dados de identificaÇÃo - paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo...

245
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE CURITIBA COLÉGIO ESTADUAL SANTA FELICIDADE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO CURITIBA 2010

Upload: others

Post on 10-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE CURITIBA

COLÉGIO ESTADUAL SANTA FELICIDADE

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

CURITIBA

2010

Page 2: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

1

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO................................................................................................03

2. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO..............................................................................03

2.1 HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO..........................................................04

2.2 ESPAÇO FÍSICO............................................................................................05

2.3 QUADRO DAS TURMAS................................................................................06

2.4 QUADRO DOS PROFESSORES...................................................................07

2.5 QUADRO DOS FUNCIONÁRIOS...................................................................08

2.6 MATRIZ CURRICULAR..................................................................................10

3. OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.......................................10

4. MARCO SITUCACIONAL......................................................................................11

4.1 DAS MATRÍCULAS, RETENÇÃO E EVASÃO..............................................12

4.2 DADOS RELATIVOS A SITUAÇÃO SÓCIO ECONÔMICA..........................13

4.3 SOBRE A (DES)CONTINUIDADE: A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

PEDAGÓGICO..............................................................................................14

5. MARCO CONCEITUAL.........................................................................................15

5.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE..................................................................16

5.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM..........................................................................16

5.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO...................................................................17

5.4 CONCEPÇÃO DE ESCOLA.........................................................................17

5.5 CONCEPÇÃO DO CONHECIMENTO.........................................................18

5.6 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM...........................................18

5.7 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO...................................................................19

5.8 CONCEPÇÃO DE CIDADÃO.......................................................................19

5.9 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA....................................................................20

5.10 CONCEPÇÃO DE CULTURA....................................................................20

5.11 CONCEPÇÃO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA...........................................20

5.12 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO................................................................21

5.13 RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO.............................................................22

5.14 EDUCAÇÃO INCLUSIVA...........................................................................23

5.15 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS................................24

5.15.1 HISTÓRIA E CULTURA BRASILEIRA AFRO-INDÍGENA......................24

5.15.2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL.......................................................................25

5.15.3 SEXUALIDADE........................................................................................25

Page 3: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

2

6. MARCO OPERACIONAL......................................................................................26

7. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO......................................28

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS..........................................................................29

ANEXOS....................................................................................................................31

APÊNDICES..............................................................................................................41

Page 4: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

3

1. APRESENTAÇÃO

O Projeto Pedagógico do Colégio Estadual Santa Felicidade - Ensino

Fundamental e Médio é o resultado da reflexão e discussão crítica dos professores,

funcionários, pais e alunos sobre as questões escolares, fornecendo diretrizes

básicas e ações que irão garantir a unidade, continuidade e o aperfeiçoamento do

trabalho pedagógico a que se propõe, de forma a conduzir o processo educacional

como um todo.

Este projeto tem como objetivo alicerçar o trabalho pedagógico e

administrativo junto aos professores, funcionários, pais e alunos da escola,

baseando-se no desenvolvimento de uma ação conjunta, tendo como ponto de

referência teórico-prático a concepção e a dialética numa perspectiva da pedagogia

histórico-crítica, contribuindo na formação humana do cidadão crítico, ético e capaz

de agir e interagir em seu meio, transformando o ambiente em que vive.

A sua dimensão legal segue as orientações contidas na Constituição Federal

de 1988, Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8069/90, Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional – LDB 9394/96, Diretrizes Curriculares Estaduais,

Deliberações Estaduais e demais documentos emitidos pela Secretaria de Estado da

Educação do Paraná (SEED).

Utilizou-se das discussões do colegiado que foram coletadas ao longo dos

anos de 2005/2009, a comunidade escolar pôde desenvolver e intervir neste projeto

que visa ser um instrumento que represente a realidade escolar, historicamente

construído e que expresse o compromisso com a prática pedagógica deste

Estabelecimento de Ensino, atrelando estes dados com a produção, sistematização

e socialização do saber científico que possibilitará realizar intervenções no decorrer

do ano letivo.

2. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Identificação: Colégio Estadual Santa Felicidade – Ensino Fundamental

Endereço: Rua Bortolo Paulin, 227 Bairro de Santa Felicidade. CEP - 82320-120

Zona de Abrangência: Bairro de Santa Felicidade e imediações

Modalidade de ensino: Ensino Fundamental de 5.ª a 8.ª séries e Ensino Médio.

Page 5: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

4

2.1 HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO

Seguindo as metas do Programa de Expansão e Melhoria de Ensino,

aos trinta dias do mês de Março de um mil novecentos e setenta e sete (1977), foi

inaugurada a Escola Estadual Santa Felicidade - Ensino de Primeiro Grau, no

governo do Exmo. Sr. Jayme Canet Junior, como resultado da colaboração entre o

Ministério da Educação e Cultura, Governo do Estado do Paraná e Prefeitura

Municipal de Curitiba, sendo utilizado para a sua realização, um empréstimo da

Agência Norte Americana para o Desenvolvimento Internacional administrado pela

Fundepar, passando a integrar o Complexo João Mazzarotto de Santa Felicidade.

Teve autorização para seu funcionamento através do decreto nº 4646 de quatorze

de fevereiro de mil novecentos e setenta e oito (14/02/1978) e seu reconhecimento

pela resolução nº 742/82 de quinze de março de mil novecentos e oitenta e dois

(15/03/1982).

Sua fundação deveu-se à necessidade de um maior número de salas

de aula para atender a demanda escolar de primeira e quarta série no Colégio

Estadual Francisco Zardo – Ensino Fundamental e Médio, onde funcionavam, na

época, três turnos.

Levando-se em consideração esta necessidade, a construção de um

novo prédio que funcionasse nas proximidades daquele, as peculiaridades do bairro,

o interesse em que a nova unidade de ensino fosse administrada por pessoal

experiente, o entendimento ocorrido entre a Coordenação Estadual do PREMEM, o

diretor geral da SEEC, o Departamento de Ensino de Primeiro Grau (fundamental) e

a Direção do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo, resolveu-se transferir

gradualmente as turmas de quinta a oitavas séries, período diurno e noturno do

Colégio Estadual Francisco Zardo, para esta nova unidade escolar.

Tendo na sua construção a participação do PREMEM, tornou-se uma Unidade Pólo,

fazendo parte do seu currículo as disciplinas técnicas com o objetivo de desenvolver

o lado profissionalizante do educando. Apesar da extinção como Unidade Pólo, após

um ano da sua fundação, as características de suas disciplinas profissionalizantes

permaneceram por existirem na Escola, condições favoráveis tanto físicas como

materiais e humanas para tal. A Escola fez parte do Complexo João Mazzarotto, de

um mil novecentos e oitenta e três a um mil novecentos e oitenta e seis (1983 a

1986).

Page 6: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

5

Teve como primeiro diretor interino o professor Miguel Kosienski, sendo

sucedido pelos professores, Marcelo Knaut, Osmir Kmeteuk, Maria Ignez Barth e

novamente o professor Osmir Kmeteuk. O atual diretora é o professor Jovandir

Tessaro.

Desde a sua fundação, a Escola contou com benfeitorias, como a

cobertura da arena e readaptação de salas para atividades especiais no ano de mil

novecentos e noventa e dois (1992). A construção de três quadras de esporte

ocorreu no período entre um mil novecentos e oitenta e quatro (1984) e um mil

novecentos e oitenta e sete (1987) bem como a construção do ginásio de esportes.

Ocorreram também modificações no seu currículo a partir de dezembro de um mil

novecentos e noventa e seis (1996), onde a nova Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional e Valorização do Magistério Lei Federal 9394/96, extinguiu o

ensino profissionalizante no ensino de primeiro e segundo graus.

Atualmente a Escola conta com a participação da APMF, tem uma

participação marcante e significativa dos alunos no desenvolvimento de projetos que

visam formar um indivíduo crítico e múltiplo, resultado de um currículo que privilegia

a aquisição de conteúdos que permitem um enfrentamento de contínuas mudanças.

Esta inovação é introduzida pelos próprios professores, que conscientes da

necessidade da mesma, passam a pensar numa escola diferente, voltada para a

ação, para a vida real futura.

A Escola Estadual Santa Felicidade – Ensino Fundamental, localiza-se

no bairro de Santa Felicidade, que é fundamentalmente residencial. Foi colonizado

por imigrantes italianos, possuindo um nível sócio-econômico relativamente elevado.

Caracteriza-se por padrões morais e disciplinares rígidos se comparado ao de outros

bairros. Tem como principais atividades econômicas o comércio, o artesanato,

fábricas de móveis (vime e madeira) e restaurantes.

2.2 ESPAÇO FÍSICO

12 (doze) salas de aula

01 (uma) sala de vídeo

01 (uma) sala de material de limpeza

01 (uma) sala para inspetora de alunos

01 (uma) sala ambiente de inglês

Page 7: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

6

01 (uma) sala ambiente de Artes

01 (uma) sala leitura

01 (uma) sala de apoio

01 (uma) cozinha (merenda)

02 (dois) laboratórios

01 (um) refeitório

01 (uma) biblioteca

01 (uma) secretaria

01 (uma) sala de arquivos

01 (uma) sala de reunião

01 (uma) sala dos professores

01 (uma) sala de informática

01 (uma) sala de mapas

01 (uma) sala de direção

02 (duas) salas de equipe pedagógica

02 (dois) banheiros (professores/funcionários) masc/fem

01 (uma) cantina comercial

02 (dois) banheiros (masculino - feminino)

01 (um) almoxarifado

01 (uma) oficina de consertos

01 (uma) sala de educação física

01 (um) banheiro feminino / alunas

01 (um) banheiro masculino/ alunos

01 (um) vestiário feminino

01 (um) vestiário masculino

01 (um) pátio coberto

03 (três) quadras para voleibol

01 (uma) quadra para futebol

01 (uma) quadra coberta

2.3 QUADRO DAS TURMAS

O Colégio Estadual Santa Felicidade oferta Ensino Fundamental de 5ª

a 8ª séries nos turnos manhã e tarde e Ensino Médio (manhã e noite) com salas de

Page 8: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

7

apoio nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática sendo seu quadro de

turmas em 2010 assim distribuído:

Quadro do Número de turmas por série

Série Nº de Turmas 5ª 56ª 57ª 58ª 5

1º EM 42º EM 23º EM 2Total 28

As turmas possuem entre 35 e 40 alunos em média. A divisão das

turmas por turno está assim distribuída:

Manhã Tarde Noite5ª A, 5ª B, 5ª C, 5ª D, 5ª E

6ª A, 6ª B 6ª C, 6ª D, 6ª E7ª A, 7ª B, 7ª C 7ª D, 7ª E8ª A, 8ª B, 8ª C, 8ª D 8ª E1º A, 1º B 1º C, 1º D2º A 2º B3º A 3º BTotal do Turno: 13

turmas

Total do turno: 11

turmas

Total do turno:

04 turmas

2.4 QUADRO DOS PROFESSORES

– Total de Servidores em Regência: 49

NOME CH HABILITAÇÃOALECSANDRA JAREK BARBOSA (AFASTADA) 16 LICENC. PLENAALEXANDRE FERREIRA DOS SANTOS (SUBST) 32 LICENC. PLENA ALINE GARUS SAINT CLAIR COLIMO 8 LICENC. PLENAANGELITA DO ROCIO SCARPIRU 8 PÓS-GRADUAÇÃOARIEL GOLIN 25 PÓS-GRADUAÇÃOCLAUDINEI COLODEL (AFASTADO) 16 LICENC. PLENADELNICE TAVARES NEVES 16 LICENC. PLENADIRLEI STIVAL BARBOSA 16 LICENC. PLENADJALMA DE BARROS (AFASTADO) 16 LICENC. PLENAEDER LUIZ PRADO SCHULTZ 23 LICENC. PLENAEDINA SANTANA 34 LICENC. PLENA

Page 9: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

8

EVANDRO ESPANHOL 8 LICENC. PLENAFAUSTINA SILVA DA ROCHA BERNARDES 24 PÓS-GRADUAÇÃOGUILHERME ALBRECHT BASTOS 4 LICENC. PLENAJANE MARI DURIGAN - LICENÇA 15 LICENC. PLENAJEAN MICHEL DOS SANTOS KNAUBER 16 LICENC. PLENAJEFERSON MARCELO THOALDO 11 LICENC. PLENAJOAQUIM APARECIDO VIOLIN 16 LICENC. PLENAJOINA CONCEIÇÃO M. DE ALMEIDA (LICENÇA) 16 PÓS-GRADUAÇÃOJOSELE CRISTINA TOMAZI DA SILDA 24 LICENC. PLENAKASSIANO FRANCISCO WISN DE ALMEIDA 6 LICENC. PLENAKELLY DE OLIVEIRA DOS SANTOS 6 LICENC. PLENALUANA FONSECA DUARTE (SUBSTIT) 12 LICENC. PLENALÚCIA VALE DA ROCHA 15 PÓS-GRADUAÇÃOLUCIANE SILVA FERNANDES 21 LICENC. PLENALUIS GABRIEL MALUF DA SILVA 20 LICENC. PLENAMÁRCIA CRISTINA STIVAL 32 PÓS-GRADUAÇÃOMARIA ASUNCION TWERZNIK GUIMARÃES 15 LICENC. PLENAMARIA SALETE DE OLIVEIRA LIDORIO 12 LICENC. PLENAMARIO CANISIO STEFFENS (SUBSTIT) 16 LICENC. PLENAMARLENE MARIA COMAR NEVES 13 PÓS-GRADUAÇÃOMERCI VANDER BROOCK ALVES 6 LICENC. PLENAMICHELI MARIA HARMATIUK 20 PÓS-GRADUAÇÃONICOLY COSTA 7 LICENC. CREGINA MARIA SANTOS SCUCATO - LICEN 1P 34 LICENC. PLENARENATO DE SOUZA 16 LICENC. PLENARICHARD SALDANHA DA SILVA 20 LICENC. PLENAROBERTA FERREIRA CARON KRUGER 32 LICENC. PLENAROBSON TOLOCZKO COUTINHO 18 PÓS-GRADUAÇÃOROSA CRISTINA TOMAZI DE LARA 16 LICENC. PLENAROSANE MARIA PINHO DEMORAES BEZRUSKA 6 LICENC. PLENAROSÂNGELA CANISSO 16 LICENC. PLENAROSEMARY GOMES WELLNER 16 PÓS-GRADUAÇÃOSILVIA MARA AKIKO MIYAZAKI – LICEN 1P 32 PÓS-GRADUAÇÃOSONIA MARA ANDRIOLI SILVA OGG – LICEN 1P 22 PÓS-GRADUAÇÃOTÂNIA BARCALA DUTRA 20 PÓS-GRADUAÇÃOTATIANE MARIA SANT'ANA KLAINE 12 LICENC. PLENAVANDERLEI LUIS CAVALI - LICENÇA 16 PÓS-GRADUAÇÃOVANIL BARBARINE 11 PÓS-GRADUAÇÃOVERGINIA TEREZINHA DO ROCIO MATTOS 16 PÓS-GRADUAÇÃOVIVIANI SCORSIN 18 PÓS-GRADUAÇÃO

2.5 QUADRO DOS FUNCIONÁRIOS: GERAL

Quadro do número de Servidores em Funções de Apoio Técnico- Pedagógico

NOME CH FUNÇÃOALCENIRA CORDEIRO DE OLIV (AFAST) 40 AUX. DE SERVIÇOS GERAISALZIRA ZUBER VALENTE 40 AUX. DE SERVIÇOS GERAIS

Page 10: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

9

ANTONIO DA LUZ CARDOSO 40 AGENTE EDUCACIONAL ICHRISTIANE MARA ALVES 40 AUX. DE SERVIÇOS GERAISDIOCELI BERTAPELI COLODEL 20 PEDAGOGADJALMA DE BARROS 20 PROFº READAPTADOENEIDA ZILDA HAMESTER 40 AGENTE EDUCACIONAL IFILOMENA TRIGO DE CASTRO 40 AGENTE EDUCACIONAL IJIU LA PASTINA MODESTO 40 SECRETÁRIOJOVANDIR TESSARO 40 DIRETORLUCIANE REINERT 20 PEDAGOGAMARCIA CRISTINA DOS SANTOS 40 AUX. DE SERVIÇOS GERAISMARIA APAREC DA SILVA DE SOUZA 40 AUX. DE SERVIÇOS GERAISMARIA APARECIDA INACIO 40 AUX. DE SERVIÇOS GERAISMARIA CENIRA RIBAS 40 AGENTE EDUCACIONAL IIMARIO CHEVONIK 40 AUX. DE SERVIÇOS GERAISMARTHA TRAVINSKI 40 AGENTE EDUCACIONAL IIMAYCON JOSE MADEIRA 40 AGENTE EDUCACIONAL IIRAFAELA SMANIOTO SOMBRIO 40 AGENTE EDUCACIONAL IIRENATA CRISTINA TRISTAO 40 PEDAGOGARICHARD SALDANHA DA SILVA 20 VICE-DIRETORROSEMARY DE ANDRADE 40 AUX. DE SERVIÇOS GERAISROSILENE VIEIRA ZUBER 40 AUX. DE SERVIÇOS GERAISRUTE DOMINGUES MACENO (AFAST) 40 AUX. DE SERVIÇOS GERAISSILVANA MARA RIBEIRO MARQUETTI 20 PEDAGOGASIMONE DA SILVA MACHADO 20 PEDAGOGASOELI FELIX GODOI 40 AUX. DE SERVIÇOS GERAISVILMA DA LUZ CASTRO MEDEIROS 20 PEDAGOGATOTAL 28

Page 11: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

10

2.6 MATRIZ CURRICULAR

Quadro da Matriz Curricular – Implantação em 2006

MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR 5ª A 8ª SÉRIE

TURNO: manhã, tarde e noite - Módulo: 40 semanas – Implantação: 2006Base Disciplinas 5ª série 6ª série 7ª série 8ª

sérieNacional Língua Portuguesa 4 4 4 4Comum Artes 2 2 2 2

Educação Física 3 3 3 2Matemática 4 4 4 4Ciências 3 3 3 4História 3 3 3 4Geografia 3 3 4 3Ensino Religioso* 1 1 0 0Sub-total 22 22 23 23

Parte L. E. 2 2 2 2Diversificada Sub-total 2 2 2 2

Total Geral 24 24 25 25• Oferta Obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas.

MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO POR BLOCOS

TURNO: manhã e noite - Módulo: 40 semanas – Implantação: 2008Disciplinas 1ª série 2ª série 3ª série

Base Bl1 Bl2 Bl1 Bl2 Bl1 Bl2Nacional Língua Portuguesa 6 6 6Comum Arte 4 4 4

Educação Física 4 4 4Matemática 6 6 6Biologia 4 4 4História 4 4 4Geografia 4 4 4Química 4 4 4Física 4 4 4Filosofia 3 3 3Sociologia 3 3 3Sub-total 21 25 21 25 21 25

Parte L. E. M. - Ingles 4 4 4Diversificada Sub-total 4 4 4

Total Geral 25 25 25

3. OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Organizar os saberes necessários à emancipação social, política, cultural e

econômica dos alunos do Colégio Estadual Santa Felicidade – Ensino

Fundamental;

Page 12: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

11

Fornecer elementos necessários ao desempenho da função dos Docentes,

Funcionários, Equipe Pedagógica e Gestores do Colégio Estadual Santa

Felicidade;

Traçar e analisar o perfil da Instituição Escolar do ponto de vista educativo,

social, cultural, econômico e político a partir de dados quantitativos e

qualitativos levantados durante o ano letivo;

Avaliar o processo de ensino aprendizagem constantemente, entendendo que

questões a ela pertinentes devem ser trabalhadas no coletivo da comunidade

escolar.

4. MARCO SITUACIONAL

O Marco Situacional tem como objetivo principal, relatar a situação

atual da Escola a fim de traçar as metas de ação a serem definidas no Marco

Situacional.

A partir de dados coletados junto a comunidade escolar pode-se

compreender a situação da Escola e os problemas pertinentes a esta realidade e o

porquê de sua existência. Define-se aqui como principais problemas, segundo dados

coletados no coletivo de professores, alunos e funcionários da escola, questões

relativas à indisciplina dos alunos, a falta de recursos na escola, falta de

funcionários, falta de professores de apoio, falta de integração da comunidade (pais

e demais segmentos) e por fim, falta de compromisso com o trabalho efetivo da

escola, neste último referindo-se, a um comprometimento não só de todos os

membros da comunidade escolar, mas também em todas as instâncias do processo

educativo: Governo Federal, Estadual e Municipal, ou seja, Políticas Públicas

Educacionais que garantam condições de um trabalho efetivo e de qualidade aos

filhos da classe trabalhadora.

Para que se possa efetivar um perfil situacional de como a Escola se

encontra, seus problemas, suas conquistas e seus anseios, precisamos antes

verificar alguns dados, dentre eles: quantos somos, quem somos, o que fazemos,

onde estamos, etc.

A partir de dados coletados no sistema disponibilizado no site da SEED

– Dia-a-dia Educação (2004) e outros colhidos na própria Escola, pode-se situar

alguns pontos relevantes ao desenvolvimento do trabalho pedagógico. São

considerados como dados importantes: matrículas, evasão e repetência, situação

Page 13: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

12

econômica, religião, moradia e participação familiar, bem como, problemas

levantados para melhorias do trabalho a ser realizado não só pela gestão escolar,

eleita que representa a comunidade escolar para exercício 2008/2009 como demais

funcionários, docentes e toda a comunidade pertencente à escola.

4.1 DAS MATRÍCULAS, RETENÇÃO E EVASÃO

Quadro de Alunos Matriculados – Ano 2010

Totais de Turmas e Matrículas – Ano 2010

Curso Série Turno Total de Total deTurmas Matrículas

ENS. FUNDAMENTALREGULA 5/8 SÉRIE 5ª Tarde 5 145

6ª Manhã 2 586ª Tarde 3 917ª Manhã 3 997ª Tarde 2 648ª Manhã 4 1298ª Tarde 1 32

ENSINO MÉDIO 1º Manhã 2 701º Noite 2 492º Manhã 1 292º Noite 1 373º Manhã 1 223º Noite 1 17

Durante o ano letivo de 2009 os professores apontaram algumas

questões que demonstram as dificuldades apresentadas pelos alunos no

acompanhamento do trabalho proposto. São Exemplos:

1. Diversidade de escolas de origem dos alunos que aqui chegam para

frequentar a quinta série. Esta diversidade reflete-se na metodologia e

condições de aprendizado diferenciadas que levam à necessidade de um

período de adaptação ao cotidiano escolar (com horários fixos para diferentes

disciplinas, ministradas por diferentes professores que registrarão as

avaliações através de notas).

2. Alunos que estão em idade diferente da recomendada para a série, onde seus

interesses e necessidades divergem daqueles apresentados pela maioria de

seus colegas de turma.

3. Alunos com dificuldades de relacionamento e/ou aprendizagem, que deveriam

ter apoio terapêutico especializado e não o tem.

Page 14: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

13

4. Alunos indisciplinados, violentos e sem estrutura familiar adequada. Estas

condições normalmente trazem conseqüências na participação e

aproveitamento do aluno em sala de aula.

5. No início de cada ano letivo, são realizadas avaliações diagnósticas com os

alunos das turmas de quinta série, onde têm sido constatadas as dificuldades

em realizar cálculos em situações problemas, leitura, produção de textos e

interpretação. Estas dificuldades geram a necessidade de reorganização do

plano do trabalho docente em turmas de apoio para que seja possível

solucionar, ou pelo menos, amenizar estas defasagens.

Mesmo assim, existem casos de repetência e evasão em todas as séries.

Diante deste quadro, há que se ter um enfrentamento, tendo em vista a

necessidade de criar condições de aprendizagem. Isso exige do coletivo da Escola e

principalmente dos professores a compreensão de que o ponto de partida para todo

o processo de ensino e aprendizagem é a realidade do aluno. É preciso fazer com

que os alunos aprendam que o conhecimento é uma produção humana que resulta

do trabalho da coletividade e é historicamente construído e pode ser revisto,

enriquecido, questionado e transformado.

4.2 DADOS RELATIVOS A SITUAÇÃO SÓCIO ECONÔMICA

Constatou-se na pesquisa quantitativa que a situação sócio econômica

dos alunos que frequentam a Escola revela renda familiar entre 3 e 5 salários

mínimos, cerca de 70% moram em casas/apartamentos próprios ou financiados e

outros 30% em imóveis alugados. Cerca de 90% possuem acesso a bens como: tv,

vídeo e eletrodomésticos de primeira necessidade (geladeira, fogão, etc.). Outros

10% possuem DVD, computador e demais utensílios. Com relação à questão de

cunho religioso, a maioria é cristã, cerca de 97%, dividindo-se entre católicos e

evangélicos. Uma pequena população diz ser espírita, testemunha de Jeová e

mórmons. Com relação ao acesso à cultura e informação como livros, bibliotecas,

teatro, cinema e Internet existe uma parte da população que gosta de ler, mas são

poucos, frequentam Shopping mas nem todos vão ao cinema e ao teatro, a maioria

só quando este, vêm à Escola. A proliferação de casas de LAN HOUSE faz com que

o acesso à informação através da Internet seja facilitado, mas a maioria dos alunos

o fazem para bate papo, orkut e jogos. Para pesquisa, só as escolares e muitos

apenas copiam e fazem colagens mal feitas sem ter lido sobre o assunto.

Page 15: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

14

Com relação ao transporte, muitos alunos vêm à escola a pé, pois

moram próximo, outros utilizam o transporte escolar, ônibus e uma pequena parte

vem de carro com os pais.

Quanto ao lazer, alunos e pais costumam viajar e passear juntos,

sempre nas férias e em lugares próximos. Poucos viajam a outros estados.

A comunidade pertencente a esta Escola é em sua maioria

economicamente ativa. As crianças se envolvem cedo nos trabalhos de casa, não

ostentam riqueza, são bem alimentadas. Alguns casos, no entanto, possuem

necessidades básicas, encontramos alunos órfãos, abandonados pelos pais e

criados pelos avós, outros onde apenas a mãe é provedora da casa, tendo que

trabalhar fora e assim os filhos maiores acabam por cuidar dos menores, gerando

problemas nas questões relativas as tarefas escolares, mães sobrecarregadas, sem

tempo disponível para orientar e ajudar seus filhos. Esse fato, oriundo dos

problemas sociais e econômicos, preocupam a Escola, pois são alunos que

necessitam de atenção essencial.

Para que a Escola possa atender à diversidade social, econômica e

cultural existente é imprescindível assegurar o acesso, a permanência e a

aprendizagem de todos os alunos, contando com o apoio de alguns segmentos de

atendimento social.

4.3 A (DES)CONTINUIDADE: A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

PEDAGÓGICO

Um dos problemas levantados pela gestão da escola junto aos

professores e funcionários é relativo a descontinuidade do trabalho pedagógico

devido às mudanças constantes no quadro funcional da equipe pedagógica e dos

docentes. Isto gera problemas na interrupção dos trabalhos devido à falta de

conhecimento do Estabelecimento de Ensino, da sua realidade, havendo sempre a

necessidade de um tempo de adaptação a fim de conhecer a comunidade como um

todo.

Segundo o atual governo estadual, durante os últimos anos estes

problemas têm sido frequentes e com novos concursos públicos a fim de diminuir tal

situação. O que se sugere é que sejam levadas em conta a importância da

continuidade nos trabalhos realizados, como projetos e ações junto a comunidade

Page 16: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

15

escolar. A Equipe pedagógica deve estar comprometida com a escola e não com a

direção, pois assim executam um trabalho de qualidade independente de quem seja

o novo gestor. Os professores devem estar comprometidos com os alunos, com a

educação e trabalhar em consonância com seus colegas e demais profissionais.

Se todos estiverem comprometidos com o processo educativo como

um todo a Escola caminhará bem e terá como resultado uma ação de qualidade.

Assim, para desenvolver um trabalho educacional que atenda às

expectativas de todos os segmentos necessita a concretização permanente do

Projeto Político Pedagógico e bem como sua realimentação pelo colegiado da

instituição.

5. MARCO CONCEITUAL

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, número 9394,

de 20 de dezembro de 1996, no seu título II – Dos Princípios e Fins da Educação

Nacional:

“Art. 2o A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos

princípios da liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o

pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e

sua qualificação para o trabalho.

Art. 3o O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I- igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II- liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o

pensamento, a arte e o saber;

III- pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

IV- respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V- coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI- gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII- valorização do profissional da educação escolar;

VIII- gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da

legislação dos sistemas de ensino;

IX- garantia de padrão de qualidade;

X- valorização da experiência extra-escolar;

XI- vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais”.

Page 17: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

16

5.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

Quando se questiona o próprio sentido da escola, a sua função social e

a natureza do trabalho educativo, os docentes aparecem sem iniciativa, “arredados

ou deslocados pela força arroladora dos fatos, pela vertiginosa sucessão de

acontecimentos que tornaram obsoletos os conteúdos e as práticas

educativas”(Péres Gómes, 1998). E para que isso não aconteça se faz necessário

que os docentes entendam em que tipo de sociedade estão inseridos.

Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma

série de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências

individuais do homem, havendo uma interdependência em todas as formas da

atividade humana, desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais,

instituições sociais e produzindo bens, garantindo a própria base econômica. A

sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto dos

homens, que criam novas possibilidades de cultura e de 20 agir social a partir das

contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.

Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a

sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que

regem o desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis

naturais, mais sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem

historicamente.

5.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM

Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na

sociedade, se encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias,

produtivas e também na organização política, garantindo assim sua participação

ativa e criativa nas diversas esferas da sociedade. O homem, como sujeito de sua

história, segundo Santoro ”... é aquele que na sua convivência coletiva compreende

suas condições existenciais, transcende-se e reorganiza-as, superando a condição

de objeto, caminhando na direção de sua emancipação participante da história

coletiva”.

Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico,

faz-se necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O

Page 18: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

17

homem é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a

realidade.

5.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

Segundo Pinto (1994) a educação é um processo histórico de criação

do homem para a sociedade e simultaneamente de modificação da sociedade para

benefício do homem.

É o processo pela dimensão histórica por representar a própria história

individual do ser humano e da sociedade em sua evolução.

É um fato existencial porque o homem se faz ser homem – processo

constitutivo do ser humano.

É um fato social pelas relações de interesses e valores que movem a

sociedade, num movimento contraditório de reprodução do presente e da

expectativa de transformação futura.

É intencional ao pretender formar um homem com um conceito prévio

de homem.

É libertadora porque, segundo Boff (2000, p.77), se faz necessário

desenvolver uma educação que nos abra para uma democracia integral, capaz de

produzir um tipo de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente

sustentado.

Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a

educação tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela

necessita para constituir-se e transformar a realidade.

5.4 CONCEPÇÃO DE ESCOLA

A escola é condicionada pelos aspectos sociais, políticos e culturais,

mas contraditoriamente existe nela um espaço que aponta a possibilidade de

transformação social.

A educação possibilita a compreensão da realidade histórico-social e

explicita o papel do sujeito construtor / transformador dessa mesma realidade.

A escola deve ser valorizada como espaço social responsável pela

apropriação crítica e histórica do conhecimento enquanto instrumento de

Page 19: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

18

compreensão da realidade social e atuação crítica e democrática para a

transformação desta realidade.

A escola precisa tornar-se um espaço de criação e de crítica cultural. É

preciso que o(a) aluno(a) possa participar de festas, peças de teatro, jogos, danças,

redação de contos, poesias, elaboração de músicas, etc.

O desafio que se coloca no Projeto Político Pedagógico da escola é o

de propiciar uma educação de qualidade para todos.

5.5 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicar as relações

entre o homem e a natureza. Dessa forma, o conhecimento é produzido nas

relações sociais mediadas pelo trabalho.

O conhecimento humano adquire diferentes formas: senso comum,

científico, teológico e estético, pressupondo diferentes concepções, muitas vezes

antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e sobre o conhecimento.

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e

das condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que

representam as necessidades do homem a cada momento, implicando

necessariamente nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para

obtenção do conhecimento, mudando portanto a forma de interferir na realidade.

Conforme Veiga (1995, p.27): “O conhecimento escolar é dinâmico e

não uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa

etária e aos interesses dos alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é

resultado de fatos, conceitos e generalizações, sendo portanto, o objeto de trabalho

do professor.

O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social,

gerando mudança interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo

sempre uma intencionalidade.

5.6 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

A ciência está no cotidiano do aluno de qualquer idade, criança ou

adulto. De qualquer classe social, pois está na cultura, na tecnologia e nos modos

de pensar da sociedade de nossos dias. Toda criança detém, então, um

Page 20: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

19

conhecimento que está contido na teoria científica e que deve ser necessariamente

articulado com o conceito científico que se lhe pretende ensinar. Este conhecimento

é um conhecimento fragmentado e o aluno deverá ser levado, pela ação do

professor, a superar essa visão fragmentada para chegar à compreensão do

conhecimento formal.

O ponto de partida é este saber que o aluno constrói em seu cotidiano

através da observação e das informações diversas. A criança lança hipóteses sobre

o fato ou fenômeno e são estas hipóteses que deverão ser transformadas em

conhecimento formal através da ação pedagógica.

5.7 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

Avaliar é investigar para intervir. O professor pode-se utilizar de vários

instrumentos, desde que eles sejam bem elaborados e adequados às suas

finalidades. A avaliação deve ter um enfoque diagnóstico, ser contínua e processual,

além de possuir registro dos conhecimentos aprendidos e dos avanços

apresentados.

Se a avaliação for bem planejada e elaborada, ela nos dará

verdadeiros dados da aprendizagem dos educandos, o que garantirá, por sua vez,

um juízo qualitativo correto sobre a aprendizagem, buscando a reorganização de

conteúdos necessários para que os educandos aprendam e se apropriem do

conhecimento.

É importante que os Educadores tenham claro o que desejam com

suas atividades, ou seja, um plano de ação docente que organize o trabalho

pedagógico.

Usar a avaliação como recurso de diagnóstico da aprendizagem dos

nossos educandos, de modo a orientar nossas intervenções para a melhoria dos

resultados desejados.

5.8 CONCEPÇÃO DE CIDADÃO

Pessoas capazes de refletir criticamente diante das situações postas

na contemporaneidade.

Page 21: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

20

5.9 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

Cidadania é a construção de outra base social, pautada no diálogo e na

participação.

De acordo com Boff (2000. P.51) “Cidadania é um processo histórico-

social que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de

organização e de elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser

massa e de passar a ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio

destino”.

A construção da cidadania envolve um processo ideológico de

formação de consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em

termos de direitos e deveres.

5.10 CONCEPÇÃO DE CULTURA

A cultura é resultado de toda a produção humana e, segundo Saviani,

“para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os

meios de sua subsistência. Ao fazer isso, ele inicia o processo de transformação da

natureza, criando um mundo humano, o mundo da cultura”(1992, p. 19).

Na escola, em sua prática, há a necessidade da consciência de tais

diversidades culturais, especialmente na sua função de trabalhar as culturas

populares de forma a levar os alunos à produção de uma cultura erudita, como

afirma Saviani: “a mediação da escola, instituição especializada para operar a

passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura

erudita; assume um papel político fundamental”. (Saviani, apud, Frigotto, 1994, p.

189).

Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e

erudita, cabe à escola aproveitar essa diversidade existente, para fazer dela um

espaço motivador, aberto e democrático.

5.11 CONCEPÇÃO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA

Para que a escola se faça realmente pública, se considera

imprescindível a criação de mecanismos que a tornem democrática. Por esse

caminho, pais, alunos, professores e Direção poderão deliberar em conjunto como

Page 22: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

21

deve ser a escola de hoje, para assim atender as reais necessidades de seus

educandos. Dessa forma o ensino poderá se tornar de fato o que dever ser: um

instrumento para a construção da cidadania.

Tomando a gestão democrática como ponto de partida para uma

mudança qualitativa do ensino público é preciso pensar em uma reorganização da

estrutura escolar, em que a escola realiza o planejamento, o desenvolvimento e a

avaliação de ações escolares de forma participativa, organizada e permanente,

envolvendo professores, funcionários, pais e alunos, e também ações em parceria

com a comunidade, outras escolares e instituições.

A Gestão Democrática é um princípio consagrado pela Constituição

vigente e abrange as dimensões pedagógica, administrativa e financeira, exigindo

uma ruptura histórica na prática administrativa da escola e a compreensão em

profundidade dos problemas postos pela prática pedagógica. Visa romper com a

separação entre concepção e execução, entre pensar e o fazer, entre teoria e

prática, buscando resgatar o controle do processo e do produto do trabalho pelos

educadores.

5.12 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

Currículo é um importante elemento constitutivo da organização

escolar, é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização

dos meios para que esta construção se efetive, a transmissão dos conhecimentos

historicamente produzidos e as formas de assimilá-los. Portanto, produção,

transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de

construção coletiva do conhecimento escolar.

O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do

conhecimento científico, que deve se adequar à faixa etária e aos interesses dos

alunos.

Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos básicos:

1º O currículo passa ideologia, e a escola precisa identificar e desvelar os

componentes ideológicos do conhecimento escolar que a classe dominante utiliza

para a manutenção de privilégios. A determinação do conhecimento escolar,

portanto, implica uma análise interpretativa e crítica, tanto da cultura dominante,

quanto da cultura popular. O currículo expressa uma cultura.

Page 23: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

22

2º O currículo não pode ser separado do contexto social, uma vez que ele é

historicamente situado e culturalmente determinado.

3º O currículo é integração: a escola deve buscar novas formas de

organização curricular, em que o conhecimento escolar (conteúdo) estabeleça uma

relação aberta e inter-relacione-se em torno de uma ideia integradora.

4º Controle social – currículo formal (conteúdos curriculares, metodologia e

recursos de ensino, avaliação e relação pedagógica) implica controle. Por outro lado

o controle social é instrumentalizado pelo currículo oculto, entendido este como as

“mensagens transmitidas pela sala de aula e pelo ambiente escolar” (Cornbleth

1992, p. 56).

Concebe-se currículo como uma produção social, construído por

pessoas que vivem em determinados contextos históricos e sociais, vivido, pensado

e realizado nas e pelas escolas, atendendo às diretrizes e à legislação vigente. Essa

produção deve se dar coletivamente num fazer e pensar articulado que, como dizem

Estebam e Zaccur (2002, p. 23) “... é preciso enfatizar o aspecto coletivo de todo

este processo. O objetivo central é que o professor seja competente para agir

criticamente em seu cotidiano. Tal competência se constrói num processo coletivo,

no qual tanto o crescimento individual quanto o coletivo, é resultante da troca e da

reflexão sobre as experiências e conhecimentos acumulados por todos e por cada

um”.

Para esta compreensão pedagógica cabe à escola dosar e sequenciar

o saber sistematizado, o conhecimento científico, tendo em vista o processo de sua

transmissão-assimilação. A tarefa que se impõe é organizar o saber escolar, ou seja,

tomar como elemento norteador das atividades da escola a socialização do

conhecimento sistematizado. O currículo deve ser entendido como uma atividade do

cotidiano dos professores, sendo uma tarefa prioritária, um pacto para a construção

legítima das diretrizes curriculares que servirão de referência para a formação dos

nossos alunos.

5.13 RELAÇÃO PROFESSOR – ALUNO

Professor e aluno são sujeitos ativos do processo de ensino-

aprendizagem, ambos concretos (sócio-históricos), situados numa classe social. O

Professor, como autoridade competente, direciona o processo pedagógico; interfere

Page 24: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

23

e cria condições necessárias à apropriação do conhecimento, enquanto

especificidade da relação pedagógica.

O Aluno, como sujeito concreto, apropria-se do processo de ensino-

aprendizagem, estabelecendo relações dos saberes acumulados com os

conteúdos trabalhados.

Professor e aluno devem criar um vínculo afetivo, estabelecendo

confiança mútua, criando possibilidades de atuação no processo de transformação

da realidade.

A ação pedagógica implica, portanto, numa relação especial em que o

conhecimento é construído. Para tanto, exige do adulto uma ação adequada às

possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem de seus educandos

5.14 EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Os mesmos conteúdos previstos para o “continuum” das séries iniciais

do Ensino fundamental são trabalhados com os alunos da Classe Especial, sendo

diferenciada a forma de desenvolvimento do trabalho, respeitando-se seu

encaminhamento metodológico e o ritmo individual de cada aluno.

Na escola, as diferenças individuais estão sempre presentes e a

atenção à diversidade nos leva a refletir sobre a educação inclusiva, isto é, uma

educação de qualidade para todos, eliminando rótulos e preconceitos, mas não

esquecendo que os portadores de deficiências mentais precisam de atendimento

educacional diferenciado, ministrado por professor especializado, para que possam

desenvolver todas as suas potencialidades.

É certo que nem todos os alunos com deficiência tem condições de

integrar-se em classes comuns, muitos necessitam do atendimento em classe

especial, que se constitui numa das formas de integração no ensino, visto que será

oportunizada a inclusão através de atividades de artes, educação física, recreios,

atividades extra-classe, bem como nas comemorações cívico-festivas.

Enfim, convém lembrar que os direitos das pessoas portadoras de

deficiência são os mesmos de todas as outras. No entanto, entende-se que as

escolas devem estar preparadas na sua estrutura física, adotando medidas

especiais, como garantir uma rede de apoio contando com equipamentos,

instalações, materiais e, principalmente contar com o pronto atendimento da

mantenedora através dos diferentes setores, de profissionais especializados nas

Page 25: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

24

diferentes áreas que se fizerem necessárias para receber tais alunos, devendo,

entretanto, acontecer nesta ordem, evitando-se improvisações.

Existe a convicção de que não se pode aceitar que, em virtude de

decretos, economias e enxugamento, os alunos portadores de necessidades

especiais sejam onerados, não tendo a oportunidade de contar, em tempo integral,

com professores habilitados para oportunizar o desenvolvimento de suas

potencialidades e possibilidades de aprendizagem.

“Se não buscarmos o impossível, acabamos por não realizar o

possível” (Leonardo Boff)

5.15 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

O trabalho com a diversidade na escola, prioriza o estudo e o

envolvimento de toda a Equipe Escolar: Direção, Equipe Pedagógica, Professores e

Funcionários, visando cumprir a sua função social, contextualizando os temas

propostos com a organização curricular da escola.

Nesse sentido, cabe à escola a apropriação, transmissão e

socialização dos saberes culturais buscando a transformação da realidade concreta.

5.15.1 História e cultura afro-brasileira e indígena

À escola está sendo atribuída a responsabilidade de acabar com o

modo falso e reduzido de tratar a contribuição dos africanos escravizados e de seus

descendentes para a construção da nação brasileira; de fiscalizar para que, no seu

interior, os alunos negros deixem de sofrer os continuados atos de racismo de que

são vítimas. Sem dúvida, assumir estas responsabilidades implica compromisso com

o estorno sócio-cultural da escola, da comunidade onde esta se encontra e a que

serve, compromisso com a formação dos cidadãos atuantes e democráticos,

capazes de compreender as relações sociais e étnico-raciais de que participam e

ajudam a manter e/ou reelaborar, capazes de decodificar palavras, fatos e situações

a partir de diferentes perspectivas, de desempenhar-se em áreas de competência

que lhes permitam continuar e aprofundar estudos em diferentes níveis de formação.

Cabe a este Estabelecimento de Ensino cumprir o que se refere nas leis 10.639/03 e

11.645/08, incluindo no seu planejamento o estudo da história e cultura afro-

brasileira e indígena, através do envolvimento da sua Equipe Multidisciplinar,

Page 26: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

25

envolvendo a Direção, Equipe Pedagógica, Professores e Funcionários, para

orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à este tema, ao longo do

período letivo.

No que se refere ao calendário escolar, estabelecer o dia 20 de

novembro como Dia Nacional da Consciência Negra, sendo esta data ponto

culminante das atividades desenvolvidas pela escola durante todo o ano letivo.

5.15.2 Educação ambiental

Sabe-se que todas as formas de vida integram um complexo sistema

interagindo com os componentes físicos como a água, o ar, o solo, a luz e o calor do

sol.

O ser humano, assim como as demais espécies, é diferente destas

relações porém, diferencia-se dos outros seres vivos pela sua capacidade de

transformar o meio para suprir suas necessidades.

O aumento populacional, o desenvolvimento tecnológico e o consumo

desordenado tem causado impactos que reduzem o potencial do ambiente em

produzir riquezas e de manter a vida. Como exemplo desses impactos podemos

citar o aquecimento da atmosfera, o aumento dos níveis dos oceanos, a poluição

das águas, o desgaste do solo e a extinção de espécies animais e vegetais.

Como o futuro do planeta depende da consciência ambiental das

futuras gerações, cabe à escola formar cidadãos capazes de desenvolver qualidade

de vida para todas as espécies. Este é um grande desafio, pois tanto o

desenvolvimento quanto a preservação ambiental são essenciais para o suprimento

das necessidades humanas.

Partindo do conhecimento prévio dos alunos através de um trabalho

interdisciplinar voltado para a pesquisa, a experimentação, a discussão e os

trabalhos em grupo são proporcionadas condições para que se levantem hipóteses,

façam interpretações, organizem os pensamentos, para só então comprovar ou

reformular seus conceitos.

5.15.3 Sexualidade

Busca-se considerar o tema Sexualidade na escola, como algo inerente

à vida e à saúde, que se expressa desde cedo no ser humano. Engloba o papel

Page 27: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

26

social do homem e da mulher, o respeito por si e pelo outro, as discriminações e os

estereótipos atribuídos e vivenciados em seus relacionamentos. A orientação sexual

nas séries iniciais visa permitir ao aluno encontrar na escola um espaço de

informação e formação no que diz respeito às questões referentes ao seu momento

de desenvolvimento e às questões que o ambiente coloca.

O aluno sofre influências de outras fontes: de livros, da família e

principalmente da mídia. Essas fontes atuam de maneira decisiva na formação

sexual de crianças, jovens e adultos e são trazidas pelos alunos para dentro da

escola, cabendo à mesma desenvolver uma ação crítica, reflexiva e educativa em

culminância com os conteúdos da série em que o aluno se encontra.

6. MARCO OPERACIONAL

A partir das discussões e reflexões feitas, pode-se traçar algumas

metas e ações a serem definidas como prioridades para que o processo de ensino-

aprendizagem seja efetivo e de qualidade.

Como primeira proposta de ação, foi definido que todos os segmentos

da comunidade escolar devem atuar com os mesmos princípios no que diz respeito

às normas e ao cotidiano da escola. Se todos participam do processo, todos têm o

mesmo compromisso. Por exemplo, todos devem ser disciplinados (direção,

funcionários, professores, pedagogas e alunos). O respeito deve ser mútuo, em se

tratando de direitos e deveres. Isto deve ser um compromisso de todos.

Os professores devem agir de forma a estimular nos alunos o respeito,

a pontualidade, a cordialidade, a solidariedade, o desejo pelo saber, atitudes de

limpeza e manutenção do meio (pátio, sala de aula, refeitório e demais

dependências da escola).

A necessidade de repassar as normas gerais sobre a organização do

trabalho escolar, levou à reformulação da agenda onde constam informações sobre

avaliação, métodos de estudo e normas gerais.

Também foram programadas reuniões com pais, direção, equipe

pedagógica, professores e alunos para que sejam apresentadas e discutidas

questões pertinentes ao encaminhamento pedagógico, a participação da APMF na

tomada de decisões e realização de trabalhos.

As adaptações curriculares para os alunos com dificuldades de

aprendizagem e com necessidades educativas especiais farão parte desta ação, no

Page 28: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

27

entanto, acredita-se ser necessário que haja capacitação dos professores e um

estudo mais aprofundado para que não se cometam injustiças e se possa realmente

agir de forma a incluir e privilegiar ações educativas de qualidade para estes alunos.

Com a estruturação da sala de informática e sala ambiente (arte e

Inglês), serão ofertadas novas opções de atividades diferenciadas que certamente,

enriquecerão o trabalho.

Oportunizar mais palestras e organização de projetos sobre assuntos

como: sexualidade na adolescência, drogatização, inclusão, violência, meio

ambiente, etc. estas palestras e/ou projetos devem ser direcionadas aos alunos,

pais, professores e funcionários.

Alteração do horário de funcionamento da biblioteca para quarenta (40)

horas, permitindo um melhor aproveitamento deste espaço.

Pretende-se também, oportunizar mais eventos na Escola, como peças

de teatro, filmes e passeios educativos (contando com o apoio da comunidade para

a sua realização).

Quanto à questão avaliativa e do processo de ensino-aprendizagem,

cabe destacar que, levando-se em conta os dados apresentados nas avaliações

realizadas no início do ano letivo – principalmente nas quinta séries -, o professor

passa a colocar em seu planejamento de forma ajustada às características de seus

alunos, realizando uma avaliação investigativa inicial que o instrumentalize. Este é o

momento em que o professor vai se informar sobre o que o aluno já sabe sobre

determinado conteúdo para, a partir daí, estruturar sua programação, definindo os

conteúdos e o nível de profundidade em que devem ser abordados. A avaliação

inicial serve para o professor obter informações necessárias para propor atividades e

gerar novos conhecimentos, assim como para o aluno tomar consciência do que já

sabe e do que pode ainda aprender sobre um determinado conjunto de conteúdos.

A partir destas informações, os alunos que apresentam as maiores

dificuldades passam a frequentar as turmas de apoio em Língua Portuguesa e

Matemática onde procura-se sanar ou amenizar estas dificuldades para que possam

ter melhores condições de aprendizagem.

Também pretende-se estreitar a comunicação entre família e escola

incentivando a participação dos pais no trabalho realizado na Escola para que esta,

não se torne um segmento distante da realidade das famílias que compõe a

comunidade escolar.

Page 29: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

28

Para sanar as dificuldades encontradas na manutenção do prédio

escolar, a organização e limpeza, a Escola necessita de mais funcionários o que tem

sido uma luta constante da Direção que não tem autonomia para solucionar o

problema que depende de decisões da mantenedora .

7. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

A construção do Projeto Político pedagógico é um processo que deverá

ser realimentado pela reflexão de todos os envolvidos com o processo educativo

escolar, a fim de subsidiar as alterações que se façam necessárias para o sucesso

do trabalho pedagógico.

Curitiba, 22 de outubro de 2010.

Page 30: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9394/96. Brasília,

1996.

CHARLOT, B. O Filho do Homem: obrigado a aprender para ser (uma perspectiva

antropológica). In: CHARLOT, B. Da relação com o saber: elementos para uma

teoria. Trad. Bruno Magne. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000, p. 51 –58.

________. O Saber e as figuras do aprender. In: CHARLOT, B. Da relação com o

saber: elementos para uma teoria. Trad. Bruno Magne. Porto Alegre: Artes

Médicas Sul, 2000, p. 59–76.

________. A relação com o saber: conceitos e definições. In: CHARLOT, B. Da

relação com o saber: elementos para uma teoria. Trad. Bruno Magne. Porto Alegre:

Artes Médicas Sul, 2000, p. 77–89.

DALBEN, Ângela I. L. de Freitas. O que é o Conselho de Classe? In: Conselho de

Classe e Avaliação: perspectivas na gestão pedagógica da escola. Campinas, SP:

Papirus, 2004, p. 31-39.

EDLER CARVALHO, Rosita. Educação Inclusiva: com os pingos nos is. Porto

Alegre: Mediação, 2004.

FREIRE, Paulo. Pedagogia e Autonomia: saberes necessários à prática educativa.

São Paulo: Paz e Terra, 1996 ( Coleção leitura).

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Ensino fundamental na rede pública de ensino da educação básica do Estado

do Paraná. Curitiba: SEED/SUED, 2005.

PARO, V. Henrique. A Natureza do trabalho Pedagógico. In: Gestão Democrática

da Escola Pública. Vitor H. Paro. São Paulo: Ática, 1977, p. 29 – 37.

Page 31: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

30

VEIGA, Ilma Passos. Projeto Político da escola: uma construção coletiva. Projeto

Político Pedagógico da escola: uma construção possível. In: Ilma Passos A. Veiga

(org.) Campinas, SP: Papirus, p. 11-35.

SÁNCHEZ, VÁZQUEZ, Adolfo. Ética. Tradução de João Dell‘Anna, 23ª ed. Rio de

janeiro; Civilização Brasileira, 2002.

SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1996.

SILVA, Maria Abadia. Educadores e Educandos: tempos históricos, Brasília, MEC,

SEB, 2005.

Page 32: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

31

ANEXOS

Introdução aos Projetos desenvolvidos na escola ................................................... 32

Projeto Ler e Pensar ..................................................................................................33

Projeto de desenvolvimento sustentável “Vamos manter a escola limpa”...............36

Projeto School Links...................................................................................................39

Page 33: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

32

ANEXO1 - INTRODUÇÃO

Atualmente, os pesquisadores da área educacional indicam que o

ensino tradicional e o modelo clássico da escola não mais correspondem às

exigências da sociedade atual, dinâmica e fundamentada na inovação tecnológica: o

antigo modelo de currículo organizado em disciplinas dispostas de modo

fragmentado, sem correlação ou nexo entre elas, vem sendo repensado e tende a

ser substituído, para que a escola se aproxime mais da sociedade e que os alunos

se envolvam mais no processo educativo.

É nesses termos que a ideia de trabalho com projetos, na Escola,

surgido a partir da "tematização" proposta já no final dos anos 80 do século XX,

como recurso pedagógico da metodologia de ensino sócio-construtivista, toma corpo

e se desenvolve a partir de 1990.

Segundo Freire (2004) o aluno aprende participando, tomando atitudes

diante dos fatos, investigando, construindo novos conceitos e informações, e

selecionando os procedimentos apropriados quando diante da necessidade de

resolver problemas.

O objetivo é fazer com que o aluno se envolva intensamente na

atividade educativa alvo do projeto proposto. Assim, o desenvolvimento de projetos

na escola não tem a mera função de tornar o ensino atrativo para o educando, mas

sim propiciar um ensino de qualidade, contextualizado e com vistas à formação

plena do cidadão para atuar nessa nova sociedade.

Os projetos propostos para o ano letivo significa, também, repensar a

escola, o currículo, os tempos escolares, a avaliação e os objetivos da educação

escolar. É portanto um trabalho complexo, que envolve todas as áreas do

conhecimento.

Page 34: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

33

ANEXO II - PROJETO LER E PENSAR

Justificativa

Segundo Durvali (1999) o empobrecimento da tradição brasileira de

telespectadores se deve ao fato da população voltar-se, em sua grande maioria, a

programas televisivos e isso ocorre justamente por deixarem os livros como última

opção de informação ou prazer.

Tal fato explica o baixo rendimento dos alunos em relação à leitura.

Segundo a pesquisa do Ministério da Educação, divulgada no jornal Gazeta do

Povo (4/maio/2003), mais da metade dos estudantes que concluem a 4ª série do

Ensino Fundamental no estado do Paraná, não sabem ler ou apresentam grandes

dificuldades. Além disso os problemas persistem até a 8ª série, em que 65,98% dos

inscritos tem, em Língua Portuguesa, desempenho no nível intermediário, 22,58%

apresentam problemas sérios, principalmente no que se refere à leitura e apenas

11,42% atinge o estágio compatível com a série. A reportagem do referido jornal

mostra ainda que os alunos que chegam à fase pré-vestibular 50,55% dominam

apenas informações básicas da disciplina e 64,57% desses alunos, têm

conhecimento insuficiente para a referida etapa.

Atualmente os dados mostram que a taxa de analfabetismo vem

diminuindo, entretanto, a grande maioria não pode ser considerada leitora, uma vez

que o desempenho na compreensão de textos é insuficiente.

Nesse âmbito justifica-se a necessidade de um projeto voltado para a

formação de leitores, que a princípio existe por meio do Ler e Pensar.

Fundamentação teórica

O projeto Ler e Pensar foi criado em 1999 como uma proposta

empresarial da Editora Gazeta do Povo, dentro da linha de "jornal na escola "

desenvolvida em todo o mundo, com foco na formação do leitor do futuro.

O projeto socioeducativo Ler e Pensar tem como principais

mantenedores o Jornal Gazeta do Povo e a RPC (Rede Paranaense de

Comunicação). A escola recebe quinzenalmente jornais acompanhados do BOLO

(boletim de leitura orientada) que propõe as noticias publicadas no jornal Gazeta do

Povo como ferramenta de aproximação entre conteúdos escolares das referências

cotidianas dos estudantes; oferece a leitura como sustentação do aprendizado; e

propõe o desenvolvimento da cidadania sob dois focos: professores e alunos.

Page 35: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

34

Sob o foco dos alunos, o Ler e Pensar é um objeto de aprendizagem

que propicia a integração de assuntos, interesses e pessoas, utilizando o conteúdo

do jornal como um recurso moderno, atualizado, dinâmico e capaz de traduzir todo

tipo de informações, inclusive as científicas, em linguagem acessível a qualquer tipo

de público, em estudantes de escolas públicas e privadas, desenvolvendo

habilidades e competências presentes e essenciais a multidisciplinariedade.

Sob o foco dos professores, o Ler e Pensar é um programa de

atualização permanente e gratuito, que não apenas os capacita para trabalhar a

"educação para os meios e pelos meios" como também abre espaços em

seminários, workshops e oficinas - para analisar e discutir os resumos da educação

no país.

Desde 2002 o projeto Ler e Pensar tem características socioeducativas

de leitura e estímulo à cidadania ativa voltadas ao EF e EM. Propõe a

democratização da informação e a leitura significativa como bases no processo de

ensino-aprendizagem a partir da investigação apreciativa, valorizando as iniciativas

e experiências positivas. Para isso, desenvolve programa de capacitação para

professores; produz e distribui material sócio-pedagógico, oferece orientação às

escolas, e divulga as iniciativas e experiências exemplares de escolas, professores e

alunos.

Objetivos

Dar ao jovem paranaense a oportunidade de, em sala de aula, ter

acesso e trabalhar com as notícias, contribuindo assim para complementar a

educação formal, estimular o espírito crítico e aprendizagem cidadã, ao mesmo

tempo em que desenvolve o hábito da leitura tendo no jornal instrumento de

informação e compreensão da realidade social e cidadania.

Objetivos Gerais

- Ensinar a ler totalidades;

- Estabelecer relações entre o conhecimento escolar e os fatos noticiados no

jornal,

- Identificados no cotidiano de estudantes e professores;

- Desenvolver o gosto e o hábito pela leitura de jornal;

- Estimular o espírito crítico;

- Apresentar o jornal como instrumento que viabiliza o acesso à informação e a

Page 36: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

35

melhor compreensão da realidade social, que promove a reflexão, estimula o

pensamento crítico e a discussão da informação;

- Apresentar o jornal como um recurso didático que possibilita o desenvolvimento

de atividade diversificada e inovadora, além de retratar o mundo e suas

contradições;

- Oferecer acesso a informação e, como um recurso didático, resignificar os

conteúdos escolares;

- Motivar o educador para desenvolver projetos de aprendizagem global,

assumindo atitudes pró-atividade na tarefa de formar o cidadão do futuro.

(Fonte: http://www.bawb.org.br/)

Page 37: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

36

ANEXO III - PROJETO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL “VAMOS

MANTER A ESCOLA LIMPA”

Justificativa

A escola é um bem de todos e cada aluno deve fazer sua parte,

procurando cuidar da escola para que preservada ela ofereça aos alunos hoje e as

gerações futuras um local agradável para sua própria formação.

Porém, tendo em vista que a maior parte dos alunos da escola, não

estava comprometida com a conservação do ambiente escolar, riscando as

carteiras, pichando as paredes, jogando lixo no chão e destruindo árvores e plantas,

surgiu a proposta de trabalhar com o tema “desenvolvimento sustentável”, que é

abordado por meio do projeto “Vamos manter a escola limpa”.

Assim, o presente projeto justifica-se pela necessidade de despertar a

consciência do educando em relação ao meio ambiente e essa consciência precisa

começar pelo próprio ambiente escolar. Manter a escola limpa é um desafio e uma

atitude rumo ao desenvolvimento sustentável.

Fundamentação teórica

Segundo Brundtland (1998), o desenvolvimento sustentável é aquele

que "satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das

gerações futuras de suprir suas próprias necessidades". Ou seja, é o

desenvolvimento econômico, social, científico e cultural das sociedades, garantindo

mais saúde, conforto e conhecimento, mas sem exaurir os recursos naturais do

planeta.

Para isso, todas as formas de relação do homem com a natureza

devem ocorrer com o menor dano possível ao ambiente. As políticas, os sistemas de

produção, transformação, comércio e serviço - agricultura, indústria, turismo,

serviços básicos, mineração etc - e o consumo têm de existir preservando a

biodiversidade e as próprias pessoas, enfim protegendo a vida no planeta.

Segundo a pesquisadora da Embrapa Campolin1 os pressupostos que

fundamentam uma educação para a sociedade sustentável devem ser

suficientemente consistentes, de forma a desenvolver nos educandos a capacidade

de pensar criticamente o homem e suas relações com a natureza.

1 http://www.agronline.com.br/artigos/artigo.php?id=287

Page 38: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

37

A construção de uma sociedade sustentável envolve a promoção de

uma educação que estimule a transformação ética e política dos indivíduos, bem

como das instituições, promovendo mudanças que percorram o cotidiano individual e

coletivo. A história comprova que é possível harmonizar a convivência dos homens

entre si e com a natureza, pois durante milhares de anos os sistemas naturais e os

sistemas humanos conviveram de forma sustentável.

Porém, com a modernidade a crise ecológica se agrava e a

continuidade da vida é ameaçada pela incapacidade de se pensar conjuntamente a

espécie humana e a natureza que passa a ser entendida como um objeto inerte e

passivo, separado do ser humano.

Objetivos gerais

Dentre os principais objetivos do projeto “Vamos manter a escola

limpa” destacam-se:

- Despertar da consciência do educando em relação ao meio ambiente;

- Desenvolver uma política de desenvolvimento sustentável na escola;

- Construtivismo, quando os alunos constroem em conjunto as soluções;

Desenvolvimento

No início de março de 2006 foram escolhidos os monitores ecológicos

do primeiro bimestre, sendo dois alunos de cada turma. Os alunos foram escolhidos

de acordo com o perfil que os alunos sugeriram ou seja : aluno exemplar,

comprometido com o projeto, responsável, organizado e comunicativo, educado e

que sabe respeitar os colegas.

Os alunos tiveram reunião de treinamento para exercer as funções de

monitores ecológicos e todos os alunos receberam um crachá com o símbolo do

projeto.

No final de abril cada turma passou a ter quatro monitores ecológicos

em vez de 2 e em maio 2006, tivemos uma visita orientada na Unidade de

Valorização de Rejeitos em Campo Magro, onde os alunos tiveram a oportunidade

de conhecer a importância da reciclagem, e da separação do lixo para o meio-

ambiente.

Por sugestão dos alunos, cada turma apresentou desenhos com uma

frase significativa do projeto, para maior conscientização dos educandos.

Page 39: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

38

Pretendemos em agosto fazer uma visita orientada ao Jardim Botânico

com aula de educação ambiental.

O projeto tem sua continuidade até o final do ano, quando teremos oito

monitores ecológicos em cada turma e faremos uma avaliação do projeto durante o

ano de 2006.

Avaliação

Tomando por base no projeto do ano anterior, pudemos sentir que os

alunos estão mais conscientizados e a escola está mais limpa, com menos papeis

no chão e com carteiras menos riscadas. Notamos um entusiasmo por parte dos

alunos, que como protagonistas se sentem valorizados aumentando sua auto-

estima.

Page 40: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

39

ANEXO IV - PROJETO SCHOOL LINKS

Justificativa

O School Links é uma parceria educacional que é estabelecida quando

duas ou mais instituições de diferentes países concordam em trabalharem juntas em

projetos ou atividades relacionados ao currículo - não “extra” - do Ensino

Fundamental ou médio.

Assim, a partir da iniciativa da professora de Língua Inglesa da Escola

Estadual Santa Felicidade, Professora Joína Conceição Moura de Almeida, o Projeto

School Links teve início nessa escola no ano de 2004 e é realizado em parceria com

a Ormesby School, Middlebrough, Inglaterra.

Desenvolvimento

No ano letivo de 2005 houve a continuidade do projeto com a visita da

professora de geografia de Ormesby, Miss Jayne Forsyth, que ministrou palestras

para os alunos da escola sobre a escola de Ormesby e conheceu nosso sistema de

ensino e nossa rotina. Em setembro do mesmo ano a professora Joina Conceição

Moura de Almeida, da disciplina de Língua Inglesa, visitou a Ormesby

Comprehensive School, onde teve a oportunidade de aprender sobre as questões

disciplinares e metodológicas da escola.

O trabalho visa o desenvolvimento de projetos conjuntos envolvendo o

maior número possível de áreas do conhecimento e sendo assim, os alunos

pesquisam/escrevem sobre o tema, no enfoque previamente estabelecido pelos

professores das duas escolas; elaboram um resumo da pesquisa ou experiência (da

classe/individual) com texto, fotos, gráficos, exemplos e atividades; trocam

informações e experiências por diferentes meios de comunicação através de cartas,

relatórios, cartazes, jornais, fotos, e-mails em inglês, publicam trabalhos conjuntos

na Internet e realizam fóruns de debate com temas específicos.

Após receberem as mensagens/trabalhos da escola parceira, elaboram

uma resposta (perguntas, comparações, o que mais os impressionou, etc...) para ser

enviado novamente a esta escola.

O produto final do projeto é a síntese de todos as atividades realizadas

pelos alunos escritas em inglês e português e a sua divulgação pode ser feita no

mural da escola e através da home page do colégio.

Page 41: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

40

Dessa forma, em 2006 será dada a continuidade do projeto School

links juntamente com a Ormesby School abordando temas relacionados ao

desenvolvimento sustentável e reciclagem com “vamos manter a escola limpa” e

valores morais com o “combate ao bullying”.

Objetivos gerais

No âmbito educativo o trabalho com o projeto em questão visa inserir

temáticas e espaços para discussões visando desenvolver a consciência, a

compreensão e respeito do aluno pelo ambiente no qual vivemos, buscando seu

comprometimento para o desenvolvimento sustentável em um nível pessoal, local,

nacional e global, além de demonstrar a importância do respeito mútuo entre as

pessoas. Assim, a dimensão global proporciona aos alunos, acesso ao

conhecimento e desenvolvimento de habilidades que eles precisam para participar

de sua sociedade e do mundo ao se redor, como um cidadão consciente de seus

deveres e direitos.

Entre os principais objetivos do projeto destacam-se ainda: a troca de

ideias entre alunos das duas escolas sobre desenvolvimento sustentável, incluindo

reciclagem, limpeza da escola e valores morais para melhor convivência entre os

alunos.

Além disso, o projeto visa motivar a aprendizagem tornando-a

significante, possibilitar a interação entre alunos através de trabalhos colaborativos,

proporcionar o aperfeiçoamento da habilidade linguística através do uso da língua

materna e da língua inglesa como meio de expressão.

Page 42: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

41

APÊNDICES

Disciplina de Artes..................................................................................................... 42

Disciplina de Biologia...............................................................................................105

Disciplina de Ciências............................................................................................. 133

Disciplina de Educação Física ................................................................................ 139

Disciplina de Ensino Religioso.................................................................................153

Disciplina de Filosofia...............................................................................................160

Disciplina de Física................................................................................................ 169

Disciplina de Geografia........................................................................................... 175

Disciplina de História.............................................................................................. 189

Disciplina de Inglês...................................................................................................192

Disciplina de Língua Portuguesa............................................................................ 205

Disciplina de Matemática......................................................................................... 220

Disciplina de Química.............................................................................................. 231

Disciplina de Sociologia........................................................................................... 234

Page 43: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

42

APÊNCICE I – DISCIPLINA DE ARTES

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Há milhares de anos o homem faz arte e, ao fazê-la, olha o mundo ao

seu redor. A paisagem, os animais, os outros homens.

Do seu mundo o artista tira aquilo que, para ele e sua gente, tenha um

significado ou possa transmitir uma idéia, um sentimento. Ao abrirmos um livro de

arte, que e também um livro do tempo, pois nos mostra o trabalho do homem

através de milênios, podemos perceber que a natureza foi ganhando importância a

medida que o homem começou a viver longe dos campos. O homem das cavernas

não pintava paisagens, na arte egípcia e na romana elas pouco aparecem. Só no

Renascimento e com as cidades cada vez mais afastadas da paisagem natural e

que elas surgem na pintura.

A arte nasceu com o homem e deu a ele a consciência de uma

capacidade criadora, da possibilidade de interpretar, de imaginar. O tempo e o

talento compuseram um tesouro artístico de significado espiritual e de importância

incalculáveis. Todas as épocas e as raças contribuíram para tal acervo, agora

disseminado pelo mundo inteiro.

O homem vem constantemente vem se utilizando da arte para se

manifestar expressivamente e também para registrar sua vida em todos os aspectos.

No Paraná ocorreu, nas vilas e reduções jesuítas, a primeira forma

registrada de arte na educação. A congregação desenvolveu no Brasil uma

educação de tradição religiosa.

Em 1846, no Paraná foi fundado o Liceu de Curitiba, hoje Colégio

Estadual do Paraná, a Escola Normal, 1876, atual Instituto de Educação onde

oferecia aulas de desenho e pintura.

Um marco importante para a arte brasileira e os movimentos

nacionalistas foi a Semana da Arte Moderna de 1922, que influenciou artistas

brasileiros, como por exemplo, os modernistas Anita Malfatti e Mario de Andrade que

valorizavam a expressão individual e rompiam os modos de representação realistas.

Em toda a Historia dos povos que habilitaram o território onde hoje e o

Brasil, sempre ocorreram manifestações artísticas. Considerando também, o

Page 44: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

43

processo de colonização, a arte indígena, a arte medieval e renascentista européia e

a arte africana, constituíram-se na matriz da cultura popular brasileira.

Em 1948, foi criada a primeira Escolinha de Arte do Brasil, no Rio de

Janeiro, na forma de ateliê-livre de artes plásticas, com a finalidade de desenvolver

a criatividade, incentivando a expressão individual.

A sociedade brasileira e formada por diferentes etnias, por imigrantes

de diferentes paises e as migrações colocam em contato grupos diferenciados. As

regiões brasileiras tem características culturais bastantes diversas e a convivência

entre grupos diferenciados nos planos social e cultural, muitas vezes,e marcada pelo

preconceito e pela discriminação. Para viver democraticamente em uma sociedade

plural e preciso respeitar os diferentes grupos e culturas que a constituem. O grande

desafio da escola e investir na superação destes e dar a conhecer a riqueza

representada pela diversidade etnocultural, que compõe o patrimônio sociocultural

brasileiro. O conhecimento da arte abre perspectivas para que o aluno tenha uma

compreensão do mundo na qual a dimensão poética esteja presente, a arte ensina

que e possível transformar continuamente a existência, que e preciso mudar

referencias a cada momento e ser flexível. Isto quer dizer que criar e conhecer são

indissociáveis e a flexibilidade e condição fundamental para o aprendizado. O ser

humano que não conhece a arte, tem uma experiência de aprendizagem limitada,

escapa-lhe a dimensão do sonho, da força comunicativa dos objetos a sua volta, da

sonoridade instigante da poesia, das criações musicais, das cores e formas dos

gestos e luzes que buscam o sentido da vida.

A prática pedagógica contemplara as Artes Visuais, a Dança, a musica

e o Teatro, tendo uma organização semelhante entre os níveis e modalidades da

educação básica adotando como referencia as relações estabelecidas entre a arte e

a sociedade.

Ao considerar a arte como fruto de percepção, da necessidade de

expressão e da manifestação da capacidade criadora humana, ela converte-se

numa síntese superior do trabalho dos sujeitos, na medida em que a arte e um dos

modos pelos quais o homem supera no seu fazer, os limites da utilidade material

imediata, que ultrapassam os condicionamentos da sobrevivência física e tornava-se

parte fundamental do processo de humanização, isto e, de como os seres humanos

se constroem continuamente.

A arte e criação e manifestação do poder criados do homem. Criar e

transformar e nesse processo o sujeito também se recria. A arte, quando cria uma

Page 45: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

44

nova realidade, reflete a essência do real. O sujeito, por meio de suas criações

artísticas, amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo trabalho. Nas

sociedades capitalistas, o sujeito não se identificam com o produto de seu trabalho,

pois separa-se o trabalho da criação, transformando-o em trabalho alienado. No

ensino de Arte, contrapondo-se a essa alienação, há possibilidades de resgatar o

processo de criação, permitindo que os alunos reconheçam a importância de criar.

A arte, compreendida como área de conhecimento, apresenta relações

com a cultura por meio das manifestações expressas em bens materiais e imateriais.

Olhando a arte por uma perspectiva antropológica, e possível considerar que toda

produção artística e cultural e um modo pelo qual os sujeitos entendem e marcam a

sua existência no mundo. O professor, por sua vez, ao selecionar os conteúdos

específicos que ira desenvolver, enfocara essas formas de relação da arte com a

sociedade com o maior ou menor ênfase, abordando o objeto de estudo por meio

dos conteúdos estruturantes.

As associações da arte com a cultura e com a linguagem no Ensino

Fundamental se justificam na medida em que se considera que nesse nível de

ensino se darão os primeiros contatos formais dos sujeitos com a arte. Dessa forma,

a apropriação dos conhecimentos específicos da disciplina se Dara, a principio, a

partir da sua realidade cultural, na interação do aluno com as produções e

manifestações artísticas abordadas pelo professor, ele ira ampliar sua visão de

mundo e compreender as construções simbólicas de outros sujeitos, pertences as

mais diversas realidades culturais.

OBJETOS DE ESTUDOS

CONHECIMENTO EM ARTE

Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos

conteúdos estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o

conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os

momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.

Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão

ministradas, como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como

espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do

ensino da arte, três momentos da organização pedagógica:

Page 46: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

45

• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie

a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para

formar conceitos artísticos;

• Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e

acesso à obra de arte;

• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os

elementos que compõe uma obra de arte.

O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos,

ou pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas,

espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.

Teorizar

Teorizar é a parte do trabalho metodológico que privilegia a cognição,

em que a racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente

produzido sobre arte.

Tal conhecimento em arte é alcançado pelo trabalho com os conteúdos

estruturantes elementos formais, composição, movimentos e períodos, abordados

nas Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. Esse conhecimento se efetiva quando os

três momentos da metodologia são trabalhados.

É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo

social dos alunos e que trabalhe nas aulas os conhecimentos originados pela

comunidade.

Também é importante que discuta como as manifestações artísticas

podem produzir significado de vida aos alunos, tanto na criação como na fruição de

uma obra. Além disso, é preciso que ele reconheça a possibilidade do caráter

provisório do conhecimento em arte, em função da mudança de valores culturais que

pode ocorrer através do tempo nas diferentes sociedades e modos de produção.

Assim, o conteúdo deve ser contextualizado pelo aluno, para que ele

compreenda a obra artística e a arte como um campo do conhecimento humano,

produto da criação e do trabalho de sujeitos, histórica e socialmente datados.

Sentir e perceber

No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso às obras de

Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as diversas

Page 47: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

46

formas de produção artística. Trata-se de envolver a apreciação e apropriação dos

objetos da natureza e da cultura em uma dimensão estética.

A percepção e apropriação das obras artísticas se dão inicialmente

pelos sentidos. De fato, a fruição e a percepção serão superficiais ou mais

aprofundadas conforme as experiências e conhecimentos em arte que o aluno tiver

em sua vida. O trabalho do professor é de possibilitar o acesso e mediar a

percepção e apropriação dos conhecimentos sobre arte, para que o aluno possa

interpretar as obras, transcender aparências e apreender, pela arte, aspectos da

realidade humana em sua dimensão singular e social.

Ao analisar uma obra, espera-se que o aluno perceba que, no processo

de composição, o artista imprime sua visão de mundo, a ideologia com a qual se

identifica, o seu momento histórico e outras determinações sociais. Além de o artista

ser um sujeito histórico e social, é também singular, e na sua obra apresenta uma

nova realidade social.

Para o trabalho com os produtos da indústria cultural, é importante

perceber os mecanismos de padronização excessiva dos bens culturais, da

homogeneização do gosto e da ampliação do consumo.

A filósofa Marilena Chauí (2003) apresenta alguns efeitos da

massificação da indústria cultural que constituem referência para este trabalho

pedagógico. Para Chauí, em função das interferências da indústria cultural, as

produções artísticas correm riscos em sua força simbólica, de modo que ficam

sujeitas a:

• perda da expressividade: tendem a tornar-se reprodutivas e repetitivas;

• empobrecimento do trabalho criador: tendem a tornar-se eventos para

consumo;

• redução da experimentação e invenção do novo: tendem a supervalorizar a

moda e o consumo;

• efemeridade: tendem a tornar-se parte do mercado da moda, passageiro, sem

passado e sem futuro;

• perda de conhecimentos: tendem a tornar-se dissimulação da realidade,

ilusão falsificadora, publicidade e propaganda.

Ressalta-se ainda que a humanização dos objetos e dos sentidos se

faz pela apropriação do conhecimento sistematizado em arte, tanto pela percepção

quanto pelo trabalho artístico.

Page 48: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

47

Trabalho Artístico

A prática artística – o trabalho criador – é expressão privilegiada, é o

exercício da imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola apresenta

para desenvolver essa prática, ela é fundamental, pois a arte não pode ser

apreendida somente de forma abstrata. De fato, o processo de produção do aluno

acontece quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e

humaniza seus sentidos.

Essa abordagem metodológica é essencial no processo pedagógico em

Arte. Os três aspectos metodológicos abordados nesta Diretriz – teorizar, sentir e

perceber e trabalho artístico – são importantes porque sendo

interdependentes, permitem que as aulas sejam planejadas com recursos e

encaminhamentos específicos.

O encaminhamento do trabalho pode ser escolhido pelo professor,

entretanto, interessa que o aluno realize trabalhos referentes ao sentir e perceber,

ao teorizar e ao trabalho artístico.

O conhecimento estético; o conhecimento artístico e o conhecimento

contextualizado.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Desenvolver no aluno a sensibilidade estética e artística nas quatro

linguagens da arte(artes visuais, musica, teatro e dança), tanto para produzir

trabalhos pessoais e grupais para que possa , progressivamente, apreciar, desfrutar,

valorizar e julgar os bens artísticos, de distintos povos e culturas, produzidos ao

longo da historia e na contemporaneidade.

Estabelecer uma relação de autoconfiança com a produção artística

pessoal e conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas,

no percurso de criação que abriga uma multiplicidade de procedimentos e soluções,

contribuindo para a formação integral do aluno crítico e consciente.

Compreender e apreciar a arte como importante meio de expressão e

os aspectos físico, intelectual, emocional e perceptivo através de atividades

artísticas.

Desenvolver a habilidade de discriminar cor,forma,dimensão,espaço e

harmonia.

Page 49: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

48

Adquirir hábitos de disciplina e concentração no trabalho individual e

em grupo.

Apreciar a Arte como uma atividade enriquecedora e construtiva e

como importante instrumento de transmissão de valores culturais.

Conscientizar – se de nossa herança cultural nela buscando,através da

arte, novos caminhos para afirmação do povo brasileiro.

OBJETIVOS DAS ARTES VISUAIS

As artes visuais são compostas por elementos formais como a linha,

forma, textura, cores, volume, luz e superfície, que estão presentes nas

composições bidimensionais e tridimensionais. Nestas composições encontramos os

elementos formais inerentes a cada técnica como o desenho, a pintura, a colagem, a

gravura, a fotografia, a escultura, o cinema, as instalações e outras composições

contemporâneas imagéticas. Mas nem só de técnicas são feitas as composições,

pois o artista quando cria imprime o seu estilo, a sua vivência, sua realidade social e

cultural, tornando a sua obra muito mais ampla.

Portanto as artes visuais na escola precisa trabalhar com os

significados da imagem na arte e ainda com as imagens que nos cercam, que temos

registradas na memória, e que trabalha a partir de um conhecimento técnico se

transformam em composiçôes que permitam ao aluno estudar os elementos formais

citados acima, nas diferentes maneiras e composições. Promover o conhecimento, a

análise e a crítica da imagem, na sua forma estática e dinâmica, seu contexto, seu

estilo e as relações com o mundo atual.

OBJETIVOS DA MÚSICA

Para vários teóricos música é um conjunto de sons organizados

intencionalmente. O som é o resultado da vibração de uma fonte Sonora e apresenta

características diferentes conforme a variação dos elementos que o compõe. Estes

elementos são: o timbre, intensidade, altura, duração e densidade. É a partir destes

elementos que podemos entender cada som. Portanto é consenso que para fazer

música precisamos entender o som. Mas a Música também é uma composição que

é o resultado da articulação dos elementos formais, da melodia, do ritmo e da

harmonia e depende da escolha do compositor e do intérprete. Como uma

manifestação artística ela deve ser vista como uma linguagem com conteúdos

próprios que deve ser entendida e executada. Dentre estes conteúdos temos os

Page 50: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

49

elementos formais (timbre, altura, intensidade, densidade e duração), os gêneros

musicais, a improvisação e a teoria musical, as formas musicais e os instrumentos,

bem como os movimentos e períodos em que esta linguagem se manifesta.

O ensino da música na escola deve: promover a compreensão dos

elementos formais e a vinculação destes elementos com a composição e o contexto

em que ela é feita, por quem é feita e com que intenção; Possibilitar ao aluno a

ampliação do seu repertório musical, aprendendo a ouvir e apreciar novas formas

musicais ; Fazê-lo perceber que a forma como ouvimos foi construída socialmente e

difere de outros grupos sociais.

OBJETIVOS DA DANÇA

Propiciar o autoconhecimento; estimular vivências de corporeidade;

proporcionar relacionamentos estéticos com outras pessoas e com o mundo;

incentivar a expressividade; possibilitar diálogos corporais e desenvolver apreciação

e fluição de arte. (BARRETO, 2004, p. 66)

Sendo ainda esta uma expressão artística e humana; que dá prazer e

leveza; é uma forma de conhecimento; libera a imaginação, a criatividade; e é uma

forma de comunicação.

As aulas de dança envolvem o aluno e o ambiente, fazendo com que

busquem novas possibilidades de movimentos contextualizando com sua realidade,

trocando informações com os colegas, solucionando problemas propostos, fazendo

relações, e, consequentemente, gerando conhecimento.

O professor proporciona para o aluno atividades fundamentadas nos

princípios da dança criativa que podem estimular, motivar, comunicar e fazer uma

interação entre os alunos, facilitando o relacionamento interpessoal e a exploração

ambiental. Estas atividades estimulam a capacidade de solucionar problemas de

maneira criativa; desenvolvem a memória; o raciocínio; auto confiança e auto

estima; fazendo com que o individuo tenha uma melhor relação com ele próprio e

com os outros; além de ampliar o repertório de movimentos do aluno. (LABAN, 1990;

BARTENIEFF, 1991; MARQUES, 1999; FERNANDES, 2001; BERTOLDI, 2004)

OBJETIVOS DE TEATRO

O teatro deve ser um encontro cultural e social. Esses elementos estão

presentes nas encenações teatrais, que se apropriam de ideais para simular e/ou

Page 51: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

50

criar situações para serem representadas. O teatro é uma maneira de expressar

opiniões e ideais, logo, não é apenas para divertimento, mas um manifestador de

pensamentos sociais e culturais. Teatro tem uma grande importância que,

geralmente, é ignorada pela sociedade. O teatro é político. Permite analisar o

contexto social através de um processo reflexivo em que, por meio da abstração, do

distanciamento ou da identificação, na representação, permite-se a denúncia, o

confronto de ideias, de perspectivas, o rompimento com a rotina de uma aceitação

passiva do que é transmitido pelo cinema e televisão, nos quais tudo que está pronto

e acabado. No teatro, em contrapartida, o espectador é arrancado do seu conforto,

da sua passividade. Ele participa, influi no desenvolvimento no desenvolvimento de

uma peça, interpreta à luz de suas vivencias, da sua emoção, do contexto em que

está inserido.

O professor deve contribuir com a reflexão sobre a construção de uma

escola voltada para formação de um indivíduo crítico-reflexivo, provocando um

debate sobre o papel que o teatro vem desempenhando no contexto escolar, como

uma das linguagens do conhecimento artístico responsável por promover

experiências estéticas expressivas à formação humana, desenvolvendo a reflexão

crítica do indivíduo sobre o homem e o mundo.

O teatro praticado na escola como arte produzida coletivamente, a

partir do desenvolvimento da expressividade gestual e da reflexão crítica sobre as

manifestações do homem no mundo, pode ser uma linguagem fundamental para

reinventarmos a escola, buscando torná-la crítica, capaz de responder ao desafio de

contribuir na construção de um mundo mais justo para vivermos.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para atender as especificidades dos conteúdos do Ensino Fundamental

da rede estadual, a arte será abordada tendo como princípio a compreensão da arte

como linguagem, no sentido mais amplo do termo, como sendo o estudo da

geração, da organização e da interpretação de signos verbais e não-verbais. Busca-

se a apropriação da concepção de linguagem de Bakhtin que afirma que a mesma é

condição fundante no processo de conhecimento do mundo e, que a constituição

dos sujeitos se dá nas interações sociais, nas quais, sujeito e linguagem constituem-

se mutuamente.

Page 52: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

51

O processo dialógico inicia-se por meio da experimentação e da

exploração de materiais e técnicas vinculadas à produção artística que possibilitara

ao aluno a familiarização com as variadas linguagens artísticas. Através da

apreciação reflexiva de obras historicamente consagradas e da própria produção,

promoverá o desenvolvimento de suas capacidades cognitivas, sensitivas, afetivas e

imaginativas, organizadas em torno da aprendizagem artística e estética. Ao mesmo

tempo, seu corpo se movimenta, suas mãos e olhos adquirem habilidades, a

audição e a palavra se aprimoram, enquanto desenvolve atividades nas quais

relações interpessoais perpassam o convívio social o tempo todo. Todo este

processo será intermediado pelo professor que se apropriando do saber do aluno

auxilia na construção de novos conhecimentos.

O conteúdo será trabalhado de maneira dialógica e sistematizado por

meio de textos, experimentações artísticas com materiais diversos. Os elementos da

composição serão trabalhados em todas as séries, através de leituras de obras

consagradas e dos próprios trabalhos produzidos pelos alunos. Em todas as séries o

desenho será trabalhado com objetivos bem definidos, sendo utilizado ora como

suporte para uma atividade de pintura, ora como objetivo principal de estudo.

Partindo do desenho de observação serão ainda feito o reconhecimento dos tipos de

desenhos passando pelo desenho de perspectiva, desenho espontâneo e utilizado

como instrumento para a estilização e a abstração. Para a compreensão do

conteúdo e execução de determinados trabalhos serão utilizados os projetos que

permitem definir os caminhos para obtenção de resultados como o caso da

fotografia, do design e da escultura. Permeando todo o conteúdo de artes visuais

está a história da arte, contemplando em cada série períodos e estilos que

sustentam o conteúdo e justificam os trabalhos práticos.

A abordagem do conteúdo de música será feita de maneira integrada,

iniciando-se com a audição de músicas dos períodos contextualizadores. Com base

na audição ainda, serão trabalhadas as propriedades do som a partir de reflexões

provocadas pelo professor com experiências sonoras e audição de músicas

folclóricas, contemporâneas e eruditas. Reflexões sobre a melodia, harmonia e ritmo

destas composições e outras composições atuais apreciadas pelos alunos. A escrita

musical será ensinada juntamente com a escala musical após atividades de

percepção das diferentes notas musicais. A Música Popular Brasileira será estudada

junto com a História da Arte sendo enfatizado a música de protesto, promovendo um

debate sobre a intenção social e comercial na linguagem musical. A construção de

Page 53: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

52

instrumentos musicais será realizada com sucata após a classificação e

entendimento acústico de cada grupo (cordas, percussão e sopro).

Os conteúdos de teatro serão trabalhados através de jogos de

observação, concentração, integração, criatividade, relacionamento, exercícios de

respiração, ritmo e movimento, exploração espacial, jogos de improvisação e jogos

dramáticos. Criação de histórias fazendo relações com o folclore brasileiro e

confecção de fantoches utilizando sucata e materiais diversos. A contextualização

será feita através da história do teatro. Será exibido vídeo sobre o cinema mudo que

permitirá reflexões sobre a linguagem da mímica e seus diversos gêneros.

Na dança o conteúdo será apreendido através de experimentações em

sala. Vídeos que mostram o conteúdo de maneira didática, e também filmes que

apresentam as diversas maneiras de se dançar, promovendo a apreciação e

reflexão sobre os variados estilos e a linguagem da dança. Jogos que possibilitem a

experimentação do espaço, do movimento e da improvisação, visando o trabalho do

corpo para a coreografia em grupo. Para a realização dos movimentos propostos

poderão ainda ser utilizados materiais de apoio como fitas confeccionadas com

papel crepom, bexiga e outros.

A sistematização do conteúdo de todas as linguagens abordadas será

feito através de textos sobre os assuntos relacionados e servirão de apoio para

avaliação escrita.

CONTEÚDOS POR SÉRIE

5 ª- SERIE

Conteúdos estruturantes específicos das artes visuais:

• Arte Greco-Romana

• Arte Africana

• Arte Oriental

• Idade Média

• Arte Popular (folclore)

• Arte Pré-Histórica

• Bidimensional

• Tridimensional

• Figurativa/Abstrato

• Geométrica

• Técnicas: Pintura, desenho, baixo e alto relevo, escultura, arquitetura...

Page 54: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

53

• Gêneros: paisagem, retrato, cenas da mitologia

• Ponto

• Linha

• Textura

• Forma

• Superfície

• Volume

• Cor

• Luz

Conteúdos estruturantes e específicos do teatro:

• Greco-Romana

• Teatro Oriental

• Africano

• Teatro Medieval

• Renascimento

• Teatro Popular

• Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto improvisação, manipulação,

máscara

• Gênero: Tragédia, Comédia, enredo, roteiro.

• Espaço Cênico, circo.

• Adereços

• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

• Ação

• Espaço

Conteúdos estruturantes e específicos da Música:

• Greco-Romana

• Oriental

• Ocidental

• Idade Média

• Arte Popular (folclore

• Ritmo

• Melodia

Page 55: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

54

• Escalas: diatônica, pentatônica

• cromática

• maior, menor,

• Improvisação

• Gêneros: erudito, popular

• Altura

• Duração

• Timbre

• Intensidade

• Densidade

Conteúdos estruturantes e específicos da Dança:

• Pré-história

• Greco-Romana

• Medieval

• Idade Média

• Arte Popular (folclore)

• Eixo

• Deslocamento

• Ponto de Apoio

• Formação

• Técnica: Improvisação

• Gênero: Circular

• Movimento Corporal

• Tempo

• Espaço

6 ª-SERIE

Conteúdos estruturantes e específicos das artes visuais:

• Arte indígena

• Arte Popular Brasileira e Paranaense

• Arte Medieval

• Renascimento

Page 56: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

55

• Abstracionismo

• Expressionismo

• Impressionismo

• Bidimensional

• Tridimensional

• Figurativa

• Abstrata

• Geométrica

• Técnicas: Pintura, desenho, escultura, modelagem, gravura, mista,

pontilhismo...

• Gêneros: Paisagem, retrato,natu Ponto

• Linha

• Forma

• Textura

• Superfície

• Volume

• Cor

• Luz reza morta.

Conteúdos estruturantes e específicos do teatro:

• Comédia dell' arte

• Teatro Popular

• Teatro Popular Brasileiro e Paranaense

• Representação,

• Leitura dramática,

• Cenografia.

• Gêneros: Rua, Comédia, arena,

• Caracterização

• Técnicas: jogos dramáticos e teatrais, Mímica, improvisação, formas

animadas...

• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

• Ação

• Espaço

Page 57: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

56

Conteúdos estruturantes e específicos da música:

• Música popular e étnica (ocidental e oriental)

• Brasileira

• Paranaense

• Africana

• Renascimento

• Neoclássica

• Caipira/Sertanejo Raiz

• Ritmo

• Melodia

• Escalas

• Estrutura

• Gêneros: folclórico, popular, étnico

• Técnicas: vocal, instrumental, mista

• Improvisação

• Altura

• Duração

• Timbre

• Intensidade

• Densidade

Conteúdos estruturantes e específicos da Dança:

• Dança Popular

• Brasileira

• Paranaense

• Africana

• Indígena

• Renascimento

• Gênero: Folclórica, popular, étnica

• Ponto de Apoio

• Formação

• Rotação

• Coreografia

Page 58: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

57

• Salto e queda

• Niveis (alto, médio e baixo)

• Movimento Corporal

• Tempo

• Espaço

7 ª- SERIE

Conteúdos estruturantes e específicos das artes visuais:

• Indústria Cultural

• Arte Digital

• Realismo

• Vanguardas

• Arte Contemporânea

• Arte Cinética

• Op Art

• Pop Art

• Clássicismo

• Bidimensional

• Tridimensional

• Figurativo

• Abstrato

• Semelhanças

• Contrastes

• Ritmo Visual

• Cenografia

• Técnicas: pintura, desenho, fotografia, audiovisual, gravura...

• Gêneros: Natureza morta, retrato, paisagem.

• Linha

• Forma

• Textura

• Superfície

• Volume

• Cor

• Luz

Page 59: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

58

Conteúdos estruturantes e específicos do teatro:

• Indústria Cultural

• Realismo

• Expressionismo

• Cinema Novo

• Vanguardas

• Classicismo Representação no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador)

• Texto dramático

• Cenografia

• Maquiagem

• Sonoplastia

• Roteiro, enredo

• Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica

• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

• Ação

• Espaço

Conteúdos estruturantes e específicos da música:

• Indústria Cultural

• Eletrônica

• Minimalista

• Rap, Rock, Tecno

• Sertanejo pop

• Vanguardas

• Clássica Ritmo

• Melodia

• Harmonia

• Tonal, modal e a fusão de ambos.

• Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista

• Sonoplastia

• Altura

• Duração

Page 60: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

59

• Timbre

• Intensidade

• Densidade

Conteúdos estruturais e específicos da dança:

• Hip Hop

• Musicais

• Expressionismo

• Indústria Cultural

• Dança Moderna

• Dança Clássica

• Direções

• Dinâmicas

• Aceleração

• Improvisação

• Coreografia

• Sonoplastia

• Gênero: Indústria Cultural, espetáculo

• Movimento Corporal

• Tempo

• Espaço

8 ª- SERIE

Conteúdos estruturantes de artes visuais:

• Realismo

• Dadaísmo

• Arte Engajada

• Muralismo

• Pré-colombiano

• Período Paleolítico e Neolítico

• Grafite

• Hip Hop

• Romantismo

Page 61: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

60

• Bidimensional

• Tridimensional

• Figurativo

• Geométrica

• Figura-fundo

• Perspectiva

• Semelhanças

• Contrastes

• Ritmo Visual

• Cenografia

• Técnica: Pintura, desenho, performance...

• Gêneros: Paisagem urbana, idealizada, cenas do cotidiano

• Linha

• Forma

• Textura

• Superfície

• Volume

• Cor

• Luz

Conteúdos estruturantes e específicos do teatro:

• Teatro Engajado

• Teatro do Oprimido

• Teatro Pobre

• Teatro do Absurdo

• Romantismo

• Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum, Teatro

Imagem

• Representação

• Roteiro, enredo

• Dramaturgia

• Cenografia

• Sonoplastia

Page 62: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

61

• Iluminação

• Figurino

• Gêneros

• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

• Ação

• Espaço

Conteúdos estruturantes e específicos da música:

• Música Engajada

• Música Popular Brasileira.

• Música contemporânea

• Hip Hop, Rock, Punk

• Romantismo

• Ritmo

• Melodia

• Harmonia

• Estrutura

• Técnicas: vocal, instrumental, mista

• Gêneros: popular, folclórico, étnico. Altura

• Duração

• Timbre

• Intensidade

• Densidade

Conteúdos estruturantes e específicos da dança:

• Arte Engajada

• Vanguardas

• Dança Contemporânea

• Romantismo

• Ponto de Apoio

• Níveis (alto, médio e baixo)

• Rotação

• Deslocamento

Page 63: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

62

• Gênero: Salão, espetáculo, moderna

• Coreografia

• Movimento Corporal

• Tempo

• Espaço

ARTE ENSINO MÉDIO

Conteúdos estruturantes e específicos da música:

elementos formais

• altura

• duração

• timbre

• intensidade

• densidade

composição

• ritmo

• melodia

• harmonia

• escalas

• modal,tonal e fusão

• de ambos

• gêneros;erudito

• clássico,popular,

• étnico,popular

• étnico,folclórico

• Pop

• técnicas: vocal,

• instrumental,

• eletrônica

• informática e mista

• improvisação

movimentos e períodos

Page 64: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

63

• música popular

• brasileira

• paranaense

• popular

• indústria cultural

• engajada

• vanguarda

• ocidental

• africana

• latino – americano

Conteúdos estruturantes e específicos das artes visuais:

elementos formais

• ponto

• linha

• forma

• textura

• superfície

• volume

• cor

• luz

composição

• bidimensional

• tridimensional

• figura e fundo

• figurativo

• abstrato

• perspectiva

• semelhanças

• contrastes

• ritmo visual

• simetria

Page 65: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

64

• deformação

• estilização

• técnicas; Pintura

• desenho

• modelagem

• instalação

• performance

• fotografia,gravura

• e esculturas

• arquitetura

• historia em quadrinhos

• gêneros; paisagem

• natureza morta

• cenas do cotidiano

• História, religiosas

• da mitologia...

movimentos e períodos

• arte ocidental

• arte oriental

• arte africana

• arte brasileira

• arte Paranaense

• arte popular

• arte de vanguarda

• indústria cultural

• arte contemporânea

• arte latino-americano

Conteúdos estruturantes e específicos de teatro:

elementos formais

• personagem

Page 66: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

65

• expressões

• corporais

• vocais

• gestuais

• e faciais

• ação

• espaço

composição

• técnica

• jogos teatrais

• teatro direto e indireto

• mimica

• ensaio, teatro – fórum

• roteiro

• encenação e leitura

• dramática

• gêneros; tragédia,drama e

• Épico

• dramaturgia

• representação nas mídias

• caracterização

• cenografia

• sonoplastia

• figurino e iluminação

• direção

• Produção

movimentos e períodos

• teatro greco

• romano

• teatro medieval

• teatro brasileiro

Page 67: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

66

• teatro paranaense

• teatro popular

• indústria cultural

• teatro engajado

• teatro dialético

• teatro essencial

• teatro do oprimido

• teatro do pobre

• teatro de

• vanguarda

• teatro renascentista

• teatro latino

• teatro realista

• teatro simbolista

Conteúdos estruturantes e específicos da dança:

elementos formais

• movimento corporal

• tempo

• espaço

composição

• kinesfera

• fluxo

• peso

• eixo

• salto e quedas

• giro

• rolamento

• movimentos

• articulares

• lento,rápido e moderado

• aceleração e desace-

Page 68: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

67

• leração

• níveis

• deslocamento

• direções

• planos

• improvisação

• Coreografia

• gêneros espetáculo

• indústria cultural,

• étnica,folclórica,

• populares e salão

movimentos e períodos

• pré – história

• greco – romana

• medieval

• renascimento

• dança clássica

• dança popular

• brasileira

• Paranaense

• africana

• indígena

• Hip Hop

• Indústria Cultural

• dança moderna

• vanguardas

• dança contemporânea

OBJETIVOS POR SÉRIE

5ª série:

Proporcionar ao aluno o conhecimento dos elementos que estruturam e

organizam as quatro linguagens (artes visuais, música, teatro e dança) e sua relação

Page 69: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

68

com os movimentos artísticos no qual se originaram. Conceituando estes elementos

e promovendo o reconhecimento destes em obras consagradas e nas suas diversas

aplicações, em composições bidimensionais e tridimensionais, abrangendo a Arte

Greco-Romana, Africana, Oriental, Pré-Histórica e Contemporânea.

6ª série

Promover a retomada dos conteúdos estruturantes trabalhados na

série anterior nas suas quatro modalidades, fixando conceitos através de práticas

mais elaboradas que permitam o aprofundamento dos saberes teóricos ,abordando

a Arte na Idade Média, no Renascimento, Arte Paranaense, Brasileira, Arte Popular

e Arte Contemporânea.

7ª série

Retomar conceitos intensificando a relação entre a teoria e prática,

para o desenvolvimento do senso crítico e estético a partir de um trabalho baseado

na análise e reflexão que permita a sistematização do conhecimento adquirido.

Levar o aluno a entender a relação da arte com a realidade existente e a realidade

construída (imagem idealizada), experimentando o fazer conjugado a uma ação

criadora que permita o aluno entender a relação entre perceber, imaginar e realizar

um trabalho de arte, incluindo a Arte do século XIX, do século XX, Arte

Contemporânea e Indústria Cultural.

8ª série

Trabalhar os conceitos adquiridos nas séries anteriores com ênfase

nos movimentos de vanguarda, na arte latino-americana e brasileira. Incentivar as

composições mais adequadas aos movimentos estudados como a performance, a

pintura, o grafite e os gêneros de paisagem urbana e cenas do cotidiano,

experimentando técnicas diferenciadas incluindo as novas tecnologias.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

O professor deve ver seu aluno como um ser social e político,

construtor do seu próprio conhecimento. Deve percebê -lo como alguém capaz de

Page 70: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

69

estabelecer uma relação cognitiva e afetiva com o seu meio, mantendo uma ação

interativa capaz de uma transformação libertadora e propiciando uma vivência

harmoniosa com a realidade pessoal e social que o envolve. O professor deverá,

ainda, ser o "mediador" entre o aluno e o conhecimento, proporcionando-lhe os

conhecimentos sistematizados. Assim, nessa visão, o professor deixa de ser

considerado "o dono do saber" e o aluno, um mero receptor de informações.

O ato de avaliar não pode ser entendido como um momento final do

processo em que se verifica o que o aluno alcançou. A questão não está, portanto,

em tentar uniformizar o comportamento do aluno, mas em criar condições de

aprendizagem que permitam

a ele, qualquer que seja seu nível, evoluir na construção de seu conhecimento.

O educador deve realizar uma avaliação justa que não exclua o aluno

do processo de ensino-aprendizagem, mas o inclua como um ser crítico, ativo e

participante dos momentos de transformação da sociedade.

Para se tratar da avaliação em Arte, é necessário referir-se ao

conhecimento específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos

experimentais quanto conceituais, pois a avaliação consistente e fundamentada

permite ao aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e

produzidos. Cada linguagem artística possui um conjunto de significados anteriores,

historicamente construídos pelo homem, composto de sentidos que podem ser

entendidos e reorganizados para se construir novas significações sobre a realidade.

Numa avaliação significativa, é preciso também que o professor tenha

conhecimento da linguagem artística em questão, bem como da relação entre o

criador e o que foi criado. Ela exige fundamentação para que abra portas e aponte

caminhos para o redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor

participa do processo e compartilha a produção do aluno. Daí a importância da

avaliação em si, pois ela permite sair do lugar comum, dos gostos pessoais,

desvinculando-se de uma prática pedagógica pragmatista, caracterizada pela

produção de resultados, bem como de avaliações que valorizam tão somente o

espontaneísmo. Quando a avaliação está centrada no conhecimento, gera critérios

que dialogam com os limites do gosto e das afinidades, uma vez que o

conhecimento permite objetivar o subjetivo.

A avaliação em Arte busca propiciar aprendizagens socialmente

significativas para o aluno. Sendo processual e sem estabelecer parâmetros

comparativos entre os alunos, estará discutindo dificuldades e progressos de cada

Page 71: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

70

um a partir da sua própria produção. Assim sendo, considerara o desenvolvimento

do pensamento estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos

para a leitura da realidade.

Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que

se estabeleçam os critérios, para, em seguida, escolherem-se os procedimentos,

inclusive aqueles referentes a seleção dos instrumentos que serão utilizados no

processo de ensino e de aprendizagem.

A avaliação do conteúdo será feita através da auto-avaliação com

critérios determinados; avaliação em grupo; prova escrita com questões de múltipla

escolha e pergunta e resposta; trabalhos plásticos; apresentações em grupo (artes

visuais, teatro, música e dança). Mas a avaliação também acontece durante todo o

processo com a participação dos alunos visando a verificação das etapas a serem

vencidas.

AVALIAÇÃO ENSINO MÉDIO

A avaliação deve ser feita tendo em vista os objetivos de cada

assunto,de forma integrada e contínua. Deve visar, basicamente o interesse, a

participação, a organização, a limpeza e a habilidade do educando no tratamento

dos temas e materiais sugeridos .O professor nunca deve restringir– se à

aplicação da prova como único recurso de avaliação levando- se em conta ,

principalmente, o caráter espontâneo, flexível e amplo do ensino – aprendizagem na

Arte.

O conhecimento das condições socioeconômica da comunidade,objeto

do ensino,e a possibilidade da participação do aluno na sua própria avaliação, e até

mesmo na avaliação dos colegas,são fatores que não devem ser esquecidos.

OLHAR DA ARTE FORA DA ESCOLA

Incentivar o gosto diferentes formas artísticas: teatro, arte visuais,

dança, cinema,música tirar o educando da escola com a finalidade de proporcionar

Page 72: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

71

novas possibilidades na aquisição do conhecimento cultural, com isso leva o

educando ao Belo espontaneamente elevando o seu caráter, visitando:

Museus

cinemas

teatro

música

festival de arte

festival de dança

bienal

PREVENÇÃO CONTRA O USO DE DROGAS

Muito se tem feito nos últimos tempos para que as pessoas se

previnam contra o uso de drogas. Mas também muito se tem feito, legal ou

ilegalmente, para que elas sejam usadas. O resultado final é que as pessoas estão

consumindo cada vez mais drogas.

Usar drogas, significa em primeira instância, buscar prazer. É muito

difícil lutar contra o prazer, porque foi ele que sempre norteou o comportamento dos

seres vivos para se autopreservarem e perpetuarem sua espécie. A droga provoca o

prazer que engana o organismo, que então passa a querê -lo mais, como se fosse

bom. Mas o prazer provocado pela droga não é bom, porque ele mais destrói a vida

do que ajuda na sobrevivência. A prevenção tem de mostrar a diferença que há

entre o que é gostoso e o que é bom.

Todo usuário e principalmente sua família têm arcado com as

consequências decorrentes desse tipo de busca de prazer.

Pela disposição de querer ajudar outras pessoas, parte da sociedade

procura caminhos para previnir o maior mal evitável deste final de milênio.

Caminhos disponíveis

1. Do medo - Os jovens não se aproximarão das drogas se as temerem.

Para se criar o medo, basta mostrar somente o lado negativo das drogas. Pode

funcionar para crianças enquanto elas acreditarem no adultos.

Page 73: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

72

2. Das informações científicas - Quanto mais alguém souber sobre as

drogas, mais condições terá para decidir usá- las ou não. Uma informação pode ser

trocada por outra mais convincente e que atenda aos interesses imediatos da

pessoa.

3. Da legalidade - Não se deve usar drogas porque elas são ilegais. Mas

e as drogas legais? E todas as substâncias adquiridas livremente que podem ser

transformadas em drogas?

4. Do princípio moral - A droga fere os princípios éticos e morais. Esses

valores entram em crise exatamente na juventude.

5. Do maior controle da vida dos jovens - Mais vigiados pelos pais e

professores, os jovens teriam maiores dificuldades em se aproximar das drogas. Só

que isso não é totalmente verdadeiro. Não adianta proteger quem não se defende.

6. Do afeto - Quem recebe muito amor não sente necessidade de drogas.

Fica aleijado afetivamente que só recebe amor e não o retribui. Droga é usufruir

prazer sem ter de devolver nada.

7. Da auto- estima - Quem tem boa auto- estima não engole qualquer

"porcaria". Ocorre que algumas drogas não são consideradas "porcarias", mas

"aditivos" para curtir melhor a vida.

8. Do esporte - Quem faz esporte não usa drogas. Não é isso o que a

sociedade tem presenciado. Reis do esporte perdem sua majestade devido às

drogas.

9. Da união dos vários caminhos - É um caminho composto de vários

outros, cada qual com sua própria indicação. Cada jovem escolhe o mais adequado

para si. Por enquanto, é o que tem dado os resultados mais satisfatórios.

10. Da Integração relacional - Contribuição para enriquecer o caminho 9.

Nesse trajeto, o jovem é uma pessoa integrada consigo mesmo (corpo e psique),

com as pessoas com as quais se relaciona (integração social) e com o ecossistema

(ambiente), valorizando a disciplina, a gratidão, a religiosidade, a ética e a cidadania.

(Fonte: Anjos Caídos, Içami Tiba. Editora Gente, 6ª edição)

Integração escola e família

Conforme estudos realizados os níveis de prevenção ao uso das

drogas são classificados em três: A Prevenção primária, a Prevenção secundária e a

Prevenção terciária .A Prevenção Primária; deve acontecer antes do surgimento do

problema drogas, é o caminho trilhado pela família e pela escola no sentido de

Page 74: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

73

orientar e encaminhar as crianças, adolescentes e os jovens a realizarem atividades

prazerosas como: musicais, sociais, literárias e artísticas; que incentivem á auto-

estima, da ação das famílias que em elogiar, confiar, estimular a crítica, treinar as

habilidades para lidar com as frustrações, fracassos e ansiedades, bem como

espaço e treino para lidar com autoridades.

Prevenção Secundária; ocorre com o surgimento do uso das drogas, é

uma fase muito difícil para a família, que muitas vezes não quer aceitar o problema.

Para a escola também é difícil pois, se sente só e impotente sem o apoio das

famílias, a única saída é, com muita coragem buscar apoio nos profissionais

especializados, oferecer ao usuário ajuda concreta, evitar fazer mau juízo de valores

e agir com coerência e bom senso. A escola deve reunir a família com a autorização

dos aprendentes, realizar reuniões periódicas para discutirem o tema, procurar

entender o que está motivando aquele comportamento, compreender as dificuldades

pessoais, e com muita habilidade convencer da necessidade da terapia. Conversar

com argumentos lógicos e respeitar as opiniões dos aprendentes usuários é tarefa

de responsabilidade dos ensinantes.

Prevenção Terciária; acontece quando os aprendentes já se tornaram

dependentes químicos, implica no incentivo aos usuários a buscar as terapias

adequadas, devemos contar com pessoas de confiança dos mesmos, para

convencê- los da importância da terapia, encontrar ajuda especializada e incentivar

o diálogo com as famílias, acreditar na recuperação, colaborar na reintegração

social, oferecendo condições alternativas de lazer, arte, esporte e profissão, são

atribuições desta etapa..

Lima(1992), diz que seria ideal se a escola acrescentassem em seu

currículo, programas que preparassem seus alunos pra enfrentar não só o problema

das drogas, mas, os problemas da vida como um todo. Tal afirmação foi feita por se

perceber que muitos gestores escolares negam a existência do uso de drogas em

seus estabelecimentos. Mas, sabemos que existe sim, e que pensar que não vai

acontecer com a gente, apenas com os outros só facilita mais o aumento do

consumo. Entendemos também que Lima, quis chamar a atenção para outros

problemas existentes na sociedade, além do uso das drogas, e alertou para a

necessidade dos ensinantes se prepararem, para a convivência diária com o

problema e da necessidade da realização da prevenção primária, evitando palestras

com grandes públicos,e que de preferência as palestras devem ser realizadas com a

Page 75: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

74

comunidade escolar, ou seja, os envolvidos no processo e as autoridades

competentes.

A escola deve está atenta para detectar o inicio do uso, já que as

famílias se negam por falta de conhecimentos, por envolvimento emocional e por

falta de coragem para enfrentar o problema. A escola tem mais condições de

detectar as modificações no comportamento dos aprendentes e de agir com bom

senso e coerência, sem atitudes levianas, como é o caso de colocar culpa de todos

os problemas apenas no uso das drogas. Sabemos que não compete a escola o

tratamento contra drogas, mas, é de sua responsabilidade o encaminhamento

adequado dos aprendentes usuários, aos profissionais de saúde. É muito grande a

preocupação dos ensinantes que trabalham com a prevenção ao uso das drogas, as

vezes não sabem como atuar, se sente sozinhos pois, a direção e a equipe

pedagógica da escola, não se sensibiliza com o problema, fazendo uso da cegueira

psíquica, a mesma que ocorre nas famílias, a escola prioriza busca de soluções para

outros problemas, adiando a atuação na prevenção as drogas.

A Prevenção ao uso das drogas nas escolas deve ser decisão política

e conjunta, prevenir drogas é falar de educação de filhos, de adolescência, de

relação social e de convivência afetiva. Um Projeto de Prevenção nas escolas deve

abordar um projeto de valorização da vida e inclui programas: Culturais, de

consciência ecológica e de educação afetiva. Os Programas culturais, recreativos e

educacionais oferecem alternativas, sadias em substituição á sedução das drogas.

Os Programas de consciência ecológica incentivam um estilo de vida saudável, em

contraposição á poluição ambiental, sonora, alimentar e a busca excessiva de

automedicação.

São três as etapas de um projeto de prevenção na escola, envolvendo os

profissionais da escola, os pais e os aprendentes: Na primeira etapa, "a escola"

realiza estudos, debates e treinamentos com o corpo técnico-administrativo e o

corpo docente pra trabalharem o tema drogas, não só intelectualmente, mas, com

todas as implicações afetivas e sociais. Na segunda etapa, envolve "os pais", esta

etapa tem o objetivo de fortalecer o contato com as famílias, promovendo encontros,

reuniões para trocas de experiências, informações e orientações, evitando

alarmismos ou minimizações das questões referentes ás drogas e priorizando

trabalhar as dificuldades na relação pais e filhos. Na terceira etapa, "Os

aprendentes," compreende as formas de abordar o assunto, de forma sutil, desde o

espaço de discussão aberta, oferecida pela orientação educacional, ao espaço

Page 76: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

75

interdisciplinar, planejado ou não no currículo escolar, com ensinantes das diferentes

disciplinas, atentos e sensíveis para captar as necessidades dos aprendentes, para

usarem formas criativas de trabalhar seus conteúdos, quando possível,

correlacionando- o com temas da vida prática como adolescência, sexo e drogas.

No planejamento, na execução e na avaliação de um projeto de

prevenção as drogas, algumas técnicas devem ser excluídas, como exemplo:

concentrar todas as informações num só encontro ou reunião, pedir pesquisas sem

conhecer o material a ser consultado, oportunizar depoimentos de ex. drogados, ou

desenvolver um trabalho isolado, isto, é um único profissional realizar um trabalho

de prevenção numa escola. Os profissionais da escola devem se sensibilizar no

sentido de rever seus posicionamentos, para se sentirem preparados afetivamente

e cognitivamente para realizarem em conjunto, um projeto. Segundo Arantangy

(1991), o treinamento de professores, permitem dar ao tema drogas, uma

perspectiva mais realista e isenta de preconceitos, com a finalidade de buscar um

entendimento de que não há escolas sem drogas e que o professor, deve adquirir

segurança para abordar o tema e os problemas que surgirem e a autoestima dos

alunos devem ser valorizadas.

Desta forma o jovem se convence da responsabilidade de suas escolhas,

por ser estabelecido um clima de confiança e ajuda mútua, entre ensinantes e

aprendentes. Se a equipe escolar preparar e construir um Projeto de prevenção

executável com sua proposta pedagógica, com atividades construtivas que

valorizem os aprendentes, estimule a autonomia, encorajando-o a fazer um exame

crítico de suas escolhas, a prevenção deixa de correr o risco de ser um incentivador

ao uso de drogas. Aquino(1998), afirma que é de suma importância que o professor

se capacite no assunto, para adaptar a sua disciplina as informações que se

relacionem. O que quer dizer que os ensinantes devem relacionar os conteúdos de

sua disciplina, integrando- os com o tema prevenção ao uso de drogas de forma

coerente, clara e objetiva.

Já que a prevenção ao uso das drogas, é possível pela ação integrada

dos educadores, num processo somatório de forças, a escola tem a

responsabilidade de ensinar a verdade cientifica dentro de um projeto pedagógico.

Os trabalhos sobre drogas devem abordar as consequências do uso e as sequelas

deixadas nos dependentes químicos. As palestras feitas por profissionais que não

sejam do corpo docente da escola são muito úteis para a sensibilização do corpo

Page 77: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

76

docente, dos funcionários, dos pais e dos aprendentes, porém, a escola deve ser

responsável por um processo contínuo e pedagógico.

Os ensinantes das séries iniciais (1º ao 5º ano),deve produzir uma

estratégia preventiva sem despertar a curiosidade, mostrando as qualidades do

corpo e da mente, além do prazer de viver a vida com saúde ao lado da família e

dos amigos.

O ensinante do 6º ao 9º ano deve está mais atento, já que trabalha

com um grupo de risco; deve abordar o tema de forma segura, evitando falar sobre

as drogas em si, e sim deve incentivar a pesquisa sobre os problemas advindos do

uso das drogas, causados a nível bio -psico -social. Uma ideia interessante seria

discutir com os usuários, as notícias divulgadas na atualidade, sobre o problema.

Isso incentiva o interesse e desperta o senso crítico dos aprendentes, desde que o

ensinante, com suas reflexões críticas, leve o aprendente a seguir este caminho.

No ensino médio, o aprendente deve receber incentivo, no sentido de

estimular o desenvolvimento de estudos referentes a problemas psicológicos,

reflexos na personalidade e na formação do id, ego e superego; contribuindo para

que aprendam mais sobre si mesmos. Nos cursos de Pedagogia, deve ser incluídos

estudos sobre abordagens técnicas pedagógicas, terapias para o tratamento de

dependentes químicos, aspectos jurídicos, entre outros. A escola deve oferecer

orientações ás famílias, como palestras, debates, trocas de experiências, em

reuniões específicas, como forma integrar as famílias e a escola. Os funcionários da

Escola também devem ser orientados para contribuir com a política da proposta

preventiva. Os gestores escolares têm a responsabilidade de tomar as medidas

necessárias na prevenção do tráfico, devendo avisar a polícia da presença de algum

traficante atuando nas proximidades da escola, caso algum aprendente, esteja se

envolvendo com o tráfico, a escola deve comunicar a família.

Espero que este artigo possa contribuir com os trabalhos dos

ensinantes e dos gestores escolares, no que se refere à prevenção ao uso das

drogas pelas crianças, adolescentes e jovens na escola. E que o poder público

ofereça tratamentos gratuitos em clínicas especializadas para os dependentes

químicos, para que assim possamos continuar a luta contra este mal que tanto

compromete o futuro do nosso País, já que atinge diretamente os adolescentes e a

juventude.

Page 78: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

77

O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL?

A Educação Ambiental é um processo participativo, onde o educando

assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem

pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas ambientais e

busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do

desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes, através de uma conduta

ética, condizentes ao exercício da cidadania.

VALORES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Educação Ambiental deve buscar valores que conduzam a uma

convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o

planeta, auxiliando o aluno a analisar criticamente o princípio antropocêntrico, que

tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais e de várias espécies.

É preciso considerar que:

A natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas

e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a

reciclagem como processo vital;

As demais espécies que existem no planeta merecem nosso respeito.

Além disso, a manutenção da biodiversidade é fundamental para a nossa

sobrevivência;

É necessário planejar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e

rurais, considerando que é necessário ter condições dignas de moradia, trabalho,

transporte e lazer, áreas destinadas à produção de alimentos e proteção dos

recursos naturais.

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA

A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará seqüência ao seu

processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa um

exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos

ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida

escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis.

Page 79: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

78

Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do

mundo, no tempo e no espaço, a escola deverá oferecer meios efetivos para que

cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua

conseqüência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o

ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e

adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a

construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.

Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do

currículo e contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o

aluno a perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão holística, ou seja, integral

do mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser abordada de

forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a

presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das

diversas disciplinas e das atividades escolares.

A fundamentação teórico/prática dos projetos ocorrerá por intermédio do

estudo de temas geradores que englobam palestras, oficinas e saídas a campo.

Esse processo oferece subsídios aos professores para atuarem de maneira a

englobar toda a comunidade escolar e do bairro na coleta de dados para resgatar a

história da área para, enfim, conhecer seu meio e levantar os problemas ambientais.

Os conteúdos trabalhados serão necessários para o entendimento dos

problemas e, a partir da coleta de dados, à elaboração de pequenos projetos de

intervenção.

Considerando a Educação Ambiental um processo contínuo e cíclico, o

método utilizado pelo Programa de Educação Ambiental para desenvolver os

projetos e os cursos capacitação de professores conjuga os princípios gerais

básicos da Educação Ambiental (Smith, apud Sato, 1995).

EDUCAÇÃO FISCAL NA ESCOLA

"Se é verdade que a educação não pode fazer sozinha a transformação

social, também é verdade que a transformação não se efetivará e não se

consolidará sem a educação." Paulo Freire

Objetivo geral:

Page 80: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

79

• Preparar a população escolar e a comunidade para a ação de cidadania

de acompanhamento da utilização dos recursos advindos da arrecadação

tributária, através de observação, reflexão e sensibilização.

Objetivos Específicos :

• Disponibilizar conhecimentos básicos para a compreensão dos

mecanismos de arrecadação dos tributos.

• Aprimorar a consciência da população escolar acerca da necessidade

em deter conhecimentos sobre a importância do espaço coletivo, em zelar pelo

patrimônio público e em acompanhar a gestão das contas públicas pelos

governantes.

• Desenvolver a consciência crítica do aluno para a formação de uma

sociedade capaz de exercer o controle social;

• Promover a consciência da harmonia nas relações entre o Estado e o

Cidadão;

• Conscientizar os cidadãos para a função socioeconômica dos tributos;

• Socializar conhecimentos sobre a administração pública, alocação e

controle dos gastos públicos e tributação;

• Incentivar o acompanhamento e fiscalização, pela sociedade, da

aplicação dos recursos públicos;

• Aumentar a responsabilidade fiscal com vistas à obtenção do equilíbrio

fiscal em longo prazo;

• Fortalecer o comportamento ético na administração pública e na

iniciativa privada;

• Aumentar a eficiência e transparência do Estado;

• Promover a adoção de hábitos e procedimentos necessários para o

cumprimento da legislação Fiscal, através de ações estratégicas.

• Promover a reflexão sobre as práticas sociais.

• Despertar a necessidade de participação do cidadão na gestão dos

recursos públicos.

• Aprimorar a consciência do aluno e da comunidade em geral sobre a

importância do espaço coletivo, de zelar pelo patrimônio público e de acompanhar a

gestão das contas públicas pelos governantes.

Estratégias

Page 81: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

80

• Favorecer a construção do conhecimento sobre a Legislação e

Educação Fiscal através de videoconferências, palestrantes ou outros meios para a

aquisição das informações necessárias para o desenvolvimento de ações

pedagógicas centradas na realidade da comunidade escolar;

• Possibilitar que o trabalho sobre Educação Fiscal na Unidade escolar,

leve a conscientização e a mudança de comportamento social, através da prática da

vivência cidadã;

• Propiciar tempo e espaço para a construção de projetos, pelos

Professores e pelos próprios alunos, que dê sentido e significado para as suas

ações.

Fundamentação Teórica

Já dizia Montesquieu que quando o indivíduo entrega ao Estado o

poder de governar e decidir os rumos que ele deve seguir, começa a morrer a sua

capacidade de auto governar-se. Essa incapacidade, que é uma incapacidade de

exercer a cidadania, fomenta a censura e a obrigatoriedade de normas como forma

de conquista da ordem.

Acreditamos, contudo, que a coerção não é o caminho desejado. Na

constituição da ética de controle social deve haver espaço para a contribuição e

estabelecimento de uma ética individual. A existência de regras acrescidas de um

significado torna o resultado mais efetivo.

Leonardo Boff diz que a diferença entre a ética e a moral está em que a

moral é a casa enquanto a ética é a forma, a estrutura e constituição desta casa. O

ensinar deve estar calcado na ética, entremeando ao conteúdo o seu aspecto

pessoal, subjetivo e único. O importante não é só informar, mas se permitir ir além

da informação ousando voos mais altos, que permitam a transformação, discussão e

reconstrução do próprio conteúdo num exercício pessoal de democracia.

A educação deve ser concebida para atender, ao mesmo tempo, ao

interesse social e ao interesse dos indivíduos. É da combinação desses interesses

que emergem os seus princípios fundamentais e são estes que devem nortear a

elaboração dos conteúdos do ensino, as práticas pedagógicas e a relação da escola

com a comunidade e com o mundo."

Conteúdo Programático para o ano de 2009.

1. O cidadão e seus direitos: à educação, alimentação, moradia,

Page 82: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

81

transportes e saúde.

2. Os meios de financiar as necessidades da população.

3. A divisão de tarefas entre municípios, os estados e a União.

4. Os impostos, as taxas, as contribuições de melhoria, as contribuições

previdenciárias.

5. Contribuir para exigir, Contribuinte e cidadão: titulares de direitos e

deveres.

Metodologia

O Projeto será desenvolvido em sala de aula pelos professores das

diversas disciplinas, por meio de mini-projetos elaborados pelos próprios professores

de acordo com os temas apresentados no item conteúdos programáticos e

acompanhados pela Direção e Coordenação Pedagógica.

Cronograma

DATA TEMA PROFESSOR RESPONSAVEL

O cidadão e seus - Ana Paula Ceola

direitos: à educação,

alimentação, moradia,

transportes e saúde.

1o Bimestre

Os meios de financiar as Ana Maria Nunes Bravin

necessidades da população Maria Lucia Bravin Piccolo

2o Bimestre

A divisão de tarefas

entre municípios, os

estados e a União.

Os impostos, as taxas, Fátima Samsel

as contribuições de

melhoria, as

contribuições Aline Reino Castro Vieira

3o Bimestre

previdenciárias

Contribuir para exigir. Roseli da Conceição

Page 83: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

82

Contribuinte e cidadão: Salamoni Gomes

titulares de direitos e

4o Bimestre

deveres. Evanilda Maria Campos

Avaliação

O Projeto será avaliado e acompanhado pela Equipe Escolar e pela

Coordenação de Projetos do Núcleo Regional de Educação.

VIOLÊNCIA

A sociedade mundial tem sido um pouco indiferente relativamente aos

seres que são socialmente frágeis e que muitas vezes adoptam condutas violentas

como forma de proteção e/ ou imitação.

A violência nas escolas não é um fenômeno novo. Todavia tem vindo a

assumir proporções tais que a escola não sabe que medidas tomar para sanar este

problema.

Pretende-se com este trabalho fazer uma breve abordagem sobre os

fenômenos da violência exercida por jovens nas escolas e como tal facto é devido a

problemas de inadaptação, confirmando se essa inadaptação é consequência do

meio onde se inserem.

Ao longo deste trabalho serão alvo de reflexão o papel da família na

educação numa perspectiva histórica até aos dias de hoje; o fenômeno de violência

e como ela se regista na sociedade; a violência nos jovens fruto da ausência de

referências positivas no meio onde se circunscrevem; análise da violência e seus

implicados no contexto escolar e se poderá haver uma interacção positiva ou não

entre a escola e seus alunos. Serão também apontadas as causas da violência, sua

prevenção e como o educador social, enquanto profissional qualificado, poderá agir

na prevenção do fenômeno em questão.

Em suma, procurou-se aprofundar os conhecimentos em torno desta

temática, com um intuito ávido de conhecer como a escola, a família e em sentido

lato a sociedade se organiza na gestão desta problemática tão grave nos dias de

hoje.

Page 84: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

83

O papel da família na educação

O conceito de família nem sempre foi o mesmo, sofreu alterações de

acordo com o evoluir dos tempos.

No Antigo Regime, não existia os termos criança ou adolescente, a

criança não tinha infância, era considerada um "adulto jovem". A este propósito,

Philippe Ariés (1988: 10-11) refere que: passava-se directamente de criança muito

pequena a adulto jovem, sem passar pelas várias etapas da juventude de que eram

talvez conhecidas antes da Idade Média e que se tornavam o aspecto essencial das

sociedades evoluídas dos dias de hoje".

A educação da criança não era assegurada pela família. Cedo as

crianças se envolviam com os adultos em atos sociais tradicionais, de ajuda aos

pais, nos labores habitacionais no caso das meninas e nos meninos na conservação

dos bens e negócios familiares. Era deste modo que adquiriam conhecimentos e

valores essenciais à sua formação.

A família não demonstrava afetividade, embora o amor fosse um

sentimento presente. A afetuosidade registrava-se nas pessoas próximas às

crianças tais como as amas, os serventes, os vizinhos, etc. (Ibidem.).

Na época do Estado Novo, à esposa era-lhe incumbida a

responsabilidade pela educação dos filhos, auferindo dependência econômica quase

total do marido. Aliás " o pai surge como o único angariador de sustento familiar (…)

se ele desaparece, não há dinheiro para comprar o necessário" (1989: 359-360).

Com as alterações sociais pós 25 de Abril, a família sofreu grandes transformações,

que já tinham sido encetadas noutros países já democratizados. Diminuiu o número

de filhos por casal, o casamento tornou-se mais instável com um número crescente

de divórcios, aumentando as famílias monoparentais e reconstruídas, as mulheres

passaram a ter uma atividade profissional, estudarem até mais tarde, auferindo de

independência econômica e relegando muitas vezes a maternidade para segundo

plano.

Hoje, em família abordam-se temas que eram impensáveis no

passado. Os pais já não são os senhores absolutos da lei e da ordem, nem os

únicos cuidadores dos bens da família. Por seu turno, as mães não são unicamente

as protectoras do lar e zeladoras da educação e formação dos filhos.

O Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre

Educação para o Século XXI (1996:95) reforça que: “a família constitui o primeiro

Page 85: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

84

lugar de toda e qualquer educação e assegura, por isso, a ligação entre o afetivo e o

cognitivo, assim como a transmissão dos valores e normas".

Todavia, devido às exigências atuais, os pais cedo colocam os filhos

em amas, creches ou infantários. Chegam a casa exaustos de um dia de trabalho,

têm ainda as lides domésticas ou trazem trabalho para casa. A criança é colocada

sozinha a ver televisão ou a brincar sem um adulto que lhe dê atenção. A relação

familiar centra-se prioritariamente nas necessidades físicas da criança, ou seja, na

alimentação, na higiene, no descanso, …

Desde criança que as novas tecnologias imediatamente as seduzem e

permitem a aquisição de novos saberes. O seu conhecimento vai progredindo

através das informações que recebe do meio onde se insere, do meio familiar, do

grupo de pares, da escola, dos meios audiovisuais, …

Enquanto jovens, o lazer e o convívio com os colegas tem uma

importância primordial no seu processo de socialização e formação. Machado Pais

(1993) refere que as culturas juvenis são fortemente viradas para o lazer, de certa

forma em oposição ao saber tradicional da escola e da família, que privilegia a

ordem e a certeza, o ensino e a transmissão de conhecimentos e experiências entre

pares.

Embora haja uma certa continuidade na transmissão de valores de pais

para filhos, a verdade é que os jovens de hoje adquirem a sua identidade não só

dentro, mas também fora da família, através de discursos variados que a escola e a

família poderão ou não integrar. Todavia, a família não se pode demitir do seu papel

e atribuir responsabilidades aos outros agentes educativos na formação dos seus

descendentes.

Violência e sociedade

Num qualquer dicionário de português, o termo violência é descrito

como uma "qualidade ou estado do que é violento; força empregada contra o direito

natural de outrem; ação que se faz com o uso da força bruta; crueldade; força;

tirania; coação". Neste sentido, a violência significa obrigar a fazer algo, utilizando a

força, a coagir alguém.

Desde sempre o Homem exerceu e foi alvo de violência. Recorde-se a

bíblia que retrata uma série de crueldades das quais Jesus Cristo foi vitima;

enforcamentos em praça pública; homens que lutavam até à morte nos coliseus para

Page 86: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

85

deleite da assistência; a Santa Inquisição que vitimou inúmeras pessoas, o nazismo

e as excessivas guerras que povoam a história da humanidade.

Vários autores têm tentado explicar as causas deste fenômeno. Freud

é da opinião que o Homem tem uma predisposição inata para a violência, nasce e

cresce num ambiente violento, porque também a sociedade é violenta.

Anna Freud (1987:162) alude ao facto de o equilíbrio interno ser

perturbado, da personalidade, do meio onde se inserem. Estudos realizados a

delinquentes comprovaram que graves distúrbios da socialização acontecem quando

a identificação com os pais é desintegrada através de separações, rejeições e outras

interferências com os vínculos emocionais existentes entre a criança e as figuras

parentais. Reforça ainda que o cidadão normal, perante a lei, perpetua a posição

infantil de uma criança ignorante e complacente, em face aos seus pais

omniscientes e omnipotentes. O delinquente perpetua a atitude da criança que

ignora ou menospreza, ou desobedece à autoridade parental e atua em desafio

desta.

Durkeim é da opinião que a densidade demográfica, o desenvolvimento

econômico, social e cultural de uma sociedade fomentam as desigualdades e

consequentemente os desvios à norma.

Por outro lado, Arregi Goenaga (1998:50) é da opinião que avançando

no caminho da igualdade, da solidariedade, pode a sociedade observar um

decréscimo da violência em geral.

As crianças assistem a desenhos animados televisivos nas quais as

personagens utilizam a violência para conseguir os seus intentos, por vezes são

actos nobres tais como salvar um amigo em perigo ou para salvar o planeta. O

poder de sedução da televisão e a capacidade de imitação das crianças formam

uma cumplicidade que pode atuar perigosamente na formação cognitiva destas.

Neste sentido, Pino Juste (1998: 133) é da opinião que para estas crianças a

violência é "algo normal", utilizam-na como "arma quando consideram que ela é

eficaz para conseguir os seus propósitos".

Qualquer indivíduo é passível de exercer actos de violência, uma vez

registada uma ruptura com a normalidade. No entanto, num indivíduo que não tenha

patologias associadas, após a ruptura, retorna ao estado de acalmia e é reposta a

sua normalidade interior.

A violência pode ser revestida de diversas formas, mas num sentido

restrito, pode ser definida como uma ruptura brusca da harmonia num determinado

Page 87: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

86

contexto, podendo ser sob a forma de utilização da força física, psíquica, moral,

ameaçando ou atemorizando os outros.

A violência pode igualmente ser considerada de âmbito público ou de

âmbito privado. A primeira é mais visível, influi e distorce a imagem da sociedade. É

a que mais preocupa o Estado, pois é geradora de polemica. A segunda é mais

recôndita, como é o caso da violência familiar, com o cônjuge ou com os

descendentes.

A violência pode ainda ser de gênese estrutural ou de gênese

conjuntural, sendo que a primeira afeta uma parte significativa da população e várias

instituições. A violência estrutural é congênere a uma doença crônica, pois é

instalada numa parte da sociedade e vai criando metástases por toda a sociedade. A

sua cura reside numa planificação eficaz, coordenada entre as instituições para

solucionar a problemática em questão. A violência conjuntural registra-se em

momentos ocasionais e mesmo que não se vislumbre uma solução, com o passar do

tempo é esmorecida. Os motins de população descontentes com as portagens ou

traçados de autoestradas são exemplos de violência conjuntural.

No fundo, os atos violentos estão sustentados por valores, crenças,

sobre o bom e o mau de uma ação que força o indivíduo a operar de acordo com

essa convicção.

A violência nos jovens como inadaptação social

Um ato violento só é de facto um problema se a maioria da sociedade o

considerar que o é, ou seja, se for tipificado e reconhecido como tal.

A violência é na sua maior parte protagonizada pelos jovens, que se

agrupam, formando subculturas, habitualmente no seio do tecido urbano, adquirindo

formas de vestir, agir ou pensar muito características. Os hippies, os rockers, os

skinheades, entre outros são exemplos bem conhecidos de grupos inadaptados aos

padrões da sociedade.

Na cultura juvenil podem-se observar características muito comuns,

tais como (Arregi Goenaga, 1998:58-59):

1. A busca de identidade, procurando diferenças contrárias à geração

antecedente.

2. O questionar das ideias nas quais a sociedade se fundamenta na

anuência das normas;

Page 88: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

87

3. Os jovens possuem uma série de capacidades e de ideais para criar e

canalizar ideias inovadoras que fazem mudar a ordem da realidade já existente;

4. Os jovens são os grandes consumidores dos meios informáticos e

audiovisuais, sobretudo Internet, jogos por computador, televisão e música. A

televisão é um dos meios que mais violência difunde e a criança ou jovem é o sujeito

passivo que mais a consome. Muitas crianças vêem televisão e jogam jogos de

carácter lúdico duvidoso, sem qualquer supervisão das figuras parentais. Constroem

as suas personalidades de acordo com o que observam, com uma total ausência de

discernimento do que é certo ou errado;

5. A carência de bens mínimos como um trabalho, habitação, serviços

sociais básicos, nomeadamente a quebra das redes de suporte familiar, sua

desagregação ausência de valores essenciais dentro e fora da família, o meio onde

vive, a escola que não exerce qualquer tipo de motivação, leva a que determinados

indivíduos ou grupos cultivem a agressividade face à sociedade que gerou ou

proporcionou deficits tão profundos e que fazem parte das suas vivências

quotidianas.

Hebe Tizio (1997:92-102) alude ao facto de vivermos num mundo

capitalista, dominado pelo progresso. Este caracteriza-se por uma uniformidade e

generalização dos usos, costumes e bens que são amplamente difundidos nos

media. A uniformidade gera segregação, competição desenfreada, levando a que

indivíduos que não podem ter a qualidade de vida que desejam optem por caminhos

menos lícitos.

A inadaptação social é devida à educação deficitária por parte da

família ou pelo meio onde o jovem vive (bairro degradado, alcoolismo, droga e

tráfico, prostituição, detenção familiar, violência doméstica, furtos, resolução de

conflitos com recurso à agressão, precárias condições de vida) fazem com que os

jovens adquiram condutas de acordo com o que vivenciam diariamente. São,

portanto, jovens com ausência de referências positivas.

Antônio Petrus (1997: 26-29) refere que o conceito de inadaptação

social é ambíguo e está amplamente ligado à educação social, na medida em que

em sentido lato, esta está ligada à intervenção educativa em âmbitos de

marginalização e inadaptação sociais.

A violência na escola

Page 89: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

88

Os meios de comunicação audiovisual, não raras vezes retratam

acontecimentos violentos protagonizados pelos alunos nas escolas. De facto,

"inverteram-se os papéis; os métodos violentos de alguns professores eram

tradicionalmente mais frequentes no mundo escolar: castigo físico, humilhações

verbais…" (Fermoso: 1998:85). Atualmente, os professores não podem exercer

qualquer tipo de castigo aos alunos sob pena de sofrerem sanções disciplinares,

mas e os alunos? Que perfil apresentam os adolescentes que se envolvem em atos

de violência nas escolas portuguesas?

Um estudo realizado em 2001 por Margarida Matos e Susana

Carvalhosa baseado em inquéritos a 6903 alunos de escolas escolhidas

aleatoriamente, com as idades médias de 11, 13 e 16 anos, analisaram a violência

na escola entre vítimas, provocadores (incitação na forma de insulto ou gozo de um

aluno mais velho e mais forte do que o outro) e outros (similarmente vítimas e

provocadores) demonstram os seguintes dados bastante curiosos:

• Mais de metade dos alunos inqueridos são do sexo feminino (53.0%);

• 25.7% dos jovens afirmaram terem estado envolvidos em comportamentos de

violência, tanto como vitimas, provocadores ou duplamente envolvidos;

• As vítimas de violência são maioritariamente masculinas (58.0%);

• Os inqueridos que se envolveram em comportamentos de violência em todas

as suas formas situavam-se nos 13 anos de idade;

• Os jovens provocadores de violência são aqueles que têm hábitos de

consumo de tabaco, álcool e mesmo de embriaguez. Também são os que

experimentaram e consumiram drogas no mês anterior à realização do

inquérito;

• Quanto às lutas, nos últimos meses anteriores ao inquérito, 19.08% dos

jovens envolveram-se em comportamentos violentos;

• Os vitimados pela violência, são os que andam com armas (navalha ou

pistola) com o intuito da sua própria defesa;

• Os adolescentes que veem televisão quatro horas ou mais por dia são os que

estão mais frequentemente envolvidos em atos de violência;

• As vítimas e os agentes de violência não gostam de ir à escola, acham

aborrecido ter que a frequentar e não se sentem seguros no espaço escolar;

• Para os atores de violência a comunicação com as figuras parentais é difícil;

• 16.05% das vítimas vive em famílias monoparentais e 10.9% dos

provocadores vive com famílias reconstruídas;

Page 90: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

89

• Quanto aos professores, os alunos sujeitos e alvos de violência consideram

que estes não os encorajam a expressar os seus pontos de vista, não os

tratam com justiça, não os ajudam quando eles precisam e não se interessam

por eles enquanto pessoas;

• Em relação ao relacionamento entre grupo de pares, estes adolescentes

referem a pouca simpatia e préstimo e não-aceitação por parte dos colegas

de turma, a dificuldade em obter novas amizades, ausência quase total de

amigos íntimos.

Este estudo vem reforçar a relevância dos contextos sociais dos

jovens, aparecendo bem focados como factores desencadeadores de

comportamentos violentos a desagregação familiar, a pouca ou inexistente atração

pela escola, o grupo de amigos aliados à posse de armas, consumo de

estupefacientes, álcool e tabaco e visionamento excessivo de televisão.

Os comportamentos violentos na escola têm uma intencionalidade

lesiva. Podem ser exógenos, ou seja, determinados de fora para dentro, como

acontece nos bairros degradados invadidos pela miséria e pela toxicodependência,

onde agentes estranhos ao meio o invadem e destroem; pode tratar-se de violência

contra a escola, em que alunos problema assumem um verdadeiro desafio à ordem

e à hierarquia escolares, destruindo material e impondo um clima de desrespeito

permanente; ou são simplesmente comportamentos violentos na escola, que

ocorrem sobretudo quando esta não organiza ambientes suficientemente tranquilos

para a construção de valores característicos a este local. A violência pode ser

desencadeada fruto de muitas situações de indisciplina que não foram resolvidas e

que constituem a origem de um comportamento mais agressivo.

Para combater a violência, a escola tem de analisar a forma como é

exercido o seu controlo, tem que se organizar pedagogicamente, para conseguir

deter a violência não só interior mas também exterior.

Alunos e escola: adversários ou aliados?

O senso comum mostra-nos que a relação entre aluno e escola

apresenta múltiplas fases ao longo do caminho do indivíduo. Nos primeiros anos,

nomeadamente creche e infantário, ou mesmo ensino básico, as crianças ficam

ansiosas por ir para a escola: é lá que estão os seus colegas de brincadeiras, os

educadores/professores são durante alguns anos os mesmos, pelo que as relações

Page 91: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

90

afetivas são intensificadas e todos os conceitos são apreendidos de forma agradável

e lúdica.

A desvalorização do lado afetivo, a introdução de maior formalidade no

relacionamento e a constante troca de professores consoante as disciplinas, faz com

que se registe um esmorecimento nesta relação entre alunos e escola.

Em Portugal, o sistema educativo tem vindo a sofrer grandes

alterações. Diminuíram substancialmente os alunos do 1º ciclo do Ensino Básico,

procedeu-se à obrigatoriedade da escolarização até ao 9º ano, o ensino secundário

foi palco de sucessivas e controversas transformações. O panorama escolar não é

muito animador, conforme retratam os meios audiovisuais: alto índice de retenções,

sendo a matemática o real «calcanhar de Aquiles» de qualquer Ministério da

Educação, o abandono e absentismo escolar, a violência e indisciplina no espaço

escolar. Por outro lado, a exigência do Ministério da Educação no cumprimento dos

conteúdos programáticos, a falta de coesão entre o corpo docente, faz com que

estes se alheiem dos alunos e não tenham disponibilidade para os problemas

decorrentes da juventude.

Se os alunos são provenientes de famílias organizadas com razoável

cultura e escolaridade, conseguem aprender e serem alunos com aproveitamento.

Contrariamente, se provêm de uma base familiar desagregada, com inúmeros

problemas, rapidamente caminham para a reprovação, indisciplina e mesmo

violência. A este propósito, o "Jornal de Noticias" do dia 3 de Maio de 2004 relata

uma notícia de um adolescente de 13 anos que se encontra em tratamento numa

clínica de recuperação de toxicodependentes e que na escola "atirava cadeiras à

professora", possuindo atualmente o segundo ano do ensino básico, não sabendo

ler nem escrever, somente assinar o seu nome.

Felizmente, em muitas escolas, o panorama é diferente. A comunidade

educativa organiza-se mesmo que minimamente e em conjunto, professores, alunos,

pais e funcionários refletem sobre as diversas temáticas ou problemas.

A organização pedagógica da escola é o pilar essencial para a

prevenção dos problemas relacionados com o abandono, absentismo, indisciplina e

violência.

Page 92: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

91

Causas da violência

As causas da violência são inúmeras, não sendo fácil fazer uma

inventariação de todas. Não existem dados estatísticos concretos acerca do número

de jovens atores e alvos de violência, no entanto, o Instituto Nacional de Estatística

(INE) apresenta uma tabela onde são detectadas as problemáticas em crianças e

jovens, bem como as medidas tutelares aplicadas em processos concluídos em

2001.

No ano de 1998 foram acompanhados crianças e jovens em risco num

total de 2.979 indivíduos. Todavia, em 2001 o total de crianças e jovens

adolescentes era de 9.504, ou seja, quase que quadruplicou. São ainda apontadas

como situações de risco: abandono, negligência, abandono escolar, absentismo

escolar, maus tratos, abuso sexual, trabalho infantil, exercício abusivo de autoridade

por parte dos pais e outras situações de risco. Como condutas desviantes

observadas nos menores, são enumeradas a prática de atos qualificados como

crime, uso de estupefacientes e ingestão de bebidas alcoólicas e outras condutas

desviantes. De referir que o número destas situações de perigo foram aumentando

de 1998 até 2001.

Judicialmente, são descritas as medidas tutelares aplicadas em

processos finalizados nos anos citados. Em 1998 as medidas foram num total de

1.619, contrariamente no ano de 1999 em que o número ascendeu às 3.701

medidas, observando-se contudo um decréscimo nos anos subsequentes. Convém

ainda sublinhar que a medida tutelar mais aplicada nestes quatro anos foi a de

acompanhamento educacional, social, médico e psicológico.

São apontadas como causas da violência:

• A Família. É neste núcleo que as crianças e jovens adquirem os modelos de

conduta que exteriorizam. A pobreza, violência doméstica, alcoolismo,

toxicodependência, promiscuidade, desagregação dos casais, ausência de

valores, detenção prisional, permissividade, demissão do papel educativo dos

pais, etc., são as principais causas que deterioram o ambiente familiar.

Normalmente, os indivíduos que vivem estas problemáticas familiares são

sujeitos e alvos de violência. Há famílias que participam diretamente na

violência que ocorre nas escolas. Impotentes para lidarem com a violência

dos seus descendentes, acusam os professores de não «domesticar» os seus

filhos, instigando a agressividade e, em extrema instância tornam-se eles

mesmos violentos, agredindo os professores e funcionários;

Page 93: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

92

• Os alunos. O que faz com que um aluno exerça violência? Muitas vezes a raiz

do problema não se centra na educação. O jovem apresenta problemas que

deveriam ser direcionados para a saúde mental infantil e adolescente, para a

proteção social ou até judicialmente. O cerne da questão é que muitas

escolas tentam resolver os problemas para os quais não estão preparadas e

que não são da sua competência. Na verdade, todos os alunos são

potencialmente violentos, sendo a escola sentida como uma imposição por

parte da família ou do Estado. Porque os alunos estão contrafeitos, as aulas

são para eles locais de constrangimento e de repressão de desejos. Alguns

alunos conformam-se e conseguem permanecer na escola sem fazerem

grandes distúrbios. Outros revoltam-se, colocando em causa as normas

estabelecidas, a autoridade e insurgem-se contra os professores e colegas

como ato de poder e robustez física.

• Os grupos e turmas. Enquanto conjunto estruturado de indivíduos, têm fulcral

importância nos processos de socialização e de aprendizagem nos jovens.

Influenciam certos comportamentos que os adolescentes demonstram, sendo

o resultado de processos de imitação de outros membros do grupo. Em certas

manifestações públicas de violência, os jovens procuram obter segurança,

respeito e prestígio pela restante comunidade escolar. Numa sociedade onde

os grupos familiares estão cada vez mais desagregados, este vazio é

preenchido por estes grupos formados a partir de interesses e motivações

diversas.

• A escola. No passado, e ainda hoje se regista, alunos com menos

capacidades intelectuais são estigmatizados, esquecidos no fundo das salas

de aula. Ao fazê-lo, criam focos de revolta por parte daqueles que

legitimamente se sentem marginalizados. A escola de hoje, que se auto-

intitula de inclusiva, não o é de facto.

A este propósito Jacques Delors (1996: 48) aconselha os "sistemas

educativos" a não conduzirem, "por si mesmos, a situações de exclusão. O princípio

de emulação, propício em certos casos, ao desenvolvimento intelectual pode (…) ser

pervertido e traduzir-se numa prática excessivamente seletiva, baseada nos

resultados escolares. Então, o insucesso escolar surge como irreversível, e dá

origem, frequentemente, à marginalização e exclusão sociais."

Na realidade as escolas não estão preparadas para enfrentar a

complexidade dos problemas atuais, designadamente os que se prendem com a

Page 94: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

93

gestão das suas tensões internas. A crescente participação dos alunos, pais,

entidades públicas e privadas nas decisões tomadas nas escolas, tornou-se uma

fonte de conflitos e não raramente terminam em situações de descontentamento e

de agressividade. As associações de pais, quando funcionam, encaram muitos dos

professores como incompetentes que aproveitam todas as ocasiões para se

furtarem às aulas e recorrerem à baixa por doença, para não terem que enfrentar os

alunos e os problemas daí adjacentes.

Prevenção da violência

A violência surge em contextos e em situações bem conhecidos.

Torna-se imperiosa uma intervenção educativa, não só dirigida aos jovens mas a

todos os cidadãos, pois todos, enquanto sociedade global somos culpados e

deveremos ser chamados a intervir para contribuirmos para uma sociedade mais

justa e igualitária. De acordo com Arregi Goenaga (1998: 60), a violência afigura ser

uma rede complexa que se pode sobrevir a partir da educação. Esta é importante

pois ensina a criança a adquirir determinados valores tais como a compaixão e a dor

alheia, bem como valorizar a vida não só a sua como a dos outros. Já Rousseau

afirmava que os Homens não nascem naturalmente maus, a sociedade é que os

transforma. De facto, nenhum ser humano nasce violento, ou criminoso, o seu

destino não está traçado após a nascença. Os seus comportamentos são fruto do

ambiente a que são expostos.

Numa sociedade tecnológica, consumista e competitiva, que valoriza a

aquisição de bens de qualquer forma, que só dá oportunidades aqueles que já

possuem algo, o comportamento desses jovens poderá ser considerado como

adaptativo. A este propósito o aludido "Jornal de Notícias" de 3 de Maio de 2004,

relata o caso de um adolescente de 13 anos, que quando o jornalista lhe pergunta o

porquê de tanta agressividade, o jovem responde simplesmente: " É assim que a

malta vive no bairro". De facto, estes jovens não têm muitas opções, pois o meio

onde se inserem, fornece-lhes a aprendizagem necessária para sobreviverem à sua

maneira e assumirem atitudes que são observadas nos bairros onde vivem. É

imperioso mudar o enfoque sobre a questão da marginalidade, e,

consequentemente, sobre os direitos humanos. As medidas tutelares educativas só

deverão ser tomadas se outras ações preventivas tiverem sido já executadas e

tiverem falido. A solução última não passa somente pela colocação desses jovens

em famílias de acolhimento ou lares, esperando que o sistema mude per si.. Não

Page 95: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

94

adianta tratar um sintoma sem primeiramente investigar a sua causa. É muito fácil

rotular os atores de violência de desequilibrados, de maus, de desestruturados e não

fazer nada para alterar estes comportamentos.

Como já se focou anteriormente, a educação deverá registrar-se

imediatamente à nascença, baseada em valores, normas e modelos de conduta, que

serão inculcados no sentido de formar a personalidade do indivíduo.

Vários modelos de intervenção educativa foram aplicados de acordo

com o grupo e o meio social envolvente. O citado autor, elucida que este é um

campo de ação dos educadores sociais (1998: 62) e por essa razão enumera alguns

aspectos que se prendem com o ato de educar como sejam os programas baseados

no modelo de conhecimento e de conduta; programas de ações interventivas em

relação ao meio (informação e formação sanitária, cívica, segurança, …); programa

de educação para a saúde, para a paz, para a convivência, e o programa mais

determinante seria a terapia grupal, onde famílias desajustadas poderiam

conjuntamente desenvolver projetos de realização pessoal, familiar e mesmo de

bairro por ordem a combater os problemas existentes. Nestes programas também

estaria a escola, que concomitantemente com a família e as equipas de intervenção

lutariam neste trabalho educativo com coerência e contundência. Uma parceria

eficaz, desejável, mas talvez utópica.

As equipes de intervenção e as autarquias deveriam fomentar a

participação efetiva dos cidadãos como protagonistas do seu próprio bairro, ou seja,

cidadãos ativos e implicados no seu próprio desenvolvimento. Porém, a realidade é

que as equipas são constituídas por um número de técnicos insuficientes, que têm a

seu cargo inúmeros processos de famílias problemáticas, tentando resolver os

problemas com medidas paliativas, que a médio e longo prazo não vão surtir efeitos

positivos. A título de exemplo, o Rendimento Mínimo de Inserção (anteriormente

designado de Rendimento Mínimo Garantido) constitui uma medida paliativa,

levando os cidadãos a uma subsidio-dependência, quando este tinha inicialmente

pressupostos louváveis com vista à inserção na vida ativa, através da formação e

trabalho.

O papel do educador social na prevenção da violência

O educador social é um profissional que pode agir e interactuar na

prevenção e resolução dos problemas de violência. Como "profissional híbrido"

(Fermoso, 1998:93), pode atuar de diferentes formas, designadamente com a

Page 96: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

95

família, com as crianças ou jovens, no meio onde se registem focos de violência e

mesmo na escola como elemento mediador.

Apesar de haver discursos divergentes acerca do âmbito de

intervenção poder ser formal, informal ou não formal, Petrus (1997: 31) diz

simplesmente que "a educação social não deve ter, entre as suas competências, a

responsabilidade da atividade escolar". De facto, a transmissão de conhecimentos e

conteúdos programáticos compete aos docentes e não aos educadores sociais. Na

opinião de Fermoso (1998:92-95), a intervenção poderá ser ao nível da prevenção

primária e secundária, centrando-se a "educação preventiva primária" em

campanhas de sensibilização contra a conduta violenta na escola, realizadas nas

escolas, A.T.L.’s, casas da juventude, ou mesmo nos meios de comunicação social,

formação de professores, pais e educadores, … A "educação preventiva secundária"

seria realizar atividades de educação não formal individualizadas, auxílio pedagógico

a alunos com condutas violentas, intervenção direta na resolução de conflitos, ajuda

aos pais que têm filhos com condutas violentas, orientando-os na resolução de tais

problemas.

O campo de ação do educador social são "os sectores sociais em

desequilíbrio (…) além de solucionar determinados problemas próprios da

inadaptação, tem duas funções não menos importantes: a primeira, desenvolver e

promover a qualidade de vida de todos os cidadãos; a segunda, adoptar e aplicar

estratégias de prevenção das causas dos desequilíbrios sociais. Noutras palavras,

apesar das relações entre educação social e marginalização serem evidentes, com a

marginalização não se esgota o âmbito da educação social". (Petrus, 1997: 27).

De facto, a tarefa do educador é prevenir e intervir em situações de

desvio ou risco em qualquer franja mais debilitada da sociedade, de forma a criar

mudanças qualitativas. Deverá exercer intencionalmente influências positivas nos

indivíduos. A educação social atua concomitantemente com outros trabalhadores

sociais de modo interdisciplinar na proteção e promoção sociais.

O educador social perante jovens inadaptados socialmente terá

primeiramente que fazer um diagnóstico do problema para posteriormente atuar.

Este trabalho terá que ser concertado com a escola e com outros trabalhadores

sociais, nunca poderá ser um trabalho solitário.

Após o diagnóstico, a solução deverá centrar-se na intervenção e na

erradicação da violência na comunidade onde se inserem os jovens (Pino Juste,

(1998: 136), especialmente: " (…) Detectar mecanismos que possam desencadear

Page 97: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

96

num processo de marginalização, pobreza ou desenraizamento social e atuar";

englobar "todos os implicados na comunidade (instituições, amigos, famílias" no

projecto de erradicação da violência.

A quem intervém é necessária prudência, como profissional,

salvaguardando os direitos da criança e sua família.

Conclusão

A sociedade tem vindo a sofrer significativas transformações. A família,

núcleo primordial de educação, tem vindo dissimuladamente a delegar esse papel

para a escola, dado que é no contexto educativo que as crianças passam a maior

parte do dia. Todavia, nenhuma outra instituição poderá jamais substituir as

condições educativas da família, nem parece ser razoável que seja unicamente a

escola a ensinar valores tão necessários para o normal desenvolvimento da criança

tais como: a democracia, as regras para a sã convivência, o respeito pelo outro, a

solidariedade, a tolerância, o esforço pessoal, etc. À escola não se pode pedir que

além de ensinar os conteúdos programáticos exigidos pelo Ministério da Educação,

tenha também que ter a função educativa que compete aos pais. No meio de tudo

isto, a verdade é que a violência continua a existir e a registrar-se cada vez mais na

população jovem. A escola não pode ignorar que os conflitos e problemas sociais

existem, e por isso tem vindo a adaptar-se como pode. E é precisamente na escola

que as crianças imitem comportamentos que diariamente observam. Meios onde

proliferam os maus tratos físicos e psicológicos, onde as privações, a

promiscuidade, a baixa escolarização, a pobreza andam de mãos dadas. Neste

campo, urge uma intervenção conjunta realmente eficaz, fornecendo à população

em risco modelos de conduta adequados ao desenvolvimento afetivo, intelectual e

moral de todos os implicados. Nós, sociedade democrática, somos responsáveis

pelas consequências educativas das nossas ações. Terá que haver um esforço

financeiro governamental, não só econômico mas também a nível de recursos

humanos para que programas de combate à violência e exclusão social sejam

realmente concretizados e obtenham bons resultados. Não podemos deixar que as

crianças se transformem em futuros inadaptados ou futuros marginais, só porque

não tiveram referências positivas na infância e porque as diversas entidades

educativas se foram «esquecendo» que essas crianças também necessitam de

carinho, de afeto, que também são seres humanos como todas as outras crianças.

Page 98: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

97

Consciente de que este trabalho é insuficiente na abordagem desta

temática, pois muito mais haveria a dizer, dado que o fenômeno da violência é muito

amplo e surge em variadíssimos contextos, resta então cogitar que toda a sociedade

se deveria mobilizar para proteger os cidadãos de amanhã, para que não tenham

um futuro sombrio, enredados em sofrimento, privações e sem projetos de vida.

MEMORIAL GENERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA

No momento de inscrição criou-se uma grande expectativa de quem

seriam os cursistas aprovados e como seriam tratados assuntos tão polêmicos como

a discriminação, o preconceito e os estereótipos criados em torno de tais situações.

A maioria se julgava não preconceituoso, mas ao passar dos encontros, das leituras

percebeu que algum tipo de preconceito praticava, talvez inconscientemente mas

praticava.

Busquei a leitura de muitos textos antes do início do curso e um que

chamou bastante atenção foi escrito pelo Professor de Psicologia da Universidade

Federal de Ouro Preto, Sr. Francisco Moura, ele diz que a diversidade de indivíduos

dentro de um mesmo espaço faz a riqueza de uma sociedade e de uma cultura. A

diversidade é indispensável e esta dia-a-dia presente nas escolas, pois a população

que nela convive são de diferentes culturas e grande diversidade tornando-se um

cenário corriqueiro na sala de aula, levando o professor a enfrentar diversas

situações buscando respeitar as diferenças do seu aluno. Destaco esta leitura, pois

nos remete a pensar que todos ou a maioria dos professores deveriam buscar

qualificação em cursos como este de Gênero e Diversidade na Escola para aprender

a “respeitar as diferenças”, é preciso e urgente que se perceba que os alunos são

todos diferentes e carregam consigo uma bagagem cultural imensa que deve ser

valorizada e aproveitada no contexto escolar e neste contexto lembro ainda que a

discriminação ocorre também entre os educadores, portanto o respeito à diversidade

e às diferenças devem estar presentes entre todos os atores do processo educativo.

A escola é considerada o local onde se encontra a maior diversidade,

pois o professor tem que trabalhar com as múltiplas diferenças, tais como: étnico-

raciais, inclusão de deficientes, educação sexual, diversos gêneros e diferentes

interesses humanos ocorrendo assim diversas situações de preconceito. Considero

a escola como um local ideal para discutir, refletir sobre as diferenças entre as

Page 99: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

98

pessoas seja de cunho cultural, religioso, sexual, pois o professor pode contribuir de

maneira eficaz na formação intelectual das crianças, adolescente e jovens de nosso

país, porém para isto os educadores necessitam aperfeiçoar-se no assunto evitando

gafes na sua prática escolar, pois trabalhar a diversidade em sala de aula não é

tarefa fácil e os professores não tem preparo para tal ação, sendo esta uma divida

que a escola possui com a sociedade.

O respeito à diversidade ocorrerá quando os educadores abandonarem

certos paradigmas, abrindo-se para discussões, certos de que há muitas visões de

mundo e diferentes culturas.

Algumas reportagens da Revista Nova Escola vem tratando questões

polêmicas que devem fazer parte do cotidiano escolar. Cito uma intitulada Meninos

X Meninas, ela traz situações que ocorrem diariamente e muitas vezes o educador

não percebe que está provocando a discriminação de gênero. Conceituar gênero

significa compreender que homens e mulheres são produtos da realidade social em

que convive e nada tem haver com a anatomia corporal, o biológico que possui. No

senso comum muitos acreditam que mulheres agem de determinada forma porque

nasceram pré-destinadas a isto e homens da mesma forma, mas quando se estuda

o assunto sabe-se que muitas características tidas como femininas ou masculinas

são criações da sociedade, pode haver homens sensíveis e mulheres duronas, pois

o sexo não é fator determinante.

Pequenas ações cotidianas reforçam preconceitos na sociedade, onde

está definido que usar rosa é coisa de menina? Brincar de carrinho é

necessariamente coisa de menino? As pessoas se dão o direito de violar os valores

nos outros, criando julgamentos e cobranças o que gera discriminações cruéis tanto

para mulheres como para homens. A escola precisa mostrar que há pessoas

diferentes, com religiões diferentes, pensamentos diferentes e vivencias

diferenciadas que tornam o mundo heterogêneo, mas que jamais pode gerar

discriminação.

Na maioria das escolas já existem projetos de saúde e prevenção,

considero os mesmos valiosos, pois trazem questões que quebram tabus. Para

trabalhar com estes projetos é necessário abandonar conceitos de uma educação

conservadora da qual somos frutos, quebrando certas regras religiosas e culturais,

não se pode permitir que pessoas sejam ameaçadas por causa de sua cor de pele,

da sua opção sexual, pela roupa que veste, ou seja, por pensar e agir diferente da

maioria, não é possível continuar pensando que apenas os heterossexuais são

Page 100: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

99

normais, numa sociedade que as famílias já não são mais somente formadas pelo

pai, mãe e filhos, pois as pessoas estão fazendo outras opções de sexo que devem

ser consideradas normais e as crianças frutos destas uniões já estão chegando às

escolas.

Merece destaque ainda a questão sobre a dívida social que o Brasil

tem com os negros, os mesmos foram arrancados de suas casas, tradições como

animais e trazidos para ajudar no desenvolvimento do país de forma totalmente

arbitrária, sendo tratados como meros objetos, seres inferiores e incapazes de um

progresso pessoal. Ainda hoje há reflexos destas ideias impostas há tantas décadas.

Surge então uma forma que procura naturalizar as diferenças que é o racismo,

buscando neutralizar as diferenças. Erroneamente tenta-se acabar com o racismo,

mascarando o mesmo, domesticando as diferenças.

É necessário haver políticas públicas eficientes capazes de igualar

todos os seres humanos independente de condições sociais, cor de pele, raça,

oferecendo ensino público de qualidade a todas as faixas etárias, visando formar

cidadãos críticos, capazes de lutar por seus direitos sendo cumpridores de seus

deveres.

Cotidianamente nos deparamos com situações que nos levam a

questionar, duvidar e buscar caminhos nos conhecimentos adquiridos durante o

estudo das questões de gênero e diversidade na escola. A escola como instituição

de saber, com seu corpo docente devem priorizar a análise de sua prática,

redirecionando o que for necessário para melhor trabalhar com as diferenças que

geram discriminação e em alguns casos a evasão escolar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo. Atica,

Chilvers, Ian. Dicionário oxford de arte. Tradução Marcelo Brandão

Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

COURTNEY, R. Jogo, teatro e pensamento- As bases intelectuais do

teatro na educação. São Paulo: Perspectiva ,1980.

Page 101: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

100

DUARTE JUNIOR, J.F. Fundamentos estéticos da educação.

4.ed.Campinas, Sp, Papirus,1995.

FERRAZ, M. , FUSARI , M. R. Metodologia do ensino da arte. 2ed. São

Paulo. Cortez, 1993 .

FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro. Zahar,1979.

Gombrich, E.H. A história da arte. Tradução Álvaro Cabral. Rio de

Janeiro: LTC, 1993.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação mito & desafio: uma perspectiva

construtiva. 11. ed. Porto Alegre : Educação & Realidade, 1993.

KOUDELA, I. Jogos Teatrais . São Paulo: Perspectiva. 1984

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 4. ed. São Paulo

: Cortez, 1996.

MATTOS, Paula Belfort. A arte de educar. São Paulo. International

Paper.2003.

MORETTO, Vasco. Avaliação da aprendizagem: uma relação ética.

In: VI CONGRESSO PEDAGÓGICO DA ANEB. Brasília,

ROSSI, M.H.W. Imagens que falam, leitura da arte na escola. Porto

Alegre: Mediação, 2003.

SALZMAN, Eric. Introdução à Música do século XX. Rio de Janeiro:

Zahar, 1970.

TINHORÃO, José Ramos. Música popular: um tema em debate. São

Paulo: Ed. 34, 3 ed. 1997.

SANTOS, Pedro Leônidas dos. Artes. Curitiba: IESDE, 2005.

Page 102: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

101

SCHILICHTA, Consuelo Alcione Borba Duarte. Artes visuais e música.

Curitiba: IESDE, 2007.

TAVARES, Isis Moura. Educação, corpo e arte. Curitiba: IESDE, 2006.

KOSIK,K Dialética do Concreto.Rio de Janeiro; Paz e Terra,2002.

PREVENÇÃO

AQUINO, Júlio Groppa(org).Drogas na Escola.4 ed. São Paulo.: Summus

Editorial.1998.

ARATANGY, Lídia Rosenberg. Doces venenos: Conversas e

Desconversas sobre drogas. 3 ed. São Paulo: Editora Olho Dágua.1991.

LIMA, Elson Silva. Drogas nas Escolas: Quem consome o quê?

Dissertação (mestrado em saúde coletiva) – Instituto de Medicina

Social.Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 1992.

VIOLÊNCIA

ALÃO, Ana Paula (1990). As mudanças na condição feminina e na

família. In REIS, António. (Dir.) Portugal contemporâneo. Lisboa: Pub. Alfa. Vol. 6.

ARIÈS, Philippe (1988). A criança e a vida familiar no Antigo Regime.

Lisboa: Relógio D’Água Editores.

ARREGI GOENAGA, F. (1998). Los Jóvenes y la violencia. In PANTOJA

(Org.). Nuevos espacios de la educación social. Bilbao: Universidad de Deusto.

Convenção sobre os direitos da criança. [consulta 2004-04-13].

DELORS, Jacques [et.al.] (1996). Educação: um tesouro a descobrir.

Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século

XXI. 3ª Ed. Porto: Edições Asa.

Page 103: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

102

FERMOSO, P. (1998). La violencia en la escuela: El educador –

pedagogo social escolar. In PANTOJA, L. (Org.). Nuevos espacios de la

educación social. Bilbao: Universidad de Deusto.

FERNANDES, Cadi (2 de Março de 1998). Crianças sem referências

positivas. Diário de Notícias. [consulta 1998-03-02]. Disponível na Internet: http://

www.dn.pt.

FREUD, Anna (1987). Infância normal e patológica (determinantes do

desenvolvimento). 4ª Ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara.

GAMEIRO, José. (1989). Uma nova visão da família e do casamento. In

REIS, António (Dir.) Portugal contemporâneo. Lisboa: Pub. Alfa. Vol. 5.

Lei n.º 166/99, de 14 de Setembro (Lei Tutelar Educativa)

LÓPEZ HERRERÍAS, José Ángel (2000). Paradigmas y métodos

pedagógicos para la educación social. La praxis pedagógica en educación

social. Valencia: Edit. Nau llibres.

MARTINS, Ana Cristina [et.al.] (Junho 2004). A escola na comunidade

local. Espaço S – Revista de Educação Social. N.º4. Odivelas: Instituto Superior

de Ciências educativas.

MATOS, M., e CARVALHOSA, Susana F. (2001). A violência na escola:

vítimas, provocadores e outros. Tema 2, n.º 1. Faculdade de Motricidade Humana/

PEPT – Saúde/GPT da CM Lisboa.

PAIS, J. Machado (1993). Culturas juvenis. Lisboa: Imprensa Nacional.

PAIVA, Maria Leonor (3 de Maio de 2004). "Sou um pitbull, se alguém me

atiça atiro-me logo". Sociedade. Jornal de Notícias. Porto, p. 7.

Page 104: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

103

PETRUS ROTGER, António (1997). Concepto de educación social. In

PETRUS ROTGER, Antonio. (Coord.). Pedagogia Social. Barcelona: Edit. Ariel

Educación.

PETRUS ROTGER, António (1998). La violencia como nuevo espacio de

educación. In PANTOJA, L. (Org.). Nuevos espacios de la educación social.

Bilbao: Universidad de Deusto.

PINO JUSTE, M. R. (1998). La violencia como respuesta en algunos

problemas de inadaptación social: campos de acción de la educación social. . In

PANTOJA, L. (Org.). Nuevos espacios de la educación social. Bilbao: Universidad

de Deusto.

PONCE ALIFONSO, Cármen (1995). La intervención en los procesos de

inadaptación social. Revista Claves de educación social. [consulta 2004-05-05].

Disponível na Internet: http:// www.eduso.net.

RASCÃO, Bruno (4 de Maio de 2004). Sampaio critica experiências

permanentes na educação. Última Hora. Público. [consulta 2004-05-05]. Disponível

na Internet: http:// ultima hora.publico.pt.

ROBIN, Gilbert (1974). As crianças difíceis. Uma educação orientada.

s/l.: Publicações Europa-América.

SAMPAIO, Daniel (1993). Vozes e ruídos. Diálogos com adolescentes.

9ª Ed. Lisboa: Edit. Caminho.

SAMPAIO, Daniel (1997). A cinza do tempo. 3ª Ed. Lisboa: Edit.

Caminho.

SAMPAIO, Daniel (2000). Tudo o que temos cá dentro. Lisboa: Edit.

Caminho.

VECHIO, Silvana. (1993). A boa esposa. In DUBY, Georges e PERROT,

Michelle (Dir.). História das mulheres. A Idade Média. Porto: Editora Afrontamento.

Vol. 2, p.143-181.

Page 105: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

104

Violência. (2004). In Dicionário da língua portuguesa. Porto: Porto

Editora, p. 1724.

Page 106: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

105

APÊNDICE II – DISCIPLINA DE BIOLOGIA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A humanidade desde sempre tenta entender como funciona a natureza,

as ciências naturais têm permitido, através de seus instrumentos e métodos,

conhecer a realidade externa bem além do alcance de uma mente individual e dos

sentidos. "A ciência é uma construção completamente humana, movida pela fé de

que, se sonharmos, insistirmos em descobrir, explicarmos e sonharmos de novo, o

mundo de algum modo se tornará mais claro e toda a estranheza do universo se

mostrará interligada e com sentido." (E. O. Wilson). Disciplina de Biologia tem como

objeto de estudo o fenômeno VIDA.

A compreensão da vida nos seus detalhes e todas as implicações é

fascinante, e é parte desse fascínio que a disciplina pretende partilhar com seus

estudantes. A atualidade desta disciplina fica evidente no dia a dia. A mídia tem

trazido a público temas como: biodiversidade, preservação de recursos

naturais,descobertas de novas espécies, estudos de fósseis que modificam ou

confirmam as ideias sobre a evolução da vida, a luta contra microorganismos

resistentes, a formação da consciência e a biologia molecular, que constitui uma

forma de poder com implicações que têm sido intensamente debatidas. Conhecer,

refletir e posicionar-se sobre essas e outras questões é outro objetivo da disciplina.

A vida pode ser compreendida em diversos níveis de organização: molecular,

celular, do indivíduo, da população e da ecologia. Ao longo do ensino médio,o aluno

estudará todos esses níveis. Em cada um deles os processos estará interligados

pelo conceito unificador na biologia, o da evolução. Um dos objetivos da disciplina é

que o jovem reconheça o valor da ciência na busca do conhecimento da realidade

objetiva e utilize-se dele no seu cotidiano.

Assumindo o processo do currículo disciplinar, onde os alunos possam

ter acesso ao conhecimento produzido pela humanidade através dos conteúdos

disciplinares.

O objeto de estudo da Biologia é o FENÔMENO VIDA. Observa-se que

em cada momento da história da humanidade ocorreram diferentes concepções do

Fenômeno Vida.

Page 107: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

106

Na antiguidade, vemos o Pensamento Biológico descritivo, influenciado

pela religião.

Neste período, ocorreu o desenvolvimento da zoologia, botânica e

medicina. O conhecimento estava voltado para a compreensão da natureza, surgem

então as primeiras universidades.

Os nomes que se destacaram foram Aristóteles e Liné. A vida é vista

como “expressão da natureza idealizada pelo sujeito racional”

O pensamento Biológico Mecanicista é observado no século XV.

Destacam-se Descartes, Redi e Newton. O foco da discussão era a origem da vida.

Período que se inicia o fracionamento dos organismos para estudar e

compreender.

No século XVIII e XIX, influenciado pelas ideias de Erasmus Darwin,

Lamark, Charles Darwin, Mendel, Schleiden e Schwan, surge o Pensamento

Biológico Evolutivo.

A descoberta de fósseis, coleta de animais, estudo da anatomia e

embriologia trazem maior interesse pela evolução.

No século XVIII e XIX, o uso da Biologia na medicina e na agricultura

estimularam a pesquisa, principalmente na área de bioquímica, biofísica e biologia

molecular.

Surge o Pensamento Biológico da Manipulação Genética. Com

desenvolvimento aumenta a preocupação das implicações sobre o Fenômeno Vida.

Dentro desta perspectiva temos a história do currículo escolar

brasileiro.

Em 1838, abre no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro o primeiro curso

de Ensino Médio no Brasil. O ensino era pautado no Pensamento Mecanicista

descritivo, com livros importados da França.

Em 1930 os primeiros cursos superiores de Ciências Naturais

priorizavam o ensino descritivo, livresco, teórico e memorístico.

Em 1946, pós-guerras mundiais, ocorreram muitas produções

científicas. As aulas práticas eram meramente ilustrativas.

Em 1946, o Instituto Brasileiro de Educação, Ciências e Cultura

(IBECC) se preocupou com a qualidade do ensino. Nesse ano também teve a

produção de materiais didáticos.

Com a corrida espacial em 1950, o interesse pelas ciências aumentou.

Page 108: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

107

Em 1960, o Biological Sciences Curriculum Study (BSCS) construiu o

material curricular com conteúdos de bioquímica, ecologia e biologia celular, com a

intenção de formar futuros cientistas. No Brasil a escola era elitista.

Ainda em 1960, ocorrem mudanças no ensino. Em 1961, a LDB 4024

apresentou a ciência como fator de desenvolvimento.

Em 1970, as questões ambientais, as implicações do desenvolvimento

tecnológico e científico começaram a se destacar no cenário mundial.

Com a reformulação do Ensino Básico, com a Lei 5692/71, as escolas

deixaram de formar o futuro cientista ou profissional liberal para formar o

trabalhador.

Em 1980, ocorreu a redemocratização do Brasil e dos movimentos

Pedagógicos. Uma década após a influência do construtivismo, ainda se observava,

em sala de aula características tradicionais.

Nas décadas de 80 e 90, a Secretaria da Educação do Estado do

Paraná iniciou um programa de reestruturação do ensino de 2°grau.

Embasada na teoria histórico-crítica, a nova proposta estabelece seis

temas:

1. relações dos seres vivos e seu meio ambiente;

2. organização dos seres vivos;

3. classificação dos seres vivos;

4. hereditariedade e ambiente;

5. desenvolvimento científico e tecnológico no campo da Biologia;

6. saúde Humana.

Com o objetivo de superar o ensino tradicional e tecnicista, com a

pedagogia histórico-crítica em 1998, temos as Diretrizes Curriculares Nacionais para

o Ensino Médio (DCNEM) com estudos em áreas de conhecimento de Biologia –

Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias.

Nos PCN temos uma tendência neoliberal, focalizando as

competências e habilidades dos alunos, na qual os projetos são vistos como

necessários para a vida do aluno. Os conteúdos são apresentados de forma

reducionista, com ênfase nos resultados da Ciência e omissão do seu processo de

produção histórica.

As DCEs fundamentam-se na concepção histórica da Ciência

articulada aos princípios da Filosofia da Ciência.

Page 109: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

108

Nesta perspectiva, são definidos os Conteúdos Estruturantes e

encaminhamentos metodológicos, a partir da dimensão histórica da Biologia e de

marcos conceituais da construção do pensamento biológico.

METODOLOGIA

A construção do conhecimento é um processo inacabado. A Biologia

deve ser entendida como um processo de produção do desenvolvimento humano.

Os conteúdos estruturantes foram compostos por paradigmas do

pensamento biológico, são eles:

1. organização dos seres vivos;

2. funcionamento dos mecanismos biológicos;

3.estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade genética,

hereditariedade e relações ecológicas;

4. análise da manipulação genética.

A partir desses paradigmas foram construídos os conteúdos

estruturantes, que são saberes, conhecimentos de grande amplitude, que identificam

e organizam os campos de estudo de disciplina escolar, considerados fundamentais

para a compreensão de seu objeto de ensino e que baliza as Diretrizes Curriculares.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Organização dos seres vivos

• Mecanismos biológicos

• Biodiversidade

• Manipulação genética

A disciplina de Biologia deve relacionar diversos conhecimentos

específicos entre si e com outras áreas de conhecimento; priorizar o

desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos e propiciar reflexões

constantes sobre as mudanças de tais conceitos em decorrência de questões

emergentes.

Os Conteúdos Estruturantes são interdependentes e não devem ser

seriados nem hierarquizados.

Page 110: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

109

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

• Conhecer modelos teóricos.

• Compreender e conhecer a diversidade biológica de maneira a agrupar

e caracterizar as espécies extintas e existentes.

• Descritivo.

• Classificação, estudos microscópicos, avanços no campo da Biologia

Celular, no funcionamento dos órgãos e dos sistemas, nas abordagens

genética, evolutiva, ecológica e da Biologia Molecular.

Este Conteúdo Estruturante parte do pensamento biológico descritivo para

conhecer, compreender e analisar a diversidade biológica existente, sem, no

entanto, desconsiderar a influência dos demais conteúdos estruturantes,

introduzindo-se o estudo das características e fatores que as determinam.

MECANISMOS BIOLÓGICOS

Analisa o funcionamento dos sistemas orgânicos dos seres vivos.

Estuda a locomoção, digestão, respiração, componentes celulares e suas

funções.

Faz uma comparação evolutiva.

Visão mecanicista do pensamento biológico, macroscópica, descritiva e

fragmentada da natureza.

BIODIVERSIDADE

Possibilita o estudo, a análise e a indução para a busca de novos

conhecimentos.

Organização natural dos seres vivos.

Pensamento biológico evolutivo.

Entende a Biodiversidade como um sistema complexo de conhecimentos

biológicos, interagindo num processo integrado e dinâmico e que envolve a

variabilidade genética, a diversidade de seres vivos, as relações ecológicas

estabelecidas entre eles e com a natureza, além dos processos evolutivos pelos

quais os seres vivos têm sofrido transformações.

Page 111: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

110

MANIPULAÇÃO GENÉTICA

• Conceito biológico Vida como fato natural, independente da ação do

homem.

• Implicações dos conhecimentos de biologia molecular.

• Aplicações do conhecimento biológico, este que interfere e modifica o

contexto de vida e da humanidade, e requer a participação crítica de

cidadãos responsáveis pela Vida.

CONTEÚDOS BÁSICOS E SEUS CONCEITOS BÁSICOS:

Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenético

• seres vivos;

• espécie;

• táxon;

• gene;

• filo;

• evolução.

Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.

• Célula;

• Tecido;

• Órgão;

• Sistemas;

• Organismo;

• Metabolismo;

• Reprodução;

• Digestão.

Page 112: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

111

Mecanismos de desenvolvimento embriológico

• Embrião;

• Diferenciação;

• Zigoto;

• Feto;

• Evolução (comparativa).

Teoria celular; mecanismos celulares biofósicos e bioquímicos

• Célula;

• Metabolismo;

• Respiração;

• Fotossíntese;

• Mitose;

• Meiose;

• Absorção;

• Soluto;

• Solvente;

• Osmose;

• Difusão;

• Absorção;

• Concentração.

Teorias evolutivas

• Evolução;

• Fóssil;

• Mutação;

• Órgãos Vestigiais;

• Adaptação.

Page 113: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

112

Transmissão das características hereditárias

• Gene;

• Reprodução;

• Fecundação;

• Genótipo;

• Fenótipo;

• Evolução;

• Haplóide;

• Diplóide;

• Homozigose;

• Heterozigose;

• Cromossomos;

• Alelos;

• Material genético.

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a

interdependência com o ambiente

• Espécie;

• Organismo;

• População;

• Ser vivo;

• Ambiente;

• Comunidade;

• Ecossistema;

• Biosfera;

• Nutrição;

• Energia;

• Biodiversidade;

Page 114: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

113

• Habitat;

• Nicho.

ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS

• Genes;

• Organismos geneticamente modificados;

• Transgenia .

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

CARACTERÍSTICAS DOS DIFERENTES GRUPOS DE SERES VIVOS

• Relações entre as características específicas dos micro-organismos, dos

organismos vegetais e animais, e dos vírus.

• Classificação dos seres vivos quanto ao número de células (unicelular e

pluricelular), tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma

de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução

(sexuada e assexuada);

• Classificação filogenética (morfológica, estrutural e molecular) dos seres

vivos;

• Anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos

(digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular,

esquelético, excretor, sensorial e nervoso);

• Estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;

• Mecanismos bioquímicos e biofísicos que ocorrem no interior das células;

• Mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução,

respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;

• Diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais frequentes nos

sistemas biológicos (histologia);

• Teorias sobre a origem da vida e a evolução das espécies;

• Estrutura genética e o processo de transmissão das características

hereditárias entre os seres vivos.

Page 115: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

114

FATORES BIÓTICOS E ABIÓTICOS QUE CONSTITUEM OS ECOSSISTEMAS E

AS RELAÇÕES EXISTENTES ENTRE ESTES

• Relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o meio em

que vivem;

• Importância e manutenção da diversidade biológica;

• Evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos

aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de

problemas sócio-ambientais;

• Técnicas de manipulação do material genético e os resultados decorrentes de

sua aplicação/utilização;

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Apresenta a articulação entre os meios e os conteúdos, na perspectiva

de retomada histórica e da disciplina escolar, seus determinantes políticos, sociais e

ideológicos.

Selecionar conteúdos específicos e relacioná-los com outros

conteúdos, com outras áreas do conhecimento, propiciando reflexão constante sobre

as mudanças conceituais em decorrência de questões emergentes.

Dentro do conhecimento biológico temos quatro paradigmas

metodológicos que são o descritivo, o mecanicista, o evolutivo e o da manipulação

genética. De cada um desses paradigmas definem-se os conteúdos estruturantes.

Um mesmo conteúdo específico pode ser estudado em cada um dos

conteúdos estruturantes.

Conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as ideias dos

alunos é fundamental, pois são esses elementos, se são trabalhados

adequadamente, poderão gerar obstáculos para aprendizagem.

Os debates em sala oportunizam a análise e formação de um sujeito

investigativo e interessado. Este procedimento deve ser utilizado a fim de conhecer

e compreender a realidade ao qual os alunos estão inseridos.

Os conteúdos de biologia necessitam apoiar-se em um processo

pedagógico:

• prática social;

Page 116: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

115

• problematização;

• instrumentalização;

• catarse;

• retorno à prática social.

Para cada conteúdo estruturante, propõe-se trabalhar os seguintes

aspectos:

Organização dos seres vivos

• metodologia descritiva;

• observação e descrição dos seres vivos;

• discussões;

• metodologia que permita uma abordagem na tentativa de conhecer e

compreender a diversidade biológica, considerando a história;

• pensamento biológico EVOLUTIVO.

Mecanismos biológicos

• Paradigma mecanicista para explicar os MECANISMOS biológicos (como os

sistemas biológicos funcionam).

Biodiversidade

• Paradigma evolutivo;

• Parte das contribuições de Lamark e Darwin para superar as idéias fixistas;

• Relaciona os conceitos da genética, evolução e ecologia para explicar a

diversidade dos seres vivos.

Manipulação genética

• Paradigma manipulação genética;

• Análise sobre as implicações dos avanços biológicos;

• Ênfase na problematização, em provocações e na mobilização do aluno por

busca de conhecimentos necessários para resolver problemas;

• Leituras críticas;

• Imagens em vídeo, transparências, fotos, textos de apoio;

• Aulas dialogadas, experimentação, demonstrações, estudo do meio, jogos

didáticos podem ser algumas metodologias para este conteúdo estruturante.

Page 117: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

116

AVALIAÇÃO

Deve ser considerado como um instrumento de aprendizagem que

permita fornecer um feedback adequado para promover o avanço dos alunos é

também uma avaliação do professor, pois este é co-responsável pelos resultados.

O processo cognitivo é contínuo e inacabado, portanto em construção.

A avaliação tem como finalidade obter informações sobre a prática

pedagógica para poder intervir e reformular o processo ensino aprendizagem.

Segundo a LDB 9394/96, a avaliação deve ser um processo “contínuo

e cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos”.

Deve ser um conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas ao

longo do ano letivo.

APRESENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS

A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente

ligada à concepção de avaliação contínua e formativa que discutimos na primeira

parte deste texto.

Se a avaliação contínua e formativa visa a aprendizagem, a formação

do aluno, então essa continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes

atividades de ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula.

Os modelos de atividade criadas pelos Grupos de Estudos para

alimentar o banco de atividades avaliativas no Portal Dia a dia Educação são os

seguintes:

ATIVIDADE DE LEITURA COMPREENSIVA DE TEXTOS

A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que o

professor verifique a compreensão dos conteúdos abordados em aula, analisando o

conhecimento prévio do aluno e aquele adquirido na Educação Básica. Assim, o

professor deve considerar algumas situações para esse tipo de avaliação: a escolha

do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação.

Page 118: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

117

Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo e à

discussão atual apresentada em aula. São importantes a adequação ao nível de

ensino, bem como à faixa etária do aluno. A escolha criteriosa dos textos é

relevante para não se perder o foco do conteúdo abordado, de modo a permitir,

com a reflexão e a discussão, a ampliação dos horizontes de conhecimento.

Neste contexto são necessários critérios que possibilitem avaliar os

conhecimentos dos alunos, de forma clara e adequada, na especificidade de cada

disciplina.

Ao avaliar a leitura dos alunos o professor deve considerar se:

• houve compreensão das idéias presentes no texto, com o aluno interagindo

com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias

• o aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas idéias com clareza e

sistematizou o conhecimento de forma adequada

• foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de

aula. Observação importante: Na inclusão desta atividade no Portal, o grupo

deverá apresentar as questões que serão feitas para avaliar a compreensão

do texto pelo aluno.

PROJETO DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os alunos da Educação

Básica, constitui-se numa consulta bibliográfica que tem como finalidade

proporcionar ao aluno o contato com o que já foi escrito ou pensado sobre o tema

que ele está pesquisando. Esse contato, entretanto, não poderá se resumir à mera

cópia. O aluno precisa construir esse conhecimento e, para isso, não é suficiente

que se dê para ele o título da pesquisa.

O projeto de pesquisa bibliográfica demanda do professor o papel de

orientador. Isso requer que o professor conheça o acervo da Biblioteca Escolar,

tanto os livros quanto periódicos ou outros materiais, para poder fazer indicações

de leituras para os alunos. Além da Biblioteca Escolar, o professor pode e deve

indicar artigos ou textos, e mesmo sites, ampliando o leque de opções de leitura

para que o aluno tenha subsídios de qualidade para fundamentar a produção de

seu texto.

A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes

precisos do que se propõe ao aluno.

Page 119: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

118

Passos para uma consulta bibliográfica:

• Contextualização: significa abordar o tema de forma a identificar a situação, o

contexto(espaço/temporal) no qual o problema a seguir será identificado. É

uma introdução ao tema.

• Problema: uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema,

apresentados de forma clara, objetiva e delimitando o foco da pesquisa na

busca de solução para o problema.

• Justificativa: argumentar sobre a importância da pesquisa para o contexto em

que alunos e professores encontram-se inseridos.

• Revisão bibliográfica/ consulta bibliográfica: é o texto escrito pelo aluno, a

partir das leituras que fez. Na escrita, o aluno deve remeter-se aos textos

lidos, através de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.

PRODUÇÃO DE TEXTO

As atividades de produção escrita devem considerar a característica

dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Isso significa

compreender que a linguagem – e, por conseguinte, os textos – se constroem

justamente nas práticas de linguagem que se concretizam nas atividades humanas.

O texto de Física, de História, de Matemática, ou de quaisquer das disciplinas são

construídos, assim, na esfera de um agir/interagir humano e, por isso mesmo,

coletivo, social. Além disso, qualquer texto produzido é sempre uma resposta a

outros textos, está sempre inserido num contexto dialógico.

É preciso considerar, então, as circunstâncias de produção dos textos

que são solicitados ao aluno para que ele possa assumir-se como locutor e, desta

forma, conforme propõe Geraldi (1997), ter o que dizer; razão para dizer; como

dizer, interlocutores para quem dizer.

As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que,

na verdade, se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que

têm uma função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade”

(ANTUNES, 2003, pp.62-63). Há diversos gêneros , nas diferentes disciplinas da

Educação Básica, que podem e devem ser trabalhados em sala de aula para

aprimorar a prática de escrita numa abrangência maior de esferas de atividade.

Na prática da escrita, há três etapas articuladas:

Page 120: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

119

• planejar o que será produzido, tendo em vista a intenção;

• escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada;

• revisar, reestruturar e reescrever o texto, na perspectiva da intencionalidade

definida.

Critérios de avaliação inerentes a essa atividade são:

• Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção = (gênero,

interlocutor, finalidade, etc.);

• Expressar as ideias com clareza (coerência e coesão);

• Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe

diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades

da disciplina em termos de léxico, de estrutura;

• Elaborar argumentos consistentes;

• Produzir textos respeitando o tema;

• Estabelecer relações entre as partes do texto;

• Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-

la.

PALESTRA/ APRESENTAÇÃO ORAL

A apresentação oral é uma atividade que possibilita avaliar a

compreensão do aluno a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da

argumentação; a organização e exposição das ideias. Tanto pode ser a

apresentação oral de um trabalho que foi escrito como pode ter a forma

de uma palestra, logicamente adequada em questões como tempo de duração

(Não se vai pedir a um aluno da Educação Básica que pronuncie uma palestra de

grande duração, esgotando as possibilidades de um conteúdo).

Os critérios de avaliação inerentes a essa atividade são:

• Conhecimento do conteúdo;

• Argumentos selecionados;

• Adequação da linguagem;

• Sequencia lógica e clareza na apresentação;

• Produção e uso de recursos.

Page 121: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

120

ATIVIDADES EXPERIMENTAIS

São aquelas atividades que têm, de fato, a característica de

experimentação. São práticas que dão espaço para que o aluno crie hipóteses

sobre o fenômeno que está ocorrendo.

As atividades experimentais levam em consideração as dúvidas, o

erro, o acaso, a intuição. Não se deve, portanto, antecipar para o aluno os

resultados ou os próprios caminhos da observação, uma vez que, na construção

do conhecimento, o processo que ocorre é tão importante quanto o produto.

É fundamental que o experimento seja significativo no contexto

daquele conhecimento com o qual os alunos estão envolvidos, entendendo que

esta significação está diretamente relacionada a uma discussão teórica

consistente, muito mais do que com a sofisticação dos equipamentos.

A atividade experimental possibilita que se avalie o estudante quanto à

sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já

construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre

outras possibilidades. Ressalte-se que o uso adequado e conveniente dos

materiais, só poderá ser avaliado de fato se as atividades de experimentação

forem sistemáticas. Não se vai conseguir uma utilização apropriada do ambiente e

do instrumental se estas atividades forem apenas eventuais.

A proposição de uma atividade experimental requer clareza no

enunciado, para que o aluno compreenda o que vai fazer, que recursos vai utilizar.

O registro das hipóteses e dos passos seguidos no procedimento são importantes

para que professor e aluno avaliem a atividade.

PROJETO DE PESQUISA DE CAMPO

O trabalho de campo é um método capaz de auxiliar o professor na

busca de novas alternativas para o processo de ensino-aprendizagem,

colaborando com eficácia a construção de conhecimentos e para a formação dos

alunos como agentes sociais. Silva (2002, p. 61) descreve o trabalho de campo

como:

“a revelação de novos conteúdos decorre da descoberta de que a observação investigativa proporciona, paralelamente à

Page 122: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

121

interpretação, à análise reflexiva e crítica que possibilita a formulação de noções ou conceitos;[...]a realização das ações, notadamente no trabalho docente,insere na dimensão pedagógica como o ato de fazer, refutada a reprodução, e como ação compartilhada, refutado o protagonismo exclusivo do professor (ou do livro didático) que coloca o aluno no papel de protagonista da própria aprendizagem”.

Uma pesquisa de campo deve ter um planejamento prévio que

demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar, o que

propicia uma experiência educacional insubstituível.

Encaminhamento de uma pesquisa de campo:

• Preparar conteúdo a ser desenvolvido, definir tanto o conteúdo estruturante

como o específico, discutindo com os alunos em sala de aula. É importante

investigar os interesses do alunos e suas expectativas;

• Escolher o local, fazer o reconhecimento do mesmo antecipadamente;

• Elaborar um roteiro de trabalho com todas as instruções necessárias,

questionamentos ou problematização;

• Os alunos devem ser orientados para registrarem as informações, no local;

• Definir o material necessário para a pesquisa de campo;

• Escolher a data, horário e instruir alunos de como devem proceder, o que

levar

• Em classe o trabalho de organização dos dados e exame do material

coletado, concluindo assim o trabalho prático.

O projeto de pesquisa de campo possibilita que o professor avalie o

desempenho dos alunos durante todo o processo, observando a adequação de

seus procedimentos em relação ao tema da pesquisa e aos dados que se quer

coletar.

A conclusão do projeto poderá ocorrer na forma de relatórios,

elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros,

nos quais os alunos terão avaliada sua compreensão a respeito do conhecimento

construído, sua capacidade de análise dos dados coletados, sua capacidade de

síntese.

RELATÓRIO

Page 123: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

122

O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade

desenvolvida. Na Educação Básica, os relatórios auxiliam no aprimoramento da

habilidade nesta área específica da comunicação escrita. É, também, um

instrumento de ensino, pois possibilita ao estudante a reflexão sobre o que foi

realizado, reconstruindo seu conhecimento, o qual foi desenvolvido na aula de

campo, pesquisa, laboratório, atividade experimental, entre outras.

O relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou

desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais

resultados podem-se extrair deles.

Este é um instrumento que pode ser utilizado a partir de quaisquer

atividades desenvolvidas durante o processo de ensino e aprendizagem.

O relatório deve apresentar os dados ou informações coletadas, ou

procedimentos desenvolvidos, que análises foram feitas e a quais resultados se

chegou.

São elementos do relatório:

• Introdução: Informações iniciais que apresentem o trabalho que deu origem

ao relatório, apontando quais são os objetivos desta atividade, bem como a

relevância do conteúdo abordado, dos conceitos construídos.

• Metodologia e materiais : descreve, objetiva e claramente, como realmente

se deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição

suscinta, não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor

compreenda a respeito do que se está falando, ou para uma reflexão que

permita que se aprimore a atividade.

• Análise: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos

resultados que foram obtidos. Na análise podem constar os elementos e

situações interessantes que tenham acontecido. Nesta parte do relatório, o

estudante pode utilizar tabelas, gráficos, imagens, que permitam uma

visualização melhor dos resultados. É importante, na análise, que se

estabeleçam as relações entre a atividade, os procedimentos realizados e o

objeto de estudo e as discussões teóricas que deram origem à atividade em

questão.

4. ConsideraçõesFinais:Neste item do relatório será possível observar se a

atividade desenvolvida foi significativa na construção do conhecimento, já que,

aqui, o aluno vai apresentar os resultados obtidos de forma crítica, confrontando-os

Page 124: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

123

com os objetivos da atividade realizada. Este é um item importante, pois vai

possibilitar ao estudante a apreciação sobre o trabalho realizado, seus objetivos, a

aprendizagem alcançada.

SEMINÁRIO

O seminário é um procedimento metodológico que tem por objetivos a

pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de

idéias, onde cada um participa questionando, de modo fundamentado, os

argumentos apresentados.

A elaboração de um seminário, além de aprofundar e complementar as

explicações feitas em aula, cria, ainda, a possibilidade de colocar o estudante em

contato direto com a atividade científica e engajá-lo na pesquisa.

Segundo Frota-Pessoa, os seminários não devem ser trabalhados

como se fossem aulas expositivas dadas pelos estudantes, onde relatam sobre

assuntos estudados em livros Os seminários devem trazer, também, o relato de

atividades realizadas pela equipe, tais como experimentos, observações, coleta de

dados, entrevista com especialistas, entre outros. Além disso, esta atividade

permite que o estudante fale em público, ordene as idéias para expô-las, ouça

críticas debatendo-as, perca a inibição e fale aos colegas com seriedade.

A forma de avaliação em seminário merece atenção especial por parte

do professor, pois podem-se cometer erros em relação aos estudantes que têm

dificuldade em se expressar. É importante que a a avaliação do seminário seja

dividida em itens, com valores específicos para cada um deles. Entre algumas

possibilidades, é importante que se avalie: a consistência dos argumentos, tanto na

apresentação quanto nas réplicas; a compreensão do conteúdo abordado (a leitura

compreensiva dos textos utilizados); a adequação da linguagem; a pertinência das

fontes de pesquisa; os relatos trazidos para enriquecer a apresentação; a

adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a

apresentação.

O estudante precisa saber como foi esta avaliação, para que veja onde

falhou e possa melhorar em outras oportunidades. Os itens devem ser discutidos

com os estudantes na ocasião

em que o seminário for proposto.

Page 125: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

124

DEBATE

É no debate que podemos expor nossas idéias e, ouvindo os outros,

nos tornarmos capazes de avaliar nossos argumentos. Mas, para que isso ocorra,

é preciso garantir a participação de todos. Na tentativa de assegurar a ética e a

qualidade do debate, os participantes devem atender as seguintes normas, que

constituem-se em possíveis critérios de avaliação:

1.Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, existem

pensamentos divergentes;

2. Estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições

pessoais;

3. Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua

posição;

4. Admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação;

5. Buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da

superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior

aproximação possível entre

as posições dos participantes;

6. Registrar, por escrito, as idéias surgidas

no debate.

Além disso, o debate possibilita que o professor avalie:

• o uso adequado da língua portuguesa em situações formais;

• o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;

• a compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o

conteúdo da disciplina.

ATIVIDADES COM TEXTOS LITERÁRIOS

Ao utilizar textos literários como recurso de aprendizagem, o professor

poderá, entre várias possibilidades,enriquecer as discussões acerca do conteúdo

Page 126: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

125

que está sendo discutido; apresentar o conteúdo no contexto de outra linguagem;

utilizá-lo como metáfora do que está sendo exposto.

O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários

para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja

através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.

Na escolha do texto, o professor deve atentar para adequação do

mesmo, tanto no que tange ao nível de ensino do aluno, quanto à faixa etária do

mesmo, ou ainda a linguagem utilizada.

Na elaboração da atividade, o professor deverá considerar a

especificidade de sua disciplina, porém, vale lembrar que dela poderão resultar

trabalhos escritos, orais ou expressos por meio de recursos artísticos tais como

colagens, charges, gravuras, etc.

A atividade com o texto literário possibilita que o professor avalie

• a compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto;

• a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto

literário lido.

• o reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto

literário.

ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS AUDIOVISUAIS

Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que

podem enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas.

O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros,

demanda a pesquisa do professor sobre o recurso a ser levado para os

alunos.

Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo

abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem

específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A

didatização do conteúdo cabe ao professor.

As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais possibilitam que o

professor avalie, entre outros critérios:

• a compreensão e interpretação da linguagem utilizada;

Page 127: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

126

• a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o

conteúdo apresentado pelo audiovisual;

• o reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele

recurso;

TRABALHO EM GRUPO

O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com

pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que

facilitem o processo de aprendizagem.

A perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações

pedagógicas envolvam o aluno, seja nas tarefas realizadas por seu grupo, seja na

definição de atitudes que promovam uma interação social; é aquela em que as

ações de um aluno o conduzem a compartilhar conhecimento, contribuindo de forma

significativa para a sua aprendizagem. Nesta prática pedagógica, as ações do

professor são as de um orientador que acompanha o trabalho do grupo e que, na

medida da necessidade, redireciona as atividades.

Quando se considera que os estudantes se aproximam do objeto de

estudo de formas e com intensidades diferentes, a realização do trabalho em

grupo apresenta-se como ocasião de enriquecimento desta aproximação, tendo

em vista o trabalho coletivo. Além disso, perguntas ou observações que muitos

alunos não colocam para o professor, são socializadas no grupo.

O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes

atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de

maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos,

filosóficos e científicos.

Nessas atividades, o professor pode avaliar se cada aluno:

• Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala

de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em

espaços diferenciados;

• Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos

trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.

Page 128: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

127

QUESTÕES DISCURSIVAS

Essas questões fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e

possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado

em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o

processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a

exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma

questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do

aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de

construção do conhecimento.

Este tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas

características decorrem da compreensão que o aluno tenha sobre o conteúdo

abordado pela questão e de sua capacidade de análise e síntese, uma vez que

escrever muito não garante uma resposta completa. Alguns critérios devem ser

considerados:

• Verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não

houve esta compreensão, é preciso considerar se está havendo falha na

leitura do aluno ou se o próprio enunciado carece de clareza e

objetividade.

• Observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa

tentativa foi adequada.

• Capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizando-

se da norma padrão da língua portuguesa.

• Observar se houve a sistematização do conhecimento de forma

adequada.

Na elaboração destas questões o professor deve apresentar um

enunciado de forma clara, com qualidade e linguagem adequada.O bom

planejamento da questão, o grau de dificuldade e os critérios previamente

considerados são pontos importantes que constituem o processo de avaliação.

Page 129: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

128

QUESTÕES OBJETIVAS

Este tipo de questão deverá ser utilizada como um componente da

avaliação, nunca deve ser aplicada como a única ou principal forma avaliativa, pois

seu principal objetivo é a fixação do conteúdo.

Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e

esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno

a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o

professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de

dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer

injustiças.

A questão objetiva possibilita que se avalie a leitura compreensiva do

enunciado; a apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo;a capacidade

de se utilizar de conhecimentos adquiridos.

Obs.: Seguem em anexo os conteúdos divididos por séries.

SÉRIES CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º ano -Organização dos

seres vivos

-Mecanismos

biológicos

-Biodiversidade

-Manipulação

genética

-Classificação

dos seres

vivos: critérios

taxonômicos e

filogenéticos.

- Mecanismos

celulares

biofísicos e

bioquímicos.

- Transmissão

das

características

hereditárias.

- Organismos

geneticament

e modificados.

• Relações entre as características

específicas dos micro-

organismos, dos organismos

vegetais e animais, e dos vírus.

• Classificação dos seres vivos

quanto ao número de células

(unicelular e pluricelular), tipo

de organização celular

(procarionte e eucarionte), forma

de obtenção de energia (autótrofo

e heterótrofo) e tipo de

reprodução (sexuada e

assexuada);

• Estrutura e funcionamento das

organelas citoplasmáticas;

Page 130: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

129

• Mecanismos bioquímicos e

biofísicos que ocorrem no interior

das células;

• Mecanismos de funcionamento de

uma célula: digestão, reprodução,

respiração, excreção, sensorial,

transporte de substâncias;

• Estrutura genética- ácidos

nucléicos

• Diferenças morfológicas entre os

tipos celulares mais freqüentes

nos sistemas biológicos

(histologia);

• Teorias sobre a origem da vida;

2º ano

-Organização dos

seres vivos

-Mecanismos

biológicos

-Biodiversidade

-Manipulação

genética

-Classificação

dos seres

vivos: critérios

taxonômicos e

filogenéticos.

-Sistemas

biológicos:

anatomia,

morfologia e

fisiologia.

− Características dos diferentes

grupos de seres vivos

− Relações entre as

características específicas dos

micro-organismos, dos

organismos vegetais e

animais, e dos vírus.

− Classificação filogenética

(morfológica, estrutural e

molecular) dos seres vivos;

− Anatomia, morfologia,

fisiologia e embriologia dos

sistemas biológicos

(digestório, reprodutor,

cardiovascular, respiratório,

endócrino, muscular,

esquelético, excretor, sensorial

Page 131: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

130

e nervoso);

− Importância e manutenção da

diversidade biológica.

3º ano -Organização dos

seres vivos

-Mecanismos

biológicos

-Biodiversidade

-Manipulação

genética

-Transmissão

das

características

hereditárias.

-Organismos

geneticament

e modificados.

-Dinâmica dos

ecossistemas:

relações entre

os seres vivos

e

interdependên

cia com o

ambiente.

- Teorias

evolutivas

• Estrutura genética e o

processo de transmissão das

características hereditárias

entre os seres vivos; Fatores

bióticos e abióticos que

constituem os ecossistemas e

as relações existentes entre

estes;

3. Relações de interdependência

entre os seres vivos e destes

com o meio em que vivem.

4. Importância e manutenção da

diversidade biológica.

• Evolução histórica da construção

dos conhecimentos

biotecnológicos aplicados à

melhoria da qualidade de vida da

população e à solução de

Page 132: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

131

problemas sócio-ambientais;

• Técnicas de manipulação do

material genético e os resultados

decorrentes de sua aplicação/

utilização;

• Teorias sobre a evolução das

espécies

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. DEPARTAMENTO DE

ENSINO MÉDIO. DIRETRIZES CURRICULARES DE BIOLOGIA. CURITIBA, 2008.

SÔNIA LOPES. BIOLOGIA VOLUME ÚNICO. 5 EDIÇÃO.

AMABIS &MARTHO. FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA MODERNA. VOLUME 1. 1ª

EDIÇÃO. CARVALHO,WANDERLEY.BIOLOGIA EM FOCO.VOLUME 1,2,3.

CIÊNCIA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA. 14. ED. RIO DE JANEIRO: ESPAÇO E

TEMPO; SÃO PAULO: EDUC, 2004.

AUSUBEL, D.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. PSICOLOGIA EDUCACIONAL. RIO

DE JANEIRO: INTERAMERICANA, 1980.

RONAN, C.A. HISTÓRIA ILUSTRADA DA CIÊNCIA: ORIENTE, ROMA E IDADE

MÉDIA. RIO DE

JANEIRO: JORGA ZAHAR EDITOR, 1997A.

___________. HISTÓRIA ILUSTRADA DA CIÊNCIA: A CIÊNCIA NOS SÉCULOS

XIX E XX. RIO DE JANEIRO: JORGA ZAHAR EDITOR, 1997B.

Page 133: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

132

ROSSI, P. O NASCIMENTO DA CIÊNCIA MODERNA NA EUROPA. BAURU, SP:

EDUSC, 2001.

RUSS, J. DICIONÁRIO DE FILOSOFIA. SÃO PAULO: SCIPIONE, 1994.

SAVIANI, D. PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA: PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES.

CAMPINAS:AUTORES ASSOCIADOS, 1997.

SCHLICHTING, M. C. R. A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE BIOLOGIA. FLORI-

ANÓPOLIS, 1997.

DISSERTAÇÃO (MESTRADO EM EDUCAÇÃO) - UNIVERSIDADE FEDERAL DE

SANTA CATARINA.

SNYDERS, G. A ALEGRIA DE APRENDER NA ESCOLA. SÃO PAULO:

FDE, 1991

Page 134: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

133

APÊNDICE III - CIÊNCIAS

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O ensino de Ciências vem propor uma abordagem crítica e histórica

dos conteúdos que priorize os conhecimentos científicos, físicos, químicos e

biológicos para o estudo dos fenômenos naturais, sem deixar de considerar as

implicações da relação entre ciência, tecnologia e a sociedade. Também está

diretamente vinculado à evolução do pensamento humano e, assim sendo, reflete as

práticas sociais no decorrer da história. Percebe - se, portanto, que o seu

desenvolvimento seguiu uma trajetória de acordo com os interesses políticos,

econômicos e sociais de cada período histórico, determinando, alteração

consecutiva do processo de ensino- aprendizagem. Hoje, vários significados são

aceitos para o termo ciência, portanto é necessário deixar clara a concepção de

ciência a ser adotada.

A escola é parte da sociedade e como tal, vem reproduzindo o modelo

econômico vigente. A partir do ano de 1950, a escola leva o aluno a descobrir

conceitos científicos no laboratório, desconsiderando a prática social dos alunos.

Existe a concepção de ciências como um acervo de conhecimentos prontos, que

podem ser continuadamente confirmados, retificados, ou superados e também a

maneira como esses conhecimentos chegam ao indivíduo, o que depende da

influência de fatores sociais, econômicos e políticos, geralmente associados às

relações de poder existentes na sociedade.

O modelo construtivista passou a vigorar a partir de 1980, quando os

conhecimentos prévios do aluno passam a ser considerados no processo de ensino

aprendizagem e eles passam a ser construtores do seu conhecimento, mas o

professor ainda é o transmissor. É mais promissor para o processo de ensino-

aprendizagem, que ele seja voltado para a inovação, para o trabalho cooperativo e a

aquisição de ferramentas de análise, de compreensão e de expressão. Portanto, o

ensino de ciências deve atender às necessidades cotidianas das pessoas adaptando

- o às particularidades de todos os alunos, através do questionamento,

problematização e valorização do saber prévio, para garantir as condições

indispensáveis para que todos possam manter - se na escola e aprender.

Page 135: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

134

A aprendizagem de ciências não depende apenas de uma diretriz

curricular bem elaborada, mas também do compromisso técnico e político dos

governos, bem como dos pais, familiares, professores e demais profissionais da

sociedade que possam interferir no processo, principalmente no caso da inclusão,

quando se quer um ensino de qualidade.

Além disso, há outros fatores que interferem no processo de ensino-

aprendizagem, como falta de preparo ou capacitação para lidar com as condições

adversas encontradas na escola, sejam físicas, materiais, humanas, etc., intrínsecas

à escola, bem como às da comunidade.

OBJETIVOS GERAIS:

◦ Questionar a realidade formulando problemas e resolvê - los utilizando o

pensamento lógico, o método empírico, a criatividade, a intuição e

capacidade de análise crítica.

◦ Saber usar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para

adquirir e construir conhecimentos.

◦ Utilizar diferentes linguagens para produzir, expressar e comunicar idéias.

◦ Conhecer o próprio corpo para saber dele cuidar.

◦ Conhecer o ambiente e os seres vivos para saber deles cuidar.

◦ Desenvolver o conhecimento teórico para saber aplicá -lo em todas as

instâncias pessoais e sociais na busca do exercício pleno da cidadania no

respeito às diferenças individuais e culturais e para analisar de maneira

crítica, responsável e construtiva diferentes situações.

◦ Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano

parte integrante e agente de transformação do mundo em que vive,

respeitando os demais seres vivos e outros componentes do ambiente,

bem como, buscando na tecnologia um meio para suprir necessidades

humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais

ao equilíbrio da natureza e do homem.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

5a Série Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos específicos Astronomia Universo A origem do Universo Sistema Solar Estrela, planetas e

satélites

Page 136: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

135

Movimentos terrestres Rotação e translação Movimentos celestes Rotação e translação Astros Luminosos e

iluminados

Matéria Constituição da matéria Composição do ar, água e solo

Sistemas Biológicos Níveis de organização celular Relações ecológicas Formas de energia Eólica, térmica, hídrica,

etc

Energia Conversão de energia Mudanças de estado físico

Transmissão de energia

Biodiversidade Organização dos seres vivos Relações ecológicas

Ecossistemas Evolução dos seres vivos

Educação ambiental

6a Série Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos específicosAstronomia Astros Estrela, planetas e

satélites Movimentos Terrestres Rotação e translação Movimentos Celestes Rotação e translação

Matéria Constituição da Matéria Composição da célula Célula Anatomia e fisiologia

Sistemas Biológicos Morfologia e fisiologia dos seres vivos Formas de Energia Autótrofos e

heterótrofos Transmissão de energia Cadeia alimentarEnergia Origem da Vida Organização dos seres vivos Classificação

Biodiversidade Sistemática Organização dos seres vivos

7a Série Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos específicosAstronomia Origem e evolução do universo

Matéria Constituição da matéria Composição celular Níveis de organização Célula – tecido –

órgãos - sistemas

Page 137: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

136

Célula Anatomia e fisiologia

Sistemas Biológicos Morfologia e fisiologia do ser humano x gênero e diversidade sexual

Prevenção ao uso indevido de drogas X Violência doméstica

Energia Formas de energia Respiração celular e fermentação

Biodiversidade Evolução dos seres vivos Evolução humana

8a Série Conteúdos Estruturante Conteúdos Básicos Conteúdos específicosAstronomia Astros Gravitação universalidade Mecânica

Matéria Propriedades da matéria Funções químicasSistemas Biológicos Morfologia e fisiologia dos seres vivos Trabalho e

potência Mecanismos de herança genética

Energia Formas de energia Funções químicas Conservação de energia Reações químicas Biodiversidade Interações ecológicas Transformações

químicas OBS- Os Desafios Contemporâneos( Educação fiscal, História e cultura Afro-

Brasileira, Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação Ambiental, Violência

doméstica e gênero e diversidade sexual) serão trabalhados, em todas as séries, de

forma articulada com os conteúdos ou na forma de projetos, na medida em que os

mesmos assim o exigirem ou de acordo com o interesse dos alunos.

METODOLOGIA

Os conhecimentos prévios dos alunos são considerados, articulando -

os aos aspectos conceituais, sociais e históricos da ciência, organizados de tal

forma que cada conteúdo é abordado a partir da concepção de ciências como

processo de construção humana, temporária e mutante, considerando as relações

entre ciência, tecnologia e sociedade e ressaltando a relação entre a teoria e a

práxis.

O livro didático é usado, mas sem esquecer de estabelecer relações,

integrações e contextualização dos conteúdos, articulando os conteúdos específicos

Page 138: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

137

interséries, respeitando o nível cognitivo dos alunos, a realidade local, a diversidade

cultural, etc.

Experimentos são realizados com o objetivo de despertar o interesse e

a curiosidade dos alunos, bem como trabalhar situações de investigação, coleta de

dados, análise e interpretação dos resultados obtidos. O mesmo ocorre com as

aulas práticas, que podem tanto ser realizadas no laboratório ou em qualquer

ambiente da escola de acordo com o objetivo a ser alcançado e com a metodologia

adequada ao experimento ou alua prática.

De acordo com o conteúdo, pode - se utilizar jogos de simulação, ou

não, como cruzadinhas, caça - palavras, bingo, tribunal ou júri, dramatização, etc. e

também visitas a museus, fazendas, universidades, usinas de reciclagem, etc. para

estimular o trabalho coletivo e de maneira a integrar o conteúdo com a realidade.

Individualmente ou de forma coletiva, pode - se associar o conteúdo a outras

disciplinas, relacionando - o com a música, desenho, poesia, jogos didáticos, história

em quadrinhos, painéis, murais, jornais, exposição, participação em feiras e projetos.

O desenvolvimento do aluno pode ser verificado pela observação direta,

participação, provas escritas, orais e/ou auto - avaliações, tarefas, trabalhos e

pesquisas individuais e coletiva, realizadas na sala ou em casa, bem como através

de relatórios de passeios e de experimentos.

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO

A avaliação é um processo contínuo e sistemático, funcional, orientador

e integral, isto é, o aluno deve ser avaliado como um todo, sejam os aspectos

cognitivos, comportamentais e as habilidades motoras devem ser analisadas.

Portanto deve ser realizada diariamente pelo professor com cada turma, utilizando

vários instrumentos que devem estar de acordo com a realidade de cada turma, para

verificar efetivamente a apropriação dos conteúdos e procedimentos pelos alunos.

A partir dos critérios estabelecidos pelo professor de acordo com turma

e disciplina, o processo de avaliação deve ocorrer de forma significativa,

objetivando:

• O conhecimento do ambiente e dos seres vivos e a relação deles com a

realidade dos alunos.

• Usar diferentes linguagens para produzir, expressar e comunicar idéias, e

aplicar o que aprendeu de forma prática.

Page 139: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

138

• Usar fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir

conhecimentos.

• Relacionar os aspectos sociais, políticos, culturais, econômicos, éticos e

históricos envolvidos no ensino de ciências.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VALLE, Cecília. Ciências. Editora Positivo. Curitiba. 2004.

Diretrizes curriculares de ciências para o ensino fundamental. Secretaria de

Estado da Educação. Superintendência da Educação. Versão preliminar.

Julho.2006.

Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Santa Felicidade. Versão do

ano de 2000.

Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos

Inclusivos. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Especial.

Page 140: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

139

APÊNDICE IV - EDUCAÇÃO FÍSICA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A história mostra que desde a pré história os homens se exercitavam,

seja por sobrevivência ou sob diversas formas (danças, corridas, lutas e jogos). Esta

situação perdurou por séculos, com pequenas modificações e ajustes em cada

época.

Historicamente a Educação Física no Brasil começou dentro de uma

Instituição Militar, com a finalidade principal de treinar e preparar os militares para a

defesa da Pátria. (BREGOLATO, 1994, pg.2)

Os métodos utilizados para treiná-los eram a Ginástica baseados em

teorias precedentes da Europa (BREGOLATO, 1994, pg.22)

No ano de 1882, Rui Barbosa deu os primeiro passos para que a

Educação Física se tornasse matéria obrigatória nas escolas brasileiras emitindo o

parecer nº 224, conhecida como Reforma Leôncio de Carvalho, decreto nº 7.247.

(OLIVEIRA, 1986, pg.54)

A Ginástica manteve-se por muito tempo como um dos principais

conteúdos e modelos de prática corporal adotada nas escolas brasileiras durante o

século XIX e especificamente nas quatro primeiras décadas do século XX

(COLETIVO DE AUTORES,1993, p. 52).

Durante esse período, a Educação Física era entendida como uma

atividade exclusivamente prática, já que os profissionais de Educação Física que

atuavam nas escolas eram instrutores formados pelas instituições Militares

(COLETIVO DE AUTORES, 1993, p. 53).

No final da década de 30 e início dos anos 40, o esporte apresentava

uma grande popularidade, afirmando-se como elemento da cultura corporal, por

esse motivo ele passa então a ser adotado nas aulas de Educação Física

assumindo códigos esportivos de rendimento atlético/desportivo, competição,

comparação de rendimento e recordes, regulamentação rígida, sucesso no esporte

como sinônimo de vitória, racionalização de meios e técnicas (COLETIVOS DE

AUTORES, 1993, p. 54).

O professor de Educação Física reproduzia esses códigos esportivos

por meio de atividade repetitivas, mecânicas e condicionantes – visão tecnicista,

Page 141: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

140

sem se preocupar com a reflexão crítica desse conhecimento (BRACHT,1992 apud

BRASIL, 2008, p.5).

A partir de então através de decretos e reformas, a Educação Física

manteve seu caráter obrigatório nas escolas passando por diversas modificações

quanto a sua metodologia de ensino.

Em meados dos anos 80, o sistema educacional brasileiro, passa por

um processo de reformulação. A partir dessa época surgem novas tendências ou

correntes pedagógicas que são usados como modelos de ensino (BRASIL, 2008

p.7).

Atualmente, de acordo com as novas Diretrizes Curriculares, o ensino

da Educação Física, baseia-se nos pressupostos da pedagogia histórico – crítica e

estipula como objeto de ensino a Cultura Corporal, a partir de conteúdos como:

esporte, ginástica, os jogos, lutas e a dança. Esse conhecimento é sistematizado e

parte do pressuposto de que os alunos possuem um conhecimento próprio sobre a

realidade, é função da escola, e neste caso também da Educação Física, garantir o

acesso as variadas formas de conhecimento produzidos pela humanidade, levando

os alunos a estabelecer nexos com a realidade e posterior transformação do

aprendizado (Brasil, 2008, p.8).

A Educação Física, então, torna-se componente curricular fundamental

para o desenvolvimento integral do aluno, pois além do seu aspecto físico ela irá

colaborar na formação mais ampla de pessoas críticas e reflexivas na sociedade

dispostas a atuar para melhorá-la.

Espera-se que os alunos ao término do ensino médio :

• Sejam capazes de participar de atividades corporais estabelecendo relações

equilibradas e construtivas com as outras pessoas, reconhecendo e

respeitando características físicas e de desempenho de si próprio e dos

outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, ou sociais.

• Adotem atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações

lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de violência.

• Conheçam, valorizem, respeitem e desfrutem da pluralidade de

manifestações de cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como

recurso de integração entre as pessoas.

• Reconheçam-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos

saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais.

Page 142: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

141

• Solucionem problemas de ordem corporal de diferentes contextos, regulando

e dosando o esforço em um nível compatível com as possibilidades,

considerando que o aperfeiçoamento e o desenvolvimento das competências

corporais decorrem de perseverança e regularidades e que devem ocorrer de

modo saudável e equilibrado.

• Reconheçam condições de trabalho que comprometam os processos de

crescimento e desenvolvimento, não aceitando para si e para os outros,

reivindicando condições de vida digna.

• Conheçam a diversidade de padrões de beleza, beleza estética e corporal,

compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são produzidos,

analisando criticamente os padrões divulgados pela mídia e evitando

consumismo e preconceito.

• Reconheçam e organizem e interfiram no espaço de forma autônoma, bem

como reivindiquem locais de lazer, reconhecendo-as como necessidade

básica do ser humano e um direito do cidadão.

PRESSUPOSTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Entendendo que o indivíduo ao se relacionar com o meio constrói sua

identidade corporal, ao desenvolver os conteúdos de Educação Física, tomar-se à

como referência não somente o que faz parte da realidade do aluno, mas os

produzidos ao longo da história da humanidade, devendo levar em consideração os

elementos que compõem o meio social e cultural possibilitando ao aluno condições

para que ele observe o que existe o que foi transformado, como, por que e quais os

fatores que ocasionaram as transformações.

O estudo da Cultura Corporal na Educação Física será trabalhado

através dos conteúdos estruturantes expressos na Ginástica, Esportes, Lutas, Jogos

e Danças.

A problematização dos conteúdos como uma forma metodológica

deverá ser desenvolvido na criatividade, no diálogo e na produção coletiva. Algumas

atividades deverão ser contextualizadas quando não forem possíveis de serem

trabalhados na prática.

Os conteúdos deverão ser enriquecidos e ampliados de acordo com a

cultura e especificidades dos educandos.

Page 143: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

142

LEGISLAÇÃO

Em relação a Cultura Afro-Brasileira ( Lei 39/03 ) , o enfoque será

dado através da capoeira, jogos de alto rendimento ( resultados ) e outras situações

relativas à atualidade.

No que diz respeito à prevenção ao uso indevido de drogas, o tema

poderá ser abordado em diferentes momentos. A questão de drogas no meio

esportivo (anabolizantes), convívio social , ...

Atendendo a Lei 9799/95- EDUCAÇÃO AMBIENTAL , a disciplina de

Educação Física oportunizará espaços para discussão ( debates ), pesquisas ou até

mesmo aulas expositivas sobre o assunto.

Quanto ao tema Educação Fiscal, a disciplina de Educação Física fará

abordagens dentro de aberturas que os conteúdos ministrados no momento

permitirem.

No que diz respeito ao ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA CONTRA A

CRIANÇA E O ADOLESCENTE, além de fazer o preventivo a cada início de

bimestre ou bloco, a discplina de Educação Física precisa alertar e intervir sempre

que necessário no decorrer das aulas.

O assunto, GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL, requer muito cuidado

no trato com os docentes, desta forma, a forma mais interessante de repassar estes

conhecimentos é através de palestras ministradas por profissionais da saúde na

medida do possível. Porém, em momentos de emergência, devemos agir com

discrição afim de resolver, ou pelo menos tentar resolver, a situação dos docentes.

Já, com relação Lei 07/06 que trata da História do Paraná, o conteúdo

pode ser contemplado na questão dos expoentes esportivos do estado ou em

questões culturais ( festas tradicionais, danças tipicas , … ).

Aulas práticas e teóricas poderão ser ministradas na sala de aula,

pátio, quadra e lugares afins, utilizando materiais de apoio como textos, revistas,

vídeos, TV multimídia, laboratório de informática, etc.

AVALIAÇÃO

Baseando-se nas Diretrizes Curriculares a avaliação deve estar

vinculada ao projeto político – pedagógico da escola, de acordo com os objetivos e a

Page 144: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

143

metodologia adotada pelo corpo docente. Com efeito, os critérios para a avaliação

devem ser estabelecidos, considerando o comprometimento e envolvimento dos

alunos no processo pedagógico.

Comprometimento e envolvimento – se os alunos entregam as

atividades propostas pelo professor; Se houve assimilação dos conteúdos

propostos, por meio da recriação de jogos e regras; Se o aluno consegue resolver,

de forma criativa, situações problemas sem desconsiderar a opinião do outro,

respeitando o posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências.

Se os alunos se mostram envolvidos nas atividades, seja através da participação

nas atividades práticas ou realizando relatórios.

Partindo destes critérios, a avaliação deve se caracterizar como um

processo contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB 9394/96, em

que o professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas

práticas corporais, como a ginástica; o esporte; os jogos, brinquedos e brincadeiras,

a dança; e as lutas.

A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos

metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e as

sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. (BRASIL,2008).

Os processos avaliativos incluem também os aspectos formais e

informais e anotações sobre o interesse, participação e a capacidade de cooperação

do aluno, auto - avaliação, trabalhos e provas escritas, testes para avaliação

qualitativa e quantitativa de habilidades e capacidades físicas, resolução de

situações problemáticas propostas pelo professor, elaboração e apresentação de

coreografias de dança, exercícios ginásticos ou táticas de esportes

coletivos,pesquisa , trabalhos em grupo , seminários etc.

CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL

5ª SÉRIE / 6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

ESPORTE - Coletivos

- Individuais

-Conhece a origem e o histórico dos conteúdos trabalhados;-Vivencia os

- Relatórios;

- Discussões;

Page 145: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

144

movimentos básicos e fundamentos;-Vivencia o lúdico;-Contribui na construção de atividades adaptadas bem como com materiais alternativos;-Participa e contribui nas apresentações práticas e teóricas;

- Trabalhos escritos e práticos;

- Avaliações escritas e práticas;

- Apresentações orais e práticas

- Pesquisas

JOGOS E BRINCADEIRAS

- Jogos e brincadeiras populares

- Brincadeiras e cantigas de roda

- Jogos de tabuleiro, dramáticos e cooperativos

DANÇA - Danças Criativas

- Danças Folclóricas

GINÁSTICA - Ginástica Ritmica

- Ginástica circense

- Ginástica Geral

LUTAS - Capoeira

CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL

6ª SÉRIE / 7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

ESPORTE - Coletivos

- Individuais

-Conhece a origem e o histórico dos conteúdos trabalhados dentro do contexto histórico mundial e brasileiro;-Reconhece e se apropria dos movimentos básicos e fundamentos;-Vivencia o lúdico;-Conhece noções básicas

- Relatórios;

- Discussões;

- Trabalhos escritos e práticos;

- Avaliações escritas e práticas;

JOGOS E BRINCADEIRAS

- Jogos e brincadeiras

- Jogos de tabuleiro, dramáticos e

Page 146: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

145

cooperativos das regras das diferentes manifestações esportivas;-Contribui na construção de atividades adaptadas bem como com materiais alternativos;- Cria e adapta coreografias ritmicas e expressivas;-Participa e contribui nas apresentações práticas e teóricas;

- Apresentações orais e práticas

- PesquisasDANÇA - Danças

Criativas

- Danças Folclóricas

GINÁSTICA - Ginástica Artística

- Ginástica Ritmica

- Ginástica circense

- Ginástica Geral

LUTAS - Capoeira

- Lutas de aproximação

CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL

7ª SÉRIE / 8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

ESPORTE - Coletivos

- Individuais

- Radicais

-Reconhece a origem e o histórico dos conteúdos trabalhados;-Reconhece e se apropria dos movimentos básicos e fundamentos;-Identifica as

- Relatórios;

- Entrevistas;

- Debates;

- Discussões;

- Trabalhos

JOGOS E BRINCADEIRAS

- Jogos e brincadeiras

Page 147: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

146

populares

- Jogos de tabuleiro, dramáticos e cooperativos

diferenças de esporte rendimento/ lazer e saúde;-Compreende a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes esportes;-Reconhece os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas;-Vivencia o lúdico;-Conhece noções básicas das regras das diferentes manifestações esportivas;-Contribui na construção de atividades adaptadas;-Cria e adapta composições coreográficas;-Identifica os diferentes elementos das danças;-Participa e contribui nas apresentações práticas e teóricas;

escritos e práticos;

- Avaliações escritas e práticas;

- Apresentações orais e práticas

- Pesquisas

- Observação

DANÇA - Danças Criativas

- Danças Circulares

GINÁSTICA - Ginástica Artística

- Ginástica Ritmica

- Ginástica circense

- Ginástica Geral

LUTAS - Capoeira

- Lutas com instrumento mediador

CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL

8ª SÉRIE / 9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

ESPORTE - Coletivos

- Individuais

- Radicais

-Reconhece o contexto social e econômico em que os diferentes esportes e lutas se desenvolveram;-Apropria-se dos movimentos básicos e

- Relatórios;

- Entrevistas;

- Debates;

- Discussões;JOGOS E - Jogos de

Page 148: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

147

BRINCADEIRAS tabuleiro, dramáticos e cooperativos

fundamentos;-Identifica as regras básicas dos esportes, arbitragem e preenchimento de súmulas e confecção de tabelas;-Diferencia jogos cooperativos dos jogos competitivos;-Reconhece os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas;-Vivencia o lúdico;-Contribui na construção de atividades coletivas e gincanas;-Cria e vivencia atividades de dança;-Identifica os diferentes elementos das danças e seu contexto histórico;-Participa e contribui nas apresentações práticas e teóricas;

- Trabalhos escritos e práticos;

- Avaliações escritas e práticas;

- Apresentações orais e práticas

- Pesquisas

- Observação

DANÇA - Danças Criativas

- Danças Circulares

GINÁSTICA - Ginástica Artística

- Ginástica Ritmica

- Ginástica Geral

LUTAS - Capoeira

- Lutas com instrumento mediador

CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO

1º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

ESPORTE - Coletivos

- Individuais

- Radicais

-Reconhece o contexto social e econômico em que os diferentes esportes e lutas se desenvolveram;-Apropria-se dos movimentos básicos e fundamentos;-Identifica as regras básicas dos esportes, arbitragem e

- Relatórios;

- Entrevistas;

- Debates;

- Discussões;JOGOS E - Jogos de

Page 149: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

148

BRINCADEIRAS tabuleiro, dramáticos e cooperativos

preenchimento de súmulas e confecção de tabelas;-Diferencia jogos cooperativos dos jogos competitivos;-Reconhece os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas;-Vivencia o lúdico;-Contribui na construção de atividades coletivas e gincanas;-Cria e vivencia atividades de dança;-Identifica os diferentes elementos das danças e seu contexto histórico;-Participa e contribui nas apresentações práticas e teóricas;

- Trabalhos escritos e práticos;

- Avaliações escritas e práticas;

- Apresentações orais e práticas

- Pesquisas

- Observação

DANÇA - Danças Criativas

- Danças Circulares

GINÁSTICA - Ginástica Artística

- Ginástica Ritmica

- Ginástica Geral

LUTAS - Capoeira

- Lutas com instrumento mediador

CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO

2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

ESPORTE - Coletivos

- Individuais

- Radicais

-Reconhece o contexto social e econômico em que os diferentes esportes e lutas se desenvolveram;-Apropria-se dos movimentos básicos e

- Relatórios;

- Entrevistas;

- Debates;

- Discussões;JOGOS E - Jogos de

Page 150: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

149

BRINCADEIRAS tabuleiro, dramáticos e cooperativos

fundamentos;-Identifica as regras básicas dos esportes, arbitragem e preenchimento de súmulas e confecção de tabelas;-Diferencia jogos cooperativos dos jogos competitivos;-Reconhece os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas;-Vivencia o lúdico;-Contribui na construção de atividades coletivas e gincanas;-Cria e vivencia atividades de dança;-Identifica os diferentes elementos das danças e seu contexto histórico;-Participa e contribui nas apresentações práticas e teóricas;

- Trabalhos escritos e práticos;

- Avaliações escritas e práticas;

- Apresentações orais e práticas

- Pesquisas

- Observação

DANÇA - Danças Criativas

- Danças Circulares

GINÁSTICA - Ginástica Artística

- Ginástica Ritmica

- Ginástica Geral

LUTAS - Capoeira

- Lutas com instrumento mediador

CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO

3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

ESPORTE - Coletivos

- Individuais

- Radicais

-Reconhece o contexto social e econômico em que os diferentes esportes e lutas se desenvolveram;

- Relatórios;

- Entrevistas;

- Debates;

Page 151: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

150

-Apropria-se dos movimentos básicos e fundamentos;-Identifica as regras básicas dos esportes, arbitragem e preenchimento de súmulas e confecção de tabelas;-Diferencia jogos cooperativos dos jogos competitivos;-Reconhece os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas;-Vivencia o lúdico;-Contribui na construção de atividades coletivas e gincanas;-Cria e vivencia atividades de dança;-Identifica os diferentes elementos das danças e seu contexto histórico;-Participa e contribui nas apresentações práticas e teóricas;

- Discussões;

- Trabalhos escritos e práticos;

- Avaliações escritas e práticas;

- Apresentações orais e práticas

- Pesquisas

- Observação

JOGOS E BRINCADEIRAS

- Jogos de tabuleiro, dramáticos e cooperativos

DANÇA - Danças Criativas

- Danças Circulares

GINÁSTICA - Ginástica Artística

- Ginástica Ritmica

- Ginástica Geral

LUTAS - Capoeira

- Lutas com instrumento mediador

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRACHT, Valter. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre:

Magister, 1992;

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. PCN. Educação Física. Brasília

MEC/SEF, 1998. 114p;

Page 152: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

151

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares

Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais.

Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1998. 436p.;

BRASIL, Secretaria de Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Física

2008;

· BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394,

de 20 de dezembro de 1996;

BARROS, C.; PAULINO, W. R. O Corpo Humano. São Paulo. Ática. 1998;

BREGOLATO, Roseli A. Textos de Educação Física para sala de aula

Cascavel,

CARVALHO, Oto Morávia de. Voleibol, 1000 exercícios – Rio de Janeiro:

Sprint, 1993;

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Ed. Física. São Paulo:

Cortez, 1992;

FLEGEL, Melinda J. Primeiros socorros no esporte. Barueri, SP: Manole

2002;

FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Ed.

Física. São Paulo: Scipione, 1992;

NAHAS, Markus V. Atividade Física, saúde e qualidade de vida: conceitos e

sugestões para um estilo de vida ativo. 3ª ed. ver. e atual; Londrina:

Midiograf, 2003;

PARANÁ, Governo do Estado do. Diretrizes Curriculares para a Educação

Básica – Educação Física, SEED, 2008;

Page 153: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

152

SANTOS, Lúcio Rogério Gomes dos. 1000 Exercícios para Handebol – Rio de

Janeiro: Sprint, 1997;

VERDERI, Érica Beatriz L. Pimentel. Encantando a Educação Física – Rio de

Janeiro: Sprint, 1999;

WEISS, Luise. Brinquedos e Engenhocas – São Paulo:

Page 154: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

153

APÊNDICE V - ENSINO RELIGIOSO

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O Ensino Religioso é componente importante para a formação do

cidadão e para seu pleno desenvolvimento como pessoa garantindo o acesso a

conhecimentos a que promovem a compreensão de diversas religiões ,

esclarecendo que cada qual tem sua origem cultural, despertando o respeito pelas

diversas formas do sagrado (Diretrizes Curriculares).

A disciplina de Ensino Religioso pretende contribuir para o

reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas contribuindo para

superar a desigualdade étnico-religiosa, de forma a eliminar qualquer tipo de

preconceito e discriminação.

Promover a paz e harmonia entre os diferentes grupos étnicos.

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua

origem ou ainda por sua religião. Conhecendo as pessoas podemos separar tais

diferenças.

“Para odiar, as pessoas precisam aprender a odiar. Se podem

aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”. ( Nelson Mandela, texto diversidade

religiosa e direitos humanos).

Ao trabalhar a diversidade cultural em Ensino Religioso estaremos

desenvolvendo valores humanos como: respeito, compaixão, auto conhecimento,

solidariedade, fraternidade, tolerância, etc.

Favorecendo o relacionamento interpessoal, o Ensino Religioso

contribui para a formação do caráter do educando, aprendendo a amar a si e ao

outro, crescendo como pessoa ele contribui para paz e autorrealização.

“A última meta da religião é o amor. Todas as religiões e crenças são

consequentemente validadas e sua aceitação tem de ser baseada na liberdade e

numa opção consciente e espontânea. De outra forma a religião não teria como

meta o amor”. (Hinduísmo texto: diversidade religiosa e direitos humanos).

Page 155: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

154

OBJETIVOS

O objeto de estudo do Ensino Religioso é o sagrado e objetiva também

resgatar o amor no coração do aluno, auxiliando-o a compreender o transcendente e

sua influência sobre o cotidiano. Compreender o amor como necessário para a vida

de todos os seres. O aluno cria laços afetivos com facilidade, adquirindo habilidade

que o auxiliará em todos os momentos de vida. Despertando através do

desenvolvimento da consciência o melhor de cada aluno.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

5ª SÉRIE

• O ser humano no contexto

- Social: Ser social e sociedade

- Político: Ser político – a política

- Cultural: o que é cultura

- Religioso: o sagrado e o profano

- Símbolos Religiosos

- Lugares Sagrados: Templos, rios, natureza etc.

- Paisagem Religiosa

- Diversidade e Pluralidade Religiosa na nossa sociedade

- Estudo das Religiões – principais princípios

• Construindo a cidadania

• Ética – Moral – Respeito – Cidadania

• A ética da paz

• Valores fundamentais da vida

• Os Direitos Humanos e a defesa dos principais direitos do cidadão.

6ª SÉRIE

• Texto Sagrado

• Paisagem Religiosa

• Símbolo

• Diversidade e pluralidade religiosa na nossa sociedade

Page 156: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

155

• Valores fundamentais da vida (ética)

• Situações do cotidiano

• Diferenças e semelhanças entre algumas religiões ocidentais e orientais

(ritos, mitos e cotidiano)

• Os Direitos Humanos e a defesa dos principais direitos do cidadão

• Preservação da identidade de diferentes tradições (ritos de passagem,

mortuários, propiciatórios, outros)

• Explicações da morte e da vida

• Grupos religiosos – peregrinações, festas familiares, festas nos templos,

datas comemorativas (Festa do dente sagrado – Budismo-, Ramada –

Islâmica-, Kuarup – Indígena-, Festa do Iemanjá – Afro-Brasileira-, Pessach –

Judaísmo-, Festa da Padroeira do Brasil - Catolicismo-, etc.)

• O sentido da vida nas tradições – Além Morte

• Manifestações religiosas – ancestralidade – vida dos antepassados – Re-

encarnação – Espíritos dos antepassados se tornam presentes –

Ressurreição – ação de voltar à vida – outras interpretações.

CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª SÉRIE

• Organizações Religiosas

• Lugares Sagrados

• Textos Sagrados orais ou escrito

• Símbolos Religiosos

6ª SÉRIE

• Temporalidade Sagrada

• Festas Religiosas

• Ritos

• Vida e morte

CONTEÚDOS DE ENSINO RELIGIOSO

5ª SÉRIE

• O Ensino Religioso na Escola Pública.

- Orientações legais

- Objetivos

Page 157: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

156

- Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso como

disciplina Escolar.

• Respeito à diversidade religiosa

- Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.

- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à

liberdade religiosa

- Direito a professar a fé e liberdade de opinião expressão

- Direito à liberdade de reunião a associações pacíficas

- Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado

• Lugares sagrados

- Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de

reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado

nestes locais.

- Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

- Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.

• Textos orais e escritos – sagrados

- Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes

culturas religiosas.

-Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)

Exemplos: Vedas – Hinduísmo, Escrituras Bahá'is – Fé Bahá'I, Tradições Orais

Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, Etc.

• Organizações religiosas

- As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados

institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas

principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas

religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o

sagrado.

- Fundadores e/ ou Líderes Religiosos.

- Estruturas Hierárquicas.

Page 158: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

157

- Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta

Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao

Tsé), Etc.

6ª SÉRIE

• Universo simbólico religiosos

- Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:

− Nos Ritos

− Nos Mitos

− No cotidiano

Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos, Etc.

• Ritos

- São práticas celebrativas das tradições/ manifestações religiosas, formadas por um

conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um

acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da

identidade de diferentes tradições/ manifestações religiosas e também podem

remeter as possibilidades futuras a partir de transformações presentes.

- Ritos de passagem

- Mortuários

- Propiciatórios

- Outros

- Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki ( Kaingang – ritual fúnebre). Via sacra,

Festejo indígena de colheita, Etc.

• Festas religiosas

- São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos

diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas

comemorativas.

- Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramadã (Islâmica), Kuarup

(indígena), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), Etc

• Vida e morte

- As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas

Page 159: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

158

- tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.

− O sentido da vida nas tradições

− Além da morte

− manifestações religiosas

− Ancestralidade – vida dos antepassados

− espíritos dos antepassados se tornam presentes

− Ressurreição – ação de voltar à vida

− Outras interpretações.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª SÉRIE

• O Ensino Religioso na Escola Pública

- Orientações legais

- Objetivos

- Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso como

disciplina Escolar.

• Respeito à diversidade religiosa

- Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.

- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à

liberdade religiosa.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

As práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor poderão

fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando o

universo cultural dos alunos.

Abordar os conteúdos de Ensino Religioso, tendo como objetivo de

estudo o sagrado: paisagem religiosa, símbolos e textos sagrados, o conjunto de

conteúdos escolares, partindo da abordagem de manifestações religiosas ou

expressões do sagrado desconhecido ou pouco conhecidas dos alunos, para

posteriormente inserir os conteúdos que tratam de manifestações religiosas mais

comuns que já fazem parte do universo cultural da comunidade. O professor deverá

priorizar no planejamento de suas aulas conteúdos retirados da própria

Page 160: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

159

manifestação do sagrado que pretende trabalhar, evitando opiniões comprometidas

com os interesses de uma ou de outra tradição religiosa.

Para uma proximidade com as demais disciplinas pretende-se enfatizar

as disciplinas com utilização de textos informativos sobre a temática proposta,

através de leituras e produções de textos que serão inseridos nas disciplinas afins.

O trabalho pedagógico é realizado por meio de uma proposta

metodológica que inclui três momentos: sensibilização, observação, reflexão e

compromisso de vida existente (trabalhando através das diversas vivências).

AVALIAÇÃO: CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS

O Ensino Religioso não constitui objeto de reprovação mesmo com

essa peculiaridade, a avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes do

processo educativo, cabe ao educador acompanhar o processo de apropriação de

conhecimentos pelo aluno e pela classe, tendo como parâmetro os conteúdos

tratados e os seus objetivos.

A avaliação devera averiguar em que medida os conteúdos passam a

ser referenciais para a compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos.

Pode-se avaliar, por exemplo, em que medida o aluno expressa uma

relação respeitosa com os colegas de classe que tem opção religiosa diferente da

sua e assimila os objetivos trabalhados em Ensino Religioso.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de

Ensino Religioso para o Ensino Fundamental. Julho, 2009.

SAINT-EXUPERY, Antoine de. O Pequeno Príncipe. Rio de Janeiro: Ed.

Livraria Agir, 1974. p.66-72.

TAHAN MALBA. Contos e Lendas Orientais. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.

p.32-35.

Page 161: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

160

APÊNDICE VI- FILOSOFIA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A filosofia nos oferece elementos, de forma reflexiva, para nos

voltarmos para os problemas que o homem enfrenta no seu cotidiano em sociedade.

Além disso, ela pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a

compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da

arte.

Nessa perspectiva, esta diretriz curricular para o ensino de Filosofia

indica que não é possível filosofar sem Filosofia e estudar filosofia sem filosofar.

Portanto, entende-se que o ensino de Filosofia pode ser um espaço de estudo da

Filosofia e do filosofar.

A Filosofia é um espaço para criação de conceitos, unindo a Filosofia e

o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino de Filosofia.

Cabe ao professor de Filosofia tentar pensar filosoficamente para,

acima de tudo, conseguir construir espaços de problematização compartilhados com

os estudantes, a fim de articular os problemas da vida atual com as respostas e

formulações da história da Filosofia e com a elaboração de conceitos que passa a

ser seu objeto de estudo.

A Filosofia na escola pode significar o espaço de experiência filosófica,

espaço de criação e provocação do pensamento original, da busca, da

compreensão, da imaginação, da investigação e da criação de conceitos. O que se

espera é que o estudante, ao tomar contato com os problemas e textos filosóficos

possa pensar e argumentar criticamente e que nesse processo crie e recrie para si

os conceitos filosóficos. A Filosofia é apresentada como conteúdo filosófico e como

exercício que possibilita ao estudante desenvolver o próprio pensamento. O ensino

de Filosofia ç um espaço para análise e criação de conceitos, que une a Filosofia e o

filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino dessa disciplina

juntamente com o exercício da leitura e da escrita.

Page 162: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

161

Nestas Diretrizes, opta-se pelo trabalho com conteúdos estruturantes,

tomados como conhecimentos basilares, que se constituíram ao longo da história da

Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e sociedades diferentes e que,

tendo em vista o estudante do Ensino Médio, ganham especial sentido e significado

polçtico, social e educacional. A amplitude da Filosofia, de sua história e de seus

textos desautoriza a falsa pretensão do esgotamento de sua produção, seus

problemas, sua especificidade e complexidade. Por reconhecer essa condição, as

Diretrizes fazem a opção pelos seguintes conteúdos estruturantes:ç Mito é Filosofia;

Teoria do Conhecimento; ética; Filosofia Política; Filosofia da Ciência e Estética. A

escolha desses conteúdos não significa, porém, que as Diretrizes Curriculares

excluam a possibilidade de trabalhar com a história da filosofia. Pelo contrário, elas

partilham a ideia de que sem uma consideração histórica dos temas filosóficos, a

filosofia corre o risco de tornar-se superficial. No entanto, o que essas Diretrizes

Curriculares desencorajam é a organização meramente cronológica e linear dos

conteúdos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Conteúdos estruturantes são conhecimentos basilares de uma

disciplina, que se constituíram historicamente, em contextos e sociedades

diferentes, mas que neste momento ganham sentido político, social e educacional,

tendo em vista o estudante de Ensino Médio. Estas Diretrizes Curriculares propõem

a organização do ensino de Filosofia por meio dos seguintes conteúdos

estruturantes:

• Mito e Filosofia;

• Teoria do Conhecimento;

• Ética;

• Filosofia Política;

• Filosofia da Ciência;

• Estética.

Tais conteúdos estruturantes estimulam o trabalho da mediação

intelectual, o pensar, a busca da profundidade dos conceitos e das suas relações

Page 163: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

162

históricas, em oposição ao carácter imediatista que assedia e permeia a experiência

do conhecimento e as ações dela resultantes.

Dada a sua formação, sua especialização, suas leituras, o professor de

Filosofia poderá fazer seu planejamento a partir dos conteúdos estruturantes e fará o

recorte do conteúdo básico e que julgar adequado e possível. Por exemplo: para

trabalhar os conteúdos estruturantes ética e/ou Filosofia Política, o professor poderá

fazer um recorte a partir da perspectiva da Filosofia latino-americana ou de qualquer

outra, tendo em vista a pluralidade filosófica da contemporaneidade. Importante ç

que o ensino de Filosofia se dç na perspectiva do diálogo filosófico, sem

dogmatismo, niilismo e doutrinação, portanto sem qualquer condicionamento do

estudante para o ato de Filosofar.

O trabalho com os conteúdos estruturantes não exclui, de forma

alguma, a história da Filosofia nem as perspectivas que aqui denominamos

geográficas. Os conteúdos estruturantes fazem parte da História da Filosofia e

podem ser trabalhados em diversas tradições, como na Filosofia europeia, na ibero-

americana, na latino-americana, na norte-americana, na hispano-americana, entre

outras. Notadamente, Filosofia ç o espaço da crítica a todo conhecimento

dogmático, e, por ter como fundamento o exame da própria razão, não se furta ç

discussão nem superação das filosofias de cunho eurocêntrico.

Na perspectiva dos conteúdos escolares como saberes o termo

conteúdo não se refere apenas a fatos, conceitos ou explicações destinados aos

estudantes para que estes conheçam, memorizem, compreendam, apliquem. Os

conteúdos estruturantes não devem ser entendidos isoladamente, de modo

estanque, sem comunicação. Eles são dimensões da realidade que dialogam entre

si, com as ciências, com a arte, com a história, com a cultura; enfim, com as demais

disciplinas. Leopoldo e Silva, ao tratar da relação intra e interdisciplinar, pergunta:

qual seria o papel da Filosofia no currículo do Ensino Médio?

A Filosofia aparece como [...] lugar e instrumento de articulação [...]

realiza o trabalho de articulação cultural. Pensar e repensar a cultura não se

confunde com compatibilização de métodos e sistematização de resultados; uma

atividade autônoma e crítica. Não devemos entender que a Filosofia está no

currículo [...] em função das outras disciplinas, quase num papel de assessoria

metodológica. [...] A Filosofia tem a função de articulação cultural e, ao

Page 164: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

163

desempenhá-la, realiza também a articulação do indivíduo enquanto personagem

social, se entendermos que o autêntico processo de socialização requer consciência

e o reconhecimento da identidade social e uma compreensão crítica da relação

homem-mundo (LEOPOLDO E SILVA, 1992, p. 162).

Além disso, outro problema no ensino da Filosofia no Ensino Médio diz

respeito daquilo que se pretende ensinar e como desenvolver esse ensino. A escola

habituou o estudante a identificar a aprendizagem com a aquisição de conteúdos

esteveis de conhecimento, acumulados progressivamente. Muitos concursos

vestibulares reforçam essa prática, com seus programas de conteúdos cuja

aprendizagem ç medida por meio de provas. Com a inclusão da Filosofia nos

concursos vestibulares, há que se ter preocupação em não transformá-la apenas em

alguns conhecimentos contidos nessa ou naquela escola filosófica, nessa ou noutra

doutrina, nesse autor ou em outro. Embora exista a cautela de não petrificar os

conteúdos filosóficos, do ponto de vista didático-pedagógico, considera-se que o

ensino de qualquer das disciplinas do currículo escolar não pode prescindir de

conteúdos objetivamente mediadores da construção do conhecimento. Por isso, o

currículo de Filosofia coloca-se frente a duas exigências que emergem da

fundamentação desta proposta:

• o ensino de Filosofia não se confunde com o simples ensino de conteúdos;

• como disciplina análoga a qualquer outra, tem nos seus conteúdos,

elementos mediadores fundamentais para que possa desenvolver o caráter

específico do ensino de Filosofia: problematizar, investigar e criar conceitos.

Estas Diretrizes Curriculares, ao procurarem superar a concepção

enciclopédica da Filosofia, não desvalorizam os textos que possam ser trabalhados

ao longo do percurso filosófico. A aprendizagem de conteúdos por meio de textos

está articulada necessariamente ç atividade reflexiva do sujeito, que aprende

enquanto interroga e age sobre sua condição. O ensino de Filosofia não se dá no

vazio, no indeterminado, na generalidade, na individualidade isolada, mas requer do

estudante, compromisso consigo, com o outro e com o mundo.

Como mediadores do ensino de Filosofia, os conteúdos devem estar

vinculados à tradição filosófica, de modo a confrontar diferentes pontos de vista e

concepções, para que o estudante perceba a diversidade de problemas e de

Page 165: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

164

abordagens. Num ambiente de investigação, análise e descobertas podem-se

garantir aos educandos a possibilidade de elaborar, de forma problematizadora,

suas próprias questões e tentativas de respostas. Com esse objetivo,ç estas

Diretrizes buscam justificar e localizar cada conteúdo estruturante e indicam

possíveis recortes a partir dos problemas filosóficos com os quais os estudantes

podem se deparar.

METODOLOGIA

Para o desenvolvimento da disciplina de Filosofia no Ensino Médio, os

Conteúdos Estruturantes e os Conteúdos Básicos devem ser tratados de forma

articulada. Estas Diretrizes sugerem que se organizem os conteúdos da maneira

como eles estão apresentados na tabela de conteúdos básicos, ressaltando que

esses se desdobram em conteúdos específicos, próprios da contextualização dos

fenômenos estudados.

Recursos didático-pedagógicos para as aulas de Filosofia:

• Aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas à instituições culturais.

• Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;

• Leituras de textos: clássico-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos,

didáticos, literários, jornalísticos e filosóficos;

• Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e

pesquisa bibliográfica;

• Análises críticas: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV;

análise crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), entre

outros.

Filmes e vídeos sob um olhar crítico

Um filme deve ser entendido também como texto e, como tal, ç

passível de leitura pelos alunos. Os filmes são dotados de linguagem própria e

compreendê-los não significa apenas apreciar imagens e sons. ç preciso que o

professor proponha uma interpretação analítica e contextual e, assim sendo, alguns

passos devem ser seguidos:

Page 166: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

165

• a escolha do filme não deve estar relacionada somente ao conteúdo, mas

também à faixa etária e o repertório cultural dos alunos;

• aspectos da ficha técnica do filme devem estar incluídos na atividade como o

ano, o local de produção, a direção, premiações, assunto da obra, onde e

quando se passa;

• a elaboração de um roteiro que contemple aspectos fundamentais para o

conteúdo em estudo possibilitar uma melhor compreensão do trabalho,

chamando a atenção dos alunos para questões sociológicas que possam

estar correlacionadas;

• a discussão das temáticas contempladas deve estar articulada às teorias

sociológicas e à realidade histórica referida;

• a sistematização das análises a partir do filme e/ou vídeo, pode ser feita por

meio da produção de um texto ou de outro meio de expressão visual, musical,

literário para completar a atividade.

Leitura e análise de textos filosóficos

É muito importante propor a leitura e análise de textos filosóficos que

não se limitem aos livros didáticos. Os excertos dos textos filosóficos que forem

utilizados deverão ser contextualizados a fim de que o aluno possa compreendê-los

no conjunto da obra do autor, percebendo a historicidade de sua construção e a

intencionalidade das ideias desenvolvidas pelo autor. Essas ações precisam ser

empreendidas a fim de que o texto não seja tomado como verdade absoluta, nem

como resposta a todas as problemáticas acerca do conteúdo trabalhado.

Levar o estudante a compreender que escritos abordam aspectos de

um problema de determinada realidade, evidenciando quais são os aspectos

tratados e quais são os outros possíveis. Recomenda-se articular os excertos dos

textos filosóficos acadêmicos a textos de livros didáticos, procurando garantir a

cientificidade do conteúdo trabalhado, adequando-o ao universo cultural do aluno.

Destaca-se que textos literários contextualizados e articulados com o

conhecimento filosófico enriquecerão as discussões da disciplina.

O Livro Didático Público de Filosofia ç outro importante suporte teórico

e metodológico desta disciplina e constitui um ponto de partida para professores e

alunos. Assim como qualquer material pedagógico, o livro didático não esgota ou

supre todas as necessidades que o ensino da Filosofia requer no Ensino Médio.

Page 167: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

166

AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino de Filosofia, proposta nestas Diretrizes, pauta-se

numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam

afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula.

Conforme a LDB nº 9394\96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na sua

função diagnóstica e processual, isto ç, tem a função de subsidiar e redirecionar o

curso da ação no processo ensino-aprendizagem. A avaliação não se resumiria em

perceber o quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história da

filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar

deste ou daquele tema.

Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e

articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática

avaliativa que vise desnaturalizar conceitos tomados historicamente como

irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior

participação na sociedade.

Nesses termos, a avaliação formativa deve servir como instrumento

docente para a reformulação da prática através das informações colhidas. A

avaliação também se pretende continuada, processual, por estar presente em todos

os momentos da prática pedagógica e possibilitar a constante intervenção para a

melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

Os instrumentos de avaliação em Filosofia, atentando para a

construção da autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino

e aprendizagem da disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em

debates, que acompanham os textos ou filmes; produção de textos que demonstrem

capacidade de articulação entre teoria e prática, dentre outras possibilidades. Várias

podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las, a

clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão,

compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo, expressão oral ou

escrita da sua percepção de mundo. Levando em conta a atividade com conceitos, a

capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses

subjacentes aos temas e discursos.

Page 168: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

167

A forma de agir metodologicamente no ensino da Filosofia em

nível médio aproxima estudantes e professores nas indagações e esses da

realidade social devolvendo o conhecimento científico. Cabe ao ensino das diversas

disciplinas curriculares no Ensino Médio e, também da Filosofia, despertar a

consciência da força dessas mudanças.

Demonstrar nexos de responsabilidade entre a ciência e a

política pode devolver aos professores e alunos, a dimensão social desse

conhecimento nos currículos de Filosofia.

As contribuições sobre a disciplina requerem visões e

interpretações de maior compreensão e menor margem de equívocos ou

reducionismos. A iniciação metodológica da Filosofia na escola deve passar pela

simplicidade, ainda que se lide com a complexidade.

REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS

BOFF, Leonardo. Ethos Mundial. Rio de Janeiro, Sextante,2003.

CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. São Paulo, ática, 2005.

CHAUÍ, Marilena. Filosofia. São Paulo, ática, 2004.

CNE/CES nº 492/2001, aprovado em 3 de abril de 2001. Diretrizes Curriculares

Nacionais dos cursos de Filosofia, História, Geografia, Serviço Social, Comunicação

Social, Ciências Sociais, Letras, Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia. Diário

Oficial da União, Brasília, DF, 9 de julho de 2001. Seção 1, p. 50.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia. São Paulo, Saraiva.

Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Filosofia, SEED-PR, 2008.

GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia. Cia das Letras, São Paulo, 1996.

GELB, Michael J.. Aprendendo a Pensar com Leonardo da Vinci. ática,2003.

OSBORNE, Richard. Filosofia para Principiantes. Rio de Janeiro, Objetiva, 1998.

TELES, Maria Luiza Silveira. Filosofia Para Jovens. Petrópolis, Vozes, 2001.

Page 169: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

168

APÊNDICE VII - FÍSICA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Física é, por excelência, a ciência do cotidiano. Todos os fenômenos

observados pelo aluno desde que se levanta da cama, são objetos de estudo da

Física. Assim, a sucessão de dias e noites, a luz do sol, o aquecimento da água para

o café, o caminhar até a escola, a chuva, os ventos, o cair de uma folha de árvore, o

movimento de automóveis e bicicletas, o voo e o som dos pássaros, aviões e

helicópteros, entre mil outros eventos, perceptíveis ou não,são partes do universo de

que trata a Física.

Para além do simples observar, a disciplina de Física sistematiza e

explica os fenômenos naturais, facultando, dessa forma, um domínio gradativo do

homem sobre a natureza – necessário para a autodefesa, em primeira instância –

mas também promovendo conforto e facilidades, a exemplo dos transportes e das

comunicações, tão facilitados nos dias de hoje.

O ensino da Física – e das ciências em geral – nas escolas de nível médio é

tão importante, quanto é, para um país, a produção de tecnologias próprias. O

Brasil, país de vasto território e de economia predominantemente agrícola, não pode

se furtar ao desenvolvimento científico, que lhe garantiria autonomia na produção de

máquinas modernas e eficientes, sem necessidade de importá-las de outros países.

O germe de cientistas e tecnólogos se produz já na escola média, que desperta no

educando suas aptidões através de disciplinas como Física, Química e Biologia – as

chamadas ciências puras. O fazer científico de um país passa, portanto, pela

transmissão das leis fundamentais da natureza, o que poderíamos chamar de “

alfabetismo científico ”, que tem início nos ensinos fundamental e médio. Hoje, mais

do que nunca, ensinar ciências é fundamental para a formação de um cidadão livre e

consciente, porque lhe promove o raciocínio lógico e o coloca em posição de

conforto nas relações com o mundo que o cerca.

Page 170: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

169

OBJETIVOS GERAIS

Desenvolver no aluno uma cultura científica para que ele consiga

interpretar fatos, fenômenos e processos naturais, indispensável para a formação do

cidadão contemporâneo, assim como facultar uma autonomia de aprendizagem e

independência de ação, desenvolvendo-lhe a criatividade e o raciocínio lógico,

qualificando-o a resolver problemas cotidianos de ordem prática e/ou teórica,

inserindo-o, em maior ou menor grau, na massa pensante dos que constróem ou

construirão as tecnologias do nosso país. Assim, busca-se contribuir para o

desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção

científica e compreender a necessidade deste conhecimento para entender o

universo de fenômenos que o cerca, percebendo a não neutralidade de uma

produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta

ciência, seu comprometimento e envolvimento com as estruturas que representam

esses aspectos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes foram escolhidos através de estudo de

história da ciência/disciplina, tendo em vista o quadro conceitual de referência da

Física.

São eles: Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo, porque

esses três conteúdos são, na verdade, grandes campos de estudo, teorias cujas

identidades, conceitos e idéias nelas presentes, permitem a compreensão do objeto

de estudo da Física da forma mais abrangente possível para o ensino médio.

Esses três campos foram escolhidos, porque, embora tenham evoluído

separadamente, representam teorias unificadoras:

• o estudo dos movimentos, a mecânica de Newton, unificou a estática, a

Dinâmica e a Astronomia (Séc. XVII);

• a Termodinâmica unificou os conhecimentos sobre os gases, pressão,

temperatura e calor (séc. XIX );

• a teoria Eletromagnética unificou o Magnestismo, a Eletricidade e a Óptica

(séc. XIX ).

Page 171: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

170

A interdependência entre esses três campos nos obriga a buscar, para

um mesmo conteúdo, às vezes, os referenciais teóricos dos três campos de estudo.

Por exemplo, o estudo da luz, que tem os seus referenciais teóricos no

Eletromagnetismo, mas também, no estudo dos movimentos. Daí a dificuldade em

se destinar cada um desses conteúdos à uma série diferente.

CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

1º ANO

• Movimento Retilíneo e Uniforme

• Movimento retilíneo Uniformemente Variado

• Composição de movimento

• Movimento Circular Uniforme

• Força e Movimento

• Leis de Newton

• Energia Mecânica

• Tipos de Energia

• Trabalho de uma força

• Lei de conservação da energia mecânica

2º ANO

• Calor, presença universal

• Medidas de temperatura: escalas termométricas

• Dilatação térmica

• Transporte de calor; isolamento térmico

• Aquecimento e clima

• Aquecimento e técnica

• Cálculo da energia térmica

• Os materiais e as técnicas: mudanças de estado

• Mudanças sob pressão

• Transformações gasosas

• Termodinâmica: potência e perdas térmicas

• Medida e controle de temperatura

• Transformações térmicas

Page 172: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

171

• Princípios da termodinâmica; máquinas térmicas

• A visão; câmera escura; fotografia; o olho humano

• As cores da luz e sua decomposição

• Reflexão da luz; espelhos planos e esféricos

• Refração da luz; lentes esféricas

• Instrumentos ópticos e defeitos da visão

3º ANO

• A eletricidade está em tudo

• Carga elétrica; eletrização de um corpo

• Força elétrica; Lei de Coulomb

• Campo elétrico

• Campo elétrico uniforme

• Energia potencial elétrica

• Potencial elétrico

• Diferença de potencial elétrico

• Tensão elétrica, corrente elétrica e resistência elétrica

• Circuito elétrico elementar e seu funcionamento

• Leis de Ohm

• Energia elétrica X potência elétrica; consumo de energia elétrica nos

aparelhos; efeito joule

• Magnetismo

• Força magnética e corrente elétrica

• Interação entre campo elétrico e campo magnético

• Motores elétricos, imãs e bobinas; campanhias e medidores elétricos.

ENCAMINHAMENTOS METOLÓGICOS

No trabalho com os conteúdos de ensino, seja qual for a metodologia

escolhida, é importante que, o professor considere o que os estudantes conhecem a

respeito do tema para que ocorra uma aprendizagem significativa.

O fazer metodológico no ensino de Física deve considerar o saber

acumulado do aluno, procurando canalizar suas concepções espontâneas extraídas

Page 173: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

172

do cotidiano, para uma concepção científica que sintetiza o saber socialmente

construído e sistematizado, filtrando-se nesse processo, seus equívocos e vícios

conceituais.

O professor, no papel de mediador, deve proporcionar ao aluno

situações de dúvidas essenciais, para que ele mesmo busque as respostas. A partir

dos fenômenos, pode solicitar dele, indicações de caminhos possíveis, sem nunca

mostrar conclusões científicas logo de saída. Na diversidade de realidades

individuais, deve criar um clima onde a interação entre colegas, garanta uma troca

de informações e sugestões, numa construção coletiva e gradativa, através de

experimentos e discussões. Quando houver discrepância entre as conclusões dos

alunos e o saber científico, o professor deve mediar, apresentando novos elementos

para novas discussões e conclusões, até que todos se apropriem dos saberes

científicos que fundamentam os fenômenos.

O livro didático é uma importante ferramenta pedagógica a serviço

professor como é o computador, a televisão, a rede web, etc. Mas, sua eficiência,

assim como a de outras ferramentas, está associada ao controle do trabalho

pedagógico, responsabilidade do professor. O pedagogo do livro deve ser o

professor e não o contrário.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve acontecer baseada em critérios objetivos e

subjetivos.

Nos primeiros, deve se considerar as apropriações dos alunos dos

saberes específicos das leis da Física, das terminologias, grandezas e unidades,

resolução de problemas. Nos segundos, a mudança de comportamento do aluno

deve indicar se o mesmo está evoluindo no entendimento dos assuntos abordados a

ponto de estar ampliando o entendimento sobre os fenômenos que antes observava

de modo passivo. Isso deve modificar a postura do aluno em relação à visão da

Física e fazer despertar nele um interesse antes não apresentado, ou pelo menos,

eliminar o repúdio inicial que amiúde acontece. Deve se buscar , sempre, uma

avaliação do processo de aprendizagem como um todo, não só para verificar a

apropriação do conteúdo, mas para, a partir dela, o professor encontrar subsídios

para intervir.

Page 174: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

173

Nas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, propõe-se formar

sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o

contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento,

sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociadade.

REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS

Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Física - 2008

BRASIL / MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9 394 / 96

BRASIL / MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília:MEC / SENTEC, 2002

BRASIL / MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: PCNs + Ensino Médio.Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC /SENTEC, 2002

CARRON, W. Guimarães, O. As Faces da Física. 1ª ed. São Paulo. Moderna,1999

KUENZER, A. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem dotrabalho. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2001.

LOPES, A. R. C. Conhecimento Escolar: ciência e cotidiano. Rio de janeiro:EdUERJ, 1999.

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO-USP / GRUPO DEREELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA-GREEF. Coleção do Professor. SãoPaulo: Edusp, 1991

MENEZES,L. C. A Matéria. São Paulo: SBF, 2005

ROCHA, J. F. (Org. ) Origem e evolução das idéias da Física. Salvador:EDUFRA, 2002.

www.sbfísica.org.br/rbef

www.fsc.ufsc.br/ccef

www.ufsem.br/cienciaeambiente

http://www.ifi.unicamp.br/~ghtc/

www.scielo.br

Revista eletrônica de Ensino de Ciências

Page 175: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

174

APÊNDICE VIII - GEOGRAFIA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

A Geografia surgiu, enquanto saber oficial, no início do século XIX,

quando vêm a público as obras dos alemães : Alexander Von Humboldt ( 1769-

1859) e Karl Ritter (1779-1859).

Afirmar que a geografia científica surgiu no século XIX,em território

alemão, não significa negar um saber geográfico anteriormente produzido,

assegurava que a geografia é um saber tão antigo quanto a própria história dos

homens. Desde os primórdios da história humana, os povos já eram dotados de uma

mobilidade espacial, decorrente tanto do exercício da curiosidade como da

necessidade de reprodução da própria sociedade, que levou ao conhecimento de

regiões diferentes daquelas da habitação inicial.

Essas migrações permitiram a ampliação do conhecimento da

superfície terrestre e propiciaram o registro e a transmissão desse saber geográfico.

Os gregos foram os precursores na produção de um saber geográfico de forma

sistematizada. Esse pioneirismo grego explica-se, pelo desenvolvimento do

comércio. O comércio é a fonte principal de contato com o “desconhecido”, ele

estimula a curiosidade e obriga à sistematização das informações e conhecimentos

geográficos. As descrições dos lugares (aspectos sociais, culturais, políticos,

econômicos, bem como características físico-naturais), tornam-se uma necessidade

prática, juntamente com a produção de mapas. Esse saber geográfico era

produzido, principalmente, por mercadores, navegantes, militares, historiadores,

filósofos e matemáticos. A Geografia, encontrava-se diluída na filosofia grega. A

produção do saber geográfico na Antiguidade deu-se, por duas formas de

expressão: vertente histórico-descritiva (narrativas de viagens e descrições

regionais); vertente matemático-cartográfico (estudos referentes à forma e à

dimensão da Terra e representações cartográficas). Na vertente histórico-descritiva,

destacam-se as contribuições de Heródoto, Hipócrates e Estrabão.

HERÓDOTO foi o primeiro pensador a apresentar aspectos

geográficos em suas obras. Conheceu, praticamente, todo o território dominado pela

Grécia na época. Descreveu os lugares por ele conhecidos, sempre enfatizando

Page 176: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

175

seus aspectos geográficos. Foi um dos primeiros a estabelecer uma relação entre o

meio e as características dos homens.

HIPÓCRATES “Dos ares, dos mares e dos lugares”, estabelece uma

associação entre o meio geográfico e a formação psicológica e fisiológica dos povos.

ESTRABÃO nome mais importante da vertente histórico-descritiva. É

atribuído a ele a primeira grande obra de sistematização da Geografia. Na vertente

matemático-geográfica destacam-se: Erastótenes, Hiparco e Ptolomeu.

HERASTÓTENES realiza estudos sobre a medição da Terra. Dividiu a

circunferência da Terra em meridianos e paralelos.

HIPARCO dividiu a circunferência da Terra em 360 graus.

PTOLOMEU sua obra foi composta de cosmografia e geografia,

agrupou um conjunto de mapas e comentários sobre a forma e a dimensão da Terra,

além de informações sobre localização precisa de fenômenos.

A Geografia tem assumido importante papel na sociedade em que

vivemos, pois nosso espaço geográfico está em constante transformação. Estamos

numa época de grandes avanços tecnológicos, onde as informações são

transmitidas com muita rapidez e em grande volume pelos meios de comunicação,

ficando assim, impossível acompanhar e entender as muitas mudanças, os fatos e

os fenômenos naturais que ocorrem no mundo sem os conhecimentos geográficos.

OBJETIVOS GERAIS

Seu objetivo de estudo é hoje entendido como o espaço geográfico e

sua composição conceitual básica – Lugar, Paisagem, Região, Território, Natureza,

Sociedade... Seguindo correntes de pensamentos com posições filosóficas e

políticas distintas, considerando a existência de uma dicotomia entre geografia

física, humana, política e econômica a qual estamos buscando superá-la. Assim, o

conceito adotado para o objetivo de estudo da Geografia nas diretrizes curriculares é

o espaço geográfico, entendido como o espaço produzido (Lefebvre, 1974) e

apropriado pela sociedade, composto por objetivos (naturais, culturais, políticos e

econômicos) inter-relacionados (Santos, 1996). Todo nosso espaço geográfico está

em transformação em todos os aspectos e precisamos conhecer o espaço em que

vivemos para melhor compreender todas essas transformações. Dessa perspectiva

os objetivos naturais.

Page 177: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

176

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA

5ª Série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Dimensão econômica do espaço geográfico;

• Dimensão política do espaço geográfico;

• Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico;

• Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;

• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais,

• A distribuição espacial das atividades produtivas e a organização do espaço

geográfico;

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

• A evolução demográfica , a distribuição espacial da população e os

indicadores estatístico;

• A mobilidade populacioanal e as manifestações socioespaciais da

diversadade cultural;

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Estudo das paisagens e lugares: como o ser humano modifica a paisagem;

• As paisagens e o trabalho humano; as atividades econômicas e a divisão

social e territorial do trabalho;

• Linguagem cartográfica: convenções, representações;

• A orientação no espaço: como o ser humano se orienta através dos

instrumentos, coordenadas , mapas, linhas imaginárias e escalas;

• Os movimentos da Terra influenciando a vida do homem;

• Partindo desse movimento “local” para o sistema solar;

• Teoria do Criacionismo e Evolucionismo;

• O tempo e as transformações da Terra através do desenvolvimento das

técnicas;

Page 178: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

177

• Desenvolvimento das atividades econômicas conforme os setores;

• Sociedade consumista e o mercado consumidor;

• As formas de relevo e os diferentes tipos de exploração;

• As rochas e os minerais;

• A atmosfera, o clima e a vegetação: classificação e a interelação existente na

formação de um ecossistema;

• Hidrografia: as diferentes apresentações, utilização e poluição desse recurso

vital;

• Desafios Educacionais Contemporâneos: História e Cultura Afro-Brasileira;

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação Ambiental; Educação Fiscal;

Enfrentamento a Violência contra a criança e o adolescente e Gênero e

Diversidade Sexual.

6ª Série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Dimensão econômica do espaço geográfico;

• Dimensão política do espaço geográfico;

• Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico;

• Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

CONTEÚDOS BÁSICOS

• A formação, mobilidade das fronteiras e a configuração do território

brasileiro;

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias

de exploração e produção;

• As diversas regionalizações do espaço brasileiro;

• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural no território

brasileiro;

• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e

indicadores específicos;

• Movimentos migratórios e suas motivações;

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços

urbanos e a urbanização;

Page 179: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

178

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a organização do

espaço geográfico;

• A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• A formação do território brasileiro;

• Definição das fronteiras brasileiras conforme os ciclos econômicos;

• Extensão, limites, fronteira terrestre e marítma;

• A formação da população brasileira considerando as três raízes: índios,

negros e brancos;

• Distribuição indígena no território brasileiro, espaços indígenas e órgãos

defensores;

• Definindo regionalização; as regionalizações mais utilizadas no Brasil;

• Região Nordeste: Mata Atlântica, as sub-regiões Zona da Mata, Agreste,

Sertão e Meio Norte;

• Região Sudeste: Ciclos econômicos e a produção do espaço geográfico;

• Região Sul: Tropeirismo, imigração estrangeira, impactos ambientais

promovidos pela ação do homem;

• Região Centro-Oeste: Povoamento escasso , concentração dos latifúndio,

trabalho escravo,

• Região Norte: Construção do espaço antes e depois de 1930; reservas

extrativas, biopirataria, população ribeirinha.

• A indústria brasileira: tardia ou retardatária, Revolução Industrial,

concentração e desconcentração;

• Fontes de energia: petróleo, carvão,hidrelétricas, termonucleares e alcool;

• Desafios Educacionais Contemporâneos: História e Cultura Afro-Brasileira;

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação Ambiental; Educação

Fiscal; Enfrentamento a Violência contra a criança e o adolescente e Gênero

e Diversidade Sexual.

7ª Série

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

• Dimensão política do espaço geográfico.

• Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

• Dimensão econômica do espaço geográfico.

Page 180: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

179

• Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

CONTEÚDO BÁSICO

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

continente americano;

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado;

• O comércio em suas implicações socioespaciais;

• A circulação da mão-de-obra, do capital das mercadorias e das informações;

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a organização do espaço

geográfico;

• As relações entre o campo e as cidades na sociedade capitalista;

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• A evolução demográfica da população,sua distribuição espacial e os

indicadores estatísticos ;

• Os movimentos migratórios e suas motivações;

• As manifestações da diversidade cultural;

• Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

CONTEÚDO ESPECÍFICO

• Países desenvolvidos e subdesenvolvidos;

• Países centrais e periféricos, capitalismo comercial, industrial e

neocolonialismo;

• As bases históricas do subdesenvolvimento, colonialismo, fatores internos,

dívida externa e subdesenvolvimento;

• América Latina: Regionalização, aspectos físicos gerais, distribuição das

industrias, agropecuária, Mercosul. Países dependentes com economias de

base mineral, na agropecuária e na pesca;

• Continente Africano: A penetração capitalista européia no continente, suas

consequências, o colonialismo, descolonização africana e as fronteiras

artificiais. Aspectos físicos e os impactos ambientais. Regionalização, países

com base em produtos primários, agricultura de subsistência e geopolítica;

• Países asiáticos com economias no petróleo, na agropecuária na extração

mineral e no turismo;

• O Oriente Médio: localização, divisão política, população e traços étnicos;

Page 181: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

180

• Israel e a questão da Palestina. Focos de tensão no Oriente Médio;

• Antártida: condições físicas e naturais, abundancia de petróleo e escassez de

terras férteis;

• Desafios Educacionais Contemporâneos: história e cultura Afro-brasileira,

Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação Ambiental, Educação Fiscal,

Enfrentamento a violência contra a criança e ao adolescente, Gênero e

diversidade sexual.

8ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

• Dimensão política do espaço geográfico.

• Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

• Dimensão econômica do espaço geográfico.

• Dimensão socioambiental do espaçogeográfico.

CONTEÚDO BÁSICO

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

continente americano;

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado;

• O comércio em suas implicações socioespaciais;

• A circulação da mão-de-obra, do capital das mercadorias e das informações;

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a organização do espaço

geográfico;

• As relações entre o campo e as cidades na sociedade capitalista;

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• A evolução demográfica da população,sua distribuição espacial e os

indicadores estatísticos ;

• Os movimentos migratórios e suas motivações;

• As manifestações da diversidade cultural;

• Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

Page 182: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

181

CONTEÚDO ESPECÍFICO

• América Anglo-saxônica: Estados Unidos da América: distribuição da

população, os primeiros habitantes, agricultura poderosa, espaço urbano

industrial, economia e megalópoles;

• Canadá: divisão política , baixo povoamento, povos autóctones, o

separatismo no Quebec, solo limitado, exploração madeireira, agropecuária e

atividades industriais;

• Japão e os Tigres Asiáticos: potência econômica, Era Meiji, industrialização,

comércio exterior, megalópole, alta tecnológia, nível de vida elevado e a falta

de espaço físico;

• Oceania: Austrália e Nova Zelândia, localização, povoamento e extermínio

dos nativos, aspectos físicos e econômicos;

• Continente Europeu: Aspectos físicos, regionalização, diversidade humana,

herança da guerra fria, União Europeia, desigualdades regionais e os novos

países da União Europeia;

• Países fora da União Soviética, países da ex-Iugoslávia, países ex-

socialistas, CEI comunidade dos Estados Independentes, e o uso da energia

como arma de política externa;

• Desafios Educacionais Contemporâneos: História e Cultura Afro-Brasileira;

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação Ambiental; Educação Fiscal;

Enfrentamento a Violência contra a criança e o adolescente e Gênero e

Diversidade Sexual.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

• Dimensão política do espaço geográfico.

• Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

• Dimensão econômica do espaço geográfico.

• Dimensão socioambiental do espaçogeográfico.

CONTEÚDO BÁSICO

• A formação e transformação das paisagens;

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

Page 183: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

182

• A distribuição espacial das atividades produtivas e a organização do espaço

geográfico;

• A formação, localização dos recursos naturais.

• A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da

produção;

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual

configuração territorial;

• A circulação de mão-de-obra do capital, das mercadorias e das informações;

• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente;

• A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os

indicadores estatísticos;

• Os movimentos migratórios e suas motivações;

• As manifestações socioespaciais da diversidade culturais;

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• As implicações socioespaciais do processo de mundialização;

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

CONTEÚDO ESPECIFÍCO

• Movimentos da Terra:Movimentos de rotação e translação. Solstícios e

equinócios, estações do ano;

• Localização e orientação:Coordenadas geográficas, Paralelos/Meridianos,

Latitude/longitude.

• Cartografia:Tipos de mapas, seus elementos e linguagem dos mapas

• O tempo geológico e as placas tectônicas: A evolução geológica da Terra,

Estrutura da Terra, teoria das placas tectônicas. Dinâmicas Interna e Externa

da Terra;

• Relevo terrestre: Classificação do relevo brasileiro segundo Ab´Saber e

Jurandir Ross.

• A atmosfera, Clima e fenômenos meteorológicos:

• Fatores e atributos que influenciam no clima. Fenômenos climáticos e a

interferência humana;

Page 184: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

183

• A formação e expansão do território brasileiro.

• Expansão territorial no Brasil colônia, no Império e na República até a atual

divisão política.

• Caracterização do espaço brasileiro.

• Posição geográfica, localização e fronteiras.

• Regionalização do Brasil, Organização político-territorial e administrativa do

Brasil.

• População brasileira;

• Crescimento e formação étnica, distribuição e estrutura da população.

Movimentos migratórios.

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• Reforma Agrária , atividade agrária, latifúndios, Movimentos sociais no

campo;

• Agricultura e natureza;

• A circulação de Mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

• As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista;

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente;

• População brasileira. Crescimento e formação étnica, distribuição e estrutura

da população;

• Movimentos migratórios e suas motivações;

• As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.

• A revolução técnico-cientifico informacional e os novos arranjos no espaço da

produção;

• A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;

• A transformação demográfica, a distribuição espacial da população e os

indicadores estatísticos;

• Os movimentos migratórios e suas motivações;

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• O espaço rural e a modernização da agricultura. Reforma Agrária , atividade

agrária, latifúndios, Movimentos sociais no campo. Agricultura e natureza;

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente;

• População brasileira. Crescimento e formação étnica, distribuição e estrutura

da população;

Page 185: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

184

• Movimentos migratórios e suas motivações.

• Desafios Educacionais Contemporâneos: história e cultura Afro-brasileira,

Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação Ambiental, Educação Fiscal,

Enfrentamento a violência contra a criança e ao adolescente, Gênero e

diversidade sexual.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICO

Ao longo do processo de ensino-aprendizagem os conteúdos

estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos. Faz parte

diária conforme o conteúdo trabalhado os conceitos básicos da ciência Geografia,

são eles: lugar, região , natureza e sociedade. A Geografia tem como objeto de

estudo o Espaço Geográfico, sendo este a compreensão da realidade que nos

cerca, a interdependência entre a natureza e as transformações criadas pelo homem

e as relações sociais que se desencadeiam desse processo. A necessidade

constante da análise das relações espaço-temporal com o objetivo de fundamentar

os conteúdos apresentados, levando em conta a realidade local, regional, estadual,

nacional e mundial. A linguagem cartográfica faz parte da prática diária, conforme o

conteúdo trabalhado, tendo que ser apresentado aos educandos de maneira

progressiva de acordo com a série. Consideração pontual em relação às culturas

afro-descendente e indígena, assim como de maneira primordial as questões

ambientais, ou seja, o desenvolvimento em busca de uma educação ambiental,

presente não só na ciência Geografia como nas demais ciências, possibilitando a

interdisciplinaridade. As principais metodologias utilizadas pelos professores de

Geografia, são:

● Aulas expositivas;

● Trabalhos de pesquisa;

● Apresentação dos trabalhos de pesquisa realizados pelos alunos;

● Exposição de trabalhos realizados pelos alunos;

● Debates reflexivos;

● Seminários;

● Exercícios em sala de aula;

● Leitura/análise/interpretação de textos, jornais, revistas, etc.;

● Questões problemas;

Page 186: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

185

● Estudos de caso, tema proposto;

● Confecção e interpretação de mapas;

● Uso do livro didático;

● Resoluções de questões do ENEM e VESTIBULAR.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um instrumento que identifica o reconhecimento do

aluno em entender o processo de formação e transformação das paisagens, as

formas de apropriação da natureza, localizando no espaço, formando e

compreendendo os conceitos de paisagens, lugar, região, território, natureza e

sociedade, as relações existentes entre as ações sociais, econômicas, culturais e

politicas, identificando as relações existentes entre espaço urbano e o rural, a

evolução e a distribuição da população , os indicadores demográficos, as

manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais e as diferentes formas de

regionalização do espaço geográfico. Relacionando e compreendendo as questões

ambientais, politicas e culturais dos continentes.

O processo de avaliação se dá de forma contínua e concomitante de

forma que o aluno se aproprie dos conceitos, faça a leitura do espaço através dos

instrumentos como mapas, tabelas, gráficos e imagens, compreendendo a formação

natural das diferentes paisagens pela ação humana. Identificando os problemas

ambientais globais, a exploração extrativista e o uso dos recursos naturais.

Reconhecendo as influências dos avanços tecnológicos, a importância da revolução

técnico-cientifica e sua relação com os espaços de produção, a circulação de

mercadorias e nas formas de consumo, analisando as novas tecnologias na

produção industrial e agropecuária como fator de transformação do espaço.

Entender as redes de comunicação e de informações na formação dos espaços

mundiais, as ações da OMC, FMI e Banco Mundial a regionalização dos espaços

mundias e a importância das relações de poder na configuração das fronteiras e

territórios.

Page 187: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

186

LEGISLAÇÃO

Conforme a Legislação que vigora, cientes de sua obrigatoriedade,

deverão constar nos planos de ação 'Bimestral', os Desafios Educacionais

Contemporâneos e a diversidade, que serão abordados de maneira contextualizada,

os temas deverão ser trabalhado de maneira articulada as especificidades aos

conteúdos básicos. São eles:

● Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira;

● Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;

● Lei 9799/95 – Educação Ambiental;

● Educação Fiscal;

● Enfrentamento a Violência contra a criança e o adolescente;

● Gênero e Diversidade Sexual.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SAMPAIO, Francisco Coelho. Redescobrindo o planeta azul: a Terra pede ajuda

5ª, 6ª,7ª e 8ª séries/Francisco Coelho Sampaio; ilustração Adilson Farias, Luis

Moura, Axel Sande- 2 ed. Curitiba: Positivo, 2005.

MOREIRA, Igor Antônio Gomes. Construindo a Geografia. São Paulo: Atica, 2004.

Projeto Araribá: geografia/obra coletiva, concebida, desenvolvida e produzida pela

Editora Moderna; editora responsável Virgínia Aoki. 1 ed. São Paulo: Moderna, 2006

LUCCI, Elian Alabi, 1943 – Geografia:homem e espaço: a organização do espaço

brasileiro, 6ª série/ Elian Alabi Lucci, anselmo Lazaro Branco. 17.ed.e atual. - São

Paulo: Saraiva, 2005.

Page 188: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

187

LUCCI, Elian Alabi, 1943 – Geografia: homem e o espaço: o capitalismo, as

condições de desenvolvimento, os blocos econômicos e o espaço americano – 7ª

série/Elian Alabi Lucci, Anselmo Lazaro Brona. - 20 ed.rev. E atual. - São Paulo:

Saraiva, 2005.

LUCCI, Elian Alabi, Geografia: o homem e espaço: as relações internacionais e a

organização do espaço mundial, 8ª série.ed.Saraiva, 2005.

VISENTINE, José Wilian, VLACH Vânia. O espaço social e o espaço Brasileiro.

Ed. Atica.

MOREIRA, Igor Antonio Gomes. Geografia: geografia geral e do Brasil/ Igor A. G.

Moreira – 1 ed, São Paulo: Atica, 2005.

SIMIELLI, M. E. R. Cartografia no ensino fundamental e médio. In: CARLOS,

A.F.A. (Org.). A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.

ADAS, Melhem / Melhem Adas ; comunicação cartográfica Marcelo Martinelli – 5º.

ed. - São Paulo: Moderna, 2006.

DCE - Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Secretária de Estado de

Educação do Paraná - 2008.

Page 189: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

188

APÊNDICE IX – HISTÓRIA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A História tem como objeto de estudos os processos históricos relativos

às ações e às relações humanas praticadas no tempo. A relação do ensino de

História com a formação de uma democracia radical por meio da construção do

conhecimento histórico percebe-se a necessidade da valorização dos “sujeitos

históricos”, não somente como objeto de análise historiográfica, mas como agentes

que buscam a construção do conhecimento através da reflexão retórica e, portanto,

da produção conceitual, de sua prática vivencial e investigativa no universo escolar.

O conhecimento histórico é sistematizado a partir de um processo de

investigação que tem como objeto às “ações humanas”, praticadas no passado e as

respectivas “intenções” ou “sentidos” que seus agentes deram as suas atitudes.

Possui um método específico baseado na explicação e interpretação de fatos

passados, por meio de provas construídas a partir de fontes ou documentos, na

forma de uma narrativa histórica multi perspectivada. A finalidade é expressa no

processo de autoconhecimento humano, sob a forma da “consciência histórica” dos

sujeitos, voltada para a interpretação dos sentidos do pensar histórico.

Os processos históricos estão articulados em determinadas relações

causais: acontecimentos históricos em determinado local, tempo e espaço; relações

interna e externa; transformações e a complexidade.

Os referenciais teóricos devem permitir a seleção temática através de

uma conceitualização problematizadora e explicação que abordam a narrativa

histórica.

OBJETIVOS

A História tem como objeto de estudos os processos históricos relativos

às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que

os sujeitos deram às mesmas, tendo ou consciência dessas ações.

Ensino de História contribui para a formação de uma consciência

histórico-crítica dos alunos.

Page 190: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

189

Objetivo da História: Desenvolver o senso-crítico, a reflexão histórica.

Aluno – agente de transformação da sociedade com intuito de uma

sociedade mais justa, humana, fraterna, diminuição das desigualdades sociais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Conteúdos por série: Dimensões Política, Econômica, Social e Cultural.

5ª série

• Pré –História e Idade Antiga

6ª série

• Idade Medieval e Moderna

7ª série

• Idade Moderna e Contemporânea

8ª série

• Idade Contemporânea e Brasil

ENSINO MÉDIO

1º ANO

• Trabalho – Relações de trabalho:

◦ O mundo do trabalho em diferentes sociedades

◦ Construção do trabalho assalariado

◦ Transição do trabalho escravo para o livre/ contexto das sociedades

brasileira e estadunidense

◦ Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho

contemporâneo

◦ Trabalho na sociedade contemporânea

◦ Industrialização e urbanização no Brasil

Page 191: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

190

2º ANO

• Poder – Relações de poder:

◦ Estado nos mundos Antigo e Medieval

◦ Formação dos Estados Nacionais

◦ Relações de poder e violência no Estado

◦ O Estado Imperialista

◦ Paraná – urbanização e industrialização

3º ANO

• Cultura –Relações culturais:

◦ As cidades na História

◦ Relações culturais nas sociedades grega e romana

◦ Relações culturais na sociedade medieval

◦ Sociedade moderna/ movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos

◦ Urbanização e industrialização no século XIX

◦ Sociedade contemporânea/ movimentos sociais, políticos e culturais

◦ Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

• Apropriar conceitos Históricos

• Construir o conceito de tempo de forma multidimensional

• Compreender a História como prática social

• Compreender o processo histórico como algo permanente

• Conhecer o método e problematização das fontes históricas

• Respeitar a diversidade etno-racial, religiosa, social e econômica

Page 192: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

191

APÊNDICE X - INGLÊS

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O ensino da Língua Estrangeira está norteado para um propósito maior

da educação, considerando as contribuições de Giroux (2004) “ao rastrear as

relações entre língua, texto e sociedade, as novas tecnologias e as estruturas de

poder que lhes subjazem”. Isso implica que a mesma não deve se restringir apenas

como meio para se atingir fins comunicativos, mas também ensinar e aprender

percepções de mundo e maneiras de construir sentidos, oportunizando-o a engajar-

se discursivamente e a perceber possibilidades de construção de significados em

relação ao mundo em que vive.

A língua estrangeira pode contribuir para a construção das identidades

dos sujeitos alunos através do desenvolvimento da consciência sobre o papel

exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no panorama

internacional.

As aulas de língua estrangeira devem permitir ao aluno reconhecer e

compreender as diversidades linguísticas e culturais e, a partir do confronto para sua

própria identidade, interagindo na sociedade como participante ativo.

Com embasamento em princípios da abordagem comunicativa,

aplicados ao ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira, com ênfase no uso

apropriado da língua em diferentes situações de interação social, se faz presente na

contextualização de estruturas, funções da linguagem e vocabulário, por meio de

assuntos de interesse dos alunos das mais diferentes faixas etárias; na

comunicação oral, encorajada desde o início, por meio de atividades em duplas ou

em grupos, enfatizando a interação aluno/ aluno e professor/ aluno; na prática de

leitura e produção de textos de diferentes gêneros e, significativos para os alunos;

integração equilibrada entre comunicação escrita e oral e projetos extracurriculares

que oferecem aos alunos a oportunidade de transferir seus conhecimentos

linguísticos para outras áreas de conhecimento. Para tanto,a proposta adotada

nestas Diretrizes se baseia na corrente sociológica e nas teorias do Círculo de

Bakhtin2, que concebem a língua como discurso.

Page 193: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

192

Busca-se, dessa forma, estabelecer os objetivos de ensino de uma

Língua Estrangeira Moderna e resgatar a função social e educacional desta

disciplina na Educação Básica.

OBJETIVOS

• Vincular as práticas pedagógicas ao contexto histórico social;

• Oportunizar o desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pelas

línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no panorama;

• Conciliar a apropriação dos conhecimentos específicos de língua estrangeira

com a compreensão crítica da sociedade;

• Contribuir para a formação de cidadãos críticos, participantes ativos na

sociedade, não limitados às suas comunidades locais, mas capazes de se

relacionarem com outras comunidades e outros conhecimentos, contribuindo

assim para a inclusão social;

• Utilizar tipos diferentes de bibliografias, onde ocorrerá a relação entre leitor,

texto e autor dando oportunidade ao aluno de aprimorar seus conhecimentos

em relação ao mundo e o conhecimento linguístico;

• Respeitar o conhecimento e leituras e o mundo que constituem a cultura de

cada aluno;

• Reconhecer seus elementos linguísticos: discursivos, ou seja, fazer uso das

linguísticas que se configuram como as unidades de linguagem que compõem

o texto;

• Ser capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• Conhecer sobre outras culturas bem como refletir sobre a sua própria

identidade cultural.

• Ampliar a visão de mundo e levar o aluno a comparar sua própria língua com

a língua estrangeira estudada.

Page 194: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

193

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Considerando que a centralidade do ensino de língua estrangeira são

os textos socialmente construídos, os conteúdos por série terão por base os

diferentes gêneros textuais que circulam no cotidiano.

É importante lembrar que “o trabalho em aula deve partir de um texto

de linguagem num contexto em uso, sob a proposta de construção de significados

por meio do engajamento discursivo e não pela mera prática de estruturas

linguísticas”. (SEED, 2006)

Portanto, a seleção dos textos não deve ser feita somente com a

finalidade de analisar as estruturas gramaticais, mas sobretudo com fins educativos,

valorizando o conhecimento de mundo do aluno. Nessa visão, o discurso, conteúdo

estruturante desta disciplina, envolve o texto, propriamente dito, assim como suas

condições de produção, isto é, o contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi

produzido.

A temática a ser desenvolvida deve abordar assuntos relevantes à

faixa etária e que suscitem a consciência crítica e promovam a construção de

significados.

Serão relacionados alguns conteúdos possíveis de serem abordados

por série, através dos textos a serem utilizados. Embora alguns desses conteúdos

sejam os mesmos nas diferentes séries, o que difere é o grau de complexidade dos

textos apresentados para a prática discursiva.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ªsérie

• Apresentações( Greetings)

• uso dos pronomes pessoais: I e YOU ( singular)

• uso dos pronomes my, your, his e her

• uso do what/ who

• vocabulário referente a apresentações

• uso do this/ that

• pronomes de tratamento MISS; Mr.

• Greetings/ introductions/ good byes

• school objects/ classroom objects

• countries/ nationalities

Page 195: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

194

• jobs/ part-time jobs

• Familyś tree

• animals, snacks, currency, colors

• means of transports

6ªsérie

• calendar

• the days of the week. months of the year

• ordinals numbers

• personals pronouns/ possessive adjectives

• sports( vocabulary)

• demonstratives pronouns

• plural of nouns

• uso do can

• What time is it, please ?

• Prepositions(next, near, behind, beside)

• Present Simple( verb to go)

• Interrogative Sentences

• Present Continous

• Clothes/ Currency

• Whose/ pronouns possessive

• Genitive case

• The indefinitive article a/ an

• Imperative

7ªsérie

• Service Buildings

• There is/ There are

• Adverbs of frequency

• Description of people

• Description of myself

• Order of adjectives

• Verb to have( simple present: affirmative, negative and interrogative forms)

• The body: What's the matter with you?

• Personal Pronouns: verb to be( simple past – regulars verbs)

Page 196: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

195

• Thanksgiving Day

• Simple Past( irregulars verbs)

• Invitations

• Future with “ be going to + infinitive”

8ªsérie

• Vegetables/ Food

• Fruit

• Modal verbs (I): can; could, shall. Should, will, would, may, might, must, ought

to

• Simple Past- review( regular and irregulars verbs

• Question words: who, what, how many

• Adverbs of time: a week ago, yesterday, last night, last week, last month, last

year.

• Auxiliar verbs: do , does, did, was, were

• Past Continuous: to drink( affirmative, negative and interrogative forms)

• Degrees in adjectives: comparative,superlative and igual)

• Descriptions of people and objects

• Reflexives pronouns

Ensino Médio

1ºano

• Textos de diversos gêneros;

• review about texts

• interrogatives words and verbs;

• False friends;

• to be (when referring to age);

• uses of that;

• Position of too;

• comparatives;

• personal pronouns;

• possessive adjectives and pronouns;

• possessive case of nouns;

• imperative sentences;

• plural of nouns;

Page 197: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

196

• simple present tense;

• present continuos;

• simple present tense;

• reflexive and emphasizing pronouns;

• irregular verb (review)

• Textos de diversos gêneros

• Past continus tense;

• double possessive;

• in/into;

• preposition (review);

• The word “as”

• lie;lay/some/any/no/none/every;

• the word “one”;

• can/could;

• may/might;

• gerund after prepositions;

• Future tense: shall/will/going to.

• Would/used to;

• in/on/at/ in expressions of time;

• should/Ought to.

• Borrow/ lend; must/have to.

2ºano

• Textos de diversos gêneros;

• Review: to be (present and past tense)

• Compararisons with Adjectives and Adverbs;

• The negatives prefixes;

• Past Perfect Tense;

• Compound nous and Adjectives;

• The words “very” “help”;

• Vocabulary

• Textos de diversos gêneros;

• Passive voice;

• Question Tags;

• Condicional sentences;

Page 198: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

197

• The words:

• at least/ at last/ Else/ Still/

• Any longer/ Enough/Such/So;

• Suffixes: er/or/ar/ like;

• Position of adverbs.

3ºano

• Textos de diferentes gêneros : narrativos,descritivos e informativos com

gramática contextualizada e temas variados.

• -Conhecimento lingüísticos : coesão e coerência.

• -Tempos verbais- Verbos regulares , irregulares, auxiliares, modais.

• -Advérbios de quantidade e intensidade ( “Few, many, much, a lot

of”,many,much)

• -Pronomes Idefinidos- some, any, anything, anybody, something, nothing

• -Diferentes significados de

• “as, so, too”

• -Uso dos modais , can could, must, should ought to.

• -Graus do comparatives e superlativo.

• -Phrasal Verbs

• -Ampliação vocabular- Palavras e expressões.

• -Prática da Oralidade

• -Interculturalidade

Objetivo de cada série

5ª série

• Práticas discursivas: Leitura, escrita e oralidade

• Leitura e interpretação de diferentes gêneros textuais, tendo como referencial

básico o discurso que envolve o texto (oral, escrito, visual, dentre outros) e

suas condições de produção (contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi

produzido)

• Elementos contextuais norteadores do gênero: intencionalidade, temática,

intertextualidade, etc.

• Variedades linguísticas: Linguagem verbal e não-verbal (diferentes registros e

graus de formalidade)

• Elementos gramaticais associados à funcionalidade do gênero:

Page 199: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

198

Subject Pronouns / Verb to be (Present tense): Affirmative, Interrogative and

Negative forms

There + to be (present tense): Affirmative, Interrogative and Negative forms /

Articles / Plural of noums / Imperative / Directions / Prepositions of Place /

Time

Possessive Adjective as (Whose ....? It's Carol's)

What + Interrogative form, Adjectives, Demonstrative Pronouns

Numbers 01-300.

6ª série

Práticas discursivas: Leitura, escrita e oralidade

Leitura e interpretação de diferentes gêneros textuais, tendo como referencial

básico o discurso que envolve o texto (oral, escrito, visual, dentre outros) e

suas condições de produção (contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi

produzido)

Elementos contextuais norteadores do gênero: intencionalidade, temática,

intertextualidade, etc.

Variedades linguísticas: Linguagem verbal e não-verbal (diferentes registros e

graus de formalidade)

Elementos gramaticais associados à funcionalidade do gênero:

Present Continuons Tense / What + Present Continuons Tense

Can Affirmative, Interrogative and Negative forms

Why + Because

Simple Present Tense (except 3ª person singular): Affirmative, Negative and -

Interrogative forms / Imperative: Affirmative and Negative

Simple Present Tense (3ª person singular): Affirmative, Negative and

Interrogative forms / Adverbs of Frequency

Simple Present (Verb+to+ver) General Review: Affirmative, Negative and

Interrogative forms

Object Pronouns

Ordinal Numbers

Verb to have: Affirmative, Negative and Interrogative forms / Wh-

Questions+going to+Verb / Prepositions of Place (General Review)

Verb to be (Simple Past): Affirmative, Negative and Interrogative forms

Prepositions of Time.

Page 200: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

199

7ª série

Práticas discursivas: Leitura, escrita e oralidade

Leitura e interpretação de diferentes gêneros textuais, tendo como referencial

básico o discurso que envolve o texto (oral, escrito, visual, dentre outros) e

suas condições de produção (contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi

produzido)

Elementos contextuais norteadores do gênero: intencionalidade, temática,

intertextualidade, etc.

Variedades linguísticas: Linguagem verbal e não-verbal (diferentes registros e

graus de formalidade)

Recursos linguísticos que promovam a coesão e coerência das idéias em um

texto

Elementos gramaticais associados à funcionalidade do gênero:

Obligation: Have to / Past Continuous: Affirmative, Negative and Interrogative

forms / Wh-Questions + Past Continuous

Simple Past of Regular Verbs: Affirmative, Negative and Interrogative forms /

Past – ed Rules

Simple Past of Irregular Verbs: Affirmative, Negative and Interrogative forms /

Reflexive Pronouns

Wh-Questions + Simple Past / Simple Past x Past Continuous

Comparisions: as+adj.+as / more+adj. or adj.+-er+than / less+adj.+than /

Which+ Comparissons

Superlatives: the+adj+-est, the most+adj / lest+adj / the worst+adj./ the best/

Wh_Questions +Superlatives

Simple Future (Will): Affirmative, Negative and Interrogative forms and Short

Answers / Wh-Questions+Future Form / Verb Tenses (General Review)

Questions Tags / Borrow x Lend / Possessives Pronouns.

8ª série

Práticas discursivas: Leitura, escrita e oralidade

Leitura e interpretação de diferentes gêneros textuais, tendo como referencial

básico o discurso que envolve o texto (oral, escrito, visual, dentre outros) e

suas condições de produção (contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi

produzido)

Page 201: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

200

Elementos contextuais norteadores do gênero: intencionalidade, temática,

intertextualidade, etc.

Variedades linguísticas: Linguagem verbal e não-verbal (diferentes registros e

graus de formalidade)

Recursos linguísticos que promovam a coesão e coerência das ideias em um

texto

Elementos gramaticais associados à funcionalidade do gênero:

Modal Verbs (Can/Could/Must/Shoul/etc)

Conditional Tense (Would like)

Verb tenses (General Review)

Conteúdos gramaticais: Used to, Affirmative, Negative and Interrogative

forms / Adverbs which express a sequence / Relative Clauses

Present Perfect: Affirmative, Negative and Interrogative forms

Present Perfect + Simple Past / Present Perfect Continuous: Affirmative,

Negative and Interrogative forms / How Long + Present Perfect Continuous

Present Continuous x Present Perfect Continuous / Questions Tags

First Conditional (If Clauses – Real Situations) / Passive Voice

Second Conditional (If Clauses – Irreal Situations) / Phrasal Verb

ENSINO MÉDIO

1º ano

• Ampliar vocabulário

• Desenvolver estratégias de leitura

• Fazer interferência lexical

• Compreender as estruturas da língua

• Redigir textos apropriando-se dos conhecimentos gramaticais e vocabulário

adquirido

• Simple Present

• Present Continuous – Adverbs of Manner

• Can / be able to – Adverbs of Frequency

• Simple Past Regular and Irregular Verbs

• Possessive and Adjective Pronouns

• Plural of nouns – Irregular Plural

• Reflexive Pronouns

• Indefinite Pronouns

Page 202: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

201

• Past Continuous

2º ano

• Ampliar vocabulário

• Compreender textos

• Desenvolver estratégias de leitura

• Redigir textos apropriando-se dos conhecimentos gramaticais e vocabulário

adquirido

• Fazer interferência lexical

• Compreender as estruturas da língua

• Interrogative Words

• Simple Present

• Present Perfect Tense

• Indefinite Pronouns

• Simple Past

• Adverbs of Frequency

• Simple Past Regular / Irregular Verbs

3º ano

• Formular perguntas em forma de entrevista

• Redigir pequenos textos como carta, e-mail e cartão postal

• Ampliar vocabulário através da leitura

• Compreender as estruturas e o mecanismo da língua

• Comparar algumas estruturas com as da língua materna

• Redigir textos apropriando-se dos conhecimentos gramaticais e vocabulário

adquirido

• Leitura de fábulas

• Imperativo

• Pronomes Interrogativos

• Simple Present (revisão)

• Present Continuous (revisão)

• Futuro com “going to” e “will”

• Past Continuous (Revisão _ Redigir textos apropriando-se dos conhecimentos

gramaticais e vocabulário adquirido)

• Uso do “would”

Page 203: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

202

• Modais – can, could, must, shall, should

METODOLOGIA

Ao conhecer a língua como discurso, enquanto espaço de produção de

sentidos marcados por relações contextuais de poder, o elemento norteador de

língua estrangeira será “o discurso”, que envolve o texto (verbal e não-verbal).

Serão considerados suas condições de produção; o contexto sócio-

histórico-ideológico no qual foi produzido, assim como os elementos linguísticos –

discursivos.

Para a seleção dos textos será necessário observar também a

continuidade entre as séries. O texto deve apresentar-se como um espaço para

discussão de temáticas fundamentais para o desenvolvimento intercultural,

manifestados por um pensar e agir críticos, por uma prática cidadã imbuída de

respeito às diferentes culturas, crenças e valores.

AVALIAÇÃO

Ensinar é um processo dinâmico no qual há reações de interação entre

o professor e o aluno, entre aluno e aluno, entre aluno e textos, contextos, portanto a

avaliação de língua estrangeira não pode ser tida apenas como instrumento de

mediação da apreensão de conteúdos, mas um processo contínuo, diagnóstico,

dialético e deve ser tratada como parte integrante das relações de ensino-

aprendizagem.

A avaliação não é um mecanismo para classificar, excluir ou promover

o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica, tomando os erros e os acertos

como elementos para a prática do professor.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CORACINE, M.J. O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua

estrangeira. Campinas: Pontes, 1995

Page 204: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

203

FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996, p.50

LUCKESI, Cirpriano Carlos. O que é mesmo avaliar a aprendizagem?

RAJAGOPALAN, K. Por uma linguística crítica: linguagem, identidade e a

questão ética. São Paulo: Parábola, 2003.

Page 205: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

204

APÊNDICE XI - LÍNGUA PORTUGUESA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo as diretrizes curriculares da rede pública de Educação

Pública do Estado do Paraná, o Ensino Fundamental e Médio deve ser planejado em

consonância com as características sociais, culturais e cognitivas do educando

referencial desta última etapa da Educação Básica, tendo portanto como conteúdo

estruturante o discurso como prática social.

Assim, a língua portuguesa precisa ser compreendida como

instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania e

por esse prisma o eixo curricular dessa área passa a ter como referência a

construção do sujeito nas relações sócio-culturais, portanto coletivas, mediadas

pelas linguagens.

Estudiosos chamam a atenção para a questão do ensino de

língua materna, pois durante muito tempo se insistiu em ensinar a escrita como

representação da fala, quando na verdade não o é. Ambas têm particularidades.

Soares (1985) esclarece em seu artigo que a língua escrita não é uma mera

representação da língua oral. Se assim o fosse ler e escrever significaria o domínio

da “mecânica” da língua escrita e nessa perspectiva, aprender a ler seria adquirir a

habilidade de codificar a língua oral em língua escrita (escrever) e de decodificar a

língua escrita em língua oral (ler). Dessa forma não haveria leitor critico, sendo a

leitura um ato mecânico.

Segundo Barros (in FARACO et al, 1996), Bakhtim defende a

ideia de que as ciências humanas têm como objeto de estudo o homem, e é pelo

texto que ele é conhecido. Assim, a dimensão do texto nesse sentido é inexaurível e

sua importância fundamental para a humanidade.

Partindo desse pressuposto, a concepção que se tem sobre

linguagem é a de discurso que se efetiva diretamente nas diferentes práticas sociais,

na interação entre os sujeitos e assim sendo busca-se atingir os objetivos a seguir,

já explicitados pelo Ministério de Educação e que fundamentam o processo de

ensino da língua materna no Ensino Médio:

Page 206: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

205

• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a

cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos

do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de

práticas sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o assunto

tratado, os gêneros e suportes textuais, além do contexto de produção/leitura;

• refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, de modo a atualizar o

gênero e tipo de texto, assim como os elementos linguísticos empregados na

sua organização;

• aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, bem como propiciar pela Literatura a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica da

oralidade, da leitura e da escrita;

• reconhecer a importância da norma culta da língua, bem como as outras

variedades linguísticas, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de

expressão e compreensão de processos discursivos, como condição para

tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições sociais em que está

inserido e para a afirmação da sua cidadania, como sujeito singular e, ao

mesmo tempo, coletivo.

Fica evidente que para se atingir tais objetivos é importante

entender que quanto maior o contato com a linguagem, na diversidade textual, mais

possibilidades se tem de entender o texto como material verbal carregado de

intenções e de visões de mundo.

Dessa maneira, o trabalho efetivo com a análise linguística amplia o

leque tão restrito da gramática tradicional e discute o que a gramática postula como

errado. Essa prática perpassa trabalhos de oralidade, escrita e leitura e assim

consegue contemplar o dinâmico sistema da linguagem, uma vez que não se efetiva

em um trabalho estanque. É seguindo esse viés que o trabalho com a gramática

deixa de ser visto a partir de exercícios tradicionais e passa a valorizar a observação

do aluno sobre o que seja um bom texto , como é organizado, como os elementos

gramaticais concatenam palavras, frases, parágrafos, retomando ou avançando

idéias defendidas pelo autor. E consequentemente, o educando será levado a

refletir e analisar a adequação do discurso considerando o destinatário e o contexto

de produção e os efeitos de sentidos

provocados por elementos linguísticos no texto.

Page 207: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

206

Segundo o Ministério da Educação, o trabalho docente com o Ensino

Médio precisa ainda:

“tomar como contexto o mundo do trabalho e o exercício da cidadania, considerando-se: a) os processos produtivos de bens, serviços e conhecimentos com os quais o aluno se relaciona no seu dia a dia, bem como os processos com os quais se relacionará mais sistematicamente na sua formação profissional e b) a relação entre teoria e prática, entendendo como a prática os processo produtivos, e como teoria, seus fundamentos científico-tecnológicos”.

Além disso, é importante ressaltar que a utilização intensa da

Biblioteca tem como objetivo educar para a leitura e desenvolver a criatividade, o

espírito crítico, o interesse pela investigação e pelo desenvolvimento de projetos,

fazendo com que o estereótipo da leitura como obrigação ou como simples prazer

seja diluído, e ainda, reconhecer as diversas formas e estruturas da linguagem, bem

como os processos históricos e sociais que determinaram a construção do

conhecimento científico. Assim, a leitura é vista como plural, uma vez que o texto

tem atrelado a si inúmeros significados. Nesse âmbito considera-se relevante as

considerações feitas por Jouve (2002), que afirma que a leitura é uma atividade que

se desenvolve em várias direções, sendo plural e complexa.

Já o ensino de literatura, segundo as Diretrizes Curriculares, precisa

partir de um estudo rizomático, ou seja, a organização dos elementos não segue

linhas de subordinação hierárquica - com uma base ou raíz dando origem a múltiplos

ramos - mas, pelo contrário, qualquer elemento pode afetar ou incidir em qualquer

outro.

Segundo pesquisas, os livros didáticos tendem priorizar

determinados autores para estudos diacrônicos, com base nos períodos literários,

características, biografias, fragmentos de textos. Essa prática é hoje considerada

inadequada, uma vez que priva o aluno de uma efetiva leitura do texto literário

integral e de um verdadeiro exercício do pensamento crítico, devido ao pouco tempo

para abranger a extensa produção literária que é foco dos estudos no Ensino Médio.

Page 208: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

207

OBJETIVOS

Partindo do pressuposto da língua como acesso às diversas áreas do

conhecimento, o ensino de Língua Portuguesa destina-se a preparar o educando

para utilizar e compreender a linguagem em suas diversas situações de uso e

manifestações. Desse modo, o aluno é levado a agir e interagir, dominando o saber

linguístico, que implica leitura compreensiva e crítica de textos diversos; produção

escrita em linguagem padrão; análise e manipulação da organização estrutural da

língua e percepção das diferentes linguagens (literária, informativa, publicitáriavisual,

etc.) como formas de compreensão do mundo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Considerando o discurso como prática social, entende-se que os

discursos acontecem e se traduzem de forma interativa, entre os mais variados

atores sociais. Dessa forma, o trabalho com a disciplina em sala vai contemplar os

gêneros discursivos que circulam no cotidiano, com ênfase àqueles de maior

exigência na sua elaboração formal.

A partir desta abordagem, entende-se que as práticas de leitura,

oralidade, escrita e a análise linguística – que constituem os conteúdos

estruturantes - serão contempladas, de acordo com os objetivos propostos para

cada etapa do Ensino Fundamental e Médio.

Conteúdos específicos

5ª Série

Leitura – A prática de leitura compreende o contato do aluno com amplo variedade

de textos e gêneros textuais, produzidos pelos autores, com refercia à sua própria

produção.

Leitura

• Fábula

• Informativo

• História em quadrinhos e tirinhas

• Jornalístico (leitura de textos diversos – cônica, reportagem, notícia etc)

Page 209: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

208

• Narrativo

• Poema, poesia, prosa, contos maravilhosos

• Propaganda

• Descrição

• Educação Ambiental

• Linguagem verbal e não verbal

• Variação linguística

• Marcas linguísticas

Análise Linguística - As atividades linguísticas incidem sobre os aspectos

dircursivos, estruturais e gramaticais.

• Ortografia e reforma ortográfica: ( x, ch, z, s, sc,ss, sç, xc, uso de “m” e “n”)

• Acentuação Gráfica

• Pontuação

• Classes de Palavras ( noções)

• Fonética e Fonologia

• Divisão Silábica

• Noções de coesão e coerência

6ª Série

Leitura

• Gêneros Discursivos – leitura, oralidade e escrita

• Gêneros Textuais

• Entrevista

• Texto Didático

• Tiras

• Carta argumentativa

• História em quadrinhos

• Narrativas, mitológicos, de aventura

• Poema/ Poesia

• Propaganda, anúncio, notícia

• Texto de Opinião

• Descrição de personagem e cenário

• Artigos expositivos

Análise Linguística

Page 210: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

209

• Ortografia (g / j ; e / i ; o / u ; sinho / zinho) – Nova Ortografia

• Acentuação Gráfica – Acentuação da paroxítonas;

• Pontuação ( Noções de vírgula, ponto, travessão, parênteses, aspas);

• Análise sintática ( sujeito , predicado, classificação, objeto direto, objeto

indireto, predicativo do sujeito);

• Emprego do pronome oblíquo em textos;

• Verbos regulares e irregulares

• Verbos transitivos, intransitivos e bitransitivos;

• Graus do Adjetivo;

• Coesão e coerência;

• Semântica – ampliação do vocabulário ( Indigena, Africano, Árabe e

Espanhol).

7ª. série

Leitura

. Gêneros Discursivos – leitura, oralidade e escrita

• Diário

• Fábula – Fábula contemporânea

• Poema/ Poesia

• Texto Teatral

• Crônica

• Artigo Expositivo

• Artigo de Opinião

• Material Gráfico

• Propaganda, reportagem, notícia, tiras

• Narrativa de ficção científica

• Descrição física e psicológica

• Descrição objetiva e subjetiva

• Contos e Lendas - Africanas

• Coesão e coerência

Análise Linguística

• Ortografia ( há, à,a, mau / mal, particularidades)

• Pontuação ( vírgula, ponto e vírgula, dois pontos, reticências)

• Sujeito,predicado – ; objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito)

Page 211: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

210

• Predicativo do objeto direto, Complemento Nominal, adjunto adnominal,

adjunto adverbial, vocativo e aposto.

• Orações coordenadas e noções de subordinadas

• Discurso direto e indireto

• Variantes da língua

8ªSérie

Leitura

• Gêneros textuais – leitura, oralidade e escrita

• Crônica de Humor

• História de ficção científica

• relatos

• Charges

• Debate

• Artigo Expositivo

• Artigo de Opinião

• Anúncio publicitário

• Propaganda

• Poema visual

• Narrativa em prosa / narrativa em verso

• Resenha Argumentativa

• Gráfico – Educação Fiscal

• Análise linguística: Coesão e coerência

• Ortografia (porquês, nomes próprios, abreviaturas, siglas, representações

gráficas das unidades de medida)

Análise Linguística

• Acentuação Gráfica (crase)

• Pontuação

• Orações subordinadas

• Pronomes – Colocação Pronominal

• Concordância Verbal e Nominal

• Função do que e se

Page 212: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

211

• Figuras de linguagem (Construção / palavras / pensamento, vícios de

linguagem)

• Versificação

• Processo de formação e estrutura das palavras

ENSINO MEDIO

1º ano

Descrever, narrar, dissertar

• Descrever e narrar

• Os elementos constitutivos do texto descritivo

• A descrição objetiva

• A descrição subjetiva

• A descrição dinâmica ou expressão narrativa

• A descrição: síntese dos conteúdos apresentados

• Os elementos constitutivos do texto narrativo

Gramática, Gramáticas

• Fonologia

• Acentuação Gráfica

• Estrutura e Formação das Palavras

• Classes Gramaticais, Funções Sintáticas, Substantivo e Adjetivo

• Flexões do Substantivo e do Adjetivo

• Artigo e Numeral

O que é Literatura?

• Gêneros Literários

• Figuras de Linguagem

• Trovadorismo

• Humanismo

• Classicismo

• Literatura Informativa

• Barroco

• Arcadismo

Page 213: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

212

2º ano

Relatar e narrar

• Os elementos constitutivos do texto narrativo – o enredo linear

• Os elementos constitutivos do texto narrativo – o enredo não-linear

• A narração – síntese dos conteúdos apresentados

• O texto dissertativo (1) – descrever e dissertar

• O texto dissertativo (2) – narrar e dissertar

Classes gramaticais (continuação)

• Pronome. Classificação e emprego dos pronomes retos/oblíquos;

demonstrativos, possessivos, indefinidos, interrogativos, relativos

• Verbo (1a parte)

- Conceituação

- Relações Morfossintáticas

- Classificação

• Tempos e modos

• Formas nominais

• Verbo

• Classes Gramaticais Invariáveis

• Advérbio (locução adverbial – classificação)

• Preposição (relações)

• Conjunção (classificação)

• Interjeição

• Introdução ao Estudo da Sintaxe

• Predicação Verbal

Termos Essenciais da Oração

• Sujeito (a palavra SE – vozes)

• Predicado – Predicativa

• Concordância Verbal (alguns casos)

Termos Integrantes da Oração

• Complementos Verbais (Pronomes oblíquos desempenhando a funções de

objeto)

Page 214: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

213

• Complemento Nominal (Pronomes oblíquos desempenhando a função de

complemento nominal)

• Agente da Passiva (vozes verbais)

Termos Acessórios da Oração

• Adjunto Adnominal (pronomes oblíquos desempenhando a função de Adjunto

Adnominal)

• Adjunto Adverbial

• Aposto

• Complemento Nominal X Adjunto Adnominal

• Aposto X Vocativo

• Período Composto por Subordinação

• Orações Subordinadas Substantivas

• Orações Subordinadas Adjetivas (função sintática dos pronomes relativos)

Coesão e coerência

Literatura

• Romantismo

• Poesia

• Prosa

• Teatro

• Realismo

• Naturalismo

• Parnasianismo

• Simbolismo

• Pré-Modernismo

• Vanguardas europeias

3º ano

Dissertação

• A delimitação do tema

• Ponto de vista

• A argumentação causal

• A importância do exemplo

• A estrutura do texto dissertativo

• Jogos lógico-expositivos

Page 215: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

214

• A linguagem dissertativa

• Acentuação gráfica (novo acordo ortográfico)

• Estrutura das palavras

• Formação de palavras

• Estudo geral das classes gramaticais

• Estudo das Classes Gramaticais (Pronome – Verbo)

Termos da Oração

• Essenciais

• Integrantes

• Acessórios

- Período Composto por Coordenação

- Período Composto por Subordinação

• Substantivas

• Adjetivas (função sintática dos pronomes relativos)

Adverbiais

• Concordância

- Nominal

- Verbal

• Regência Verbal

- Crase

- Colocação Pronominal

- Concordância Nominal

- Concordância Verbal

• Regência Verbal e Nominal

- Coesão e coerência

Literatura

• Semana de Arte Moderna

- Modernismo – 1a fase

- Poesia

- Prosa

- Modernismo – 2a fase

- Poesia

- Prosa

Page 216: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

215

- Modernismo – 3a fase

- Poesia

- Prosa

- Teatro

- Cinema

• Revisão

- Trovadorismo

- Humanismo

- Classicismo

- Literatura Informativa

- Barroco

- Arcadismo

- Romantismo

- Realismo

- Naturalismo

- Parnasianismo

- Simbolismo

- Pré-Modernismo

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Os conteúdos de Língua Portuguesa precisam ser concebidos como

conjunto de práticas, sintetizados nos eixos: oralidade/leitura e escrita, percorridos

pela reflexão sobre a língua e articulado ao projeto pedagógico da escola, a fim de

propiciar o aprimoramento dessas práticas. Dessa maneira, o aluno tem, na sala de

aula, espaço para interagir, expor suas ideias e opiniões, seja na prática oral ou

escrita, debater assuntos de seu interesse e de aspectos contemporâneos, bem

como apropiar-se das ideias dos demais colegas.

Essa possibilidade de troca de opiniões e de comparações, enriquece o

âmbito escolar e promove o aprimoramento da competência linguística dos

estudantes. Assim, são levados a compreender e interferir nas relações de poder, no

que concerne às práticas de linguagens, indispensáveis ao convívio social, com a

devida autonomia e competência linguística.

Page 217: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

216

Como prática complementar, à leitura, oralidade e escrita, a análise

linguística faz parte do letramento escolar possibilitando a reflexão sobre os

fenômenos gramaticais e textuais – discursivos, além de abrir espaço para

atividades de reflexão dos recursos linguísticos e seus efeitos de sentido nos textos.

Para tanto, o trabalho com língua portuguesa e literatura irá contemplar

diferentes gêneros textuais, bem como, diferentes meios de comunicação (televisão,

cinema, teatro, rádio), tendo em vista a formação de um leitor capaz de posicionar-

se criticamente no meio social em que está inserido.

AVALIAÇÃO

Em consonância com as Diretrizes Curriculares, entende-se que a

avaliação é um procedimento necessário para definir prioridades e garantir a

qualidade do ensino.

Assim, a avaliação de ordem avaliativa torna-se imprescindível, uma

vez que leva em consideração os diferentes ritmos e processos de aprendizagem,

sendo contínua e diagnóstica. Essa prática possibilita a efetiva intervenção

pedagógica em benefício do educando, pois aponta as dificuldades e orienta o

trabalho do profissional, fazendo com que se reflita sobre as práticas docentes.

Dessa forma o desenvolvimento do educando em relação à língua

materna será observada e avaliada continuamente no que se refere à:

• Oralidade: adequação do discurso em relação aos interlocutores, por meio de

entrevistas, apresentações, seminários, participação em debates; fluência da

fala, capacidade de argumentação e demais atividades que exijam a prática

oral da língua.

• Leitura: serão consideradas as estratégias de leitura das quais os educandos

empreguem, a compreensão do texto lido, a reflexão e resposta ao texto lido

e também os possíveis comentários e observações críticas sobre o que leu.

• Escrita: levando em consideração as condições de produção criadas em sala,

bem como o conhecimento prévio dos alunos em relação aos temas

propostos, a avaliação da produção escrita irá considerar a coerência e a

coesão do texto, assim como aspectos de adequação da linguagem e

domínio da norma padrão da língua. Além disso, também será observada a

capacidade de expressão, o desenvolvimento do tema e a criatividade.

Page 218: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

217

• Análise Linguística: os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros

serão avaliados sob prática reflexiva e constextualizada a fim de possibilitar

sua compreensão. Dessa forma será avaliado o uso da linguagem formal e

informal, a ampliação lexical, a percepção de recursos linguísticos e

estilísticos, as relações estabelecidas pelos conectores e modalizadores, bem

como as relações semânticas entre as partes do texto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://portal.mec.gov.br

Diretrizes Curriculares da Rede pública de Educação Básica do Estado do Paraná.

DCEs. Diretrizes Curriculares de Educação Básica – Secretaria do Estado da

Educação do Paraná – 2008

KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura. Teoria e prática. 3ª ed. Editora Pontes:

Universidade Estadual de Campinas, 1995.

MORAIS, José. A arte de ler. Tradução de Álvaro Lorencini. São Paulo - Editora

Unesp, 1996.

BAMBERGER, Richard. Como incentivar o ensino de leitura. Tradução Octavio

Mendes Cajado. São Paulo – editora Ática, 1987.

SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas Universidade

Federal de Minas Gerais, Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita. Disponível em

http://www.anped.org.br/26/outrostextos/semagdasoares.doc

BRANDÃO, Helena H. Nagamine. Introdução à Análise do Discurso. Editora da

Unicamp, 1998.

Trabalho apresentado no GT Alfabetização, Leitura e Escrita, durante a 26ª. Reunião Anual da ANPEd, realizada em Poços de Caldas, de 5 a 8 de outubro de 2003.

Page 219: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

218

KOCH, Ingedore G. Villana. Argumentação e Linguagem. 4ª Edição. Editora

Cortez, SP, 1996.

SOARES, Magda Becker. As muitas facetas da alfabetização. Cad. Pesq., São

Paulo (52): 19-24, fev. 1985. Faculdade de Educação da Universidade Federal de

Minas Gerais.

SMITH, Frank. Leitura significativa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.

KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: teoria e prática. 6. ed. Campinas: Pontes,

1998.

FREGONEZI, Durvali Emilio. Leitura e Ensino. Editora UEL: Londrina, 1999.

JOUVE, Vicent; tradução Brigitte Hervor. A leitura. Editora Unesp: São Paulo,

2002.

Page 220: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

219

APÊNDICE XII - MATEMÁTICA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A matemática é uma ciência e como tal tem uma história que conta

como foi se transformando e se aperfeiçoando ao longo dos séculos. A matemática

está presente em nossas vidas, desde uma simples contagem até o uso em

complexos computadores. A princípio, alguns temas de matemática não tem

aplicação imediata no dia-a-dia em que vivemos, mas, na verdade, a aplicação da

matemática no cotidiano ocorre como resultado do desenvolvimento e do

aprofundamento de certos conceitos nela presente.

O papel do ensino e aprendizagem da matemática para a inserção do

educando no mundo do trabalho, no mundo das relações sociais e no mundo da

cultura deve redirecionar a disciplina no sentido da formação de capacidades

intelectuais, da estruturação do pensamento, da agilização do raciocínio do aluno,

da sua aplicação a problemas, situações da vida cotidiana e atividades do mundo do

trabalho, bem como do apoio à construção de conhecimentos de outras áreas.

Para isso é necessário que se proporcionem, em sala de aula,

situações significativas de aprendizagem e promotoras de conhecimentos.

OBJETIVOS

Entre os inúmeros objetivos gerais do ensino da matemática no ensino

fundamental, destacam-se os seguintes:

• Contribuir para a integração do aluno na sociedade em que vive,

proporcionando-lhe conhecimentos básicos de teoria e prática da matemática.

• Estimular a curiosidade, o interesse e a criatividade do aluno, para que ele

explore novas ideias e descubra novos caminhos na aplicação dos conceitos

adquiridos e na resolução dos problemas.

• Desenvolver no aluno o uso do pensamento, a capacidade de elaborar

hipóteses, descobrir soluções, estabelecer relações e tirar conclusões.

Page 221: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

220

• Desenvolver no aluno hábitos de estudo, rigor, precisão, ordem, clareza,

concisão, iniciativa, raciocínio, perseverança, responsabilidade, cooperação,

crítica, discussão e uso correto da linguagem.

• Proporcionar ao aluno atividades desafiadoras, incentivando o gosto pela

matemática e o desenvolvimento do raciocínio.

• Associar a matemática à outras áreas do conhecimento.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES, BÁSICOS E ESPECÍFICOS

ENSINO FUNDAMENTAL

5ª série (6º ano)

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Sistemas de

numeração; • Números

Naturais; • Múltiplos e

divisores; • Potenciação e • radiciação; • Números

fracionários; • Números

decimais.

• Medidas de comprimento;

• Medidas de massa;

• Medidas de área;

• Medidas de volume;

• Medidas de tempo;

• Medidas de ângulos;

• Sistema

• Diferentes sistemas de numeração;

• Conjunto dos naturais;• Operações com números

naturais; • Situações-problema que

envolvam (as) operações com números naturais;

• Números fracionários;• Números decimais;• MMC e MDC entre dois ou

mais números naturais;• Potenciação e radiciação.

• Metro como unidade-padrão de medida de comprimento;

• Diversos sistemas de medidas;

• Múltiplos e submúltiplos do quilograma;

• Perímetro;• Área;• Metro cúbico como padrão de

medida de volume;• Medida de tempo envolvendo

múltiplos e submúltiplos;• Ângulos (reto, agudo e

obtuso);• Sistema Monetário Brasileiro.

Page 222: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

221

GEOMETRIA

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

monetário.

• Geometria

plana;• Geometria

espacial.

• Dados, tabelas e gráficos;

• Porcentagem.

• Ponto, reta, plano, semirreta e segmento de reta;

• Polígonos;• Corpos redondos;• Área e perímetro de diferentes

figuras planas;• Círculo e circunferência;• Sólidos geométricos.

• Leitura de dados, tabelas e gráficos;

• Porcentagem (forma decimal).

6ª série (7º ano)

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Números

inteiros;• Números

racionais;• Equações e

Inequações do 1º grau;

• Razão e proporção;

• Regra de três simples.

• Números inteiros em diferentes contextos;

• Operações com números inteiros;

• Números racionais em diferentes contextos;

• Operações com números racionais;

• Princípio de equivalência da igualdade e desigualdade;

• Conceito de incógnita;• Linguagem algébrica para

expressar valores numéricos através de incógnitas;

• Razão e proporção;• Grandezas direta e

inversamente proporcionais;• Regra de três simples.

• Medidas de temperatura em

Page 223: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

222

GEOMETRIA

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Medidas de temperatura;

• Medidas de ângulos.

• Geometria plana;• Geometria

espacial; • Geometria não-

euclidianas.

• Pesquisa estatística;

• Média aritmética;• Juros simples.

diferentes contextos;• Conceito de ângulo;• Classificação e construção de

ângulos.

• Sólidos geométricos;• Noções topológicas através do

conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.

• Leitura, interpretação e construção de gráficos, contemplando a História e Cultura Afro-brasileira;

• Média aritmética;• Juros simples.

7ª série (8º ano)

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Números

racionais e irracionais;

• Sistemas de equações do 1º grau;

• Potências;• Monômios e

polinômios;• Produtos

notáveis.

• Medidas de

• Raiz quadrada exata e aproximada de números racionais;

• Números irracionais em diferentes contextos;

• Operações com números irracionais;

• Número pi;• Notação científica;• Sistemas de equações do 1º

grau;• Operações com monômios e

polinômios;• Regras de produtos notáveis.

• Comprimento da circunferência;

Page 224: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

223

GEOMETRIA

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

comprimento;• Medidas de

área;• Medidas de

volume;• Medidas de

ângulos.

• Geometria plana;

• Geometria espacial;

• Geometria analítica;

• Geometria não-euclidiana.

• Gráfico e informação;

• População e amostra.

• Comprimento e área de polígonos e círculo;

• Ângulos formados entre retas paralelas interceptada por transversal;

• Área e volume de poliedros.

• Triângulos semelhantes;• Soma dos ângulos internos de

um triângulo e de polígonos regulares;

• Noção de paralelismo;• Sistema de coordenadas

cartesianas;• Fractais (visualização e

manipulação).

• Diferentes gráficos;• Conceitos de amostra para

levantamento de dados.

8ª série (9º ano)

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números reais;• Propriedades

dos radicais;• Equação do 2º

grau;• Teorema de

Pitágoras;• Equações

irracionais;• Equações

biquadradas;• Regra de três

composta.

• Potenciação e radiciação;• Expoentes fracionários;• Equação do 2º Grau na forma

completa e incompleta;• Problemas em linguagem

gráfica e algébrica;• Equações irracionais;• Equações biquadradas;• Regra de três composta.

Page 225: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

224

GRANDEZAS E MEDIDAS

FUNÇÕES

GEOMETRIA

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Relações métricas no triângulo retângulo;

• Trigonometria no triângulo retângulo.

• Noção intuitiva de função afim;

• Noção intuitiva de função quadrática.

• Geometria plana;

• Geometria espacial;

• Geometria analítica;

• Geometria não-euclidiana.

• Noções de análise combinatória;

• Noções de probabilidade;

• Estatística;• Juros

compostos.

• Relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo;

• Teorema de Pitágoras.

• Dependência de uma variável em relação a outra;

• Representação e análise gráfica das funções afim e quadrática.

• Semelhanças entre polígonos;

• Semelhanças de triângulos;• Teorema de Tales;• Noções básicas de geometria

projetiva;• Calculo de superfície e volume

de poliedros.

• Situações-problema que envolvam contagem, aplicando o princípio multiplicativo;

• Espaço amostral;• Probabilidade;• Juros compostos.

ENSINO MÉDIO

1º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Conjuntos numéricos e aplicação

Page 226: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

225

NÚMEROS E ÁLGEBRA

GRANDEZAS E MEDIDAS

FUNÇÕES

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Números reais;

• Equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares.

• trigonometria.

• Função afim;• Função

quadrática;• Função

polinomial;• Função

exponencial;• Função

logarítmica;• Função

trigonométrica;• Função

Modular;• Progressão

aritmética;• Progressão

geométrica.

• Estatística;• Matemática

financeira.

em diferentes contextos;• Equações, sistemas de

equações e inequações, inclusive as exponenciais, logarítmicas e modulares.

• Aplicação da lei dos senos e cossenos de um triângulo qualquer para determinar elementos desconhecidos;

• Noção do ciclo trigonométrico.

• Identificação das diferentes funções e realização de cálculos, envolvendo-as;

• Aplicação dos conhecimentos sobre funções para resolver situações problema;

• Análise gráfica de diferentes funções;

• Reconhecimento, nas sequências numéricas, particularidades que remetam aos conceitos progressões aritméticas e geométricas;

• Generalização de cálculos para a determinação de termos de uma sequência numérica.

• Realização de estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas;

• Coleta, interpretação e análise de dados através de cálculos, com uma leitura crítica dos mesmos;

• A matemática financeira aplicada aos diversos ramos da atividade humana;

• Leitura, interpretação e construção de gráficos;

• A transição da álgebra para a representação gráfica e vice-versa.

Page 227: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

226

2º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

GRANDEZAS E MEDIDAS

GEOMETRIA

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Sistemas lineares;

• Matrizes e determinantes.

• Medidas de área;

• Medidas de volume;

• Geometria plana;

• Geometria espacial;

• Geometria não-euclidiana.

• Análise combinatória;

• Binômio de Newton;

• Estudo das probabilidades.

• Conceito e interpretação de matrizes e suas operações;

• Conhecimento e domínio do conceito e das soluções de problemas que se realizam por meio de determinantes.

• A percepção das unidades de medidas utilizadas na determinação de diferentes grandezas e compreensão das relações matemáticas existentes nas suas unidades.

• Ampliação e aprofundamento dos conhecimentos de geometria plana e espacial;

• Percepção da necessidade da geometria não-euclidiana para a compreensão de conceitos geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de Euclides;

• Compreensão da necessidade da geometria não-euclidiana para o avanço das teorias científicas.

• Coleta, interpretação e análise de dados através de cálculos, com uma leitura crítica dos mesmos;

• Realização de cálculos com a utilização do Binômio de Newton;

• Compreensão da ideia de probabilidade.

.

3º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

NÚMEROS E • Números

• Compreensão dos números complexos e suas operações;

Page 228: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

227

ÁLGEBRA

GRANDEZAS E MEDIDAS

GEOMETRIA

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

complexos;• Polinômios.

• Medidas de grandezas vetoriais;

• Medidas de informática;

• Medidas de energia.

• Geometria analítica.

• Estatística;• Matemática

financeira.

• Identificação e realização de operações com polinômios.

• A percepção das unidades de medidas utilizadas na determinação de diferentes grandezas e compreensão das relações matemáticas existentes nas suas unidades.

• Determinação das posições e medidas de elementos geométricos através da geometria analítica;

• Articulação de ideias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa;

• Conhecimento dos conceitos básicos da geometria elíptica, hiperbólica e fractal.

• Realização de estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas;

• Coleta, interpretação e análise de dados através de cálculos, com uma leitura crítica dos mesmos;

• A matemática financeira aplicada aos diversos ramos da atividade humana;

• Leitura, interpretação e construção de gráficos;

• A transição da álgebra para a representação gráfica e vice-versa.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Para que o ensino da matemática contribua para a formação global do

aluno, a qual tem como objetivo maior, a conquista da cidadania, é fundamental

explorar temas que de fato encontrem na matemática uma ferramenta indispensável

para serem compreendidos. Assim o aluno percebe a real necessidade dessa

ciência para a sua vida.

Page 229: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

228

Os conteúdos explorados e atividade propostas permitem que o

professor aborde aspectos da vida do aluno ligados a outras áreas do conhecimento

(ex: arte, ciências, etc.) e a compreensão, abordagem de informações.

Sempre que possível, por meio de situações que valorizam o

conhecimento prévio do aluno, estimulando-o a agir reflexivamente e privilegiando a

criatividade e a autonomia na busca de soluções para os mais diversos problemas,

fazendo udo de resolução de problemas, modelagem matemática, etno matemática

e da história da matemática.

AVALIAÇÃO

Atribui-se à avaliação a função de fornecer aos alunos informações

sobre o seu desenvolvimento, bem como auxiliar os professores a identificar quais

objetivos foram atingidos, fornecendo as informações sobre como está ocorrendo a

aprendizagem, possibilitando ao professor realizar as intervenções necessárias para

superação das dificuldades.

É fundamental que os resultados expressos pelos instrumentos de

avaliação, sejam eles provas e atividades diversificadas, forneçam ao professor

informações sobre as competências de cada aluno em resolver problemas, em

utilizar a linguagem matemática adequadamente para comunicar suas ideias, em

desenvolver raciocínios e análises e em integrar todos esses aspectos no seu

conhecimento matemático.

A determinação desses critérios deve ser flexível e levar em conta a

progressão de desempenho de cada aluno, as características particulares da classe

em que o aluno se encontra e as condições em que o processo de ensino e

aprendizagem se concretiza.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Diretrizes Curriculares da Educação Básica Matemática. Secretaria de Estado da

Educação do Paraná, 2008.

GIOVANNI, José R. / PARENTE, Eduardo. Aprendendo Matemática. FTD, 2002.

Page 230: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

229

ISOLANI, Cléia Mª M./ MIRANDA, Diair T. / ANZZOLIN, Vera Lúcia A / MELÃO,

Walderez S. Matemática e Interação. Módulo, 1999

MALVEIRA, Linaldo. Matemática Fácil. Ática, 1987.

SARDELLA, Antônio / MATTA, Edison da. Matemática. Ática, 1997.

TOSATTO, Claudia M. / PERACCHI, Edilaine F. / ESTEPHAN, Violeta. Ideias e

Relações. Positivo, 2000.

Page 231: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

230

APÊNDICE XIII - QUÍMICA

OBJETIVOS

• Compreender as ciências como construções humanas, entendendo como

elas se desenvolvem por acumulação, continuidade ou ruptura de

paradigmas, relacionando o desenvolvimento cientifico com a transformação

da sociedade.;

• Identificar variáveis relevantes e selecionar os procedimentos necessários

para produção, análise e interpretação de resultados de processos ou

experimentos científicos e tecnológicos;

• Identificar, analisar e aplicar conhecimentos sobre valores de variáveis,

representados em gráficos, diagramas ou expressões algébricas, realizando

previsão de tendências, extrapolações interpolações e interpretações;

• Analisar qualitativamente dados quantitativos, representados gráfica ou

algebricamente, relacionados a contextos sócio-econômicos, científicos ou

cotidianos;

• Entender o impacto das tecnologias associadas às Ciências Naturais na sua

vida pessoal, nos processos de produção, no desenvolvimento do

conhecimento e na vida social;

• Aplicar as tecnologias associadas às Ciências Naturais na escola, no trabalho

e em outros contextos relevantes para sua vida.

CONTEÚDOS

• Matéria e sua natureza elétrica

- Estrutura da matéria; substância

- Misturas, métodos de separação

- Fenômenos físicos e químicos

- Distribuição eletrônica

- Tabela Periódica

- Ligações químicas, funções químicas

- Radioatividade

- Classificação ácidos e bases

Page 232: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

231

• Biogeoquímica

- Soluções

- Termoquímica

- Cinética química

- Equilíbrio químico

METODOLOGIA

Para que as estratégias metodológicas sejam efetivadas, devem ser

levados em conta indicadores, tais como: a abordagem da Química enquanto

construção humana; o papel da experimentação no ensino de química, o papel do

erro na construção do conhecimento (o erro como elemento sinalizador para a

reconstrução dos conceitos e melhor compreensão dos conteúdos); incentivo à

pesquisa e à problematização que consiste em lançar desafios que necessitem de

respostas para determinadas situações.

AVALIAÇÃO

Entre os instrumentos avaliativos, deve ser utilizado a observação

durante as aulas. Avaliar por meio das respostas às perguntas, dos debates, das

pesquisas realizadas pelos estudantes, dos experimentos, relatórios, textos escritos,

questões de múltipla escolha.

Os alunos que por motivos não atingiram com proficiência os objetivos,

deverão ser submetidos a um processo de reorientação da aprendizagem, onde

serão oferecidos estudos de: recuperação simultânea e contínua no decorrer dos

períodos avaliatórios e recuperação paralela.

CONCLUSÃO

A história da Química desempenha um papel motivador no ensino de

química experimental, facilitando o entendimento dos processos históricos que

fizeram parte do desenvolvimento dos aparos de laboratório, bem como os seus

Page 233: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

232

idealizadores. Alunos motivados apresentam uma outra relação com o saber, o que

facilita o processo de ensino, o que faz com que a aprendizagem seja significativa.

Page 234: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

233

APÊNDICE XIV - SOCIOLOGIA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Sociologia nos oferece elementos para nos voltarmos, o tempo todo,

para os problemas que o homem enfrenta no seu dia-a-dia em sociedade. Todos

possuem conhecimentos práticos de como agir, como participar de instituições, de

grupos, etc.

Esse conhecimento é parte do senso comum acerca da sociedade.

Assim sendo, a Sociologia está próxima de nossos problemas diários, mas não se

limita a repetir o que já se sabe, ou seja, os ensinamentos do senso comum.

O objeto de estudo da Sociologia, então, constitui-se historicamente

como o estudo das relações sociais, isto é, o conjunto de relacionamentos que os

homens estabelecem entre si na vida em sociedade. Interessa, para a Sociologia,

portanto, não o indivíduo isolado, mas inter-relacionado com os diferentes grupos

sociais dos quais faz parte, como a escola, a família, os grupos de amigos, de

trabalho, as classes sociais, dentre outros. Não é o homem enquanto ser isolado da

história que interessa ao estudo da sociedade, mas os homens enquanto seres que

vivem e fazem a história.

A Sociologia no Ensino Médio se propõem a oferecer meios para o

exercício da desnaturalização dos fatos sociais e despertar a imaginação

sociológica. Além do que se pautará em explicar como ações individuais podem ser

pensadas no seu relacionamento com outras ações como, por exemplo, as eleições,

ou como os indivíduos incorporam as regras determinadas pela sociedade, seja

através da escola, das igrejas, ou de outros grupos dos quais faz parte, ou ainda

como práticas coletivas acabam definindo diferentes grupos sociais, como as

associações de bairros, os sindicatos ou os diferentes movimentos sociais.

Em todas essas situações citadas, estará em jogo o relacionamento

entre indivíduo e sociedade. Por isso, a Sociologia não deverá tratar o indivíduo

como um dado da natureza, isto é, como um ser autônomo, livre e absoluto desde o

nascimento, mas, também, como um produto social, em alguma medida. É

necessário mostrar que a idéia de individualidade é historicamente constituída, ou

seja, em cada sociedade, em certo momento histórico, há uma visão específica a

respeito do problema da individualidade.

Page 235: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

234

A Sociologia possui um campo teórico capaz de orientar o estudo da

cultura, dos processos de socialização – informal e formal –, as relações entre

política, poder e ideologia, os movimentos sociais, a indústria cultural, os processos

de trabalho e produção num mundo globalizado, a violência – institucionalizada ou

não –, as desigualdades sociais e, assim, ajudar os alunos a confrontar com a

realidade de seu Bairro, Cidade, Município, Estado, País e Mundo.

Passando pela teorização da prática social, o aluno pode se posicionar

de maneira diferente em relação à sua prática, pois pode entendê-la. Seu pensar e

agir passam a ser em direção da transformação da realidade. Teorizar sobre essas

práticas permitirá que se busque um suporte teórico capaz de desvelar, explicitar e

explicar essa realidade. Este é o caminho pelo quais nossos alunos poderão passar

do conhecimento empírico para o teórico ou, dito de outra forma, passar do senso

comum para conceitos científicos.

Tudo isso nos coloca algumas questões centrais: Como os homens

agem em sociedade? Como as ações de diferentes indivíduos se influenciam

reciprocamente? Como as pessoas obedecem às regras definidas pela sociedade?

Como as práticas sociais acabam definindo individualidades e, ao mesmo tempo,

grupos homogêneos? É nessa perspectiva que a Sociologia vem ao encontro à

identidade de um Ensino Médio que se quer capaz de instrumentalizar o aluno para

prosseguir seus estudos e/ou participar ativamente do mundo do trabalho.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Foram definidos os seguintes conteúdos como aqueles que estruturam

a disciplina de Sociologia no Ensino Médio:

• O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas.

• Processo de socialização e as instituições sociais

• Cultura e Indústria cultural

• Trabalho, produção e classes sociais.

• Poder, política e ideologia.

• Direitos, cidadania e movimentos sociais.

Estes conteúdos são aqueles mais pertinentes ao Ensino Médio pois

identificam os grandes campos de estudos das Ciências Sociais – Antropologia,

Page 236: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

235

Sociologia e Ciências Políticas – e as categorias conceituais básicas e introdutórias

a este nível de ensino.

CONTEÚDOS PARA CADA SÉRIE

1ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES:

CONTEÚDOS BÁSICOS: CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS:

O contexto histórico

que viabilizou a

organização do

conhecimento da

Sociologia.

Teorias sociológicas

para análise dos

processos de

socialização e das

instituições sociais.

Formação e consolidação

da sociedade capitalista e

o desenvolvimento do

pensamento social.

Autores clássicos –

Durkheim, Weber e Marx –

como iniciadores do

pensamento sociológico.

Processo de socialização.

Instituições familiares.

Instituições escolares.

Instituições religiosas,

Instituições de reinserção.

Processo de modernidade –

renascimento, reforma

protestante, iluminismo,

revoluções burguesas.

Teoria de Durkheim, Max

Weber e Karl Marx - relação

indivíduo x sociedade;

definição do objeto e

método, conceitos mais

importantes que possam ser

mobilizados nas discussões

dos outros conteúdos da

série.

A socialização –

socialização primária,

secundária, contato,

relação, interação, grupos

sociais.

Conceito de instituições

sociais.

Instituições familiares –

perspectivas teóricas sobre

a família, diversidade

familiar, novos arranjos

familiares, papéis de gênero

e família, violência e abuso

Page 237: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

236

na vida familiar.

Instituições escolares:

perspectiva teórica sobre a

escola em Durkheim, Marx,

Weber, Bourdieu, Gramsci,

dentre outros; teorias sobre

a educação escolar e a

desigualdade social,

educação, violência e

industrialização (relação),

educação e novas

tecnologias, privatização da

educação.

Instituições religiosas:

definições de religião;

diversidade religiosa;

perspectivas teóricas sobre

a religião em Durkheim,

Max Weber, Marx, dentre

outros; gênero e religião;

novos movimentos

religiosos; fundamentalismo

religioso; poder/violência

religiosa; milenarismo.

Instituições de reinserção:

prisões, manicômios,

educandários, asilos, dentre

outros.

Page 238: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

237

2ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES:

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS:

CULTURA E

INDÚSTRIA

CULTURAL

Desenvolvimento

antropológico do conceito de

cultura e sua contribuição na

análise das diferentes

sociedades

Diversidade cultural

Relações de gênero

Cultura afro-brasileira e

culturas indígenas.

Identidade

Indústria Cultural

Meio de comunicação de

massa

Sociedade de Consumo

Os conceitos de cultura

nas escolas

antropológicas

(evolucionismo,

funcionalismo,

culturalismo,

estruturalismo,

interpretativismo),

antropologia brasileira.

Diversidade, diferença

cultural; relativismo,

etnocentrismo, alteridade.

Identidades como projeto

e/ou processo;

identidades e

sociabilidades;

identidades e

globalização; identidades

e movimentos sociais;

construção social do

gênero; construção social

da raça/cor; minorias,

preconceito, hierarquia e

desigualdades;

dominação, hegemonia e

contramovimentos.

Escola de Frankfurt,

conceito de Indústria

Cultural e cultura de

massa, cultura erudita e

Page 239: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

238

TRABALHO,

PRODUÇÃO E

CLASSES SOCIAIS Conceito de trabalho e o

trabalho diferentes

sociedades.

Desigualdades sociais:

estamentos, castas, classes

sociais.

Organização do trabalho nas

sociedades capitalistas e

suas contradições –

questões econômicas,

sociais, políticas, de gênero,

racial, escolarização,

flexibilização das leis

trabalhistas, etc.

Globalização e

neoliberalismo.

Relações de trabalho no

Brasil e no Mundo.

cultura popular, sociedade

de consumo.

Modos de produção,

desemprego, desemprego

conjuntural e desemprego

estrutural, subemprego e

informalidade, fordismo,

taylorismo e toyotismo.

Reforma agrária.

Reforma sindical.

Estatização e

privatização,

flexibilização,

terceirização,

agronegócios,

voluntariado e

cooperativismo, economia

solidária, parcerias

público-privadas, capital

humano, empregabilidade

e produtividade, relações

de mercado.

Processo de trabalho e o

Meio Ambiente –

responsabilidade social

das empresas.

Page 240: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

239

3ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES:

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

PODER, POLÍTICA E

IDEOLOGIA.

DIREITOS,

CIDADANIA E

MOVIMENTOS

SOCIAIS

Formação e

desenvolvimento do Estado

Moderno.

Democracia, autoritarismo,

totalitarismo.

Estado no Brasil.

Conceitos de ideologia,

poder, dominação e

legitimidade

As expressões da violência

nas sociedades

contemporâneas.

Direitos: civis, políticos e

sociais.

Direitos Humanos.

Conceito de Cidadania.

Movimentos Sociais.

Movimentos sociais no

Brasil.

A questão ambiental e os

movimentos ambientalistas.

A questão das ONG’s.

Processo de

modernidade, formação

do capitalismo.

Conceitos de estado,

estado moderno, formas

de organização do estado

(absolutismo, liberal, bem-

estar social, socialismo),

conceito de política,

conceito de alienação.

Partidos políticos.

Relação entre Estado e

violência legítima,

violência urbana, violência

contra “minorias”,

violência simbólica,

criminalidade,

narcotráfico, crime

organizado.

Construção moderna dos

direitos, histórico dos

direitos humanos -

alcances e limites,

cidadania, políticas

afirmativas, políticas de

inclusão, definição de

minorias.

Definição de movimentos

Page 241: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

240

sociais, movimentos

sociais urbanos,

movimentos sociais

rurais, movimentos

conservadores,

neoliberalismo,

redefinição das funções

do estado, problemas

ambientais.

Análise de documentos

oficiais como os Estatutos

da Criança e do

Adolescente, do Idoso;

Código de Defesa do

Consumidor e Direito

Ambiental.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Para o desenvolvimento da disciplina de Sociologia no Ensino Médio,

os Conteúdos Estruturantes e os Conteúdos Básicos devem ser tratados de forma

articulada. Estas Diretrizes sugerem que se organizem os conteúdos da maneira

como eles estão apresentados na tabela de conteúdos básicos, ressaltando que

esses se desdobram em conteúdos específicos, próprios da contextualização dos

fenômenos estudados.

O objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as relações

que se estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e

atingem as relações entre os indivíduos e a coletividade. Ao se constituir como

ciência, com o desenvolvimento e a consolidação do capitalismo, a Sociologia tem

por base a sociedade capitalista, contudo, não existe uma única forma de interpretar

a realidade e esse diferencial deve fazer parte do trabalho do professor.

O ensino de sociologia no ensino médio tem a finalidade de propiciar

ao aluno do Ensino Médio os conhecimentos sociológicos, de maneira que alcance

Page 242: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

241

um nível de compreensão mais elaborado em relação às determinações históricas

nas quais se situa e, também, fornecendo-lhe elementos para pensar possíveis

mudanças sociais. Pelo tratamento crítico dos conteúdos da Sociologia clássica e da

contemporânea, professores e alunos são pesquisadores, no sentido de que estarão

buscando fontes seguras para esclarecer questões acerca de desigualdades sociais,

políticas e culturais, podendo alterar qualitativamente sua prática social.

Quando o cuidado crítico é descurado, o resultado é sempre

empobrecedor da ciência. Ou se tem uma Sociologia sistemática, – conceituada

como o estudo ordenado dos aspectos elementares e universais da vida social,

segundo Florestan Fernandes (1970) – uma sociologia árida e a-histórica, cujos

conceitos e teorias formais descolam-se da realidade por pretender descrever a

ordem social manifesta e objetiva; ou se tem uma Sociologia pragmática eivada de

uma ação militante político-partidária, ou de uma ação assistencial, ambas capazes

de confundir conceitos desprovidos de aportes explicativos e raízes histórico-

epistemológicas.

Considera-se relevante no exercício pedagógico da Sociologia manter

no horizonte de análise tanto o contexto histórico do seu aparecimento e a

contribuição dos clássicos tradicionais, quanto teorias sociológicas mais recentes.

Os elementos básicos das teorias de Durkheim, Weber e Marx precisam ser

desenvolvidos levando-se em consideração o recorte temporal no qual se erige a

Sociologia

O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia fundamenta-se

em teorias originárias diferentes, com seu potencial explicativo atrelado a

posicionamentos ideológico-políticos, no sentido de visões de mundo presentes nas

interpretações.

Desta maneira, como disciplina escolar, a Sociologia crítica deve

contrastar tradições diversas de pensamento, avaliando-lhes os limites e

potencialidades de explicação para os dias de hoje. Ao mesmo tempo, o ensino da

disciplina deve recusar qualquer espécie de síntese teórica ou reducionismo

sociológico, ou seja, deve tratar pedagogicamente a contextualização histórica e

política das teorias, seguindo o rigor metodológico que a ciência requer.

A abordagem dada aos conteúdos bem como a avaliação do processo

de ensino-aprendizagem estarão relacionadas à Sociologia crítica, caracterizada por

posições teóricas e práticas que permitam compreender as problemáticas sociais

Page 243: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

242

concretas e contextualizadas em suas contradições e conflitos, possibilitando uma

ação transformadora do real.

No desenvolver do seu trabalho o professor pode inspirar-se em um

trabalho pedagógico que ganhe especificidade no trato da Sociologia como disciplina

científica que se traduz em disciplina curricular no Ensino Médio.

AVALIAÇÃO

Acompanham as práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina a

reflexão crítica dos debates, análises de textos ou filmes, a participação nas

pesquisas de campo ou na produção de textos que demonstrem a capacidade de

articular teoria e prática.

Podem ser de várias formas, desde que os objetivos de apreensão,

compreensão, reflexão sobre os conceitos e teorias e a construção do pensamento

sociológico pelos alunos possam ser analisados.

Dito de outro modo, a avaliação deve propiciar a verificação:

• da apreensão de alguns conceitos básicos da ciência sociológica, articulados

com a prática social;

• da capacidade de argumentação fundamentada teoricamente;

• da clareza e coerência na exposição das idéias, sejam no texto oral ou

escrito.

• deve se propiciar a apreensão da reflexão sobre as ações individuais de tal

modo que percebam que as ações em sociedade são interdependentes;

• compreendam como cultura e ideologias podem ser utilizadas como forma de

dominação na sociedade contemporânea;

• e entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de massa,

que está relacionada que esta determinada sistema econômico, político e

social;

• que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja, não

são “naturais”, variam conforme a articulação e organização das estruturas de

apropriação econômica e de dominação política e que as transformações nas

relações de trabalho são consequências do processo de globalização.

• analisem criticamente os processos que estabelecem as relações de poder

presentes nas sociedades e que o desenvolvimento do Estado Moderno e as

Page 244: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

243

contradições do processo de formação das instituições políticas estão

relacionados pelas ideologias em vários contextos sociais.

• compreendam que a conquista de direitos não é natural, mas resultado da

luta de diversos indivíduos ao longo do tempo e identifiquem grupos em

situações de vulnerabilidade em nossa sociedade pois não há garantia dos

direitos básicos, por isso, a necessidade dos diversos movimentos sociais.

REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS

ARANTES, A. A. O que é cultura popular. 5ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1983.

ARNS, Dom Paulo. Brasil nunca mais. Petrópolis: Vozes, 1985.

BRYM, R.; LIE, J.; HAMLIN, C. L.; MUTZENBERG, R.; SOARES, E. V.; SOUTO

MAIOR, H. P. Sociologia: sua bússola para um mundo novo. São Paulo:

Thomson Learning, 2006.

CUNHA, E. Os sertões. São Paulo: Ática, 1902.

DAMATTA, Roberto. O que faz o Brasil, Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 1984.

DURKHEIM, E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. São Paulo: Nacional, 1974.

DURKHEIM, E. O suicídio. 6 ed. Lisboa: Presença, 1996

FREYRE, G. Casa-grande & senzala: introdução à história da sociedade patriarcal

no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 2001.

FORACHI, M.M.; MARTINS, J. de S. (Orgs) Sociologia e sociedade. Rio de

Janeiro: LTC, 2004.

GIDDENS, A. Sociologia. 6 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.

Page 245: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - Paraná...joina conceiÇÃo m. de almeida (licenÇa) 16 pÓs-graduaÇÃo josele cristina tomazi da silda 24 licenc. plena kassiano francisco wisn de almeida

244

GOMES, R. Crítica da razão tupiniquim. 8. ed. Curitiba: Criar, 1986.

HOBSBAWM, E. A era dos extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo:

Companhia das Letras, 1995.

LAPLANTINE, F. Aprender antropologia. 12 Ed. São Paulo: Brasiliense, 2000.

LARAIA, R. de B. Cultura: um conceito antropológico. 18 ed. Rio de Janeiro: Zahar,

2005.

MICELI, P. As revoluções burguesas. São Paulo: Atual, 1987.

ORTIZ, R. Cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo: Brasiliense, 2003.

PEREIRA, C. A. M. O que é contracultura. 7 ed. São Paulo: Brasiliense, 1989.

RIBEIRO, D. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. São Paulo,

Companhia das Letras, 1995.

SANTOS, J. L. O que é cultura. São Paulo: Brasiliense, 1983.

WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.

WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 15 ed. São Paulo:

Biblioteca Pioneira de Ciências Sociais. 2000.

WEFFORT, F. (Org). Os clássicos da política: 13ª ed. São Paulo: Ática, 2003. v. 1.

WEFFORT, F. (Org). Os clássicos da política: 10ª ed. São Paulo: Ática, 2003. v. 2.

Artigos diversos da Revista: Sociologia: Ciência e Vida. São Paulo: Editora Escala.

Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. Sociologia.

SEED, 2008.