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SIMP.TCC/Sem.IC. 2018(14); 1-14 FACULDADE ICESP / ISSN: 2595-4210

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CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

IGUALDADE DE GÊNEROS? UMA ANÁLISE QUANTITATIVA DA PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES EM CARGOS DE CHEFIA NO PODER EXECUTIVO FEDERAL

Daiane de Carvalho Franco Aline de Souza Silva

Ângelo Penna Machado

Resumo Com a inserção das mulheres no mercado de trabalho e a partir de suas reivindicações pela igualdade de gênero, houve a ocupação feminina em cargos de chefia tanto na administração pública quanto privada. O presente trabalho teve como finalidade avaliar, no âmbito do Poder Executivo Federal, se existe uma equidade de gênero nos cargos de direção, gerência e supervisão. A partir da pesquisa realizada, verificou-se que as mulheres, mesmo sendo maioria, quando se trata de cargos de gerência ainda é um cenário pouco visto na maioria dos ministérios e organizações. A pesquisa aqui apresentada foi de natureza exploratória, sendo os dados obtidos por meio de livros, artigos científicos, sites oficiais do governo e pesquisas sobre o tema. O objetivo do artigo foi atingido, pois foi possível concluir que, apesar de uma melhora nos últimos tempos, ainda há desigualdade de gênero em cargos de direção, gerência e supervisão no âmbito do Poder Executivo Federal. Palavras-Chave: diversidade, igualdade de gêneros, mulheres em cargos de chefia, Administração Pública Federal. Abstract With the insertion of women in the labor market and from their claims for gender equality, there was female occupation in managerial positions in both public and private administration. The purpose of this study was to evaluate, within the scope of the Federal Executive Branch, whether there is gender equity in management, management and supervisory positions. From the survey conducted, it was found that women, even being the majority, when it comes to management positions is still a scenario rarely seen in most ministries and organizations. The research presented here was exploratory in nature, being the data obtained through books, scientific articles, official government websites and research on the subject. The objective of the article was reached, because it was possible to conclude that, despite an improvement in recent times, there is still gender inequality in positions of management, management and supervision within the scope of the Federal Executive Branch. Keywords: diversity, gender equality, women in management positions, Federal Public Administration

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Introdução

Neste artigo, será estudada a inserção do acesso das mulheres ao mercado de trabalho ao longo do tempo, fato que colocou em evidência um tema que vem sendo discutido em diversas esferas: a desigualdade entre os gêneros. O objetivo principal foi apontar o quantitativo de mulheres em cargos de gerência, direção e supervisão no âmbito do Poder Executivo Federal. Com a participação das mulheres no mercado de trabalho no século XXI, é discrepante da enfrentada no século XX. Esta mudança se relaciona de modo direto com os grandes avanços tecnológicos e modificações no cenário econômico, os quais facilitaram mudanças ideológicas e culturais, tanto no âmbito social como no organizacional.

Até o início da I Guerra Mundial, as mulheres trabalhavam principalmente em afazeres domésticos, sendo tratadas apenas como “do lar”, tendo seus esforços direcionados somente para a casa e família. Já na I e II Guerra Mundial, quando os homens foram para frente de grandes batalhas, as mulheres passaram a assumir os negócios da

família e a posição do homem no mercado em quase todas as atividades. Logo após essa inserção no mercado, as mulheres enfrentaram resistência para frequentar instituições de ensino e, portanto, dificilmente possuíam instrução ou capacitação para outras profissões. Formou-se uma situação de restrição social e de desigualdade, alimentando uma cultura de que o gênero feminino deveria ser submisso ao masculino, já que os homens eram responsáveis pelo trabalho e ganhos de proventos para toda família.

Já em 1943, no Brasil, ocorreu uma grande progressão na edição de normas protetivas à mulher, que foi a promulgação da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), solidificando todas as matérias relativas ao trabalho, e, claro, o exercício da atividade empregatícia da mulher. Depois, ocorreram algumas alterações na CLT e a primeira alteração foi em 1944, quando foi admitido o trabalho noturno da mulher em algumas atividades, desde que esta fosse maior de 18 (dezoito) anos. Tem-se na CLT um Capítulo (Capítulo III do Título III) destinado exclusivamente ao trabalho da mulher. Finalmente, a Constituição

Como citar esse artigo: Franco DC, Silva AS, Machado AP. IGUALDADE DE GÊNEROS? UMA ANÁLISE QUANTITATIVA DA PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES EM CARGOS DE CHEFIA NO PODER EXECUTIVO FEDERAL. Anais do 14 Simpósio de TCC e 7 Seminário de IC da Faculdade ICESP. 2018(14); 1-14

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de 1988 que em seu art. 7º, arrola os direitos sociais de empregados urbanos e rurais, dentre esses um dos grandes avanços da mulher que foi a licença a maternidade.

Em 2016, foi realizada uma pesquisa com cinco mil empresários em mais de 36 países, a International Business Report (IBR) – Women in Business, auditada pela Grant Thornton. Foram identificados dados importantes sobre a participação do gênero feminino no mercado. Mundialmente, apenas 24% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres.

De acordo com a pesquisa IBR – International Business Report - (2016), o Brasil está entre os dez países que menos possuem mulheres em cargos de liderança, configurando apenas 19%. Por outro lado, o país com menor participação feminina é o Japão, com 73% de suas organizações sem mulheres no topo e a Rússia surge à frente do ranking, com 45% dos cargos de liderança ocupados por mulheres, sendo que 100% de suas organizações com ao menos uma mulher em cargo de gerência.

Mourão (2006), afirma que apesar de o setor privado também ter tido um expressivo aumento com a inserção da mulher no mercado de trabalho, sendo o maior a partir de 1990, é no setor público que as mulheres encontram maiores oportunidades de ocupar cargos de chefia, assessoramento e gerência. Esta diferença, segundo a autora, explica-se pelo fato de o ingresso no setor público ocorrer por meio de concurso público e pelos serviços prestados pelo Estado serem, em geral, de caráter social, o que culturalmente são funções femininas.

É eminente que a presença da mulher no mercado de trabalho está se firmando cada vez mais. Ainda é uma realidade a desigualdade de oportunidade entres os gêneros no mundo. Desta forma, a presente pesquisa pretende contribuir para os estudos relacionados aos cargos de liderança (direção, gerência e supervisão) ocupados por mulheres no âmbito da Administração Pública Federal. Objetivo Geral

Avaliar, no âmbito da Administração Pública Federal, a proporção de mulheres que exercem cargos de direção, gerência e supervisão.

Objetivos Específicos - Contextualizar a trajetória das mulheres no

mercado de trabalho no início do séc XX; - Indicar as principais conquistas da mulher

por meio da evolução da legislação;

- Avaliar as pesquisas sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho.

Justificativa e Problema de Pesquisa A Igualdade entre os gêneros no mercado

de trabalho é um tema atual e bastante discutido, a partir de um processo muito significativo para o crescimento e fortalecimento das mulheres em cargos de liderança nas organizações. Atualmente, as mulheres têm a percepção que somente por meio da educação e de qualificações que elas conseguirão alcançar cargos mais elevados dentro das organizações

A percepção da desigualdade de gênero no Brasil é algo recente, mas já consolidado na sociedade. Muitas organizações, de modo geral, passam por um processo muito complexo na questão da liderança nas empresas. Em muitas dessas organizações, os cargos de Direção, Gerência e Supervisão são ocupados, na maioria das vezes, por homens e quando há mulheres, o percentual e bem mais baixo em comparação ao de homens, segundo pesquisa realizada pelo IBGE (2018). Mesmo com a igualdade de gênero, até os dias atuais, na maioria das empresas, as mulheres são vistas como inferiores aos homens, devido ao fato de, por décadas, as mulheres serem vistas apenas como cuidadoras do lar e dos filhos. CAVALLINI (2018) cita pesquisa realizada pelo site de empregos Catho com quase 8 mil profissionais, aponta que as mulheres ganham menos que os colegas do sexo oposto em todos os cargos, áreas de atuação e níveis de escolaridade pesquisados, podendo a diferença salarial chegar a quase 53%.

De acordo com a Comissão Econômica das Nações Unidas – CEPAL - (2017), as mulheres podem ganhar até cerca de 30% menos que os homens no mercado de trabalho, estando em condições semelhantes, ou seja, realizando as mesmas funções. Além de ganhar menos, a maioria das mulheres que são mães ainda enfrenta a dupla jornada de trabalho, que se estende ao voltar para a casa e realizar as tarefas.

O tema “Igualdade de gêneros? Uma análise quantitativa da participação das mulheres em cargos de chefia no Poder Executivo Federal”, é um assunto muito importante para o conhecimento da sociedade de modo geral e para o curso de Administração em particular, por se tratar de um assunto voltado para a área de gestão de pessoas e liderança.

A presente pesquisa optou por desenvolver um estudo de caso, por meio de uma análise quantitativa, para avaliar se nos órgãos públicos do Poder Executivo Federal existe igualdade de gênero em cargos de chefia e se houve mudanças na posição em que as mulheres ocupam atualmente comparada com as posições que ocupavam antigamente. Portanto a pesquisa apresentará o seguinte problema: existe igualdade de gênero na distribuição de cargos de chefia no âmbito do Poder Executivo Federal?

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Revisão de Literatura A mulher na sociedade ao longo do tempo

Torna-se relevante destacar que, desde o início dos tempos, as mulheres foram colocadas na sociedade como um ser frágil e subordinada à supremacia masculina que é registrada desde o início do mundo. Embora sem o arcabouço científico, a igreja católica pregou, desde sempre, que Deus criou Adão e a partir deste, criou Eva. Dessa sequência de eventos, tirou-se a conclusão definitiva sobre a posição subalterna da mulher na sociedade, cuja submissão faria parte do plano divino. A mulher desde sempre foi identificada como um ser minoritário e incapaz, ora tratada com desprezo, ora com insignificância. A mulher não era considerada como indivíduo social, imbuída de cidadania, mas tida apenas como progenitora e responsável por criar os filhos e manter a limpeza da casa. A filha recebia a educação e orientação dada pela mãe com o objetivo de se casar e isto ocorria com as novas gerações de filhas, numa sequência ideológica passada de geração em geração. (PRIORE, 2000).

No início da primeira Guerra Mundial, as mulheres que viviam nos países envolvidos nos conflitos, sofreram várias mudanças. Enquanto os homens eram enviados para as batalhas, as mulheres permaneceram e se viram obrigadas a trabalhar fora de casa.

Segundo Mello (2017) destaca, é válido lembrar que a definição de papéis entre homens e mulheres na época era clara: homens eram os responsáveis por manter a ordem e a família e as mulheres tinham o dever de cuidar da casa e dos filhos. Com a 1ª Grande Guerra, o movimento é abrandado quando as mulheres começam a ser mobilizadas para o esforço de guerra. Como os homens foram obrigados a ir para os campos de batalha, as mulheres tiveram que ocupar seus postos no mercado de trabalho, tanto para pagar dívidas que seus maridos deixaram, como para ajudar a balancear a economia. Essas serviram como enfermeiras, auxiliando os feridos em combate, trabalharam em fábricas e em serviços auxiliares, e ainda foram convocadas para compor o efetivo de grupamentos femininos das diferentes forças armadas.

Já a Segunda Guerra Mundial foi um combate entre homens e mulheres. Nunca antes em toda a história tantas mulheres, em diferentes países, foram chamadas a contribuir com um esforço de guerra como entre os anos de 1939 e 1945. Ocuparam funções que antes eram consideradas masculinas, como engenheiras, supervisoras de produção e motoristas de caminhão, por exemplo, e também se alistaram nas forças armadas. Com o acesso das mulheres no mercado de trabalho, seja para completar o vazio

deixado pelos homens que estavam na frente de batalha, seja para preencher uma demanda surgida com o surgimento da guerra, iria causar um grande embate social, durante e depois do evento. Não delongou, muito para que as autoridades dos países envolvidos no conflito percebessem que teriam que chamar as mulheres para a guerra. No início, elas foram conclamadas a se voluntariarem, mas, com o avanço dos confrontos, passaram a ser recrutadas. Se na Primeira Guerra Mundial elas estiveram em fábricas e foram enfermeiras, agora fabricavam e até pilotavam aviões. (NOGUEIRA, 2015).

Para Jesus e Almeida (2016) é coerente a ideia de que as Grandes Guerras alteraram as relações entre os sexos e que muito contribuiu para a emancipação das mulheres. Para as mulheres, a guerra constitui uma experiência de liberdade e de responsabilidade sem precedentes. Em primeiro lugar, pela valorização do trabalho feminino ao serviço da pátria e pela abertura de novas oportunidades profissionais. A guerra destrói, por necessidade, as barreiras que opunham trabalhos masculinos e trabalhos femininos e que vedavam às mulheres numerosas profissões superiores.

Blay (2001) aponta que no final é início do século XIX é XX, cenário em que ocorreu a tragédia na Triangle Shirtwaist Company, o trabalho fabril nos países industrializados era executado por homens, mulheres e crianças em jornadas de 12 a 14 horas, em semanas de seis dias inteiros. Constantemente, as manhãs de domingo eram incluídas na rotina dos empregados. Os salários eram baixíssimos e as condições de trabalho, precárias. Os proprietários, por sua vez, julgavam os protestos dos trabalhadores um insulto.

Apesar disso, muitos trabalhadores protestavam por melhores salários, pela redução das jornadas e pela proibição do trabalho infantil. A cada conquista, o movimento operário iniciava outra fase de reivindicações, mas em nenhum momento, até por volta de 1960, a luta sindical teve o objetivo de equiparação salarial entre homens e mulheres. As trabalhadoras atuavam nas lutas gerais, mas quando se tratava de igualdade salarial, não eram consideradas. Alegava-se que as demandas das mulheres afetariam a luta geral, prejudicariam o salário dos homens e, afinal as mulheres apenas completavam o salário masculino. (BLAY, 2001, p. 601).

Blay (2001) cita que a Triangle empregava 600 trabalhadores e trabalhadoras, a maioria mulheres imigrantes judias e italianas, jovens de 13 a 23 anos. Fugindo do fogo, parte das trabalhadoras conseguiu alcançar as escadas e desceu para a rua ou subiu para o telhado. Outras desceram pelo elevador. Mas a fumaça e o fogo se expandiram e trabalhadores/as pularam pelas janelas, para a morte. Outras morreram nas

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próprias máquinas. Morreram 146 pessoas, 125 mulheres e 21 homens, na maioria judeus.

O incêndio trouxe uma importante consequência: a criação da Comissão de Investigação das Fábricas. As recomendações feitas a partir dessa investigação transformaram-se posteriormente em leis não apenas em Nova York, mas em outros estados norte-americanos. Entre elas, estavam a redução da jornada de trabalho das mulheres, a limitação da idade das crianças para começar a trabalhar, a proibição do trabalho noturno para mulheres e as compensações econômicas pelos acidentes de trabalho, dentre outras. (BLAY, 2001, p. 601).

Com a chegada da modernidade e da revolução industrial, as famílias se viram forçadas a economizar e a mulher obrigada a cooperar com o sustento da casa. No entanto, essa cooperação não foi fácil. A sociedade da época não aceitava o fato de a mulher querer trabalhar. Quando isso ocorria, o marido era malvisto, uma vez que o sustento da casa era sua obrigação. E o fato de a mulher ter que trabalhar transmitia à sociedade a percepção de que o marido era um pobre fracassado. Portanto, a busca pela igualdade de direitos não surgiu repentinamente. Esse movimento é resultado das mudanças sociais e econômicas de uma época e principalmente de uma procura lenta, porém constante, da mulher. (PRIORE, 2000, p. 249)

Evolução da Legislação sobre os Direitos das Mulheres

• Surge no Brasil em 1827 a primeira lei sobre educação das mulheres, permitindo que frequentassem as escolas elementares; as instituições de ensino mais adiantado eram proibidas a elas. ANPG - Associação Nacional de Pós-graduandos.

• No ano 1857 nos Estados Unidos no dia 8 de março, em uma fábrica têxtil, em Nova Iorque, 129 operárias morrem queimadas numa ação policial porque reivindicaram a redução da jornada de trabalho de 14 para 10 horas diárias e o direito à licença maternidade. Mais tarde foi instituído o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, em homenagem a essas mulheres ANPG - Associação Nacional de Pós-graduandos.

• No Brasil em 1879 as mulheres têm autorização do governo para estudar em instituições de ensino superior; mas as que seguiam este caminho eram criticadas pela sociedade. ANPG - Associação Nacional de Pós-graduandos.

• Na Nova Zelândia em 1893 pela primeira vez no mundo, as mulheres têm direito ao

voto. ANPG - Associação Nacional de Pós-graduandos.

• No Brasil a mulher era considera no Código Civil de 1916 incapaz, com o mesmo status dos indígenas e das crianças, como rezava o artigo 242. (BRASIL, 1916).

Art. 242. A mulher não pode, sem

autorização do marido (art. 251):

I. Praticar os atos que este não poderia sem o consentimento da mulher (art. 235). II. Alienar, ou gravar de ônus real, os imóveis de seu domínio particular, qualquer que seja o regime dos bens (arts. 263, nº II, III, VIII, 269, 275 e 310). III. Alienar os seus direitos reais sobre imóveis de outra. IV. Aceitar ou repudiar herança ou legado. V. Aceitar tutela, curatela ou outro múnus público. VI. Litigiar em juízo civil ou comercial, anão ser nos casos indicados nos arts. 248 e 251. VII. Exercer profissão. VIII. Contrair obrigações, que possam importar em alheação de bens do casal. IX. Aceitar mandato.

• O artigo 380, do mesmo código, dava ao

homem o exercício do pátrio poder permitindo tal exercício à mulher apenas na falta ou impedimento do marido. O diploma do artigo 385 dá ao pai a administração dos bens do filho e à mãe, somente na falta do cônjuge varão. O mesmo concedeu o exercício do pátrio poder a ambos os pais e a mulher casada passou a ter os mesmos direitos que o marido, e somente não poderia praticar sozinha aqueles atos que o cônjuge estava impedido de realizar sem a assistência da mulher.

• No Brasil em 1932 com o Código Eleitoral surgiu um avanço nos direitos da mulher quando o referido código permitiu à mulher o exercício do voto aos vinte e um anos de idade, tendo a Constituição Federal de 1934 reduzido essa idade para dezoito anos. (BRASIL, 1932).

• A Consolidação das Leis do Trabalho no Brasil - Decreto-lei 5452/43 | Decreto-lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943, houve um grande avanço na edição de normas de proteção à mulher trabalhadora. A CLT, em um capítulo inteiramente destinado às mulheres (CAPÍTULO III DA PROTEÇÃO DO TRABALHO DA MULHER), estabelece diversas regras, visando inseri-las no mercado de trabalho, protegê-las do preconceito e da discriminação, além de garantir a elas condições especiais de trabalho, tendo em vista as características próprias da mulher, suas indiscutíveis

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diferenças físicas e psíquicas em relação ao homem. (MEROLA, 2017)

• Na CLT de 1943, Seção I, trata exclusivamente da duração, condições do trabalho e da discriminação contra a mulher, seção II do trabalho noturno, seção III dos períodos de descanso, seção IV dos métodos e locais de trabalho, já na seção V da proteção à maternidade, grande marco para as mulheres com o Art. 392. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário, e por último a seção VI das penalidades. (BRASIL, 1943)

Quanto aos direitos das mulheres, a Constituição Federal de 1988 foi um marco, pela consideração de homens e mulheres iguais em direitos e obrigações. A constituição acolheu a ampla maioria das demandas dos movimentos de mulheres e é uma das mais avançadas no mundo. A mesma reconheceu, em seu artigo 5º, a igualdade de direitos e obrigações entre homens e mulher. Mas, ao contrário do que pensam alguns, isso não levou à exclusão ou revogação das normas que conferem tratamento diferenciado ao trabalho das mulheres. O ideal da igualdade não se resume em "tratar igualmente os iguais", mas sobretudo, no tratamento "desigual aos desiguais". Assim, as normas exclusivas de proteção ao trabalho da mulher são a concretização do princípio da igualdade, procurando nada mais do que compensar as diferenças existentes entre os gêneros, diante dos fatores orgânicos, biológicos e sociais que diferenciam a mulher e o homem. (MEROLA, 2017)

• Na Constituição Federal de 1988, entre os

direitos previstos, destaca-se o Art. 5º, o qual diz que “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”. Outros artigos merecem ser destacados neste contexto:

Art. 6º proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei. Art. 7º licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias, jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva, proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei, proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. Art. 10º fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa, da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.

Art. 226. Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento, os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher, o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. Art. 392. É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho, dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares.

• Lei de Benefícios da Previdência Social -

Lei 8213/91 | Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991- No período da licença, a gestante tem direito a receber os salários integrais, constituindo o que se denomina "salário-maternidade", benefício de natureza previdenciária. (BRASIL, 1988)

• Foi sancionado no dia 7 de agosto de 2006 a Lei 11.340/2006 mais conhecida como “Lei Maria da Penha”, que cita no Art. 1º os mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

• Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social. (BRASIL, 1988) A mulher começa a assumir importantes

papéis na sociedade após milênios de marginalização e inferioridade e cresce sua participação em vários setores da vida social, constituindo com isso relevantes fatos da história contemporânea. Também, após a criação de organismos internacionais, citando-se como exemplo a Organização das Nações Unidas, a participação ativa da mulher no voto, no trabalho e

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no governo tem sido fator relevante na conquista de seus direitos, sendo, portanto, considerada um sujeito que tem obrigações e direitos (COULANGES, 1996).

O estabelecimento da igualdade das mulheres na vida pública e em todos os níveis do processo político na sociedade reveste-se de diferentes mecanismos para que possam exercer seus direitos e pode-se investigar desta forma, sua aceitação pela sociedade, chegando-se ao consenso de realmente houve evolução jurídica e social da mulher tendo em vista a mesma ser um ser humano com liberdades transcendentes e inatas.

Portanto, homem e mulher perante a Lei, possuem igualdade de direitos, os quais devem ser respeitados e considerados em qualquer esfera em que os mesmos deles necessitem.

Participação feminina no mercado de trabalho e na Administração Pública Federal

A entrada da mulher no mercado de trabalho, que foi mais expressiva a partir de 1970, teve a influência de diversos fatores. Bruschini e Lombardi (2001, p. 35) cita a redução do número de filhos por mulher, mais acentuada nas cidades do que no campo, como fator de liberação para o trabalho e para os estudos. O acesso às universidades traz melhores oportunidades de emprego. A mudança cultural e social do papel feminino na sociedade vem se modificando diante destas transformações.

Apesar de todas as conquistas, ainda há uma realidade de desigualdade salarial em relação aos homens, menores oportunidades de trabalho, barreiras de acesso a cargos de chefia. (BRUSCHINI; LOMBARDI, 1995, p.85).

Segundo Almeida (2017) as mulheres estão em apenas 37% dos cargos de chefia nas empresas, elas respondem atualmente por 43,8% de todos os trabalhadores brasileiros. Mas a participação vai caindo conforme aumenta o nível hierárquico. Elas simbolizam 37% dos cargos de direção e gerência. Já no topo, dos comitês executivos de grandes empresas, elas são somente 10% no Brasil.

Almeida cita os dados do IBGE (2015). Entre 4,7 milhões de profissionais pesquisados, 63% eram homens nos cargos de chefia. A desigualdade de rendimentos entre homens e mulheres nesta categoria é maior que no mercado de trabalho como um todo.

Almeida (2017) aponta que, na média, a mulher ganha 76% do salário dos homens. Nos cargos de gerência e direção, essa proporção vai para 68%. Quanto mais alto o cargo e a escolaridade, maior a desigualdade de gênero. As estatísticas mostram, que, na média da população,

a escolaridade feminina é maior. A mulher tem oito anos de estudo, e o homem, 7,6 anos.

Segundo pesquisa realizada pelo IBGE em 2018 por amostra de domicílios, aponta os dados de 2016 que a maior diferença percentual por sexo encontra-se no nível “superior completo”, especialmente entre as pessoas da faixa etária mais jovem, de 25 a 44 anos de idade, em que o percentual de homens que completou a graduação foi de 15, 6%, enquanto o de mulheres atingiu 21,5%, indicador 37,9% superior ao dos homens. Em suma, os resultados mostram que, em média, as mulheres superam os homens nos indicadores educacionais analisado.

Segundo os dados do IBGE (2018) nos cargos do Senado Federal, que é composto por eleições majoritárias, temos 16,0% dos senadores eram mulheres e, na Câmara dos Deputados, composta por eleições proporcionais, somente 10% dos deputados federais eram mulheres.

Desde 1995, o Brasil possui legislação que prevê cotas eleitorais, reservando um percentual de candidaturas em eleições proporcionais para as mulheres. Contudo, apenas com a Lei n. 12.034, de 29.09.2009, essas cotas tornaram-se obrigatórias, de modo que, em eleições proporcionais, haja no mínimo 30% e no máximo 70% de candidaturas de cada sexo, por cada partido ou coligação partidária. Alguns partidos políticos brasileiros também possuem cotas previstas em seus respectivos estatutos, tanto para a apresentação de candidaturas, quanto para a ocupação de cargos no interior da estrutura partidária. (IBGE - Estudos e Pesquisas, Informação Demográfica e Socioeconômica • n.38,2018, p. 8)

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Ainda de acordo com IBGE (2018) no

Brasil no ano de 2016, 60,0% dos cargos gerenciais eram ocupados por homens e apenas 39,1% por mulheres.

O mesmo estudo cita, que as mulheres ainda ganharam menos do que os homens, exercendo as mesmas funções. Entre 2012 e 2016, em média as mulheres ganham, 75% do que os homens ganham. Isso significa que as mulheres têm rendimento habitual médio mensal de todos os trabalhos no valor de R$ 1.764, enquanto os homens, R$ 2.306.

Na Administração Pública Federal, segundo dados do Boletim Estatístico de Pessoal e Informações Organizacionais BEP 249/2017, a participação percentual dos servidores públicos federais civis ativos do poder executivo, por natureza jurídica e sexo, segundo os órgãos da administração, os homens ocupam 53,6% do total de servidores, contra 46,4% de mulheres.

A maior disparidade encontra-se no Ministério da Justiça, onde o sexo masculino ocupa 79,1% da força de trabalho. Também nos Ministérios da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento, do Meio Ambiente, do Transporte e do Desenvolvimento Agrário essa diferença é

expressiva: 70,8% contra 29,2%; 66,2% contra 33,4%; 71,9% contra 28,1%; e 68,8% contra 31,2%, respectivamente.

O Ministério com maior quantitativo feminino é o de Ministérios da Saúde e Combate à Fome, com 60,3% contra 39,7% e 59,0% contra 41,0% de trabalhadoras, e juntamente com os da Previdência Social, Turismo, Cultura e da Educação são os locais em que as mulheres são maioria na Administração Pública Federal: 55,0% contra 45,0%; 52,9% contra 47,1%; 51,4% contra 48,6%; e 49,1% contra 50,9%, respectivamente.

Quando se trata de cargos hierarquicamente superiores, a diferença entre os sexos é ainda maior, apesar da absorção da mulher neste setor ser mais equitativa.

Cumpre observar que é na Administração Pública o lócus onde as mulheres disputam mais equilibradamente as chances de um posto de trabalho, uma vez que o Estado provê serviços tradicionalmente feitos por mulheres no âmbito familiar, como previdência e assistência social, serviços médicos e paramédicos e a educação. Outro fator importante neste quadro é a atitude menos discriminatória do Estado nas contratações, já que o ingresso ocorre mediante concurso de provas e títulos. (MOURÃO, 2006, p. 33)

Mourão (2006) ressalta, ainda, que apesar de na Administração Pública as mulheres terem maior chance de ocuparem funções de chefia, conforme destacado na citação anterior, ainda está longe de garantir a igualdade de oportunidade de ocupação nos cargos de maior grau de responsabilidade e comando em relação ao sexo masculino.

Metodologia

Classificação da Pesquisa

Lakatos e Marconi (2001) consideram que a pesquisa exploratória deve estar voltada para a formulação de questões ou de problemas de investigação, que aumentem a familiaridade do pesquisador com o assunto, desenvolver hipóteses sobre o tema pesquisado e modificar ou esclarecer conceitos. Desta forma, a presente pesquisa classifica-se como exploratória, haja vista que o objetivo principal é analisar se há igualdade entre homens e mulheres em cargos de chefia na Administração Pública Federal.

Segundo Vergara (2000), a pesquisa exploratória é realizada em áreas em que existe pouco conhecimento acumulado e sistematizado. É, portanto, adequada para o objetivo de aumentar o número de conhecimentos sobre o assunto, ou, nas palavras de Gonçalves e Meirelles (2004, p. 37), é “realizada para descobrir ou descrever melhor o(s) problema(s)-raiz que são apontados através de sintomas (ou queixas) para se alcançar os objetivos.” Hair Jr. et al. (2005), afirmam que a

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pesquisa exploratória é útil para o pesquisador que não sabe muito. Por mais que haja uma quantidade considerável de material sobre igualdade de gênero, ainda não é perceptível dizer se no âmbito da Administração Pública Federal existe essa igualdade de cargos de chefia entre homens e mulheres.

Portanto a pesquisa também coletou os dados por meio do referencial bibliográfico, artigos científicos e pesquisa documental relacionados ao tema. A pesquisa documental foi realizada por intermédio de sites, artigos e teses sobre o tema.

Instrumentos e Técnicas para Coleta de Dados

A contextualização da história das mulheres foi realizada por meio de uma pesquisa bibliográfica fundamentada em livros, artigos científicos e teses que tinham as conquistas das mulheres ao longo da história como tema central. A pesquisa documental foi realizada por meio de análises estatísticas de matérias jornalísticas e dados disponíveis em sites do governo e de entidades de pesquisa.

Para desenvolver a pesquisa quantitativa, foi enviada uma solicitação a todos os Ministérios do Poder Executivo Federal por meio do Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão (e-SIC) com o intuito de identificar, no âmbito de cada Ministério, qual o percentual de mulheres em cargos de direção, gerência e supervisão. Essa consulta foi feita com base na Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527), sancionada pela Presidenta da República em 18 de novembro de 2011, que tem o propósito de regulamentar o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas e seus dispositivos são aplicáveis aos três Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Após a coleta, os dados foram tabulados e analisados para verificar se existe, de fato, uma igualdade de gêneros nos cargos de chefia no âmbito dos órgãos do Poder Executivo Federal.

De acordo com Bertazzi (2011) com a reabertura democrática e a promulgação da Constituição Federal de 1988, o acesso à informação pública foi elevado ao patamar de direito fundamental, previsto no Art. 5º, XIV, XXXIII, XXXIV, LXXII, bem como o Art. 37. O acesso à informação como direito fundamental também é reconhecido por importantes organismos da comunidade internacional, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) (BRASIL, 2011a).

Depois da reunião dos dados enviados pelos ministérios, foi realizada uma análise por meio de planilhas do Excel. O Microsoflt Office Excel (2016) é um editor de planilhas produzido pela Microsoft para computadores que utilizam o sistema operacional. O Microsoft Office Excel, conhecido também por Office Excel ou somente

Excel, é um software da Microsoft. É um programa que gera planilhas, o que antigamente só era feito por papel. Este programa foi lançado em 1985, para a plataforma MAC, da Apple. A primeira versão para Windows saiu em 1987, e após este ano, a Microsoft lançou várias novas versões do Excel, em geral a cada dois anos uma nova versão. Análise dos Dados

Em relação à administração pública federal, dados bastante significativos já foram apresentados em pesquisas realizadas pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM). Embora o acesso seja igualitário, até porque é feito principalmente por meio de concursos públicos, os obstáculos à ascensão profissional das mulheres talvez sejam maiores na administração pública. Diante disso, foram feitas pesquisas qualitativas a todos os Ministérios dos Órgãos Públicos visando verificar como esta desigualdade entre homens e mulheres era recebida pela própria administração Pública. Por meio dos questionários respondidos pelos Ministérios, foram coletados os dados, para análise deste artigo. Embora não sejam suficientes para a explicação das desigualdades encontradas, ofereceram subsídios para o desenvolvimento desta pesquisa.

A situação nos Ministérios do Órgãos Públicos, ainda é alarmante. Apesar de termos um equilíbrio relativo na quantidade de servidores públicos (aproximadamente 46,4% são mulheres e 53,6% são homens, em um total de 582.464 funcionários, de acordo com o BEP 249/2017), observa-se uma disparidade nos cargos de chefia. Um dado que deixa a situação um tanto constrangedora, é que, em média, as mulheres têm maior escolaridade que os homens. O número global de mulheres com pós-graduação e mestrado é bem maior que o número de homens. Ou seja, apesar de terem um currículo mais amplo do que da maioria dos homens, as mulheres ainda são minoria quando o assunto é ocupar os cargos de chefia.

Tabela 1 - Participação percentual dos Servidores Públicos Federais Civis Ativos do Poder Executivo, por Natureza Jurídica e sexo, segundo os órgãos da administração em Dez/2016.

Ministérios Masc. % Fem. % Total

AGRIC, PEC. E ABAST. 7.523 70,80 3.097 29,20 10.620

COMUNIC. 215 54,80 177 45,20 392

CIÊNC.TECN. 5.794 67,00 2.860 33,00 8.654

CULTURA 1.718 48,60 1.818 51,40 3.536

DEFESA 11.595 59,70 7.840 40,30 19.435

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DESENV. AGRÁRIO 3.622 68,80 1.644 31,20 5.266

DESENV. SOCIAL 315 41,00 453 59,0 768

DESENV, IND E COMÉRCIO EXTERIOR

1.942 60,90 1.248 39,1 3.190

EDUCAÇÃO 146.632 50,90 141.682 49,1 288.314

ESPORTE 212 57,80 155 42,2 367

FAZENDA 18.916 59,40 12.941 40,6 31.857

INTEG. NACIONAL 1.672 65,00 899 35,0 2.571

JUSTIÇA 25.926 79,10 6.851 20,9 32.777

MEIO AMBIENTE 5.138 66,60 2.571 33,4 7.709

MINAS E ENERGIA 2.837 69,20 1.264 30,8 4.101

PLAN. DESENV. e GESTÃO

15.391 53,40 13.412 46,6 28.803

PREV. SOCIAL 16.530 45,00 20.179 55,0 36.709

RELAÇÕES EXTERIORES 2.058 62,00 1.263 38,0 3.321

SÁUDE 24.767 39,70 37.655 60,3 62.422

TRABALHO 4.181 53,90 3.581 46,1 7.762

Ministérios Masc. % Fem. % Total

TRANSP. 4.343 71,90 1.694 28,1 6.037

TURISMO 196 47,10 220 52,9 416

Total 312.202 53,60 270.262 46,4 582.460

Fonte: Boletim Estatístico de Pessoal e Informações Organizacionais - BEP 249/2017.

O que se percebe, a partir da Tabela 1, é que a desigualdade entre homens e mulheres, além de estar presente em todos os setores, aumenta conforme aumentam o percentual de homens e mulheres nos Ministérios. Em outras palavras, mesmo as mulheres sendo as mais qualificadas, mais especializadas e sofisticadas (do ponto de vista educacional em sentido estrito), maior é a proporção da desigualdade entre homens e mulheres. Nesta questão de escolaridade entre homens e mulheres, a tabela não mostra isso, porém ela identifica que, mesmo com essa qualificação, os números mostram que a predominância em todos os Órgãos ainda é masculina.

É possível perceber que o Ministério da Educação, boa parte, se não a maioria dos funcionários é do sexo feminino. De fato, a educação é uma área com presença maciça das mulheres, especialmente na educação básica, em que as carreiras são compostas, em geral, por profissionais do sexo feminino. Porém de acordo com a Tabela acima 50,9% são ocupados por homens contra 49,1% de mulheres. Esse é único Ministério em que há uma paridade entre homens e Mulheres.

Já os Ministérios da Justiça (20,9%) e o Ministério do Transporte (28,1%) apresentam o menor quantitativo de Mulheres que atuam nesses Órgãos. Visto que esses dois Ministérios a predominância de homens sempre foi maior do que de Mulheres onde a percepção a respeito das competências necessárias para a ocupação de cargos de chefia, sempre consideraram o sexo de seus ocupantes. Esse dado partiu-se de uma pesquisa realizada pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), em 2017 cujo relatório, intitulado gênero, raça e competências de direção no serviço público federal.

Um dado que demonstra a situação desfavorável para as mulheres, é que, em média, as mulheres têm maior escolaridade que os homens. O número global de mulheres que possuem pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) é bem maior que o número de homens. Ou seja, apesar de terem um currículo mais qualificado, pelo menos no quesito escolaridade, do que da maioria dos homens, as mulheres ainda são minoria quando o assunto é ocupar os cargos de chefia.

Dados de um estudo da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) mostram que elas ainda são minoria na elite do serviço público. No Poder Executivo, mulheres representam 46% do total. No Judiciário, 9%. E no Legislativo, 2%, apenas.

Um corte do estudo sobre escolaridade aponta que elas são tão ou mais preparadas do que os homens para o mercado de trabalho. No Executivo, 48% das servidoras têm nível superior completo, enquanto que o percentual masculino formado fica em 43%. As com pós-graduação chegam 5% ante 4% dos servidores; as com mestrado, 8% contra 7%; e quando assunto é doutorado, os percentuais se assemelham 11% das funcionárias possuem a extensão ante 12% dos homens. Nos níveis que exigem menor conhecimento, a participação do sexo feminino é menor do que a do masculino: 4% tem ensino fundamental contra 8% dos homens; e 24% concluíram o ensino médio ante 26%.

A tabela a seguir demonstra o total de cargos de Chefia (Direção, Gerência e Supervisão), existente em cada Ministério, é o percentual de mulheres que ocupam o cargo, respectivamente: Tabela 2 - Porcentagem de Mulheres que ocupam cargos de Direção, Gerência e Supervisão nos Órgãos Públicos da Administração.

Ministérios Total de

Cargos Dir. Ger. Superv. Total

DESENVOL. SOCIAL

581 57% 0% 0% 56,63%

EDUCAÇÃO 588 51% 0% 0% 50,85%

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CULTURA 108 3% 17% 26% 45,98%

SAÚDE 148 3% 11% 37% 51,35% TRABALHO 189 0% 20% 15% 34,92%

ESPORTE 168 5% 13% 28% 45,84%

CIDADES 153 24% 13% 0% 36,60%

INTEGRAÇÃO SOCIAL

156 3% 22% 15% 40,38%

MINAS E ENERGIA

331 0% 13% 41% 54,38%

MEIO AMBIENTE 113 4% 4% 32% 40,70%

JUSTIÇA 224 9% 11% 17% 37,05%

DEFESA 205 1% 11% 22% 35,12%

CIÊN. TECNO. INOV. E COMUNICAÇÃO

210 3% 14% 19% 35,24%

PLANEJA. DESEN. GESTÃO

143 6% 7% 20% 26,63%

TRANSPORTE 193 1% 9% 24% 33,68%

INDÚS.COMÉR. EXTERIOR E SERVI.

236 3% 10% 32% 44,50%

DESENVOLVI. AGRÁRIO

173 28% 0% 0% 28,32%

TURISMO 73 1% 18% 22% 41,10%

Fonte: e-SIC – Sistema eletrônico do serviço de informação ao cidadão, 2018

De acordo com a tabela, de um total de

vinte e três Ministérios, apenas o Ministério do Desenvolvimento Social (com 57%) e o Ministério da Educação (com 51%) das posições de direção nos Setores da Administração Pública dos Órgãos federais são ocupados por mulheres, ou seja, tanto no Ministério do Desenvolvimento Social como no Ministério da Educação o percentual de mulheres no cargo de direção é maior do que a de homens. Nestes dois órgãos, não existem cargos de gerência e supervisão; devido a esse fator, o percentual é mais elevado.

Se forem considerados apenas os postos de gerência e supervisão, a quantidade reduz quando se analisa os outros Ministérios. Em todos os setores, a quantidade de homens que ocupam cargo de supervisão e gerência é superior às mulheres.

Devido ao quantitativo de homens que ocupam na maior parte dos Ministérios os cargos de Direção, Gerência e Supervisão, na tabela percebe-se que a barreira de ascensão das mulheres aos cargos de chefia é menor. A desigualdade nos altos cargos é evidente. As explicações para esse fenômeno comumente fazem menção à estrutura patriarcal da sociedade brasileira, em que o homem figura como o principal responsável pela família. Essa diferença injustificável não é apenas um traço marcante da sociedade machista brasileira; é também uma oportunidade perdida de aumentar a diversidade e

obter melhores resultados institucionais, para que se possa alterar positivamente a realidade do setor público no Brasil.

Esta pesquisa parte do pressuposto que homens e mulheres podem igualmente exercer cargos de chefia (direção, gerência e supervisão), sem que cada um deles seja melhor ou pior, ou que tenham características específicas mais adequadas para essa ou aquela função de direção. O problema do qual se parte é a constatação da desvantagem histórica que as mulheres têm em relação aos homens na ocupação desses lugares. A tentativa é investigar possíveis razões para isto.

Considerações Finais

A pesquisa teve como objetivo principal avaliar, no âmbito do Poder Executivo da Administração Pública Federal, a proporção de mulheres que exercem cargos de direção, gerência e supervisão. O objetivo geral foi alcançado, pois por meio dos dados fornecidos por cada Ministério foi constado que há uma desigualdade em cargos de chefia entre homens e mulheres. Mesmo as mulheres sendo maioria, elas só lideram cargos de supervisão, ou seja, os cargos de Direção e de Gerência, em grande parte, são ocupados por homens.

Apesar de a forma de ingressar nos órgãos públicos federais ocorrer por meio de concurso público, teoricamente com as mesmas chances para homens e mulheres, a quantidade de homens é maior que a das mulheres (Tabela 1). Isso sem falar quando são analisados os dados referentes à quantidade de homens e mulheres que ocupam cargos de chefia (Tabela 2). Esse percentual diminuiu ainda mais.

De acordo com Ayarza (2018), mulheres são maioria da população no Brasil. Vivem mais tempo, têm mais educação formal e ocupam 44% das vagas de emprego registradas no país. E quando falamos das posições de liderança, embora a porcentagem de mulheres CEO no Brasil tenha crescido 5% de 2015 para 16% em 2017, elas ainda representam apenas 2,8% dos cargos mais altos.

A diferença do quantitativo entre homens e mulheres, nos órgãos públicos federais mostra que a predominância dos homens ainda é muito elevada em relação às mulheres. Conforme Lacerda (2017), mulheres que realizavam o mesmo trabalho e da mesma função e cargo sentem grande dificuldades de acesso aos cargos mais elevados e de maior prestígio nas organizações. Poucas conquistaram, de fato, tal espaço, concorrendo em igualdade com os homens. A ideia de que as mulheres são mais voltadas ao trato familiar do que o profissional ainda é uma imagem que garante preferência aos homens, uma ideia equivocada e que precisa ser revista, pois as que conquistam postos mais importantes demonstram

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de maneira incontestável que mulheres conseguem conciliar carreira e família, e com isso acabam por ter maior rendimento profissional em razão da harmonia emocional.

Em alguns Ministérios, as normas sociais, atitudes e credos contribuem com a desvalorização, com as habilidades e com o status da mulher na sociedade e tentam justificar essas discriminações contra elas, além de ditar quais trabalhos são permitidos para as mulheres realizarem ou não.

O grande desafio é conferir plena força normativa à Constituição pelos Três Poderes. Ao Poder Legislativo, a limpeza da ordem jurídica brasileira, dos resquícios de legislações ainda discriminatórias quanto às mulheres, garantindo assim a equidade de gênero. Ao Poder Executivo, a formulação e a implementação de políticas públicas voltadas ao respeito aos direitos humanos das mulheres. E por fim, ao Poder Judiciário, a criação de uma jurisprudência igualitária traçada nos valores democratizantes e igualitários da Constituição de 1988. Como também a criação de mecanismos governamentais que visem abolir a desigualdade de gênero no mercado de trabalho, por meio de cotas em cada setor ou uma oportunidade igualitária para que a mesma quantidade de homens e mulheres possa assumir cargos de chefia.Como disse Tavares (2013):

O desenvolvimento sustentável implica uma composição global de normas, políticas e padrões de igualdade de gênero, ao mesmo tempo em que responde a novos problemas, desafios e novas oportunidades. É preciso incluir nos planos de ação mecanismos de implementação para reconhecer o papel de liderança das mulheres, sua voz e representação como um fator fundamental para garantir um desenvolvimento sustentável.

Um bom começo passa por reformar os comitês de escolha para cargos de Direção e Gerência, que de acordo com os dados são majoritariamente ocupados por homens, têm um viés para escolher pessoas que lhes sejam semelhantes, ou seja, outros homens.

Outro passo consiste em identificar indícios do viés de gênero nas instituições e combatê-lo, ou seja, a diferença salarial entre homens e mulheres que exercem funções similares. Criar programas de mentoria entre mulheres que chegaram a cargos de liderança e outras que aspiram a tais cargos, além de investir em processos de seleção estruturados, onde homens e mulheres tenham a oportunidade de responder às mesmas perguntas.

O aumento da quantidade de mulheres ocupando posições de liderança no serviço público certamente irá melhorar o desempenho dos órgãos governamentais e aprimorar a entrega de serviços à sociedade.

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