dano ambiental individual

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Meio Ambiente e Pensamento Meio Ambiente e Pensamento SistêmicoSistêmico

• A Política Nacional do Meio A Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA - Lei 6.938/81 Ambiente – PNMA - Lei 6.938/81 assim definiu a política nacional assim definiu a política nacional de meio ambiente, o meio de meio ambiente, o meio ambiente, a degradação e a ambiente, a degradação e a poluição:poluição:

““Art. 2º - Política nacional do meio ambiente, Art. 2º - Política nacional do meio ambiente, tem por objetivo tem por objetivo a preservação, melhoria a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida,propícia à vida,visando assegurar ao País, visando assegurar ao País, condições de desenvolvimento sócio-condições de desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança econômico, aos interesses da segurança nacional e nacional e à proteção da dignidade da à proteção da dignidade da vida humana...vida humana...””

Meio Ambiente e Meio Ambiente e Pensamento SistêmicoPensamento Sistêmico

• Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:por:

• I - meio ambiente, I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, ABRIGA E REGEe biológica, que permite, ABRIGA E REGE A VIDA A VIDA EM TODAS AS SUAS FORMAS;EM TODAS AS SUAS FORMAS;

• II - degradação da qualidade ambiental, a alteração II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente;adversa das características do meio ambiente;

• III - poluição, a degradação da qualidade ambiental III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:resultante de atividades que direta ou indiretamente:

Meio Ambiente e Meio Ambiente e Pensamento SistêmicoPensamento Sistêmico

Meio Ambiente e Meio Ambiente e Pensamento SistêmicoPensamento Sistêmico

a)a)Prejudiquem A SAÚDE, A Prejudiquem A SAÚDE, A SEGURANÇA E O BEM-ESTAR DA SEGURANÇA E O BEM-ESTAR DA POPULAÇÃO;POPULAÇÃO;

b)b) CRIEM CONDIÇÕES ADVERSAS CRIEM CONDIÇÕES ADVERSAS ÀS ATIVIDADES SOCIAIS E ÀS ATIVIDADES SOCIAIS E ECONÔMICASECONÔMICAS

... (omissis)... (omissis)

“Uma mesma ação sobre o ambiente pode ser causadora de diferentes danos, pessoais como patrimoniais ou ainda ecológicos. A poluição de um rio pode causar danos na saúde dos banhistas desprevenidos, das pessoas que bebam a água contaminada ou daquelas que consumam o peixe aí pescado ou os produtos agrícolas cultivados nas suas margens; pode provocar danos patrimoniais aos proprietários e aos agricultores ribeirinhos, aos pescadores cuja subsistência dependa do rio inquinado ou aos operadores turísticos da região; como causará igualmente danos ecológicos traduzidos na destruição da fauna e da flora do rio, assim como a perda da qualidade da água, necessária ao normal equilíbrio ecológico do ecossistema danificado.”

[1] CRUZ, Branca Martins da, Responsabilidade Civil pelo dano ecológico: alguns problemas, in: Revista de Direito Ambiental, n. 5. São Paulo, RT, 1997, p. 07.

DANO AMBIENTAL SISTÊMICODANO AMBIENTAL SISTÊMICO• ““(i) o dano ambiental coletivo ou o dano (i) o dano ambiental coletivo ou o dano

ambiental propriamente dito, causado ao meio ambiental propriamente dito, causado ao meio ambiente globalmente considerado, em sua ambiente globalmente considerado, em sua concepção difusa, como patrimônio coletivo; concepção difusa, como patrimônio coletivo; (...) (...) e (ii) o dano ambiental individual, que (...) (...) e (ii) o dano ambiental individual, que atinge pessoas, individualmente consideradas, atinge pessoas, individualmente consideradas, através de sua integridade moral e/ou de seu através de sua integridade moral e/ou de seu patrimônio material particular.patrimônio material particular.””

• MILARÉ, Edis. Direito do Ambiente.São Paulo: Revista dos MILARÉ, Edis. Direito do Ambiente.São Paulo: Revista dos Tribunais, 2.005. p. 177-179Tribunais, 2.005. p. 177-179

• O autor José Rubens Morato Leite afirma que o O autor José Rubens Morato Leite afirma que o dano ambiental tem uma conceituação dano ambiental tem uma conceituação ambivalente, por demonstrar que a lesão recai ambivalente, por demonstrar que a lesão recai sobre o patrimônio ambiental, que é comum à sobre o patrimônio ambiental, que é comum à coletividade, e também por se referir ao dano coletividade, e também por se referir ao dano através do meio ambiente, o chamado dano através do meio ambiente, o chamado dano ricochete, que se percebe no âmbito dos ricochete, que se percebe no âmbito dos interesses pessoais, legitimando os lesados a interesses pessoais, legitimando os lesados a uma reparação pelo prejuízo patrimonial ou uma reparação pelo prejuízo patrimonial ou extra patrimonial sofrido.extra patrimonial sofrido.

• MORATO LEITE, José Rubens, MORATO LEITE, José Rubens, Dano Ambiental, do Individual ao Dano Ambiental, do Individual ao Coletivo ExtrapatrimonialColetivo Extrapatrimonial. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003. p. . São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003. p. 98-9998-99

DANO AMBIENTAL SISTÊMICODANO AMBIENTAL SISTÊMICO

•(...) § 1º - Sem obstar a aplicação das (...) § 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, poluidor obrigado, independentemente da existência independentemente da existência de culpade culpa, a , a indenizarindenizar ou reparar os ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a danos causados ao meio ambiente e a terceirosterceiros, , afetados por sua afetados por sua atividadeatividade..”” artigo 14, parágrafo artigo 14, parágrafo primeiro, da Lei 6.938/81.primeiro, da Lei 6.938/81.

RESPONSABILIDADE RESPONSABILIDADE OBJETIVAOBJETIVA

• Edis Milaré afirma: “A vitima do dano ambiental reflexo pode buscar a reparação do dano sofrido, no âmbito de uma ação indenizatória de cunho individual,.” [1]

• O Professor Vladimir Passos de Freitas ensina: “Imaginemos um caso em que a vítima invoque dano moral, consistente em sofrimento, perda, diminuição de fruição da vida em razão de um dano ambiental. Suponha-se um pescador amador que, por anos, desfruta de um rio limpo para o exercício da pesca desportiva. Se a água for contaminada por uma empresa, evidentemente haverá um dano moral a ser reparado. Na verdade, acostumados com o progresso a qualquer preço, absorvemos nos últimos trinta anos todos os danos ambientais possíveis. No entanto, ainda é tempo de reagir exigindo reparação daqueles que, em nome do progresso, poluem o ar, o solo, as águas, a paisagem, enfim, tudo de que necessitamos para uma vida digna e com equilíbrio emocional.”[2]

•[1] MILARÉ, Edis. Direito do Ambiente.São Paulo: Revista dos Tribunais, 2.005. p. 178.

• [2] FREITAS, Vladimir Passos de, Revista de Direito Ambiental v. 35, O Dano Ambiental Coletivo e a Lesão Individual. São Paulo: RT. 2004. p. 31.

Agravo de Instrumento nº 170.854-1 – 6ª C.C – TJ/PR -03/01/2005 - Des.

Oto Luiz Sponholz • Nos presentes autos está sob apreciação uma

questão que somente diz respeito aos pescadores. Pretendem o recebimento de indenização diante da impossibilidade de pescar, conseqüência do derramamento de óleo no mar que teria sido causado pela agravante, interesse exclusivamente privado, a defenir como competente a Justiça Estadual. Os agravados não perseguem com a demanda a proteção do mar territorial, bem da União, nem têm legitimidade para tanto.

• Diante do exposto, indefiro o pedido de suspensão do cumprimento da decisão agravada.

Fabiano Neves Tel: 55 41 3352 0660www.bnm.com.br

[email protected]