da planta ao medicamento

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Page 1: Da planta ao medicamento
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSOFACULDADE DE MEDICINA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BÁSICAS EM SAÚDEÁREA DE FARMACOLOGIA

DA PLANTA AO MEDICAMENTO

PROF. DR. DOMINGOS TABAJARA DE OLIVEIRA MARTINS

Page 3: Da planta ao medicamento

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS FITOTERÁPICOS

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• 60.000 anos atrás – Em 1960,primeira evidência física do usode remédios à base de plantas –numa caverna ao norte doIraque: presença de grandesquantidades de pólen, de 8espécies vegetais, sendo 7plantas medicinais, no solo aoredor dos ossos do homem deNeanderthal (Solecki, 1975)

Fonte: Early Man, a Time Life book (1965).

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• Oriente Médio2000 a.C. Compilação da Primeira Farmacopéia na Suméria –

250 drogas vegetais (escrita cuneiforme).

Fonte: http://rmc.library.cornell.edu/Paper-exhibit/images/E3856_0006.jpg

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1552 a.C. Papiro de Ebers – Constitui o mais antigo documento médico preservado, contendo 876 prescrições envolvendo mais de 500 substâncias diferentes, incluindo muitas ervas (escrita hierática).

Fonte: Hans-Werner Fischer-Elfert (2005)

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•Grécia e Roma

460-361 a.C. Corpus Hipocraticum – Para cadaenfermidade Hipócrates descreve um remédio vegetale o tratamento correspondente.

Século IV a.C. Diocles de Caristos – Escreveu umadas primeiras Matéria Médica (Rhizotomikon), mas olivro foi perdido.

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Século I a.C. – PedaniusDioscorides escreve DeMatéria Medica, a primeiraFarmacopéia contendo 900substâncias sendo 600produtos de plantas. Éconsiderado um dos maisinfluentes livros da históriade plantas permanecendoem uso até 1600 d.C. Foi olivro mais reeditado dahistória.

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Pedanius_ioscorides

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Dioscorides. Περι υλης ιατρικης(Codex Vindobonensis) - Med Gr. 1, ca. 1400, facsimile , Graz: Akademische Druck - u. Verlagstalt, 1965-1970

ESCRITO EM GRECO, LATIM E ÁRABE

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131 d.C Claudio Galeno: The Simplicibus, suafarmacopéia compreendia 473 espécies vegetais eintroduziu os preparados galênicos (commatérias-primas extraídas de vegetais) e ospreparados líquidos de plantas. Sua doutrinapermaneceu até o Século XVII.

Século XVI. Paracelso –– teoria dos sinais –relaciona a forma e cor da planta com o valor curativo.

1735 - publicação do Systema Naturae, de Lineu.

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• Mundo Mulçumano

Mantiveram os conhecimentos greco-romanos, egípcios eacrescentaram os de lugares remotos.

Século V d.C. Queda do império romano do ocidente,centro da cultura e medicina agora passam a serConstantinópola e Pérsia.

Século XI d.C. Avicena – Matéria Medica Kitab al-Qanun ou Canon de la Medicina (traduzido para o latim),com 760 produtos farmacêuticos, influenciando a Medicinapor 600 anos.

Século XII d.C. Jami Ibn Baithar – Matéria Medica KitabDschamial Kabu ou Gran Compilación de Medicamentos yAlimentos, referindo 1400 drogas (200 inéditas).

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Fonte: http://www.cq.ufam. edu.br/cd_24_05/galeno.htm

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• Índia

Medicina Ayurvédica

Livro de Medicina Interna. Characka Samhita – 582remédios de plantas

Livro de Cirurgia. Sushruta Samhita - 600 remédiosde plantas.

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• China

Medicina Tradicional Chinesa – Resultado da integração datradição da medicina popular oficial chinesa e da introduçãode substâncias originárias de outras partes do mundo.

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300 a.C. Primeira evidência do uso de plantas - 11trabalhos médicos recuperados de um cemitério (escritosna seda), sendo o mais importante manuscrito“Prescriptions for Fifty-Two Ailments”, com mais de 250substâncias medicinais.

25-250 d.C. Matéria Médica Clássica (autoresdesconhecidos) – focava na descrição individual de cadaplanta e continha 252 substâncias de origem vegetal.

2.700 a.C. – O Primeiro registro foi “Shen Nong Pen T’são Jing Classical Herbal”Portrait of the Yellow Emperor Huang Ti (2698-2598 B.C.)

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1977. Publicada a “Encycopledia of Tradicional ChineseMedicine Substances” (Zhong yao da ci dian), conduzidapelo Jiangsu College of New Medicine contendo 5767entradas (Bensky and Gamble, 1993).

•JapãoA medicina tradicional chinesa foi levada ao Japão viaCoréia.1333-1573 – Período Muromachi. Desenvolvimento dakampo, medicina oriental japonesa.

• Estados UnidosOriundo dos Índios nativos americanos (ervas para afiar os

sentidos para a caça, aumentar resistência e como iscas)1716. Lafitau encontrou o Panax quinquefolius l, emCroquis, comercializadas pelos jesuítas para a China.

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• Brasil

1500. “Descoberta” do Brasil. Fitoterapia reinava sozinhaaté meados do Século XIX.

Uso de plantas medicinais pelos pajés.

Absorção das informações dos pajés pelos europeus e fusãocom os conhecimentos trazidos da Europa.

Contribuição dos escravos com plantas trazidas da África,muitas delas usadas em rituais religiosos.

1843. Karl Friedrich Philipp von Martius – Flora Brasiliensis– a mais completa obra botânica no país, com o livroSystema Materiae Medicae Vegetabilis Brasiliensis(considerado a primeira publicação sobre esse assunto noBrasil)22.767 espécies vegetais – representa todas as plantasconhecidas no Brasil até meados do século XIX

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1862-1864. Manuel Freire Alemão de Cysneiros – Publicaçãode artigos “Matéria Médica Brasileira”.

1877. Joaquim Monteiro Caminhoá – Elementos de BotânicaGeral e Médica.

1887. José Ricardo Pires de Almeida – Fórmula Official eMagistral.

1926. Manoel Pio Corrêa. Dicionário das Plantas Úteis doBrasil e das Exóticas Cultivadas.

1929. Rodolfo Albino Dias da Silva – I FarmacopéiaBrasileira.

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Medicamentos Fitoterápicos

RESOLUÇÃO-RDC Nº 14, DE 31 DE MARÇO DE 2010

Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos.

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PLANTA MEDICINAL

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Fonte: FUNBIO (Projeto KPPF)

Droga vegetal e derivado de droga vegetal

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vitexinas

Fonte: http://www.chem.qmul.ac.uk/iubmb/enzyme/reaction/phenol/vitexin.html

isovitexina

FONTE: http://www.mobot.org/MOBOT/Research/APweb/top/glossarya_h.html

Marcador da Passiflora incarnata

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Medicamento fitoterápico

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• Fitofármaco. É a substância medicamentosa isolada deplantas, como a rutina e a pilocarpina, alguns dos rarosfitofármacos produzidos no Brasil.

Pilocarpus microphyllus Stapfex Warleworth - jaborandi

Fonte: Lorenzi e Matos (2002)

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Uso e importância das plantas medicinaisUso por populações de todos os continentes no controle dediversas doenças e pragas (WHO em 80%, cerca de 4bilhões de pessoas).

• Foi a peça essencial do arsenal terapêutico até meados do Século XXe nos últimos 20 anos ressurge.

• Mais de 13.000 plantas são usadas como fármacos ou fontes defármacos (25% dos medicamentos).

• O valor para a sociedade e para a economia do Estado é incalculável.A WHO estima em US$ 5,0 trilhões para 2050.

• Grande aceitação atual pela população mundial (tendência deautomedicação, tratamentos preventivos, do natural, etc).

• O Brasil apresenta a maior biodiversidade vegetal e etno-cultural doplaneta Terra.

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A biodiversidade brasileiraRegiões do planeta com megadiversidade florística e faunística (CI)

1. Austrália 7. Índia 13. Filipinas

2. Brasil 8. Indonésia 14. África do Sul

3. China 9. Madagascar 15. Papua Nova Guiné

4. Colômbia 10. Malásia 16. Estados Unidos

5. Congo 11. México 17. Venezuela

6. Equador 12. Peru Fonte: http://www.ib.usp.br/gra/ffa/megadiversidade-map.gif

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• Biomas do Brasil

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Brasil

• 55 mil espécies de plantas superiores (22% de todas asque existem no mundo), muitas delas endêmicas;

• Quatro dos biomas mais ricos do planeta estão no Brasil:Mata Atlântica, Amazônia, Cerrado e Pantanal.

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• Amazônia – Passou de 3,7 milhões de Km2 para 3,15milhões de Km2, com 25.000 a 30.000 espécies de plantas.

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• Mata Atlântica – Passou de 1,0 milhão de Km2 para120.000 Km2, com 16.000 espécies de plantas, com cerca de6.400 endêmicas.

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• Cerrado – Passou de 2,1 milhões de Km2 para 1,16 milhãode Km2, com mais de 7.000 espécies de plantas, sendo 4400endêmicas

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• Caatinga – Passou de 1,0 milhão Km2 para cerca de 0,5milhão de Km2, com 932 espécies de plantas, sendo 380endêmicas.

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• Pantanal - Com 140.000 Km2 e 1700 espécies de plantas.

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• Hotspots de megadiversidade mundial. Brasil tem 2 dos 25 pontosquentes (Mata Atlântica e Cerrado-Pantanal).

Fonte: National Geographic, January 2002

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Brasil• Diversidade étno-cultural

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O mercado de fitoterápicos

Indústria farmacêutica – oligopólio, existem 10.000 mas apenas 100 concentram 90% dos produtos farmacêuticos para o consuno humano (IMS, 2002).

O mundo industrializado (Europa Ocidental, América do Norte e Japão) mais a China utilizam 400 plantas medicinais, sendo 47 plantas tropicais, constituindo de 1978-1980, 85-90% do mercado mundial (Meares, 1987)

Indústria Nacional: 70% dominado por multinacionais 90% das multinacionais vendem produtos de marca 90% das companhias nacionais vendem genéricos Poucos medicamentos genuinamente nacionais

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ORIGEM DOS MEDICAMENTOS ATUAIS

24%56%

9%

5%6%

Produtos sintéticosProdutos biológicosProdutos naturaisProdutos fitofarmacosProdutos semi-sintéticos

Fonte: Phytomedica Achê (Nogueira, 2005)

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0

100

200

300

400

Mercado farmacêutico mundialMercado farmacêutico brasileiro

US$

Bilh

ões

364,2

5,6

Fonte: IMS (2002). SINDUSFARMA (2002)

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0

5

10

15

20

25

Mercado mundial de fitomedicamentosMercado brasileiro de fitomedicamentos

US$

Bilh

ões

21,7

0,4

Fonte: IMS (2002). SINDUSFARMA (2002)

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Mercado Mundial Farmacêutico 2001

Page 44: Da planta ao medicamento

0,3

0,1

0,1

0,3

0,5

2,4

4,4

5,5

7,1

0,4

0,1

0,1

0,5

2,5

4,6

5,8

6,9

0,4

0 1 2 3 4 5 6 7 8

Resto do Mundo

Africa

Mid East

Australia / N. Zelandia

America do Sul

Japão

America do Norte

Asia

Europa

2004

2003

Evolução do Mercado de Medicamentos Fitoterápicos

no Mundo

US$ Bilhões

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Avaliaçãotécnica

Identificação de Oportunidades

Avaliação jurídica

AvaliaçãoRegulatória

Início dosestudos

Proposta de Valor

Avaliação Mercadológica

Processo pré-pesquisa

4. - FASES DO DESENVOLVIMENTO DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS

Fonte: Phitomedyca Achê (Nogueira, 2005)

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Curva de risco no processo de desenvolvimento e investimento de um medicamento fitoterápico

Tempo

Risco

0,5 a 1 ano

Avaliação e composição

1 ano2 a 5 anos

RegistroPré-clínicos

1 a 2 anos

Ensaios clínicos

Investimento

Fonte: Phytomedica Achê (Nogueira, 2005)

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Atividade das Fases da Cadeia de DesenvolvimentoFase 1 Fase 2 Fase 3

Botânico – Agronômica Químico – Farmacêutica BiomédicaEco zoneamentoEtnobotânica e EtnofarmacologiaColetaTaxonomiaManejo SustentadoMelhoramento GenéticoPropagaçãoCultivoBeneficiamento Primário

ExtraçãoFracionamentoIsolamento e IdentificaçãoPadronização e Estab. QuímicaFormulaçãoEstabilidade

CitotoxidadeToxicidade in vivoEficáciaFarmacodinâmicaFarmacocinéticaTestes Clínicos

Fase 1Fase 2Fase 3Fase 4

Cadeia de Desenvolvimento:Medicamentos, Cosméticos e Suplementos Alimentares

Etapas de Desenvolvimento

Fonte: Assad (2005)

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05 a 7 anos

Extrato-Estudo de atividade

-Padronização : escolha dos marcadores (screening fitoquímico).Toxicológicos e Farmacológicos (extrato padronizado) amostras padronizadas do medicamento fitoterápico ou do derivado vegetal(*)

Plantio / Desenvolvimento do fornecedor

Desenvolvimento da Forma Farmacêutica

F a r m a c o v i g i l â n c i a

Testes Clínicos

Voluntáriossadios

Fase I

Pequeno grupoPacientes

Fase II

Grande grupoPacientes

Fase III

População

Fase IV

(*) Fonte: RE 90 de 16.03.04 (DOU 18.03.04)Custo em Milhões de US$ Anos

MEDICAMENTO CONVENCIONAL

600 – 1700 10 – 12

FITOTERÁPICO 3 – 10 5 – 7 Fonte: FDA, 2004

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Definição. Produtos biossintetizados a partir do metabolismo daglicose, com distribuição restrita a certas plantas, fungos ebactérias, não necessariamente essenciais, caracterizados poruma enorme diversidade química que garantem vantagens para asobrevivência e perpetuação da espécie produtora. São oschamados produtos naturais.

Principais classes: fenóis (grande número e variedade) ealcalóides (grande diversidade química, potência eeficácia farmacológica e toxicológica).

Número: já se conhecem 10.000, estima-se em 100.000.

Usos principais: indústria farmacêutica, cosmética, deperfumaria, alimentar, agronômica, dentre outras.

METABÓLITOS SECUNDÁRIOS DAS PLANTAS

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Ciclo Biossintético dos Metabólitos Secundários

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PLANTA

EXTRATO BRUTO

TESTES BIOLÓGICOS

EXTRATOS SEMIPUROS

PROCEDIMENTOS CROMATOGRÁFICOS

•FRAÇÕES•COMPOSTOS PUROS

ELUCIDAÇÃO ESTRUTURAL

TESTES BIOLÓGICOS

TESTES BIOLÓGICOS

MODIFICAÇÃO ESTRUTURAL

SÍNTESE DE ANÁLOGOS

TESTES BIOLÓGICOS

RELAÇÃO ESTRUTURA-

ATIVIDADE

TESTES BIOLÓGICOS

Procedimentos gerais para a obtenção de compostos biologicamente ativos

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0 5 10 15 20 25 30

domínio plantio

desenv. Analítico

pré-clínico

patentes

clínico

Investimento em P&D de medicamento fitoterápico novo (%)

Fonte: Phytomedica Achê (Nogueira, 2005)

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LEGISLAÇÃO E REGULAMENTOS BRASILEIROS PARAA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DEFITOTERÁPICOS NO BRASIL

Page 60: Da planta ao medicamento

RESOLUÇÃO-RDC Nº 14, DE 31 DE MARÇO DE 2010.Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos.

“Lista de Referências Bibliográficas para Avaliação deSegurança e Eficácia de Fitoterápicos”, IN N° 5 DE 11 DEDEZEMBRO DE 2010.

Lista Medicamentos Fitoterápicos - Registro Simplificado - IN N° 5DE 11 DE DEZEMBRO DE 2008. não necessitam validar suas indicaçõesterapêuticas e segurança de uso.RESOLUÇÃO-RE Nº 91, de 16 de março de 2004.Guia para realização de alterações, inclusões, notificações e cancelamentos pós-registro de fitoterápicos

RESOLUÇÃO - RE Nº 1, de 29 de julho de 2005Guia para a realização de estudos de estabilidade

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Programa Nacional de Fomento à Produção Pública e Inovação noComplexo Industrial da Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. Art. 3º - d) apoiar a implementação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.

Portaria nº 374/2008.

Resolução Anvisa RDC nº 95, de 11 de dezembro de 2008 . Regula o texto de bula de medicamentos fitoterápicos.

Resolução Anvisa RDC nº 67, de 30 de setembro de 2008.

Aprova o Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias e seus Anexos.

Resolução nº 477 de 28 de maio de 2008Dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no âmbito das plantas medicinais e fitoterápicos e dá outras providências.

Page 62: Da planta ao medicamento

6.4 Lei da Propriedade Industrial (9279/96)Regula direitos e obrigações relativas à propriedadeindustrial.

CAPÍTULO II - DA PATENTEABILIDADE SEÇÃO I - DAS INVENÇÕES E DOS MODELOS DE UTILIDADE PATENTEÁVEIS

Art. 10 - Não se considera invenção nem modelo de utilidade:

IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais.

Page 63: Da planta ao medicamento

SEÇÃO III - DAS INVENÇÕES E DOS MODELOS DE UTILIDADE NÃO PATENTEÁVEISArt. 18 - Não são patenteáveis:

III - o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos transgênicos que atendam aos três requisitos de patenteabilidade -novidade, atividade inventiva e aplicação industrial - previstos no art. 8o.e que não sejam mera descoberta.

Parágrafo único - Para os fins desta lei, microorganismos transgênicos são organismos, exceto o todo ou parte de plantas ou de animais, que expressem, mediante intervenção humana direta em sua composição genética, uma característica normalmente não alcançável pela espécie em condições naturais.

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Lei de Acesso aos Recursos Genéticos MP 2186-16. de 23 deagosto de 2001

Dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, aproteção e o acesso ao conhecimento tradicionalassociado, a repartição de benefícios e o acesso àtecnologia e transferência de tecnologia para suaconservação e utilização, e dá outras providências.

DECRETO Nº 3.945, DE 28 DE SETEMBRO DE 2001:

Estabelece a composição do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético e estabelece as normas para o seu funcionamento, mediante a regulamentação dos artigos 10-12 e 14-16 e 18-19 da MP 2186-16.

Page 65: Da planta ao medicamento

DECRETO No 3.607, DE 21 DE SETEMBRO DE 2000.Dispõe sobre a implementação da Convenção sobre ComércioInternacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo deExtinção - CITES, e dá outras providências.

Institui o serviço de solicitação e emissão de licenças a importação, exportação e reexportação de espécimes, produtos e subprodutos da fauna e flora silvestre brasileira, e da fauna e flora exótica, constantes ou não nos anexos da Cites.

Instrução Normativa IBAMA nº 140/2006

Descaracterização de algumas pesquisas científicas como acesso ao patrimônio genético (Alterada pela Resolução nº 28)

Resolução CGEN nº 21/2006

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6, DE 23 DE SETEMBRO DE 2008 - MMA

Lista de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção472 espécies, sendo 276 da Mata Atlântica, 131 do Cerrado, 46 da Caatinga, 24 da Amazônia, 17 do Pampa e 2 do Pantanal..

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INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 154, DE 01 DE MARÇO DE 2007. IBAMA - MMA

Regulamenta a coleta de material biológico para fins científicos e didáticos (no âmbito do ensino superior) e a execução de pesquisa em unidades de conservação e cavernas.

RESOLUÇÃO Nº 28, DE 06 DE NOVEMBRO DE 2007Altera o Art. 1 da RESOLUÇÃO Nº 21, de 31/08/2006 Perda de validade das autorizações de acesso concedidas em data anterior;Autorização especial continuam válidas.

RESOLUÇÃO Nº 20, DE 29 DE JUNHO DE 2006 – CGEN/MMA.Procedimentos para remessa de amostra de componente do patrimônio genético existente em condição in situ, mantida em condição ex situ, para o desenvolvimento de pesquisa científica.

RESOLUÇÃO No 21, DE 31 DE AGOSTO DE 2006Dispensa de autorização de acesso ao patrimônio

Page 67: Da planta ao medicamento

Distribuição de responsabilidades entre as instituições sobre patrimônio genético

Page 68: Da planta ao medicamento

6.6 Lei de Inovação Tecnológica - Lei no 10.973, de 2 dedezembro de 2004. Decreto Nº 5563, de 11 de outubro de2005.

Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisacientífica e tecnológica no ambiente produtivo, e dáoutras providências.

Page 69: Da planta ao medicamento

CEME – PROGRAMA DE PESQUISA EM PALNTAS MEDICINAIS

(ANOS 80)

POLÍTICAS E PROGRAMAS

Page 70: Da planta ao medicamento

PORTARIA Nº 971, DE 3 DE MAIO DE 2006 – MS. POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES AO SISTEMA ÚNICO SAÚDE. ATITUDE AMPLIAÇÃO DE ACESSO.

FitoterapiaAcupuntura

Homeopatia

Termalismo Social/Crenoterapia

DECRETO Nº 5813, DE 22 DE JUNHO DE 2006. PRESIDENTE DA REPÚBLICA. POLITICA NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS.

Portaria Interministerial Nº 2960, de 9 de dezembro de 2008. Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e cria o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.

Page 71: Da planta ao medicamento

ESTADUALLei n.º 12.560, de 12 de julho de 2006Institui a política Intersetorial de Plantas Medicinais e de Medicamentos Fitoterápicos no Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências.

Lei nº 12.739, de 1 de novembro de 2007 - Assembléia Legislativa do Estado de São PauloAutoriza o Poder Executivo a criar o Programa Estadual de Fitoterápicos, Plantas Medicinais e Aromáticas

Lei nº 5471, de 10 de junho de 2009Estabelece no Âmbito do Estado do Rio de Janeiro a Criação do Programa de Terapia Natural.

Decreto nº 23.052, de 16 de abril de 1997 Regulamenta a Lei 2.537, de 16 de abril de 1996, que cria o Programa Estadual de Plantas Medicinais

Decreto nº 4.154, de 28 de dezembro de 2004Aprova o Regulamento Técnico para Produção e Comercialização de Matérias-Primas Vegetais íntegras, rasuradas, trituradas ou pulverizadas apresentadas de forma isolada, não associada com outras matérias-primas vegetais.

Decreto nº 30.016, de 30 de dezembro de 2009Regulamenta a Lei nº 12.951, de 7 de outubro de 1999, que dispõe sobre a Política de Implantação da Fitoterapia em Saúde Pública no Estado do Ceará e dá outras providências.

Decreto nº 2.618, de 25 de novembro de 2010Aprova a Política Estadual de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do Pará

Resolução SES nº 1.590, de 12 de fevereiro de 2001 Aprova Regulamento Técnico para a Prática da Fitoterapia e Funcionamento dos Serviços de Fitoterapia no Âmbito do Estado do Rio de Janeiro e dá outras providências.

Resolução SES nº 543, de 29 de maio de 2008 Aprova a Proposta para Institucionalização da Política das Práticas Integrativas e Complementares: Homeopatia, Acupuntura e Fitoterapia, no Estado do Espírito Santo.

Resolução SES/MG nº 1.885, de 27 de maio de 2009Aprova a Política Estadual de Práticas Integrativas e Complementares.

Resolução SES/MG nº. 2139, de 17 de dezembro de 2009 Altera o Anexo Único da Resolução SES nº 2.123, de 02 de dezembro de 2009 que especifica o quantum a ser destinado a cada município contemplado pela Resolução SES nº 2.080 de 21 de outubro de 2009.

Page 72: Da planta ao medicamento

> MUNICIPALLei nº 2.636, de 10 de janeiro de 2007Institui a Política Intersetorial de Plantas Medicinais e de Medicamentos Fitoterápicos no Município de Gravataí.

Lei nº 5.053, de 28 de dezembro de 2007Cria o Programa Municipal de Fitoterapia e Plantas Medicinais “Fitoviva” do município de Cuiabá e dá outras providências.

Lei nº 14.682, de 30 de janeiro de 2008Institui no âmbito do Município de São Paulo, o Programa Qualidade de Vida com Medicinas Tradicionais e Práticas Integrativas em Saúde e dá outras providências.

Lei nº 14.903, de 6 de fevereiro de 2009Dispõe sobre a criação do Programa de Produção de Fitoterápicos e Plantas Medicinais no Município de São Paulo e dá outras providências.

Lei nº 7.684, de 3 de junho de 2009 _ Câmara Municipal de VitóriaDispõe sobre a instituição da Política Municipal de Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos e dá outras providências.

Decreto nº 49.596, de 11 de junho de 2008 Regulamenta a Lei nº 14.682, de 30 de janeiro de 2008, que institui, no âmbito do Município de São Paulo, o Programa Qualidade de Vida com Medicinas Tradicionais e Práticas Integrativas em Saúde.

Decreto nº 51.435, de 26 de abril de 2010Regulamenta a Lei nº 14.903, de 6 de fevereiro de 2009, que institui o Programa de Produção de Fitoterápicos e Plantas Medicinais no Município de São Paulo.

Portaria nº 047/SMS, de 12 de novembro de 2010Implantar normas gerais para o desenvolvimento das Práticas Integrativas e Complementares na Rede Municipal de Saúde de Florianópolis, em consonância com as diretrizes da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, conforme a Instrução Normativa que constitui o Anexo I desta portaria.

Instrução Normativa/SMS nº 4, de 12 de novembro de 2010Estabelece normas gerais para a inserção das PICs na rede municipal de saúde de Florianópolis, em consonância com as diretrizes da PNPIC, em relação a fluxos de acesso dos usuários, estruturação dos serviços, registros de atendimentos e procedimentos, disponibilização de medicamentos e insumos relacionados, conforme os capítulos a seguir elencados.

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RDC Nº 267/05 ANVISA: regulamento técnico de espécies vegetais para o preparo de chás .RDC 219/06 ANVISA:aprova a inclusão do uso das espécies vegetais e parte(s) de espécies vegetais para o preparo de chás constante da Tabela 1 do Anexo desta Resolução em complementação as espécies aprovadas pela Resolução ANVISA RDC nº. 267, de 22 de setembro de 2005.

PORTARIA Nº 886, DE 20 DE ABRIL DE 2010 – MS. Institui a Farmácia Viva no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

PORTARIA GM/MS, de 9 de março de 2009 . RENISUS – Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse do SUS.

PORTARIA Nº 1.102, DE 12 DE MAIO DE 2010 - MS. Constitui Comissão Técnica e Multidisciplinar de Elaboração e Atualização da Relação Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos -COMAFITO.

RENAFITO – Relação Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos

Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº. 10 de 10 de março de 2010. Dispõe sobre notificações de drogas vegetais. Anexo Tabela 1 com listas de espécies vegetais para chás.

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SIMPÓSIO PLANTAS MEDICINAIS DO BRASIL EM 2005, SÃO PAULO - SP. PLANTAS MEDICINAIS DO BRASIL: OPESQUISADOR BRASILEIRO CONSEGUE ESTUDÁ-LAS?”

PONTOS POSITIVOS:

• Comunidade científica tem forte competência na área • País latino com > nº de publicações na área• Detentor da > biodiversidade de plantas do Planeta• Aprimoramento dos mecanismos de financiamento – trabalho

em rede e com as empresas participando desde o início

PONTOS NEGATIVOS:• Interação universidade/institutos de pesquisa e setor farmacêutico é deficiente• Baixo investimento pelas indústrias farmacêuticas• Depredação e biopirataria• Burocracia e restritiva legislação (CGEN)• Lei de patentes (INPI)• Pulverização dos recursos e estudos

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Pontos negativos – Cont.

• Biotérios de baixa qualidade• Herbários e sistematas em número insuficiente• Baixo nível de integração entre os grupos• A maioria das plantas brasileiras é pouco estudada

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Filipendula ulmaria

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Papaver somniferum

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Calophyllum brasiliense

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Simaba ferruginea

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Lafoensia pacari

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Echinodorus macrophyllus

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Striphnodendron adstringens

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Croton urucurana

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Recife-PE, 26 de maio de 2011.

Obrigado!