darwin e a biologia

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O BIÓLOGO O BIÓLOGO Revista do Conselho Regional de Biologia 1ª Região (SP, MT, MS) Ano III - Nº 10 Abr/Mai/Jun 2009 CRBio-01 ISSN 1982-5897 ISO 14001 e o Biólogo A programação do 19º ConBio Nesta edição Darwin e a Biologia por João Stenghel Morgante e Diogo Meyer

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Page 1: Darwin e a Biologia

O BIÓLOGOO BIÓLOGORRevista do Conselho Regional de Biologia 1ª Região (SP, MT, MS)Ano III - Nº 10 Abr/Mai/Jun 2009 CRBio-01IS

SN

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ISO 14001e o Biólogo

A programação do19º ConBio

Nesta edição

Darwin e a Biologiapor João Stenghel Morgante

e Diogo Meyer

Page 2: Darwin e a Biologia

2 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO

2 Jan-Fev-Mar/2008 – CRBio-01 – O BIÓLOGO

ÍNDICE

ÍNDICEÍNDICEConselho Regional de Biologia 1ª Região-São Paulo,

Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (CRBio-01)Rua Manoel da Nóbrega, 595 - Conjuntos 121 e 122

CEP 04001-083 - São Paulo - SPTel: (0xx11) 3884-1489 - Fax: (0xx11) 3887-0163

E-mail: [email protected] page: www.crbio01.org.br

Delegacia Regional de Mato Grosso - CRBio-01Av. Fernando Correa da Costa, s/nº - Instituto de BiociênciasCampus da UFMT - Coxipó, Cuiabá, MT - CEP 78060-900

Tel.: (65) 615 8804

O BIÓLOGOO BIÓLOGORevista do Conselho Regional de Biologia 1ª Região (SP, MT, MS)Ano III - Nº 10 Abr/Mai/Jun 2009ISSN 1982-5897

Diretoria:

Efetivos:

Suplentes:

Wlademir João Tadei; Edison Kubo; Eliézer José Marques; Murilo Damato;Mário Borges da Rocha; Maria Teresa de Paiva Azevedo; Luiz Eloy Pereira;

Maria Saleti Ferraz Dias Ferreira; Rosana Filomena Vazoller; Giuseppe Puorto.

Adauto Ivo Milanez; Sandra Farto Botelho Trufem; Ângela Maria Zanon;Eliana Maria Beluzzo Dessen; Marlene Boccatto; Sarah Arana; Edison de Souza;

Normandes Matos da Silva; Regina Célia Mingroni Netto; Osmar Malaspina.

Presidente

Secretário

Wlademir João Tadei

Eliézer José Marques

Vice-Presidente

Tesoureiro

Luiz Eloy Pereira

Edison Kubo

ConselheirosMandato (2007-2011)

Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores epodem não refletir a opinião desta entidade. O CRBio-01 não responde pelaqualidade dos cursos divulgados. A publicação destes visa apenas darconhecimento aos profissionais das opções disponíveis no mercado.

Responsável:

Editora:

Periodicidade:Tiragem:

Editoração Eletrônica:

Fotolito, impressão eacabamento:

Comissão de Comunicação e Imprensado CRBio-01

Maria Eugenia Ferro Rivera(MTb 25.439)

trimestral18.000 exemplares

Mauro Teles

Rettec Artes GráficasFone: (11) [email protected]

Revista do Conselho Regional de Biologia (CRBio-01)

Ano III - Nº 10 - Abr/Mai/Jun 2009

Capa: Mauro Teles

CRBio-01 Editorial.................................................................... 03

O 19º ConBio e as atividades promovidas pelo Sistema CFBio/CRBios são alguns dos assuntos abordados

Ecos da Plenária ..................................................... 04

O que aconteceu nas 131ª e 132ª Sessões Plenárias do CRBio-01

Acontece ................................................................. 05

Notícias em destaque relacionadas ao CRBio-01 e aos Biólogos

Publicações ............................................................. 10

Lançamentos de livros de interesse às Ciências Biológicas

Agenda .................................................................... 11

Divulgação dos eventos científi cos no Brasil e no exterior

Especial ................................................................... 12

Em comemoração aos 200 anos de nascimento de Charles Darwin e 150 anos da publicação da sua obra “A Origem das Espécies”, os Biólogos Dr. João Stenghel Morgante e Dr. Diogo Meyer assinam o artigo “Darwin e a Biologia”

19º ConBio .............................................................. 21

A programação do 19º Congresso de Biólogos do CRBio-01

Biólogos inscritos .................................................... 24

Lista dos Biólogos inscritos no CRBio-01 em 2008 – 2ª parte

Ponto de Vista ........................................................ 27

A Bióloga Sylvia Araújo da Silva Hermida escreve sobre ISO 14001 e o Biólogo

Do Arquivo do Biólogo ............................................. 28

Seção que publica fotos curiosas e interessantes clicadas por Biólogos

Page 3: Darwin e a Biologia

3O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2009

Antes de Emitir a 1ª ART Consulte o CRBio-01!Antes de Emitir a 1ª ART Consulte o CRBio-01!

EDITORIAL

Mudou de Endereço?Mantenha o seu endereço atualizado. Informe a Secretaria do CRBio-01 quando mudar de endereço, ou quando houver alteração de telefone, CEP ou e-mail.

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LEMBRE-SE QUE O TRT DEVE SER RENOVADO ANUALMENTE!

Toda a Legislação do

Biólogo está disponível no

Portal do CRBio-01:

www.crbio01.org.br

Toda a Legislação do

Biólogo está disponível no

Portal do CRBio-01:

www.crbio01.org.br

Antes de Emitir a 1ª ART Consulte o CRBio-01!

Caros Biólogos:

Vários assuntos tomaram a atenção desta Diretoria neste primeiro semestre, alguns já mencionados no editorial do número anterior. Chamamos a atenção para a realização do 19º Congresso de Biólogos do CRBio-01 (19º ConBio), que terá lugar no Hotel Fonte Colina Verde em São Pedro, SP, de 27 a 30 de julho p.f. - trata-se de local que já acolheu eventos do CRBio-01 e cujo Centro de Convenções atende às necessidades do Congresso. Este é o primeiro evento no formato que visa melhor atender os profi ssionais Biólogos, sem prejuízo dos graduandos. Daí a oferta de cursos de atualização ao lado dos minicursos. As demais atividades foram selecionadas levando em consideração graduados e graduandos. Nesse sentido destacamos conferências e mesas-redondas que abordam áreas de atuação emergentes para Biólogos, O Biólogo gestor, como Educador formal e informal, O papel social do Biólogo, Recuperação de áreas degradadas, para citar alguns exemplos. A conferência de encerramento abordará os 150 anos de publicação da Origem das Espécies de Charles Darwin, um dos pilares da Biologia, mais especifi camente da Genética evolutiva. Além disso, comemora-se, também neste ano, 200 anos de seu nascimento.

Há que se registrar uma notícia triste: o falecimento do Professor Emérito da USP e UNICAMP, Dr. Crodowaldo Pavan. Figura ímpar da ciência brasileira, este ilustre Biólogo infl uenciou várias gerações de pesquisadores (veja na página 6).

Devemos mencionar que o CRBio-01 participou de várias atividades promovidas pelo Sistema CFBio/CRBios, destacando-se a Ofi cina: “Áreas de atuação do Biólogo, formação e mercado de trabalho” realizada em Brasília de 26 a 28 de março de 2009. Visando discussão sobre a qualidade dos cursos de graduação em Ciências Biológicas o CRBio-01 promoverá, com o apoio do CFBio, como atividade do 19º ConBio o Fórum de Coordenadores dos Cursos de Ciências Biológicas para discutir aprimoramento da formação do profi ssional Biólogo, objetivando melhor capa-citação para sua inserção no mercado de trabalho. Abordará também o documento produzido pelo Conselho Federal, Padrão de qualidade dos cursos de Ciências Biológicas, defi nição de áreas e subáreas de atuação, e perfi l profi ssional. As áreas e subáreas de atuação serão reunidas, futuramente, em uma única publicação “Manual do Biólogo”, que estará disponível nos portais e sites dos CRBios. Destacamos na Sessão de Abertura a conferência magna, que será proferida por membro de destaque do Poder Legislativo do Estado de São Paulo e, na Sessão de Encerramento, a entrega do Prêmio Dra. Bertha Lange de Morretes, anteriormente Prêmio Painel.

A Diretoria do CRBio-01

Page 4: Darwin e a Biologia

4 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO4

CRBio-01 e Revista Terra da Gente

O CRBio-01 fi rmou uma parceria com a Revista Terra da Gente, e a partir de ago-ra, todos os Biólogos inscritos têm condi-ções especiais na assinatura da revista.

Confi ra as opções de assinatura no site do CRBio-01: www.crbio01.org.br

ECOS DA PLENÁRIA

A 131º Sessão Plenária do CRBio-01 ocorreu no dia 13 de fevereiro de 2009. Entre os assuntos tratados destacam-se: o CRBio-01 continuará monitorando os editais de concursos públicos no âmbito de sua jurisdição para resguardar os di-reitos do profi ssional Biólogo; foi cha-mada a atenção para a publicação da Re-solução CFBio nº 177, de 27/01/2009, a qual contempla reivindicação antiga dos CRBios, pois, possibilita ao Biólogo, que não exerce atividades profi ssionais ligadas às Ciências Biológicas, cancelar o seu registro ao mesmo tempo em que negocia eventuais débitos; foi defi nido o período de 26 a 28 de março do cor-rente, em Brasília, para a realização da Ofi cina “Áreas de Atuação do Biólogo, Formação e Mercado de Trabalho”, evento promovido pelo Sistema CFBio/CRBios; e foi ressaltado que o Fórum dos Conselhos da Área da Saúde, do qual o CRBio-01 é membro, está orga-nizando atividades para a Semana da Saúde, visando a divulgação dos Con-selhos junto à sociedade. Nessa sessão foram homologadas 282 inscrições sendo 91 provisórias e 191 defi nitivas, 37 reativações e cancelados 94 registros de pessoa física a pedido e 2 por faleci-mento. Foram aprovadas 50 solicitações de abatimento de anuidades baseadas na Resolução CFBio 152/2008, sendo 26 enquadradas no § 1º do artigo 1º e 24 no § 2º.; uma negada por não cumprir os dispositivos da resolução. Concedidos 8 Títulos de especialista, 15 TRT com ins-crição/cadastro de pessoa jurídica e um foi negado. Três pedidos de TRT foram homologados. Foi aprovado o cancela-mento de registro de seis empresas e os TRT dos seus responsáveis e anulação de registro de duas empresas. O plenário referendou 12 transferências de Biólo-gos do CRBio-01 para outros CRBios e de 4 Biólogos vindos de outros regionais para o CRBio-01. Também aprovou três solicitações de licença de registro e uma de prorrogação. Foram ratifi cadas ações referentes à realização do Seminário do CRBio-01/CETESB e SMA, a ser realizado no dia 02 de setembro, na CETESB, em São Paulo (SP).

A 132ª Sessão Plenária foi realiza-da no dia 17 de abril de 2009. Foram abordados vários temas, entre eles: o presidente chamou a atenção para

a Resolução nº 178 de 30/03/2009, que altera o artigo 22 da Resolução nº 115/2007, possibilitando, a partir de agora, que o Biólogo assuma a Res-ponsabilidade Técnica por até três Pes-soas Jurídicas registradas nos CRBios, incluindo neste número, a sua firma individual. O presidente divulgou cópia do Ofício nº 330/2009-TCU/SECEX-5 encaminhado pelo CFBio juntamente com o Acórdão nº 367/2009 adotado pelo TCU em Sessão da 2ª Câmara de 17/2/2009, que trata de concurso pú-blico para a admissão de pessoal pelos Conselhos de Fiscalização Profissional. Informou também que o CRBio-01 já utiliza tal procedimento desde 2004. O plenário tomou conhecimento de e-mail enviado pelo Dr. Luiz C. Gutierrez, Chefe de Gabinete do Vereador Adílson Amadeu, informando a tramitação do PL que altera a Lei 10.365, de 22 de se-tembro de 1987, que disciplina o Corte e a Poda de Vegetação de Porte Arbóreo Existente no Município de São Paulo. O presidente fez uma rápida análise dos resultados obtidos com a realização Oficina “Áreas de Atuação do Biólogo: Formação e Mercado de Trabalho” no período de 26 a 28 de março passado, em Brasília. Concluiu que ocorreu um grande avanço, pois propiciou aos conselheiros do CFBio e dos CRBios, discutir as diversas áreas e subáreas de atuação do Biólogo, bem como analisar as sugestões de alteração do conteúdo programático dos cursos de gradu-ação em Ciências B i o l ó g i c a s . O s conselheiros que part iciparam da Oficina se mani-festaram dizendo, em síntese, que a atividade foi real-mente produtiva. Como resultado da discussão sobre a Norma ISO 17.025 e o Biólogo, foi decidido que o CR-Bio-01 oficiará o INMETRO enca-minhando docu-mentação conten-do a legislação e

visando esclarecer o campo de atuação do Biólogo, principalmente no que diz respeito à acreditação de laboratórios de análises microbiológicas, químicas e ambientais que exigem profissionais de formação superior específica. Foram homologadas 333 inscrições, sendo 114 provisórias e 219 definitivas; 35 reativações e cancelados 485 registros de pessoa física, 241 a pedido, 242 por vencimento dos 12 meses de registro provisório e 2 por falecimento. Foram aprovadas 3 solicitações de título de especialista; concedidos aprovadas a inscrição/cadastro de 15 pessoas jurídicas e os respectivos TRT, 3 so-licitações encontram-se em instrução; aprovado o cancelamento de registro de 18 empresas e os TRT dos Biólogos responsáveis. O plenário referendou 15 transferências de Biólogos do CRBio-01 para outros CRBios e 6 Biólogos vindos de outros regionais para o CRBio-01. O plenário aprovou, por unanimidade, a prestação de contas do CRBio-01 refe-rente ao ano de 2008. Aprovou também a denominação de “Sala Dra. Noemy Yamaguishi Tomita” à nova sala de sessões plenárias do CRBio-01, em re-conhecimento pela sua dedicação à pro-fi ssão e a este Conselho. O Conselheiro Murilo Damato, a pedido da presidência, comunicou que irá ministrar Curso de Aperfeiçoamento Profi ssional na área de Perícia Ambiental para os Biólogos inscritos no CRBio-01.

Page 5: Darwin e a Biologia

ACONTECE

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No período de 26 a 28 de março, em Brasília, o Sistema CFBio/CRBios pro-moveu reunião, na qual participaram 97 conselheiros federais e regionais, com o objetivo de refl etir e delinear o perfi l do Biólogo, estabelecer suas áreas de atuação e inserção no mercado de trabalho, bem como a qualifi cação mínima para o exer-

Sistema CFBio/CRBios discute áreas de atuação do Biólogo

cício da pesquisa e serviços nas áreas de Meio Ambiente, Biotecnologia, Saúde e Agronegócios.

O CRBio-01 foi representado pelo seu presidente, Wlademir João Tadei, vice-presidente, Luiz Eloy Pereira, e pelos conselheiros: Giuseppe Puorto, Sandra F. Botelho Trufem, Marlene Bocatto, Ân-

gela M. Zanon, Mário Borges da Rocha, Rosana F. Vazoller, Maria Teresa de P. Azevedo, Sarah Arana, Murilo Damato e Edison de Souza.

A Ofi cina coordenada pela “Holon: Soluções Integrativas” foi um sucesso, e o material produzido será compilado no Manual do Biólogo.

Cerimônia de abertura da Ofi cina “Áreas de Atuação do Biólogo, Formação e Mercado de Trabalho”

Os conselheiros do CRBio-01: Giuseppe Puorto, Sandra F.B.Trufem, Marlene Boccatto, Wlademir J. Tadei, Ângela M. Zanon, Mário B. da Rocha, Luiz E. Pereira, na frente: Rosana F. Vazoller, Maria Teresa de P. Azevedo, Sarah Arana e Ermelinda M. De-Lamonica-Freire (conselheira do CFBio)

Fotos: Romulo Delalibera

Page 6: Darwin e a Biologia

ACONTECE

Faleceu no dia 03 de abril em São Paulo, aos 89 anos, o Biólogo e professor da USP e UNICAMP, Dr. Crodowaldo Pavan (CRBio 10851/01-D), pioneiro da pesquisa genética no Brasil. Reconhecido internacionalmente, publicou importantes trabalhos sobre Gené-tica de populações e celular e é responsável pela formação de gerações de pesquisadores no Brasil e nos Estados Unidos.

Nascido em Campinas (SP), Dr. Pavan graduou-se em História Natural na antiga Faculdade de Filosofi a, Ciências e Letras (FFCL) da USP, em 1941. Logo em se-guida, tornou-se assistente do professor André Dreyfus. Em 1943, iniciou trabalho de colaboração científi ca com Theodosius Dobzhansky, professor da Universidade de Columbia (Estados Unidos), onde fez pós-doutoramento entre 1945 e 1947, com bolsa da Fundação Rockfeller. Defendeu tese de doutorado sobre Biologia Geral em 1944, com o tema “Os peixes cegos das cavernas de Iporanga e a evolução”. De-senvolveu pesquisas nas áreas de genética de populações, citogenética e ação genética e controle biológico de pragas da agropecu-

ária. Dr. Pavan descobriu no litoral de São Paulo um inseto muito favorável ao estudo da ação gênica e de citologia, o que veio a abrir novo campo da pesquisa biológica. Em 1952, apresentou seu trabalho de livre-docência, Alelismo de Letais no segundo cromossomo de Drosophila willistonii.

Foi professor titular da USP, da Uni-versidade do Texas (Estados Unidos), entre 1968 e 1975, e da UNICAMP. Tam-bém nos Estados Unidos, foi pesquisador da divisão de Biologia do Oak Ridge National Laboratory, onde montou um laboratório de estudos de ação gênica e efeitos biológicos das radiações. Tornou-se professor emérito da USP em 1989 e da UNICAMP em 1991.

Em 1980, recebeu o Prêmio Moinho Santista, na categoria Biologia. Foi pre-miado pela Academia Nacional de Me-dicina em 1986. Considerado uma forte liderança da Ciência no Brasil, Dr. Pavan teve infl uência na criação do Ministério da Ciência e Tecnologia-MCT , em 1985. Presidiu a Sociedade Brasileira de Gené-tica, a Sociedade Brasileira para o Pro-gresso da Ciência -SBPC (1981-1986), e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico- CNPq (1986 -1990), e foi diretor-presidente do Conse-lho Técnico-Administrativo da Fundação de Amparo á Pesquisa do Estado de São Paulo- FAPESP (1981-1984).

Prof. Dr. Crodowaldo Pavan foi de-tentor da Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científi co, concedida em 1994. Também recebeu o título de Comendador da Ordem do Rio Branco, entregue pelo Ministério das Relações Exteriores.

Recentemente, foi pesquisador volun-tário do Instituto de Ciências Biomédicas-ICB, coordenador de divulgação científi ca do Núcleo José Reis (NJR) da Escola de Comunicações e Artes-ECA da USP e presidente da Associação Brasileira de Divulgação Científica-Abradic. Os trabalhos de pesquisas mais recentes do Dr. Pavan abordam a ação de bactérias endosimbióticas existentes em sementes de plantas e ovos de aves.

O presidente do CRBio-01, Dr. Wla-demir João Tadei comenta a importância do renomado Biólogo no cenário científi -co do país: “O professor Pavan teve atua-ção marcante em sociedades científi cas e em órgãos de fomento à pesquisa. Como coordenador geral do Programa Integrado de Genética (PIG/CNPq), de 1974 a 1980, foi o grande incentivador da criação de novos grupos de pesquisa em genética, com a instalação de novos laboratórios, bem como colaborou com a ampliação e consolidação dos já existentes naquela época. Sempre atuante e polêmico, nunca deixou de participar e discutir os grandes problemas nacionais, em especial os rela-cionados à ciência e à política científi ca. O papel desempenhado pelo professor Pavan na Ciência brasileira é enorme e signifi -cativo, tendo marcado várias gerações de cientistas. A grande lacuna que fi ca só é minimizada, em parte, pela qualidade e pelo expressivo número de orientados que teve e pelo grande número de pesquisa-dores que, indiretamente, contribuiu para formar nesse imenso Brasil.”

*Com informações também das agências Estado e USP

Falece o Biólogo Prof. Dr. Crodowaldo Pavan, pioneiro da Genética no Brasil

Dr. Crodowaldo Pavan

Participe da 1ª Mostra de Fotografi as de Biólogos do CRBio-01

O 19º Congresso de Biólogos do CRBio-01 (19º ConBio), que acontecerá de 27 a 30 de julho de 2009, no Hotel Fonte Colina Verde, em São Pedro (SP), traz uma novidade entre as atividades programadas: a 1ª Mostra de Fotografi as. Esta é uma oportunidade para os Biólogos inscritos no CRBio-01 divulgarem mais uma vertente da profi ssão, pois a fotogra-fi a é um dos instrumentos de trabalho na

pesquisa científi ca. O tema escolhido para a primeira edição da Mostra é a “Biodi-versidade Brasileira”, e tem como objetivo valorizar a riqueza da fauna, da fl ora e do meio ambiente do país, além de chamar a atenção para a importância da conservação da natureza. O regulamento completo está no Portal do CRBio-01: www.crbio01.org.br/congressocrbio/_portal (selecione no menu: Mostra de Fotografi as). Participe!

6 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO

Foto do Biólogo Giuseppe Puorto CRBio 00690/01-D

Foto: Osmir Nunes - NJR - ECA/USP

Page 7: Darwin e a Biologia

O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2009 77

ACONTECE

Foto Giuseppe Puorto

Foto Giuseppe Puorto

19º ConBio promove Fórum de Coordenadores dos Cursos de Ciências BiológicasO 19º ConBio promoverá atividade

exclusiva para coordenadores de cursos de graduação em Ciências Biológicas, em especial para aqueles que se encontram na jurisdição do CRBio-01 (São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul). Trata-se do

Fórum, onde serão discutidas junto com o Conselho Profi ssional - Sistema CFBio/CRBios, maneiras de aprimoramento da qualifi cação acadêmica do Biólogo, para que este profi ssional possa ser inserido no mercado de trabalho com maior grau

de capacitação e fi rmar seu espaço nas atividades vinculadas às suas áreas de atuação legal.Ma i s i n fo rmações no Po r t a l do CRBio-01: www.crb io01 .org .br /congressocrbio/_portal

Em 31 de março, o Zoo Safári inaugurou o espaço “Bicho Legal”, que integra o programa de educação ambiental “Criança Ecológica” da Se-cretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo. No espaço, de 180 m², estão reproduzidos o clima, a fauna e fl ora da Mata Atlântica, do Cerrado, do Pantanal e da Amazônia. As crianças podem tocar nas réplicas dos animais e sentir as alterações de clima entre os diferentes biomas simulados. O passeio inclui ainda o percurso de carro pelo Zoo Safári e termina no Zoológico com uma gincana.

Zoo Safári participa do Projeto “Criança Ecológica”

O espaço é o segundo dos 35 que a Secretaria de Estado do Meio Ambiente pretende criar, até agosto, para discutir com crianças a preservação ambiental. Já foram lançados os espaços “Villa Ambiental” no Parque Villa-Lobos, que trata do aquecimento global e “Água Amiga”, no Parque Ecológico do Guarapiranga, que aborda a poluição.

De segunda a sexta os espaços (como o “Bicho Legal” e o do Villa-Lobos) recebem visitas escolares gratuitas, que podem ser agendadas pelo site www.criancaeco-logica.sp.gov.br. Aos sábados, esses espaços abrem ao público em geral com entrada gratuita, mas a visita aos zoológicos (Safári e Zoológico) é paga. Fontes: Zoo Safári e Folha de São Paulo

Page 8: Darwin e a Biologia

8 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO

ACONTECE

C

Seminário do CRBio-01/ CETESB discute o papel do Biólogo na área ambiental

No dia 02 de setembro próximo, o Con-selho Regional de Biologia – 1ª Região e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB irão realizar o Seminário: “O Papel do Biólogo na Área Ambiental”, em São Paulo (SP). O seminário reunirá profi ssionais da Secretaria do Meio Am-biente (SMA) e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), com o objetivo de apresentar e divulgar as ativi-dades, experiências e responsabilidades do profi ssional Biólogo na área ambiental.

As atividades da Secretaria do Meio Ambiente incluem a coordenação e in-tegração das ações de órgãos e entidades instituídas pelo poder público, para a execução da Política Estadual do Meio Ambiente, visando a proteção, controle e desenvolvimento do meio ambiente e uso sustentável dos recursos naturais. Desta-cam-se as atividades da área de educação ambiental, de formação e conscientização da população com diversos profi ssionais, inclusive Biólogos, que desenvolvem programas associados aos 21 projetos ambientais estratégicos do Estado de São Paulo (http://www.ambiente.sp.gov.br/).

A CETESB é responsável pelo licencia-mento e fi scalização de atividades, poten-cialmente poluidores, e procedimentos que impliquem no corte de vegetação e inter-venções em áreas naturais consideradas de preservação permanente e ambientalmente protegidas, bem como pelo monitoramento da qualidade do ar, das águas superfi ciais interiores, das águas subterrâneas e da balneabilidade das praias, inclusive as interiores. Para alcançar os objetivos de monitoramento da qualidade ambiental e atividades de fi scalização, a CETESB conta com dez laboratórios acreditados pelo Insti-tuto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO, que realizam amostragens e análises micro-biológicas e parasitológicas, mutagênese e ecotoxicidade, comunidades aquáticas e bioensaios com organismos aquáticos, dentre outras. Também na área de acidentes ambientais, envolvendo produtos químicos,

a CETESB foi selecionada pela OPAS (Or-ganização Panamericana de Saúde) e pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para preparar planos de emergência em casos de acidentes ambientais na América Latina.

Foram selecionados como palestrantes das Mesas - Redondas, Biólogos, que apresentarão experiências profi ssionais diversas, discorrendo sobre temas como monitoramento e diagnós-tico ambientais; licenciamento ambiental e fi scalização; emergências ambientais e educa-ção ambiental, abordando aspectos conceituais, instrumentos legais e procedimentos técnicos, e estudos de caso destacando o papel do Biólogo. Aspectos relativos à formação dos Biólogos, trabalho multidisciplinar e aprimoramento pro-fi ssional também serão discutidos e ao fi nal das apresentações haverá espaço para responder às perguntas da platéia.

A programação das atividades contará na abertura com a palestra do Prof. Dr. Aristides de Almeida Rocha (FSP-USP e ISMB), cujo enfoque é a história dos Biólogos na área ambiental do Estado de São Paulo desde os primórdios da criação da CETESB. No encerramento do semi-nário, o Prof. Dr. Carlos Alfredo Joly (IB-UNICAMP e Programa Biota – FAPESP) discorrerá sobre “Mudanças Climáticas e Biodiversidade”, abrindo a questão para a atuação dos biólogos nesse importante tema da atualidade mundial.

O evento é direcionado aos profi ssio-nais integrantes do Sistema Estadual do Meio Ambiente e atuantes na área ambien-tal, bem como aos estudantes de graduação e pós-graduação.

Local: Auditório Augusto Ruschi - CETESBRua Professor Frederico Hermann Jr. 345 Alto de Pinheiros – São Paulo (SP) Data: 02 de setembro de 2009Inscrições a partir de 10 de agosto de 2009

Informações e inscrições: www.ambiente.sp.gov.brwww.cetesbnet.sp.gov.br

PROGRAMAÇÃO:08:30h. Inscrição/Credenciamento09:00h - 09:30h. Abertura: Secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano Neto; Presidentes da CETESB, Fernando Rei; e do CRBio-01, Wlademir João Tadei e demais autoridades.

09:30h - 10:00h. Palestra de Abertura: HISTÓRICO DOS BIÓLOGOS NA CETESB - Dr. Aristides Almeida Rocha (FSP/USP)

10:00h - 10:20h. Intervalo para o Café

10:20h - 10:40h. Introdução

Apresentação da Programação das Mesas - Redondas

Experiências Profissionais: Marta Condé • Lamparelli – EAH/CETESB

Descrição das formas de inserção do Biólogo • no Sistema Estadual de Meio Ambiente - Vânia de A.Ramos Olichwir - ARDD

Mesa - Redonda 1 – MONITORAMENTO E DIAGNÓSTICO AMBIENTAIS

10:40h - 12:00h. Coordenação – Eduardo Bertoletti/EAHE

Qualidade Laboratorial - Deborah A. • Roubicek – EA/CETESB

Qualidade da Água – Marta Condé • Lamparelli - EAH/CETESB

Qualidade de Ecossistemas terrestres - • Mara M. Gaeta Lemos – ESSE/CETESB

Áreas contaminadas – Rosana M. de • Macedo Borges - ESCA/CETESB

12:00 - 13:30. Almoço

Mesa - Redonda 2 – LICENCIAMENTO AMBIENTAL E FISCALIZAÇÃO

13:30 - 15:00h. Coordenação – Domênico Tremaroli /CJJ

Gestão de áreas naturais - Renata R. • Mendonça – SMA

Licenciamento Ambiental - Mayla M. • Fukushima – EMIE/CETESB

Ações de Controle e Fiscalização - J. • Carlos Milanelli -CMU/CETESB

15:00 - 15:20h. Intervalo para o Café

Mesa - Redonda 3 – EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

15:20 - 16:20h. Coordenação – Iris Poffo – EIPE/CETESB

Educação Ambiental –Julia de Lima • Krahenbuhl - CEA/SMA

Emergências Ambientais – Carlos • Ferreira Lopes - EIPE/CETESB

16:20h - 17:00h. Palestra de Encerramento: MUDANÇAS CLIMÁTICAS E BIODIVERSIDADE - Dr. Carlos A. Joly UNICAMP/Projeto Biota - FAPESP

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9O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2009

ACONTECE

UGF – Central de Cursos - Rua Treze de Maio, 681 – Bela Vista – São Paulo – SP

SEMESTRE2009

Curso a Distância

Ciências Biológicas

Bioética para Profissionais da Saúde e Meio Ambiente

Gestão Ambiental com Ênfase em Óleo e Gás

Ecologia Marinha

Divulgação Científica

Ciências Biológicas

A Universidade Gama Filho é reconhecida pelo Decreto Federal número 70.208, de 25 de fevereiro de 1972 e pelo Decreto Estadual “E” número 903, de 17 de novembro de 1965e os cursos de Pós-Graduação Lato Sensu atendem à CNE/CES resolução 01 de 08 de junho de 2007.

Enriqueça seu currículo!

Impulsione sua carreira!

Mais de 20 cursos, presenciais e a distância!

Professores renomados!

1º Semestre 2009

São Paulo

s BiológicasgicagicagicaógicaógicaógiclógicológicológicológicológiciológiciológiBiológiBiológBiológBiológBiológBiológBiolóBiolóBiolóBiolóBiolóBiolóBiolBiol Bios Bios Bios Bios Bios Bios Bios Bios Bis Bis Bis Bis Bs Bs Bs Bs Bs Bs Bs Bs Bs Bs Bs Bs s s s s s s Ciências sssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss s s s s s s s s s s s s s Ciências BiológicasExtensão Universitária

Foi comemorado no dia 8 de abril, no Museu de Pesca em Santos (SP), o aniversário de 40 anos do Instituto de Pesca de São Paulo. Vinculado à APTA (Agência Paulista de Tecnolo-gia dos Agronegócios) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, o Instituto de Pesca desen-volve pesquisas sobre ecossistemas aquáticos; biologia e pesca de orga-nismos marinhos e de águas conti-nentais; aquicultura de organismos marinhos e continentais; dinâmica de frotas pesqueiras; e tecnologia e aproveitamento integral de pescados. O objetivo é o aperfeiçoamento da cadeia produtiva pesqueira. Também é a única instituição científica no Estado de São Paulo que desenvolve pesquisas em pesca extrativista.

Desde 2004, o Instituto de Pes-ca possui o seu Programa de Pós-Graduação em “Aquicultura e Pesca”,

Instituto de Pesca de São Paulo completa 40 anos

nível Mestrado. Atualmente, o Institu-to conta com 70 pesquisadores e tem como diretor o Biólogo e Conselheiro do CRBio-01, Dr. Edison Kubo. Saiba mais sobre o Instituto de Pesca no seu site ofi cial: www.pesca.sp.gov.brFonte: Instituto de Pesca

Laboratório de mariculturaSede do Instituto de Pesca no Parque da Àgua Branca em São Paulo (SP)

Foto: Instituto de Pesca

Foto: Maria Eugenia F. Rivera

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10 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO10

PUBLICAÇÕES

O SÁBIO E A FLORESTA - A EXTRAORDINÁRIA AVENTURA DO ALEMÃO

FRITZ MÜLLER NO TRÓPICO BRASILEIRO

Moacir Werneck de Castro

EDUEP (Editora da Universidade Estadual da Paraíba) - 151 pp.Ao se completarem 110 anos da morte do grande naturalista Fritz Müller, uma re-edição do trabalho de pesquisa histórica sobre o “príncipe dos observadores da natureza” (conforme foi designado por Charles Darwin), originalmente escrita por Moacir Werneck de Castro em 1992 e esgotada desde 1997. Afastado da vida literária, o autor apoiou com satisfação a iniciativa dos Biólogos Luiz Roberto Fontes e Maria Avany Bezerra-Gusmão de trabalharem na re-edição da obra, enriquecida pelas correções, principalmente de dados biológicos, pequenos acréscimos e inúmeras figuras originais extraídas dos artigos publicados por Fritz Müller no século XIX.

Preço: R$ 20,00 (+ frete)http://eduep.uepb.edu.br - e-mail: [email protected]

PUBLICAÇÃO CIENTÍFICA

Gilson Luiz Volpato

Editora Cultura Acadêmica - 125 p.

Em sua terceira edição, este livro mostra o panorama atual da publicação científica no Brasil e no mundo. É produzido sob a forma de perguntas e respostas, onde o autor apresenta respostas genuínas e inovadoras em vários setores da publicação científica, produto de sua experiência como cientista reconhecido e editor de periódico de nível internacional, além de estudioso do assunto há mais de 20 anos. A linguagem é clara e simples, o que torna a leitura muito agradável. Conheça os meandros da publicação, desde sua história até os motivos das negações de artigos em periódicos de bom nível internacional.

Preço: R$ 30,00 (+ frete)Para comprar ou obter mais informações sobre o livro, entre em contato pelo e-mail: [email protected]

HISTÓRIAS DO SERVIÇO DE ONCOLOGIA CLÍNICA DO INCA

INCA – Instituto Nacional de Câncer – 110 p.

Ao completar 70 anos, o Instituto Nacional de Câncer (INCA), órgão do Ministério da Saúde, vinculado à Secretaria de Atenção à Saúde, lançou livro onde conta a história do serviço de oncologia clínica. Depoimentos, recortes e fotos resgatam passagens importantes desta instituição, responsável por desenvolver e coordenar ações integradas para a prevenção e controle do câncer no Brasil.

O livro está disponível em PDF no site: www.inca.gov.br

MICOS LEÕES – BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO

Organizadores: Devra G. Kleiman e Anthony B. Rylands

Smithsonian Institution - 568 p.

A primeira parte do livro cobre a história e estrutura da pesquisa e conservação para as quatro espécies de micos-leões, destacando a importância dos esforços em grupo e individuais. A parte dois examina os principais estudos que tiveram papel importante na contribuição para o manejo das espécies em cativeiro. A parte três concentra as intervenções diretas para conservar populações selvagens e seus habitats, guiados por princípios científicos e educacionais.

Smithsonian Institution: www.si.edu/

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11O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2009 11

AGENDA

O BIÓLO

As inscrições para os cursos devem ser feitas com antecedência mínima de 15 dias. Idade mínima para participar: 15 anos. As unidades públicas de saúde e militares estão isentos nos cursos de Nível Básico.Informações: Núcleo de Ensino e Divulgação Cultural (11) 3726-7222 – ramal [email protected] • www.butantan.gov.br

Cursos de Extensão UniversitáriaCurso Data

Animais de Laboratório: Espécies ConvencionaisMódulo III 11, 18 e 25 de agosto

Módulo IV 10, 17 e 24 de novembro

Memória e História Institucional 06, 07 e 08 de julho

Estratégias para o Ensino de Microbiologia nos Ensinos Fundamental e Médio 06 a 08 de julho

A Biodiversidade de Répteis, Anfíbios e Outras Feras na Educação 13 a 17 de julho

Anfíbios: Biologia, Taxonomia e Venenos 17 a 21 de agosto

Bioquímica de Venenos Animais 24 a 28 de agosto

Mecanismos Celulares que Modulam Sistemas Homeostáticos 14 a 18 de setembro

Vacinas Bacterianas Virais e Recombinantes 21 a 25 de setembro

Animais de Laboratório, uma Especialidade 28 de setembro a 02 de outubro

Aracnídeos 19 a 23 de outubro

Lacraias 09 a 13 de novembro

Cursos de Nível BásicoAnimais

PeçonhentosSoros & Vacinas

Insetos Venenosos

Anfíbios Microscopia Higiene

Julho 3

Agosto 10 18 20

Setembro 8 15 17 15

Outubro 7 13 22

Novembro 12 19 26

Dezembro 11

INSTITUTO BUTANTAN - PROGRAMA DE ATENDIMENTO DIDÁTICO 2º SEMESTRE DE 2009

VI FÓRUM BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Data: 22 a 25 de julho de 2009Realização: Rede Brasileira de Educação Ambiental (ReBEA)Local: Campus Praia Vermelha da UFRJ, Rio de Janeiro, RJ20% de desconto na taxa de inscrição para Biólogos registrados no CRBiosInformações: (21) [email protected]

IV CONGRESSO BRASILEIRO DE HERPETOLOGIA

Data: 12 a 17 de julho de 2009Realização: Sociedade Brasileira de Herpetologia e a Universidade de Brasília Local: Pousada dos Pireneus, Pirenópolis, GOInformações: www.sbherpetologia.org.br/

19º CONGRESSO DE BIÓLOGOS DO CRBio-01

Data: 27 a 30 de julho de 2009Realização: Conselho Regional de Biologia- 1ª RegiãoLocal: Hotel Fonte Colina Verde, São Pedro, SPInformações: www.crbio01.org.br

XVII SIMPÓSIO NACIONAL DE BIOPROCESSOS - SINAFERM 2009

Data: 02 a 05 de agosto de 2009Realização: Universidade Federal do Rio Grande do NorteLocal: Natal, RN Informações: www.sinaferm2009.com.br/

XLII CONGRESSO BRASILEIRO DE FITOPATOLOGIA

Data: 03 a 07 de agosto de 2009Realização: Sociedade Brasileira de FitopatologiaLocal: Windsor Barra Hotel, Rio de Janeiro, RJInformações: www.fito2009.com/

INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON GALL-INDUCING ARTHROPODS

Data: 09 a 14 de agosto de 2009Realização: UFMG, CAPES e CNPqLocal: Serra do Cipó, MGInformações: www.icb.ufmg.br/big/leeb/galls/Gall_Workshop/Index.html

ENCONTRO DE FILOSOFIA E HISTÓRIA DA BIOLOGIA 2009

Data: 19 a 21 de agosto de 2009 Realização: Associação Brasileira de Filosofia e História da Biologia (ABFHiB)Local: Instituto de Biociências /USP, São Paulo, SP

Informações: [email protected] www.abfhib.org/index_arquivos/Encontro_2009.html

VI CONGRESSO BRASILEIRO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Data: 20 a 24 de setembro de 2009Realização: Fundação O BoticárioLocal: Curitiba, PRInformações: www.fundacaoboticario.org.br/cbuc

VI CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOSSEGURANÇA

Data: 22 a 25 de setembro de 2009Realização: Associação Nacional de Biossegurança (ANBIO)Local: Campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJInformações: [email protected] www.anbio.org.br

V ENCONTRO PESQUISA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Data: 30 de outubro a 02 de novembro de 2009Realização: UFSCar, UNESP e FFCLRP/USPLocal: Universidade Federal de São Carlos, UFSCar , São Carlos, SPInformações: [email protected] ewww.epea.tmp.br

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ESPECIAL

Este ano marca o bicentenário do nas-cimento de Charles Robert Darwin (1809-1882) e os 150 anos da publicação da A Origem das Espécies. Por que essas datas merecem nossa atenção? Qual o signifi cado de Darwin e de sua grande obra para a nossa compreensão do mundo contemporâneo? O que a Biologia de hoje deve a esse naturalis-ta inglês que viveu numa época em que as bases da hereditariedade ainda não haviam sido descobertas, e na qual a diversidade biológica do nosso planeta apenas começava a ser estudada de modo científi co?

Para responder a essas perguntas vamos passear por duas biografi as, que se entrelaçam. Uma será a do próprio Darwin, para que possamos compreen-der como se deu o seu desenvolvimento pessoal e intelectual. A segunda que será analisada é a de Alfred Russel Wallace (1823-1013), que foi o co-descobridor da seleção natural. Examinaremos como o livro A Origem das Espécies foi gestado e nasceu, e o que seu conteúdo revela sobre o modo como Darwin estudava o mundo natural.

Charles Darwin

Charles Darwin nasceu em Shrewsbury, Inglaterra, em 12 de fevereiro de 1809, fi lho do médico Robert Waring Darwin (1766-

Darwin e a BiologiaDarwin e a BiologiaJoão Stenghel MorganteJoão Stenghel Morgante

Diogo MeyerDiogo Meyer

1848) e de Suzanne Wedgwood, como também era seu avô Erasmus Darwin (1731-1802). Erasmus foi um intelectu-al que escreveu várias obras, das quais a mais signifi cativa é a Zoonomia, na qual sugere uma teoria transformista, dessa forma revelando-se um precur-sor do evolucionismo. Charles perdeu sua mãe aos oito anos. Ela era fi lha de Josiah Wedgwood II (1769-1843), um notável ceramista que construiu uma

fábrica modelo na Inglaterra. Os avós de Darwin desempenharam um papel

intelectual de destaque no desenrolar da revolução industrial na Inglaterra. Ambos tinham construído grandes fortunas, apoia-vam a livre empresa e se interessavam por ciência e pelas inovações técnicas. As famílias tinham posições liberais, eram contrários à escravidão e favoráveis à ampliação do direito de voto, assim como à liberdade de expressão.

Quando completou 16 anos, Darwin foi mandado para Edimburgo, Escócia, e em 22 de outubro de 1825, inscreveu-se no curso de Medicina. A experiência, entretanto, não foi prazerosa: ele considerava as aulas monótonas e entediantes e as cirurgias repulsivas, de modo que não conseguia per-manecer na sala até o fi m de nenhuma delas. Desistiu de frequentar as aulas práticas, pois na época ainda não era usado anestésico (clorofórmio), e a impressão de dor e afl ição dessas situações fi caram na sua lembrança por muitos anos seguidos. Em Edimburgo, fez amizade com vários estudantes que se dedicavam às Ciências Naturais e conheceu o Dr. Robert Grant (1793-1874), médico, zoólogo e especialista em anatomia com-parada de invertebrados marinhos, com quem Darwin colaborou nas coletas de espécimes. Grant tinha conhecimento das ideias lamarquistas sobre o transformismo, e foi ele que apresentou Darwin à obra de J. B. Lamarck (1744-1829).

Depois de ver seu fi lho passar dois anos em Edimburgo, fi cou claro para o pai de Darwin que o seu fi lho não tinha inclinação para Medicina, e então, sugeriu que ele se tornasse um clérigo.

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13

ESPECIAL

Charles assistiu com grande entusias-mo às aulas de Geologia, ministradas por Sedgwick e também às aulas de Botânica lecionadas por Henslow, que se tornou amigo e mentor. Charles participava das expedições a campo de Henslow e nessas ocasiões recebia ensinamentos, que con-tribuíram para a sua formação científi ca.

Em Cambridge, fi cou impressionado com a lógica e clareza dos escritos do teólogo William Paley (1743-1805) sobre a teologia cristã, e leu com entusiasmo o livro “Teologia Natural”, que é uma intro-dução à História Natural e ao estudo da adaptação. Durante seu último ano univer-sitário, Darwin leu com profundo interesse a “Narrativa Pessoal” de Alexandre von Humboldt (1769-1859) e “Introdução ao Estudo da Filosofi a Natural” de Sir John Herschel (1792-1871). Tais textos desper-taram o seu entusiasmo para contribuir com o progresso das Ciências Naturais.

Em janeiro de 1831, Darwin graduou-se Bacharel em Artes, classifi cado em décimo lugar entre 178 candidatos. Aos 22 anos era um moço forte, com 1,80m de altura, e também um homem afável, que parecia pronto para ingressar numa tranquila vida de clérigo de interior. En-tretanto, uma carta de agosto de 1831, iria mudar o rumo de sua vida.

Aos 18 anos, Darwin decidiu aceitar o credo da Igreja Anglicana. Matriculou-se no Christ’s College da Universidade de Cambrigde, em janeiro de 1828, para fazer o curso normal de Artes, primeiro passo na carreira de clérigo anglicano.

Em Cambridge, Charles encontrou o seu primo William Darwin Fox (1805-1880), que foi o primeiro a lhe apresentar aos seus professores da Universidade, tornando-se, assim, o responsável por um dos grandes acontecimentos na vida de Darwin, a amizade com o Reverendo e Pro-fessor John Stevens Henslow (1796-1861), que promovia reuniões com os alunos que possuíam aptidão para a Ciência. Henslow ensinava Botânica e juntamente com o professor de Geologia, Adam Sedgwick (1785-1873), eram as duas fi guras centrais no desenvolvimento da pesquisa científi ca e no ensino na Universidade.

A carta tinha sido enviada pelo Re-verendo Henslow, seu professor e amigo dos tempos de Cambridge, e trazia o convite para viajar pelo mundo a bordo do Beagle, navio da marinha britânica que percorreria a América do Sul realizando levantamentos costeiros, e que retornaria à Inglaterra pelos Oceanos Pacífi co e Ín-dico. O tempo previsto para a viagem era de três anos, e o Beagle seria comandado por Robert FitzRoy (1805-1865), de 26 anos. A viagem abria a oportunidade para estudos da História Natural em muitas partes da Terra.

A jornada do Beagle

A viagem do HMS Beagle, tinha como objetivo cartografar trechos da costa sul-americana. Darwin foi convidado para se integrar à tripulação do Capitão FitzRoy, o qual havia solicitado um cavalheiro de boa formação intelectual com quem pudesse ter discussões e que fizesse companhia sobretudo em momentos de solidão. No início da viagem ele não era o naturalista a bordo, pois essa função era exercida pelo cirurgião e naturalista Robert McCormick,que abandonou a viagem quando o Beagle atracou no Rio de Janeiro. Nessa circunstância, Darwin passou a ser o naturalista a bordo.

1313131311O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2009 13

Besouros de Darwin - Desde criança Darwin foi um entusias-mado coletor de material biológico: ovos de pássaros, con-chas e insetos

A viagem do Beagle (1831 a 1836). Fonte: Brian Shorrocks “A origem de diversidade” - EDUSP & TA Queiroz, 1980

Fernando Gutoski
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ESPECIAL

Darwin zarpou de Plymouth no dia 28 de dezembro 1831. Ele levava a bordo equipamentos de naturalista e uma bi-blioteca científi ca que incluía o primeiro volume do livro “Princípios de Geologia”, de autoria de Charles Lyell, publicado em 1830, que lhe fora presenteado pelo próprio FitzRoy. A viagem durou quatro anos, nove meses e cinco dias, e ele retor-nou a Falmouth, na Inglaterra, no dia 2 de outubro de 1836. (O mapa da página 13 apresenta o roteiro de Beagle com datas e locais onde o navio fez suas paradas.)

O retorno

Na Inglaterra, Darwin ocupou-se em distribuir os exemplares de suas coletas para especialistas. As plantas coletadas em Galápagos foram entregues para Henslow em Cambridge, os mamíferos fósseis para Richard Owen (1804-1892), as aves para John Gould (1804-1881), os peixes para Leonard Jenyns (1800-1893) e os répteis a Thomas Bell (1792-1880). Nesse período, ele também começou a se dedicar ativamente à coleta dos fatos relacionados com a variação de animais e plantas domesticados.

Entre as inúmeras observações bioló-gicas colhidas por Darwin em sua viagem de circunavegação, três delas constituem o ponto de partida para seu pensamento evolucionista: os fósseis encontrados na Patagônia, a distribuição geográfi ca do gênero Rhea (ema) e a diversidade da vida animal no arquipélago de Galápagos.

Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO14

Os fósseis de Bahia Blanca

O Beagle atracou em setembro de 1832, em Bahia Blanca, situada a 650 km ao sul de Buenos Aires, e lá per-maneceu por mais de um mês. Durante esse período os tripulantes faziam suas atividades rotineiras. Em companhia de Fitzroy, Darwin visitou o sítio conheci-do como Punta Alta e, logo ao chegar, observou a existência de afl oramentos rochosos com grande quantidade de conchas e ossadas de grandes animais. Esse material foi coletado, uma vez que, possivelmente, seriam desconhecidos para a Ciência. Entre os fósseis, datados

do Pleistoceno e endêmicos da América do Sul, havia o de uma preguiça gigante, conhecido como Megatherium. Outro exemplar deste fóssil já descrito por Georges Cuvier (1769-1832) em 1789, constituía uma evidência de que a Terra foi povoada no passado por animais ex-tintos no presente. Em outra localidade foram encontrados fósseis que Richard Owen (1804-1892) viria a descrever como sendo do Gliptodonte. Esse ani-mal, em linhas gerais, apresentava um padrão anatômico semelhante ao de espécies de tatu, uma espécie contem-porânea e abundante na região.

O HMS Beagle: navio de 242 toneladas e 65 tripulantes e sob o comando de Robert FitzRoy durante a viagem de circunavegação

Situado no extremo sul da América do Sul, entre Argentina e Chile, o Canal de Beagle tem cerca de 240 km de extensão e deve seu nome ao navio britânico HMS Beagle

Reconstrução artística do fóssil de Glyptodonte (Hoplo-phorus euphactus) e o tatu-peludo (Eupharctus sp) rela-ção entre espécie fóssil e uma espécie viva na mesma região geográfi ca

Foto: Maria Eugenia Ferro Rivera

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ESPECIAL

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Desse modo, Darwin tinha diante de si dados que mostravam como uma espé-cie existente no presente substitui uma espécie extinta. A presença dos fósseis indicava que ambas as espécies ocorriam na mesma área geográfi ca, contudo, suas disposições em estratos geológicos distin-tos comprovavam diferenças temporais.

Curiosamente, notava-se uma con-tinuidade do “tipo” (a forma anatômica geral) durante o decorrer do tempo – di-mensão temporal. Tal padrão de distribui-ção de espécies extintas e vivas em uma mesma localidade era conhecida com a lei da sucessão.

Darwin relatou em seu diário que du-rante o jantar havia comido um prato exótico para os padrões da culinária inglesa, pois foram servidos bolinhos de emas e tatus.

Os habitantes nativos da região, os gaúchos, relatavam a existência de uma ave de menor porte (petisse) e semelhante à R. americana, e que era encontrada mais ao sul, na Patagônia. Inicialmente Darwin imaginou que essa ave menor poderia corresponder a indivíduos mais jovens da espécie já conhecida.

Em Porto Desire, a cerca de 1.000 km ao norte do Cabo Horn, nas vésperas do Natal de 1832, um dos tripulantes do navio abateu uma ema que foi preparada para ser servida na ceia de Natal. Du-rante o jantar, Darwin percebeu que se tratava de um indivíduo menor, seme-lhante ao animal descrito pelos gaúchos da região. Da ceia sobraram a cabeça, o pescoço, as pernas, as asas e grande parte das maiores penas, que foram re-colhidas para mais tarde serem analisa-das pelo ornitólogo John Gould. Gould viria a identificar esse animal como representante de uma nova espécie, que era a Rhea darwinii, hoje conhecida como Pterocnemia pennata.

Se por um lado a distribuição de fós-seis de Gliptodonte nas mesmas regiões em que se encontravam espécies de tatus vivas apoiava a idéia de que havia uma “sucessão” temporal entre espécies de um local, as observações com as emas serviram para que Darwin reconhecesse a existência de uma dimensão espacial na transição entre espécies semelhantes. As duas espécies de emas ocorriam em regiões geográfi cas distintas, porém pró-ximas: a R. americana nos pampas e ao norte da Patagônia, e R. darwinii ao sul da Patagônia.

O microcosmo de Galápagos

As ilhas Galápagos são de origem vulcânica (rochas basálticas) e estão situ-adas a 1.000 km a oeste da costa Equador. Quando emergiram do oceano, há cerca de 3 milhões de anos, não existia nenhum sinal de vida em sua superfície. As ilhas foram colonizadas por organismos pro-cedentes do continente, e hoje possuem fauna e fl ora diversifi cada.

O Beagle chegou a Galápagos em 15 de setembro de 1835, e permaneceu

As duas espécies de Rhea (ema)

Em certas ocasiões Darwin perma-necia no continente para fazer suas co-letas, enquanto membros da tripulação abasteciam o navio de água e de carne de animais silvestres. Entre as fontes de alimento estava a ema (Rhea ame-ricana), uma espécie de ave pernalta de grande porte e que não voa. Elas medem até 1,70 m de altura e chegam a pesar até 34 kg. Em 18 de setembro,

no arquipélago durante cinco semanas. Darwin se impressionou com os animais das ilhas: havia tartarugas gigantes, que podem pesar até 300 kg, medir 170 cm de comprimento e viver até 170 anos; dois tipos de iguanas que viviam em ambientes marinhos e terrestres, além de avifauna bastante diversifi cada.

As tartarugas gigantes (Geochelone elephantopus) apresentavam variações morfológicas nas diferentes ilhas, e os habitantes do arquipélago reconheciam a procedência de um indivíduo capturado. Havia as de carapaça em forma de abóba-da e as de carapaça em forma de sela. As tartarugas são vegetarianas e alimentam-se de grande variedade de plantas, entre elas, cactos do gênero Opuntia.

Elas apresentavam características que as tornavam particularmente eficazes na utilização de recursos existentes nas ilhas em que viviam. As de carapaça em sela possuíam um longo pescoço, com movimento no sentido vertical, podendo alcançar plantas mais altas em ilhas de cli-ma seco. Já nas com carapaças em forma de abóbada, o pescoço se movimentam no sentido horizontal, permitindo a explora-ção de vegetação rasteiras.

Durante o século XIX, as tarta-rugas eram fontes de carne fresca, pois poderiam sobreviver por longos períodos sem alimento e água. A caça continuada por navios que atracavam no arquipélago causou redução das populações. Estudos recentes, com técnicas de genética, revelaram que elas se originaram de um único an-cestral, e atualmente são reconhecidas 11 espécies endêmicas do arquipélago de Galápagos.

Pecterocnemia pennata (Rhea darwinii)

Rhea americana - ema (nandu ou nhandu) substituição de espécie em diferentes regiões geográfi cas

Fonte: Detail from Map Nº 3878 United Nations Dept of Public Information Cartographic Section March 1996

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16 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO16

ESPECIAL

iguanas marinhas vivem em águas quentes e regulam a temperatura pela exposição ao sol. Em baixas temperaturas fi cam vulnerá-veis a predadores e tornam-se agressivas. Durante a estação de reprodução os machos tornam-se mais agressivos e apresentam coloração mais viva.

Já no ambiente terrestre, há duas espécies de iguanas, ambas endêmicas e classifi cadas como Conolophus subcristatus e C. pallidus. Os adultos dessas espécies podem atingir mais de um metro de comprimento e pesar até 13 kg. Os indivíduos controlam a tem-peratura corporal também pela exposição ao sol. Esses animais vivem em regiões secas e conseguem água ao se alimentar de cactos, que constituem grande parte de sua dieta.

Irradiação adaptativa: os tentilhões de Darwin

Os tentilhões são aves pertencentes à Família Fringilidae e constituem um conjunto extraordinário para estudo de processos evo-lutivos. Durante sua estada em Galápagos, Darwin coletou alguns espécimes. O material foi enviado para o ornitólogo John Gould, que em março de 1838, identifi cou-os como pertencendo a espécies distintas, com bicos de formas e tamanho variados. Quando Darwin coletou os espécimes, ele rotulou-os simplesmente como “Galápagos”. Na ocasião não deu importância em especifi car o local da coleta. Ele penitenciou-se por sua falha. Entretanto, consultou uma coleção que FitzRoy fez, esta sim separada ilha por ilha, o que possibilitou solucionar o problema da procedência de cada indivíduo. Ele con-cluiu que existia uma separação geográfi ca, com diferentes espécies procedendo de ilhas distintas, mas com uma comum, que seria uma espécie originária do continente sul-americano. Para Darwin, ao longo de várias gerações o tentilhão ancestral foi submetido a diferentes pressões seletivas, dando origem a 12 espécies adaptadas para a exploração dos diferentes tipos de alimen-tação de cada ilha.

Darwin também coletou espécimes de uma outra família de pássaros encontrados no Arquipélago de Galápagos, os Mimidae, conhecidas como sabiá-do-campo, perten-centes ao gênero Nesomimus, com quatro espécies endêmicas. N. parvulus é uma espécie presente em várias ilhas, enquanto N. trifasciatus é encontrada na ilha Floreana, N. macdonaldi na Ilha Española e N. mela-notis na ilha San Cristobal. E, assim como no caso dos tentilhões, Darwin verifi cou que existiam tipos diferentes entre as ilhas, e que eles eram semelhantes a uma espécie que ocorre no continente-sul-americano.

Se em cada ilha existia determinada espé-cie, como Gould sugeria, suas especulações durante a viagem do Beagle sobre a instabi-lidade das espécies pareciam ser verdadeiras. Poderiam ser explicadas por diversifi cação a partir de um ancestral comum. Em conjunto, essas três observações feitas ao longo da via-gem a bordo do Beagle tiveram um impacto profundo sobre Darwin, contribuindo para o desenvolvimento de uma visão de mundo em que as espécies não eram imutáveis. Re-sumindo, primeiro havia encontrado o caso de uma espécie recente substituindo outra extinta no tempo (o caso do Gliptodonte e dos tatus). Segundo, as espécies de emas representavam um caso em que uma espécie era substituída por outra, semelhante, ao longo do espaço geográfi co. Finalmente, em um arquipélago de ilhas oceânicas, espécies parecidas, porém ainda assim distintas, eram encontradas em ilhas diferentes. Esses três exemplos representavam um fenômeno ge-ral: o padrão de substituição de espécies no espaço e no tempo. Mais tarde, ainda durante sua viagem no Beagle, Darwin anotou em suas notas ornitológicas algumas idéias sobre essas observações:

“Quando eu vejo essas ilhas à vista umas das outras, e possuindo apenas um escasso sortimento de animais, habitadas

Outros animais que chamaram a atenção de Darwin foram os lagar-tos de Galápagos, que pertencem à família Iguanidae e são divididos em espécies marinhas e terrestres.

A iguana marinha é endêmica de Ga-lápagos e taxonomicamente conhecida como Amblyrhynchus cristatus. Apresenta a característica única entre os lagartos de viver no mar e se alimentar preferencial-mente de algas marinhas. Esse tipo de alimentação resulta na ingestão de grande quantidade de sal, expelido por glândulas de sal que se localizam acima dos olhos. As

Irradiação adaptativa de três espécies de sabiá-do-campo gênero Nesomi-mus (Mimidae) espécie ancestral encontrada no continente sul-americano

Geochelone elephantopus – tartaruga gigante de Galápagos – com carapaça em forma de sela encontrada da Ilha Isabela e na foto abaixo, tartaruga gigante com carapaça em forma de abóbada encontrada na ilha de Santa Cruz

Iguana marinha – Amblyrhyncus cristatus Iguana terrestre – Conolophus sp.

Foto: Luciana Moreira Lobo

Foto: Luciana Moreira Lobo

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1717O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2009 17

ESPECIAL

por essas aves, apenas ligeiramente dife-rentes na estrutura, e ocupando o mesmo lugar na natureza, devo suspeitar que são apenas variedades. ...Se essas observações tiverem o menor fundamento que seja, a zoologia dos arquipélagos será muito merecedora de um exame; pois tais fatos abalariam a estabilidade das espécies.”

Ao embarcar na viagem do Beagle, a visão de Darwin sobre a Geologia era alinhada com a dos catastrofi stas, e ele via as espécies como entidades imutáveis. No fi m da viagem, quase cinco anos depois, o seu conceito da imutabilidade das espécies estava abalado, e Darwin tinha a idéia de que elas podiam sofrer alterações.

A transição para uma visão de mundo em que as espécies não são imutáveis, que havia se processado na mente de Darwin, não fora construída apenas com base em suas observações do mundo biológico. Suas leituras sobre Geologia também ti-veram grande importância, sobretudo seu contato com as idéias uniformitaristas de Charles Lyell (1797-1875), que Darwin conheceu quando ainda morava em Lon-dres, e com quem desenvolveu estreitos laços de amizade. A grande obra de Lyell, “Principles of Geology”, apresentava o conceito uniformitarista da história da Terra. Lyell contestava a visão catastro-fi sta e propunha que a Terra era muito antiga e estava em constantes mudanças, resultantes de atuação de forças naturais por longos períodos. As mudanças po-deriam ser pequenas, mas atuando por longo tempo causavam efeitos signifi ca-tivos. Ora, se a superfície Terra está em contínua modifi cação, alguma espécie poderia se adaptar aos novos ambientes e dar origem a uma nova espécie. Quais seriam as causas naturais que ligariam a variação com a adaptação?

O estudo da variação

Mas não foi só no estudo de variação no mundo natural que Darwin construiu suas ideias. Para melhor compreender a origem da variabilidade em populações naturais, Darwin buscou respostas en-tre os criadores de animais e plantas domesticadas. Através dos relatos dos criadores, obteve informação sobre a variação individual, sobre como ela era herdada, e como ela era relacionada com a adaptação. Ele notou que os criadores eliminavam os piores e preservavam os melhores para fi ns de reprodução. Os criadores de pombo afi rmavam que durante os invernos severos, devido à escassez de comida, indivíduos fracos e doentes eram severamente elimina-dos. Darwin se tornou um ativo criador de pombos e demonstrou que todas as variedades de pombos que são geradas pela seleção artifi cial descendem de uma única espécie de pombo, a Columba livia. Existiria analogia entre os resul-tados da seleção artifi cial com aquela que ocorre na natureza?

A caminho da descoberta

Em setembro de 1838, Darwin leu o livro do reverendo Thomas Robert Malthus (1766-1834), publicado em 1798, com o título “Ensaio sobre a população”, no qual afi rma que a tendência da humanidade é de crescer em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos aumenta em pro-gressão aritmética. Desse modo, não seria

possível suprir as necessidades alimentares de uma população em constante crescimen-to geométrico. Entretanto, esse crescimento não se concretizava. Quais os fatores que le-vam a manutenção de um equilíbrio estável do crescimento populacional? Para Malthus, a resposta estava na escassez de comida, nas doenças e nas mortes causadas por ações humanas, como por exemplo, as guerras. Esses “controles” recaíam geralmente nos mais fracos: os mais pobres e doentes.

Ao refletir sobre os argumentos de Malthus, Darwin deduziu que qualquer variação presente em um indivíduo, que trouxesse alguma vantagem sobre outros que pertencem à mesma espécie, tenderia a ser preservada, assim como qualquer outra variação desvantajosa seria eliminada. Esta luta pela sobrevivência tem grande força seletiva, que ele denominou de seleção natural, e seria análoga à seleção artifi cial, que vira fazendeiros e horticultores aplica-rem nos animais e plantas domesticadas. A população se transformaria gradualmente e se adaptaria ao novo ambiente. Desse modo, a luta pela sobrevivência seria uma poderosa força atuando nas populações naturais.

No ano de 1839, Darwin residia em Londres e foi eleito para a Royal Society of London. Em 29 de janeiro de 1839, ele casou-se com sua prima Emma Wedgwood. Entre o casal existia uma afeição mútua, e Emma foi grande fonte de apoio para o seu trabalho. Tiveram 10 fi lhos, dos quais 7 sobreviveram. Darwin dedicava muita atenção aos fi lhos e deu-lhes uma educação afetuosa. Emma era religiosa e Darwin confessava suas incertezas religiosas, o que causou a ela muitas inquietações. Em setembro de 1842, deixaram Londres e passaram a residir na Down House no condado de Kent. Pouco antes da mudança, elaborou um esboço de sua teoria transfor-mista e, em 1844, já tinha um manuscrito que pode ser considerado um ensaio da A Origem das Espécies.

Nessa fase da vida, conheceu o botânico Joseph D. Hooker (1817-1911) de quem rapidamente tornou-se um grande amigo. Em 1865, Hooker sucedeu seu pai na direção do Jardim Botânico Real de Kew. Ele fez duas viagens, uma para a Antártida de 1838 a 1843 e outra para o Himalaia, de 1847 a 1850. Darwin confidenciou a ele suas idéias inéditas sobre a transmutação das espécies.

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Espécies de tentilhões de Galápagos coletadas por Darwin e identifi cadas por John Gould

Caderno de notas de Darwin (1837) – primeiro esboço de uma árvore evolutiva

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18 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO

Alfred Russel Wallace – o rival que jogou limpo

Wallace nasceu em Usk (País de Ga-les) em oito de janeiro de 1821, em uma família de classe média em decadência. Wallace desde muito jovem caracteriza-va-se pela curiosidade, independência e criatividade. Abandonou os estudos, aos 14 anos (1837) para começar a trabalhar como assistente de topógrafo. Por cerca de 10 anos topografou rotas ferroviárias e limites de propriedades.

Aproveitava seu tempo livre para frequentar bibliotecas. Entre suas leitu-ras constavam a narrativa de Alexander von Humboldt, “Principles of Geology” de Charles Lyell e o livro de Malthus. A Botânica foi o seu primeiro interesse, pois fazia coletas e identifi cação das principais famílias de plantas. Como autodidata conseguiu um emprego de professor em Leicester, para ensinar desenho, cartogra-fi a e topografi a.

Em 1844, ele conheceu Henry Walter Bates (1825-1892), de quem se tornou grande amigo e com quem aprendeu a coletar besouros. Tornou-se então, um entusiasmado caçador de besouros.

Dessa amizade surgiu a idéia de fazer uma viagem para a Amazônia para inves-tigar o problema das espécies, e para que pudessem se manter coletariam material biológico que seria enviado para a Ingla-terra e vendido para colecionadores. Eram observadores sagazes e durante suas vidas apresentaram signifi cativa contribuição para a Biologia.

Em 28 de maio de 1848, desembar-caram em Belém do Pará. No primeiro ano na Amazônia coletaram nas proxi-midades de Belém do Pará e, mais tarde, tomaram a decisão de se separarem e realizar o trabalho de coleta indepen-dentemente.

A saga de Wallace na grande fl oresta durou quatro anos. Coletou uma infi ni-dade de espécies de animais e explorou diversas regiões amazônicas. Em 1852, decidiu voltar para a Inglaterra levando em sua bagagem os espécimes coletados. Durante a viagem, o navio em que viajava pegou fogo e naufragou. AWallace sobrou pouquíssima coisa - seu relógio, desenhos de peixes e parte de seus cadernos com ob-servações de campo. Retornou à Inglaterra em 10 de maio de 1852.

Após alguns meses em Londres, deci-diu fazer nova viagem para o Arquipélago Malaio (Malásia e Indonésia), que se deu em 1854, quando tinha 31 anos. Ele retor-naria à Inglaterra em1862, com 39 anos. Desembarcou em Cingapura e durante o período de oito anos, visitou diversas ilhas e coletou uma enorme quantidade de animais. Suas viagens e observações foram publicadas no livro Arquipélago Malaio (1869).

Como já foi relatado, em 1844, Da-rwin já tinha um manuscrito que podia ser publicado e, provavelmente, essa era sua intenção. Em carta à sua esposa, que de-veria ser aberta em caso de morte súbita, ele escreveu que ela deveria contratar um editor para fazer uma publicação póstuma. Esse manuscrito nunca foi publicado e muito se discute sobre quais seriam as ra-zões da não publicação. Entre as hipóteses estão as seguintes: teria sido postergação deliberada? Medo de publicá-lo? Respeito às convicções religiosas de sua esposa Emma? A situação social na Inglaterra?

No ano de 1844, havido sido publi-cado na Inglaterra um livro anônimo, de cunho evolutivo: “Vestiges of the Natural History of Creation”, que causou irritação entre cientistas, teólogos e intenso debate na sociedade vitoriana. Depois de várias edições, o autor dos Vestígios fi cou co-nhecido: tratava-se do editor e jornalista escocês Robert Chambers (1802-1871). A repercussão do livro de Chambers teria sido uma das razões da não publicação do manuscrito de Darwin?

Por volta de 1846, Darwin iniciou um trabalho com cracas (Cirripidea). São crus-táceos marinhos sésseis que vivem fi xados a rochas, corais, madeira e outros objetos fl utuantes, encerrados em uma carapaça calcária semelhante a um micro vulcão. Essas amostras haviam sido coletadas na região costeira do Chile (arquipélago

de Chonos). Por oito anos trabalhou na “abominável” pesquisa de anatomia e ta-xonomia das cracas, e seus achados foram publicados em duas monografi as.

Em 1855, quando estava em Sarawak, Indonésia Wallace escreveu um artigo que foi publicado no volume 16 da revista Annals and Magazine of Natural History intitulado “Sobre a Lei que tem regulado a Introdução de Novas Espécies”, no qual faz consideração biogeográfi ca e que o leva a afi rmar que “cada espécie surgiu coincidente no tempo e no espaço com uma espécie pre-existente intimamente aparentada”. A ideia central desse artigo passou a ser conhecida como a lei de Sarawak, que é uma alusão à existência da transmutação das espécies, um fenômeno para o qual ainda não havia uma teoria que era capaz de explicar.

O artigo despertou o interesse de Lyell, que em visita a Darwin, em abril de 1856, o alertou de que as ideias contidas no artigo eram semelhantes às suas.

Em junho de 1858, a advertência de Lyell, de que ele poderia ser surpreendido se mostrou verdadeira, pois Darwin recebeu uma correspondência de Wallace, enviada de Ternate, na Indonésia. Anexo à carta, estava um manuscrito, com enfoque sobre teoria sobre a seleção natural. Darwin fi cou aba-lado, e em carta a Lyell desabafou: “Nunca vi uma coincidência tão impressionante. Se Wallace tivesse lido meu esboço manuscrito de 1842 não faria um resumo melhor! Até as expressões que ele usa são títulos de meus capítulos”. Com Hooker seguiu a discussão atormentada: “Prefi ro queimar todo o livro a permitir que ele ou qualquer outro possam pensar que me comportei com um espírito mesquinho”.

Tanto Lyell como Hooker tinham conhecimento de que o trabalho realiza-do por Darwin era bastante anterior ao de Wallace, e tinham conhecimento da quantidade de informações que Darwin havia acumulado. Para eles a solução justa seria apresentar uma comunicação em conjunto em uma reunião da Sociedade Lineana. Para tanto, deveriam ser lidos um resumo tanto do manuscrito de 1844 como a de uma carta de Darwin a Asa Gray (1810-1888), professor de Botânica na Universidade de Harvard, e o artigo de Wallace, que foram apresentados na Sociedade em 1º de julho de 1858.

O presidente da Sociedade Lineana, Thomas Bell expressou delicadamente,

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19O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2009

seu desapontamento, dizendo que o ano 1858 “não foi marcado por nenhuma descoberta sensacional que revolucio-nasse, por assim dizer, a Sociedade científi ca que ele presidia”.

Nessa situação devemos reconhecer a generosidade de Wallace em atribuir à Darwin o crédito principal como criador da teoria da evolução por seleção natu-ral. Entretanto, apesar da originalidade de Darwin, é necessário não esquecer que alguém teve a mesma ideia um pou-co depois dele e que isso tenha sido a motivação que faltava para a publicação do livro “A Origem das Espécies”, que ocorreu em 22 de novembro de 1859. A primeira edição se esgotou no dia de seu lançamento.

tes vinham justamente das observações feitas ao longo de sua viagem a bordo do Beagle, discutidas anteriormente. Darwin dedicou dois capítulos da Origem à distribuição geográfi ca das espécies, argumentando de modo convincente que a forma como as espécies estão distribuídas se encaixa muito bem com a teoria de que novas espécies surgiram a partir das preexistentes. Por exemplo, as espécies que ocorrem em ilhas são semelhantes às do continente próxi-mo, como já discutimos. Tal padrão se encaixa bem com a hipótese de que as espécies que hoje vemos nas ilhas são descendentes daquelas do continente. Há também dois capítulos sobre o registro fóssil, novamente argumentando que a descendência com modifi cação explica muito do que vemos na natureza, no caso o fato dos fósseis encontrados numa localidade serem semelhantes aos seres vivos que hoje habitam aquela mesma região. Finalmente, há um capítulo com ênfase nas semelhanças morfológicas entre os seres vivos. Darwin argumenta que as estruturas de diferentes espécies são variações sobre um mesmo tema, que tinham sido modifi cadas em cada espécie em função da ação da seleção natural para suas funções. Em suas palavras:

“O que pode ser mais curioso do que o fato da mão do homem, formada para segurar, a da toupeira para cavar, a perna do cavalo, a nadadeira do peixe-boi, a asa do morcego, tenho sido todos construídos seguindo um mesmo padrão, e deveriam incluir os mesmos ossos, nas mesmas posições relativas?”

Como no caso dos fósseis e da biogeografia, a descendência com modificação oferece uma convincente explicação para esse padrão: todas es-sas espécies são aparentadas e descen-dem de um ancestral comum, de quem herdaram características anatômicas, que foram modificadas em cada um dos casos.

Darwin também dedica considerá-vel espaço à ideia de seleção natural, e constrói sua defesa desse processo ao longo de vários capítulos. No primeiro, Darwin invoca o conhecimento sobre como o homem é capaz de transfor-mar as espécies, através do processo de domesticação. O argumento é relativamente simples: se um criador

deseja produzir animais maiores, ele irá escolhê-los para os cruzamentos que produzirão a próxima geração. Dessa forma, a cada geração, a proporção de indivíduos grandes aumenta na população. Uma premissa de Darwin nesse argumento é a de que muitas características dos seres vivos são herdáveis. Apesar de sua ignorância sobre os mecanismos de herança (a ciência da genética não existia naquela época), a noção de que os filhos tendem a se assemelhar aos pais era até certo ponto parte do senso comum. O que Darwin pretendia fazer era convencer seus leitores por analogia: se o criador podia modificar as características de uma espécie ao longo do tempo, por que processos naturais, em que a natu-reza faz a triagem de quem irá ou não reproduzir, no lugar da mão do homem, não poderia operar?

Darwin dedica dois capítulos à “Luta pela existência” e à “Seleção Natural”, respectivamente. Neles, apresenta uma linha de argumentação que deve muito à sua leitura de Malthus. Uma vez que os organismos geram descendentes numa taxa maior do que a disponibilidade de recursos é capaz de aumentar, haverá competição entre os seres vivos pelos recursos. Irão sobreviver aqueles com características que os tornam mais aptos a sobreviverem com recursos limitados. Supondo que essas características são herdáveis, elas irão se tornar mais co-muns na população, com o passar das gerações. Assim, as espécies se modifi -cam ao longo do tempo.

O argumento de Darwin explica de uma só vez duas características do mundo natural. Primeiro, a seleção natural explica a diversificação das espécies: uma vez que diferentes orga-nismos ocupam diferentes ambientes, a seleção natural irá atuar de modo dis-tinto em diferentes locais. Em segundo lugar, a seleção natural explica aquilo que hoje chamamos de adaptação, o aparente “encaixe” de características dos seres vivos para as funções que eles realizam.

A Origem das Espécies: 150 anos depois

Qual a atualidade das ideias expos-tas por Darwin? Quais permanecem sólidas até os dia de hoje, e quais sofreram grandes mudanças? Com o

ESPECIAL

A Origem das Espécies: um livro, duas grandes idéias

A Origem das Espécies é um livro que tem em seu cerne duas idéias prin-cipais. A primeira é a de que todos os seres vivos resultam de um processo de descendência com modificação. A segunda é a de que a seleção natural explica como as espécies mudam ao longo do tempo. Darwin arregimentou informações vindas das mais variadas áreas do conhecimento para convencer os seus leitores dessas ideias. Examinar a forma como ele apresentou seus ar-gumentos é extremamente informativo, e deixa claro como sua capacidade de unir informações vindas de diferentes subdisciplinas foi essencial para o su-cesso de sua teoria.

O que hoje denominamos de “evo-lução” era chamado por Darwin de “descendência com modifi cação”. Para ele, havia inúmeras observações que sustentavam a ideia de que todos os seres vivos são aparentados entre si. Alguns dos argumentos mais convincen-

Primeiras páginas do livro “A Origem das Espécies” publicado em 1859

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Page 20: Darwin e a Biologia

20 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO

passar dos anos, a argumentação de Darwin baseada em fósseis, biogeogra-fia e nas semelhanças anatômicas entre seres vivos tornou-se cada vez mais forte. Novos dados consistentemente corroboraram uma visão de mundo na qual há descendência com modifica-ção. Nunca surgiu um fóssil que fosse completamente incompatível com a teoria da evolução. De modo seme-lhante, novos estudos biogeográficos repetidamente encontraram padrões de distribuição consistentes com as ideias de Darwin. Se algo incompatível com as ideias evolutivas tivesse surgido, não teria passado despercebido! Mas simplesmente não surgiu um dado que colocasse em xeque a ideias básicas de descendência com modificação.

Além disso, o desenvolvimento da genética levou à escala molecular o que havia sido observado ao nível da anato-mia: há uma impressionante continuidade entre os seres vivos, com o partilhamento de características genéticas ocorrendo mesmo entre alguns muito diferentes. Talvez o exemplo mais marcante seja a conservação do código genético – o conjunto de regras que determina como as sequências de RNA são traduzidas em proteínas-- em praticamente todos os seres vivos. Um código genético de tal maneira “Universal” é evidência de que todos os organismos são aparentados, e herdaram os mecanismos de leitura do RNA de um ancestral comum. Se as semelhanças entre ossos de patas já apoiavam a evolução, a semelhança genética reforçou essa noção imensamente.

Por essas razões, nos dias de hoje não há qualquer dúvida quanto ao fato de que as espécies evoluem por descendência com modifi cação, e que a seleção natural é capaz de explicar como as espécies se modifi cam ao longo do tempo. Entretanto, a solidez da teoria evolutiva não signifi ca que todas as perguntas interessantes foram resolvidas. Pelo contrário, a sofi sticação da teoria evolutiva apenas permite que novas e instigantes perguntas sejam feitas, perguntas que muitas vezes não seríamos capazes de formular se a teoria evolutiva não tivesse avançado tanto nos últimos 150 anos.

Nada pode ser mais estimulante do que apresentar algumas dessas questões, que sem dúvida ocuparão Biólogos ainda por

muitas décadas. A seguir, apresentamos algumas delas, torcendo para que sirvam de fermento para refl exões e discussões.

Qual é a árvore da vida? Darwin nos convenceu que os seres vivos são todos aparentados, mas ainda temos muito a aprender sobre as relações de parentesco entre todos os seres vivos.

Qual é o limite das explicações ba-seadas na seleção natural? Darwin nos convenceu que a seleção natural explica muitas modificações, mas qual fração das mudanças evolutivas se daria por deriva genética, que é um processo não seletivo?

res são capazes de prever os melhores locais para serem visitados, e as camadas geológicas mais promissoras para serem escavadas, para se achar tais organismos. Dessa forma, muitas lacunas do registro fóssil estão sendo preenchidas.

Qual a base genética das grandes mudanças morfológicas? Darwin era um gradualista. Para ele, a grande diver-sidade de formas que vemos no mundo natural resulta do acúmulo de pequenas mudanças, cada uma delas tendo passado pelo crivo da seleção natural. Entretanto, para ele, a base genética dessas mudanças era desconhecida. Desde então, houve muito progresso, por exemplo, hoje sabemos que os tetrápodes terrestres descendem de formas marinhas. Mas quais mudanças genéticas explicam a transformação de nadadeiras em patas? Repostas para perguntas como essas são o domínio de um importante campo da Biologia atual, que é a Biologia Evolu-tiva do Desenvolvimento.

Se um Biólogo tem aberto diante de si tantas perguntas fascinantes, devemos mui-to a Darwin. Todas essas questões repre-sentam desdobramentos e questionamentos das ideias apresentadas por ele há 150 anos. Para que tenhamos sucesso na empreitada de respondê-las, precisaremos nos inspirar no espírito científi co de Darwin. Sua capa-cidade de conectar informações de campos tão variados da Biologia, para desenvolver uma teoria revolucionária, deve servir de estímulo para todos nós.

João Stenghel MorganteDiogo Meyer

Departamento de Genética e Biologia EvolutivaInstituto de Biociências - Universidade de São Paulo

ESPECIAL

O que é exatamente a unidade biológica que a seleção “enxerga”? Darwin argumen-tava que indivíduos diferiam uns dos outros na sua capacidade de sobreviver e deixar descendentes. Portanto, para ele, os alvos da seleção natural eram os indivíduos. Nes-se século novas ideias surgiram: diferentes genes presentes numa população estariam competindo entre si, e seriam eles os al-vos da seleção natural. Alternativamente, haveria populações melhores e outras piores; a entidade que sobrevive mais ou menos seria a população como um todo. O debate sobre o mérito dessas ideias ainda está ativo, e é o que chamamos do estudo sobre “níveis de seleção”.

Onde estão as formas intermediárias? Em diversos grupos, há lacunas no regis-tro fóssil, devido à ausência de fósseis que documentem a transição entre duas outras formas. Atualmente, pesquisado-

Charles Darwin (1879)

SUGESTÕES DE LEITURA

Janet Browne - “A Origem das Espécies” de Darwin: uma biografi a. Jorge Zahar Ed. – Rio de Janeiro, 2007Richard Keynes - Aventuras e descobertas de Darwin a bordo do Beagle. Jorge Zahar Ed. – Rio de Janeiro, 2004Charles Lenay - Darwin. Estação Liberdade - São Paulo, 2004David Quammen - As dúvidas do Sr. Darwin: o retrato do criador da teoria da Evolução - Companhia das Letras, São Paulo, 2007Rebecca Stefoff - Charles Darwin: a revolução da evolução - Companhia das Letras – São Paulo, 2007

RECURSOS DE INTERNEThttp://Darwin-online.org.UKhttp://ucmp.berkeley.edu

Agradecimentos: Dras. Caroline Cotrim Aires, Juliana Machado Ferreira e Nadia de Moraes-Barros

Page 21: Darwin e a Biologia

21O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/200921

PROGRAMAÇ‹ODomingo, 26 de julho de 2009 - 16:00 -19:00 horas

• Recepção e Credenciamento dos Participantes• Entrega de material• Fixação de Painéis

Segunda a Quinta-feira, 27 a 30 de julho de 2009 09:00 – 18:00 horas

1ª MOSTRA DE FOTOGRAFIAS DO CRBio-01

Terça-Feira, 28 de julho de 200909:00 – 12:00 horas e 13:30 – 17:00 horas

FÓRUM DE COORDENADORES DOS CURSOS DE CIÊNCIAS BIOLÓGICASInga Ludmila Veitenheimer Mendes – CFAP/CFBio, Brasília, DFComissão de Formação e Aperfeiçoamento Profissional – CFAP/CRBio-01

CURSOS PRÉ-CONGRESSO:

Segunda e Terça-feira, 27 e 28 de julho de 200908:00 – 12:00 horas e 13:30 – 17:30 horas (Cursos CA 01 a 05 – simultâneos)

CURSOS DE ATUALIZAÇÃO (carga horária: 16 horas)

Curso de Atualização 01. Análises clínicas Adriana Pardini Vicentini Moreira – Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SPAdelino Poli Neto – Instituto Oscar Freire – FMUSP, São Paulo, SP

Curso de Atualização 02. Recuperação de áreas degradadasVera Lucia Ramos Bononi – Instituto de Botânica, São Paulo, SPNelson dos Santos Junior – Instituto Botânica, São Paulo, SP

Curso de Atualização 03. Licenciamento ambiental Akira Nakasaki – CETESB, São Paulo, SPPaulo Roberto Rigonatti – CETESB, São Paulo, SP

Curso de Atualização 04. Educação Ambiental Alessandra Stona – Universidade São Marcos, São Paulo, SPAndré Camilli Dias – Parque da Luz, Secretaria do Verde e Meio Ambiente, São Paulo, SP

Curso de Atualização 05. Controle de vetores e pragasLucia Schüller – ABC Expurgo Serviços Especializados S/C Ltda., São Bernardo do Campo, SPMônica Schüller – ECCO Control - Controle Ecológico de Pragas, Indústria e Comércio, Mauá, SP

Segunda-Feira, 27 de julho de 200908:00 – 12:00 horas (Minicursos 01 a 05 – simultâneos)MINICURSOS (carga horária: 4 horas)

MC 01. BiorremediaçãoMurilo Damato – Damato Assessoria e Consultoria em Meio Ambiente Ltda., São Paulo, SP

MC 02. Entomologia forenseAdelino Poli Neto – Instituto Oscar Freire, São Paulo, SP

MC 03. Trabalhos científicos: do acadêmico ao artigo de divulgaçãoErmelinda Maria De Lamonica Freire – UNIVAG, Cuiabá, MT

MC 04. Zoonoses de importância para a saúde públicaLuiz Eloy Pereira – Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP

– CRBio-01 – O BIÓLOGO

27 a 30 de julho de 2009São Pedro, SPHotel Fonte Colina Verde

19À Congresso deBiólogos do CRBio-01

CRBio-01

Realização

Conselho Regional de Biologia – 1… Região (SP,MT,MS)Rua Manoel da Nóbrega, 595 conjunto 122, ParaísoCEP 04001-083 – São Paulo,SPFone: (11) 3884-1489 – Fax: 3887-0163www.crbio01.org.br

19º ConBio

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22 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO

MC 05. Metodologias de pesquisa em educação ambientalMaria Saleti Ferraz Dias Ferreira – UFMT, Cuiabá, MT

12:00 – 13:30 horas – Horário reservado para almoço

13:30 – 17:30 horas (Minicursos 06 a 10 – simultâneos)

MC 06. Aconselhamento genéticoRegina Célia Mingroni Netto – USP, São Paulo, SP

MC 07. Ensino de ciências, educação ambiental e literatura: o prazer de ensinar e aprender.Angela Maria Zanon – UFMS, Campo Grande, MS

MC 08. Introdução ao empreendedorismo Celso Luís Marino – UNESP, Botucatu, SP

MC 09. Etnobotânica: plantas de interesse econômico no PantanalMaria Antonia Carniello – UNEMAT, Cáceres, MT

MC 10. Bioética: biotecnologia e meio ambienteMarlene Boccatto – CRBio-01, São Paulo, SP

Terça-Feira, 28 de julho de 200908:00 – 12:00 horas (Minicursos 11 a 15 – simultâneos)

MC 11. Elaboração de projetos sustentáveis em aqüiculturaWagner Cotroni Valenti – UNESP, Jaboticabal, SP

MC 12. A Educação não formal e a comunicação aplicadas à conservaçãoMario Borges da Rocha – Fundação Parque Zoológico - Unidade ZooSafari, São Paulo, SP

MC 13. Biologia forenseEuclides Matheucci Júnior – DNA Consult Genética e Biotecnologia Ltda. & Quantum Biotecnologia Indústria e Comércio Ltda, São Carlos, SP

MC 14. Biologia marinhaJoão Marcos Miragaia Schmiegelow – UNISANTA, Santos, SP

MC 15. Produção de cogumelos comestíveisEdison de Souza – Brasmicel - fungicultura, Suzano, SP

12:00 – 13:30 horas – Horário reservado para almoço

13:30 – 17:30 horas (Minicursos 16 a 20 – simultâneos)

MC 16. Biossegurança em laboratórioDyana Alves Henrriques – USP, São Paulo, SP

MC 17. Indicadores biológicos na avaliação da qualidade da águaMaria do Carmo Carvalho – CETESB, São Paulo, SP

MC 18. Animais peçonhentosGiuseppe Puorto – Instituto Butantan, São Paulo, SP

MC 19. Gestão pesqueiraAntonio Olinto Ávila da Silva – Instituto de Pesca, Santos, SP

MC 20. Preparo de embutidos e defumadosSylvio Cesar Rocco – Prefeitura da Cidade de São Paulo, São Paulo, SP

18:00 – 20:00 horas – Apresentação de Painéis

20:00 – 22:00 horas - SOLENIDADE DE ABERTURA

Conferência magna:O legislativo e o meio ambienteDeputado Fernando Capez – Assembléia Legislativa & Ministério Público do Estado de São Paulo, SP

Quarta-Feira, 29 de julho de 200908:30 – 10:30 horas (Mesas-Redondas 01 a 04 – simultâneas)

Mesa-Redonda 01. Áreas de atuação emergentes para Biólogos1. Biólogos nas subáreas da patologia

Marcio Silva Muniz - Hospital Pérola Byington, São Paulo, SP

2. Reprodução humana assistidaLia Mara Rossi - Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP

3. Papel do Biólogo nas terapias utilizando células-troncoRodrigo Alexandre Panepucci - INCTC - Instituto Nacional de Ciênciae Tecnologia em Terapia Celular & Fundação Hemocentro de RibeirãoPreto, SP

Mesa-Redonda 02. O Biólogo e a biologia molecular na área da saúde1. Uso da biologia molecular em virologia

Rubia Anita F. Santana - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP

2. Biologia molecular aplicada na análise de mutaçõesRoberta Sitnik - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP

3. A biologia molecular e a detecção de antígenos leucocitários humanosRoberta dos Santos Pereira - Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP

Mesa-Redonda 03. O Biólogo e a educação formal1. O mercado de trabalho e o papel social do biólogo

Noemy Yamaguishi Tomita – Instituto de Botânica, São Paulo, SP

2. O processo de avaliação dos cursos de formação de biólogosMaria Saleti Ferraz Dias Ferreira – UFMT, Cuiabá, MT

3. Padrão de qualidade para os cursos de Ciências BiológicasInga Ludmila Veitenheimer Mendes – CFBio, Brasília, DF

Mesa-Redonda 04. Biossegurança 1. Histórico e transdisciplinaridade da Biossegurança

Maria Lúcia Siqueira – Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP

2. Biossegurança em laboratórioDyana Alves Henriques – ICB-USP, São Paulo, SP

3. Biossegurança em trabalho de campo.Luiz Eloy Pereira – Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP

11:00 – 12:00 horas (Conferências 01 a 04 – simultâneas)

Conferência 01. Plantas de importância econômica para o pantanal: aspectos etnobotânicosMaria Antonia Carniello – UNEMAT, Cáceres, MT

Conferência 02. EmpreendedorismoCelso Luís Marino – UNESP, Botucatu, SP

Conferência 03. Genética de populações de remanescentes de Quilombos Regina Célia Mingroni Netto – USP, São Paulo, SP

Conferência 04. Biodiversidade, conservação e manejo dos cerrados brasileiros Leopoldo Magno Coutinho – USP, São Paulo, SP

12:00 – 14:00 horas – Horário reservado para almoço

14:00 – 16:00 horas (Mesas-Redondas 05 a 08 – simultâneas)

Mesa-Redonda 05. Perícia Forense

1. Entomologia forense Adelino Poli Neto - Instituto Oscar Freire, São Paulo, SP

2. Novas tecnologias para análises forenses de DNA.Euclides Matheucci Júnior – DNA Consult Genética e BiotecnologiaLtda. & Quantum Biotecnologia Indústria e Comércio Ltda., SãoCarlos, SP

19º ConBio

Page 23: Darwin e a Biologia

Todas as informações, inscrições e a

programação completa estão disponíveis

no portal do CRBio-01:

www.crbio01.org.br

23O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2009

3. Importância do DNA forenseEloisa Aurora Auler Bittencourt – Instituto de Criminalística de SãoPaulo, SP

Mesa-Redonda 06. O Biólogo e a biotecnologia

1. Bioprospecção de plantas para a produção de novas drogas e fármacosSonia Machado Campos Dietrich – Instituto de Botânica, São Paulo, SP

2. Bioprospecção de animais para a produção de novas drogas e fármacosGisele Picolo – Instituto Butantan, São Paulo, SP

3. Bioprospecção de microrganismos para a produção de novas drogas e fármacos.Rosemeire Aparecida Pessoni – Universidade Metodista, São Bernardodo Campo, SP

Mesa-Redonda 07. Biomonitoramento em ambientes aquáticos

1. FlotaçãoMurilo Damato – Damato Assessoria e Consultoria em Meio AmbienteLtda., São Paulo, SP

2. Utilização de organismos zooplanctônicos como indicadores da qualidade da água em ecossistemas aquáticos continentais

Suzana Sendacz – Instituto de Pesca, SAA estado de São Paulo, SP

3. Algas e cianobactérias como indicadores da qualidade da águaMaria Teresa de Paiva Azevedo – Bioalgas Análise e ConsultoriaAmbientalLtda, São Paulo, SP

Mesa-Redonda 08. O Biólogo e o controle de vetores e pragas

1. Abelhas e vespas em áreas urbanasOsmar Malaspina – UNESP, Rio Claro, SP

2. Controle biológico de mosquitos e borrachudosCarlos Fernando S. Andrade – IB/UNICAMP, Campinas, SP

3. Controle de pragas urbanasLucia Schüller – ABC Expurgo Serviços Especializados S/C Ltda., SãoBernardo do Campo, SP

16:30 – 17:30 horas (Conferências 05 a 08 – simultâneas)

Conferência 05. Exposição aos agentes mutagênicos e suscetibilidade ao desenvolvimento de doençasCatarina Satie Takahashi – USP, Ribeirão Preto, SP

Conferência 06. Créditos de carbonoCarlos Alberto Martinez – USP, Ribeirão Preto, SP

Conferência 07. As concepções indígenas sobre a natureza e as atuais considerações sobre o meio ambienteMarília Gomes Ghizzi Godoy – Universidade São Marcos, São Paulo, SP

Conferência 08. EcoturismoDemian Topel – Terra Nativa, São Paulo, SP

18:00 – 20:00 horas – Apresentação de Painéis

Quinta-Feira, 30 de julho de 2009 – 08:30 – 10:30 horas (Mesas-Redondas 09 a 12 – simultâneas)

Mesa-Redonda 09. O Biólogo e a ornitologia

1. Diversidade de aves em área urbanaElisabeth Höfling – USP, São Paulo, SP

2. Importância das aves na disseminação de sementesWesley Rodrigues Silva – UNICAMP, SP

3. Estudos de aves aquáticas no LAGAMAR do Estado de São Paulo.Edson Barbieri – Instituto de Pesca, Cananéia, SP

Mesa-Redonda 10. O Biólogo gestor

1. Gestão de museusGiuseppe Puorto – Museu Biológico do Instituto Butantan, São Paulo, SP

2. Gestão de parquesAndré Camilli Dias – Parque da Luz, Secretaria do Verde e MeioAmbiente, São Paulo, SP.

3. ISO 14.000 em zoológicosMario Borges da Rocha – Fundação Parque Zoológico - UnidadeZooSafari, São Paulo, SP

Mesa-Redonda 11. O Biólogo e o controle de zoonoses

1. Os morcegos e a raiva no BrasilMiriam Martos Sodré Silva - CCZ, Prefeitura de São Paulo, SP

2. Controle da dengue no Estado de São PauloRubens Pinto Cardoso Junior – SUCEM, São José do Rio Preto, SP

3. Desafios para o controle da leishmaniose visceral no mundo emtransformaçãoJosé Eduardo Tolezano – Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP

Mesa-Redonda 12. Conservação da biodiversidade

1. O conceito de bioma Leopoldo Magno Coutinho – USP, São Paulo, SP

2. IctiofaunaAntonio Olinto Ávila da Silva – Instituto de Pesca, Santos, SP

3. Criadouros conservacionistas e o seu papel na conservaçãoThais Tamamoto de Moraes – Associação Bichos da Mata, Itanhaém, SP.

11:00 – 12:00 horas (Conferências 09 a 12 – simultâneas)

Conferência 09. Dinâmica de florestas e recuperação de áreas degradadasSergius Gandolfi – ESALQ/USP, Piracicaba, SP

Conferência 10. Filosofia e história da Biologia Waldir Stefano – Universidade Mackenzie, São Paulo, SP

Conferência 11. Bioterismo: ciência x biotecnologia Ana Maria Guaraldo – UNICAMP, Campinas, SP

Conferência 12. Biologia molecular de células-tronco adultasRodrigo Alexandre Panepucci – INCTC - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Terapia Celular & Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, SP

12:00 – 14:00 horas – Horário reservado para almoço

14:00 – 15:00 horas - Conferência de Encerramento: 150 anos da publicação da A Origem das Espécies – o legado duradouro de DarwinJoão Stenghel Morgante – USP, São Paulo, SP

15:00 – 16:00 horas – SESSÃO DE ENCERRAMENTO

Entrega do Prêmio Dra. Bertha Lange de Morretes

19º ConBio

Page 24: Darwin e a Biologia

24 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO

INSCRITOS

Segunda parteRELAÇÃO DE BIÓLOGOS COM REGISTROS HOMOLOGADOS NO ANO DE 2008

61089/01-D FERNANDA RIBEIRO DE FRANCO

61090/01-D TIAGO NAVES BRIGIDO

61091/01-P MARIANNI DE MOURA RODRIGUES

61092/01-P DIEGO DE PAULA MONTEIRO DA SILVA

61093/01-D GRAZIELA FORAMIGLIO

61094/01-P ÍCARO RIBEIRO PIMENTEL

61095/01-P CRISTINA RODRIGUES DOS SANTOS

61096/01-D MIRIAN YOSHIKO MATSUMOTO

61097/01-D CRISTIAN LIZ FRANCO DE ABREU

61098/01-P ELAINE DOS SANTOS ROVATI

61099/01-P RAFAELA PAES DE OLIVEIRA

61100/01-D IAMARA FONTES ROCHA SZREJDNER

61101/01-P LETICIA STRAZZACAPA POPPIN

61102/01-P CAMILLA CHRISTINA DE CASTRO LUCIANO

61103/01-P MICHELLE ALINE VIEIRA

61104/01-P RENATA FERREIRA DE OLIVEIRA MARQUES

61105/01-P LEONARDO HIDEIKE TAKAHASHI MARQUEZI

61106/01-P NATHALIA ZINI

61107/01-D MARINA CONSULI TISCHER

61108/01-D LETICIA RUIZ SUEIRO

61109/01-D RAFAEL PARELLI BOVO

61110/01-P PATRICIA HIROMI HANATE

61111/01-D ELAINE DE ARRUDA SOLIGO

61112/01-D JULIANI CAMILA DOS SANTOS

61113/01-D ELISÂNGELA MENDES DA SILVA

61114/01-D VANESSA CRISTINA NASCIMENTO

61115/01-P ANA CAROLINA DE OLIVEIRA CHAVES

61116/01-P FABIANA SILVA DOS SANTOS

61117/01-P NATASHA GOMES DOS REIS

61118/01-P GISLAYNE DE MELO TOLEDO

61119/01-P ANGELA HOTZ MORET

61120/01-D LEDIANE APARECIDA XAVIER

61121/01-P VANESSA RYIKA KATO

61122/01-P THIAGO DE OLIVEIRA NOGUEIRA

61123/01-D CATARINE TRINDADE

61124/01-P JULIANA MONTOVANI

61125/01-D GRAZIELE BOSOLI

61126/01-P YVE KEIKO DE MELO YANAGIHARA

61127/01-D ALESSANDRA LARA PASCHOAL

61128/01-D PATRICIA LIMAVERDE NASCIMENTO

61129/01-D KIUSLEI CASSIOLATO

61130/01-D NILO LUIZ SACCARO JUNIOR

61131/01-D ALICE LEDRES ALVES

61132/01-D ADRIANA HOLGADO DA SILVA

61133/01-D EVELYN BARBARA TORRES

61134/01-P RENATA DA SILVA LEONEL

61135/01-P FELIPE DE GONZAGA GROSSO

61136/01-D FRANCIANE VALERIA DA SILVA ANDRADE

61137/01-P VANESSA TAIS CRUZ MERCADO

61138/01-D RICARDO MAZZARO

61139/01-P RENATA CECILIA RUBIO

61140/01-P DEBORAH SPERCHE

61141/01-D ANA LUCIA DE GODOI SEBASTIÃO

61142/01-D ENILSON ALBUQUERQUE DE ARRUDA

61143/01-P CLAUDIA IWASHITA

61144/01-P JULIANO HENRIQUE PIVETA

61145/01-P DANIEL SANTOS TAVARES

61146/01-D JAMILLE RONDÃO VILLA LOBOS

61147/01-P TAIS COSTA DE OLIVEIRA

61148/01-D ELIANE MITSUE KIKUCHI

61149/01-D MARCOS PAULO SANDRINI

61150/01-P ELLEN HOCHLEITNER DE SOUZA

61151/01-P LUCIANA MATIAS

61152/01-D JANE OLIVEIRA DE FIGUEIREDO

61153/01-D KATIERE SOARES

61154/01-P DOUGLAS BOLETINI DOS SANTOS

61155/01-P FERNANDO DE CASTRO JACINAVICIUS

61156/01-P MONICA DA SILVA MORAES

61157/01-P YURI ROCHA ARBEX

61158/01-D CAIO FABRICIO CEZAR GEROTO

61159/01-D ANDERSON DE ARAUJO

61160/01-D LORETA CASQUEL DE TOMASI

61161/01-D LARISSA CAROLINE SPOLADOR DA SILVA

61162/01-D TATIANA BEZERRA DA SILVA

61163/01-P ANA LUIZA AGUIAR

61164/01-P ANA PAULA HELLMEISTER

61165/01-D HELIO CASAROTO

61166/01-P FABIOLA LUDOVICE CONCEIÇÃO

61167/01-P FABIANA LIMA ROCHA SANTOS

61168/01-D JULIANA APARECIDA MIRANDA DIAS

61169/01-P FERNANDA SHIZUE UMEZAWA

61170/01-P EDNALVA LIMA CARVALHO

61171/01-D MARILIA FANUCCHI FERRAZ

61172/01-D ALINE MACEDO FARIA

61173/01-D BERGHEM MORAIS RIBEIRO

61174/01-P SUSANA APARECIDA SANTANA

61175/01-P MICHELLY RODRIGUES REIS SILVA

61176/01-P THAIS BOIM MELCHIOR

61177/01-D ALESSANDRA IZUMI KINJO WATANABE

61178/01-D MARIANA BATHA ALONSO

61179/01-D FABIANA TEIXEIRA DA SILVA GIOIELLI

61180/01-D MIRIAM DANTZGER

61181/01-P FELIPE TEIXEIRA BRESCANSIN

61182/01-P RAPHAEL GOMES PERES

61183/01-P THAIS RUOCCO

61184/01-P CRISTIANE RORATO OLIVEIRA

61185/01-P MARIA DAS GRAÇAS COSTA CAVALCANTE

61186/01-D FERNANDA BASTOS DOS SANTOS

61187/01-D ALESSANDRA PESSOTTI GALLO

61188/01-P CRISLAINE DE BARROS SANTOS

61189/01-P FABIANA CRISTINA LUIZ

61190/01-D JOSÉ FERNANDO BANDEIRA DE MELLO CAMPOS (ad referendun)

61191/01-P ANA LIVIA MARTINS PERES SAGIO

61192/01-D RAFAEL DE SALLES CUNHA LORENZINO

61193/01-P JAMILLE DE MELLO GONÇALVES DO NASCIMENTO

61194/01-D CAMILA MIWA FUJIKAWA

61195/01-D ANDRE FERNANDO DA SILVA IONCK

61196/01-D ELIANA MARIA DE ARAUJO MARIANO DA SILVA

61197/01-P RENATA MARIA AMODEO MOURÃO

61198/01-D VIVIANE BATISTELLA DE OLIVEIRA

61199/01-D ROSANE MARIA FALASCO BOLZONI

61200/01-P ALESSANDRA PAREJA DOS SANTOS

61201/01-P KAREN NOGUEIRA CHINOCA

61202/01-D AMAURI CESAR MARCATO

61203/01-P BRUNA DE JESUS

61204/01-D CINTIA FEITOSA PETRELLI DOS SANTOS

61205/01-D JULIANA SANTANA GONÇALVES

61206/01-D FATIMA SILVA NETTO

61207/01-P FABIANA CRISTINA BERTOLO

61208/01-D KLÉBER RENAN DE SOUZA SANTOS

61209/01-P RENATA MACHADO DE OLIVEIRA

61210/01-D FABRICIO PAULINELLI

61211/01-D TATIANE MAKIMOTO SABBANELLI

61212/01-P ANA PAULA DOS SANTOS

61213/01-P MARINA SUAREZ MACHADO

61214/01-D SANDRA REGINA NISHIO

61215/01-P MICHELLE TERRA MOIZES

61216/01-P ADAILTON PACHECO DIAS JUNIOR

61217/01-P CARLOS SHIGUERU ARAKI

61218/01-D MARISTELA ARAUJO FRANÇA

61219/01-D MILTON GOMES DA SILVA JUNIOR

61220/01-D JANAINE CRISTINA DE ANDRADE OLIVEIRA

61221/01-D IZAURA CRISTINA TIBRES FERRAZ

61222/01-D CAMILA WENCESLAU ALVAREZ

61223/01-D TIAGO JULIO MENIN

61224/01-D IVANA ABONIZIO SANTINONI

61225/01-P FABIANA RODRIGUES FERREIRA

61226/01-P STEFANNIE APARECIDA FERREIRA DA CRUZ

61227/01-P RENATO DIAS DE MORAES

61228/01-P LAURA HELENA DA COSTA CAMPOS

61229/01-P ANDRESSA DE SOUZA E SILVA

61230/01-P FABIO LUCAS CEMENCI GNOATTO

61231/01-P JOÃO SILOE DE OLIVEIRA

61232/01-P JULIANA VIEIRA DA SILVA

61233/01-P MAURICIO ARANEGA DOS REIS SIMÕES

61234/01-D VIVIANE MONTEIRO DE MATTOS

61235/01-D JUSSARA PIOVESAN

61236/01-D FABIO HENRIQUE DE OLIVEIRA SILVA

61238/01-D NIUARA HECK

61239/01-D TATYANE DO SOCORRO SOARES BRASIL

61240/01-D JORGE SENATORE VARGAS RODRIGUES

61242/01-D MARIANA PEREIRA RIBEIRO

61244/01-D LEANDRA BORDIGNON

61245/01-D CELIONAIA SOUZA SILVA

61246/01-D ÉRICA SALLAS LOPES

61247/01-D FERNANDA PIZÃO FARHAT

61248/01-P GUIDO MARIETTO NETO

61249/01-D GRAZIELA PIRES DALLACQUA

61250/01-P OLIVIA GABRIELA DOS SANTOS ARAUJO

Page 25: Darwin e a Biologia

25O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2009

INSCRITOS

61251/01-P FABIANA COTRIM NUNES

61252/01-P BRUNO DE SOUZA NASCIMENTO

61253/01-D ALINE ROBALINHO

61254/01-D VIRGINIA HELENA DA SILVA

61255/01-D LUIS FELIPE FOSTER CECON

61256/01-D RAFAEL CARVALHO ALMADA

61257/01-D LUCIANA COSENTINO DE MACEDO

61258/01-D KATIA REGINA GONZAGA LEITE LOPES

61259/01-P MAGDA APARECIDA MAGALHÃES

61260/01-D LEISA NATHALIE SILVA DE AZEVEDO

61261/01-D LEIRIANI ABREU

61262/01-D CARINA DOS SANTOS MOMESSO

61263/01-P TASSILA MENEGUETTI PINHEIRO

61264/01-D RENATA CARMONA E FERREIRA

61265/01-P CARLA ROCHA FERNANDES

61266/01-D ISABEL CRISTINA DE MOURA LOPES

61267/01-D CINDY LEPORE

61268/01-D LEID DAIANA DA COSTA SILVA

61269/01-P ROBERTO DEL VECCHI JUNIOR

61270/01-D WESLEY ROBERTO MURAD

61271/01-D JOAO FERNANDO BERNARDINI

61272/01-D PATRICIA SOARES DE OLIVEIRA

61273/01-D ANA PAULA POZZO RIOS ROLLA

61274/01-D ROQUE MARCELO GAGLIARDI

61275/01-D ADRIANO DONADIO OLIVA

61276/01-D MICHELE TATIANA PEREIRA TOMITÃO

61277/01-D MARIA CRISTINA ANTUNES AUGUSTO

61278/01-D JULIANA DE AMORIM

61279/01-D RAQUEL DE PAULA FREITAS

61280/01-D FERNANDA MASSARO RIVER SERRA

61281/01-D LUIZIANA FABÍULA DE SOUZA

61282/01-P MARCELO DA SILVA MEIATO

61284/01-D JOSE WILLIAM ANTUNES DE OLIVEIRA

61285/01-P ALEXANDRA MASTELINI MINATEL

61286/01-D RODRIGO SIMONATO

61287/01-P ELIANE SANTOS DA SILVA

61288/01-P ANDRÉA MONTE LUCHIARI DA SILVA

61289/01-D PEDROIVO COELHO ORTOLANO

61290/01-P PRISCILA MACHION LEONIS

61291/01-P LYDIANE FERREIRA BOAVENTURA

61292/01-P PRISCILA OLIVEIRA DE CARVALHO

61293/01-P PRISCILA ROBERTA BARRETO FERREIRA

61295/01-P JENYFFER SENA SANTOS

61296/01-D PAULO HENRIQUE MÓDENA COUTINHO

61297/01-D CRISTIANO RICARDO FORSTER FIGUEIRA

61298/01-P MARIA JOSE FERREIRA ALVES

61299/01-P AUCILEDE SANTANA CARVALHO

61301/01-P LUANA SIQUEIRA DOS SANTOS LEMES FORNITANI

61302/01-D DENISE QUIRINO DA SILVA

61303/01-D FABIO ROCHA DE ANDRADE DINIZ

61304/01-D HALDOR OMAR LAUCIRICA GARCIA

61305/01-D CINTIA MARQUES RIBEIRO

61306/01-P JULIANA SATIE ISHIKAWA

61307/01-D MARIA CLAUDIA AGUIAR FERREIRA

61308/01-P LIGIA SANTANA ROCHA

61309/01-D CAIO OLIVEIRA DI MIGUELI

61310/01-P ARIANE LAVOR DE MORAIS

61311/01-P ANA CAROLINA VIDAL GUEDES

61312/01-D SARA FERNANDA SANTOS BOMFIM

61313/01-D CHRISTIANE SOMMER CALABRIA

61314/01-D EUNICE TERUMI SAIGUSA HIRANO NAKAIE

61315/01-P DENISE CRISTIANE DOS SANTOS

61316/01-P MARINA MARCHEZINI LOPES

61317/01-D RAFAELA SCRENCI DA COSTA

61318/01-P ANTONIO CARLOS ZIROLDO CAROLINO

61319/01-P LUCIANE CUOGHI CAMAZANO

61320/01-D DANIEL ALEXANDRE MARTINS

61321/01-P GRAZIELA APARECIDA PEDRO

61322/01-P JULIANA TORRES AMARAL

61323/01-P ROSIMEIRE DE SOUZA ANDRADE AMORIM RIBEIRO

61324/01-D CRISTINA FEIX DE ABREU

61325/01-D MARCUS VINICIUS DOMINGUES

61326/01-P CLAUDIA RENATA MAGNANI

61327/01-P ÉRIKA KNABBEN DE LIMA

61328/01-D VIVIANE GONÇALVES DA SILVA

61329/01-D MARCIA ADRIANA BARNABA AMARAL

61330/01-D MILENA FONSECA KABBARA

61331/01-D AMANDA RIBEIRO ROSA

61332/01-D BERNARDO JOSE DA SILVA

61333/01-P TRÍCIA THOMMEN MACIEL

61334/01-P DANIELA GALVÃO PIRES DURAN SOTO

61335/01-P ANA LIDIA MINARI

61336/01-P CATARINA IVONETE DA FONSECA RIBEIRO

61338/01-D MARIANA FERRARI FELISMINO

61339/01-D DINIZ PEREIRA LEITE JUNIOR

61340/01-D LUCIANA CHAVES FERREIRA

61341/01-D DAYANE ENGEL

61342/01-D ALINE SILVA DE OLIVEIRA

61343/01-D SIMARLEY JOSÉ DE MORAIS SILVA

61344/01-D PAULA VANESSA SOUZA RIZZO

61345/01-D VERÔNICA MARIA DA SILVA

61346/01-D LILIANE FABIANO KISTE

61347/01-D RAFAEL MIGOTTO

61348/01-D EDUARDO ROBERTO ALEXANDRINO

61349/01-P TATIANA APARECIDA MACHADO

61350/01-P ELIANA PACHOALIN VIANA

61351/01-P FERNANDA CRISTINA STORTE SANTOS

61352/01-P MARCELO JUN KAWAHARA

61353/01-D LUCIANA PAIXÃO SILVA SANTOS

61354/01-D APARECIDA MARIA MERISSE

61355/01-D DANIELA MARIA DE MACEDO

61356/01-D MARIANA LIMA DOS SANTOS

61357/01-D GERLANY HOLANDA FIGUEIREDO

61358/01-D DARLAN APARECIDO DA SILVA SERRA

61359/01-D LIDIANE ESTEVES ARDIGUIERI

61360/01-P ACILIA BARROS SILVA

61361/01-D LUCAS APARECIDO MANZANI LISBOA

61362/01-D KLEBER MALVEZZI PEREIRA

61363/01-P CAROLINA DIAS DE MELLO

61364/01-P CLARICE DA COSTA FEIJO NICOLAU

61365/01-D AMELIA MYOKO TSUBOI NAGANO

61366/01-D JOSE EDUARDO DE CARVALHO

61367/01-D JANAINA RAMANHOLI RIGOLO

61368/01-P ISRAEL HIDEO SAVIOLLI

61369/01-D CARLOS ABRUNHOSA TAIRUM JUNIOR

61370/01-P BRUNO ZANARDO GORZONI

61371/01-D ERICA COSTA

61372/01-D GUILHERME SILVEIRA SIMÕES

61373/01-D AMANDA NOGUEIRA PEDRO

61374/01-D LUIS FELIPE CARUZI

61375/01-P TIAGO GONDIM RODRIGUES

61376/01-D JOÃO PAULO LIMA

61377/01-D DEBORA CRISTINA DOS SANTOS

61378/01-P ELIANE ABATTI

61379/01-P PATRICIA DE ANDRADE ABREU

61380/01-D LINARA MARINHO ROCHA

61381/01-P MARIANGELA DE ASSIS FERREIRA

61382/01-P JOÃO EMMANUEL RIBEIRO GUIMARÃES

61384/01-D BRUNA DINIZ RIBEIRO

61385/01-D FENANDA GONÇALVES DE SOUZA

61386/01-D DANIELA RODRIGUEZ DE ASSIS MACHADO

61387/01-D LARA PEDOTTI STRIQUER

61388/01-P KATIA MOTA POZZO

61389/01-D CAROLINA HORTENCIO MALHEIROS

61390/01-D ROSÂNGELA TOMIZAKI

61391/01-D JOSE CARLOS BELLUSSI JUNIOR

61392/01-D ALINE TIEMI HIGA MASTROROZA

61393/01-D THAIS DE MELLO SILVEIRA

61394/01-P RICARDO FIASCHI DE CAMPOS

61395/01-D LUZIA RIBEIRO NOVAES

61396/01-D MARINA FREITAS STEFANONI

61397/01-D FELIPE SEABRA MAYER

61398/01-D SERGIO SANTIAGO MARTINS

61399/01-P LETICIA MARA SANTANA DE OLIVEIRA

61400/01-P MORGANA TAMARA DE LIMA SILVA

61401/01-D ADRIANE LOURENÇON DA SILVA

61402/01-P RICARDO DE OLIVEIRA MORAES

61403/01-D FERNANDO APARECIDO DA SILVA

61404/01-D RAFAEL ANTONIO SANTOS

61405/01-D MARIO MARCOS MARTINS LORETO

61406/01-P DEBORA MARTINS DE ANDRADE CASELLI

61407/01-P CARLA MARINI SALES

61408/01-D LEANDRO TAVARES VIEIRA

61409/01-P SILVANA LIA PORRINO MARTINS

61410/01-D FABIO FONSECA PEREIRA

61411/01-P WILSON STIPANCOVICK ALMEIDA

61412/01-P ADRIANA LANA MOREIRA

61413/01-P FATIMA PEREIRA

61414/01-P GIOVANNA DAMASCENO MARQUES DOS SANTOS

61415/01-D MARIA EUGÊNIA PORTO ALVES DA SILVA

61416/01-P MILENA DE ABREU GONÇALVES DE PAIVA

61417/01-D BEATRIZ MEDEIROS VICENTE

61418/01-D TELMA ELIZANGELA MANTOANI

61419/01-D CAROLINE PATRICIO VIGNARDI

61420/01-D PATRICIA DA CRUZ DE LIMA

61421/01-D LAURA ROCHA GUERINO

61422/01-D DONIZETE DA COSTA DIAS

61423/01-D TATIANE DE FÁTIMA PEREIRA

Page 26: Darwin e a Biologia

26 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO

61424/01-D GIOVANA DE AZEVEDO PAIVA

61425/01-D GISLENE PARREIRAS COSTA

61426/01-D PAULA PATRICIA AZEVEDO RIBEIRO

61427/01-P SABRINA MEDEIROS ROMANO

61428/01-D VANESSA APARECIDA VIEIRA

61429/01-D CRISTIANE TERUMI ANBO

61430/01-P CINTIA LUIZA DA SILVA

61431/01-P LUCIANA CUNHA SERRALVO

61432/01-P MICHELLE SANCHEZ FREITAS CORREIA

61433/01-P CYNTHIA LARA

61434/01-P THAIS FERNANDES BALDASSI

61435/01-P BRUNA MILANI JUSTINIANO

61436/01-P VANIA OLIVEIRA RAMOS

61437/01-P JAMILE IARA RIBEIRO GERMINARI

61438/01-P DANIELA RODRIGUES DA SILVA

61439/01-D ERICA GIMENEZ LATERI

61440/01-P FLAVIA SAYURI UYEMURA

61441/01-P SHEILA FAVELA DE SOUZA

61444/01-D MICHELE GERMANO GEJÃO DE MATTOS

56727/01-D BRUNO SEVÁ PESSÔA

56836/01-D LUCIANA APARECIDA MAGNATI DE CAMARGO

56862/01-P ARTHUR CESAR RIBEIRO ARAUJO

56863/01-D CARLA MAGIONI FRACASSO

56889/01-D MARCELA CONCEIÇÃO DO NASCIMENTO

56943/01-D FLAVIANA RODRIGUES

56946/01-P MARIO DA SILVA PIRES

61052/01-D ELAINE PEREIRA AGUIAR

61060/01-D ADARILDA PETINI BENELLI

61068/01-D MARIA DE LURDES DA COSTA

61241/01-D CLEITON ADRIANO SIGNOR

61243/01-P CLEONICE VIEIRA NERIS DA CUNHA

61294/01-D LAIS MACEDO CORDEIRO

61383/01-D LUCAS HILSDORF PILLI

61442/01-D ELISANDRA DE ALMEIDA CHIQUITO

61443/01-D NANCY FRANÇA LO MAN HUNG

61445/01-P CLAUDETE MARIA DA SILVEIRA

61446/01-D MARIA APARECIDA PEDRETE

61447/01-P LUIS ALENCAR LIMA

61448/01-P LIGIA FERNANDA PREVIATO DE ARAUJO

61449/01-D ANTONIO EDUARDO DA SILVA AGRIA MONTEIRO

61450/01-D CAMILA NUNES GONZAGA

61451/01-P SAYOKO TAMURA

61452/01-D PAULA RIBEIRO DE CARVALHO

61453/01-P VERONICA RAMOS SOUZA OLIVEIRA

61454/01-P DALVA LEITE DA ROZA

61455/01-D LUCIANA CRISTINA CANDIDO RIBEIRO DE MENEZES

61456/01-D ERIK SOLIMENO

61457/01-D RENATA RIBEIRO DA COSTA

61458/01-D SILVANA MARQUES DO CARMO OLIVEIRA

61459/01-P MAYLA NAOMI OKADO

61460/01-D CLAUDIO ROMERO FARIAS MARINHO

61461/01-D GABRIEL AIDAR RIBENBOIM

61462/01-D MARINA ROVANI

61463/01-D ELIAS BORGES DE ATHAYDE DRUMMOND

61464/01-D NELIO GONÇALVES DE MAGALHAES

61465/01-D ELAINE CONDELECHI RODRIGUES

61466/01-D ALEXANDRA FAXINA CRISPIM

61467/01-P RODNEY JOSÉ DA SILVA

61468/01-D MAURILIO ELIAS DOS SANTOS

61469/01-D DEBORA YAMANE FURQUIM CAMPOS

61470/01-D JULIANA MARIA BARBOZA BIANCHI

61471/01-D RUBISMAR BEZERRA DOS SANTOS

61472/01-P CATIA ELISABETE ALVES

61473/01-D PATRICIA DOMENE

61474/01-P CRISTINA FREITAS GATTI PUNHAGUE

61475/01-D LIGIA MARIA GUEDES BARBOSA

61476/01-P EDUARDO BALDINATO

61477/01-D DANIELA MARIA PIAUILINO PRATES

61478/01-P REJANE CARMELITA GASPAR DA SILVA

61479/01-D RITA DE CASSIA REIS

61480/01-D THAIS MICHELI SANCHES

61481/01-P ADRIANA DEL MONACO DE MARIA

61482/01-P FABIANE SAYURI IWAI

61483/01-D MARIANA NAGOSHI YASHIMA

61484/01-P VERIDIANA MARCANDALLI ALVES RAMOS

61485/01-P ANA PAULA DE JESUS SARTORI

61486/01-P IDRIANE PINHEIRO LIMA

61487/01-P GABRIELA MAGRI ALTIERI

61488/01-P ALINE OLIVEIRA LACERDA

61489/01-D JOÃO CARLOS RODRIGUES

61490/01-P ALINE LAVEZO ANTONIO

61491/01-D FERNANDA REIS CARVALHO

61492/01-D GESSIA MOMOE SHIDA

61493/01-D RAFAEL VAQUELI DA SILVA

61494/01-D NATHALIA CRISTINA SOARES FRANCESCHI

61495/01-P ANA PAULA GOUVEA WIEZEL

61496/01-P RENATO LUIS NUNES DE OLIVEIRA

61497/01-D JOAO PAULO DE ALMEIDA RODRIGUES

61498/01-D MILENA DE MOURA PASCHOAL

61499/01-D GIOVANA DE JESUS

61500/01-D MIGUEL CARLOS COUTINHO

61501/01-D RODRIGO FESCINA PASTE

61502/01-D LUIS ANTONIO BERGAMIM

61503/01-P VANESSA ALVES DA SILVA

61504/01-D RODRIGO CHRISTINO JENSEN

61505/01-D BEATRIZ SANTOS CAIO

61506/01-D ALESSANDRA MELLO DE OLIVEIRA

61507/01-P LUCIANA DE MELO YOSHIDA

61508/01-D VICTOR FERNANDES BORGES

61509/01-D MICHELLE MENDES MORON

61510/01-D ANTONIO CARLOS SILVESTRINI

61512/01-P LILIAN ELISA ARÃO ANTONIO

61513/01-D MANUELA RODRIGUES PEDROSO DE LIMA

61515/01-D CARINA MENDES SILVA

61516/01-D TAMARA PRISCILLA ALVES

61517/01-P BEATRIZ ARCHANJO MARIZ NOGUEIRA

61518/01-P ELAINE REIS VERDEROSI

61520/01-P KATIA CRISTINA NUNES DE ALMEIDA

61521/01-D DANILO BOSCOLO

61522/01-P LUCINÉIA JULIA DE OLIVEIRA

61523/01-D FÁBIO HENRIQUE COLOGNESI SILVA

61524/01-P ALINE GUAZZELLI SEVERINO

61525/01-P NATHALIE DOS SANTOS DIAS

61526/01-P JUREMA BENEDITA GIACOMO

61527/01-P RENATO DOS SANTOS

61528/01-P VANESSA ADELIA DE ALVARENGA LEMOS

61529/01-D RITA DE CASSIA SOUSA POLEZZI

61530/01-D ROSENEIDE QUALIA

61531/01-D ARLEY FERREIRA DA SILVA

61532/01-P PATRICIA PONTES GASPERINI

61533/01-D LIGIA TEREZA DE MORAES

61534/01-P PRISCILA DA SILVA LIMA

61535/01-P PATRICIA DE ARAUJO BRAGA

61536/01-D JERONIMO DA SILVA BARBOSA FILHO

61537/01-D ELIEZER ANDERSON PANHAN

61538/01-P REGIS CARDOSO

61539/01-P SHANDA SOARES VENTURA

61540/01-D NADEGE RIECHELMANN

61541/01-P REINALDO KRUGEL DE MELO

61542/01-P ALESSANDRA DE CASSIA MANSERA VIOTTO

61543/01-D AMAURY TAVARES BARRETO

61544/01-D FLAVIA FRIGERI REIS

61545/01-P RAFAEL PRIANTI DE SOUSA MARSON

61546/01-P SARA TAROCO TEIXEIRA

61547/01-P DAIANE NASCIMENTO DE SOUZA ZPEVAK

61548/01-P FRANCYELLE RODRIGUES DA SILVA

61549/01-P PALOMA BORGES HERRADON

61550/01-P LAURA CAROLINE HELD

61551/01-P ELIANE HUNGRIA DE ALMEIDA DE OLIVEIRA

61553/01-D APOLONIA GRADE

61554/01-D MICHELLE BITTAR

61555/01-D ARLETE DOS SANTOS FERREIRA

61556/01-D ESTIOMAR FERREIRA DA SILVA

61558/01-D FRANCIELLY ROSSETTO

61559/01-D KATIUSCIA KARLA URAGUE DE OLIVEIRA

61560/01-D CÁSSIO UÉLLITON SILVA BARBOSA

61561/01-D DANIELI GIMENEZ SIQUEIRA

61562/01-D SERGIO LUIZ DARROS

61563/01-P KEILA CARDOSO BARBOSA FONSECA

61564/01-D POLLYANNA CARVALHO GOMES DE AMORIM REIS

61565/01-D GUILHERME LUCATO MORETTI

61566/01-P ADRIANA WORSCHECH

61567/01-D FERNANDA ROSSELL MALINSKY

61568/01-D PRISCILLA BATISTA DE SÁ

61569/01-P THAIS BRITO DOS REIS

61570/01-D THAIS GOZZI CAZZARO

61571/01-D JANE PALUGAN DOS SANTOS

61572/01-D GISELE PIGATTO

61573/01-P LEANDRO HONORATO DOS SANTOS

61574/01-D LILIAN DA SILVA REIS MUNHOZ

61575/01-P SABRINA MORELLI

61576/01-D MARIA APARECIDA SILVA DOS SANTOS

61577/01-D LUCAS DE ALMEIDA ALVES

61578/01-D ADRIANA MENDES DO NASCIMENTO

61579/01-D DANIELLE APARECIDA ROSA DE MAGALHÃES

61580/01-D RODOLFO BATISTA

61581/01-D MARIANA LOUREIRO LIMA DE ARRUDA BOTELHO

61582/01-P ALINE CRISTINA DA SILVA VOGEL

continua na próxima edição

INSCRITOS

Page 27: Darwin e a Biologia

27O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2009

Atualmente os temas ambientais estão mudando o comportamento empresarial que, fi nalmente, começa a preocupar-se com a Agenda 21, elaborada na Confe-rência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - Rio 92. A exigência da sociedade mais ambien-talmente consciente e a implantação das normas de qualidade empresarial, espe-cialmente da norma NBR ISO 14001, são relevantes neste processo, abrindo um mercado de trabalho ainda pouco explorado por biólogos.

Apesar de não ser exatamente reco-nhecido como “proponente de soluções” pela sociedade, o biólogo é capacitado para atuar no ramo de certificações e consultorias, pois, ao se graduar, obtêm conhecimentos biológicos necessários para lidar com: preservação da biodiver-sidade, controle do aquecimento global, proteção da camada de ozônio, proteção das fl orestas, proteção dos mares, gestão das águas, conservação da energia, con-trole transfronteiriços de resíduos peri-gosos, controle de poluentes orgânicos, substituição de matérias-primas tóxicas e do desenvolvimento sustentável - te-mas da Agenda. Assim, o biólogo tem competência, formação e conhecimentos imprescindíveis para a realização de um trabalho coeso e efi ciente nas empresas.

Durante a implantação da NBR ISO 14001 diversos itens devem ser verifi ca-dos, como o levantamento de impactos ambientais, medidas de proteção ambien-tal, redução de consumo de energia, água e matérias primas, além de outros itens que atendam aos requisitos da empresa e dos clientes, importantes para o sucesso da implantação da norma. É necessário abordar temas diversos como as vanta-gens ambientais, competitivas e econô-micas para as organizações. No âmbito legislativo, é preciso verificar como está sendo tratada a gestão de resíduos gerados pela empresa em várias instân-cias, bem como as emissões gasosas, de ruídos, efl uentes líquidos, uso correto de energia, água, entre outros. A Lei de Cri-mes Ambientais trata de vários assuntos ligados aos passos necessários para que uma organização possa ser certifi cada em conformidade legal.

ISO 14001 e o Biólogo Silvia Araújo da Silva Hermida*

O momento atual pode ser denominado de era da normalização internacional. O objetivo das normalizações ISO é desen-volver atividades que facilitem as trocas de bens e serviços no mercado internacional e a cooperação entre os países nas esferas científi cas, tecnológicas e produtivas.

A avaliação diagnóstica da empresa é um instrumento para medir o desempenho ambiental da gestão empresarial aplicável a bens e serviços. A parte que interessa à gestão ambiental refere-se aos aspectos ambientais de um bem ou serviço em todos os seus estágios, desde a origem dos recur-sos no meio ambiente, até a disposição fi nal dos resíduos de materiais e energia após o uso, passando por todas as etapas interme-diárias, como benefi ciamento, transportes, estocagens entre outras. A análise da gestão ambiental é um processo permanente de coleta e interpretação de dados e infor-mações para verifi car a situação atual das questões ambientais pertinentes à organi-zação e prever as tendências futuras com base em indicadores previamente estabe-lecidos. O texto da NBR ISO 14.001 indica sua aplicabili-dade a qualquer organização de qualquer setor, apesar de sua aplicabilidade ser erroneamen-te interpretada para grandes empresas, pois exige alto grau de formaliza-ção.

Atualmente, para a empre-sa ostentar um Sistema de Ges-tão Ambiental ( S G A ) c o m base nos requi-sitos da NBR ISO 14.001, certificado ou não, é conside-rado um dife-rencial compe-

titivo pelo fato do meio ambiente ser uma preocupação de grande parte da população, dos principais formadores de opinião como jornalistas, professores, cientistas, artistas, políticos, sindicalistas, entre outros. E por isso, a legislação ambiental está crescendo no mundo todo bem como no Brasil, enfra-quecendo o argumento de que as normas internacionais procuram diminuir o papel dos estados na condução das políticas públicas ambientais.

É sabido que pessoas das mais diver-sas profi ssões atuam como consultores e certifi cadores em ISO 14001, porém este nicho pode ser preenchido por profi ssio-nais que realmente entendem de Meio Ambiente, e é mais uma das diversas áreas de atuação profi ssional do Biólogo.

*Silvia Araújo da Silva Hermida é Bióloga, Mestre em Toxicologia e Assessora em ISO 14001CRBio - 40788/01-D - [email protected]

PONTO DE VISTA

Page 28: Darwin e a Biologia

28 Abr-Mai-Jun/2009 – CRBio-01 – O BIÓLOGO

A fotografia faz parte da rotina de trabalho de muitos Biólogos. Esta seção da Revista publica fotos curiosas, interessantes, significativas e inusitadas da fauna, da flora, e de paisagens, captadas por Biólogos.

Exemplar de macho adulto do cascudo protegendo a entrada de ninho subterrâneo na Lagoa do Parente (lagoa marginal do Rio Turvo, Bacia do Rio Grande), na cidade de Icém, região nordeste do Estado de São Paulo. O cascudo pertence à família Loricariidae e seu nome científico é Liposarcus anisitsi.

Foto do Biólogo Renato Braz de Araujo, CRBio 20466/01-D, Doutorando do Centro de Aquicultura da UNESP.

ARQUIVO DO BIÓLOGO

A Universidade Gama Filho é reconhecida pelo Decreto Federal número 70.208, de 25 de fevereiro de 1972 e pelo Decreto Estadual “E” número 903, de 17 de novembro de 1965e os cursos de Pós-Graduação Lato Sensu atendem à CNE/CES resolução 01 de 08 de junho de 2007.

UGF – Central de Cursos - Rua Treze de Maio, 681 – Bela Vista – São Paulo – SP

InformaçõesSão Paulo (11) 2714-5656Todos os Estados 0300 10 10 10 1Outros Estados 0800 772 0149

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SEMESTRE2009

Ciências Biológicas

Curso a Distância

Ciências BiológicasBioética para Profissionais da Saúde e Meio AmbienteGestão Ambiental com Ênfase em Óleo e GásEcologia Marinha

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