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8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652 POLIMENTO DE SOALHOS Instalação de pisos de madeira MIRANDA Telefone: 514-272-0519 La vie est plus radieuse sous le soleil Manuel Resendes 514-895-1649 [email protected] www.sunlife.ca/manuel.resendes Conseiller en sécurité financière, Distribution Financière Sun Life (Canada) inc.†, cabinet de services financiers Représentant en épargne collective, Placements Financière Sun Life (Canada) inc.†, cabinet de courtage en épargne collective †Filiales de la Sun Life du Canada, compagnie d’assurance-vie La Sun Life du Canada, compagnie d’assurance-vie est membre du groupe Financière Sun Life. © Sun Life du Canada, compagnie d’assurance-vie 2017. Seguro de Vida Seguro de Hipoteca Invalidez e Doenças Criticas Investimentos REER CELI Seguro de saúde Fundo mutualista Cont. na pág 4 Vítimas dos fogos: Onde param os donativos dos Emigrantes? • Artigo de Daniel BASTOS, pág 3. Por dois dias... José Cesário em Montreal • Veja texto na pág. 13 A não perder... Fernando Pessoa: «Sentir tudo de todas as maneiras» Leia texto na pág. 14 A N I V E R S Á R I O . . º º Vol. XXI • N° 378 • Montreal, 21 de setembro de 2017 EDITORIAL O REI VAI NU Por Carlos DE JESUS Não sei qual é a vossa opinião, mas a minha, na matéria que me traz hoje, mudou muito. Há quem diga que é a idade que nos faz mudar. Que quanto mais ve- lhos, mais conservadores. Até mais reaci- onários, diriam os mais novos. É com- preensível. Também já fui novo. Mas, a meu ver, é o facto de muito termos vivido, de muita experiência termos acumulado que, nós, os mais antigos, temos mudado muitas vezes de opinião. Aliás, até se cos- tuma dizer que só quem não muda de ide- ia são os burros. Mas também é caso pa- ra me perguntar, se fui eu que mudei ou se foi a vida que mudou. A matéria que me traz estas reflexões está ligada com as notícias relativamente às acusações de corrupção política lança- das pelo presidente do sindicato dos po- lícias de Montreal contra o governo do Quebeque. Estas acusações, convém lem- brar, foram feitas por aquele sindicalista, no dia em que o Governo resolveu pro- mulgar uma lei obrigando os polícias de Montreal, que se vestiam como palhaços, a usarem a farda obrigatória. Que grande e estranha coincidência! Tanto mais estranha, que aquele funcioná- rio da polícia, em vez de se dirigir à Uni- dade Permanente contra a Corrupção (UPAC) para denunciar essa dita corrup- ção, preferiu utilizar as ondas da estação de rádio mais escutada em Montreal como tribuna para anunciar este “escândalo”. Das duas, uma, ou ele tem pouca confian- ça naquele corpo de polícia (que já deu MUNICIPAIS DE NOVEMBRO EM MONTREAL... DANIEL LOUREIRO É CANDIDATO! Por Norberto AGUIAR L USOPRESSE - Daniel Loureiro é um jovem lusodescendente nascido em Montreal há 27 anos. Mas quem o conhece sabe que a sua maturidade é de alguém, vamos lá, de 40 anos. Daí não admirar que Daniel Loureiro já tenha uma lista de serviços assaz preenchida. Da sua ex- periência profissional, que o leva a colaborar com quase todos os Média da comunidade, à ge- rência do reputado restaurante Helena, de raízes familiares; acabando na sua formação académica, onde ostenta no seu currículo, nomeadamente, um Bacharelato em Comunicação Política pela Universidade de Montreal. Além disso, David Loureiro, para quem ainda não saiba, é o nosso conselheiro para as Co- munidades Portuguesas desde setembro 2015. É este jovem determinado que Denis Coderre, presidente da Câmara Municipal de Montreal, Cont. na pág 9 Foto de Paul Savoie. Foto LusoPresse.

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8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

Ouvert de 6 AM à 10 PM

3737376-2652

POLIMENTODE SOALHOS

Instalaçãode pisos de madeiraMIRANDATelefone: 514-272-0519

La vie est plus radieuse sous le soleil

Manuel Resendes [email protected] www.sunlife.ca/manuel.resendes

Conseiller en sécurité financière, Distribution Financière Sun Life (Canada) inc.†, cabinet de services financiers Représentant en épargne collective, Placements Financière Sun Life (Canada) inc.†, cabinet de courtage en épargne collective†Filiales de la Sun Life du Canada, compagnie d’assurance-vieLa Sun Life du Canada, compagnie d’assurance-vie est membre du groupe Financière Sun Life.© Sun Life du Canada, compagnie d’assurance-vie 2017.

Seguro de Vida • Seguro de Hipoteca

Invalidez e Doenças Criticas

Investimentos • REER • CELI

Seguro de saúde • Fundo mutualista

Cont. na pág 4

Vítimas dos fogos:Onde param os donativosdos Emigrantes?• Artigo de Daniel BASTOS, pág 3.

Por dois dias...José Cesário em Montreal• Veja texto na pág. 13

A não perder...

Fernando Pessoa:«Sentir tudo de todas as maneiras»

Leia texto na pág. 14

ANIVERSÁRIO

..ºº

Vol. XXI • N° 378 • Montreal, 21 de setembro de 2017EDITORIAL

O REI VAI NU• Por Carlos DE JESUS

Não sei qual é a vossa opinião,mas a minha, na matéria que me traz hoje,mudou muito. Há quem diga que é a idadeque nos faz mudar. Que quanto mais ve-lhos, mais conservadores. Até mais reaci-onários, diriam os mais novos. É com-preensível. Também já fui novo. Mas, ameu ver, é o facto de muito termos vivido,de muita experiência termos acumuladoque, nós, os mais antigos, temos mudadomuitas vezes de opinião. Aliás, até se cos-tuma dizer que só quem não muda de ide-ia são os burros. Mas também é caso pa-ra me perguntar, se fui eu que mudei ouse foi a vida que mudou.

A matéria que me traz estas reflexõesestá ligada com as notícias relativamenteàs acusações de corrupção política lança-das pelo presidente do sindicato dos po-lícias de Montreal contra o governo doQuebeque. Estas acusações, convém lem-brar, foram feitas por aquele sindicalista,no dia em que o Governo resolveu pro-mulgar uma lei obrigando os polícias deMontreal, que se vestiam como palhaços,a usarem a farda obrigatória.

Que grande e estranha coincidência!Tanto mais estranha, que aquele funcioná-rio da polícia, em vez de se dirigir à Uni-dade Permanente contra a Corrupção(UPAC) para denunciar essa dita corrup-ção, preferiu utilizar as ondas da estaçãode rádio mais escutada em Montreal comotribuna para anunciar este “escândalo”.Das duas, uma, ou ele tem pouca confian-ça naquele corpo de polícia (que já deu

MUNICIPAIS DE NOVEMBRO EM MONTREAL...

DANIEL LOUREIRO É CANDIDATO!• Por Norberto AGUIAR

LUSOPRESSE - Daniel Loureiro é um jovem lusodescendente nascido em Montrealhá 27 anos. Mas quem o conhece sabe que a sua maturidade é de alguém, vamos lá, de 40 anos.Daí não admirar que Daniel Loureiro já tenha uma lista de serviços assaz preenchida. Da sua ex-periência profissional, que o leva a colaborar com quase todos os Média da comunidade, à ge-rência do reputado restaurante Helena, de raízes familiares; acabando na sua formação académica,onde ostenta no seu currículo, nomeadamente, um Bacharelato em Comunicação Política pelaUniversidade de Montreal.

Além disso, David Loureiro, para quem ainda não saiba, é o nosso conselheiro para as Co-munidades Portuguesas desde setembro 2015.

É este jovem determinado que Denis Coderre, presidente da Câmara Municipal de Montreal,Cont. na pág 9

Foto de Paul Savoie.

Foto LusoPresse.

Página 221 de setembro de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

AO BRASIL DE TODOS NÓS: TRÊS VEZES SALVE A ESPERANÇA!• Por Lélia Pereira NUNES

Gostaria de começar expressando aminha alegria por ter mergulhado, ainda queem águas rasas, na rica cultura popular de Forta-leza, durante a realização do VIII SeminárioNacional de Folclore nos dias 24, 25 e 26 deagosto último. Evento promovido pela Co-missão Cearense de Folclore com o apoio daComissão Nacional de Folclore reuniu pesqui-sadores, estudiosos e folcloristas de todo oBrasil em torno do tema “Folclore: Dinâmicae Transformações na Contemporaneidade”,num diálogo, aberto e plural, considerando assingularidades regionais, a dinamicidade da mu-dança cultural, a salvaguarda dos saberes e faze-res e as características interdisciplinares dostrabalhos realizados no campo do folclore eda cultura popular em suas diferentes manifesta-ções e feitios. Sem dúvida, um leque de temasde abrangência nacional e de relevância paracompreensão dos novos paradigmas no estu-do das culturas populares tradicionais, lídimopatrimônio espiritual do povo brasileiro.

Ao mesmo tempo, queria sublinhar a sim-patia contagiante dos cearenses e a beleza deFortaleza nascida, no século XVII, no monteMarajaitiba, às margens do riacho Pajéu, a par-tir do Forte Schoonenborch, construído du-rante o domínio holandês, considerado o mar-co inicial do desenvolvimento de Fortaleza eda sua história. Rebatizada de Forte de NossaSenhora da Assunção, em 1654, com a expul-são dos holandeses pelos portugueses. Hoje,com cerca de dois milhões e quinhentos milhabitantes é a quinta maior cidade do Brasil.

Fortaleza se esparrama pela orla. É mulherrendeira, brejeira, deitada na rede a namorar osverdes mares enquanto o sol vai se escondendolânguido sob a linha da maré, lá na praia deIracema, iluminando tudo. Não é sem razãoque a “Terra da Luz” foi batizada de “Loiradesposada do Sol”, nos versos do poeta cea-rense Francisco Paula Ney (1858-1897): “Aolonge, em brancas praias embalada/pelas ondasazuis dos verdes mares,/A Fortaleza, a louradesposada /Do sol, dormita à sombra dos pal-mares.[...]”. Também é conhecida como a “Ca-pital Alencarina” por ser terra natal do roman-cista José de Alencar.

Ainda no aeroporto o largo sorriso deboas vindas de Eracyldo Pessoa emendandoum “Vamos maracatucá?” aguçou a minha cu-riosidade para expressão que desconhecia e parao grande teatro popular do Maracatu. O fol-guedo cultural de forte influência africana compersonagens cativantes como “a Dama do pa-ço e a boneca Calunga, o Balaieiro, os vassalos,as baianas, o escravo do pálio real, Rei e Ra-inha”, tem sua origem nas coroações dos Reisdo Congo, daí a formação de uma verdadeiracorte real. “É negro na origem, no louvor aNossa Senhora do Rosário e no uso dos instru-mentos como o tambor, ganzá, afoxé, caixa,gongué”, ensina-me lá de Sergipe a mestre,Aglaé D’Avila Fontes, expoente da cultura po-pular nordestina.

Sabia que, de acordo com a tradição doMaracatu cearense, os brincantes trazem a carapintada com tinta preta brilhante – “falso ne-grume” e que são homens em trajes femininos,inclusive a rainha. Entretanto, desconhecia oseu ritual, repleto de simbologias, marcado pe-

la riqueza estética, o gingado cadenciado, majes-toso e solene e um sincretismo religioso envol-vente, na associação entre as divindades africa-nas e católicas.

A caminho do hotel Eracyldo – que noMaracatu é o “Balaieiro”, negro de venda comseu tabuleiro de frutas, verduras e ervas – foisatisfazendo minha curiosidade e preparando-me para compreender a mítica do Maracatu daNação Pici que faria sua apresentação no CentroDragão do Mar de Arte e Cultura, numa mostrada rica diversidade do folclore cearense incluin-

do o Boi Juventude e Afoxé Oxum Odolá.No dia seguinte, no anfiteatro do Dragão

do Mar, ao final da minha intervenção sobreo “Espírito Santo Migrante: dos Açores, daDiáspora e de cá”, na Mesa sobre As FestasTradicionais do Divino no Brasil, chamou anossa atenção a surpresa do público e desejode mais querer saber sobre a festividade, os ri-tuais de celebração desde a saída da bandeirado Divino, as novenas, os mordomos, os foli-ões, as cantorias, as promessas, as massas sova-das, as procissões até a solene missa da coroa-

ção, revelando práticas coletivas de conteúdosimbólico e subjetivo entre os signos do sagra-do e do profano. Afinal, cheios de animação,decidiram que para o ano Fortaleza vai ter asua primeira Festa do Divino.

Sorrio deliciada e não posso deixar de pen-sar que no dia anterior aplaudíamos e acompa-nhamos os movimentos do Maracatu da Na-ção Pici, saudamos Afoxé Oxum Odolá e agoralouvamos ao Divino Espírito Santo. Estaaproximação sincrética não me surpreendenem aos maranhenses que estavam em Forta-leza e que têm um Divino afro-brasileiro comsotaque açoriano e com o toque do tambordas caixeiras do Divino das Casas de Minas.Muito menos espantaria os fluminenses deBom Jesus de Itabapoana, onde o hino da“Alva Pomba” (O hino do Espírito Santo dosAçores) é executado e cantado na “Festa daCoroa” desde 1899, levado pelo Padre AntónioFrancisco de Mello, micaelense, natural deAchada Grande, no Concelho do Nordeste,revela o pesquisador Antônio Soares Borgesque ali vive (mas, esta é uma outra história e te-ma para futura crônica).

Aí está a nossa brasilidade, a Identidadecultural nacional. Uma nação multicultural quefaz da diversidade a sua marca. Do Monte Ca-buraí (Roraima) ao Arroio Chuí (Rio Grandedo Sul), seus pontos extremos norte-sul, nasua gigantesca territorialidade, o Brasil abraçaem seu seio gentil o sentimento uno de brasili-dade que o identifica. Uma língua expressa nasonoridade colorida dos inúmeros sotaques re-gionais – a língua portuguesa que floresceu eenriquece-nos, que é patrimônio cultural nacio-nal, que responde pela unidade do Brasil. A naçãobrasileira tão diferente, tão cheia de contrastesna cor, no falar, no cantar e no festejar a vida ea terra onde tantos povos – livres ou escravos –transportaram por baixo da pele ou no coraçãoas suas crenças, usos e costumes e aqui gestarama Pátria e os sonhos de liberdade.

Olho para trás e lá se foram 195 anos dedistanciamento do tempo, quando a PrincesaLeopoldina assinou o decreto que aprovava aseparação definitiva e absoluta do Brasil dePortugal a 2 de setembro de 1822 e cinco diasdepois, em ensolarada tarde de 7 de setembro,quando o Príncipe Dom Pedro proclama oBrasil livre com o célebre grito: – Independênciaou Morte. Sem dúvida, um ideário imagístico ebelo como a cena criada na grandiosa tela “In-dependência ou Morte” (415cm x 760cm) doartista Pedro Américo.

Parece impossível que o sonho de liberda-de vingou e o espírito de luta nunca esmoreceu,graças à capacidade da nossa gente de vencerobstáculos, sambar a adversidade, se levantare seguir em frente. Aliás, “Todo brasileiro vivoé uma espécie de milagre”, já dizia, na sua pecu-liar mordacidade, o jornalista Ivan Lessa, umdos fundadores do jornal “O Pasquim”.

Um olhar alongado para este passado donascimento do Brasil como nação independen-te e um olhar aturdido para este Brasil do pre-sente, em que atravessamos as crises, os desgo-vernos e sobrevivemos, sabe Deus como... sóme resta finalizar louvando o povo brasileiroe a nossa rica cultura popular citando uma es-trofe da canção Louvação de Gilberto Gil eTorquato Neto:E louvo, pra começarDa vida o que é bem maiorLouvo a esperança da genteNa vida, pra ser melhorQuem espera sempre alcançaTrês vezes salve a esperança! L P

«Independência ou morte», ilustração do artista Pedro Américo.

Rei e rainha Maracatu Nação Pici.

O Balaireiro Eracyldo Pessoa.

Página 321 de setembro de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Tábua de salvação...

Cheguei a 2 de março de 1975 a Mon-treal em condições que já explanei. Primeiro,porque fraturei uma perna a jogar futebol (noClube Operário Desportivo). Depois, porquea minha noiva – que se tornou depois minhamulher – tinha o Canadá como destino. Umaterceira razão e que não era menos poderosa –talvez até a mais decisiva – prendia-se com ofacto dos meus pais já serem imigrantes emMontreal.

Com tudo isto reunido, a minha vindapara o Canadá acabou por se tornar perfeita-mente normal. O que acabou por não ser nor-mal foi a minha inadaptação ao novo país.Porque passar de uma situação de estabilidadeemocional e profissional para uma cheia deindecisões, não foi nada fácil...

Também já disse que tive algumas pessoasque me ajudaram a criar as primeiras raízes emMontreal. Mas verdade verdadinha, o que mefez ir adiando o meu regresso aos Açores –que daria um grande desgosto à minha falecidamãe – foi saber que regressando, estaria fazen-do o percurso inverso do da minha noiva, elaentão de partida para Toronto, onde chegouem setembro, também de 75, isto é, poucomais de cinco meses após a minha chegada aoQuebeque.

Durante cinco meses, pois, fui levando aágua ao meu moinho... Por um lado, tentandoincorporar-me na comunidade com a ajuda dosamigos já citados no artigo anterior. Pelo outro,esforçando-me para não pensar muito no queera o meu dia-a-dia na ilha. Mas o aperto docoração era mais forte do que a minha vontadede esquecer o que tinha deixado para trás...

Com a chegada da minha noiva – desdeos 12 anos que a conhecia – quando pensavaque as coisas se endireitassem, comecei a teroutras preocupações, algumas até mais compli-cadas das que tinha tido até então.

Sendo órfão desde os três anos, a Análiasempre viveu com a avó materna. Quando estadecide emigrar para os muitos filhos que tinhano Canadá, ela pensa logo que pode trazer aneta como emigrante. E, na verdade, todas asindicações primárias apontavam nesse senti-do... Até poucos dias de «marcar a passagem».Por essa altura, as entidades consulares dãoconta de que a Anália, por não ser sua filha, sópoderá embarcar com a avó com «visto de tu-rista». Como se imagina, foi um choque para aavó e para o resto da família. Família de lá, nosAçores, e do lado de cá, no Canadá... Até paramim, que a esperava, talvez, como tábua desalvação para os meus problemas de adaptação,foi difícil de acei-tar...

Mas decidi-da, a avó não quisdeixar a neta atrás,e assim resolveuarriscar, trazen-do-a então comosimples turista. Opior viria depois.Como se verá noescrito do próxi-mo número.

Norberto Aguiar

Uma das última fotosque tirei nos Açores an-tes de partir. L P

INCÊNDIOS NA REGIÃO CENTRO...ONDE PARAM OS DONATIVOS DOS EMIGRANTES PARA AS VÍTIMAS DOS FOGOS?

• Por Daniel BASTOS

No início do mês de setembro a im-prensa nacional repercutiu nas páginas de vá-rios órgãos de informação declarações do au-tarca de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, asolicitar que o Ministério Público investigassepara onde foram canalizadas as verbas recolhi-das por várias entidades para as vítimas do in-cêndio que assolou a região em junho.

A suspeita de que terá sido desviada partedas verbas recolhidas para as vítimas, suspeiçãoigualmente partilhadapelos autarcas de Cas-tanheira de Pera e deFigueiró de Vinhos,levou os mesmos amanifestarem inclu-sive receios de desviode donativos de con-tas abertas no estran-geiro por parte deemigrantes.

Esta falta detransparência, aludidapelos autarcas dosconcelhos da regiãoCentro atingidos pe-los incêndios, moti-vou mesmo uma in-tervenção pública doPresidente da Repú-blica, a pedir esclareci-mentos sobre os do-nativos arrecadadospara apoiar as vítimasdos incêndios.

Na esteira das pa-lavras do mais altomagistrado da Naçãoé preciso explicar aosportugueses “de on-

de veio o dinheiro, quem é que o está a gerir,como e quanto”, incumbência que, entretanto,começou a ser esclarecida por várias entidadespúblicas e privadas envolvidas nas campanhasde solidariedade em prol das vítimas dos fogos.

No caso específico das inúmeras campa-nhas solidárias dinamizadas pelas comunidadesportuguesas para com as vítimas dos incên-dios, abundam felizmente vários exemplos detransparência e entreajuda. Ainda no fim-de-semana passado, o movimento “Canada ForPortugal”, um movimento que reúne empresá-rios, meios de comunicação social e associa-

ções portuguesas de Ontário no Canadá, entre-gou pessoalmente através do comendador Ma-nuel da Costa, um dos mais ativos e beneméri-tos empresários portugueses em Toronto, maisde cem mil dólares ao autarca de Pedrogão Grande.

Este envolvimento direto das comunida-des portuguesas é indubitavelmente a formamais adequada de demonstrar a entreajuda etransparência destas campanhas, acrescentan-do ainda a vantagem de potenciar o conheci-mento sobre a realidade das pessoas para comquem os portugueses no estrangeiro expressama sua solidariedade. L P

Página 421 de setembro de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Dra. Carla Grilo, d.d.s.

Escritório1095, rue Legendre est, Montréal (Québec)Tél.: (514) 385-Dent - Fax: (514) 385-4020

Clínica Dentária Christophe-Colomb

Dentista

FICHE TÉCHNIQUE

LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Anália NARCISOContabilidade: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Luciana Graça• Lélia Pereira Nunes• Daniel Bastos• Osvaldo Cabral

Revisora de textos: Vitória Faria

Societé canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:• Norberto AGUIARContatos: 514.835-7199

450.628-0125Programação:• Segunda-feira: 21h00• Sábado: 11h00; domingo: 17h00(Ver informações: páginas 5 e 16)

O DESEMPREGO INTRIGANTE• Por Osvaldo CABRAL

H á umaquestão intrigante nodesemprego dos Aço-res: enquanto que as-sistimos a quedas per-manentes e em maiordimensão no desem-prego do Continentee Madeira, nos Açoresregistam-se quedasmuito tímidas e – pasme-se – até aumentou de9,3% para 10%, em comparação com o perí-odo anterior, segundo o inquérito trimestralao emprego para o segundo trimestre desteano, agora revelado.

Como é possível que no arranque da épocaalta do turismo, setor que está a absorver (e anecessitar) de mão de obra, o desemprego nãotenha registado na nossa região uma descidamuito mais acentuada do que nas restantes re-giões?

O nível de emprego passou para 107 613em período homólogo, de 2016, para 109 551em junho de 2017, apesar de tudo menos queos 111 183 do primeiro trimestre.

Porque cresce o desemprego na conjun-tura atual?

A única explicação parece estar no númerode ‘ocupacionais’, que está a decrescer e a ali-mentar o desemprego efetivo.

A percentagem de ‘ocupacionais’ nos A-çores é muito maior do que no resto do país ea realidade açoriana está agora a corrigir a esta-tística.

Os avanços não são tão bons como seesperaria, porque tem havido desemprego ocul-tado e que agora começa a aparecer com a redu-ção dos programas ocupacionais.

O fenómeno deverá continuar até desa-parecer a maioria dos quase 6 500 ocupacionaisatuais.

O governo, ao libertar os trabalhadoresnos programas ocupacionais, pressionado pe-

lo próprio partido, porque o mercado assim oestá a exigir, cai finalmente na realidade estatís-tica.

E o que diz a ‘estatística’ é que ainda exis-tem nos Açores 15 433 inscritos nos centrosde emprego, sem trabalho, entre desemprega-dos e ‘ocupacionais’ (ver quadro).

Um número exorbitante face à melhoriaeconómica que se apregoa e que só vem provarque os ‘ocupacionais’ deviam ter sido liberta-dos há mais tempo.

Mas isto também prova que a tão propala-da ‘via açoriana’ para o emprego não funcio-nou. Ou, pelo menos, não foi tão eficientecomo no resto do país.

Angra e Horta continuam a registar níveiselevados de ‘ocupacionais’ (mais do que emjunho do ano passado), o que não é bom sinalpara quem está à procura de emprego, nem tãopouco para quem precisa de mão de obra, comoestá a acontecer nalguns setores de atividade.

Terminada a época alta do turismo é bemprovável que as ofertas de emprego apareçamde forma mais moderada, à semelhança do quese prevê também para o todo nacional.

O estudo da Manpower Group para oquarto trimestre de 2017 revela que a contrata-ção em Portugal vai continuar a crescer, embo-ra a ritmo mais lento do que nos trimestresanteriores.

O estudo confirma ainda que a dinâmicado mercado de trabalho espelha muito a sazo-nalidade da economia em muitas das regiões,muito marcada por um aumento do consumoe estimulado pela indústria hoteleira, tal e qualcomo sentimos neste último ano nos Açores.

Em muitas regiões já se sente a dificuldadeno recrutamento, sobretudo mão de obra quali-ficada.

É por isso que as autoridades devem darmais atenção aos próximos tempos e às ten-dências do mercado, facilitando as empresasno recrutamento de pessoal através de novosincentivos, como o desagravamento fiscal ouregimes que beneficiem o reinvestimento, talcomo defende a Associação de Jovens Empre-sários.

É por isso que os próximos Planos e Orça-mentos, nacional e regional, serão dos maisimportantes neste período crucial em que aeconomia dá sinais de retoma.

Voltar a sacrificar os setores produtivos,como se tem feito no passado, será mais umerro que todos pagaremos caro mais tarde. L P

mais que provas de ser uma polícia totalmenteindependente do poder político, a ponto deprender a antiga vice-primeira ministra e, maisrecentemente, o braço direito do antigo presi-dente da Câmara Municipal de Montreal, entremuitos outros pesos pesados). Ou então, elesó quis dar um show para a galeria.

Podem dizer que se trata duma guerrilhasindicalo-política. Será, mas esta tática sindica-lista tem muito que se lhe diga. Tanto maisque, esta semana, depois de cinco meses de in-quérito da polícia provincial, Sûreté du Québec(SQ), com a colaboração da polícia federal,GRC, ter vindo a público que nada foi encon-trado que corrobore as acusações do senhorYves Francoeur, presidente do sindicato dospolícias de Montreal.

É esta atitude de militância sindicalista,capazes de se aproveitarem de tudo quanto te-nham à mão de semear, nem que seja a mentirae a calúnia, que me leva a baixar a minha estimasobre o sindicalismo atual, eu que, duranteanos, militei nos meios sindicalistas, em Portu-gal. Aqui, devo dizer que, naquela época, dotempo do salazarismo, só o facto de se ser

EDITORIAL...Cont. da pág 1

membro de um sindicato era, só por si, um a-to de coragem, não esqueçamos. Sim, porquenaquele tempo os sindicatos pugnavam deve-ras não só pela defesa dos interesses dos seusmembros contra a prepotência dos patrões,mas lutavam em geral pelos trabalhadores, pelaconsciencialização geral da sociedade, pelo di-reito à liberdade de opinião e de pensamento.Quantos não conheceram as masmorras daPide por esse motivo.

Sim, já houve tempo em que fui grandedefensor dos sindicatos e dos seus militantes.Já houve tempo em que acreditava que as classessociais tinham necessidade de se organizar, demilitar para conseguirem melhores condiçõesde trabalho, melhores salários, melhores perío-dos de descanso e férias para os trabalhadores.

Mas, nos dias que correm, o que é que euvejo? Sindicatos transformados em organis-mos corporativos que estão mais interessadosem aumentar o número de membros e, porconseguinte, de cotizações, do que defenderde verdade os interesses reais das classes traba-lhadoras. Quando é que vamos ver sindicaliza-dos os bancos, as grandes cadeias comerciais?São pequenos salariados. O que interessa é aconstrução pública e os funcionários do estadoonde as contribuições chorudas são mais inte-

ressantes e sem grande trabalho. Que o diga onosso compatriota, Ken Pereira, cuja denúnciada corrupção sindical levou à criação da ComissãoCharbonneau encarregada de inquirir sobre oslaços da Mafia, os sindicatos, as empresas deconstrução e a política municipal.

Não me tornei, de modo algum, anti sindica-lista. Mas penso que o movimento sindical se des-viou imenso da sua razão de ser inicial. E hoje,quando vejo um sindicato da polícia lutar não pelointeresse geral, mas apenas pelos interesses corpora-tivistas daquela classe de trabalhadores, sou levadoà conclusão que não há razão que justifique que ospolícias, tal como os bombeiros ou até os professo-res, se organizem em sindicatos. É evidente que,como todas as classes profissionais, precisam de seorganizar para defenderem os seus interesses. Maspara tal, e atendendo à especificidade da sua missão– sim, ser polícia, bombeiro ou professor é maisque uma profissão, é uma missão – têm que utilizaroutros meios de auto-defesa (passe o trocadilho) eencararem, deveras, a criação de ordens profissionais,tal como os advogados, os médicos, os notários.Estou cada vez mais convencido que esta é a via aseguir. Senão, é todo o conjunto da militância sin-dical que vai ser posta em causa na opinião popular,tantos e tão graves são os desvios dos sindicatosnos últimos anos. L P

Página 521 de setembro de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Feliz Natala todos!

Página 621 de setembro de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

FESTIVAL INTERNACIONAL DO FILME BLACK DE MONTREAL

COM TRÊS PELÍCULAS LUSÓFONASLUSOPRESSE – Tem lugar em Mon-

treal de 27 de setembro a 1 de outubro a 13.ªedição do Festival Internacional do FilmeBlack de Montreal, em cuja programação estãoassociados o LusoPresse e a LusaQ TV.

Nesta programação, que se desenrolaráem várias salas cinematográficas da cidade, háuma interessante participação lusófona, atra-vés de dois documentários brasileiros e umfilme co-produzido por Portugal e Brasil. A-baixo neste texto, descreve-se parte do snopsisdas três películas de maneira a que os nossosleitores possam ficar mais atentos a este belís-simo projeto.

Esta 13.ª edição do Festival conta com 66filmes vindos de 25 países. Há nesta ediçãofilmes de ficção e documentários, curtas-me-tragens, longas-metragens que abordam váriostemas como música, direitos humanos, políti-ca, problemas sociais, comédia, etc...

Teremos convidados internacionais da in-dústria do cinema vindos de diferentes partesdo mundo, em sua maioria atores, atrizes, pro-dutores e cineastas.

Para as pessoas que são profissionais daindústria do cinema oferecemos workshopssobre como obter financiamento para produ-zir filmes, o processo de produção de filmes,sobre como ter o seu filme selecionado numfestival de cinema, etc...

Os filmes em língua portuguesa:

MENINO 23: Infâncias perdidas no Brasil(Apresentação no dia 30 setembro, às 19h00– Cinéma ONF-1564, rue St-Denis)

«Menino 23» é um documentário brasilei-ro dirigido por Belisário França. Trata-se deum documentário sobre um grave, e ainda pou-co explicado, episódio da história do Brasil.

A partir da descoberta de tijolos marcadoscom suásticas nazis numa fazenda no interiorde São Paulo, o filme acompanha a investigaçãodo historiador Sidney Aguilar e a descobertade um facto assustador: durante os anos 1930,

cinquenta meninos negros e mulatos foramlevados de um orfanato no Rio de Janeiro paraa fazenda onde os tijolos foram encontrados.Lá, passaram a ser identificados por númerose foram submetidos ao trabalho escravo poruma família que fazia parte da elite política eeconómica do país, e que não escondia a suasimpatia pelo ideário nazi. Aos 83 anos, doissobreviventes dessa tragédia brasileira, AloísioSilva (o “Menino 23”) e Argemiro Santos, as-sim como a família de José Alves de Almeida(o “Dois”), revelam as suas histórias pela pri-meira vez.

VAZANTEDrama histórico(Apresentação no dia 29 setembro, às 21h15 -no Cinéma Du Parc, 3575, Ave Du Parc)

«Vazante» é um drama dirigido e escritopor Daniela Thomas. Uma produção do Brasile de Portugal.

Início do século dezanove. Em uma fa-zenda imponente e decadente, situada na regiãodos diamantes em Minas Gerais, brancos, ne-gros nativos e recém-chegados de África so-frem com os conflitos e a incomunicabilidadegerada pela solidão e pelas tensões raciais e degénero em um país que passa por um forte pe-ríodo de mudança.

O filme explora as relações entre raças egéneros nas margens do Brasil Colonial, noinício do século XIX. Com o ator portuguêsAdriano Carvalho.

YEMANJÁ: Wisdom from the AfricanHeart of Brazil Iemanjá: Sabedoria ecológicado coração do Brasil(Apresentado no dia 1 de outubro, às 15H00 –Cinéma Du Parc, 3575, Ave Du Parc)

Este é um filme de Donna Carole Robertse Donna Read

«Iemanjá» é um documentário de 52 minu-tos que aborda a justiça social, sustentabilidadeecológica, a ética, o racismo, a intolerância reli-giosa e a força baseado na crença e comunida-de, partindo da perspetiva de líderes anciãs datradição espiritual do Candomblé, na Bahia,Brasil, derivada de cultos africanos. Conformea humanidade e o nosso planeta enfrentamgrandes desafios, esses conhecimentos antigostrazem perspetivas inspiradoras para as nossaspreocupações globais comuns.

O Candomblé é chamado de a religião danatureza; suas crenças, rituais e remédios medi-cinais dependem do acesso ao mundo natural.Suas divindades, Orixás são: Iemanjá, a deusado Mar; Oxum da água doce; Iansã do vento;Oxóssi da floresta; Ossain das folhas sagradas;e Oxalá da paz. O Candomblé e a natureza sãoinseparáveis. O cenário principal é a cidadeculturalmente vibrante de Salvador, o maiorporto de escravos do “novo mundo”. Salvadoré o coração do Candomblé. A influência daslíderes do Candomblé na cultura levou a antro-pologista americana Ruth Landes a apelidarSalvador de “A Cidade das Mulheres”. A mai-oria dos membros do Candomblé são mulhe-res, e as líderes, são conhecidas como Mães deSanto e Iyalorixás.

A história do filme é contada principal-mente por meio das vozes das líderes do

Candomblé, a maioriadelas senhoras respei-tadas. Essas mulheresnão são apenas asguardiãs do conheci-mento desta abran-gente tradição oral,mas elas também sãoreferências ilustresnas grandes comuni-dades em que vivem.Elas criam e apoiamcausas e campanhassociais e ambientais,escrevem livros e in-centivam políticaspúblicas; elas são vis-tas como mulheressábias em suas comu-nidades espirituais enas regiões em que a-tuam. (Por favor, con-sulte a página da webAs mulheres do can-domblé.)

Através dessas ede outras vozes, nósconhecemos uma tra-dição próspera na me-trópole Salvador quedetém a religião e a natureza como algo sagra-do. A festa anual da cidade, a Festa de Iemanjáé um ritual e uma festa muito popular que sóperde para o Carnaval, com milhares de pessoasoferecendo flores e outros presentes para hon-rar a grande Deusa Mãe.

Um destino turístico popular e atormen-tado por um grande desenvolvimento insus-tentável, com a chegada das Olimpíadas, o querestará do meio ambiente de Salvador? O queacontecerá com o Candomblé? Poderá o Can-domblé em conjunto com o trabalho dessasmulheres e suas comunidades espirituais impac-tarem a direção do desenvolvimento? A histó-ria se desenrola quando a sociedade desespe-radamente precisa de paradigmas inspiradorespara nos lembrar da nossa interdependênciacom o mundo natural. O filme tem como obje-tivo desafiar os expectadores a reconsiderar osvalores e os relacionamentos com o mundoselvagem, e com a natureza. Nós temos o direi-to de um meio ambiente limpo? Nossos filhos

têm esse direito? A natureza possui direitos?O progresso e a sustentabilidade podem co-existir?

Para além das colaborações do LusoPressee da LusaQ TV, também o Festival PortugalInternational de Montreal nos apoia na apre-sentação do filme Vazante.

VAZANTE - Filme histório, co-produzido por Portugal e Brasil. O actor principaldo drama é o português Adriano Carvalho.

Menino 23, foi como este homem foi ca-talogado no decorrer da sua meninice...

Vasco Cordeiro, presidente do Governo dos Açores.

L P

Telefone e fax: (514) 849-9966Alain Côté O. D.

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«NOVA ERA» NA DIÁSPORA...

PARA POTENCIAR OS AÇORES NO MUNDOTORONTO, Ontário - O Secretário

Regional Adjunto da Presidência para as Rela-ções Externas afirmou, em Toronto, Ontário,que se assiste a uma “nova era” na Diáspora,em que se apresentam novos desafios às Casasdos Açores e também ao Governo dos Açorespara afirmar a açorianidade e potenciar a pre-sença do arquipélago no mundo.

Rui Bettencourt, que intervinha na sessãode abertura da XX Assembleia Geral do Con-selho Mundial das Casas dos Açores, consi-derou ser importante refletir o caminho per-corrido até agora, mas defendeu que se torna“imperioso desenhar e construir o futuro jun-tos”, sublinhando que esse é um futuro que sequer “harmonioso, ambicioso e inclusivo, ondetodos devem estar”.

“Não te interrogues sobre o que os Açorespodem fazer por ti. Interroga-te, sim, sobre oque podes fazer pelos Açores”, asseverou ogovernante, parafraseando Kennedy para de-safiar os açorianos, de todo o mundo e do ar-quipélago a fazerem “tudo pelos Açores”.

Para o titular da pasta das Relações Exter-nas, “responder aos desafios com pertinência”obriga a todos a “uma grande responsabili-dade”. Uma responsabilidade que no seu en-tender implica a tomada de consciência de quea construção do futuro dos Açores e da suaDiáspora obriga à “união dos açorianos”, mastambém à “necessidade imperiosa de entusias-mar os jovens para um projeto açoriano”, den-tro e fora dos Açores.

“É importante que os açorianos dos Aço-res tenham orgulho dos açorianos da Diásporatal como os açorianos que vivem no Mundotenham orgulho nos Açores de hoje”, frisouainda Rui Bettencourt, recordando o desenvol-vimento a que se tem assistido na Região, tra-balho esse que nalguns casos está “na vanguar-da do progresso”, disse.

Na sua intervenção, o governante apro-veitou ainda para reconhecer e agradecer o

trabalho dos fundadores do Conselho Mun-dial e das Casas dos Açores, cuja dinâmica setem vindo a aprofundar “através de uma maiorabrangência, quer na sua realidade geográficade atuação, quer na sua área de intervenção”,contando sempre com o apoio e parceria doGoverno Regional.

Na ocasião, o Secretário Regional ofereceua Suzanne Cunha, presidente da Casa dos Aço-res de Ontário e atual presidente do ConselhoMundial das Casas dos Açores, uma reprodu-ção do quadro “Os Regressantes” do pintoraçoriano Tomaz Borba Vieira, uma obra quecomplementa “Os Emigrantes” de DomingosRebelo.

Rui Bettencourt aproveitou a mensagemda obra, que “está cheia de simbolismos”, paraconvidar todos a voltarem à Região. “Regres-sem aos Açores. Revisitem os Açores, hoje”,afirmou o governante, deixando o desafio paradivulgarem e darem a conhecer o arquipélago,mas sobretudo partilharem esse “amor pelosAçores” com os mais jovens para que estes seentusiasmem com a terra dos pais e avós eparticipem ativamente nas questões açorianas,fazendo com que “a Diáspora perdure”, frisou.

O Secretário Regional propôs ainda à As-sembleia Geral um voto por aclamação a umasaudação e homenagem do CMCA a TomazBorba Vieira - “grande açoriano e homem dacultura” - que com este quadro representa “odesejo de voltar” para a emigração açoriana.

A XX Assembleia Geral do ConselhoMundial das Casas dos Açores decorreu emToronto de 13 a 16 de setembro e contou coma participação de 14 Casas dos Açores, prove-nientes do Canadá, Estados Unidos, Bermuda,Brasil, Uruguai e Portugal continental, que aolongo daqueles dias se reúniu em diversas ses-sões de trabalho para fazer um balanço das su-as atividades e analisar os principais problemase desafios que atualmente se colocam às comu-nidades açorianas da Diáspora.

Quadro «Os Regressantes», da autoria do pintor açoriano Tomaz Borba Vieira.

L P

Reunião Mundial das Casas dos Açores... «Juventude assume papel prioritário na diáspora»

O Diretor Regional das Comunida-des defendeu, em Toronto, no Canadá, a im-portância do papel da juventude, considerandoque é “o único garante da continuidade do tra-balho e do esforço” desenvolvido pelas Casasdos Açores.

Paulo Teves, que falava sábado no encerra-mento da XX Assembleia Geral do ConselhoMundial das Casas dos Açores (CMCA), frisouque deve existir recetividade para auscultar osdesejos e a visão dos jovens, promovendo no-vas atividades, em novos espaços e em contex-tos diversificados.

“O Governo dos Açores fará a sua parteem promover cursos sobre a realidade atual doarquipélago” afirmou Paulo Teves, que apon-tou como exemplo o curso para jovens dadiáspora que se realizou este ano no arquipéla-go dirigido a jovens dos Estados Unidos daAmérica, adiantando que “no próximo anoserá com jovens do Canadá”.

Na sua intervenção, o Diretor Regionalapontou ainda como prioridades “a capacidade

de sair do espaço comunitário”, para uma me-lhor e maior divulgação da riqueza existente,assim como o trabalho para uma “maior pro-moção dos Açores”, conciliando as potenciali-dades do arquipélago com os sistemas de in-centivos existentes, de forma a “despertar ointeresse económico” dos empresários.

Paulo Teves salientou que a organizaçãode sessões de esclarecimento sobre diversasáreas de negócio, a sinalização de eventos derelevante interesse e o estabelecimento de li-gações entre empresários de ambos os ladosdo Atlântico são alguns exemplos de iniciati-vas que as Casas dos Açores podem promovere com as quais podem colaborar.

“Este é, efetivamente, um papel que po-dem ocupar neste processo de desenvolvi-mento da Região Autónoma dos Açores”, afir-mou Paulo Teves.

O Diretor Regional frisou ainda que ocompromisso que o Governo dos Açores as-sume no âmbito do relacionamento com asCasas dos Açores é o de corresponder com“uma agenda única” que abranja diversos seto-res e públicos distintos, num processo em quea diáspora é “ator fundamental” e as Casasdos Açores “pilares essenciais” que contribui-rão para o sucesso das metas que se propõematingir.

Paulo Teves reafirmou ainda o compro-misso do Governo dos Açores para que as co-munidades sejam “integradas, reconhecidas,fortes e dinâmicas nos diversos relacionamen-tos”, de forma a que haja “mais Açores nomundo e mais comunidades nos Açores”.

Nesta cerimónia, o Diretor Regional feli-citou Conceição Casimiro, Susan Amaral e osindicato Local 183, que foram distinguidoscom a Medalha de Mérito do CMCA, bem co-mo a Federação Agrícola dos Açores, na pessoado seu presidente, Jorge Rita, que recebeu adistinção de ‘Produto Açoriano de Qualidade’atribuído à ‘Carne dos Açores’, além de todosos participantes e todos os que tornaram pos-sível a realização de mais um Conselho Mun-dial.

A próxima reunião do Conselho Mundialdas Casas dos Açores será realizada no RioGrande do Sul, no Brasil, por decisão destaAssembleia Geral.

L P

Página 921 de setembro de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

PONTA DELGADA...

COM LIVRO DEDICADO À LEITURAPONTA DELGADA - O Jardim Antero de Quental, na cidade de Ponta Delgada,

acolhe agora um projeto de valorização da literatura açoriana e de divulgação dos Açorespara residentes e turistas. A intervenção foi inaugurada a 18 de setembro, por iniciativa daeditora Publiçor/Letras Lavadas, com o apoio da Câmara Municipal de Ponta Delgada.

Os sonetos de Antero de Quental, considerado o maior poeta açoriano, estão agoradisponíveis em português, inglês, francês, espanhol, italiano e alemão, num livro especialque se encontra colocado numa das árvores do conhecido “Jardim do Colégio”, no centrohistórico da maior cidade da Região Autónoma dos Açores.

O conto regional “O Barco e O Sonho”, da autoria do escritor Manuel Ferreira, é ou-tra obra integrada nas árvores do jardim, em edição especial português/inglês, a par da co-locação de imagens de grande formato de três vultos da literatura açoriana: Antero deQuental, Vitorino Nemésio e Natália Correia.

No âmbito deste projeto, outros livros estão disponíveis para leitura local com suportefísico em formato de tora, nomeadamente, “O Imaginário dos Escritores Açorianos”, deVamberto Freitas, “Um Lugar Chamado Açores”, de Alexandra Castela e Elsa Gouveia, e“Perguntas & Respostas sobre a História dos Açores”, de Luís Mendonça.

O projeto “Livros no Jardim Antero de Quental” surge na sequência de outras iniciativasdesenvolvidas este ano pela editora açoriana Publiçor para assinalar o décimo aniversárioda chancela editorial “Letras Lavadas”, designadamente, o “Fórum do Livro dos Açores”,promovido em março, e a “Festa do Livro dos Açores”, organizada em julho.

IGREJA BAPTISTA PORTUGUESADomingos às 15H00 – Pregação do Evangelho6297 Ave. Monkland, (NDG) Montreal

http://www.madisonbaptistmontreal.com/portugues.htmlTel. 514 577-5150 – [email protected]

L P

apresentou ontem como candidato da sua equi-pa - Équipe Denis Coderre pour Montréal -pelo círculo eleitoral do Bairro Jeanne-Mance.

Abordado, mesmo se à laia de brincadeirapor ocasião das festividades do Dia 10 de Ju-nho, Dia de Camões e das Comunidades Portu-guesas, realizadas em Montreal e onde DenisCoderre marcou presença, não estivessemosem plena comemoração dos 375 anos da cida-de, Daniel Loureiro só viria a ser convidado,de facto, há três semanas, como nos garantiudurante a breve conversa que com ele estabele-cemos.

- Denis Coderre não me pediu nada deespecial. Só me disse que precisava demim para ganhar o Plateau. Queacreditava em mim. Que tinha confi-ança. E que a Comunidade Portu-guesa preci-sava de estar representadana Freguesia. Como a política faz par-te de mim - mais o desporto, haveriade dizer no momento em que foi cha-mado a discursar no decorrer da con-ferência de Imprensa -, claro que aceiteio desafio.

E depois de outra pergunta nossa:- Reunimos, eu mais o presidente Co-derre e falámos dos problemas do Pla-teau e, claro, também sobre algunspontos com respeito à nossa comuni-dade.

E o que foi que ressaltou daconversa?

- Posso desde já afirmar, caso sejaeleito, que vamos melhorar as relaçõesentre eleitos e a comunidade cidadã.Vamos estar próximos das pessoas.Vamos estar atentos às suas preocupa-ções do dia a dia.

- Sim, sim. Vamos trabalhar comos nossos comerciantes, sem criar duali-dade entre os que têm comércios de tipofamiliar e os outros. Para nós todosmerecem o mesmo tratamento. Todos

têm de viver lado a lado e nunca de costas viradas.A conferência de Imprensa desenrolou-

se no restaurante «Plein Sud», quase diante daPadaria Coimbra, ontem, quarta-feira, às10h30, e serviu para apresentar alguns dos can-didatos da Equipa Denis Coderre à Junta deFreguesia do Plateau.

Apresentados, um a um, pelo próprio pre-sidente da Câmara, eis os seus nomes: ZachMacklovitch (a presidente da Junta), LindaGauthier (bairro De Lorimier), Iris Almeida-Cóté (bairro Mile-End), Marc-Antoine Desjar-dins (bairro Jeanne-Mance) e Jean-Pierre Szaraze Daniel Loureiro (conselheiros de bairro).

Ainda sem equipa completa no Plateau,Denis Coderre prometeu aos jornalistas pre-sentes boas novidades rapidamente.

DANIEL...Cont. da pág 1

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Página 1021 de setembro de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

GOVERNO E UNIQUEIJO QUEREM QUEIJO DE S. JORGE NO CANADÁ

VELAS, São Jorge - O Secretário Regional da Agricultura e Flo-restas, João Ponte, anunciou recentemente que o Governo dos Açoresvai apoiar a Cooperativa Uniqueijo numa campanha para promoção, a ní-vel nacional, do queijo de São Jorge.

“Posso anunciar que o Governo Regional vai muito em breve aprovaruma candidatura desta cooperativa, no âmbito da legislação que regula osapoios às organizações de produtores e cooperativas com o objetivo depromover o queijo de São Jorge”, afirmou João Ponte, após uma reuniãocom a Direção da União de Cooperativas Agrícolas de Lacticínios de SãoJorge – Uniqueijo em São Jorge.

O governante destacou que o apoio do Executivo açoriano a esteprojeto da Uniqueijo representa “o empenho em apoiar um setor que éfundamental e estruturante para a economia da ilha de São Jorge e queocupa muita gente”.

João Ponte considerou, ainda, que estamos perante “um importantepasso para a consolidação da Agricultura na ilha”, esperando que a estaação de promoção no mercado nacional contribua para o aumento dasvendas e notoriedade do queijo de São Jorge.

“O queijo de São Jorge é um produto de excelência, que tem tradição,tem história, tem qualidade e já tem alguma notoriedade. Contudo, a Uni-queijo entendeu e bem que tem condições para aumentar ainda mais a no-toriedade deste queijo e, por via disso, as vendas no mercado nacional”, re-feriu João Ponte, acrescentando que a campanha vai também contribuir pa-ra aumentar a notoriedade dos lacticínios e produtos lácteos dos Açores.

Apesar das vendas da Uniqueijo estarem a aumentar e haver novosmercados interessados em comprar o queijo de São Jorge, como é o caso daArábia Sáudita a partir de Outubro, João Ponte reconheceu que há ain-daum stock considerável de queijo que é preciso escoar e sobretudo valo-rizar.

O Secretário Regional da Agricultura e Florestas recordou que o Go-verno Regional em colaboração com a Uniqueijo tem desenvolvido umconjunto de ações e eventos, tendo em vista a promoção do queijo de SãoJorge, e por essa via criado novas oportunidades de negócio e ajudado aencontrar novos mercados.

Por outro lado, o Centro Açoriano de Leite e Laticínios, do qual oGoverno dos Açores é associado fundador, preparou e apresentou porintermédio de um dos seus associados, no caso a Associação Agrícola deSão Miguel, no passado mês de abril, uma candidatura à medida “Ações deInformação e Promoção”, que aguarda decisão da Comissão Europeia.

A referida candidatura destina-se a desenvolver um conjunto de açõesde promoção, que terão lugar durante um período de 3 anos (2018 – 2020)e que serão direcionadas para os mercados norte-americano e asiático, de-signadamente o Canadá (Toronto e Montreal) e a China (Xangai, HongKong e Macau).

Como forma de contribuir para a valorização e aumento danotabilidade dos queijos açorianos, a Secretaria Regional da Agricultura eFlorestas está, também, a preparar a realização anual de um concurso dequeijos de âmbito regional, que terá início em 2018.

PELO «MAIRE» LUC FERRANDEZ...

RUE PRINCE-ARTHUR EST FOI INAUGURADALUSOPRESSE – A rua Prince-Arthur

Est, depois de remodelada, foi inaugurada quin-ta-feira passada pelo presidente da Junta de Fre-guesia do Plateau, Luc Ferrandez. Com ele esti-veram presentes vários outros vereadores, no-tando-se, porém, a ausência de Denis Coderre,presidente da Câmara Municipal de Montreal,que tinha previsto marcar presença na cerimó-nia e que simplesmente não compareceu...

Marcada a remodelação como fazendoparte dos 375 anos da cidade, a rua Prince-Ar-thur Est, que foi (é) a primeira rua pedonal deMontreal, retoma assim as suas tradições graçasa um novo designer, o qual convida ao passeio

os transeuntes, com as suas zonas centrais e novos arranjos paisagís-ticos, assim como passou a ter uma praça adequada a um mercadopúblico, consubtanciado numa programação direcionada para adança.

Luc Ferrandez, no seu breve discurso, apelou para que os peõesque atravessam a artéria entre o boulevard St-Laurent e o Parc St-Louis se deixem seduzir por uma experiência urbana, parando e sen-tando-se na rua de forma a aproveitarem os magníficos terraçospostos à disposição pelos comércios locais.

A remodelação da rua Prince-Arthur, cujos trabalhos demoraramdois anos, consta, nomeadamente, da criação de novos terraçoscentrais com espaços pedonais a todo o comprimento dos edifícios,a criação duma Praça Pública, a valorização dum chafariz, a substitui-ção dos lampadários, a instalação de móveis públicos, etc... No to-tal, o investimento dos trabalhos eleva-se a 3,8 milhões de dólares. L P

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Vendido

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Português ao raio X• Por Luciana GRAÇA

(Leitora de Português do Ca-mões - Instituto da Cooperação e da Lín-gua, na Universidade de Toronto).

Rubrica produzida em colaboraçãocom a Coordenação do Ensino Portuguêsno Canadá/Camões, I.P.

Caso: «melhor preparado» ou «maisbem peparado»?

• É isso que prometemos a quemquer estar MELHOR PREPARADO paraos desafios de uma carreira. (Olisipo,página eletrónica consultada a 2016-09-12)

• Pedro Passos Coelho será «vendi-do» pelo PSD como o homem MAISBEM PREPARADO para o cargo. (Vi-são, 2016-09-12)

Comentário:

• «mais bem preparado»: i)quando o advérbio «bem» se encontraantes de um particípio verbal, que funci-ona como um adjetivo, devemos utilizara expressão «mais bem» (exemplo: «Otexto que escrevi hoje está mais bem fei-to.», já que «feito» é o particípio passadodo verbo «fazer»); ii) nos restantes casos,devemos utilizar a forma «melhor»: quan-do o advérbio «melhor» surge de formaisolada ou altera a ação de um determinadoverbo (exemplo: «Eu escrevo melhor,quando estou sozinha.»); iii) logo, deve-mos ter, nos casos acima apresentados,«mais bem preparado».

Em síntese:• melhor preparado x• mais bem preparado v.

MULTICULTURALIDADE NAS AUTÁRQUICAS PORTUGUESASLISBOA – Por todo o país há cidadãos

candidatos às próximas eleições autárquicas quesão oriundos de outras nações, e que preten-dem “pôr a render” as suas experiências e “em-prestar” multiculturalidade às autarquias portu-guesas.

A agência Lusa falou com alguns candida-tos às eleições locais de 01 de outubro que

possuem dupla nacionalidade.Natural de Cabo Verde, Mário de Carva-

lho, de 48 anos, chegou a Lisboa em 1991,com o objetivo de estudar, concluindo a forma-ção superior em Ciência Política e Direito.

O cabeça de lista à Câmara Municipal daAmadora pelo partido ‘Nós, Cidadãos!’ sempreviveu no município da periferia de Lisboa edesde cedo envolveu-se no movimento associ-ativo, no meio académico e entre a comunidadedo seu país de origem, fazendo parte da direçãoda Associação Cabo-verdiana de Lisboa.

“O que me dá uma perspetiva diferente dever os problemas das pessoas é o meu percursode vida por si só”, apontou Mário de Carvalho,destacando a importância do trajeto associativo.

Enquanto candidato com dupla nacionali-dade aposta na “mais-valia” da diversidade emulticulturalidade das 55 nacionalidades repre-sentadas no município, focado em “fazer daAmadora um polo multicultural da lusofonia”,com o desenvolvimento de indústrias criativasna área da cultura, e a concretização do projetoda Casa de África.

“A educação é um grande pilar para queem determinado momento as pessoas nãopossam ser vistas como diferentes devido àcor da pele e outra cultura, outra nacionalidade,mas sim por terem capacidades e serem compe-tentes, pela meritocracia”, advogou.

A residir no concelho de Évora há 27anos, “cerca de 20” dos quais já passados amorar na aldeia de São Miguel de Machede, abelga Florence Melen é cabeça de lista a estajunta de freguesia, pela CDU, nas eleições quese avizinham, tal como já tinha acontecidoem 2013.

“É a segunda vez que sou cabeça de lista,além de ter integrado a lista da CDU em diver-sas eleições anteriores, sempre à junta de fregue-sia, e é um pouco inerente ao meu trabalho”,como coordenadora-geral da associação de de-senvolvimento rural Trilho, de São Miguel deMachede, disse a candidata, de 47 anos.

Florence, de 47 anos, realçou que queraproveitar a política para “fazer mais” pela terraonde vive.

No distrito de Lisboa, Safaa Dib é a cabeçade lista à Câmara de Oeiras pelo partido Livre.Nasceu no Dubai (Emirados Árabes Unidos),onde foi registada na embaixada do Líbano,país de origem dos pais, que a trouxeram com2 anos para Lisboa, em 1985.

Safaa Dib, de 34 anos, cresceu na capitalportuguesa, formou-se em Línguas e Literatu-ras Modernas e, após trabalhar dois anos naEmbaixada do Irão, é diretora editorial de umgrupo livreiro em Oeiras.

Envolvida em movimentos de esquerda,a candidata ingressou em 2014 no Livre, inte-grando as candidaturas desse ano às eleiçõeseuropeias e às legislativas de 2015.

A cidadã com dupla nacionalidade admitiuque as pessoas demonstram “muita curiosida-de” pela origem do seu nome, salientando queteve “educação árabe em casa e uma educaçãoportuguesa fora de casa”, com as amizades fei-tas na escola.

Apesar de haver características portugue-sas com as quais não se identifica, Safaa Dibconcedeu que isso lhe permite observar as situ-ações de uma forma “mais distante” e “menosemocional”.

“Nunca senti à minha volta sentimentosde xenofobia, de agressividade ou de rejeição,

mas isso pode variar do meio social de cadaum”, afirmou.

Para Safaa Dib, as culturas libanesa e por-tuguesa possuem afinidades, como a família emtorno da mesa, a hospitalidade e a paixão peloazeite e vinho, entendendo que a participaçãode estrangeiros nas autárquicas deve ser vista àluz da máxima “pensar global e agir local”.

“O Livre lutou muito por incentivar essaspopulações [imigrantes] a votarem e a exerceremos seus direitos cívicos e se eu, como candidatacom passado de estrangeira multicultural, puderpassar essa mensagem, tanto melhor”, frisou.

Mais a norte, também com dupla nacio-nalidade, Andrzej Kowalski, polaco de 65 anos,há quatro décadas a viver em Portugal, é o can-didato do BE à Câmara de Leiria, cargo a queconcorre pela primeira vez.

Independente, o candidato apresentou-se antes pelas listas do BE a uma junta de fre-guesia do concelho de Leiria e foi mandatárioem eleições anteriores.

“Quero ter uma participação ativa querna vida profissional como na vida cívica. Hou-ve um grupo de pessoas independentes quecomeçou a trabalhar naquilo que pode ser umprojeto para modificar a nossa vida”, disse.

Natural do Bangladesh, Md Shah Alamocupa o 11.º lugar da lista do candidato do PSà Câmara do Porto.

A residir no Porto há mais de duas déca-das, Md Shah Alam é dirigente da Associaçãodos Comerciantes de Bangladesh e represen-tante da Comunidade de Estrangeiros no Por-to, o que, na sua perspetiva, “reforça asobrigações morais e sociais” que presta, “não

apenas como empresário, como também co-mo cidadão”.

Shah Alam justifica ter aceitado o desafiopara integrar a candidatura com a “forte ligaçãocom a sociedade portuense” e os problemascom que se cruza “diariamente na cidade, comocidadão e comerciante”.

Já Alecsander Pereira é o cabeça-de-listado CDS-PP à Junta da União de Freguesias deSanta Maria da Feira, Travanca, Sanfins e Espar-go. Tem dupla nacionalidade (portuguesa e bra-sileira) e candidata-se para “mudar a forma co-mo se fazem as coisas”.

Quando Travanca, Sanfins e Espargo sejuntaram a Santa Maria da Feira numa Uniãode Freguesias, “o que aconteceu na prática foique essas três localidades ficaram um poucoabandonadas e as pessoas estão cansadas dis-so”, considerou.

Quanto à experiência que trouxe da suaatividade cívica no Brasil, o que mais gostariade ver replicado em Portugal era a obrigatorie-dade da participação eleitoral.

“No Brasil é-se obrigado a votar e quemnão for às urnas tem que pagar uma multa oufica impedido de ter passaporte, número decontribuinte”, referiu o candidato, acrescentan-do: “Ora, se em Portugal também fosse obriga-tório votar, mesmo que as pessoas só lá fos-sem para votar em branco, era muito mais fácilmedir estatisticamente o grau de insatisfaçãoda população e tentar alterar as coisas”.

Portugal tem 9.396.680 eleitores inscritosque podem votar nas próximas autárquicas.Segundo os dados da base central do recensea-mento eleitoral estão inscritos 9.369.574cidadãos nacionais, 13.462 cidadãos da UniãoEuropeia, não nacionais, e 13.644 outroscidadãos estrangeiros residentes em Portugal.

L P

“VERNISSAGE”

TERÇA-FEIRA 3 DE OUTUBRO “5 ÀS 7”

NA CAIXA DESJARDINS PORTUGUESA

4244 BOUL. ST-LAURENT-MONTREAL

ENTRADA LIVREPorto de Honra no final

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Página 1221 de setembro de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Se viajarpara os Açores...

Escolha...

Paulo DuarteSEDE:Largo de S. João, 189500-106 Ponta DelgadaTel.: 296 282 899Fax: 296 282 064Telem.: 962 810 646Email: [email protected]ÇORES

AUTARCAS FESTIVALEIROS E OUTROS DEVANEIOS DE VERÃO• Por Osvaldo CABRAL

Quem fez férias cá dentro, comoeu, por estas ilhas acima, espanta-se com opotencial de cada uma delas e o paradoxode todas se encaminharem rapidamente pa-ra a desertificação.

E a demografia é suficientemente cruelpara matar qualquer coesão.

O rotundo falhanço do projecto“Ilhas de Coesão” não passou de um belosonho, que se reflete nos lastimosos indica-dores de Índice Sintético de Desenvolvi-mento.

Estamos em último em quase tudo,incluindo, claro, na Coesão.

Valha-nos os festivais de música deverão, uma sinfonia política fúnebre quenos extasia até ao ato eleitoral seguinte.

Nunca se viu cartaz artístico tão fortee caríssimo, por estes concelhos fora, co-mo este ano.

Para lá das carências em saneamentobásico, caminhos, apoio a habitantes comgraves necessidades sociais, tanta gente po-bre e sem assistência médica, os festivaissão um veraneio entorpecimento, comopregar gelatina à parede.

Há-de haver candidatos autarcas a pen-sar que, depois das eleições, vão ser progra-madores de casas de espectáculos...

MERGULHO DE CABEÇA – A meio de um mergulho nas águas tépidasda Poça das Mujas, chamam-me a atençãode que as necessidades globais de financia-mento do famoso setor público empresa-rial da Região, até 2020, deverão rondar os2 mil milhões de euros.

Nada que preocupe as nossas gentes.A grande dificuldade foi escolher o lu-

xuoso cartaz artístico do verão.Até uma associação ligada às pescas –

setor que dizem estar de pantanas –contratou artistas internacionais a peso deouro.

Se a dívida global do setor público regionalvai nos 1,6 milhões de euros (quase 50% doPIB), por que razão não se deve estourar o queresta em “violas e brasileiras”, como dizia umcélebre governante...

QUIZ DE VERÃO – Qual é a empresapública regional que alcançou esta proeza ini-maginável de, em apenas um ano, crescer o seupassivo 10 vezes?!

Passou de 1,3 milhões de euros para 13milhões e, apesar da onda de subsídios, avales,cartas de conforto e outra maquilharia, aindaficou a dever 128 mil euros ao fisco e à segurançasocial.

Uma ajuda: tem mais de uma centena defuncionários e devia à banca mais de 6 milhõesde euros para compra de terras na lagoa dasFurnas.

Agora, passado mais um verão, vejamcomo está a água da lagoa...

FANTASMAS – O PSD está transfor-mado num partido de fantasmas. O ‘walkingdead’ deste verão foi o regresso de Cavaco e deRelvas, a juntarem-se a um líder com exéquiasmarcadas para depois de 1 de outubro.

Não há ressurreição que resista.

VELHADA – A brigada do reumáticodo PCP vive no país errado.

Devia emigrar para a Venezuela e Coreiado Norte, países que tanto elogiaram nesteverão.

Poupavam-nos na segurança social.E no disparate político.

MINISTROS OU RAPAZES? – Overão foi bastante quente e ajudou a queimaralguns ministros.

Depois da ministra dos incêndios, tive-mos agora um outro que nem sabe se houveou não assalto a Tancos.

De permeio, deu mais gozo a polémica àvolta dos cadernos para os meninos e para asmeninas.

No próximo verão o ministro vai reco-

mendar que se retirem as placas dos urinóisindicando “senhores” e “senhoras”.

Se tem que ser igual para todos...

ACIDENTE DE PERCURSO– Por cá, temos um governante com umaversão desculpável mais transparente.

O teto do antigo cinema do aeroportode Santa Maria, que esperava uma interven-ção há quase quatro anos, acabou por ruir.

Para o Secretário da Educação foi um“acidente de percurso”!

Há outras obras que foram um grande“acidente de percurso”: o Museu CarlosMachado, a Biblioteca de Angra, o Centrode Artes Contemporâneas e há de ser a fa-mosa Casa da Autonomia.

O Presidente do Governo, que se quei-xou das “perturbações e incómodos” coma operação da SATA este Verão, deveriaaprender com Avelino Meneses.

É tudo um “acidente de percurso”.Até alguns governantes...

DESORIENTAÇÃO – A DiretoraRegional da Saúde emitiu as habituais ins-truções às unidades de saúde por causa dagreve dos enfermeiros.

Dois dias depois emitiu outro ofício aler-tando que a greve, afinal, era ilegal, porque opré-aviso devia ter sido enviado ao Vice-Presi-dente do Governo, o tal que manda em tudo,incluindo na saúde de nós todos, claro.

Mais um “acidente de percurso”.

AÇUCARADO – A 22 de março de2016 o Conselho do Governo Regional dosAçores, reunido em Ponta Delgada, decidiuautorizar a concessão de um aval à SINA-GA, no valor de 4 milhões e 845 mil euros,“tendo em vista a reestruturação financeirada empresa sem aumento de endividamentolíquido”.

Tudo reestruturado, da chaminé dafábrica só sai fumo negro.

Mau prenúncio.Continuação de um bom resto de verão.

Em França, no final da Grande Guerra...

Os soldados portugueses que se tornaram emigrantes• Por Daniel BASTOS

A presença da comunidade portugue-sa em França, a mais numerosa das comunida-des lusas na Europa e uma das principais co-munidades estrangeiras estabelecidas no terri-tório gaulês, rondando um milhão de pessoas,está historicamente ligada ao processo de re-construção francês após o fim da segundaGuerra Mundial. Reconstrução, que em parte,foi suportada por um enorme contingente demão-de-obra portuguesa que motivada pelaprocura de melhores condições de vida, e nasdécadas de 1960-70 pela fuga à Guerra Coloniale à repressão política do Estado Novo, encon-trou nos setores da construção civil e de obraspúblicas da região de Paris o seu principal sus-tento.

Mas originariamente, a emigração portu-guesa para França está ligada à participação doCorpo Expedicionário Português (CEP) nafrente europeia da Grande Guerra (1914-1918),acontecimento bélico que levou para Françaem 1917 cerca de 55 mil portugueses para lutarnas trincheiras dos aliados britânicos contra oinimigo alemão, e do qual milhares de soldadosnão regressaram, optando por se tornarememigrantes em terras gaulesas.

Ainda hoje, existem descendentes destessoldados e emigrantes lusos que preservam asua memória e zelam o cemitério militar portu-guês de Richebourg, no norte de França, umcemitério militar exclusivamente português,que reúne um total de 1831 militares mortosna frente europeia. É o caso da nonagenáriaFelicia Assunção Pailleux, filha do soldado edepois emigrante João Assunção, um minhoto

de Ponte da Barca, que fez parte da 2ª Divisãodo CEP e que como outros compatriotas queoptaram no final do conflito bélico por nãoregressar a Portugal, onde grassava uma pro-funda crise política, económica e social, fixou-se na zona onde combateu, no Norte-Pas deCalais, uma zona de minas de carvão que absor-veu muita mão-de-obra.

Ao longo das últimas quatro décadas, Feli-cia Paileux tem sido a porta-estandarte da ban-deira de Portugal nas cerimónias evocativas daGrande Guerra no cemitério de Richebourg e nomonumento aos soldados lusos em La Couture,no Norte-Pas de Calais, honrando a memória doseu pai, soldado e emigrante português falecidoem 1975, que muito antes da emigração maciçados anos 60 escolheu como muitos outros anti-gos companheiros de armas a França para viver,trabalhar e constituir família. L P

Página 1321 de setembro de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Ciclismo Internacional no Quebeque

Presença portuguesa foi modesta...• Por Norberto AGUIAR

A oitava edição dos Grandes Prémios de Ciclismo Internacional de Quebequee Montreal voltou este ano ao Canadá. As duas provas, que contaram com cerca de 180corredores, tiveram lugar na cidade de Quebeque, na sexta-feira, dia 8 de setembro, e emMontreal, no dia 10, domingo. Em ambas as corridas, dois ciclistas portugueses marcarampresença, no caso Rúben Guerreiro, em representação da equipa Trek Segafredo, e NunoBico, este envergando as cores da conhecida equipa espanhola Movistar.

Na sexta-feira, em Quebeque, os nossos compatriotas tiveram participação razoável,ao classificarem-se, respetivamente, em 46.° (Rúben Guerreiro) e em 78.° lugares (NunoBico).

Numa prova disputada até ao último minuto, mesmo se houve fuga que chegou aatingir os cinco minutos, a vitória acabou por sorrir ao grande favorito e já um habituédas corridas quebequenses, o eslovaco Peter Sagan, da equipa Bora, que gastou 5h 00m31s a percorrer o percurso. Em segundo e terceiro lugares ficaram o belga Greg Van Aver-maet e o holandês Michel Matthews, creditados do mesmo tempo. Aliás, mais 34 corre-dores receberam o mesmo veredicto.

Na prova do domingo, agora em Montreal, mais precisamente nas ruas que atravessame circundam a Montanha, os dois corredores portugueses tiveram comportamento mo-destíssimo, ao contrário do que estávamos habituados pelos anos mais recentes, sobre-tudo quando marcada pela presença do Campeão Mundial, Rui Costa, este ano ausentepor ter decidido participar na Volta à Espanha.

Com efeito, Nuno Bico (Movistar) ficou-se por um desastrado 95.° lugar, a 9m e51s do vencedor... Pior ainda esteve Rúben Guerreiro (Trek Segafredo), que do honroso46.° lugar em Quebeque, veio a desistir da prova em Montreal...

Quanto ao vencedor, a surpresa foi total com a vitória a ficar nas «pernas» do itali-ano Diego Ulissi (Team Emirates), que gastou 5h 22m 29s, batendo ao sprint Jesus Her-randa (Movistar) e Tom Jelte Slapter (Cannondale).

De notar que os grandes favoritos da corrida, Peter Sagan e Greg Van Avermaet que-daram-se pelo 9.° e 7.° lugares, respetivamente.

Como para 2018 há mais, esperamos que a presença portuguesa suba de nível em re-lação a este ano e se possível de novo com a participação do nosso melhor corredor, oRui Costa. L P

JOSÉ CESÁRIO DE VISITA A MONTREALLUSOPRESSE – O antigo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas

e deputado do Partido Social Democrata pela emigração – Resto do Mundo –, está de vi-sita ao Canadá pelos tempos que correm. A novidade foi-nos dada por pessoa amiga epróxima do político visiense.

José Cesário começou a sua visita por Toronto, onde tomou parte nas festividadesaniversariantes da Casa das Beiras, organização que lhe merece o maior carinho, não fos-se ele tão beirão como os membros daquele organismo, como de resto o nome indica.

Depois de ali ter sido recebido com o habitual afeto, José Cesário voou para Montreal,onde visita a comunidade portuguesa hoje e amanhã. Recorde-se, entretanto, que JoséCesário é, para todos os efeitos, mesmo se não está no partido do governo em Portugal,o nosso deputado. Missão que tem cumprido, cremos, com toda a responsabilidade.

O LusoPresse também foi informado da possibilidade de José Cesário entregar aDavid Dias a Medalha da Assembleia da República, num gesto aguardado há muito.

Visita à comunidade, encontro com a Comunicação Social, entrega de Medalha aDavid Dias, eis as particularidades da visita que nos faz José Cesário. L P

José Cesário, com a ministra da Imigração do Quebeque numa das suas visi-tas a Montreal, então como secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.Foto LusoPresse (de arquivo).

NO 10.° ANIVERSÁRIO DA APAV AÇORES

CRISTINA CALISTO FELICITA ASSOCIAÇÃO

ROSÁRIO, Lagoa - A presidente daCâmara Municipal de Lagoa, Cristina Calisto,marcou, no fim-de-semana passado, presençano Concerto Solidário promovido pela APAVAçores.

A iniciativa, que assinalou 10 anos de exis-tência e que contou com a participação do Gru-po de Cantares Tradicionais de Santa Cruz, tevelugar no Cine Teatro Lagoense Francisco D’Amaral Almeida.

Na ocasião, a autarca lagoense felicitou aassociação pelo seu aniversário,” que simbolizadez anos de trabalho e cuja existência é revela-dora de que vivemos num mundo imperfeito,onde o ser humano continua ainda a surpreen-der-nos pela negativa.”

Neste contexto, Cristina Calisto aprovei-tou a ocasião para enaltecer o trabalho destaassociação e afirmar que “ainda bem que existea APAV e os seus técnicos para defender aquelesque sofrem em silêncio, que são vítimas de cri-mes e que precisam de serem apoiados paraque se possam desprender de uma vida fechada

e sem luz fruto muitas vezes da violência quelhes é exercida, seja ela doméstica ou de gênero.A edil lagoense considera, por isso, esta asso-ciação um importante instrumento para se en-contrar estratégias que possam exercer os direi-tos fundamentais e constitucionais de cidadãosnum projeto de vida sem violência. L P

Página 1421 de setembro de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Quando?Entre os dias 22 de setembro e 1 de outubro(excepto segunda-feira dia 25 de setembro)

Onde?LE LIVART3980, St-Denis, MontrealTelefone: 514-880-3980

Quem ?Ideia original, direção artística e esculturas:Paul SavoieDirecção vocal e cúmplice artística: Cathe-rine VidalColaboração para a escolha de textos: Jean-Marie Papapietro (Théâtre de Fortune)Vozes: Isabel dos Santos, Benoît Mc-Ginnis, Paul Savoie, Gabriel Szabo eCatherine VidalProdução: Paul Savoie

Paul Savoie é um fervente admirador deFernando Pessoa. É também um grande actorque não precisa de apresentações. Descobri-remos na exposição Pessoa-sentir tudo de todasas maneiras, o escultor. A sua exposição, apre-sentada no quadro do Festival Internacionalda Literatura, convida-nos a um passeio visuale sonoro. Paul Savoie imaginou uma instalaçãoem redor daquele que se auto-designava comosendo um «banal correspondente estrangeiro

em casas comercias de Lisboa» .Na exposição poderão apreciar-se 72 bus-

tos ilustrando os 72 heterónimos sob os quaisPessoa escrevia, e que tinham todos personali-dades e estilos diferentes.

O evento permite também ouvir as grava-ções de extratos da obra do grande escritor,dirigidas pela encenadora Catherine Vidal, coma cumplicidade de Paul Savoie. Jean-Marie Papa-pietro, do Théâtre de Fortune, colaborou naescolha dos textos. Catherine Vidal, GabrielSzabo, Benoît McGinnis, Isabel dos Santos ePaul Savoie dizem as palavras do poeta.

Em Lisboa, no dia 30 de novembro de1935, desapareceram quatro das maiores figurasda literatura portuguesa. Álvaro de Campos,Ricardo Reis e Bernardo Soares conheciam-see frequentavam-se, criticando-se às vezes unsaos autros nas revistas avant-gardistes da épo-ca. Mas depressa se descobriu que eles eram,todos o mesmo, FERNANDO PESSOA, (ouo contrário?). Pouco depois, em casa de Fer-nando Pessoa foi encontrado um baú commilhares de páginas (27,543 documentos) assi-nadas pelos 72 heterónimos, que juntos, com-põem o genial e enigmático poeta: FernandoPessoa. «Um baú cheio de gente», como disseo escritor Antonio Tabucchi.

Fernando Pessoa levou sempre uma vidade modesto empregado e um quotidiano paca-to e sem história. Paralelamente, vivia umaaventura literária única.

Pessoa criou, entre outros, Alberto Caei-ro, Álvaro de Campos, Bernardo Soares, autordo abissal Livro do Desasossego. L P

Página 1521 de setembro de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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CAMPEONATO DA MAJOR LEAGUE SOCCER

IMPACTO DÁ PASSO ATRÁS...• Por Norberto AGUIAR

Quando faltam seis jogos para o finaldo Campeonato da Major League Soccer, oImpacto de Montreal encontra-se na tabelaclassificativa na sétima posição, numa zonaEste que alberga 11 equipas. Se esta importantecompetição terminasse agora, a formação deMauro Biello estaria fora das eliminatórias defim de temporada, que dão acesso a discutir aTaça MLS, o troféu mais ambicionado pelas22 equipas que fazem parte desta liga norte-americana de futebol, este ano a comemorar21 anos de existência.

O Campeonato da MLS (Major LeagueSoccer) tem 34 jornadas. Neste volume finalhá um campeão - recebe o troféu, cujo nomecurioso é «Supporters Shield Standings». Emboa posição para conquistar este título em2017 está o Toronto FC, que a cinco jornadasdo fim - tem um jogo a mais disputado - levaonze pontos de vantagem em relação ao segun-do classificado, o Nova Iorque City dos famo-sos jogadores Villa e Pirlo, e do treinador Pa-trick Vieira.

Mas o grande objetivo de todas as equipascentra-se na conquista da Taça da Liga. E nãoimporta em que lugar se fica na classificação fi-nal do Campeonato, desde que se participe naseliminatórias de fim de época. Isto, pressupôe-se, como é evidente e necessário, que a(s) equi-pa(s) tenha(m) ficado nos primeiros seis luga-res de cada zona, a Oeste e a Este.

Ora, o Impacto de Montreal, para se classi-ficar para a competição que segue, finalizado ocampeonato, tem muito que laborar, pois temseis pontos de atraso em relação à primeiraequipa que lhe está imediatamente acima na ta-bela, o Nova Iorque Red Bul... É que em seisjogos, os que restam, não serão fáceis de recu-perar aqueles pontos quando se sabe que oImpacto não foi capaz de ganhar sábado passa-do, em casa, ao Minnesota United, antepenúl-timo da Zona Oeste e já praticamente fora dapossibilidade de passar à fase seguinte daprova...

Com efeito, o Impacto, que tinha que ven-cer o Minnesota United se queria se aproximardo sexto lugar, o último de acesso às elimina-tórias, acabou por se ver batido (2-3) no seupróprio estádio por aquela equipa, que jogabem e tem elementos de valor, mas que nãotem o poderio do conjunto montrealense, istoapesar do Minnesota United ter sido infelizem alguns jogos nesta época de estreia naMLS... Contra o Impacto, mostrou esse mes-mo valor e até acabou por ser bafejada pelasorte quando obteve o golo da vitória já emfim da partida...

Se tem vencido a contenda de sábado pas-sado, o Impacto estaria neste momento a ape-nas três pontos do seu grande objetivo...

Com duas saídas perigorosíssimas, a casado líder da classificação geral Toronto FC, e daequipa sensação do campeonato Atlanta Uni-ted, o Impacto ou arrecada pontos nestas duasjornadas ou arrisca-se a hipotecar, de vez, a

TAÇA EUSÉBIO

BENFICA JOGA-A EM HAMILTONO Benfica anunciou a realização da edição de 2017 da Eusébio Cup a 06 de outu-

bro, em Hamilton, no Ontário, frente aos escoceses do Rangers, orientados pelo treinadorportuguês Pedro Caixinha.

“A Eusébio Cup chega a solo canadiano pela primeira vez na história, com duas dasequipas com mais títulos da Europa a lutarem pelo direito de se vangloriar diante dos adep-tos de futebol de Hamilton e do sul do Ontário”, lê-se no sítio dos ‘encarnados’ na Inter-net.

O embate da prova que homenageia o antigo futebolista Eusébio da Silva Ferreira, queserve tradicionalmente para a apresentação do plantel benfiquista aos adeptos, vai realizar-se no Tim Hortons Field, pela segunda vez fora do Estádio da Luz, em Lisboa, depois deem 2015 ter sido disputada em Monterrey, no México.

O tetracampeão Benfica ocupa o terceiro lugar da I Liga, com 13 pontos, após seisjornadas, enquanto o Rangers, que conta ainda com os portugueses Bruno Alves, FábioCardoso, Dálcio e Candeias, segue no quarto posto do campeonato escocês, com 10 pon-tos, em igual número de rondas, menos três do que os líderes Celtic e Aberdeen.

O Benfica venceu três das nove edições já disputadas da Eusébio Cup. L P

participação no torneio de fim de época, ogrande objetivo de todo o grupo quando seiniciou a temporada em março passado...

Por tudo o que fica dito, como irá reagir oImpacto à pressão de ter de ganhar nos futurosjogos a formações em alta quando vem de uma

série de quatro derrotas seguidas e não sendosequer capaz de vencer o Minnesota United,19° classificado, para mais em jogo disputadono seu estádio?

Fiquemos à espera da resposta. Que mes-mo assim se espera que venha pela positiva. L P

Página 1621 de setembro de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e