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PESQUISA ANALÍTICO-DESCRITIVA: UM OLHAR PARA A DIVERSIDADE Isaac Rodrigues Saglia Ao longo dos tempos, povos, culturas, sociedades vêm lançando diferentes olhares sobre temáticas familiares, incomodativas, delicadas, provocadoras e que envolvem pessoas especiais vivendo em sociedade. Um dos pressupostos básicos que alicerçam entendimentos do amplo fenômeno da deficiência refere-se à indissolubilidade do binômio indivíduo/sociedade. A sociedade é responsável pela discriminação e separação do deficiente, imputando-lhe um estigma. Mas, essa responsabilidade é também nossa enquanto “indivíduo/sociedade – produto e produtor da história (...). Sem esse pressuposto poderíamos correr o risco de ‘coisificar’ e ‘vitimizar’ o deficiente, perpetuando a idéia maniqueísta de força/fragilidade – cabendo à sociedade o primeiro termo e ao deficiente o segundo” (Amaral, 1995, XIX). Deste entendimento, pode-se depreender que mesmo a despeito da existência de um arcabouço legal calcado em aspectos de modernidade (?) ainda nos mantemos atrelados às idéias conservadoras que nos fazem enxergar o mundo e as pessoas que nele estão, através de valoração determinada e transmitida por agentes culturais, familiares, religiosos, políticos, científicos, educacionais, entre outros. Esta valoração, por sua vez, influencia o nosso (“individuo/sociedade – produto e produtor da história” – Amaral, op cit) tratamento a pessoas diferentes, estranhas, ao outro. Contraditoriamente, há que salientar que “O discurso corrente ‘lembra’ e ‘sublinha’ a necessidade do reconhecimento da qualidade de cidadão do indivíduo com deficiência. A prática demonstra que o estado de cidadão – e, portanto, o exercício pleno da cidadania – não ocorre com freqüência. Mas quais os empecilhos ou obstáculos que se interpõem entre a ‘qualidade’ e o ‘estado’ de cidadania”? (Amaral, 1995, p.188). Em nome de uma de uma pretensa homogeneidade (como se isto fora possível!) como justificativa para também pretensas formas especiais de atendimento, não percebemos que “(...) todo preconceito impede a autonomia do homem, ou seja, diminui sua liberdade relativa diante do ato de escolha, ao deformar e, conseqüentemente, estreitar a margem real de alternativa de trabalho” (Heller, 1992, p. 59).

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  • PESQUISA ANALTICO-DESCRITIVA: UM OLHAR PARA A DIVERSIDADE

    Isaac Rodrigues Saglia

    Ao longo dos tempos, povos, culturas, sociedades vm lanando diferentes olhares

    sobre temticas familiares, incomodativas, delicadas, provocadoras e que envolvem pessoas

    especiais vivendo em sociedade.

    Um dos pressupostos bsicos que aliceram entendimentos do amplo fenmeno da

    deficincia refere-se indissolubilidade do binmio indivduo/sociedade. A sociedade

    responsvel pela discriminao e separao do deficiente, imputando-lhe um estigma. Mas,

    essa responsabilidade tambm nossa enquanto indivduo/sociedade produto e produtor da

    histria (...). Sem esse pressuposto poderamos correr o risco de coisificar e vitimizar o

    deficiente, perpetuando a idia maniquesta de fora/fragilidade cabendo sociedade o

    primeiro termo e ao deficiente o segundo (Amaral, 1995, XIX).

    Deste entendimento, pode-se depreender que mesmo a despeito da existncia de um

    arcabouo legal calcado em aspectos de modernidade (?) ainda nos mantemos atrelados s

    idias conservadoras que nos fazem enxergar o mundo e as pessoas que nele esto, atravs de

    valorao determinada e transmitida por agentes culturais, familiares, religiosos, polticos,

    cientficos, educacionais, entre outros. Esta valorao, por sua vez, influencia o nosso

    (individuo/sociedade produto e produtor da histria Amaral, op cit) tratamento a

    pessoas diferentes, estranhas, ao outro.

    Contraditoriamente, h que salientar que

    O discurso corrente lembra e sublinha a necessidade do reconhecimento da qualidade de cidado do indivduo com deficincia. A prtica demonstra que o estado de cidado e, portanto, o exerccio pleno da cidadania no ocorre com freqncia. Mas quais os empecilhos ou obstculos que se interpem entre a qualidade e o estado de cidadania? (Amaral, 1995, p.188).

    Em nome de uma de uma pretensa homogeneidade (como se isto fora possvel!) como

    justificativa para tambm pretensas formas especiais de atendimento, no percebemos que

    (...) todo preconceito impede a autonomia do homem, ou seja, diminui sua liberdade relativa

    diante do ato de escolha, ao deformar e, conseqentemente, estreitar a margem real de

    alternativa de trabalho (Heller, 1992, p. 59).

  • Nesta tica, cabe salientar que na tentativa de combater esteretipos e mitos

    impeditivos de atitudes inclusivas, corremos o risco de fundamentar a construo de outros

    tantos, como nos lembra Omote (2004, p.7):

    (1) todas as pessoas apresentam diferenas umas em relao a outras, fazendo crer que mesmo as mais graves patologias so apenas diferenas quaisquer; (2) a ocorrncia de anomalias faz parte da vida normal das pessoas (ser diferente normal); e (3) a convivncia entre o deficiente e o no deficiente, com nfase no ato de aprenderem juntos fazendo crer que o simples ato de estarem juntos necessariamente bom para todos.

    Ora, convm ter claro que o teor destas afirmaes no representa uma verdade

    absoluta, muito embora, tais afirmaes dem sustentao construo de alguns (novos?)

    dogmas a respeito da incluso. O autor nos alerta para o fato de que

    a viso romanesca de incluso, que negligencia a realidade biolgica de condies incapacitantes, pode representar um retrocesso na concepo acerca das deficincias (...) e que argumentos superficiais e at levianos de que se trata apenas de diferenas quaisquer podem contribuir para a institucionalizao da normificao (Omote, 2004, p.7).

    Frente ao exposto, impe-se a urgente busca de referenciais cujos contedos no

    reforcem to somente a (quase) perfeita retrica dos documentos oficiais; mas, que por meio

    de propostas de aes e experincias cientificamente explicitadas, possam contribuir para a

    obteno de resultados mais profcuos e de saltos de qualidade, no que reporta s condies

    de vida de pessoas com deficincia.

    Atualmente, os professores podem contar com competncias, (sob a inspirao de

    Perrenoud, 2000...), bastante palpveis no desempenho de sua ao docente, tais como:

    organizar e estimular situaes de aprendizagem; gerar a progresso das aprendizagens;

    envolver os alunos em suas aprendizagens e no trabalho; trabalhar em equipe; participar da

    gesto na escola; informar e envolver os pais; utilizar as novas tecnologias; enfrentar os

    deveres e os dilemas ticos da profisso; gerar sua prpria formao continuada.

    Porm, ainda que, paulatina e obstinadamente, tais competncias se transformem na

    realidade desejada, permanecem questes a instigar, provocar, desafiar:

    1. Como agir de modo a respeitar as diferenas em uma instituio escolar cuja

    estrutura reflete aspectos de profunda homogeneidade?

    2. Como transformar, competentemente, a escola, de modo a responder s

    necessidades do mundo moderno?

  • 3. Como garantir que programas de capacitao de profissionais, quer na formao

    inicial, quer na formao continuada incluam contedos pedaggicos/curriculares voltados

    para o estudo e a compreenso das diferenas?

    As respostas a estas e outras questes que tentamos contemplar em nossa prtica

    profissional envolvem uma discusso poltica e pedaggica, da qual, invariavelmente, o

    professor excludo. A discusso e a tomada de decises, invariavelmente, restringem-se aos

    setores tcnicos governamentais, aos representantes de organismos internacionais e

    empresariais.

    No entanto, o desafio que se apresenta de forma mais contundente refere-se

    necessidade de facultar conhecimentos desencadeadores de novas atitudes, por parte dos

    professores, para que estes possam desempenhar, com responsabilidade, seu papel de agente

    transformador da educao no sentido proposto por Nvoa (1991, p. 109):

    Educar significa instituir a integrao dos educandos como agentes em seu

    lugar designado num conjunto social, do qual nem eles, nem seus

    educadores, tm o controle. Significa assegurar ao mesmo tempo a

    promoo desses mesmos educandos e, portanto, de seus educadores, em

    atores de sua prpria Histria individual e da Histria coletiva em curso.

    Para que estes educandos sejam agentes de sua histria, o aporte legal em vigncia,

    lhes garante, de forma expressiva, o acesso s escolas do ensino comum.

    A Lei de diretrizes e Bases da Educao Nacional no. 9394 de 1996 Lei Darcy

    Ribeiro, suscitou sob a forma de debates, congressos e produes acadmicas, a questo da

    incluso das pessoas especiais no ensino regular:

    Pargrafo nico. O poder Pblico adotar, como alternativa preferencial, a

    ampliao do atendimento aos educandos com necessidades especiais na

    prpria rede pblica regular de ensino, independentemente do apoio s

    instituies previstas neste artigo (LDB, 9394/96, cap. V, p.19).

    A Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura

    (UNESCO) aponta que a educao especial uma forma enriquecedora para o trabalho

    pedaggico com essas pessoas, pela legalidade, garantindo a igualdade entre os homens como

    sendo a soluo para o problema da excluso.

    Segundo BEYER (2005, p.68) podemos considerar que nunca houve uma escola que

    recebesse todas as crianas, independentemente de suas especificidades, por isso, o princpio

  • da incluso constitui uma perspectiva mais ampla, pois passa a considerar que crianas de

    uma mesma comunidade, independentemente de suas especificidades, patologias,

    dificuldades, devem ser escolarizadas numa mesma sala de aula, com as mesmas

    oportunidades de aprendizagem, com um currculo flexvel e/ou adaptado s necessidades

    educacionais que lhes so peculiares. Porm, h que se destacar que, se no mbito legal est

    garantido o acesso de alunos com necessidades especiais s escolas do ensino comum, acesso

    este demonstrado por censos oficiais, o mesmo no acontece com a permanncia destes

    alunos no sistema e mais, de seu aproveitamento satisfatrio.

    Em conseqncia, muito recentemente, vem se observando um deslocamento de

    alunos com necessidades especiais includos nas escolas do ensino comum, para cursos de

    Educao de Jovens e Adultos EJA. Este segmento escolar tem crescido de forma

    significativa criando outras demandas de atendimento e formao docente.

    Assim, este estudo1 teve por questo norteadora mapear dentre os alunos

    matriculados no Ensino Fundamental e Mdio, no perodo noturno, de escola municipal, que

    apresentam necessidades especiais (deficincias sensoriais, fsicas e mental, condutas tpicas)

    ou que residam com familiares nestas condies.

    Com estes entendimentos, baseamo-nos em Andr (2005, p.148)

    com preocupaes epistemolgicas referentes ao tipo de conhecimento produzido, preocupaes metodolgicas voltadas ao cuidado com os procedimentos de coleta e anlise dos dados e h preocupaes ticas relativas qualidade da colaborao e s mudanas efetuadas. So pontos importantes e legtimos, que devem ser discutidos pelos pesquisadores da rea e qui possam vir a se tornar consensuais.

    Desta forma, adotando os pressupostos de uma pesquisa analtico-descritiva, foram

    elaborados dois roteiros de entrevista semi-estruturada destinados aos alunos e aos

    profissionais que efetuaram diagnstico. As questes versaram sobre aspectos relacionados ao

    conhecimento das necessidades afetas a cada um dos participantes, num total em 128

    entrevistados; e o estudo/pesquisa/trabalho, foi desenvolvido em uma cidade de porte mdio

    do interior do Estado de So Paulo.

    Feito isto, partimos para a etapa seguinte, em que confeccionamos uma entrevista

    individual com um questionrio somente para os alunos que responderam sim ao primeiro e

    procuramos levantar alguns dados em relao me da pessoa com deficincia: a ingesto, na

    gravidez, de medicamentos sem prescrio mdica, drogas, lcool ou tabaco; a idade em que

    engravidou; fez acompanhamento pr-natal. A respeito da pessoa deficiente: freqenta(ou)

    alguma escola comum ou especializada; recebe(u) algum(ns) atendimento(s) mdico-

  • hospitalar(es); como o relacionamento com a famlia; sua(s) necessidade(s) especial(is) e/ou

    necessidade(s) educacional(is) especial(is).

    ______________________________________________________________________________________________________________1Foi desenvolvida nas mediaes de uma escola municipal na cidade de Araraquara, nos meses de maro a junho de 2007, coordenada e orientada pela Profa. Dra. Sueli Aparecida Itman Monteiro do Departamento de Psicologia da Educao da Faculdade de Cincias e Letras - Campus de Araraquara.

    As entrevistas foram gravadas, com o consentimento dos participantes, transcritas,

    analisadas e devolvidas para conferncia.

    Podemos observar que, nas 128 entrevistas realizadas com os alunos/adultos, 85

    deles responderam que no tm familiares e/ou no esto em condio de alguma necessidade

    especfica.

    Na tabulao dos entrevistados que responderam sim, 5 dos entrevistados

    apresentam alguma necessidade especfica, 43 alunos, indicaram 49 familiares em

    condio(es) de necessidade(s) especial(is) e/ou necessidade(s) educacional(is) especial(is),

    como mostra o grfico abaixo:

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14Deficincia MentalDeficincia FsicaDeficincia AuditivaDeficincia VisualAutismoParalisia CerebralDeficincia MltiplaSndrome de DownEpilepsia

    A maioria, ou seja, 13 deles esto em condio de Deficincia Mental, 10

    Deficincia Fsica, 8 Deficincia Auditiva, 7 Deficincia Visual, 4 Autismo, 3 Paralisia

    Cerebral, 2 Deficincias Mltiplas, 1 Sndrome de Down e 1 Epilepsia.

    Um outro aspecto que procuramos considerar durante a pesquisa, foi investigar se as

    pessoas em condio(es) de necessidade(s) especial(is) e/ou necessidade(s) educacional(is)

    especial(is) freqentam a Escola Comum ou Especial e obtivemos os seguintes dados

    apresentados no grfico abaixo:

  • Escola EspecialEscola ComumNo Estuda

    Podemos observar que 13 deles freqentam as Escolas Especiais, 12 esto includos

    na Escola Comum e a maioria, 24 delas, no freqenta nenhuma instituio.

    medida que analisamos os dados, sentimo-nos responsveis por incutir no espao

    intra-escolar uma proposta de trabalho. Para tanto, s segundas-feiras, levamos conhecimentos

    adquiridos no curso de graduao em Pedagogia, especificamente no eixo de Educao

    Especial, que garantissem um acesso mnimo de informaes sobre deficincias e sndromes,

    mediante aos espantosos dados constatados.

    Elaboramos um informativo impresso para todos os alunos em forma de cartilha

    Um Olhar para a Deficincia como proposta de preveno, apresentando os aspectos

    caractersticos de vrias Sndromes e Deficincias, assim como atitudes preventivas.

    Dedicamos um momento de alerta e conscientizao sobre a ingesto de entorpecentes, auto-

    medicao, bebidas alcolicas e tabagismo como sendo fatores agravantes para a ocorrncia

    das mesmas.

    Outrossim, tivemos uma palestra com um especialista em Educao Especial

    esclarecendo o contedo impresso na cartilha, tirando as dvidas, pronunciando-se de forma

    que os alertasse para os dados coletados.

    Podemos considerar que a existncia do direito no texto legal no cauo

    suficiente para a sua aplicabilidade prtica. Torna-se explcito na pesquisa, o jogo de

    interesses e poder existentes nas entrelinhas das legislaes voltadas s pessoas com

    deficincia. Para tanto, a Unio transfere a problemtica para as Secretarias Estaduais de

    Educao. A realidade objetiva e o movimento histrico das funes da educao no so

    considerados, o problema eminentemente de natureza social fica reduzido questo legal.

    COLL, MARCHESI, PALACIOS & COLS (2004, p.20) consideram que j se foi o

    tempo em muitas famlias tinham pessoas com deficincias estigmatizadas em suas prprias

    casas, por seus familiares, muitas vezes como rota de fuga para uma segregao social

    existente. No entanto, os relatos e/ou dados coletados so reflexo da excluso presente em

  • nossa sociedade, a negligncia, o abandono e o mais agravante: o comprometimento da auto-

    estima e do desenvolvimento global destes indivduos especiais.

    Como queixa principal dos familiares, sobretudo, est o fato de que os alunos foram

    colocados em segundo plano, discriminados pela sua limitao. Como podemos notar a

    sociedade capitalista muito excludente e de alguma maneira, est sendo questionada para

    que se torne mais inclusiva e conseqentemente que a escola comum espao coletivo de

    ensino e aprendizagem acompanhe o processo.

    H necessidade de que todas as instncias sociais estejam engajadas nesta conjuntura

    e se mobilizem para garantir o mnimo de condies para cada indivduo acesse e permanea

    na escola, dando-lhes oportunidades de cultivar a solidariedade e o sentido de conviver e

    respeitar as diferenas.

    A princpio, concordo com a constatao de que no possvel dar uma resposta

    aos alunos com necessidades educativas especiais, se no se levar em conta, a enorme

    diversidade cultural, social e pessoal que existe na maioria das escolas (Coll, Marchesi e

    Palcios, 2004, p.20). E considerando tal diversidade tentarei apresentar algumas idias que

    me inquietam e que, por esta razo, venho investigando.

    Finalmente, para (re)configurar as polticas pblicas que sejam integradoras de aes

    para os distintos atores, o Estado deve:

    1. O Estado deve assumir a responsabilidade sobre a garantia do direito

    igualdade, frente ao direito da educao;

    2. Estabelecer e priorizar as dimenses pedaggicas e institucionais como eixos das

    polticas pblicas de acesso e permanncia no sistema educacional..

    3. Fortalecer o lugar da escola como instituio social e a funo docente como

    transmisso de conhecimentos, de valores culturais.

    4. Sustentar e reforar a funo inclusiva, com responsabilidade e parcimnia, nas

    propostas pedaggicas vigentes.

    A atitude dos educadores depende, frente aos alunos com ou sem NEE, e sua

    capacidade de ampliar as relaes sociais do ponto de vista das diferenas nas aulas e sua

    predisposio para atender, eficazmente, a essas diferenas:

    1. Necessitam contar com um repertrio de destrezas, conhecimentos, enfoques

    pedaggicos, mtodos, materiais didticos adequados, tempo para atender a diversidade, em

    sala de aula;

    2. Necessitam de apoio dentro e fora da escola: desde o gestor escolar, chegando

    famlia de seus alunos;

  • 3. Os governos devem manifesta-se, claramente, com programas slidos, com

    polticas definidas e oferecer condies adequadas que permitam o uso flexvel dos recursos

    disponveis;

    4. Ensino cooperativo e efetivo, com base na sistematizao de atividades e na

    flexibilizao do currculo;

    5. Aprendizagem cooperativa. Os alunos que se ajudam entre si, podem beneficiar-

    se das aprendizagens com melhores resultados;

    6. Resoluo cooperativa de problemas. Estabelecer regras de comportamento

    claras e uma srie de limites acordados com os alunos so aes que tm sido comprovadas,

    em alto ndice;

    7. Agrupamentos heterogneos, necessrios quando se trata de diversidade de

    alunos em sala de aula. O currculo pode adaptar-se s necessidades individuais fortalecendo,

    pois a rica diversidade humana.

    Referncias Bibliogrficas

    ANDR, M. E. D. A. Pesquisa em Educao: buscando rigor e qualidade. In: Cadernos de Formao. Metodologia de Pesquisa Cientfica e Educacional. So Paulo, n.113, jul., 2001.

    _______. Tendncias atuais da pesquisa na escola. Caderno CEDES. So Paulo, n.43, p.46-47, 1997.

    BEYER, H. O. Incluso e avaliao na escola de alunos com necessidades educacionais especiais. Porto alegre: Mediao, 2005.

    BRASIL. Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educao Nacional. Dirio Oficial da Unio. Braslia, 23 dez. 1996.p.27.833-27.841

    CARDOSO, M. C. F. Abordagem ecolgica em Educao Especial: fundamentos bsicos para o currculo.Braslia: Cortez, 1997.

    COLL, C.; MARCHESI, A.; PALCIOS, J. & COLS. Desenvolvimento Psicolgico e Educao. Transtornos de desenvolvimento e necessidades educativas especiais. Porto Alegre:Artemed, 2004. 2.ed.

    JESUS, D. M. Atuando em contexto: o processo de avaliao numa perspectiva inclusiva. Psicologia e Sociedade. 16(1):37-49, 2004.

    OLIVEIRA, R. C. O trabalho do Antroplogo: Olhar, ouvir, escrever. In: Ensaios antropolgicos sobre moral e tica. Rio de janeiro: Tempo Brasileiro, 1996. p.17-33

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