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DATAS COMEMORATIVAS DE ABRIL PÁSCOA – UM POUCO DA HISTÓRIA (16/04) A Páscoa constitui uma celebração tradicionalmente cristã (e católica) e, por definição, é a comemoração mais importante do cristianismo, haja vista que se exalta a Ressurreição de Cristo. Apesar de ser tida como a data litúrgica (liturgia refere-se ao conjunto de ritos e celebrações que envolvem o calendário do mundo cristão) mais importante, a Páscoa também está associada a outras formas de festividade e também de consumo. A própria história da Páscoa já demonstra que houve uma grande mistura de elementos para que pudéssemos ter uma celebração cheia de tantas significações como temos hoje. Muitos não conseguem visualizar qual a relação existente entre essa celebração de caráter religioso com o hábito de se presentear as pessoas com ovos de chocolate. Para responder a essa pergunta, precisamos voltar no tempo. Em várias antigas culturas, observamos que o uso do ovo como presente era algo bastante comum. Em geral, esse tipo de manifestação acontecia quando os fenômenos naturais anunciavam a chegada da primavera. Não por acaso, vários desses ovos eram pintados com algumas gravuras que tentavam representar algum tipo de planta ou elemento natural. Nesse período, muitos desses povos realizavam rituais de adoração para Ostera, a deusa da Primavera. Em suas representações mais comuns, observamos esta deusa pagã representada na figura de uma mulher que observava um coelho saltitante enquanto segurava um ovo nas mãos. Nesta imagem há a conjunção de três símbolos (a mulher, o ovo e o coelho) que reforçavam o ideal de fertilidade comemorado entre os pagãos. A entrada destes símbolos para o conjunto de festividades cristãs aconteceu com a organização do Concilio de Niceia, em 325 d.C.. que adaptou algumas antigas tradições e símbolos religiosos a outros eventos relacionados ao ideário cristão. A partir de então, observaríamos a pintura de ovos com imagens de Jesus Cristo e Maria. No auge do período medieval, nobres e reis de condição mais abastada costumavam comemorar a Páscoa presenteando os seus com o uso de ovos feitos de ouro e cravejados de pedras preciosas. Até que chegássemos ao famoso (e bem mais acessível!) ovo de chocolate, foi necessário o desenvolvimento da culinária e, antes disso, a descoberta do continente americano. Ao entrarem em contato com os maias e astecas, os espanhóis foram responsáveis pela divulgação desse alimento sagrado no Velho Mundo. Somente duzentos anos mais tarde, os culinaristas franceses tiveram a ideia de fabricar os primeiros ovos de chocolate da História, que também reforçam o ideal de renovação sistematicamente difundido nessa época.

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DATAS COMEMORATIVAS DE ABRIL

PÁSCOA – UM POUCO DA HISTÓRIA (16/04) A Páscoa constitui uma celebração tradicionalmente cristã (e católica) e, por definição, é a comemoração mais importante do cristianismo, haja vista que se exalta a Ressurreição de Cristo. Apesar de ser tida como a data litúrgica (liturgia refere-se ao conjunto de ritos e celebrações que envolvem o calendário do mundo cristão) mais importante, a Páscoa também está associada a outras formas de festividade e também de consumo. A própria história da Páscoa já demonstra que houve uma grande mistura de elementos para que pudéssemos ter uma celebração cheia de tantas significações como temos hoje. Muitos não conseguem visualizar qual a relação existente entre essa celebração de caráter religioso com o hábito de se presentear as pessoas com ovos de chocolate. Para responder a essa pergunta, precisamos voltar no tempo. Em várias antigas culturas, observamos que o uso do ovo como presente era algo bastante comum. Em geral, esse tipo de manifestação acontecia quando os fenômenos naturais anunciavam a chegada da primavera. Não por acaso, vários desses ovos eram pintados com algumas gravuras que tentavam representar algum tipo de planta ou elemento natural. Nesse período, muitos desses povos realizavam rituais de adoração para Ostera, a deusa da Primavera. Em suas representações mais comuns, observamos esta deusa pagã representada na figura de uma mulher que observava um coelho saltitante enquanto segurava um ovo nas mãos. Nesta imagem há a conjunção de três símbolos (a mulher, o ovo e o coelho) que reforçavam o ideal de fertilidade comemorado entre os pagãos. A entrada destes símbolos para o conjunto de festividades cristãs aconteceu com a organização do Concilio de Niceia, em 325 d.C.. que adaptou algumas antigas tradições e símbolos religiosos a outros eventos relacionados ao ideário cristão. A partir de então, observaríamos a pintura de ovos com imagens de Jesus Cristo e Maria. No auge do período medieval, nobres e reis de condição mais abastada costumavam comemorar a Páscoa presenteando os seus com o uso de ovos feitos de ouro e cravejados de pedras preciosas. Até que chegássemos ao famoso (e bem mais acessível!) ovo de chocolate, foi necessário o desenvolvimento da culinária e, antes disso, a descoberta do continente americano. Ao entrarem em contato com os maias e astecas, os espanhóis foram responsáveis pela divulgação desse alimento sagrado no Velho Mundo. Somente duzentos anos mais tarde, os culinaristas franceses tiveram a ideia de fabricar os primeiros ovos de chocolate da História, que também reforçam o ideal de renovação sistematicamente difundido nessa época.

DATAS COMEMORATIVAS DE ABRIL PÁSCOA – AQUI NA NOSSA ESCOLA

Campanha de Páscoa 2017 Agradecemos todos

os envolvidos que reservaram um tempo para conversar

com os nossos alunos sobre a importância de dar ao próximo

algo que também gostamos. Com certeza adoçamos a vida

de outras pessoas com doações que foram além do chocolate,

doações que transmitiram amor!

Vídeo Em 2015 produzimos um vídeo lindo sobre a história da páscoa com nossos alunos. Este ano, todas as turmas assistiram novamente e refletiram sobre o significado maior desta data que celebramos. Você já assistiu? Acesse nosso site www. escolabandeirantes.com.br e confira. Vale muito a pena! Páscoa em sala de aula! Confira mais na nossa Galeria e Instagram.

Apresentações da Educação Infantil

DATAS COMEMORATIVAS DE ABRIL

DIA DO ÍNDIO – UM POUCO DA HISTÓRIA (19/04) O 19 de abril remete ao dia em que delegados indígenas, representantes de várias etnias de países como o Chile e o México, reuniram-se, em 1940, no Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Essa reunião tinha o propósito de discutir várias pautas a respeito da situação dos povos indígenas após séculos de colonização e da construção dos Estados Nacionais nas Américas. O Primeiro Congresso Indigenista Interamericano serviu como agenda programática para essas políticas públicas. Uma das decisões tomadas foi a escolha do dia em que ocorreu o congresso como o Dia do Índio. A partir do ano seguinte, vários países do continente americano passaram a incluir em seus calendários o 19 de abril como dia de homenagem aos povos nativos ou indígenas. A celebração do Dia do Índio tem como propósito também a preservação da memória e a reflexão crítica nas universidades, escolas e demais instituições semelhantes sobre o passado da relação de dominação e conquista das civilizações europeias no continente americano. No caso do Brasil, o Dia do Índio foi instituído via decreto-lei, em 1943, pelo então presidente Getúlio Vargas, que exercia o poder de forma autoritária no chamado Estado Novo. Veja o texto do decreto-lei: “O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, e tendo em vista que o Primeira Congresso Indigenista Interamericano, reunido no México, em 1940, propôs aos países da América a adoção da data de 19 de abril para o "Dia do Índio", DECRETA: Art. 1º É considerada - "Dia do Índio" - a data de 19 de abril. Art. 2º Revogam-se as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 2 de junho de 1943, 122º da Independência e 55º da República.” GETÚLIO VARGAS DIA DO ÍNDIO – AQUI NA NOSSA ESCOLA A turma do 3º ano ficou responsável por esta data e convidou outras turmas para prestigiar e aprender com eles. Ficou uma graça!

DATAS COMEMORATIVAS DE ABRIL

TIRADENTES – UM POUCO DA HISTÓRIA Tiradentes (1746-1792), líder da Inconfidência Mineira e primeiro mártir da independência, Joaquim José da Silva Xavier nasceu em Minas Gerais, filho do proprietário rural português Domingos da Silva Santos. Antes mesmo de frequentar a escola, já havia aprendido a ler e escrever com a mãe. Órfão de mãe aos nove anos e de pai aos 15, ficou sob a tutela de um tio até a maioridade, quando resolveu conhecer o Brasil. Já adulto, foi tropeiro, mascate e dentista prático (daí o apelido); trabalhou em mineração e tentou a carreira militar, chegando ao posto de alferes no Regimento de Cavalaria Regular. Foi na tropa que Tiradentes entrou em contato com as ideias iluministas, que o entusiasmaram e inspirariam a Inconfidência Mineira, a primeira revolta no Brasil Colônia a manifestar claramente sua intenção de romper laços com Portugal, marcando o início do processo de emancipação política do Brasil. A revolta foi motivada ainda pela decisão da coroa de cobrar a derrama, uma dívida em atraso desde 1762. A conspiração foi delatada por Joaquim Silvério dos Reis e todos os seus participantes foram presos. Sobre Tiradentes, recaiu a responsabilidade total pelo movimento, sendo o único conspirador condenado à morte, enforcado em 21 de abril de 1792. Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi o único conspirador da Inconfidência Mineira condenado à morte pelo Estado português, que com sua punição exemplar procurava desencorajar qualquer revolta contra o regime colonial. Tornou-se mártir da Independência e da República. TIRADENTES – AQUI NA NOSSA ESCOLA A turma do 4º ano ficou responsável por esta data. Em breve, fotos!

DATAS COMEMORATIVAS DE ABRIL

DESCOBRIMENTO DO BRASIL – UM POUCO DA HISTÓRIA (22/04) Ultimamente, diversos historiadores refutam a ideia de que o Brasil tenha sido descoberto em 1500 pela esquadra liderada por Pedro Álvares Cabral. Essa revisão sobre o fato usualmente se sustenta no momento em que se destaca o grau de desenvolvimento tecnológico, o controle de informações realizado pelo governo português e a preocupação em se revisar os limites coloniais com a assinatura do Tratado de Tordesilhas. Para compreendermos melhor essa questão é necessário que observemos alguns episódios anteriores ao anúncio das terras brasileiras. No início de 1500, a Coroa Portuguesa enviou uma expedição que deveria buscar mais um precioso carregamento de especiarias vindo de Calicute, Índia. Essa nova empreitada marítima seria liderada pelo experimente navegador Pedro Álvares Cabral e contaria com a presença do cosmógrafo Duarte Pacheco Pereira. De acordo com alguns especialistas, Pacheco teria participado de uma expedição secreta que, em 1498, teria constatado a existência das terras brasileiras. Antes da partida, o rei Dom Manuel II organizou uma grande festividade para celebrar a ida dos bravos navegadores que se lançariam às águas do Oceano Atlântico. Depois de celebrar a partida, os navegadores se afastaram da costa africana, contrariando a tradicional rota de circunavegação daquele continente. A ação tomada nunca teve uma clara explicação, mas se tratando de uma esquadra composta por experientes navegadores, seria no mínimo estranho se lançarem a um tipo de empreitada ausente de qualquer outra segurança. Além disso, devemos salientar que as rotas utilizadas para a navegação eram de extremo sigilo, pois garantiam a supremacia e os interesses comerciais de uma determinada nação. Dessa forma, a ideia do encontro acidental perde ainda mais força. Os relatos dessa viagem de Cabral pelo Oceano Atlântico não fazem menção a nenhum tipo de grande dificuldade ou imprevisto. No dia 22 de março os navegadores passaram pela Ilha de Cabo Verde e, logo depois, rumaram para o oeste ao encontro do “mar longo”, nome costumeiramente dado ao Oceano Atlântico. Após um mês de viagem e aproximadamente 3600 quilômetros percorridos, os tripulantes da expedição cabralina encontraram os primeiros sinais de terra. No dia 22 de abril de 1500, no oitavo dia da páscoa cristã, os tripulantes tiveram um primeiro contato visual com um elevado que logo ganhou o nome de Monte Pascoal. Nos relatos de Pero Vaz de Caminha, um dos integrantes da viagem, esse nome é refutado quando o “biógrafo da viagem” afirma que a região ganhou o nome de Vera Cruz. Ao longo desse mesmo relato não existe nenhuma menção sobre um possível encantamento com a “nova” descoberta.

Os navios decidiram primeiramente aportarem nas margens do Rio Frade, de onde enviaram um tradutor judeu chamado Gaspar Gama para entrar em contato com os nativos. Depois de um primeiro contato com os índios, a esquadra decidiu aportar em uma região mais segura, onde hoje se localiza o município baiano de Santa Cruz Cabrália. Em terra firme, os colonizadores lusitanos organizaram uma missa pascoal dirigida pelo Frei Henrique de Coimbra. A celebração, que oficializou a descoberta e novas terras, cingiu a conquista material da Coroa Portuguesa e abriu caminho para mais espaço de conversão religiosa para a Igreja. Em um primeiro momento a terra ganhou o nome de Vera Cruz, mas logo foi substituído por Terra de Santa Cruz. Em uma última modificação do nome das novas terras, os colonizadores lusitanos decidiram nomeá-la como “Brasil” em face da grande disponibilidade de pau-brasil na região. No dia 2 de maio de 1500, Pedro Álvares Cabral desmembrou a sua esquadra e partiu para as Índias. Gaspar de Lemos recebeu ordens para que retornasse para Portugal portando as notícias contidas no relato de Pero Vaz de Caminha. Neste documento, havia informações gerais sobre a região explorada e algumas prospecções sobre o potencial econômico local. No entanto, somente três décadas mais tarde, os portugueses iniciaram as atividades regulares de colonização no Brasil. DESCOBRIMENTO DO BRASIL – AQUI NA NOSSA ESCOLA A turma do 4º ano ficou responsável por esta data. Em breve, fotos!