da cidadania vcm 059... · 2013-02-27 · o centro de defesa da cidadania, organização não ......

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CENTRO DE DEFESA DA CIDADANIA À Audiência Pública da CPMI da Violência contra a Mulher no Brasil Att. Comissão Parlamentar Mista de Inquérito Belo Horizonte, 27 de abril de 2012. o CENTRO DE DEFESA DA CIDADANIA, organização não governamental sem fins lucrativos, fundada em 23 de j unho de 2000, constituida nos moldes definidos pela lei nO 9790/99, devidamente registrada no Cartório de Registro Civil de Pessoa Jurídica de Belo Horizonte (averbação nO 04, registro 104.756, livro A) e cadastrada no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ 03.893.350/0001-12). Declaração de Utilidade Pública Estadual, lei 14832/2003, Declaração de Utilidade Pública Municipal Lei nO 8.796/2004. Como Organização não governamental volta-se à prestação da assistência jurídica, psicoterápica e de serviço social à população hipossuficiente do ponto de vista financeiro e social. Contando com a colaboração de 121 profissionais dentre voluntários e equipe contratada, até o presente momento a entidade efetuou mais de 14.000 atendimentos, entre ações ajuizadas, conciliações efetuadas e orientações jurídicas, com acompanhamento dos casos por profissionais e acadêmicos das áreas jurídica, de serviço social, psicologia e fonoaudiologia. Os atendimentos abrangem questões ligadas à estrutura familiar, à criança e ao adolescente, à violência doméstica, à criminal idade, ao abuso sexual, à discriminação racial, sexual e social, entre outras. de Apolo íleMlssOes Espoolals e do Inquérito Recebido em . .. As I I. . horas. An Onlo O.carpun Iio. 1..0••10 Sl"'''''''''''''' .·1,.' , r"y,l':';i!,{; Rua Guajajaras. 1934 - Barro Belo Horizonte MG CEP Telefone: (31) e-mal!: [email protected] site: www.ijucimg.org.br v:

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CENTRO DE DEFESADA CIDADANIA

À Audiência Pública da CPMI da Violência contra a Mulher no

Brasil

Att. Comissão Parlamentar Mista de Inquérito

Belo Horizonte, 27 de abril de 2012.

o CENTRO DE DEFESA DA CIDADANIA, organização não

governamental sem fins lucrativos, fundada em 23 de j unho de

2000, constituida nos moldes definidos pela lei nO 9790/99,

devidamente registrada no Cartório de Registro Civil de Pessoa

Jurídica de Belo Horizonte (averbação nO 04, registro 104.756,

livro A) e cadastrada no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

(CNPJ 03.893.350/0001-12). Declaração de Utilidade Pública

Estadual, lei 14832/2003, Declaração de Utilidade Pública

Municipal Lei nO 8.796/2004. Como Organização não

governamental volta-se à prestação da assistência jurídica,

psicoterápica e de serviço social à população hipossuficiente

do ponto de vista financeiro e social.

Contando com a colaboração de 121 profissionais dentre

voluntários e equipe contratada, até o presente momento a

entidade já efetuou mais de 14.000 atendimentos, entre ações

ajuizadas, conciliações efetuadas e orientações jurídicas, com

acompanhamento dos casos por profissionais e acadêmicos das

áreas jurídica, de serviço social, psicologia e

fonoaudiologia. Os atendimentos abrangem questões ligadas à

estrutura familiar, à criança e ao adolescente, à violência

doméstica, à criminal idade, ao abuso sexual, à discriminação

racial, sexual e social, entre outras.Subsecreta~a de Apolo t!I~ íleMlssOesEspoolals e F'~~~i"t"res do InquéritoRecebido em . . . I~As I I. . horas.

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An Onlo O.carpun~ Iio. 1..0••10Sl"'''''''''''''' .·1,.' , r"y,l':';i!,{;

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v:

CENTRO DE DEFESADA CIDADANIA

Passamos, neste momento, a relatar as principais

atividades desenvolvidas pela instituição até o presente

momento.

1. RELATÓRIO PROGRAMA SE LIGA

o Programa Se Liga, é um convênio (032/2008) do Instituto

Jurídico para Efetivação da Cidadania/MG - Centro de Defesa da

Cidadania, (CNPJ- 038.933.50/0001-12) e do Governo do Estado

de Minas Gerais, através da Secretaria de Defesa Social, desde

Setembro de 2008.

o Publico alvo do Programa são: adolescentes, de 14 a 21

anos, egressos, desligados das medidas socioeducativas de

restrição e privação de liberdade e seus familiares.

A adolescência é o processo bio-psicológico caracterizado

por conflitos internos que exigem do ser humano que adolesce a

elaboração de sua identidade, imagem corporal, a reformulação

de sua relação com a família e com a sociedade.

Nossos adolescentes hoje são reféns de uma sociedade

imediatista, consumista e competitiva. Tal imediatismo é

incentivado pelo consumo, que por sua vez cultua a aquisição

de bens materiais e culturais no menor espaço de tempo.

Todo este processo gera sentimentos de ansiedade e

frustração no jovem, na medida em que ser feliz significa

possuir o que é socialmente valorizado: bens de consumo.

O consumismo associado à competitividade e à busca da

excelência (no sentido de que poucos terão de fato sucesso

social e profissional) intensifica a situação de exclusão

social experimentada pelos adolescentes.

Desta forma, considerando os fatores de vulnerabilidade

que contribuem, não de forma determinante, mas influente, para

que o adolescente se envolva na prática do ato infracional,

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CENTRO DE DEfESADA CIDADANIA

conclui-se que é necessário abordar a questão em suas

múltiplas relações com a vida do adolescente.

O Programa Se Liga, atua nos diversos âmbitos da vida do

adolescente, baseados no Estatuto da Criança e do Adolescente

(ECA) lei 8.069/90, buscando junto a ele, sua re (inserção)

e sua (re) socialização, de forma efetiva.

Sendo assim, o objetivo maior do IJUCI é executar o

programa de acompanhamento ao adolescente egresso, de forma

efetiva e eficaz, dando continuidade às ações individuais

iniciadas dentro das unidades, contribuindo para construção de

novos proj etos; oportunizando sua (re) inserção social;

priorizando os vínculos comunitários, incentivando a

utilização dos equipamentos públicos disponíveis na rede de

atendimento.

O Programa Se Liga, anteriormente chamado de Projeto

Travessia, começou no ano de 2008, apenas na cidade de Belo

Horizonte. Hoje, como um programa de estado, se estendeu para

outras regiões, tendo sedes em Sete Lagoas, Montes Claros,

Pirapora, Governador Valadares, Teófilo Otoni, Uberlândia,

Uberaba, Patrocínio e Juiz de Fora e Divinópolis.

O Programa conta com a participação de profissionais

especializados e qualificados para o atendimento aos

adolescentes, publico este com perfil peculiar, por estarem em

fase de desenvolvimento.

Durar:te o ano de 2010 foram atendidos 213 adolescentes e 85

familiares

TABELA DE ATIVIDADES

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I

11\ CENTRO DE DEFESALM)DA CIDADANIA

48 - Reuniões de equipe

197- Estudo de caso

90 - Visitas domiciliares

118 Oficinas desenvolvidas dentro dos

Centros de Internação

lO-Participações em grupos de familias e datas

comemorativas dentro dos Centros de Internação

99 Apresentações do projeto para

adolescentes internos

12 - Reuniões com gerencia de egressos / SUASE

35 - Reuniões com parceiros

197 - Estudos de casos nas unidades

771 - Atendimentos a adolescentes

394 - Atendimentos a familiares

140- Encaminhamentos de adolescentes para

profissionalização

467- Encaminhamentos de jovens para entrevista

de emprego

120 Encaminhamentos de familiares para

entrevista de emprego

49 Encaminhamentos de adolescentes para

confecção de documentos

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CENTRO DE DEFESADA CIDADANIA

13 Encaminhamentos de familiares para

confecção de documentos

15 - Oficinas de cinema

3 - Oficinas de esporte

10 - Oficinas Temáticas (Drogas/ Gravidez na

adolescência/ DST

127 - Oficinas de currículos

2 - oficinas de Mosaico

32 - reuniões institucionais

2) Programa Mediação de Conflitos, no âmbito da Secretaria de

Estado de Defesa Social/Coordenadoria Especial de Prevenção

a Criminalidade (Convênio n. 026/08)

O convênio supra, consiste em parceria firmada com o

governo do estado de Minas Gerais, no âmbito da Secretaria de

Estado de Defesa Social/Coordenadoria Especial de Prevenção

a Criminalidade, para apoiar as ações desenvolvidas pelo

Programa Mediação de Conflitos, tais como Proj etos Temáticos,

Coletivizações de Demandas, Capacitações Metodológicas,

Seminários, atendimentos jurídicos e psicológicos e realização

de palestras. O convênio original foi firmado em 2007, e

atualmente encontra-se no 5° Termo Aditivo.

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(

CENTRO DE DEFESADA CIDADANIA

por meio do

o convênio firmado entre o Centro de Defesa da Cidadania

e a SEDS/CPEC vai ao encontro da missão da Instituição, com a

busca ao acesso a justiça para todos; a garantia dos direitos

dos cidadãos; a valorização da dignidade dos individuos; o

atendimento as pessoas em situação de risco; e por fim, a

resolução de conflitos de maneira pacifica,

diálogo, reforçando a autonomia do individuo.

No ano de 2011 a parceria foi estruturada da seguinte

forma: uma Gestora Administrativa, responsável basicamente

pela Prestação de Contas, planej amento financeiro das ações

previstas no convênio, monitoramento de metas e execução

admiGistrativa e financeira, intervenções metodológicas; uma

Supervisora Juridica, responsável pela análise e viabilidade

Prevenção Criminalidade,

de atendimento

a

dos casos encaminhados

realização

pelos

de

Centros

palestras

de

e

audiências; um Técnico Jurídico encarregado de realização de

audiências, atendimentos jurídicos dos cidadãos encaminhados

pelos Centros, diligências nas comarcas de Belo Horizonte e

região metropolitana e realização de palestras nos Centros de

Prevenção; uma Estagiária, responsável por dar suporte a

Supervisora Jurídica e ao Técnico Jurídico no âmbito jurídico;

uma Técnica Social, responsável pela sistematização das

Coletivizações de Demandas e Projetos Temáticos; além da

Técnica Psicóloga, encarregada do atendimento psicoterápico

dos :::idadãos encaminhados pela Mediação; e de uma Auxiliar

Administrativa, responsável pelo contato com fornecedores e

Centros de Prevenção, orçamentos, compras e pagamentos. Além

do corpo técnico contratado exclusivamente para a parceria, 07

advogados voluntários auxiliam a Supervisora Jurídica e o

Técnico Jurídico.

No âmbito jurídico, desde a celebração do convênio, já

foram realizados 782 atendimentos, sendo realizados em 2011,

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11\ CENTRO DE DEFESA~DA CIDADANIA

187 atendimentos. Atualmente existem 156 processos judiciais

ativos, de cidadãos encaminhados pelos Centros de Prevenção a

Criminalidade espalhados por Belo Horizonte e região

metropolitana. A maioria dos atendimentos jurídicos realizados

versam sobre direito de família, com um percentual de 80% de

encaminhamentos para atuação nesta área. Os demais casos

atendidos, versam sobre direito penal; indenização;

inventário; consumidor, obrigação de fazer e direitos reais.

Destas ações, podemos destacar a Ação Ordinária em prol da

Rádio Taquaril, em trâmite perante a Justiça Federal; e uma

ação coletiva de Indenização dos moradores do bairro Veneza em

Ribeirão das Neves, onde o Centro de Defesa da Cidadania

obteve êxito, ao conseguir um bom acordo para os cidadãos

prejudicados por uma grande obra particular realizada na

região.

No âmbito da psicologia, foram atendidos 362 cidadãos

desde o início da parceria, havendo 1.537 agendamentos, dos

quais foram realizados 1.090 atendimentos psicoterápicos. Os

casos encaminhados para atendimento psicoterápico versam, em

sua maioria sobre conflitos intra-familiares, depressão,

drogadição e comportamento agressivo. As mulheres procuram

mais pelo atendimento psicoterápico que os homens, sendo a

porcentagem de atendidos dividida da seguinte forma: 75% são

mulheres, 15% são homens e 10% são crianças ou adolescentes.

Os cidadãos desistentes normalmente adotam esta postura por

terem conseguido atendimento psicoterápico próximo as suas

residências, ou por não terem condições financeiras de arcar

com deslocamentos para comparecer semanalmente aos

atendimentos.

Para auxílio as ações do Programa Mediação de Conflitos,

foram realizados 15 Projetos Temáticos, 24 Coletivizações de

Demandas, 50 Capacitações Metodológicas e 02 Seminários,

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CENTRO DE DEFESADA CIDADANIA

dentre eles o de lançamento do 3° volume da publicação sobre a

experiência do Programa Mediação de Conflitos.

Os cidadãos atendidos através do convênio, tanto no

âmbito juridico quanto no psicológico estão em extrema

vulnerabilidade social, e o atendimento prestado pela

instituição é especializado, procurando atender aos anseios

dos atendidos, através de profissionais que possuem um olhar

transformativo da sociedade.

Relatório de Atividades

Atendimentos Setor de Saúde

O setor de psicologia contou ao longo do ano de 2011, com

três psicólogos voluntários e terminou o ano com a colaboração

de um psicólogo devidamente registrado junto ao Conselho

Regional de Psicologia de Minas Gerais. No período de janeiro

a dezembro de 2011, o setor realízou um total de 130

agendamentos sendo que destes, 78 foram convertidos em

atencimentos, levando em conta faltas e desmarcações. Destes,

cerca de 20 cidadãos foram atendídos ao longo do ano, mas 11

deram prosseguimento aos atendimentos.

O perfil dos beneficiários é, em idade, de quatro a

cinqüenta anos, e a maioria são crianças, adolescentes e

mulheres da grande Belo Horizonte. Todos apresentam

hipossuficiência financeira-social, com queixas, entre outras,

de problemas escolares, crianças abrigadas em situação de

adoção, conflitos familiares, agressividade, violência

doméstica e hiperatividade.

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Atendimentos de fonoaudiologia clinica

No período de janeíro a dezembro de 2011 foram atendídos

70 (setenta) cídadãos dentre crianças, adolescentes, homens e

mulheres da grande Belo Horizonte. Os interessados geralmente

entram em contato com a ONG ou são encaminhados por outras

instituições, como exemplo: hospitais, escolas, ou até mesmo

indicação dos próprios funcionários e proj etos vinculados ao

Centro de Defesa da Cidadania.

A intervenção fonoaudiológica geralmente acontece, quando

o paciente apresenta sintomas de dist0rbios de aprendizagem,

distúrbios de fala oral e escrita (omissões, distorções e

alterações em fonemas) , distúrbios de voz, dist0rbios

orofaciais e outros mais, onde a atuação da fonoaudiologia é

de grande relevância e, tem tido muitos resultados.

Atendimento juridico

No ano de 2011 (entre os meses de janeiro a dezembro)

foram realizados pouco mais de 835 (oitocentos e trinta e

cinco) atendimentos de aconselhamentos jurídicos diretos, além

de indiretos, feitos via telefone, dos quais 49% (quarenta e

nove por cento) culminaram na instauração de procedimentos

judiciais (em torno de 409 atendimentos), sendo que, destes,

28% (vinte e oito por cento), algo em torno de 116 (cento e

dezesseis) processos foram encerrados.

Perfil do Atendido

O público atendido pelo Centro de Defesa cidadania é

composto por cidadãos hipossuficientes, cuja renda mensal gira

em torno de dois salários minimos (equivalente a R$l. 244,00

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(hum mil, duzentos e quarenta e quatro reais) e renda

percapita familiar de R$545,00 (quinhentos e quarenta e cinco

reais)) .

As demandas apresentadas foram relacionadas ao pedido de

pensão alimentícia (30%), investigação de paternidade (10%),

divórcio (25%), guarda de menor (10%), adoção (1%), execução

possessórias

indenizações

previdenciários

(1%) ,

ações

(2%) ,

(1 %) ,

(2%) ,

usucapião

incapazdeinterdição

benefícios

inventários

(20%) ,

(3%) ,

(2%) ,

alimentosde

representação criminal (questões ligadas à Lei Maria da Penha)

(4%) e outros (1%).

Convênio Centro Risoleta Neves

o Centro de Defesa da Cidadania firmara em 2008 um

Convênio com a Secretaria de Estado de Defesa Social, por meio

do Centro Risoleta Neves de Atendimento, objetivando promover

o acesso à justiça cível da mulher vítima de violência

familiar ou beneficíária das atividades-fim do referido

Instituto, objetivando viabilizar a recuperação da auto-estima

da mulher, sua independência na procura dos direi tos e no

resgate na credibilidade da justiça.

Até o presente momento foram atendidas 140 (cento e

quarenta) mulheres encamínhadas para aconselhamento jurídico,

com a conseqüente instauração de procedimento judicíal.

Atualmente, há 15 (quinze) processos ativos.

oito) processos foram encerrados.

48 (quarenta e

• ACONSELHAMENTO JURÍDICO: 835

• AJUIZAMENTO DE AÇÕES: 409

• AUDIÊNCIAS: 302

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)(

CENTRO DE DEFESADA CIDADANIA

• CONCILIAÇÕES: 110

PPCAAM Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes

Ameaçados de Morte

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES

Contextualízação

O PPCAAM - Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes

Ameaçados de Morte, criado em 2003 e instituido oficialmente

por meio de Decreto Presidencial em 2007, é coordenado

nacionalmente pela Secretaria dos Direitos Humanos da

Presidência da República (SDH!PR), por meio da Secretaria de

Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNPDCA). Em

Minas Gerais, o programa é executado conjuntamente, através de

convênio, entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento

Social SEDESE e Instituto Juridico para Efetivação da

Cidadania - IJUCI. O Programa tem como objetivo a preservação

da vida de crianças e adolescentes ameaçados de morte por meio

de medidas protetivas que compreendem a garantia de direitos

fundamentais assegurados no Estatuto da Criança e do

Adolescente, entre eles, o direito à vida, à dignidade, à

convivência familiar e comunitária,

dentre outros.

à educação, à saúde,

A atuação do PPCAAM ocorre por meio de equipes técnicas,

selecionadas pelas entidades executoras (IJUCI e SEDESE), a

partir de critérios de competência técnica, aptidão e

compreensão das complexidades que envolvem o tema. Além disso,

esse trabalho é pautado pelo cumprimento das normas gerais do

Programa, que constam nos Decretos Estadual e Federal, que o

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institui, e dos procedimentos estabelecidos pela Coordenação

Nacional no Guia de Procedimento e orientações técnicas.

Equipe PPCAAM/MG

A equipe técnica do Programa de Proteção é formada de 12

profissionais das áreas do Direito, da Psicologia e do Serviço

Social. A estes profissionais, acrescentamos ainda um

estagiário para cada uma das áreas afim. Contamos ainda com 2

Educadores Sociais e 1 Supervisora Metodológica, psicóloga de

formação.

A Coordenação do PPCAAM é exercida por um Coordenador

Geral, um Coordenador Adjunto/Técnico e um Coordenador

Financeiro/Executivo.

Complementando a equipe PPCAAM, ainda contamos com o apoio

de 4 motoristas, 2 auxiliares administrativos, 1 auxiliar de

escritório e 1 responsável por serviços gerais.

Conselho Gestor

o Conselho Gestor é um órgão colegiado, existente no

âmbito estadual e formado por representantes do Governo

Estadual, Ministério Público da Infância, Juizado

Especializado e da Sociedade Civil, com caráter consultivo,

orientador e fiscalizador. É responsável pela consolidação das

pactuações feitas entre o Programa e os diversos parceiros e

atores nas localidades e pelo apoio à entidade executora nas

ações de articulação da rede de proteção. Também é responsável

pela homologação das inclusões e desligamentos efetuados pelo

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programa. Além disso, pode sugerir encaminhamentos para os

protegidos e, a partir dos relatórios de acompanhamento,

articular, monitorar e avaliar a execução do Programa, zelando

por sua qualidade e atuando no sentido de garantir a

continuidade do mesmo em cada DF.

Atividades

TOTAL

Va~or Va~or

apurado apurado

(tota~) (média

mensa~)

Solicitações de avaliação690 57,50

atendidas.

Crianças e Adolescentes em179 14,92

Proteção

Crianças e Adolescentes111 9,25

incluídos no PPCAAM

Crianças e Adolescentes emX 76,08

proteção simultaneamente

Número de pessoas em620 51,67

proteção

Número de atendimentos de

crianças, adolescentes 2.246 187,17

ameaçados e familiares

Procedimentos do PPCAAM

Pré-avaliação: portas de entrada (Conselho Tutelar,

Ministério Público e/ou Poder Judiciário)

Avaliação: equipe PPCAAM/MG

Inclusão: com ou sem familiares

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CENTRO DE DEFESADA CIDADANIA

razões e informes à Porta de

Situações emergenciais: buscar a retaguarda da Segurança

Pública

Não inclusão: retorno a porta de entrada

Fases: adaptação, reinserção social e desligamento

Elaboração e implementação do PIA

Acompanhamento e rede de retaguarda

Casos de Permuta? Encaminhar para a Coordenação Nacional

Avaliação para desligamento:

Entrada e autoridades judiciária

Comunicação periódica ao Conselho Gestor

Acompanhamento Pós-Desligamento: realizado preferencialmente

junto ao CREAS

NÚCLEO DE ATENDIMENTO ÀS VíTIMAS DE CRIMES VIOLENTOS - NAVCV

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES

o Núcleo de Atendimento às Vítimas de Crimes Violentos

(NAVCV) garante orientação jurídica e atendimento psicossocial

gratuitos às vítimas e aos familiares de vítimas de homicídio

(tentado ou consumado), latrocínio, tortura, estupro e crimes

sexuais contra vulnerável. A atuação interdisciplinar busca

a reestruturação psíquica e social da vítima, tendo como

conceitos norteadores a autonomia e a cidadania.

o NAVCV integra o Sistema de Proteção aos Direitos Humanos

da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de Minas

Gerais, sendo que, desde 2011, sua execução é feita pelo

Centro de Defesa de Cidadania.

A seguir, apresentamos os objetivos do NAVCV:

promover a defesa dos Direitos Humanos;

• fortalecer o exercício da cidadania numa perspectiva de

garantia de direitos fundamentais;

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CENTRO DE DEFESADA CIDADANIA

• favorecer as alternativas para a vivência da perda

violenta;

romper ciclos de violência;

• prestar atendimento às vitimas de crimes violentos e aos

seus familiares, identificando, e atendendo as demandas

por justiça e direitos humanos dessas pessoas, concedendo

amparo juridico, social e psicológico;

• garantir às vítimas de crimes violentos o exercício de

seus direitos fundamentais e o pleno exercicio de sua

cidadania;

• orientar os beneficiários e seus familiares acerca de

direitos e legislação que os garante;

• participar e incentivar a rede de proteção e atenção aos

direitos humanos;

• fomentar politicas públicas específicas no atendimento às

vítimas l a partir das informações e estatísticas

coletadas no banco de dados do NAVCV;

• incentivar a formação de rede de órgãos e organizações

com objetivo de discutir ações no enfrentamento,

prevenção, atendimento integral e humanizado às vítimas

de violência;

• promover seminários e debates com instituições

governamentais, não governamentais, universidades e

especialistas com foco na formação técnica na temática de

vítimas de crimes e segurança pública;

• distanciar-se da massificação dos atendimentos, de sua

impessoalização, como se faz em políticas públicas de

larga escala;

• incentivar os esforços coletivos e a participação pública

das vítimas nos debates públicos correlatos.

Para tanto, o programa conta com a dedicação de 13 (treze)

profissionais das áreas de Direito, Psicologia, Serviço

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Social;

CENTRO DE DEFESADA CIDADANIA

Coordenadora e Subcoordenadora; Técnicos de

Monitoramento e Avaliação e auxiliares administrativos.

Atualmente integram a Equipe NAVCV:

A intervenção feita pela equipe técnica do NAVCV busca a

construção e implementação de uma perspectiva interdisciplinar

no atendimento às vítimas, com vistas ao exercício permanente

do diálogo e da rearticulação de domínios de saber para se

encontrar fundamentos ético-políticos e teórico-metodológicos

comuns, capazes de apreender a diversidade e a complexidade do

fenômeno da violência e ainda criar eixos analítico-

instrumentais que permitam buscar formas de intervenção

qualificadas e que levem à sua superação.

O atendimento busca oferecer espaço de escuta qualificada

da pessoa que foi vítima de um crime violento, identificar

suas demandas e analisar possibilidades de intervenção a

partir dessas. O atendimento psicossocial busca compreender a

pessoa em sua integralidade, levando em conta seu contexto

psicossocial. O objetivo do atendimento é fazer com que vítima

sej a fortalecida para lidar com a violação de direitos e com

os efeitos da violência em sua vida, corroborando um espaço

para elaborar o sofrimento e, ao mesmo tempo, fomentar a

identificação de um futuro e perspectivas de vida após a

violação. Isso inclui o fortalecimento dos vínculos familiares

e comunitário, o resgate da cidadania, dos Direitos Humanos e

da autonomia, enfim, o fortalecimento do indivíduo em todas as

esferas de sua vida.

Além de sua equipe técnica o NAVCV conta com parceiros do

SEPPDH como PPCAAM, PROVITA, CERNA, bem como outros programas

governamentais ou não-governamentais, hospitais, entre outros.

É também tarefa do programa possibilitar um atendimento

abrangente ao usuário, uma vez que nem sempre as demandas

existentes são somente pelo atendimento psicossocial; pode

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haver demandas na área da saúde, saúde mental, educação e

outros serviços disponiveis em outras instituições, por isso o

contato com a rede de serviços é imprescindível.

A seguir, apresentaremos as estatísticas do período de

junho a dezembro de 2011, período de gestão do IJUCI.

No período de junho a dezembro de 2011 o NAVCV atendeu:

• 45 vítimas diretas;

• 64 vítimas indiretas e

• 9 outros.

Entre as vítimas atendidas os crimes violentos com maior

incidência foram:

• Homicídio, com 35,4% das vítimas;

• Estupro, com 11,4% das vítimas;

• Estupro de vulneráveis, com 48,6%;

• Outros crimes somam 4,6%.

Foram prestados, de acordo com a área de atuação:

• Direito: 118 atendimentos;

• Psicologia: 647 atendimentos e

• Serviço Social: 241 atendimentos.

Foram finalizados, no período, 89 prontuários, dentre os

quais:

• 34 evasões (38,2%) e

• 55 conclusões (62,8%).

No que concerne à faixa etária, o público do NAVCV é

caracterizado da seguinte forma:

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0,

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• Vítimas diretas, indiretas e outros de O a 11 anos:

26% ;

• Vítimas diretas, indiretas e outros de 12 a 18 anos:

18,3%;

• Vítimas diretas, indiretas e outros de 19 a 21 anos:

2,8%;

• Vítimas diretas, indiretas e outros de 22 a 30 anos:

10,1%;

• Vítimas diretas, indiretas e outros de 31 a 40 anos:

19,3%;

• Vítimas diretas, indiretas e outros de 41 a 5Q anos:

12/8%;

• Vítimas diretas, indiretas e outros acima de 50 anos:

8,4% e

• Vítimas diretas,

informada: 1,4%.

indiretas e outros com idade não

No que concerne a admissão de novos usuários e os usuários

em acompanhamentos tivemos, no período:

• 120 casos novos e

• 566 usuários em acompanhamento.

ATIVIDADES - Junho a dezembro de 2011

• Estudos de caso: 11

• Estudos de caso com a rede: 6

• Reuniões de equipe: 29

• Capacitações: 22

• Rodas de conversa (com usuários) 1

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• Supervisões da Equipe Técnica: 3

• Reuniões externas: 24

• Supervisões de estágio: 13

• Entrevista (TV, estudantes, outras instituições): 6

Destarte, essas são as atividades que sumariamente podemos

relatar, ocorridas até o presente momento.

Sem mais para o momento, subscrevo-me com votos de elevada

estima e consideração:

Viviane\(

Tompe Souza Mayrink

Diretora

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