imaginrio social com perspectivas exageradas da capacidade de os cientistas promoverem o bem e o mal particularmente no que tange s aplicaes da biotecnologia.

A existncia de vises estigmatizadas e paradoxais do universo cientfico expressas na difuso de clichs, de lugares comuns e de imagens hiperblicas e estandardizadas , ao mesmo tempo, sintoma e causa de uma crise institucional: a crise da cincia. Falta-lhe uma identidade que integre suas diversas representaes e que flexibilize suas normas. A cincia encontra-se em transformao, no trnsito entre a Idade Moderna e a Ps-moderna; dividida,

portanto, entre um passado que a enclausura em um modelo maniquesta, rgido e dogmtico de produo de conhecimentos, e um futuro, j em curso, que a liberta da pretenso inexorvel de alcanar verdades absolutas. Situada na fronteira entre esses dois tempos cientficos, a biotecnologia do presente ainda um devir.

Vivemos um momento de questionamento e reestruturao, em que se estabelece uma nova ordem econmica, social e cultural, embora sua configurao ainda no seja clara. A cincia considerada pela maioria dos indivduos a nica forma de explicar o mundo e de garantir nossa sobrevivncia no sculo XXI tambm no escapa a estes questionamentos e encontra-se mergulhada em embates ticos, financeiros e morais, to comuns quantos os que acometem qualquer outra instituio de nosso tempo. A biotecnologia talvez seja o melhor representante dessa problemtica, uma vez que nasceu imersa na crise da cincia. Conflitos ticos, interesses econmicos, poltica, religio e possveis benefcios repletos de esteretipos povoam tanto a prtica cientfica quanto o imaginrio que a cerca e reforados por representaes dicotmicas difundidas em demasia pela mdia escancaram a crise institucional da atividade cientfica. AP

RESE

NTA

O

A instalao Bem me quer, mal me quer, criada por alunos do Programa de Ps-Graduao em Jornalismo Cientfico da Unicamp, prope uma reflexo sobre as contradies da cincia e do discurso miditico que a cerca e sobre o futuro de nossa sociedade frente aos desafios trazidos pela contemporaneidade.

Propomos discutir a biotecnologia por meio da arte, a fim de ampliar o escopo do debate e mov-lo para fora do campo tcnico e das representaes imagticas da mdia. Pretendemos, assim, expor os conflitos inerentes cincia; questionar o papel da atividade cientfica, de seus produtores e de seus produtos; e expor vises estereotipadas do universo cientfico.

Desejamos, tambm, fazer uma crtica cincia de forma ldica e interativa, mostrando que a difuso de uma postura reflexiva no requer necessariamente o uso de suportes tradicionais, em moldes acadmicos. A cincia, especialmente a biotecnologia, ainda que seja caracteristicamente um foro tcnico, deve e precisa ser discutida por leigos, por meio de mecanismos diversos e de outras formas de conhecimento, como a arte.

Grande Irmo: Criticar o conflito de vises estereotipadas e maniquestas da biotecnologia no discurso miditico, partindo do pressuposto de que os meios de comunicao reproduzem preconceitos e representaes polarizadas do universo cientfico e, por isso, acaba por associ-lo ao inslito e ao fantstico.

Luz Negra: Proporcionar uma experincia sensorial que permita ao visitante entender que h um discurso oculto na biotecnologia, bem como perceber a si mesmo como parte integrante do processo de produo de conhecimentos.

Caixas pretas: Brincar com a idia da cincia como uma caixa preta, hermtica, fechada, misteriosa, cujo contedo indecifrvel e incompreensvel. Tais caixas, como as dos avies, guardariam informaes preciosas, conhecimentos, saberes, mtodos e verdades s inteligveis para uma comunidade de profissionais especiais e preparados os cientistas. (continua)

OBJE

TIVOS GERAIS ESPECFICOS

Auto-retrato:Expor a viso que os cientistas constroem de si mesmos, atravs da fotografia.

Cincia ou fico: Criticar uma percepo estigmatizada da cincia difundida entre o pblico leigo a de uma cincia mgica, milagrosa, que se apresenta como um poder onipotente, admirado e temido. Criticar tambm a tendncia de a mdia enfatizar aspectos bizarros, fantsticos ou extraordinrios das notcias cientficas. de comunicao enfatizarem o elemento curioso, bizarro, pitoresco, fantstico e extraordinrio das notcias cientficas.

ESPECFICOS (cont.)OB

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Grande Irmo Seis telas antigas de TV e de PCs mostram vdeos em close-up de um homem fazendo diferentes discursos que reforam esteretipos da biotecnologia, tanto negativos como positivos. Essa pea da instalao faz uma referncia obra 1984, de George Orwel.

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Caixas pretas formada por um conjunto de oito caixas pretas de madeira, de aproximadamente 40X40cm, divididas em dois grupos:

- De visualizao: cinco caixas tero pequenos orifcios na superfcie superior, por onde o visitante pode olhar. No interior h mangueiras de luz para permitir a visualizao do contedo objetos e imagens que fazem referncia biotecnologia;

- De tateamento: trs caixas com aberturas laterais para o visitante manusear o contedo, sem poder visualiz-lo.

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Auto-retrato Essa pea consiste em uma exposio de fotos. Pediremos que trs biotecnlogos construam cenrios representativos de suas atividades, que sero fotografados. As fotos estaro expostas em um suporte de acrlico e, em frente a cada uma delas, haver um espelho que refletir o auto-retrato.

Tambm faz parte dessa pea um grande painel no formato de uma ovelha desenho utilizado em outras peas do Biotecnologias de Ruas. No lugar da cara do animal, h um buraco para o visitante colocar sua cabea.

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1) Um projetor de slides projeta fotos e imagens de manchetes de jornais que abordam a biotecnologia de forma sensacionalista. O visitante ter acesso ao controle para mudar de slide.

2) Uma prateleira de metal, como as de farmcias, com vidros cheios de balas coloridas, para simular compridos. Em cada um dos vidros h uma frase que diz para que aquele medicamento indicado plulas da felicidade; plulas da beleza, plulas da seduo, plulas da inteligncia, plulas da riqueza, plulas da juventude, etc.

3) Um banner composto por diversas imagens de fatos e acontecimentos que rompem com a normalidade e que mostram, assim, a biotecnologia sob a perspectiva do espetacular, do inslito e do sensacional. No topo do painel est a pergunta Cincia ou Fico?;

Cincia ou fico formada por trs peas.

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Luz NegraConsiste em um corredor (ou uma sala), formado por paredes negras, com uma entrada e uma sada fechadas por cortinas pretas. O corredor completamente escuro, sem iluminao. Nas paredes h frases e pensamentos relativos biotecnologia, pintados com tinta sensvel luz ultravioleta. Tais frases s podem ser visualizadas pelo visitante quando ele explora as paredes do local com uma lanterna de luz negra, disponveis no ambiente.

6,0 m

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ACESSO: portas

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25 m

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GRuP

O O grupo de autores/artistas/realizadores/projetistas composto por jornalistas e cientistas que atualmente cursam o curso de Especializao em Jornalismo Cientfico do Laboratrio de Estudos Avanados em Jornalismo da Unicamp. O presente projeto se insere na criao de um espao de releituras sobre a Cincia e paralelos contemporneos, para a matria de Multimeios ministrada pelo Prof. Honoris Causa Paulo Martins.O grupo composto por:

Davi SantaellaRadialista e diretor cinematogrfico

Enio Rodrigo Barbosa SilvaDesigner e mestrando em histria da arte.

Flvia Dourado MaiaJornalista e redatora.

Hrcules MenezesBilogo. Livre docente em imunologia. Professor de imunologia e biologia evolutiva do homem.

Luiz Paulo JuttelJornalista e pesquisador em filosofia da mente e cincias cognitivas.

Murilo Alves PereiraJornalista especializado na rea ambiental.

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:: Agncia FAPESP - Divulgando a cultura cientfica ::

Agncia FAPESP Divulgando a cultura cientfica 09/02/2008

Agenda

Bem me quer, mal me quer

30/11/2007 Agncia FAPESP Clulas-tronco, clonagem, biocombustveis, transgnicos... A cincia, em especial a biotecnologia, resolver os problemas da humanidade ou criar outros ainda maiores? A questo o tema da instalao Bem me quer, mal me quer, que ser exposta de 4 a 15 de dezembro no Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas, no interior paulista.

Promovida pelo Programa de Ps-Graduao em Jornalismo Cientfico (Labjor) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a exposio tem o objetivo de fazer uma anlise dos vrios discursos que permeiam a prtica cientfica, sobretudo no campo da biotecnologia.

Na instalao, os discursos que cercam as atividades nessa rea sero apresentados em cinco peas artsticas. Em Grande irmo, os aspectos positivos e negativos das biotecnologias so narrados em dois discursos proferidos pelo personagem homnimo do livro 1984 do ingls George Orwell.

Em Luz na escurido, o visitante entrar em um tnel escuro e, munido de lanterna com luz ultravioleta, encontrar nas paredes mensagens referentes a biotecnologias.

A instalao conta com o apoio do projeto Biotecnologias de Rua, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq) e da Faculdade de Educao da Unicamp.

Mais informaes: (19) 9211-5453

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:: Quebra-cabea imunolgico

:: A pea que faltava

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:: Caminhada energtica

:: Hotspots da fome

:: Engenharia gentica

Agenda

:: 1 Frum Internacional de Criatividade e Inovao

:: gua: uma viagem no mundo do conhecimento

:: 2 International Workshop on Egg Parasitoids

http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?id=8102 (1 of 2)2/9/08 5:48 PM

http://www.fapesp.br/http://www.agencia.fapesp.br/javascript:;javascript:;javascript:;javascript:;http://www.agencia.fapesp.br/boletim_anteriores.php?data[id_secao_boletim]=5http://www.agencia.fapesp.br/boletim_cadastro.phphttp://www.agencia.fapesp.br/boletim_indique.phphttp://www.agencia.fapesp.br/boletim_cadastro_alt1.phphttp://www.agencia.fapesp.br/quemsomos.phphttp://www.agencia.fapesp.br/assinehttp://www.agencia.fapesp.br/rss/noticias.xmlhttp://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=3438http://www.agencia.fapesp.br/boletim_anteriores.php?data[id_secao_boletim]=1http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8383http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8383http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8385http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8385http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8386http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8386http://www.agencia.fapesp.br/boletim_anteriores.php?data[id_secao_boletim]=3http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8368http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8361http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8310http://www.agencia.fapesp.br/boletim_anteriores.php?data[id_secao_boletim]=2http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8382http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8375http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8376http://www.agencia.fapesp.br/boletim_anteriores.php?data[id_secao_boletim]=4http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8384http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8370http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8363http://www.agencia.fapesp.br/boletim_expira.php?data[id_secao_boletim]=5http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=7222http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=7222http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8283http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8283http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8208http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8208

Com Cincia - SBPC/Labjor

REVISTA ELETRNICA DE JORNALISMO CIENTFICO

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Exposio prope novas sensibilidades para desmistificar cincias

Por Carolina Justo 14/12/2007

Intocveis? Nem a cincia, nem a arte. Este o recado do grupo de cientistas e jornalistas que se uniu para montar a instalao artstica Bem me quer, mal me quer - cincia e contemporaneidade, exposta ao pblico no Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas e aberta ao pblico at o final de janeiro. Eles literalmente puseram mos obra para colocar o projeto de p e experimentaram a prpria idia que pretendiam passar: de que tanto arte quanto cincia no se fazem s de mentes brilhantes. E nem esto acima de qualquer suspeita, ou do bem e do mal. Na equipe esto alunos, professores e pesquisadores do Laboratrio de Estudos Avanados em Jornalismo (Labjor) e da Faculdade de Educao da Unicamp. A exposio faz parte do projeto Biotecnologias de Rua, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq).

"Bem me quer, mal me quer": abertura e construo da exposio. Fotos: Carolina Justo e Murilo Alves Pereira

Empunhando serrotes e furadeiras, em meio a pregos, parafusos, latas de tinta. E com muita negociao para chegar s formas finais. Foi assim que a equipe ergueu as cinco peas que compem a instalao. A novidade que os visitantes tm a oportunidade de dar o seu toque e interagir com as peas e trazer tona dvidas, polmicas e controvrsias.

Experimentando sensaes

http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=3&noticia=376 (1 of 3)2/9/08 5:37 PM

http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?http://www.labjor.unicamp.br/http://www.sbpcnet.org.br/http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&tipo=dossiehttp://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?module=comciencia&action=view&section=8http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?module=comciencia&action=view&section=3http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?module=comciencia&action=view&section=7http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?module=comciencia&action=view&section=10http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?module=comciencia&action=view&section=11http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?module=comciencia&action=view&section=12http://www.labjor.unicamp.br/?m=projetosandamentohttp://www.labjor.unicamp.br/?m=projetosandamento

Com Cincia - SBPC/Labjor

Num passeio pela exposio, o som inquietante: trilhas de filme de suspense se misturam com choro de criana, gritos de bodes e ovelhas. Conforme se sucedem, as cinco instalaes, Luz na escurido, o grande irmo, caixas-pretas, auto-retrato e cincia ou fico, nos levam da angstia ao riso, das trevas aos refletores.

Luz negra.

Num tnel escuro. A cada foco de luz que a cincia joga sobre a escurido do desconhecido, o ser humano que vive a experincia de vida na Terra acredita ter encontrado a luz no fim do tnel para alguma(s) de suas eternas incertezas. A sucesso de focos de luz no suficiente, entretanto, para clarear o tnel e mostrar a sada para as inquietaes do homem. A sensao a de que a cada novo feixe, a cada novo achado, ele fica mais perdido, de um lado para o outro, sem saber para onde se virar e em qu acreditar, imerso na imensido do universo, onde as descobertas cientficas so como estrelas: fragmentos que piscam ao longe, to longe que ele no consegue apreender em sua totalidade.

Interao e reflexo

A exposio proporciona aos visitantes possibilidades de reflexo, a partir da interao com as obras. Para Antnio Carlos Amorim importante destacar o uso da linguagem artstica e da subjetividade para a divulgao cientfica. Amorim pesquisador da Faculdade de Educao da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), um dos coordenadores do projeto Biotecnologias de rua. Pensamos em conceitos para as peas, mas em nenhum momento pensamos em produzir nas pessoas reaes fechadas. O nosso objetivo s faz-las pensar, acrescenta Flvia Dourado, jornalista e uma das produtoras da exposio.

O que tem na caixa-preta... depende do ngulo de viso.

Um dos objetivos da exposio desmistificar simultaneamente os estigmas de que em obra de arte no se encosta e de que cincia no se entende. Diferentemente de outras exposies artsticas, em que a pessoa vem, olha, contempla, inerte, parada, aqui o visitante est o tempo todo interagindo com a pea, experimentando, tendo uma troca com o material exposto e ao mesmo tempo contato com o contedo sobre biotecnologias, explica Luiz Paulo Juttel, tambm jornalista e membro do grupo.

Na avaliao de Juttel, a primeira reao do pblico diante das peas de estranhamento. Mas, conforme as http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=3&noticia=376 (2 of 3)2/9/08 5:37 PM

Com Cincia - SBPC/Labjor

pessoas entram na brincadeira e vem como funciona a instalao, vira uma grande festa!, completa. Romper com o afastamento que as pessoas costumam ter em relao ao mundo da arte e da cincia uma das iniciativas da exposio. Pretendemos passar a idia de que possvel uma aproximao da sociedade com o mundo do laboratrio, afirma Flvia Dourado. A idia parece que d certo. Diante do auto-retrato, houve quem definisse o cientista como trabalhador, proletrio, algum como quase todo mundo.

Caixa-preta da biotecnologia, alm da mdia

Apesar de contar com jornalistas em sua composio, o grupo que montou a exposio no poupou crticas mdia. Ela considerada uma das grandes responsveis pela distoro de sentidos atribudos s cincias. O tema das biotecnologias um bom exemplo disso. Para a equipe, a cincia no detentora da verdade ou de um conhecimento hermeticamente fechado. Quando voc comea a ver de perto, percebe que um processo humano como muitos outros, observa Juttel. A mdia, porm, h tempos que colabora para consolidar a urea de incrvel e de espetacular da cincia.

Na pea cincia ou fico, o visitante se depara com capas de revista, notcias e manchetes absurdas, alardeando os milagres das biotecnologias: tratam de assuntos como clonagem, transgnicos, biocombustveis. Mas para enxergar direito preciso ajustar o foco. O tema biotecnologia hoje, dentro da mdia, um dos temas de cincia que mais trabalha com as questes que queramos trazer tona: a dicotomia de sentidos, a questo de bem ou mal, a controvrsia na cincia, explica Juttel. Flvia Dourado arremata: a nica crtica direta que a gente faz essa: preste um pouco mais de ateno no que a mdia est divulgando!.

http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=3&noticia=376 (3 of 3)2/9/08 5:37 PM

Biotecnologia Cincia&Desenvolvimento

BioNotcias

Bem me quer, mal me quer

Data: 03/12/2007 Fonte: AGNCIA FAPESP

Agncia FAPESP Clulas-tronco, clonagem, biocombustveis, transgnicos... A cincia, em especial a biotecnologia, resolver os problemas da humanidade ou criar outros ainda maiores? A questo o tema da instalao Bem me quer, mal me quer, que ser exposta de 4 a 15 de dezembro no Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas, no interior paulista.

Promovida pelo Programa de Ps-Graduao em Jornalismo Cientfico (Labjor) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a exposio tem o objetivo de fazer uma anlise dos vrios discursos que permeiam a prtica cientfica, sobretudo no campo da biotecnologia.

Na instalao, os discursos que cercam as atividades nessa rea sero apresentados em cinco peas artsticas. Em Grande irmo, os aspectos positivos e negativos das biotecnologias so narrados em dois discursos proferidos pelo personagem homnimo do livro 1984 do ingls George Orwell.

Em Luz na escurido, o visitante entrar em um tnel escuro e, munido de lanterna com luz ultravioleta, encontrar nas paredes mensagens referentes a biotecnologias.

A instalao conta com o apoio do projeto Biotecnologias de Rua, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq) e da Faculdade de Educao da Unicamp.

Mais informaes: (19) 9211-5453

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Conselho de Informaes sobre Biotecnologia - CIB

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ARTES PLSTICAS - Labirintos 03/12/2007 Fonte: Dirio do Povo - SP-SP

TEATROADULTO Encruzilhados: Entre a Barbrie e o Sonho - De Antnio Rogrio Toscano. Direo: Tiche Vianna. Com sio Magalhes, Eduardo Brasil e Andrea Macera. Em um castelo cercado de mistrios, uma jovem prestes a se matar atrada pela possibilidade de ampliar a conscincia. Barraco Teatro (Rua Eduardo Modesto, 128, Baro Geraldo, 3289-4275). Ingressos: R$ 12,00 e R$ 6,00. Professores, alunos e funcionrios de escolas pblicas de Campinas (com direito a um acompanhante) pagam R$ 3,00 cada ingresso. Sexta, sbado e dia 9/12, 20h.Festival de Humor - Cia do Espetinhos apresenta temporada com humoristas consagrados de stan-up comedy, em Vinhedo: sexta-feira, 21h30, Deboshow, com Sidney Rodrigues, Aramys e Zeca Moreira; dia 14/12, 21h, Caf com Bobagem. Cia dos Espetinhos (Rua dos Pintassilgos, 30, Vinhedo, 3876-3650/3836-2836). Couvert artstico: R$ 15,00 (nico).Isabelita - Ncleo Vazantes. Diretora: rika Cunha. Com Brisa Vieira. Monlogo em que personagem idosa convida o espectador a compartilhar as pequenas esperas do dia a dia. Espao Cultural Semente (Avenida Santa Isabel, 2.070, Vila Santa Isabel, Baro Geraldo, 3289-8011). Ingressos: R$ 12,00 e R$ 6,00. Promoo: na compra de dois ingressos, cada sai por R$ 10,00 ou R$ 5,00. Sexta e sbado, 21h, e 9/12, 20h30. Patropi e Cia - Humorista Orival Pessini apresenta comdia em que interpreta personagens como o hippie Patropi, o boneco Fofo, o locutor Juvenal e o macaco Scrates. Teatro TIM, Parque D. Pedro Shopping (Avenida Guilherme Campos, 500, Santa Genebra, 3756-9890). Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00. Faixa etria: 14 anos. Sbado, meia-noite. Mos ao Alto, So Paulo! - De Paulo Goulart. Direo: Fernando Ceylo. Com Rosi Campos, Betty Lago, Marcos Mion. Comdia conta trs histrias protagonizadas por uma dupla de bandidos semi-profissionais, dois policiais atrapalhados e um casal recm-separado, respectivamente. Teatro TIM, do Parque D. Pedro Shopping (Avenida Guilherme Campos, 500, Santa Genebra, 3756-9890). Ingressos: R4 50,00 (sbados) e R$ 40,00 (sextas e domingos). Idosos, classe teatral e estudantes pagam meia-entrada. Censura: 14 anos. Temporada s sextas e sbados, 21h, domingos, 20h, at 23/12. INFANTIL Paraladibom - Cia Paraladosanjos. Com Andr Sabatino, Marcos Becker, Marlia Ennes. Espetculo aero-acrobtico apresenta trs nmeros circenses, acompanhadas de msica ao vivo. Praa Carlos Gomes (Rua Irm Serafina, esquina com Rua General Osrio, Centro, Campinas) Entrada franca. Sbado, 20h30. O Quebra-Nozes - Cia Imago. Adaptao de Tchaikovski. Direo: Fernando Anh. Com Priscila Monsano, Isa Gouvea, Janette Santiago. No fim da festa de Natal, a menina Clara adormece e sonha que um exrcito de ratos invadiu sua casa, mas o Quebra-Nozes a defende. Teatro TIM, no Parque D. Pedro Shopping (Avenida Guilherme Campos, 500, Santa Genebra, 3756-9890). Ingressos: R$ 15,00 e R$ 7,50 (estudantes, idosos e classe teatral). Temporada aos sbados e domingos, 16h, at 16/12. ARTES PLSTICASEtica per un Mn Millor - Pinturas surrealistas inditas do catalo radicado em Campinas Juan Prez Estruch. Galeria Llio Coluccini da Academia Campinense de Letras, ACL (Rua Marechal Deodoro, 525, Botafogo, 3231-2854). De segunda a sexta, das 8h s 16h. At 31/12. Abertura hoje. Flores do Nosso Jardim - Pinturas e tapearia com temas florais por Ivete Cassiani Furegatti e Natalina Tortorelli. Clube Semanal de Cultura Artstica (Rua Irm Serafina, 689, Centro, 3231-8944). De segunda a sexta, das 9h s 18h, at 31/12. Abertura hoje, 20h. Bem Me Quer, Mal Me Quer - Exposio da instalao interativa, composta por cinco peas que fazem referncia aos vrios aspectos da biotecnologia. O trabalho resultado da Oficina de Multimeios do Laboratrio de Estudos Avanados em Jornalismo (Labjor), da Unicamp. Museu da Imagem e do Som (MIS), no Palcio

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Conselho de Informaes sobre Biotecnologia - CIB

dos Azulejos (Rua Regente Feij, 859, Centro). De tera a sexta, das 9h s 17h, sbados, das 10h s 16h. At 15/12. Abertura amanh.Gildete Pereira - Ateli Nos de Educao Potica promove mostra da artista com 20 pinturas de vrios tamanhos em tintas acrlica e leo sobre tela. Barlacobaco Bar & Cozinha (Rua Antonio Jos Feltrin, 53, Sousas). At sexta-feira. Nem + Nem -, Qual a Matemtica? - Exposio ldico-interativa com ambientao cenogrfica. Galpo do Sesc-Campinas (Rua Dom Jos I, 270/333, Bonfim, 3737-1523). De tera a domingo, das 9h30 s 17h30. At 9/12. Crianas Desaparecidas - Pinturas de retratos de crianas desaparecidas feitas por Vera Ferro. Centro de Convenes da Unicamp, Espao de Arte (Rua Elis Regina, 131, Cidade Universitria, 3521-1733). De segunda a sexta, das 9h s 17h, at 14/12. Joo Branco - Mostra com 20 peas de cermica, de vrios tamanhos, feitos pelo pintor, escultor e ceramista do Vale do Rio Paraba. Frans Caf Cambu (Rua Conceio, 809, 3254-5803). At 15/12. Labirintos - Vera Ferro expe srie de telas a leo, inspiradas nas formas geomtricas dos labirintos. Galeria Caf & Arte (Avenida Albino J. B. de Oliveira, 1.600, Baro Geraldo, 3289-3861). At 18/12.

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Mltis correm para ter planta tolerante a seca

Mltis correm para ter planta tolerante a seca

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