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PROTOCOLO ASSISTENCIAL INSTITUCIONAL Código: PAI-HSR-019 Data da elaboração 05/06/2014 Data da revisão Revisão Nº. página / 32 Título: Protocolo de Doenças Emergentes Elaborado por: Esmeralda Vitório Silviana Ultchak Núcleo de Vigilância Hospitalar SCIH Validado por: Camila Barcia Ana Verena Mendes GEMED Aprovado por: Liliana Ronzoni DIMED Área: HOSPITAL SÃO RAFAEL 1 SUMÁRIO Introdução Capítulo I – Objetivos da Vigilância Epidemiológica Capítulo II - Doenças de Transmissão Vetorial 2.1. Dengue 2.2. Febre Amarela 2.3. Malária 2.4. Chikungunya Capítulo III - Doenças de Transmissão Hídrica ou Alimentar 3.1. Cólera 3.2. Doenças Diarreicas 3.3. Poliomielite 3.4. Leptospirose Capítulo IV - Doenças sexualmente transmissíveis hepatites 4.1. Hepatites Virais 4.2. AIDS Capítulo V- Doenças de transmissão respiratória 5.1. Sarampo 5.2. Rubéola 5.3. Coqueluche 5.4. Meningite 5.5. Influenza Capítulo VI - Doenças transmitidas por contato (pessoa-pessoa) e/ou (pessoa-animal) 6.1. Ebola 6.2. Raiva Capítulo VII – Orientações Gerais ANEXO I Lista de Doenças de Notificação Compulsória ANEXO II Lista Telefônica com principais contatos da Vigilância Epidemiológica

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SUMÁRIO

Introdução Capítulo I – Objetivos da Vigilância Epidemiológica Capítulo II - Doenças de Transmissão Vetorial 2.1. Dengue 2.2. Febre Amarela 2.3. Malária 2.4. Chikungunya Capítulo III - Doenças de Transmissão Hídrica ou Alimentar 3.1. Cólera 3.2. Doenças Diarreicas 3.3. Poliomielite 3.4. Leptospirose Capítulo IV - Doenças sexualmente transmissíveis hepatites 4.1. Hepatites Virais 4.2. AIDS Capítulo V- Doenças de transmissão respiratória 5.1. Sarampo 5.2. Rubéola 5.3. Coqueluche 5.4. Meningite 5.5. Influenza Capítulo VI - Doenças transmitidas por contato (pessoa-pessoa) e/ou (pessoa-animal) 6.1. Ebola 6.2. Raiva Capítulo VII – Orientações Gerais ANEXO I Lista de Doenças de Notificação Compulsória ANEXO II Lista Telefônica com principais contatos da Vigilância Epidemiológica

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INTRODUÇÃO DOENÇAS EMERGENTES referem-se às doenças cuja incidência em humanos foi aumentada durante as últimas duas décadas ou que poderão ameaçar a humanidade num futuro próximo. Trata-se de doenças que surgiram ou se difundiram recentemente numa determinada área geográfica na qual provocaram problemas de saúde pública realmente alarmante numa escala local, regional ou global, como a Influenza A – H1N1 e cólera. Este termo pode ainda ser utilizado para descrever quando uma doença atinge uma região onde até então nunca tinha sido detectada. Enquanto que, DOENÇAS REEMERGENTES são aquelas relacionadas ao reaparecimento ou, aumento do número de infecções por uma doença já conhecida e que foram controladas, mas que voltaram a apresentar ameaça para a saúde humana, como por exemplo, a poliomielite e sarampo. As principais causas das doenças emergentes e reemergentes são em decorrência da superpopulação em cidades com precárias condições sanitárias; aumento da exposição humana a vetores e reservas naturais; alterações ambientais e mudanças climáticas; os intensos deslocamentos por viagens internacionais e principalmente, o crescente número de pessoas circulando pelo mundo. A transmissão dessas doenças pode se dar por pessoa a pessoa e/ou por: � Transmissão Vetorial � Transmissão hídrica e alimentar � Transmissão respiratória � Sexualmente transmissíveis Capítulo I – Objetivos da Vigilância Epidemiológica Hospitalar A Vigilância Epidemiológica Hospitalar tem como atividades prioritárias a detecção, a notificação e a investigação dos agravos constantes da Portaria nº 104/MS, de 25 janeiro de 2011 (anexo), bem como a detecção de óbitos de mulheres em idade fértil, de óbitos maternos declarados, de óbitos infantis e fetais, de óbitos por doença infecciosa e por causa mal definida, Deste modo, é imperativo intensificar a vigilância e adoção de medidas de prevenção e controle em tempo oportuno. A agilidade no processo de NOTIFICAÇÃO é fundamental para garantir uma resposta rápida e efetiva, tendo em vista às medidas de controle do surto, sobretudo, voltadas para o reconhecimento das possíveis fontes de infecção, a COLETA DE AMOSTRAS sujeitas à análise laboratorial para determinação do agente etiológico, e o tratamento dos indivíduos acometidos. A vigilância deve acontecer em todo ano, principalmente em períodos de grande circulação de pessoas no país, e eventos de massa, como COPA DO MUNDO, CARNAVAL e outras festas populares, em que milhares de estrangeiros chegarão ao Brasil e trarão com eles, vírus e bactérias comuns em suas cidades. Além disso, esses eventos também irão aumentar a movimentação dos próprios brasileiros de um Estado para outro, onde existe o risco de doenças regionais, a exemplo febre amarela e malária. Conheça algumas doenças que podem se tornar mais frequentes durante esses eventos de massa, locais de maior circulação e orientações de como notificar os casos atendidos no Hospital São Rafael.

Capítulo II - Doenças de transmissão vetorial

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2.1. DENGUE Doença febril aguda, que pode ser de curso benigno ou GRAVE. Transmitida pela picada dos mosquitos Ae. Aegypti. Sendo atualmente, a mais importante arbovirose que afeta o ser humano, constituindo um sério problema de saúde pública no mundo. Definição de Caso Suspeito de DENGUE: Pessoa que viva ou tenha viajado nos últimos 14 dias para área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença de Ae. Aegypti, que apresenta febre, usualmente entre 2 e 7 dias, e apresente duas ou mais das seguintes manifestações: � Náusea, vómitos; � Exantema; � Mialgias, artralgia; � Cefaleia, dor retro orbital, � Petéquias ou prova do laço positiva e leucopenia � Também pode ser considerado caso suspeito toda criança proveniente ou residente em área com transmissão de dengue, com quadro febril agudo, usualmente entre 2 a 7 dias, e sem foco de infecção aparente. Definição de caso suspeito de DENGUE com SINAIS DE ALARME: É todo caso de dengue que, no período de defervescência da febre apresenta um ou mais dos seguintes sinais de alarme: � Dor abdominal intensa e contínua, ou dor a palpação do abdomen; � Vômitos persistentes; � Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, pericárdico); � Sangramento de mucosas; � Letargia ou irritabilidade; � Hipotensão postural (lipotímia); � Hepatomegalia maior do que 2 cm; � Aumento progressivo do hematócrito Definição de caso suspeito de DENGUE GRAVE: É todo caso de dengue que apresenta um ou mais dos seguintes resultados: � Choque devido ao extravasamento grave de plasma evidenciado por taquicardia � Extremidades frias e tempo de enchimento capilar igual ou maior a três segundos � Pulso débil ou indetectável � Pressão diferencial convergente ≤ 20 mm Hg; � Hipotensão arterial em fase tardia � Acumulação de líquidos com insuficiência respiratória. � Sangramento grave, segundo a avaliação do médico (exemplos: hematêmese, melena, metrorragia volumosa, sangramento do sistema nervoso central); � Comprometimento grave de órgãos tais como: dano hepático importante (AST o ALT>1000), sistema nervoso central (alteracão da consciência), coração (miocardite) ou outros órgãos. Coleta de Amostras: Preferencialmente do 1º ao 5º dia do início dos sintomas para Isolamento Viral e NSI e Sorologia IgM (MAC-ELISA) de 06 a 10 dias após o início dos sintomas;

OBS: NOTIFICAR IMEDIATAMENTE e encaminhar amostra para o LACEN-BA (sem custo para o paciente)

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Exames complementares: Hematócrito, Hemoglobina, Plaquetas, Leucograma, Bioquímica (TGO, TGP e Albumina): Rx de tórax, US de Abdômen.

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2.2. FEBRE AMARELA

Doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por mosquitos, que possui dois ciclos epidemiológicos distintos: • Febre Amarela SILVESTRE os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros e a transmissão ocorre a partir de vetores silvestres, onde o homem participa como um hospedeiro acidental; • Febre Amarela URBANA - o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão se dá a partir de vetores urbanos infectados, onde o principal vetor é o Aedes aegypti. Definição de caso suspeito: Paciente com febre aguda (de até sete dias), de início súbito, com icterícia, procedente de área de risco para febre amarela ou de locais com ocorrência de epizootias em primatas não humanos ou isolamento de vírus em vetores, nos últimos 15 dias, sem comprovação de ser vacinado contra febre amarela (apresentação do cartão de vacina). Coleta de Amostra: Detecção de anticorpos IgM - (MAC- ELISA ); Sorologia e isolamento viral para FA ; detecção do genoma viral e achados histopatológicos compatíveis. OBS: NOTIFICAR IMEDIATAMENTE e encaminhar amostra para o LACEN-BA (sem custo para o paciente), juntamente com formulário disponível no endereço eletrônico: * M→ CCIH → Formulários - Doenças de Notificação→ Fichas de Notificação 2.3. MALÁRIA Doença febril aguda, causada por protozoários do gênero plasmodium, transmitidos pelo mosquito do gênero Anopheles. No Brasil existem três espécimes de Plasmodium que estão associados à malária em seres humanos: � P. vivax � P. falciparum � P. maraliae. Tendo como principais áreas endêmicas a Amazônia Legal no Brasil e algumas cidades do Continente Africano. Definição de caso suspeito: Toda pessoa residente ou que tenha se deslocado para área onde haja transmissão de malária, no período de 8 a 30 dias anterior à data dos primeiros sintomas, e que apresente febre acompanhada ou não dos seguintes sintomas: cefaleia, calafrios, sudorese, cansaço, mialgia; ou toda pessoa testada para malária durante investigação epidemiológica. Coleta de Amostra: Gota espessa, Esfregaço delgado e testes rápidos para detecção de componentes antigênicos de plasmódio. OBS: NOTIFICAR e encaminhar amostra para o LACEN-BA (sem custo para o paciente) Quimioprofilaxia Outra medida de prevenção da malária é a quimiprofilaxia (QPX), que consiste no uso de drogas antimaláricas em doses subterapêuticas, a fim de reduzir formas clínicas graves e óbitos devido a infecção por P. falciparum.

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Atualmente existem cinco drogas recomendadas para o QPX: doxiciclina, mefloquina, a compbinação atovaquona/ proguanil e cloroquina. Viajantes em uso de quimiprofilaxia (QPX) deve realizar pesquisa de hematozoário em sangue periférico (gota espessa) ao término da profilaxia, mesmo que estejam assintomáticos e, a qualquer tempo, caso apresentem quaisquer sintomas de doença. OBS: No Brasil, não é indicado QPX para viajantes em território nacional . Tratamento • Esquemas recomendados para: � Infecções por Plasmodium vivax ou P. ovale com cloroquina em 3 dias e primaquina em 7 dias (esquema curto); � Infecções por Plasmodium vivax ou P. ovale com cloroquina em 3 dias e primaquina em 14 dias (esquema longo); � Infecções pelo P. malariae para todas as idades e das infecções por P.vivax ou P.ovale em gestantes e crianças menores de 06 meses, com cloroquina em 3 dias; � Prevenção de recaídas frequentes por Plasmodium vivax ou P. ovale com cloroquina semanal em 12 semanas; � Infecções por Plasmodium falciparum com a combinação fixa de artemeter + lumefantrina em 03 dias; � Infecções por Plasmodium falciparum com a combinação fixa de artemeter + mefloquina em 03 dias e peimaquina em dose única; � Esquema de segunda escolha, recomendado para o tratamento por Plasmodium falciparum com quinina em 3 dias, doxiciclina em 05 dias e primaquina no 6º dia. � Infecções não complicadas por Plasmodium falciparum no primeiro trimestre da gestação e crianças com menos de 6 meses, com quinina em 3 dias e clindamicina em 5 dias. • Esquema recomendado para Infecções mistas por Plasmodium falciparum e Plasmodium vivax ou Plasmodium ovale

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• Esquema recomendado para malária grave por P. falciparum.

OBS: A malária grave deve ser considerada uma emergência médica. Melhores informações relacionados as doses por faixa-etária e contraindicações, vide orientações em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_malaria.pdf 2.4. CHIKUNGUNYA A febre chikungunya é uma doença viral parecida com a dengue, transmitida por um mosquito comum em algumas regiões da África. Nos últimos anos, inúmeros casos da doença foram registrados em países da Ásia e da Europa. Recentemente, o vírus CHIKV foi identificado em ilhas do Caribe e na Guiana Francesa, país latino-americano que faz fronteira com o estado do Amapá. O certo é que o chikungunya está migrando e chegou às Américas.

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No Brasil, a preocupação é que o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, mosquitos transmissores da dengue e da febre amarela, têm todas as condições de espalhar esse novo vírus pelo País. Seu ciclo de transmissão é mais rápido do que o da dengue. Em no máximo sete dias a contar do momento em que foi infectado, o mosquito começa a transmitir o CHIKV para uma população que não possui anticorpos contra ele. A doença só pode ser transmitida pela picada do mosquito infectado. Não há transmissão de uma pessoa para outra. Por isso, o objetivo é estar atento para bloquear a transmissão tão logo apareçam os primeiros casos. Manifestações Clínicas Embora os vírus da febre chikungunya e os da dengue tenham características distintas, os sintomas das duas doenças são semelhantes. Na fase aguda da chikungunya, a febre é alta, aparece de repente e vem acompanhada de dor de cabeça, mialgia (dor muscular), exantema (erupção na pele), conjuntivite e dor nas articulações (poliartrite). Esse é o sintoma mais característico da enfermidade: Ao contrário do que acontece com a dengue (que provoca dor no corpo todo), não existe uma forma hemorrágica da doença e é raro surgirem complicações graves, embora a artrite possa continuar ativa por muito tempo. Diagnóstico O diagnóstico depende de uma avaliação clínica cuidadosa e do resultado de alguns exames laboratoriais. As amostras de sangue para análise devem ser enviadas para os laboratórios de referência nacional. Casos suspeitos de infecção pelo CHIKV devem ser notificados em até 24 horas para os órgãos oficiais dos serviços de saúde. Tratamento Na fase aguda, o tratamento contra a febre chikungunya é sintomático. Analgésicos e antitérmicos são indicados para aliviar os sintomas. Manter o doente bem hidratado é medida essencial para a recuperação. Quando a febre desaparece, mas a dor nas articulações persiste, podem ser introduzidos medicamentos anti-inflamatórios e fisioterapia. Prevenção Não existe vacina contra febre chikungunya. Na verdade, a prevenção consiste em adotar medidas simples no próprio domicílio e arredores que ajudem a combater a proliferação do mosquito transmissor da doença. Observação importante: No Brasil, até o momento, só foram registrados três casos importados da febre chikungunya. Os pacientes foram infectados no exterior, num dos 40 países por onde o vírus circula faz tempo. Os episódios foram controlados, sem que houvesse nenhum sinal de transmissão do CHIKV em território nacional. Capítulo III- Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar 3.1. CÓLERA

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A cólera é uma infecção intestinal aguda causada pelo Vibrio cholerae, que é uma bactéria capaz de produzir uma enterotoxina que causa a diarréia. O agente é transmitido principalmente através da ingestão de água ou alimentos contaminados. Tendo em vista o risco da reintrodução e disseminação da cólera no nosso país, inclusive na Bahia, especialmente através de indivíduos procedentes de áreas onde a doença está ocorrendo e das precárias condições de saneamento básico da maioria das cidades do estado, faz-se necessário manter a vigilância das doenças diarreicas agudas (DDA), em especial de pacientes provenientes de áreas afetadas pela cólera (Haiti e alguns países do Caribe e continente africano). Definição de caso Suspeito: Em áreas sem evidência de circulação de V. cholerae patogênico (Sorogrupos O1 e O139) - paciente com mais de 10 anos que apresente diarreia aguda aquosa e abundante; paciente de qualquer faixa etária com histórico de deslocamento para áreas com ocorrência de casos de cólera e cujos sintomas iniciaram nos últimos dez dias de chegada; ou comunicantes de casos suspeitos de cólera com diarreia. Em áreas com evidência de circulação de V. cholerae patogênico (Sorogrupos O1 e O139) - qualquer indivíduo que apresente diarreia aguda. Coleta de Amostras: Fezes in natura, Swab retal e/ou swab fecal. Exames Complementares: Hemocultura, coprocultura e coloração de Gram. OBS: Coletar antes do uso de antibiótico DESCARTE FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS: Apesar de a cólera ser essencialmente uma doença de veiculação hídrica, o lixo representa uma fonte de contaminação básica a ser considerada para a prevenção e o controle da enfermidade. A vigilância ambiental deve ter participação efetiva na implementação de um plano de gerenciamento de resíduos sólidos, a ser viabilizado em caráter emergencial, onde estejam ocorrendo casos de cólera. Tal plano tem o objetivo de proteger a comunidade dos possíveis riscos advindos das fases de segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final principalmente daqueles resíduos originários de ambientes ambulatoriais, hospitalares e laboratoriais, terminais de carga e passageiros (portos, aeroportos, estações rodoviárias e ferroviárias) e de comunidades expostas ao risco. Deste modo, alguns critérios devem ser verificados e elaborados em conformidade com a Resolução nº 357 do Conama (BRASIL, 2005) seguindo as recomendações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para o acondicionamento adequado do lixo. • Uso de transporte apropriado, compatível com as características do material transportado, de forma que atenda aos condicionantes de proteção ao meio ambiente e à saúde pública; • Utilização de equipamentos de proteção individual pelo pessoal ocupacionalmente exposto ao risco; • A indicação de locais específicos para a disposição do material coletado; e • A definição do tratamento apropriado aos resíduos que apresentem potencial de risco à saúde pública e ao meio ambiente. OBS: NOTIFICAR IMEDIATAMENTE e encaminhar amostra para o LACEN-BA (sem custo para o paciente), juntamente com formulário disponível no endereço eletrônico: * M→ CCIH → Formulários - Doenças de Notificação→ Fichas de Notificação

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3.2. DOENÇAS DIARREICAS AGUDAS A doença diarreica aguda (DDA) é uma síndrome causada por diferentes agentes etiológicos (bactérias, vírus e parasitos), cuja manifestação predominante é o aumento do número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouca consistência. Em alguns casos, há presença de muco e sangue. Podem ser acompanhadas de náusea, vômito, febre e dor abdominal. No geral, é auto-limitada, com duração de 2 a 14 dias. As formas variam desde leves até graves, com desidratação e distúrbios eletrolíticos, principalmente quando associadas à desnutrição. A doença diarreica aguda pode ser de origem infecciosa e não infecciosa. Para a saúde pública, a de maior importância é a infecciosa, devido a sua maior frequência. As principais causas são: • Infecciosas – bactérias e suas toxinas, vírus, parasitos, toxinas naturais. • Não-infeciosa – intolerância a lactose, glúten; ingestão de grandes quantidades de hexitóis (adoçantes); ingestão demasiada de alguns alimentos; sais mal absorvido (laxantes e antiácidos); gorduras não absorvidas; entre outros. A notificação de SURTOS de DDA, incluindo rotavírus, é compulsória e imediata. Esse é caracterizado como “ ocorrência de casos ou óbitos de doença de origem desconhecida ou alteração no padrão epidemiológico de doença, independentemente de constar na Lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória”. 3.3. POLIOMIELITE

A poliomielite ou “paralisia infantil” é uma doença infecto contagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. O déficit motor instala-se subitamente e a evolução dessa manifestação, frequentemente, não ultrapassa três dias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou estado de emergência de saúde pública para a poliomielite, diante do aumento dos casos da doença e após detectar a enfermidade em mais de 10 países. A OMS estima que o maior risco de propagação da poliomielite está no Paquistão, Camarões e Síria. Outros países onde a doença foi detectada, e que estão incluídos neste estado de emergência, são Afeganistão, Guiné Equatorial, Etiópia, Iraque, Israel, Somália e Nigéria. No Brasil, a doença está erradicada desde 1989, onde nenhum caso de pólio paralítica foi detectado, nem a presença do vírus em portadores assintomáticos, ou ainda no meio ambiente. Definição de caso suspeito: Todo caso de deficiência motora flácida, de início súbito em pessoas menores de 15 anos, independente da hipótese diagnóstica de poliomielite. - Caso de deficiência motora flácida, de início súbito, em indivíduo de qualquer idade, com história de viagem a países com circulação do poliovírus nos últimos 30 dias, que antecederam o início do déficit motor, ou contato no mesmo período com pessoas que viajaram para esses países que apresentem suspeita diagnóstica de poliomielite. Manifestações clínicas A infecção pelo poliovírus selvagem pode apresentar-se sob diferentes formas clínicas. � Inaparente ou assintomática – não apresenta manifestação clínica, podendo ser demonstrada apenas por exames laboratoriais específicos. Ela ocorre entre 90 a 95% das infecções. � Abortiva – ocorre em cerca de 5% dos casos; caracterizam-se por sintomas inespecíficos, tais como febre, cefaleia, tosse e coriza, e manifestações gastrointestinais, como vômito, dor abdominal e diarreia. Como na forma inaparente, só é possível estabelecer diagnóstico por meio do isolamento do vírus.

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� Meningite asséptica – o início apresenta-se com as mesmas características da forma abortiva, com sintomatologia inespecífica. Posteriormente, surgem sinais de irritação meníngea (Kernige Brudzinski positivos) e rigidez de nuca. Ocorre em cerca de 1% das infecções por poliovírus. � Forma paralítica – podem ser observados diversos quadros clínicos, a depender do local de comprometimento do sistema nervoso central e, em alguns casos, quadros de paralisia grave que podem levar à morte. As formas paralíticas são pouco frequentes, em torno de 1 a 1,6% dos casos. Apenas as formas paralíticas possuem características clínicas típicas, que permitem sugerir o diagnóstico de poliomielite, quais sejam: • instalação súbita da deficiência motora, acompanhada de febre; • assimetria acometendo, sobretudo, a musculatura dos membros, com mais frequência os inferiores; • flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos profundos na área paralisada; • sensibilidade conservada; • persistência de alguma paralisia residual (sequela), após 60 dias do início da doença. Coleta de Amostra- Isolamento Viral a partir da coleta de fezes, preferencialmente até o 14º dia da deficiência motora; Exames complementares: Líquor (LCR); Eletromiografia e Anatomopatológico. OBS: NOTIFICAR IMEDIATAMENTE e encaminhar amostra para o LACEN-BA (sem custo para o paciente), juntamente com formulário disponível no endereço eletrônico: * M→ CCIH → Formulários - Doenças de Notificação→ Fichas de Notificação 3.4. LEPTOSPIROSE Definição de caso suspeito: Indivíduo com febre, cefaleia e mialgia, que apresente pelo menos um dos seguintes critérios: Critério 1- Antecedentes epidemiológicos sugestivos nos 30 dias anteriores a data de início dos sintomas: � Exposição a enchentes, alargamentos, lama ou coleções hídricas � Exposição a esgoto, fossas, lixo e entulho. � Atividades que envolvam risco ocupacional como coleta de lixo, catador de material para reciclagem, limpeza de córregos, trabalhar em água ou esgoto, manejo de animais, agricultura em áreas alagadas. Critério 2 - pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: sufusão conjuntival, sinais de insuficiência renal aguda, icterícia e/ou aumento de bilirrubinas e fenômeno hemorrágico. Coleta de Material: � Teste Elisa - IgM - na fase aguda (no primeiro atendimento) ; se for negativo, coleta uma segunda amostra em 5-7 dias � Micro aglutinação (MAT) – Amostra pareadas entre o 7º dia do início dos sintomas até o 14º dia (máx. 60) dias). � Cultura para leptospira e aeróbios - Fase aguda (preferencialmente antes do início do antibiótico, ideal até o 7º dia do início dos sintomas). � PCR – Fase aguda – início dos sintomas (1-10 dias). OBS: NOTIFICAR IMEDIATAMENTE e encaminhar amostra para o LACEN-BA (sem custo para o paciente), juntamente com formulário disponível no endereço eletrônico: * M→ CCIH → Formulários - Doenças de Notificação→ Fichas de Notificação Exames Complementares: Hemograma, bioquímica (uréia, creatinina, bilirrubina total e frações, atividade de protombina, TGO, TGP, GGT, FA, NA+ e K+) ; raio x de tórax. Gasometria arterial; ECG; Condutas e tratamento (vide fluxograma abaixo)

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Capítulo IV - Doenças sexualmente transmissíveis e hepatites 4.1. HEPATITE AGUDA As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes vírus hepatotróficos que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas. Possuem distribuição universal e observam-se diferenças regionais na ocorrência e magnitude destas em todo o mundo, variando de acordo o agente etiológico. Tem grande importância para a saúde pública em virtude do número de indivíduos acometidos e das complicações resultantes das formas agudas e crônicas da infecção. As Hepatites Virais (A e E) - são transmitidas pela via fecal-oral e estão relacionadas às condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos. As Hepatites Virais (B, C e D) – são transmitidas pelo sangue (via parenteral e vertical), esperma e secreção vaginal (via sexual), sendo esta última incomum para a hepatite C. Definição de caso: � Suspeita clínica/bioquímica: • Sintomático ictérico: � Indivíduo que desenvolveu icterícia subitamente com ou sem: febre, mal estar, náuseas, vômitos, mialgia, colúria e hipocolia fecal. � Indivíduo que desenvolveu icterícia subitamente e evoluiu para óbito, sem outro diagnóstico etiológico confirmado. • Sintomático anictérico: � Indivíduo sem icterícia, com um ou mais sintomas (febre, mal estar, náusea, vômitos, mialgia) e valor aumentado das aminotransferases. • Assintomático: � Indivíduo exposto a uma fonte de infecção bem documentada (hemodiálise, acidente ocupacional, transfusão de sangue ou hemoderivados, procedimentos cirúrgicos/odontológicos/colocação de "piercing"/tatuagem com material contaminado, uso de drogas com compartilhamento de instrumentos). � Comunicante de caso confirmado de hepatite, independente da forma clínica e evolutiva do caso índice. � Indivíduo com alteração de aminotransferases igual ou superior a três vezes o valor máximo normal destas enzimas. � Suspeito com marcador sorológico reagente: � Doador de sangue: � Indivíduo assintomático doador de sangue, com um ou mais marcadores reagentes de hepatite B e C. � Indivíduo assintomático com marcador: reagente para hepatite viral A, B, C, D ou E. Coleta de Amostras: Hepatite A (Anti-HAV IgM e Anti-HAV IgG); Hepatite B (HbsAg e anti-HBc total, Anti-HBs e Anti HBe); Hepatite C (Anti-HCV; HCV-RNA); Hepatite D (anti-HDV total); Hepatite E (Anti-HEV IgM e Anti- HEV IgG). OBS: NOTIFICAR e encaminhar amostra para o LACEN-BA (sem custo para o paciente) 4.2. AIDS

A AIDS é uma doença que representa um dos maiores problemas de saúde da atualidade, em função do seu caráter pandêmico e de sua gravidade. Os infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) evoluem para uma grave disfunção do sistema imunológico, à medida que vão sendo destruídos os

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linfócitos T CD4+, uma das principais células alvo do vírus. A contagem de linfócitos T CD4+ é um importante marcador dessa imunodeficiência, sendo utilizado tanto para estimar o prognóstico e avaliar a indicação de início de terapia antirretroviral, quanto para definição de casos de AIDS, com fins epidemiológicos. Fase assintomática – a infecção precoce pelo HIV, também conhecida como fase assintomática, pode durar de alguns meses a alguns anos, e os sintomas clínicos são mínimos ou inexistentes. Os exames sorológicos para o HIV são reagentes e a contagem de linfócitos T CD4+ pode estar estável ou em declínio. Alguns pacientes podem apresentar uma linfoadenopatia generalizada persistente, “flutuante” e indolor. Fase sintomática inicial – nesta fase, o portador da infecção pelo HIV pode apresentar sinais e sintomas inespecíficos de intensidade variável, além de processos oportunistas de menor gravidade, conhecidos como ARC - complexo relacionado à aids. São indicativos de ARC: candidíase oral; testes de hipersensibilidade tardia negativos; e a presença de mais de um dos seguintes sinais e sintomas, com duração superior a 1 mês, sem causa identificada: linfadenopatia generalizada, diarreia, febre, astenia sudorese noturna e perda de peso superior a 10%. Há uma elevação da carga viral e a contagem de linfócitos T CD4+ já pode se encontrar abaixo de 500cel/mm3. Aids/doenças oportunistas – uma vez agravada a imunodepressão, o portador da infecção pelo HIV apresenta infecções oportunistas (IO), causadas por microrganismos não considerados usualmente patogênicos, ou seja, não capazes de desencadear doença em pessoas com sistema imune normal. No entanto, microrganismos normalmente patogênicos também podem, eventualmente, ser causadores de IO. Porém, nessa situação, as infecções necessariamente assumem um caráter de maior gravidade ou agressividade, para serem consideradas oportunistas. As doenças oportunistas associadas à AIDS são várias, podendo ser causadas por vírus, bactérias, protozoários, fungos e certas neoplasias: � Vírus – citomegalovirose, herpes simples, leucoencefalopatia multifocal progressiva; � Bactérias – micobacterioses (tuberculose e complexo Mycobacterium avium-intracellulare), � Pneumonias (S. pneumoniae), salmonelose; � Fungos – pneumocistose, candidíase, criptococose, histoplasmose; � Protozoários – toxoplasmose, criptosporidiose, isosporíase. Os tumores mais frequentemente associados são: sarcoma de Kaposi, linfomas não Hodgkin, neoplasias intraepiteliais anal e cervical. É importante assinalar que o câncer de colo do útero compõe o elenco de doenças indicativas de AIDS, no sexo feminino. Diagnóstico laboratorial em crianças com idade menor ou igual a 18 meses • Infectadas – a criança com 18 meses ou menos será considerada infectada quando se obtiver resultado detectável em duas amostras obtidas em momentos diferentes, testadas pelos seguintes métodos: � Quantificação do RNA viral plasmático – carga viral1; OU � Detecção do DNA pró-viral2 e carga viral entre 1 e 6 meses, sendo um destes após o 4° mês de vida. Estes testes deverão ser realizados a partir de 1 mês de vida. • Não infectadas – considera-se não infectada a criança com idade menor que 18 meses que tenha como resultado duas amostras abaixo do limite de detecção, através de testes de: � Quantificação do RNA viral plasmático – carga viral; OU � Detecção do DNA pró-viral3 e carga viral entre 1 e 6 meses, sendo um destes após o 4° mês de vida. � Teste de detecção de anticorpos anti-HIV não reagente após os 12 meses. Diagnóstico laboratorial da infecção por HIV em crianças com idade superior a 18 meses, adolescentes e adultos. Todas as amostras de soro ou plasma devem ser submetidas inicialmente a um imunoensaio, denominado ELISA (Teste 1), na etapa denominada triagem sorológica (Etapa I). As amostras com

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resultados reagentes ou inconclusivos, nesse primeiro imunoensaio, deverão ser submetidas a uma etapa de confirmação sorológica, composta de um segundo imunoensaio (diferente do primeiro na sua constituição antigênica ou princípio metodológico) e testes confirmatórios, tais como a imunofluorescência indireta, Imunoblot ou Western blot (Etapa II ou III). O diagnóstico será confirmado por meio da realização de um teste de triagem para detecção de anti-HIV-1 e anti-HIV-2 e pelo menos um teste confirmatório. Em caso de resultado positivo, uma nova amostra deverá ser coletada para confirmar a positividade da primeira amostra. Coleta de Amostras: anti-HIV-1 e anti-HIV-2 (Elisa ); Western blot. * Carga viral do HIV; Contagem de Linfócitos T CD4+ / CD8+ , mediante emissão de APACs, disponível

no endereço eletrônico : * M→ CCIH → Formulários - Doenças de Notificação→ APACs-Carga viral

OBS: NOTIFICAR e encaminhar amostra para o LACEN-BA (sem custo para o paciente) V- Doenças de transmissão respiratória Amostra (soro ou plasma) 5.1. DOENÇAS EXANTEMÁTICAS: (SARAMPO / RUBÉOLA) 5.1.1. SARAMPO

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, GRAVE, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum em criança. A viremia, causada pela infecção, provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas, inclusive pelas perdas consideráveis de eletrólitos e proteínas, gerando o quadro esfoliante característico da infecção característico da infecção. Além disso, as complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de 01 ano de idade. O vírus do sarampo do genótipo D8 é um tipo viral que está circulando em países como Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Europa e China, onde há uma elevada incidência da doença. Recentemente, foram divulgados dez casos de sarampo em Fortaleza, relacionados a pessoas que viajaram para outros países. Definição de caso suspeito de SARAMPO: Todo paciente que apresentar febre e exantema maculopapular, acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite, independente da idade e da situação vacinal. Coleta de Amostra: Coletar amostras de URINA e SANGUE até o 5º dia do início do exantema, preferencialmente nos 03 primeiros dias. O vírus do sarampo pode ser identificado também em SECREÇÕES NASOFARÍNGEAS, no líquor (LCR) ou em TECIDOS do corpo. BLOQUEIO VACINAL e ISOLAMENTO: Como o risco de transmissão intra-hospitalar é muito alto, deve ser feita vacinação seletiva de todos os pacientes e profissionais do setor de internação com o caso suspeito de SARAMPO e, dependendo da situação, de todos os profissionais do hospital. Pacientes internados devem ser submetidos a isolamento respiratório, até 4 dias após o início do exantema. OBS: NOTIFICAR IMEDIATAMENTE e encaminhar amostra para o LACEN-BA (sem custo para o paciente), juntamente com formulário disponível no endereço eletrônico: * M→ CCIH → Formulários - Doenças de Notificação→ Fichas de Notificação

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5.1.2. RUBÉOLA

É uma doença exantemática aguda, de etiologia viral, que apresenta alta contagiosidade, acometendo principalmente crianças. Doença de curso benigno, sua importância epidemiológica está relacionada ao risco de abortos, natimortos, e mal formações congênitas, como cardiopatias, catarata e surdez. É denominada síndrome da rubéola congênita (SRC) quando a infecção ocorre durante a gestação. Definição de caso suspeito de RUBÉOLA: Todo paciente que apresente febre e exantema maculopapular, acompanhado de linfoadenopatia retroaurícular, occipital e cervical, independente da idade e da situação vacinal. Coleta de Amostra: Ensaio imunoenzimático (EIE/ ELISA) para dosagem IgG e IgM. Devendo o IgM ser coletado dos primeiros dias até 4 semanas após o aparecimento do exantema BLOQUEIO VACINAL: Para cada caso suspeito de RUBÉOLA notificado, a ação de bloqueio vacinal deve ser desencadeada imediatamente. A faixa etária prioritária para a realização de bloqueio vacinal é a de 6 meses a 39 anos de idade. Porém, a redução ou aumento da faixa etária do bloqueio deverá ser avaliado, de acordo com a situação epidemiológica local. Quando a gestante tem contato com o doente de rubéola, deve ser avaliada sorologicamente, o mais precocemente possível, para posterior acompanhamento e orientação. OBS: NOTIFICAR IMEDIATAMENTE e solicitar coleta ao Laboratório HSR e posterior encaminhamento para análise no LACEN-BA (sem custo para o paciente), juntamente com formulário disponível no endereço eletrônico: * M→ CCIH → Formulários - Doenças de Notificação→ Fichas de Notificação 5.2. COQUELUCHE

Doença infecciosa aguda, transmissível, de distribuição universal. Compromete especificamente o parelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. Ocorre sob as formas endêmica e epidêmica. Em lactentes, pode resultar em número elevado de complicações e até em morte. A coqueluche evolui em três fases sucessivas: � Fase catarral - com duração de 01 ou 2 semanas: inicia-se com manifestações respiratórias e sintomas leves (febre pouco intensa, mal estar geral, coriza e tosse seca), seguidos pela instalação gradual de tosse, cada vez mais intensos e frequentes, até que passam a ocorrer as crises de tosses paroxísticas. � Fase paroxística - geralmente afebril ou com febre baixa. Em alguns casos, ocorrem vários picos de febre no decorrer do dia. Apresenta como manifestação típica os paroxismos de tosse seca, que se caracterizam por crise de tosse súbita incontrolável, rápida e curta (cerca de 5 a 10 tossidas, em uma única expiração). Durante esses acessos, o paciente não consegue inspirar, apresenta protusão da língua, congestão facial e, eventualmente, cianose que pode ser seguida de apneia e vômitos. A seguir ocorre uma inspiração profunda através da glote estreitada, que pode dar origem ao som denominado “guincho”. A frequência e a intensidade dos episódios de tosse paroxística aumentam nas 2 primeiras semanas; depois, diminuem paulatinamente. Nos intervalos dos paroxismos, o paciente passa bem. Esta fase dura de 2 a semanas. � Fase de convalescença – os paroxismos de tosse desparecem e dão lugar a episódios de tosse comum. Esta fase persiste por 2 a 6 semanas e, em alguns casos, pode se prolongar por até 3 meses. Infecções respiratórias de outra natureza, que se instalam durante a convalescença da coqueluche, podem provocar o reaparecimento transitório dos paroxismos.

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OBSERVAÇÃO: Em indivíduos não adequadamente vacinados ou vacinados há mais de 5 anos, a coqueluche nem sempre se apresenta sob a forma descrita acima, podendo manifestar-se sob formas atípicas, com tosse persistente, porém sem paroxismos e o guincho característico. Definição de caso Suspeito - Todo indivíduo, independente da idade e estado vacinal, que apresente tosse seca há 14 dias ou mais, associado a um ou mais dos seguintes sintomas: tosse paroxística (tosse súbita incontrolável, com tossidas rápidas e curtas (5 a 10) em uma única expiração); guincho inspiratório ou vômitos pós-tosse. Todo indivíduo, independente da idade e estado vacinal, que apresente tosse seca há 14 dias ou mais, e com história de contato com um caso confirmado de coqueluche pelo critério clínico. Coleta de Amostra: Coleta de Swab de nasofaringe para isolamento da B. pertussis. (coletar antes da antibioticoterapia, ou no máximo, até 3 dias após seu início) Exames Complementares: Leucograma, Raios-X de tórax. OBS: NOTIFICAR IMEDIATAMENTE e solicitar coleta ao Laboratório HSR e posterior encaminhamento para análise no LACEN-BA (sem custo para o paciente), juntamente com formulário disponível no endereço eletrônico: * M→ CCIH → Formulários - Doenças de Notificação→ Fichas de Notificação TRATAMENTO E QUIMIPROFILAXIA

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: O Ministério da Saúde na nota técnica nº 15/2013 CGDT/DEVIT/SVS/MS, informa que evidências científicas apontam para a eficácia da Azitromicina e da Claritromicina no tratamento e na quimioprofilaxia da coqueluche, quando comparada com a Eritromicina. ISOLAMENTO: Recomenda-se isolamento tipo respiratório por gotículas, durante o período de transmissibilidade (05 dias após o início do tratamento antimicrobiano apropriado*). Nos casos não submetidos à antibioticoterapia, o tempo de isolamento deve ser de 03 semanas. BLOQUEIO VACINAL: Logo que se tenha conhecimento da suspeita de caso de coqueluche, deve-se desencadear um bloqueio vacinal seletivo nas áreas onde o paciente esteve no período de transmissibilidade.

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INDICAÇÃO DE QUIMIOPROFILAXIA PARA OS COMUNICANTES: � Comunicantes íntimos menores de 1 ano, independente da situação vacinal e de apresentar quadro de tosse (recém-nascidos devem ser avaliados pelo médico). � Comunicantes íntimos menores de 7 anos não vacinados, com situação vacinal desconhecida ou que tenham tomado menos de 4 doses da vacina DTP ou DTPa. � Todos os comunicantes maiores de 7 anos que tiveram contato íntimo e prolongado com um caso suspeito de coqueluche se: � Tiveram contato com o caso índice, no período de 21 dias que precederam o início dos sintomas doc aso até 03 semanas após o início da fase paroxística e � Tiveram contato com um comunicante vulnerável * � Recém-nascido de mãe sintomático respiratório � Crianças não imunizadas ou com imunização incompleta. � Mulher no último trimestre de gestação. � Pessoas que trabalham em serviços de saúde ou com crianças � Pessoas com doenças que levam a imunodepressão ou doenças crônicas graves. 5.3. MENINGITES O termo meningite expressa à ocorrência de um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro. A meningite pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos, dentre outros, e agentes não infecciosos (ex.: traumatismo); As meningites de origem infecciosa, principalmente as causadas por bactérias e vírus, são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, pela magnitude de sua ocorrência e potencial de produzir surtos. Dentre elas, destacam-se as descritas no quadro abaixo:

Definição de Caso Suspeito: Criança acima de nove meses e/ou adulto: com febre, cefaléia, vômitos, rigidez de nuca, outros sinais de irritação meníngea (Kernig e Brudzinski), convulsão, sufusões hemorrágicas (petéquias) e torpor.

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OBS: Crianças abaixo de nove meses observar também irritabilidade (choro persistente) ou abaulamento de fontanela. COLETA DE MATERIAL: O diagnóstico laboratorial das meningites é realizado através do estudo do líquido cefalorraquidiano (LCR), sangue e raspado de lesões petequiais, quando se suspeitar de meningococcemia e doença meningocócica. O diagnóstico das meningites virais também pode ser realizado através da urina e fezes. Os principais exames para o esclarecimento diagnóstico de casos suspeitos de meningite são: � exame quimiocitológico do líquor; � bacterioscopia direta (líquor); � cultura (líquor, sangue, petéquias ou fezes); � contra-imuneletroforese cruzada – CIE (líquor e soro); � aglutinação pelo látex (líquor e soro) NOTIFICAR e preencher formulário disponível no endereço eletrônico: * M→ CCIH → Formulários - Doenças de Notificação→ Fichas de Notificação OBS: Para os casos suspeitos de Doença Meningocócica ou meningite por Haemophilus influenzae, amostras de sangue e líquor deverão ser encaminhadas também para análise no LACEN-BA. ISOLAMENTO e QUIMIOPROFILAXIA: o isolamento do paciente está indicado apenas durante as primeiras 24 horas do tratamento com o antibiótico adequado. Nos casos de doença meningocócica ou meningite por H. influnzae, está indicada a quimioprofilaxia do caso e dos contatos íntimos. OBS.1. : Como contato íntimo são considerados os moradores do mesmo domicílio, indivíduos que compartilham o mesmo dormitório, comunicantes de creches e pessoas diretamente expostas às secreções do paciente. E equipes de saúde que tenham sido expostos às secreções respiratórias durante procedimentos como respiração boca a boca e/ou intubação. OBS. 2: Para familiares _ Será administrado pelo Distrito Sanitário de origem do paciente; Profissionais de Saúde - Será administrado pela Medicina Ocupacional- HSR. OBS. 3: Esquema de quimioprofilaxia com rifampicina indicado por etiologia, conforme preconizado pelo Ministério de Saúde.

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5.4. INFLUENZA A influenza ou gripe é uma infecção viral aguda do sistema respiratório, de elevada transmissibilidade e distribuição global. Um indivíduo pode contraí-la várias vezes ao longo da vida e, em geral, tem evolução autolimitada. Contudo, de acordo com a diversidade antigênica de seu agente etiológico, esta doença pode se apresentar de forma mais ou menos grave. � Influenza sazonal - o quadro clínico da influenza sazonal tem início abrupto, com febre ≥38°C, tosse seca, dor de garganta, mialgia, dor de cabeça e prostração, com evolução autolimitada, de poucos dias. Sua principal complicação são as pneumonias � Influenza pandêmica ou com potencial pandêmico - Os vírus da influenza A e B possuem vários subtipos que sofrem contínuas mutações, surgindo novas cepas. Em geral, as novas cepas que passam a infectar humanos apresentam diferentes graus de distinção em relação àquelas até então circulantes, devido ao referido processo de mutação, possivelmente por meio da recombinação de genes entre cepas que infectam diferentes espécies animais. Quando isso acontece, o risco de produção de epidemias ou pandemias é muito elevado, em virtude da suscetibilidade das populações aos novos subtipos, detecção de epizootias de influenza aviária de alta patogenicidade – vírus A(H5N1) –, principalmente em aves silvestres, na Ásia, África e Europa, teve repercussões para a economia dos países afetados e para a saúde humana. Em abril de 2009, foi decretada pandemia provocada pelo novo vírus da Influenza A (H1N1)2009 pandêmica, que está circulando em mais de 170 países, o que colocou em alerta a Saúde Pública mundial. Definição de caso suspeito: 1. Síndrome Gripal – Indivíduo que apresente febre de início súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta e pelo menos um dos seguintes sintomas: cefaleia, mialgia ou artralgia, na ausência de outro diagnóstico específico. Em crianças com menos de dois anos de idade, considera-se também como caso de síndrome gripal: febre de início súbito (mesmo que referida) e sintomas respiratórios (tosse, coriza e obstrução nasal), na ausência de outro diagnóstico específico. 2. Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) Indivíduo de qualquer idade, com Síndrome Gripal (conforme definição acima) e que apresente dispneia ou os seguintes sinais de gravidade: Saturação de O2< 95% em meio ambiente; Sinais de desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória avaliada de acordo com idade; Piora nas condições clinicas de doença de base; Hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente. Em crianças além dos itens acima, observar também: batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência. O quadro clínico pode ou não ser acompanhado de alterações laboratoriais e radiológicas listadas abaixo: * Alterações laboratoriais: leucocitose, leucopenia ou neutrofilia; * Radiografia de tórax: infiltrado intersticial localizado ou difuso ou presença de área de condensação. Coleta de Amostra: Coleta de Swab de nasofaringe. (LACEN-BA realiza o isolamento do vírus H1N1 (pandemia de 2009) e outros vírus respiratórios (Adenovírus, Influenza A e B; Parainfluenza: Vírus Sincicial Respiratório) OBS: Hospital São Rafael é Unidade Sentinela para Influenza. Deste modo, todos os casos de SRAG internados em UTIs devem ser NOTIFICADOS IMEDIATAMENTE e encaminhar amostra para o LACEN-BA (sem custo para o paciente), juntamente com formulário disponível no endereço eletrônico: * M→ CCIH → Formulários - Doenças de Notificação→ Fichas de Notificação

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TRATAMENTO - Uso de antivirais na infecção por influenza

Observação: A indicação de Zanamivir somente está autorizada em casos de impossibilidade clínica da manutenção do uso do fosfato de oseltamivir (Tamiflu®). O Ministério da Saúde - MS disponibiliza o medicamento no Sistema Único de Saúde - SUS. O receituário utilizado para a prescrição do medicamento é o receituário simples. QUIMIOPROFILAXIA Os medicamentos antivirais apresentam de 70% a 90% de efetividade na prevenção da influenza e constituem ferramenta adjuvante da vacinação. Entretanto, a quimioprofilaxia indiscriminada NÃO é recomendável, pois pode promover o aparecimento de resistência viral. OBS.: Considera-se exposição à pessoa que teve contato com caso suspeito ou confirmado para influenza.

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Observação: A indicação de Zanamivir somente está autorizada em casos de impossibilidade clínica da manutenção do uso do fosfato de oseltamivir (Tamiflu®)

Capítulo VI - Doenças transmitidas por contato (Pessoa-pessoa ou pessoa-animal) 6.1. EBOLA

A febre hemorrágica ebola (FHE) é uma doença altamente infecciosa grave muito rara, frequentemente fatal, causada pelo vírus ebola. Se contraído, o Ebola é uma das doenças mais mortais que existem, podendo matar mais de 90% das pessoas que o contraem, causando pânico nas populações infectadas. A primeira vez que o vírus Ebola surgiu foi em 1976, em surtos simultâneos em Nzara, no Sudão, e em Yambuku, na República Democrática do Congo, em uma região situada próximo do Rio Ebola, que dá nome à doença. Morcegos frutívoros são considerados os hospedeiros naturais do vírus Ebola. O Agente etiológico –vírus do gênero Morbillivirus, assim como, os outros vírus adere à célula do hospedeiro, onde entra ou apenas injeta seu material genético, o genoma. Este usa a estrutura da célula para se reproduzir e cada nova cópia do genoma obriga a célula a fazer o invólucro de proteína. Os novos vírus deixam a célula do hospedeiro com capacidade de infectar outras células. De acordo com os dados oficiais divulgados pela OMS, os únicos países acometidos pelo surto do vírus ebola são Guiné, Libéria, Mali e Serra Leoa, todos situados na África Ocidental. TRANSMISSÃO: O Ebola pode ser contraído tanto de humanos como de animais. O vírus é transmitido por meio do contato com sangue, secreções ou outros fluídos corporais como o sêmen infectado que

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pode ocorrer até sete semanas após a recuperação clínica e diretamente pessoa a pessoa, através nasofaringeas ,expelidas ao tossir, espirrar ou falar. E também através da dispersão de gotículas com partículas virais no ar . Em algumas áreas da África, a infecção foi documentada por meio do contato com chimpanzés, gorilas, morcegos frutívoros, macacos, antílopes selvagens e porcos-espinhos contaminados encontrados mortos ou doentes na floresta tropical. Portanto, o risco maior de infecção está associado à exposição desprotegida, sobretudo nos ambientes hospitalares. As populações africanas são muito infectadas pelo vírus Ebola porque devido à sua cultura, as famílias lavam o corpo dos mortos antes do enterro e a vítima ainda consegue transmitir o vírus a todos àqueles que entram em contato com o corpo, mesmo depois de morto. O período de incubação do vírus dura de 2 a 21 dias até que surjam os sintomas do vírus Ebola. SINAIS e SINTOMAS: Os principais sintomas da doença são: febre de início súbito, intensa fraqueza, dor no corpo e dor de cabeça, seguidos de vômito, diarreia, exantema maculo papular generalizado , tosse, coriza , conjuntivite, manchas de Koplik (pequenos pontos brancos que aparecem em mucosa bucal) e sangramento, seguidos de sintomas de insuficiência hepática, renal e distúrbios cerebrais com alterações do comportamento devido à coagulação intravascular disseminada com enfartes nos órgãos. O estágio final é devido ao esgotamento dos fatores sanguíneos da coagulação, resultando em hemorragias extensas internas, edema generalizado e morte por choque hemorrágico. As fezes são geralmente pretas devido às hemorragias gastrointestinais e poderá haver ou não sangramento do nariz, ânus, boca e olhos. TRATAMENTO, BLOQUEIO VACINAL e/ou QUIMIOPROFILAXIA – Ainda não há vacina, cura, nem tratamentos eficazes. O tratamento padrão para a doença limita-se aos cuidados básicos de suporte vital como restabelecimento de eletrólitos e fluidos perdidos, manter seus níveis de oxigênio e pressão sanguínea e tratar quaisquer infecções. ISOLAMENTO: Diante da suspeita a pessoa deve ser isolada em ambiente hospitalar específico para evitar a transmissão. Os doentes devem ser postos em quarentena e os familiares devem ser impedidos de ter qualquer forma de contato com o doente, ou mesmo de tocar o corpo após o falecimento. COLETA DE AMOSTRA: O diagnóstico é feito pela observação direta do vírus com microscópio eletrônico em amostra sanguínea ou por detecção com imunofluorescência de antigênios, para detecção de anticorpo IGM no sangue na segunda fase da doença, desde os primeiros dias ate 4 semanas após o aparecimento do exantema. OBS: NOTIFICAR IMEDIATAMENTE e encaminhar amostra para o LACEN-BA (sem custo para o paciente), juntamente com formulário disponível no endereço eletrônico: * M→ CCIH → Formulários - Doenças de Notificação→ Fichas de Notificação DESCARTE FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS: Apesar de ser essencialmente uma doença de veiculação hídrica, o lixo representa uma fonte de contaminação básica a ser considerada para a prevenção e o controle da enfermidade. A vigilância ambiental deve ter participação efetiva na implementação de um plano de gerenciamento de resíduos sólidos, a ser viabilizado em caráter emergencial, onde estejam ocorrendo casos de cólera. Tal plano tem o objetivo de proteger a comunidade dos possíveis riscos advindos das fases de segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final principalmente daqueles resíduos originários de ambientes ambulatoriais, hospitalares e laboratoriais,

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terminais de carga e passageiros (portos, aeroportos, estações rodoviárias e ferroviárias) e de comunidades expostas ao risco. Deste modo, alguns critérios devem ser verificados e elaborados em conformidade com a Resolução nº 357 do Conama (BRASIL, 2005) seguindo as recomendações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para o acondicionamento adequado do lixo. • Uso de transporte apropriado, compatível com as características do material transportado, de forma que atenda aos condicionantes de proteção ao meio ambiente e à saúde pública; • Utilização de equipamentos de proteção individual pelo pessoal ocupacionalmente exposto ao risco; • A indicação de locais específicos para a disposição do material coletado; • Definição do tratamento apropriado aos resíduos que apresentem potencial de risco à saúde pública e ao meio ambiente. Outras Informações da OMS: � O risco de infecção para quem viaja para os países comprovadamente afetados até o momento é considerado muito baixo, a menos que ocorra contato direto com pessoas ou animais (doentes ou mortos) infectados com o vírus ebola. � Caso uma pessoa que tenha sido exposta ao vírus ebola e desenvolvido sintomas embarque em um vôo comercial ou outro meio de transporte, ela deve procurar atendimento médico imediato no momento da chegada ao seu destino. Em seguida, deve ser isolada em ambiente hospitalar específico para evitar a transmissão. Embora o risco para os companheiros de viagem em tal situação seja muito baixo, o rastreamento de contatos pelos serviços de saúde é recomendado. � Com relação aos trabalhadores de saúde e voluntários, especialmente os envolvidos no atendimento de pacientes com ebola, o nível de risco pode ser considerado muito baixo, desde que as precauções recomendadas sejam seguidas, como o uso de equipamento de proteção individual. 6.2. RAIVA A raiva é uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefalite progressiva aguda e letal.Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva e, portanto, podem transmiti-la. A doença apresenta dois principais ciclos de transmissão: urbano e silvestre, sendo o urbano passível deeliminação, por se dispor de medidas eficientes de prevenção, tanto em relação ao ser humano, quanto à fonte de infecção. Definição de caso suspeito: Todo paciente com quadro clínico sugestivo de encefalite rábica, com antecedentes ou não de exposição à infecção pelo vírus rábico. Manifestações Clínicas: Após um período variável de incubação, aparecem os pródromos que duram de 2 a 4 dias e são inespecíficos. O paciente apresenta mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia. Podem ocorrer hiperestesia e parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, e alterações de comportamento. A infecção progride, surgindo manifestações de ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos musculares involuntários, generalizados e/ou convulsões. Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem quando o paciente vê ou tenta ingerir líquido, apresentando sialorreia intensa. Os espasmos musculares evoluem para um quadro de paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal. O paciente se mantém consciente, com período de alucinações, até a instalação de quadro comatoso e evolução para óbito. Observa-se, ainda, a presença de disfagia, aerofobia, hiperacusia, fotofobia. O

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período de evolução do quadro clínico, depois de instalados os sinais e sintomas até o óbito, é em geral de 5 a 7 dias. Esquema de profilaxia da raiva humana com vacina de cultivo celular.

Soros para uso humano • Soro Heterólogo É uma solução concentrada e purificada de anticorpos, preparada em equídeos imunizados contra o vírus da raiva. A dose indicada é de 40UI/kg de peso do paciente. Deve-se infiltrar nas lesões a maior quantidade possível da dose do soro. Quando a lesão for extensa e múltipla, a dose do soro a ser infiltrada, pode ser diluída, em soro fisiológico, para que todas as lesões sejam infiltradas. Caso a região anatômica não permita a infiltração de toda a dose, a quantidade restante, a menor possível, deve ser aplicada por via intramuscular, na região glútea.

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Antes da administração do soro heterólogo, aconselha-se sempre disponibilizar: laringoscópio com lâminas e tubos traqueais adequados para o peso e idade; frasco de soro fisiológico e/ou solução de Ringer lactado; solução aquosa de adrenalina (preparada na diluição de 1:1mil) e de aminofilina (10ml = 240mg). Pré-medicação Na tentativa de prevenir ou atenuar possíveis reações adversas imediatas em pacientes de risco, podem ser utilizadas drogas bloqueadoras dos receptores H1 e H2 da histamina (anti-histamínicos) e um corticosteróide em dose anti-inflamatória. Opção 1: - Via parenteral

A aplicação do soro antirrábico heterólogo deverá ser realizada 20 a 30 minutos após a aplicação da pré-medicação acima (esquema parenteral). Opção 2: Via oral

A aplicação do soro antirrábico heterólogo deverá ser realizada, aproximadamente, 2 horas após a aplicação da pré-medicação acima (esquema oral). Opção 3: Esquema misto

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As medicações, pela via parenteral, deverão ser administradas 20 a 30 minutos antes do soro heterólogo. • Soro Homólogo - Imunoglobulina humana hiperimune antirrábica. A imunoglobulina humana hiperimune antirrábica, uma solução concentrada e purificada de anticorpos, preparada a partir de hemoderivados de indivíduos imunizados com antígeno rábico, é um produto mais seguro que o soro antirrábico, porém de produção limitada e, por isso, de baixa disponibilidade e alto custo. Deve ser conservada entre + 2°C e + 8°C, protegida da luz, observando-se o prazo de validade do fabricante. A dose indicada é de 20UI/kg. Deve-se infiltrar a maior quantidade possível na(s) lesão(ões). Quando as lesões forem muito extensas ou múltiplas, a dose indicada pode ser diluída, o menos possível, em soro fisiológico, para que todas as lesões sejam infiltradas. Caso a região anatômica não permita a infiltração de toda a dose, a quantidade restante, a menor possível, deve ser aplicada por via intramuscular, na região glútea. Coleta de Material: Ca Laboratorial Tecido � Imunofluorescência direta - Decalque de córnea e Saliva � Isolamento viral (camundongos ou cultivo celular) - Saliva e Folículo piloso � RT-PCR – Saliva, Folículo piloso e LCR. � Soroneutralização Soro e LCR OBS: NOTIFICAR IMEDIATAMENTE e encaminhar amostra para o LACEN-BA (sem custo para o paciente), juntamente com formulário disponível no endereço eletrônico: * M→ CCIH → Formulários - Doenças de Notificação→ Fichas de Notificação VII – ORIENTAÇÕES GERAIS 7.1. MEDICAÇÕES Quando a alta hospitalar ocorrer em vésperas de feriado ou final de semana, serão dispensados pela Farmácia da instituição o quantitativo de doses referentes a 03 dias de tratamento, a fim de garantir a continuidade do tratamento de pacientes que fazem uso de medicações específicas para doenças de notificação compulsória, a exemplo do TAMIFLU, ANTIMALÁRICOS, TUBERCULOSTÁTICOS, entre outros.

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Pacientes e familiares deverão ser orientados a procurar Postos de Saúdes, mais próximo de suas residências, a fim de adquirirem as demais doses para completar o tratamento, mediante apresentação de RECEITA e RELATÓRIO MÉDICO. * O TAMIFLU poderá ser adquirido também na Farmácia Central do Hospital Otávio Mangabeira. 7.3. VACINAS E IMUNOBIOLÓGICOS ESPECIAIS (Imunoglobulina) Dias úteis – Encaminhar RELATÓRIO MÉDICO (com descrição da indicação do uso do imunobiológico, peso corporal história clínica do paciente, informando se faz de uso corticoideterapia prolongada e imunossupressão) + CARTÃO de VACINAÇÃO (cópia), para o Vigilância Epidemiológica Hospitalar - VEH, a fim de dar sequencia ao seguinte fluxo de solicitação/ dispensação: Unidade de Internação →VEH → Distrito Sanitário de Pau da Lima (DSPL) → VIEP Central →CEMADI→DSPL Obs: O transporte e aplicação dos imunobiológicos serão de responsabilidade do DSPL mediante contato prévio com a unidade. (salvo raras exceções). Final de Semana e Feriados – Em caso de urgência, encaminhar solicitação para o Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais - CRIE, localizado no Hospital Couto Maia. 7.4. BLOQUEIO VACINAL Dias úteis - Encaminhar NOTIFICAÇÃO do caso índice e LISTA DE COMUNICANTES, com descrição de nome completo, idade, peso corporal e gestação (se afirmativo, informar período gestacional). OBS: Seguir o mesmo fluxo para solicitação de VACINAS: Unidade de Internação →VEH → Distrito Sanitário de Pau da Lima (DSPL) → VIEP Central →CEMADI→DSPL * O transporte dos imunobiológicos para bloqueio vacinal, também serão realizados pelo DSPL, assim como aplicação destes, em pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde que estejam na unidade. Os demais profissionais que não se encontrem no momento, deverão ser orientados a procurar os CRIEs. Final de Semana e Feriados - Comunicar ao Plantão da Vigilância Sanitária (Municipal ou Estadual) contatos anexo. Observação Importante: Soro e vacina antirábica, poderão ser adquiridos também na Unidade São Marcos – USM, mediante apresentação de relatório médico + ficha de notificação (Atendimento Anti- rábico) e solicitação do imunobiológico. 7.5. QUIMIPROFILAXIA (D. Meningócocica, Influenza, Coqueluche, etc.) Encaminhar lista de comunicantes para o VEH-HSR. OBS: Para os profissionais de saúde, pacientes e acompanhantes serão dispensados pelo DSPL. Para familiares do paciente, será realizado pelo Distrito Sanitário ou Vigilância mais próxima da sua residência. 7.6. SOLICITAÇÃO E COLETA DE MATERIAL Conforme preconiza o Ministério da Saúde é necessária confirmação laboratorial de doenças de notificação compulsória por Laboratório de Referência.

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Para tanto, deverá coletar amostra de SWABS, SOROLOGIAS e CULTURAS e mesmo que sejam analisados na instituição deverão ser encaminhados para o LACEN-BA. OBS: Para os exames que ainda não tenham solicitação no MV como Influenza-H1N1 e Coqueluche, deverá ser registrado em prontuário e realizar comunicação verbal ao Laboratório e/ou a VEH – HSR, juntamente com ficha de notificação. * Exames realizados pelo LACEN-BA, não terá custo para o paciente. OBS: Os resultados laboratoriais desses exames estarão disponíveis por meio do sistema Web-Laudos – LACEN-BA, sob responsabilidade da Vigilância Epidemiológica Hospitalar - HSR REFERÊNCIAS: � Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 7. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009 � Protocolo de Tratamento da Influenza 2013 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. � Nota Técnica Conjunta nº 01/2014 GT DTP/COVEDI/DIVEP/SUVISA/SESAB/CAFB/DASF/SAFTEC/SESAB. � Ministério da Saúde - Manual Integrado de Prevenção e Controle da Cólera – 2ªed. revista – Brasília/DF , 2010 � Ministério da Saúde - Normas Técnicas de Profilaxia da Raiva Humana – Brasília/DF, 2011. � Ministério da Saúde – Guia Prático de tratamento da malária no Brasil, Brasília/DF, 2010. � Portal Ministério da Saúde: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/noticias-svs/12524-ms-desmente-boatos-sobre-virus-ebola-no-brasil � Outros sites: � https://sites.google.com/site/laflorania/to-dos/doencas-emergente-e-reemergentes � http://www.msf.org.br/conteudo/74/ebola/ ANEXO I

Lista de Notificação Compulsória – LNC PORTARIA Nº 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011 (DOU nº 18, de 26/01/2011, Seção I, pág. 38) 1. Acidentes por animais peçonhentos; 2. Atendimento antirrábico; 3. Botulismo; 4. Carbúnculo ou Antraz; 5. Cólera; 6. Coqueluche; 7. Dengue; 8. Difteria; 9. Doença de Creutzfeldt-Jakob; 10. Doença Meningocócica e outras Meningites; 11. Doenças de Chagas Aguda; 12. Esquistossomose; 13. Eventos Adversos Pós-vacinação; 14. Febre Amarela; 15. Febre do Nilo Ocidental; 16. Febre Maculosa;

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17. Febre Tifóide; 18. Hanseníase; 19. Hantavirose; 20. Hepatites Virais; 21. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana – HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão vertical; 22. Influenza humana por novo subtipo; 23. Intoxicações Exógenas (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados); 24. Leishmaniose Tegumentar Americana; 25. Leishmaniose Visceral; 26. Leptospirose; 27. Malária; 28. Paralisia Flácida Aguda; 29. Peste; 30. Poliomielite; 31. Raiva Humana; 32. Rubéola; 33. Sarampo; 34. Sífilis Adquirida; 35. Sífilis Congênita; 36. Sífilis em Gestante; 37. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS; 38. Síndrome da Rubéola Congênita; 39. Síndrome do Corrimento Uretral Masculino; 40. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV); 41. Tétano; 42. Tuberculose; 43. Tularemia; 44. Varíola; e 45. Violência doméstica, sexual e/ou outras violências. Lista de Notificação Compulsória Imediata – LNCI I. Caso suspeito ou confirmado de: 1. Botulismo; 2. Carbúnculo ou Antraz; 3. Cólera; 4. Dengue nas seguintes situações: • Dengue com complicações (DCC), • Síndrome do Choque da Dengue (SCD), • Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), • Óbito por Dengue • Dengue pelo sorotipo DENV4 nos estados sem transmissão endêmica desse sorotipo; 5. Doença de Chagas Aguda; 6. Doença conhecida sem circulação ou com circulação esporádica no território nacional que não constam no Anexo I desta Portaria, como: Rocio, Mayaro, Oropouche, Saint Louis, Ilhéus, Mormo, Encefalites Eqüinas do Leste, Oeste e Venezuelana, Chikungunya, Encefalite Japonesa, entre outras; 7. Febre Amarela; 8. Febre do Nilo Ocidental;

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PROTOCOLO ASSISTENCIAL INSTITUCIONAL

Código: PAI-HSR-019 Data da elaboração

05/06/2014 Data da revisão

Revisão Nº. página

/ 32

Título:

Protocolo de Doenças Emergentes

Elaborado por:

Esmeralda Vitório Silviana Ultchak

Núcleo de Vigilância Hospitalar SCIH

Validado por:

Camila Barcia Ana Verena Mendes

GEMED

Aprovado por:

Liliana Ronzoni

DIMED

Área: HOSPITAL SÃO RAFAEL

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9. Hantavirose; 10. Influenza humana por novo subtipo; 11. Peste; 12. Poliomielite; 13. Raiva Humana; 14. Sarampo; 15. Rubéola; 16. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV); 17. Varíola; 18. Tularemia; e 19. Síndrome de Rubéola Congênita (SRC). II. Surto ou agregação de casos ou óbitos por: 1. Difteria; 2. Doença Meningocócica; 3. Doença Transmitida por Alimentos (DTA) em embarcações ou aeronaves; 4. Influenza Humana; 5. Meningites Virais; 6. Outros eventos de potencial relevância em saúde pública, após a avaliação de risco de acordo com o Anexo II do RSI 2005, destacando-se: a) Alteração no padrão epidemiológico de doença conhecida, independente de constar no b) Doença de origem desconhecida; c) Exposição a contaminantes químicos; d) Exposição à água para consumo humano fora dos padrões preconizados pela SVS; e) Exposição ao ar contaminado, fora dos padrões preconizados pela Resolução do CONAMA; f) Acidentes envolvendo radiações ionizantes e não ionizantes por fontes não controladas, por fontes utilizadas nas atividades industriais ou médicas e acidentes de transporte com produtos radioativos da classe 7 da ONU. g) Desastres de origem natural ou antropogênica quando houver desalojados ou desabrigados; h) Desastres de origem natural ou antropogênica quando houver comprometimento da capacidade de funcionamento e infraestrutura das unidades de saúde locais em conseqüência evento. III. Doença, morte ou evidência de animais com agente etiológico que podem acarretar a ocorrência de doenças em humanos, destaca-se entre outras classes de animais: 1. Primatas não humanos 2. Eqüinos 3. Aves 4. Morcegos Raiva: Morcego morto sem causa definida ou encontrado em situação não usual, tais como: vôos diurnos, atividade alimentar diurna, incoordenação de movimentos, agressividade, contrações musculares, paralisias, encontrado durante o dia no chão ou em paredes. 5. Canídeos Raiva: canídeos domésticos ou silvestres que apresentaram doença com sintomatologia neurológica e evoluíram para morte num período de até 10 dias ou confirmado laboratorialmente para raiva. Leishmaniose visceral: primeiro registro de canídeo doméstico em área indene, confirmado por meio da identificação laboratorial da espécie Leishmania chagasi. 6. Roedores silvestres Peste: Roedores silvestres mortos em áreas de focos naturais de peste. Lista de Notificação Compulsória em Unidades Sentinelas – LNCS

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Código: PAI-HSR-019 Data da elaboração

05/06/2014 Data da revisão

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Protocolo de Doenças Emergentes

Elaborado por:

Esmeralda Vitório Silviana Ultchak

Núcleo de Vigilância Hospitalar SCIH

Validado por:

Camila Barcia Ana Verena Mendes

GEMED

Aprovado por:

Liliana Ronzoni

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1. Acidente com exposição a material biológico relacionado ao trabalho; 2. Acidente de trabalho com mutilações; 3. Acidente de trabalho em crianças e adolescentes; 4. Acidente de trabalho fatal; 5. Câncer Relacionado ao Trabalho; 6. Dermatoses ocupacionais; 7. Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho ( DORT) 8. Influenza humana; 9. Perda Auditiva Induzida por Ruído - PAIR relacionada ao trabalho; 10. Pneumoconioses relacionadas ao trabalho; 11. Pneumonias; 12. Rotavírus; 13. Toxoplasmose adquirida na gestação e congênita; e 14. Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho; ANEXO II

Telefones de Emergência Vigilância Epidemiológica HOSPITALAR, Municipal e Estadual.

CEMADI - Central Municipal de Distribuição de Imunobiológicos Tel: (71) 2201 -8638 E-mail: [email protected] CEVESP - Coordenação Estadual de Vigilância às Emergências em Saúde Pública. Tel.: (71) 3116 -0018 / 0037 Plantão 24h: (71) 9994- 1088 CIEVES - Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde Tel.: (71) 2201 – 8614 / 8615 - Segunda a sexta (08 às 17hs) Plantão 24s (71) 9982 – 0841 - (Todos os dias) E-mail: [email protected] CRIE - Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais Hospital Couto Maia – (71) 3316 3467 / 3084 DIVEP – Diretoria de Vigilância Epidemiológica da SESAB Tel.: 3116 – 0047 / 0078 DSPL _ Distrito Sanitário de Pau da Lima Tel.: 3611 -7851 / 7836/ 7837 LACEN – Laboratório Central de Saúde Pública – BA Tel.: (71) 3116 – 5046 / 5080 / 3276 1721 VEH – Vigilância Epidemiológica Hospitalar - HSR Tel.: (71) 3281 - 6096 / 6264