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DO PLANO DE CARGOS E CARREIRAS DA POLÍCIA JUDICIÁRIA ESTADUAL
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
DOS CARGOS: nominação, quantitativo (anexos)
DAS CARREIRAS
da carreira do Delegado de Polícia
da organização do Delegado de Polícia
das atribuições do Delegado de Polícia
do subsídio do Delegado de Polícia
DAS ASCENSÕES
progressão (independe do número de vagas)
promoção (independe do número de vagas)
requisitos
estímulos para capacitação (pós graduação/mestrado/doutorado)
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
transição
- adequação da promoção dos atuais servidores
- migração dos servidores do quadro em extinção (o servidor permanecerá na classe em que está, sendo enquadrado no padrão conforme o tempo de classe)
- os servidores já pertencentes ao quadro e que estão em estágio probatório são substitutos para efeitos de mobilidade e terão paridade salarial com a primeira classe e respeitando ainda o tempo para a contagem para progressão.
-
Revisão de texto
Polícia Civil – Polícia Judiciária Estadual
Competências - Atribuições
PROJETO DE LEI Nº , DE DE MARÇO DE 2011.
Dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e
Remunerações dos Delegados de Polícia e
demais Carreiras Policiais Civis do Estado
de Rondônia e adota outras providências.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDÔNIA: Faço
saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPITULO I
DA FINALIDADE E OS PRINCÍPIOS APLICÁVEIS
Art. 1º. Esta Lei Complementar dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários
dos Delegados de Polícia e demais Servidores da Polícia Civil do Estado, nos termos do
inciso IV do art. 144 da Constituição Federal e do art. 9º, inciso XV, art. 143, inciso I, e
artigos 144, 146 e 147, todos da Constituição do Estado de Rondônia, do Quadro
Permanente de Pessoal da Polícia Civil, doravante denominada Polícia Judiciária
Estadual - PJE,
Art. 2º. O presente plano de cargos, carreira e salários constitui-se em instrumento
relevante de gestão e contempla como princípios fundamentais a flexibilidade,
motivação profissional e racionalidade administrativa, além das seguintes proposições:
I – Organizar os Cargos de Provimento Efetivo, de natureza policial, por profissionais
portadores de diplomas de curso de nível superior, reconhecidos pelo Ministério da
Educação, com especificidade de acordo com a natureza que o cargo exigir, e aprovado
em concurso público de provas ou provas e títulos;
II – Organizar os Cargos de Provimento Efetivo, de natureza administrativa e não
policial, por profissionais portadores de diplomas de curso de nível superior, ou de no
mínimo, nível médio, reconhecidos pelo Ministério da Educação, com especificidade de
acordo com a natureza que o cargo exigir, e aprovado em concurso público de provas ou
provas e títulos;
III – Promover o desenvolvimento intelectual, social, e cultural do servidor,
objetivando a sua valorização, visando integrar suas atividades e ampliar a
produtividade, dentro de uma visão de prestação de serviço de interesse público, e
buscar efetividade no resultado dos serviços por ele prestado;
IV – Definir uma política salarial adequada;
Parágrafo único. A presente Lei Complementar tem por objetivo, ainda:
I – Prever, qualitativa e quantitativamente, os talentos humanos;
II – Delimitar atribuições, deveres e responsabilidades inerentes a cada cargo;
III – Definir especificações de cargos;
IV – Estabelecer estrutura salarial;
V – Oferecer oportunidades de remuneração capazes de produzir continuada
estimulação nos servidores policiais civis, elevando seus padrões de produtividade.
Art. 3º. O sistema de carreiras da Polícia Judiciária Estadual compreende a indicação
para os membros e servidores das oportunidades para o planejamento do seu
desenvolvimento funcional dentro da instituição, observadas as diretrizes estabelecidas
na legislação vigente de Plano de Cargos, Carreias e Salários da Administração Direta
do Poder Executivo do Estado.
Art. 4º. O sistema de carreiras da Polícia Judiciária Estadual estabelece a sucessão
ordenada de posições que permitirá a evolução funcional do policial nas seguintes
premissas:
I – manter identidade entre o potencial profissional e o nível de desempenho exigido no
exercício das funções policiais, das quais o cargo exigir;
II – incentivar a qualificação profissional e sua identidade com as funções da carreira e
a realização pessoal;
III – democratizar as oportunidades de ascensão profissional e promover a valorização
do sistema do mérito;
IV – estabelecer sistema remuneratório justo e compatível com a complexidade,
conteúdo do cargo, capacitação, experiência, eficiência e especialização requeridas para
o desempenho e considerando as especificidades e peculiaridades da função policial.
CAPITULO II
DOS CONCEITOS
Art. 5º. Para efeitos do presente Plano de Cargos, Carreiras e Salários do Quadro
Permanente de Pessoal da Polícia Judiciária Estadual - PJE - estabelecida na presente
Lei Complementar, considera-se:
I – Cargo Público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometido ou
cometível a um servidor público, mantidas as características de criação por Lei,
denominação própria, número certo, pagamento pelos cofres públicos e provimento em
caráter efetivo, mediante aprovação em concurso público de provas ou de provas e
títulos;
II – Grupo Ocupacional Polícia Judiciária é o conjunto de categorias funcionais, de
quadro permanente da Polícia Judiciária do Estado, de natureza policial, reunidas
segundo a correlação e afinidade existentes entre elas quanto a natureza do trabalho e/ou
grau de conhecimento;
III – Membro designação dada ao ocupante de Cargo de Delegado de Polícia;
IV – Carreira é a organização estrutural de cargos constituída por cargos com
atribuições previamente definidas em lei e referências salariais;
V – Classe é o conjunto de cargos da mesma natureza funcional, com referências
salariais, denominação e atribuições idênticas;
VI – Padrão é o nível salarial integrante da faixa de salários fixados para a classe e
atribuído ao ocupante do cargo em decorrência do seu progresso salarial, representado
por uma simbologia em ordem numérica de algarismos romanos de I A V;
VII – Subsídio é a parcela pecuniária única atribuída mensalmente aos membros da
Polícia Judiciária e demais servidores da Policia Judiciária do Estado;
VIII – Remuneração é a compensação financeira composta pelo subsídio e pelas
gratificações, pelos adicionais, indenizações e demais vantagens pecuniárias
permanentes e temporárias estabelecidas em lei;
IX – Ascensão funcional é a elevação na carreira dos membros da Polícia Judiciária e
demais servidores da Policia Judiciária do Estado através de progressão ou de
promoção;
X – Progressão é a evolução do servidor dos membros da Polícia Judiciária e demais
servidores da Policia Judiciária do Estado na carreira e decorre do merecimento e do
tempo de efetivo exercício na carreira de Polícia Judiciária Estadual, de forma
seqüencial, padrão a padrão, até atingir o limite da Classe em que está enquadrado.
XI – Promoção é a evolução do servidor de Policial Judiciária na carreira e decorre da
capacitação dos membros da Polícia Judiciária e demais servidores da Policia Judiciária
do Estado, no cargo em que está enquadrado, progredindo de uma “classe” para outra,
imediatamente superior;
Art. 6º. O Plano de Cargos, Carreiras e Salários fica assim organizado:
I – Estrutura e composição do Quadro Permanente de Pessoal da Polícia Judiciária do
Estado - PJE, da categoria funcional, das carreiras, dos cargos, dos padrões e da
Qualificação Exigida para o ingresso;
II – Linha de enquadramento de transposição dos cargos;
III – Linhas de promoção e progressão;
IV – Requisitos para promoção e progressão;
V – Atribuições e responsabilidades;
VI – Quantificação dos cargos;
VII – Quantificação dos cargos de direção superior.
Art. 7º. Os membros e servidores da Polícia Judiciária do Estado de Rondônia
alcançarão a estabilidade e aprovação no estágio probatório, após 3 (três) anos de
efetivo exercício e avaliação periódica e trimestral de desempenho.
Parágrafo único. Enquanto estiverem na condição de substituto, os membros e demais
servidores da Polícia Judiciária do Estado terão mobilidade funcional e será coordenada
pela Academia de Polícia Judiciária.
TÍTULO II
DAS CARREIRAS DE POLICIA JUDICIÁRIA
CAPITULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 8º. A Polícia Judiciária do Estado de Rondônia possui o Quadro Ocupacional da
Polícia Judiciária Estadual, de natureza policial e Quadro Administrativo da Polícia
Judiciária Estadual, de natureza não policial.
Parágrafo único. Os quadros de quantitativos dos cargos constantes no presente artigo
são fixados conforme anexo I da presente Lei.
Art. 9º. O Quadro Grupo Ocupacional da Polícia Judiciária é composto pelos seguintes
carreiras de:
I – Delegado de Polícia;
II – Perito Criminal Forense;
III – Investigador de Polícia Judiciária;
§ 1º. A Carreira de Delegado de Polícia é, para todos os efeitos, carreira jurídica do
Estado, não se equiparando as demais carreiras policiais.
§ 2º. As carreiras de Delegados de Polícia e demais carreiras da Polícia Judiciária do
Estado, previstas neste artigo são privativas de portadores de diplomas de nível
superior, observando-se, no caso do inciso I ser privativo de bacharel em Ciências
Jurídicas e Sociais, ou bacharel em Direito, e, no caso do inciso II, nas especialidades de
área de atuação.
§ 3º. As especialidades da Carreira de Perito Criminal Forense terão suas exigências,
qualitativas e quantitativas, previstas no edital do respectivo concurso de ingresso na
carreira, conforme dispuser suas funções.
§ 4º. A remuneração dos servidores pertencentes ao Quadro de que trata este artigo será
fixado em forma de subsídio, em parcela única, sendo vedado o acréscimo de qualquer
gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, salvo por exercício de função de Cargos de Direção Superior, sendo
assegurado revisão geral anual, sempre na mesma data.
Art. 10. Estão compreendidas no subsídio de que trata § 5º, do artigo anterior e não são
devidas as seguintes parcelas remuneratórias:
I – Vencimento Básico;
II – Gratificação de Atividade;
III – Gratificação por Operações Especiais – GOE;
IV – Gratificação de Atividade Policial;
V – Gratificação de Compensação Orgânica;
VI – Gratificação de Atividade de Risco;
VII – Indenização de Habilitação Policial Judiciária, ou Civil;
VIII – Vantagem Pecuniária Individual;
IX – Vantagens pessoais e vantagens pessoais nominalmente identificadas – VPNI, de
qualquer origem e natureza;
X – Vantagens pessoais nominalmente identificadas – VPNI, concedidas administrativa
ou judicialmente, até a data de publicação desta Lei Complementar;
XI – diferenças individuais e resíduos, de qualquer origem e natureza;
XII – valores incorporados à remuneração decorrentes do exercício de função de
direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza
Especial;
XIII – valores incorporados à remuneração referentes a quintos ou décimos;
XIV – valores incorporados à remuneração a título de adicional por tempo de serviço;
XV – vantagens incorporadas aos proventos ou pensões;
XVI – abonos;
XVII – valores pagos a título de representação;
XVIII – adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;
XIX – adicional noturno;
XX – adicional pela prestação de serviço extraordinário; e
Art. 11. Os servidores integrantes das Carreiras de que trata o art. 1º desta Lei
Complementar não poderão perceber cumulativamente com o subsídio quaisquer
valores ou vantagens incorporadas à remuneração por decisão administrativa, judicial
ou extensão administrativa de decisão judicial, de natureza geral ou individual, ainda
que decorrentes de sentença judicial transitada em julgado.
Art. 12. O subsidio dos integrantes das Carreiras de que trata o art. 1º desta Lei não
exclui o direito à percepção, nos termos da legislação e regulamentação específica, das
seguintes espécies remuneratórias:
I – gratificação natalina;
II – adicional de férias;
III – abono de permanência de que tratam o § 19 do art. 40 da Constituição Federal, o §
5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de
2003;
IV – Gratificação de Ocupação de Cargo de Direção de Nível Superior;
V – Ajuda de Custo por viagens em serviço.
VI – Incentivo Especialização
§ 1º. O disposto no caput deste artigo aplica-se à retribuição pelo exercício de função de
direção, chefia e assessoramento e às parcelas indenizatórias previstas em lei.
§ 2º. O valor da ajuda de custo por viagens em serviço, é equivalente a 1/3 (um terço) de
1/30 (um trinta avos) do que percebe o servidor a título de subsídio.
Art. 13. Aplica-se às aposentadorias concedidas aos servidores integrantes das Carreiras
de que trata o art. 1º desta Lei, e às pensões, o disposto nesta Lei Complementar.
Art. 14. O Quadro Administrativo da Polícia Judiciária do Estado é composto pelos
seguintes carreiras:
I – Assistente Social
II – Psicólogo
III – Analista de Sistemas
IV – Técnico de manutenção e suporte
V – Auxiliar Administrativo;
§ 1º. Os cargos de Assistente Social, Psicólogos e Analista de Sistemas são privativos
de portadores de diplomas de nível superior, observada as especialidades que os cargos
exigem.
§ 2º. Os cargos de Técnico de manutenção e suporte e Auxiliar Administrativo são
cargos de exigência mínima de nível médio de escolaridade;
§ 3º. Aplica-se, no que couber, aos servidores das carreiras do Quadro Administrativo
da Polícia Judiciária do Estado, as disposições do artigo 9º ao 13, desta Lei
Complementar.
Art. 15. Os cargos previstos no artigo anterior terão suas carreiras conforme previsto
nesta lei Complementar.
CAPITULO II
DA ELEVAÇÃO FUNCIONAL DA CARREIRA DE DELEGADO DE PO LÌCIA
E DAS DEMAIS CARREIRAS DA POLÍCIA JUDICIÁRIA DO EST ADO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 16. A Carreira de Delegado de Polícia e demais Carreiras da Polícia Judiciária do
Estado é constituída de promoção e progressão.
SEÇÃO II
DA PROMOÇÃO
Art. 17. A Carreira de Delegado de Polícia inicia-se na Classe de Delegado de Polícia
Substituto e esta perdura durante o período do estágio probatório.
Parágrafo único. As demais Carreiras da Polícia Judiciária do Estado inicia-se na
Classe de Substituto, observando-se a respectiva carreira, e obedecerá ao critério
previsto no caput deste artigo;
Art. 18. Aprovado no estágio probatório, o Delegado de Polícia Substituto será
promovido para o Cargo de Delegado de Polícia de Primeira Classe padrão I;
Parágrafo único. Os detentores de cargo das demais Carreiras da Polícia Judiciária do
Estado, na Classe de Substituto, serão promovidos na forma prevista no caput deste
artigo.
Art. 19. O Delegado de Polícia e demais servidores das carreiras da Polícia Judiciária
do Estado, a partir da Primeira Classe Padrão I, poderão ser promovido, verticalmente,
para classe imediatamente superior, desde que preenchidos os seguintes requisitos:
I – Ter progredido, na classe, para os padrões II, III, IV e V, sucessivamente;
II – Ter, no mínimo, 5 (cinco) anos de efetivo exercício de Polícia Judiciária na
respectiva classe;
III – Não ter sofrido penalidade administrativa disciplinar;
IV – Não ter sido punido por sentença penal transitada em julgado, independentemente
de haver suspensão condicional da pena ou substituição desta por quaisquer umas das
espécies previstas em Lei;
V – Ter concluído, durante os 5 (cinco) anos a que se refere o inciso II, ao menos 2
(dois) curso(s), de interesse institucional, que possuam, no mínimo, 60 (sessenta) horas
aula cada, ou um curso de no mínimo 120 (cento e vinte) horas aula, oferecidos pela
Secretaria de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania, Secretaria Nacional de
Segurança Pública, ou entidade privada, mediante reconhecimento do Conselho
Superior Polícia, observando-se neste último caso, ausência de ônus para a
administração pública;
VI – Ter alcançado, no mínimo, média 7 (sete), em avaliação de desempenho,
observando-se todo o período previsto no inciso II, como também o disposto no
parágrafo único do artigo anterior.
§ 1º. Ocorrendo as punições previstas nos incisos III e IV, o membro e o servidor
ficarão impedidos de concorrer à promoção:
a) durante o período de cumprimento de penalidades;
b) durante o período de um ano a partir da data do efetivo cumprimento da punição.
§ 2º. Os cursos a que se refere o inciso V deverão ser concluídos no período previsto no
inciso II, respeitando-se o previsto no parágrafo anterior, não sendo permitida, para fins
de promoção, a utilização de certificação ou diploma de curso utilizado anteriormente
para promoção ou progressão.
Art. 20. Na promoção dos membros e servidores à Classe Especial, estes deverão
possuir Curso Superior de Polícia, ou qualquer curso, em nível de especialização, lato
ou estrito senso reconhecida pelo Ministério da Educação e Cultura, na área de
Segurança Pública ou de interesse da instituição, nesse último caso condicionada à
análise e aprovação pelo Conselho Superior de Polícia, além dos demais requisitos
exigidos para promoção.
Parágrafo único. O Curso Superior de Polícia ou a especialização referida no caput
podem ser realizados a qualquer tempo, desde que iniciada após a conclusão do curso de
graduação.
SEÇÃO III
DA PROGRESSÃO
Art. 21. A Carreira de Delegado de Polícia e demais Carreiras da Polícia Judiciária do
Estado evolui horizontalmente do padrão I ao V, dentro da mesma Classe, aplicando-se
à Primeira, Segunda e Terceira.
§1º. Os cargos de Delegado de Polícia Substituto e o de Classe Especial são compostos
de Padrão Único.
§2º. O disposto no caput e parágrafo anterior deste artigo aplica-se às demais carreiras
da Polícia Judiciária do Estado, observando-se a condição de Classe Substituto.
Art. 22. O Delegado de Polícia e demais servidores das carreiras da Polícia Judiciária
do Estado, a partir da Primeira Classe Padrão I, poderão progredir, horizontalmente,
para padrão imediatamente posterior, desde que preenchidos os seguintes requisitos:
I – Ter permanecido no padrão em que está enquadrado por pelo menos 1 (um);
II – Ter, no mínimo, 1 (um) anos de efetivo exercício de Polícia Judiciária no respectivo
padrão;
III – Não ter sofrido penalidade administrativa disciplinar, durante o período aquisitivo;
IV – Não ter sido punido por sentença penal transitada em julgado, independentemente
de haver suspensão condicional da pena ou substituição desta por quaisquer umas das
espécies previstas em Lei;
V – Ter concluído, durante o ano a que se refere o inciso II, ao menos 30 (trinta) horas
aula de cursos, somados ou isoladamente, de interesse institucional, oferecidos pela
Secretaria de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania, Secretaria Nacional de
Segurança Pública, ou entidade privada, mediante reconhecimento do Conselho
Superior Polícia, observando-se neste último caso, ausência de ônus para a
administração pública;
VI – Ter alcançado, no mínimo, média 7 (sete), em avaliação de desempenho,
observando-se todo o período previsto no inciso II, como também o disposto no artigo
18 desta Lei Complementar.
§ 1º. Ocorrendo as punições previstas nos incisos III e IV, o membro e o servidor
ficarão impedidos de concorrer à progressão:
a) durante o período de cumprimento de penalidades;
b) durante o período de um ano a partir da data do efetivo cumprimento da punição.
§2º. Os cursos a que se refere o inciso V deverão ser concluídos no período previsto no
inciso II, não sendo permitida, para fins de progressão, a utilização de certificação ou
diploma de curso utilizado anterioremente para promoção ou progressão.
TÍTULO III
DA CARREIRA DE DELEGADOS DE POLÍCIA
CAPITULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 23. Fica instituída a carreira de Delegado de Polícia, de nível superior e natureza
jurídica, função essencial constitucional do Estado, constituída pela categoria funcional
de Delegado de Polícia, com atuação institucional, nos termos das Constituições Federal
e Estadual, incumbida das funções da polícia judiciária e, com exclusividade, de
apuração das infrações penais, exceto as militares, ressalvada as de competência da
União.
Parágrafo único. Os membros da carreira de Delegado de Polícia, assim denominados,
são vinculados à Direção Geral da Polícia Judiciária, respeitando-se a hierarquia
funcional.
Art. 24. A carreira de Delegado de Polícia Judiciária considerada para todos os efeitos
como carreira jurídica, será nos termos desta Lei Complementar e seu anexo I,
dependendo o respectivo ingresso de provimento condicionado à classificação em
concurso público de provas e títulos, realizado pela Academia de Polícia Judiciária do
Estado com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção de Rondônia.
Art. 25. A Carreira de Delegado de Polícia está estruturada em classes e padrões
escalonados, de acordo com a ascensão funcional, por meio de promoção e progressão,
na seguinte forma:
I – Delegado de Polícia substituto;
II – Delegado de Polícia de Primeira Classe, padrões I a V;
III – Delegado de Polícia de Segunda Classe, padrões I a V;
IV – Delegado de Polícia de Terceira Classe, padrões I a V;
V – Delegado de Polícia de Classe Especial.
CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES DOS DELEGADOS DE POLÍCIA
Art. 26. Aos Delegados de Polícia, no cumprimento das funções institucionais e das
atribuições da Polícia Judiciária Estadual, incumbe:
I – com exclusividade:
a) presidir a apuração de infrações penais por meio do Inquérito Policial, Termo
Circunstanciado de Ocorrência ou outros procedimentos investigatórios normatizados;
b) lavrar termos circunstanciados de ocorrências, de conformidade com o disposto na
legislação pertinente;
c) exercer a titularidade de unidades integrantes da Polícia Judiciária Estadual,
delegacias de policia, unidades de segurança, grupos operacionais ou similares onde
sejam realizados trabalhos de polícia judiciária.
II – no exercício da atividade policial judiciária:
a) planejar, coordenar, dirigir e executar, com exclusividade, as ações de polícia
judiciária;
b) organizar, executar e manter os serviços de registro, cadastro, controle e fiscalização
de armas, munições e explosivos, na forma da legislação federal específica;
c) planejar, coordenar e realizar ações de inteligência destinadas à instrumentalização do
exercício de polícia judiciária e de apuração de infrações penais, na sua área de
atribuição;
d) realizar, com exclusividade, as correições ou procedimentos similares de natureza
ordinária, nas unidades policiais civis, na esfera de sua atribuição;
e) realizar correições extraordinárias, gerais ou parciais;
f) requisitar a realização de pesquisas técnico-científicas, estatísticas e exames técnicos
relacionados com a atividade de polícia judiciária;
g) expedir alvarás de funcionamento, atestados, registros e demais documentos relativos
ao exercício regular do poder de polícia, mediante recolhimento das taxas previstas no
Código Tributário Estadual;
h) expedir licença para translado de cadáveres;
i) presidir autos de incineração e destruição de drogas ilícitas apreendidas, nos termos
da legislação;
j) exercer o controle interno e o aperfeiçoamento da atividade policial judiciária;
l) manter banco de dados de processados, procurados, condenados e foragidos e
coordenar ações de busca e captura e transferência de presos;
m) adotar providências imediatas e impostergáveis em outras circunscrições até que
compareça a autoridade do local dos fatos;
n) divulgar fatos, prestar informações de natureza policial ou científica de interesse da
comunidade à imprensa ou a órgãos interessados, observados os preceitos
constitucionais, as garantias individuais, normas e regulamentos da administração
estadual;
o) instaurar, presidir ou determinar a instauração de sindicância administrativa
disciplinar e impor, se for o caso, as penalidades;
p) promover orientação à comunidade sobre as medidas de profilaxia criminal e debater
sobre assuntos relativos à segurança pública;
q) expedir escala de plantão;
r) avocar e redistribuir inquéritos policiais ou procedimentos administrativos;
III – no curso de procedimentos de sua atribuição:
a) presidir, com exclusividade, auto de prisão em flagrante e da apreensão em flagrante
de adolescentes infratores;
b) nomear interpretes, peritos e escrivães ad hoc e curadores, avaliadores, depositários,
quando houver justificado motivo;
c) expedir portaria instauradora de inquérito policial ou de outro procedimento
investigatório;
d) expedir intimações, ordens de serviço, cartas precatórias, mandados de condução
coercitiva e alvarás de soltura, quando de sua atribuição;
e) requisitar exames médicos, periciais e toxicológicos, inclusive de sanidade mental e
complementar, informações e documentos que interessem à formação de prova;
f) promover, por termos, oitivas, interrogatórios e acareações, reprodução simulada de
fatos, reconhecimentos e exumação;
g) solicitar o ingresso de vítima ou testemunha em programas de proteção e assistência
respectivos;
h) determinar a elaboração de qualificação indireta, planilha de identificação e vida
pregressa do indiciado;
i) proferir despachos de indiciação, sindicação, movimentação e desentranhamento e
outros que se fizerem necessário nos autos;
j) arbitrar valor de fiança, quando de sua atribuição;
l) determinar a apreensão de objetos e o depósito de valores apreendidos em conta única
do Estado;
m) representar pela prisão preventiva, prisão temporária e outras medidas judiciais
cautelares;
n) representar pelo afastamento temporário de agressor, nos casos de crimes de menor
potencial ofensivo, nos termos da legislação;
o) representar pela expedição de mandado de busca e apreensão e pela quebra de sigilo
fiscal, bancário, comunicações telefônicas, de qualquer natureza e em sistemas de
informática e telemática;
p) determinar a restituição ou o depósito, mediante termo de responsabilidade, de
objetos apreendidos;
q) solicitar dilação de prazo;
r) outras atribuições correlatas e ou previstas em lei;
IV – em atividades complementares às funções do cargo:
a) participar de atividades de ensino policial;
b) exercer cargo em comissão ou função de confiança;
c) representar a instituição policial, perante conselhos e poderes constituídos ou à
sociedade, como autoridade policial em eventos ou solenidades públicas.
Art. 27. O Delegado de Polícia tem autonomia e independência no exercício das
funções de seu cargo.
Art. 28. Os Delegados de Polícia gozam do mesmo tratamento jurídico e protocolar
dispensado aos membros das carreiras jurídicas instituídas pelo Estado.
CAPÍTULO III
DOS SUBSIDIOS DA CARREIRA DE DELEGADO DE POLÍCIA JU DICIÁRIA
Art. 29. O Delegado de Polícia será remunerado mediante subsídio/vencimento, cujo
valor, da Classe Especial, não poderá ser inferior a 90,25% (noventa inteiros e vinte
cinco décimos por cento) do subsídio do Desembargador do Tribunal de Justiça do
Estado de Rondônia, devendo os demais integrantes das classes inferiores perceber 85%
(oitenta e cinco por cento) do subsídio/vencimento daquele detentor da classe
imediatamente superior.
Art. 30. O Padrão I corresponde ao subsídio inicial de cada classe conforme fixado no
artigo anterior, observando-se o disposto no artigo 25.
Parágrafo único. A progressão terá diferença de acréscimo de subsídio de 2% (dois por
cento) do padrão I ao padrão V, respectiva e cumulativamente.
TÍTULO IV
DAS DEMAIS CARREIRAS DO GRUPO OCUPACIONAL DA POLÍCI A
JUDICIÁRIA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 31. As demais carreiras do Grupo Ocupacional da Polícia Judiciária do Estado, será
nos termos desta Lei Complementar e seu anexo I – 1º quadro, dependendo o respectivo
ingresso de provimento condicionado à classificação em concurso público de nível
superior de provas, ou de provas e títulos, conforme previsão do respectivo edital,
realizado pela Academia de Polícia Judiciária do Estado.
CAPÍTULO II
DA CARREIRA DE PERITO CRIMINAL FORENSE
Art. 32. Fica instituída a carreira de Perito Oficial Forense, de nível superior e
qualificação técnica-científica, essencial aos trabalhos prestados pela polícia judiciária,
que atuará nas funções de polícia científica, com exclusividade, para produzir prova
material, mediante análise dos vestígios e busca da materialidade para dar subsídios
para a qualificação, estabelecendo a dinâmica e a autoria dos delitos.
Parágrafo único. Os integrantes da carreira de Perito Criminal Forense são
subordinados administrativamente ao Diretor Geral de Polícia Judiciária, e tecnicamente
ao Diretor de Departamento de Polícia Técnico Científica, respeitando-se a hierarquia
funcional.
Art. 33. A Carreira de Perito Criminal Forense está estruturada em classes e padrões
escalonados, de acordo com a ascensão funcional, por meio de promoção e progressão,
na seguinte forma:
I – Perito Criminal Forense Substituto,
II – Perito Criminal Forense de Primeira Classe, padrões I a V;
III – Perito Criminal Forense de Segunda Classe, padrões I a V;
IV – Perito Criminal Forense de Terceira Classe, padrões I a V;
V – Perito Criminal Forense de Classe Especial;
SEÇÃO I
DAS FUNÇÕES DE PERITO CRIMINAL FORENSE
SUB-SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 34. Na Carreira de Perito Criminal Forense incluem-se as seguintes especialidades,
observado curso superior respectivamente exigido:
I – Engenharia:
a) Elétrica;
b) Mecânica;
c) Civil; e
d) Florestal;
II – Contabilidade, Contabilidade;
III – Médica Legal, Medicina;
IV – Psiquiatria Forense – Médico Psiquiatra
IV – Odontó-Legista, Odontologia;
V – Bioquímico, Bioquimica;
VI – Biólogo, Biologia;
VII – Farmacêutico, Farmácia;
§ 1º. Para o preenchimento das referidas especialidades deverão ser observadas as
exigências previstas pelos respectivos Conselhos de Classes;
§ 2º. O quantitativo das especialidades previstas no caput deste artigo serão definidas
pelo Conselho Superior de Polícia Judiciária e publicadas no respectivo edital do
concurso, observando-se a demanda necessária para o bom e efetivo desenvolvimento
da atividade de Polícia Judiciária
SUB-SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PERITO CRIMINAL FORENSE, ESPECIALIDADE
ENGENHARIA, BIOQUÍMICA, BIOLOGIA E FARMÁCIA
Art. 35. Ao Perito Criminal Forense compete:
I – supervisionar, coordenar, controlar, orientar e executar perícias criminais em geral,
bem como estabelecer e pesquisar novas técnicas e procedimentos de trabalho;
II – planejar, dirigir e coordenar as atividades científicas, realizar pesquisas de novos
métodos criminalísticos e produzir estudos, informações e pareceres técnicos para
eficiência dos trabalhos de perícia criminal;
III – executar perícias, com exclusividade, em locais de crime, procedendo ao
levantamento pormenorizado e coletando todas as evidências materiais relacionadas a
esses eventos;
IV – executar reproduções simuladas;
V – executar perícias laboratoriais, análises dos vestígios e ou indícios relacionados às
infrações penais, bem como, exames microscópicos comparativos e de micro-
evidências;
VI – realizar a identificação humana na área da criminalística;
VII – elaborar laudos periciais relativos aos exames realizados;
VIII – solicitar exames complementares e informações técnicas necessárias às perícias
criminais;
IX – realizar as diligências necessárias para a complementação de exames periciais;
X – executar outras tarefas compatíveis com as atribuições da função.
SUB-SEÇÃO III
DAS ATRIBUIÇÕES DO PERITO CRIMINAL FORENSE, ESPECIA LIDADES
MÉDICO-LEGAL, PSIQUIATRIA FORENSE, OU ODONTO-LEGIST A
Art. 36. Ao Perito Criminal Forense com especialidade Médico-Legal, Psiquiatria
Forense, ou Odonto-Legista compete:
I – supervisionar, coordenar, controlar, orientar e executar perícias médico-legais,
psiquiatrias forense, ou odonto-legais em geral, bem como estabelecer e pesquisar novas
técnicas e procedimentos de trabalho;
II – planejar, dirigir e coordenar as atividades científicas, realizar pesquisas de novos
métodos na área de medicina ou odontologia legal e produzir estudos, informações e
pareceres técnicos para eficiência dos trabalhos;
III – elaborar laudos periciais relativos aos exames realizados;
IV – supervisionar, coordenar, orientar e executar perícias no campo pericial respectivo;
V – executar perícias em pessoas vivas e em cadáveres, no âmbito da medicina ou
odontologia legal;
VI – solicitar exames complementares necessários às perícias médico-legais,
psiquiátricas forenses, ou odonto-legais;
VII – realizar identificação humana na área medicina e odontologia-legal;
VIII – realizar as diligências necessárias para a complementação de exames periciais;
IX – executar outras tarefas compatíveis com as suas funções.
SEÇÃO II
DOS SUBSÍDIOS DA CARREIRA DE PERITO CRIMINAL FORENS E
Art. 37. O Perito Criminal Forense, pertencente a Classe Especial, perceberá subsídios
mensais não inferior à 90,25% (noventa inteiros e vinte cinco décimos por cento) do
subsidio que percebe mensalmente o Chefe do Poder Executivo Estadual.
Art. 38. O Padrão I corresponde ao subsídio inicial de cada classe conforme fixado no
artigo anterior, observando-se o disposto no artigo 33.
Parágrafo único. A progressão terá diferença de acréscimo de subsídio de 2% (dois por
cento) do padrão I ao padrão V, respectiva e cumulativamente.
CAPÍTULO III
DA CARREIRA DE INVESTIGADOR DE POLÍCIA JUDICIÁRIA
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 39. Fica instituída a carreira de Investigador de Polícia Judiciária, de nível
superior, constituída por funções com atribuições vinculadas às funções institucionais
de preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio com
atuação nas atividades de polícia judiciária, dos serviços cartoriais e de investigação
criminal.
Art. 40. Os integrantes da carreira de Investigador de Polícia Judiciária deverão pautar
suas atuações em obediência aos princípios e preceitos nesta Lei Complementar e
subordinados aos princípios e às funções institucionais da Polícia Judiciária Estadual.
Parágrafo único. Os ocupantes dos cargos de Investigador de Polícia Judiciária estão
subordinados ao Diretor de Polícia Judiciária, respeitando-se a hierarquia funcional.
SEÇÃO II
DA ORGANIZAÇÃO DA CARREIRA
Art. 41. A carreira de Investigador de Policia Judiciária é integrada pela categoria
funcional de Investigador de Polícia Judiciária, estruturada em cinco classes e padrões
escalonados, de acordo com a ascensão funcional, por meio de promoção e progressão,
correspondentes a:
I – Investigador de Polícia Judiciária Sibstituto;
II – Investigador de Polícia Judiciária de Primeira Classe, padrões I a V;
III – Investigador de Polícia Judiciária de Segunda Classe, padrões I a V;
IV – Investigador de Polícia Judiciária de Terceira Classe, padrões I a V;
V – Investigador de Polícia Judiciária de Classe Especial;
SEÇÃO III
DAS ATRIBUIÇÕES DOS INVESTIGADORES DE POLÍCIA JUDIC IÁRIA
Art. 42. Ao ocupante da função de Investigador de Polícia Judiciária, compete:
I – atender ao público nas diversas áreas de atuação da atividade de polícia judiciária e
de identificação civil;
II – proceder a registro de boletim de ocorrências e, mediante determinação da
autoridade policial, às diligências e investigações policiais com o fim de coletar provas
para a elucidação de infrações penais e respectivas autorias;
III – efetuar prisão em flagrante ou cumprir mandados expedidos pela autoridade
policial ou judiciária competente, bem como realizar o recolhimento, a movimentação, e
a escolta de preso, bem como a guarda de valores e seus pertences, procedendo à
escrituração no livro de registro, enquanto perdurar a custódia legal do preso durante as
diligências investigatórias, até a entrega à representante do sistema carcerário estadual
IV – autuar, movimentar e participar na formação de inquéritos policiais, Termo
Circunstanciado de Ocorrência, Auto de Prisão em Flagrante, procedimentos especiais e
administrativos, os atos de sua atribuição e demais autos procedimentais sob a
presidência de autoridade policial;
V – responder pela guarda dos procedimentos policiais, de bens, valores, instrumentos
de crime entregues a sua custódia, em razão de sua função, dando-lhes a destinação
legal, quando determinado;
VI – coordenar, supervisionar, orientar, controlar e dirigir os trabalhos que lhes for
atribuído;
VII – executar trabalhos de escrituração manual, em equipamento mecânico, elétrico ou
eletrônico em auxílio aos procedimentos administrativos e de polícia judiciária, e outros
encargos, compatíveis com suas atribuições, dentre elas, diligências em locais de crime
e outros levantamentos criminais;
VIII – participar do levantamento de local de crime e orientar a execução de trabalhos
relacionados a coleta de provas e produção de fotografias, inclusive reproduções e
ampliações, em locais de infrações penais, onde quer que se faça necessário o emprego
de técnicas nas investigações policiais bem, como concorrer na preservação do local;
IX – registrar filmagens e fotografias técnicas, nas diversas áreas de atuação pericial ou
policial;
Art. 43. Compete, ainda, ao ocupante do cargo de Investigador de Polícia Judiciária:
I – manter de forma atualizada e correta o registro e escrituração de livros oficiais
obrigatórios ou não, bem como expedir certidões e traslados;
II – executar, quando exigidas especialidade e habilitação profissional, atividades
envolvendo operação de aparelhos de comunicação, telecomunicações, computação,
integrantes do sistema de informações da segurança pública, e operar sistemas
tecnologia de informática, sistemas de telecomunicações, zelando por sua manutenção e
conservação;
III – dirigir veículos policiais, em razão do desempenho de suas funções, nos diversos
setores da Polícia Judiciária Estadual, providenciar a conservação, limpeza e
manutenção das viaturas policiais, responsabilizando-se pela guarda do veículo, seus
acessórios e equipamentos;
IV – proceder ao inventário dos bens patrimoniais da unidade, efetivando o controle do
uso e movimentação e cadastramento dos bens móveis;
V – executar as tarefas administrativas que lhes for atribuída.
Art. 44. Aos Investigadores de Polícia Judiciária, ainda lhes são atribuídas as seguintes
funções:
I – executar o levantamento e coleta de impressões papilares, ou fragmentos
digitopapilares, em locais de crime, a fim de analisá-los e interpretá-los, realizar
confrontações papiloscópicas e proceder a diligências necessárias à complementação
dos respectivos exames, assim como elaborar documento dos exames periciais
realizados, quando requisitados pela autoridade competente;
II – supervisionar, coordenar, orientar, revisar e executar trabalhos papiloscópicos,
relativamente à tomada de impressões papilares, coleta, análise, classificação, pesquisas
e arquivamento de informações;
III – colher impressões digitais em pessoas vivas ou mortas, para fins de identificação
papiloscópica civil e criminal, classificar, comparar impressões papilares e realizar as
buscas no arquivo datiloscópico e sistemas automatizados de identificação de impressão
digital, inclusive em cadáveres e conseqüente elaboração do laudo necropapiloscópico,
prestando informações criminais, com base no cadastro legal, mediante autorização da
autoridade competente, e organizar e manter registros atualizados dos arquivos de
identificação civil e criminal;
IV – elaborar exames laboratoriais referentes à impressão papilares e identificação cível
e criminal, emitir pareceres técnicos, dirimir dúvidas e solucionar questões sobre
identificação papiloscópica;
V – preparar retrato falado de suspeito ou de pessoa pro1curada, para fins de
investigação policial;
Art. 45. À categoria funcional de Investigador de Polícia Judiciária também incumbe:
I – substituto os Peritos Criminais Forenses no exercício de suas funções precípuas,
tanto em atividade internas quanto em atividades externas;
II – acondicionar os cadáveres em câmara fria, registrando entradas e saídas, como
também conduzir pessoas para possível reconhecimento;
III – zelar pela limpeza, desinfecção e conservação dos materiais de uso laboratorial, de
aparelhos e instrumentos cirúrgicos, bem como das áreas críticas de biossegurança;
IV – controlar o estoque de materiais de consumo de uso laboratorial;
Art. 46. Aos ocupantes da carreira Investigador de Polícia Judiciária poderão ser
atribuídas responsabilidades pela coordenação de serviços ou equipes de trabalho,
mediante o exercício de funções instituídas em Lei.
Parágrafo único. Compete, por fim, ao Investigador de Polícia Judiciária, executar
outras determinações legais emanadas da autoridade Administrativa ao qual estiver
subordinado, considerando as atribuições que forem definidas por lei ou ato normativo,
relativo às atividades de Polícia Judiciária.
SEÇÃO IV
DOS SUBSÍDIOS DA CARREIRA DE INVESTIGADOR DE POLÍCI A
JUDICIÁRIA
Art. 47. O Investigador de Polícia Judiciária, pertencente a Classe Especial, perceberá
subsídios mensais não inferior à 50,00% (cinqüenta por cento) do subsidio que percebe
mensalmente do Chefe do Poder Executivo Estadual.
§ 1º. O Padrão I corresponde ao subsídio inicial de cada classe conforme fixado no
artigo anterior, observando-se o disposto no artigo 41.
§ 2º. Parágrafo único. A progressão terá diferença de acréscimo de subsídio de 2% (dois
por cento) do padrão I ao padrão V, respectiva e cumulativamente.
TÍTULO V
DO QUADRO ADMINISTRAIVO DA POLÍCIA JUDICIÁRIA DO ES TADO DE
RONDÔNIA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 48. Fica instituída as carreiras de Assistente Social, Psicólogo e Analista de
Sistemas, constituída por funções com atribuições vinculadas às funções de apoio e
suporte, como atividade meio da instituição policial judiciária.
Parágrafo único. Também fica criado no âmbito da Polícia Judiciária do Estado, no
Quadro Administrativo, os cargos de Técnico de Manutenção e Suporte e de Assistente
Administrativo.
Art. 49. O Quadro Administrativo da Polícia Judiciária do Estado é composto pelos
seguintes carreiras:
I – Assistente Social
II – Psicólogo
III – Analista de Sistemas
IV – Técnico de Manutenção e Suporte
V – Assistente Administrativo;
§ 1º. Os cargos de Assistente Social, Psicólogos e Analista de Sistemas são privativos
de portadores de diplomas de nível superior, observada as especialidades que os cargos
exigem.
§ 2º. Os cargos de Técnico de Manutenção e Suporte e Assistente Administrativo são
cargos de exigência mínima de nível médio de escolaridade;
Art. 50. As carreiras de Psicólogo, de Assistente Social e de Analista de Sistema
perceberão seus subsídios, bem como terão a mesma forma de enquadramento
funcional, promoção e progressão na carreira, que dispuser a lei específica.
Parágrafo único. As carreiras e funções dos Técnico de Manutenção e Suporte e
Assistente Administrativo, possuem enquadramento salarial próprio e carreira distintas
dos demais integrantes do quadro administrativo da Polícia Judiciária do Estado.
CAPÍTULO II
DAS FUNÇÕES DE PSICÓLOGO E ASSISTENTE SOCIAL
Art. 51. São funções do ocupante do cargo de Assistente Social e do ocupante do cargo
de Psicólogo, além das previstas em lei e em seus respectivos órgãos de classe, dar a
devida assistência aos integrantes da carreira Polícia do Quadro Ocupacional de
natureza policial, no âmbito de sua atuação, além de atender as demandas das unidades
de policia especializada de atendimento à Criança e Adolescente, vítimas ou não, e de
mulher vítimas.
Parágrafo único. Os ocupantes dos cargos de Assistente Social e de Psicólogo estão
subordinados ao Diretor de Polícia Judiciária, respeitando-se a hierarquia funcional.
CAPÍTULO III
DAS FUNÇÕES DO ANALISTA DE SISTEMA
Art. 52. São funções do ocupante do cargo de Analista de Sistemas, além das previstas
em lei e em seus respectivos órgãos de classe, desenvolver, implementar, prestar suporte
e manutenção em sistemas de informação, redes de computadores e banco de dados
assegurando o atendimento às necessidades de usuários no tocante a solução de
problemas na área de tecnologia.
Parágrafo único. Os ocupantes dos cargos de Analista de Sistema estão subordinados
administrativamente ao Diretor de Polícia Judiciária, e tecnicamente ao Diretor de
Departamento de Polícia Técnica e Científica, respeitando-se a hierarquia funcional.
CAPÍTULO IV
DAS FUNÇÕES DO TÉCNICO DE MANUTENÇÃO E SUPORTE
Art. 53. São funções do ocupante do cargo de Técnico de Manutenção e Suporte,
executar serviços de configuração e manutenção de computadores, instalação de
softwares, suporte a banco de dados e redes locais , além de dar suporte aos usuários
para utilização dos softwares e hardwares, bem como executar serviços de montagem e
instalação de equipamentos eletrônicos; fazer a programação de equipamentos com
recursos de informática; realizar a manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos.
§ 1º. Compete ainda ao Técnico de Manutenção e Suporte executar instalações elétricas
residenciais e prediais; supervisão, execução, inspeção e controle de manutenção em
sistemas de instalações elétricas; conhecer e avaliar propriedades, acessórios e
dispositivos de rede de baixa e alta tensão, analisar e especificar circuitos digitais
combinacionais e seqüências, conversores analógicos digitais aplicados a circuitos
eletrônicos e implementar sistemas automatizados utilizando controladores lógicos
programáveis, bem como atuar na instalação, manutenção e aceitação de sistemas de
telecomunicações, incluindo: redes de computadores, sistemas de radiodifusão,
televisão analógica ou digital, telefonia fixa e móvel, comunicação de dados,
comunicação via satélite, comunicação óptica e radiocomunicação.
§ 2º. Os ocupantes dos cargos de Técnico de Manutenção e Suporte estão subordinados
ao Diretor de Polícia Judiciária, respeitando-se a hierarquia funcional.
CAPÍTULO V
DAS FUNÇÕES DO ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
Art. 54. As funções do Assistente Administrativo serão previstos em Lei própria.
Parágrafo único. Os ocupantes dos cargos de Assistente Administrativo estão
subordinados ao Diretor de Polícia Judiciária, respeitando-se a hierarquia funcional.
CAPÍTULO VI
DA CARREIRA DO TÉCNICO DE MANUTENÇÃO E SUPORTE E DO
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
Art. 55. A carreira do Técnico de Manutenção e Suporte e do Assistente Administrativo
será fixada em Lei própria.
CAPÍTULO VII
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO DO TÉCNICO DE
MANUTENÇÃO E SUPORTE E DO ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
Art. 56. A remuneração do Técnico de Manutenção e Suporte e do Assistente
Administrativo será fixada em Lei própria.
TÍTULO VI
DO ENQUADRAMENTO E TRANSPOSIÇÂO
Art. 57. O enquadramento e transposição dos atuais ocupantes dos cargos das carreiras
do Grupo Ocupacional Polícia Judiciária do Estado - PJE, dar-se-á da seguinte forma:
I – os ocupantes do atual cargo Delegados de Polícia passam a enquadrar-se no cargo de
Delegado de Polícia criados por esta Lei Complementar, observando-se o seguinte:
a) No estágio probatório, passa para o cargo de Delegado de Polícia de:
1. Primeira Classe, padrão I, se Delegado de Polícia de Primeira Classe e contar
com até um ano na função;
2. Primeira Classe, padrão II, se Delegado de Polícia de Primeira Classe e contar
com mai de 1 (um) e menos de 2 (dois) anos na função;
3. Primeira Classe, padrão III, se Delegado de Polícia de Primeira Classe e contar
com mais de 2 (dois) e menos de 3 (três) anos na função;
b) Primeira Classe, padrão IV, se Delegado de Polícia de Primeira Classe e contar mais
de 3 (três) e menos de 4 (quatro) anos na função;
c) Primeira Classe, padrão V, se Delegado de Polícia de Primeira Classe e contar com
mais de 4 (quatro) e menos de 5 (cinco) anos na função;
d) Segunda Classe. Padrão I, se Delegado de Polícia de Primeira Classe e contar com
mais de 5 (cinco) anos na função e Delegados de Polícia de Segunda Classe que possuir
menos de um 1 (ano) na função;
e) Segunda Classe, padrão II, se Delegado de Polícia de Segunda Classe e contar com
mais de 1 (um) e menos de 2 (dois) anos na função;
f) Segunda Classe, padrão III, se Delegado de Polícia de Segunda Classe e contar com
mais de 2 (dois) e menos de 3 (três) anos na função;
g) Segunda Classe, padrão IV, se Delegado de Polícia de Segunda Classe e contar com
mais de 3 (três) e menos de 4 (quatro) anos na função;
h) Segunda Classe, padrão V, se Delegado de Polícia de Segunda Classe e contar com
mais de 4 (quatro) e menos de 5 (cinco) ano na função;
i) Terceira Classe, padrão I, se Delegado de Polícia de Segunda Classe e contar com
mais de 5 (cinco) ano na função e Delegados de Polícia de Terceira Classe que contar
com menos de 1 (um) ano na função;
j) Terceira Classe, padrão II, se Delegado de Polícia de Terceira Classe e contar com
mais de 1 (um) e menos de 2 (dois) anos na função;
k) Terceira Classe, padrão III, se Delegado de Polícia de Terceira Classe e contar com
mais de 2 (dois) e menos de 3 (três) anos na função;
l) Terceira Classe, padrão IV, se Delegado de Polícia de Terceira Classe e contar com
mais de 3 (três) e menos de 4 (quatro) anos na função);
m) Terceira Classe, padrão V, se Delegado de Polícia de Terceira Classe e contar com
mais de 4 (quatro) e menos de 5 (cinco) anos na função;
n) Classe Especial, se Delegado de Polícia de Terceira Classe e contar com mais de 5
(cinco) anos na função, bem como curso(s) constante(s) nos termos do art. 20, e os
Delegados de Polícia de Classe Especial;
II – os ocupantes dos atuais cargos de Perito Criminal, Médico Legista, Odonto Legista
ficam enquadrados no cargo de Perito Criminal Forense, observando-se as regras e
critérios dispostos no inciso anterior.
III – os ocupantes dos atuais cargos de nível médio (Escrivão de Polícia, Agente de
Polícia, Datiloscopista Policial, etc) ficam enquadrados no cargo de Investigador de
Polícia Judiciária, desde que:
a) Possuir curso de nível superior; e
b) Tiver freqüentado e sido aprovado em curso de adequação funcional.
§ 1º. Os servidores já pertencentes ao quadro e que estão em estágio probatório são
substitutos para efeitos de mobilidade e terão paridade salarial com a primeira classe e
respeitando ainda o tempo para a contagem para progressão.
§ 2º. O enquadramento de que trata o inciso III, além do requisito do que nele prevê,
seguirá os mesmos critérios exigidos no inciso II, ambos do caput deste artigo.
§ 3º. Os já detentores de certificados ou diplomas de cursos exigidos para promoção ou
para progressão dos membros e demais servidores da Polícia Judiciária, quando da
publicação desta lei, poderão utilizá-los para uma única progressão e uma única
promoção, não sendo permitida, para fins de promoção e progressão, a utilização de
certificação ou diploma de curso utilizado anteriormente para promoção ou progressão.
§ 4º. Para efeitos do disposto no parágrafo anterior, observa-se a não possibilidade de
utilização de curso efetuados antes da publicação desta Lei Complementar, para uma
segunda progressão ou segunda promoção, devendo, nesta hipótese ser observadas os
requisitos em vigência a época da respectiva progressão ou promoção;
§ 5º. Não se aplica o disposto no parágrafo terceiro deste artigo aos detentores de
certificado ou diploma de Curso Superior de Polícia ou de especialização, lato ou estrito
senso, que são validados por esta Lei Complementar como Curso Superior de Polícia,
observando-se que os cursos a que se refere este parágrafo devem ter sido iniciados e
concluídos com o servidor já na carreira a que concorre ascensão funcional.
§ 6º. Aos servidores de nível médio que não possuir nível superior, perceberão
gratificação, pelo prazo máximo de 6 (seis) anos, equivalente a diferença de salário a
que supostamente tem direito, caso fosse enquadrado na situação de Investigador de
Polícia Judiciária, quando da publicação desta Lei Complementar.
Art. 58. A Academia de Polícia Judiciária deverá providenciar no prazo máximo de 180
(cento e oitenta) dias da publicação desta Lei Complementar o encerramento do curso
de Atualização Funcional para os servidores da Polícia judiciária que possuem nível
superior e pretender enquadramento funcional no Cargo de Investigador de Polícia
Judiciária.
TÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 59. O processo de promoção e progressão será disciplinado pelo Presidente do
Conselho Superior de Polícia, que nomeará comissão.
Parágrafo único. O resultado do processo de progressão e promoção será encaminhado
ao Chefe do Poder Executivo que publicará o decreto para os efeitos legais.
Art. 60. Para efeito de linha de transposição e enquadramento de cargo serão
consideradas os cursos de graduações realizadas a qualquer tempo.
Art. 61. Para efeito de promoção serão considerados apenas os eventos de capacitação
ocorridos a partir da publicação desta lei, excetuando-se os cursos de graduação e pós-
graduação.
Art. 62. Decorridos, no máximo, 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias da publicação
desta Lei, mediante portaria do Diretor Geral de Polícia Judiciária Estadual, será
constituída comissão para realização do processo da Linha de transposição de cargo e
do primeiro processo de promoção.
§1º. A comissão se encarregará da preparação de todo o processo, orientação aos
membros e servidores sobre a apresentação de documentos comprobatórios do
cumprimento do requisito e preparação de relatório final para homologação pelo Chefe
do Poder Executivo
§2º. O processo de promoção deverá ser amplamente divulgado com o estabelecimento
do prazo de 30 dias, contados da constituição da comissão, para esclarecimento de
dúvidas, acréscimo de informações ou apresentação de títulos, certificados
comprobatórios de atendimento de requisito.
§3º. Somente para efetivação do enquadramento e transposição não serão exigidos o
requisito de tempo mínimo de experiência na classe e de horas no curso de formação em
sua área de atuação.
Art. 63. A aplicação do disposto nesta Lei aos servidores ativos, aos inativos e aos
pensionistas não poderá implicar redução de remuneração, de proventos e de pensões.
§ 1º. Na hipótese de redução de vencimento, de provento ou de pensão, em decorrência
da aplicação do disposto nesta Lei Complementar, eventual diferença será paga a título
de parcela complementar de subsídio, de natureza provisória, que será gradativamente
absorvida por ocasião do desenvolvimento no Cargo ou na Carreira, por progressão ou
promoção, ordinária ou extraordinária, da reorganização ou da reestruturação dos
cargos, das Carreiras ou do subsídio referidas no § 4º, art. 9º desta Lei Complementar,
da concessão de reajuste ou vantagem de qualquer natureza, bem como da implantação
dos valores.
§ 2º. A parcela complementar de subsídio referida no § 1º deste artigo estará sujeita
exclusivamente à atualização decorrente de revisão geral da remuneração dos servidores
públicos estaduais.
§ 3º. Ao pagamento de parcela complementar se subsídio que se refere o §1º, do
presente artigo, aplica-se as vantagens obtidas por decisões judiciais transitadas em
julgado e ainda não efetivadas pelo poder público;
Art. 64. Os cargos de Direção Superior da Polícia Judiciária do Estado são os previstos
no anexo II desta Lei Complementar e tem valor correspondente ao percentual
estabelecido na referida tabela, servindo-se de base de cálculo o subsidio do ocupante
do respectivo Cargo de Direção Superior.
Parágrafo único. Exceto os Cargos de Direção Superior de Diretor de Departamento de
Polícia Técnica e Cientifica e subordinados, bem como os Chefes Cartorários e de
Investigações, os demais são privativos de Delegado de Polícia.
Art. 65. O incentivo especialização é devido na proporção de 10% (dez por cento), 20%
(vinte por cento) e 30% (trinta por cento), sobre o subsídio do ocupante do cargo
pertencente ao Grupo Ocupacional da Polícia Judiciária, de natureza policial,
respectivamente, para os servidores que apresentarem certificado de conclusão de curso
em nível de especialização, mestrado ou doutorado, observando-se esta ordem, não
podendo receber cumulativamente.
Parágrafo único. O curso de especialização a que se refere o caput deste artigo não
pode ter sido, ou ser, utilizado para fins de progressão ou de promoção, e nem ser
utilizado para ascensão funcional.
Art. 66. Os ocupantes do Cargo do Grupo Ocupacional de Polícia Judiciária podem
aposentar-se com proventos integrais ao cargo e padrão que ocupa, nas seguintes
situações:
a) Aos 25 (vinte e cinco) anos de efetivo exercício da atividade de polícia
judiciária;
b) Aos 30 (trinta anos), anos de serviço, desde que possua no mínimo 20 (vinte)
anos de efetivo exercício de polícia judiciária; e
c) Aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, desde que possua pelo menos os últimos
5 (cinco) anos de efetivo exercício de Polícia Judiciária.
Parágrafo único. É assegurado aos aposentados a paridade integralidade, bem como se
aplica subsidiariamente o disposto na Lei Complementar Federal 51/1985
Art. 67. Não se considera para efeitos desta Lei Complementar, como efetivo tempo de
serviço de polícia judiciária, tanto para fins de aposentadoria, quanto para fins de
promoção ou progressão na carreira, o período em que o ocupante do cargo estiver a
disposição, seja por cedência ou não, de outra Secretaria de Estado, que não a Secretaria
de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania, ou outro órgão, ainda que do Estado, ou
outra esfera de Governo, salvo quando a disponibilidade, for no interesse da instituição
de Polícia Judiciária, mediante reconhecimento e aprovação de no mínino 2/3 (dois
terços) dos integrantes do Conselho Superior de Polícia.
Parágrafo único. Qualquer integrante do Conselho Superior de Polícia poderá, a
qualquer tempo, provocar a declaração de não mais haver interesse institucional da
disponibilidade do servidor mediante assinatura de mais 3 (três) integrantes.
Art. 68. Considera-se efetivo tempo de Polícia Judiciária, para efeitos desta Lei
Complementar o tempo de serviço em outras polícias, bem como o tempo real de
exercício em quaisquer das forças armadas do Brasil.
Art. 69. Não havendo aumento ou recomposição salarial para o Chefe do Poder
executivo estadual, e havendo aumento ou recomposição salarial através da revisão
geral salarial dos servidores do Estado, aplicar-se-á o percentual respectivo em favor
dos servidores Perito Criminal Forense e Investigador de Polícia Judiciária.
Art. 69. Os ocupantes de cargo de natureza não policial, do Quadro Administrativo da
Polícia Judiciária terá sua aposentadoria conforme estabelecido pelo regime geral de
previdência do Estado.
Art. 70. Os ocupantes dos Cargos do Grupo Ocupacional da Polícia Judiciária e do
Quadro Administrativo possuem direito ao banco de horas.
Parágrafo único. O banco de horas de cada servidor será controlado pela chefia
administrativa imediata.
Art. 71. Fica instituído o Teste de Aptidão Física e a Atividade Física Obrigatória a ser
regulamentada por ato do Diretor Geral de Polícia Judiciária, respeitando-se faixa etária
e limitações de doença atestadas por laudo médico.
Art. 72. Os atuais cargos de nível médio da Polícia Civil são quadro em extinção e
estão englobados no mesmo quantitativo do Cargo de Investigador de Polícia Judiciária
criado nesta lei, e previsto no Quadro Grupo Ocupacional da Polícia Judiciária.
Art. 73. A extinção dos cargos a que se refere o artigo anterior, não implica na redução
do quantitativo previsto no anexo I desta Lei Complementar para o Cargo de
Investigador de Polícia Judiciária, e se dará com a ocorrência das seguintes causas:
I – morte;
II – aposentadoria;
III – exoneração;
IV – demissão;
V – transposição e enquadramento para o cargo de Investigador de Polícia Judiciária;
§ 1º. A eventual transposição de servidor policial civil do quadro estadual para o quadro
em extinção do ex-território – quadro federal – implica necessariamente em abertura da
respectiva vaga no quadro estadual de que trata esta Lei Complementar.
§ 2º. Os Cargos de Direção Superior da Polícia Judiciária do Estado somente poderão
ser ocupados por membros e servidores do Quadro de Pessoal Estadual do Grupo
Ocupacional de natureza policial.
Art. 74. A transposição do servidor policial civil pertencente ao quadro em extinção
para o quadro de Investigador de Polícia Judiciária, que a época da publicação desta Lei
não preencha os requisitos para o enquadramento, se dará através de requerimento
formulado ao Secretário de Estado de Administração, que providenciará o
enquadramento do servidor, e comunicará à Direção Geral de Polícia Judiciária para
providenciar a substituição de identidade funcional e efetuar o registro em ficha
individual do servidor constante na Polícia Judiciária ou na Secretaria de Estado de
Segurança, Defesa e Cidadania, mediante comprovação dos seguintes requisitos:
I – ser portador de diploma de nível superior, devidamente reconhecido pelo Ministério
da Educação,
II – ter participado de curso de adequação funcional realizado pela Academia de Polícia
Judiciária do Estado;
Art. 75. Os servidores ocupantes de cargos de nível médio, referente ao quadro em
extinção a que se refere esta Lei Complementarem, passarão a perceber 10% (dez por
cento) de aumento em seus vencimentos básicos, a título de recomposição das perdas
salariais.
Art. 76. Ficam incorporados ao Vencimento-Base dos servidores do Grupo
Ocupacional o Adicional de Isonomia, com a conseqüente extinção dessa gratificação, a
partir de 1º de janeiro de 2012 (a partir da aprovação desta Lei).
Parágrafo único. Fica mantido Adicional de Isonomia, concedido judicial ou
administrativamente, em favor do servidor até ocorrência da data prevista no caput deste
artigo.
Art. 76. Os servidores em estágio probatório não concorrem à promoção.
Art. 77. As despesas decorrentes desta Lei correrão por conta das dotações
orçamentárias próprias da Secretaria de Estado e Segurança, Defesa e Cidadania.
Art. 78. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 79. Revogam-se as Leis 1.044/2002, Lei 2.190/2009, anexo II, Lei Complementar
224/2000, que dispões sobre os Cargos de Direção Superior da Polícia Civil, e as
ulteriores alterações, e demais disposições em contrário
Palácio do Governo
Confúcio Ayres Moura
Governador do Estado
ANEXO I
Quadro Grupo Ocupacional da Polícia Judiciária CARGO QUANTITATIVO
Delegado de Polícia 230 Perito Criminal Forense 220 Investigador de Polícia Judiciária 2.860
Quadro Administrativo da Polícia Judiciária CARGO QUANTITATIVO
Assistente Social 20 Psicólogo 20 Analista de Sistema 20 Técnico de Manutenção e Suporte 60
Auxiliar Administrativo 140
ANEXO II
Cargo de Direção Superior Percentual dos subsídios/vencimentos
Quantidade de Cargos
Diretor Geral de Polícia Judiciária 60% 01
Diretor Executivo de Polícia Judiciária 50% 01
Corregedor Geral 40% 01
Diretor de Departamento 25% 08
Diretor de Academia de Polícia Judiciária 25% 01
Divisão Regional 20% 07