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Revisaço - Técnico e Analista do TJ-RJ 381 Questões comentadas alternativa por alternativa (2014) MATERIAL EXTRA Leandro d’Ornellas NOÇÕES DE CUSTAS JUDICIAIS: Sumário: 1. Das Custas Judiciais: Lei nº 3350/1999, com as alterações da Lei nº 6369/2012; 2. Da Taxa Judiciária: Decreto-Lei nº 05/1975 (Artigos 112 a 146), com acréscimos efetuados pela Lei nº 4168/2003; 3. ATO NORMATIVO TJ Nº 08/2009; 4. ATO NORMATIVO TJ Nº 09/2009; 5. AVISO TJ nº 57/2010; 6. AVISO TJ nº 150/2012. 7. Das Custas Judiciais; Disposições Gerais; Do Recolhimento Das Custas e A Certificação Pelas Serventias Judiciais (Consolidação Normativa, Art. 162 a 171). DICAS: NOÇÕES DE CUSTAS JUDICIAIS O tema custas não é novidade em concursos para o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A diferença é que, no edital publicado em 2014, o TJ-RJ relacionou diversas normas regulamentares sobre custas no conteúdo programático, demonstrando o desejo de que os futuros servidores tenham conhecimento sobre assuntos do dia a dia profissional.

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Revisaço - Técnico e Analista do TJ-RJ 381 Questões comentadas alternativa por alternativa (2014)

MATERIAL EXTRA

Leandro d’Ornellas NOÇÕES DE CUSTAS JUDICIAIS:

Sumário:

1. Das Custas Judiciais: Lei nº 3350/1999, com as alterações da Lei nº 6369/2012;

2. Da Taxa Judiciária: Decreto-Lei nº 05/1975 (Artigos 112 a 146), com acréscimos efetuados

pela Lei nº 4168/2003;

3. ATO NORMATIVO TJ Nº 08/2009;

4. ATO NORMATIVO TJ Nº 09/2009;

5. AVISO TJ nº 57/2010;

6. AVISO TJ nº 150/2012.

7. Das Custas Judiciais; Disposições Gerais; Do Recolhimento Das Custas e A Certificação

Pelas Serventias Judiciais (Consolidação Normativa, Art. 162 a 171).

DICAS:

NOÇÕES DE CUSTAS JUDICIAIS

O tema custas não é novidade em concursos para o Tribunal de Justiça do Rio de

Janeiro (TJ-RJ). A diferença é que, no edital publicado em 2014, o TJ-RJ relacionou diversas

normas regulamentares sobre custas no conteúdo programático, demonstrando o desejo de que

os futuros servidores tenham conhecimento sobre assuntos do dia a dia profissional.

Esta tendência vem das provas do certame anterior (realizado em 2012) que, na parte

referente à Consolidação Normativa, apresentaram várias questões cujos enunciados

reproduziam situações cotidianas no ambiente forense.

1. DAS CUSTAS JUDICIAIS: LEI Nº 3350/19991

Apesar de ser conhecida como Lei de Custas, a Lei Estadual nº 3350/1999 trata das

custas judiciais e dos emolumentos. Custas são encargos judiciais, isto é, valores pagos para a

realização de atos em processos judiciais. Já os emolumentos são pagos pela execução dos

serviços extrajudiciais (cartórios notariais e de registros). Os valores tanto das custas quanto

dos emolumentos são expressos em UFIRs2 e, em caso de extinção desta unidade fiscal,

conforme a unidade que a substituir.

Despesa Situação Fixação do valor conforme

Custas judiciais Processos judiciais- Natureza do processo; - Espécie de recurso.

Emolumentos Atos extrajudiciais Ato praticado. Após pagas, não haverá restituição de custas ou emolumentos por ato efetivamente

realizado e tornado sem efeito por culpa do interessado.

Custas e emolumentos devem ser recolhidos antecipadamente, em regra. Sem o

pagamento, os servidores não ficam obrigados a praticar os atos judiciais ou extrajudiciais

pretendidos pelo interessado.

Excepcionalmente3, as custas serão pagas ao final do processo (art. 24):

I - na ação popular;

II - nos litígios relativos a acidentes do trabalho;

III - na ação civil pública;

IV - nas ações penais públicas e nas subsidiárias da pública, em caso de condenação;

V - nas ações penais privadas, propostas nos termos do art. 32 do Código de Processo Penal,

em casos de condenação.

Caso esteja encerrado ou se não houver expediente bancário, o Juiz poderá autorizar

a prática de atos urgentes, independentemente do recolhimento prévio das custas. Nessa

                                                            1 Disponível em <www.alerj.rj.gov.br> Consulta em 20/09/2014. 2 A UFIR foi extinta pela Medida Provisória nº 1.973‐67, de 26 de outubro de 2000. A unidade de referência atual é a UFIR‐RJ. Disponível em <www.fazenda.rj.gov.br> Consulta em 24/09/ 2014. 3 Há outras exceções. Vide Consolidação Normativa, art. 167, §§ 1º e 3º (Parte 7 deste material). 

situação, a parte interessada deve comprovar o recolhimento no primeiro dia útil seguinte, sob

pena de pagamento em dobro, a título de multa.

O recolhimento das custas judiciais deve ser certificado pelo servidor nos autos do

processo. Já o recolhimento dos emolumentos dos atos extrajudiciais deve ser cotado

(anotado) no próprio ato e à margem dos traslados, certidões, instrumentos ou papéis

expedidos.

Todas as serventias judiciais e extrajudiciais devem – obrigatoriamente – afixar, em

lugar visível ao público, um painel reproduzindo as tabelas de custas e emolumentos para os

atos respectivos4. O descumprimento desta obrigação configura falta grave do responsável

pela serventia.

Cabe ao Poder Judiciário manter serviço de atendimento ao público – inclusive por

telefone – para fornecer informações sobre custas e emolumentos.

Fiscalizam a cobrança e o recolhimento5

de custas e emolumentos:

- Corregedor-Geral da Justiça;

- Juízes;

- Serventuários6;

- Ministério Público.

A cobrança indevida ou excessiva

de custas e emolumentos

acarreta ao infrator:

- Sanções disciplinares e penais;

- Restituição do valor pago;

- Multa equivalente ao dobro do valor

cobrado (a ser recolhida ao FETJ7).

Obs.: Da decisão que reconhecer ou não a falta disciplinar (no caso de cobrança indevida)

cabe recurso no prazo de 5 dias. Já a restituição e o pagamento da multa, acima referidos,

deverão ser efetivados pelo infrator em 5 dias da ciência da decisão definitiva.

Consideram-se custas ou despesas judiciais, para efeitos processuais, os valores

correspondentes:

                                                            4 Consolidação Normativa, art. 162. 5  RIO  DE  JANEIRO,  Lei  nº  3350/1999,  art.  30:  “Incumbe  ao  Juiz,  com  a  colaboração  do  Escrivão mediante certidão, e à Secretaria do Tribunal a verificação do exato recolhimento das custas e taxa  judiciária antes da prática de qualquer ato decisório.” 6 Conforme a Lei Estadual nº 4620/2005, art. 3º, serventuário é todo titular de cargo de provimento efetivo, na estrutura do Poder Judiciário Estadual. 7 Fundo Especial do Tribunal de Justiça.  

I – A prática dos atos processuais previstos nas tabelas anexas à Lei 3350/1999;

II – A expedição de atos processuais pelos serviços de comunicação;

III – A publicação de atos processuais em órgãos de divulgação;

IV – A expedição de certidões pelas Escrivanias das Varas e demais serventias judiciais;

V – As despesas com a guarda e conservação de bens penhorados, arrestados, sequestrados ou

apreendidos judicialmente, a qualquer título, ou de bens vagos ou de ausentes, em depósito;

VI – As despesas com demolição, nas ações demolitórias e nas de nunciação de obra nova,

quando vencido o denunciado;

VII – As despesas de arrombamento e remoção, nas ações de despejo e reintegração de posse,

ou de quaisquer outras diligências preparatórias de ação, quando ordenadas pelo Juiz;

VIII – As multas impostas às partes, nos termos da legislação processual;

IX – As despesas de condução e estada, quando necessárias, dos Juízes, órgãos do Ministério

Público e Servidores Judiciais, nas diligências que efetuarem;

X – A taxa judiciária8;

XI – O porte de remessa e retorno.

Obs.: Nos incisos VI e VII, as despesas deverão ser previamente aprovadas pelo Juiz, ouvida

a parte interessada.

Os atos dos peritos, intérpretes e tradutores devem ser valorados pelo Juiz segundo as

tabelas anexas à Lei de Custas. Não havendo previsão, juiz fixará o valor com base nos

seguintes critérios:

- ouvindo as partes;

- tomando por referência a tabela da categoria profissional;

- grau de zelo profissional;

- lugar da prestação do serviço;

- natureza e complexidade do trabalho realizado;

- tempo exigido em sua realização.

A lei veda a remessa de processos ao Contador Judicial exclusivamente para cálculo

de custas. No entanto, sempre que os autos forem remetidos ao dito setor para algum cálculo

previsto na lei, as custas serão obrigatoriamente conferidas.

Condução e estada em diligências (atividades externas)

Têm direito à Não têm direito Em quais situações têm direito

                                                            8 Sobre a taxa judiciária, vide item 2 a seguir. 

condução e estada à condução e estada à condução e estada?

- Juízes;

- Órgãos do Ministério Público;

- Servidores da Justiça em geral.

Oficial de Justiça e

Avaliador Judicial

Quando praticarem atos ou

diligências nos processos judiciais,

fora do recinto do Fórum ou

cartório.

A lei enumera os casos de isenção e de não incidência de custas processuais.

Compreender a diferença entre os dois termos requer noções de Direito Tributário. Em poucas

palavras, relativamente ao tema custas, a não incidência trata de situações em que não há

previsão legal de pagamento de custas. Já na isenção, existe a previsão legal para o

pagamento de custas, mas a lei concede à parte o benefício da gratuidade.

São isentos de custas:

I – O beneficiário da justiça gratuita, observado o que dispuser a legislação federal9 e estadual

específica;

II – O réu declarado pobre, nos feitos criminais;

III – As revisões criminais;

IV – Os processos e recursos de habeas-corpus e habeas-data;

V – Os feitos referentes a crianças e adolescentes em situação irregular;

VI – O agravo retido;

VII – Os embargos de declaração;

VIII – As execuções de sentença líquida, ainda que processadas em autos apartados;

IX – A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, os Territórios Federais e as

respectivas autarquias, exceto quanto aos valores devidos a peritos, arbitradores e intérpretes;

X – Os maiores de 60 (sessenta) anos que recebam até 10 salários mínimos.

Obs.: Os entes públicos enumerados no inciso IX, quando vencidos no processo, ficam

sujeitos a reembolsarem, à parte vencedora, as custas e demais despesas que tiverem

suportado.

Não há incidência de custas:

I – Para acesso, em primeiro grau de jurisdição, aos Juizados Especiais10 e do Consumidor;

II – No duplo grau obrigatório de jurisdição;

                                                            9 BRASIL, Lei nº 1060/1950 – Lei que trata da assistência judiciária gratuita. 10 Quando em grau de  recurso, o pagamento das custas compreenderá  todas as despesas,  incluídas aquelas dispensadas em primeiro grau de jurisdição. 

III – No conflito de competência suscitado por autoridade judiciária;

IV – Nas ações propostas e nos recursos interpostos pelo Ministério Público.

As custas deverão ser pagas e recolhidas em estabelecimento bancário indicado

pelo Tribunal de Justiça, sendo vedado a qualquer agente, servidor ou serventuário da Justiça,

inclusive o Juiz de Paz, receber o valor das custas ou da taxa judiciária diretamente das

partes.

A quem cabe o pagamento das custas?

Em regra Quando o ato é requerido pelo MP ou

ordenado de ofício pelo Juiz

Ao interessado (que requerer o ato judicial),

podendo ser o autor ou o réu. Ao autor

Prazo para recolhimento das custas:

Em regra Exceções

5 dias Disposição legal ou determinação judicial em contrário.

O processo judicial não poderá ser arquivado antes que o Escrivão (1ª instância) ou

a Secretaria do Tribunal (2ª instância) certifique nos autos que as custas e a taxa judiciária

foram integralmente pagas. Havendo débito, o Escrivão ou a Secretaria notificará o devedor

por via postal, para pagar em 60 dias. Não havendo pagamento, o Escrivão ou Secretaria deve

expedir certidão sobre o fato, especificando as parcelas devidas, que será encaminhada à

Procuradoria Geral do Estado, para fins de inscrição em dívida ativa11. Após a expedição da

referida certidão, o processo poderá ser arquivado.

Os emolumentos são a remuneração devida pelos serviços notariais e de registros

destinados a garantir a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos, sob

chancela da fé pública. A fixação do valor dos emolumentos e sua cobrança são reguladas

pelas tabelas anexas à Lei nº 3350/1999.

Sendo atividade privada delegada do Poder Público, o gerenciamento administrativo e

financeiro dos serviços notariais e de registros é da responsabilidade exclusiva do respectivo

Titular do Cartório.

                                                            11 Lei 3350, art. 31, § 4º: “É dispensável a inscrição do débito em Dívida Ativa, se o seu valor total for inferior a 50 (cinquenta) UFIRs” 

É vedada a exigência de taxa de urgência, cabendo ao Titular do Cartório zelar pelos

serviços notariais e de registros, para serem prestados com rapidez, qualidade e eficiência.

Diferentemente das custas, que são pagas em estabelecimento bancário, os

emolumentos serão pagos diretamente ao notário ou registrador, no momento da

lavratura do ato ou da apresentação do documento ou requerimento.

Se o interessado solicitar gratuidade (exceto registro de nascimento e óbito que já são

gratuitos por força de lei12), o notário ou registrador poderá, no prazo de 72 horas, em petição

fundamentada, suscitar dúvida quanto ao benefício ao Juízo competente, que terá igual prazo

para decidir.

É proibida, nos atos em que foi concedida gratuidade em razão da condição de pobreza

da parte, qualquer menção ou registro desta situação.

Ao usuário se dará recibo de todos os pagamentos de emolumentos, ainda que este não

tenha solicitado.

As certidões expedidas pelos cartórios notariais e de registro permanecerão

disponíveis aos interessados por até 90 dias, contados da sua expedição. Pode-se revalidar a

certidão uma única vez, antes de findo o prazo anterior.

Relativamente a emolumentos, são gratuitos:

I – Os atos não taxados expressamente nas tabelas anexas (à Lei nº 3350/1999);

II – O registro de nascimento e o assento de óbito, bem como a primeira certidão

respectiva13, nos termos da Lei;

III – Os atos dos Ofícios de Registro de Interdições e Tutelas e do Registro Civil das

Pessoas Naturais determinados pela autoridade judiciária relativamente a criança ou

adolescente em situação irregular;

IV – Quaisquer atos notariais e/ou registrais em benefício do juridicamente

necessitado quando assistido pela Defensoria Pública ou entidades assistenciais assim

reconhecidas por Lei, desde que justificado;

V – Certidões, requisições, atos registrais e autenticações requisitados pela União

Federal, pelos Estados e pelos Municípios, através de seus Poderes Judiciário, Legislativo e

Executivo, inclusive o Ministério Público e Procuradorias Gerais, bem como pelas

                                                            12 BRASIL, Lei nº 6015, de 31 de dezembro de 1973, art. 30: “Não serão cobrados emolumentos pelo registro civil de nascimento e pelo assento de óbito, bem como pela primeira certidão respectiva.” 13 Lei 3350, art. 43, § 3º: “É obrigatória a afixação, em local visível nos cartórios, da determinação do inciso II deste artigo”. 

Autarquias, Fundações e CEHAB – RJ - Companhia Estadual de Habitação do Rio de Janeiro,

integrantes da Administração Indireta do Estado do Rio de Janeiro.

VI – Os atos de retificação, restauração ou repetição por erro funcional;

VII – Os atos de extração de certidão, quando destinadas ao alistamento militar, para

fins eleitorais ou previdenciários, ou para outras finalidades, cuja gratuidade esteja prevista

em lei, delas devendo constar nota relativa ao seu destino.

VIII – Os Atos Notariais e/ou Registrais que tenham por finalidade efetivar doações

em favor do Estado do Rio de Janeiro e/ou dos seus municípios.

IX – Os atos Notariais e/ou Registrais efetivados em favor de maiores de 60 (sessenta)

anos que recebam até 10 (dez) salários mínimos.

X – Os atos notariais e registrais quando destinados à aquisição de imóveis

financiados pelo Instituto Nacional do Seguro Social, localizados em conjuntos habitacionais

de baixa renda, conforme a Lei Estadual nº 4846/2006.

Os atos notariais e de registro que se referirem à primeira aquisição de casa

própria ou que sejam praticados com a intervenção de Cooperativa Habitacional, quando

destinados à residência do adquirente, são isentos do pagamento do acréscimo de 20%

instituído pela Lei 713/1983 e das taxas previstas nas Leis 489/1981 e 590/198714.

2. DA TAXA JUDICIÁRIA: DECRETO-LEI Nº 05/1975 (Artigos 112 a 146)15

Além das custas, a taxa judiciária também é um encargo judicial, incidente sobre

os atos praticados pelos magistrados e membros do Ministério Público, em qualquer processo

judicial.

A taxa judiciária é calculada à razão de 2% sobre o valor do pedido inicial, não

podendo ser inferior a 0,55 (cinquenta e cinco centésimos) da UFERJ16, nem superior a 250

(duzentos e cinquenta) UFERJs.

Cálculo da taxa judiciária Alíquota

Limites

2% do valor do pedido

Mínimo: 0,55 UFERJs Máximo: 250 UFERJs

                                                            14 As leis citadas não fazem parte do conteúdo programático do concurso do TJRJ/2014. 15 Disponível em <silep.planejamento.rj.gov.br> Consulta em 21/09/2014.  16 A UFERJ foi extinta pelo Decreto Estadual nº 27.518 de 28 de novembro de 2000, que instituiu a UFIR‐RJ. Disponível em <www.fazenda.rj.gov.br> Consulta em 24/09/2014.  

O valor do pedido, conforme o Decreto-Lei nº 05/1975, corresponde à soma do

principal, juros, multas, honorários e quaisquer vantagens pretendidas pelas partes.

Não ficam sujeitos a pagamento adicional de taxa judiciária, em regra, os serviços

prestados em qualquer fase do processo de cognição ou execução, bem como seus incidentes,

ainda que processados em apartado.

Excepcionalmente, o Decreto-Lei chama de atos autônomos aqueles que exigem o

pagamento da taxa judiciária correspondente. São eles:

São atos autônomos para os quais é devida a

taxa judiciária:

a) reconvenção;

b) intervenção de terceiros, inclusive oposição;

c) habilitações incidentes;

d) processos acessórios, inclusive embargos de terceiros;

e) habilitações de crédito nos processos de falência ou concordata;

f) embargos do devedor.

Não incide taxa judiciária sobre:

I – Declarações de crédito e pedidos de alvarás em apenso aos processos de inventário;

II – Processos de habilitação para casamento;

III – Processos de habeas-corpus;

IV – Processos para nomeação e remoção de tutores ou curadores;

V – Prestações de contas relativas ao exercício de tutela, curatela, testamentária, inventariança, nas de leiloeiro, corretor, tutor judicial, liquidante judicial, inventariante judicial, em relação a quantias ou valores recebidos para aplicação imediata, quando, não sendo impugnados, independam de processo especial:

VI – Processos administrativos de iniciativa da União, dos Estados, dos Municípios, do Distrito Federal, das autarquias do Estado do Rio de Janeiro ou de pessoas no gozo de benefício da justiça gratuita;

VII – Processos de restauração, suprimento ou retificação de registros públicos, quando se tratar de registro de pessoas naturais.

Nos processos contenciosos em que sejam autores a União, os Estados, os Municípios,

o Distrito Federal, as autarquias do Estado do Rio de Janeiro ou pessoas no gozo de benefício

da justiça gratuita, a taxa judiciária será devida, na fase de execução, pela parte contrária,

quando condenada ou no caso de aquiescência ao pedido.

Nos feitos criminais, nos pedidos de alimentos e de indenização por acidentes de

trabalho (este último quando requerido por acidentados, seus beneficiários ou sucessores) será

devida a taxa pelo réu na execução, quando condenado ou no caso de acordo.

Será devida a taxa judiciária mínima (de 0,55 da UFERJ):

I – Nos processos em que não se questione sobre valores;

II – Nos processos acessórios, exceto nos embargos de terceiros;

III – Nas precatórias e rogatórias, vindas de outros Estados;

IV – Nos processos criminais;

V – Na separação judicial e no divórcio, excluída a parte de inventário;

VI – Nos inventários negativos;

VII – Nas retificações de registros públicos;

VIII – Nos processos de apresentação e aprovação de testamento, não contenciosos;

IX – Nas anulações de casamento;

X – Nas investigações de paternidade;

XI – Nas notificações, interpelações, protestos e justificações de qualquer natureza; e

XII – Em qualquer outro processo judicial não sujeito à tributação proporcional.

O pagamento da taxa judiciária deverá ser efetuado antes da apresentação da

petição inicial em Juízo, exceto nos seguintes casos:

1 – Processos de extinção de usufruto, de uso, de habitação, de renda constituída sobre

imóvel, de fideicomisso e de cláusulas de inalienabilidade, bem como de sub-rogação de

gravames;

2 – Inventários e arrolamentos resultantes de óbito ou dissolução de sociedade

conjugal, bem como nos pedidos de alvará.

Nas hipóteses excepcionais acima relacionadas, o pagamento da taxa deverá ser

efetuado até o último dia útil do sexto mês posterior à distribuição.

Qualquer complementação da taxa judiciária deve ser feita no prazo de 30 dias da

decisão que extinguiu o processo com ou sem resolução do mérito.

A falta de pagamento da taxa judiciária – no todo ou em parte – sujeitará o devedor

à multa igual ao valor da taxa não paga, devidamente atualizado.

Porém, se houver sonegação ou fraude no pagamento da taxa, aos infratores será

aplicada multa correspondente ao dobro da taxa que deixou de ser paga, com seu valor

atualizado.

Cabe à Secretaria de Estado de Economia e Finanças a fiscalização da taxa judiciária.

3. ATO NORMATIVO TJ Nº 08/200917

                                                            17 Íntegra disponível em <http://webfarm.tjrj.jus.br/biblioteca/index.asp?codigo_sophia=139208&integra=1> Consulta em 23/09/2014. 

O presente ato normativo instituiu um novo tipo de Guia de Recolhimento de Receita

Judiciária Eletrônica: a GRERJ Eletrônica, para pagamento dos valores devidos na esfera

judicial do Estado do Rio de Janeiro.

A GRERJ Eletrônica corresponde a um registro eletrônico único e individualizado,

com o mesmo valor do documento impresso, ficando dispensada a apresentação física da

GRERJ pelas partes nos autos18, em regra. Cabe ao usuário tão somente informar o número da

guia eletrônica utilizada, obrigatoriamente, em negrito e à margem superior direita da petição.

O usuário deverá manter sob sua guarda as vias autenticadas do documento, para seu

controle e excepcional necessidade de comprovação do recolhimento, requerida pela serventia

judicial ou por órgão do Tribunal.

A nova guia eletrônica está disponível no Portal do Tribunal de Justiça do Estado do

Rio de Janeiro, no endereço www.tjrj.jus.br, onde deverá ser previamente preenchida

eletronicamente. No Portal do TJ-RJ, o usuário tem à disposição modelos de recolhimento

pré-definidos, que poderão ser por ele alterados, ou o formulário em branco.

Os modelos constantes do portal, confeccionados pela Divisão de Custas e

Informações da Corregedoria, têm o objetivo de auxiliar o preenchimento pelo usuário, que

deverá complementá-los de acordo com suas necessidades.

Vale dizer que o preenchimento da GRERJ Eletrônica fica a cargo do usuário, não se

responsabilizando o Tribunal de Justiça por incorreção nos dados de qualquer GRERJ

Eletrônica, que deverá ser emitida com prazo de validade. Havendo erro de preenchimento

(antes do pagamento), o usuário deverá preencher e gerar outra guia.

A GRERJ Eletrônica deve ser impressa obrigatoriamente em impressora a laser ou jato

de tinta, em folha de papel A4, cor branca, contendo 3 vias.

O pagamento da GRERJ Eletrônica pode ser realizado de duas formas:

I – On line, caso o usuário tenha conta corrente no Banco Arrecadador (Itaú19);

II – Nos caixas do Banco Arrecadador (por qualquer usuário).

                                                            18  Ato Normativo  nº  8/2009,  art.  5º,  parágrafo  único:  “Não  serão  recebidas  nos  Distribuidores,  PROGER  e Serventias Judiciais do TJERJ, em nenhuma hipótese, vias da GRERJ Eletrônica impressas”. 19 Os recolhimentos de custas e taxas judiciárias são efetuados atualmente no Bradesco. 

A guia paga on line receberá uma autenticação eletrônica. O pagamento nos caixas do

Banco Arrecadador exige a apresentação da GRERJ impressa que deverá receber autenticação

mecânica em cada via do documento.

Havendo recolhimento a menor, o usuário poderá complementá-lo preenchendo e

pagando nova GRERJ com o valor faltante. Se o recolhimento foi a maior, o usuário poderá

solicitar a restituição, dirigindo-se ao DEGAR (Departamento de Gestão da Arrecadação), da

Diretoria Geral de Planejamento, Coordenação e Finanças (DGPCF), do TJ-RJ.

O uso da GRERJ Eletrônica passou a ser obrigatório em 1º de janeiro de 2010, não

mais se admitindo recolhimentos através de GRERJ de papel. Apesar desta disposição, alguns

atos ainda permaneceram sendo recolhidos em GRERJ de papel até janeiro de 201320.

4. ATO NORMATIVO TJ Nº 09/200921 Assim como o Ato Normativo TJ nº 08/2009, o presente ato normativo estabelece

normas e orientações para o recebimento e processamento da Guia de Recolhimento de

Receita Judiciária Eletrônica – GRERJ. Algumas disposições são meras repetições do ato

anterior sendo, por isso, não serão referidas neste tópico.

As petições devem obrigatoriamente mencionar (em negrito, na margem superior

direita), os números das GRERJs Eletrônicas a ela vinculadas. O descumprimento desta

disposição sujeita a petição a não ser distribuída nem protocolizada no Distribuidor e no

PROGER22, bem como não ser recebida na serventia judicial.

Caso na petição apresentada não conste o número da GRERJ recolhida, ou conste

um número incorreto, o servidor deverá instruir o usuário quanto ao correto

preenchimento, que poderá ser realizado de forma manuscrita, nos moldes referidos no

parágrafo anterior.

O controle da GRERJ Eletrônica será feito por estágios eletrônicos registrados no

sistema informatizado de 1ª instância, conforme quadro a seguir:

Quadro dos estágios eletrônicos da GRERJ Eletrônica:

I - Utilizada Estágio inicial, onde é registrada a entrada da GRERJ Eletrônica no TJ-RJ e sua associação a um número de processo judicial;

                                                            20 Vide item 6 deste material, Aviso TJ Nº 150/2012. 21 Íntegra disponível em < http://webfarm.tjrj.jus.br/biblioteca/index.asp?codigo_sophia=139354&integra=1> Consulta em 23/09/2014. 22 PROGER é sigla para Protocolo Geral, no qual são entregues as petições para distribuição. 

II - Vinculada Registra vinculação ao processo judicial já na serventia judicial;

III - Tentativa de uso indevido

Mostra que a GRERJ Eletrônica já foi Utilizada e/ou Vinculada em outro(s) processo(s); ou possui uma numeração inexistente; ou está ressarcida ou em processo de ressarcimento;

IV - Conferida correta

Indica que a GRERJ Eletrônica apresenta valores, códigos de receita e contas corretos;

V - Conferida incorreta

Indica a incorreção dos valores e/ou códigos de receita e/ou contas, da GRERJ Eletrônica, podendo gerar os seguintes subestágios: a) Conferida incorreta a maior - quando os valores recolhidos estiverem a maior; b) Conferida incorreta a menor - quando os valores recolhidos estiverem a menor c) Conferida incorreta – códigos/contas - quando os códigos de receita e/ou contas estiverem incorretos; d) Conferida incorreta – recolhimento indevido - quando for apresentada indevidamente ou não pertencer ao processo.

VI - Finalizada Estágio final.

Os estágios da GRERJ Eletrônica vão sendo gradativamente atingidos de acordo com

o andamento processual, conforme será comentado a seguir.

Inicialmente, a petição poderá ser apresentada, dependendo do caso, na Distribuição

(Cartório Distribuidor), no PROGER ou diretamente na serventia judicial.

Recebidas as petições O que deve ser feito? O que o sistema faz?

1 - Distribuição;

2 - PROGER;

3 - Serventias Judiciais.

Lançar o número da GRERJ. Registra automaticamente o estágio GRERJ utilizada.

1 - Recebida a petição pela Distribuição, ficará vinculada automaticamente a GRERJ

ao processo distribuído, passando o estágio GRERJ utilizada para GRERJ vinculada.

2 - Se o recebimento da petição ocorrer no PROGER, caberá à serventia judicial (vara

para a qual o processo for encaminhado) vincular a numeração da GRERJ que constar na

petição ao processo, passando a guia ao estágio vinculada.

3 - Caso a petição seja recebida diretamente na serventia judicial, no momento da

juntada da petição aos autos, a serventia deverá cadastrar a GRERJ no sistema, o qual

automaticamente a colocará no estágio utilizada e, depois, vinculada.

Se houver erro de digitação do servidor no registro de utilização ou vinculação, o

sistema permitirá alterações e correções, dentro de 2 dois úteis.

Após o estágio de vinculação da guia eletrônica, o servidor acessará o sistema para

impressão do extrato referente à GRERJ, conferindo-a e certificando o recolhimento das

custas, emolumentos, taxa judiciária e eventuais acréscimos recolhidos na guia. O extrato

impresso deverá – obrigatoriamente – ser juntado ao processo judicial.

Depois da certificação dos recolhimentos, o servidor atualizará o estágio da GRERJ

para: conferida correta ou conferida incorreta, conforme o caso. Para a atualização conferida

incorreta o servidor deverá informar a inexatidão encontrada (vide quadro dos estágios acima,

item “V”).

Quando houver o arquivamento do processo, o sistema informatizado atualizará,

automaticamente, o estágio da guia para finalizada. Sendo desarquivado o feito, a GRERJ

voltará, automaticamente, ao estágio em que se encontrava anteriormente registrada no

sistema.

Com a finalidade de evitar o uso indevido da GRERJ, o sistema informatizado fará

críticas com relação ao número da guia, isto é, informará ao servidor que há tentativa de uso

indevido da guia (ver casos no quadro dos estágios eletrônicos, item III). Se o usuário insistir

em utilizar numeração de GRERJ criticada pelo sistema, o servidor deverá encaminhar o

usuário ao Juiz Distribuidor para autorização da distribuição (obrigatória neste procedimento).

Autorizado o recebimento da GRERJ com numeração criticada, o servidor cadastrará a

guia e o sistema automaticamente a colocará no estágio de tentativa de uso indevido,

especificando o motivo. Neste estágio, não será possível imprimir o extrato de conferência de

custas (citado anteriormente), devendo a serventia encaminhar o processo à conclusão do juiz,

que determinará qual o procedimento adequado a regularizar a situação.

Concluindo o juiz pela correção ou alteração na vinculação da GRERJ, o servidor

deverá promover no sistema a revinculação da guia, que consiste em transferir a vinculação

da GRERJ de um processo para outro, que pode ser de outra serventia ou comarca.

A revinculação depende de autorização expressa do juiz da causa e só poderá ocorrer

se existir um processo judicial de destino.

Sendo recebida petição que apresente número de GRERJ cujo pagamento não esteja

disponível no sistema, o servidor deverá encaminhar o usuário ao Juiz Distribuidor, para que

este autorize (ou não) a distribuição, que é obrigatória neste procedimento.

Autorizada a distribuição, a GRERJ será registrada nos estágios utilizada e vinculada.

No momento em que for imprimir o extrato para certificação das custas, taxas e acréscimos, o

servidor deverá observar se já consta o pagamento da guia, sem o qual não será possível fazer

a conferência no sistema. Não havendo pagamento, o Escrivão encaminhará os autos ao Juiz e

remeterá ofício ao DEGAR.

Se for constatado que a GRERJ não pertence ao processo ao qual está vinculada, mas

que não houve tentativa de uso indevido nem processo judicial para revinculação, o usuário

poderá solicitar ao DEGAR a restituição dos valores recolhidos. Para possibilitar esta

restituição, é obrigatório o registro da guia no estágio conferida incorreta e a apresentação de

certidão judicial comprovando ser dispensável o recolhimento.

O sistema alertará sobre existência de GRERJ ressarcida, utilizada e/ou vinculada a

processo, devendo o servidor – obrigatoriamente – imprimir extrato da guia contendo a

indicação do sistema, juntando-o ao processo.

Antes do arquivamento do processo, a serventia judicial deverá imprimir um extrato

final contendo todos os recolhimentos realizados por meio de GRERJ Eletrônica vinculados a

cada processo.

Não compete ao DEGAR fornecer subsídios para decisões judiciais nem promover

alterações em estágios de GRERJ Eletrônica. Somente a serventia judicial, onde corre o

processo, poderá realizar alterações nos estágios da guia.

As dúvidas ou dificuldades dos usuários do sistema informatizado de 1ª Instância,

referentes a custas, taxas e/ou emolumentos serão sanadas pela Corregedoria Geral da

Justiça através do endereço eletrônico www.tjrj.jus.br/faleconosco, destinatário Dúvidas

sobre Custas, ou pelo telefone (21) 3133-2156.

Se as dúvidas dos usuários se referem ao ressarcimento de custas e/ou

emolumentos, estas serão sanadas pelo DEGAR, no endereço eletrônico www.tjrj.jus.br ou

www.tjrj.jus.br/faleconosco, como destinatário o “Fundo Especial do Tribunal de Justiça”.

Já as dúvidas, irregularidades ou dificuldades encontradas pelos servidores no sistema

informatizado de 1ª instância (DCP23) serão sanadas pela DGTEC24, através da Central de

Atendimento pelo telefone (21) 3133-7100.

5. AVISO TJ Nº 57/201025

O presente aviso enumera enunciados administrativos sobre custas judiciais. Tendo em

vista a dificuldade de comentá-los um a um, já que, por sua natureza, são sucintos e não

ligados entre si por assunto, optamos por reproduzi-los exatamente como foram publicados.

Enunciados administrativos do Fundo Especial do Tribunal de Justiça

1. As custas são devidas pela prática dos atos processuais previstos nas tabelas anexas à Lei

3350/99 , devendo ser cobradas de acordo com a natureza do processo e o rito processual que

lhe corresponder, independentemente de os atos se cumprirem de forma concentrada (uma só

diligência) ou individualizada.

2. As custas pertinentes aos atos de interdições e tutelas serão cobradas de acordo com a

competência do Juízo, obedecida a respectiva tabela, ensejando, em ambas as hipóteses, o

recolhimento de taxa judiciária mínima (NOVA REDAÇÃO).

3. Ajustado o acordo entre as partes no curso do processo, proceder-se-á à revisão dos

recolhimentos da taxa judiciária mediante certificação nos autos. Ainda que após o

lançamento, nos autos, da decisão homologatória do acordo, é de rigor a comprovação do

recolhimento de eventual diferença apurada, nos termos do art. 103 da Resolução nº 15/99, do

E. Conselho da Magistratura (NOVA REDAÇÃO).

4. Na separação consensual são devidas duas taxas judiciárias mínimas, enquanto que na

separação judicial é devida apenas uma, posto que nesta existem autor e réu, impondo-se a

aplicação do art. 134, inciso V e seu parágrafo único, do Decreto-Lei nº 05/75.

                                                            23 Sigla para Distribuição e Controle de Processos. 24 DGTEC – Diretoria Geral de Tecnologia da Informação. 25 Íntegra disponível em <http://webfarm.tjrj.jus.br/biblioteca/index.asp?codigo_sophia=145753&integra=1> Consulta em 22/09/2014. 

5. Cabe ao Gerente do FETJ, por delegação, a imposição de multa em face de irregularidades

que venham a ser comprovadas nos recolhimentos de valores devidos ao FETJ, nos termos

das Leis de nº 2524/96 e 3217/99, e do Ato Executivo nº 1811, de 07 de junho de 2001.

6. O recolhimento, no prazo legal ou naquele assinado pelo juiz, de diferença de taxa

judiciária afasta a aplicação da multa prevista no art. 143 do Decreto-Lei nº 05/75, que será

devida se não for recolhido o valor da complementação.

7. A multa e os acréscimos previstos no art. 143 do Decreto-Lei 05/75 serão aplicados

diretamente pelo juiz ou este poderá, excepcionalmente, determinar a remessa, ao FETJ, de

cópias dos autos para instrução de procedimento administrativo fiscal, que tramitará sem

prejuízo do curso regular do processo judicial.

8. Se o juiz aplicar a multa e os acréscimos previstos no art. 143 do Decreto-Lei nº 05/75 e a

parte, regularmente intimada, não proceder ao recolhimento, o Juízo ou sua serventia

encaminhará certidão eletrônica ao FETJ, para que se proceda à cobrança administrativa do

débito, nos termos do art. 101 da Resolução nº 15/99, do E. Conselho da Magistratura.

(NOVA REDAÇÃO)

9. Nas cumulações simples e sucessiva de pedidos, a taxa judiciária deverá ser recolhida em

relação a cada pedido formulado. Logo, por exemplo, em ação de despejo, cumulada com

cobrança de aluguéis, a taxa judiciária deve incidir sobre o valor do pedido, incluindo verba

honorária, e correspondendo o valor da causa ao somatório do valor em cobrança com o valor

equivalente a doze aluguéis. Ademais, a cumulação de pedidos de indenização por dano moral

e de obrigações de fazer sem valor econômico direto enseja a cobrança de taxa judiciária

correspondente ao valor do pedido indenizatório e uma taxa judiciária mínima por cada

obrigação. (NOVA REDAÇÃO)

10. A taxa judiciária é devida no momento da propositura da ação, e, conforme dispõe o art.

118 do Decreto-Lei nº 05/75, incide sobre o valor do pedido. Caso este seja meramente

estimativo ou genérico, ou se houver litigante ao abrigo da gratuidade de justiça, a taxa será

posteriormente complementada ou recolhida após o trânsito em julgado da sentença ou

acórdão, incidindo sobre o valor da condenação e cobrando-se da parte sucumbente a

diferença ou o recolhimento integral, conforme o caso. (NOVA REDAÇÃO)

11. Na carta precatória originária de outro Estado, existindo vários autores, será cobrada uma

taxa judiciária para cada qual, por aplicação do art. 134, inciso III e seu parágrafo único, do

Decreto-Lei nº 05/75.

12. Ao serventuário processante cabe a verificação do correto recolhimento de custas e

emolumentos referentes ao Avaliador, ao Contador e ao Partidor, por aplicação do art. 7º da

Lei 3350/99, sem embargo do exercício dessa atribuição pelo Titular, nos termos do art. 150,

XXIV da Consolidação Normativa da E. Corregedoria Geral da Justiça. (NOVA REDAÇÃO)

13. CANCELADO

14. A certidão de que trata o art. 101 da Resolução nº 15/99, do E. Conselho da Magistratura,

atualmente encaminhada eletronicamente, nos moldes do Ato Normativo TJ 04/2007, é

obrigatória e, independentemente do valor apurado, deverá ser remetida ao Departamento de

Gestão da Arrecadação da Diretoria-Geral de Planejamento, Coordenação e Finanças. (NOVA

REDAÇÃO)

15. Na separação e no divórcio consensual, em que as partes acordarem sobre a partilha ou

optarem pelo estabelecimento de um condomínio no patrimônio comum no momento da

dissolução da sociedade conjugal, não incide a taxa judiciária relativa a inventário. (NOVA

REDAÇÃO)

16. Nada obstante a isenção de custas que as beneficia (Lei nº 3350/99, art. 17, IX), as

autarquias federais e municipais sujeitam-se ao recolhimento de taxa judiciária, posto não

estarem expressamente relacionadas no art. 115 do Decreto lei nº 05/75. (NOVA

REDAÇÃO)

17. De conformidade com o disposto nos artigos 118 e 119 do Código Tributário Estadual, a

taxa judiciária será calculada à razão de 2% sobre o valor do pedido formulado na inicial,

considerado nesse valor o somatório do principal, juros, multa, honorários e quaisquer outras

vantagens pretendidas pela parte, ainda que tal somatório resulte diverso do valor atribuído à

causa. Na hipótese de formulação de pedido de honorários advocatícios a serem fixados pelo

juiz, a serventia judicial deverá, a título de cálculo de taxa judiciária, computar o percentual

de 10% sobre o valor dado à causa. (NOVA REDAÇÃO)

18. Na hipótese em que a parte autora, beneficiária da gratuidade, vencer a demanda, as

custas, taxa judiciária e demais despesas judiciais, como as suscitadas pela publicação de

editais e os honorários periciais pagos pelo TJRJ (Resolução nº 20/2006 do Conselho da

Magistratura), devem ser cobradas do réu vencido, que recolherá o respectivo valor por meio

de GRERJ, e não juntamente com o depósito judicial em favor da autora, posto não ter esta

direito ao ressarcimento do que não adiantou. (NOVA REDAÇÃO)

19. CANCELADO

20. A terceira casa decimal deverá ser desprezada no resultado dos cálculos de custas, taxa,

emolumentos, adicional de 20% determinado pela Lei nº 3217/99, juros moratórios e multa,

excluído qualquer cálculo de aproximação a partir de 1º de janeiro de 2003.

21. Com o fim de padronizar o procedimento de transferência de depósitos efetuados no

Banco do Brasil, a título de honorários de sucumbência do recorrente, impostos por Turma

Recursal, e tendo sido o recorrido assistido gratuitamente por entidades conveniadas com o

Tribunal de Justiça, expedir-se-á ofício ao Banco do Brasil autorizando a transferência dos

valores depositados à disposição dos Juizados Especiais, vinculados às entidades supra

mencionadas, para contas a serem por estas indicadas.

22. Após a extração da certidão de débito de que trata o art. 101 da Resolução nº 15/99, do E.

Conselho da Magistratura, a comprovação do recolhimento deverá ser feita ao FETJ, não ao

cartório.

23. A multa penal não paga na esfera judicial não é cobrável pelo FETJ, que a remeterá à

inscrição no Cartório da Dívida Ativa Estadual.

24. Não dispensa o pagamento das custas e da taxa judiciária, nem autoriza a restituição

daquelas já pagas: (NOVA REDAÇÃO)

A extinção do processo em qualquer fase, por abandono, transação, desistência ou

por qualquer outro fundamento presente nos arts. 267 e 269 do Código de Processo

Civil, mesmo antes da citação do réu, nos termos do art. 20 da Lei nº 3350/9926;

A desistência de recurso interposto;

O recurso declarado deserto, seja por intempestividade ou por irregularidade no

preparo, falta de preparo ou preparo insuficiente;

                                                            26 Itens dispostos sem referência, seja em forma de incisos ou alíneas. O texto foi reproduzido aqui exatamente como  consta da publicação no DJERJ, Administrativo, Data de  Publicação: quinta‐feira,  1 de  julho de 2010, edição nº 192, p. 2 

Por atos ou diligências efetivamente realizados e posteriormente tornados sem efeito por

culpa do interessado.

O cancelamento da distribuição inicial, por falta de pagamento do preparo no prazo devido,

somente enseja o recolhimento de custas dispensando-se o pagamento da taxa judiciária.

25. Nos pedidos autônomos de alvará, objetivando o levantamento de saldo em conta bancária

da titularidade de correntista falecido, prescindem de exame questões relativas ao lançamento,

ao pagamento e a quitação de tributos incidentes sobre a transmissão da propriedade dos bens

do espólio, bem como, em conseqüência, das multas deles decorrentes.

26. A regularização, nos autos de processo judicial, do recolhimento de valores referentes a

custas e taxa judiciária, provenientes de GRERJ cuja autenticação mecânica haja sido

considerada inidônea pela instituição bancária, inclui o necessário pagamento da multa

prevista no art. 144 do Decreto-Lei nº 05/75.

27. Considera-se conforme ao princípio da acessibilidade ao Poder Judiciário (CF/88, art. 5º,

XXXV) a possibilidade, ao critério do Juízo em face da prova que ministre a parte autora

acerca da possibilidade de recolhimento das custas e a taxa judiciária ao final do processo, ou

de recolhimento em parcelas no curso do processo, desde, em ambas as situações, que o faça

antes da sentença, como hipótese de singular exceção ao princípio da antecipação das

despesas judiciais (CPC, art. 19), incumbindo à serventia do Juízo a fiscalização quanto ao

correto recolhimento das respectivas parcelas. (NOVA REDAÇÃO)

28. Nos termos do art. 17 da Lei estadual nº 3350/99, c/c o art. 26 da Lei nº 6830/80, são

isentos do pagamento das custas previstas nas Tabelas integrantes da Lei Estadual nº

3350/1999 a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas

autarquias, mesmo quando sucumbentes, observada a ressalva do art. 17, § 1º, da referida lei

estadual. (NOVA REDAÇÃO)

29. O apostilamento previsto no art. 72 da Resolução nº 15/99, do E. Conselho da

Magistratura, não compreende o desmembramento, nem a compensação, de valores, daí o

FETJ não o adotar em seus procedimentos.

30. CANCELADO.

31. O Juízo competente poderá negar homologação a acordo em que as partes disponham de

modo a lesar o Fundo Especial do Tribunal de Justiça, como no caso de, sendo uma delas

beneficiária da gratuidade, estabelecerem que o pagamento de taxa judiciária, custas e demais

despesas do processo sejam encargo daquela que goza do benefício.

32. A certidão de que trata o art. 101 da Resolução nº 15/99, do E. Conselho da Magistratura,

deverá ser expedida mesmo quando resultar negativa a diligência para intimação do devedor

das despesas processuais, sendo desnecessária, tal o ônus que importa, a intimação por edital.

33. O INSS goza de isenção no pagamento das custas, consoante art. 17, inciso IX, da Lei

Estadual nº 3350/99, isenção que não é extensiva aos emolumentos e taxa judiciária, que,

tendo natureza tributária, devem ser suportados pela Autarquia previdenciária. (vide

Verbete nº 76 da Súmula do TJRJ)

34. Após certificado nos autos o não recolhimento de custas e taxa judiciária, o serventuário

expedirá a certidão de que trata o art. 101 da Resolução nº 15/99, do Conselho da

Magistratura, e procederá conforme o disposto no Provimento nº 07/2000, da Corregedoria

Geral da Justiça, promovendo a baixa na distribuição somente após o pagamento do débito e

velando pela observância dessas regras mesmo após a expedição da referida certidão, nos

termos do art. 106 da mencionada Resolução, c/c os arts. 7º e 8º da Lei Estadual nº 3350/99,

sob pena de responsabilidade solidária.

35. O requerimento de isenção do pagamento de custas processuais, decorrente de certidão de

débito expedida por serventia judicial, por tratar de matéria jurisdicional, deverá ser

encaminhado ao Juízo de origem, não comportando apreciação no âmbito das atribuições do

Fundo Especial. Após a inscrição do débito em Dívida Ativa, o requerimento em tela deverá

ser indeferido e as manifestações do devedor deverão ser exclusivamente analisadas em sede

executiva fiscal. (NOVA REDAÇÃO)

36. Havendo expediente bancário, os recolhimentos relativos à Lei nº 3217/99 serão devidos,

independentemente da decretação de ponto facultativo nas repartições públicas estaduais.

37. A notificação postal, expedida pelo Departamento de Gestão da Arrecadação, é ato

necessário à cobrança das custas de baixa e deverá ser reembolsada pelo devedor, na forma do

disposto no item 06, inciso X, da tabela 02 da Portaria de Custas Judiciais. (NOVA

REDAÇÃO)

38. À vista dos artigos 118 e 119 do Código Tributário Estadual, não haverá restituição de

valor pago a título de taxa judiciária, ainda que o pedido não venha a ser acolhido

integralmente, ou que o acordo celebrado seja inferior ao valor atribuído inicialmente à

causa.

39. O advogado arcará com as custas da execução de seus honorários, que constituem direito

autônomo (Lei nº 8906/94, art. 23), ainda que seu cliente seja beneficiário da gratuidade de

justiça, não se aplicando à presente hipótese, o disposto no enunciado nº 58 deste aviso.

(NOVA REDAÇÃO)

40. A multa aplicada à serventia extrajudicial não poderá ser inferior a 47 UFIR, nas hipóteses

de penalidade que deva observar a proporcionalidade prevista no art. 98 da Resolução nº

15/99, do Conselho da Magistratura, com as alterações introduzidas pela Resolução nº

01/2005. (NOVA REDAÇÃO)

41. Não há amparo legal para que as receitas do FETJ venham a custear despesas processuais,

por solicitação de autoridade judiciária.

42. A isenção estabelecida no art. 115, caput, do Código Tributário do Estado do Rio de

Janeiro, beneficia os entes públicos quando agem na posição processual de autores, porém, na

qualidade de réus, devem, por força do art. 111, II, do Código Tributário Nacional e do

verbete nº 145 da Súmula do TJRJ, recolher a taxa judiciária devida ao FETJ, quando

sucumbirem na demanda e a parte autora não houver antecipado o recolhimento do tributo.

(NOVA REDAÇÃO)

43. A isenção de custas judiciais, de que trata o art. 17, IX, da Lei nº 3350/99, se estende às

fundações instituídas pelo Poder Público, por equiparação às autarquias, desde que assim

prevejam seus respectivos estatutos.

44. As custas processuais encontram-se disciplinadas na Lei nº 3350/99, em seu artigo 1º,

primeira parte, enquanto que a taxa judiciária está insculpida no artigo 112 do Código

Tributário Estadual (Decreto-Lei 05/75), seguindo-se que taxa e custas possuem natureza

jurídica distintas, haja vista apresentarem definições diversas em nosso ordenamento jurídico.

45. A isenção de custas e emolumentos, prevista no art. 141, § 2º, da Lei Federal nº 8069/90,

não alcança demandas alheias à tutela específica do bem-estar de crianças e adolescentes, que

estarão sujeitas à incidência tributária.

46. No ofício de devolução das cartas precatórias oriundas de processos falimentares ou

expedidas ex ofício, o Juízo deprecado informará ao Juízo deprecante os valores devidos ao

FETJ, para oportuno recolhimento por meio de GRERJ. (NOVA REDAÇÃO)

47. Não se imporão multa e acréscimos legais ao responsável por recolhimento de guia de

arrecadação com vício de autenticação, desde que se verifique que não foi utilizada.

48. Os valores de receitas vertidas ao FETJ não constituem matéria sigilosa, podendo ser

informados mediante certidão requerida pelo interessado ao DEGAR, com a declaração da

finalidade a que se destinará, nos termos do art. 5º, XXXIV, da Constituição da República e

da Lei nº 9051/95.

49. O FETJ somente conhecerá de pedido de ressarcimento de valores recolhidos pela parte se

for instruído com a GRERJ com todas as vias ou seu número, se for eletrônica, acompanhada

de certidão do respectivo cartório, atestando que as custas judiciais ou a taxa judiciária objeto

da solicitação foram recolhidos com erro, no todo ou em parte. (NOVA REDAÇÃO)

50. Nos processos judiciais findos, em que se verifique a existência de GRERJ sem

autenticação mecânica, resultando em débito pendente, nos termos do art. 31 e seus

parágrafos da Lei nº 3350/99, e do art. 171 da Consolidação Normativa da Corregedoria Geral

da Justiça, a serventia providenciará a intimação da parte devedora para o recolhimento do

respectivo valor e, uma vez desatendida, extrairá certidão de débito, que remeterá ao

Departamento de Gestão da Arrecadação - DEGAR, somente após encaminhando os autos ao

arquivo. A quitação do débito remetido não enseja o desarquivamento do processo judicial,

mas apenas as providências necessárias para a sua baixa. (NOVA REDAÇÃO)

51. O FETJ, no exercício da faculdade prevista no art. 186 do Código Tributário Nacional,

deverá comunicar ao Banco Central do Brasil, nos Termos do art. 34 da Lei nº 6024/74, os

valores de custas e taxas que não hajam sido recolhidos por instituições financeiras em

liquidação extrajudicial.

52. O valor da multa aplicada por litigância de má-fé (CPC, artigos 14, 17 e 18) ou por

retenção indevida de autos (CPC, art. 196) não constitui, em regra, receita do FETJ, daí não se

recolher mediante GRERJ. No entanto, a prática de atos atentatórios à prestação jurisdicional,

bem como os atos de litigância de má-fé praticados antes da citação do réu, devem ter as

multas aplicadas revertidas em favor do FETJ. (NOVA REDAÇÃO)

53. A propositura da ação civil pública, por qualquer de seus legitimados, não enseja o

recolhimento antecipado de custas e taxa judiciária, que por sua vez, deverão ser

obrigatoriamente pagas pelo réu, se sucumbente na demanda coletiva e não detiver isenção

legal. (NOVA REDAÇÃO)

54. A pena de deserção, aplicada pelo juízo à parte que não recolhe as custas pertinentes ao

recurso, é ato jurisdicional, daí não competir ao FETJ qualquer manifestação administrativa,

sem prejuízo de caber-lhe a retificação de valor recolhido em erro, quando passível de

apostilamento, na forma do disposto no art. 72 da Resolução nº 15/99, do Conselho da

Magistratura.

55. A multa aplicada ao perito remisso (CPC, art. 424, parágrafo único), por não constituir

receita do FETJ, não comporta cobrança administrativa.

56. O deferimento de desentranhamento de GRERJ papel visando à instrução de solicitação

de restituição de custas não enseja qualquer direito à devolução pretendida, cuja análise

compete exclusivamente ao Departamento de Gestão da Arrecadação e à Comissão Especial

para o Fundo Especial do Tribunal de Justiça.

57. O equivocado recolhimento de custas e taxa judiciária, realizado em moldes distintos das

determinações do Aviso TJ 84/2009, somente será restituído pelo Fundo Especial do Tribunal

de Justiça com a prévia comprovação do correto recolhimento, nos moldes do art. 2º, III,

do Ato Normativo TJ nº 22/2009.

58. Requerido o cumprimento de sentença na forma do art. 475-J do Código de Processo

Civil, a serventia judicial, a fim de efetivar o disposto no art. 135 do Decreto-Lei nº 05/1975,

deve calcular o percentual de 2% do valor executado (com o cômputo dos honorários

advocatícios requeridos, aplicando-se, se for o caso, o enunciado nº 17), abater o valor pago

na etapa cognitiva, devidamente atualizado e cobrar eventual diferença a ser recolhida pelo

exeqüente, sob pena de extinção da execução.

59. As cláusulas previstas nos Termos de Permissão e Cessão de Uso, inclusive as atinentes

ao valor e a periodicidade da contraprestação, permanecerão inalteradas mesmo quando

vencidos os termos, até a efetiva desocupação do imóvel.

60. A denúncia espontânea do acréscimo de 20% devido pela prática de atos extrajudiciais,

paga através de GRERJ Eletrônica, estará sujeita à ratificação pelo Departamento de Gestão

da Arrecadação.

61. As decisões proferidas pela Comissão Especial para o Fundo Especial Tribunal de Justiça

podem ser diretamente impugnadas pela interposição de recurso hierárquico junto ao

Conselho da Magistratura, o qual traz, em seu bojo, a possibilidade do exercício de juízo de

retratação, na forma do art. 57, parágrafo 1º, da Lei 5427/2009, independentemente de

oferecimento de pedido de reconsideração.

6. AVISO TJ Nº 150/201227

Mesmo com a obrigatoriedade do uso da GRERJ Eletrônica para pagamento de custas

em processos judiciais, excepcionalmente, alguns recolhimentos permaneceram sendo feitos

em GRERJ de papel. O presente aviso acabou com as exceções, passando todos os atos a

serem recolhidos por meio da GRERJ Eletrônica, a partir de 02 de janeiro de 2013.

Deverão ser realizados obrigatoriamente em GRERJ eletrônica, os seguintes atos (que até então eram recolhidos em GRERJ de papel):

1) Recolhimento de custas, taxa judiciária e acréscimos legais cobrados pela Vara de Execuções Penais;

2) Recolhimento de custas pela expedição de certidões e por demais atos processuais praticados pela Auditoria Militar Estadual;

3) Recolhimentos de custas, taxa judiciária e acréscimos legais nas hipóteses da competência originária dos órgãos integrantes da Segunda Instância deste Tribunal, bem como nos recursos interpostos em primeira instância, como as apelações e os recursos em sentido estrito;

4) Recolhimento de custas, taxa judiciária e acréscimos legais nas hipóteses da competência originária das Turmas Recursais Cíveis e Criminais;

5) Emolumentos e acréscimos legais referentes aos atos praticados pelas serventias extrajudiciais oficializadas;

6) Valores devidos em sede administrativa.

7. CONSOLIDAÇÃO NORMATIVA DA CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA28,

ARTIGOS 162 a 171: Das custas judiciais; Disposições gerais; Do recolhimento das

custas; e a certificação pelas serventias judiciais.

                                                            27 Íntegra disponível em <http://webfarm.tjrj.jus.br/biblioteca/index.asp?codigo_sophia=163392&integra=1> Consulta em 22/09/2014. 

Este tópico fez parte do edital anterior do concurso do TJ-RJ (dentro do tema

Consolidação Normativa). No presente concurso, passou a constar no assunto custas. Diante

da importância dada ao tema no novo edital, optamos por acrescentar mais dicas, as quais

seguem abaixo.

Como já comentado no item 1 deste material, as serventias têm obrigação de afixar em

local visível as tabelas de custas publicadas anualmente pela Corregedoria Geral da Justiça.

Além das tabelas, deve constar aviso de que as informações sobre custas e emolumentos estão

disponíveis no sítio do TJ-RJ para consulta aos interessados. Por fim, os mesmos cartazes

devem esclarecer que qualquer irregularidade na cobrança de custas, emolumentos e taxa

judiciária deve ser comunicada à Corregedoria Geral da Justiça.

Tendo em vista que as custas judiciais devem ser recolhidas em instituições bancárias,

constitui falta grave o servidor receber diretamente importância destinada ao pagamento de

custas, emolumentos e taxa judiciária, salvo expressa determinação legal.

Momento do recolhimento das custas Consolidação Normativa, art. 167, caput e §§ 1º a 3º

Regra Antecipadamente

Exceções

1 - Se o interessado for beneficiário de assistência judiciária gratuita; 2 - Se houver autorização normativa em contrário; 3 – Havendo deferimento pelo Juiz, quando for medida de natureza urgente e não houver ou estiver encerrado o expediente bancário; 4 - No caso de recolhimento de custas e de taxa judiciária nos Juizados Especiais Cíveis Estaduais, em primeiro grau.

Caso as custas não sejam recolhidas após 5 dias da notificação pela via postal, a

serventia certificará nos autos o débito, expedindo certidão eletrônica ao DEGAR, que fará a

cobrança por meio administrativo. Em seguida, os autos devem ser arquivados, sem baixa no

sistema.

O serventuário deverá certificar o correto recolhimento das custas e da taxa judiciária,

indicando eventuais valores faltantes. Havendo dúvida, deverá submetê-la à apreciação do

Juiz, que analisará a incidência e o recolhimento das verbas no caso concreto.

O recolhimento de custas pela expedição e cumprimento de cartas precatórias deverá

ser comprovado no juízo deprecante (que expede a carta) e certificado pelos Juízos deprecante

                                                                                                                                                                                          28 Disponível em <http://portaltj.tjrj.jus.br/documents/1017893/1038412/cncgj‐judicial.pdf> Consulta em 23/09/2014. 

e deprecado (que recebe a carta), à vista da cópia do recolhimento que acompanhará a

deprecata (a própria carta), passando o Escrivão ou Responsável pelo Expediente (RE) a

respectiva certidão.

Constatando-se, no Juízo deprecado, que as custas devem ser complementadas, o

Escrivão ou RE certificará o fato nos autos da precatória, enumerando as parcelas do valor

total devido, só devendo cumprir e devolver a carta após a comprovação do recolhimento.

O interessado tem prazo de 48 horas para complementar as custas e demais despesas

referentes às cartas precatórias. Não se comprovando o pagamento no prazo, o Escrivão ou

RE do juízo deprecado (destino) abrirá conclusão após certificar o não atendimento da ordem

judicial, podendo ser cancelada a distribuição, com a devolução da carta ao juízo de origem

(sem que seja cumprida).

As precatórias que tramitam exclusivamente no Estado do Rio de Janeiro, para

cumprimento de diligências e atos processuais ordenados de ofício pelo Juiz ou a

requerimento do Ministério Público, não necessitam de recolhimento antecipado de custas,

as quais devem ser pagas, após o efetivo cumprimento e devolução, pelo autor29.

Nos Juizados Especiais Cíveis, a realização de intimação pela via telefônica gerará a

incidência de custas judiciais, por cada ato, desde que preenchidos os requisitos elencados no

artigo 31630 da Consolidação Normativa, a serem recolhidas nas hipóteses previstas pelos

artigos 54 e 55 da Lei Federal nº 9099/95 (Lei dos Juizados Especiais).

Cabe exclusivamente às serventias judiciais processantes31 a verificação do exato

recolhimento das custas e taxa judiciária antes da prática de qualquer ato decisório ou a

ser praticado por servidor auxiliar do juízo, através de certidão que, sob pena de

caracterização de falta funcional, deve conter os seguintes dados:

Recolhimento ausente ou insuficiente de custas

Recolhimento de custas equivocado pela má utilização de códigos/contas no preenchimento da GRERJ

Hipótese de recolhimento equivocado de custas, por ocasião de interposição de recursos junto aos Juizados Especiais

                                                            29 Lei 3350/1999, art. 19. 30 O artigo 316 está fora do conteúdo programático previsto no edital do concurso. 31 As varas em geral, excluídos os setores administrativos como Direção do Foro, Cartório Distribuidor, PROGER, Central de Mandados, Equipe Técnica etc. 

Deve ser certificado o valor correto a ser recolhido, discriminando-se os tipos de receita a serem observados, bem como os códigos a serem utilizados, quando não estejam impressos nos campos da GRERJ.

A serventia deve certificar indicando o código correto.

A certidão de recolhimento de custas será detalhada de forma a permitir a verificação do que foi recolhido a maior ou a menor nos campos respectivos da GRERJ para análise da deserção ou da compensação dos valores pagos.