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A CONTABILIDADE TRIBUTRIA Contabilidade, uma grande aliadaAutor: Edmilson Lins Machado

Indiscutivelmente, o Brasil um dos pases com maior taxa de empreendedorismo do mundo. A ltima pesquisa realizada pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), por exemplo, mostra que estamos entre os sete povos no planeta que mais se lanam a novos negcios. No reverso da moeda, porm, persiste um altssimo ndice de mortalidade, principalmente entre as micro e pequenas empresas, justamente o perfil que corresponde grande maioria dos empreendimentos nacionais. Para se ter uma idia, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), 49% das empresas encerram suas atividades com at dois anos de existncia, 56% com at 3 anos e 59% fecham suas portas antes de completar o quarto aniversrio. Existem, verdade, diversos fatores determinantes para esse fenmeno, mas h um vilo em particular que merece destaque: a falta de uma cultura empresarial em favor da sempre recomendvel contabilidade formal e bem estruturada. No foi por acaso que estudo do Centro das Indstrias do Estado de So Paulo (CIESP), realizado com a finalidade de detectar os principais entraves ao desenvolvimento dos pequenos negcios no Pas, apontou a no-utilizao da cincia contbil como fator determinante para o insucesso em 60% das micro, pequenas e mdias indstrias do estado. Considerada por muitos apenas um meio de se cumprir formalidades e garantir uma relativa segurana perante os fiscos, a contabilidade deveria ser vista, isso sim, como poderoso instrumento de gesto empresarial. Sua valia extrapola o carter da mensurao puramente numrica, pois fornece uma verdadeira radiografia atualizada a cada novo dia, e, alm de retratar a sade financeira do negcio, permite o conhecimento detalhado dos seus pontos fortes, assim como fraquezas e tendncias. , portanto, uma aliada na tomada de decises diante da necessidade de reduzir custos; investir; contratar ou dispensar colaboradores; reavaliar preos; matrias-primas, enfim, na busca de tudo que coloque ou mantenha a empresa na trilha da maximizao do desempenho. Os dados dela extrados tambm so grandes facilitadores do slido planejamento tributrio, nico caminho para se reduzir a elevadssima carga tributria imposta s nossas empresas, sem qualquer transgresso lei vigente. Essa importncia no diminui nem mesmo diante de certas e justificadas excees, como a aberta recentemente pelo Comit Gestor do Simples Nacional (CGSN), que, em consonncia com o Cdigo Civil Brasileiro e a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, dispensou de escriturao contbil as empresas individuais com faturamento anual de at R$ 36 mil. No se deve confundir tal concesso com a renncia pura e simples a um instrumento sem o qual nenhum empreendimento pode evoluir de fato e de direito. Afinal, contabilidade importante para todo tipo empresa, na qualidade de grande ferramenta de gesto e transparncia, qualquer que seja o porte ou natureza de uma organizao que pretenda fazer jus a esse nome. Por que motivo, ento, algum abriria mo dessa amiga, uma vez que ela gera informaes teis, confiveis e estratgicas para a gesto organizacional? As altas e preocupantes estatsticas de mortalidade de empresas brasileiras poderiam ser significativamente

revertidas se os empresrios tiverem cada vez mais conscincia do poder da contabilidade para o desenvolvimento de seus negcios. No h empresa bem-sucedida no Brasil que prescinda dos bons servios prestados por organizaes e profissionais contbeis. Somos chamados por muitos de "os mdicos das empresas" e aceitamos com orgulho esse ttulo, pois realmente zelamos por nossos "pacientes", oferecendo um bom atendimento preventivo, capaz de favorecer no apenas a transformao de boas idias em negcios de sucesso, mas tambm o prprio desenvolvimento de toda uma nao. A contabilidade deveria ser vista, isso sim, como poderoso instrumento de gesto empresarial.

CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA TRIBUTRIA O Lucro Real para algumas empresas obrigatrio e para as outras que no esto obrigadas pela referida tributao pode representar economia de tributos. A opo pelo lucro real pressupe contabilidade em dia, conciliada e com composio de saldo das contas. Para optar pelo lucro real a empresa dever manter sua escrita contbil em dia e conciliada, no basta apenas que a documentao esteja lanada na contabilidade, mas que os saldos das contas contbeis estejam conferidos e conciliados de forma que o setor contbil tenha a composio dos saldos constantes no balano contbil. Exemplos: -Na conta adiantamento de viagens em 31/12/x0 consta um saldo total de R$ 25.000,00. Na composio do saldo desta conta o setor responsvel pelos adiantamentos de viagens dever especificar data, nome, motivo e valor de cada numerrio adiantado a cada funcionrio, devendo o somatrio fechar com a conta contbil. Atravs dessa relao podero ser verificadas pendncias antigas ou se o somatrio confere com a contabilidade, etc. -O setor financeiro deve manter planilha atualizada (atualizao e juros) dos emprstimos e financiamentos, a qual servir de suporte e conferncia dos saldos contbeis. Enfim, todos os saldos constantes nos balancetes ou balanos contbeis devem estar suportados por posies de outros setores para que possam ser conferidos e confrontados, dessa forma, evita-se incorrees na contabilidade que traro como conseqncia pagamentos indevidos de IRPJ e CSSL. ITENS DE CONCILIAO CONTBIL Ao fazer a conciliao das contas patrimoniais e de resultado, o Contador dever atentar para o seguinte: a) b) c) A conta Caixa dever estar em conformidade com os boletins de caixa, caso os mesmos no sejam elaborados pela empresa o Contador dever examinar o Razo da conta Caixa para evitar lanamentos incorretos; As contas bancrias e de aplicaes financeiras devem estar de acordo com os extratos bancrios e ou conciliaes dos bancos; A conta de duplicatas a receber deve estar conciliada com o relatrio de contas a receber. O Contador a cada perodo ou fechamento de balano dever solicitar ao financeiro da empresa a posio das duplicatas a receber naquela data, esse procedimento evita erros contbeis, por exemplo o lanamento a maior de Receitas que proporciona o pagamento a maior de tributos (PIS, Cofins, IRPJ, CSSL, ICMS,Simples e outros); As contas de Adiantamentos e outros crditos devem ser conciliadas no sentido de verificar pendncias existentes de longa data, as quais no refletem a posio consignada no balancete, bem como atentar para a documentao suporte dos lanamentos contbeis, tais como: contratos, recibos, notas fiscais e outros; A conta de estoque deve estar conferindo obrigatoriamente com o total da posio do Inventrio a cada trimestre (Lucro Real Trimestral) ou fechamento anual do balano (Lucro Real Anual, Lucro Presumido e Simples) , se e a empresa apura o Imposto de Renda anual com suspenso ou reduo, ms a ms deve manter um relatrio de estoque no sendo necessrio o registro no Livro de Inventrio.

d)

e)

O Contador deve atentar para o preo unitrio de cada mercadoria ou produto, podendo avaliar as mercadorias compradas para revenda pelo valor das ltimas aquisies menos o ICMS. No caso de fabricao de produtos a matria-prima pode ser avaliada pelo preo das ltimas aquisies menos o ICMS e IPI, os produtos acabados avaliados por 70% do maior preo de venda (sem deduzir o ICMS) e os produtos em elaborao avaliados por 56% do maior preo de venda (sem deduzir o ICMS); f) A conta de despesas antecipadas deve estar conciliada com as planilhas de rateio e com os documentos; g) Nas contas do Realizvel a Longo Prazo, o Contador deve verificar se os lanamentos esto suportados por documentos hbeis e se no h lanamentos incorretos. Exemplo: se o pagamento do contrato de mtuo est suportado por recibo, contrato etc.; h) Se Investimentos relevantes em coligadas ou controladas esto avaliados pelo mtodo da equivalncia patrimonial, quando estiverem solicitar balano a essas empresas para efetuar os lanamentos contbeis, lembrando que sobre o resultado positivo da equivalncia patrimonial no incide tributao (IRPJ, CSSL, PIS, Cofins) e no caso de resultado negativo so indedutveis para fins de IRPJ e CSSL; i) As contas do Imobilizado e Diferido devem estar de acordo com os controles patrimoniais da empresa, caso no existam o Contador dever manter planilha comprovando as despesas de depreciao e amortizao contabilizadas, bem como, atravs de visualizao do Razo Contbil verificar se esto corretos os lanamentos de aquisio do imobilizado e se nas vendas foram baixadas as depreciaes e o custo contbil dos bens vendidos; j) As contas de Fornecedores devem estar conciliadas com o relatrio das contas a pagar ou o setor Financeiro deve realizar uma composio de saldos de cada fornecedores com o objetivo de confrontar com a contabilidade. O Contador poder utilizar conta contbil distinta para os fornecedores mais representativos objetivando o controle contbil dessas contas; k) Os tributos a pagar em dia devem conferir com o pagamento no ms seguinte, os tributos a pagar em atraso devem ser relacionados em planilhas a parte para contabilizao dos juros e multas e posterior conferncia com os saldos contbeis; l) Emprstimos e financiamentos devem ser conciliados com o contrato objetivando a contabilizao dos juros e das atualizaes pelo perodo de competncia; m) Contas a pagar em dia devem estar conferindo com o(s) pagamento(s) no(s) ms(es) seguinte(s) ou manter planilha com composio de saldos; n) Proviso de frias e 13 salrio deve estar de acordo com relatrio analtico por funcionrios, fornecido pelo setor de Pessoal; o) As contas do Exigvel a Longo Prazo devem ser verificadas com relao aos documentos suportes de movimentao no ano, a classificao superior a 12 meses aps encerramento do balano e planilhas subsidirias; p) As contas do Patrimnio Lquido devem refletir o capital social de acordo com o contrato social e alteraes, as realizaes das reservas de reavaliao motivadas por vendas e depreciaes de bens reavaliados e se as movimentaes das demais contas, inclusive lucros/prejuzos acumulados esto corretos; q) As receitas devem ser conciliadas com o livro de apurao do Icms, IPI ou do ISS, para evitar lanamentos a maior ou a menor, com conseqncias tributrias. At porque em uma fiscalizao o fiscal tem o direito de exigir tais livros; r) As despesas devem ser consistentes com relao documentao suporte e atividade da empresa, importante que o Contador visualize, atravs do Razo Contbil, se no h distores nos lanamentos contbeis das despesas ou classificao indevida. DIFERENA ENTRE A CONTABILIZAO PELO REGIME DE COMPETNCIA X PROVISO Perodo de Competncia O Art. 9, da Resoluo 750, de 29/12/93, do CFC, estabelece a seguinte definio de Perodo de Competncia: as receitas e as despesas devem ser includas na apurao do resultado do perodo em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. O art. 177, da Lei 6.404/76 estabelece que a escriturao da companhia ser mantida em registros permanentes, com obedincia aos preceitos da legislao comercial e desta lei e aos princpios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar mtodos ou critrios contbeis uniformes no tempo e registrar as mutaes patrimoniais segundo o regime de competncia.

O Decreto 3.000/99 (RIR/99), define o seguinte: Art. 247. Lucro real o lucro lquido do perodo de apurao ajustado pelas adies, excluses ou compensaes prescritas ou autorizadas por este Decreto (Decreto-Lei n 1.598, de 1977, art. 6). 1 A determinao do lucro real ser precedida da apurao do lucro lquido de cada perodo de apurao com observncia das disposies das leis comerciais (Lei n 8.981, de 1995, art. 37, 1). 2 Os valores que, por competirem a outro perodo de apurao, forem, para efeito de determinao do lucro real, adicionados ao lucro lquido do perodo de apurao, ou dele excludos, Vide PN 2/96, que impe ao Fisco a observncia do preceito sero, na determinao do lucro real do perodo de apurao competente, excludos do lucro lquido ou a ele adicionados, respectivamente, observado o disposto no pargrafo seguinte (Decreto-Lei n 1.598, de 1977, art. 6, 4). -Art. 248. O lucro lquido do perodo de apurao a soma algbrica do lucro operacional (Captulo V), dos resultados no operacionais (Captulo VII), e das participaes, e dever ser determinado com observncia dos preceitos da lei comercial (Decreto-Lei n 1.598, de 1977, art. 6, 1, Lei n 7.450, de 1985, art. 18, e Lei n 9.249, de 1995, art. 4). Art. 273. A inexatido quanto ao perodo de apurao de escriturao de receita, rendimento, custo ou deduo, ou do reconhecimento de lucro, somente constitui fundamento para lanamento de imposto, diferena de imposto, atualizao monetria, quando for o caso, ou multa, se dela resultar (Decreto-Lei n 1.598, de 1977, art. 6, 5): I a postergao do pagamento do imposto para perodo de apurao posterior ao em que seria devido; ou II a reduo indevida do lucro real em qualquer perodo de apurao. 1 O lanamento de diferena de imposto com fundamento em inexatido quanto ao perodo de apurao de competncia de receitas, rendimentos ou dedues ser feito pelo valor lquido, depois de compensada a diminuio do imposto lanado em outro perodo de apurao a que o contribuinte tiver direito em decorrncia da aplicao do disposto no 2 do art. 247 (Decreto-Lei n 1.598, de 1977, art. 6, 6). 2 O disposto no pargrafo anterior e no 2 do art. 247 no exclui a cobrana de atualizao monetria, quando for o caso, multa de mora e juros de mora pelo prazo em que tiver ocorrido postergao de pagamento do imposto em virtude de inexatido quanto ao perodo de competncia (Decreto-Lei n 1.598, de 1977, art. 6, 7, e Decreto-Lei n 1.967, de 23 de novembro de 1982, art. 16). -Art. 274. Ao fim de cada perodo de incidncia do imposto, o contribuinte dever apurar o lucro lquido mediante a elaborao, com observncia das disposies da lei comercial, do balano patrimonial, da demonstrao do resultado do perodo de apurao e da demonstrao de lucros ou prejuzos acumulados (Decreto-Lei n 1.598, de 1977, art. 7, 4, e Lei n 7.450, de 1985, art. 18). 1 O lucro lquido do perodo dever ser apurado com observncia das disposies da Lei n 6.404, de 1976 (Decreto-Lei n 1.598, de 1977, art. 67, inciso XI, Lei n 7.450, de 1985, art. 18, e Lei n 9.249, de 1995, art. 5). -Art. 344, do RIR/99. Dispes que os tributos e contribuies so dedutveis, na determinao do lucro real, segundo o regime de competncia (Lei n 8.981, de 1995, art. 41). 1 O disposto neste artigo no se aplica aos tributos e contribuies cuja exigibilidade esteja suspensa, nos termos dos incisos II a IV do art. 151 da Lei n 5.172, de 1966, haja ou no depsito judicial (Lei n 8.981, de 1995, art. 41, 1). -Art. 366. So admitidos, como despesas de propaganda, desde que diretamente relacionados com a atividade explorada pela empresa e respeitado o regime de competncia, observado, ainda, o disposto no art. 249, pargrafo nico, inciso VIII (Lei n 4.506, de 1964, art. 54, e Lei n 7.450, de 1985, art. 54). Conclumos, ento, que dever do Contador registrar as RECEITAS e principalmente as DESPESAS pelo regime de Competncia. Proviso Proviso uma reserva de um valor para atender a despesas que se esperam. A proviso visa a cobertura de um gasto j considerado certo ou de grande possibilidade de ocorrncia. Tambm um fundo de proteo a riscos sobre perdas que se esperam ou que j ocorreram e reduziram o valor do ativo, mas que, sendo reversveis ou com probabilidade de reduo. (Dicionrio de Contabilidade, 9 Edio, Editora Atlas). O art. 13, da Lei 9.249/95, determina que para efeito de apurao do lucro real e da base de clculo da

contribuio social sobre o lucro lquido, so vedadas as seguintes dedues, independentemente do disposto no art. 47 da Lei n 4.506, de 30 de novembro de 1964: I - de qualquer proviso, exceto as constitudas para o pagamento de frias de empregados e de dcimoterceiro salrio, a de que trata o art. 43 da Lei n 8.981, de 20 de janeiro de 1995, com as alteraes da Lei n 9.065, de 20 de junho de 1995, e as provises tcnicas das companhias de seguro e de capitalizao, bem como das entidades de previdncia privada, cuja constituio exigida pela legislao especial a elas aplicvel; Portanto as provises so indedutveis para fins de apurao do Imposto de Renda e da Contribuio Social sobre o Lucro, exceto as provises de frias, 13 salrio e as provises tcnicas de companhias de seguro, capitalizao. A lei 10.833/2003, alterou o artigo 8, da Lei 10.753/2003 e permitiu a dedutibilidade da proviso para perda de estoque para Editor de Livros, Distribuidoras de Livros e Livreiros. O fisco no aceita a dedutibilidade das provises por serem consideradas incertas, so gastos provveis, mas no podem ser corretamente mensurados na data do balano, dependem de eventos futuros, tais como: sua realizao (venda), cotao do Dlar, da Bolsa de Valores e etc. Contabilizao pelo Regime de Competncia x Proviso Uma das grandes dificuldades do Contador na rea tributria diferenciar a Contabilizao pelo Regime de Competncia da Proviso. A contabilizao pelo Regime de Competncia uma obrigao do Contador, conforme vimos na definio de Competncia pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), pela Lei das Sociedades Annimas e pelo Fisco Federal. Por exemplo: a) b) c) d) Contabilizao no prprio perodo das despesas incorridas em dezembro e no no ms de janeiro e fevereiro do ano seguinte, quando foram pagas; Contabilizao dos fornecedores na data do faturamento e no perodo data do pagamento; Contabilizao dos juros e atualizaes sobre financiamentos at a data do balano, em conformidade com contrato firmado com a Instituio Financeira; Contabilizao dos Tributos, juros e multas de mora exigidos pela Legislao no ms de sua competncia e no do seu pagamento.

J proviso um lanamento que depende de um evento futuro, que provavelmente vai ocorrer, mas na data do balano no est totalmente definido ou quantificado, por exemplo: - Proviso para Imposto de Renda, ao fechar o Balano de 31/12, no ms de janeiro ou fevereiro do ano seguinte, o Contador faz a referida proviso, no entanto at a data da entrega da Declarao de Imposto de Renda, em 30./jun, poder haver mudanas no clculo do IRPJ, com diferimento do Imposto, deduo do PAT, etc. - Proviso para Frias, o funcionrio com menos de um ano pode pedir demisso e no ter direitos s frias, bem como o funcionrio pode ser demitido por justa causa ou abandonar o emprego. - Proviso de Estoques, reserva constituda quando o preo de venda menor que o preo de aquisio da mercadoria. Depende de um evento futuro: a venda. - Proviso para Contingncias judiciais A empresa discute na justia uma determinada ao, vai se tornar uma despesa apenas quando a empresa perder a ao e ainda o valor da ao somente ser conhecido ao trmino da ao. Na data do Balano apenas uma proviso. Ns, os Contadores, costumamos utilizar incorretamente o termo provisionar, por exemplo, provisionar fornecedores, provisionar juros sobre contrato, provisionar Pis e a Cofins quando na realidade o termo correto seria contabilizar fornecedores, contabilizar juros sobre contrato e contabilizar Pis e a Cofins, pois um valor lquido e certo, por exigncia contratual ou legal. Parece ser simples, no entanto o uso incorreto do termo traz dvidas na ocasio da interpretao da Lei, muitas vezes o Contador deixa de contabilizar uma despesa totalmente dedutvel e pagar menos IRPJ e CSLL, devido o fato de confundir com provises que so indedutveis. No decorrer do Livro, estudaremos detalhadamente cada situao para que no fiquem dvidas. A CONTABILIDADE COMO PROVAS NO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL A prova no processo Administrativo Fiscal de fundamental importncia e deve ser criteriosamente produzida

pelo Contribuinte, atravs da prova o julgador forma sua convico a favor ou contra a empresa. Quem alega e no prova no alegou, alegao sem prova transforma-se em uma denncia vazia. Por exemplo, o Contribuinte alega na sua impugnao que no devedor do tributo, pois j o pagou, no entanto, no apresenta na pea impugnatria cpia do comprovante de recolhimento. Seu argumento invlido, no acolhido, no est devidamente comprovado, nesse sentido que as provas devem ser consideradas. No julgamento, so trs as verdades: a) verdade descrita no lanamento pelo Auditor, com provas; b) verdade descrita na defesa, com provas; c) Verdade do Julgador. Prevalecendo a verdade do julgador, portanto as provas tero papel fundamental para a formao da convico do julgador. A produo de provas fortes e irrefutveis deve ser preparada pelo Contribuinte na ocasio da realizao do ato jurdico (negociao: compra ou venda). A prova nada mais do que um documento hbil (aceito pelo fisco) que suporta o lanamento contbil. Muitas vezes, os responsveis pelas empresas apresentam documentos parcialmente hbeis, documentos considerados no hbeis (pedido, rascunho de compras, sem identificao) ou no apresentam documentos. O Contador, por sua vez, cobra os devidos documentos, mas como a empresa dinmica e j est envolvida em outras negociaes no se preocupa com a documentao anterior. Ento o lanamento contbil feito com base na cpia de cheque sem a documentao comprobatria. O tempo passa, substitui-se o Contador, o Administrador ou at mesmo os scios, a falta do documento s vai ser observada quando solicitado pelo fiscal, quase 05 anos aps a data que deveria ser emitido. A administrao sai correndo atrs da documentao, intil o fornecedor que vendeu fechou, at mesmo no mais fornecedor da empresa, no vai ter nenhuma vontade em procurar documentos, ou ainda, no foi emitido o respectivo documento fiscal, naquela ocasio. So fatos lamentveis, mais que normalmente ocorrem em nossas empresas, uma questo de cultura, pois so os scios que administram suas prprias empresas e acreditam que no necessrio manter toda a documentao em ordem. Todos os lanamentos contbeis necessitam de comprovantes hbeis, sejam de receitas, despesas ou variao patrimonial. A produo de provas estabelecida pelos documentos que do suporte aos lanamentos contbeis. Qualquer fragilidade expe a empresa em um processo de fiscalizao. Vrias so as formas de provas que acompanham o lanamento contbil, por exemplo: a) O prprio documento o comprovante do lanamento contbil. Exemplo: nota fiscal de compras de peas, no Dirio consta o nmero da nota fiscal e o nome da empresa, bem como o valor do documento; b) Diferente uma proviso de frias, na qual devem constar todos os funcionrios que tm direito a frias. Em empresas com 20, 100, 500, 1000 ou mais funcionrios, no possvel lanar na contabilidade individualmente a proviso por funcionrios. A prova consiste, neste caso, que os saldos contbeis estejam em conformidade com o total do relatrio da proviso de frias e encargos, o qual fornecido pelo setor pessoal da empresa. No Relatrio de proviso de frias consta individualmente o nome de cada funcionrio, a data de admisso, o perodo aquisitivo de frias, o nmero de meses a que tem direito a frias, o tero constitucional, bem como os encargos de FGTS (8,5%) e INSS ( em torno de 28,8%- empresa, SAT, terceiros e aposentadoria especial), requisitos constantes no artigo 337 do Decreto 3.000/99 ( RIR/99). Alm disso, esse relatrio emitido pelo sistema do Setor de Pessoal que possui cadastrado todos os funcionrios da empresa ou pode ser confeccionado em planilhas de acordo com a realidade da empresa, sendo despesa dedutvel em funo de previso legal. Se a empresa, por ocasio do lanamento contbil, no efetuou a produo de provas, mediante o relatrio de proviso de frias individualizado por funcionrios, a despesa ser glosada, devendo o valor ser adicionado ou lucro real. Fica difcil confeccionar essas provas quando a empresa for autuada, pois j se passou muito tempo e o perodo de defesa de apenas 30 dias da data da cincia do auto de infrao. A Contabilidade levada a srio, serve como instrumento de filtro da documentao, bem como de prova no PAF. c) Os impostos ainda que no pagos e ou a pagar so dedutveis pelo perodo de competncia. (Pargrafo 2, artigo 41 da Lei n 8981/95 e Artigo 1 da Lei n 9.316/96). Para isto, o Contador deve elaborar demonstrativo, ms a ms, demonstrando a base de clculo, a alquota e outros valores que serviro de suporte para o clculo do imposto, bem como declar-lo na DCTF. Se o fiscal no constatar subsdios necessrios que comprovem o lanamento contbil, a despesa poder ser glosada. d) Lanamentos Globais na Contabilidade um prato cheio para a fiscalizao quando constata na contabilidade despesas lanadas englobadamente, isto , vrias despesas ( pagas ou a pagar) que esto

lanadas pelo valor total. Esse procedimento acaba facilitando o trabalho de investigao, pois o lanamento facilmente identificado e depois porque se constitui proviso lanamentos englobados, sem a devida comprovao, sendo indedutvel a proviso para fins de IRPJ e CSSL (inciso I, do Art. 13, da Lei 9.249/95). Se na data da contabilizao o o lanamento no discriminado , passados 03 a 05 anos fica difcil chegar a concluso de quais documentos compem o lanamento. Diferentemente so os lanamentos pelos totais que esto individualizados em livros auxiliares de contabilizao, que ficam disposio da fiscalizao e lastreados por documentos hbeis. e) Outras Contabilizaes - principalmente planejamentos tributrios e outras contabilizaes que so feitos utilizando-se de consultas, acrdos ou interpretao da lei a favor da empresa, devido a um provvel questionamento em uma fiscalizao, devem ser arquivados juntamente com os documentos contbeis, em formato de dossi, explicando e comprovando o raciocnio que justificou o lanamento contbil. f) Especificar no histrico contbil os dados do lanamento. Exemplo: no ano de 2000, por um lapso, a empresa no contabilizou a sua NF n 1. 111, relativa receita, porm a contabilizou no ano posterior em 2001, quando detectou a incorreo. Se no efetuar o lanamento de forma discriminada no Dirio e em separado das demais notas fiscais, o lanamento no poder ser identificado no Livro Dirio, conseqentemente, se detectado o valor no lanado em 2000, o fisco autuar e a empresa no poder compensar o lanamento efetuado em 2001, bem como ser configurada a omisso de receita e crime contra a ordem tributria. A exposio deste assunto tem como objetivo alertar os Contribuintes e seus Contadores de que a produo de prova deve ser feita por ocasio da realizao do negcio e da contabilizao, cabendo at uma indagao mental ( tanto para o Contribuinte como para o Contador): EM UMA FISCALIZAO, ESSE DOCUMENTO SER ACEITO PELO FISCO??? UM DOCUMENTO SUFICIENTEMENTE HBIL OU NECESSRIO UM LAUDO E OUTROS DOCUMENTOS SUBSIDIRIOS QUE COMPROVEM A TRANSAO??? QUAIS AS PROBABILIDADES DO JULGADOR ACEITAR O DOCUMENTO??? Tomando todas as precaues possveis, no momento adequado, no ser uma tarefa difcil de convencer o Fiscal ou o Julgador. So filtros que facilitaro a defesa do contribuinte em autuaes fiscais, pois produzir provas, aps passado anos, em tempo curto ( 30 dias para a impugnao), tende a ser uma prova fraca e sem poder probatrio suficiente de convencimento dos julgadores, pelos fatos expostos, bem como, uma Contabilidade com suporte documental, torna-se prova a favor da empresa, provando a boa-f do contribuinte e exigindo a prova em contrrio do fisco. ACRDO 108-07.816 rgo: 1 Conselho de Contribuintes / 8a. Cmara 1 Conselho de Contribuintes / 8a. Cmara / ACRDO 108-07.816 em 13/05/2004 IRPJ e OUTROS/SIMPLES - Ex.: 1998 e 1999 PAF - APURAO CONTBIL - A cincia contbil formada por uma estrutura nica composta de postulados e orientada por princpios. Sua produo deve ser a correta apresentao do patrimnio, com apurao de suas mutaes e anlise das causas de suas variaes. A apurao contbil observar as trs dimenses na qual est inserida e as quais deve servir: comercial - a Lei 6404/1976; contbil - Resoluo 750/1992 e fiscal, que implica em chegar ao clculo da renda, obedecendo a critrios constitucionais com fins tributrios. A regncia da norma jurdica originria de registro contbil tem a sua natureza dupla: descrever um fato econmico em linguagem contbil sob forma legal e um fato jurdico imposto legal e prescritivamente. Feito o registro contbil, como determina a lei, torna-se norma jurdica individual e concreta, observada por todos, inclusive a administrao, fazendo prova a favor do sujeito passivo. Caso contrrio, faz prova contra. Recurso negado. Por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso. Dorival Padovan - Presidente Publicado no DOU em: 20.07.2004 Relator: Ivete Malaquias Pessoa Monteiro ACOMPANHAMENTO TRIBUTRIO DAS CONTAS CONTBEIS Para fins de gerenciamento tributrio essencial acompanhar, ms a ms, a situao do resultado tributvel e sua projeo at o final do ano. Essa anlise propiciar ao Contador, dentro o perodo-calendrio, tomar providncias reduzir o pagamento do IRPJ e da CSSL, porm se no efetuar o acompanhamento, aps o trmino do ano, restaro poucas alternativas visando economia tributria. Uma anlise detalhada no fechamento dos balancetes mensais e no balano anual propiciar economia de

IRPJ e CSSL para empresa, pois cada lanamento contbil tem uma conseqncia tributria a favor ou contra a empresa. Nos prximos itens relacionamos alguns pontos que visam economia de tributos incidentes sobre o lucro, com base na contabilidade da empresa. 1. BALANO DE ABERTURA Ocorrendo a mudana de regime tributrio, do Simples ou lucro presumido para lucro real, a pessoa jurdica que no manteve escriturao contbil fica obrigada a realizar levantamento patrimonial no dia 1 o de janeiro seguinte ao do ltimo perodo-base em que foi tributada pelo lucro presumido, a fim de proceder a balano de abertura e iniciar a escriturao contbil (pargrafo nico do artigo 19 da Lei 8541/92). O levantamento patrimonial dever incluir todos os bens do ativo, o patrimnio lquido e as obrigaes. No ativo devero ser inventariados o dinheiro em caixa e em bancos, as mercadorias, os produtos, as matrias primas, as duplicatas a receber, os bens do ativo permanente, etc. No passivo devero ser arroladas todas as obrigaes e no patrimnio lquido o capital registrado e a diferena (devedora ou credora) do ativo menos o passivo exigvel e capital social. Exemplo: DESCRIO DBITO R$ 10.000,00 100.000,00 25.000,00 20.000,00 15.000,00 5.000,00 20.000,00 10.000,00 6.000,00 4.000,00 2.500,00 80.000,00 42.500,00 170.000,00 CRDITO R$

Banco conta Movimento Duplicatas a Receber Estoques Construes e Benfeitorias Veculos (-) Depreciao Acumulada Fornecedores Obrigaes Tributrias Financiamentos Obrigaes Trabalhistas Outras Contas a Pagar Capital Social Lucros / Prejuzos Acumulados Total dos Lanamentos

170.000,00

2. CAIXA e BANCOS Deve-se verificar nos meses seguintes, ao do encerramento do balancete e balano (Ex.: principalmente janeiro e fevereiro do ano seguinte), se existem despesas pagas do ms ou ano anterior que deveriam ser contabilizadas pelo perodo de Competncia (ms em que foram incorridas e no pagas), mas esto sendo contabilizadas pelo pagamento. Exemplo: -notas fiscais de despesas, acertos de viagens funcionrios e scios com data de novembro/dezembro do ano anterior e pagas ou apresentadas em janeiro/fevereiro do ano seguinte; -gua, luz, telefone referente competncia dezembro e pagas em janeiro do ano seguinte; -Pagamento de despesas de dezembro com cheques compensados apenas em janeiro; -CPMF da ltima semana de dezembro e debitada em janeiro do ano seguinte; -Juros e Encargos financeiros da conta corrente e conta garantida, bem como despesas bancrias relativos a dezembro e debitados em janeiro do ano seguinte; -IOF cobrado sobre emprstimos e financiamentos; -Outras despesas referentes aos meses de novembro e dezembro, pagas somente no ano seguinte, contabilizando-as no ms de sua competncia. Exemplo da Contabilizao do Energia Eltrica de dezembro, paga em janeiro do ano seguinte: Data Conta Contbil Histrico Dbito Crdito

Contabilizao da fatura pela Competncia 31/12/x1 Despesas/custos Valor fatura Copel ref energia Resultado eltrica ms de dezembro 5.935,10 31/12/x1 Contas a Pagar Valor fatura Copel ref energia eltrica Passivo do ms dez/ Contabilizao do pagamento no exerccio seguinte 10/01/x2 Contas a Pagar Valor pagamento fatura Copel Passivo 10/01/x2 Banco c/corrente Valor dbito c/c B.Brasil ref fatura Copel 3. APLICAES FINANCEIRAS a) RENDA FIXA

5.935,10

5.935,10 pgto 5.935,10

Os rendimentos das aplicaes financeiras de Renda Fixa devem ser apropriados at 31/12, pois seus rendimentos so considerados lquidos e certos. Esses rendimentos devem ser apropriados pro-rata tempore, segundo o regime de competncia, ou seja conforme o nmero de dias at a data do trmino do Balano.Um exemplo juros pr-fixados (CDB), com vencimento em 28.01.2003. Se o CDB foi aplicado em 29.12.2002, somente 2/30 da receita deve ser apropriada ao resultado de 2.002. Exemplo: Aplicao CDB em 29/12/2002, no valor de R$ 1.000.000,00, a ser resgatvel em 28/01/2003, pelo valor de R$ 1.030.000,00. Data Conta Contbil Histrico Dbito Crdito

Contabilizao dos Rendimentos em 31/12/2002 31/12/x2 Aplicao CDB- Valor rendimentos aplic. CDB ref a 02 Ativo Circulante dias 31/12/x2 Rendimento Aplic. Valor rendimentos aplic. CDB ref a 02 Financ- Resultado dias Contabilizao dos Rendimentos em 28/01/2003 28/01/x3 Aplicao CDB- Valor rendimentos aplic. CDB ref a 28 Ativo Circulante dias 28/01/x3 Rendimento Aplic. Valor rendimentos aplic. CDB ref a 28 Financ- Resultado dias b) RENDA VARIVEL

2.000,00 2.000,00

28.000,00 28.000,00

J os rendimentos de aplicaes financeiras de renda varivel (atreladas Bolsa, ao Ouro, ao Dlar, etc.) devem ser registrados na data do respectivo resgate, por serem aplicaes de risco, sendo que seu rendimento no garantido e nem considerado nem lquido ou certo na data do encerramento do Balano, pois a qualquer momento pode ocorrer desvalorizao da aplicao em funo da indexao a um ttulo de rendimento varivel, podendo mensurar o rendimento apenas por ocasio do resgate. Exemplo: -Aplicao em Fundos de Investimentos indexado variao da Bolsa de Valores, Dlar e Ouro. -Aplicao em Fundos de Investimentos administrados pelos Bancos, na qual a empresa corre riscos. Hoje em dia, praticamente todas as aplicaes em fundos de investimentos no tm garantido os seus rendimentos, o cliente participa do risco, para isso basta ler o termo de compromisso de adeso da aplicao Financeira. O registro contbil de um rendimento incerto fere o Princpio Contbil do Conservadorismo, pois a empresa registrando tal valor estar avaliando a maior seus ativos sem que se tenha certeza da sua realizao. Outro efeito tributrio negativo o de que a empresa apropriaria o suposto rendimento num perodo sem o

aproveitamento do IRRF, o qual retido por ocasio do resgate. Exemplo: -Aplicao Fundo de Investimento indexado variao da Bolsa ou Dlar. Histrico da Aplicao Em 30.08.x2, a empresa aplica R$ 500.000,00 no referido Fundo; Em 30.09.x2, conforme extrato da aplicao, o saldo de R$ 517.500,00; Em 30.10.x2, conforme extrato, o saldo de R$ 533.025,00; Em 30.11.x2, conforme extrato, o saldo de R$ 525.135,00 ( menor que o ms anterior devido queda da Bolsa ou do Dlar); Em 30.12.x2, conforme extrato o saldo de R$ 521.120,00; Em 20.01.x3, a empresa resgatou a aplicao no Fundo de Investimento, no o valor lquido de R$ 529.000,00, sendo o rendimento bruto de R$ 36.250,00 e retido o imposto de renda no valor de R$ 7.250,00 (36.250,00 x 20%). A empresa optou em realizar a aplicao devido o aumento da Bolsa.

Contabilizao: Data Conta Contbil Histrico Dbito Crdito

Contabilizao da Aplicao em 30/ago/x2 30/08/x2 Fundo Investimento Valor aplicao Fundo de Investim. Ativo Circulante Varivel B.Brasil 30/08/x2 Banco c/corrente Valor aplicao Fundo de Investim. Varivel B.Brasil Data Conta Contbil Histrico

500.000,00 500.000,00 Dbito Crdito

Contabilizao do Resgate da Aplicao 20.01.x3 20/01/x3 Banco c/corrente Valor resgate Fundo de Investim. Varivel B.Brasil 20/01/x3 Fundo Investimento Valor aplicao Fundo de Investim. Ativo Circulante Varivel B.Brasil Data Conta Contbil Histrico

529.000,00 529.000,00 Dbito Crdito

Contabilizao dos Rendimentos e reteno I.R em 20.01.x3 20/01/x3 Fundo Investimento Valor rendimentos aplic. Fundo de Ativo Circulante Investim. B. Brasil 20/01/x3 IRRF aplic. financ. Valor reteno IRRF s/ aplic. Fundo de Ativo Circulante Investimentos B. Brasil 20/01/x3 Rendimento Aplic. Valor rendimento aplic. Fundo de Receitas Investimento B. Brasil

29.000,00 7.250,00 36.250,00

Como verificamos no exemplo, o rendimento fica variando conforme a oscilao da Bolsa ou do Dlar, podendo inclusive o investidor resgatar valor menor do que aplicou. No cabe a contabilizao, ms a ms, devido o rendimento no ser considerado lquido e nem certo. Nas aplicaes de renda varivel a receita deve ser contabilizado na data da realizao da operao (resgate). A partir de 02.08.2004, por fora do Decreto 5.164/2004, ficam reduzidas a zero as alquotas do PIS e COFINS incidentes sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurdicas sujeitas ao regime de incidncia no-cumulativa das referidas contribuies. (variaes cambiais ativas, selic, juros mtuos, rendimentos aplicaes financeiras e outros) 4. CLIENTES DUPLICATAS A RECEBER Deve-se verificar junto ao Setor de Contas a Receber e a contabilidade os seguintes assuntos:

a) DUPLICATAS NO RECEBIDAS QUE PODEM SER BAIXADAS COMO PERDA (DESPESA) DEDUTVEL Para efeito de apurao do lucro real e da base de clculo da CSL, podero ser registrados como perda os crditos decorrentes de operaes com pessoas ou empresas no ligadas, conforme arts 9 a 12 da Lei 9.430/96 (arts 340 a 434 RIR/99): I - em relao aos quais tenha havido a declarao de insolvncia do devedor, em sentena emanada do Poder Judicirio; II - sem garantia, de valor: 1) 2) at R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por operao, vencidos h mais de seis meses, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento; acima de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) at R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por operao, vencidos h mais de um ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, porm mantida a cobrana administrativa; superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), vencidos h mais de um ano, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento;

3)

III - com garantia, vencidos h mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias; IV - contra devedor declarado falido ou pessoa jurdica declarada concordatria, relativamente parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar, observado o seguinte: 1) a deduo da perda ser admitida a partir da data da decretao da falncia ou da concesso da concordata, desde que a credora tenha adotado os procedimentos judiciais necessrios para o recebimento do crdito; a parcela do crdito cujo compromisso de pagar no houver sido honrado pela empresa concordatria poder tambm ser deduzida como perda, nas condies tratadas neste item.

2)

Os limites de R$ 5.000,00 e R$ 30.000,00 esto fixados por operao e no por devedor, observando-se que, para esse efeito: 1) considera-se operao a venda de bens, a prestao de servios, a cesso de direitos, a aplicao de recursos financeiros em operaes com ttulos e valores mobilirios, constante de um nico contrato no qual esteja prevista a forma de pagamento do preo pactuado, ainda que a transao seja realizada para pagamento em mais de uma parcela; no caso de empresas mercantis, a operao ser caracterizada pela emisso da fatura, mesmo que englobe mais de uma nota fiscal.

2)

Os crditos com garantia, qualquer que seja o seu valor, somente podero ser deduzidos como perdas aps decorridos dois anos do seu vencimento e desde que tenham sido iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou a execuo das garantias. Para esse efeito, considera-se crdito garantido o proveniente de vendas com reserva de domnio, de alienao fiduciria em garantia ou de operaes com outras garantias reais, tais como (artigo 1.419 do Novo Cdigo Civil): o penhor de bens mveis, a hipoteca de bens imveis ou a anticrese (garantia representada pelo direito aos frutos ou rendimentos de um imvel). Contabilizao O artigo 341 do RIR/99 determina a seguinte forma de escriturao das perdas no recebimento de crditos: I a dbito da conta de resultado e a crdito da conta que registro do crdito ( duplicatas a receber) em se tratando de crditos sem garantia e de valor at R$ 5.000,00; II - a dbito da conta de resultado e a crdito da conta redutora do crdito ( duplicatas a receber) nas demais hipteses ;

Exemplo: a) Registro das duplicatas vencidas h mais de 180 dias, sem garantia e de valor at R$ 5.000,00: Data 31/12/x2 31/12/x2 Conta Contbil Perdas no Recbto DuplDespesas Duplicatas a ReceberAtivo Circulante Histrico Vlr dupl. 1010, vcto 28/06/x2 no recebida do cliente XY Vlr baixa dupl. 1010, vcto 28/06/x2 no recebida do cliente XY Dbito Crdito

4.950,00 4.950,00

b) Registro nas demais hipteses: Data 31/12/x2 31/12/x2 Conta Contbil Perdas no Recebimento DuplDespesas (-) Proviso Perdas Dupl Redutora Duplicatas a Receber Histrico Vlr dupl. 521, vcto 29/11/x1 no recebida do cliente YZ Vlr baixa dupl. 521, vcto 29/11/x1 no recebida do cliente YZ Dbito Crdito

25.000,00 25.000,00

Nas duas formas de contabilizao importante que o Contador individualize duplicata por duplicata no lanamento da perda, para ficar evidenciado qual a duplicata que est sendo baixada como perda, pois em uma fiscalizao a mesma ser identificada facilmente. Normalmente, o fisco glosa despesas lanadas de forma global se o contribuinte no apresentar relao que justifique a despesa, daqui h 05 anos vai ser difcil saber quais duplicatas que foram baixadas. No caso em que h um grande nmero de duplicatas a serem baixadas pode-se contabilizar por totais mensais, desde que a Contabilidade ou o Setor Financeiro mantenha Registro auxiliar de duplicatas baixadas como perda. Os valores registrados na conta redutora dos crditos podero ser baixados definitivamente da escriturao contbil, a partir em que se completar cinco anos do vencimento do crdito sem que o mesmo tenha sido liquidado pelo devedor b) ENCARGOS FINANCEIROS DE CRDITOS VENCIDOS Aps dois meses do vencimento do crdito, sem que tenha havido o seu recebimento, a pessoa jurdica credora poder excluir do lucro lquido, para determinao do lucro real, o valor dos encargos financeiros incidentes sobre o crdito, contabilizado como receita, auferido a partir do prazo de dois meses do vencimento. (art. 11 da Lei 9.430/96). A contabilizao dos rendimentos ser a dbito de duplicatas a receber e a crdito de receitas financeiras, a excluso ser efetuada atravs do Lalur. Exemplo:

PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LQUIDO DO EXERCCIO DATA 31/12/x2 1. 2. 3. 3.1 4. HISTRICO Demonstrao do Lucro Real Lucro contbil cfe balancete Adies Excluses Juros no recebidos aps 02 meses Lucro Real em 31/12/x2 ADIES 21.325,00 (9.750,00) 11.575,00 EXCLUSES

9.750,00 9.750,00

c) ENCARGOS FINANCEIROS DE BANCOS Apropriar os encargos financeiros das duplicatas descontadas em Bancos, pelo regime de competncia e no somente quando do pagamento dos mesmos. d) COMISSES NA VENDA COM CARTES DE CRDITO Apropriar as comisses sobre vendas por cartes de crdito e outras despesas. Tais taxas devem ser contabilizadas, por ocasio da venda, e no somente por ocasio da liberao (crdito) do valor na conta corrente da empresa. O registro contbil a ser feito nas letras c e d o seguinte: Data 31/12/x2 31/12/x2 Conta Contbil Histrico Dbito Crdito

Despesas Financeiras Vlr encargos financeiros at 31/12/x2 Despesas /Comisses s/ duplicatas descontadas B.Brasil de venda Encargos Fin. a pagar Vlr encargos financeiros s/ desconto duplicatas B. Brasil

1.200,00 1.200,00

A dbito na conta de despesas financeiras e a crdito na conta de Contas a pagar ( Passivo Circulante) , no ms em que incorrer os encargos e comisses. Sendo que no ms do referido pagamento debita a conta de Contas a pagar e credita a conta do Banco ou Caixa. Por fora do art. 21 da Lei 10.865/2004, que alterou a redao do inciso V do art. 3 da Lei 10833/2003, as despesas financeiras no geraro mais crditos, a partir de 01.05.2004. As despesas financeiras, a partir de 01.05.2004, no geram direito ao crdito do Pis e Cofins, porm o Contador poder contabilizar as comisses pagas s Administradores de Cartes de Crdito, item d em contas do subgrupo de despesas com vendas, na nomenclatura Comisses Pessoa Jurdica, salvo entendimento em contrrio, gerando crdito do PIS e da Cofins. 5. ADIANTAMENTOS a) NOTA FISCAL DE FORNECEDOR PENDENTE DE FATURAMENTO Atravs da conciliao, pode verificar se h adiantamentos pendentes de fornecedores que ainda no emitiram nota fiscal, solicitando a emisso das mesmas no exerccio e no no exerccio seguinte. Normalmente o fornecedor segura a emisso da nota fiscal para postergar o seu imposto, prejudicando a empresa. O Contador deve ficar atento, solicitando ao fornecedor a emisso da nota fiscal no perodo de competncia do gasto. b) ACERTO DE ADIANTAMENTO DE VIAGENS AT 31/12 Tambm, ocorre situao em que o funcionrio no prestou contas, at o final do ano, do dinheiro adiantado referente aos gastos das viagens. aconselhvel, alm de acertos peridicos, que a gerncia adote o procedimento em que todos os adiantamentos devero ser prestados contas at a data de 31/12, para que no fique pendncia alguma no encerramento do exerccio. A pendncia significa despesa no apropriada no exerccio e por esse motivo h desembolso tributrio. 6. VARIAES CAMBIAIS E ATUALIZAES DE CRDITOS a) VARIAO CAMBIAL opo do contribuinte, as variaes cambiais ocorridas sero tributveis, para fins de apurao do PIS, COFINS, IR e CSLL, a partir de sua realizao, retroativamente a 01.01.1999.

A partir de 02.08.2004, por fora do Decreto 5.164/2004, ficam reduzidas a zero as alquotas do PIS e COFINS incidentes sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurdicas sujeitas ao regime de incidncia no-cumulativa das referidas contribuies. (variaes cambiais ativas, selic, juros mtuos, rendimentos aplicaes financeiras e outros) O disposto no se aplica s receitas financeiras oriundas de juros sobre capital prprio e as decorrentes de operaes de hedge. O disposto aplica-se, tambm, s pessoas jurdicas que tenham apenas parte de suas receitas submetidas ao regime de incidncia no-cumulativa. Com isso, reduz-se o custo tributrio final, pois as oscilaes da taxa cambial podero ser compensadas na apurao final do ganho. A opo pela tributao pelo regime de competncia (mensal), s interessante para contribuintes que tm grandes passivos sujeitos variao cambial, de forma que o resultado lquido (receitas menos despesas cambiais) seja devedor. Poder ser excluda a parcela das receitas financeiras decorrentes da variao monetria dos direitos de crdito e das obrigaes do contribuinte, em funo da taxa de cmbio, submetida tributao, segundo o regime de competncia, relativa a perodos compreendidos no ano-calendrio de 1999 em diante, excedente ao valor da variao monetria efetivamente realizada, ainda que a operao correspondente j tenha sido liquidada. Assim, se o contribuinte recolheu valores a maior, pela observncia do regime de competncia, em 2004, poder compensar tais valores, devidamente corrigidos pela SELIC, com recolhimentos futuros do mesmo tributo. Exemplo da Economia: Variao cambial ativa contabilizada em 2004, tributada pelo PIS (1,65%) e COFINS: R$ 1.000.000,00 (7,60%). Variao cambial ativa efetivamente realizada em 2004(recebida): R$ 800.000,00. Diferena (parcela excluvel da base de clculo) R$ 200.000,00. Economia de PIS e COFINS : R$ 200.000,00 x 9,25% = R$ 15.300,00; IRPJ e CSSL: R$ 200.000,00 x 24% ( 15% IRPJ e 9% CSSL)= R$ 48.000,00. O disposto aplica-se tambm determinao da base de clculo do imposto de renda e da contribuio social sobre o lucro devidos pelas pessoas jurdicas submetidas ao regime de tributao com base no lucro presumido ou arbitrado. Bases: artigos 30 e 31 Medida Provisria 2158-35/2001 Contabilizao: Data Conta Contbil Histrico Valor variao cambial Crditos a receber em moeda estrangeira Valor variao cambial Crditos a receber em moeda estrangeira Excluso no Lalur: Excluso no Lalur referente parcela da variao cambial ativa no valor d R$ 1.000.000,00 contabilizada como receita no ms de outubro/2004 e no recebida no valor de R$ 200.000,00. Obs.: a empresa optante pelo lucro real, atravs de balancete, suspendeu o pagamento de IRPJ e CSSL. Dbito Crdito

Rendimentos variao cambial 31/10/04 Crditos a Receber em moeda estrangeira Ativo Circulante 31/10/04 Receita Variao Cambial Ativa

1.000.000,00 1.000.000,00

PARTE A REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LQUIDO DO EXERCCIO

DATA 31/10/04 1. 2. 3. 3.1

HISTRICO Demonstrao do Lucro Real Lucro contbil antes IRPJ e CSSL Adies Excluses Parcela dos rendimentos de variao cambial no recebida em 31/10/04 4. Prejuzo Real em 31/10/04

ADIES 190.000,00 (200.000,00)

EXCLUSES

200.000,00 200.000,00

(10.000,00)

Alm de diminuir o IRPJ e a CSSL, o valor no recebido dever ser excludo tambm da base de clculo do PIS e da Cofins. No final do exerccio, em 31/12/2004, alm da excluso no Lalur na parte A, o Contador dever preencher tambm a parte B, pois esta excluso influenciar resultados futuros, isto , o valor deve ser adicionado ao lucro real, na data o recebimento: PARTE B- CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRO AJUSTE DO LUCRO LQUIDO DE EXERCCIOS FUTUROS CONTA VARIAO CAMBIAL ATIVA DBITO CRDITO 200.000,00 SALDO 200.000,00

DATA HISTRICO 31/10/2004 Vlr parcela rendimento variao cambial ativa no recebida

a) Em 20/12/2005, a empresa recebe totalmente o crdito em moeda estrangeira, acrescido de R$ 100.000,00, proveniente variao cambial do perodo: Contabilizao variao cambial do perodo Data Conta Contbil Histrico Dbito Crdito

Rendimentos variao cambial at 20/12/2005 20/12/05 Crditos a Receber em Valor variao cambial Crditos a moeda estrangeira receber em moeda estrangeira Ativo Circulante 20/12/05 Receita Variao Valor variao cambial Crditos a Cambial Ativa receber em moeda estrangeira Adio ao Lalur do rendimento anteriormente excludo:

100.000,00 100.000,00

PARTE A REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LQUIDO DO EXERCCIO DATA 31/12/05 1. 2. 2.1 HISTRICO Demonstrao do Lucro Real Lucro contbil antes IRPJ e CSSL Adies Recebimento variao cambial, ADIES 295.000,00 200.000, 00 EXCLUSES

200.000,00

excluda do Lucro em 31/10/2004 3. Excluses 4. Lucro Real em 31/12/05

200.000,00 495.000,00 -

PARTE B- CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRO AJUSTE DO LUCRO LQUIDO DE EXERCCIOS FUTUROS CONTA VARIAO CAMBIAL ATIVA DBITO CRDITO SALDO 200.000,00 200.000,00 0,00

DATA HISTRICO 31/10/2004 Vlr parcela rendimento variao cambial ativa no recebida 20/12/2005 Vlr recebimento variao cambial ativa

Lembrando que o valor de R$ 200.000,00 integrar a base de clculo do Pis e da Cofins na data do recebimento. No caso de uma desvalorizao da moeda estrangeira de R$ 85.000,00 no perodo( 31/10/2004 a 20/12/2005), teremos os seguintes lanamentos: Contabilidade: Data Conta Contbil Histrico Dbito Crdito

Variao cambial negativa at 20/12/2005 20/12/05 Variao Cambial Valor variao cambial negativa sobre Negativa - Despesas Crditos em moeda estrangeira 20/12/05 Crditos a Receber em Valor variao cambial negativa moeda estrangeira Crditos em moeda estrangeira Ativo Circulante

85.000,00 85.000,00

Lalur:

PARTE A REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LQUIDO DO EXERCCIO DATA HISTRICO 31/12/05 Demonstrao do Lucro Real 1. Lucro contbil antes IRPJ e CSSL 2. Adies ADIES 280.000,00 200.000,00 EXCLUSES

200.000,00

2.1 Recebimento variao cambial, excluda do Lucro em 31/10/2004 3. Excluses 4. Lucro Real em 31/12/05

200.000,00 480.000,00 -

PARTE B- CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRO AJUSTE DO LUCRO LQUIDO DE EXERCCIOS FUTUROS CONTA VARIAO CAMBIAL ATIVA DBITO CRDITO SALDO 200.000,00 200.000,00 0,00

DATA HISTRICO 31/10/2004 Vlr parcela rendimento variao cambial ativa no recebida 20/12/2005 Vlr recebimento variao cambial ativa

Na parte A do Lalur ser adicionado o valor integral de R$ 200.000,00, pois o valor de R$ 85.000,00 referente a variao cambial negativa foi contabilizada como despesa no ano, assim, para fins de apurao do lucro real de 2005, foi imputado o valor lquido de R$ 115.000,00 (200.000,00-85.000,00). No entanto, para fins de clculo para o PIS e Cofins dever ser acrescido base de clculo no ms de dezembro/05 o valor de R$ 115.000,00, que foi o rendimento lquido oriundo na data do recebimento. b) CONTABILIZAO DA ATUALIZAO DE CRDITOS DE ANOS ANTERIORES Quando um crdito fica sem atualizao por vrios anos, pode gerar Imposto de Renda e CSSL no perodo em que foi atualizado. Isso ocorre por exemplo com a taxa Selic, que atualiza os tributos Federais. A empresa tem um crdito de Imposto de Renda a recuperar referente ao ano de 2.000, e no ano de 2003 precisa atualiz-lo para compensar, no tendo sido atualizado nos anos anteriores. No entanto, no ano-calendrio de 2003, est com lucro contbil e qualquer lanamento nas contas de resultados a ttulo de receita gera IRPJ e CSSL em percentual de 24% a 34%. Porm se nos anos de 2001 e 2002 houve prejuzo fiscal, podero ser feitos os seguintes lanamentos: 1) Atualizao 2001 e 2002 Contabilidade: Data 30/12/03 30/12/03 Conta Contbil Histrico Dbito Crdito

IRPJ a recuperar 2000 Valor atualizao IRPJ-2000 a Ativo Circulante compensar pela taxa SELIC ref ao perodo de jan a dez/2001 Lucros/Prejuzos Valor atualizao IRPJ-2000 a Acumulado Patrimnio compensar pela taxa SELIC ref ao Lquido perodo de jan a dez/2001

15.000,00 15.000,00

Atravs destes lanamentos contbeis no haver a incidncia de Imposto de Renda e nem CSSL, devendo apenas ajustar prejuzo fiscal de cada ano no Livro LALUR ( Livro de Apurao do Lucro Real). Os valores so ajustados pelo regime de competncia, em cada perodo a que se referem, utilizando-se o LALUR, no necessrio alterar os registros contbeis dos referidos perodos. Lalur:

PARTE B- CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRO AJUSTE DO LUCRO LQUIDO DE EXERCCIOS FUTUROS CONTA PREJUZO FISCAL DO ANO DE 2001

DATA HISTRICO DBITO CRDITO SALDO 31/12/2000 Valor prejuzo fiscal do ano de 2001 133.000,00 133.000,00 31/12/2003 Valor atualizao Selic s/ IRPJ a recuperar ref ao ano de 2001 15.000,00 118.000,00

Obs.: referente ao ano 2002 segue o mesmo exemplo de contabilizao e lanamento no Lalur. 2) Atualizao de 2003: Contabilidade: Data 30/12/03 30/12/03 Conta Contbil Histrico Dbito Crdito

IRPJ a recuperar 2000 Valor atualizao IRPJ-2000 a Ativo Circulante compensar pela taxa SELIC ref ao perodo de jan a dez/2003 Variao Monetria Valor atualizao IRPJ-2000 a AtivaReceitas compensar pela taxa SELIC ref ao Financeiras perodo de jan a dez/2003

10.000,00 10.000,00

Apenas sobre o valor da atualizao pela SELIC relativo ao ano de 2003 haver a incidncia do Imposto de Renda e da CSSL. Observe-se que haver incidncia do PIS e da COFINS sobre os valores da atualizao, devendo tais valores serem recolhidos retroativamente (com multa e juros). A partir de 02.08.2004, por fora do Decreto 5.164/2004, ficam reduzidas a zero as alquotas do PIS e COFINS incidentes sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurdicas sujeitas ao regime de incidncia no-cumulativa das referidas contribuies. (variaes cambiais ativas, selic, juros mtuos, rendimentos aplicaes financeiras e outros) 7. IMPOSTOS A RECUPERAR a) COMPENSAO DE TRIBUTOS FEDERAIS DE ESPCIES DIFERENTES O saldo negativo do IRPJ e CSSL (valores pagos a maior que o devido) bem como o PIS, COFINS, IPI, ITR, SIMPLES, CPMF, a partir de 01/10/2002, conforme Instruo Normativa SRF 210/2002, podero ser compensados com tributos federais de diferentes espcies, mediante Declarao de Compensao (PERDCOMP), via internet, como prev a Instruo Normativa SRF 320/2003. Essa compensao automtica, cabendo a Receita Federal posterior verificao para constatar a existncia do crdito compensado. Em 18.10.2004, foi editada a IN SRF 460/2004, que revogou a IN SRF 210/2002, no entanto permaneceram as regras anteriores de compensao, sendo implementados alguns itens. Exemplo: O IRPJ e CSSL pagos a maior em 31/12/x0 podero ser compensados com o PIS, COFINS e o IRRF a pagar a partir de 01/01/x1. O saldo credor do IPI poder ser compensado com IRPJ, CSSL, PIS e COFINS a pagar. Contabilizao:

A empresa tem crdito de R$ 77.000,00 referente saldo de IRPJ do ano anterior (apurao lucro anual) ou trimestre anterior (apurao lucro trimestral) e em 15/mar./x1vai compensar R$ 10.000,00 com o Pis e R$ 30.000,00 com a Cofins, j enviou o Pedido de Compensao (Perdcomp via internet). O valor de R$ 37.000,00 no compensado em fevereiro/x1 ser compensado nos meses seguintes. Data Conta Contbil Histrico Vlr compensao saldo IRPJ 31/12/x0 com Pis a recolher do ms fev/x1 Vlr compensao saldo IRPJ 31/12/x0 com Pis a recolher do ms fev/x1 Histrico Vlr compensao saldo IRPJ 31/12/x0 com Cofins a recolher do ms fev/x1 Vlr compensao saldo IRPJ 31/12/x0 com Cofins a recolher do ms fev/x1 Dbito Crdito

Compensao 15/03/x1 Pis a recolher Passivo Circulante 15/03/x1 Saldo IRPJ ano anterior Ativo Circulante Data Conta Contbil

10.000,00 10.000,00 Dbito Crdito

Compensao 15/03/x1 Cofins a recolher Passivo Circulante 15/03/x1 Saldo IRPJ ano anterior Ativo Circulante

30.000,00 30.000,00

A partir de 02.08.2004, por fora do Decreto 5.164/2004, ficam reduzidas a zero as alquotas do PIS e COFINS incidentes sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurdicas sujeitas ao regime de incidncia no-cumulativa das referidas contribuies. (variaes cambiais ativas, selic, juros mtuos, rendimentos aplicaes financeiras e outros) b) ATUALIZAO PELA SELIC DOS TRIBUTOS PAGOS A MAIOR OU INDEVIDAMENTE O tributo Federal pago a maior ou indevidamente poder ser acrescido pela taxa Selic, conforme Instruo Normativa SRF 210/2002 at a data da compensao. Por exemplo: o tributo pago a maior em 30/abr./2002 e compensado em 15/ago./2003, poder ser acrescido pela Selic at a data de sua compensao (15/08/2003). Em 18.10.2004, foi editada a IN SRF 460/2004, que revogou a IN SRF 210/2002, no entanto permaneceram as regras anteriores de compensao, sendo implementados alguns itens. O artigo 894, do Decreto 3.000/99, Regulamento do Imposto de Renda, dispe que o valor a ser utilizado na compensao ou restituio de tributos federais ser acrescido de juros obtidos pela aplicao da taxa referencial da SELIC, acumulada mensalmente. Em observncia ao Princpio Contbil da Competncia, estes juros devem ser apropriados mensalmente. Lembramos que sobre a atualizao dos crditos tributrios pela Selic haver a incidncia do PIS e da COFINS. A partir de 02.08.2004, por fora do Decreto 5.164/2004, ficam reduzidas a zero as alquotas do PIS e COFINS incidentes sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurdicas sujeitas ao regime de incidncia no-cumulativa das referidas contribuies. (variaes cambiais ativas, selic, juros mtuos, rendimentos aplicaes financeiras e outros) A atualizao pela SELIC dos tributos pagos a maior ou indevidamente calculada a partir da data em que o tributo foi pago a maior ( PIS, COFINS, IRRF, IPI, ITR). A atualizao do IRPJ e da CSSL pagos a maior dever ser efetuado a partir do dia seguinte ao do encerramento do trimestre (31/mar., 30/jun./, 30/set. e 31/dez.) quando a opo for pelo lucro real trimestral ou a partir do dia seguinte ao encerramento anual (31/dez.) quando a opo for pelo Lucro Real Anual. Contabilidade: Data 30/12/x3 Conta Contbil Histrico Dbito Crdito

IRPJ a recuperar Ativo Valor atualizao IRPJ a compensar Circulante pela taxa SELIC ref ao perodo de jan a dez/2003

11.000,00

30/12/x3

Variao AtivaFinanceiras

Monetria Valor atualizao IRPJ a compensar Receitas pela taxa SELIC ref ao perodo de jan a dez/2003

11.000,00

8. ESTOQUES a) Consideraes iniciais sobre estoques

No encerramento do balano pelo lucro real anual (31/12) ou lucro real trimestral (31/03, 30/06, 30/09 e 31/12), os estoques consignados na contabilidade devem estar em conformidade com o Livro Registro Inventrio de Estoques (art.260, RIR/99). O Contador deve realizar o ajuste contbil para que os saldos contbeis das contas de estoques estejam de acordo com o Livro de Registro de Inventrio. Se durante o ano ( lucro real anual), a empresa suspender ou reduzir o recolhimento do IRPJ e da CSSL, mediante balancetes, dever manter relatrio de estoques que fechem com a contabilidade, no sendo necessrio seu registro no Livro de Registro de Inventrio (3, art.12, da IN SRF 93/97). Os estoques devero ser valorizados, conforme descrevemos no item b, abaixo. Cabe ao Contador verificar qual a opo de avaliao de estoque mais vantajosa para a empresa, por exemplo: a) se no exerccio h lucro, deve-se avaliar o estoque pelo critrio de menor valor, com isso aumentando o custo da mercadoria ou produto; b) se no exerccio h prejuzo, o estoque deve ser avaliado pelo critrio de maior valor, pois no perodo seguinte o prejuzo limitado a 30% do lucro, e o estoque estando supervalorizado (dentro dos critrios fiscais) deduzir automaticamente o resultado do exerccio seguinte se limitao, por conta do ajuste do Custo de Mercadorias ou Produtos Vendidos. b) Critrios de Avaliao de estoques

A empresa pode avaliar seus estoques adotando os seguintes critrios e mtodos: 1) Mercadorias para Revenda e matrias-primas Custo mdio, para as mercadorias revendidas e matrias primas, o qual ser determinado pelo registro permanente de estoques, no fazendo parte do custo de aquisio os impostos recuperveis aos quais a empresa tem o direito ao crdito ( ICMS, IPI, PIS, COFINS), sendo acrescido o seguro e o transporte (art 289 RIR/99). Obs.: na indstria o IPI recupervel, porm em uma empresa que revende mercadoria o IPI no recupervel, devendo ser parte integrante do custo da empresa; Se a empresa no mantiver o registro permanente de estoque ( custo mdio) poder avaliar o estoque das mercadorias e matrias-primas pelo preo das ltimas aquisies menos os impostos recuperveis - ICMS, IPI, PIS e COFINS-, tambm chamado de PEPS (art. 293 RIR/99); A empresa poder tambm avaliar o estoque pelo custo arbitrado, no qual as mercadorias sero avaliados em 70% do maior preo de vendas desse produto no perodo-base ( art 295 e 296 RIR/99);

-

-

2) Produtos Produzidos custo de produo de acordo com a contabilidade Os produtos em fabricao e acabados sero avaliados pelo custo de produo, devendo o contribuinte manter sistema de contabilidade de custo coordenado e integrado com a escriturao contbil para avaliar o estoque de produtos acabados e em fabricao (art.294 RIR/99). Na prtica, o custo coordenado e integrado com a contabilidade significa que o Contador deve elaborar seus mapas de custo, rateio e etc, tendo como origem os saldos retirados das contas contbeis de resultado, caso os valores utilizados nos mapas de custos no tenham origem no balancete contbil no ser considerao como custo integrado e coordenado com a contabilidade. 3) Produtos Produzidos custo no integrado contabilidade Conforme, art. 296, RIR/99, se a escriturao do contribuinte no satisfizer s condies do art. 294, do RIR/99 (citado no item anterior), os estoques devero ser avaliados: I os de materiais em processamento, por uma vez e meia o maior custo das matrias-primas adquiridas no perodo de apurao, ou em oitenta por cento do valor dos produtos acabados, em relao ao item II, ento 80% de 70% = 56% do maior preo de venda

II os dos produtos acabados, em setenta por cento do maior preo de venda no perodo de apurao. 1 Para aplicao do disposto no inciso II, o valor dos produtos acabados dever ser determinado tomando por base o preo de venda, sem excluso de qualquer parcela a ttulo de Imposto sobre Operaes relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaes ICMS. Os materiais em processamento (tambm chamados de produtos em elaborao) sero avaliados por uma vez e meia o maior custo das matrias-primas adquiridas no perodo-base, ou em 80% do valor dos produtos acabados (o que equivale dizer a 56% do maior preo de venda). c) VALORIZAO DOS ESTOQUES EM ELABORAO A legislao do Imposto de Renda permite, para as empresas que no mantm custos integrados contabilidade, que se opte pela valorao dos estoques de produtos em elaborao por um das seguintes critrios (art. 296, inciso I do Regulamento do IR): 1. 2. 56% do maior preo de venda do produto final, no perodo. Uma vez e meia o maior custo das matrias primas incorporadas ao produto semi-elaborado.

Normalmente, o critrio 2 significativamente inferior ao critrio 1, resultando num menor IRPJ e CSL a pagar. Exemplo: Um produto com valor de venda R$ 150,00, cujo estoque em elaborao, de 1.500 unidades. O maior custo das matrias primas empregadas, por unidade, na fase de elaborao, de R$ 20,00. Mtodo 1 de valorao: R$ 150,00 x 56% x 1.500 unidades = R$ 126.000,00 Mtodo 2 de valorao: R$ 20,00 x 1,5 x 1.500 unidades = R$ 45.000,00 Diferena = R$ 126.000 - R$ 45.000,00 = R$ 81.000,00 Diferena de IRPJ e CSL = R$ 81.000,00 x at 34% = R$ 27.540,00 Contabilidade: O Contador dever verificar qual o critrio de avaliao de estoques mais adequado para cada empresa, lembrando que os estoques constantes no final de cada exerccio devem estar de acordo com o Registro de Inventrio de Estoque, devendo ser procedidos ajustes no caso de divergncias. d) CONTABILIZAO DE ESTOQUES PELO CUSTO POR ABSORO Muitas empresas industriais, por comodidade ou por desconhecimento, avaliam seus estoques de produtos acabados e em elaborao segundo os critrios estabelecidos no artigo 296 do Regulamento do Imposto de Renda (70% do maior preo de venda, para os produtos acabados, e 56% do maior preo de venda ou 1,5 vezes o custo da matria prima empregadas, para os produtos em elaborao). Este critrio eleva sensivelmente o valor final dos estoques, reduzindo o custo, e por decorrncia, aumentando o lucro tributvel, para fins de apurao do Lucro Real (IRPJ e CSL). Mas de acordo com o artigo 294 do RIR/99 e o PN CST 6/79, nas empresas que exploram atividade industrial, o valor dos estoques, para o contribuinte que mantiver sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o restante da escriturao poder utilizar os custos apurados, determinado com observncia do mtodo conhecido como custeio por absoro (tambm chamado de custeio pleno ou integral). O custo de produo deve compreender, alm da matria-prima e da mo-de-obra direta empregada (custos diretos), tambm os chamados gastos gerais de fabricao (custos indiretos). O art. 290 do RIR/99 relaciona os seguintes componentes que devem integrar obrigatoriamente o custo dos produtos: a) custo de aquisio de matrias-primas empregadas e de quaisquer outros bens ou servio aplicados ou consumidos na produo.

b) custo do pessoal aplicado na produo, inclusive de superviso direta, manuteno e guarda das instalaes de produo; c) custos de locao, manuteno e reparo e encargos de depreciao dos bens aplicados na produo; d ) encargos de amortizao diretamente relacionados com a produo; e) encargos de exausto dos recursos naturais empregados na produo. Contabilidade: O Contador dever verificar qual o critrio de avaliao de estoques mais adequado para cada empresa, lembrando que os estoques constantes no final de cada exerccio devem estar de acordo com o Registro de Inventrio de Estoque, devendo ser procedidos ajustes no caso de divergncias. e) CONTABILIZAO DE BENS DE CONSUMO EVENTUAL A aquisio de bens de consumo eventual, cujo valor no exceda a 5% do custo total dos produtos vendidos no exerccio social anterior, poder ser registrada diretamente como custo (pargrafo nico do art. 290 do Regulamento do IR). Como regra geral, toda a matria-prima em estoque, no final do perodo, deveria ser inventariada e mantida em conta do Ativo. Porm, com relao aos materiais de consumo espordico cujo valor no tenha sido superior a 5% do custo total dos produtos vendidos no exerccio social anterior, as eventuais sobras no necessitam ser inventariadas, podendo ser levadas integralmente para custos. Desta forma, economiza-se IRPJ e CSL devidos sobre o Lucro Real. Contabilidade: Estando dentro do critrio citado, esses bens de consumos no so inventariados, sendo contabilizados diretamente nas contas de resultado: Data 30/11/x3 30/11/x3 Conta Contbil Custos /Despesas Fornecedores Histrico Vlr nf. Fornecedor X ref aquisio materiais div. Vlr nf. Fornecedor X Dbito Crdito

4.500,00 4.500,00

f) ESTOQUE EM CONSIGNAO Verificar se a empresa no est contabilizando na conta de estoque os estoques em de terceiros recebidos em consignao, os quais deveriam ser contabilizados em contas de compensao. Essa anlise deve ser feita no sentido e aumentar o custo das mercadorias vendidas.

Contabilidade: Data 30/11/x3 30/11/x3 Conta Contbil Contas de Compensao Ativas Estoque de Terceiros Contas de compensao Passivas Estoque de Terceiros Histrico Vlr nf. Fornecedor Y mercadorias em consignao Vlr nf. Fornecedor Y mercadorias recebidas em consignao Dbito Crdito

100.000,00 100.000,00

g) APURAO DO CUSTO

A empresa pode estar utilizando na apurao do custo de seus produtos despesas que devem ser contabilizadas diretamente nas contas de resultado, no devendo ser ativadas, tais como: salrios, energia eltrica, gua e outras despesas relacionadas com a administrao da empresa, bem como despesas comerciais e financeiras as quais no integram o custo. Neste caso deve ser feita uma anlise nas contas e nos critrios de rateio que compem o custo. h) PROVISO PARA PERDA DE ESTOQUES DE LIVROS A Lei 10.753/2003, em seus artigos 8 e 9, alterado pela Lei 10.833/2003, permite s pessoas jurdicas e as que lhes so equiparadas pela legislao do imposto sobre a renda que exeram as atividades de editor, distribuidor e de livreiro, a constituio de proviso para perda de estoques, calculada no ltimo dia de cada perodo de apurao do imposto sobre a renda e da contribuio social sobre o lucro lquido (CSLL), correspondente a 1/3 (um tero) do valor do estoque existente naquela data. Referida proviso foi normatizada pela IN SRF 412/2004. DEDUTIBILIDADE A partir de 31.10.2003 (data da publicao da Lei 10.753/2003 no DOU), a proviso referida ser dedutvel para fins de determinao do lucro real e da base de clculo da contribuio social sobre o lucro lquido. CONCEITOS Para efeito da regulamentao, considerado: I - editor: a pessoa jurdica que adquire o direito de reproduo de livros, dando a eles tratamento adequado leitura; II - distribuidor: a pessoa jurdica que opera no ramo de compra e venda de livros por atacado; III - livreiro: a pessoa jurdica que se dedica venda de livros. REGISTROS CONTBEIS Os registros contbeis relativos constituio da proviso para perda de estoques, reverso dessa proviso, perda efetiva do estoque e a sua recuperao sero efetuados conforme a seguir: I a constituio da proviso ser efetuada a dbito da conta de resultado e a crdito da conta redutora do estoque; II a reverso da proviso ser efetuada a dbito da conta redutora do estoque, a que se refere o item I, e a crdito da conta de resultado; III a perda efetiva ser efetuada a dbito da conta redutora do estoque, at o seu valor, e o excesso, a dbito da conta de resultado custos ou despesas - e a crdito da conta de estoque; IV a recuperao das perdas que tenham impactado o resultado tributvel, a dbito da conta patrimonial e a crdito da conta de resultado. LANAMENTOS CONTBEIS 1) Pela constituio da proviso: D - PROVISO PARA PERDAS - ESTOQUES (Conta de Resultado) C - PROVISO PARA PERDAS - LIVROS (Conta Redutora de Estoques - Ativo Circulante) 2) Pela reverso da proviso constituda: D - PROVISO PARA PERDAS - LIVROS (Conta Redutora de Estoques - Ativo Circulante) C - PROVISO PARA PERDAS - ESTOQUES (Conta de Resultado) 3) Pela perda efetivada (at o limite da proviso constituda): D - PROVISO PARA PERDAS - LIVROS (Conta Redutora de Estoques - Ativo Circulante) C - ESTOQUES DE LIVROS (Ativo Circulante) 4) Pela perda efetivada (acima do valor da proviso constituda): D - PERDAS DE LIVROS (Conta de Resultado) C - ESTOQUES DE LIVROS (Ativo Circulante) 5) Pela recuperao das perdas j lanadas anteriormente no resultado: D - ESTOQUES DE LIVROS (Ativo Circulante) C - RECUPERAO DE PERDAS DE LIVROS (Conta de Resultado)

9. CRDITOS REALIZVEIS a) DEPSITOS JUDICIAIS E OUTROS CRDITOS REALIZVEIS Pela conveno do conservadorismo (ou da prudncia) as contingncias ativas ou os ganhos contingentes no devem ser registrados. Somente quando estiver efetivamente assegurada a sua obteno ou recuperao que devem ser reconhecidos. Contingncia uma condio ou situao cujo resultado final, favorvel ou desfavorvel, somente ser confirmado caso ocorram, ou no ocorram, um ou mais eventos futuros incertos (Resoluo CFC 750-93).

Para fins tributrios, esta mesma situao viabiliza que as receitas futuras que dependem de resultado incerto somente venham a ser reconhecidas por ocasio de sua efetiva disponibilizao econmica ou jurdica (art. 43 do CTN). Como exemplo, citamos: Obteno de juros sobre depsitos judiciais em garantia de instncia, enquanto no definitiva a lide em favor do depositante os valores no devero ser contabilizados como receita, evitando assim, o recolhimento do PIS, Cofins, IRPJ e CSSL. A partir de 02.08.2004, por fora do Decreto 5.164/2004, ficam reduzidas a zero as alquotas do PIS e COFINS incidentes sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurdicas sujeitas ao regime de incidncia no-cumulativa das referidas contribuies. b) CONTABILIZAO DE INCENTIVOS FISCAIS A correta contabilizao de incentivos fiscais permite que se obtenha economia fiscal (alm do benefcio j utilizado). O Art. 182, 1, alnea d, da Lei 6404 (Lei das S/A) define que sero classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: as doaes e as subvenes para investimento. Portanto estes valores no integraro resultado do exerccio. Assim, por exemplo, um incentivo na rea do ISS, originado de implantao de programa de gerao de empregos, em que haja reduo da base de clculo do imposto em decorrncia do programa de investimento, aprovado pela Prefeitura Municipal que concedeu o beneficio, pode ser contabilizado da seguinte maneira: D. ISS a Pagar - Passivo Circulante C. Reserva de Incentivos Fiscais - Patrimnio Lquido Histrico: pela formao de Reserva de Incentivo ISS n/ms, conforme Lei Municipal nmero ....... e projeto especfico aprovado em ..../..../..... Os efeitos tributrios desta contabilizao podem permitir um ganho de at 38,65% em tributos (at 25% de IRPJ, 9% de CSL, 3% de COFINS e 1,65% de PIS considerando-se este percentual para optantes pelo Lucro Real a partir de 01.12.2002). Assim, um incentivo que gere, anualmente, uma reduo de ISS de R$ 100.000,00 poder permitir uma economia fiscal (adicional ao incentivo) de at R$ 38.650,00. c) BAIXA DE ATIVOS FICTCIOS Muitas empresas detm, em sua contabilidade, contas que geram despesas tributrias. Uma das mais conhecidas so os "emprstimos compulsrios" de combustveis, que mensalmente geram receita financeira (variao monetria e juros) de sua atualizao. Uma receita/ano de R$ 10.000,00 pode ter um custo tributrio de at R$ 3.865,00/ano (IRPJ, CSL, PIS de 1,65% a partir de 01.12.2002 e COFINS) considerando-se uma empresa tributada pelo lucro real. Muitas destas contas so herana de balanos anteriores. A maioria delas no tem respaldo (documentao) contbil. Provavelmente mais de 90% das empresas que tem saldo na conta "compulsrio sobre combustveis" (oriunda dos idos anos 1986), no mantm mais a documentao (notas fiscais de aquisio) para comprovar o reembolso da quantia devida. Nesta hiptese, cabvel a baixa, por inexistncia de documentao suporte. Inexistindo o ativo, inexiste a receita financeira, e tambm o custo tributrio. Recomenda-se documentar a baixa com laudo de perito contbil, indicando a inexistncia da documentao pertinente. Contabilidade: Data 30/12/x3 Conta Contbil Histrico Dbito Crdito

Lucros/Prejuzos Vlr baixa emprstimo compulsrio por Acumulados- Patrimnio inexistncia do referido ativo conforme Lquido Laudo

45.000,00

30/12/x3

Emprstimos Vlr baixa emprstimo compulsrio por compulsrios - Ativo inexistncia do referido ativo conforme Realizvel Longo Prazo Laudo

45.000,00

d) EMPRSTIMOS DE MTUOS - IRRF Os emprstimos de mtuos entre a empresa e seus scios devem estar suportados por contrato. A empresa poder ser questionada pelo fisco, devido ao fato de que a operao no est acobertada por documento hbil e que, se a empresa no efetua a cobrana de encargos sobre os emprstimos, os referidos valores devero ser considerados na base de clculo do imposto de renda, mensalmente, adicionados ao pr-labore pago no ms, conforme item 14.2.2, da Instruo Normativa n 49, de 10/mai./89, do Secretrio da Receita Federal. Os rendimentos auferidos nas operaes de mtuo de recursos financeiros entre pessoa fsica e pessoa jurdica e entre pessoas jurdicas, inclusive controladoras, controladas, coligadas e interligadas sujeitam-se incidncia do imposto de renda na fonte alquota de 20%, e aplicam-se as normas referentes aos rendimentos de aplicaes financeiras de renda fixa, inclusive quanto ao informe a ser fornecido pela pessoa jurdica. (Art 730, 731 RIR/99) A responsabilidade pela reteno do imposto cabe: pessoa jurdica que efetuar o pagamento dos rendimentos; Ao mutuante (beneficirio) pessoa jurdica, nas operaes de mtuo entre pessoa jurdica e pessoa fsica, quando o muturio for pessoa fsica; ( Art. 731, 2, RIR/99) ( Normalmente quem retm o IRRF a fonte pagadora, mas neste caso o inverso, quem recebe o rendimento que retm o IRRF por ser uma pessoa fsica que est remunerando, ou seja a pessoa jurdica est recebendo juros pelo emprstimo pessoa fsica e deve reter o IRRF) (Base RIR/99 artigos 729, 732 e 733; IN SRF n 25/01- art. 17, 19 e 20; ADE Corat n 9/2002) e) INCIDNCIA DE IOF SOBRE CONTRATO DE MTUOS 1) Mtuos de pessoa jurdica pessoa fsica Sobre essa modalidade de operao h a incidncia do IOF, conforme determina a Lei 9.779/99. Os Atos Declaratrios 04/99 e 07/99 da Secretaria da Receita Federal, e Portarias 22/99 e 385/99 do Ministrio da Fazenda, estipularam as seguintes alquotas para o IOF a serem aplicadas sobre emprstimos para pessoas fsicas no ano de 1999: 0,0164 % ao dia - de 01/01/99 a 22/01/99; 0,0175 % ao dia de 23/01/99 a 14/03/99; 0,0164% ao dia de 15/03/99 a 17/10/99; 0,0041% ao dia a partir de 18/10/99; (aproximadamente 1,5% ao ano de tributao de IOF)

2) Mtuos de pessoa jurdica para pessoa jurdica Sobre os emprstimos para pessoas jurdicas, ficou estipulada a alquota de 0,0041% ao dia, (aproximadamente 1,5% ao ano de tributao de IOF) conforme Decreto 4.494/2002; 3) Mtuos de pessoa fsica para pessoa jurdica Quando os emprstimos so efetuados por pessoas fsicas para pessoas jurdicas no h a incidncia de IOF, por falta de previso legal. Por exemplo, quando o scio empresta dinheiro para a empresa no incide IOF sobre a operao. 4) Observaes sobre o clculo do IOF Conforme Ato Declaratrio SRF n 07 de 1999, observar o seguinte: 1. No caso de mtuo entre pessoas jurdicas ou entre pessoa jurdica e pessoa fsica, sem prazo, realizado

por meio de conta-corrente, o Imposto sobre Operaes de Crdito, Cmbio e Seguro, ou relativas a Ttulos ou Valores Mobilirios IOF, devido nos termos do art. 13 da Lei n 9.779, de 19 de janeiro de 1999: a) incide somente em relao aos recursos entregues ou colocados disposio do muturio a partir de 1 de janeiro de 1999; b) ser calculado e cobrado no primeiro dia til do ms subseqente quele a que se referir, relativamente a cada valor entregue ou colocado disposio do muturio durante o ms, e recolhido at o terceiro dia til da semana subseqente; c) os encargos debitados ao muturio sero computados na base de clculo do IOF a partir do dia subseqente ao trmino do perodo a que se referirem. 2. No caso de mtuo entre pessoas jurdicas ou entre pessoa jurdica e pessoa fsica, com prazo de pagamento e taxa de juros definidos, o IOF devido nos termos do art. 13 da Lei n 9.779, de 1999, ser calculado e cobrado na data da entrega ou da colocao dos recursos disposio do muturio, ocorrida a partir de 1 de janeiro de 1999, e recolhido at o terceiro dia til da semana subseqente ocorrncia do fato gerador. 10. ATIVO PERMANENTE 10.1 ATIVO IMOBILIZADO a) TAXAS DE DEPRECIAO E CONSIDERAES GERAIS:

- Conciliar a conta do Ativo Imobilizado, no sentido de verificar se as contas contbeis esto de acordo com o Relatrio de Controle do Ativo Imobilizado; - Conciliar a conta de vendas do ativo imobilizado, verificando se foram baixados o valor contbil corrigido e a depreciao acumulada dos bens vendidos no ano; - Analisar o razo contbil de todo o ano, objetivando identificar lanamentos que chamam a ateno e certificar-se quanto a existncia ou no do mesmo; - O contador dever conferir as taxas de depreciao utilizadas que constam no sistema de controle do Ativo Imobilizado ou planilhas alternativas do clculo da depreciao acumulada, verificando se as mesmas esto em conformidade com a Instruo Normativa 162/98 e 130/99. O RIR/99 trata das depreciaes nos seus artigos 305 a 323. Em muitos casos, utiliza-se uma taxa menor que a legislao permite, pagando-se mais tributos. Exemplo: normalmente utiliza-se a taxa de 20% ao ano para caminhes, no entanto a taxa de depreciao da maioria dos caminhes de 25% (neste caso reflete tambm no recolhimento do Pis e da Cofins, que, a partir de 01.02.04, h o crdito sobre depreciao dos bens do ativo imobilizado). - A depreciao calculada a menor em um ano, no poder ser compensada no ano seguinte, isto porque, a empresa deve observar as taxas anuais mximas de depreciao, conforme a legislao. Exemplificando: No ano de 2002, um automvel depreciado a taxa de 10% ao ano, em 2003 poder ser depreciado no mximo taxa de 20% ao ano, a qual permitida pela legislao, no podendo ser depreciado a 30% ao ano. Caso utilize a taxa 30% ao ano, em uma fiscalizao o fisco considerar indedutvel a depreciao superior a taxa de 20%. - Se a empresa no possuir Controle do Ativo fixo, no mnimo dever manter planilhas alternativas para comprovar as despesas com depreciao, seno as depreciaes podero ser glosadas pelo fisco; - Verificar se a empresa est aproveitando o crdito de ICMS sobre as aquisies do Imobilizado, na proporo mensal de 1/48, e lanando o valor lquido no Ativo Imobilizado ( valor do produto menos o ICMS); b) DEPRECIAO DE BENS USADOS A taxa de depreciao de bens usados, para fins de apurao do custo ou despesa operacional das empresas tributadas pelo lucro real, tem parmetros fixados pelo art. 311 do Regulamento do IR (Decreto 3000/99), podendo a mesma ser calculada considerando como prazo de vida til o maior dentre: 1. metade do prazo de vida til admissvel para o bem adquirido novo; 2. restante da vida til do bem, considerada esta em relao primeira instalao para utilizao. Exemplo: Caminho de carga, cuja vida til de 4 anos, se adquirido aps 3 anos de fabricao, poder ser depreciado em 2 anos, aplicando-se a taxa de 50% ao ano. A diferena de tributao significativa. Tomando o exemplo do caminho, de valor R$ 60.000,00, a

depreciao/ano pelo critrio do RIR/99 de R$ 30.000,00. Se adotado o critrio geral, ficaria em R$ 15.000,00. A diferena pode gerar um menor pagamento de IRPJ e CSLL de at R$ 5.100,00 em um ano, apenas neste item. A contabilizao da depreciao dos bens adquiridos usados feita juntamente com a depreciao normal dos outros bens, a nica diferena a de que no controle do Ativo Imobilizado ou nas planilhas de clculo da depreciao os bens usados so depreciados mediante uma taxa maior de depreciao, ou seja, enquanto um veculo adquirido novo deprecia-se taxa de 20% ao ano, um veculo adquirido com 04 anos de uso ser depreciado taxa de 40% ao ano, o dobro da taxa normal, conforme artigo 311, RIR/99. O Contador deve manter controle das depreciaes contabilizadas, assim sendo, em uma fiscalizao, deve ficar claro a taxa de depreciao que est sendo aplicada para cada bem, bem como se no est sendo depreciado bem que j foi totalmente depreciado. Em resumo: manter um controle de depreciao ( sistema ou planilhas) que individualize os bens, as taxas de depreciaes e que esteja claro que os bens que esto sendo depreciados ainda no foram totalmente depreciados e o total mensal da planilha confira com o valor registrado na contabilidade. c) DEPRECIAO ACELERADA CONTBIL (EM FUNO DOS TURNOS) Em relao aos bens mveis, podero ser adotados, em funo do nmero de horas dirias de operao, os seguintes coeficientes de depreciao acelerada (Lei 3.470/58, art. 69): I um turno de oito horas................................1,0; II dois turnos de oito horas............................1,5; III trs turnos de oito horas............................2,0. Portanto, a utilizao da acelerao da depreciao contbil, quando h mais de um turno dirio de operao, poder permitir uma contabilizao maior de encargos dedutveis na apurao do resultado tributvel. Base: art. 312 do Regulamento do IR. A regra de contabilizao da depreciao acelerada em turnos segue a mesma citada no item anterior. d) DEPRECIAO ACELERADA INCENTIVADA INCENTIVOS PESQUISA TECNOLGICA E DESENVOLVIMENTO DE INOVAO TECNOLGICA DE PRODUTOS A partir de 01.01.2003, as pessoas jurdicas podero deduzir do lucro lquido, na determinao do lucro real e da base de clculo da CSLL, as despesas operacionais relativas aos dispndios realizados com pesquisa tecnolgica e desenvolvimento de inovao tecnolgica de produtos. Base: art. 39 da Lei 10.637/2002. Inovao Tecnolgica - Conceito Considera-se inovao tecnolgica a concepo de novo produto ou processo de fabricao, bem como a agregao de novas funcionalidades ou caractersticas ao produto ou processo que implique melhorias incrementais e no efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior competitividade no mercado. Forma de utilizao do incentivo Os valores relativos aos dispndios incorridos em instalaes fixas e na aquisio de aparelhos, mquinas e equipamentos, destinados utilizao em projetos de pesquisa e desenvolvimentos tecnolgicos, metrologia, normalizao tcnica e avaliao da conformidade, aplicveis a produtos, processos, sistemas e pessoal, procedimentos de autorizao de registros, licenas, homologaes e suas formas correlatas, bem como relativos a procedimentos de proteo de propriedade intelectual, podero ser depreciados na forma da legislao vigente, podendo o saldo no depreciado ser excludo na determinao do lucro real, no perodo de apurao em que concluda sua utilizao. Exemplo: Gastos incorridos em instalaes fixas: R$ 1.000.000,00, em dezembro/2003; Valor depreciado no perodo de apurao: R$ 3.333,33 ( taxa de 4% ao ano proporcional ao nmero de

-

meses no ano = (1.000.000 x 4%) : 12 x 1; Saldo no depreciado: R$ 1.000.000,00 R$ 3.333,33= R$ 996.666,67 Valor a ser excludo do lucro real = R$ 996.666,67

Contabilidade: O lanamento contbil da depreciao deve ser feito juntamente com os outros bens, conforme sistema de depreciao ou planilhas alternativas, abaixo apenas est se exemplificando a contabilizao: Data 30/12/x3 30/12/x3 Conta Contbil Depreciao Custo/Despesas (-) Depreciao Acum. Ativo Imobilizado Histrico Valor depreciao de bens no ms, conforme relatrio Valor depreciao de bens no ms, conforme relatrio Dbito Crdito

3.333,33 3.333,33

Lalur 2003: Excluso

PARTE A REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LQUIDO DO EXERCCIO DATA 31/12/03 1. 2. 3. 3.1 HISTRICO Demonstrao do Lucro Real Lucro contbil antes IRPJ e CSSL Adies Excluses Valor gastos aplicados no incentivo pesquisa e inovao Tecnolgica, cfe art. 29 da Lei 10.637/2002 ADIES 1.035.000,00 0,00 (996.666,67) EXCLUSES

0,00 996.666,67

996.666,67 4. Lucro Real em 31/12/03 38.333,33

Como verificamos acima, o lucro foi reduzido de R$ 1.035.000,00, para R$ 38.333,33, uma economia no ano de 2003 de aproximadamente R$ 338.866,66 de IRPJ e CSSL ( 996.666,67 x 34%, sendo 25% IRPJ + 9% CSSL). Esse valor ser adicionado ao IRPJ e CSSL na medida que os bens forem sendo depreciados, a empresa tem 25 anos para devolver os tributos ao governo( no caso de benfeitorias 4% ao ano, em 25 anos est totalmente depreciado, no caso de mquinas a taxa de 10% ao ano, em 10 anos est totalmente depreciado e assim por diante). Porm cada ano o Contador poder estudar novas formas de economia tributria, atravs da Contabilidade Tributria Lalur em 2004: Adio Ms a ms dever ser adicionado ao IRPJ e CSSL a parcela contabilizada como despesa de depreciao referente ao bem j utilizado integralmente incentivo fiscal, ou seja, a contabilidade da empresa no sofre alteraes, o incentivo aproveitado (excludo do Lucro Real) via Lalur e as adies referente a depreciao so adicionadas medida que vo incorrendo. O clculo o seguinte: Valor total do bem R$ 1.000.000,00 x 4% (taxa de depreciao anual) = 40.000,00

PARTE A REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LQUIDO DO EXERCCIO DATA HISTRICO 31/12/04 Demonstrao do Lucro Real 1. Lucro contbil antes IRPJ e CSSL 2. Adies ADIES 352.510,00 40.000,00 EXCLUSES

40.000,00

2.1 Parcela relativa depreciao benfeitorias utilizadas como incentivo Pesquisa e Inovao tecnolgica art. 39, Lei 10.637/2002 3. Excluses 4. Lucro Real em 31/12/04

40.000,00 0,00 392.510,00 0,00

Controle do Incentivo na Parte B do Lalur O valor do saldo excludo dever ser controlado na parte B do Livro de Apurao do Lucro Real (LALUR) e ser adicionado, na determinao do lucro real, em cada perodo de apurao posterior, pelo valor da depreciao normal que venha a ser contabilizada como despesa operacional. Exemplo: Valor excludo na Parte A do LALUR em 2.003: R$ 996.666,67 Depreciao dos gastos incorridos