curso online de nr 35 – trabalho em altura · nr 35 – trabalho em altura não é necessário se...
TRANSCRIPT
C u r s o o n l i n e d e
NR 35 – Trabalho em AlturaNão é necessário se cadastrar ou fazer provas.
Você estuda e se certifica por isso.
Bom aprendizado!
Todos os direitos reservados
ConteúdoConteúdo ProgramáticoC A R G A H O R Á R I A N O C E R T I F I C A D O : 6 0 H O R A S
1 . I n t r o d u ç ã o à N R 3 5
2 . I m p a c t o d o s A c i d e n t e s e D o e n ç a s
3 . O b j e t i v o e c a m p o d e a p l i c a ç ã o
4 . R e s p o n s a b i l i d a d e s d o E m p r e g a d o r
5 . R e s p o n s a b i l i d a d e s d o s t r a b a l h a d o r e s
6 . C a p a c i t a ç ã o e t r e i n a m e n t o
7 . P l a n e j a m e n t o , o r g a n i z a ç ã o e e x e c u ç ã o
8 . E q u i p a m e n t o s d e P r o t e ç ã o I n d i v i d u a l , A c e s s ó r i o s e S i s t e m a s d e A n c o r a g e m
9 . E m e r g ê n c i a e s a l v a m e n t o
1 0 . C o n s i d e r a ç õ e s F i n a i s
Introdução à NR35U m a d a s p r i n c i p a i s c a u s a s d e a c i d e n t e s d e t r a b a l h o g r a v e s e f a t a i s s e d e v e a
e v e n t o s e n v o l v e n d o q u e d a s d e t r a b a l h a d o r e s d e d i f e r e n t e s n í v e i s .
C a p í t u l o 1
Os riscos de queda em altura existem em vários ramos de
atividades e em diversos tipos de tarefas. A necessidade de
criação de uma norma mais ampla que atendesse a todos
os ramos de atividade se fazia necessária para que estes
trabalhos fossem realizados de forma segura. No mundo
do trabalho existem realidades complexas e dinâmicas e
uma nova Norma Regulamentadora para trabalhos em
altura precisaria contemplar atividades que necessitam de
controle do estado.
Por mais detalhada que as medidas de proteção estejam estabelecidas na
NR, não compreenderá as particularidades existentes em cada setor. Por
isso, a presente norma regulamentadora foi elaborada pensando nos
aspectos da gestão de segurança e saúde do trabalho para todas as
atividades desenvolvidas em altura com risco de queda. Como existe uma
infinidade de diferentes trabalhos em altura, com dinâmicas diferenciadas,
esta norma propõe a utilização dos preceitos da antecipação dos riscos
para implantação de medidas adequadas para cada situação de trabalho
para que o mesmo se realize com a máxima segurança.
C o m o s u r g i u a N R 3 5
Em setembro de 2010, se realizou no Sindicato dos
Engenheiros do Estado de São Paulo o 1º Fórum
Internacional de Segurança em Trabalhos em
Altura. Os dirigentes deste sindicato, juntamente
com a Federação de Sindicatos de Engenheiros se
sensibilizaram com os fatos mostrados no Fórum e
reivindicaram ao MTE a necessidade de criação de
uma norma específica para trabalhos em altura
que atendesse a todos os ramos dessa atividade.
O Ministério do Trabalho e Emprego avaliou e acatou esta demanda
e ato contínuo, através da DSST criou um grupo formado por
profissionais experientes, formados por representantes do governo,
trabalhadores e empregadores de vários ramos de atividade que se
reuniram em maio e junho de 2011 onde foi criada uma proposta
inicial de texto da nova NR.
Em agosto de 2011 foram analisadas e sistematizadas as sugestões
recebidas da sociedade para inclusão ou alteração da norma. Em
setembro de 2011 foi constituído o Grupo Técnico Tripartite da nova
NR35 que, após reuniões em setembro e outubro, em consenso,
chegaram ao texto final da Norma. Este foi encaminhada à CTPP
(Comissão Tripartite Paritária Permanente) para avaliação e análise.
Impacto dos Acidentes e Doenças
A r e d u ç ã o d o n ú m e r o d e a c i d e n t e s e d o e n ç a s
d e c o r r e n t e s d o t r a b a l h o s i g n i f i c a
m a i o r c o m p e t i t i v i d a d e , r e d u ç ã o d e c u s t o s e
m e l h o r i a d a s c o n d i ç õ e s e d o s l o c a i s d e
t r a b a l h o
C a p í t u l o 2
Sob todos os aspectos em que possam ser analisados, os acidentes e doenças
decorrentes do trabalho apresentam fatores extremamente negativos para a empresa,
para o trabalhador acidentado e para a sociedade.
Anualmente, as altas taxas de acidentes e doenças registradas pelas estatísticas oficiais
expõem os elevados custos e prejuízos humanos, sociais e econômicos que custam
muito para o País, considerando apenas os dados do trabalho formal.
O somatório das perdas, muitas delas irreparáveis, é avaliado e determinado levando-
se em consideração os danos causados à integridade física e mental do trabalhador, os
prejuízos da empresa e os demais custos resultantes para a sociedade.
O que é acidente de trabalho
Acidente de trabalho é uma ocorrência decorrente do
exercício do trabalho, que acontece de maneira
inesperada ou não, que interfere ou interrompe a
atividade de trabalho, causando lesões, morte, perda
ou redução da capacidade de trabalho.
Consideram-se também um acidente do trabalho as
doenças ocupacionais, peculiares a determinadas
atividades e as doenças do trabalho, adquiridas ou
desencadeadas em função de condições específicas em
que o trabalho é executado.
A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e
individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador, sendo
também seu dever prestar informações pormenorizadas sobre os
riscos da operação a executar e do produto a manipular. Constitui
contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir
as normas de segurança e higiene do trabalho. Nos casos de
negligência quanto às normas de segurança e saúde do trabalho
indicadas para a proteção individual e coletiva, a previdência social
proporá ação regressiva contra os responsáveis. O pagamento pela
Previdência Social das prestações decorrentes do acidente do trabalho
não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de terceiros.
O Brasil registrou cerca de 4,2 milhões de acidentes de trabalho de 2012 até 2018,
sendo que 15.768 resultaram em mortes, segundo o Observatório Digital de Saúde
e Segurança do Trabalho.
Em 2017, um total de 895.770 acidentes foram registrados no Brasil. Cortes,
laceração, ferida contusa e punctura (furo ou picada) responderam por cerca de 92
mil casos.
Ainda contabilizam nos dados 78.499 fraturas e 67.371 contusões/esmagamentos.
Segundo estimativas do Observatório, cerca de 28,7 bilhões de reais foram gastos
de 2012 até agora com benefícios acidentários, que incluem auxílio-doença,
aposentadoria por invalidez, pensão por mote e auxílio-acidente. Foram quase 334
milhões de dias de trabalho perdidos por causa dos acidentes de trabalho.
B r a s i l r e g i s t r o u m a i s d e 4 m i l h õ e s d e
a c i d e n t e s d e t r a b a l h o e n t r e 2 0 1 2 e 2 0 1 8
Em 2017, das 349.579 comunicações de acidentes de trabalho
(CATs) feitas pelas empresas ao Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), 37.057 se referiam a quedas – 10,6% dos
registros.
Entre os acidentes fatais de trabalho no último ano, as quedas
representaram 14,49% do total. Das 1.111 mortes em
ambiente de trabalho registradas em 2017, 161 foram
causadas por quedas. Esses acidentes geralmente têm relação
com escadas, andaimes e estruturas e veículos motorizados.
Somados os números de acidentes e óbitos causados
por quedas entre serventes de obras e pedreiros,
trabalhadores da construção civil, foram 1.796 acidentes
e 24 mortes em 2017.
Entretanto, há regulamentação definida para evitar esse
tipo de acidente – que geralmente acontece quando as
normas de segurança são desrespeitadas. A norma 35
trata do trabalho em altura e a norma 18 estabelece
regras para trabalho na indústria da construção civil.
Arte: Acidente de trabalho
P r i n c i p a i s d a n o s c a u s a d o s a o t r a b a l h a d o r
1. Sofrimento físico e mental;
2. Cirurgias e remédios;
3. Próteses e assistência médica;
4. Fisioterapia e assistência psicológica;
5. Dependência de terceiros para acompanhamento e locomoção;
6. Diminuição do poder aquisitivo;
7. Desamparo à família;
8. Estigmatização do acidentado;
9. Desemprego;
10. Marginalização;
11. Depressão e traumas.
A c i d e n t e s d e t r a b a l h o m a i s c o m u n s
Segundo o Ministério da Previdência Social, alguns acidentes são mais comum e atingem um maior número de trabalhadores.
Entre os acidentes mais comuns estão:
1. Quedas;
2. Choques contra objetos;
3. Choques elétricos;
4. Golpes provocados por ferramentas;
5. Fraturas;
6. Contusão e esmagamento;
7. Lesões por Esforços Repetitivos- LER;
8. DORT (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho);
9. Estresse;
10. Ansiedade.
R e d u ç ã o d e a c i d e n t e s e m m i c r o e p e q u e n a s e m p r e s a s
As micro e pequenas empresas necessitam ser estudadas e orientadas, levando-se em conta suas principais características:
• Estão presentes na maioria dos setores da economia;
• Concentram a maioria dos trabalhadores formais e informais, especializados ou não;
• Têm maior capacidade de fixação da mão-de-obra local;
• Possuem tratamento jurídico diferenciado;
• Não pertencem a grandes grupos econômicos e financeiros;
• São resistentes à burocracia e ao cumprimento de normas ou regras;
• São fortemente impactadas por acidentes, danos patrimoniais ou outros tipos de prejuízos;
• São flexíveis, ágeis e adaptam-se rapidamente às mudanças e exigências do mercado;
• São avaliadas no preço, qualidade e reputação de seus produtos e serviços, e de forma ética pela proximidade com a comunidade;
• Assumem ações e posições no mercado que as grandes empresas não conseguem assumir;
• A comunicação é direta e a dinâmica interna é mais informal;
• O próprio dono é o responsável pela gestão de segurança no trabalho;
• Existe estreita relação pessoal do proprietário com os empregados, clientes e fornecedores;
• Necessitam do envolvimento, cooperação e participação de todos para identificar, eliminar ou neutralizar os riscos do local de trabalho.
P r e j u í z o s à e m p r e s a
As micro e pequenas empresas são fortemente atingidas pelas
consequências dos acidentes e doenças, apesar de nem sempre
os seus dirigentes perceberem este fato.
O custo total de um acidente é dado pela soma de duas parcelas:
uma refere-se ao custo direto (ou custo segurado), a exemplo do
recolhimento mensal feito à Previdência Social, para pagamento
do seguro contra acidentes do trabalho, visando a garantir uma
das modalidades de benefícios estabelecidos na legislação
previdenciária.
A outra parcela refere-se ao custo indireto (custo não segurado).
Estudos informam que a relação entre os custos segurados e os
não segurados é de 1 para 4, ou seja, para cada real gasto com os
custos segurados, são gastos 4 com os custos não segurados.
Os custos não segurados impactam a empresa
principalmente nos seguintes itens:
1. Salário dos quinze primeiros dias após o acidente;
2. Transporte e assistência médica de urgência;
3. Paralisação de setor, máquinas e equipamentos;
4. Interrupção da produção;
5. Prejuízos ao conceito e à imagem da empresa;
6. Danificação de produtos, matéria-prima e outros insumos;
7. Embargo ou interdição fiscal;
8. Investigação de causas e correção da situação;
9. Pagamento de horas-extras;
10. Atrasos no cronograma de produção e entrega;
11. Cobertura de licenças médicas;
12. Multas e encargos contratuais;
13. Perícia trabalhista, civil ou criminal;
14. Indenizações e honorários legais; e
15. Elevação de preços dos produtos e serviços.
C u s t o s r e s u l t a n t e s p a r a a s o c i e d a d e
As estatísticas informam que os acidentes atingem,
principalmente, pessoas na faixa etária dos 20 aos 30
anos, justamente quando estão em plena condição
física. Muitas vezes, esses jovens trabalhadores, que
sustentam suas famílias com seu trabalho, desfalcam
as empresas e oneram a sociedade, pois passam a
necessitar de:
• Socorro e medicação de urgência;
• Intervenções cirúrgicas;
• Mais leitos nos hospitais;
• Maior apoio da família e da comunidade; e
• Benefícios previdenciários.
Isso, consequentemente, prejudica o desenvolvimento do País, provocando:
• Redução da população economicamente ativa;
• Aumento da taxação securitária; e
• Aumento de impostos e taxas.
É importante ressaltar que, apesar de todos os cálculos, o valor da vida
humana não pode ser matematizado, sendo o mais importante no estudo o
conjunto de benefícios que a micro ou pequena empresa consegue com a
adoção de boas práticas de Saúde e Segurança no Trabalho, pois, além de
prevenir acidentes e doenças, está vacinada contra os imprevistos
acidentários, reduz os custos, otimiza conceito e imagem junto à clientela e
potencializa a sua competitividade.
Os locais de trabalho, pela própria natureza da
atividade desenvolvida e pelas características de
organização, relações interpessoais, manipulação
ou exposição a agentes físicos, químicos,
biológicos, situações de deficiência ergonômica ou
riscos de acidentes, podem comprometer a saúde
e a segurança do trabalhador em curto, médio e
longo prazo, provocando lesões imediatas,
doenças ou a morte, além de prejuízos de ordem
legal e patrimonial para a empresa.
É importante salientar que a presença de produtos ou agentes nocivos nos
locais de trabalho não quer dizer que, obrigatoriamente, existe perigo para a
saúde. Isso vai depender da combinação ou inter-relação de diversos fatores,
como a concentração e a forma do contaminante no ambiente de trabalho, o
nível de toxicidade e o tempo de exposição da pessoa. Entretanto, na visão
da prevenção, não existem micro ou pequenos riscos, o que existem são
micro ou pequenas empresas. Desta forma, em qualquer tipo de atividade
laboral, torna-se imprescindível a necessidade de investigar o ambiente de
trabalho para conhecer os riscos a que estão expostos os trabalhadores.
A i m p o r t â n c i a d e c o n h e c e r o s r i s c o s
Objetivo e campo de aplicaçãoC a p í t u l o 3
Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o
planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos
direta ou indiretamente com esta atividade.
Trabalho em altura é, portanto, qualquer trabalho que requeira que o trabalhador esteja posicionado em um local
elevado, com diferença superior a 2,0 m (dois metros) da superfície de referência, e que ofereça risco de queda.
Adotou-se esta altura como referência por ser a altura com 2,0 metros de desnível consagrada em várias normas,
inclusive internacionais. Facilita a compreensão, eliminando dúvidas de interpretação da Norma e as medidas de
proteção que deverão ser implantadas. As atividades de acesso e a saída do trabalhador deste local também
deverão respeitar e atender esta norma.
Esta norma foi elaborada para proteger os trabalhadores dos riscos dos trabalhos realizados em altura nos
aspectos da prevenção dos riscos de queda. Conforme a complexidade e riscos destas tarefas, o empregador
deverá adotar medidas complementares inerentes a estas atividades. Por isso, esta norma foca na gestão da
segurança e saúde dos trabalhos em altura de forma mais genérica e abrangente.
No termo “mínimos” denota-se a intenção de regulamentar o menor grau de exigibilidade, passível de auditoria e
punibilidade, no universo de medidas de controle e sistemas preventivos possíveis de aplicação, e que,
consequentemente, há muito mais a ser estudado e implantado. O conceito de garantia em segurança e saúde a
todos os trabalhadores envolvidos, assegurando-lhes o direito à segurança e saúde quando houver intervenções
do trabalhador com interferência direta ou indireta em serviços em altura.
Responsabilidades do Empregador
C a p í t u l o 4
Esta Norma na sua inspiração não buscou elaborar receitas e, assim, priorizar a
análise de risco responsável, permitindo soluções particulares alternativas que
possam manter a garantia de segurança desejada. Vejamos a seguir quais as ações
necessárias de serem realizadas por parte das empresas empregadoras!
O q u e c a b e a o e m p r e g a d o r p a r a e s t a b e l e c e r a N R 3 5 ?
• garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma;
• assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de Trabalho - PT;
• desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura;
• assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações;
• adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;
• garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle;
• garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção definidas nesta Norma;
• assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não prevista;
• estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura;
• assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
• assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.
R e s p o n s a b i l i d a d e d o e m p r e g a d o r
Arte: Trabalho em altura
D o c u m e n t o s p r e v i s t o s n e s t a N o r m a
Estes registros das inspeções devem ser os de “aquisição” e os de “recusa”. Estes documentos devem estar disponíveis
para a fiscalização, por pelo menos 25 anos, que são:
- Análise de Riscos (AR);
- Permissão de Trabalho (PT), se existentes;
- Certificados de Treinamento; - Procedimento Operacional (PO);
- Plano de Emergência da Empresa;
- Atestado de Saúde Ocupacional (ASO);
- Registro das inspeções de EPI/Acessórios/Ancoragens.
Responsabilidades dos trabalhadores
C a p í t u l o 5
É um compromisso legalmente obrigatório para os trabalhadores que tem que
cumprir as normas e regulamentos estabelecidas e demais medidas internas de
segurança e saúde. Vejamos as principais responsabilidades, a seguir.
O s t r a b a l h a d o r e s t a m b é m t ê m r e s p o n s a b i l i d a d e c o m a s u a s e g u r a n ç a .
• cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador;
• colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma;
• interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança
e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;
• zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.
• Direito de Recusa: instrumento que assegura ao trabalhador a interrupção de uma atividade de trabalho por considerar que ela envolve grave e
iminente risco para sua segurança e saúde ou de outras pessoas. Trata-se de uma ratificação do direito de recusa, previsto no artigo 13 da
Convenção 155 da OIT e promulgada pelo Decreto 1.254 de 29 de setembro de 1994, com indicações de que essa providência de recusar-se a
expor sua saúde e integridade física deva resultar em medidas corretivas, indicando a responsabilidade dos níveis hierárquicos superiores para
as providências necessárias.
R e s p o n s a b i l i d a d e d o s t r a b a l h a d o r e s
Capacitação e treinamentoC a p í t u l o 6
Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e
aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas.
O e m p r e g a d o r d e v e p r o m o v e r p r o g r a m a p a r a c a p a c i t a ç ã o
d o s t r a b a l h a d o r e s à r e a l i z a ç ã o d e t r a b a l h o e m a l t u r a .
T r e i n a m e n t o c a p a c i t a d o
As necessidades de treinamento e o nível de treinamento
devem estar claramente definidos. O treinamento deve incluir
questões gerais de saúde e segurança específicas do trabalho,
o uso de equipamentos de proteção individual, de ferramentas
e outros equipamentos do trabalho e o manuseio de materiais.
O trabalhador recentemente treinado deve a princípio ficar sob
supervisão direta, por exemplo, do supervisor, ou de um
trabalhador mais experiente, a critério do supervisor.
O C o n t e ú d o P r o g r a m á t i c o d e v e i n c l u i r , n o m í n i m o :
• normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;
• análise de Risco e condições impeditivas;
• riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;
• sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;
• equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso;
• acidentes típicos em trabalhos em altura;
• condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros.
N e c e s s i d a d e d e T r e i n a m e n t o
O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das seguintes situações:
a. mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
b. evento que indique a necessidade de novo treinamento; Estes eventos poderão ser: acidentes ocorridos, inclusão de novos
riscos adicionais, novos equipamentos, troca de fornecedor de EPI, etc.
c. retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;
d. mudança de empresa. Na mudança de empresa o trabalhador deverá ser treinado para as novas condições de trabalho. Se na
nova empresa ele realizar atividades idênticas, com os mesmos equipamentos, às que realizava na empresa anterior e com os
mesmos riscos, este treinamento poderá ter carga horária reduzida. Isto só será permitido se o prazo de validade do curso
anterior não ultrapassou os 2 anos.
OBSERVAÇÃO: O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas, conforme conteúdo programático
definido pelo empregador. Nos casos previstos nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, a carga horária e o conteúdo programático devem
atender a situação que o motivou. A capacitação deve ser realizada preferencialmente durante o horário normal de trabalho.
A n á l i s e d e R i s c o
Análise de risco é um método sistemático de exame e avaliação de todas as etapas e elementos de um determinado trabalho, para
desenvolver e racionalizar toda a sequência de operações que o trabalhador executa podemos citar:
a. identificar os riscos potenciais de acidentes físicos e materiais;
b. identificar e corrigir problemas operacionais e implementar a maneira correta para execução de cada etapa do trabalho com segurança.
É, portanto, uma ferramenta de exame crítico da atividade ou situação, com grande utilidade para a identificação e antecipação dos eventos
indesejáveis e acidentes possíveis de ocorrência, possibilitando a adoção de medidas preventivas de segurança e de saúde do trabalhador, do
usuário e de terceiros, do meio ambiente e até mesmo evitar danos aos equipamentos e interrupção dos processos produtivos. A análise de
risco não pode prescindir de metodologia científica de avaliação e procedimentos conhecidos, divulgados e praticados na organização e,
principalmente, aceitos pelo poder público, órgãos e entidades técnicas.
As principais metodologias técnicas utilizadas no desenvolvimento de análise de risco são:
a. Análise Preliminar de Risco (APR);
b. Análise de Modos de Falha e Efeitos – FMEA (AMFE);
c. Análise Preliminar de Perigo (APP).
A n á l i s e P r e l i m i n a r d e R i s c o ( A P R )
Conhecida pela sigla APR, a Análise Preliminar de
Riscos é uma ferramenta eficaz para a
identificação de potenciais riscos no ambiente de
trabalho. Partindo da identificação antecipada de
elementos e fatores ambientais que representem
perigo elevado, analisa, de maneira detalhada,
cada uma das etapas do processo, possibilitando
assim a escolha das ações mais adequadas para
minimizar a possibilidade de acidentes. A APR é
uma das técnicas mais utilizadas atualmente, e
devido à sua alta eficácia e pelo envolvimento de
diversos profissionais, faz parte do cotidiano tanto
de profissionais, como de estudantes do setor de
segurança e saúde do trabalho.
Etapas da APR:
1. Descrever e caracterizar os riscos: Nesta etapa, serão caracterizados e descritos
os agentes causadores e seus consequentes efeitos, possibilitando que medidas
preventivas e de correção sejam aplicadas imediatamente. Também serão
identificados os riscos mais graves e os de menor potencial ofensivo, de maneira
escalonada, o que indicará quais as medidas são mais urgentes.
2. Determinar ações de controle e prevenção: Nesta fase também serão definidos
os responsáveis pelo controle dos riscos. Dentre as principais ações estão:
Determinar os riscos por ordem de gravidade, Identificar a origem dos principais
agentes de risco e os riscos associados a eles; Delegar e indicar em cada setor,
qual profissional será responsável pela execução prática das ações preventivas e
corretivas, e da mesma forma, quais as atividades estarão sob sua
responsabilidade, entre outros.
3. Analisar falhas humanas: É fundamental levar em conta a natureza dos
equipamentos e demais variáveis do ambiente de trabalho para a análise dos
riscos, e garantir que o dimensionamento e instalação do projeto sejam
adequados à atividade humana.
M o d e l o d e A P R
A n á l i s e d e M o d o s d e F a l h a e E f e i t o s – F M E A ( A M F E )
A Análise de Modos de Falhas e Efeitos - FMEA (Failure Mode and
Effect Analysis) é um método utilizado para prevenir falhas e
analisar os riscos de um processo, através da identificação de
causas e efeitos para identificar as ações que serão utilizadas para
inibir as falhas. Modo de falha está relacionado ao fato de como
um processo pode ser levado a operar de maneira deficiente e é
composto por três elementos: efeito, causa e detecção. Efeito é a
consequência que a falha pode causar ao cliente; causa é o que
indica a razão da falha ter ocorrido e detecção é a forma utilizada
no controle do processo para evitar as falhas potenciais. O FMEA,
logo, tem por objetivo identificar, delimitar e descrever as não
conformidades (modo da falha) geradas pelo processo e seus
efeitos e causas, para através de ações de prevenção poder
diminuí-los ou eliminá-los.
Etapas da FMEA:
1. Definir o processo que será analisado;
2. Definir a equipe, priorizando os aspectos multidisciplinares;
3. Definir a não conformidade (modo da falha);
4. Identificar seus efeitos;
5. Identificar sua causa principal e outras causas;
6. Priorizar as falhas através do nível de risco;
7. Agir através de ações preventivas (detecção);
8. Definir o prazo e o responsável pela ação preventiva.
M o d e l o d e F M E A
A n á l i s e P r e l i m i n a r d o P e r i g o ( A P P )
Etapas da APP:
1. Definição das fronteiras das instalações analisadas;
2. Coleta de informações sobre as instalações e as características das
substâncias perigosas envolvidas;
3. Definição dos módulos de análise;
4. Realização da APP propriamente dita (preenchimento da planilha
para cada módulo de análise);
5. Elaboração das estatísticas dos cenários por categorias de frequência
e severidade, e da lista de sugestões gerados no estudo;
6. Análise dos resultados e preparação do relatório.
O escopo da APP abrange todos os eventos
perigosos, cujas causas tenham origem nas
instalações analisadas, englobando tanto as falhas
intrínsecas de componentes ou sistemas, como
eventuais erros operacionais (erros humanos),
principalmente aqueles decorrentes de falhas nos
procedimentos ou na execução. Deverão ser
consideradas unidades de processo, estocagem,
dutos, terminais, subestações, utilidades entre
outras instalações que possam representar risco à
segurança e meio ambiente.
E x e m p l o d e A P P
Planejamento, organização e execução
C a p í t u l o 7
Determina a obrigatoriedade dos tomadores de
serviços de trabalho em altura garantir a
segurança e a saúde de todos os trabalhadores
e usuários envolvidos. Veja a seguir outros
pontos da NR35.
T o d o t r a b a l h o e m a l t u r a d e v e
s e r p l a n e j a d o , o r g a n i z a d o e
e x e c u t a d o p o r t r a b a l h a d o r
c a p a c i t a d o e a u t o r i z a d o .
1 . T r a b a l h a d o r a u t o r i z a d o
Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em
altura aquele capacitado, cujo estado de saúde foi
avaliado, tendo sido considerado apto para executar
essa atividade e que possua anuência formal da
empresa.
A autorização é um processo administrativo através do
qual a empresa declara formalmente sua anuência,
autorizando a pessoa a trabalhar em altura. A
autorização está acompanhada da responsabilidade
em autorizar.
2 . A v a l i a ç ã o d o e s t a d o d e s a ú d e
Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores
que exercem atividades em altura, garantindo que:
a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes
integrantes do Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados;
b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os
riscos envolvidos em cada situação;
c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão
originar mal súbito e queda de altura, considerando também os
fatores psicossociais.
3 . A t e s t a d o d e s a ú d e
A aptidão para trabalho em altura deve ser
consignada no atestado de saúde ocupacional do
trabalhador. Além de constar apto para a função a
aptidão para o trabalho em altura também deverá
estar registrada no Atestado de Saúde Ocupacional.
4 . C a d a s t r o e a t u a l i z a ç ã o
A empresa deve manter cadastro atualizado que permita
conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador
para trabalho em altura. Este cadastro que poderá ser em
formato de documento impresso, crachá, cartaz, ou registro
eletrônico que evidencie para quais atividades o trabalhador
tem autorização para trabalhar em função de sua capacitação e
estado de saúde.
5 . P l a n e j a m e n t o s c o n f o r m e a h i e r a r q u i a
No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo
com a seguinte hierarquia:
a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir
meio alternativo de execução;
b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores,
na impossibilidade de execução do trabalho de outra forma;
c) medidas que minimizem as consequências da queda,
quando o risco de queda não puder ser eliminado.
6 . S u p e r v i s ã o
Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão,
cuja forma será definida pela análise de risco de acordo com as
peculiaridades da atividade. No setor elétrico, por exemplo, o
responsável pelo cumprimento não é a chefia, mas sim o
supervisor da tarefa a quem caberá esta responsabilidade.
7 . I n f l u ê n c i a s e x t e r n a s
A execução do serviço deve considerar as influências
externas que possam alterar as condições do local de
trabalho já previstas na análise de risco.
8 . A n á l i s e d e r i s c o
Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.
A análise de riscos deve considerar, além dos riscos inerentes ao trabalho em altura:
a. o local em que os serviços serão executados e seu entorno;
b. o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;
c. estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;
d. as condições meteorológicas adversas, como ventos fortes, chuva, vendavais, umidade alta, sol e calor excessivos, etc.
e. a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual;
f. o risco de queda de materiais e ferramentas;
g. os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;
h. o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras;
i. os riscos adicionais;
j. as condições impeditivas;
k. as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;
l. a necessidade de sistema de comunicação;
m. a forma de supervisão.
9 . A t i v i d a d e s r o t i n e i r a s
Para atividades rotineiras de trabalho em altura a
análise de risco pode estar contemplada no respectivo
procedimento operacional.
Atividades rotineiras: Conjunto de ações que fazem
parte do cotidiano de uma atribuição, função ou cargo
do trabalhador no processo do trabalho.
Atividades não rotineiras: Conjunto de ações que
não fazem parte do cotidiano de uma atribuição,
função ou cargo do trabalhador no processo do
trabalho.
1 0 . P r o c e d i m e n t o p a r a a t i v i d a d e s r o t i n e i r a s
Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de
trabalho em altura devem conter, no mínimo:
a. as diretrizes e requisitos da tarefa;
b. as orientações administrativas;
c. o detalhamento da tarefa;
d. as medidas de controle dos riscos características à rotina;
e. as condições impeditivas;
f. os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;
g. as competências e responsabilidades.
1 1 . A t i v i d a d e s n ã o - r o t i n e i r a s
Devem ter permissão de trabalho. Para as
atividades não rotineiras as medidas de controle
devem ser evidenciadas na Análise de Risco e na
Permissão de Trabalho.
Permissão de trabalho deverá ser o documento
para formalizar à autorização para a execução da
atividade, ou seja, o local de trabalho, recursos e
pessoal se encontram em conformidade com a AR
portanto é permitida a sua realização.
1 2 . P e r m i s s ã o d e t r a b a l h o
A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo
responsável pela autorização da permissão, disponibilizada no
local de execução da atividade e, ao final, encerrada e
arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade.
a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução
dos trabalhos;
b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;
c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações.
Deve ter validade limitada.
Equipamentos de Proteção Individual, Acessórios e Sistemas de Ancoragem
C a p í t u l o 8
A NR 35 afirma que Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e
sistemas de ancoragem devem ser especificados e selecionados considerando-
se a sua eficiência, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e o respectivo
fator de segurança, em caso de eventual queda.
O fator de segurança estabelecido mínimo de 2,5:1,
tendo como base de cálculo 6 kN, como força de
impacto máximo permitida a ser transmitida ao
trabalhador. A norma de absorvedor de energia e as de
todos os modelos de trava-queda testam os produtos
dentro da pior situação possível e limitam a força de
impacto gerada em 6 kN (600 Kgf). Existe uma
discussão dentro do CB-32 para que seja revista e
colocada em consulta pública a permissão de talabartes
de segurança sem absorvedor de energia com até 0,9m
para proteção de queda. Outro fator que deve ser
levado em conta na seleção do EPI é o propósito do
uso. Por exemplo: nem todo trava-quedas pode ser
utilizado como equipamento de posicionamento.
Na seleção dos EPI devem ser considerados, além dos riscos a que o
trabalhador está exposto, os riscos adicionais. Em algumas
circunstâncias os EPI devem, além de garantir a eficácia na retenção
da queda do trabalhador, garantir que estes sejam adequados aos
riscos adicionais que possam existir no local de trabalho.
Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções dos
EPI, acessórios e sistemas de ancoragem, destinados à proteção de
queda de altura, recusando-se os que apresentem defeitos ou
deformações. Antes do equipamento novo ou usado ser utilizado
pela primeira vez por um usuário específico, esse usuário deve
assegurar que seja apropriado para a aplicação pretendida, que
funciona corretamente, e que está em boas condições.
Antes do início dos trabalhos, deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI, acessórios e sistemas
de ancoragem. Estas inspeções devem fazer parte da rotina de toda a atividade realizada em altura.
Deve ser registrado o resultado das inspeções:
a) na aquisição;
b) periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem forem recusados.
Estes registros deverão existir obrigatoriamente nestas duas circunstâncias e estes registros deverão ser
arquivados para rastreá-los.
Os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem que
apresentarem defeitos, degradação, deformações ou
sofrerem impactos de queda devem ser inutilizados e
descartados, exceto quando sua restauração for prevista
em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, normas
internacionais.
Quando apresentarem defeitos, degradação, deformações
ou sofrerem impactos de queda nos pontos de ancoragem,
cinturões de segurança, talabartes, absorvedores de
energia, cabos, conectores e trava-quedas devem ser
descartados e inutilizados para evitar reuso.
O sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela Análise de Risco.
O sistema de ancoragem são componentes definitivos ou temporários,
dimensionados para suportar impactos de queda, aos quais o
trabalhador possa conectar seu Equipamento de Proteção Individual. O
trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem
durante todo o período de exposição ao risco de queda.
O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do
nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura
de queda e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as chances
do trabalhador colidir com estrutura inferior.
É obrigatório o uso de absorvedor de energia nas seguintes situações:
a) fator de queda for maior que 1;
b) comprimento do talabarte for maior que 0,9m. O absorvedor de
energia é o componente ou elemento de um sistema antiqueda
desenhado para dissipar a energia cinética desenvolvida durante
uma queda de uma determinada altura (força de pico). A
obrigatoriedade do uso do absorvedor de energia nestes casos é
reduzir o impacto no trabalhador caso ocorra a queda quando a
fator de queda for superior a 1.
Quanto ao ponto de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes providências:
a) ser selecionado por profissional legalmente habilitado;
b) ter resistência para suportar a carga máxima aplicável;
c) ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização.
Emergência e salvamentoC a p í t u l o 9
O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de
emergências para trabalho em altura e os trabalhadores devem estar
amplamente envolvidos no processo. Estas equipes deverão estar
preparadas e aptas a realizar as condutas mais adequadas para os
possíveis cenários de situações de emergência em suas atividades. As
respostas serão proporcionais ao nível de treinamento e aptidão
necessárias em função da existência ou não de equipe própria, externa
ou composta pelos próprios trabalhadores.
B o a s p r á t i c a s d e a t e n d i m e n t o d e e m e r g ê n c i a e s a l v a m e n t o .
Se a equipe de emergência e salvamento for própria ou
formada pelos próprios trabalhadores as respostas
serão realizar o resgate e os primeiros socorros de
imediato com as técnicas aprendidas. Se a equipe for
externa, a resposta será chamar a equipe de
emergência com a maior brevidade e dar todo o suporte
e retaguarda à(s) vítima(s) e a equipe de resgate.
A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que executam o trabalho em
altura, em função das características das atividades.
Equipe externa pode ser pública ou privada. A pública é formada pelo corpo de bombeiros da policia militar ou
por voluntários, defesa civil, resgate, SAMU, paramédicos, etc., em cidades, regiões ou logradouros que as
possuam. A equipe privada é formada por profissionais capacitados em emergência e salvamento como
bombeiros civis, médicos, enfermeiros e resgatistas treinados em fábricas, estabelecimentos, ou frentes de
serviço que tem função especifica dar suporte para seus próprios funcionários e de contratadas.
O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as respostas a emergências.
Como exemplo de equipe própria podemos citar trabalhos realizados na montagem de torres de
telecomunicações em locais distantes ou de difícil acesso onde os trabalhadores deverão estar capacitados a
realizar salvamentos de emergência, resgate e inclusive o auto resgate, quando possível ou viável.
As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho
em altura devem constar do plano de emergência da empresa.
Trata-se de um documento contendo os procedimentos para
contingências de ordem geral, que os trabalhadores autorizados
deverão conhecer e estar aptos adotá-los nas circunstâncias em
que se fizerem necessários.
Essas medidas são em função dos riscos e das condições do
trabalho em áreas externas e internas sujeitas a diversas variáveis
cujo controle não está totalmente nas mãos dos trabalhadores,
como as interferências de veículos em vias públicas, intempéries,
ações de pessoas negligentes, bem como os reflexos dessas
ocorrências nas áreas internas, que determinam a necessidade de
serem pré-estabelecidos procedimentos emergenciais.
P l a n o d e e m e r g ê n c i a n a s e m p r e s a s
As pessoas responsáveis pela execução das medidas de
salvamento devem estar capacitadas a executar o resgate,
prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental
compatível com a atividade a desempenhar.
Se a empresa, de acordo com o seu plano de emergência, tiver
ou necessitar equipe própria para executar o resgate e prestar
primeiros socorros os membros desta equipe devem possuir
treinamento adequado.
A indefinição do fator de segurança e sua responsabilidade
devem ficar a cargo do fabricante dos equipamentos o que
poderá ser consignado no próprio CA do EPI, ou, no caso de
equipamentos acessórios, em documento próprio do mesmo.
M o d e l o d e P l a n o d e E m e r g ê n c i a
M o d e l o d e P l a n o d e E m e r g ê n c i a
Considerações FinaisC a p í t u l o 1 0
A realização do Trabalho em Altura traz uma série de riscos,
responsabilidades, compromissos e obrigações para a
empresa, empregadores e o próprio trabalhador. Todas essas
responsabilidades devem ser assumidas e tratadas
seriamente para que a realização do Trabalho em Altura possa
ser segura e cumprida da melhor forma possível. Para garantir
que todos estejam em sintonia durante essa execução, a NR-
35 estabelece as normas, deveres e parâmetros para um
trabalho seguro e feito com responsabilidade.
Conhecer a NR-35 e todas as suas diretrizes e informações é
essencial para a realização segura do Trabalho em Altura. Os
empregadores e trabalhadores precisam ter consciência de
suas responsabilidades para que tudo corra perfeitamente e de
forma segura. É sempre bom se manter atualizado em relação
a essa norma, pois o mercado de segurança é muito dinâmico.
Desejamos a você muito sucesso!
Agora você já pode solicitar o certificado em seu nome por apenas R$29,90.
O certificado é preenchido com o nome informado no pedido e enviado para o seu e-mail, também
informado no pedido, em poucos minutos após aprovação. É simples, prático e rápido!
Esperamos que tenha gostado do curso. Até a próxima!
C u r s o o n l i n e d e
NR 35 – Trabalho em Altura