daqui 2014

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MONTES CLAROS, JANEIRO de 2014 O JORNAL DE MONTES CLAROS ANO VII - Nº 26 Regional 10 14 O por enquanto prefeito e sua esposa impetraram ação contra o jornal, numa tentativa de calar um dos poucos instrumentos de oposição à sua desastrosa administração. Faz o mesmo que fez seu antecessor e aliado político Tadeu Leite, que chegou a mandar apreender o jornal. A manchete da edição anterior que motivou a reação do casal, “100 dias sem nada”, agora pode ser atualizada: 13 meses sem nada. POLÍCIA A agressividade de Muniz contra o arcebispo d. José, no imbróglio envolvendo a falta de repasses de recursos aos hospitais, principalmente à Santa Casa, colocou em rota de colisão o chefe do Executivo e a maior autoridade católica da cidade. 6 CIDADE Furacão Gláucia 9 “Glasnost” contra pedófilo Depois do caso Fredi Mendes, Polícia Federal volta à carga contra rede de pedofilia em Montes Claros. Um suspeito foi preso. 16 O lançamento do cd “Pequi the Killer”, de Elthomar Santoro Jr. é, de longe, o que de mais animador ocorreu no cenário musical de Montes Claros nos últimos anos. Ele e uma gente muito boa interpretam um repertório de alta qualidade. As composições, todas de sua autoria, são um tapa na mediocridade. Ele está de volta CARTA AO LEITOR e POLÍTICA 2 MUNIZ ATACA O Daqui CULTURA 4 Igreja endurece discurso contra o por enquanto prefeito PADROEIRO DOS BORRACHEIROS A exemplo de Tadeu, o atual chefe do Executivo também se volta contra o jornal Atendimento ficou comprometido pela falta de repasses Preso e condenado por pedofilia, jornalista responde atualmente em liberdade Confira o ensaio desta gata Arquivo pessoal Santa Casa Gláucia Botelho acumula títulos de beleza e sensualidade Na mira da Justiça O casal Muniz continua sendo alvo de denúncias, em várias frentes 7 e 12 POLÍTICA Emenda de bancada sugerida pelo deputado Humberto Souto destina R$ 5,3 milhões do orçamento federal para a Unimontes em 2014. VERBA PARA A UNIMONTES 13 CIDADE Prefeito de Capitão Enéas, César Emílio, vai construir aterro sanitário

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Page 1: Daqui 2014

M O N T E S C L A R O S , J A N E I R O d e 2 0 1 4

O JORNAL DE MONTES CLAROS ANO VII - Nº 26

Regional10

14

O por enquanto prefeito e sua esposa impetraram ação contra o jornal, numa tentativa de calar um dos poucos instrumentos de oposição à sua desastrosa administração. Faz o mesmo que fez seu antecessor e aliado político Tadeu Leite, que chegou a mandar apreender o jornal. A manchete da edição anterior que motivou a reação do casal, “100 dias sem nada”, agora pode ser atualizada: 13 meses sem nada.

POLÍCIA

A agressividade de Muniz contra o arcebispo d. José, no imbróglio envolvendo a falta de repasses de recursos aos hospitais, principalmente à Santa Casa, colocou em rota de colisão o chefe do Executivo e a maior autoridade católica da cidade.

66CIDADE

Fura

cão

Gláu

cia

9

“Glasnost” contra pedófilo

Depois do caso Fredi Mendes, Polícia Federal volta à carga contra rede de pedofilia em Montes Claros. Um suspeito foi preso.

16

O lançamento do cd “Pequi the Killer”, de Elthomar Santoro Jr. é, de longe, o que de mais animador ocorreu no cenário musical de Montes Claros nos últimos anos. Ele e uma gente muito boa interpretam um repertório de alta qualidade. As composições, todas de sua autoria, são um tapa na mediocridade.

Ele está de voltaEle está de volta

CARTA AO LEITOR e POLÍTICA22

MUNIZ ATACA O DaquiMUNIZ ATACA O Daqui

CULTURA

44

Igreja endurece discurso contra o por enquanto prefeito

PADROEIRO DOS BORRACHEIROSPADROEIRO DOS BORRACHEIROS

A exemplo de Tadeu, o atual chefe do Executivo também se volta contra o jornal

Atendimento ficou comprometido pela falta de repassesAtendimento ficou comprometido pela falta de repasses

Preso e condenado por pedofilia, jornalista responde atualmente em liberdade

Confira o ensaio desta gata

Arq

uivo

pes

soal

Santa Casa

Gláucia Gláucia

Botelho Botelho

acumula títulos acumula títulos

de beleza de beleza

e e

sensualidadesensualidade

Na mira da JustiçaO casal Muniz continua sendo alvo de denúncias, em várias frentes 7 e 12POLÍTICA

Emenda de bancada sugerida pelo deputado Humberto Souto destina R$ 5,3 milhões do orçamento federal para a Unimontes em 2014.

VERBA PARA A UNIMONTES

13CIDADE

Prefeito de Capitão Enéas, César Emílio, vai construir aterro sanitário

Page 2: Daqui 2014

Montes Claros, janeiro de 20142 OPINIÃOCARTA AO LEITOR

E X P E D I E N T E

Nada mudou

Publicação da Editora Norte Mídia

Luís Carlos Rodrigues Gusmão 478 488 396 - 72

Fones: 38 3082 9888 - 9963 0718 - 9967 3932

Rua Lázaro Pimenta, 135 - CEP 39400.084 M.Claros

Editor Geral: Waldo Ferreira MTb [email protected]

Diretor: Luís Carlos Gusmão [email protected]

Tiragem: 5.000 EXEMPLARES Dúvidas e Sugestões: [email protected]

Minas Gerais é o único estado do Brasil que conta com escolas de música na rede pública de ensino. O estado conta com mais doze conservatórios de música que são mantidos pela Secretaria Estadual de Educação nas cidades de Araguari, Ituiutaba, Uberaba, Uberlândia, São João Del Rei, Juiz de Fora, Leopoldina, Visconde do Rio Branco, Varginha, Pouso Alegre, Diamantina e Montes Claros. São 27.000 alunos e cerca de 1.500 professores. Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandez: Inaugurado em 14 de março de 1961, e atualmente dirigido pela professora Iraceníria Fernandes da Silva, traz no nome homenagem ao maestro e compositor brasileiro Oscar Lorenzo Fernandez, pai da fundadora, a musicista Marina Helena Lorenzo Fernandez Silva. Recém chegada a Montes Claros, proveniente do Rio de janeiro, em 1947, dona Marina empolgou-se com a musicalidade do montes-clarense. Seu idealismo e dinamismo tornou realidade o Conservatório, estadualizado em 1962, com apoio do então prefeito Simeão Ribeiro Pires. O CELF se firmou no cenário artístico-cultural da cidade e região, sempre promovendo intercâmbio entre escola e comunidade. Realiza concertos, audições, exposições de pintura e artesanato, apresentações de teatro, danças e corais. Hoje, atende aproximadamente 4.500 alunos, em Montes Claros e no anexo de Bocaiuva. Polo irradiador de cultura, é considerado o maior conservatório estadual da América Latina.Pois bem, o maior conservatório de música da América Latina recebeu nova sede em 2006, que em apenas um ano de uso apresentou vários problemas na rede elétrica, telefônica, além de problemas estruturais, como rachaduras, quebra de beirais, infiltrações em várias salas, desabamento de tetos... Medidas paliativas foram então tomadas. Posteriormente, com as grandes chuvas de janeiro de 2013, parte do teto do auditório ruiu, danificando rede elétrica, sistema de ar refrigerado, o que levou à sua interdição devido aos graves riscos à comunidade. Ademais, quatro salas de aula foram interditadas pelos engenheiros da SRE – Superintendência Regional de Ensino.Tomaram-se todas as providências cabíveis: laudos técnicos elaborados, planilhas encaminhadas à SEE – Secretaria Estadual de Educação, e nada! Há um ano aguardando por uma solução, a SEE não se pronuncia a respeito. Hasta quando? Como garantir a integridade física e segurança dos alunos neste ano letivo que logo se iniciará? Andas anestesiado, governador?*Historiador

AO GOVERNADOR ANTÔNIO ANASTASIA: AUDITÓRIO DO CELF INTERDITADO HÁ UM ANO!O ELEITOR QUER SAÚDE

*Jorge Silveira

O prefeito Ruy Muniz concluiu seu primeiro ano de mandato de forma extremamente melancólica. Infelizmente, diga-se de passagem, pois quem perde é a cidade e o povo, que veem assim perdurar uma estagnação administrativa que já dura cinco anos, já que a gestão de Tadeu também foi um deserto de realizações. Seria até aceitável que um prefeito, no primeiro ano, não realizasse grandes coisas, principalmente tendo recebido uma prefeitura totalmente sucateada. Mas o mal de Ruy Muniz foi a prepotência de ter prometido muito – trinta obras só no primeiro ano, pelo menos uma por mês. Acabou ficando como contador de lorota, pois encerrou o primeiro ano sem inaugurar nenhuma obra de maior expressão – inaugurou duas pequenas praças que nem eram obras dele, mas do governo do estado e iniciadas na gestão anterior. Com o período chuvoso, em novembro e dezembro, a população assistiu a repetição do que acontece todos os anos: a reabertura de todos os buracos que foram tapados (mal tapados) e o inferno de ter que trafegar por nossas ruas. Se o prefeito não tivesse prometido tanto – e com tanta veemência – os eleitores até não cobrariam muito, pois todo mundo sabe que primeiro ano de mandato sempre é muito difícil, pois são raros os administradores públicos que recebem uma prefeitura com as finanças organizadas. Ruy recebeu uma dívida de quase 300 milhões deixada por seus antecessores. Dívida quase impagável a curto prazo, mas negociável a longo prazo, desde que houvesse um planejamento administrativo – o que parece que não houve.Se o prefeito tivesse um pouco de juízo e menos soberba, repensaria para 2014 o seu modo de agir. Ficar abrindo arestas com a sociedade, como fez com os hospitais, os médicos, os vereadores e até lavadores de carro, não leva a lugar algum e ainda pode gerar prejuízos insanáveis. Tanto politicamente como administrativamente. Governar tendo a população favorável é muito mais fácil. Ruy conseguiu, no ano, por suas atitudes impensadas, afastar-se muito de seus próprios eleitores. Isto para não falar nas muitas promessas esquecidas, como a de dar 20 reais a mais para as famílias inscritas no Bolsa Família. Usar o horário eleitoral (que na verdade é a hora da mentira) para prometer o que sabe que não vai cumprir, pode dar voto hoje, mas acaba tirando amanhã.É possível que em 2014 seja diferente? Obviamente que sim, caso o prefeito tenha aproveitado pelo menos para elaborar projetos, de forma a poder buscar recursos lá fora, dos governos federal e estadual. Ficar apenas trombeteando novas obras, sem fontes de recursos asseguradas, é ficar jogando terra na própria sepultura. E assim como o primeiro ano foi totalmente perdido, é bom lembrar que os próximos três também passam muito rápido. É bom recordar que Tadeu ficou muito tempo brigando pela venda da Praça de Esportes, como forma de levantar recursos para algumas obras. Como a venda do maior patrimônio público da história de Montes Claros foi rejeitada pela população, Tadeu viu seu mandato se esgotar e acabou não tendo como realizar nada. Foram quatro anos jogados no lixo – para a cidade, pois para ele foi ótimo, pois elegeu o filho deputado.Pelo que se vê na mídia, Ruy Muniz parece estar pensando mais ou menos como Tadeu: mesmo que não faça nada, valerá a pena se eleger a mulher para a Assembléia Legislativa (muito parecido também com Jairo). Este é o grande mal dos políticos brasileiros: eles colocam os interesses pessoais acima do interesse público. Ruy pode até vir a público e negar: “minha mulher não é candidata. Isto é invenção de meus opositores”. Sim, pode ser invenção, mas não é o que aparentam as inúmeras aparições de Raquel nos meios de comunicação, especialmente na televisão. Até a ressurreição do time de vôlei, com gastos de 500 mil anuais (dinheiro jogado fora), parece ter tido Tadeu como espelho na eleição do filho. Só que o time de Tadeu ganhava todas (foi vice-campeão nacional), enquanto o time de Ruy não ganha de ninguém. Neste caso, o tiro saiu pela culatra, mas como foi à custa do contribuinte, o prejuízo foi apenas eleitoral. O rombo ficou para a saúde, para a educação, para a mobilidade urbana, que perderam 500 mil.Apesar de todas as besteiras que fez no primeiro ano, o prefeito Ruy Muniz pode estar certo de que a maior parte da população torce a seu favor, pois ninguém quer mal à cidade onde vive e cria seus filhos. Se Montes Claros piora, somos nós, seus moradores, que somos prejudicados. É nossa qualidade de vida que cai – e ninguém quer isto. E quem aqui mora, seja por nascimento ou adoção, sabe que a cidade, por tudo que é e proporciona, merece bem mais do que os prefeitos lhe tem dado ultimamente. Por tudo isso, todos esperam que os próximos três anos não sejam como o primeiro, que foi totalmente perdido. Ruy prometeu muito e não cumpriu absolutamente nada. Que prometa menos em 2014 e comece de fato a administrar, são os votos que lhes desejam todos os moradores de Montes Claros.*Jornalista

Em abril de 2013, quando voltou a circular – a duras penas, pois não se curva a prefeitos corruptos-, o Daqui estava cumprindo um compromisso inegociável em favor da cidade e da população. Neste mesmo espaço, deixamos claro que voltávamos pela convicção de que a ascensão do por enquanto prefeito era uma repetição da gestão Tadeu Leite e, por consequência, dos seus malfeitos, amplamente denunciados pelo jornal e que tiveram guarida no Ministério Público e na Justiça.Pois bem: esta nova edição chega num momento em que o chefe do executivo e sua esposa tentam, assim como fez seu antecessor, calar a única voz que ousa denunciar seus crimes. Com 7 meses de atraso, eis que em novembro último o Daqui e seus responsáveis receberam intimação para responder à “ação de indenização com tutela antecipada de sequestro de bens móveis”. Alegam os autores que foram caluniados e difamados pelo jornal, que trouxe como destaque manchete com o seguinte título: “Cem dias sem nada”. Com base nisso, quer o poderoso casal receber R$ 24 mil de indenização. Não resisto a imaginar a reação do juiz ao se deparar com tamanho disparate, produto da cabeça fétida do ignóbil, espalhafatoso, analfabeto e demente advogado “porta de cadeia”, conhecido na cidade por suas ligações criminosas com, adivinhem, aquele ex-prefeito a cujas artimanhas o atual está dando continuidade. Qualquer magistrado sério e em dia com suas faculdades mentais logo fará a relação inevitável: um advogado de quinta, tido nos meios forenses como um fanfarrão sem argumentos, fazendo a defesa de um “171” (estelionato), caloteiro e falsário, figurinha carimbada na Justiça por ser frequentador assíduo como réu em praticamente todas as Varas, notadamente as Criminal e Trabalhista.A peça preparada pelo dito causídico é de causar espécie no mais reles rábula. Desde erros gramaticais, até citações mal colocadas de pensadores, o enunciado serve como motivo de galhofa. As aleivosias cometidas pelo “luminar” do Direito, data vênia, é um desserviço a seus clientes, visto que todas as alegações são automaticamente derrubadas pela própria publicação na íntegra dos textos objetos de contestação.Iniciamos esta “carta ao leitor” sustentando que as gestões de Muniz e de Tadeu são irmãs siamêsas. E finalizamos provando que até na postura frente a este órgão de imprensa seus métodos não se diferem. O Daqui foi alvo de processos e apreensão de sua edição na era Tadeu. Agora, a orquestração contra a liberdade de imprensa se repete. É de se indagar: se “Cem dias sem nada” suscitou tanto estardalhaço, qual será a reação, então, com os “treze meses sem nada?” Como escreveu Rousseau em A Nova Heloísa, “tudo é absurdo, mas nada é chocante, porque todos se acostumam a tudo”. Sem heresia ao filósofo e escritor suíço, menos o Daqui.

WALDO FERREIRAEditor

*Aroldo Tourinho Filho

TADEU

Na foto da Interpol eletá com mais

cara dehonesto

Page 3: Daqui 2014

3POLÍTICA Montes Claros, janeiro de 2014

Dormindo com os inimigos

DEDO NA [email protected] - twitter.com/waldoferreira

WALDO FERREIRA

Excomungado

O por enquanto prefeito chamou ao vivo o

arcebispo de Montes Claros, d. José, de

mentiroso, durante programa televisivo em que

se discutia o calote que ele deu nos hospitais.

Nada demais para quem é considerado

responsável pela morte do padre Murta.

Pior que Tadeu?

Tem gente dizendo, pasmem, que Ruym está

pior que seu antecessor Tadeu Leite, que ficou 4

anos e deixou a Prefeitura com mais de 90% de

rejeição. Pelo menos, não tinha tanta muriçoca

e o caminhão de lixo passava, argumentam.

Sem gorjeta

Tem razão quem torce a cara na hora de pagar

os tais 10% ao garçom. O dinheiro não vai

mesmo para os trabalhadores. Experiente

garçom de barzinho no final da Avenida José

Corrêa Machado (Sanitária), com passagem

em vários estabelecimentos, denunciou à

coluna que os donos de barzinhos embolsam

mesmo a importância. Cadê o sindicato da

categoria?

Nepotismo Ruym

Seria interessante os promotores de Montes

Claros esclarecerem por qual razão não

determinam a demissão da parentada que o por

enquanto prefeito botou na Prefeitura, incluindo

a mulher, irmão e mais uma cambada de

descendentes. A questão do nepotismo suscita

interpretações jurídicas, mas a promotora

Renata Andrade, de Francisco Sá, enquadrou

os prefeitos da comarca a exonerarem todos os

parentes até o terceiro grau, medida, aliás, que

está sendo cumprida à risca.

Aqui pode?

Então, não é demais perguntar ao coordenador

regional do MP, Paulo Márcio, porque ele

orienta as Promotorias de forma diferenciada.

Por que há distinção entre os municípios

menores, justamente onde há maior escassez

de mão de obra, ao contrário do que ocorre em

Montes Claros?.

Alarme falso

Por falar em Paulo Márcio, em novembro ele

substituiu a promotora Renata Andrade na

Comarca de Francisco Sá. Como não é comum,

de acordo com advogado em contato com a

coluna, a chefia dos promotores substituir

colega em férias, numa cidade de pequeno

porte, cogitou-se que o Ministério Público

estaria em parceira com a Polícia Federal numa

operação para pegar políticos corruptos por

aquelas bandas. Pelo visto, não vingou.

Tânia boazinha

Com direito a choro, não é que Muniz atendeu o

pedido de Tânia e repassou os recursos, que

não são dele e sim dos hospitais? Ela tinha

apelado ao marido para que ele repensasse e

fizesse a “boa ação”. Parece até jogada

ensaiada? A caridosa Tânia pode usar isso e

capitalizar eleitoralmente. É assim ou não?

Onipresente

Ela, aliás, faz o que pode. Opera um balcão de

pequenos negócios no “chiqueirinho” reservado

aos jornalistas na Câmara Municipal, faz

aparições públicas frequentes e virou estrela de

comercial da Funorte.

Aqui não

Quem quer barrar o ímpeto “tá em todas” dela é

o vereador Rodrigo Cadeirante, que já disse

não à tentativa da primeira-dama de ir à casa

dele, no bairro Maracanã, onde exibe jogos dos

times mineiros para a galera. Não se dando por

vencida, Tânia escalou o secretário de

Coordenação Política, Marcos Nem para tentar

convencer Rodrigo, que foi direto com o colega:

“Você é bem-vindo, mas, por favor, não leve

ela”.

Carma

O arrojo com que Rodrigo Cadeirante faz

oposição parece que passou a ser um desafio

para os Muniz. Ruym já esteve na casa dele,

fazendo as propostas indecentes de praxe,

recusadas de pronto. A esposa Tânia, além de

querer visitá-lo também, faz questão de estar

perto em todos os eventos públicos, como

quando do jogo Funorte e Montes Claros.

Rodrigo estava acompanhado de amigos na

arquibancada quando, de repente, chega a

“musa do Funorte” e senta bem à vontade entre

eles. Vôte.

Na geladeira

A repórter Maria Ribeiro, da Intertv, ficou uns

dias na geladeira, por determinação do chefe de

Jornalismo da emissora, Cácio Xavier.

Vereador confidenciou à coluna que o motivo foi

a insistência de Maria em entrevistar a primeira-

dama na cobertura das reuniões da Câmara

Municipal. A jornalista é funcionária da Soebras,

mas isso é só coincidência.

“Prefeito” do Independência

E o vereador Fábio Neves, hein? Não tem

independência...

É minha

Morrer combatendo o bom combate não deixa

de ser uma boa forma de morrer.

O por enquanto prefeito vive às turras com sua base de apoio na Câmara, formada por vereadores subservientes e fisiológicosfalta de obras e o tratamento à base de murro na mesa e desdém têm minado o apoio do por enquanto prefeito na Câmara Municipal.

Embora ainda conte com maioria na Casa (15 a 8), vem perdendo sucessivas votações, entre elas a que negou autorização para que o município contraísse empréstimo de R$ 170 milhões junto ao Governo Federal, que derrotou o projeto de reforma administrativa e que derrubou vetos que o prefeito tinha feito nas questões de repasse de recursos para a Santa Casa. Ele também não aprovou da forma que queria o projeto de reajuste dos servidores municipais e em 2014 não poderá reajustar os valores do IPTU.Por mais que se esforcem, e vários nem se esforçam tanto, é missão dolorosa para os integrantes da base adesista defender Muniz nas reuniões do Legislativo. Mesmo evitando críticas diretas, um a um, eles se revezam na tribuna para reclamar da ineficiência administrativa, em todas as áreas. Como boa parte de sua bancada é fisiológica, a postura arredia está longe de significar atitude de nobreza. O que pesa é a falta de benesses, uma vez que o chefe do executivo nem mesmo atende os requerimentos do seu grupo e, principalmente, as indicações para

cargos na Prefeitura.A estratégia do por enquanto prefeito é esperar. Tenciona usar a munição guardada agora em 2014. Afinal, ele próprio admite ter mais de R$ 115 milhões em caixa. O ano eleitoral, ao que tudo indica, terá sua esposa Tânia Muniz como personagem, candidata não se sabe até agora se à Assembleia Legislativa ou à Câmara Federal, tudo

dependendo da avaliação de se vale a pena desonrar compromisso feito com o ex-prefeito Luiz Tadeu Leite, seu apoiador na última eleição municipal. A moeda de troca foi Muniz apoiar o deputado estadual filho de Leite, que tentará a reeleição.Certo é que o clima eleitoral só começará a contaminar a população em meados do ano. Até lá os vereadores que o apoiam

continuarão dando mostras de que não estão suportando mais a pressão popular sobre um governo que não consegue nem mesmo executar com alguma competência os serviços mais básicos, como o recolhimento do lixo.A insatisfação da população é o pano de fundo, mas os situacionistas também não poupam críticas ao jeito de ser exagerada-mente autossuficiente do ex-presidiário galgado à condição de prefeito de uma das principais cidades do Estado. Muitos reclamam da forma como ele trata seus aliados, beirando o desrespeito. O risco de insubordinação da base é o fantasma que insiste em perturbar o sono do por enquanto prefeito. Edwan do Detran, Idelfonso da Saúde, Ladislau, dr. Valdivino e Sérgio Pereira, por exemplo, mandam sucessivos recados ao prefeito. Irmão Waldiney chegou a anunciar sua saída, mas uma semana depois já estava de novo nos braços de Muniz, que renovou as promessas de emprego e de construir o Centro de Recuperação de Dependentes Químicos. O próximo a engrossar o front oposicionista deve ser, segundo ele próprio, Sérgio Pereira. “Desse jeito eu também vou sair”, disse, após novamente reclamar da indiferença de Muniz.

AWaldo FerreiraWaldo Ferreira

Instabilidade dos situacionistas representa risco para MunizInstabilidade dos situacionistas representa risco para Muniz

A construção do prédio da Câmara Municipal é a “pá de cal” que faltava para sepultar de vez o escândalo do Centro de Estudos Supletivos (Cesu), apenas mais um da lavra do ex-prefeito Luiz Tadeu Leite. É o desfecho do caso de outro desvio de recursos públicos que contou com a omissão da Justiça para ficar impune. Ao que parece, a edificação é a cena final do pacto entre Executivo,

Legislativo e Judiciário para a encenação da operação abafa. Não demora e no lugar onde deveria estar construído o centro de estudos, aparecerá imponente a nova “casa do povo”. O local, ladeado pela Prefeitura e Fórum não poderá mais ser chamado de “prédio fantasma”. Em compensação, estará consol idada a incômoda sensação de impunidade.

Tadeu Leite, considerado o pior prefeito da história de Montes Claros, "construiu” na primeira vez em que esteve no comando da Prefeitura (1983/1988) o prédio do Cesu de Montes Claros, obra para a qual foram liberados recursos de convênio com o governo do Estado. Ficou na fase de alicerce, mas não por muito tempo, visto que a base foi enterrada para virar estacionamento.Depois de averiguação pelo Tribunal de Contas do Estado, em 7 de dezembro de 2001, o promotor Felipe Gustavo Caires, da Procuradoria do Patrimônio Público de Montes Claros, entrou com ação civil pública, pedindo a suspensão dos direitos políticos de

Tadeu e o ressarcimento aos cofres públicos.O processo do “Caso Cesu” tem quase mil páginas. Em 11 de julho de 2004, o juiz Richardson Xavier Brant, da 2ª Vara da Fazenda Públ ica de Montes Claros, determinou liminarmente a indisponibilidade dos bens e a quebra do sigilo bancário do ex-prefeito, de dezembro de 1982 até o fim de 1987. Ironicamente, em 2004, Tadeu, que era deputado estadual, concorria novamente à Prefeitura. Quando foi prefeito à primeira vez, Luiz Tadeu Leite ficou conhecido como o criador de favelas. Hoje, foi “promovido” à condição de caloteiro e corrupto.

Câmara sepulta “obra” de TadeuCâmara sepulta “obra” de TadeuNo local que deveria abrigar Cesu surge a nova sede da Câmara MunicipalNo local que deveria abrigar Cesu surge a nova sede da Câmara Municipal

Page 4: Daqui 2014

Montes Claros, janeiro 2014

Na mira da JustiçaO por enquanto prefeito de Montes Claros,

outrora “Luiz Roberto”, codinome que

inventou quando deu o golpe no Banco do

Brasil, o que faz dele o maior ladrão da

história de Montes Claros, processou o

Daqui por injúria e difamação. Ele e a

esposa Tânia Muniz pedem indenização de

R$ 24 mil. As matérias objeto da ação foram

publicadas na edição de abril do ano

passado, que trouxe a seguinte manchete:

“Cem dias, sem nada”.

Quem representa o casal é um folclórico

advogado amigo do crime, cuja carreira foi

conduzida pelo ex-prefeito Luiz Tadeu Leite,

a quem ele sempre prestou serviços. Todas

as acusações feitas por ele contra o jornal

carecem de fundamentação, visto que a

própria transcrição das matérias desqualifica

as denúncias. Não há injúria nem difamação.

Apenas a divulgação de fatos notórios. É uma

nulidade em termos jurídicos, mas, em

compensação, a peça vale como m o t i v o

para boas gargalhadas. É divertido observar

como o desprovido causídico se enrola ao

t e n t a r s e r r e b u s c a d o , u t i l i z a n d o

desastradamente citações de pensadores,

cometendo erros de português primários e,

ele próprio, produzindo contraprovas contra

si. Sem contar os exageros de linguagem e a

eloquência destituída de talento.

Um das características dele, a leviandade,

novamente se faz presente, quando, sem

citar o nome, coloca um deputado como dono

do jornal, além de fazer graves e infundadas

acusações contra ele. Embora seu estilo

cafajeste e fanfarrão seja inconfundível e de

conhecimento geral, quem assina a defesa é

o advogado Herbert Carlos Mourão Veloso.

A ofensiva contra o Daqui, que não deverá ter

guarida na Justiça, tem o único objetivo de

intimidar e tentar calar a única voz de

oposição na imprensa local. Não é agradável

para ele que alguns fatos sejam relembrados.

“Luiz Roberto” se esconde na condição de

“educador” para esconder seu tenebroso

passado. Ele começou seu patrimônio com

um assalto ao Banco do Brasil, em Belo

Horizonte. Teria sido o primeiro dinheiro ilícito

adquirido por ele em sua carreira. O roubo

aconteceu em 1987. Então estudante, Muniz

e seu comparsa, Setembrino Lopes,

arquitetaram um golpe que resultou no

desfalque de R$ 1 milhão dos cofres públicos.

Ele ficou pouco mais de um ano preso.

Manchete de capa irritou casal Muniz, que processou o jornalManchete de capa irritou casal Muniz, que processou o jornal

Naquela época, pagamentos de prefeituras

que tinham contas no Banco do Brasil eram

feitos por meio do telex. A prefeitura

encaminhava um telex com sua senha e o

banco realizava o pagamento.

Setembrino Lopes, que era funcionário do

Banco do Brasil, conseguiu a senha da

Prefeitura de Janaúba. Eles foram à cidade,

alugaram um equipamento de telex e

enviaram um documento para a agência

central do Banco do Brasil, na capital

mineira, com uma ordem de pagamento

equivalente hoje a cerca de mais de R$ 1

milhão em nome de Luiz Roberto de Souza

Marques, nome fictício inventado pelos

assaltantes.

Muniz se apresentou como Luiz Roberto e

conseguiu sacar o dinheiro. Ele aplicou sua

parte no roubo.

Poucos dias depois do crime, seus

comparsas foram presos e o entregaram.

Depois de cumprir pena, “Luiz Roberto”

retornou a Montes Claros onde deu início à

sua carreira política e empresarial.

Na sua vasta carreira de crimes, também

são famosos em Montes Claros o golpe que

lhe propiciou a propriedade do Colégio São

Norberto, que pertencia ao padre Adherbal

Murta de Almeida. A escola acabou nas

mãos de “Luiz Roberto” sem que ele tenha

pago um único centavo. O padre faleceu em

2008, de câncer de intestino. Para pessoas

mais próximas do religioso garantem que ele

morreu de desgosto, estado de espírito que

teria agravado a doença.

Um dos golpes mais recentes vitimou a

médica Karla Veloso Campos, que o acusou

em sua página no facebook de ter lhe

“roubado” a Faculdades Ibituruna. No corre-

corre do hospital, a médica anestesista tinha

ainda que assinar a papelada burocrática da

Faculdade. Aproveitando-se disso, o por

enquanto prefeito mandou um documento

constando uma suposta venda da parte dela

para ele. Karla teria assinado o documento

sem ler. Ele, imediatamente, foi cartório e

passou a faculdade para seu nome.

"Sou mais uma vitima dos atos do Sr Ruy

Muniz...O seu mau-caratismo gritou mais

alto. A Faculdade FASI, como todos sabem,

era de Gilson Caldeira, que nunca vendeu a

mesma para Ruy Muniz e sim para mim.

Posteriormente, repassei metade das ações

para Ruy. Hoje, ele se intitula dono sem

s ó c i o s , m a s perguntem a ele como

conseguiu o restante das ações? Garanto

que não vendi nada para ele, mas já que ele

se apossou, estou implorando para que ele

pague por essas ações, pois a minha divida

com Gilson Caldeira tem que ser paga e não

vou falar mais nada por enquanto.

Espero que este senhor resolva logo ou que

alguém consiga convencê-lo a agir com

honestidade, afinal ele está prefeito de

Montes Claros", escreveu na rede social.

Carreira de crimes vem de longeCarreira de crimes vem de longe

Depois do BB, tomou

gosto pelo crime

Colégio São Norberto e FASI

Mais uma investigação contra MunizAgora são os negócios dele no Rio de Janeiro, onde haveria fraude em faculdade controlada pelo por enquanto prefeito

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) pediu ao Ministério Público Federal (MPF) que indicie o por enquanto prefeito de Montes Claros e mais cinco pessoas acusadas em relatório da Comissão Parla-mentar de Inquérito (CPI), que investiga denúncias contra universidades particulares do Rio, de lesar o fisco e de fornecer diplomas falsos. Muniz é controlador da Universidade Santa Úrsula (USU) naquele Estado e, segundo o relatório, faz parte da máfia das instituições de ensino superior particulares. A USU é investigadas por aumento abusivo de mensalidades, atraso nos salários dos professores e ainda por uma suposta venda de diplomas a estudantes que faziam cursos a distância. A CPI foi instaurada para apurar denúncias relativas à gestão fraudulenta, enriquecimen-to ilícito, desvio de recursos públicos, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, propaganda enganosa, precarização das relações de trabalho, inclusive com assédio moral, extinção arbitrária de conselhos

universitários, manipulação e repressão às representações de professores, alunos e outros servidores, criação de monopólios e deterioração da qualidade do ensino nas entidades particulares de ensino superior.Os ministérios públicos Federal, Estadual e do Trabalho estão investigando acordo de recuperação financeira da Universidade, em até 10 anos. Segundo denúncias, os docen-tes não foram consultados, as dívidas foram minimizadas e prédios que servem de mora-dia e que não podem ser executados serviram de garantia. Ao mesmo tempo, outros imóveis que pode-riam ser executados foram excluídos do acordo. Os pagamentos dos poucos funcioná-rios e professores que ainda permanecem na instituição não estão regularizados. Muitos recebem apenas parte de seus salários e alguns alegam não estar recebendo extratos do FGTS, normalmente enviados quando ocorrem recolhimentos, condição indispensá-vel ao prosseguimento do Plano Especial de Execução.

Entre as várias acusações que pesam contra o por enquanto prefeito está também a tentativa de comprar um imóvel altamente valioso, situado no bairro Laranjeiras, na cidade do Rio de Janeiro, pertencente à massa falida da Universidade Santa Úrsula, imóvel que, pelo fato de pertencer a uma entidade filantrópica, por lei deveria ser doado a outra entidade filantrópica.O Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro) denunciou que Muniz desviou mais de R$ 100 milhões em um esquema que utiliza a filantropia em benefício próprio e de seus familiares, em Minas Gerais e em outros Estados. A Polícia Federal, a Controladoria Geral da União, o INSS e a Receita Federal estão fazendo uma devassa nas empresas dele. "Foram diagnosticadas irregularidades na recuperação financeira da Universidade Santa Úrsula, controlada pelo senhor Ruy Muniz. A recuperação financeira da instituição foi indevida, com dívidas minimizadas e, o pior, o que foi dado como garantia foram

prédios que servem de moradia e que não poderiam ser executados como tal. Deve-se destacar também que em nenhum momento os docentes foram consultados para participar de tal processo." Relata o deputado Paulo Ramos, presidente da CPI, informando ainda que o ainda prefeito de Montes Claros é um mentiroso, pois informou na CPI que os salários de seus empregados estavam regularizados, o que não é verdade.

O por enquanto prefeito, aqui reunido com O por enquanto prefeito, aqui reunido com seu aliado Tadeu e puxa- sacos, responde seu aliado Tadeu e puxa- sacos, responde por mais um crimepor mais um crime

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5CIDADECIDADE Montes Claros, janeiro de 2014

Mistura do público com o privado mergulha Montes Claros no caos

O parecer do Ministério Público Eleitoral

(MPE) pela cassação do por enquanto prefeito

é, até agora, a reação mais forte da sociedade

contra a série de crimes cometidos na

trajetória empresarial e política dele. A decisão

remete às artimanhas que ele praticou

durante o processo eleitoral que culminou na

sua eleição, ano passado.

Na ocasião, o então candidato abusou na

prática de irregularidades, que configuram

crimes eleitorais. Entre eles, se utilizar da

máquina pública e de servidores da Prefeitura

para obter vantagem eleitoral sobre seu

oponente, Paulo Guedes (PT).

Embora as provas de abuso de poder político

fossem robustas e irrefutáveis, o juiz Gilmar

Clemente de Souza, por razões que muito

provavelmente jamais ficaremos sabendo,

decidiu “extinguir o processo”. O MPE, que

pede a cassação de Muniz e do seu vice, José

Vicente, e a inelegibilidade de ambos até

2020, recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral

(TRE), que ainda não se pronunciou sobre o

caso. “Luiz Roberto”, nome fictício dele para

dar o golpe no Banco do Brasil, utilizou papel

timbrado das secretarias de Agricultura e

Educação, além de e-mails da Prefeitura, na

convocação de servidores para atos de sua

campanha, que teve o apoio do ex-prefeito

Luiz Tadeu Leite (PMDB), personagem que

tem a corrupção como marca maior e está

encrencado com a polícia e a Justiça.

Depois de eleito, o por enquanto prefeito

continuou fazendo jus à sua personalidade

criminosa e tratou logo de misturar o público

com o privado. Exemplos: a construção de um

hospi ta l , que ele pretende que seja

incorporado à rede pública de saúde para

auferir lucro com a doença dos outros, e o

desvio de R$ 1,4 milhão da Secretaria de

Educação para a Associação de Promoção e

Ação Social (Apas), presidida por sua esposa,

Tânia Muniz, pré-candidata a deputada em

2014. No caso do hospital, para viabilizá-lo a

mente criminosa do atual prefeito agiu

desestruturando o atendimento nos hospitais

Santa Casa e Aroldo Tourinho.

Na sequência de crimes, Ruy Muniz quis

empurrar goela abaixo o endividamento do

município em mais R$ 170 milhões, que se

somam aos mais de R$ 300 milhões que a

Prefeitura já deve, perfazendo cerca de R$

500 milhões em dívidas. Como a opinião

pública e a presidência da Câmara Municipal

reagiram contra esse desatino, o prefeito e

seus asseclas resolveram arrombar a Casa,

se valendo de uma liminar judicial que não foi

cumprida seguindo os ditames da lei, uma vez

que não havia as presenças da Polícia Militar

nem de um oficial de Justiça no ato da

abertura da Casa.

Ele já tentara aprovar o empréstimo à força

numa sexta-feira, 28 de junho de 2013, sem

sucesso. No dia 29, um sábado, resolveu

forçar a entrada no Legislativo, numa

demonstração de total desprezo pela

independência entre os poderes. “Luiz

Roberto” chegou a burlar uma ata para tentar

legitimar a sessão, da qual participaram 13

vereadores que se venderam em troca de

favores. Como a legalidade do ato foi

questionada, tentou novamente aprovar o

empréstimo numa segunda-feira 1º de julho,

dessa vez de forma mais ilegal ainda, visto

que o prefeito se utilizou da mesma liminar do

sábado, cujos efeitos já haviam cessado.

Como tudo que envolve Ruy Muniz, essa

questão também foi parar na Justiça.

Enquanto isso Montes Claros vive o caos em

setores como saúde, educação, infraestru-

tura, assistência social e limpeza pública, sem

que nenhuma obra - ele prometeu uma grande

obra por mês e depois ampliou a promessa

para 40 até o final de 2013 - tenha sido feita.

“Luiz Roberto” e Tadeu: trajetória de crimes“Luiz Roberto” e Tadeu: trajetória de crimes

Estado de MinasEstado de Minas

Page 6: Daqui 2014

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Luís Carlos Gusmão

Montes Claros, janeiro de 2014

Chicote

Parece piada, mas não é. Um comerciante em Lontra, revoltado com a inércia do prefeito Evandro, principalmente com suas promessas não cumpridas, resolveu dar uma lição de moral no alcaide lontrense, no mínimo, inusitada. Pegou um chicote e foi à casa do prefeito com o intuito de "cortar ele no couro". A surra só não se concretizou porque a polícia agiu rápido e prendeu o comerciante, conhecido como Delson da Caçamba, lá da Vila União. Se essa moda pegar... Coitados dos prefeitos. Os carroceiros de Montes Claros, por exemplo, que já andam prevenidos, não podem é saber de uma coisa dessas...

Eu mesmo não tenho coragem de contar.

Clemência

A ex-primeira-dama resolveu de uns tempos pra cá postar na sua página do Fecebook montagens de fotos do ex-prefeito acamado, com o intuito de sensibilizar a população e principalmente as autoridades. Só que o tiro saiu pela culatra. A maioria dos comentários era desejando que o maior ladrão da história de Montes Claros seja preso de qualquer forma, para servir de exemplo. Os mais radicais estão desejando que ele vá logo é para a cidadezinha dos pés juntos... Cruz credo! Povo maldoso...

Enquanto isso...

O fedelho leite vive desfilando de mocinho como se nada estivesse acontecendo. A população precisa ficar esperta e cortar esse mau pela raiz, porque filho de ladrão, ladrãozinho é...

Tropa

O coronel reformado Heli José Gonçalves, que entrou num barco furado e acabou caindo no conceito de muitos, percebeu a burrice cometida e abandonou a tal da Secretaria-Adjunta de Prevenção à Corrupção e Informações Estratégicas, antes que os ratos o devorassem. Mas grande parte da sua tropa continua falando amém para a desordem. Inclusive, seu sucessor no 10° Batalhão e, posteriormente, na 11ª Região.

Franklinamente, coronel... Até quando vai continuar usando escadas?...

Beijoqueiro

Chega a ser irônico, para não falar burrice, os beijinhos que o por enquanto prefeito Ruy Muniz, ou “Luiz Roberto de Souza Marques” (nome fictício que Muniz apresentou para assaltar o Banco do Brasil) fica mandando para sua esposa toda vez que pega num microfone. No dia da visita da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, a Montes Claros, “Luiz Roberto”, ao invés de reivindicar melhorias para a cidade, ficou foi declamando amor roxo para Tânia. Tudo em nome do voto. E da demagogia... Como diz Osmazim, lá da Vila Antônio Narciso: «vái engalobar o capeta».

TV Geraes

A tevê Pequi anda despencando na audiência. Aliás, ela não tem mais para onde cair. Também, depois que aderiu ao desgoverno Tadeu Leite - que foi procurado até pela Interpol por ter enfiado a mão no dinheiro da Prefeitura - e se aliou com essa desastrosa administração Ruym demais, não tem como ganhar adeptos. Saudades do tempo que essa emissora fazia um jornalismo corajoso e compromissado com a verdade... Assistir hoje a Geraes é a mesma coisa de ler o jornal O Norte. Nem de graça!

Sumiu

Onde anda aquele jornalista que saía com um fotógrafo procurando buracos na cidade para publicar no jornal do por enquanto prefeito? Será que os buracos das ruas de Montes Claros acabaram ou foi o repórter que se acovardou? Esse é o jornalismo imparcial que é ensinado na faculdade do prefeito...

Gato de hotel

A gangue de Tadeu continua com toda força nesse desastroso governo de “Luiz Roberto”, o ladrão do FPM da Prefeitura de Janaúba. O ZYD7, ou simplesmente raspadinha da Fafil, por exemplo, que dormia de terno e gravata com medo de ser preso de pijama, pela PF, é um dos come-quieto. Já a gangue de advogados comandados pe lo quase desembargador, que ficou desmoralizado depois de sua prisão, vive de boteco em boteco, defendendo os corruptos. E perseguindo jornalistas, que não fazem parte dessa laia.

Magistrada

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais poderia mandar para Montes Claros a juíza Arlete Aparecida da Silva Coura, da comarca de Pirapora, que mandou prender o ex-prefeito de Montes Claros Luiz Tadeu Leite (PMDB) e seu advogado, Sebastião Vieira; o ex-prefeito de Pirapora, Warmillon Fonseca Braga (DEM); e o ex-prefeito de Janaúba, José Benedito Nunes (PT); além de servidores que participaram de comissões de licitações e assessoria jurídica nos municípios. Com certeza, ela não ficaria tomando todas em nenhum Skema, muito menos empregando parentes e aderentes na prefeitura.

Camuflado

O Portal da Transparência da Prefeitura de Montes Claros é um verdadeiro engodo. Mais de 8 meses de governo e até agora não foi disponibilizada nenhuma folha de pagamento. Infelizmente nem a oposição na Câmara, muito menos o Ministério Público, cobram o cumprimento da lei. Desse jeito o prefeito deita e rola.

O Bicho da Zoom

O time de futebol Montes Claros, do empresário do ramo de meretrício, Joeville Paulo Mocellin, o Ville, recebeu R$ 200 mil dos cofres da Prefeitura, mas quer mais dinheiro nosso. Montes Claros virou de fato uma verdadeira zona. Só falta mudar o nome do Bicho para Zoom...

Vôlei

Como se não bastasse, Muniz importou um time de vôlei de Goiás, também com dinheiro da prefeitura. Provavelmente existe alguma parceria entre ele e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, porque um gambá cheira o outro...

Revista Tuia

Uma boa revista tem dentre seus objetivos conter notícias com alguma análise visando esclarecer aspectos relevantes. Quem a compra quer saber o que aconteceu de forma verdadeira, clara e isenta. "Não queremos reinventar jornalismo. Queremos apenas que ele chegue ao nosso leitor de forma verdadeira, clara e isenta. Vamos continuar garimpando temas difíceis, estranhos para alguns, mas que temos certeza, vão agradar a você, leitor”. Aposta o nosso editor Luís Carlos Novais.

Muniz zomba do povo ao ceder às pressões e liberar dinheiro dos hospitais

Antes de “chorar”, Muniz zombava de manifestantes ao arrombar a Câmara Municipal

Como postou uma cidadã no facebook, o por enquanto prefeito deve achar que os montes-clarenses são otários. Depois de fazer muita gente chorar de verdade, ao reter durante quase um ano recursos destinados aos hospitais, no final do ano passado ele próprio “chorou”, mas de forma teatral, ao anunciar a liberação do dinheiro. Durante o impasse pessoas sofreram, sem condições de pagar consulta médica particular, dependentes que são do Sistema Único de Saúde (SUS).Esse desfecho só ocorreu depois da ameaça de intervenção do Ministério da Saúde, algo inédito no país e, principalmente, da reação da Igreja Católica, que isolou Muniz e provocou um grande estrago na sua imagem. O imbróglio é resultado da intransigência do por enquanto prefeito, que rechaçou todas as tentativas da sociedade organizada para que a liberação dos recursos aos hospitais fosse feita. Ele descumpriu as determinações da Justiça e dos órgãos federais e estaduais, inclusive a do Ministério da Saúde, que fixara prazo de 5 dias para que os as verbas fossem destinadas às casas de saúde. O pedido de intervenção havia sido feito pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). “O prefeito é um fora da lei. Ele desafia o Ministério Público e zomba da Justiça”, atacou o vereador Eduardo Madureira (PT).Foram liberados R$ 17.690.14 que estavam retidos. Além disso, Prefeitura e hospitais assinaram novo acordo de vigência imediata, de prestação de serviços. Todos com duração de um ano. Os valores dos contratos somam R$ 155.268.441,39, sendo que quase metade (R$ 75.134.855,92) será direcionada para a Santa Casa, com o restante para os hospitais Dilson Godinho

(R$ 31.873.453,01), Aroldo Tourinho (R$ 28.874.307,16), Universitário Clemente de Faria (R$ 15.801.316,10) e Prontosocor (R$ 3.584.509,20). A situação provocada por Muniz, que tem interesses empresariais, pois é dono de hospital, passou a ser citação obrigatória nas missas. Durante os sermões, padres faziam críticas veladas, mas muitos deixavam o formalismo de lado e miravam diretamente no atual gestor municipal. O discurso mais contundente era justamente o do arcebispo de Montes Claros, d. José Alberto Moura, que aproveitava as cerimônias de Crisma para abordar o assunto. “Nos governos mundanos percebe-se muita corrupção. O governante, às vezes, pega o dinheiro do povo e o guarda, impedindo que tais recursos sejam investidos na saúde, na educação...”, repetia. Em outras ocasiões, referia-se ao por enquanto prefeito ao condenar “quem costuma ir à igreja, mas na prática tem um comportamento dissociado da fé cristã”. Como se sabe, Muniz vai à missa aos domingos. Não raras vezes, d. José ia direto ao ponto: “vocês precisam saber que os hospitais e s t ã o s e m p o d e r a t e n d e r o p o v o adequadamente porque o prefeito Ruy Muniz não está fazendo os repasses”. Em seguida, listava, não apenas a Santa Casa, mas todos os hospitais, informando inclusive os valores retidos. Durante as missas os padres também eram nota de desagravo ao arcebispo, vítima de ofensas por parte do por enquanto prefeito. "Repudiamos toda e qualquer acusação desrespeitosa e insinuações levianas, malévolas advindas do chefe da administração pública municipal em relação à seriedade e idoneidade do Senhor Arcebispo e das instituições hospitalares", dizia a nota assinada pelo Clero. D. José foi chamado de mentiroso por Muniz ao fazer um alerta sobre as dificuldades financeiras da Santa Casa. Antes, o próprio arcebispo divulgou carta, em que lamentava que “a instituição de saúde não obtenha, por parte de quem deveria, o devido respeito”. E alertava: “A San ta Casa não pode sucumb i r a intransigências. O voto que abre portas ao poder é instrumento da democracia. Jamais serve para legitimar comportamentos tirânicos. Cabe à sociedade, a qualquer tempo, de forma ordeira e firme, intervir na presença de clamorosos abusos". Também o Hospital Aroldo Tourinho divulgou nota, em que expunha suas dificuldades financeiras e a possibilidade de paralisação do atendimento.D. José não poupou críticas ao por D. José não poupou críticas ao por

enquanto prefeitoenquanto prefeito

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7Montes Claros, janeiro de 2014

Prefeito de Varzelândia é acusado de tentar matar quilombola“Véio” e outros quilombolas do Quilombo Brejo dos crioulos são vítimas de tentativa de homicídio

O prefeito Felisberto Rodrigues Neto (PSB), da cidade de Varzelândia, a 153 quilômetros de Montes Claros, é suspeito de tentar matar o líder da Comunidade Quilombola Brejo dos Crioulos, José Carlos de Oliveira Neto, conhecido como Véio, no dia 09 de janeiro deste ano.Vítima relatou por telefone que prefeito, o filho dele, e dois jagunços, em carros da Prefeitura de Vazerlândia, foram até a fazenda ocupada pelos quilombolas e os expulsaram a tiros.

Comissão de Direitos Humanos da OAB de Minas Gerais manifestou preocupação em relação ao conflito na região.Acompanhado de dois jagunços - um chamado de ZÉ e outro conhecido por JOÃO - e de seu filho, Danilo, o prefeito Felisberto Rodrigues Neto, teria comparecido a fazenda ocupada pelos quilombolas e os expulsaram a tiros e sem mandado judicial, segundo ligação de José Carlos de Oliveira Neto, conhecido como Véio. O prefeito e os

jagunços usaram uma caminhonete e em dois carros da prefeitura de Varzelândia, bem como de guarnição da Polícia Militar (PM). “Parece que a PM ficou afastada da fazenda, para não aparecerem, pois não tinham mandado judicial”, relatou José. De acordo com o quilombola, ele só não morreu em razão de ter corrido para não ser atingido pelos tiros de carabina disparados por um dos jagunços sob as ordens do prefei to Felisberto.Em meados de 2013, a fazenda do prefeito de Varzelândia, em Minas Gerais, Felisberto Rodr igues Neto fo i re tomada pe los quilombolas de Brejo dos Crioulos, uma vez que se encontra inserida no território quilombola cuja área total deste território negro, demarcada pelo INCRA/MG, é de 17.302,00,00 hectares. Todo o território qui lombola foi objeto do decreto de desapropriação expedido em 29/10/2011, pela Presidência da República, após intensa manifestação dos quilombolas em Brasília.A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Minas Gerais se manifestou com profunda preocupação sobre o conflito no quilombo Brejo dos Crioulos. Teme pelas diversas notícias de ameaças e tentativas de homicídios que ocorrem constantemente contra os quilombolas. E recomenda proteção para o José Carlos de Oliveira Neto.Em entrevista à Rádio Itatiaia, o presidente da Comissão de Diretos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), Willian Santos, disse que o crime aconteceu depois que o grupo conseguiu, junto à Presidência

da República, o Decreto de Delimitação da Área Quilombola, tornando-se proprietário de uma região que inclui a fazenda do político.Uma reunião aconteceu na sede OAB na região Centro-Sul da capital, com a presença do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e da Comissão Pastoral da Terra (CPT-MG) para tratar o assunto.

BRIGAS INTENSASEm 2011, os quilombolas conseguiram o direto pela terra, mas, de lá para cá, as brigas na região ficaram ainda mais intensas. No ano passado, a fazenda do prefeito foi retomada pelos quilombolas, já que está inserida no território de 17.302 hectares pertencentes a eles e demarcada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Áreas de outros dois municípios também são do grupo. "No ano passado, por determinação judicial, foi designada força tarefa na região para desarmar e prender jagunços. A ordem foi cumprida e várias armas de diversos calibres e munições foram apreendidas, mas não diminuiu a tensão no local”, informa Santos.O MPMG já recebeu a denúncia e analisa o fato. 'Véio' está protegido pelo Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos, que é nacional. “As coisas estão tão perigosas por lá que até a promotora local pediu reforço, porque teme pela própria vida”, disse o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil.

Comunidade Quilombola Brejo dos Crioulos preocupada com a violência patrocinada pelo prefeito Felisberto Rodrigues Neto

Rogério Correia denuncia Polícia Militar e defende intervençaõ da Força Nacional na região

Rogério Correia foi o único deputado estadual que saiu em defesa dos quilombolas do norte de Minas.

O deputado estadual Rogério Correia (PT) denunciou, na última quarta-feira (22), que policiais militares teriam participado do ataque

a quilombolas que deixou 13 feridos em Verdelândia, no norte de Minas, no último domingo (19), e defendeu a intervenção da

Força Nacional na região. Segundo ele, o que a PM está fazendo é inadmissível já que está dando cobertura para bandidos, entre eles o prefeito de Varzelândia. Se a Polícia Militar não defende os quilombolas, as forças nacionais têm que garantir a defesa desses cidadãos. Defendeu o parlamentar petista.Repressão da PMUm dos líderes de acampamento afirmou em audiência na Assembleia Legislativa que foi impedido de registrar boletim de ocorrência em uma tentativa de homicídio. Com a situação, parlamentares pediram a intervenção da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal no norte de Minas.Segundo o presidente da associação quilombola Arapuim, Valdomiro Alves da Silva, nove homens armados invadiram o acampamento na Fazenda Morro Preto se dizendo policiais militares. Além dos tiros, tudo foi incendiado e as plantações ficaram destruídas.Outro líder, José Carlos de Oliveira Neto, afirma ter sido alvo de um atentado

provocado por um funcionário do prefeito da cidade, dono da fazenda Brejo dos Criolos. Ao

tentar registrar o boletim de ocorrência, teria sido impedido pelos policiais militares. O documento só foi assinado quando o quilombola entrou em contato com outras autoridades.A representante da Fundação Palmares, Dora Bertúrio, afirmou que policiais militares estão atuando como “jagunços” dos proprietários das fazendas ocupadas.

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Montes Claros, janeiro de 2014

Objeto de desejo

Ela arrebata corações e provoca desejos.

O furacão Gláucia reside no imaginário dos homens e, por que não dizer, das mulheres também.

Instiga, enlouquece, descontrola e seduz.

Ela já foi Modelo Revelação, Garota Bumbum Minas Gerais 2013, participou do Concurso Top Models 2013, foi Capa de jornais e revistas, participou da sessão Super Gatas, é dançarina,

Modelo exclusivo Fernanda Fashion, Garota Pimenta...

Ufa! Qual é o limite desta gata?

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Quadril: 99

Cintura: 73

Busto: 90

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9CULTURAMontes Claros, JANEIRO de 2014

O guerrilheiro suburbano

Christiano Lorenzato e Waldo Ferreira

Ele está de volta. Elthomar Santoro Jr. sobreviveu a um incêndio que dizimou seu acervo e à bebida. Renovado, emergiu para inebriar o público com seu estilo inimitável, permeado de talento inquestionável. Sua verve poética e explosivo talento foram novamente colocados à prova. E ele passou com louvor, num show que marcou o lançamento da reedição de “Pequi the killer”, uma coletânea de algumas de suas obras. O palco escolhido foi o Restaurante Quintal, no dia 26 de novembro, onde ele reuniu uma gente responsável hoje pelo que de melhor se ouve em Montes Claros. Santoro é multifacetado. Ator, cantor e compositor, também revela sua polivalência nas letras que compõem o cd, onde amor, religião, política, ciência e morte andam de mãos dadas. Uma saborosa salada servida em forma de baladas com muito blues e rock and roll. “Pequi the Ki l ler” pode ser considerado a quintessência da produção musical em Montes Claros, não só pela qualidade das letras, mas pelos intérpretes que conseguiu reunir - Sholmes Souto,

Márcio Augusto, Ricardo Viana, Lindomar Coimbra, André Águia, Débora Rosa, Desdeth Rocha, Hebert L incon e Álvaro Vicente. Nada surpreendente para quem já foi gravado por compositores em várias regiões do país e tem quase quatro décadas de estrada.A deliciosa “Rapariga do Bonfim” é uma exceção no ineditismo dos trabalhos apresentados no cd. “Antes do projeto 'Rock da Cidade' todo garoto sonhava fazer parte do grupo Banzé. Depois de seis edições desse projeto a maioria dos jovens quer ter sua própria banda de rock. E eu me sinto diretamente responsável por isso, pelo bem ou pelo mal”, diz.Para Santoro, o “Pequi The Killer” é decorrente do que o rock montes-clarense gerou de melhor. “Fica sempre um resultado bacana, porque ninguém vive sem os ingredientes presentes nesse trabalho, feito com a pretensão de sobrepujar o cotidiano de cada um de nós”, explica. Para o próprio compositor, “Vírus do Eros, Vênus do Verão” é o destaque do cd. “Lembra muito a cara do Cazuza em seus melhores dias”, compara.O irrequieto Santoro revela o desejo de levar o show a outras cidades do

Estado. É um projeto pessoal que requer patrocínio. “Isso é difícil porque normalmente só existe verba para material gráfico. Quando se inclui o espetáculo em si, com infraestrutura e t u d o m a i s , é c o m p l i c a d o . Sobrevivemos de bilheteria. Sem isso fica impossível. Existe a lei de incentivo à cultura, mas é o próprio artista quem tem que correr atrás do tal subsídio cultural”, lamenta.Amigos do killer – Em tradução literal, “Pequi the kil ler” é “o pequi do assassino”, mas o que Elthomar S a n t o r o J r. m a t a m e s m o é a mediocridade que teima em assassinar a música brasileira e colocar na geladeira quem tem talento musical. A propósito, na contracapa do cd, comercializado durante o show a R$ 10, o artista faz uma dedicatória em inglês a seus amigos, graças aos quais o projeto foi viabilizado: with the little help from my friends. “Isso quer dizer que com uma pequena ajuda dos meus amigos, foi possível transformar o serial the killer em mercadoria”, traduz. Revigorado e em fase criativa, ele faz planos. “Após o show, vamos montar um projeto para viabilizar a gravação d e u m d v d s ó c o m ' m ú s i c a s embrionárias´”, revela.

Christiano Lorenzato - Especial para o Daqui Elthomar Santoro Jr. ataca novamente com o bom e velho rock and roll em “Pequi the killer”

O próximo passo será a produção do documentário “Personimagens”, que será dirigido por Luiz Carlos Novaes e Estevão Barbosa - um relato sobre a vida e obra de Elthomar Sanatoro Jr., com depoimentos de pessoas que têm maior proximidade com ele e sua carreira. “Antes da música eu fazia muito teatro, escrevia, produzia e atuava. Quando montei a peça ̀ Ora, solta a minha orelha` aconteceu um grande fiasco na minha vida profissional e caí no limbo.

Então, voltei para Belo Horizonte e desisti de fazer teatro para me dedicar exclusi-vamente à música. Foi neste momento que surgiu a música “Disparate” (Rapariga do Bonfim), que deu uma guinada tanto na minha vida pessoal como na minha carreira”, lembra.Santoro considera a internet algo positivo, mas com algumas restrições. “Se você digitar a nossa música no youtube serão vistas centenas de versões em que eu, que sou o autor, não

passo de uma incógnita, sem qualquer reconhecimento pela arte, pela música”, reclama. Elthomar Santoro Jr. já compôs mais de 500 músicas, mas nem ele sabe quantas gravações foram feitas. “Disparate” chegou a ser gravada por sertanejos, pagodeiros e eruditos, como no caso do Coral do Conservatório de Música Lorenzo Fernandez. “Mas, não importa. O que vale é o reconhecimento da minha obra, porque muitas pessoas cantam

minhas músicas e não sabem quem é o pai da criança”, diz.Santoro relembra seu primeiro cd, “A nossa língua portuguesa”, seguido de “Pequi The Killer” volume I e agora o volume II. O irreverente Elthomar Santoro definiu seu ressurgimento aos palcos como o show que festejou o que de mais criativo está sendo produzido na música jovem montes-clarense. “Pequi the killer” é, sem dúvida, um bom antídoto contra a mesmice.

Carreira registrada em documentário

Elthomar Santoro Jr. com 10 anos e depois, na sua trajetória de irreverência e talento

Page 10: Daqui 2014

Montes Claros, janeiro de 2014

A Fundação Nacional de Saúde (Funasa)

destinou R$ 850 mil para a construção de

um aterro sanitário controlado em Capitão

Enéas. O município é o único em Minas

Gerais contemplado no Programa de

Resíduos Sólidos do Governo Federal. O

resultado da seleção de propostas do

processo seletivo para repasse de

recursos foi divulgado em portaria

específica da Funasa e pode ser creditado

ao empenho do prefeito César Emílio junto

ao Governo Federal.

O Programa pretende contribuir para a

melhoria das condições de saúde da

população, uma preocupação do prefeito

césar Emílio (PT) mesmo antes de ser

eleito. Quando assumiu a Prefeitura, uma

de suas primeiras medidas foi determinar

um estudo para erradicar o lixão existente

na cidade. Além disso, apresentou o

projeto para destinação dos detritos,

cumprindo todos os requisitos e se

habilitando para receber os recursos.

"Trabalhamos durante todo o ano para nos

adequar aos critérios de elegibilidade e

prioridade. Nos preparamos para fazer jus

a esse momento", comemorou César

Emílio.

Serão construídas uma unidade de triagem

de materiais recicláveis (galpão de

triagem) e o aterro sanitário.

O convênio prevê ainda a compra de uma

prensa enfardadeira, balança, elevador de

carga, mesa de separação e demais

equipamentos para o funcionamento do

sistema de triagem. Desse modo será

implantada a coleta seletiva no município,

promovendo a valorização dos resíduos

com geração de renda e inclusão social.

Como resultado do fim do lixão, Capitão

Enéas passará a ter uma destinação

ambientalmente correta do lixo, dando

uma melhor qualidade de vida aos

cidadãos, pois reduzirá os índices de

infestação de dengue e outras doenças

vinculadas ao manejo inadequado dos

resíduos sólidos urbanos, bem como

atenderá aos objetivos sociais e de

salubridade ambiental. "A construção do

aterro faz parte de uma série de medidas

que pretendemos implementar para dar

mais qualidade de vida à população e

melhorar o nosso IDH. Ela vem se somar à

instalação da rede de esgoto em todo o

município, que já finalizamos", reforça

César Emílio.

REGIONAL

Capitão Enéas terá aterro sanitário Obra será construída neste ano e dará destinação adequada ao lixo. Município é o único de Minas contemplado

Prefeitura melhorou aspecto do local, mas solução definitiva virá com o aterro controlado

Netto Rodrigues

Ainda repercutem as denúncias, que

estão sendo investigadas pela Assem-

bleia Legislativa de Minas, contra o

superintendente regional de ensino de

Januária, Albert Willians Próbio Monção.

Entre as irregularidades cometidas pelo

servidor estariam os crimes de agressão

física a alunos, dirigir bêbado, desacato à

autoridade, assédio moral e até assédio

sexual. Nos boletins de ocorrência,

constam prisão em flagrante e brigas com

policiais.

Albert Willians está no cargo há quase

dois anos, indicado pelo grupo do ex-

governador Aécio Neves na região. As

denúncias foram apresentadas pelo

deputado Paulo Guedes, líder do PT,

durante reunião ordinária da ALMG, ano

passado. O parlamentar apresentou

cen tenas de documentos , como

ocorrências policiais e abaixo-assinado

com mais de 100 assinaturas de

servidores, pedindo a apuração do caso.

Guedes encaminhou todos os relatórios à

Secretaria de Estado de Educação e

pediu apuração do caso pela Comissão

de Direitos Humanos da Assembleia. “Os

abusos cometidos pelo superintendente

Albert Willians revoltaram a população de

Januária e eu, como parlamentar votado

e majoritário na cidade, não posso me

calar diante de denúncias tão graves.

Todos os documentos que recebemos

estão assinados pelas vítimas, além de

relatos verbais de perseguição a

servidores”, disse o deputado.

A Superintendência Regional de Ensino

abrange 19 municípios do Norte de

Minas. Paulo Guedes também criticou o

Governo de Minas por indicar e manter

em cargo tão importante um servidor com

tantas denúncias. “A Educação precisa

ser levada a sério. É por meio dela que

formamos cidadãos responsáveis e

íntegros. Não podemos aceitar que

pessoas sem nenhuma conduta ética

comandem a educação dos nossos

jovens”, declarou o deputado. A ALMG

realizou audiência pública em Januária

para discutir o assunto, como parte do

processo de apuração.

Regional de ensino é acusado de assédios moral e sexual

Page 11: Daqui 2014

Montes Claros, janeiro de 2014

O por enquanto prefeito se curva à Presidência da CâmaraComo um ditador, Muniz queria impedir que a Casa indicasse fiscais para a Esurb

O presidente da Câmara Municipal,

Antônio Silveira, deu um basta em mais

uma tentativa do por enquanto prefeito

intervir nos assuntos do Legislativo.

Muniz, que já mantém a mulher ocupando

um espaço na Casa, destinado aos

jornalistas, quis impedir que a Câmara

cumprisse uma prerrogativa sua e

indicasse os três fiscais a que tem direito

para monitorar a atuação da Empresa

Municipal de Obras e Urbanização

(Esurb), que tem capital misto e é

responsável pela limpeza e coleta de lixo

da cidade, bem como realizar a operação

"tapa buraco" e recuperação de vias

públicas.

Por decisão da Justiça, ele foi obrigado a aceitar os nomes designados pelo presidente. Na época da indicação, o prefeito declarou publicamente que não ia acei tar os nomes indicados pelo presidente. Só seriam indicados os nomes mais capacitados, na sua visão. O por enquanto prefeito aproveitou para tentar desqualificar Antônio Silveira, dizendo que este se rebelou depois que ele deixou de empregar pessoas supostamente indicadas pelo presidente da Câmara. No

entanto, desde o início, Antônio Silveira repetiu várias vezes que jamais fez qualquer indicação política, exceto as que determina a lei. Devido à recusa do chefe do Executivo, entrou com uma ação judicial para que os fiscais pudessem tomar posse.

Até então, a Esurb atuou sem nenhum tipo de fiscalização, em desacordo com a lei. “Mais uma vez estamos vindo a público, com a finalidade de restaurar a verdade, mostrar à opinião pública que sempre tivemos razão, e que o prefeito mentiu ao dizer que eu tinha feito indicação política de pessoas para cargos aos quais não estavam qualificadas", disse Silveira. "A Justiça mostrou que a lei esteve sempre do nosso lado e ele foi obrigado a aceitar o que desde o p r i nc íp io eu v inha reivindicando - o direito da Presidência de colocar fiscais para vigiar a coisa pública. É bom que o prefeito saiba que não é o fiscalizado quem escolhe quem vai lhe fiscalizar", reiterou.

Antônio Silveira indicou e o por enquanto prefeito teve que acatar

A percepção de que a criminalidade estava aumentando em Janaúba fez com que o professor de jiu jitsu Eustáquio Cardoso, conhecido como professor Bananal , idealizasse o projeto esportivo "Lutando Pelo Futuro". A ideia foi apresentada por ele ao promotor Fabrício Costa Lopo, que apoiou a iniciativa. A partir dai foi iniciado um trabalho com crianças de 6 a 16 anos, que fazem aulas de jiu jitsu na Academia Alada às segundas e quartas-feiras,às 19 horas.De acordo com Bananal, o projeto está focado prioritariamente no atendimento às crianças e

adolescentes carentes. "Atendemos aqueles que se encontram em situação de iminente risco social e pessoal. A missão é contribuir para a criação de condições e oportunidades para que e las possam desenvo lver plenamente o seu potencial como pessoas e, futuramente, como profissionais", informa Eustáquio Cardoso.O objetivo do projeto social "Lutando Pelo Futuro" é oferecer a menores carentes uma oportunidade de se tornarem cidadãos de bem, com perspectiva de um futuro digno, por meio do esporte. Para isso, conta com o apoio

do Banco Credigerais, que patrocinou os Kimonos; com a Academia Alada, que cede o tatame e dependências e do Conselho Comunitário de Segurança Publica (Consep), que assume as demais despesas.Segundo o professor Bananal, o trabalho desenvolvido já mostra resultados. "Já estamos formando atletas talentosos e capazes de representar o nosso país com grande êxito nas competições pelo mundo afora", disse. Três desses alunos representaram Janaúba na II Copa do Mundo de Jiu Jitsu, no

Mineirinho, Belo Horizonte. E o resultado não poderia ser mais animador. Kenedy Brito de Pinho, de 15 anos, sagrou-se campeão infanto-juvenil, na categoria peso pluma.Para que continue traçando trajetórias de sucesso como essa, o projeto precisa de mais parceiros para se expandir e ampliar seu papel socializante, absorvendo mais jovens.

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Page 12: Daqui 2014

12 GERAL Montes Claros, janeiro de 2014

Casal Muniz é caso de políciaO por enquanto prefeito e esposa são acusados de se utilizarem da Prefeitura em benefício de suas empresas

O por enquanto prefeito, sua esposa e o secretário-adjunto de Esportes Andrey George Silva Souza são acusados de

improbidade administrativa. A denúncia, encaminhada à Polícia Civil e ao Ministério Público, é do vereador Alfredo

Ramos, subscrita pelos colegas Eduardo Madureira, Oliveira Lêga e Rodrigo Cadeirante. Foi encaminhada à Polícia Civil e ao Ministério Público de Montes Claros.Ramos alega que Andrey George, quando esteve à frente da secretaria-adjunta de Educação Integral de Montes Claros, entre 2 de janeiro a 17 de setembro de 2013, praticou tráfico de influência, vez que era proprietário da empresa Innovar Soluções Ltda., que tem prestado serviço para a Escola de Tempo Integral - “Curso de Gestores e Coordenadores do Programa Mais Educação” e “Capaci tação para Diretores e Professores Comunitários, vinculados ao Programa Mais Educação. A denúncia também cita as empresas Funorte, FASI, Soebras, Faculdades Promove, Faculdades Promove de Janaúba, Incisoh, Ceiva, Facit e Facu ldade Kenmedy, todas de propriedade do por enquanto prefeito e de Tânia, mulher e chefe de gabinete dele. Essas instituições realizaram, no

período de 2 a 5 de outubro de 2013 a Jornada Nacional de Atividade Fisica, Educação e Saúde (Jonafes), divulgado como “o maior evento acadêmico do Brasil”. A Jonafes, patrocinada pela Prefeitura, foi organizado pela primeira-dama e coordenada pelo secretário Andrey George. A F u n o r t e t a m b é m r e a l i z o u o Campeonato Mineiro Sub 17 de basquete feminino, entre 12 e 16 de junho deste ano,com patrocínio da Prefeitura. Na faculdade também são dietribuídos medicamentos do SUS, o que deveria ser feito nos postos de saúde.Da denúncia consta requerimento de investigação dos fatos, citação do prefeito, da primeira-dama, de Andrey George e do gestor de saúde à época da transferência dos medicamentos do SUS dos postos de saúde para a Funorte. Requer, também, a responsabilização dos citados no âmbito administrativo, civil e criminal, e encaminhamento dessas ações ao Poder Judiciário.

Casal prefeito acusado de crime contra os cofres públicos

Cartão de crédito até parcela pagamento pelo prazerDepois de investir em capacitação com aulas

de idiomas, profissionais do sexo mais uma

vez buscam aprimorar o atendimento aos

clientes em Minas Gerais. A partir de agora,

algumas prostitutas também receberão pelos

programas por meio de cartões de crédito e

débito. A novidade, segundo a presidente da

Associação das Prostitutas de Minas Gerais

(Aprosmig), Cida Vieira, somente foi possível

graças a uma parceria com a Caixa

Econômica Federal.

“Foi o primeiro banco a reconhecer a nossa

profissão, sem preconceito”, pontua. Cida diz

que foi uma das primeiras profissionais a

passar a contar com a máquina para cartão. A

parceria, segundo a presidente da entidade,

foi firmada em outubro, depois que a

associação procurou o banco. Cerca de 20

mulheres já se cadastraram e devem ser

beneficiadas por um programa da Caixa

voltado para microempreendedores, afirma

Cida. Além de Cadastro Nacional de Pessoal

Jurídica (CNPJ), elas terão benefícios, como

cartão de crédito com anuidade gratuita por

um ano, cheque especial e capital de giro.

De acordo com a presidente da associação,

além de aprimorar o serviço, a novidade deve

contribuir para diminuir a exploração sofrida

por muitas garotas, já que elas poderão

cobrar, com mais facilidade, o valor dos

programas diretamente de seus clientes, sem

intermediários. “Vai quebrar também a

exploração de alguns locais, que cobram 20%

da garota. Vamos também eliminar isso”, diz

Cida Vieira. Outra vantagem, segundo ela, é a

garantia da segurança dos próprios clientes,

que não mais precisarão sair de casa – ou do

hotel no caso de turistas – com a quantia, em

espécie, que gastarão com o programa.

E eles também poderão ficar tranquilos com a

privacidade. Segundo Cida, no comprovante

do cartão somente aparecerá que o valor foi

gasto em uma prestação de serviço, mas não

haverá detalhamento de qual atividade se

trata. A presidente da Aprosmig diz que já

conta até com um slogan para divulgar a

adoção do dinheiro de plástico: “goze agora e

pague depois”. O objetivo, ela afirma, é

expandir o benefício para profissionais de

todo o estado.

As in te ressadas devem p rocura r a

associação, portando identidade, CPF e

comprovante de endereço.

A Caixa Econômica Federal informou que

oferece a toda a população a oportunidade de

ter acesso a serviços bancários como conta

corrente, cheque especial e cartão de crédito.

Os clientes do banco que possuem CNPJ

podem, também, ter acesso a serviços como

o recebimento de pagamentos por meio de

cartões de crédito e débito.

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Page 13: Daqui 2014

Montes Claros, janeiro de 2014

EMENDA DE R$ 5,3 MILHÕES

Humberto Souto volta a ajudar a Unimontes

CIDADE

A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) será contemplada com verbas

mais expressivas do orçamento federal em 2014, graças a uma emenda da bancada

mineira sugerida pelo deputado Humberto Souto (PPS-MG), no valor de R$ 5,3 milhões. Os recursos são do Orçamento da União para 2014, aprovado pelo Congresso Nac iona l em dezembro passado e sancionado sem vetos pela presidente Dilma Roussef, conforme publicação no Diário Oficial da União dessa terça-feira, 21 de janeiro. A emenda específica aumenta o montante destinado à instituição em relação aos anos em que ela dividiu emendas com outras universidades. Na legislatura passada (2007/2010), Humberto Souto já havia conseguido aprovar emenda de bancada que liberou cerca de R$ 10 milhões para a Unimontes.O trabalho do deputado Humberto Souto para a universidade vem desde quando ela era Fundação Norte Mineira de Ensino Super ior (FUNM), t ransformada em autarquia estadual em 1989 e reconhecida como universidade em 1994. “A Unimontes é a principal instituição de promoção do desenvolvimento regional, pois qualifica nossos jovens e o conhecimento gera o

progresso”, defende o parlamentar.

RECONHECIMENTO FEDERAL – No ano de 2014, a Unimontes completa 20 anos de reconhecimento pelo Ministério da Educação, homologado através da Portaria 1.116, de 21 de julho de 1.994. Na época, Humberto Souto liderou a luta pelo reconhecimento federal, com o qual a instituição de ensino superior norte mineira passou a ter autonomia para expandir o seu número de cursos e vagas e criar novos campus sem precisar de autorizações do Conselho Federal de Educação.

Desde o reconhecimento, o número de vagas gratuitas ofertadas pela Unimontes saltou de 596 para mais de duas mil por ano. Foram criados campus em Januária, Pirapora, Janaúba, Salinas, Unaí, Paracatu, Brasília de Minas, São Francisco, Almenara e Espinosa. A universidade, hoje com mais de 11 mil alunos e mais de três mil servidores, ganhou ainda vários novos prédios em Montes Claros e cursos voltados para a demanda regional, en t re e les Odonto log ia , Agronomia , Computação, Educação Física, Enfermagem e Zootecnia.

Emenda de bancada sugerida pelo deputado Humberto Souto destina R$ 5,3 milhões do orçamento federal para a Unimontes em 2014.

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Page 14: Daqui 2014

Montes Claros, janeiro de 2014Polícia 14

OPERAÇÃO "GLASNOST" CAÇA PEDÓFILOS EM MONTES CLAROS

Operação da PF remonta à primeira condenação por pedofilia na cidade, em 2012

Fredi Mendes ficou preso e depois foi condenado por pedofilia

Três anos depois, operação da Polícia Federal em busca de pedófilos em Montes Claros confirma informação do delegado Fernando Antônio Bonsack, dada ao Daqui em junho de 2010, de que havia um esquema para a prática de pedofilia na cidade. Na época, Bonsack comandava a delegacia da PF em Montes Claros e prendeu o jornalista Fredi Willian Teodoro Mendes, depois de investigá-lo durante seis meses, período em que colheu provas materiais irrefutáveis que não deixaram dúvidas sobre a personalidade criminosa de Mendes. Sempre chamou a atenção,mesmo antes de confirmado seu envolvimento, as imagens de bichinhos e de crianças em sua página no facebook. Mendes ficou preso 77 dias e depois a Justiça o condenou a mais de 5 anos de prisão pelo crime de pedofilia. Na operação "Glasnost" (transparência),

realizada recentemente, a PF cumpriu um mandado de prisão, cuja identidade foi mantida em sigilo. O objeto da investigação é justamente o modus operandi utilizado por Mendes quando foi flagrado: a disseminação de fotografias e vídeos de menores na internet, bem como o estabelecimento de contatos com outros pedófilos ao redor do mundo. No caso do jornalista, a polícia chegou a ele depois de uma denúncia anônima, em que o denunciante informava que Fredi Mendes lhe enviou a foto de uma criança de 3 anos fazendo sexo com um adulto. O pedófilo oferecia a criança, mas em troca o homem também teria que fazer sexo com ele. O inquérito revela fatos e imagens de causar revolta e asco, como homens adultos ejaculando sobre um bebê de apenas 3 meses. Tudo encontrado em farto material de vídeos e fotos, armazenados no computador

pessoal de Fredi Mendes e em pendrives, com muito conteúdo pornográfico envolvendo crianças. De acordo com Bonsack, o pedófilo utilizava vários e-mails para manter contato para o envio e recebimento das imagens. Quando foi preso, Mendes era o responsável pela Comunicação no governo do ex-prefeito Luiz Tadeu Leite. A polícia chegou a apreender o computador utilizado por ele na Assessoria de Comunicação da Prefeitura para perícia, mas o laudo pericial não foi divulgado. Fredi Mendes foi condenado pelo juiz Maurício Leitão, da 2ª Vara Criminal pelos crimes previstos na Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), que prevê de 3 a 8 anos de reclusão.A investigação realizada agora, para desbaratar a rede de pedofi l ia, com ramificações em Montes Claros, foi realizada ao longo de dois anos, tendo sido identificada

quase uma centena de indivíduos brasileiros, envolvidos com a produção e o compartilha-mento de imagens relacionadas à exploração sexual de crianças e adolescentes na internet. Mais de duzentos suspeitos continuam sob investigação.Os investigados compartilhavam fotos e vídeos de crianças, adolescentes e até de bebês, muitos deles sendo abusados sexualmente por adultos, e as enviavam para seus contatos no Brasil e no exterior, assim como fazia o jornalista. Cerca de 350 Policiais Federais participaram diretamente da deflagração da operação, realizada nos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Bahia, Goiás e no Distrito Federal.

Revista tendenciosa - Na época, a revista Tempo, que ainda é editada por Fredi Mendes, tentou proteger o jornalista pedófilo, chegando ao cúmulo de inventar uma reportagem para tentar livrar seu editor. Segundo a reportagem, as fotos e os vídeos encontrados em seu computador eram resultado de contatos estabelecidos para a matéria, o que foi prontamente desmentido pela PF. "Essa versão pretende tão somente aliviar a situação dele. Não passa de uma farsa", declarou na época Fernando Bonsack.

Fernando Bonsack: Seis meses monitorando o jornalista pedófilo

Page 15: Daqui 2014

Montes Claros, de 15 a 25 junho de 2012

Estádio Mocão é novamente prometido pela gestão “Cara de pau”O por enquanto prefeito prometeu o reinício das obras para o início do ano. Agora, volta a dizer que fará o estádio ano que vem

O vôlei serve novamente a interesses políticos – dessa vez para eleger a mulher de Muniz

Numa de suas últimas entrevistas no ano, o por enquanto prefeito voltou a repetir as mesmas promessas mirabolantes da época de campanha – nenhuma delas cumprida no primeiro ano de governo. Entre elas, disse que vai construir o estádio Mocão, cujas obras nunca avançaram, se constituindo num dos maiores descasos com o dinheiro público em Montes Claros.Também em relação ao estádio, Muniz demonstra ser uma continuidade ao desastre

administrativo de Tadeu L e i t e , q u e em 14 anos à frente da Prefeitura (1982-1988/93-96/2009-2012) – sem contar o período de 89 a 92, cujo prefeito Mário Ribeiro foi eleito para ser uma espécie de continuidade do seu primeiro mandato – não moveu uma única pá no local, que até hoje se resume a um amontoado de terra ao redor de um buraco no bairro Santo Antônio, num desperdício R$ 4 milhões, em valores atualizados.

Em fevereiro deste ano, o por enquanto prefeito anunciou que as obras recomeçariam em poucos dias, graças, segundo ele, a um “acordo” com a Caixa Econômica Federal. Assim, a obra finalmente seria entregue em 3 de julho de 2014, no aniversário da cidade.Assim como seu antecessor, o por enquanto prefeito não dá mostras na prática de que vai tirar a obra do papel. Tadeu Leite recebeu r e c u r s o s d e e m e n d a f e d e r a l p a r a investimentos no estádio, mas aplicou o dinheiro na construção de outro campo de futebol, no bairro João Botelho. A obra do Mocão é alvo de auditoria técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Vôlei – Outro exemplo de embromação herdado pelo por enquanto prefeito de Tadeu é o time de vôlei. Para eleger o filho deputado, Leite investiu dinheiro público para manter um time cheio de estrelas de nível nacional. Numa atitude de clara improbidade administrativa, colocou o próprio filho para dirigir a equipe, fato denunciado pelo Daqui. Com base no jornal, o Ministério Público ofereceu denúncia à Justiça. O ex-prefeito foi obrigado a devolver parte dos recursos ilegalmente investidos,

mas continua impune. Agora, o por enquanto prefeito “importou” um time de vôlei de Goiás e já investiu R$ 500 mil nele, com dinheiro da Prefeitura. O objetivo parece ser o mesmo, ou seja, viabilizar eleitoralmente alguém da família, no caso dele a esposa, que deverá disputar a eleição ano que vem. Não se sabe ainda se para a Assembleia Legislativa ou para a Câmara Federal, tudo dependendo da quebra ou não do acordo que Muniz firmou com seu aliado Luiz Tadeu Leite para ter seu apoio na campanha para prefeito do ano passado. O compromisso é de que a administração apoie a reeleição do seu pupilo a deputado estadual.

Desvio de recursos e falta de vontade política impede concretização do Mocão

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Page 16: Daqui 2014

SEM RETOQUESMontes Claros, janeiro de 2014

Foi empossada a primeira diretoria da Liga Norte-mineira de Capoeira. A Diretoria Executiva tem a seguinte composição: Presidente: Wagner Ruas (Mestre Aberrê); Vice-

presidente: Thiago Afonso (Thiago Rapadura); Primeiro Secretário: João Figueiredo; S e g u n d o S e c r e t á r i o : Antonino Soares (Ton); Primeiro Tesoureiro: Sidney Alves (Bem-te-vi); Segundo Tesoureiro: Igor Thiago (Antigo). O Conselho Fiscal e Comissão de Ética são compostos por Mest re Tadeu, Contramestre Jean A n g o l e i r o , G r a d u a d o Eduardo Oliveira, Instrutor Luciano Vieira, Professor J e a n G a s p a r z i n h o , Pro fessor Cé l io P iqu i , instrutor João de Barro,

Professor Lezin, Professor Hugo Coelhão, Contramestre Lu Grande, Professor Ramon e Instrutor Cristiano Toco.

Religiosidade e cultura é o que se manifesta na Festa Tradicional de Espigão de Cima, município de Montes Claros. Os moradores daquela região, em sua maioria agricultores familiares, dão uma demonst ração de solidariedade, união e com-promisso com as tradições na organização e pela participação nas atividades do evento.

Da esquerda para a direita: Flávia Diogo, secretária executiva do CMDRS de Montes Claros; Professor Frederico, conselheiro do CMDRS, representante

da UFMG; Tatiana e Alexandre, m e m b r o s d a c o o r d e n a ç ã o d o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em Montes Claros. O MST reivindica uma cadeira no CMDRS e vem encontrando uma série de empecilhos para a sua admissão no conselho. Tanto os integrantes do MST como os seus s impat izantes e a p o i a d o r e s a c r e d i t a m q u e a s dificuldades para a sua entrada no CMDRS é decorrente da intensa propaganda de criminalização dos Movimentos Sociais pelas elites brasileiras.

A Associação Sociocultural Igor Vive (ACIV), presidida pelo poeta e agitador cultural Aroldo Pereira, se reúne periodicamente. A entidade promoveu uma campanha para o acompanhamento do julgamento dos assassinos confessos do bailarino Igor Xavier, no último dia 27 de agosto no Fórum Lafaiete, em Belo Horizonte. Igor foi assassinado em 1º de março de 2002 por Ricardo Ataíde e Diego Vasconcelos (pai e filho), que são membros de família tradicional de Montes Claros. Os advogados dos assassinos conseguiram sucessivos adiamentos do julgamento e, por fim, o desaforamento do processo para Belo Horizonte em virtude do alto poder aquisitivo dos réus. Decorridos 11 anos, os assassinos foram julgados. Ricardo Ataíde foi condenado a 14 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado; seu filho, Diego Vasconce-

los, foi absolvido sob a alegação de falta de provas no crime. Durante o julgamento surgiu uma nova tese de que o crime não fora por homofobia, mas que teria sido um crime passional, haja vista que o assassino e a vítima teriam um relacionamento amoroso. Verdadeira ou não essa tese, o fato é que o crime foi praticado com requintes de crueldade, f r ieza, premeditação e com indícios claros de que houve a participação de mais de uma pessoa, já que houve deslocamen-to e ocultação do cadáver. Contudo, as várias manobras dos advogados dos réus deram resultados porque impedi-ram a condenação do cúmplice (ou cúmplices) do Ricardo Ataíde e ainda permitiu que as acusações adicionais na prática do homicídio se tornassem legalmente prescritas em virtude do tempo decorrido entre o crime e o julgamento.

A agricultora familiar Raquel Freitas e o afilhado Alessandro durante uma festa na comunidade de Lagoinha, município de Montes Claros.

À noite, antes que o caminhão do lixo passe, o senhor Antônio Donizete vasculha as lixeiras nas portas das residências do bairro Santa Rita e adjacências à procura de materiais recicláveis para comercialização. “É daqui que eu tiro o meu pão de cada dia, trabalhando honestamente; aprendi desde cedo a ganhar a vida fazendo o que é certo”, diz ele orgulhoso do que faz.

Quilê, morador de rua, passeando pelo corredor cultural.

Geovane Rocha e Ronaldo Zuba cantando e encantando os moradores de Espigão de Cima com um vasto repertório de músicas sertanejas.

O Casal Marly e Geraldo Teixeira completou 50 anos de matrimônio e comemorou com os filhos. Teixeira foi porteiro do Automóvel Clube de Montes Claros por mais de 30 anos e hoje é aposentado.

Bodas de ouro de Teixeira e Marly

FESTA NA CASA DE SEU»ZEZINHO DE NONÔ» NA COMUNIDADE RURAL DEMILIVRE

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