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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

2

Eliziane Zella Ribeiro Coração

Graduada em Letras Português /Inglês pela Universidade Tuiuti do Paraná, com

especialização em Metodologia no Ensino da Língua Portuguesa e Literatura Brasileira

pela UTFPR. Atua como professora de Língua Portuguesa, Literatura e Redação no ensino

fundamental e médio.

Rossana Aparecida Finau

Graduada em Letras Português (UFPR), Mestre e Doutora em Estudos Linguísticos pela

UFPR, pesquisadora na área de linguagem e surdez. Atua como professora na área de

Letras na UTFPR.

3

Este Caderno Pedagógico foi organizado a partir da experiência que tive como Assessora

Pedagógica do CRTE (Coordenação Regional de Tecnologias na Educação) e da leitura e

estudos desenvolvidos no PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional, tendo como

objetivo propor ao professor de Língua Portuguesa que atua no Ensino Fundamental e

Médio a utilização de tecnologias midiáticas (e-mail, blog, podcast e webquest) como

encaminhamento de ensino para leitura e produção de diferentes gêneros textuais. O

Caderno Pedagógico é composto por quatro unidades temáticas, a saber:

Unidade 1 – Possibilidades pedagógicas para o uso do e-mail;

Unidade 2 – Possibilidades pedagógicas para o uso do blog;

Unidade 3 – Possibilidades pedagógicas para o uso do podcast;

Unidade 4 – Possibilidades pedagógicas para o uso da webquest.

A teoria dos estudos de gêneros textuais de Bakthin e os conceitos teóricos de Marcuschi

serviram para a fundamentação teórica deste caderno. Tal perspectiva é importante

porque a linguagem é vista no contexto das relações sociais, desenvolvidas por sujeitos

situados historicamente, que se formam na interação com o outro. Nos últimos tempos, as

inúmeras modificações nas formas e possibilidades de utilização da linguagem têm

refletido as mudanças tecnológicas emergentes, cujo uso tornou-se mais presente no

cotidiano das pessoas e a escola nesse contexto, deve oportunizar a inserção de

tecnologias na prática docente e discente tanto quanto o uso de mídias impressas.

Estruturalmente, o material está organizado da seguinte forma:

O ícone marca o início de cada Unidade Temática;

O ícone corresponde ao trecho da contextualização dos temas de cada unidade;

No ícone fazemos as primeiras considerações sobre o tema da unidade, e a descrição do recurso tecnológico que será usado;

O tópico conhecendo a ferramenta é representado pelo ícone ;

Neste ícone proponho atividades ao professor. Lembramos que as atividades também podem ser desenvolvidas com os alunos;

E por último o ícone saiba mais... Com esse material, espera-se contribuir para a formação do professor no uso de recursos

tecnológicos, de modo que ele se aproprie e passe a usar as ferramentas disponíveis hoje

na sociedade.

Bom trabalho a todos!

Eliziane Zella Ribeiro Coração – Professora PDE 2009

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Contextualização

Primeiros passos

Reflexão

Conhecendo a ferramenta: e-mail

Para praticar

Gênero e-mail

Para praticar

Usando o e-mail com finalidade pedagógica

Para praticar

Vamos criar uma conta de e-mail?

Netiqueta: ética e dicas na utilização de e-mails

Google wave, você sabe o que é?

Saiba mais sobre o tema

Referências

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Contextualização

Primeiros passos

Reflexão

Conhecendo a ferramenta: blog

Para praticar

Usando o blog com finalidade pedagógica

Reflexão

Vamos criar um blog?

Para praticar

Twitter, você sabe o que é?

Saiba mais sobre o tema

Referências

Contextualização

Primeiros passos

Para praticar

Conhecendo a ferramenta: podcast

Usando o podcast com finalidade pedagógica

Vamos criar um podcast?

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Reflexão

Saiba mais sobre o tema

Referências

Contextualização

Primeiros passos

Conhecendo a atividade: webquest

Para praticar

Usando a webquest com finalidade pedagógica

Vamos criar uma webquest?

Reflexão

Para praticar

Saiba mais sobre o tema

Professor hightech

Referências

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O uso de ferramentas midiáticas para o ensino de

língua

Educar é conscientizar de que o processo de aprendizagem é contínuo e perdura por toda

a vida, seja na construção de nossa própria identidade, vida profissional ou no

desenvolvimento de alguma habilidade. Contudo, para que realmente possamos aprender,

é necessário disposição a adaptações e mudanças, sempre que preciso, uma vez que

estamos inseridos numa sociedade que passa por constantes e inúmeras variações,

sobretudo quanto ao uso de tecnologias.

A escola, por ser um local de interação social, compartilhamento, produção e reflexão de

conteúdos que geram conhecimento, deve oportunizar a inserção de tecnologias na prática

docente e discente. A utilização de recursos como televisão, vídeo, Internet, deve estar

inserida como ferramenta na prática educacional, tanto quanto o uso de mídias impressas

pelo professor.

Desde 2006, os professores do Estado do Paraná estão tendo a oportunidade de utilizar

novas ferramentas tecnológicas disponíveis na web, por intermédio do laboratório de

informática (Paraná Digital) em sua prática docente, assim como a TV multimídia. O uso

dessas ferramentas oportunizou a integração da comunicação audiovisual, assim como a

ampliação quanto ao uso de diferentes linguagens. Lembramos que, o ato comunicativo

não se realiza apenas por meio verbal. Ao longo da sua história, o homem criou e

aperfeiçoou vários sistemas comunicativos. Assim, há a linguagem musical, a gestual, a do

desenho, das formas e cores, a do cinema, do texto, da televisão e a linguagem verbal.

A linguagem, por ser flexível, é mais suscetível a constantes mudanças comportamentais

provenientes das transformações sociais, políticas e culturais. Nos últimos tempos, as

inúmeras modificações nas formas e possibilidades de utilização da linguagem têm

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refletido as mudanças tecnológicas emergentes, cujo uso tornou-se mais presente no

cotidiano das pessoas.

A interação e comunicação entre alunos e professor podem melhorar a partir da utilização

de ferramentas tecnológicas como e-mail, blog, fórum e página pessoal na Internet. Mas a

eficácia desses recursos pode ser potencializada a partir da interação efetiva entre

professores e alunos, em sala de aula, pois havendo pouca interação no contato presencial,

no ambiente virtual pode se repetir.

Cabe dizer que o uso dessas ferramentas servirá como mais uma possibilidade de

interação comunicacional, não substituindo a ação docente. Nessa perspectiva, o papel do

professor se amplia significativamente de reprodutor de conteúdos para produtor de

conhecimento, mediador da aprendizagem e gerenciador da comunicação que se

estabelece presencialmente, em sala de aula e no ambiente virtual.

Também a função do aluno, nesse panorama, altera-se substancialmente, deixando de ser

um receptor passivo de conhecimentos elaborados por outrem, tornando-se participativo

e consciente de sua condição de aprendiz. As mudanças mais significativas no ensino de

língua portuguesa ocorridas nos últimos anos estão relacionadas à concepção de

linguagem, sociointeracionista, adotada oficialmente a partir dos Parâmetros Curriculares

Nacionais (PCNs), e que constitui referência aos professores de língua.

Conceber a linguagem no contexto das relações sociais é estar aberto às inúmeras práticas

sociointeracionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos situados historicamente,

que se formam na interação com o outro. Nessa perspectiva, garante-se um ensino de

língua que privilegie atividades sociais de leitura, escrita e oralidade em situações

concretas de uso para o desenvolvimento de habilidades linguísticas.

Para Bakhtin, “(...) a língua penetra na vida através de enunciados concretos que a

realizam, e é também através dos enunciados concretos que a vida penetra na língua”

(282). Seguindo esse pensamento, percebe-se que as atividades humanas em todas as

esferas realizam-se apenas pela linguagem, e realizam a linguagem, ou seja, sempre se está

envolvido em atividades comunicativas relacionadas com a língua/linguagem. Para ele,

toda atividade de comunicação se dá na perspectiva do dialogismo, em que os sujeitos

ativos se constroem e são construídos, sendo essencial reconhecer a presença do outro,

seja em uma conversa ou indiretamente, como o autor do texto que se lê, ou o interlocutor

de textos orais e escritos.

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Desde a década de 1990, quando os estudos de gêneros se intensificaram, os professores

de língua portuguesa têm tido acesso à produção acadêmica que aborda a questão de

gêneros textuais. Os Parâmetros Curriculares Nacionais, doravante PCNs, foram a porta

principal de acesso aos estudos de gêneros para muitos professores de língua. Nos PCNs

encontram-se apontamentos teóricos que visam esclarecer os conceitos e apontar a

diversidade de possibilidade de observação dos gêneros textuais, sugerindo o trabalho

com os gêneros orais e escritos.

Nas últimas décadas, as novas tecnologias, especialmente àquelas ligadas a área de

comunicação, foram responsáveis pelo surgimento de novos gêneros textuais. Com a

Internet despontaram novos estilos de linguagem provenientes das relações na

comunicação, uma vez que os gêneros surgem das interações sociais. É inegável que essas

novas formas de interação têm um importante papel no cotidiano das pessoas,

principalmente, das crianças e jovens em idade escolar. Pensando em como as ferramentas

tecnológicas podem auxiliar o trabalho do professor de língua portuguesa em atividades

de leitura e escrita com gêneros textuais, é que serão apresentadas, na sequência, algumas

ferramentas disponíveis gratuitamente na web. Contudo, vale lembrar que em nenhum

momento deve-se pressupor que o uso de tecnologia na sala de aula por si só, garante a

aprendizagem, é necessário observar se a ferramenta é apropriada para certo conteúdo

(gênero textual), pois as tecnologias devem servir para despertar o interesse pelo assunto

abordado e não pelo uso da ferramenta em si. A intervenção do professor deve acontecer

para verificar se as tecnologias contribuem com os alunos na construção do conhecimento.

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e você possui mais de 30 anos, com certeza lembra-se do tempo em que se esperava

pela correspondência: cartões, fotos e notícias através de cartas, daquele que estava

viajando em férias ou estudando fora do país. Aqueles que tinham pressa em enviar

suas mensagens por correspondência recorriam ao telegrama ou ao telefone, isso é claro com

um custo elevado.

Bom, tudo isso ‘quase’ sumiu com o advento da Internet, e o e-mail substituiu com

louvor toda a espera, tornando-se uma ferramenta de comunicação extremamente popular

entre os milhares de usuários em todo o mundo que a usufruem diariamente. A rapidez na

troca de mensagens a partir do encurtamento do tempo e da distância possibilitada por esse

recurso mudou o modo de comunicação entre as pessoas. Sem contar que hoje, acoplados ao

e-mail temos serviços como mensagens instantâneas e mensagens por voz e vídeo (MSN,

GTalk). Mas você já parou para pensar que outras atribuições podem ter o e-mail? Será

possível usar o e-mail com finalidade pedagógica? Acompanhe este Caderno e logo você

descobrirá!

uando surgiu a Internet uma das primeiras formas de interação foi o e-mail

modificando substancialmente a forma de comunicação entre pessoas

geograficamente distantes, anteriormente mediada por cartas. Atualmente, há um

número significativo de pessoas que utilizam a Internet e possuem um endereço eletrônico,

fazendo com que o e-mail seja o mecanismo de comunicação mais comum da Internet. De

acordo com Paiva(2004), com o surgimento do correio eletrônico a sociedade pode ser

S

Q

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dividida em os “com internet” e os “sem internet” e ter hoje um endereço eletrônico é

essencial para quem quer ser sujeito ativo socialmente.

O correio eletrônico é usado para a comunicação entre duas ou mais pessoas podendo ser de

cunho pessoal, profissional ou pedagógico. Este último é o que nos interessa especificamente:

usar a ferramenta explorando os recursos disponíveis no processo de ensino/aprendizagem da

leitura e escrita e também refletir sobre as transformações que sofrem os gêneros textuais

culturalmente estabilizados como a carta, o bilhete e outros.

proposta é criar uma conta de e-mail, entender qual a função social dessa

ferramenta e usá-la pedagogicamente durante o semestre ou ano letivo no processo

de aprendizagem de leitura e escrita de gêneros textuais.

Antes de começarmos a usar o correio eletrônico reflita:

Que recursos tecnológicos frequentemente eu uso?

O que eu já sei sobre o e-mail ou correio eletrônico?

O que eu ainda preciso saber sobre o e-mail?

Uso o correio eletrônico geralmente para...

A

O e-mail serve para:

Enviar mensagens para várias pessoas ao mesmo tempo;

Responder rapidamente as mensagens recebidas;

Encaminhar a outros e-mails recebidos;

Anexar e enviar arquivos de textos, imagens, slides entre outros.

12

estrutura do e-mail é dividida em cabeçalho, corpo e anexo. No cabeçalho encontram-

se os itens necessários para o envio da mensagem como o endereço eletrônico do

remetente; o endereço eletrônico do destinatário ou dos destinatários, caso a

mensagem seja enviada para mais de uma pessoa; o espaço com marcação opcional para

envio com cópia e com cópia oculta, e o assunto abordado. Já no corpo do e-mail localiza-se o

espaço destinado para a escrita da mensagem. Ainda na estrutura há o espaço para anexar

arquivos como textos em formato .doc, .pdf, imagens em jpg entre outros.

Figura 1 - fonte: Google

Pesquise sobre a origem do e-mail utilizando a internet. Em um editor de texto elabore

um quadro contendo as principais informações obtidas. Depois, arquive em uma pasta

pessoal no computador.

Compare a estrutura do e-mail com a de outros gêneros textuais já conhecidos como o

bilhete, a carta e o cartão postal. Quais foram as semelhanças e diferenças

encontradas?

A

[email protected]

Com cópia

Com cópia oculta

Corpo do texto

Para anexar arquivos

Destinatário Ex: [email protected]

13

e-mail ou mensagem eletrônica é uma forma de comunicação escrita, normalmente

assíncrona, que surgiu no início dos anos 70, popularizando-se a partir dos anos 80 e

assemelhando-se ao que se tem hoje na metade da década de 90.

De acordo com Paiva (2005), “as mensagens eletrônicas são hoje, possivelmente, o gênero de

texto mais produzido nas sociedades letradas”. Adota-se aqui a posição de Paiva ao

questionar: “O e-mail é um gênero ou canal? Pelo correio eletrônico circulam vários gêneros

(ofício, abaixo-assinado, receitas culinárias, propaganda), mas defendo que existe um gênero

específico associado a esse novo artefato”. Ela ainda afirma:

Vejo o e-mail como um gênero eletrônico escrito, com características

típicas de um memorando, bilhete, carta, conversa face a face e

telefônica, cuja representação adquire ora a forma de monólogo era de

diálogo e que se distingue de outros tipos de mensagens devido a

características bastante peculiares de seu meio de transmissão, em

especial a velocidade e a assincronia na comunicação entre usuários de

computadores. (PAIVA, 2005:77-78)

Ao tomar o e-mail como correlato das cartas pessoais considera-se como gênero textual, por

apresentar características de gêneros já conhecidos como abertura e fechamento semelhantes

à carta e a rapidez e eficiência dos gêneros orais. No entanto, o e-mail como função de correio

eletrônico é um serviço ou o suporte que transporta inúmeros gêneros textuais, ao constatar

que às mensagens pode-se anexar arquivos em diversos formatos como: textos, fotos,

apresentação de slides, tabelas, gráficos, som e música.

Paiva (2005) ao se referir ao e-mail como gênero textual, afirma que:

O correio eletrônico é um novo canal de mediação de gêneros já

conhecidos e deu origem a um novo gênero que agrega características

do memorando, do bilhete, da carta, da conversa face a face e da

interação telefônica. Dos textos escritos herda a assincronia. Do

memorando toma de empréstimo semelhanças de forma que é

automaticamente gerada pelo software; do bilhete a informalidade e

predominância de um ou poucos tópicos; da carta as fórmulas de

aberturas e fechamentos. Dos gêneros orais herda a rapidez, a

objetividade e a possibilidade de se estabelecer um “diálogo”. Da

conversa face a face, temos um formato que guarda alguma semelhança

com a tomada de turno e a interação telefônica, além de limitações

contextuais também semelhantes, mas com a possibilidade de colocar

em contato pessoas que se encontram geograficamente distantes.

(PAIVA, 2005:85)

Neste estudo o e-mail será visto como suporte que encaminha variados gêneros textuais,

ressaltando seu uso como ferramenta midiática no trabalho com os demais gêneros.

O

14

Reflita sobre as vantagens do uso do e-mail na atualidade. Depois, faça um

levantamento das desvantagens da ferramenta. E na educação, será que pode

contribuir de alguma forma? Como?

Acredita-se que o uso de recursos da web na educação auxilia no processo de ensino-

aprendizagem, quebrando a barreira espaço-tempo e possibilitando a troca de

conhecimentos entre pessoas que estão distantes geograficamente. Agora que você já

refletiu sobre as vantagens e desvantagens do e-mail, compare com o seguinte

quadro:

Vantagens do e-mail:

Baixo custo quando comparado a outras formas de comunicação

como telefone ou correio convencional;

Arquivamento de mensagens;

Possibilidade de enviar ou re-enviar a mesma mensagem ou

arquivo para várias pessoas.

Desvantagens do e-mail:

Necessidade de um provedor de acesso a Internet;

Possibilidade de enviar um e-mail para endereço errado;

Receber mensagens indesejáveis ou spams;

Ter o computador invadido por vírus ao abrir certos arquivos.

Vantagens na educação:

Troca de material didático entre professores e alunos, sem a

necessidade de xerocar ou imprimir o material;

Despertar o interesse pela escrita em situação concreta de

comunicação;

Promover a interação e envolvimento de alunos e professores em

atividades.

15

ão inúmeras as possibilidades de utilização do e-mail em sala de aula, no entanto

apontaremos algumas sugestões que podem facilmente ser incorporadas em nossa

prática de sala de aula estreitando a interação aluno-professor.

Visite alguns provedores gratuitos de e-mail:

- G-MAIL: http:// www.gmail.com

- HOTMAIL: http://www.hotmail.com

- YAHOO MAIL: http://br.yahoo.com

- BOL: http://www.bol.uol.com.br

S

Usar o e-mail no trabalho com produção textual;

Receber e armazenar trabalhos em substituição ao trabalho

manuscrito;

Armazenar arquivos como textos, imagens e áudio que

ocupam grandes espaços no computador;

Formação dos grupos de alunos organizados por turma e série;

Enviar pequenos recados para grupos de alunos.

Sugerir indicações de leituras como revistas e jornais online;

Indicações de links e sites de pesquisa;

Usar os recursos online disponíveis dos provedores de e-mail

gratuito como editor de texto, planilha eletrônica, agenda,

entre outros. (G-Mail)

16

ara usar o correio eletrônico e enviar suas mensagens, é preciso ter uma conta em

algum provedor, preferencialmente gratuito. A escolha do provedor deve estar de

acordo com as suas necessidades, lembre-se: alguns oferecem mais espaços para

armazenar as mensagens e outros possuem recursos online como editor de texto, planilha

eletrônica e agenda.

Como sugestão, indicamos o provedor G-Mail que oferece aos usuários espaço suficiente para

não ficar limpando a ‘caixa de entrada’ a fim de liberar mais espaço, e oferece também

recursos interessantes como chat (G-Talk), editor de texto, planilha eletrônica, entre outros.

Agora, crie sua conta no G-Mail seguindo as orientações do tutorial que se encontra na página:

http://www.scribd.com/doc/22112417/Tutorial-Gmail

Figura 2 - http://www.scribd.com/doc/22112417/Tutorial-Gmail

P

17

Reproduzi algumas das dicas de Netiqueta para a utilização de e-mails do Caderno de Orientações Didáticas - Ler e Escrever. Para conferir o material na íntegra, acesse o site: http://www.educarede.org.br.

Fonte: Caderno de Orientações Didáticas – Ler e Escrever – Tecnologias na Educação

http://www.educarede.org.br

Identifique-se: nada mais mal-educado que mandar uma mensagem sem se identificar corretamente. Nome e escola são dados importantes numa comunicação entre escolas.

Procure checar seu e-mail com frequência: o ideal é fazer uma verificação periódica. Se o seu meio de comunicação mais utilizado é o e-mail, você pode receber mensagens importantes que devem ser lidas e respondidas prontamente. Responda prontamente: se a mensagem vai ser considerada, seja cortês e responda logo.Nem que seja um texto curto, como: “Mensagem recebida, vou verificar, aguarde contato”. Seu interlocutor precisa saber se a mensagem chegou ao destinatário certo e aguarda ansiosamente uma resposta.

Grosseria, palavrão, preconceito, autopromoção e comércio são atitudes fora do protocolo: não perca seu tempo, nem desperdice os recursos tecnológicos à disposição da humanidade. Há que se ter um mínimo de elegância. Mensagens mal-educadas, propagandas não solicitadas, promoção pessoal, correntes, são muito malvistas.

18

o final de 2009, o Google lançou uma ferramenta que promete revolucionar a

comunicação virtual: o Google Wave. Trata-se de uma nova forma de comunicação e

colaboração que integra e-mail, mensagens instantâneas, redes sociais e funções multimídias.

Os usuários podem editar coletivamente um documento como é feito no Google Docs, só que

de um modo muito mais dinâmico. Na wave, ou onda, os usuários que estão online podem

escrever em tempo real. De acordo com a reportagem da Revista Época nº 594, “um artigo

científico pode ser escrito por duas ou mais pessoas. Em vez de uma troca intensa de e-mails

para informar cada modificação feita, os autores poderão estar na mesma onda, escrevendo o

documento no mesmo lugar e deixando observações e críticas para os demais”.

Figura 3- https://wave.google.com/wave/?pli=1#restored:wave:googlewave.com%252Fw%252BIJmIThm9C

A interface do Google Wave é semelhante ao G-Mail, no entanto é um pouco mais complexa

com inúmeras funções e os usuários só podem se comunicar com quem também tenha uma

conta no Wave. A aposta do Google é que a ferramenta ainda fará muito sucesso.

Para entender como se dá o funcionamento do Google Wave, assista ao vídeo do YouTube no

seguinte link: http://www.youtube.com/watch?v=6qX7jSCMThk

N

19

Se você acha que é possível, proponha aos seus alunos que criem uma conta no Google Wave

e comecem a interagir. Certamente será uma experiência inesquecível! Só lembre-se de que

para criar uma conta no Google Wave é preciso ter um convite.

Saferdic@s – E-mail: http://www.safernet.org.br/site/prevencao/cartilha/safer-

dicas/email

Uso pedagógico do E-mail: http://professordigital.wordpress.com/2009/08/26/uso-

pedagogico-do-e-mail/

Google Wave: http://epoca.globo.com/edic/594/594_google/594_google.html

Vídeo sobre Google Wave: http://www.youtube.com/watch?v=9Q3wy2q7Zqs

20

ANTONIO, José Carlos. Você é um professor digital? Disponível em:

http://professordigital.wordpress.com/2008/06/30/voce-e-um-professor-digital/. Acesso em

09 de abril de 2010.

BAKHTIN, M. (V. N. VOLOCHÍNOV). Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN, M. (V. N.

VOLOCHÍNOV). Estética da Criação Verbal [tradução de Maria Ermanita Galvão G. Pereira]. 2ª

ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997. p. 277-326.

BASTOS, Beth [et al.]. Introdução à Educação Digital: caderno de estudo e prática. Brasília:

Ministério da Educação, Secretaria de Educação à Distância, 2008.

CRUZ, Glenda Demes. O e-mail e sua produção no meio eletrônico: o suporte afeta o gênero?

In: Revista Letra Magna – Revista Eletrônica de Divulgação Científica em Língua Portuguesa,

Linguística e Literatura – Ano 03 – n.05, 2006. Disponível em: >

http://www.letramagna.com/email.pdf< Acesso em: 20 de março de 2010.

MARCUSCHI, Luis Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: ária DIONÍSIO,

Angela Paiva, MACHADO, Anna Rachel, BEZERRA, Maria Auxiliadora (orgs). Gêneros textuais &

Ensino.Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital. In:

MARCUSCHI, Luiz Antônio; XAVIER, Antônio Carlos (Org.). Hipertexto e gêneros digitais. 2. ed.

Rio de Janeiro: Lucerna, 2005, p. 13-67.

PAIVA, V.L.M.O. E-mail: um novo gênero textual. In: MARCUSCHI, L.A. & XAVIER A.C. (Orgs.)

Hipertextos e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.p.68-90.

PEREIRA, Rafael. É o fim do e-mail? In: Revista Época, 05 de outubro de 2009, nº 594. p. 127-

129.

21

ocê é uma daquelas pessoas que acha que blog é só um diário virtual que veio substituir

os antigos diários de papel, escritos em cadernos decorados sobre a vida pessoal de

alguém?

Pois, então, você terá a oportunidade de refletir sobre a outra face dos blogs, os ‘edublogs’ ou

blogs educativos que possuem a finalidade de armazenar, compartilhar conteúdos

educacionais e promover a escrita colaborativa.

utilização de recursos da Internet vem ganhando a cada dia a atenção e adesão de

professores que desejam inovar, dinamizar suas aulas e despertar o interesse de seus

alunos por determinados conteúdos. A escola, por ser um local de interação social,

compartilhamento, produção e reflexão de conteúdos que geram conhecimento, deve

oportunizar a inserção de tecnologias na prática docente e discente.

Nos últimos tempos, as inúmeras modificações nas formas e possibilidades de utilização da

linguagem têm refletido as mudanças tecnológicas emergentes, cujo uso tornou-se mais

presente no cotidiano das pessoas. Ganha espaço, nesse contexto o blog – popularmente

conhecido como diário virtual, podendo assumir funções mais significativas no processo de

comunicação como, por exemplo, ferramenta educacional.

A tecnologia pode ser uma importante aliada para o professor de Língua Portuguesa no que diz

respeito à quebra da artificialidade nas aulas de produção textual e leitura. Com os avanços

dos estudos sobre Gêneros Textuais é tarefa do professor familiarizar os alunos com os tipos

mais variados, a fim de que se tornem leitores e escritores eficientes, conscientes e críticos. Da

V

A

22

mesma forma, o professor precisa atualizar os recursos usados nas atividades com gêneros

textuais para que os alunos entrem em contato com gêneros

variados. Para as aulas de português o blog é um excelente meio de exercitar a leitura e a

produção escrita ao postar, comentar ou dar indicação de links para outros sites, além de

poder explorar as linguagens visuais como imagens e vídeos, privilegiando atividades sociais de

leitura e escrita em uma situação concreta de uso.

os últimos anos, os blogs tornaram-se uma verdadeira febre da Internet sendo

empregados para publicar notícias, expor opiniões e pontos de vista e também

compartilhar imagens. Existem weblogs para armazenar fotos (fotologs) e vídeos

(vlogs). Um dos mais conhecidos fotologs é o Flickr e videoblogs é o YouTube.

Figura 4- fonte: http://www.flickr.com/photos/33638458@N02/

N

23

Figura 5 - fonte: http://www.youtube.com/zellacoracao

O blog surgiu no final da década de 90 e é a abreviação de weblog, junção de Web

(rede de computadores) e log (uma espécie de diário de bordo dos navegadores

que anotavam as posições do dia). O blog é uma página da Internet que pode ser

vista por qualquer pessoa e onde se pode disponibilizar idéias, pensamentos e

pequenas produções como: imagens, sons, textos e vídeos. O blog, portanto, é

como um diário eletrônico na Internet que pode ser compartilhado com outras

pessoas.

Segundo Komesu (2005) os blogs surgiram no final da década de 90 com o uso do

software Blogger, da empresa norte-americana de Evan Williams. Surgiu como

uma alternativa popular para a publicação de textos online, uma vez que o uso da

ferramenta dispensa conhecimento especializado em computação.

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rimeiro vamos conhecer alguns blogs. Indicaremos aqueles que abordam assuntos

diversificados, desde dicas de viagem até o tema que nos interessa que é a educação.

Escolha, dentre os indicados abaixo, três para que você possa conhecer.

Blog – Mulher em pauta: http://vocesa.abril.com.br/blog/mulher-em-pauta/

Blog – Dinheirama: http://dinheirama.com/

Blog – Fatos & fotos de viagens: http://interata.squarespace.com/

Blog – Por dentro & Por fora: http://pordentroeporfora.virgula.uol.com.br/

Blog – Aprendendo em redes de colaboração: http://www.aprendendoemrede.info/

Blog – Professor Digital: http://professordigital.wordpress.com/

Blog – Tecnologia & Educação: http://zellacoracao1.wordpress.com/

Blog – Zellacoração: http://zellacoracao.wordpress.com/

Blog – Boteco Escola: http://jarbas.wordpress.com/about/

Blog – Blog da Roseana (Escritora Roseana Murray):

http://www.blogdaroseana.blogspot.com/

Dos blogs visitados escolha um e deixe um comentário sobre um assunto que tenha

lhe interessado.

s blogs não foram criados exclusivamente para a educação, no entanto podemos

utilizá-los com finalidade pedagógica. Hoje temos os chamados ‘edublogs’, ou blogs

voltados à educação. A doutora em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem,

Betina von Staa, em seu artigo, aborda sobre a importância de um professor criar um blog.

Para saber mais e ler o artigo na íntegra acesse:

http://www.educacional.com.br/articulistas/betina_bd.asp?codtexto=636

P

O

25

Existem algumas características dos blogs que são importantes que você conheça:

riar um blog não é um bicho de sete cabeças, contudo a primeira reflexão a se fazer é

sobre a finalidade que o blog terá. Vou usar um blog para quê? Existem muitas

finalidades como: usar o blog para estimular a produção de textos; projeto de análise de

obras literárias; produção de hipertextos entre outros.

Após definir a finalidade do seu blog, leia o tutorial indicado e crie um blog do Blogger.

Acesse o seguinte endereço: http://www.scribd.com/doc/22199140/Web-2-0-

Criando-Blog-Blogger

C

interatividade – idéias são divulgadas para que sejam lidas, discutidas

com as pessoas que visitam o blog. Os comentários dos visitantes é que garantem a

interatividade;

semelhança com os diários manuscritos pela indicação de tempo feita no

cabeçalho. Os artigos são organizados cronologicamente, da postagem mais

recente para a mais antiga;

facilidade de edição pelo uso de templates (modelos prontos para serem

usados);

utilização de links, remetendo a outros sites, onde se encontram as

matérias originais mencionadas no blog.

26

Figura 6- http://www.scribd.com/doc/22199140/Web-2-0-Criando-Blog-Blogger

rede social que mais cresce na atualidade é o Twitter. Trata-se de uma rede de

compartilhamento de informações e de criação colaborativa, um microblog,1 que caiu

no gosto dos adolescentes e vem modificando substancialmente a comunicação na

internet. Mas será possível usar o Twitter como ferramenta educacional? Acesse o link e

confira: http://zellacoracao1.wordpress.com/2010/03/10/twitter-como-ferramenta-

educacional/

1 Conheça também o microblog Edmodo, uma ferramenta voltada para comunicação no ensino.

Edmodo: http://www.edmodo.com/

A

27

Figura 7- http://zellacoracao1.wordpress.com/2010/03/10/twitter-como-ferramenta-educacional/

Quer aprender? Crie um blog -

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG76347-6014-456,00.htm

A imprescindível revolução do blogues educativos -

http://www.gazetadopovo.com.br/blog/namira/?id=849229

Blog – Ciberespaço na escola: http://ciberespaconaescola.blogspot.com/

Blogues na educação - http://www.slideshare.net/gmag/blogues-na-educacao1

Colocar link no blog:

http://www.eproinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod81787/linknoblog.htm

Dicas para usar o Twitter na sala de aula:

http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/dicas+para+usar+o+twitter+na+sala+de+aul

a/n1237615327784.html

28

BURGARDT, Lilian. Professor “blogueiro” – razões para criar um blog e usá-lo como aliado em

sala de aula. < http://www.universia.com.br/docente/materia.jsp?materia=14193> Acesso em

09 de fevereiro de 2010.

CARVALHO, Ana Amélia A.(Org.). Manual de ferramentas da Web 2.0 para Professores. <

http://www.educacaoadistancia.blog.br//arquivos/manualdeferramentas20.pdf>Acesso em

09 de fevereiro de 2010.

CORAÇÃO, Eliziane Z. R. Web 2.0 – Criando um blog (Blogger) <

http://zellacoracao1.wordpress.com/2009/11/06/web-2-0-criando-um-blog-do-blogger/>

Acesso em 09 de fevereiro de 2010.

CORAÇÃO, Eliziane Z. R. Twitter.< http://www.slideshare.net/zellacoracao/twitter-3056671>.

Acesso em 09 de fevereiro de 2010.

KOMESU, F. C. Blogs e as práticas de escrita sobre si na Internet. In: MARCUSCHI, L. A. e

XAVIER, A. C. (Orgs.). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção do sentido. Rio

de Janeiro: Lucerna, 2005.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital. In:

MARCUSCHI, Luiz Antônio; XAVIER, Antônio Carlos (Org.). Hipertexto e gêneros digitais. 2. ed.

Rio de Janeiro: Lucerna, 2005, p. 13-67.

MORAN,J. M. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias. Em Revista Informática na

Educação: Teoria e Prática, Porto Alegre, RS, ano 1, n°. 1, p. 137 – 144, setembro 2000.

O Twitter vê e mostra tudo.< http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI63823-

15228-1,00-O+TWITTER+VE+E+MOSTRA+TUDO.html>. Acesso em 09 de fevereiro de 2010.

29

ocê já ouviu um podcast da rádio CBN? Acha interessante ouvir uma notícia? Sabia

que é possível gravar podcasts e usar em sala de aula, sem precisar de

equipamentos sofisticados? Nesta Unidade mostraremos como produzir podcasts

com os alunos. Confira!

ivemos em uma época em que os jovens estão cada vez mais atualizados e informados

quanto à utilização das ferramentas da web 2.0., dessa forma é necessário o professor

encontrar novas técnicas e métodos mais eficientes utilizando as Tecnologias de

Informação e Comunicação (TICs) para a construção e disponibilização das produções dos

alunos através de diferentes mídias, proporcionando um ambiente para a interação entre

docente e discente.

Os recursos da Internet são inúmeros e quando bem aproveitados nos dão suporte para o

desenvolvimento de diversas atividades com os alunos. O uso de podcasts na educação ainda é

recente, embora haja estudos e projetos desenvolvidos desde 2004, e um excelente recurso

para o desenvolvimento de habilidades ligado à comunicação oral.

V

V

30

O podcast é um arquivo de áudio, geralmente apresentado no formato MP3 que pode ser

baixado da internet para o computador pessoal ou dispositivos como IPod e celulares.

Começaremos ouvindo alguns podcasts. Segue indicações de sites para você escolher e ouvir:

INFO Online - http://info.abril.com.br/podcast/

O Globo - http://oglobo.globo.com/podcasting/

Podcast One - http://www.podcast1.com.br/

Podcast CBN - http://cbn.globoradio.globo.com/servicos/podcast/NOME.htm

urgido em 2004, o termo podcast é a junção da palavra iPod e broadcast (transmissão

via rádio) que são arquivos de áudio cujo processo de gravação e publicação se dá via

Internet, como músicas, programas esportivos ou jornalísticos de assuntos variados

semelhantes aos blogs. O podcasting diz respeito a publicação de áudio na Internet, que por

intermédio de um distribuidor conhecido como “Feeds/RSS”, pequenos arquivos que contém

informações para que os programas agregadores façam a atualização de divulgação dos

arquivos (Feed – usuários se inscrevem num link de sites ou canais de notícias que atualizam

seu conteúdo regularmente /RSS – “é uma tecnologia que permite a sites que têm atualização

frequente informar seus leitores sobre a publicação de um novo conteúdo2”). Os arquivos

geralmente estão no formato mp3 e ficam disponíveis para serem baixados no computador ou

dispositivos como iPods, e telefones celulares, permitindo que o usuário ouça a publicação em

qualquer lugar e a qualquer momento.

2 Revista Nova Escola,jun., jul 2009

S

31

generalização de diferentes recursos de comunicação tem permitido ao usuário da

Internet a interação com o mundo que o rodeia. A integração de tecnologias é

fundamental para a formação de alunos que desejam estar preparados para uma

sociedade que está em constante transformação e um dos requisitos para se ter acesso e

interação é a escola, nesse contexto, não pode ficar distante dessa realidade e evolução dos

recursos de comunicação. A utilização dos recursos das TICs ampliou significativamente as

oportunidades de se trabalhar de forma colaborativa e não mais isoladamente.

A aprendizagem colaborativa auxilia no processo de construção da autonomia do educando,

tornando a aprendizagem mais eficiente. O uso pedagógico do podcast enriquece e

complementa a aula presencial, criando um ambiente diferenciado e eficiente segundo os

objetivos da atividade didática. Acima de tudo, é uma possibilidade de reforçar a autonomia

do aluno, proporcionando momentos de reflexão e aprendizagem.

ara a produção de podcasts utilizaremos uma outra ferramenta, que será abordada na

próxima unidade temática – a webquest. A webquest é uma atividade orientada de

pesquisa que estimula a autonomia no ato de estudar, fornecendo as informações

necessárias, mas dando liberdade no processo de aprendizagem. Conheça a webquest:

http://webquestparaaprenderpodcast.wordpress.com/ e participe do processo de criação do

seu primeiro podcast. Siga os procedimentos indicados em cada etapa e ao final você terá o

seu podcast que pode ser compartilhado na web em um site de hospedagem gratuito.

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Figura 8 - http://webquestparaaprenderpodcast.wordpress.com/

33

Nas ondas do rádio:

http://www.escolabr.com/portal/modules/wfchannel/index.php?pagenum=2

Artigo Podcast - http://www.escolabr.com/download/artigos/Artigo_Podcast.pdf

Podcast -

http://www.escolabr.com/projetos/ferramentas_de_comunicacao/podcast.htm

Podcast Escola br:

http://www.podcast.sitedaescola.com/index.php?cat=CursoPodEscola

Eziquiel Menta:

http://www.diaadia.pr.gov.br/multimeios/modules/conteudo/conteudo.php?conteud

o=141

Sérgio Lima Podcast: http://sergioflima.pro.br/podcasts/

Webquest sobre Podcast: http://www.vanessarodrigues.net/webquest/index.html

Mini-curso de podcast: http://www.slideshare.net/vanessarodrigues/minicurso-de-

podcast

Sites para hospedagem de Podcast

My Podcast.com - http://www.mypodcast.com/

Podomatic - http://www.podomatic.com/featured

Podbean.com - http://podbean.com/

34

CARVALHO, Ana Amélia A.(Org.). Manual de ferramentas da Web 2.0 para Professores. <

http://www.educacaoadistancia.blog.br//arquivos/manualdeferramentas20.pdf>

Acesso em 09 de fevereiro de 2010.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital. In:

MARCUSCHI, Luiz Antônio; XAVIER, Antônio Carlos (Org.). Hipertexto e gêneros digitais. 2. ed.

Rio de Janeiro: Lucerna, 2005, p. 13-67.

MORAN,J. M. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias. Em Revista Informática na

Educação: Teoria e Prática, Porto Alegre, RS, ano 1, n°. 1, p. 137 – 144, setembro 2000.

35

ós professores, sempre estamos procurando uma nova forma de desenvolver uma

atividade que promova o interesse da turma e faça com que os alunos sintam-se

estimulados a estudar. Queremos que eles estudem e pesquisem em busca do

conhecimento e não para atingir determinada nota, e é frustrante quando recebemos um texto

ou trabalho e vemos que é uma cópia da internet. Nesta unidade você vai conhecer uma

atividade que estimula produtivamente a autonomia na pesquisa por intermédio da internet e

viabiliza a participação colaborativa e o envolvimento dos alunos na realização de tarefas.

Conheça a Webquest!

os últimos anos, com o advento da Internet, as formas de comunicação e de interação

ampliaram-se significativamente, sobretudo no campo educacional quando o uso de

tecnologias ganhou destaque e ferramentas que estimulam o trabalho colaborativo

foram inseridas no contexto escolar. Nas unidades anteriores, vimos algumas ferramentas

como e-mail, blog e podcast que oportunizam a ação colaborativa. O trabalho realizado em

equipe é cada vez mais valorizado na sociedade atual, sejam nas organizações coorporativas

ou nas organizações educacionais e por isso é importante o estímulo a interação social no

âmbito escolar.

N

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36

Webquest é uma atividade de pesquisa orientada pelo professor que parte de uma

questão problematizadora, faz uso de tecnologias, e permite aos alunos efetiva

interação e autonomia no processo de aprendizagem. As situações de pesquisas

apresentadas, geralmente, são para aplicabilidade na vida cotidiana, ou aprofundamento do

conhecimento sobre um tema, permitindo o desenvolvimento da criatividade, habilidade e

promovendo a aprendizagem colaborativa. Outra característica importante é que ensina os

alunos a usar a Internet de modo consciente e com responsabilidade, uma vez que as

orientações de pesquisa, em sua maioria, são provenientes da web.

Para entender melhor o que é e como funciona essa atividade acesse o documento “O que é

uma webquest”, disponível na web no site:

http://issuu.com/patipaulo/docs/o_que_._uma_webquestdocx.docx .

gora você vai conhecer uma webquest de autoria da professora gaúcha Marli Dagnese

Fiorentin, especialista em Tecnologias da Educação, que em 2006 produziu o material

com a intenção de celebrar o Centenário do poeta Mário Quintana. Segundo a

professora, “a webquest proporcionou o conhecimento da obra de Mário Quintana, por

intermédio da socialização das tarefas através de um blog, estimulando o estudo da poesia

durante o ano letivo”. Houve interação também com alunos de outras escolas que trabalharam

com o mesmo tema. O resultado do trabalho você pode conferir no blog: ‘Centenário

Quintana’ - http://centenarioquintana.blogspot.com/2006_11_01_archive.html.

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Figura 9- http://sites.google.com/site/webquestquintana/introducao

Endereço da webquest: http://sites.google.com/site/webquestquintana/

Professor, visite outras webquests, que abordam conteúdos de Língua Portuguesa e Literatura:

Romantismo em prosa e verso -

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_horizontal_w.php?id_acti

vidad=4940&id_pagina=1

A arte de fazer quadrinhos -

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tabbed_w.php?id_activid

ad=12599&id_pagina=1

A função conativa nas propagandas -

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_derecha_w.php?id_activi

dad=10900&id_pagina=1

Gêneros textuais emergentes -

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tabbed_w2.php?id_activi

dad=13976&id_pagina=2

38

webquest em sua essência já possui uma finalidade pedagógica, pois é uma estratégia

de pesquisa orientada por intermédio de atividades previamente selecionadas pelo

professor. Dessa forma, até mesmo o título da unidade temática torna-se redundante:

“Possibilidades pedagógicas para o uso da webquest”- uma vez que a expressão ‘webquest’

associa-se ao ensino.

ara criarmos uma webquest usaremos o site “Webquest Brasil’ onde você encontrará

tutoriais em vídeos com todas as informações necessárias para criar sua miniquest ou

webquest. Assista aos tutoriais antes de criar a sua conta. Mãos à obra! Endereço:

http://www.webquestbrasil.org/node/9 . Em seguida, clique em PhPWebquest para criar sua

conta.

Figura 10 - http://www.webquestbrasil.org/node/9

A

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Figura 11- http://www.webquestbrasil.org/criador/

Durante todo o processo de desenvolvimento da webquest o

professor deve ficar atento se a interação entre a turma é saudável

ou se a competição ficou excessiva, pois o trabalho em equipe quando

bem desenvolvido gera aprendizagem, já a competição exagerada

pode trazer rivalidade e desavenças entre os alunos.

40

Se você quer mais informações de como se deve fazer webquest, escolha uma das webquests

abaixo para conhecer e realizar:

Webquest: uma metodologia de pesquisa orientada -

http://www.webquestbrasil.org/criador/miniquest/soporte_tabbed_m2.php?id_activi

dad=14971&id_pagina=2

Aprendendo Webquest com Webquest:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tablon_w.php?id_activida

d=7543&id_pagina=5

Aprendendo sobre Webquest:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tablon_w.php?id_activida

d=7916&id_pagina=1

Criando uma Webquest em phpwebquest: http://www.slideshare.net/marise/criando-

uma-webquest-no-phpwebquest?from=ss_embed

Tutorial de Webquest – Wiki: http://materialdidatico.pbworks.com/webquest

Webquest & Miniquest -

http://www.webquestbrasil.org/criador/miniquest/soporte_izquierda_m.php?id_activ

idad=334&id_pagina=1

Blogquests - http://www.ufrgs.br/tramse/blogquests/2004/11/inditos.htm

41

E você, professor(a)? Acha que é possível usar essas ferramentas?

omputadores e Internet podem ser ferramentas poderosas para pesquisa,

aprendizagem e interatividade. A seguir são apresentadas algumas dicas para que você

possa aprimorar suas habilidades e fazer um bom uso dos computadores com seus

alunos.

C

1- Crie uma conta de e-mail e use-a todos os dias;

2- Tenha um blog ou site(que você possa atualizar) para compartilhar suas

produções com as demais pessoas;

3- Participe de grupos de discussão, fórum ou alguma comunidade que esteja

relacionada a assuntos educacionais;

4- Use programas de bate-papo para conversar com colegas de trabalho, mas

sempre com finalidade profissional;

5- Acompanhe revistas online, blogs e sites que veiculem notícias sobre

educação ou de sua disciplina de atuação;

6- Faça uso de ferramentas como editores de textos, planilhas eletrônicas e

apresentação de slides no preparo de materiais didáticos, avaliações e

demais atividades para os alunos;

7- Ao preparar suas aulas, pesquise na internet por assuntos atuais e

organize uma lista de sites que sejam úteis para sua disciplina de atuação.

Compartilhe as informações obtidas com alunos e colegas de trabalho;

8- Na escola use o laboratório de informática pelo menos uma vez ao mês;

9- Utilize o computador no mínimo por uma hora diariamente;

10- Sempre que surgir uma nova ferramenta educacional incorpore-a em sua

prática didática.

42

CARVALHO, Ana Amélia A.(Org.). Manual de ferramentas da Web 2.0 para Professores. <

http://www.educacaoadistancia.blog.br//arquivos/manualdeferramentas20.pdf>Acesso em

09 de fevereiro de 2010.

CRUZ, Sónia. O blogue e o podcast para apresentação da aprendizagem com webquest.<

http://www.portalwebquest.net/pdfs/Blog%20e%20o%20Podcast%20e%20WQ.pdf > Acesso

em 17 de maio de 2010.

Sites: http://issuu.com/patipaulo/docs/o_que_._uma_webquestdocx.docx. Acesso em 20 de

maio de 2010.