dados externos e sig - processamento digital · tem inicio a etapa de espacialização dos dados da...

23
Dados Externos e SIG: Importação de Arquivos de Texto em Diferentes Aplicativos SIG Parte 04 de 10 2013

Upload: lecong

Post on 08-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Dados Externos e SIG: Importação de Arquivos de Texto em

Diferentes Aplicativos SIG

Parte 04 de 10

2013

Preparando uma Referência para os Dados

Tem inicio a etapa de espacialização dos dados da planilha eletrônica para o Sistema deInformação Geográfica. É muito importante seguir determinados passos antes de plotar a informaçãogeográfica no sistema. Segue abaixo uma pequena lista de requisitos para espacializar coordenadas:

• Todos os registros de uma planilha possuem um par de coordenadas;

• Coordenadas em graus, minutos e segundos foram convertidas para graus decimais;

• A planilha com coordenadas em graus decimais foi exportada para dbf, csv ou txt.

No SIG, toda informação possui referência. Sendo assim, as coordenadas não devem serimportadas para um mapa vazio no sistema. Devemos ser capazes de validar essa informaçãoconfrontando-a com dados existentes. Um método eficiente para verificar se o posicionamento dascoordenadas está correto pode ser conduzido através do fornecimento da poligonal da Quarta Rodada deLicitações da ANP/2002, que são dados que podem ser utilizados como referência para o trabalho.Existem outras formas para verificar a posição espacial dos dados externos. Você pode, por exemplo,carregar uma base cartográfica confiável (arquivos shapefile de municípios, estados, sistema detransporte, etc.) e verificar se as coordenadas foram corretamente espacializadas nestes locais.

Este polígono foi vetorizado a partir do arquivo PDF da ANP e não corresponde aos dados oficiaisda agência. Por esta razão, vou associar o prefixo “incompleto” ao nome do arquivo e fornecer esseshapefile sem a parte que corresponde ao campo de concessão B-M-S-3. A intenção é dominar os recursosdo SIG tendo como referência informações reais. Todos os mapas, dados originais e seus atributos sãoexclusividade da ANP.

• Faça o Download do Shapefile Incompleto: <http://goo.gl/SMRvqC>

• Faça o Download a planilha de coordenadas do campo B-M-S-3 <http://goo.gl/VyMiOY>

A leitura de dados externos de uma planilha para o SIG deve levar em consideração o uso decartografias de referência para construção de áreas a partir de coordenadas.

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 2

Importação de Arquivos Externos de Texto em Diferentes Aplicativos SIG

A escolha do formato ideal pode variar de acordo com o SIG selecionado. Veja a tabela abaixo:

SIG DBF CSV TXT XLS/XLSX

ArcGIS 10.2 SIM SIM SIM SIM

QGIS 2.0 NÃO SIM SIM NÃO

GvSIG 2.0 SIM SIM SIM NÃO

Kosmo 3.0 RC1 SIM NÃO NÃO NÃO

Ao que parece, o ArcGIS e o gvSIG são aplicativos com maior suporte para formatos de texto.

ArcGIS 10.2: Criação de um Shapefile de Pontos a partir de uma Localização XY

O ArcMap 10.2 é um dos programas mais robustos em questões de interoperabilidade: este SIGpossui suporte para muitos formatos. Como foi visto na tabela acima, em relação aos formatos de texto,nenhuma exportação é necessária: basta importar a planilha em XLS/XLS no programa, pois estesformatos são reconhecidos pelo SIG da ESRI.

Abra o ArcMap 10.2. Neste SIG, dados externos de texto podem ser carregados através dosrecursos Display XY Data (Exibir dados XY) ou Add XY Data (adicionar dados XY). Primeiro,vamos providenciar a referência: No mapa em branco, clique no botão Add Data (Adicionar Dados) paracarregar o arquivo shapefile Incompleto_ANP_Round4_BaciaDeCampos.shp. Faça o download destearquivo e armazene-o em qualquer diretório do computador.

Com o dado de referência no mapa, podemos importar as coordenadas para o programa.

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 3

ArcGIS 10: Função Add XY Data

No ArcMap 10, a função Add XY Data permite importar temporariamente coordenadas de umaplanilha eletrônica diretamente para o programa. Após a importação, os pontos espacialmentereferenciados devem ser exportados para o formato shapefile.

Clique no menu File – Add Data – Add XY Data.

Clique na pasta para navegar até o local onde sua pasta de trabalho com as foi salva. Abra a pastade trabalho e localize a planilha que contém as coordenadas em graus decimais (coordenadas em graus,minutos e segundos não podem ser lidas pelo sistema):

Pressione o botão Add. O último passos consiste em associar os campos XY aos camposLongitude e Latitude respectivamente. Como trabalhamos com planimetria, dados da coordenada Z nãoserão utilizados aqui (a letra Z costuma ser associada a dados de altimetria, como valores de altitude deum MDT). Qualquer eventual mensagem sobre criação de campo Object_ID deve ser ignorada e oprocesso deve seguir seu curso normal.

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 4

O sistema associou a projeção do Data Frame (Quadro de Dados) para as coordenadas criadas. Éa mesma projeção definida para o nosso vetor de referência. A localização XY extraída das coordenadas éconvertida para um shapefile temporário cuja geometria é o ponto. Os pontos serão exibidos no mapa nolocal onde se encontra o campo de concessão de petróleo:

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 5

ArcGIS 10: Função Display XY Data

Carregue no mapa o shapefile de referência. Em seguida, clique no botão Add Data novamente enavegue até o local do computador onde sua planilha foi salva. Adicione essa planilha no ambiente detrabalho do ArcGIS.

Ao adicionar dados externos pelo recurso Add Data, a visualização do programa automaticamenteserá alternada para o modo de Lista por Origem. Neste modo de exibição dos dados, a planilha e seudiretório serão exibidos. Clique com o botão direito do mouse sobre o ícone da planilha e escolha a opçãoDisplay XY Data:

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 6

A janela Add XY Data será exibidaautomaticamente. Verifique se as colunas XY estãocorretas e clique no botão OK, ignorando eventuaisavisos sobre criação de campo Object_ID.

As coordenadas no formato de shapefile depontos serão adicionadas ao mapa. Os dois modosproduzem o mesmo resultado. Retorne a visualizaçãodos dados para o modo List by Drawing Order.

No formato de dados CSV, o SIG não reconhecea importação de dados XY através da função Add XYData que está situada no Menu File. É necessárioutilizar a função Display XY Data para espacializarcoordenadas no formato CSV. Os formatos de dadosexternos DBF e TXT funcionam em ambos os modos.

Os shapefiles de pontos produzidos pelos recursos Add XY Data e Display XY são dadostemporários, ou seja, precisam ser armazenados no formato definitivo de arquivo.

Exportação do Arquivo Events para o Formato Shapefile Definitivo

Arquivos Events são arquivos temporários. Para salvar esse arquivo como shapefile, cliquecom o botão direito do mouse sobre o shapefile Events e selecione a opção Data – Export Data:

Na próxima janela, o ArcMap deve sugerir a adoção de um Sistema de Coordenadas para anova camada. A opção Use the same coordinate system as sugere uma escolha e você deve gravar onovo arquivo shapefile no mesmo Sistema de Coordenadas que foi definido para o Data Frame.

Em nosso tutorial, nossos dados serão gravados no Sistema de Coordenadas GeográficasSIRGAS2000, pois este é o sistema que o Data Frame associou automaticamente quando a camadavetorial de referência foi adicionada no projeto. Clique no botão The Data Frame para associar essaprojeção:

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 7

Selecione um nome de arquivo e um local no disco para o novo shapefile e clique no botão OK:

Confirme a opção abaixo para inserir o arquivo final no mapa:

Os pontos reais serão adicionados e aqui termina o processo de importação de dados externos noArcGIS 10.2. Para acompanhar o processo, faça o download dos vídeos com as instruções que contém acaptura das telas para que você seja capaz de aplicar os mesmos passos:

• [Vídeo 01] ArcGIS 10.2: Adicionar Dados através da função Add XY Data

• [Vídeo 02] ArcGIS 10.2: Função Display XY Data

• [Vídeo 03] ArcGIS 10.2: Exportar Events para Shapefile

• [Vídeo 04] ArcGIS 10.2: Modo de Edição: Desenhando um Campo de Petróleo,

Após importar as coordenadas para o SIG, outras ações devem ser empregadas, como a edição dearquivos shapefile. O processo necessário para concluir esta tarefa está documentado nos vídeos acima.

Todos os pontos que formam a poligonal do campo BM-3-S foram espacializados da planilha detexto para o SIG; depois, foram convertidos em shapefile para servir como base para a criação dopolígono. Esta é uma demonstração de atividade em SIG que faz uso dos dados externos.

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 8

QGIS 2.0: Importação de Arquivos de Texto para o Programa

O QGIS é um dos aplicativos SIG mais utilizados pela comunidade de Geotecnologias no mundointeiro. Você pode utilizar o QGIS para espacializar suas coordenadas do mesmo modo que foi executadono ArcGIS 10. Sobre os formatos de texto, observe o cenário previsto para a leitura de dados externos noprograma:

SIG DBF CSV TXT XLS/XLSX

QGIS 2.0 NÃO SIM SIM NÃO

O formato de dados de texto indicado para importação para o QGIS 2.0 é o formato de textoseparado por vírgulas (CSV). Use as técnicas mencionadas anteriormente para converter a planilha deexemplo para CSV e não esqueça de utilizar nossa camada vetorial de referência, que são os campos deconcessão incompletos.

QGIS 2.0: Função Adicionar uma Camada Vetorial

Esta é a ferramenta do QGIS para importar qualquer arquivo shapefile para o programa.

Execute o QGIS 2.0. Na tela principal, clique no ícone Adicionar Camada Vetorial:

Na tela seguinte, clique no botão Buscar para localize o seu arquivo shapefile:

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 9

O QGIS pode ler diversos formatos vetoriais. Selecione o arquivo shapefile de referência:

De volta à janela Adicionar Camada Vetorial, uma pequena explicação sobre esta janela. Dadosimportados para o QGIS podem conter tabelas de atributos com acentuação gráfica. Alguns dados podemapresentar registros com acentuação truncada. Você pode corrigir esse problema selecionando ocodificador correto. Os formatos mais utilizados são Windows-1252 e UTF-8. Por padrão, vamos aplicara codificação do sistema:

O arquivo shapefile será importado com êxito para o QGIS. Se você fez o download daplanilha que foi disponibilizada no inicio do tutorial, chegou a hora de converter essa planilha de XLSpara CSV, o formato de arquivos de texto que pode ser carregado no QGIS. Lembre-se de verificar setodos os registros possuem duas colunas XY com coordenadas em Graus Decimais.

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 10

QGIS 2.0: Criação de um Shapefile de Pontos a partir de uma Localização XY

O Complemento Texto Delimitado

Execute o QGIS 2.0. Na tela principal do aplicativo, use o recurso Adicionar Camada de TextoDelimitado para importar uma lista de coordenadas para o SIG. O ícone utilizado para representar essealgoritmo é semelhante a uma vírgula:

Clique no botão Procurar para navegar até o local do computador e acessar sua planilha decoordenadas no formato CSV [1]. Nas configurações seguintes, você pode digitar um nome para oarquivo importado e selecionar a codificação de caracteres. Vou marcar System para corresponder àcodificação do sistema operacional. O delimitador de campo para o CSV em nosso caso é o ponto evírgula [2].

De acordo com os procedimentos documentados nos tópicos anteriores, o eixo X representa alongitude no SIG. No Brasil, a letra “X” corresponde à longitude oeste. Do mesmo modo, o “Y” quecorresponde a latitude sul no território brasileiro até o limite do Equador. Isto significa que, paraimportar dados XY externos para o sistema, você deve apontar corretamente as coordenadas W e S nosrespectivos campos X e Y [3].

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 11

Para finalizar a ação, clique no botão OK [4]. O sistema vai enviar uma janela solicitando que oSistema de Referência de Coordenadas (SRC) seja definido para o objeto espacial que está sendocriado neste exato momento:

Qualquer conjunto de coordenadas importadas para um SIG assume a geometria de pontos.Estamos espacializando coordenadas geográficas, logo, este deve ser o tipo de sistema a ser definido nestaetapa.

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 12

Conheça o Padrão EPSG

No Brasil, temos quatro sistema de coordenadas geográficas utilizados em todos os projetos:

CÓDIGO EPSG PROJEÇÃO/DATUM4225 GCS Córrego Alegre

4618 GCS SAD 19694674 GCS SIRGAS 2000

4326 GCS WGS 1984

Código EPSG é uma sistematização de todos os sistemas de coordenadas do mundo catalogados

pelo Grupo de Pesquisa Petrolífera Européia – European Petroleum Survey Group (EPSG). Conhecer

o padrão EPSG pode facilitar a troca entre projeções. Não por acaso, O QGIS está sugerindo a criação

da camada dos pontos no Sistema de Coordenadas Geográficas, Datum SIRGAS 2000 ou código

EPSG:4674. Este é o sistema de coordenadas definido para nossa camada de referência.

Pressione o botão OK. Todos os registros serão espacialmente plotados no seu projeto do QGIS:

Os cadastros podem ser visualizados através da Tabela de Atributos:

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 13

Exportação do Arquivo de Pontos para o Formato Shapefile Definitivo

Os pontos espacializados no mapa são arquivos temporários. Para salvar esses pontoscomo shapefile de pontos, clique com o botão direito do mouse sobre o shapefile de pontos temporário eselecione a opção Salvar Como:

Selecione o formato Arquivo Shape ESRI. No campo Salvar Como, indique uma pasta dos eucomputador. O sistema de coordenadas de saída pode ser modificado também, mas mantenha o sistemaGCS SIRGAS 2000. Finalize essa etapa clicando no botão OK:

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 14

Fundamentos para Edição de Feições no QGIS 2.0

Os pontos reais foram criados e agora você tem um dado geoespacial no seu sistema. A etapa deimportação de dados externos para o QGIS 2.0 foi concluída com êxito, porém tudo o que foi feito atéagora constitui apenas uma parte do processo, pois os procedimentos adotados passam a ter sentidoapenas quando você passa a conhecer os fundamentos.

Em SIG, todas as geometrias atuam por meio de um processo de derivação, ou seja, pontos dãoforma a linhas e polígonos ou pontos constituem a estrutura de linhas e polígonos na forma de vértices.Seguindo a mesma experiência contemplada para o ArcGIS 10.2, faça o download dos vídeos com asinstruções a partir da captura de telas que registraram todos os passos documentados neste tutorial:

• [Vídeo 05] QGIS 2.0: Importação de um Shapefile

• [Vídeo 06] QGIS 2.0: Função Adicionar Camada de Texto Delimitado

• [Vídeo 07] QGIS 2.0: Exportar Pontos Temporários para Shapefile

• [Vídeo 08] QGIS 2.0: Modo de Edição de Feições,

Desse modo, estamos aliando teoria e prática, pois quando as coordenadas são importadas para oSIG, outras ações devem ser empregadas, como a edição de arquivos shapefile. Como prometido, oconteúdo registrado em vídeo fornece subsídios para tornar simples tarefas complexas.

Abdique um pouco do seu tempo para colocar em prática o processo de espacialização decoordenadas no QGIS 2.0 e experimente construir a poligonal do campo de petróleo B-M-S-3. É amelhor forma para ampliar suas habilidades no SIG.

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 15

gvSIG 1.12: Criação de Shapefile de Pontos a partir de uma Localização XY

O sistema gvSIG foi um dos primeiros aplicativos SIG que chamou atenção da comunidade deGeotecnologias no Brasil por sua interface amigável e seus algoritmos para análises espaciais de fácilcompreensão. Escrito em linguagem Java e contando com uma comunidade ativa de usuários edesenvolvedores, o gvSIG é uma aposta certa para pessoas tem interesse em trabalhar comGeotecnologias, mas nunca tiveram contato com um sistema de informação geográfica.

Para dar continuidade ao nosso estudo sobre dados externos de texto, vamos conhecer osalgoritmos do gvSIG para importação de coordenadas geográficas em graus decimais para o programa.

gvSIG 1.12: Leitura de um arquivo DBF

Na janela Gestor de Projetos, clique no ícone Tabela e selecione a opção Novo. Na janela Nova

Tabela, aponte para o local do computador onde se encontra o seu arquivo DBF e clique no botão Abrir.

Ao retornar para a janela Nova Tabela, pressione o botão Aceitar e o arquivo DBF será carregado no

gvSIG como uma tabela de atributos temporária.

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 16

Não custa lembrar dados geoespaciais são dados que ocupam uma posição no espaço. Tabela

espacial é um dado que possui registros associados a um par de coordenadas.

A tarefa que precede o processo de espacialização de coordenadas requer a conversão de

coordenadas de graus, minutos e segundos para graus decimais, depois essa planilha deve ser exportada

para os formatos de texto compatíveis com o sistema. Em relação aos formatos de texto, você pode

identificar quais deles são compatíveis com o gvSIG através da tabela abaixo:

SIG DBF CSV TXT XLS/XLSX

gvSIG 1.12 SIM SIM SIM NÃO

O formato de dados de dados utilizado no tutorial é o DBF. Vamos seguir par ao procedimento de

conversão para geometria de pontos.

Espacialização de Pontos através do Sextante

O Sextante é um conjunto de ferramentas para análises espaciais no gvSIG e está localizado na

barra de ferramentas principal:

Se uma tela de créditos surgir, apenas feche essa janela:

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 17

O programa possui muitos algoritmos. Na categoria Tools for Point Layers, selecione o programa Pointslayer from table:

Na janela seguinte, identifique os campos que correspondem às coordenadas XY. Este é mesmo

procedimento aplicado nos tópicos anteriores (X = Long e Y = Lat). O Sextante permite gerar arquivos

temporários também, mas vamos criar um shapefile físico desta vez.

No campo Outputs, clique no botão (…) e selecione a guia File na próxima janela. Digite o nome

e o local do novo arquivo shapefile de pontos e pressione a tecla Salvar:

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 18

Clique no botão OK. O programa pode solicitar a criação de uma nova Vista. Pressione OK:

Uma nova Vista será criada e os pontos serão espacializados no mapa:

Com a espacialização dos pontos, você pode prosseguir no seu trabalho com o SIG. De qualquerforma, vou publicar uma dica complementar sobre procedimentos para iniciar um novo projeto no gvSIG.

Criação de um Novo Projeto no gvSIG

Execute o gvSIG. Na janela Gestor de Projetos, clique na opção Vista e acesse a opção Nova.

Em seguida, selecione a nova Vista Sem título-1 e acesse suas Propriedades. Aqui você pode

editar diversos atributos associados a um novo projeto. O termo “Vista” corresponde à “Projeto” ou

“Visualização”. O campo Projeção Atual é o parâmetro de maior relevância nas propriedades de uma

nova Vista. É o campo onde podemos determinar o Sistema de Referência de Coordenadas (SRC).

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 19

O gvSIG organiza todas as suas projeções através da padronização EPSG. No Brasil, temos

quatro Sistema de Coordenadas Geográficas utilizados em todos os projetos. Os códigos EPSG mais

utilizados no Brasil foram organizados em lista de acordo com a tabela abaixo:

Conheça o Padrão EPSG

CÓDIGO EPSG PROJEÇÃO/DATUM

4225 GCS Córrego Alegre4618 GCS SAD 1969

4674 GCS SIRGAS 20004326 GCS WGS 1984

Código EPSG é uma sistematização de todos os sistemas de coordenadas do mundo catalogados

pelo Grupo de Pesquisa Petrolífera Européia – European Petroleum Survey Group (EPSG). Conhecer

o padrão EPSG pode facilitar a troca entre projeções. Não por acaso, O gvSIG está sugerindo a criação

de uma nova Vista no Sistema de Coordenadas Planas UTM, Datum ED50, Fuso 30 do Hemisfério

Norte. Esta informação pode ser identificada pelo código EPSG:23030 porque este é o sistema de

coordenadas definido como padrão durante a criação de um novo projeto ou Vista.

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 20

É necessário definir o Sistema de Referência de Coordenadas antes de prosseguir. Como

estamos estudando a técnica para criação de um shapefile de pontos a partir de uma localização XY,

vamos utilizar o sistema de coordenadas de origem dos dados, que são as coordenadas geográficas.

No campo Projeção Atual, clique no botão (…). Nossa configuração vai ficar assim: Sistema de

Coordenadas Geográficas, Datum SIRGAS 2000 - código EPSG:4674.

Na lista de opções, selecione EPSG e digite o valor 4674. A projeção deve surgir logo abaixo:

Esta é a principal informação para iniciar um projeto no gvSIG. Após definir a projeção, clique

no botão Aceitar para retornar ao painel principal. Na janela Gestor de Projetos, selecione a Vista e

clique no botão Abrir.

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 21

Importação de um Shapefile para o gvSIG

Nossa metodologia de ensino faz uso de dados cartográficos de referência para criação de mapas.

Usuários iniciantes sentem-se mais seguros com bases produzidas por órgãos gestores da cartografia no

seu estado ou na sua cidade. Carregar geometrias que representam rios, sistemas de transportes,

municípios, etc. podem contribuir na etapa de controle de qualidade das informações processadas.

Seguindo os passos anteriores, vamos utilizar uma planilha de exemplo e uma base incompleta de

polígonos que fazem parte da Quarta Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

O procedimento padrão consiste em carregar um shapefile de referência no mapa. A versão do gvSIG

utilizada no tutorial é portátil e pode ser obtida através deste link.

Com a Vista aberta, clique no botão Adicionar Camada:

Na janela seguinte, clique no botão para importar os dados e navegue até o diretório local:

Em alguns casos, é necessário selecionar o driver shapefile para que a visualizar os arquivos:

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 22

Confirme todas as opções e clique no botão Aceitar. O arquivo referente aos campos de

concessão da ANP será adicionado no mapa, além dos pontos criados no processo anterior. A área de

referência está pronta e já superamos a importação de dados externos para o gvSIG.

Fundamentos para Edição de Feições no gvSIG 1.12

Você tem um dado geoespacial no seu sistema de informação geográfica. A etapa de importação dedados externos para o gvSIG foi concluída com êxito, porém tudo o que foi feito até agora constituiapenas uma parte do processo, pois os procedimentos adotados passam a ter sentido apenas quando vocêpassa a conhecer melhor os fundamentos.

Faça o download dos vídeos com as instruções a partir da captura de telas e conheça osfundamentos da edição de feições no programa gvSIG.

• [Vídeo 09] gvSIG 1.12 – Planiha para DBF / Conversão de DBF para Shapefile de Pontos

• [Vídeo 10] gvSIG 1.12 – Nova Vista / Importação de Shapefile / Simbologia / Rótulo

• [Vídeo 11] gvSIG 1.12 – Modo de Edição de Feições / Desenhando uma Poligonal,

Desse modo, estamos aliando teoria e prática. A edição de arquivos shapefile é um dos processosempregados após a importação das coordenadas para o SIG.

Dúvidas e sugestões podem enviadas para o e-mail [email protected]

Processamento Digital – Geotecnologias e Software Livre | www.processamentodigital.com.br | Por Jorge Santos | 17 de novembro de 2013 23